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Cinema Contemporânero

AFROFABULAÇÕES E
OPACIDADE: AS
ESTRATÉGIAS DE CRIAÇÃO
DO DOCUMENTÁRIO
NEGRO BRASILEIRO
CONTEMPORÂNEO
Bruno Vilarinho, Frederico Brade, Maria Julia, Maria Luiza Guidugli. Maio 2022
Sobre a autora
Kênia é formada em Comunicação Social
na Universidade Federal do Espírito Santo
(UFES), possui mestrado em Multimeios no
Instituto de Artes da Universidade Estadual
de Campinas (IA-Unicamp) e doutorado na
Escola de Comunicação da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ).

É pesquisadora, crítica e curadora de


cinema. Escreveu capítulos de livros e
artigos sobre cinema brasileiro, cinema da
diáspora africana, comunicação e
identidade. É destaque na pesquisa de
afrofuturismo.
Kênia Freitas 2
Fabulação
Dicio (Dicionário Online de Português)
Ação de fabular, de substituir a verdadeira realidade por uma aventura
imaginária que serve para um conto ou novela.

Michaelis (online)
1 Narrativa ficcional, imaginária.
[...]
5 POR EXT Fato que não corresponde à realidade; mentira.

AFROFABULAÇÃO: "Essa fabulação no cinema negro aponta concomitantemente para: a


intensa afirmação de uma presença performativa negra e para a necessidade de preencher
e/ou fissurar uma ausência histórica de imagens negras (seja pela recriação, seja pela aposta
no invisível)" (FREITAS, 2020, p.220).

3
"Os filmes que analisamos partem destes
Filmes analisados processos de não fixação identitária, mas
de movimento e transformação"
pela autora (FREITAS, 2020, p.222)
Abolição (1988), de Zózimo Bulbul.
Alma no Olho (1973), de Zózimo Bulbul.
Amor Maldito (1984), de Adélia Sampaio.
Arco do Medo (2017), de Juan Rodrigues.
Bup (2018), de Dandara de Morais.
Carolina (2003), de Jeferson De.
Compasso de Espera (1970), de Antunes Filho.
Kbela (2015), de Yasmin Thayná.
Negrum3 (2018), de Diego Paulino.
O rito de Ismael Ivo (2003), de Ari Cândido.
Orí (1989), de Raquel Gerber.
4
Pontes sobre Abismos (2017), de Aline Motta.
Michael Boyce Gillespie

Introdução
> Tópicos:
. Alma no olho.
. Zózimo Bulbul.
. O racismo estrutural que exclui, reduz e categoriza os
filmes negros.
. As ideias de Gillespie sobre esse categorização.
. O termo negritude fílmica.
. Conclusão da intro.: Como a inventividade
performática de bulbul e o conceito de negritude
fílmica são a base da investigação deste artigo.

Zózimo Bulbul
5
Arco do Medo (Brasil, 2017),
de Juan Rodrigues.
> Três camadas:
1. A vulnerabilidade do corpo
2. O isolamento e a libertação
3. Montar-se e assumir-se um corpo cosmológico divergente

> A performace:

> Conclusão:
"Na sua criação de relações com o mundo é a opacidade, o não
reduzir-se ou explicar-se que prevalece" (FREITAS, 2020, p.205) 6
1980 ¨Os dois filmes,
mergulhando
intensamente em O cinema
seu período negro
histórico, documental:
constituem-se a
resistência,
partir de processos
formais e
resgate,
narrativos únicos - identidade e
ainda que pressionados pelas diversidade
urgências das demandas políticas e
raciais dos seus momentos. ¨ 7
A virada do
Inflexão criativa e política para
século. o cinema negro
O cinema
negro
Algumas das regras do manifesto do Dogma Feijoada,
como as de que “A temática do filme tem de estar documental:
relacionada com a cultura resistência,
negra brasileira", "Personagens estereotipados negros
resgate,
(ou não) estão proibidos” e “O roteiro deverá
privilegiar o negro comum brasileiro”, reforçam as identidade e
ideias de responsabilidade diversidade
ética do cinema negro para além do seu universo
narrativo. 7
Cinema negro brasileiro: de um projeto em construção
a um movimento
“um campo simbólico no qual o signo “negro' tem
sido majoritariamente preenchido há mais de um
século por quem não é negro” (AUGUSTO, 2018, p.
150).

Colagem de performances variadas imagens


que faltam na representação iconográfica da
mulher negra. Nesse sentido, mesmo onde o
filme reencena a violência, ele não o faz de
forma mimética e sim metafórica, inventiva.

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Pelo direito à opacidade: nem eu, nem
um outro
> Zózimo Bulbul - Alma no olho (1973)
1. Ditadura militar
2. Saída do país
3. Exibição do filme em 1977
4. Ismail Xavier: O discurso cinematográfico
5. Em uma ponta, a transparência. Na outra ponta, a opacidade
6. Édouard Glissant, pelo direito à opacidade (1969)

9
Afrofabulações no documentário negro:
especulando imagens que faltam
1. Fabulação
2. Ausência da imagem negra
3. Hartman - fabulação crítica
4. Tavia Nyong'o
5. Objetos de especulação

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Referências
FREITAS, Kênia. Afrofabulações e opacidade: as estratégias de criação do
documentário negro brasileiro contemporâneo. In: Pensar o documentário : textos
para um debate/organizador: Laécio Ricardo. – Recife: Ed. UFPE, 2020.
Alma no Olho (1973). https://vimeo.com/546944809/3445ec7eb0
O Arco do Medo (2017). https://www.youtube.com/watch?v=pTc72jcme8Y
https://pt.wikipedia.org/wiki/K%C3%AAnia_Freitas
https://www.dicio.com.br/fabulacao/
https://michaelis.uol.com.br/palavra/mv7n/fabula%C3%A7%C3%A3o/
Cinema Contemporânero

Agradecemos a
atenção :)

Full Name Maio 2022

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