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CEEP Formação e Eventos Isaías Alves

Disciplina: Língua Portuguesa 2º Ano Curso______ Turma______


Professora: Rita Forastieri
Aluno( a):_________________________________________
Revisão análise sintática :Sujeito

O sujeito é o elemento que pratica ou sofre a ação expressa pelo verbo de uma frase.
Para identificá-lo, basta fazermos uma pergunta sobre tal ação; observe:
“O ajudante da loja correu muito com o veículo.”
Ao nos perguntarmos: “Quem correu muito com o carro?”, o que temos como resposta
corresponde ao sujeito que, por ter praticado a ação é classificado como sujeito agente: o
ajudante da loja.
Um sujeito que sofre uma ação é classificado como sujeito paciente. Veja:
“O carro foi comprado por Carlos.”
Se nos perguntarmos “O que foi comprado por Carlos?”, a resposta corresponde ao sujeito da
frase: “o carro”. Nesse caso, “o carro” é um sujeito paciente, pois sofreu a ação de ser
comprado.
Classificação do sujeito

Os sujeitos são classificados em:

 Sujeito determinado - é o sujeito que pode ser identificado na oração. Um sujeito


determinado pode ser simples, composto ou oculto. Exemplo: A menina escreve
bem. Sujeito: A menina.
 Sujeito indeterminado - é o sujeito que não é identificado na oração. Exemplo:
Falaram mal da tua vizinha. (Não é possível determinar quem praticou a ação de
“falar mal.”)
 Sujeito inexistente - ocorre em orações que são construídas com verbos impessoais e
que, portanto, não admitem agentes de ação. Exemplo: Faz tempo que não o vejo.

Tipos de sujeito

Sujeito simples
O sujeito simples é formado por um núcleo único, ou seja, tal sujeito tem apenas um termo
principal.
Exemplos:

 O empregado da casa vendeu seu carro. (sujeito simples: o empregado - núcleo:


empregado)
 Eles estão sempre omitindo a verdade. (sujeito simples: Eles núcleo: Eles)
 As folhas caíram. (sujeito simples: As folhas - núcleo: folhas)
Sujeito composto
O sujeito composto é formado por dois ou mais núcleos, ou seja, trata-se de um sujeito que
tem duas ou mais palavras principais.
Exemplos:

 Ana Maria e Joaquim terminaram o namoro. (sujeito composto: Ana Maria e Joaquim
- núcleos: Ana Maria, Joaquim)
 Eu, você e o nosso cão estamos perdidos mais uma vez. (sujeito composto: Eu, você e
o nosso cão - núcleos: Eu, você, cão)
 Livros e cinema são o meu passatempo preferido. (sujeito composto: livros e cinema -
núcleos: Livros, cinema)
Sujeito oculto
O sujeito oculto, também chamado de elíptico, desinencial ou implícito, é aquele que não
está declarado na oração.
Apesar disso, ele é classificado como determinado porque pode ser identificado pelo
contexto e pela conjugação verbal presente na oração.
Exemplos:

 No trajeto para casa, passei pelo parque da cidade. (Note que, através da flexão verbal
“passei”, podemos identificar a primeira pessoa do singular “eu”. Logo, “No trajeto
para casa, (eu) passei pelo parque da cidade.”)
 Gostamos de pular Carnaval. (Através da conjugação verbal, identificamos o sujeito
oculto da oração: “(Nós) Gostamos de pular Carnaval.”
 Armando saiu da escola muito cedo. À tarde levou tudo para casa. (Aqui temos
“Armando” como sujeito da primeira oração e na segunda, o sujeito da ação, que já
foi mencionado anteriormente, é equivalente a “ele”: À tarde (ele) levou tudo para a
casa.)
Sujeito indeterminado
O sujeito indeterminado é aquele que não permite identificar o agente da ação, nem pelo
contexto, nem pela terminação verbal do enunciado.
Apesar de o sujeito ser um termo essencial na oração, o sujeito indeterminado pode se
manifestar pelo desconhecimento ou desinteresse do agente que executa a ação.
Além disso, é um tipo de sujeito que ocorre quando o verbo não se refere a uma pessoa
determinada. Há três características que ajudam a identificá-lo:
1) Uso de um verbo na 3ª pessoa do plural que não se refere a nenhum substantivo citado
anteriormente na oração.
Exemplos:

 Disseram que ele foi eleito.


 Capturaram o fugitivo.
 Falavam mal o tempo todo.
2) Uso do pronome "se" e de um verbo intransitivo, transitivo indireto ou de ligação na 3ª
pessoa do singular (de modo que não se consiga identificar quem pratica a ação).
Exemplos:

 Acorda-se feliz (verbo intransitivo).


 Necessita-se de pessoas jovens (verbo transitivo indireto).
 Nem sempre se é justo nesse mundo (verbo de ligação).
3) Uso de verbo no infinitivo pessoal.
Exemplos:

 É difícil agradar a todos.


 Seria bom pesquisar mais sobre o assunto.
 Era bom viajar pelo mundo!
Sujeito inexistente ou oração sem sujeito
O sujeito inexistente ocorre nas chamadas orações sem sujeito, uma vez que elas são
constituídas por verbos impessoais, ou seja, não admitem agentes da ação, como ocorre nos
casos abaixo:
1. Verbos que indicam fenômenos da natureza: amanheceu, anoiteceu, choveu, nevou,
ventou, trovejou, etc.
2. Verbo haver quando empregado com sentido de existir, acontecer e indicando
tempo passado.
3. Verbos ser, fazer, haver, estar, ir e passar indicando tempo decorrido ou distância.
Exemplos:

 Trovejou durante a noite.


 Há boas palestras no congresso.
 Está na hora do intervalo.
 Faz um ano que comecei a trabalhar.

Núcleo do sujeito
O núcleo do sujeito representa o termo mais importante do sujeito. Quando o sujeito possui
um artigo definido ou indefinido, por exemplo, o núcleo consiste apenas no substantivo que
vem depois dele.
Assim, embora tanto o artigo quanto o substantivo componham o sujeito, o núcleo é aquilo
que tem mais importância no que diz respeito ao significado.
É através do núcleo, por exemplo, que identificamos se o sujeito é simples ou composto. Um
sujeito simples tem um único núcleo, enquanto um sujeito composto tem dois núcleos ou
mais.
Exemplos:
1) As meninas cantaram lindamente.
Sujeito: As meninas
Núcleo do sujeito: meninas
Tipo de sujeito: simples

2) Os avós, os pais e seus filhos viviam na quinta.


Sujeito: Os avós, os pais e seus filhos
Núcleo do sujeito: avós, pais, filhos
Tipo de sujeito: composto
Sujeito e Predicado
O sujeito e o predicado são os termos essenciais da oração. Isso quer dizer que eles são
indispensáveis na construção de uma oração, ainda que haja orações em que o sujeito seja
inexistente. Lembre-se de que o predicado é o que é dito acerca do sujeito.
Exemplo: As estudantes gravaram um vídeo sobre a aula.
Sujeito: As estudantes
Predicado: gravaram um vídeo sobre a aula.
Qual a diferença entre sujeito indeterminado e sujeito inexistente?
O que diferencia o sujeito indeterminado do sujeito inexistente são a identificação e a
existência na oração.
Os sujeitos indeterminados existem, mas não podem ser identificados, porque não
conseguimos perceber quem praticou a ação.
Nas orações com sujeito indeterminado os verbos são conjugados na 3.ª pessoa do plural
(Falaram para eu vir), na 3.ª pessoa do singular acompanhado de “se” (Precisa-se de ajudante)
ou no infinitivo impessoal (Amar é preciso).
O sujeito inexistente, por sua vez, não existe na oração. Dizer que uma oração é sem sujeito é
o mesmo que dizer que naquela oração o sujeito é inexistente.
Assim, orações sem sujeito são aquelas em que há verbos impessoais, os quais são sempre
conjugados na 3.ª pessoa do singular: Ventou a noite toda.

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