4.

Sujeito indeterminado
O sujeito indeterminado é aquele que faz referência a
alguém, mas não o identifica.

Esse tipo de sujeito geralmente é acompanhado de

verbos flexionados na terceira pessoa do plural, ou de
verbos flexionados na terceira pessoa do singular,
Prof. MARCOS LIMA acompanhados da partícula -se.
ANÁLISE SINTÁTICA
Exemplos de sujeito indeterminado:

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO Esqueceram de trancar a porta.

Precisa-se de vendedores.
SUJEITO Observe que, no primeiro exemplo, sabemos que
alguém esqueceu de trancar a porta, mas não
1. Sujeito simples
exatamente quem.
Quando o verbo principal de uma oração faz referência a
um sujeito de núcleo único, temos um sujeito simples.
5. Sujeito inexistente (oração sem sujeito)
O núcleo do sujeito é a sua palavra principal e mais
O sujeito inexistente ocorre no que chamamos de
importante.
oração sem sujeito, e é acompanhado por um verbo
É importante referir que um sujeito simples não é
impessoal.
necessariamente representado por apenas uma palavra
ou por um termo flexionado no singular.
Os verbos impessoais não são acompanhados por
Exemplos de sujeito simples:
sujeitos e podem indicar: fenômenos da natureza
(chover, nevar, fazer frio, fazer calor etc.); tempo
Paulo comprou uma bicicleta.
decorrido (ser, fazer, etc.) e existência ou acontecimento
Os meninos estão brincando no quintal.
de algo (haver).
Relativamente ao primeiro exemplo, se nos perguntarmos
Exemplos de sujeito inexistente:
“Quem comprou a bicicleta”?, teremos como resposta:
“Paulo”.
Nevou o dia todo.
Faz três anos que estudo nesta escola.
2. Sujeito composto
Há muita gente na praia.
Quando o verbo principal de uma oração faz referência a
dois ou mais núcleos do sujeito, temos um sujeito
PREDICADO
composto.
O predicado é a informação que se dá sobre o sujeito.
É importante referir que um sujeito composto não
Ao identificar o sujeito da oração, todo o resto faz parte
necessariamente é um vocábulo no plural. Observe
do predicado. Por exemplo: Uma pessoa ligou, mas não
abaixo.
quis se identificar. (Sujeito: uma pessoa. Predicado:
Exemplos de sujeito composto:
ligou, mas não quis se identificar.).
O predicado pode ser: verbal, nominal e verbo-
Camila e Lorena fizeram os doces da festa.
nominal.
A professora e os alunos ensaiaram para a festa da escola.
No primeiro exemplo, se nos perguntarmos “Quem fez os
O predicado pode ser verbal quando o seu núcleo (parte
doces da festa?”, teremos como resposta “Camila e
principal do predicado) é um verbo que expressa uma
Lorena”, ou seja, um sujeito com dois núcleos; núcleo 1:
ação (O velhinho contou uma história. - predicado:
Camila; núcleo 2: Lorena.
contou uma história, cujo núcleo é “contou”).
3. Sujeito oculto ou sujeito desinencial
Também designado de sujeito elíptico, sujeito implícito e Quando o verbo, ou núcleo do predicado verbal, tem
sujeito subentendido, o sujeito oculto/desinencial é sentido completo e não precisa de complemento, ele é
aquele que não aparece na oração de forma explícita. verbo intransitivo (A vítima morreu. - predicado:
Podemos dizer que sabemos que ele está ali, mas não morreu, cujo núcleo é “morreu” - predicado verbal:
conseguimos vê-lo. verbo intransitivo).
No entanto, podemos identificá-lo por conta da
desinência do verbo da oração. Quando o verbo, ou núcleo do predicado verbal, precisa
Exemplos de sujeito oculto ou sujeito desinencial de complemento, porque não tem sentido completo, ele
é verbo transitivo (Vou preparar o jantar. - predicado:
Estamos muito orgulhosos de você. preparar o jantar, cujo núcleo é “preparar” - predicado
Deixei minha chave em casa. verbal: verbo transitivo).
O predicado pode ser nominal quando o seu núcleo (parte
principal do predicado) é um nome e o seu verbo é de
ligação, ou seja, liga o sujeito e suas características (Esta
matéria é extensa. - predicado: é extensa, cujo núcleo é
“extensa”).
O predicado pode ser verbo-nominal quando apresenta
dois núcleos (parte principal do predicado), um núcleo
verbal e um núcleo nominal (As crianças chegaram felizes.
- predicado: chegaram felizes, cujo núcleo é “chegaram”
(e “estavam”) e felizes).
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
Os termos integrantes são os termos que servem para
completar o sentido de outros termos da oração.
Os termos integrantes são três: complementos verbais,
complemento nominal e agente da passiva.
1. Complementos verbais
Com a função de completar o sentido dos verbos, os
complementos verbais podem ser: objeto direto e obje to
indireto.
Os complementos verbais podem ser objeto direto,
quando o complemento NÃO é ligado ao verbo através de
preposição obrigatória (O poeta recitou poemas. -
predicado verbal: recitou poemas, cujo núcleo é “recitou”
- complemento verbal objeto direto: poemas).
Os complementos verbais podem ser objeto indireto,
quando o complemento é ligado ao verbo através de
preposição obrigatória (O doente precisa de cuidados. -
predicado verbal: precisa de cuidados, cujo núcleo é
“precisa” - complemento verbal objeto indireto: de
cuidados).
2. Complemento nominal
O complemento nominal é o termo utilizado para
completar o sentido de um nome, que pode ser um
substantivo, um adjetivo ou um advérbio. Por exemplo: Os
idosos têm necessidade de afeto. (Complemento nominal:
"de afeto", pois completa o sentido do substantivo
“necessidade".)
3. Agente da passiva
O agente da passiva é o termo que indica quem executa a
ação, na voz passiva, e vem, geralmente, acompanhado de
preposição. Por exemplo: O bolo foi feito por mim.
(Agente da passiva: por mim)
ORAÇÕES SUBORDINADAS
Orações subordinadas substantivas
As orações subordinadas substantivas são aquelas que
exercem as funções próprias dos substantivos. Os
substantivos podem ter a função de sujeito, predicativo,
complemento nominal, objeto direto, objeto indireto e
aposto.
As orações subordinadas substantivas são classificadas
em: subjetiva, predicativa, completiva nominal, objetiva
direta, objetiva indireta e apositiva.
Oração subordinada substantiva subjetiva
Exerce a função de sujeito.
Exemplo:
É provável que ela venha jantar.
Foi preciso que você estudasse
Será necessária a sua presença
Oração subordinada substantiva predicativa
Exerce a função de predicativo do sujeito.
Exemplo:
Meu desejo era que me dessem um presente.
O melhor é que sejamos felizes juntos.
Oração subordinada substantiva completiva nominal
Exerce a função de complemento nominal.
Exemplo:
Temos necessidade de que nos apoiem.
Tenho vontade de dividir a vida com você.
Oração subordinada substantiva objetiva direta
Exerce a função de objeto direto.
Exemplo:
Nós desejamos que sua vida seja boa.
Quero que você seja feliz!
Oração subordinada substantiva objetiva indireta
Exerce a função de objeto indireto.
Exemplo:
Recordo-me de que tu me amavas.
A leitura convenceu-me de que meus argumentos e ram
fracos.
Oração subordinada substantiva apositiva
Exerce a função de aposto.
Exemplo:
Desejo-te uma coisa: que tenhas muita sorte.
Nosso maior sonho é esse: que nossos alunos sejam
aprovados!
Orações subordinadas adjetivas (restritiva e
explicativa)
As orações subordinadas adjetivas são aquelas que
exercem a função de adjetivo.
Geralmente, são introduzidas por pronomes relativos
(que, quem, qual, quanto, onde, cujo, etc.), os quais
exercem a função de adjunto adnominal do termo
anterior. O adjunto adnominal tem valor de adjetivo.
Observe as orações:
Admiro alunos estudiosos. (adjetivo)
Admiro alunos que estudam. (oração subordinada
adjetiva, porque tem valor de adjetivo).
As orações subordinadas adjetivas podem ser: explicativas
e restritivas.
Orações subordinadas adjetivas explicativas
Separadas por vírgulas, as orações subordinadas
explicativas, como o próprio nome já indica, explicam
melhor ou esclarecem o termo ao qual se referem.
Exemplos:
Oração desenvolvida
Ele foi o primeiro orador que encantou a plateia.
Assisti às atuações dos velhinhos que cantam.
Arrumou o quarto que a criança bagunçou.
Oração reduzida
Ele foi o primeiro a encantar a plateia. (oração reduzida
de infinitivo)
Assisti às atuações dos velhinhos cantando. (oração
reduzida de gerúndio)
Arrumou o quarto bagunçado pela criança. (oração
reduzida de particípio)

1) O exame final, que estava muito difícil, deixou todos EXERCÍCIOS

apreensivos. 1. (EMM) Há predicado verbo-nominal em:
Oração principal: O exame final deixou todos apreensivos. a) Ela descansava em casa.
Oração subordinada adjetiva explicativa: que estava muito b) Todos cumpriram o juramento
difícil. c) Ele vinha preocupado.
d) Ele está abatido
2) João, que é o mais calmo da turma, surpreendeu a e) Ela marchava alegremente.
todos.
Oração principal: João surpreendeu a todos. 2. (EMM) A única oração com sujeito simples é:
Oração subordinada adjetiva explicativa: que é o mais a) Existem algumas dúvidas.
calmo da turma. b) Compraram-se livros e revistas.
c) Precisa-se de ajuda.
Orações subordinadas adjetivas restritivas d) Faz muito frio.
Ao contrário das orações explicativas, as orações e) Há alguns problemas.
restritivas restringem ou delimitam o significado de seu
antecedente e não são separadas por vírgulas. 3. (PUC-PR) Sobre o exemplo: "A lua brilhou alegre no
Exemplos: céu", afirmamos que:
I. O verbo brilhar é intransitivo.
1) As pessoas que são racistas merecem ser punidas. II. O verbo brilhar é transitivo direto.
Oração principal: As pessoas merecem ser punidas. III. O verbo brilhar é transitivo indireto.
Oração subordinada adjetiva restritiva: que são racistas. IV. O predicado é nominal.
V. O predicado é verbal.
2) As pessoas que não praticam esporte costumam ser VI. O predicado é verbo-nominal.
mais doentes. a) Estão corretas I e VI.
Oração principal: As pessoas costumam ser mais doentes. b) Estão corretas I e V.
Oração subordinada adjetiva restritiva: que não praticam c) Estão corretas II e V.
esporte. d) Está correta apenas IV.
e) Estão corretas III e VI.
Orações desenvolvidas e reduzidas
As orações subordinadas adjetivas podem ser 4. Qual o tipo de sujeito da oração "A folha caiu no
desenvolvidas ou reduzidas. outono"?
As orações subordinadas adjetivas desenvolvidas a) sujeito simples
apresentam as seguintes características: b) sujeito composto
c) sujeito oculto
iniciam-se com um pronome relativo; d) sujeito indeterminado
contêm verbos nos modos indicativo ou subjuntivo. e) sujeito inexistente
As orações subordinadas adjetivas reduzidas apresentam
as seguintes características: 5. Em qual das orações abaixo temos um predicado
nominal?
não se iniciam com um pronome relativo; a) Sofia chegou cansada ao trabalho.
contêm verbos no infinitivo, gerúndio ou particípio; de b) Joana e Felipe caminharam muito hoje.
acordo com as formas nominais usadas, as orações podem c) Luísa e Paula estão fazendo torta de maracujá.
ser: reduzida de infinitivo, reduzida de gerúndio ou d) Maria Vitória chegou ofegante à aula.
reduzida de particípio. e) Alan continua atencioso comigo.
6. Temos um sujeito inexistente em:
a) Choveu durante a noite.
b) Era bom viajar pelo Brasil.
c) Necessita-se de pessoas jovens.
d) Nem sempre se é justo nesse mundo.
e) Capturaram o fugitivo.
7. (UFPA) Há, no período, uma oração subordinada
adjetiva:
a) Ele falou que compraria a casa.
b) Não fale alto, que ela pode ouvir.
c) Vamos embora, que o dia está amanhecendo.
d) Em time que ganha não se mexe.
e) Parece que a prova não está difícil.
8. Assinale a única alternativa que possui uma oração
subordinada adjetiva restritiva:
a) ( ) Meu pai, que sempre me apoiou, merece todo meu
amor.
b) ( ) As crianças que não ganharam presente choraram
muito.
c) ( ) O livro, que conquistou o país todo, tornou-se um
best-seller.
d) ( ) As pessoas, que visitavam a cidade, hospedaram-se
no famoso hotel Copacabana Palace.
e) ( ) As flores, que são colhidas ao amanhecer, compõe m
o famoso perfume francês.
9. Em qual das alternativas os temos em destaque são
objeto direto?
a) Saí mais cedo.
b) Comprei o lanche.
c) Dei o dinheiro ao funcionário.
d) Precisei de mais ketchup e pedi.
e) Gostei tanto do lanche que lambi os dedos.
10. Indique as alternativas cujos complementos indicados
em parênteses estão corretos.
a) Preciso de você. (objeto indireto)
b) Amo você. (objeto indireto)
c) Amo a Deus. (objeto indireto)
d) Adoro chocolate! (objeto direto)
e) Mandei o e-mail para você. (objetos direto e indireto)
DISCURSIVA
QUESTÃO 01 “[...] o fim último da escola é a construção
da cidadania que, nesse espaço social específico, tem na
construção de conhecimentos um instrumento
importante para atingir sua finalidade maior. Assim, a
construção de conhecimentos, valores e posturas perante
a vida e a sociedade são as contribuições mais
importantes que o sistema educacional, de forma mais
ampla, e a escola, de maneira específica, podem oferecer
ao indivíduo e à sociedade. Para tanto, os sistemas
educacionais e a escola precisam se organizar e elaborar
um planejamento que auxilie seu trabalho.
Uma forma de organização e de planejamento da
educação escolar dos sistemas educacionais se
concretiza nos Planos Educacionais do Estado e do
Município. No âmbito da escola, é o Projeto Político-
pedagógico6 (PP) que viabiliza e concretiza ações
educacionais. Isto é, ele é a forma de planejamento
pedagógico, político e administrativo, que estabelece os
objetivos da escola e os mecanismos e estratégias mais
adequados para alcançar esses objetivos.” Fonte: GRACINDO,
Regina Vinhaes. Gestão democrática nos sistemas e na escola. Brasília:
Universidade de Brasília, 2007.
O projeto Político-pedagógico configura-se como uma
forma de planejamento. Nele, os interesses
apresentados não se limitam à sala de aula, mas
compreendem a escola em sua totalidade. Sua tarefa no
âmbito escolar é contribuir significativamente na prática
social da educação, de forma participativa, atrelada a
uma gestão democrática. Tais princípios permeiam as
diretrizes, a legislação e, consequentemente, o cotidiano
das instituições escolares. Com isso, podemos nos
perguntar: sendo o Projeto Político-pedagógico um
instrumento obrigatório, de intervenção na prática
educacional escolar, necessário e, ao mesmo tempo,
indispensável para o seu funcionamento, seria viável a
construção de um modelo padrão deste documento? Ou
seja, quais os benefícios que isso traria para a educação
em nosso país, e qual a relação que isso teria com a
gestão democrática?
O candidato deverá apresentar em sua resposta as
seguintes ideias com a respectiva explicação:
• Não seria viável tal hipótese! A construção de um
modelo padrão de Projeto Político Pedagógico fugiria a
sua essência política, isto é, deixaria de ser um
documento resultante do diálogo entre escola e
comunidade, o que comprometeria diretamente a
gestão democrática e participativa.
• Apesar da aparente neutralidade do PPP, ele é
permeado pelos interesses de cada instituição escolar,
acerca daquilo que cada uma entende por educação, em
conformidade com as diretrizes e a legislação vigente.
QUESTÃO 02 A tecnologia está cada vez mais presente
na vida das pessoas, e o uso de tecnologia na educação
acompanha essa forte tendência a partir do aumento
expressivo de recursos para melhorar as aulas dos
professores e que oferecem novos recursos e
possibilidades no processo de aprendizagem dos
estudantes. Antigos métodos de educação tradicionais
estão sendo substituídos por métodos mais inovadore s,
dinâmicos e interativos por meio de novos formatos que
utilizam recursos tecnológicos cada vez mais avançados.
Desta forma, desenvolva um texto, dissertando sobre a
importancia do uso de novas tecnologias em sala de
aulas e as contribuições e desafios para a pedagogia
pós-moderna.