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MARJOLY MATTIOLLI

RESUMO – PORTUGUÊS
7° ANO - 1° ETAPA
20/03/2023

 Oração e Período

Embora muitas pessoas usem os termos oração e período como sinônimos,


eles apresentam conceitos distintos:

 Oração: enunciado que contém um verbo ou locução verbal e que pode


não apresentar um sentido completo.
 Período: enunciado que contém uma ou mais orações de sentido
completo.

O que é oração?
A oração é o enunciado que se organiza em torno de um verbo ou de uma
locução verbal. Elas podem ou não ter sentido completo.

Exemplos de oração:
 Acabamos, finalmente!
 Levaram tudo.
 É provável.
 Estamos indo...

Tipos de oração
Dependendo da relação sintática estabelecida, as orações são classificadas de
duas maneiras:
1. Orações coordenadas: são orações independentes onde não existe
relação sintática entre elas e, por isso, possuem um sentido completo.
Exemplo: Fomos para o Congresso e apresentamos o artigo. (Oração 1:
Fomos ao Congresso; Oração 2: apresentamos o artigo.).
2. Orações subordinadas: são orações dependentes onde uma está
subordinada à outra e, por isso, sozinhas não possuem um sentido
completo. Exemplo: É possível que Juliana não faça a prova. (Oração 1:
É possível; Oração 2: que Juliana não faça a prova.).

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Os termos essenciais da oração


As orações são estruturadas em torno de um sujeito e de um predicado que,
por isso, são chamados de termos essenciais da oração.
O sujeito é o elemento da oração sobre o qual se declara algo, enquanto
predicado é a declaração feita sobre o sujeito.
Exemplo: Os alunos homenagearam o professor.
Sujeito:Os alunos
Predicado: homenagearam o professor.
Há outros termos que completam o sentido de outros (termos integrantes da
oração) e termos presentes na oração que poderiam ser retirados da mesma
sem que o seu sentido fosse afetado (termos acessórios da oração).

 Tipos de sujeito

As frases podem apresentar sujeito indeterminado, sujeito inexistente ou sujeito


determinado. Esse último subdivide-se, ainda, em três tipos: sujeito simples,
sujeito composto e sujeito oculto.

1. Sujeito simples
Quando o verbo principal de uma frase faz referência a um sujeito de núcleo
único, temos um sujeito simples.
O núcleo do sujeito é a sua palavra principal e mais importante.
É importante referir que um sujeito simples não é necessariamente
representado por apenas uma palavra ou por um termo flexionado no singular.

Exemplos de sujeito simples:


 Paulo comprou uma bicicleta.
 Os meninos estão brincando no quintal.
Relativamente ao primeiro exemplo, se nos perguntarmos “Quem comprou a
bicicleta”?, teremos como resposta: “Paulo”. Nesse caso, o verbo “comprou” faz
referência a um sujeito de núcleo único: Paulo.
Já no segundo exemplo, se nos perguntarmos “Quem está brincando no
quintal?”, teremos como resposta “Os meninos”. Veja que, nesse caso, o

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sujeito é formado por duas palavras. No entanto, o núcleo do sujeito é o


elemento “meninos”.

2. Sujeito composto
Quando o verbo principal de uma frase faz referência a dois ou mais núcleos
do sujeito, temos um sujeito composto.
É importante referir que um sujeito composto não necessariamente é um
vocábulo no plural. Observe abaixo.

Exemplos de sujeito composto:


 Camila e Lorena fizeram os doces da festa.
 A professora e os alunos ensaiaram para a festa da escola.
No primeiro exemplo, se nos perguntarmos “Quem fez os doces da festa?”,
teremos como resposta “Camila e Lorena”, ou seja, um sujeito com dois
núcleos; núcleo 1: Camila; núcleo 2: Lorena.
O mesmo acontece com o segundo exemplo. Quando nos perguntamos “Quem
ensaiou para a festa da escola?”, teremos como resposta “A professora e os
alunos”. Núcleo 1: professora; núcleo 2: alunos.
No entanto, veja como a frase abaixo é diferente:

Exemplo:
Os netos presentearam a avó.
Se nos perguntarmos “Quem presenteou a avó?”, teremos como resposta “Os
netos”. Observe que, as palavras de tal resposta estão no plural, mas isso não
é indicativo de sujeito composto.
Como o sujeito tem um núcleo só (netos), temos um caso de sujeito simples.

3. Sujeito oculto ou sujeito desinencial


Também designado de sujeito elíptico, sujeito implícito e sujeito
subentendido, o sujeito oculto/desinencial é aquele que não aparece na frase
de forma explícita. Podemos dizer que sabemos que ele está ali, mas não
conseguimos vê-lo.
No entanto, podemos identificá-lo por conta da desinência do verbo da frase.

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A desinência consiste em elementos do final da palavra que permitem


identificar a pessoa verbal à qual ela se refere, compreender se a palavra é
masculina ou feminina, singular ou plural, etc.
Ao analisarmos a flexão verbal "estamos", por exemplo, observamos o
seguinte: -mos: desinência número pessoal indicativa da 1ª pessoa do plural
(nós).

Exemplos de sujeito oculto:


 Estamos muito orgulhosos de você.
 Deixei minha chave em casa.
Em ambos os exemplos, o que nos indica qual é o sujeito é a desinência da
flexão verbal. No primeiro exemplo, o verbo “estamos” nos indica que o sujeito
só pode ser “nós”. Já no segundo exemplo, o verbo “deixei” é indicativo de que
o sujeito da frase é “eu”.
Nesse caso, tanto o sujeito “nós” quanto o sujeito “eu” estão implícitos.

4. Sujeito determinado
O sujeito determinado é aquele que pode ser identificado. Compare os
exemplos abaixo:
 Rita disse que vai chover (sujeito determinado).
 Disseram que vai chover (sujeito indeterminado).
Observe que, no primeiro exemplo, podemos identificar o sujeito (Rita). Por
isso, temos um caso de sujeito determinado.
Já na segunda frase, sabemos que alguém disse que vai chover, mas não
sabemos quem.
Os sujeitos simples, compostos ou ocultos são sujeitos determinados.

5. Sujeito indeterminado
O sujeito indeterminado é aquele que faz referência a alguém, mas não o
identifica.
Esse tipo de sujeito geralmente é acompanhado de verbos flexionados na
terceira pessoa do plural, ou de verbos flexionados na terceira pessoa do
singular, acompanhados da partícula -se.

Exemplos de sujeito indeterminado:

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 Esqueceram de trancar a porta.


 Precisa-se de vendedores.
Observe que, no primeiro exemplo, sabemos que alguém esqueceu de trancar
a porta, mas não exatamente quem.
Já na segunda frase, identificamos que alguém ou algum lugar precisa de
vendedores, mas não compreendemos quem ou que lugar.

6. Sujeito inexistente (oração sem sujeito)


O sujeito inexistente ocorre no que chamamos de oração sem sujeito, e é
acompanhado por um verbo impessoal.
Os verbos impessoais não são acompanhados por sujeitos e podem indicar:
fenômenos da natureza (chover, nevar, fazer frio, fazer calor etc.); tempo
decorrido (ser, fazer, etc.) e existência ou acontecimento de algo (haver).

Exemplos de sujeito inexistente:


 Nevou o dia todo.
 Faz três anos que estudo nesta escola.
 Há muita gente na praia.
 Na minha família houve um caso parecido.

 Período Simples e Composto

O período pode ser caracterizado pela presença de uma ou de mais orações,


por isso, pode ser simples ou composto.

Período Simples - apresenta apenas uma oração, a qual é chamada


de oração absoluta.
Exemplos:
 Já acordamos.
 Hoje está tão quente!
 Preciso disto.

Período Composto - apresenta duas ou mais orações.

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Exemplos:
 Conversamos quando eu voltar.
 É sua obrigação explicar o que aconteceu.
 Descansou, passeou e fez o que mais quis nas férias.
O número de orações depende do número de verbos presentes num
enunciado.

Classificação do Período Composto

Conforme a sua formação, o período composto é classificado em: período


composto por coordenação ou período composto por subordinação

- O período composto por coordenação contém orações independentes


entre si, ou seja, cada uma delas têm sentido completo.
Exemplos:
Levantou e começou a trabalhar.
Assaltou a loja e correu pela porta dos fundos.

- O período composto por subordinação contém orações que se relacionam


entre si.

Exemplos:
Espero terminar os enfeites até que os convidados comecem a chegar.
Fiz a receita mesmo sem saber quais ingredientes levava.
Quando há a presença de orações coordenadas e subordinadas, o período é
misto.

Exemplos:
Levantei, embora ainda estivesse cheio de sono.
Enquanto ele falar, nós vamos escutar.

Orações Coordenadas
As orações coordenadas podem ser sindéticas ou assindéticas,
respectivamente, conforme são utilizadas ou não conjunções.

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Exemplos:
Ora fala, ora não fala. (oração coordenada sindética, marcada pelo uso da
conjunção “ora...ora”).
As aulas começaram, os deveres começaram e a preguiça deu lugar à
determinação. (orações coordenadas assindéticas: “As aulas começaram, os
deveres começaram”, oração coordenada sindética: “e a preguiça deu lugar à
determinação”.)

As orações coordenadas sindéticas podem ser:


 Aditivas: quando as orações expressam soma. Exemplo: Gosta de
praia, mas também gosta de campo.
 Adversativas: quando as orações expressam adversidade. Exemplo:
Gostava do curso, contudo não havia vaga na sua cidade.
 Alternativas: quando as orações expressam alternativa. Exemplo: Vai
ele ou vou eu.
 Conclusivas: quando as orações expressam conclusão. Exemplo:
Estão de acordo, então vamos.
 Explicativas: quando as orações expressam explicação. Exemplo:
Fizemos o trabalho hoje porque tivemos tempo.

Orações Subordinadas
As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais,
conforme a sua função.

Exemplos:
 Substantivas: quando as orações têm função de substantivo. Exemplo:
Espero que vocês consigam.
 Adjetivas: quando as orações têm função de adjetivo. Exemplo: Os
concorrentes que dormem mais têm um desempenho melhor.
 Adverbiais: quando as orações têm função de advérbio. Exemplo: À
medida que crescem, aumentam as preocupações.

 Verbos de Ligação

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Os verbos de ligação, também chamados de copulativos, têm a função de


ligar o sujeito e suas características (predicativo do sujeito).
Distinguem-se, assim, dos verbos intransitivos e transitivos, na medida em que
esses expressam uma ação praticada ou sofrida.
Os principais verbos de ligação são: ser, estar, permanecer, ficar, tornar-se,
andar, parecer, virar, continuar, viver.

Exemplos:
 A plateia é toda jovem. (Verbo de Ligação)
 Hoje teremos casa cheia. (Verbo Transitivo)
 Não vou! (Verbo Intransitivo)

Lista dos Verbos de Ligação


Confira abaixo uma lista dos verbos de ligação, seguida de exemplos:

Estado Circunstancial
 Estar. Exemplo: Estou exausta!
 Parecer. Exemplo: Ela parece feliz com os resultados.
 Andar. Exemplo: Desde aquele episódio, andamos sempre contentes.

Estado Permanente
 Ser. Exemplo: Eles são capazes de finalizar tudo até amanhã?
 Viver. Exemplo: Vivem doentes.

Mudança de Estado
 Ficar. Exemplo: Fico feliz com a notícia!
 Tornar-se. Exemplo: Ela se tornou um exemplo de vida.
 Virar. Exemplo: Depois de tudo, virou um santo...

Continuidade do Estado
 Permanecer. Exemplo: Ele permaneceu calado.
 Continuar. Exemplo: Ela continuou atenta ao trabalho.

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Classificação dos Verbos


A classificação dos verbos em intransitivo, transitivo e verbo de ligação é feita
mediante o seu contexto.
Isso porque o mesmo verbo pode ser classificado de formas distintas, conforme
verificamos nos exemplos a seguir:
 Desde aquele episódio, andamos sempre contentes. (verbo de ligação,
pois expressa um estado, que é o fato de se sentir contente)
 Andamos o quarteirão todo atrás do nosso gato e não o encontramos.
(verbo intransitivo, pois expressa a ação de procurar o gato)
 Ela vive cansada. (verbo de ligação, pois expressa um estado, que é o
fato de se sentir constantemente cansada)
 Ela vive no Japão. (verbo intransitivo, pois expressa a ação de residir no
Japão)

Predicativo do Sujeito
O predicativo do sujeito é a característica que define ou modifica o sujeito.
Ele é chamado de predicativo porque faz parte do predicado, mas não
acrescenta nada ao verbo e, sim, ao sujeito.

Exemplo:
Ambos continuam doentes.
Sujeito: Ambos
Predicado: continuam doentes
Verbo de Ligação: continuam
Predicativo do Sujeito: doentes
Geralmente, o predicativo do sujeito é constituído por um substantivo,
um adjetivo ou um pronome. Há casos, porém, em que o predicativo é formado
por preposição.

Exemplos:
 O João é dos nossos! (dos nossos é o predicativo do sujeito)
 Aqueles bolos são de chocolate. (de chocolate é o predicativo do sujeito)

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