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Equipe Projeto IBGE Efetivo - Português

PORTUGUÊS

TIPOS DE
SUJEITO
PARTE II
EQUIPE PROJETO IBGE EFETIVO

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Equipe Projeto IBGE Efetivo - Português

INTRODUÇÃO

Olá, pessoal! Como estão? Vamos dar continuidade à nossa aula sobre sujeito.

Para começar nossa aula de hoje, vamos revisitar os conceitos-chave que


discutimos na última aula sobre o tema "sujeito".

1. Sujeito Simples: Este é o sujeito que possui apenas um núcleo.

2. Sujeito Composto: Este sujeito possui dois ou mais núcleos.


Concordância: Quando o sujeito composto antecede o verbo, o
verbo concorda com todos os núcleos e se coloca no plural. Por
outro lado, quando o sujeito composto vem depois do verbo, este
pode concordar com todos os núcleos ou apenas com o núcleo
mais próximo.

3. Sujeito Oculto (ou Elíptico): Embora não esteja explicitamente


mencionado, podemos identificá-lo pela terminação do verbo.

4. Sujeito Indeterminado: Não se pode determinar quem realizou a ação.

5. Sujeito Inexistente: Caracterizado pela presença de verbos impessoais.


Esses verbos devem estar, obrigatoriamente, na terceira pessoa do
singular.

6. Sujeito Oracional: Não abordaremos este sujeito agora, pois será tema
de discussão na aula sobre oração subordinada substantiva.

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VERBO “HAVER”
Antes de prosseguir, gostaria de realçar um aspecto crucial: a diferença entre
os verbos "haver" e "existir", especialmente no que diz respeito à sua
transitividade.

Exemplos:

1. Havia muitas pessoas aqui.


2. Existiam muitas pessoas aqui.

À primeira vista, ambas as sentenças parecem ter o mesmo significado, e de


fato têm. No entanto, a forma como funcionam gramaticalmente difere.

Verbo "Haver"

O verbo "haver", quando utilizado com o sentido de "existir" ou "ocorrer", não


possui sujeito. Quanto à transitividade, "haver" é transitivo direto. Por
exemplo, em "Havia muitas pessoas aqui", o termo "muitas pessoas" é o objeto
direto, o que explica o porquê de o verbo não concordar em número com ele.

Verbo "Existir"

Já o verbo "existir" é intransitivo e, nesse caso, "muitas pessoas" é o sujeito da


frase. Por essa razão, o verbo "existir" concorda em número com o termo que o
segue. Normalmente, o sujeito do verbo "existir" aparece após o verbo, isto é,
está posposto.

Portanto, é essencial estar atento a essas nuances gramaticais para


compreender por que o verbo "haver" não varia, enquanto o verbo "existir"
concorda com seu sujeito.

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SUJEITO
SUJEITO COMPLEXO
Agora, abordaremos um conceito chamado Sujeito Complexo. Embora essa
nomenclatura não apareça frequentemente em provas, é fundamental
entender sua estrutura para evitar confusões na análise sintática.

Definição do Sujeito Complexo:

Trata-se de um sujeito simples que, devido à sua extensão, parece composto. O


"complexo", aqui, refere-se à sua extensão e não à quantidade de núcleos. Ou
seja, ainda que extenso, ele possui um único núcleo.

Vamos analisar a seguinte frase:

• O novo desentendimento público entre os ministros Joaquim Barbosa


(relator) e Ricardo Lewandowski (revisor) expôs a ponta de uma
questão que pode se tornar a mais grave deformação no julgamento da
Ação Penal 470.

Ao questionarmos "Quem expôs?", a resposta é "O novo desentendimento".


Percebam que, mesmo com a presença de vários termos na frase (incluindo os
nomes dos ministros), o verdadeiro núcleo do sujeito é "desentendimento".
Isso indica que estamos diante de um sujeito simples, não obstante sua
extensão.

Dica de Análise Sintática:

Sempre que se deparar com sentenças extensas, retorne ao verbo e pergunte


"Quem?" ou "O que?". Isso facilitará a identificação do sujeito, mesmo em
contextos mais complexos.

Em resumo, mesmo diante de construções extensas, é essencial identificar o


núcleo do sujeito para determinar sua natureza - simples, composta ou, como
discutimos, complexa. Espero que essa explanação tenha esclarecido o
conceito para vocês!

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DIFERENÇAS ENTRE SUJEITO INDETERMINADO E SUJEITO


OCULTO
Hoje, quero esclarecer uma confusão comum entre sujeito indeterminado e
sujeito oculto, principalmente quando lidamos com verbos na terceira pessoa.

Se você se recorda das nossas anotações anteriores, o sujeito indeterminado é


identificado quando o verbo está na terceira pessoa e não há uma referência
clara a quem pratica a ação.

Observe a seguinte questão:

Analise o seguinte trecho: “Meus filhos Joaquim e Maria vivem aprontando.


Outra vez, esconderam minha bolsa no lixo”.

O verbo “esconder”, na terceira pessoa do plural, indica que o sujeito da


segunda oração é indeterminado.

Analisemos juntos:

Na primeira frase, "Meus filhos Joaquim e Maria vivem aprontando", o núcleo


do sujeito é "filhos". Na segunda, quando diz "Outra vez esconderam minha
bolsa no lixo", mesmo que o sujeito não esteja explicitamente mencionado,
sabemos a partir da primeira oração que foram Joaquim e Maria que
esconderam a bolsa. Portanto, o sujeito está implícito ou oculto, mas não é
indeterminado.

A presença de um verbo na terceira pessoa do plural não significa


automaticamente que temos um sujeito indeterminado. O sujeito será
indeterminado apenas se realmente não soubermos quem praticou a ação.

No exemplo citado, sabemos pela primeira oração quem praticou a ação:


Joaquim e Maria. Assim, o sujeito da segunda oração é oculto (ou elíptico), não
indeterminado.

Gabarito: Errado.

Para provas e análises sintáticas, é essencial diferenciar entre sujeitos ocultos e


indeterminados.

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QUESTÕES
1) Na oração “[...] todos os integrantes do grupo mantêm o equilíbrio pessoal
[...]”, o núcleo do sujeito é o termo

a) “todos”

b) “pessoal”

c) “equilíbrio”

d) “integrantes”

e) “do grupo”

Comentário:

Para determinar o núcleo do sujeito, siga os passos a seguir:

1. Localize o Verbo:
• Primeiramente, identifique o verbo da oração. Neste caso, temos
"mantêm".
2. Faça a Pergunta ao Verbo:
• Pergunte ao verbo "Quem mantém o equilíbrio?" A resposta
nosdará o sujeito da oração. Aqui, a resposta é "Todos os
integrantes do grupo".
3. Análise Detalhada do Sujeito:
• "Do grupo" está preposicionado e, portanto, não pode ser
onúcleo.
• "Os" é um artigo, então também não é o núcleo.
• "Todos" serve como modificador (adjunto adnominal) que
serefere a "integrantes".

Logo, podemos concluir que "integrantes" é o núcleo do sujeito. Esse termo é


omais importante dentro do sujeito, pois carrega a essência do significado e
não está preposicionado.

Gabarito: Letra D.

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2) Na seguinte sequência de orações “Vejo e me identifico com a luta, outras


vezes, observo-os em silêncio e penso”, repete-se um tipo de sujeito que:

a) possui um caráter de indeterminação do agente.


b) deve ser identificado pela desinência verbal.
c) sofre as ações e classifica-se como passivo.
d) pode ser entendido como inexistente.
Comentário:

Agora, vamos identificar o tipo de sujeito:

1. Localize os Verbos:
• Temos "vejo", "identifico", "observo" e "penso".
2. Faça a Pergunta aos Verbos:
Pergunte a cada verbo quem é o agente da ação.
• Quem vê? Resposta: Eu.
• Quem se identifica? Resposta: Eu.
• Quem observa? Resposta: Eu.
• Quem pensa? Resposta: Eu.

Da análise acima, podemos concluir que o sujeito é oculto ou elíptico, ou


seja,embora não esteja explicitamente mencionado, é possível identificá-lo
através da desinência verbal, que é a terminação do verbo que indica a
conjugação.

Terminologia:

O sujeito oculto também é conhecido por outros termos:

• Sujeito Desinencial: Refere-se à terminação do verbo.


• Sujeito Oculto: Não está explicitado na oração, mas é identificável.
• Sujeito Implícito: O sujeito não é mencionado, mas é subentendido.
• Sujeito Elíptico: O sujeito é omitido, mas pode ser deduzido.
• (Obs.: "Sujeito Indeterminado" é uma categoria diferente e não se aplica
aqui.)

Conclusão: O tipo de sujeito repetido nas orações é o sujeito oculto (ou


implícito, ou elíptico, etc.).

Gabarito: Letra B.

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3) Leia: Os colonizadores fundaram várias feitorias; e, quando fizeram a


independência da Brunzundanga...

Considerando o contexto em que a oração “quando fizeram a independência


da Brunzundanga” encontra-se, é correto afirmar que o sujeito do verbo em
destaque:

A) não pode ser determinado.

B) encontra-se implícito.

C) não existe sintaticamente.

D) possui mais de um núcleo.

Comentário:

Para entender o tipo de sujeito que está sendo apresentado, vamos fazer uma
análise detalhada:

1. Primeira Oração: "Os colonizadores fundaram várias feitorias"

oVerbo: Fundaram.
o Pergunta ao Verbo: Quem fundaram várias feitorias?
o Resposta: Os colonizadores. Portanto, "Os colonizadores" é o
sujeito determinado e explícito da oração.
2. Segunda Oração: "…quando fizeram a independência de Brunsundanga"

o Verbo: Fizeram.
o Pergunta ao Verbo: Quem fizeram a independência de
Brunsundanga?
o Resposta: Mesmo que o sujeito não esteja explícito nesta oração,
pela contextualização, podemos inferir que são "Os
colonizadores". Portanto, temos um sujeito implícito ou oculto,
que pode ser identificado pela desinência verbal e pelo contexto
anterior.

A dificuldade muitas vezes apresentada por bancas de exames é em diferenciar


entre o sujeito indeterminado e o sujeito oculto.

Gabarito: Letra B.

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4) TEXTO: é importante a conservação dos ambientes para que possamos ter


um desenvolvimento sustentável

QUESTÃO: O sujeito da oração “é importante” é indeterminado.

Comentário:

Critérios para Sujeito Indeterminado:

• Verbo na terceira pessoa do plural sem referência explícita ao sujeito.


• Verbo transitivo indireto, intransitivo, ou verbo de ligação seguido de "si".
• Uso do infinitivo impessoal sem referência clara ao sujeito.

A oração dada atende a algum destes critérios? Não.

Análise Sintática:

Ao observar a oração, para identificar o sujeito, fazemos a pergunta ao verbo


principal:

• Pergunta: O que é importante?


• Resposta: A conservação dos ambientes.

Portanto, "A conservação dos ambientes" é o sujeito da oração. É um sujeito


simples cujo núcleo é "conservação".

Ao colocar a oração na ordem direta, temos:

"A conservação dos ambientes é importante."

Note que o verbo "ser" (está na forma "é") concorda em número com o núcleo
do sujeito, que é "conservação". A preposição "dos" liga "conservação" a
"ambientes", de forma que "ambientes" não pode ser o núcleo do sujeito.

A afirmação da questão está incorreta. Não estamos diante de um sujeito


indeterminado, mas sim de um sujeito simples posto após o verbo.

Gabarito: Errado.

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5) TEXTO: Houve um doente poeta que resistiu a tudo.

QUESTÃO: A expressão “um doente poeta que resistiu a tudo” exerce a função
sintática de sujeito da forma verbal “Houve”.

Comentário:

Análise:

1. Ao se deparar com o verbo "haver", é fundamental pausar e analisar.


Este verbo frequentemente tem nuances em sua aplicação.
2. Uma maneira de confirmar a impessoalidade do verbo "haver" é tentar
substituí-lo por "existir" ou "ocorrer".
Substituição: "Existiu um doente poeta que resistiu a tudo."
Essa substituição é válida, confirmado que o verbo "houve" é impessoal
nesta oração.
3. O verbo impessoal "haver", neste contexto, não concorda com o termo
que o segue. Dessa forma, o termo "um doente poeta" não é o sujeito,
mas sim o objeto direto da oração.

O verbo "houve" é impessoal e a expressão "um doente poeta que resistiu a


tudo" exerce a função sintática de objeto direto. Portanto, a questão proposta
inicialmente está incorreta.

Gabarito: Errado.

Encerramos nossa discussão sobre os tipos de sujeito. Durante a aula,


exploramos os diversos usos e nuances, com destaque para o sujeito
indeterminado e o verbo impessoal, elementos fundamentais em nossa língua.
É importante salientar que revisitaremos esses conceitos na aula sobre
concordância. Portanto, mantenham-se atentos e continuem a prática para
solidificar o aprendizado!

Agradeço a atenção de todos, e nos vemos na próxima aula! Se cuidem e


continuem estudando!

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