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PARTIDO DEMOCRÁTICO UNIVERSITÁRIO

NÚCLEO DE GRAMÁTICA

APOSTILA TEÓRICA E DE EXERCÍCIOS

HUGO SIRENA

ISABELLE DEMETRIO

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...................................................................................................................................3

1. PONTUAÇÃO....................................................................................................................................4

2. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL…………………………………………………………………………8

3. CRASE.............................................................................................................................................10

4. CONCORDÂNCIA NOMINAL/VERBAL.........................................................................................12

5. EXERCÍCIOS....................................................................................................................................15

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APRESENTAÇÃO

Antes de tecer algumas palavras a respeito do Cursinho Solidário Todos Pelo


Direito e do presente material, sejam todos muito bem-vindos! Cada um de vocês luta uma
batalha diferente e certamente merece, antes de qualquer coisa, reconhecimento e um
abraço caloroso de boas-vindas a essa nova fase que se inicia. Ser vestibulando não é
nada fácil, todos sabemos. Trata-se de um momento em que sentimentos são
constantemente intensificadas, e o exercício de autoconhecimento, bem como o convite
à resiliência, desafiam a pessoa que queremos ser diante das dificuldades que
enfrentamos. Se você chegou até aqui, de certa forma determinado e esperançoso, uma
batalha você já venceu. Orgulhe-se disso!

Posso dizer que, nas duas últimas (e únicas) edições do Cursinho, nas quais atuei
como Coordenadora de Redação, duas certezas insistiram em me nocautear e até hoje se
mantêm fortes: a de que não é preciso muito para transformar situações e histórias e a de
que a comunicação é a maior fonte geradora de respostas que se pode um dia imaginar.
Na verdade, corrijo. Para além da comunicação e linguagem, o que nos dá a certeza da
resposta é a vontade de comunicar. Daí, então, a louca insensatez de se apaixonar pela
língua portuguesa e por tudo que ela constrói, desconstrói, ensina e esconde.

Sabendo que o mundo é inteiramente conduzido por mensagens e pelos meios


para a sua transmissão, digo que ler e escrever não são tarefas difíceis, são momentos em
que muito se descobre sobre si mesmo. E talvez esse exercício é que seja, de primeiro
plano, intimidador e resistente. No entanto – e retomando o que disse acima -, se a maior
demolidora de barreiras é a vontade de se comunicar, a busca pela comunicação plena,
limpa, sem entraves e confusões, é o verdadeiro norte para quem se encontra nesse
processo de investigação e tem vontade, também, de superação.

A comunicação, as letras, as palavras e até mesmo os pequenos sinais frasais


estão ao nosso dispor por um simples motivo: sem eles não é possível sequer existir. Uma vez
descobertos e compreendidos, fazem mágica e te apresentam a uma independência
jamais anteriormente conquistada. É essa independência que você, se quiser, vai
conquistar. Isso porque escrever é muito diferente de escrever bem, e essas são coisas que,
por mais que se diga (ou se sinta) o contrário, são facilmente atraídos pela simples
vontade. Queira escrever bem...e então escreverá bem.

Com o humilde intuito de te fazer entender um pouco mais do universo das


letras, este material de apoio foi elaborado. Ele pretende, de uma maneira simples e
extremamente rápida, desmistificar institutos fundamentais a uma boa escrita. Devido ao
tempo e ao conteúdo da UFPR, precisamos selecionar apenas os centrais e efetivamente
necessários. Por isso, a intenção foi fazer uma exposição facilmente absorvível. Ainda, é
preciso e justo lembrar que o conteúdo desta apostila adveio dos conhecimentos do nosso
Professor Hugo, Bacharel em Letras, e dos meus singelos aprendizados. Aproveitem!

Isabelle Demetrio
Coordenadora Pedagógica, 2018.

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1. PONTUAÇÃO

Atualmente, considerando o desenvolvimento da tecnologia, a comunicação


entre os indivíduos encontrou cada vez mais meios variados para se instalar. Trocamos
mensagens, escrevemos textos e, inclusive, utilizamos as imagens para representar uma
ideia ou sentimento. O que todas essas ações têm em comum? Elas transmitem
informações por meio de sinais, que podem ser gráficos (relacionados à escrita) ou
imagéticos (como nas placas de trânsito, fotos, gifs, emojis etc.). No entanto, todos eles
servem à organização do pensamento a ser transmitido e, por consequência, à
adequação desse mesmo pensamento à forma tomada no mundo real.

Assim, quando queremos nos comunicar por meio da escrita, precisamos utilizar
uma série de elementos que busquem facilitar a compreensão do nosso leitor e garantir
que a mensagem chegará exatamente de acordo com a sua pretensão inicial.
Estudaremos, então, os sinais de pontuação que, na escrita dos textos, são responsáveis
por encadear nossas ideias e estabelecer as relações de sentidos adequadas. Acredite,
eles fazem a diferença!

Os elementos de pontuação traduzem-se como sinais frasais, ou seja, que são


colocados numa frase, com funções sintáticas próprias (cada um exerce então, uma
determinada função e cumpre um específico papel). São componentes que adequam as
frases em sua forma sintático-gramatical. São exemplos de sinais de pontuação: VÍRGULA,
PONTO E VÍRGULA, DOIS PONTOS, ASPAS, etc. Para este estudo, estudaremos o uso da
Vírgula.

VÍRGULA

Vamos esclarecer uma coisa importante: o uso da vírgula não é aleatório. De


modo geral, ela desempenha a função de separar frases encadeadas entre si ou
elementos dentro de uma frase, possuindo, para cada situação específica, um objetivo
diferente. Por isso, seguem algumas hipóteses de aplicação das vírgulas:

a) SEPARAR ENUMERAÇÃO DE ELEMENTOS

Ex.: Fui à feira para comprar feijão, verduras, carne, queijo e castanhas.

Aqui, a explicação é simples: quando tenho uma série de mais de uma


palavra, preciso separá-la. Isso vale para todos os casos em que termos
estejam colocados em sequência: verbos (corri, dormi, acordei e comi) e,
como no exemplo, substantivos. Lembre-se de que entre os dois últimos
elementos não existe vírgula.

b) SEPARAR VOCATIVO

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Ex.: Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu?

Entendemos por “vocativo” o termo da oração – palavra ou expressão, que


põe em destaque a pessoa ou coisa a quem se dirige a palavra. Ele sempre
vai vir acompanhado de vírgula (s), independente do “lugar” da frase em
que ele se encontra (início, meio ou fim). Por exemplo: “Não sei, Helena,
precisamos conversar melhor sobre isso”, ou então, “Precisamos conversar
melhor sobre isso, meu bem.”

c) SEPARAR LOCAL EM DATAS E ENDEREÇOS

Ex.: São José dos Pinhais, 24 de abril de 2018.

d) ORGANIZAR ELEMENTOS INTERCALADOS

Ex.: As eleições, graças à organização dos responsáveis, transcorreram bem.

Dentro desse exemplo, é importante notarmos que a expressão sublinhada


exerce a função de “causa e consequência” entre os elementos que estão
ao seu lado: veja que as eleições só transcorreram bem porque os
responsáveis foram organizados. Quando eu quiser estabelecer uma relação
de sentido entre as “pontas” da frase, o termo do meio precisará ser
separado por vírgula.

e) ISOLAR APOSTO e ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA

Ex.: O professor, responsável pela aula, distribuiu os trabalhos.


Ex.: O professor, que era formado em Direito, chegou atrasado.

Aposto é toda expressão que tem por objetivo caracterizar um sujeito ou


explicar algum termo da frase. Outro exemplo: “Ontem,  segunda-feira,
passei o dia com dor de cabeça.”. O aposto da frase é o termo “segunda-
feira”, que, no caso, indica o que seria o “ontem”. Existem inúmero tipos de
apostos, mas o importante para nós é saber qual a sua função na frase.

Último exemplo: “A Ecologia,  ciência que investiga as relações dos seres


vivos entre si e com o meio em que vivem,  adquiriu grande destaque no
mundo atual.” – Tudo o que está sublinhado na frase é aposto porque define
o que é Ecologia.

Ao se falar em “oração subordinada adjetiva explicativa”, a única diferença


que se tem é a preposição “que”, responsável por estabelecer a
subordinação (ou dependência, conexão) entre as partes da oração “o
professor” e “chegou atrasado”. É chamada de adjetiva porque também
caracteriza quem é o professor.

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f) MARCAR INVERSÕES DE NATUREZA SINTÁTICA

Ex.: Que ele é inteligente, todos sabemos (“Todos sabemos que ele é inteligente”)

Mas quais os casos em que eu não posso usar vírgula de modo algum?

NÃO USAR VÍRGULA: EXEMPLOS DE ERRO:

a) Entre SUJEITO/VERBO/OBJETO a) Essa teoria, não vale, nada.

b) Antes das conjunções OU, E, NEM b) Não quero isso, nem aquilo.

ORAÇÕES SUBORDINADAS1

Superados, então, os casos mais comuns em que se usa vírgula, precisamos


voltar ao caso dos elementos intercalados e desenvolver melhor a sua teorização, de
modo a apresentar a fundamentação para a ocorrência do uso da vírgula.

Como vimos, intercalar elementos ou frases significa estabelecer uma relação


de sentido entre elas. E essa relação é a subordinação, marcada, geralmente, por uma
conjunção que marca a dependência de uma em relação à outra.

• Dentre as inúmeras orações, existem aquelas que têm a exata mesma função
dos advérbios: descrever as circunstâncias da ação. É o caso das orações subordinadas
adverbiais. E são exatamente essas que importam para estudarmos as vírgulas! Como a
oração subordinada atua como um advérbio, a pontuação se aplica da mesma forma
a ambos. Vejamos alguns exemplos de tipos de oração subordinada adverbial:

a) Já que precisa de comida, ela vai ao mercado (vírgula obrigatória)


b) Ainda que não saiba, vou tentar tocar piano (vírgula obrigatória) 
c) Quero saber cozinhar, como minha vó sabe (vírgula opcional)
d) Se não comprar o ingresso, você não vai à festa (vírgula obrigatória) 
e) Vou ficar em casa, conforme recomendou o médico (vírgula opcional) 
f) Afim de não ir ao evento, ela fingiu estar doente (vírgula obrigatória) 

Observando as frases acima, podemos concluir que, em se tratando de orações


subordinadas, a ordem comum é a oração subordinada (que atua como advérbio) depois
da principal.  Então, se a oração principal vier primeiro, mantendo a ordem padrão, a
vírgula é opcional.  Se a oração subordinada vier primeiro ou no meio, alterando a ordem
padrão, a vírgula é obrigatória.

1 Nada mais do que justo salientar que as informações trazidas são fruto de pesquisas, mas também
têm como referência o material elaborado pela Julia Yaegashi, professora de gramática do ano
passado. Grande Júlia!

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Para conseguirmos compreender quais os sentidos estabelecidos entre as
orações, vejamos, rapidamente, os tipos de conjunções utilizadas:

a) Causais: porque, pois, já que, visto que, uma vez que, por isso que 
b) Comparativas:  como, bem como, assim como, feito, tal qual, que nem 
c) Concessivas: embora, ainda que, apesar de que, por mais que, posto que 
d) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, a menos que, exceto se 
e) Conformativas: conforme, como, segundo, consoante 
f) Consecutivas: de modo que, de forma que, tanto que 
g) Finais: para que, afim de que 
h) Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que. 
i) Temporais: quando, enquanto, logo que, assim que, depois que, desde que, cada
vez que, sempre que

• Assim como temos as orações subordinadas adverbiais, temos também as


orações subordinadas adjetivas. O raciocínio é o mesmo. São orações que cumpram o
papel de  adjetivos, ou seja, descrevem um substantivo, as  subordinadas adjetivas.
Seguem algumas considerações a respeito:

✓ Esse substantivo pode ser tanto sujeito como objeto.  


✓ A presença ou não de vírgula depende do sentido. 
✓ Se estiver entre vírgulas, a oração adjetiva adiciona informações sobre o
substantivo. 
✓ Se não houver vírgulas, a oração adjetiva restringe o substantivo 

Exemplos:

a) Os homens que estavam aptos foram à guerra. (Apenas os que estavam aptos. Os


inaptos não foram. A oração adjetiva restringe.) 
b) Os homens, que estavam aptos, foram à guerra. (Todos os homens foram à guerra. A
oração adjetiva somente acrescenta a informação de que eles estavam aptos.) 
c) Comi os tomates que estavam bons. (Comi apenas os bons, não os maus.) 
d) Comi os tomates, que estavam bons. (Comi os tomates, e eles estavam todos bons.)

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2. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

A ordem natural do conteúdo colocaria a crase como assunto seguinte à


pontuação, justamente por integrá-la. No entanto, preferimos fazer uma inversão e falar
primeiro sobre a regência verbal, por conseguir melhor criar a base da relação entre os
verbos e as preposições. Veja.

Essa é uma das matérias mais importantes para a boa escrita de um texto.
Quando falamos em regência, precisamos imaginar a relação que se estabelece entre
os  verbos  e os  termos que os complementam  (objetos diretos e objetos indiretos) ou
os  caracterizam  (adjuntos adverbiais). Para analisar as conexões, precisamos primeiro
identificar que os verbos são divididos em quatro categorias: VTD (Verbo Transitivo Direito),
VTI (Verbo Transitivo Indireto), VTDI (Verbo Transitivo Direito e Indireto ou Verbo Bitransitivo) e
VI (Verbo Intransitivo). A (in)transitividade dos verbos é justamente a necessidade, ou não,
de o verbo ser completado.

REGÊNCIA VERBAL

a) VTD: Verbo Transitivo Direto – PEDE “OBJETO DIRETO” (Sem preposição)


Ex.: AMAR, ADMIRAR, NAMORAR, CONVIDAR, ASSISTIR, PAGAR, etc.

b) VTI: Verbo Transitivo Indireto – PEDE “OBJETO INDIRETO” (Com preposição)


Ex.: OBEDECER, ABRAÇAR-SE, ASSISTIR, PAGAR, etc.

c) VTDI: Verbo Transitivo Direito e Indireto – PEDE “OBJETO DIREITO” E “OBJETO INDIRETO”
Ex.: INFORMAR, AVISAR, PAGAR, etc.

d) VI: Verbo Intransitivo – NÃO PEDE OBJETO


Ex.: MORRER, SENTAR, SOFRER, etc.

REGÊNCIA NOMINAL

Uma vez mais, o raciocínio aqui é o mesmo. Assim como os verbos, em alguns
casos, possuem relações e precisam de complemento, os nomes também. A regência
nominal, portanto, é o campo da gramática que estuda a relação de sentido que se dá
entre os nomes e os respectivos termos regidos por esse nome.

O fato é que os nomes (que podem ser substantivos,  adjetivos  e  advérbios)


podem exigir mais de um complemento precedido por  preposição.  E o conjunto de
complemento regido pela preposição é denominado "complemento nominal”. Verifique o
quadro comumente utilizado para falar de regência nominal:

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Substantivos: Admiração a/por – Aversão a/por – Doutor em – Obediência a – Atentado a/
contra – medo de – Respeito a/para com/por – Capacidade de/para – Impaciência com –
Certeza de/em – Ideia de – Ânsia de/por – Dúvida em/sobre 
Adjetivos: Necessário a – Acostumado a/com – Nocivo a – Agradável a – Equivalente a –
Entendido em – Escasso de – Alheio a/de – Paralelo a – Preferível a – Propício a – Benéfico a
– Adaptado a – Aflito por – Passível de – Situado em
Advérbios:  Longe de – Perto de 2

Outros exemplos de uso:

a) Ele é fanático por futebol.


b) Ele sente orgulho de sua família.
c) Esse é o perigo de que tenho medo.
d) Esse é o prêmio a que tenho direito.
e) Esse é o homem por quem tenho muito respeito.
f) Isto é acessível a todos.
g) Estou apto a trabalhar.
h) Joana está apta para desenvolver suas funções.

2Encontramos um link com um rol maior de exemplos, caso queiram: https://


www.recantodasletras.com.br/gramatica/2922796

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3. CRASE

A crase assusta, mas é um fenômeno simples e facilmente explicado. Trata-se


fusão entre a PREPOSIÇÃO “A” e um ARTIGO (“A” ou “AS”) ou um PRONOME
DEMONSTRATIVO (“AQUELE (A)” ou “AQUELE (AS)”). Essa junção é simbolizada pelo acento
grave “invertido” (`). Ou seja, a crase NÃO É o acento, mas o fenômeno simbolizado pelo
acento.

O uso do acento sinalizador da crase pode ser OBRIGATÓRIO, PROIBIDO ou


OPCIONAL:

a) ACENTO OBRIGATÓRIO: Nesses casos, a indicação do acento que simboliza a crase


é indispensável, sob pena de haver um equívoco gramatical. As hipóteses podem
ser concentradas em três grupos:

a.1) PREPOSIÇÃO “A” + ARTIGO “A” ou “AS”


Ex.: Fomos À esquina nos encontrar com ela.
Ex.: Assistimos ÀS peças de teatro que estavam em cartaz.

a.2) PREPOSIÇÃO “A” + PRONOME DEMONSTRATIVO “AQUELE(A)” OU


“AQUELE(AS)”
Ex.: Referiu-se ÀQUELE episódio da série de TV.
Ex.: Referiu-se ÀQUELAS meninas que faziam a passeata em frente ao shopping.

a.3) LOCUÇÕES ADVERBIAIS E LOCUÇÕES PREPOSITIVAS


Ex.: à moda, à vontade, à procura, à espera de, à medida que, etc.

b) ACENTO PROIBIDO: Para essas hipóteses, não é permitido, sob qualquer


circunstância, grafar o acento:

b.1) ANTES DE PALAVRAS MASCULINAS


Ex.: Veio a cavalo.

b.2) PRONOMES PESSOAIS ou INDEFINIDOS


Ex.: Referiu-se a ela.
Ex.: Dirigiu-se a alguém.

b.3) PALAVRAS NO PLURAL (AINDA QUE FEMININAS)


Ex.: Já fui a passeatas.

b.4) ARTIGO INDEFINIDO “UMA”


Ex.: Não irei a uma festa sequer.

b.5) VERBOS
Ex.: Estou tendente a encarar esse desafio.

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c) ACENTO OPCIONAL: Para algumas ocorrências, o uso do acento marcador da crase é
livre, podendo – ou não – ser lançado:

c.1) Nomes femininos


Ex.: Dei uma flor à (ou a) Rochele.

c.2) Alguns Estados ou Países


Ex.: Viajamos à (ou a) França/Espanha/Europa.

c.3) Antes de pronomes possessivos femininos


Ex.: Entreguei presentes à (ou a) minha esposa.

CASOS EXCEPCIONAIS: CASA e TERRA

Apenas se for ESPECIFICADA.

Ex.: Chegamos tarde a casa. / Chegamos tarde à casa


de meus pais.
Ex.: O marinheiro regressou a terra. / O marinheiro
regressou à terra de seus parentes.

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4. CONCORDÂNCIA NOMINAL/VERBAL

A adequação entre o NOME e o seu COMPLEMENTO segue algumas regras


específicas:

a) Quando há UM SUBSTANTIVO, o COMPLEMENTO (adjetivo, artigo, pronome etc.)


CONCORDA em gênero e número
Ex.: Chegaram à cidade as três grandes encomendas feitas.

Nesse caso, por exemplo, o núcleo do sujeito é o termo “encomendas”.


Consequentemente, todos os demais elementos adicionais (“grandes” e
“feitas”), além da desinência verbal, concordam com o gênero (feminino) e
o número (plural – três).

b) Quando há DOIS OU MAIS SUBSTANTIVOS DE MESMO GÊNERO, o COMPLEMENTO


(adjetivo, artigo, pronome etc.) CONCORDA COM O MAIS PRÓXIMO ou se apresenta NO
PLURAL
Ex.: O carro e o caminhão importado(s) foram adquiridos pelo empresário.

Nesse exemplo, o complemento “importado” pode ser grafado no plural


(para concordar com ambos os substantivos de mesmo gênero) ou apenas
no singular masculino (para concordar com o substantivo mais próximo, que
nesse caso é o “caminhão”).

c) Quando há DOIS OU MAIS SUBSTANTIVOS DE GÊNEROS DISTINTOS, o COMPLEMENTO


(adjetivo, artigo, pronome etc.) CONCORDA COM O MAIS PRÓXIMO ou se apresenta NO
MASCULINO PLURAL
Ex.: O ladrão foi preso com identidade e passaporte falso(os).

Como aqui, ao contrário do exemplo anterior, os substantivos são de gênero


distinto (identidade – feminina – e passaporte – masculino), o complemento
concordará com o mais próximo (passaporte “falso”) ou se apresentará no
plural masculino (“falsos”).

d) Quando há ADJETIVOS referentes ao mesmo SUBSTANTIVO, há duas possibilidades


Ex.: Comprei as tortas doce e salgada.
Ex.: Compre a torta doce e a salgada.

Os complementos, nesse caso, são posteriores ao substantivo e, por isso,


duas situações surgem: o núcleo será no plural, para fazer referência a
ambos os complementos ou, por paralelismo, adotar-se-á uma repetição do
substantivo para cada adjetivo (no segundo exemplo, o termo “torta” está
omisso por uma questão de estilo, mas a sentença pode ser lida como
sendo: “comprei a torta doce e a TORTA* salgada; no primeiro, há apenas
uma ocorrência do termo “torta”, que se relaciona com ambos os adjetivos,
razão pela qual ele é grafado no plural).

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e) Quando o SUJEITO É PRONOME DE TRATAMENTO, a concordância é feita pelo GÊNERO
DA PESSOA
Ex.: Sua Excelência, o prefeito, foi preso.
Ex.: Sua Excelência, a prefeita, foi presa.

Curiosidade importante: “Vossa Eminência” sempre concordará com gênero


masculino, independentemente da sua identificação, por ser um pronome
de tratamento relativo aos “papas” (autoridade máxima da Igreja Católica).

f) Quando o SUJEITO É COMPOSTO DE MESMO GÊNERO, o PREDICADO CONCORDA COM


O GÊNERO e vai para o PLURAL
Ex.: Lucia e Amélia ficaram entusiasmadas.
Ex.: João e Adalberto ficaram entusiasmados.

g) Quando o SUJEITO É COMPOSTO DE GÊNERO DIFERENTE, o PREDICADO vai para o


MASCULINO PLURAL
Ex.: A feira e o bar estavam fechados nessa manhã.

Nesse caso, não há possibilidade de concordar com o último, pelo fato de o


predicado não fazer parte do sujeito. Logo, ele se relacionará com a íntegra
do sujeito (“a feira e o bar”), que, aqui, é composto (plural) e,
consequentemente, rege a variação do verbo e do predicado – ambos
para o plural.

h) Predicados como PROIBIDO, NECESSÁRIO e BOM, por exemplo, VARIAM apenas se o


SUJEITO TIVER DETERMINANTE (for ESPECÍFICO)
Ex.: É proibida a entrada.
Ex.: É proibido entrada.

O mesmo vale para outras expressões, como, por exemplo: “Água é bom
para saúde / Essa água é boa para a saúde”; “Não é permitido animais
nesse recinto / A entrada desse animal não é permitida”, etc.

i) Quando o SUJEITO É COMPOSTO, o verbo varia para o PLURAL


Ex.: O vereador e a sua comitiva chegarão na próxima hora.

Como o sujeito é formado por vários núcleos (aqui no exemplo, dois –


“vereador” e “comitiva), o verbo precisa contemplar ambos. Os dois sujeitos
praticaram a ação, por isso é necessário que o verbo alcance ambos – e,
consequentemente, varie no plural.

j) Quando o sujeito é QUE, o verbo com concorda com o PRONOME que vem ANTES
Ex.: Sou eu que faço as atividades em casa.

Por incrível que pareça, nesse caso o sujeito é a partícula “que”. Apesar
disso, o verbo concordará com o pronome pessoal anterior: “eu” faço”.

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k) Quando o sujeito é QUEM, o verbo fica na 3ª PESSOA DO SINGULAR (concorda com o
QUEM)
Ex.: Sou eu quem faz as atividades em casa.

Apesar dessa regra, é possível que o verbo concorde com o pronome


pessoal que vem antes do “quem”. Logo, mesmo que o mais comum seja a
conjugação verbal na 3ª pessoa do singular (“FAZ”), nada impede que o
verbo concorde com o pronome “eu”, ficando assim: “sou em quem FAÇO
as atividades em casa.

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5. EXERCÍCIOS

1. Quanto ao uso do acento grave indicativo de crase, está correta a frase da


alternativa:

a) Devido à alguns filtros fotográficos, perde-se a linha entre realidade e fantasia.


b) A paciente quer uma cirurgia plástica para ficar semelhante à suas selfies filtradas.
c) A pessoa espera que uma cirurgia deixe sua aparência idêntica à de sua foto editada.
d) Algumas pessoas estão dispostas à mudar radicalmente por meio de cirurgias plásticas.
e) Aquela jovem vaidosa recorre à cirurgias plásticas como se fossem filtros fotográficos.

2) Considere o seguinte trecho:

É um processo fundamental _______ vida, mas não é nada simples. Tanto que, durante
_______ evolução, animais primitivos – como os vermes que viviam _______ 600 milhões de
anos – foram desenvolvendo uma rede de neurônios no sistema digestivo.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas, na ordem em que
aparecem no texto.
a) à – a – há.
b) a – a – a.
c) a – à – há.
d) à – à – à.
e) a – à – à.

3) Leia, com atenção, o texto a seguir para avaliar o emprego do sinal indicativo de crase
e complete corretamente as lacunas.

O mundo ____ espera de um milagre


Foram nove dias de incerteza até que ____ busca pelos 12 meninos tailandeses
desaparecidos se transformou em uma missão de resgate. Os motivos que levaram os
garotos ____ penetrar no complexo de cavernas, ____ 1,7 quilômetros de distância da
entrada, são incertos. Ben Reymenants, um dos mergulhadores ingleses em contato com
eles, afirmou que tudo fazia parte de uma espécie de ritual de iniciação. O caso dos
“Javalis Selvagens” ganhou contornos angustiantes pelo enorme grau de dificuldade do
resgate e devido ____ chuvas que poderiam tornar a missão impossível. (Isto É, n. 2533, 11
jul. 2018, p. 45-48. Adaptado.)

A sequência correta para o preenchimento das lacunas é

a) à / a / a / a / às.
b) a / a / à / à / as.
c) à / à / a / a / as.
d) a / a / a / a / às.

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4) Assinale a alternativa cujo conteúdo apresenta uso indevido do acento grave, indicador
de crase na língua portuguesa.

a) “Deixada à própria sorte, a metade ocidental durou pouco.”


b) “... não seria nenhum absurdo que alguns costumes alimentares cristãos, como comer
peixe às sextas-feiras, tivessem a força de lei, ...”
c) “... não seria nenhum absurdo que costumes alimentares cristãos tivessem a força de lei
com penas severas àquele que degustasse uma costelinha no dia sagrado.”
d) “... assim seria o Velho Mundo se o Império Romano não tivesse se desintegrado: uma
única nação contornando o Mediterrâneo à caminho das costas europeia, asiática e
africana”.

5) Atenção: Utilize a tirinha abaixo para responder a questão.

!
“É isso aí, senhor!”
Nessa frase, a vírgula tem a função de destacar o vocativo, assim como se observa em:

a) Satisfeito com as vendas, o gerente da loja de caminhões resolveu dar uma gratificação
maior a seus funcionários.
b) Os moradores, proprietários ou locatários, deverão receber a versão atualizada do
regimento interno do condomínio.
c) As reformas nas dependências do prédio foram autorizadas pelos engenheiros,
contratados exclusivamente para isso.
d) Prezados colaboradores, temos a satisfação de anunciar que a creche da empresa será
inaugurada no próximo mês.
e) Na empresa, há espaços destinados à prática de ginástica laboral e ao descanso dos
funcionários durante o expediente.

6) Marque a alternativa em que a vírgula foi empregada de forma correta:

a) O doutor Diego Tardelli, esteve aqui à sua procura.


b) A sentença condenatória, não foi devidamente fundamentada.
c) O réu confirmou, todo seu depoimento.
d) Ele me perguntou, se eu já havia terminado o trabalho.
e) Leonardo Silva, zagueiro do Atlético MG, jogará futebol por apenas mais um ano.
7) Marque a alternativa em que a vírgula NÃO está empregada corretamente:

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a) Ele não fez as tarefas de que foi incumbido, e sim as que ele quis.
b) Sei que você não gosta de estudar quando é feriado mas, será preciso para fazer um
bom exame.
c) Decidiu fazer um curso de MBA fora do pais. Pesquisou, encontrou o mais adequado
para sua carreira, fez a prova de seleção, foi aprovado.
d) Elas, naquela ocasião, tinham acabado de concluir o curso superior.
e) Com postura e altivez, o palestrante iniciou o seminário.

8) “A pesquisa entrevistou 1506 usuários de internet residentes nos EUA entre fevereiro e
março de 2015, e mostrou que 91% dos entrevistados não acreditam que ser vigiado por
empresas sem aviso, em troca de descontos, seja uma troca justa.”

Esse trecho permanecerá correto ao se acrescentar uma vírgula após o seguinte elemento
destacado:

a) entrevistou.
b) usuários.
c) residentes.
d) EUA.
e) acreditam.

9) Observe os seguintes exemplos: “Ouvir Mozart te deixa mais inteligente”, “Mozart deixa
as crianças mais inteligentes” e “Deixe a esquerda livre”. Agora indique a sequência na
qual se encontra classificação correta do verbo deixar:

a) Intransitivo – Intransitivo – Intransitivo


b) Transitivo direto – Transitivo direto – Transitivo direto
c) Transitivo direto predicativo – Transitivo direto predicativo – Transitivo direto predicativo
d) Transitivo de ligação – Transitivo de ligação – Transitivo de ligação
e) Transitivo indireto – Transitivo indireto – Transitivo direto predicativo

10) “(...) Com as atuais técnicas de engenharia genética, pode-se, inclusive, modificar o
sistema hormonal da planta. Assim, quando a planta modificada percebe que não possui
água incremental, ela produz um hormônio, chamado de ácido abscísico, que lhe permite
lidar com essa contingência. Podem-se usar plantas de maior sensibilidade a esse
hormônio ou mesmo usar análogos sintéticos de baixo custo desse mesmo hormônio como
insumos agrícolas. Dessa forma, uma pulverização desse composto permite que a planta
se prepare para a aridez e responda melhor à falta de água, o que ajudará a salvar muitas
culturas e a economizar água, aumentando a eficiência da produção de alimentos em
climas adversos.”

No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item a seguir.

!17
O emprego do acento indicativo de crase em “à falta de água” (linhas 52 e 53) deve-se à
regência da forma verbal “responda” e à presença do artigo definido que determina
o nome “falta”.

a) Certo b) Errado

11) Leia o poema abaixo e responda

O açúcar
O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor
que se dissolve na boca. Mas este açúcar
não foi feito por mim.

Este açúcar veio


da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,
dono da mercearia.
Este açúcar veio
De uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era cana


e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale.
Em lugares distantes, onde não há hospital
nem escola,
homens que não sabem ler e morrem de fome
aos 27 anos
plantaram e colheram a cana
que viraria açúcar.
Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
GULLAR, Ferreira. Toda poesia (1950-1980). São Paulo: Círculo do Livro, 1983, p.227-228.

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No último verso do poema, nota-se a presença da preposição “com”. Seu emprego deve-
se à exigência da regência do seguinte termo:

a) “puro”.
b) “adoço”.
c) “açúcar”.
d) “café”.

12) Marque a assertiva em que a regência nominal está errada:

a) Ele tinha confiança em que sairia vitorioso


b) Ele é curioso de tudo que vê
c) Nepomuceno eslava inclinado em aceitar o convite
d) Estamos curiosos de encontrar o segredo
e) Todos estavam ansiosos para vê-lo

13) De forma adequada, empregue à regência de cada verbo expresso a devida


preposição:

a) O filme __ que assisti recebeu a melhor premiação durante o festival do ano


passado.
b) Confio que estejas lutando para conquistar o cargo ___ que aspiras
c) Passada a tempestade, esta é a cidade ___ que chegamos
d) Aquela é a garota ___ quem muito simpatizei
e) Por favor, não altere a música ____ que mais gostei.

14) Assinale a opção cuja lacuna não pode ser preenchida pela preposição entre
parênteses:

a) uma companheira desta, ___ cuja figura os mais velhos se comoviam. (com)
b) uma companheira desta, ___ cuja figura já nos referimos anteriormente. (a)
c) uma companheira desta, ___ cuja figura havia um ar de dama decadente. (em)
d) uma companheira desta, ___ cuja figura andara todo o regimento apaixonado.
(por)
e) uma companheira desta, ___ cuja figura as crianças se assustavam. (de)

15) Observe o verbo que se repete: "aspirou o ar" e "aspirou à glória". Tal verbo: 

a) apresenta a mesma regência e o mesmo sentido nas duas orações.


b) embora apresente regências diferentes, ele tem sentido equivalente nas duas
orações.
c) poderia vir regido de preposição também na primeira oração sem que se
modificasse o sentido dela.
d) apresenta regência e sentidos diferentes nas duas orações.

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e) embora tenha o mesmo sentido nas duas orações, ele apresenta regência diferente
em cada uma delas.

16) Há erro de regência no item:

a) Algumas ideias vinham ao encontro das reivindicações dos funcionários,


contentando-os, outras não.
b) Todos aspiravam a uma promoção funcional, entretanto poucos se dedicavam
àquele trabalho, por ser desgastante.
c) Continuaram em silêncio, enquanto o relator procedia à leitura do texto final.
d) No momento este Departamento não pode prescindir de seus serviços devido ao
grande volume de trabalho.
e) Informamos a V. Senhoria sobre os prazos de entrega das novas propostas, às quais
devem ser respondidas com urgência.

17) Assinale a alternativa incorreta quanto à regência:

a) Creio que os trabalhadores estão muito conscientes de suas obrigações para com a
Pátria.
b) O filme a que me refiro aborda corajosamente a problemática dos direitos humanos.
c) Esta nova adaptação teatral do grande romance não está agradando ao público;
eu, porém, prefiro esta àquela.
d) O trabalho inovador de Gláuber Rocha que lhe falei chama-se Deus e o Diabo na
Terra do Sol.
e) José crê que a classe operária está em condições de desempenhar um papel
importante na condução dos problemas nacionais.

18) Indique a alternativa na qual a regência utilizada desobedece ao padrão da


gramática normativa:

a) Esta alternativa obedece o padrão da gramática normativa.


b) Entretanto, não costuma haver distúrbios na fila.
c) Jamais poderão existir tantos recursos para tantos planos.
d) Só lhe faltou mandar-me embora de casa.
e) Quando Lígia entrou, bateram onze horas no relógio da sala.

19) Indique onde há erro de regência nominal e reescreva a frase de modo a corrigi-la:

a) Ele é muito apegado em bens materiais.


b) Estamos fartos de tantas promessas.
c) Ela era suspeita de ter assaltado a loja.
d) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento.
e) A confiança dos soldados no chefe era inabalável.

20) Em “Tenho ódio mortal dos mosquitos”, Drazio [sic] Varella usa a preposição de para
ligar a palavra ódio à palavra mosquitos. Poderia, se quisesse, ter usado a e

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escrever: Tenho ódio mortal aos mosquitos. Trata-se da opção por uma determinada
regência nominal.

a) Leia os três trechos a seguir e diga em qual deles é possível empregar


indiferentemente “de” ou “a”.

I. Eu, que tinha ódio ao menino, afastei-me de ambos. (Machado de Assis,


Memórias póstumas de Brás Cubas.)
II. O ódio a Bill Gates se explica com uma palavra bem arcaica e bem humana:
inveja. (Folha de S.Paulo, 02.07.2008.)
III. O desejo de um conde por uma jovem desperta o ódio da mulher do nobre.
(Folha de S.Paulo, 11.08.2008. Adaptado.)

b) Explique o porquê da sua escolha anterior.

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GABARITO

1. C
2. A
3. A
4. D
5. D
6. E
7. B
8. D
9. B
10. A
11. B
12. C
13. a, a, a, com, de
14. E
15. D
16. E
17. D
18. A
19. A - Ele é muito apegado a bens materiais;
20. a) Em I, é possível trocar “a” por “de”: Eu, que tinha ódio do menino... A troca em I é
possível porque o contexto não permite interpretação de “do” menino em função
subjetiva (“ódio que o menino tinha”), ou seja, como adjunto adnominal. Fica claro que a
única interpretação possível de do menino é objetiva (“eu odiava o menino”), ou seja, em
função de complemento nominal.

b) O mesmo não ocorre em II, em que “ódio de Bill Gates” poderia ser entendido como
“ódio que Bill Gates sente”; nem em III, em que a substituição de “ódio da mulher” por
“ódio à mulher” alteraria completamente o sentido da expressão, de “ódio que a mulher
sente” (da mulher: função subjetiva, adjunto adnominal) para “ódio que sentem pela
mulher” (à mulher: função objetiva, complemento nominal).

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