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COESÃO TEXTUAL
É o sentido de uma parte por si, sozinha. Pode ser um trecho, um parágrafo, uma
frase.
No caso, tem sentido? Está harmonioso ou agradável a leitura? Ou está estranha ou
vaga a colocação? Precisa de vírgula ou de um conectivo? As partículas estão
concordando em número, pessoa e tempo verbal? Disse muito e não disse nada? Tem
muita repetição? Está faltando alguma palavra? Alguma palavra está sem acentuação
correta? Tem muita informação numa frase só?
A solução está na inserção, retirada ou troca de partículas menores da frase. Ex:
nomes, pronomes, artigos, advérbios, conjunção, sinônimos, etc. É possível também
ocorrer quebras de texto: de uma longa frase, quebramos o texto para constituir
outras frases menores e mais sustentadas.
Exemplos práticos
1) Esse estado fragmentado ou de enfraquecimento para o filosofo Nietzsche, seria
como uma condição expressiva do próprio ser humano.
À primeira vista, compreendemos o sentido por intuição, mas a frase não está coesa.
Ao identificar o filósofo, por exemplo, não houve pausa de “apresentação”. E filósofo
(nome/profissão/identidade) é diferente de filosofo (verbo filosofar). Veja opções de
como a frase poderia se apresentar:
2) No texto o autor faz uma trilha breve de como eram regidas as famílias aristocratas,
camponesas, proletárias e posteriormente burguesa.
COERÊNCIA TEXTUAL
É o sentido de uma parte em relação ao todo, se um trecho (ou parágrafo, frase,
expressão, palavra) faz sentido estar naquele contexto.
No caso, está de acordo com o assunto tratado? Está na posição ou na parte certa?
Está conectando bem os fatos? Os parágrafos estão muito soltos? O conectivo
(conjunção) deu o sentido apropriado ao texto? O conectivo está repetido? Está
dizendo a mesma coisa dita antes, mas com outras palavras (redundância)?
A solução está na retirada ou troca de lugares de trechos e afins, além da adição ou
troca de conectivos.
ignorar ou alterar. Ao clicar em ignorar, ele passa para o problema gramatical seguinte.
Ao clicar em alterar, ele fornece opções adequadas para sua escolha.
Técnica de descanso do texto (e da vista)
Durante a construção de um texto, podemos ficar tão ligados às ideias que
queremos transmitir que não nos damos conta do todo. O fenômeno da “vista cansada”
ou “vista viciada” também faz com que nossos neurônios leiam o texto de maneira
diferente do que está realmente escrito.
Nesse caso, o ideal é deixar o texto de molho por um tempo, algumas horas ou
dias, a depender do prazo de entrega do documento. Ao retornar, com a cabeça mais
refrescada, você poderá ver melhor onde deve mexer.
Essa técnica reflete bem a ideia de construir um texto, pois é necessário de
tempo e cuidado para atender à proposta (artigo, ensaio, resenha, etc.) e aos fatores que
fazem o texto ser suficiente – ter motivo para existir, apresentar um assunto e ser claro.
OBS 1: No caso dos conectivos (palavras que unem frases ou contextos), ajuda bastante
ter uma lista deles à mão. Em anexo, uma lista para futuras consultas.
OBS 2: Os conectivos também podem ser buscados no recurso dos sinônimos.
Kleris Ribeiro
Set/2019