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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
COMPREENSÃO DE TEXTO
Consiste em entender o que está escrito, isto é, coletar dados e localizar
informações do próprio texto por meio de paráfrase (=reescrita).

LEMBRE-SE – PARÁFRASE = REESCRITA

DICAS PORTUGUÊS COM ESTILO!

 Reconhecer o tipo e gênero textual;

 Identificar a ideia central / a temática / o posicionamento do autor

(modalizador);

 Verificar o sentido das palavras do texto (denotativo ou conotativo) e as

relações lógicas entre as frases.

EXEMPLOS DE ENUNCIADOS DE COMPREENSÃO TEXTUAL:

- De acordo com o texto/ Segundo o texto / Conforme o texto / No texto...

- O texto afirma que / diz que...
- O autor do texto / narrador do texto diz que/ afirma que ...

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Consiste em coletar dados implícitos, deduções a partir de elementos textuais
(=pistas textuais).

DICAS PORTUGUÊS COM ESTILO!

 Fazer inferências, deduções.

 Identificar os marcadores de inferências ou pressupostos.

EXEMPLOS DE ENUNCIADOS DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL:

- O texto permite deduzir que...

- Infere-se do texto / Depreende-se do texto / Conclui-se do texto que...
- A partir do texto, é possível subentender que...
- Qual é a intenção do autor quando afirma que...

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IDENTIFICAÇÃO DE PRESSUPOSTOS
Segundo Platão e Fiorin, pressupostos “são ideias não expressas de
maneira explícita, que decorrem logicamente do sentido de certas palavras
ou expressões contidas na frase”, ou seja, numa frase há sempre
vocábulos os quais apresentam informações implícitas.

EXEMPLOS:

- José parou de beber.

- O primeiro carro que tive foi um fiat uno.

PERCEBA - No exemplo 1, uma inferência possível para a sentença é “José

bebia antes”. Já no segundo caso, é provável que o enunciador da mensagem já
teve outros carros.

PRINCIPAIS ERROS COMETIDOS NA ANÁLISE TEXTUAL

 EXTRAPOLAÇÃO - É a fuga do que realmente está escrito no
texto.

 REDUÇÃO - É a análise de parte do texto. Nesse caso, o

candidato não considera a totalidade.

 CONTRADIÇÃO - É o fato de analisar equivocadamente as

informações presentes no texto, compreendendo o contrário do que
está escrito.

PAPEL DISCURSIVO / SEMÂNTICO DAS CLASSES GRAMATICAIS

NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO
Cada classe gramatical desempenha seu papel discursivo / semântico na
construção do texto. Observe as classes morfológicas a seguir e seus respectivos
papéis na análise textual.
 ARTIGO - O artigo definido indica que o ser ao qual o falante está se
referindo é também conhecido do ouvinte. Serve também para retomar
termos por meio da inferência. Já o artigo indefinido, anuncia uma nova
informação no texto, ou seja, desconhecida pelo leitor.

 SUBSTANTIVO - Revela a intenção discursiva por parte do autor (modo

neutro ou modo engajado), além de realizar a retomada de termos
(=coesão textual).

 ADJETIVO - Há vários aspectos que merecem atenção em relação ao

emprego do adjetivo. Veja:

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LEMBRE-SE - Pode haver mudança de sentido e de classe gramatical
dependendo da posição do adjetivo

LEMBRE-SE - A escolha do adjetivo indica a intenção do autor do texto

(=modalização discursiva);

LEMBRE-SE - Atua na coesão textual retomando termos (atente para a

concordância de gênero e número feita com o termo substantivo).

 NUMERAL - Muitas vezes, o numeral é usado para enfatizar determinada

ideia. Além disso, serve para retomar referentes substantivos, evitando a
repetição no discurso. Às vezes, também é utilizado para fazer referência a
termos posteriores no texto.

 PRONOME - Pode exercer a função exofórica/dêixis ou endofórica (anáfora

e catáfora).

 VERBO - Exprime a intenção do autor de um texto (atente para a tipologia

textual).

LEMBRE-SE - Verbos modalizadores são aqueles que exprimem um

engajamento por parte do locutor. Os principais são: poder, dever e ter.

 ADVÉRBIO - Pode exercer a função anafórica (=retomada) , catafórica

(=antecipa a informação) e dêitica (função extratextual).

LEMBRE-SE - Advérbios modalizadores são aqueles que exprimem estado

emocional ou ponto de vista do autor.

 INTERJEIÇÃO - Pode indicar traços pessoais do autor e caracterizar

personagens.

 CONJUNÇÃO - Conecta as partes do texto (coesão textual) estabelecendo

os nexos semânticos.

 PREPOSIÇÃO - Conecta as partes do texto (coesão textual).

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SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DE PALAVRAS E EXPRESSÕES

 SINONÍMIA - Palavras que apresentam sentidos semelhantes, próximos.

EXEMPLO - O jovem decidiu se preparar para o IBGE. O moço disse que

sempre sonhou com esse cargo público.

PERCEBA - As palavras destacadas são consideradas sinônimas, pois

podem ser substituídas uma pela outra sem alteração de sentido na construção
frasal. Para a coesão textual, utilizar palavras sinônimas é evitar repetição de
termos e garantir a progressão textual.

 ANTONÍMIA - Palavras que apresentam sentidos contrários, opostos.

EXEMPLO - A prática do amor é a única alternativa no combate ao ódio.

PERCEBA - Os termos em destaque são antônimos, pois, na construção

frasal, há significados opostos entre os vocábulos.

EXEMPLO - TEXTO 01

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EXEMPLO - TEXTO 2

QUAL INTERPRETAÇÃO É POSSÍVEL?

a) Usa dois códigos – o verbal e o visual – para ilustrar uma representação fiel de
mundo.

b) Permite que se elimine um dos códigos porque as informações são fornecidas pelo
outro.

c) Mostra-se incoerente, pois não há a necessária integração das informações para

interpretá-lo.

d) Tenta persuadir o interlocutor com sua linguagem de sedução e atraí-lo para vender
o produto.

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TEXTUALIDADE - COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS

Há dois tipos de coesão mais adotadas em concursos públicos, sendo
 COESÃO REFERENCIAL

 COESÃO SEQUENCIAL.

1 - COESÃO REFERENCIAL (REFERENCIAÇÃO/ ENDOFÓRICA)

É responsável por relacionar as palavras ou as expressões dentro de um texto,
fazendo com que o leitor identifique os termos aos quais os elementos linguísticos se
referem. Primeiramente, é necessário entender o que é referente textual.

REFERENTE TEXTUAL - São os mecanismos linguísticos (= termos ou

expressões) que estabelecem a conectividade e a retomada de ideias, garantindo
a coesão textual.

EXEMPLO

PERGUNTA - A expressão “sua relevância” (l.8) refere-se a “rituais” (l.5).

( ) PORTUGUÊS COM ESTILO ( ) PORTUGUÊS SEM ESTILO

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ANÁFORA X CATÁFORA
 Arthur é um filho excelente. Ele sempre me auxilia nos momentos mais difíceis.
(Anáfora)

 Ele compareceu aqui, o Arthur. (Catáfora)

COERÊNCIA TEXTUAL
A coerência é um princípio da construção textual que leva em consideração os
nossos conhecimentos linguísticos (termos, palavras), enciclopédicos, textuais e
interacionais (interação autor/leitor) baseados nas pistas textuais apresentadas pelo
texto.

Dessa forma, o texto coerente é aquele que o leitor em efetivo processo de

interação com o autor consegue apontar a produção de sentidos do texto, em
uma dada situação comunicativa, com base em uma série de fatores de ordem
semântica, sintática, cognitiva, pragmática e interacional.

COERENTE OU INCOERENTE?

Imaginemos a seguinte situação comunicativa:

Um jovem está acima do peso e precisa de um profissional que o

auxilie na perda de peso, pois fará a prova do TAF. Decide, portanto,
procurar um nutricionista. Diante dessa situação, pronuncia as
seguintes frases:

 1 - Eu fui ao nutricionista e ele me prescreveu uma dieta porque estou

acima do peso. (enunciado coerente)

 2 - Eu fui ao nutricionista e ele me prescreveu uma dieta porque não estou

acima do peso. (enunciado incoerente)

Ao considerarmos a coerência e a coesão textuais, quando se trata da escrita,

compreensão e interpretação de um texto, temos que observar as seguintes
propriedades:
 MANUTENÇÃO TEMÁTICA - escolha lexical adequada e pertinente ao
tema que está sendo discutido

 INTERPRETABILIDADE - O texto deve ser compreensível;

 INFORMATIVIDADE (RELEVÂNCIA) - O texto deve trazer informações

relevantes, novas.

 INTENCIONALIDADE - Predisposição para produzir um texto coerente;

 ACEITABILIDADE - Busca da compreensão do que o outro diz.

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TIPOLOGIA, SEQUÊNCIA E MODO DE ORGANIZAÇÃO TEXTUAL
TIPOLOGIA OBJETIVO DEFINIÇÃO CARACTERÍSTICAS
Apresenta adjetivos e
tempo estático.
Detalhar, É um retrato
pormenorizar, verbal de
DESCRITIVO Normalmente, os verbos estão
caracterizar. pessoas,
no presente ou pretérito
objetos, cenários
imperfeito do modo indicativo.
etc.
Apresenta sucessão
cronológica, verbos de ação,
expressões temporais.

Relatar fatos, É um relato que

experiências, um apresenta Há narrador, personagens,
NARRATIVO acontecimento no sequência de tempo e espaço.
tempo, etc. ações e sucessão
temporal. Geralmente, os verbos estão no
pretérito.

É um texto que
Normalmente, os verbos estão
Expor, informar, promove a
no presente do indicativo.
DISSERTATIVO- produção e
explicar um fato
EXPOSITIVO difusão de
ao leitor.
conhecimentos Há a presença de citação, fatos
por meio da e dados estatísticos.
quantidade de
informações.

Normalmente, os verbos estão

no presente do indicativo.

Há a presença de
É um texto que modalizadores (é impossível,
Persuadir, debate não há como negar, parece
DISSERTATIVO- convencer o problemas sensato,
ARGUMENTATIVO leitor por meio existentes na inexplicavelmente)estratégias
de impressões sociedade, no argumentativas (explicação,
pessoais. mundo por meio citação de exemplos,
do ponto de testemunho de autoridade
vista do autor
(=tese). (ou autorizado), comparações,
dados estatísticos, opiniões
pessoais);

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É um texto que
faz uma Verbos, normalmente, no
INJUNTIVO/ Ordenar, sugerir, recomendação, imperativo e presença de
INSTRUCIONAL recomendar, uma instrução, vocativo.
instruir o leitor. indica como
executar algo.

QUESTÕES DE CONCURSOS
TEXTO I - DICAS DE SEGURANÇA: EM CASA

Em sua residência, ao atender um chamado, certifique-se de quem se trata, antes mesmo

de atendê-lo. Em caso de suspeita, chame a Polícia.
À noite, ao chegar em casa, observe se há pessoas suspeitas próximas à residência. Caso
haja suspeita, não estacione; ligue para a polícia e aguarde a sua chegada.
Não mantenha muito dinheiro em casa e nem armas e joias de muito valor.
Quando for tirar cópias de suas chaves, escolha chaveiros que trabalhem longe de sua casa.
Dê preferência a profissionais estabelecidos e que tenham seus telefones no catálogo
telefônico.
Evite deixar seus filhos em casa de colegas e amigos sem a presença de um adulto
responsável.
Cuidado com pessoas estranhas que podem usar crianças e empregadas para obter
informações sobre sua rotina diária.
Cheque sempre as referências de empregados domésticos (saiba o endereço de sua
residência). (...)

1 - ( ) A tipologia textual predominante é injuntiva.

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TEXTO II
“Bruno passava por uma loja lotérica e sentiu um forte impulso que o obrigou a entrar
e jogar; saiu esperançoso com o bilhete, mas três dias depois descobriu que estava pobre
como antes.”

2. ( ) Em relação à tipologia textual desse excerto, pode-se afirmar que há uma narração.
TEXTO III – IV – V

PIZZA ITALIANA

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3 - ( ) Considerando os textos, é correto afirmar que a tipologia textual predominante é

a injuntiva.

4 - ( ) No trecho “Sua grande família vive em uma casa muito deteriorada, com telha de
zinco e vinte cabanas localizadas nas proximidades” (4º parágrafo), há
predominância do modo descritivo.

GABARITO
1-C
2-C
3-C
4-C

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – PARTE 2

GÊNERO TEXTUAL X TIPOLOGIA TEXTUAL
TIPOLOGIAS TEXTUAIS GÊNEROS TEXTUAIS

Os textos são classificados levando

em consideração suas características
linguísticas: vocabulário, tempos e
modos verbais predominantes,
classe gramatical predominante,
construções frasais, etc.
Classificam-se os textos de acordo com
suas propriedades sociocomunicativas:
levando em conta o contexto cultural e a
função comunicativa.

São cinco tipos: narração, descrição,

dissertação-argumentativa, São ilimitados.
exposição e injunção.

EXPOSIÇÃO OU ARGUMENTAÇÃO – TEXTO 01 (ÁGUA)

A água é o mais eficiente solvente do planeta, chamado de solvente universal.
Esta sua característica permite que ela se associe a substâncias diversas, inclusive
com aquelas que podem contaminá-la.

Considerando que a vida na terra se originou na água, os organismos terrestres

têm uma associação direta e de plena dependência com esse composto químico. A
água, que é responsável por cerca de 70% do nosso peso corporal, está relacionada
com a regulação da temperatura corpórea e com a manutenção das atividades vitais.
Para o nosso perfeito equilíbrio orgânico, necessitamos ingerir, pelo menos, 2 litros de
água por dia, quantidade esta necessária para as reações vitais de nossas células e
para repor as perdas que acontecem pela respiração, sudorese, saliva, urina, fezes,
dentre outras.

Uma das atividades fisiológicas que pode exemplificar bem a importância e a

nossa dependência da água é a excreção. A excreção é a eliminação, pela urina, dos
resíduos tóxicos que entram ou são produzidos no nosso corpo. Isso acontece porque
a água contida nas células se associa aos compostos tóxicos ali presentes e os
eliminam do nosso corpo, na forma de urina.

Caso haja um consumo inadequado de água pelo indivíduo, haverá,

consequentemente, o comprometimento das suas atividades vitais, dentre elas a da
excreção dos resíduos corporais tóxicos, substâncias estas que podem desencadear
intoxicações que levam a sérios problemas à saúde.

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Da mesma forma que a água presente em nossas células se associa com as
substâncias tóxicas do nosso organismo, as águas dos rios se associam com os
poluentes que são carreados para dentro de seus leitos. De maneira geral, nas regiões
de alta concentração populacional, os rios recebem uma alta carga de poluentes ao
longo do seu curso, o que deixa as suas águas poluídas por substâncias diversas,
muitas delas tóxica para os seres vivos.

O TIPO TEXTUAL PREDOMINANTE NO TEXTO 1 É EXPOSITIVO?

(X) PORTUGUÊS COM ESTILO ( ) PORTUGUÊS SEM ESTILO
TEXTO 2 – PUBLICIDADE DE ALIMENTOS
A epidemia de obesidade e doenças crônicas é um problema que atinge, de
maneira crescente, o mundo inteiro. E tornou-se consenso entre as principais
organizações e pesquisadores em saúde pública que a regulação da publicidade de
alimentos é uma das estratégias necessárias para combatê-la. As campanhas de
marketing não apenas influenciam as escolhas alimentares na infância, mas também
buscam fidelizar consumidores desde a mais tenra idade. O objeto preferencial são os
alimentos ultraprocessados, feitos a partir de ingredientes industriais, com pouco ou
nenhum produto fresco, e, geralmente, com alta quantidade de açúcar, gordura e/ou
sódio.

Em 2010, a Organização Mundial da Saúde recomendou a redução da exposição

das crianças à propaganda de alimentos, sobretudo aqueles com alta quantidade de
açúcar, sal e gordura. Em 2012, a Organização Pan-Americana da Saúde aprofundou-
se no tema e também apresentou recomendações de ações concretas por parte dos
governos para reduzir a exposição das crianças à publicidade de alimentos. Para
especialistas, a autorregulamentação do setor não tem funcionado.

A mais recente publicação sobre obesidade do periódico Lancet, divulgada em

fevereiro deste ano, indica que, até o momento, as iniciativas de regulação da
propaganda não foram suficientes. Desde os avanços conquistados na proteção da
amamentação, com a eliminação de anúncios que apresentam substitutos do leite
materno, poucas ações efetivas foram implementadas para frear o massivo marketing
da indústria de alimentos para crianças em todo o mundo.

No Brasil, apesar da proibição da publicidade abusiva (direcionada à criança)

prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC) desde 1990, a falta de
regulamentação específica para alimentos prejudica a efetivação da lei. Em 2010, a
movimentação internacional em torno do tema motivou a elaboração da primeira
regulação sobre publicidade de alimentos em geral, por parte da Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária). A regulação, no entanto, foi suspensa logo após sua
publicação, devido à pressão de diversas associações da indústria de alimentos. A
Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de
Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) contribuiu muito para a
proteção ao aleitamento materno, porém aguarda regulamentação, desde 2006, o que
compromete a fiscalização e o cumprimento da lei.

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Alguns avanços também precisam ser reconhecidos, como a Resolução 163/2014
do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que
regulamentou a propaganda abusiva, descrevendo todos os casos em que o Código do
Consumidor deve ser aplicado. Porém, os órgãos de fiscalização ainda não possuem
força suficiente para colocá-la em prática, também por conta da grande pressão das
associações da indústria e de publicidade. Assim como na suspensão da resolução da
Anvisa, esses segmentos fazem pressão contra a resolução do Conanda, alegando
que esses órgãos não têm competência legal para regular a publicidade ou que as
regras ferem a liberdade de expressão das empresas. Argumentos que já foram
refutados por renomados juristas e contestados pelas evidências científicas na área da
saúde pública.

O novo Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da

Saúde em 2014, reconhece a influência e coloca a publicidade de alimentos como um
dos obstáculos para a alimentação saudável. O guia destaca que a regulação é
necessária, pois a publicidade estimula o consumo de alimentos ultraprocessados,
induzindo a população a considerá-los mais saudáveis, com qualidade superior aos
demais, e frequentemente associá-los à imagem de bem-estar, felicidade e sucesso.

Independentemente do tipo de alimento, a propaganda direcionada a crianças se

aproveita da vulnerabilidade de indivíduos em fase de desenvolvimento para incentivar
o consumo. Por isso, não deve ser permitida. Ainda temos um longo caminho pela
frente para alcançar a garantia dos direitos à alimentação adequada e saudável e os
direitos dos consumidores.

O TIPO TEXTUAL PREDOMINANTE NO TEXTO 1 É ARGUMENTATIVO?

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TEXTO DISSERTATIVO - ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS

Para tornar tanto a exposição como a argumentação mais sólida, é necessário o
uso de estratégias argumentativas. Veja algumas:
 Fatos
 Dados estatísticos
 Exemplos
 Ilustrações
 Definições
 Comparações
 Causas e Consequências
 Citações
 Alusão histórica.
VAMOS TREINAR COM ESTILO?
1. Todo texto argumentativo inclui normalmente elementos de defesa da tese
apresentada; leia, por exemplo, o texto a seguir. “Observo que a má conduta
moral não consiste na ação física exterior, mas na visão interior da vontade, fora
das leis da razão e da religião. Isso é claro, já que matar um inimigo na batalha e
dar a pena de morte a um criminoso não são considerados pecados; no entanto,
o ato exterior é exatamente o mesmo que no caso de um assassinato.”
Para defender sua tese, apresentada no primeiro período do texto, o autor apelou
para:
(A) a citação de exemplos;
(B) as suas opiniões pessoais;
(C) o testemunho de autoridades;
(D) a força das leis;
(E) as decisões dos tribunais.

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2. Imagine que um candidato a uma vaga num concurso público, encarregado de
redigir um texto em que expresse suas opiniões sobre o problema dos incêndios
no Pantanal, apela para um testemunho de autoridade, citando uma observação
de um treinador de um time de futebol mato-grossense, retirada de um jornal
local. Um aspecto problemático no apelo para um testemunho de autoridade,
como esse, é:
(A) que a comprovação da citação é difícil;
(B) que a autoridade do citado pode ser questionada;
(C) que o trecho deixa de ser a expressão de uma opinião própria;
(D) a ausência completa de relações entre o fato e a autoridade;
(E) o distanciamento temporal entre o fato e a citação.

3. “Cerca de 70% do planeta terra é composto por água, sendo que somente 1%
desse total é de água doce (...)”, no trecho emprega-se uma estratégia
argumentativa com base em dados estatísticos.

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4. Em “A cidadania consiste na obrigação estatal de concessão de direitos

políticos, econômicos, sociais e culturais a todos, a fim de que tenham
participação na vida política do país, na distribuição de riquezas e nas políticas
públicas, além da livre manifestação de tradições e crenças”, há uma estratégia
argumentativa denominada comparação.

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GABARITO
1-A
2-B
3 - PORTUGUÊS COM ESTILO (CERTO)
4 - PORTUGUÊS SEM ESTILO (ERRADO)

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