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PORTUGUÊS
TIPOS TEXTUAIS X GÊNEROS TEXTUAIS

 Tipologia textual é a classificação de um texto de acordo com as informaçõesque aparecem nele,


considerando suas características internas.
 Gêneros textuais é a classificação de acordo com a relação entre afunção do texto na sociedade e as
características internas desse texto.

GÊNEROS TIPOS TEXTUAIS

Notícia Narrativo, Descritivo

Receita Culinária Injuntivo

Bula de Remédio Injuntivo, Descritivo

Reportagem Narrativa, Dissertativa

NO TIPO TEXTUAL NARRATIVO


 O objetivo do autor é contar um fato, relatar acontecimentos (reais ou imaginários).
 Há a predominância de verbos no pretérito perfeito, mas poderá haver verbos no presente, referindo-se ao
passado (presente histórico).
 Há evolução cronológica (antes e depois).

CARACTERÍSTICAS DE IDENTIFICAÇÃO DO TIPO NARRATIVO


Evolução cronológica: passado ou presente do verbo.
Intenção do autor: contar uma história!

NO TIPO DESCRITIVO
 Há características de:
1. uma pessoa;
2. um objeto;
3. uma paisagem;
4. uma situação.
 Há detalhamentos e simultaneidade.

Exemplo: A tristeza estava de roupão preto, recostado na cama cheia de almofadas coloridas.

CARACTERÍSTICAS DE IDENTIFICAÇÃO DO TIPO DESCRITIVO


Simultaneidade: não há antes e depois.
Intenção do autor: caracterização de pessoas, objetos, situações, e paisagem.

NO TIPO INJUNTIVO
 Tem por finalidade instruir e orientar o leitor.
 É utilizado verbo no imperativo, no infinitivo ou presente do indicativo, com indeterminação do sujeito.

Os textos injuntivos podem ser encontrados em manuais de instruções, receitas, bulas, regulamentos, editais,
códigos e leis.

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CARACTERÍSTICAS DE IDENTIFICAÇÃO DO TIPO INJUNTIVO
1. Verbo no imperativo;
2. Utilização de pronomes de tratamento e verbos modalizadores “dever”, “ter que”, “precisar”.
3. Predominância da coordenação.
4. Sequências de instruções ou comandos.

NO TIPO TEXTUAL EXPOSITIVO


 É utilizada uma linguagem clara.
 O intuito é expor pontos de vista e conhecimento sobre o assunto.
 Tem por finalidade informar o leitor por meio da exposição de ideias e razões de um tema específico.
O tipo expositivo não tem intenção de convencer o leitor.

Exemplo: prova discursiva de Direito; artigos científicos; reportagens.

ESTRUTURA DO TEXTO EXPOSITIVO


Introdução: há apresentação e contextualização do tema, com o relato do objetivo do texto.
Desenvolvimento: há explicação clara e objetiva do assunto.
Conclusão: o assunto é reafirmado, com um resumo dos conteúdos apontados durante o texto.

NO TIPO TEXTUAL DIALOGAL E PREDITIVO


NO TIPO PREDITIVO: Indica uma previsão ou informação sobre o futuro, antecipando os eventos que, de acordo com
o enunciador, acontecerão.
Exemplo: horóscopo e profecias.

É predominante o uso de verbos no futuro.


Os interlocutores discordam, concordam, concluem, justificam e exemplificam suas conversas.

NO TIPO DIALOGAL: há diálogo entre interlocutores.


Exemplo: entrevista, conversa telefônica, chat do Instagram ou Facebook, conversa no Whatsapp.

NO TIPO TEXTUAL ARGUMENTATIVO


O objetivo é persuadir e convencer o leitor a concordar com a tese defendida.
Exemplo: manifestos, abaixo-assinados, artigos de opiniões.

 A estruturação da apresentação e defesa da tese, se dá por meio de introdução, desenvolvimento e conclusão.

Introdução: conta com a apresentação da tese que será defendida sobre o tema escolhido.
A tese é apresentada de forma clara e objetiva, estando bem definida. Na introdução NÃO é feita argumentação da
tese.
Desenvolvimento: O autor explora todos os argumentos relacionados a sua tese, apresentando os pontos positivos e
os pontos negativos do tema.
Poderá focar em um argumento que queira sustentar.
A linguagem precisa ser clara e coerente, devendo haver uma sequência lógica.
No desenvolvimento há o uso de dados estatísticos, fatos comprovados, alusões históricas..

Conclusão: Há a retomada da tese inicial, defendida pelos argumentos apresentados no desenvolvimento.


Pode apresentar soluções viáveis ou propostas de intervenção.

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FIGURAS DE LINGUAGEM

Metáfora
 Comparação implícita.
 Não tem elemento que identifique a comparação “tal qual”, “como”.
 A maioria das metáforas vem com o verbo SER.
Exemplo: “Rodrigo é meu anjo”.

Comparação/Símile
Tem elemento comparativo, “como”, “tal qual”, “assim como”.
Exemplo: “Ele cozinha bem tal como a avó.”

Antítese
Significa oposição.
Exemplo: O corpo é grande e a alma é pequena.

Paradoxo
É uma oposicao que não tem lógica.
Exemplo: A depressão é ferida que dói e não se vê.

Metonímia
Substituição de uma palavra por outra.
Exemplos: O homem foi à lua (homem – astronautas).
Eu vou tomar um Reservado (reservado - vinho).

Catacrese
É um tipo de metonímia. Quando não há palavra que se encontre para falar de algo.
Exemplo: “Céu da boca”, “batata da perna”....

Hipérbole
Significa exagero.
Exemplo: Eu estou morrendo de vontade de comer pizza.

Sinestesia
Mistura dos sentidos: tato, olfato, paladar, visão,...
Exemplos: “Olha esse cheiro”
“O cheiro áspero das rosas”.

Eufemismo
Significa amenização.
Exemplo: Carlos bateu as botas (morreu).

Prosopopeia/Personificação
É dada uma característica humana e outro ser.
Exemplo: “As pedras andam vagarosamente”.

Ironia
Significa dizer o contrário daquilo que se quer expressar.
Exemplo: “Ela parece um anjinho, aham...”

Apóstrofe
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VOCATIVO. É um chamamento/invocação.
Exemplo: “…Ó Deus! Onde estás que não respondes?”

Elipse
Há um termo subentendido.
Exemplo: “Ele comia pouco, fazia pouco exercício”.

Polissíndeto
Significa vários.
Repetição de CONJUNÇÃO “e” e “nem”.
Exemplo: “E come e dorme e limpa e malha”

Assíndeto
SEM conectivo.
Uso de vírgula e ponto.
Exemplo: “Vim, vi, venci”.

Pleonasmo
Usado para enfatizar.
Exemplos: “E rir meu riso”
“Eu vi com meus próprios olhos”.

Anáfora
Repetição no início de frase.
Exemplo: “E se você gritasse, e se você tocasse a valsa, e se você...”

Hipérbato
Há uma inversão dos termos na frase.
Exemplo: “Dos meus problemas, cuido eu”.

Aliteração
Há repetição de consoantes.
Exemplo: “Vozes veladas, veludadas ”

Assonância
Há repetição de vogais.
Exemplo: “Pólo sul, meu azul”.

Onomatopeia
Imitação de som.
 Tende a aparecer em gibis.
Exemplo: “a campainha faz din-don”.

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FUNÇÕES DA LINGUAGEM
ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO

EMISSOR EMITE A MENSAGEM

RECEPTOR RECEBE A MENSAGEM

MENSAGEM CONTEÚDO QUE É TRANSMITIDO PELO EMISSOR

CÓDIGO CONJUNTO DE SIGNOS USADO NA TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO DA MENSAGEM

REFERENTE CONTEXTO RELACIONADO A EMISSOR E RECEPTOR

CANAL ONDE CIRCULA A MENSAGEM

FUNÇÕES DE LINGUAGEM NA COMUNICAÇÃO

FUNÇÃO DENOTATIVA OU REFERENCIAL


 Enfatiza o referente - o contexto em que o texto está inserido.
 É encontrada em artigos científicos e textos enciclopédicos, por exemplo.

FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA


 O discurso é feito em 1ª pessoa, com exclamações e interjeições.
 Há um caráter subjetivo do emissor, o qual emite opiniões, emoções.

FUNÇÃO POÉTICA
 É comum em obras literárias.
 Refere-se a um mundo novo, criado pela linguagem.

FUNÇÃO FÁTICA
 É caracterizada pela manutenção da comunicação.
 O emissor busca estratégias para manter a interação com o receptor.
 Há a utilização de expressões como: Entendeu? Alô?

FUNÇÃO CONOTATIVA OU APELATIVA


 A ênfase está no emissor.
 Há a presença de verbos no modo imperativo e do vocativo, com o objetivo de indicar a forma como o outro
deve agir.

FUNÇÃO METALINGÜÍSTICA
Nessa função, a linguagem explica a própria linguagem.
Exemplo: dicionário.

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INTERTEXTUALIDADE
PARÁFRASE E PARÓDIA
São 2 tipos de intertextualidade e são usados na literatura, artes, música, cinema.

PARÁFRASE
É a ratificação de um texto existente. Portanto, há a repetição do assunto ou parte dele. Preserva-se a ideia inicial.
Assim, parafrasear um texto é o mesmo que reescrevê-lo com palavras diferentes, mas preservando o sentido nele
exposto.

PARÓDIA
É uma reformulação do texto e se baseia em um caráter contestador.
Ainda, há a alteração do sentido original, para marcar uma ironia ou sarcasmo.

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HÍFEN
O HÍFEN É USADO NA ÊNCLISE E NA MESÓCLISE.
Exemplo: emprestar-me-á; disse-lhe; vê-lo; dei-lhe.

NÃO SERÁ USADO QUANDO A SEGUNDA PALAVRA INICIAR COM UMA LETRA DIFERENTE DA ÚLTIMA LETRA DO
PREFIXO.
Exemplo: autoestima; infraestrutura; contracheque; sobrenatural.

NÃO HAVERÁ HÍFEN NO CASO DE PREFIXO QUE TERMINA EM VOGAL E A SEGUNDA PALAVRA INICIA COM AS
CONSOANTES R OU S.
ATENÇÃO!!! As consoantes deverão ser duplicadas.
Exemplo: antissocial; contrassenso; autossuficiente; microssegundo.

NÃO HAVERÁ HÍFEN nos substantivos compostos formados com elementos de ligação.
Exemplo: fim de semana; dia a dia; cara de pau...

USA-SE O HÍFEN NO CASO DE O PREFIXO TERMINAR COM A MESMA LETRA QUE COMEÇA A SEGUNDA PALAVRA E
A SEGUNDA PALAVRA INICIA COM H.
Exemplo: micro-ondas; anti-higiênico.

USA-SE O HÍFEN NAS PALAVRAS COMPOSTAS SEM ELEMENTOS DE LIGAÇÃO.


Exemplo: segunda-feira; meio-dia; arco-íris.

USA-SE O HÍFEN NAS PALAVRAS DE ESPÉCIES BOTÂNICAS E ZOOLÓGICAS.


Exemplo: bem-te-vi; bem-me-quer; erva-do-chá...

DEVERÃO SER ESCRITAS COM HÍFEN PALAVRAS QUE POSSUEM ALÉM, AQUÉM, RECÉM E SEM.
Exemplo: recém-nascido; sem-fim; além-mar.

DEVERÃO SER ESCRITOS COM HÍFEN NOMES DE PONTES E RODOVIAS, POR EXEMPLO, QUE POSSUEM NOMES
COMPOSTOS.
Exemplo: ponte Rio-Niterói; rodovia Rio-Santos;

NAS PALAVRAS COMPOSTAS COM BEM E MAL, DEVEM SER ESCRITAS COM HÍFEN QUANDO O SEGUNDO
VOCÁBULO INICIAR POR VOGAL OU H.
Exemplo: mal-estar; bem-humorado...
CUIDADO!!! bem-vindo, bem-visto...

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ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

MORFEMAS
Palavras com estruturas significativas menores.

TIPOS DE MORFEMA:
1. Radical;
2. Raiz;
3. Afixos;
4. Desinências;
5. Vogal Temática;
6. Tema.

RAIZ
Elemento originário e irredutível da significação da palavra. A raiz pode sofrer alterações.
Exemplo: ato, ator, ação.

RADICAL
É a unidade que se repete em palavras do mesmo cognato (independe da raiz histórica da palavra). Pode sofrer
pequenas alterações.
Exemplo: dormir, durmo.

AFIXOS
São partículas que são adicionadas ao radical para formarem outras palavras. Os afixos podem ser: prefixos ou
sufixos.

PREFIXOS
Eles vêm antes do radical (prévio).
Exemplo: Ilegal.

SUFIXOS
Eles vêm após o radical.
Exemplo: Legalmente.

DESINÊNCIAS
Aparecem após os radicais. Pode ser desinência verbal ou nominal. Exemplo: Garotos – O radical é “garot” – A
desinência é “os”, indicando plural.

VOGAL TEMÁTICA
É a vogal que sucede o radical da palavra ou do verbo. No verbo, a vogal temática indica conjugação dele.
Exemplo: Estrela; partir.

TEMA
O tema é a junção do radical + vogal temática, em que são adicionadas as desinências.
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ENCONTRO VOCÁLICO E ENCONTRO CONSONANTAL
ENCONTRO VOCÁLICO
 É o encontro de 2 ou mais vogais em uma palavra.
 O ditongo, tritongo e hiato.

ENCONTRO CONSONANTAL
 É o encontro de 2 consoantes ou mais e ambas são pronunciadas.
Pode ser classificado em:
Perfeito: É o encontro inseparável, no qual há uma consoante + os fonema /L/ ou o /R/.
Exemplo: a-tle-ta; cr-ise.
Imperfeito: É separável, ficando em sílabas diferentes.
Exemplo: pac-to; ab-di-car.

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DIVISÃO SILÁBICA
NÃO SE SEPARAM:
 Os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu.
Exemplo: cha-ve, ba-nha, quei-xa.
 Os ditongos e tritongos.
Exemplo: foi-ce, Pa-ra-guai.
 Os encontros consonantais que iniciam sílaba.
Exemplo: psi-qui-a-tra.

SE SEPARAM
 As letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc.
Exemplo: car-ro, ex-ce-len-te.
 As vogais dos hiatos.
Exemplo: sa-ú-de
 Os encontros consonantais das sílabas internas, SALVO aqueles em que a segunda consoante é l ou r.
Exemplo: ap-to, con-vic-ção.

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PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

A formação das palavras se dá por meio de 2 processos morfológicos: DERIVAÇÃO E COMPOSIÇÃO.

DERIVAÇÃO PREFIXAL
É a inclusão do prefixo à palavra de origem primitiva.
Exemplo: Pedro deverá refazer a lição de casa.
A palavra primitiva é “fazer”. Ao colocar o “re” antes da palavra, forma-se a derivação prefixal.

DERIVAÇÃO SUFIXAL
É a inclusão do sufixo à palavra de origem primitiva.
Exemplo: estudante, felicidade.

DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA/PARASSÍNTESE
Há a inclusão de um prefixo e de um sufixo à palavra.
Exemplo: O entardecer é lindo.
A palavra primitiva é “tarde” e quando se acrescenta o “en” no início e o “cer” no final - PARASSÍNTESE.

DERIVAÇÃO REGRESSIVA
Quando existe um processo de redução na palavra primitiva.
Nesse caso, os substantivos são chamados de deverbais, pois perdem o – r no final dos verbos.
Há uma supressão da palavra primitiva, gerando uma derivada.
Exemplo: acúmulo (de acumular), desempenho (de desempenhar), mergulho (de mergulhar).
Veja a frase: O beijo é um modo de cumprimentar alguém que você gosta.
“beijo” vem do verbo “beijar”.

DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA
Aqui, há uma alteração semântica na nova palavra.
Há uma mudança de classe gramatical.
Exemplo substantivo derivado de adjetivo:
Essa blusa é veneziana (adjetivo).
A veneziana do meu quarto é linda! (substantivo).

COMPOSIÇÃO
Justaposição ou aglutinação.

JUSTAPOSIÇÃO
Os termos irão se juntar e os radicais não sofrerão alterações em sua estrutura.
Exemplo: Meu irmão é surdo-mudo.
Onde está meu abre-latas?

AGLUTINAÇÃO
Nesse caso, quando os termos se juntam, os radicais acabam sofrendo uma alteração.
Exemplos: Eu não gosto de colocar vinagre na salada – VINAGRE (vinho e agre).
O Planalto Brasileiro é uma região extensa. – PLANALTO (plano e alto).

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NEOLOGISMO
Geralmente, refere-se a palavras que tomamos de outra língua. Há outras formas de neologismo.
Exemplo: Ela sempre aparece on-line no WhatsApp.
Minha amiga, Miranda, é muito fashion.

HIBRIDISMO
Nesse caso, os elementos que formam a palavra são de idiomas diversos.
Exemplos: automóvel (auto= grego, móvel= latim)
televisão (tele= grego, visão=latim)

ONOMATOPEIA
São palavras que simbolizam a reprodução de sons. Normalmente, aparecem em gibis.
Exemplo: Tique-taque; toc-toc.

REDUÇÃO/ABREVIAÇÃO
Quando uma palavra é muito longa há uma nova formação de palavra reduzida.
Exemplo: moto (motocicleta), pneu (pneumático).

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SUBSTANTIVO
É a classe gramatical de palavras variáveis que nomeia todas as coisas reais e irreais.

CLASSIFICAÇÕES DOS SUBSTANTIVOS:

PRIMITIVO
É o substantivo que dá origem a novas palavras.
Exemplo:jardim, sorvete.

DERIVADO
É o substantivo formado a partir de outro.
Exemplo:jardineiro, sorveteria.

CONCRETO
É o substantivo que nomeia seres animados (com vida) e inanimados (sem vida).
Exemplo:cobra, curupira.

ABSTRATO
É o substantivo que nomeia conceitos abstratos, os quais não podem ser vistos, definidos ou desenhados sozinhos.
Exemplo:honestidade, saudade.

SIMPLES
Quando existe um termo um uma só palavra.
Exemplo:vaso, xícara.

COMPOSTO
Quando existem mais de um termo ou mais de uma palavra.
Exemplo:couve-flor, erva-doce.

COMUM
Não atribui uma qualidade especial aos objetos, lugares ou seres.
Exemplo:país, mãe.

PRÓPRIO
Dá nome a um ser único, específico, diferenciando ele do restante do grupo.
Exemplo:Carla, Uruguai.

COLETIVO
É a palavra que dá nome a uma coleção ou grupo.
Exemplo:manada, cardume.

PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES

Acrescentar, em regra, “s” ao final da palavra no singular:


 colega - colegas;
 bolsa - bolsas;
 escada - escadas.

Substantivos terminados em “r”, “z”, “s”, acrescenta-se “es” ao final da palavra no singular:
 matriz - matrizes;
 colar - colares;
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 país - países.

EXCEÇÃO: Substantivos terminados em “s” que são paroxítonos, o plural fica invariável:
 lápis - lápis;
 vírus - vírus.

Substantivos terminados em “ão”, poderão ficar no plural com a terminação “ões”, “ãos”, “ães”:
 opinião - opiniões;
 cidadão - cidadãos;
 capitão - capitães.

Existem substantivos terminados em “ão” que admitem mais de 1 forma no plural:


 ancião – anciões, anciãos, anciães;
 guardião - guardiões, guardiães.

Substantivos singulares terminados em al, el, ol, ul, no plural têm a terminação ais, éis, óis, uis:
 aluguel - aluguéis;
 girassol - girassóis;
 lençol - lençóis.

ATENÇÃO: Substantivos singulares terminados em “x” ficam com a mesma terminação no plural:
 tórax - tórax;
 ônix - ônix.

Substantivo singular terminado em il, no plural termina em is, eis:


 fuzil - fuzis;
 barril - barris;
 fóssil - fósseis.

Substantivo no singular terminado em m, no plural termina em ns:


 Jasmin - jasmins;
 jardim - jardins.

Substantivo no singular terminado em n, o plural termina em “ns” ou “nes”:


 abdomen - abdomens, abdômenes;
 hífen - hifens; hífenes.

PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS

Em regra geral, o substantivo, o adjetivo e o numeral são VARIÁVEIS.

O verbo e o advérbio são INVARIÁVEIS:


 Terças-feiras (numeral + subst.);
 Lava-roupas (verbo + subst.).

Palavras repetidas e onomatopeias, só o último elemento ficará no plural:


 bem-te- vis;
 reco-recos.

Caso as palavras repetidas sejam verbos, pode-se escolher entre colocar todos os elementos no plural ou apenas o
último no plural:
 piscas-piscas ou pisca-piscas.
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Estruturas ligadas por preposição, somente o primeiro elemento ficará no plural:
 pores do sol;
 malas de viagem;
 canas-de-açúcar.

Substantivo + substantivo no segundo termo com terminação que limite o sentido do primeiro, o primeiro
elemento ficará no plural:
 decreto-lei = decretos-lei;
 elemento-chave = elementos-chave;
 banana-maçã = bananas-maçãs.

ATENÇÃO: Nesses substantivos pode haver plural nos dois elementos:


 decretos-leis;
 elementos-chaves;
 bananas-maçãs.

Substantivos compostos formados com grão, grã, bel, o último elemento ficará no plural:
 grão-duque = grão-duques;
 bel-prazer = bel-prazeres.

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ARTIGO
É a palavra que se antepõe ao substantivo e indica se ele está sendo empregado de forma INDEFINIDA ou
DEFINIDA.

ARTIGOS DEFINIDOS ARTIGOS INDEFINIDOS

O, A, OS, AS UM, UMA, UNS, UMAS


Comprei a blusa. Comprei uma bolsa.
Exprime a ideia de uma blusa específica. Exprime a ideia de uma bolsaqualquer.

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ADJETIVO
Palavra que expressa qualidade ou característica do ser.

CLASSIFICAÇÕES

RESTRITIVO
Denota qualidade que pode ser retirada do substantivo.
Exemplo: nem todos aqui são inteligentes.
O adjetivo restritivo que diz respeito a todos é “inteligentes” .

EXPLICATIVO
Denota qualidade que não pode ser retirada do substantivo.
Exemplo: toda o chuva é quente, não existe fogo frio.
O adjetivo explicativo que diz respeito ao fogo é “quente”.

FORMAÇÃO DO ADJETIVO

SIMPLES
É formado por um só radical.
Exemplo: magro, azul.

COMPOSTO
É formado por mais de um radical.
Exemplo:castanho-claro.

PRIMITIVO
Dá origem a outros adjetivos.
Exemplo: ruim, triste.

DERIVADO
Deriva de substantivos, verbos e até de outro adjetivo.
Exemplo:magrelo, bondoso.

ADJETIVO PÁTRIO/GENTÍLICO

Indica a nacionalidade de alguém, de um objeto, de animal, entre outros.


A nacionalidade está ligada a países, cidades e estados de modo geral.

Exemplo: Marina é mineira.


Marina é mineira, porque nasceu em Minas Gerais.

GRAU DO ADJETIVO

Os adjetivos são flexionados em grau para indicar a intensidade da característica do ser.

Os graus do adjetivo podem ser: COMPARATIVO e SUPERLATIVO.

COMPARATIVO SUPERLATIVO

Comparação entre dois ou mais seres. Características num grau muito elevado ou em grau
MÁXIMO.

Comparativo de igualdade: Superlativo absoluto sintético: Adj + sufixo


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Exemplo: Marisa é tão tímida quanto sua prima. Exemplo: Marisa é inteligentíssima.

Comparativo de inferioridade: Superlativo absoluto analítico:


Exemplo:Marisa é menos tímida que sua prima. Advérbio de intensidade + adj.
Exemplo: Marisa é muito inteligente.

Comparativo de superioridade: Superlativo relativo:


Exemplo: Marisa é mais tímida que sua irmã. relação de um indivíduo com o grupo.

CUIDADO com o comparativo irregular de superioridade: Superlativo relativo de superioridade:


Exemplo: Matheus é “mais bom” que Pedro. Exemplo: Roberto é o menino mais forte do bairro.
(Está errado, pois o correto seria “melhor”).

Exemplo: José é “mais ruim” que Fábio. Superlativo relativo de inferioridade:


(Está errado, pois o correto seria “pior”). Exemplo: Marcelo é o empregado menos produtivo
da empresa.
Bom – melhor Ruim/mal – pior
Grande – maior Pequeno – menor

CUIDADO, estes mesmos adjetivos voltam à forma regular


quando comparo 2 características do mesmo indivíduo:

Exemplo: Rodrigo é mais grande que pequeno. (correto)


Exemplo: Matheus é mais bom que ruim. (correto)

SUPERLATIVOS SINTÉTICOS EXEMPLOS

Bom - boníssimo ou ótimo

Cruel – crudelíssimo

Difícil – dificílimo

Frágil – fragílimo

Frio - friíssimo ou frigidíssimo

Humilde - humílimo

Livre – libérrimo

Magnífico - magnificentíssimo

Magro - macérrimo ou magríssimo

Preguiçoso - pigérrimo

Próspero – prospérrimo

Terrível – Terribilíssimo

LOCUÇÃO ADJETIVA

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DUAS palavras que, indicam uma característica quando juntas.
Possuem o mesmo valor de um adjetivo.

Exemplo:
 dia de chuva – dia chuvoso;
 amor de pai – amor paterno;
 rosto de anjo – rosto angelical.

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ADVÉRBIO
É palavra INVARIÁVEL que pode se referir a um verbo, a um advérbio ou a um adjetivo.

EXPRESSA UMA CIRCUNSTÂNCIA.


Exemplo: Os cavalos pastavam calmamente (advérbio de modo).

CIRCUNSTÂNCIAS DO ADVÉRBIO

LUGAR
Atrás, embaixo, ali, lá, aqui, longe, perto.

TEMPO
Amanhã, hoje, outrora, breve, cedo, ainda (até agora).

ORDEM
Primeiramente, depois, ultimamente.

INTENSIDADE
Tão, pouco, muito, mais, menos.

MODO
Bem, mal, melhor, pior, rapidamente, devagar.

AFIRMAÇÃO
Sim, realmente, certamente.

NEGAÇÃO
Não, nunca, nem, tampouco.

DÚVIDA
Provavelmente, talvez, possivelmente.

INCLUSÃO
Ainda, também, mesmo.

EXCLUSÃO
Salvo, apenas, senão, só, unicamente.

EXEMPLO DAS CIRCUNSTÂNCIAS DO ADVÉRBIO


Carla faleceu.
ONDE ela faleceu? (Na Avenida dos Cocais) = LUGAR
QUANDO ela faleceu? (Hoje) = TEMPO
COMO ela faleceu? (Acidente) = MODO

As circunstâncias adverbiais são infinitas.


“Falecer” é Verbo Intransitivo. Tudo o que for adicionado após o verbo é apenas um acréscimo de circunstância.

LOCUÇÃO ADVERBIAL

DOIS OU MAIS termos que possuem valor de advérbios.


Exemplo: Uma vez por semana; pela tarde; de maneira alguma, depois do jantar, no duro (certamente).

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POSIÇÃO DO ADVÉRBIO
A posição original do advérbio em uma frase é no final dela. Porém, ele poderá aparecer deslocado, no início da
frase.
No adjunto adverbial deslocado em até 3 palavras a vírgula OPCIONAL.
Exemplo: Ontem eu caminhei no parque/ Ontem, eu caminhei no parque.

No adjunto adverbial deslocado LONGO a vírgula OBRIGATÓRIA.


Exemplo: Na reunião de ontem, eu apresentei meu novo projeto.

PRONOME RELATIVO

Exemplo: Que, quem, o qual (a qual, os quais, as quais), onde (em que), quanto (quanta, quantos, quantas), cujo
(cuja, cujos, cujas).

Os pronomes relativos podem ser substituídos por “o qual”, “a qual”, “os quais”, “as quais”, SALVO “cujo”, “cuja”,
“cujos”, “cujas”.

Retoma um termo anterior, substituindo-o para evitar repetição.


Exemplo: Aquele é o museu que Maria Clara visitou. O “que” se refere ao “museu” presente na primeira oração e
introduz a segunda oração.

PRONOME RELATIVO “ONDE”


O pronome relativo “ONDE” somente pode ser utilizado para ideia de LUGAR! Pode ser substituído por “em que”.

PRONOME RELATIVO “CUJO”


O “cujo” exprime relação de POSSE.

CONCORDA EM GÊNERO E NÚMERO COM A COISA POSSUÍDA E NÃO ADMITE ARTIGO (O, A, OS, AS) DEPOIS DELE.
Deve-se colocar o “cujo” entre o possuidor e o possuído (alguém cujo algo).
Exemplo: Aquela é a mulher cujo carro é lindo.

Aquela é a loja a cuja dona me refiro (quem se refere, refere-se a).


Exemplo: Esta é a Diretora com cujas ideias todos concordam (quem concorda, concorda com).

PRONOMES DO CASO RETO E OBLÍQUOS

PRONOME RETO PRONOME OBLÍQUO

EU MIM, ME, COMIGO

TU TE, TI, CONTIGO

ELE SE, O, A, LHE, SI, CONSIGO

NÓS NOS, CONOSCO

VÓS VOS, CONVOSCO

ELES SI, OS, AS, LHES, SE, CONSIGO

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

É o uso do pronome oblíquo junto ao verbo.


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Quando o pronome oblíquo é usado junto ao verbo, significa que ele está sendo usado para SUBSTITUIR um
substantivo.
Há regras para o uso do pronome oblíquo ANTES, NO MEIO ou DEPOIS do verbo. Isso é colocação pronominal.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL – PRÓCLISE


Pronome antes DO VERBO.

A próclise é aplicada quando:

HÁ ADVÉRBIOS OU PALAVRA NEGATIVA.


Exemplo: Nada se diz sobre a realidade do SUS no Brasil; Sempre me disse mentiras.

HÁ PRONOME RELATIVO.
Exemplo: A mulher que me mostrou a casa.

HÁ PRONOME INDEFINIDO.
Exemplo: Todos se comoveram com o discurso dele.

HÁ PRONOME DEMONSTRATIVO.
Exemplo: Isso me deixa feliz.

“EM” + “VERBO NO GERÚNDIO”.


Exemplo: Em se tratando de doenças cardíacas, nem todas são hereditárias.

HÁ CONJUNÇÃO SUBORDINADA.
Exemplo: Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.

HÁ ORAÇÕES INICIADAS POR PALAVRAS INTERROGATIVAS.


Exemplo: Quem te fez a comunicação?

HÁ ORAÇÕES INICIADAS POR PALAVRAS EXCLAMATIVAS.


Exemplo: Quanto se ofendem por pouca coisa!

COLOCAÇÃO PRONOMINAL – MESÓCLISE

Pronome no meio do verbo.

CASOS DE MESÓCLISE:
Verbo flexionado no futuro do pretérito ou futuro do presente com o pronome no meio do verbo.
Exemplo: Far-lhe-ei uma boa proposta. (futuro do presente)
Exemplo: Comemorar-se-ia o aniversário se não chovesse. (fut. pretér.)

COLOCAÇÃO PRONOMINAL – ÊNCLISE

Pronome depois do verbo.

CASOS DE ÊNCLISE:
O VERBO INICIAR A ORAÇÃO.
Exemplo: Falaram-me que a avaliação será amanhã.

VERBO NO INFINITIVO IMPESSOAL REGIDO DA PREPOSIÇÃO “A”


Exemplo: Os casais passaram a odiar-se.

VERBO NO GERÚNDIO
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Exemplo: Fiquei sem reação, lembrando-me dos maus acontecimentos.

VÍRGULA OU PONTUAÇÃO ANTES DO VERBO


Exemplo: Se passar em um concurso em Brasília, mudo-me imediatamente.

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

SÃO CONJUNÇÕES COORDENATIVAS:

Aditivas:
expressam adição. Exemplo: e, também.

Alternativas:
expressam alternância. Exemplo: ou, ou...ou, ora...ora, seja...seja.

Adversativas:
expressam oposição.
Exemplo: Porém, mas, contudo, todavia, não obstante, e (no sentido de “mas”), antes (no sentido de “mas”).

Explicativas:
expressam explicação.
Exemplo: pois (antes do verbo), porquanto, porque, posto que.

Conclusivas:
expressam conclusão.
Exemplo: pois (depois do verbo), por isso, logo, portanto, por conseguinte.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS

INTEGRANTES
Introduzem orações substantivas.
Exemplo: se, como, que.

ADVERBIAIS CAUSAIS
Expressam causa.
Exemplo: visto que, uma vez que, como pois que, já que.

ADVERBIAIS CONSECUTIVAS
Expressam consequência.
Exemplo: tal que, tão que, tanto que.

ADVERBIAIS FINAIS
Expressam finalidade.
Exemplo: para que, a fim de que.

ADVERBIAIS TEMPORAIS
Expressam tempo.
Exemplo: quando, desde que, enquanto.

ADVERBIAIS CONDICIONAIS
Expressam condição.
Exemplo: caso, se, salvo se, conquanto que.

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ADVERBIAIS CONCESSIVAS
Expressam contraste.
Exemplo: conquanto, embora, mesmo que, se bem que, apesar de.

ADVERBIAIS COMPARATIVAS
Expressam comparação.
Exemplo: assim como, tanto como.

ADVERBIAIS CONFORMATIVAS
Expressam conformidade.
Exemplo: segundo, conforme, consoante, de acordo com.

ADVERBIAIS PROPORCIONAIS
Expressam proporção.
Exemplo: à medida que, à proporção que, ao passo que.

CONJUNÇÕES CONCESSIVAS

São exemplos conjunção CONCESSIVA: “embora ou malgrado”, “apesar de” e “conquanto”.

a CONCESSÃO é uma EXCEÇÃO à regra.


Há uma “quebra” de expectativa.
Exemplo: Embora eu reclame muito, sou feliz. = Apesar de eu reclamar muito, sou feliz.
Há uma “quebra” de expectativa, uma vez que se eu reclamo, não sou feliz (em regra).

CUIDADO ao trocar “embora” por “apesar de”, por exemplo, a conjugação do verbo mudará.
Exemplo: Embora fosse advogado, não sabia falar em público.
Apesar de ser advogado, não sabia falar em público.

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ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS CAUSAIS E COMPARATIVAS
A oração subordinada adverbial exprime uma circunstância para a oração principal. Ela desempenha as funções um
advérbio (e sintaticamente de adjunto adverbial). Essa oração inicia com uma conjunção subordinativa adverbial, a
qual indicará a circunstância que a oração expressa.

A ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL PODE SER DO TIPO CAUSAL E COMPARATIVA:

CAUSAL
Indica uma causa, um motivo.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES CAUSAIS
Porque, como, na medida em que, visto que, uma vez que, porquanto...
Exemplo: Ela não foi ao parque porque estava gripada.
A conjunção causal “porque” representa uma causa do que foi dito na oração principal, é o motivo de ela não ter ido
ao parque (porque estava gripada).

COMPARATIVA
Exprime uma comparação.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES COMPARATIVAS
Tanto... quanto, tal como, (do) que, tal ... qual, como (no sentido comparativo, comumente vem acompanhado com
“quem”).
Exemplo: O guepardo é mais veloz do que o leão.
Na sentença acima há uma comparação entre o guepardo e o leão no que diz respeito à velocidade.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS CONCESSIVAS E CONDICIONAIS

CONCESSIVA
Indica uma concessão e exprime algo inesperado em determinadas circunstâncias.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES CONCESSIVAS
Apesar de, conquanto, embora, ainda que, se bem que, por mais que...
Exemplo: Por mais que Pâmela esteha doente, ela irá ao casamento.
É inesperado que Pâmela vá ao casamento, já que ela está doente... Mas, ela irá.

CONDICIONAL
Indica uma condição.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES CONDICIONAIS
Caso, a menos que, salvo se, exceto se...
Exemplo: Se chover, não iremos ao parque.
Somente iremos ao parque se o dia estiver bom, sem chuva.
Há uma condição para irmos ao show: não chover, pois se chover, não iremos.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS CONFORMATIVAS E CONSECUTIVAS

CONFORMATIVA
Indica conformidade, acordo entre um fato e outro.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES CONFORMATIVAS
Conforme, segundo, de acordo com, consoante, como (no sentido de conformidade)...
Exemplo: A monografia deverá ser redigida de acordo com as regras da ABNT.

CONSECUTIVA
Indica uma consequência, um resultado do que foi dito na oração principal.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES CONSECUTIVAS
Tão que, tanto que, tal que, que...
Exemplo: Márcia gritou tanto que ficou sem voz.
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A estranheza da mulher era tal que todos se assustaram.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS FINAIS, PROPORCIONAIS E TEMPORAIS

FINAL
Exprime finalidade.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES FINAIS
a fim de, por que (= para que)...
Exemplo: A aluno Carlos estudou muito a fim de que não reprovasse.
Carlos estudou com a finalidade de não reprovar.

PROPORCIONAL
Exprime proporcionalidade com o acontecimento da oração principal.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES PROPORCIONAIS
ao passo que, à medida que, à proporção que, à maneira que...
Exemplo: Lucas ficava mais musculoso à medida que treinava.

TEMPORAL
Indica uma ideia de tempo.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES TEMPORAIS
Logo que, quando, enquanto, agora que, depois que...
Exemplo: Quando ouço Marília Mendonça, penso em você.
“quando” indica uma ideia de tempo.

ORAÇÕES REDUZIDAS

As orações reduzidas são as orações subordinadas SEM pronome relativo ou SEM conjunção e com o verbo em uma
das seguintes formas:
INFINITIVO = falar
GERÚNDIO = falando
PARTICÍPIO = falado

Se a conjunção for retirada e o verbo colocado no infinitivo, no gerúndio ou no particípio, a oração desenvolvida
passará a ser uma oração reduzida.

ORAÇÃO REDUZIDA DE INFINITIVO, DE PARTICÍPIO E DE GERÚNDIO

ORAÇÃO REDUZIDA DE INFINITIVO


Não há a presença da conjunção e o verbo fica no infinitivo.
Aqui, é possível haver orações subordinadas substantivas e orações subordinadas adverbiais.
Exemplo:
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA
É recomendável praticar exercício. = Reduzida
É recomendável que todos pratiquemos exercício. = Desenvolvida
ORAÇÃO REDUZIDA DE GERÚNDIO
Não há a presença da conjunção ou do pronome relativo e o verbo fica no gerúndio.
Aqui, é possível haver orações subordinadas adjetivas e orações subordinadas adverbiais.
Exemplo:
ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA
O gato, miando no pátio, era de Cláudia. = Reduzida
O gato, que miou no pátio, era de Cláudia. = Desenvolvida
ORAÇÃO REDUZIDA DE PARTICÍPIO
Não há a presença da conjunção ou do pronome relativo e o verbo fica no particípio.
É possível haver orações subordinadas adjetivas e orações subordinadas adverbiais.
Exemplo:
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ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL
Por ter chovido, ficaram no apartamento. = Reduzida
Ficaram no apartamento, uma vez que o dia estava chuvoso. = Desenvolvida

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FUNÇÕES DO “QUE”
SUBSTANTIVO
 Vai ser escrito com um acento circunflexo.
 Quando possui a função de substantivo, tem valor de qualquer coisa.
 Poderá vir determinado por artigo, numeral, entre outros.
Exemplos: Aquela obra tem um quê de Vincent Van Gogh.

ADVÉRBIO DE INTENSIDADE
Nesse caso, o “que” será equivalente a “muito”, “quanto”...
Sua função será intensificar os advérbios e adjetivos.
Exemplos:
Que linda casa!
Que péssimo gosto!
Pronome interrogativo: nesse caso, o “que” será equivalente a “qual” e estará em orações interrogativas diretas ou
indiretas.
Exemplos: Que roupas ela comprou?

PRONOME RELATIVO
Nesse caso, o “que” será igual ao “o qual” e suas variações.
Retomará o termo antecedente e introduzirá orações subordinadas adjetivas.
Exemplos: Ele é o menino que me contou sobre o acidente.
É possível trocar o “que” por “o qual” e a frase continua correta.

PRONOME INDEFINIDO
Acompanha os substantivos e os modifica.
Exemplos: Que sapatos lindos você tem!
Que cabelos curtos Andreza tem!

PREPOSIÇÃO
Poderá equivaler a “para”, “de”, “a”...
Aparece com os verbos auxiliares “ter” e “haver”.
Exemplos: Eu tenho que estudar Ciências amanhã. = Eu tenho de estudar Ciências amanhã.

INTERJEIÇÃO
Nesse caso, será acentuado = “quê”.
Poderá expressar uma emoção.
Aparecerá em frases exclamativas.
Exemplos: Quê! Está muito caro!

CONJUNÇÃO COORDENATIVA
Nesse caso, ligará orações coordenadas e poderá ter o valor de uma conjunção adversativa, aditiva, alternativa ou
explicativa.
Exemplos: Você pode pedir desculpas, que não adiantará. (conjunção adversativa, pois o “que” possui o mesmo
valor de “mas”).

CONJUNÇÃO INTEGRANTE
Nesse caso, o “que” introduzirá uma oração subordinada substantiva.
Será equivalente a “isso”.
Exemplos: É importante que você conte tudo ao médico. = É importante ISSO.

CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA ADVERBIAL


Introduzirá uma oração subordinada adverbial. Poderá ser uma conjunção causal, comparativa, concessiva,
temporal, final...
Exemplos: Débora desenha melhor que eu. (conjunção comparativa)
29
PARTÍCULA EXPLETIVA
Sua função é de REALCE e pode ser excluído da oração sem problema algum.
Exemplos: O professor Felipe que me chamou por engano.
Note que se o “que” for retirado da frase, nada mudará, estará tudo certo.

FUNÇÕES DO “SE”
SUBSTANTIVO
Nesse caso, o “se” virá acompanhado de um determinante (um artigo ou um pronome) ou especificará outro
substantivo.
Exemplos: O se é muito utilizado na Língua Portuguesa.

PRONOME APASSIVADOR
O “se” irá se relacionar a verbos transitivos diretos ou diretos e indiretos.
Para você ter certeza se a função do “se” é de pronome apassivador = passar a frase para a voz passiva analítica.
Exemplos: Compra-se diamante = Diamante é comprado. (Deu certo, então, nesse caso, o “se” é pronome
apassivador).

ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO


O “se” acompanhará verbos transitivos indiretos, verbos de ligação e verbos intransitivos. Tais verbos estarão na
TERCEIRA pessoa do singular.
Aqui NÃO há a possibilidade de passar a frase para a voz passiva analítica.
Exemplos: Era-se infeliz. = Alguém era infeliz.

PARTE INTEGRANTE DO VERBO


O “se” acompanhará verbos pronominais.
Esses verbos expressam atitudes e sentimentos que são próprios do sujeito.
Exemplos: A menina queixou-se da dor no cotovelo.

PRONOME REFLEXIVO
O “se” será equivalente a si mesmo.
O “se” poderá exercer a função de objeto direto ou de objeto indireto.
Exemplos: Caio se machucou com a faca. = Caio machucou quem? A si mesmo.

PRONOME REFLEXIVO RECÍPROCO


Há DOIS sujeitos envolvidos, os quais praticam a ação sobre o outro e sofrem a ação praticada.
O “se” poderá ser objeto direto ou indireto.
Exemplos: Os amigos se beijaram. = Beijaram quem? Um ao outro.

CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA INTEGRANTE


Nesse caso, o “se” introduzirá uma oração subordinada substantiva.
Olhe se você conseguirá trocar o “se” por “isso”.
Exemplos: Observe se os meninos fizeram a lição de casa. = Observe ISSO.

CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA ADVERBIAL CAUSAL


Nesse caso, o “se” introduzirá uma oração adverbial causal (ideia de causa).
O “se” será equivalente a expressões como: “uma vez que”, “já que”...
Exemplos: Deveria ter limpado a casa se estava com tempo. = “já que estava com tempo.”

CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA ADVERBIAL CONDICIONAL


Nesse caso, o “se” introduzirá uma oração adverbial condicional (ideia de condição).
O “se” será equivalente à expressão “caso”.
Exemplos: Se estudar bastante, conseguirá passar no concurso. = “Caso estude bastante...”

PARTÍCULA EXPLETIVA
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Nesse caso, o “se” dará REALCE e poderá ser excluído da oração sem problemas.
Exemplos: Caroline estava exausta e se sentou.

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PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação servem para dar coesão e coerência ao texto.


São utilizados para marcar pausas e mudanças de entonação na escrita.
A pontuação tem o poder de alterar o sentido da frase (leia e imagine a entonação mentalmente das frases abaixo):

Ela fez o almoço sozinha.


Ela fez o almoço sozinha!
Ela fez o almoço sozinha?

OS SINAIS DE PONTUAÇÃO PODEM SER:


O PONTO .
A VÍRGULA ,
O PONTO E VÍRGULA ;
OS DOIS PONTOS :
O PONTO DE EXCLAMAÇÃO !
O PONTO DE INTERROGAÇÃO ?
AS RETICÊNCIAS ...
AS ASPAS “”
OS PARÊNTESES ( ) e
O TRAVESSÃO —

USO DA VÍRGULA

A vírgulas é utilizada nos seguintes casos:

ISOLAR A DESIGNAÇÃO DE UM LUGAR OU DE UMA REGIÃO GEOGRÁFICA (TOPÔNIMOS) + DATA


Se ele vier com a sua respectiva data, deverá ser utilizada a vírgula.
Exemplos: Minas Gerais, 20 de outubro de 2019.

SEPARAR ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS


As orações coordenadas assindéticas são aquelas que NÃO possuem um conectivo.
Exemplos: Ao iniciar o encontro em família, todos se abraçaram, começaram a contar as novidades e festejaram
durante o dia.

SEPARAR ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS COM AS SEGUINTES CONJUNÇÕES


Exemplos: João estudou muito para a prova, logo passou em primeiro lugar.
“Logo” é uma conjunção conclusiva.
Não me sinto preparada para engravidar, pois tive que fazer um tratamento recentemente.
“Pois” é uma conjunção explicativa.

ISOLAR EXPRESSÕES QUE INDICAM UMA EXPLICAÇÃO, COMO AS SEGUINTES:


Exemplos: Devo enviar as peças rapidamente, isto é, até amanhã.
O saco de feijão pesa dois quilogramas, ou seja, dois mil gramas.

SEPARAR APOSTO
Recorde que o aposto serve para explicar, enumerar, resumir e especificar algo.
Exemplos: Compre os seguintes itens: arroz, feijão, tomate, alface e cebola.
Bianca, irmã de Lunna, divorciou-se ontem.

SEPARAR VOCATIVO
Vocativo é um termo que indica o “chamamento”, de uma pessoa real ou fictícia.
Exemplos: Pedro, faça sua avaliação!
32
Marcelo, feche a boca!

Separar um adjunto adverbial antecipado ou intercalado entre o discurso

Adjunto adverbial deslocado até 3 palavras = vírgula OPCIONAL. Adjunto adverbial deslocado LONGO = vírgula
OBRIGATÓRIA.

O motivo de o adj. adverbial DESLOCADO estar entre vírgulas é para MARCAR o adjunto adverbial.
Exemplos: Na data de ontem, eu apresentei meu TCC.

INDICAR A SUPRESSÃO DE UM VERBO SUBENTENDIDO NA ORAÇÃO


É o caso de ELIPSE, que é a omissão de um termo.

Diferenças entre ELIPSE E ZEUGMA


ELIPSE ZEUGMA

É a omissão de um termo, o qual é fácil de É a elipse de um termo que já apareceu antes:


identificar pelo contexto:
João prefere massa; eu, pizza.
No quarto, só três pessoas.
frase acima há a omissão de
frase acima há a omissão de “prefiro”.
“havia”.

SEPARAR TERMOS COORDENADOS EM UMA ORAÇÃO


Exemplos: Aos domingos, reuniam-se todos os filhos, netos, amigos e bisnetos para um almoço espetacular.

SEPARAR ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS EXPLICATIVAS


Exemplos: Pablo Picasso, pintor espanhol, passou a maior parte de sua vida na França.

PONTO FINAL
É utilizado no final do período, dando sentido completo a ele
Exemplos: Hoje o dia está estranho.
É utilizado nas abreviações
Exemplos: O médico de Júlia, Dr. Carlos, deseja visitá-la.

PONTO E VÍRGULA
Pode separar estruturas coordenadas (quando há vírgulas internas)
Exemplos: Em 1989, mamãe nasceu; Em 1990, nasceu sua irmã.
Pode ser utilizado no lugar da vírgula para dar ênfase
Exemplos: O violinista tocava; o cachorro latia; o falcão voava.

PONTO DE EXCLAMAÇÃO
É utilizado no final de uma frase que expresse surpresa, súplica, susto...
Exemplos: Tenha dó de mim!
É utilizado nas interjeições
Exemplos: Ai!; Nossa!; Eita!
É utilizado nos vocativos intensivos
Exemplos: Nossa Senhora Aparecida! Cuide de mim.

PONTO DE INTERROGAÇÃO

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É utilizado para indicar o final de uma frase interrogativa (direta)
Exemplos: Quem será o próximo Presidente do Brasil?
Não cabe ponto de interrogação em estruturas interrogativas indiretas.
Exemplos: Quero saber por onde você andou.

RETICÊNCIAS
É utilizada em supressão de um trecho
Exemplos: “... saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra.” (Marta Medeiros)
É utilizada para deixar algo subentendido
Exemplos: Lorenzo sabe o que quero...
É utilizada para interrupção da frase
Exemplos: O meu casamento... Sei lá... Talvez não vá longe.

ASPAS
Pode ser utilizada para citar obras, gírias, estrangeirismo (utilizar palavra estrangeira – “feedback”) e citações
diretas.
Use o ponto final antes do fechamento das aspas quando a frase estiver completa
Exemplos: “Sabemos que queremos passar no concurso.”
Use o ponto final depois do fechamento das aspas quando o discurso não estiver completo
Exemplos: “Sabemos que queremos passar no concurso (...)”.

PARÊNTESES
É utilizado para isolar explicações ou adicionar informação acessória.
Exemplos: A filha da Cláudio (a mais bonita que já vi) estuda RH.

TRAVESSÃO
Poderá substituir parênteses, vírgulas, dois-pontos.
Poderá introduzir diálogos.

DOIS PONTOS
Pode ser utilizado antes de uma citação
Exemplos: Miguel disse: “Para melhorar a qualidade de vida, melhore a qualidade de seus pensamentos.”
Pode ser utilizado antes de aposto discriminativo
Exemplos: O quarto possuía diversos objetos lindos: quadros rústicos, sofá de couro, estantes suspensas.
Pode ser utilizado para indicar enumeração
Exemplos: Fui à loja e comprei: blusas, calças, sapatos, bolsas de maquiagens.
Pode ser utilizado antes de uma explicação sobre algo
Exemplos: Tenho apenas um desejo: comer torta de chocolate!
Pode ser utilizado depois de verbos como: falar, dizer, responder e perguntar
Exemplos: Mariane disse: - Química é difícil!

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PORQUE, PORQUÊ, POR QUE E POR QUÊ

POR QUE
Indica motivo ou razão.
É utilizado no início de perguntas (por que motivo/ por qual razão).
Exemplos: Por que não veio até a minha casa?
Poderá aparecer no meio de uma frase com a função de pronome relativo, equivalente a "por qual”, "pelo qual" e
suas variações.
Exemplos: Esta é a razão por que estudo todos os dias. = Esta é a razão pela qual estudo todos os dias.

POR QUÊ
Também indica motivo ou razão.
É utilizado no final de perguntas (por que motivo/ por que razão).
Exemplos: Saiu de casa por quê? Saiu de casa por qual motivo?
Veio por quê? Veio por qual razão?

PORQUE
Indica explicação ou causa.
Por isso, exerce função de conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicativa.
Poderá ser substituído por “pois”, “para que” e “uma vez que”.
Exemplos: Joana não foi à festa, porque estava doente. = justificativa para Joana não ter ido à festa.
Escolhemos esta mochila, pois é mais barata. = indica a causa para a escolha da mochila.

PORQUÊ
Indica motivo ou razão.
Aparece acompanhado de um artigo definido (o, os) ou indefinido (um, uns). “Porquê” pode ser substituído por: o
motivo; a causa; a razão.
“Porquê” é um substantivo masculino e pode sofrer flexão em gênero: o porquê, os porquês.
Exemplos: Não me disseram o porquê de tanta risada agora pela manhã.
Não me disseram o motivo de tanta risada agora pela manhã.
Exemplos: Ele poderia me explicar o porquê de tanta pressa?
Ele poderia me explicar a razão de tanta pessa?

MACETES PARA O USO DOS PORQUÊS


POR QUE tem acento?
PORQUE sim! Mas POR QUÊ?
O PORQUÊ eu não sei.

OU

POR QUE – Pergunta – Por que ele fala dessa forma?


PORQUE – Resposta – Porque ele é mineiro.
POR QUÊ – Fim de frase – Ela é linda desse jeito por quê?
PORQUÊ – Substantivo – Ela sabe o porquê de ser tão linda.

35
COESÃO TEXTUAL
É a articulação entre palavras, períodos e parágrafos dentro de um texto, a fim de que a mensagem seja transmitida
de forma clara.

COESÃO REFERENCIAL
Quando há expressões que antecipam ou retomam as ideias, a fim de evitar repetições.
Exemplo: Maria Luiza cantou. Ela estava muito feliz. = “Maria Luiza” é o termo referente na oração.
Para se evitar a repetição, sempre que for necessário retomar essa palavra, é possível utilizar sinônimos, como “ela”,
“a menina”, entre outros que façam sentido.

COESÃO SEQUENCIAL
São usadas expressões e conectivos para darem sequência aos assuntos, estabelecendo uma relação com uma ideia
que foi anteriormente afirmada.
Exemplo: A previsão do tempo é de chuva de granizo. Logo, ficaremos em casa esta noite. = “Logo” é uma conjunção
conclusiva que possui relação com a ideia anteriormente apresentada, dando sequência ao assunto e trazendo
coesão ao texto.

COESÃO LEXICAL
Ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos ou heterônimos. Aqui, há a manutenção do tema
sem repetições vocabulares.
Exemplo: O piolho é manifestado com maior frequência em crianças. Os pilolhos são altamente resistentes na fase
da lêndea.

HIPERÔNIMO E HIPÔNIMO
HIPERÔNIMO é a palavra com sentido mais amplo.
HIPÔNIMO é a palavra com sentido mais restrito.
Exemplo: ESPORTE é hiperônimo de FUTEBOL.
BARATA é hipônimo de INSETO.

COESÃO POR ELIPSE


Há a omissão de elementos antes citados e isso não compromete a clareza de ideias da oração.
Exemplo: Meu professor está em uma palestra. Foi buscar mais conhecimento profissional.
Note que houve a omissão do termo “meu professor” na segunda oração. Bastou colocar “foi” e deu para entender
que é o “meu professor” que “foi buscar mais conhecimento profissional”.

COERÊNCIA
 Traz uma relação lógica entre as ideias, já que elas devem se complementar.
 É o resultado da não contradição entre as partes do texto.
 O texto pode estar perfeitamente coeso, mas incoerente.

PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO


 Não pode haver no texto uma contradição.
 Ideias que fiquem estranhas no texto.

PRINCÍPIO DE RELEVÂNCIA
 Relevância entre as partes do texto.
 As partes do texto devem se relacionar entre si.
 Na apresentação de ideias num texto, a coesão vai ligar as partes e a coerência vai garantir que o conteúdo faça
sentido no raciocínio lógico.

TIPOS DE COERÊNCIA

COERÊNCIA SINTÁTICA
36
Evita a ambiguidade e garante o uso adequado dos conectivos.
Os elementos da oração precisam estar na ordem correta para entender a frase.

COERÊNCIA SEMÂNTICA
Desenvolvimento lógico das ideias com a construção de argumentos harmônicos e sem contradições.

COERÊNCIA TEMÁTICA
Relação de concordância entre o enunciado e o texto.

COERÊNCIA PRAGMÁTICA
Trabalha a sequência de fatos e relações de um texto, o qual deve obedecer à coerência pragmática.
Exemplo: quando alguém faz uma pergunta, é esperado uma resposta.
Caso isso não ocorra, haverá incoerência pragmática.

COERÊNCIA ESTILÍSTICA
Variedade linguística adequada e que deve ser mantida no decorrer do texto.
Exemplo: iniciada uma redação com linguagem culta e terminado o texto com uma linguagem informal.
Ocorrendo isso a sua redação possui uma incoerência estilística.

COERÊNCIA GENÉRICA
Adequação ao gênero textual.
A intenção é contar uma história, o conto ou a crônica são opções cabíveis.

37
SUJEITO
Toda e qualquer sentença/expressão que se refira diretamente ao verbo.

Exemplo:A canoa quebrou na na lagoa. “Canoa” é sujeito.


Exemplo:O menino esfolou o joelho. “Menino” é sujeito.

SUJEITO SIMPLES E COMPOSTO

SIMPLES
só tem 1 núcleo de sujeito. Núcleo é a palavra mais importante do sujeito. Núcleo do sujeito NUNCA começa por
preposição.
Exemplo: Andreza fez a prova hoje.

Composto
Dois ou mais núcleos.
Exemplo: Maria e Cecília vão a festa.

SUJEITO OCULTO E INEXISTENTE X SUJEITO INDETERMINADO

OCULTO
NÃO está expresso na oração, ele está subtendido na conjugação verbal.
Exemplo: Estamos felizes com a aprovação de todos no concurso. (NÓS)
O verbo tem que estar na PRIMEIRA ou SEGUNDA pessoa do singular ou plural.

INEXISTENTE/SEM SUJEITO
NÃO tem sujeito possível.

Verbos indicando fenômeno da natureza:


Exemplo: Choveu granizo em Santa Catarina.

VERBO HAVER, SENTIDO “EXISTIR”


Exemplo:Houve muitos tiros lá fora.

VERBO “FAZER” INDICANDO TEMPO OU CLIMA


Exemplo:Faz anos que não o vejo.

SUJEITO INDETERMINADO

INDETERMINADO
Não se quer ou não se pode determinar.
Exemplo: Compraram queijo e goiabada.
O verbo está na TERCEIRA pessoa do singular ou plural.
Tendo como determinar a TERCEIRA pessoa num contexto, será sujeito oculto.
Quando tiver o uso do pronome “SE”.
Exemplo: Precisa-se de roupas usadas. (alguém precisa de mochilas usadas).
Sempre que houver verbo + pronome “se” + preposição = o “de” mostra que “roupas usadas” não poderá ser sujeito,
pois sujeito não tem preposição.

38
PREDICADO
 Predicado é tudo o que não é o sujeito, inclusive com o verbo.
 É a declaração que se faz sobre o sujeito, sendo a informação em si.
 É o único termo indispensável em uma oração.
 Poderá existir frase sem sujeito, mas NUNCA frase sem predicado.

PARA ENCONTRAR O PREDICADO, DEVE SE INDENTIFICAR O SUJEITO, SENDO O RESTANTE O PREDICADO.

Exemplo: Alunos e professores pediam merenda. Nesse caso, o predicado é “pediam merenda”, pois “alunos e
professores” é o sujeito.
Exemplo: Luiz e Marcos foram ao parque. Nesse caso, o predicado é “foram ao parque”, pois “Luiz e Marcos” é o
sujeito.
Exemplo: Eu fiz uma torta de chocolate deliciosa. Nesse caso, o predicado é “fiz uma torta de chocolate deliciosa”,
pois “eu” é o sujeito.

PREDICADO NOMINAL

 É formado por um verbo de ligação + um predicativo do sujeito.


 Dá uma informação a respeito do sujeito por meio do verbo de ligação.
 O predicado nominal é o predicado que usa um verbo de ligação.
Exemplo: Carlos é alto.

PREDICADO VERBAL
 É o predicado que usa verbo significativo.
 O predicado se organiza em torno desse verbo.
Exemplo: Aqueles garotos brincavam de esconde-esconde.

ESTRUTURA DO PREDICADO VERBAL


SUJEITO + VERBO INTRANSITIVO
Exemplo: As andorinhas voam no céu azul.
SUJEITO + VERBO TRANSITIVO DIRETO + OBJETO DIRETO
Exemplo: Todas as crianças comem doce.
SUJEITO + VERBO TRANSITIVO INDIRETO + OBJETO INDIRETO
Exemplo: Meu pai confia em mim.
SUJEITO + VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO + OBJETO DIRETO + OBJETO INDIRETO
Exemplo: Mariana deu um brinquedo ao meu primo Otávio.
ORAÇÃO SEM SUJEITO COM VERBO INTRANSITIVO OU TRANSITIVO
Exemplo: Faz dias quentes em Porto Seguro.
Exemplo: Haverá diversas comemorações pelo aniversário do Pesidente.

PREDICADO VERBO-NOMINAL
Usa um verbo de ação + uma característica do sujeito/objeto.
Exemplo: Lucas escorregou feliz no escorregador.

ESTRUTURA DO VERBO-NOMINAL
SUJEITO + VERBO TRANSITIVO DIRETO + OBJETO DIRETO +PREDICATIVO DO SUJEITO
Exemplo: Lizandra e Quéren comeram o bolo contentes.
SUJEITO + VERBO TRANSITIVO INDIRETO + OBJETO INDIRETO + PREDICATIVO DO SUJEITO
Exemplo: Os filhos obedeciam aos pais exigentes.

39
SUJEITO + VERBO TRANSITIVO DIRETO + OBJETO DIRETO + PREDICATIVO DO OBJETO
Exemplo: A lembrança deixou as adolescentes felizes.

SUJEITO + VERBO INTRANSITIVO + PREDICATIVO DO SUJEITO


Exemplo: Os colegas chegaram adiantados.

40
ADJUNTO ADNOMINAL
Acompanha o substantivo concreto ou abstrato e pode ser com ou sem preposição.

Exemplo: A blusa chegou. -> “A” é adjunto adnominal, pois está ligado à “blusa”.
Comprou um bolo saboroso. -> “um” e “saboroso” são adjunto adnominal, ligados à “torta”.

COMPLEMENTO NOMINAL

É termo preposicionado, que completa ADJETIVO, ADVÉRBIO e SUBSTANTIVO ABSTRATO.

Exemplo: Carlos é obediente a seus pais. = “a seus pais” é complemento nominal, pois se refere à “obediente” que é
adjetivo.
Exemplo: Carla mora longe dos irmãos. = “dos irmãos” é complemento nominal, pois se refere à “longe” que é
advérbio.
Exemplo: Maria tem capacidade de aprender. = “de aprender” é complemento nominal, pois está se referindo à
“capacidade” = subst. abstrato.

ADJUNTO ADNOMINAL X COMPLEMENTO NOMINAL


Se o termo estiver ligado a um SUBSTATIVO ABSTRATO poderá ser COMPLEMENTO NOMINAL ou ADJUNTO
ADNOMINAL.
Devemos analisar se o termo possui valor PACIENTE (sofre a ação) ou valor AGENTE (pratica a ação).

Valor paciente (sofre ação): COMPLEMENTO NOMINAL.


Exemplo: O desabafo à filha = complemento nominal, pois ela recebe o desabafo.

Valor agente (pratica a ação): ADJUNTO ADNOMINAL.


Exemplo: O desabafo da filha. = é adjunto adnominal, pois a filha pratica a ação de desabafar.

Quando o termo tiver sentido de POSSE, será adjunto adnominal.


Exemplo: A bolsa de Carla.

41
VERBOS PRONOMINAIS
Se conjugam com os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos, se) na mesma pessoa do sujeito que a executa,
reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo.

São verbos pronominais: arrepender-se, zangar-se, suicidar-se, enganar-se, lavar-se, debater-se.

VERBOS IMPORTANTES
 eu RIO (rir);
 eu SUO (suar);
 eu SOO (soar);
 eu MEÇO (medir);
 eu CAIBO (caber);
 eu VALHO (valer);
 eu ADIRO (aderir);
 eu PULO (polir/pular);
 eu COMPITO (competir);
 eu INTERMEDEIO (intermediar).

MODOS VERBAIS - IMPERATIVO


Indica um pedido ou uma ordem.
Exemplo: Vá para a escola!; Melhore essa nota!

IMPERATIVO NEGATIVO IMPERATIVO AFIRMATIVO

Com os verbos “amar”, “partir” e “comer” Com os verbos “amar”, “partir” e “comer”

não ames tu não ama tu


não ame você não ame você
não amemos nós não amemos nós
não ameis vós não amai vós
não amem vocês não amem vocês

não partas tu não parte tu


não parta você não parta você
não partamos nós não partamos nós
não partais vós não parti vós
não partam vocês não partam vocês

não comas tu não come tu


não coma você não coma você
não comamos nós não comamos nós
não comais vós não comei vós
não comam vocês não comam vocês

MODOS VERBAIS - SUBJUNTIVO


Indica uma possibilidade ou uma dúvida.
Exemplo: Talvez Maria saia esta noite.
Se eu morasse em Dubai, eu seria feliz.

Exemplo de tabela da conjugação do verbo “gostar” no modo subjuntivo simples:

PRESENTE IMPERFEITO FUTURO


que eu goste se eu gostasse quando eu gostar
que tugostes se tu gostasses quando tu gostgostares
que ele goste se ele gostasse quando ele gostar

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que nós gostemos se nós gostássemos quando nós gostarmos
que vós gosteis se vós gostásseis quando vós gostardes
que eles gostem se eles gostassem quando eles gostarem

MODOS VERBAIS - INDICATIVO


Expressa uma certeza ou uma realidade.
Exemplo: Mariana sempre estuda no escritório.
Eu moro em Itaúna.

INFINITIVO, GERÚNDIO E PARTICÍPIO


Infinitivo: dormir, comer, amar (ações potenciais).
O infinitivo pode ser pessoal ou impessoal:

INFINITIVO PESSOAL INFINITIVO IMPESSOAL

O infinitivo pessoal é flexinado, O infinitivo impessoal NÃO se refere a


varia em número e pessoa. nenhuma pessoa, apenas
manifesta a ação e, por vezes,
pode ter valor de substantivo.
Exemplo: Elas comeram muito macarrão.
Ouvi elas cochicharem baixinho. Exemplo: Comer é a melhor coisa da
Vida.

Gerúndio: dormindo, sofrendo, amando (ações em curso).


Particípio: dormido, sofrido, amado (ações passadas).

O particípio pode ser regular ou irregular:

PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR


Pode exercer o papel de adjetivo.
Caracteriza-se pela terminação “ado” e “ido”.
Exemplo: Priscila adora batatas fritas.
Exemplo: Caio havia jantado no hotel.
Todo o presente é aceito com muito carinho.
Milena tinha sido roubada.

TEMPOS VERBAIS – TEMPOS DO INDICATIVO

PRESENTE
Indica um fato atual ou que acontece muito.
Exemplo: Carlos almoça naquele restaurante todos os dias.

PRETÉRITO IMPERFEITO
Uma ação contínua que acontecia no passado, mas parou de ocorrer.
Exemplo: Ele corria na pista de cooper todos os dias.

PRETÉRITO PERFEITO
fato no passado que já foi concluído.
Exemplo: Ele correu na avenida ontem.

PRETÉRITO-MAIS-QUE-PERFEITO

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fato ocorrido antes de outro fato já terminado.
Exemplo: Luana falara de seus avós.

FUTURO DO PRESENTE
Uma ação que acontece num tempo após o momento atual. Exemplo: Marina estudará Geografia amanhã.

FUTURO DO PRETÉRITO
ato futuro subordinado a um acontecimento anterior.
Exemplo: Se eu tivesse dinheiro, pediria um hamburguer.

TEMPOS VERBAIS – TEMPOS DO SUBJUNTIVO

PRESENTE DO SUBJUNTIVO
Indica um fato hipotético no presente.
Exemplo: Meu pai quer que eu seja médico.

PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO


Fato hipotético no passado.
Exemplo: Seria melhor se eu esperasse mais de você.

FUTURO DO SUBJUNTIVO
Fato que pode acontecer num momento futuro em relação ao atual.
Exemplo: Quando ele vier à padaria, levará os pães de queijo.

VOZES VERBAIS – VOZ ATIVA

Ocorre quando o sujeito faz a ação na oração.


Exemplo: Marcos comeu bolo de chocolate.
“Marcos” é o sujeito que pratica a ação de “comer”.

VOZES VERBAIS – VOZ PASSIVA

Ocorre quando o sujeito sofre a ação na oração.


Exemplo: O bolo foi comido pelo Marcos.
“Pelo Marcos” é agente da passiva.

VOZ PASSIVA

VOZ PASSIVA ANALÍTICA VOZ PASSIVA SINTÉTICA

Sujeito paciente + verbo auxiliar(ser, estar, Verbo conjugado na 3.ª pessoa(no


ficar) + verbo principal da ação conjugado singular ou no plural) + pronome
no particípio +agente da passiva. apassivador "se" + sujeito paciente.

Exemplo: A ração foi comida pelo cão Exemplo: Comeu-se a banana.

VOZES VERBAIS - VOZ REFLEXIVA


É quando o sujeito sofre e faz a ação ao mesmo tempo.
Exemplo: Luiza machucou-se.

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PREPOSIÇÕES

É a palavra que possui uma relação entre dois ou mais termos da oração.

AS PRINCIPAIS PREPOSIÇÕES SÃO:


DE, DESDE
A, ANTE, ATÉ, SEM, SOB, SOBRE,
APÓS, EM, ENTRE,
COM, CONTRA, PARA, PER, PERANTE, POR, TRÁS.

CIRCUNSTÂNCIAS DAS PREPOSIÇÕES


As preposições podem indicar diversas circunstâncias como lugar e origem.

LUGAR
Morei em Belo Horizonte.

ORIGEM
Essas maçãs vieram de casa.

CAUSA
Caroline se machucou por correr de patins.

MEIO
Fui de ônibus para o trabalho.

POSSE
O relógio é de Luiza.

OPOSIÇÃO
Atlético contra Cruzeiro.

FINALIDADE
O filme foi feito para dar risada.

COMPANHIA
Sairemos com amigos.

MODO
Votarei em branco nas eleições para Presidente.

LOCUÇÃO PREPOSITIVA
 Duas ou mais palavras que possuem o valor de uma preposição.
 Ligam dois termos, estabelecendo entre eles uma relação de subordinação.
EXEMPLO
 acerca de,
 a fim de,
 além de,
 a par de,
 ao invés de,
 diante de,
 em vez de,
 junto a,
45
 junto com,
 junto de,
 à custa de,
 através de,
 de encontro a,
 em frente de,
 em frente a,
 sob pena de,
 a respeito de,
 ao encontro de.

A ÚLTIMA PALAVRA DESSAS LOCUÇÕES É SEMPRE UMA PREPOSIÇÃO!


Exemplo: Ana está a par de toda a situação.
Exemplo: Carlos chegou antes de Moisés.
Exemplo: Marília se salvou graças ao bombeiro militar.

46
ACENTUAÇÃO
Os acentos gráficos estabelecem, a intensidadedas sílabas nas palavras.

OS ACENTOS GRÁFICOS SÃO


ACENTO AGUDO (´ )
Aparece sobre as letras a, i, u e sobre o e (no caso de –em).
Sua função é indicar a as vogais tônicas.
Exemplo: Saúde; Paraná.
Pode indicar um timbre aberto.
Exemplo: chulé; herói.

ACENTO GRAVE (`)


Mais conhecido como crase.
Exemplo: à; àquela.

ACENTO CIRCUNFLEXO (^)


Aparece nas vogais “a”, “e” e “o”,indica a vogal tônica e o timbre fechado na pronúncia.
Exemplo: Vovô; mês.

A acentuação gráfica relaciona-se com a posição da sílaba tônica nas palavras. Existemregras específicas para palavras
oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.

ACENTOS NOS VERBOS TER, VIR, PROVER


Os verbos ter, vir, prover, manter, intervir, não possuem acento. Porém, quando colocamos no plural, eles deverão
receber o acento circunflexo.
O VERBO CONCORDA COM O SUJEITO. Somente se o sujeito estiver no plural, os verbos ter, vir, prover, manter,
intervir, terão acento.
Exemplo: A menina tem bonecas.
As meninas têm bonecas.
Mariana vem de carro para o trabalho.
Mariana e Carla vêm de carro para o trabalho.

ATENÇÃO!!! O TIL (~) NÃO É UM ACENTO

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OXÍTONAS
As palavras são oxítonas porque têm a sua última sílaba tônica.

Há as seguintes regras:
Palavras oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s)
A(S): Paraná, aliás, vatapá.
E(S): café, boné, jacarés.
O(S): jiló, após, avó.

Palavras oxítonas terminadas em em, ens


EM: também, alguém, refém.
ENS: parabéns, reféns.

Palavras oxítonas terminadas em ditongos abertos éi, éu, ói com ou sem “S”
ÉI: anéis, hotéis, pastéis.
ÉU: chapéu, troféu, troféus.
ÓI: dodói, herói, lençóis.

OXÍTONAS NÃO ACENTUADAS


“Coração” e “Sabão” - o til (~) não é um acento.

PAROXÍTONAS
As palavras são paroxítonas porque têm a sua penúltima sílaba tônica.

Há asseguintes regras:
Palavras terminadas em R: açúcar, caráter, néctar.
Palavras terminadas em X: córtex, látex, tórax, fênix.
Palavras terminadas em N: abdômen, pólen, próton.
Palavras terminadas em L: ágil, fácil, amável.
Palavras terminadas em PS: bíceps, tríceps.
Palavras terminadas em Ã(s), ÃO(s): órfã, órfãos, bênção.
Palavras terminadas em I, IS: táxi, grátis, tênis.
Palavras terminadas em EI, EIS: hóquei, jóquei.
Palavras terminadas em US: vírus, bônus.
Palavras terminadas em OM, ONS UM, UNS: prótons, álbum, álbuns.

PAROXÍTONAS
COM O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO FORAM ABOLIDOS

1. O acento agudo na vogal “i” e na vogal “u” quando precedidas de ditongos.


Exemplo: Feiura

2. E nos ditongos abertos oi e ei.

3. O acento circunflexo nos ditongos oo e ee.


Exemplo: abençoo, voo, enjoo, leem, creem.

PROPAROXÍTONA
As palavras são proparoxítonas porque têm a sua antepenúltima sílaba tônica. Todas as proparoxítonas são
acentuadas!
Exemplos:
 Acadêmico (a-ca-dê-mi-co);
 Acústica (a-cús-ti-ca);
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 Círculo (cír-cu-lo);
 Décimo (dé-ci-mo);
 Elétrico (e-lé-tri-co);
 Fósforo (fós-fo-ro);
 Ginástica (gi-nás-ti-ca);
 Ínterim (ín-te-rim);
 Lâmpada (lâm-pa-da);
 Míope (mí-o-pe);
 Plástico (plás-ti-co);
 Próxima (pró-xi-ma).
MONOSSÍLABO TÔNICO
São palavras que têm apenas uma sílaba.
EXEMPLOS DE MONOSSÍLABOS TÔNICOS NÃO ACENTUADOS: bem; dor; flor; mar; mau; trem; vez; voz.

MONOSSÍLABOS TÔNICOS ACENTUADOS:


Terminados em a, as: pá; má; chás; já.
Terminados em e, es: pé; ré; sê; mês.
Terminados em o, os: pó; nó; dó; cós.
Terminados em éu, éus: céu; véu; véus.
Terminados em éi, éis: géis; méis.
Terminados em ói, óis: dói; sóis.

HIATO

O encontro vocálico entre DUAS vogais que ficam em sílabas distintas é chamado de hiato.

Exemplo: “País” e “Coelho” -> Note que há um encontro vocálico em cada uma dessas palavras. Porém, quando as
separamos, as vogais ficam em sílabas distintas: “pa-ís” e “co-e-lho”.

EXEMPLOS DE HIATO:
Paraíba = Pa-ra-í-ba
Juízes = ju-í-zes
Fiel = fi-el
Burocracia = bu-ro-cra-ci-a
Saúde = sa-ú-de

HIATO x DITONGO
Hiato: As vogais ficam em sílabas distintas.
Exemplo: País (divisão silábica: pa-ís)
Ditongo: as vogais ficam na mesma sílaba.
Exemplo: Pais (divisão silábica: pais)

DITONGO E TRITONGO
Há um ditongo quando existe o encontro de uma semivogal e de uma vogal na mesma sílaba.

OS DITONGOS PODEM SER


CRESCENTE
Semivogal (som + fraco) + vogal (som + forte) = qual, tranquilo, goela.

DECRESCENTE
Vogal (som + forte) + semivogal (som + fraco) = mau, céu, caixa.

NASAL
Ão, ãe, õe, am, an, em, en, ãi, ui = cãimbra, põe.
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ORAL
Ai, ia, iu, ui, eu, éu, ue, ei, éi, ie, oi, ói... = chapéu, herói, lei.

Há tritongo quando, na mesma sílaba, existe o encontro de uma semivogal + vogal + semivogal.

OS TRITONGOS PODEM SER


ORAL
Paraguai, Uruguai.
NASAL
Quão, saguões.

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HOMÔNIMO X PARÔNIMO
PALAVRAS PARÔNIMAS
Som e grafia parecidos, mas com os significados diferentes.
Exemplo: apóstrofe (figura de linguagem) e apóstrofo (sinal gráfico); coro (música) e couro (pele de animal).

PALAVRAS HOMÔNIMAS
Têm a mesma pronúncia, só que os significados são diferente.
Exemplo: caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar)

HOMÓGRAFAS
Mesma grafia com pronúncia diferente.
Exemplo: sede (lugar) e sede (vontade de beber algo).

HOMÓFONAS
Mesma pronuncia com grafia diferente.
Exemplo: cheque (documento para pagamento) e xeque (chefe mulçumano).

PERFEITAS
Mesma pronúncia com a mesma grafia.
Exemplo: são (com saúde) e são (verbo no plural).

POLISSEMIA X AMBIGUIDADE
POLISSEMIA
Palavra que possui vários sentidos, mas dependendo do contexto em que for utilizada, poderá significar algo diferente.
Exemplo: Minha fruta favorita é manga.
A manga da minha camiseta está furada.

AMBIGUIDADE
Quando um trecho tem mais de uma interpretação possível, o que pode gerar problemas.
Exemplo: de forma cômica, alguns autores utilizam a ambiguidade em seus textos. Ela é um vício de linguagem.

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MAU X MAL

O ADVÉRBIO MAL
 É utilizado para indicar que alguma coisa foi feita de modo errado.
 Pode também ser um substantivo quando indicar uma doença, uma maldade, por exemplo (o mal do homem é
a vingança).
 Pode significar uma conjunção temporal (com o mesmo sentido de “assim que”).

O ADJETIVO MAU
É utilizado para indicar que algo é ruim ou maldoso.
Exemplo: Os maus hábitos não nos fazem bem.

MAIS X MAS

MAS
 É uma conjunção que exprime ADVERSIDADE.
 Pode ser substituída por: porém, contudo, entretanto.
Exemplo: Eu estudei muito, mas não passei na prova. “porém não passei na prova”.
Ela tem tantos sapatos, mas não para de comprar outros. “entretanto não para de comprar outros”.

MAIS
É advérbio de intensidade (antônimo de “menos”).
Exemplo: Rodrigo tem mais qualidades do que imperfeições.

SENÃO X SE NÃO

SENÃO
Poderá ser usado quando tiver o significado de mas sim, de caso contrário ou de exceto:
 Mas sim: O anel não era de ouro, senão de prata.
 Caso contrário: Devo trabalhar, senão venderei o carro.
 EXCETO: Todos, senão meus irmãos, podiam entrar na festa.

SE NÃO
É uma conjunção condicional e quando está junto com o advérbio “não” poderá ser utilizada quando tiver o
significado de caso não ou de quando não:
 Caso não: Se não for possível sair hoje, avise seu chefe.
 Quando não: Havia duas pessoas no parque brincando, se não três.

HÁ X A


 Vem do verbo “haver” e é utilizado quando a oração é sem sujeito, ou seja, impessoal, e o verbo significa
“existir”.
 Mesmo que a frase esteja no plural, o “há” ficará no singular.
Exemplo: Há uma lagoa linda em Belo Horizonte– Existe uma lagoa linda em Belo Horizonte.
Há belas praias no Rio de Janeiro – Existem belas praias no Rio de Janeiro
 É usado para frases que se referem ao passado.
Exemplo: Há anos que não visito meus pais – Faz anos que não...

A
 Pode ser artigo.
Exemplo: A mulher estuda medicina.
 Pode ser uma preposição.
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Exemplo: Eu moro a três quilômetro de distância da faculdade.
 Pode indicar futuro.
Exemplo: Daqui a uma semana estarei casada.

ONDE X AONDE X DONDE

ONDE
Faz referência a um lugar concreto, dá a ideia de lugar fixo.
Exemplo: Onde Giovana mora?
Quero ficar onde está minha mãe.

AONDE
 É utilizado quando o verbo expressa MOVIMENTO.
 É usado com verbos que pedem a preposição “a”.
Exemplo: Aonde estamos indo?
Ele foi aonde ontem de de tarde?

DONDE
 Significa a ORIGEM (DE ONDE).
 Pede a preposição “de”.
Exemplo: Veio donde?
Donde vêm essas cartas?

A FIM X AFIM

A FIM DE
 É uma locução prepositiva e possui o mesmo significado de “com a finalidade de”.
Exemplo: Terminei o tema cedo a fim de sair com meu namorado. “com a finalidade de” sair com meu namorado.
 Utiliza-se “a fim” para dizer que possui interesse em alguém.
Exemplo: Estou a fim do Carlos.

AFIM
 Poderá ser um adjetivo e se referir a coisas que são semelhantes.
 Poderá ser um substantivo, indicando pessoas que são parentes.
Exemplo: Eu e meu marido temos metas afins. = metas semelhantes
Os afins não comparecerão à reunião.

ACERCA DE X A CERCA DE X HÁ CERCA DE

ACERCA DE
Possui o mesmo sentido de “sobre” ou “a respeito de”.
Exemplo: Eu e meu noivo estávamos comentando acerca da festa de casamento. “Sobre” a festa de casamento.

A CERCA DE
Possui o mesmo sentido de “aproximadamente”.
Exemplo: Contagem fica a cerca de trinta minutos de Belo Horizonte. “Aproximadamente” trinta minutos de Belo
Horizonte.

HÁ CERCA DE
Possui o mesmo sentido de “faz aproximadamente”.
Exemplo: Eu estudo para concurso há cerca de cinco anos. “Faz aproximadamente” cinco anos.

DE MAIS X DEMAIS

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DE MAIS
 É uma locução adjetiva e exprime quantidade.
 É o contrário de “de menos”.
Exemplo: Há açucar de mais no suco que você serviu.
Tenho trabalho de mais para fazer.
Havia gente de mais na sala.

DEMAIS
 Poderá ser um advérbio de intensidade (indicando um excesso)
 Poderá ser um pronome indefinido (terá o significado de “os outros”).
Exemplo: Rimos demais durante a conversa. – ADVÉRBIO
É cedo demais para levantar – ADVÉRBIO
Aqueles que não fizeram a lição podem ficar na sala, os demais podem sair. “os outros” podem sair. –
PRONOME INDEFINIDO.

DE ENCONTRO X AO ENCONTRO

DE ENCONTRO
Tem o sentido de “em oposição a”, “contra”.
Há um significado de divergência.
Exemplo: O Presidente está indo de encontro aos interesses do povo. “contra” os interesses do povo.
A pregação do Pastor foi de encontro à bíblia. “contrária” à bíblia.

AO ENCONTRO
Tem o sentido de “favorável a”, “em direção a”.
Há um significado de concordância.
Exemplo: A fala do palestrando veio ao encontro das minhas crenças. “a favor” das minhas crenças.

À MEDIDA QUE X NA MEDIDA EM QUE

À MEDIDA QUE
Será equivalente à “à proporção que”. É uma locução conjuntiva de proporcionalidade.
Exemplo: À medida que treino, fico mais forte. “à proporção que treino”, fico mais forte

NA MEDIDA EM QUE
 Pode expressar causalidade.
 Terá o significado de “uma vez que”.
Exemplo: Tomar anticoncepcional é bom, na medida em que reduz as chances de gravidez. “uma vez que” reduz
as chances de gravidez.

O termo “À MEDIDA EM QUE” não existe!

DEBAIXO X DE BAIXO
DEBAIXO
 É um advérbio de lugar e indica a localização de uma pessoa ou objeto.
 Está relacionado às seguintes palavras sob; por detrás; na parte inferior.
Exemplo: Ela encontrou os livros debaixo da cama.
O cão jogou o brinquedo debaixo do sofá.

DE BAIXO
É o contrário da palavra “de cima”.
Exemplo: Marcos trabalhará no andar de baixo amanhã. Marcos trabalhará no andar “de cima” amanhã.

ABSOLVER X ABSORVER
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ABSORVER
Significa “consumir”; “sorver”.
Exemplo: O pano que comprei absorve toda a sujeira do Chão.
Ainda, pode significar “concentrar-se”.
Exemplo: Mônica absorve-se no trabalho.

ABSOLVER
Significa “perdoar”; “isentar”; “desobrigar”.
Exemplo: O júri absolveu o réu.

EMINENTE X IMINENTE

EMINENTE
Significa “elevado”; “notável”.
Exemplo: É eminente o fato de que a saúde do José está um caos.
É notável o fato de que a saúde do José está um caos.

IMINENTE
Significa que alguma coisa está próxima de acontecer.
Exemplo: O risco de eu pegar Covid-19 é iminente!

COMPRIMENTO X CUMPRIMENTO

COMPRIMENTO
É utilizado com o significado de “tamanho” “extensão”.
Exemplo: Qual o comprimento do tecido?

CUMPRIMENTO
 É utilizado para saudar uma pessoa.
Exemplo: Ele cumprimentou a amiga com um beijo.
 Pode significar “executar”.
Exemplo: João cumpriu a tarefa no trabalho.

DESCRIÇÃO X DISCRIÇÃO

DESCRIÇÃO
 Possui o significado de “descrever” ou “relatar”.
 É sinônimo de “relato”, “exposição”.
Exemplo: Veja a minha descrição no LinkedIn.

DISCRIÇÃO
 Significa “ser discreto”.
 É sinônimo de “modéstia”.
Exemplo: Mariana agiu com discrição ao terminar o noivado.

DEFERIR X DIFERIR

DEFERIR (PARTICÍPIO “DEFERIDO”)


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Significa “aprovar”; “autorizar”.
DEFERIDO
Significa “aprovado”, “concedido”.
Exemplo: O juiz Dr. Carlos deferiu a liminar.
A liminar foi deferida pelo juiz Dr. Carlos.

DIFERIR
Significa “diferenciar-se” ou “adiar”.
Exemplo: Nós diferimos a data da festa de 15 anos da Luana.
Os dois ônibus diferem muito.

DISPENSA X DESPENSA

DISPENSA
Verbo “dispensar”, possui o sentido de “desobrigar”.
Exemplo: Marcos foi dispensado do Exército por ter problemas de saúde.

DESPENSA
É o local no qual armazenamos alimentos ou produtos de limpeza.
Exemplo: Guarde esses alimentos na despensa, por favor.

ASCENDER X ACENDER

ACENDER
 É verbo transitivo direto.
 Significa “atear fogo”; “iluminar”.
Exemplo: Ela acendeu a luz da sala.

ASCENDER
 É verbo transitivo indireto, aparece com preposição.
 Significa “subir”.
Exemplo: Marília ascendeu ao cargo de Supervisora.

CENSO X SENSO

CENSO
Tem o sentido de “recenseamento”.
Exemplo: “censo” do IBGE, que divulga os dados da população.

SENSO
Significa “ter juízo”.
Exemplo: Tenha bom senso, Miguel!

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DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

DENOTAÇÃO
 Mensagem no sentido literal – Significado do dicionário.
 É o sentido original e direto da palavra.
 A única interpretação possível é a da palavra literalmente.
 A mensagem não poderá ser decifrada de outra maneira.
 A linguagem DENOTATIVA é encontrada em textos científicos, bulas de remédios, manuais de instrução.
Exemplo: O cachorro do meu irmão é bravo

CONOTAÇÃO
 Sentido figurado – Sentido subjetivo.
 Pode haver interpretações abstratas.
 Há utilização de vícios de linguagem para transmitir a mensagem.
 A linguagem CONOTATIVA é encontrada em história em quadrinhos, mensagens publicitárias, poemas.
Exemplo: Meu namorado é um cachorro.

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TRANSITIVIDADE VERBAL
Relação entre os verbos transitivos e os seus complementos.

Os verbos podem ser classificados quanto à sua predicação em:

VERBO INTRANSITIVO
É aquele que não precisa de um complemento para ter sentido completo.
Exemplo: Carlos morreu em dormindo. (Se eu falar só “Carlos morreu” já tem sentido completo).

VERBO TRANSITIVO
É o que necessita de complemento para ter sentido completo a oração.

VERBO TRANSITIVO DIRETO


É aquele em que o complemento verbal (OBJETO) não inicia com preposição.
Exemplo: Antonio comeu bolo. “comeu” é verbo transitivo direto e “bolo” é o objeto direto (sem preposição).

VERBO TRANSITIVO INDIRETO


O complemento (objeto indireto) inicia com preposição.
Exemplo: Antonio gosta de bolo.

VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO


É aquele que apresenta os dois tipos de complementos verbais.
Exemplo: Alice convidou as amigas para um jantar. “convidou” é verbo transitivo indireto, “as amigas” é objeto
direto e “para um jantar” é objeto indireto.

ADJUNTO ADVERBIAL
 É o termo que traz circunstância ao verbo.
 Pode ser expresso por advérbio e locução adverbial.
Advérbio: O avião caiu longe.
Locução Adverbial: O avião caiu na floresta.

REGÊNCIA VERBAL
É a relação entre o verbo e o nome e os termos os quais se ligam a eles.
Saber quando e qual preposição o verbo pede é o que se estuda na regência verbal.

VERBOS MAIS COBRADOS EM PROVAS DE CONCURSO PÚBLICO

CHEGAR (lugar)
Com esse verbo se usa a preposição “a”
Exemplo: Marcos chegou a Brasília.

OBEDECER ou DESOBEDECER
Usa-se a preposição “a”.
Exemplo: Os filhos de Kátia obedecem aos tios.

NAMORAR
NÃO se usa com preposição.
Exemplo: Juliana namora o Lucas.

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CONSISTIR
Usa-se a preposição “em”.
Exemplo: A vida dela consiste em desafios diários

SIMPATIZAR/ANTIPATIZAR
Usa-se a preposição “com”.
Exemplo: Eu simpatizo com Marina.

Quando o verbo aparece com pronome oblíquo está errado


Exemplo: Simpatizo-me com Marina.

PREFERIR
Usa-se DOIS complementos.
Um é usado sem preposição, e o outro com a preposição “a”.
Exemplo: Prefiro estudar Química a estudar História.

É errado usar este verbo com as palavras antes, mais...


Exemplo: Prefiro mais estudar Química a estudar História.

ASPIRAR
QUANDO SIGNIFICA:
 “Cheirar” = SEM preposição.
Exemplo: Aspirou o ar da rosa.

 “Almejar” = preposição “a”.


Exemplo: A vida a que aspirava.

ASSISTIR
QUANDO SIGNIFICA:
 “Ajudar”, “socorrer” = SEM preposição.
Exemplo: A enfermeira assistiu o paciente.

 “Ver” = preposição “a”.


Exemplo: Gabriela e Matheus assistiram ao show.

 “Pertencer” = preposição “a”.


Exemplo: Assiste ao réu tal direito.

 “Morar” = preposição “em”.


Exemplo: Carla assiste em Casa.

ESQUECER
1. Quando NÃO forem pronominais = sem preposição.
Exemplo: Carla esqueceu o caderno.
2. Quando forem pronominais = preposição “de”.

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Exemplo: Lembrei-me do nome livro de Jordan B. Peterson.

REGÊNCIA NOMINAL
Delação entre o nome (substantivo, adjetivo e advérbio) e o seu complemento é estabelecida por preposição.
DEVE-SE IDENTIFICAR A PREPOSIÇÃO CORRETA A CADA CASO.

REGÊNCIA NOMINAL EXEMPLOS:


3. Adepto de
4. Alheio a
5. Ansiosa por, para
6. Apto a, para
7. Aversão a, por
8. Benéfico a, para
9. Ciente de
10. Composto por, de
11. Contente como, por, de
12. Desprezo a, por
13. Favorável a
14. Feliz de, por, em, com
15. Impróprio para
16. Imune a, de
17. Inofensivo a, para
18. Inútil a, para
19. Junto a, de
20. Livre de
21. Paralelo a
22. Próximo a, de
23. Referente a
24. Relativo a
25. Residente em
26. Rigoroso com, em
27. Simpatia a, por
28. Último a, em
29. União com, entre, a
30. Vazio de
31. Vizinho a, de
32. Vulnerável a

CONCORDÂNCIA VERBAL
SUJEITO SIMPLES
A concordância se dá em pessoa e número com o núcleo.
Exemplo: A menina gritou alto.

SUJEITO COLETIVO
O verbo pode ficar no singular ou plural.
Exemplo: A alcateia possui visão apurada.
Exemplo: A alcateia de lobos possui visão apurada.
A alcateia de lobos possuem visão apurada.

COLETIVOS PARTITIVOS
com “a maioria de”, “grande número de”, “a maior parte de” = os verbos podem ficar no singular ou plural.
Exemplo: A maioria dos alunos reprovaram.
A maioria dos alunos reprovou.

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“MAIS DE”, “MENOS DE”, “CERCA DE”
Verbo concorda com o numeral.
Exemplo: Mais de uma pessoa faltou.

NOMES PRÓPRIOS
Verbo deve concordar com o artigo, caso ele apareça.
Exemplo: Os Estados Unidos são uma potente nação.
Estados Unidos é uma potente nação.

“QUE” E “QUEM” (PRONOMES RELATIVOS)


 O verbo concorda com o antecedente do “que”.
Exemplo: Foi ele que mordeu a bolacha.
 Com o “quem”, o verbo pode estar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do "quem".
Exemplo: Fui eu quem faz/faço o brigadeiro.

SUJEITO POSPOSTO
 Sujeito está depois do verbo.
 Existem DUAS maneiras de concordâncias:
O VERBO FICA NO PLURAL
Exemplo: Dormiram em casa a tia e as sobrinhas.
O VERBO FICA NO SINGULAR E CONCORDA COM O NÚCLEO QUE SE ENCONTRA MAIS PRÓXIMO
Exemplo: Dormiu em casa a tia e as sobrinhas.

Se o verbo vier com o pronome “SE” e houver reciprocidade, a concordância será feita no PLURAL!
Exemplo: Abraçaram-se Clara e Mariana.

SUJEITO COMPOSTO POR PESSOAS GRAMATICAIS DISTINTAS:


 Verbo = plural.
 Há hierarquia no que tange à escolha da pessoa.
1ª PESSOA PREVALECE SOBRE A 2ª E 3ª PESSOAS. 2ª PESSOA PREVALECE SOBRE A 3ª.
Exemplo: Eu e você corremos muito hoje.

NO CASO DE “OU/NEM”:
 Tendo a conjunção sentido de EXCLUSÃO, o verbo concorda com o núcleo mais próximo.
Exemplo: Mariana ou Marcos ganhará mais tempo.
 Indicando INCLUSÃO = verbo no PLURAL.
Exemplo: Nem o aluno nem a aluna foram aprovados na prova.

NÚCLEOS SINÔNIMOS NO SINGULAR:


O verbo poderá ficar no plural ou no singular, devendo concordar com o núcleo mais próximo.
Exemplo: A raiva e fúria tomou/tomaram conta dela.

APOSTO RECAPITULATIVO:
O verbo concorda com a palavra que resume os termos da oração (isso, tudo, ninguém…), e fica no singular.
Exemplo: Os familiares, os amigos, ninguém presenciou minha aprovação.

CONCORDÂNCIA NOMINAL
Faz com que substantivos concordem com pronomes, numerais e adjetivos, etc.

REGRAS
ADJETIVO + SUBSTANTIVO:
O adjetivo deverá concordar com subst. em gênero e número.
Exemplo: Que menina elegante!
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DOIS OU + SUBSTANTIVOS E UM ADJETIVO:
Adjetivo concorda com o substantivo mais próximo.
Exemplo: Que maravilhosa carne e frango!

SE ADJETIVO VIER DEPOIS DO SUBSTANTIVO, CONCORDARÁ COM O SUBST. + PRÓXIMO OU COM OS TODOS.
Exemplo: Que carne e frango maravilhoso!
Que carne e frango maravilhosos!

DOIS OU + ADJETIVOS E UM SUBSTANTIVO:


 Quando o substantivo possuir adjetivos, a concordância será inserindo o artigo antes do último adjetivo.
Exemplo: Odeio a comida japonesa e a mexicana.
 Colocando o substantivo e seu respectivo artigo no plural.
Exemplo: Odeio as comidas japonesa e mexicana.

EXPRESSÕES IMPORTANTES

MENOS
Será MENOS homens e MENOS mulheres. MENAS NÃO EXISTE!

ANEXO
ANEXA a foto e ANEXO o recibo.

MEIO
MEIO copo e MEIA xícara.

BASTANTE
BASTANTES (substituição de “muitos”) CARROS na rua;
Os desenhos eram BASTANTE (fica no singular, NÃO dá para substituir por “muitos”) feios.

É PROIBIDO/É NECESSÁRIO/É PERMITIDO


Expressões que variam só quando acompanhadas por determinantes que as transformam.
Exemplo: É proibido entrada de menores de 18 anos.
Exemplo: É proibida a entrada de menores de 18 anos.

NÚMEROS ORDINAIS:
 Se os números ordinais estiverem antes do substantivo, este poderá ficar no singular ou no plural.
Exemplo: O quarto e o sexto apartamento(s).
 Se os números ordinais estiverem depois do substantivo, substantivo = plural.
Exemplo: Os apartamentos quarto e sexto.

62
PREDICATIVO
É uma característica.

PREDICATIVO DO SUJEITO:
É uma característica momentânea do sujeito, normalmente está dentro do predicado.
É representado pela classe dos adjetivos.
Exemplo: Eles jogaram entusiasmados a competição. “Entusiasmados” é o predicativo do sujeito.

PREDICATIVO DO OBJETO:
É uma característica momentânea do objeto.
Exemplo: Comprei um pneu furado. “Furado” é característica predicativo do objeto de “pneu” que é objeto direto.

APOSTO
Termo responsável em explicar ou justificar um elemento anterior a ele.
Exemplo: Glória, professora de português, deu várias aulas no ano.

O APOSTO PODE SER DOS TIPOS, APOSTO ESPECIFICATIVO, ENUMERATIVO, RESUMITIVO E EXPLICATIVO

APOSTO ESPECIFICATIVO
Individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido genérico.
Exemplo: Nasci na cidade de Belo Horizonte, Av. Presidente Antonio Carlos.

APOSTO ENUMERATIVO
Enumera os termos citados anteriormente.
Exemplo: Quinta-feira irei à casa de meus tios: Carlos e Marta.

APOSTO RESUMITIVO
Resume em um substantivo ou pronome substantivo os termos antes citados.
Exemplo: Comprei meia, tenis e boné, tudo em liquidação.

APOSTO EXPLICATIVO
Explica o substantivo anteriormente citado. Esse aposto pode vir isolado na frase por vírgulas, dois pontos,
travessões ou parênteses.
Exemplo: Glória, professora de português, deu várias aulas no ano.

63
CRASE
Fusão de DUAS vogais idênticas.
A crase é representada pelo acento grave.

` = GRAVE
Para formar a crase é necessário: preposição “A” + artigo “A”

Exemplo: Cacilda é dedicada à filha Rebeca.


“Filha” pede o artigo “A” (a filha) e o verbo “dedicar” pede a preposição “A” (quem se dedica, se dedica a algo ou a
alguém). A junção dos dois “As” gera a CRASE!

REGRAS DE CRASE OBRIGATÓRIA


HORA EXATA
Exemplo: Maurício e Estela irão à aula às 19:00h.
NÃO haverá crase se vier uma preposição (desde, após, entre...) antes da hora.
Exemplo: Chegaremos ao colégio após as 19h.

“À MODA DE”
Haverá crase mesmo quando “moda” vier de forma ocultada na frase.
Exemplo: Eu amo bife à (moda) milanesa

EXPRESSÕES PREPOSITIVAS, CONJUNTIVAS e ADVERBIAIS FEMININAS


Exemplo: Saiu às pressas.
(à direita, às vezes,à tarde, à toa, à vista...)

REGRAS DE CRASE FACULTATIVA


Antes de nome próprio feminino.
Exemplo: Refiro-me à Maria Lúcia. / Refiro-me a Maria Lúcia.

Depois da preposição “até”.


Exemplo: Podes me enviar o trabalho até as (às) 19h.

Antes de pronome possessivo feminino.


Exemplo: Referiu-se a/à minha amiga.

Também é FACULTATIVA a crase nos termos “dona”, “senhora” e “senhorita”

REGRAS DE CRASE PROIBIDA


Nunca ocorre crase:

ANTES DE PALAVRAS MASCULINAS


Exemplo: Escreveu o conteúdo no caderno a lápis.

ANTES DE VERBO.
Exemplo: Começou a chorar de raiva.

ANTES DE PRONOMES DE MODO GERAL


Exemplo: Contarei a você as mentiras que ela me contou.

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CIDADES SEM ESPECIFICADORES
Exemplo: O trem retornou a Porto Alegre.

PALAVRAS REPETIDAS
Exemplo: Eu estudo muito no meu dia a dia.

“A” ANTES DE PALAVRA NO PLURAL.


Exemplo: Refiro-me a roupas velhas.
Refiro-me às roupas velhas.

NO CASO DO “A” PARA HORA NÃO DETERMINADA


Exemplo: Chegaremos à escola daqui a sete horas.

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ORAÇÕES COORDENADAS
São orações ligadas entre si pelo sentido, mas são sintaticamente independentes.

CLASSIFICAÇÃO

ASSINDÉTICAS
SEM conjunção.
Exemplo: Joana estuda, trabalha, viaja.

SINDÉTICAS
COM conjunção.
Exemplo: Joana gosta de ficar em casa, como também gosta de passear.

ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS


ADITIVAS
Ideia de soma.
Exemplo: e, também, nem, bem como.
Exemplo: Eu e minha filha caminhamos no parque e fomos jantar em um belo restaurante.

ADVERSATIVAS
Ideia de oposição.
Exemplo: mas, porém, todavia, entretanto.

ALTERNATIVAS
Ideia de alternância.
Exemplo: Ora...ora, ou...ou, quer...quer.
Exemplo: Ora você me ama, ora não ama.

CONCLUSIVAS
Ideia de conclusão.
Exemplo: portanto, logo, por isso.
Exemplo: Reprovei em todas as cadeiras do 5º semestre, por isso não seremos mais colegas.

EXPLICATIVAS
Ideia de explicação.
Exemplo: porque, porquanto, que.
Exemplo: Reprovou porque não estudou muito.

ORAÇÕES SUBORDINADAS
Diferentemente das sentenças coordenadas, as orações subordinadas são dependentes entre si (uma se subordina a
outra).
Exemplo: É necessário que todos lavem as mãos.
O que é “necessário”? complementação, “que todos lavem as mãos”.
A integração das sentenças é feita por meio da conjunção subordinativa “que”.

DIVISÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS


SUBSTANTIVAS
Exercem a função de substantivo.
Podem ser orações subordinadas substantivas subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, completivas nominais,
predicativas e apositivas.

ADJETIVAS
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Exercem a função de adjunto adnominal.

ADVERBIAIS
Exercem a função de adjunto adverbial.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS SUBJETIVAS

Terá a função de sujeito para a oração principal.

A oração principal é aquela que não tem conjunção e a oração subordinada é aquela que tem a conjunção.

As conjunções integrantes são responsáveis em ligar a oração principal à subordinada (se/que).

Exemplo: É necessário que você assine esse papel para a realização da matrícula.
A parte destacada é a oração subordinada substantiva subjetiva, é o SUJEITO da primeira oração “é necessário”.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS OBJETIVAS DIRETAS

Terão função de objeto direto (não tem preposição) do verbo presente na oração principal.

Exemplo: A aluna disse que odeia química.


O que a aluna disse? “que odeia matemática” é o objetivo direto do verbo DISSE.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS OBJETIVAS INDIRETAS

Terão a função de objeto indireto (é aquele que tem preposição) do verbo presente na oração principal.

Exemplo: Ninguém desconfiava de que a receita desandasse. (Oração subordinada substantiva objetivo indireto).
 Quem desconfia, desconfia DE alguma coisa.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS COMPLETIVAS NOMINAIS

Elas complementam o nome (substantivo abstrato com preposição) que está na oração principal.

Exemplo: Eu tenho certeza de que elas passarão na prova.


“De que elas passarão na prova” complementa “certeza” que é um substantivo abstrato com preposição.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS PREDICATIVAS

Terão função de predicativo do sujeito para a oração principal.

Exemplo: O problema é que o prazo já expirou. (Oração subordinada substantiva Predicativa)


Veja que a Oração subordinada substantiva Predicativa acima se liga ao sujeito da oração principal por meio do
verbo de ligação “é”.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS APOSITIVAS

Terão a função de aposto (termo explicativo da oração principal).

Exemplo: Temos apenas um desejo: que passemos no concurso. (Oração subordinada substantiva Apositiva) =
explica qual é o desejo.

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