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PORTUGUÊS
TIPOS TEXTUAIS X GÊNEROS TEXTUAIS
NO TIPO DESCRITIVO
Há características de:
1. uma pessoa;
2. um objeto;
3. uma paisagem;
4. uma situação.
Há detalhamentos e simultaneidade.
Exemplo: A tristeza estava de roupão preto, recostado na cama cheia de almofadas coloridas.
NO TIPO INJUNTIVO
Tem por finalidade instruir e orientar o leitor.
É utilizado verbo no imperativo, no infinitivo ou presente do indicativo, com indeterminação do sujeito.
Os textos injuntivos podem ser encontrados em manuais de instruções, receitas, bulas, regulamentos, editais,
códigos e leis.
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CARACTERÍSTICAS DE IDENTIFICAÇÃO DO TIPO INJUNTIVO
1. Verbo no imperativo;
2. Utilização de pronomes de tratamento e verbos modalizadores “dever”, “ter que”, “precisar”.
3. Predominância da coordenação.
4. Sequências de instruções ou comandos.
Introdução: conta com a apresentação da tese que será defendida sobre o tema escolhido.
A tese é apresentada de forma clara e objetiva, estando bem definida. Na introdução NÃO é feita argumentação da
tese.
Desenvolvimento: O autor explora todos os argumentos relacionados a sua tese, apresentando os pontos positivos e
os pontos negativos do tema.
Poderá focar em um argumento que queira sustentar.
A linguagem precisa ser clara e coerente, devendo haver uma sequência lógica.
No desenvolvimento há o uso de dados estatísticos, fatos comprovados, alusões históricas..
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Metáfora
Comparação implícita.
Não tem elemento que identifique a comparação “tal qual”, “como”.
A maioria das metáforas vem com o verbo SER.
Exemplo: “Rodrigo é meu anjo”.
Comparação/Símile
Tem elemento comparativo, “como”, “tal qual”, “assim como”.
Exemplo: “Ele cozinha bem tal como a avó.”
Antítese
Significa oposição.
Exemplo: O corpo é grande e a alma é pequena.
Paradoxo
É uma oposicao que não tem lógica.
Exemplo: A depressão é ferida que dói e não se vê.
Metonímia
Substituição de uma palavra por outra.
Exemplos: O homem foi à lua (homem – astronautas).
Eu vou tomar um Reservado (reservado - vinho).
Catacrese
É um tipo de metonímia. Quando não há palavra que se encontre para falar de algo.
Exemplo: “Céu da boca”, “batata da perna”....
Hipérbole
Significa exagero.
Exemplo: Eu estou morrendo de vontade de comer pizza.
Sinestesia
Mistura dos sentidos: tato, olfato, paladar, visão,...
Exemplos: “Olha esse cheiro”
“O cheiro áspero das rosas”.
Eufemismo
Significa amenização.
Exemplo: Carlos bateu as botas (morreu).
Prosopopeia/Personificação
É dada uma característica humana e outro ser.
Exemplo: “As pedras andam vagarosamente”.
Ironia
Significa dizer o contrário daquilo que se quer expressar.
Exemplo: “Ela parece um anjinho, aham...”
Apóstrofe
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VOCATIVO. É um chamamento/invocação.
Exemplo: “…Ó Deus! Onde estás que não respondes?”
Elipse
Há um termo subentendido.
Exemplo: “Ele comia pouco, fazia pouco exercício”.
Polissíndeto
Significa vários.
Repetição de CONJUNÇÃO “e” e “nem”.
Exemplo: “E come e dorme e limpa e malha”
Assíndeto
SEM conectivo.
Uso de vírgula e ponto.
Exemplo: “Vim, vi, venci”.
Pleonasmo
Usado para enfatizar.
Exemplos: “E rir meu riso”
“Eu vi com meus próprios olhos”.
Anáfora
Repetição no início de frase.
Exemplo: “E se você gritasse, e se você tocasse a valsa, e se você...”
Hipérbato
Há uma inversão dos termos na frase.
Exemplo: “Dos meus problemas, cuido eu”.
Aliteração
Há repetição de consoantes.
Exemplo: “Vozes veladas, veludadas ”
Assonância
Há repetição de vogais.
Exemplo: “Pólo sul, meu azul”.
Onomatopeia
Imitação de som.
Tende a aparecer em gibis.
Exemplo: “a campainha faz din-don”.
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FUNÇÕES DA LINGUAGEM
ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO
FUNÇÃO POÉTICA
É comum em obras literárias.
Refere-se a um mundo novo, criado pela linguagem.
FUNÇÃO FÁTICA
É caracterizada pela manutenção da comunicação.
O emissor busca estratégias para manter a interação com o receptor.
Há a utilização de expressões como: Entendeu? Alô?
FUNÇÃO METALINGÜÍSTICA
Nessa função, a linguagem explica a própria linguagem.
Exemplo: dicionário.
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INTERTEXTUALIDADE
PARÁFRASE E PARÓDIA
São 2 tipos de intertextualidade e são usados na literatura, artes, música, cinema.
PARÁFRASE
É a ratificação de um texto existente. Portanto, há a repetição do assunto ou parte dele. Preserva-se a ideia inicial.
Assim, parafrasear um texto é o mesmo que reescrevê-lo com palavras diferentes, mas preservando o sentido nele
exposto.
PARÓDIA
É uma reformulação do texto e se baseia em um caráter contestador.
Ainda, há a alteração do sentido original, para marcar uma ironia ou sarcasmo.
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HÍFEN
O HÍFEN É USADO NA ÊNCLISE E NA MESÓCLISE.
Exemplo: emprestar-me-á; disse-lhe; vê-lo; dei-lhe.
NÃO SERÁ USADO QUANDO A SEGUNDA PALAVRA INICIAR COM UMA LETRA DIFERENTE DA ÚLTIMA LETRA DO
PREFIXO.
Exemplo: autoestima; infraestrutura; contracheque; sobrenatural.
NÃO HAVERÁ HÍFEN NO CASO DE PREFIXO QUE TERMINA EM VOGAL E A SEGUNDA PALAVRA INICIA COM AS
CONSOANTES R OU S.
ATENÇÃO!!! As consoantes deverão ser duplicadas.
Exemplo: antissocial; contrassenso; autossuficiente; microssegundo.
NÃO HAVERÁ HÍFEN nos substantivos compostos formados com elementos de ligação.
Exemplo: fim de semana; dia a dia; cara de pau...
USA-SE O HÍFEN NO CASO DE O PREFIXO TERMINAR COM A MESMA LETRA QUE COMEÇA A SEGUNDA PALAVRA E
A SEGUNDA PALAVRA INICIA COM H.
Exemplo: micro-ondas; anti-higiênico.
DEVERÃO SER ESCRITAS COM HÍFEN PALAVRAS QUE POSSUEM ALÉM, AQUÉM, RECÉM E SEM.
Exemplo: recém-nascido; sem-fim; além-mar.
DEVERÃO SER ESCRITOS COM HÍFEN NOMES DE PONTES E RODOVIAS, POR EXEMPLO, QUE POSSUEM NOMES
COMPOSTOS.
Exemplo: ponte Rio-Niterói; rodovia Rio-Santos;
NAS PALAVRAS COMPOSTAS COM BEM E MAL, DEVEM SER ESCRITAS COM HÍFEN QUANDO O SEGUNDO
VOCÁBULO INICIAR POR VOGAL OU H.
Exemplo: mal-estar; bem-humorado...
CUIDADO!!! bem-vindo, bem-visto...
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ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
MORFEMAS
Palavras com estruturas significativas menores.
TIPOS DE MORFEMA:
1. Radical;
2. Raiz;
3. Afixos;
4. Desinências;
5. Vogal Temática;
6. Tema.
RAIZ
Elemento originário e irredutível da significação da palavra. A raiz pode sofrer alterações.
Exemplo: ato, ator, ação.
RADICAL
É a unidade que se repete em palavras do mesmo cognato (independe da raiz histórica da palavra). Pode sofrer
pequenas alterações.
Exemplo: dormir, durmo.
AFIXOS
São partículas que são adicionadas ao radical para formarem outras palavras. Os afixos podem ser: prefixos ou
sufixos.
PREFIXOS
Eles vêm antes do radical (prévio).
Exemplo: Ilegal.
SUFIXOS
Eles vêm após o radical.
Exemplo: Legalmente.
DESINÊNCIAS
Aparecem após os radicais. Pode ser desinência verbal ou nominal. Exemplo: Garotos – O radical é “garot” – A
desinência é “os”, indicando plural.
VOGAL TEMÁTICA
É a vogal que sucede o radical da palavra ou do verbo. No verbo, a vogal temática indica conjugação dele.
Exemplo: Estrela; partir.
TEMA
O tema é a junção do radical + vogal temática, em que são adicionadas as desinências.
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ENCONTRO VOCÁLICO E ENCONTRO CONSONANTAL
ENCONTRO VOCÁLICO
É o encontro de 2 ou mais vogais em uma palavra.
O ditongo, tritongo e hiato.
ENCONTRO CONSONANTAL
É o encontro de 2 consoantes ou mais e ambas são pronunciadas.
Pode ser classificado em:
Perfeito: É o encontro inseparável, no qual há uma consoante + os fonema /L/ ou o /R/.
Exemplo: a-tle-ta; cr-ise.
Imperfeito: É separável, ficando em sílabas diferentes.
Exemplo: pac-to; ab-di-car.
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DIVISÃO SILÁBICA
NÃO SE SEPARAM:
Os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu.
Exemplo: cha-ve, ba-nha, quei-xa.
Os ditongos e tritongos.
Exemplo: foi-ce, Pa-ra-guai.
Os encontros consonantais que iniciam sílaba.
Exemplo: psi-qui-a-tra.
SE SEPARAM
As letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc.
Exemplo: car-ro, ex-ce-len-te.
As vogais dos hiatos.
Exemplo: sa-ú-de
Os encontros consonantais das sílabas internas, SALVO aqueles em que a segunda consoante é l ou r.
Exemplo: ap-to, con-vic-ção.
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PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
DERIVAÇÃO PREFIXAL
É a inclusão do prefixo à palavra de origem primitiva.
Exemplo: Pedro deverá refazer a lição de casa.
A palavra primitiva é “fazer”. Ao colocar o “re” antes da palavra, forma-se a derivação prefixal.
DERIVAÇÃO SUFIXAL
É a inclusão do sufixo à palavra de origem primitiva.
Exemplo: estudante, felicidade.
DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA/PARASSÍNTESE
Há a inclusão de um prefixo e de um sufixo à palavra.
Exemplo: O entardecer é lindo.
A palavra primitiva é “tarde” e quando se acrescenta o “en” no início e o “cer” no final - PARASSÍNTESE.
DERIVAÇÃO REGRESSIVA
Quando existe um processo de redução na palavra primitiva.
Nesse caso, os substantivos são chamados de deverbais, pois perdem o – r no final dos verbos.
Há uma supressão da palavra primitiva, gerando uma derivada.
Exemplo: acúmulo (de acumular), desempenho (de desempenhar), mergulho (de mergulhar).
Veja a frase: O beijo é um modo de cumprimentar alguém que você gosta.
“beijo” vem do verbo “beijar”.
DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA
Aqui, há uma alteração semântica na nova palavra.
Há uma mudança de classe gramatical.
Exemplo substantivo derivado de adjetivo:
Essa blusa é veneziana (adjetivo).
A veneziana do meu quarto é linda! (substantivo).
COMPOSIÇÃO
Justaposição ou aglutinação.
JUSTAPOSIÇÃO
Os termos irão se juntar e os radicais não sofrerão alterações em sua estrutura.
Exemplo: Meu irmão é surdo-mudo.
Onde está meu abre-latas?
AGLUTINAÇÃO
Nesse caso, quando os termos se juntam, os radicais acabam sofrendo uma alteração.
Exemplos: Eu não gosto de colocar vinagre na salada – VINAGRE (vinho e agre).
O Planalto Brasileiro é uma região extensa. – PLANALTO (plano e alto).
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NEOLOGISMO
Geralmente, refere-se a palavras que tomamos de outra língua. Há outras formas de neologismo.
Exemplo: Ela sempre aparece on-line no WhatsApp.
Minha amiga, Miranda, é muito fashion.
HIBRIDISMO
Nesse caso, os elementos que formam a palavra são de idiomas diversos.
Exemplos: automóvel (auto= grego, móvel= latim)
televisão (tele= grego, visão=latim)
ONOMATOPEIA
São palavras que simbolizam a reprodução de sons. Normalmente, aparecem em gibis.
Exemplo: Tique-taque; toc-toc.
REDUÇÃO/ABREVIAÇÃO
Quando uma palavra é muito longa há uma nova formação de palavra reduzida.
Exemplo: moto (motocicleta), pneu (pneumático).
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SUBSTANTIVO
É a classe gramatical de palavras variáveis que nomeia todas as coisas reais e irreais.
PRIMITIVO
É o substantivo que dá origem a novas palavras.
Exemplo:jardim, sorvete.
DERIVADO
É o substantivo formado a partir de outro.
Exemplo:jardineiro, sorveteria.
CONCRETO
É o substantivo que nomeia seres animados (com vida) e inanimados (sem vida).
Exemplo:cobra, curupira.
ABSTRATO
É o substantivo que nomeia conceitos abstratos, os quais não podem ser vistos, definidos ou desenhados sozinhos.
Exemplo:honestidade, saudade.
SIMPLES
Quando existe um termo um uma só palavra.
Exemplo:vaso, xícara.
COMPOSTO
Quando existem mais de um termo ou mais de uma palavra.
Exemplo:couve-flor, erva-doce.
COMUM
Não atribui uma qualidade especial aos objetos, lugares ou seres.
Exemplo:país, mãe.
PRÓPRIO
Dá nome a um ser único, específico, diferenciando ele do restante do grupo.
Exemplo:Carla, Uruguai.
COLETIVO
É a palavra que dá nome a uma coleção ou grupo.
Exemplo:manada, cardume.
Substantivos terminados em “r”, “z”, “s”, acrescenta-se “es” ao final da palavra no singular:
matriz - matrizes;
colar - colares;
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país - países.
EXCEÇÃO: Substantivos terminados em “s” que são paroxítonos, o plural fica invariável:
lápis - lápis;
vírus - vírus.
Substantivos terminados em “ão”, poderão ficar no plural com a terminação “ões”, “ãos”, “ães”:
opinião - opiniões;
cidadão - cidadãos;
capitão - capitães.
Substantivos singulares terminados em al, el, ol, ul, no plural têm a terminação ais, éis, óis, uis:
aluguel - aluguéis;
girassol - girassóis;
lençol - lençóis.
ATENÇÃO: Substantivos singulares terminados em “x” ficam com a mesma terminação no plural:
tórax - tórax;
ônix - ônix.
Caso as palavras repetidas sejam verbos, pode-se escolher entre colocar todos os elementos no plural ou apenas o
último no plural:
piscas-piscas ou pisca-piscas.
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Estruturas ligadas por preposição, somente o primeiro elemento ficará no plural:
pores do sol;
malas de viagem;
canas-de-açúcar.
Substantivo + substantivo no segundo termo com terminação que limite o sentido do primeiro, o primeiro
elemento ficará no plural:
decreto-lei = decretos-lei;
elemento-chave = elementos-chave;
banana-maçã = bananas-maçãs.
Substantivos compostos formados com grão, grã, bel, o último elemento ficará no plural:
grão-duque = grão-duques;
bel-prazer = bel-prazeres.
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ARTIGO
É a palavra que se antepõe ao substantivo e indica se ele está sendo empregado de forma INDEFINIDA ou
DEFINIDA.
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ADJETIVO
Palavra que expressa qualidade ou característica do ser.
CLASSIFICAÇÕES
RESTRITIVO
Denota qualidade que pode ser retirada do substantivo.
Exemplo: nem todos aqui são inteligentes.
O adjetivo restritivo que diz respeito a todos é “inteligentes” .
EXPLICATIVO
Denota qualidade que não pode ser retirada do substantivo.
Exemplo: toda o chuva é quente, não existe fogo frio.
O adjetivo explicativo que diz respeito ao fogo é “quente”.
FORMAÇÃO DO ADJETIVO
SIMPLES
É formado por um só radical.
Exemplo: magro, azul.
COMPOSTO
É formado por mais de um radical.
Exemplo:castanho-claro.
PRIMITIVO
Dá origem a outros adjetivos.
Exemplo: ruim, triste.
DERIVADO
Deriva de substantivos, verbos e até de outro adjetivo.
Exemplo:magrelo, bondoso.
ADJETIVO PÁTRIO/GENTÍLICO
GRAU DO ADJETIVO
COMPARATIVO SUPERLATIVO
Comparação entre dois ou mais seres. Características num grau muito elevado ou em grau
MÁXIMO.
Cruel – crudelíssimo
Difícil – dificílimo
Frágil – fragílimo
Humilde - humílimo
Livre – libérrimo
Magnífico - magnificentíssimo
Preguiçoso - pigérrimo
Próspero – prospérrimo
Terrível – Terribilíssimo
LOCUÇÃO ADJETIVA
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DUAS palavras que, indicam uma característica quando juntas.
Possuem o mesmo valor de um adjetivo.
Exemplo:
dia de chuva – dia chuvoso;
amor de pai – amor paterno;
rosto de anjo – rosto angelical.
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ADVÉRBIO
É palavra INVARIÁVEL que pode se referir a um verbo, a um advérbio ou a um adjetivo.
CIRCUNSTÂNCIAS DO ADVÉRBIO
LUGAR
Atrás, embaixo, ali, lá, aqui, longe, perto.
TEMPO
Amanhã, hoje, outrora, breve, cedo, ainda (até agora).
ORDEM
Primeiramente, depois, ultimamente.
INTENSIDADE
Tão, pouco, muito, mais, menos.
MODO
Bem, mal, melhor, pior, rapidamente, devagar.
AFIRMAÇÃO
Sim, realmente, certamente.
NEGAÇÃO
Não, nunca, nem, tampouco.
DÚVIDA
Provavelmente, talvez, possivelmente.
INCLUSÃO
Ainda, também, mesmo.
EXCLUSÃO
Salvo, apenas, senão, só, unicamente.
LOCUÇÃO ADVERBIAL
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POSIÇÃO DO ADVÉRBIO
A posição original do advérbio em uma frase é no final dela. Porém, ele poderá aparecer deslocado, no início da
frase.
No adjunto adverbial deslocado em até 3 palavras a vírgula OPCIONAL.
Exemplo: Ontem eu caminhei no parque/ Ontem, eu caminhei no parque.
PRONOME RELATIVO
Exemplo: Que, quem, o qual (a qual, os quais, as quais), onde (em que), quanto (quanta, quantos, quantas), cujo
(cuja, cujos, cujas).
Os pronomes relativos podem ser substituídos por “o qual”, “a qual”, “os quais”, “as quais”, SALVO “cujo”, “cuja”,
“cujos”, “cujas”.
CONCORDA EM GÊNERO E NÚMERO COM A COISA POSSUÍDA E NÃO ADMITE ARTIGO (O, A, OS, AS) DEPOIS DELE.
Deve-se colocar o “cujo” entre o possuidor e o possuído (alguém cujo algo).
Exemplo: Aquela é a mulher cujo carro é lindo.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
HÁ PRONOME RELATIVO.
Exemplo: A mulher que me mostrou a casa.
HÁ PRONOME INDEFINIDO.
Exemplo: Todos se comoveram com o discurso dele.
HÁ PRONOME DEMONSTRATIVO.
Exemplo: Isso me deixa feliz.
HÁ CONJUNÇÃO SUBORDINADA.
Exemplo: Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
CASOS DE MESÓCLISE:
Verbo flexionado no futuro do pretérito ou futuro do presente com o pronome no meio do verbo.
Exemplo: Far-lhe-ei uma boa proposta. (futuro do presente)
Exemplo: Comemorar-se-ia o aniversário se não chovesse. (fut. pretér.)
CASOS DE ÊNCLISE:
O VERBO INICIAR A ORAÇÃO.
Exemplo: Falaram-me que a avaliação será amanhã.
VERBO NO GERÚNDIO
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Exemplo: Fiquei sem reação, lembrando-me dos maus acontecimentos.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
Aditivas:
expressam adição. Exemplo: e, também.
Alternativas:
expressam alternância. Exemplo: ou, ou...ou, ora...ora, seja...seja.
Adversativas:
expressam oposição.
Exemplo: Porém, mas, contudo, todavia, não obstante, e (no sentido de “mas”), antes (no sentido de “mas”).
Explicativas:
expressam explicação.
Exemplo: pois (antes do verbo), porquanto, porque, posto que.
Conclusivas:
expressam conclusão.
Exemplo: pois (depois do verbo), por isso, logo, portanto, por conseguinte.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
INTEGRANTES
Introduzem orações substantivas.
Exemplo: se, como, que.
ADVERBIAIS CAUSAIS
Expressam causa.
Exemplo: visto que, uma vez que, como pois que, já que.
ADVERBIAIS CONSECUTIVAS
Expressam consequência.
Exemplo: tal que, tão que, tanto que.
ADVERBIAIS FINAIS
Expressam finalidade.
Exemplo: para que, a fim de que.
ADVERBIAIS TEMPORAIS
Expressam tempo.
Exemplo: quando, desde que, enquanto.
ADVERBIAIS CONDICIONAIS
Expressam condição.
Exemplo: caso, se, salvo se, conquanto que.
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ADVERBIAIS CONCESSIVAS
Expressam contraste.
Exemplo: conquanto, embora, mesmo que, se bem que, apesar de.
ADVERBIAIS COMPARATIVAS
Expressam comparação.
Exemplo: assim como, tanto como.
ADVERBIAIS CONFORMATIVAS
Expressam conformidade.
Exemplo: segundo, conforme, consoante, de acordo com.
ADVERBIAIS PROPORCIONAIS
Expressam proporção.
Exemplo: à medida que, à proporção que, ao passo que.
CONJUNÇÕES CONCESSIVAS
CUIDADO ao trocar “embora” por “apesar de”, por exemplo, a conjugação do verbo mudará.
Exemplo: Embora fosse advogado, não sabia falar em público.
Apesar de ser advogado, não sabia falar em público.
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ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS CAUSAIS E COMPARATIVAS
A oração subordinada adverbial exprime uma circunstância para a oração principal. Ela desempenha as funções um
advérbio (e sintaticamente de adjunto adverbial). Essa oração inicia com uma conjunção subordinativa adverbial, a
qual indicará a circunstância que a oração expressa.
CAUSAL
Indica uma causa, um motivo.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES CAUSAIS
Porque, como, na medida em que, visto que, uma vez que, porquanto...
Exemplo: Ela não foi ao parque porque estava gripada.
A conjunção causal “porque” representa uma causa do que foi dito na oração principal, é o motivo de ela não ter ido
ao parque (porque estava gripada).
COMPARATIVA
Exprime uma comparação.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES COMPARATIVAS
Tanto... quanto, tal como, (do) que, tal ... qual, como (no sentido comparativo, comumente vem acompanhado com
“quem”).
Exemplo: O guepardo é mais veloz do que o leão.
Na sentença acima há uma comparação entre o guepardo e o leão no que diz respeito à velocidade.
CONCESSIVA
Indica uma concessão e exprime algo inesperado em determinadas circunstâncias.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES CONCESSIVAS
Apesar de, conquanto, embora, ainda que, se bem que, por mais que...
Exemplo: Por mais que Pâmela esteha doente, ela irá ao casamento.
É inesperado que Pâmela vá ao casamento, já que ela está doente... Mas, ela irá.
CONDICIONAL
Indica uma condição.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES CONDICIONAIS
Caso, a menos que, salvo se, exceto se...
Exemplo: Se chover, não iremos ao parque.
Somente iremos ao parque se o dia estiver bom, sem chuva.
Há uma condição para irmos ao show: não chover, pois se chover, não iremos.
CONFORMATIVA
Indica conformidade, acordo entre um fato e outro.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES CONFORMATIVAS
Conforme, segundo, de acordo com, consoante, como (no sentido de conformidade)...
Exemplo: A monografia deverá ser redigida de acordo com as regras da ABNT.
CONSECUTIVA
Indica uma consequência, um resultado do que foi dito na oração principal.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES CONSECUTIVAS
Tão que, tanto que, tal que, que...
Exemplo: Márcia gritou tanto que ficou sem voz.
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A estranheza da mulher era tal que todos se assustaram.
FINAL
Exprime finalidade.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES FINAIS
a fim de, por que (= para que)...
Exemplo: A aluno Carlos estudou muito a fim de que não reprovasse.
Carlos estudou com a finalidade de não reprovar.
PROPORCIONAL
Exprime proporcionalidade com o acontecimento da oração principal.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES PROPORCIONAIS
ao passo que, à medida que, à proporção que, à maneira que...
Exemplo: Lucas ficava mais musculoso à medida que treinava.
TEMPORAL
Indica uma ideia de tempo.
EXEMPLOS DE CONJUNÇÕES TEMPORAIS
Logo que, quando, enquanto, agora que, depois que...
Exemplo: Quando ouço Marília Mendonça, penso em você.
“quando” indica uma ideia de tempo.
ORAÇÕES REDUZIDAS
As orações reduzidas são as orações subordinadas SEM pronome relativo ou SEM conjunção e com o verbo em uma
das seguintes formas:
INFINITIVO = falar
GERÚNDIO = falando
PARTICÍPIO = falado
Se a conjunção for retirada e o verbo colocado no infinitivo, no gerúndio ou no particípio, a oração desenvolvida
passará a ser uma oração reduzida.
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FUNÇÕES DO “QUE”
SUBSTANTIVO
Vai ser escrito com um acento circunflexo.
Quando possui a função de substantivo, tem valor de qualquer coisa.
Poderá vir determinado por artigo, numeral, entre outros.
Exemplos: Aquela obra tem um quê de Vincent Van Gogh.
ADVÉRBIO DE INTENSIDADE
Nesse caso, o “que” será equivalente a “muito”, “quanto”...
Sua função será intensificar os advérbios e adjetivos.
Exemplos:
Que linda casa!
Que péssimo gosto!
Pronome interrogativo: nesse caso, o “que” será equivalente a “qual” e estará em orações interrogativas diretas ou
indiretas.
Exemplos: Que roupas ela comprou?
PRONOME RELATIVO
Nesse caso, o “que” será igual ao “o qual” e suas variações.
Retomará o termo antecedente e introduzirá orações subordinadas adjetivas.
Exemplos: Ele é o menino que me contou sobre o acidente.
É possível trocar o “que” por “o qual” e a frase continua correta.
PRONOME INDEFINIDO
Acompanha os substantivos e os modifica.
Exemplos: Que sapatos lindos você tem!
Que cabelos curtos Andreza tem!
PREPOSIÇÃO
Poderá equivaler a “para”, “de”, “a”...
Aparece com os verbos auxiliares “ter” e “haver”.
Exemplos: Eu tenho que estudar Ciências amanhã. = Eu tenho de estudar Ciências amanhã.
INTERJEIÇÃO
Nesse caso, será acentuado = “quê”.
Poderá expressar uma emoção.
Aparecerá em frases exclamativas.
Exemplos: Quê! Está muito caro!
CONJUNÇÃO COORDENATIVA
Nesse caso, ligará orações coordenadas e poderá ter o valor de uma conjunção adversativa, aditiva, alternativa ou
explicativa.
Exemplos: Você pode pedir desculpas, que não adiantará. (conjunção adversativa, pois o “que” possui o mesmo
valor de “mas”).
CONJUNÇÃO INTEGRANTE
Nesse caso, o “que” introduzirá uma oração subordinada substantiva.
Será equivalente a “isso”.
Exemplos: É importante que você conte tudo ao médico. = É importante ISSO.
FUNÇÕES DO “SE”
SUBSTANTIVO
Nesse caso, o “se” virá acompanhado de um determinante (um artigo ou um pronome) ou especificará outro
substantivo.
Exemplos: O se é muito utilizado na Língua Portuguesa.
PRONOME APASSIVADOR
O “se” irá se relacionar a verbos transitivos diretos ou diretos e indiretos.
Para você ter certeza se a função do “se” é de pronome apassivador = passar a frase para a voz passiva analítica.
Exemplos: Compra-se diamante = Diamante é comprado. (Deu certo, então, nesse caso, o “se” é pronome
apassivador).
PRONOME REFLEXIVO
O “se” será equivalente a si mesmo.
O “se” poderá exercer a função de objeto direto ou de objeto indireto.
Exemplos: Caio se machucou com a faca. = Caio machucou quem? A si mesmo.
PARTÍCULA EXPLETIVA
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Nesse caso, o “se” dará REALCE e poderá ser excluído da oração sem problemas.
Exemplos: Caroline estava exausta e se sentou.
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PONTUAÇÃO
USO DA VÍRGULA
SEPARAR APOSTO
Recorde que o aposto serve para explicar, enumerar, resumir e especificar algo.
Exemplos: Compre os seguintes itens: arroz, feijão, tomate, alface e cebola.
Bianca, irmã de Lunna, divorciou-se ontem.
SEPARAR VOCATIVO
Vocativo é um termo que indica o “chamamento”, de uma pessoa real ou fictícia.
Exemplos: Pedro, faça sua avaliação!
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Marcelo, feche a boca!
Adjunto adverbial deslocado até 3 palavras = vírgula OPCIONAL. Adjunto adverbial deslocado LONGO = vírgula
OBRIGATÓRIA.
O motivo de o adj. adverbial DESLOCADO estar entre vírgulas é para MARCAR o adjunto adverbial.
Exemplos: Na data de ontem, eu apresentei meu TCC.
PONTO FINAL
É utilizado no final do período, dando sentido completo a ele
Exemplos: Hoje o dia está estranho.
É utilizado nas abreviações
Exemplos: O médico de Júlia, Dr. Carlos, deseja visitá-la.
PONTO E VÍRGULA
Pode separar estruturas coordenadas (quando há vírgulas internas)
Exemplos: Em 1989, mamãe nasceu; Em 1990, nasceu sua irmã.
Pode ser utilizado no lugar da vírgula para dar ênfase
Exemplos: O violinista tocava; o cachorro latia; o falcão voava.
PONTO DE EXCLAMAÇÃO
É utilizado no final de uma frase que expresse surpresa, súplica, susto...
Exemplos: Tenha dó de mim!
É utilizado nas interjeições
Exemplos: Ai!; Nossa!; Eita!
É utilizado nos vocativos intensivos
Exemplos: Nossa Senhora Aparecida! Cuide de mim.
PONTO DE INTERROGAÇÃO
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É utilizado para indicar o final de uma frase interrogativa (direta)
Exemplos: Quem será o próximo Presidente do Brasil?
Não cabe ponto de interrogação em estruturas interrogativas indiretas.
Exemplos: Quero saber por onde você andou.
RETICÊNCIAS
É utilizada em supressão de um trecho
Exemplos: “... saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra.” (Marta Medeiros)
É utilizada para deixar algo subentendido
Exemplos: Lorenzo sabe o que quero...
É utilizada para interrupção da frase
Exemplos: O meu casamento... Sei lá... Talvez não vá longe.
ASPAS
Pode ser utilizada para citar obras, gírias, estrangeirismo (utilizar palavra estrangeira – “feedback”) e citações
diretas.
Use o ponto final antes do fechamento das aspas quando a frase estiver completa
Exemplos: “Sabemos que queremos passar no concurso.”
Use o ponto final depois do fechamento das aspas quando o discurso não estiver completo
Exemplos: “Sabemos que queremos passar no concurso (...)”.
PARÊNTESES
É utilizado para isolar explicações ou adicionar informação acessória.
Exemplos: A filha da Cláudio (a mais bonita que já vi) estuda RH.
TRAVESSÃO
Poderá substituir parênteses, vírgulas, dois-pontos.
Poderá introduzir diálogos.
DOIS PONTOS
Pode ser utilizado antes de uma citação
Exemplos: Miguel disse: “Para melhorar a qualidade de vida, melhore a qualidade de seus pensamentos.”
Pode ser utilizado antes de aposto discriminativo
Exemplos: O quarto possuía diversos objetos lindos: quadros rústicos, sofá de couro, estantes suspensas.
Pode ser utilizado para indicar enumeração
Exemplos: Fui à loja e comprei: blusas, calças, sapatos, bolsas de maquiagens.
Pode ser utilizado antes de uma explicação sobre algo
Exemplos: Tenho apenas um desejo: comer torta de chocolate!
Pode ser utilizado depois de verbos como: falar, dizer, responder e perguntar
Exemplos: Mariane disse: - Química é difícil!
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PORQUE, PORQUÊ, POR QUE E POR QUÊ
POR QUE
Indica motivo ou razão.
É utilizado no início de perguntas (por que motivo/ por qual razão).
Exemplos: Por que não veio até a minha casa?
Poderá aparecer no meio de uma frase com a função de pronome relativo, equivalente a "por qual”, "pelo qual" e
suas variações.
Exemplos: Esta é a razão por que estudo todos os dias. = Esta é a razão pela qual estudo todos os dias.
POR QUÊ
Também indica motivo ou razão.
É utilizado no final de perguntas (por que motivo/ por que razão).
Exemplos: Saiu de casa por quê? Saiu de casa por qual motivo?
Veio por quê? Veio por qual razão?
PORQUE
Indica explicação ou causa.
Por isso, exerce função de conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicativa.
Poderá ser substituído por “pois”, “para que” e “uma vez que”.
Exemplos: Joana não foi à festa, porque estava doente. = justificativa para Joana não ter ido à festa.
Escolhemos esta mochila, pois é mais barata. = indica a causa para a escolha da mochila.
PORQUÊ
Indica motivo ou razão.
Aparece acompanhado de um artigo definido (o, os) ou indefinido (um, uns). “Porquê” pode ser substituído por: o
motivo; a causa; a razão.
“Porquê” é um substantivo masculino e pode sofrer flexão em gênero: o porquê, os porquês.
Exemplos: Não me disseram o porquê de tanta risada agora pela manhã.
Não me disseram o motivo de tanta risada agora pela manhã.
Exemplos: Ele poderia me explicar o porquê de tanta pressa?
Ele poderia me explicar a razão de tanta pessa?
OU
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COESÃO TEXTUAL
É a articulação entre palavras, períodos e parágrafos dentro de um texto, a fim de que a mensagem seja transmitida
de forma clara.
COESÃO REFERENCIAL
Quando há expressões que antecipam ou retomam as ideias, a fim de evitar repetições.
Exemplo: Maria Luiza cantou. Ela estava muito feliz. = “Maria Luiza” é o termo referente na oração.
Para se evitar a repetição, sempre que for necessário retomar essa palavra, é possível utilizar sinônimos, como “ela”,
“a menina”, entre outros que façam sentido.
COESÃO SEQUENCIAL
São usadas expressões e conectivos para darem sequência aos assuntos, estabelecendo uma relação com uma ideia
que foi anteriormente afirmada.
Exemplo: A previsão do tempo é de chuva de granizo. Logo, ficaremos em casa esta noite. = “Logo” é uma conjunção
conclusiva que possui relação com a ideia anteriormente apresentada, dando sequência ao assunto e trazendo
coesão ao texto.
COESÃO LEXICAL
Ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos ou heterônimos. Aqui, há a manutenção do tema
sem repetições vocabulares.
Exemplo: O piolho é manifestado com maior frequência em crianças. Os pilolhos são altamente resistentes na fase
da lêndea.
HIPERÔNIMO E HIPÔNIMO
HIPERÔNIMO é a palavra com sentido mais amplo.
HIPÔNIMO é a palavra com sentido mais restrito.
Exemplo: ESPORTE é hiperônimo de FUTEBOL.
BARATA é hipônimo de INSETO.
COERÊNCIA
Traz uma relação lógica entre as ideias, já que elas devem se complementar.
É o resultado da não contradição entre as partes do texto.
O texto pode estar perfeitamente coeso, mas incoerente.
PRINCÍPIO DE RELEVÂNCIA
Relevância entre as partes do texto.
As partes do texto devem se relacionar entre si.
Na apresentação de ideias num texto, a coesão vai ligar as partes e a coerência vai garantir que o conteúdo faça
sentido no raciocínio lógico.
TIPOS DE COERÊNCIA
COERÊNCIA SINTÁTICA
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Evita a ambiguidade e garante o uso adequado dos conectivos.
Os elementos da oração precisam estar na ordem correta para entender a frase.
COERÊNCIA SEMÂNTICA
Desenvolvimento lógico das ideias com a construção de argumentos harmônicos e sem contradições.
COERÊNCIA TEMÁTICA
Relação de concordância entre o enunciado e o texto.
COERÊNCIA PRAGMÁTICA
Trabalha a sequência de fatos e relações de um texto, o qual deve obedecer à coerência pragmática.
Exemplo: quando alguém faz uma pergunta, é esperado uma resposta.
Caso isso não ocorra, haverá incoerência pragmática.
COERÊNCIA ESTILÍSTICA
Variedade linguística adequada e que deve ser mantida no decorrer do texto.
Exemplo: iniciada uma redação com linguagem culta e terminado o texto com uma linguagem informal.
Ocorrendo isso a sua redação possui uma incoerência estilística.
COERÊNCIA GENÉRICA
Adequação ao gênero textual.
A intenção é contar uma história, o conto ou a crônica são opções cabíveis.
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SUJEITO
Toda e qualquer sentença/expressão que se refira diretamente ao verbo.
SIMPLES
só tem 1 núcleo de sujeito. Núcleo é a palavra mais importante do sujeito. Núcleo do sujeito NUNCA começa por
preposição.
Exemplo: Andreza fez a prova hoje.
Composto
Dois ou mais núcleos.
Exemplo: Maria e Cecília vão a festa.
OCULTO
NÃO está expresso na oração, ele está subtendido na conjugação verbal.
Exemplo: Estamos felizes com a aprovação de todos no concurso. (NÓS)
O verbo tem que estar na PRIMEIRA ou SEGUNDA pessoa do singular ou plural.
INEXISTENTE/SEM SUJEITO
NÃO tem sujeito possível.
SUJEITO INDETERMINADO
INDETERMINADO
Não se quer ou não se pode determinar.
Exemplo: Compraram queijo e goiabada.
O verbo está na TERCEIRA pessoa do singular ou plural.
Tendo como determinar a TERCEIRA pessoa num contexto, será sujeito oculto.
Quando tiver o uso do pronome “SE”.
Exemplo: Precisa-se de roupas usadas. (alguém precisa de mochilas usadas).
Sempre que houver verbo + pronome “se” + preposição = o “de” mostra que “roupas usadas” não poderá ser sujeito,
pois sujeito não tem preposição.
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PREDICADO
Predicado é tudo o que não é o sujeito, inclusive com o verbo.
É a declaração que se faz sobre o sujeito, sendo a informação em si.
É o único termo indispensável em uma oração.
Poderá existir frase sem sujeito, mas NUNCA frase sem predicado.
Exemplo: Alunos e professores pediam merenda. Nesse caso, o predicado é “pediam merenda”, pois “alunos e
professores” é o sujeito.
Exemplo: Luiz e Marcos foram ao parque. Nesse caso, o predicado é “foram ao parque”, pois “Luiz e Marcos” é o
sujeito.
Exemplo: Eu fiz uma torta de chocolate deliciosa. Nesse caso, o predicado é “fiz uma torta de chocolate deliciosa”,
pois “eu” é o sujeito.
PREDICADO NOMINAL
PREDICADO VERBAL
É o predicado que usa verbo significativo.
O predicado se organiza em torno desse verbo.
Exemplo: Aqueles garotos brincavam de esconde-esconde.
PREDICADO VERBO-NOMINAL
Usa um verbo de ação + uma característica do sujeito/objeto.
Exemplo: Lucas escorregou feliz no escorregador.
ESTRUTURA DO VERBO-NOMINAL
SUJEITO + VERBO TRANSITIVO DIRETO + OBJETO DIRETO +PREDICATIVO DO SUJEITO
Exemplo: Lizandra e Quéren comeram o bolo contentes.
SUJEITO + VERBO TRANSITIVO INDIRETO + OBJETO INDIRETO + PREDICATIVO DO SUJEITO
Exemplo: Os filhos obedeciam aos pais exigentes.
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SUJEITO + VERBO TRANSITIVO DIRETO + OBJETO DIRETO + PREDICATIVO DO OBJETO
Exemplo: A lembrança deixou as adolescentes felizes.
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ADJUNTO ADNOMINAL
Acompanha o substantivo concreto ou abstrato e pode ser com ou sem preposição.
Exemplo: A blusa chegou. -> “A” é adjunto adnominal, pois está ligado à “blusa”.
Comprou um bolo saboroso. -> “um” e “saboroso” são adjunto adnominal, ligados à “torta”.
COMPLEMENTO NOMINAL
Exemplo: Carlos é obediente a seus pais. = “a seus pais” é complemento nominal, pois se refere à “obediente” que é
adjetivo.
Exemplo: Carla mora longe dos irmãos. = “dos irmãos” é complemento nominal, pois se refere à “longe” que é
advérbio.
Exemplo: Maria tem capacidade de aprender. = “de aprender” é complemento nominal, pois está se referindo à
“capacidade” = subst. abstrato.
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VERBOS PRONOMINAIS
Se conjugam com os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos, se) na mesma pessoa do sujeito que a executa,
reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo.
VERBOS IMPORTANTES
eu RIO (rir);
eu SUO (suar);
eu SOO (soar);
eu MEÇO (medir);
eu CAIBO (caber);
eu VALHO (valer);
eu ADIRO (aderir);
eu PULO (polir/pular);
eu COMPITO (competir);
eu INTERMEDEIO (intermediar).
Com os verbos “amar”, “partir” e “comer” Com os verbos “amar”, “partir” e “comer”
42
que nós gostemos se nós gostássemos quando nós gostarmos
que vós gosteis se vós gostásseis quando vós gostardes
que eles gostem se eles gostassem quando eles gostarem
PRESENTE
Indica um fato atual ou que acontece muito.
Exemplo: Carlos almoça naquele restaurante todos os dias.
PRETÉRITO IMPERFEITO
Uma ação contínua que acontecia no passado, mas parou de ocorrer.
Exemplo: Ele corria na pista de cooper todos os dias.
PRETÉRITO PERFEITO
fato no passado que já foi concluído.
Exemplo: Ele correu na avenida ontem.
PRETÉRITO-MAIS-QUE-PERFEITO
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fato ocorrido antes de outro fato já terminado.
Exemplo: Luana falara de seus avós.
FUTURO DO PRESENTE
Uma ação que acontece num tempo após o momento atual. Exemplo: Marina estudará Geografia amanhã.
FUTURO DO PRETÉRITO
ato futuro subordinado a um acontecimento anterior.
Exemplo: Se eu tivesse dinheiro, pediria um hamburguer.
PRESENTE DO SUBJUNTIVO
Indica um fato hipotético no presente.
Exemplo: Meu pai quer que eu seja médico.
FUTURO DO SUBJUNTIVO
Fato que pode acontecer num momento futuro em relação ao atual.
Exemplo: Quando ele vier à padaria, levará os pães de queijo.
VOZ PASSIVA
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PREPOSIÇÕES
É a palavra que possui uma relação entre dois ou mais termos da oração.
LUGAR
Morei em Belo Horizonte.
ORIGEM
Essas maçãs vieram de casa.
CAUSA
Caroline se machucou por correr de patins.
MEIO
Fui de ônibus para o trabalho.
POSSE
O relógio é de Luiza.
OPOSIÇÃO
Atlético contra Cruzeiro.
FINALIDADE
O filme foi feito para dar risada.
COMPANHIA
Sairemos com amigos.
MODO
Votarei em branco nas eleições para Presidente.
LOCUÇÃO PREPOSITIVA
Duas ou mais palavras que possuem o valor de uma preposição.
Ligam dois termos, estabelecendo entre eles uma relação de subordinação.
EXEMPLO
acerca de,
a fim de,
além de,
a par de,
ao invés de,
diante de,
em vez de,
junto a,
45
junto com,
junto de,
à custa de,
através de,
de encontro a,
em frente de,
em frente a,
sob pena de,
a respeito de,
ao encontro de.
46
ACENTUAÇÃO
Os acentos gráficos estabelecem, a intensidadedas sílabas nas palavras.
A acentuação gráfica relaciona-se com a posição da sílaba tônica nas palavras. Existemregras específicas para palavras
oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
47
OXÍTONAS
As palavras são oxítonas porque têm a sua última sílaba tônica.
Há as seguintes regras:
Palavras oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s)
A(S): Paraná, aliás, vatapá.
E(S): café, boné, jacarés.
O(S): jiló, após, avó.
Palavras oxítonas terminadas em ditongos abertos éi, éu, ói com ou sem “S”
ÉI: anéis, hotéis, pastéis.
ÉU: chapéu, troféu, troféus.
ÓI: dodói, herói, lençóis.
PAROXÍTONAS
As palavras são paroxítonas porque têm a sua penúltima sílaba tônica.
Há asseguintes regras:
Palavras terminadas em R: açúcar, caráter, néctar.
Palavras terminadas em X: córtex, látex, tórax, fênix.
Palavras terminadas em N: abdômen, pólen, próton.
Palavras terminadas em L: ágil, fácil, amável.
Palavras terminadas em PS: bíceps, tríceps.
Palavras terminadas em Ã(s), ÃO(s): órfã, órfãos, bênção.
Palavras terminadas em I, IS: táxi, grátis, tênis.
Palavras terminadas em EI, EIS: hóquei, jóquei.
Palavras terminadas em US: vírus, bônus.
Palavras terminadas em OM, ONS UM, UNS: prótons, álbum, álbuns.
PAROXÍTONAS
COM O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO FORAM ABOLIDOS
PROPAROXÍTONA
As palavras são proparoxítonas porque têm a sua antepenúltima sílaba tônica. Todas as proparoxítonas são
acentuadas!
Exemplos:
Acadêmico (a-ca-dê-mi-co);
Acústica (a-cús-ti-ca);
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Círculo (cír-cu-lo);
Décimo (dé-ci-mo);
Elétrico (e-lé-tri-co);
Fósforo (fós-fo-ro);
Ginástica (gi-nás-ti-ca);
Ínterim (ín-te-rim);
Lâmpada (lâm-pa-da);
Míope (mí-o-pe);
Plástico (plás-ti-co);
Próxima (pró-xi-ma).
MONOSSÍLABO TÔNICO
São palavras que têm apenas uma sílaba.
EXEMPLOS DE MONOSSÍLABOS TÔNICOS NÃO ACENTUADOS: bem; dor; flor; mar; mau; trem; vez; voz.
HIATO
O encontro vocálico entre DUAS vogais que ficam em sílabas distintas é chamado de hiato.
Exemplo: “País” e “Coelho” -> Note que há um encontro vocálico em cada uma dessas palavras. Porém, quando as
separamos, as vogais ficam em sílabas distintas: “pa-ís” e “co-e-lho”.
EXEMPLOS DE HIATO:
Paraíba = Pa-ra-í-ba
Juízes = ju-í-zes
Fiel = fi-el
Burocracia = bu-ro-cra-ci-a
Saúde = sa-ú-de
HIATO x DITONGO
Hiato: As vogais ficam em sílabas distintas.
Exemplo: País (divisão silábica: pa-ís)
Ditongo: as vogais ficam na mesma sílaba.
Exemplo: Pais (divisão silábica: pais)
DITONGO E TRITONGO
Há um ditongo quando existe o encontro de uma semivogal e de uma vogal na mesma sílaba.
DECRESCENTE
Vogal (som + forte) + semivogal (som + fraco) = mau, céu, caixa.
NASAL
Ão, ãe, õe, am, an, em, en, ãi, ui = cãimbra, põe.
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ORAL
Ai, ia, iu, ui, eu, éu, ue, ei, éi, ie, oi, ói... = chapéu, herói, lei.
Há tritongo quando, na mesma sílaba, existe o encontro de uma semivogal + vogal + semivogal.
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HOMÔNIMO X PARÔNIMO
PALAVRAS PARÔNIMAS
Som e grafia parecidos, mas com os significados diferentes.
Exemplo: apóstrofe (figura de linguagem) e apóstrofo (sinal gráfico); coro (música) e couro (pele de animal).
PALAVRAS HOMÔNIMAS
Têm a mesma pronúncia, só que os significados são diferente.
Exemplo: caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar)
HOMÓGRAFAS
Mesma grafia com pronúncia diferente.
Exemplo: sede (lugar) e sede (vontade de beber algo).
HOMÓFONAS
Mesma pronuncia com grafia diferente.
Exemplo: cheque (documento para pagamento) e xeque (chefe mulçumano).
PERFEITAS
Mesma pronúncia com a mesma grafia.
Exemplo: são (com saúde) e são (verbo no plural).
POLISSEMIA X AMBIGUIDADE
POLISSEMIA
Palavra que possui vários sentidos, mas dependendo do contexto em que for utilizada, poderá significar algo diferente.
Exemplo: Minha fruta favorita é manga.
A manga da minha camiseta está furada.
AMBIGUIDADE
Quando um trecho tem mais de uma interpretação possível, o que pode gerar problemas.
Exemplo: de forma cômica, alguns autores utilizam a ambiguidade em seus textos. Ela é um vício de linguagem.
51
MAU X MAL
O ADVÉRBIO MAL
É utilizado para indicar que alguma coisa foi feita de modo errado.
Pode também ser um substantivo quando indicar uma doença, uma maldade, por exemplo (o mal do homem é
a vingança).
Pode significar uma conjunção temporal (com o mesmo sentido de “assim que”).
O ADJETIVO MAU
É utilizado para indicar que algo é ruim ou maldoso.
Exemplo: Os maus hábitos não nos fazem bem.
MAIS X MAS
MAS
É uma conjunção que exprime ADVERSIDADE.
Pode ser substituída por: porém, contudo, entretanto.
Exemplo: Eu estudei muito, mas não passei na prova. “porém não passei na prova”.
Ela tem tantos sapatos, mas não para de comprar outros. “entretanto não para de comprar outros”.
MAIS
É advérbio de intensidade (antônimo de “menos”).
Exemplo: Rodrigo tem mais qualidades do que imperfeições.
SENÃO X SE NÃO
SENÃO
Poderá ser usado quando tiver o significado de mas sim, de caso contrário ou de exceto:
Mas sim: O anel não era de ouro, senão de prata.
Caso contrário: Devo trabalhar, senão venderei o carro.
EXCETO: Todos, senão meus irmãos, podiam entrar na festa.
SE NÃO
É uma conjunção condicional e quando está junto com o advérbio “não” poderá ser utilizada quando tiver o
significado de caso não ou de quando não:
Caso não: Se não for possível sair hoje, avise seu chefe.
Quando não: Havia duas pessoas no parque brincando, se não três.
HÁ X A
HÁ
Vem do verbo “haver” e é utilizado quando a oração é sem sujeito, ou seja, impessoal, e o verbo significa
“existir”.
Mesmo que a frase esteja no plural, o “há” ficará no singular.
Exemplo: Há uma lagoa linda em Belo Horizonte– Existe uma lagoa linda em Belo Horizonte.
Há belas praias no Rio de Janeiro – Existem belas praias no Rio de Janeiro
É usado para frases que se referem ao passado.
Exemplo: Há anos que não visito meus pais – Faz anos que não...
A
Pode ser artigo.
Exemplo: A mulher estuda medicina.
Pode ser uma preposição.
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Exemplo: Eu moro a três quilômetro de distância da faculdade.
Pode indicar futuro.
Exemplo: Daqui a uma semana estarei casada.
ONDE
Faz referência a um lugar concreto, dá a ideia de lugar fixo.
Exemplo: Onde Giovana mora?
Quero ficar onde está minha mãe.
AONDE
É utilizado quando o verbo expressa MOVIMENTO.
É usado com verbos que pedem a preposição “a”.
Exemplo: Aonde estamos indo?
Ele foi aonde ontem de de tarde?
DONDE
Significa a ORIGEM (DE ONDE).
Pede a preposição “de”.
Exemplo: Veio donde?
Donde vêm essas cartas?
A FIM X AFIM
A FIM DE
É uma locução prepositiva e possui o mesmo significado de “com a finalidade de”.
Exemplo: Terminei o tema cedo a fim de sair com meu namorado. “com a finalidade de” sair com meu namorado.
Utiliza-se “a fim” para dizer que possui interesse em alguém.
Exemplo: Estou a fim do Carlos.
AFIM
Poderá ser um adjetivo e se referir a coisas que são semelhantes.
Poderá ser um substantivo, indicando pessoas que são parentes.
Exemplo: Eu e meu marido temos metas afins. = metas semelhantes
Os afins não comparecerão à reunião.
ACERCA DE
Possui o mesmo sentido de “sobre” ou “a respeito de”.
Exemplo: Eu e meu noivo estávamos comentando acerca da festa de casamento. “Sobre” a festa de casamento.
A CERCA DE
Possui o mesmo sentido de “aproximadamente”.
Exemplo: Contagem fica a cerca de trinta minutos de Belo Horizonte. “Aproximadamente” trinta minutos de Belo
Horizonte.
HÁ CERCA DE
Possui o mesmo sentido de “faz aproximadamente”.
Exemplo: Eu estudo para concurso há cerca de cinco anos. “Faz aproximadamente” cinco anos.
DE MAIS X DEMAIS
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DE MAIS
É uma locução adjetiva e exprime quantidade.
É o contrário de “de menos”.
Exemplo: Há açucar de mais no suco que você serviu.
Tenho trabalho de mais para fazer.
Havia gente de mais na sala.
DEMAIS
Poderá ser um advérbio de intensidade (indicando um excesso)
Poderá ser um pronome indefinido (terá o significado de “os outros”).
Exemplo: Rimos demais durante a conversa. – ADVÉRBIO
É cedo demais para levantar – ADVÉRBIO
Aqueles que não fizeram a lição podem ficar na sala, os demais podem sair. “os outros” podem sair. –
PRONOME INDEFINIDO.
DE ENCONTRO X AO ENCONTRO
DE ENCONTRO
Tem o sentido de “em oposição a”, “contra”.
Há um significado de divergência.
Exemplo: O Presidente está indo de encontro aos interesses do povo. “contra” os interesses do povo.
A pregação do Pastor foi de encontro à bíblia. “contrária” à bíblia.
AO ENCONTRO
Tem o sentido de “favorável a”, “em direção a”.
Há um significado de concordância.
Exemplo: A fala do palestrando veio ao encontro das minhas crenças. “a favor” das minhas crenças.
À MEDIDA QUE
Será equivalente à “à proporção que”. É uma locução conjuntiva de proporcionalidade.
Exemplo: À medida que treino, fico mais forte. “à proporção que treino”, fico mais forte
NA MEDIDA EM QUE
Pode expressar causalidade.
Terá o significado de “uma vez que”.
Exemplo: Tomar anticoncepcional é bom, na medida em que reduz as chances de gravidez. “uma vez que” reduz
as chances de gravidez.
DEBAIXO X DE BAIXO
DEBAIXO
É um advérbio de lugar e indica a localização de uma pessoa ou objeto.
Está relacionado às seguintes palavras sob; por detrás; na parte inferior.
Exemplo: Ela encontrou os livros debaixo da cama.
O cão jogou o brinquedo debaixo do sofá.
DE BAIXO
É o contrário da palavra “de cima”.
Exemplo: Marcos trabalhará no andar de baixo amanhã. Marcos trabalhará no andar “de cima” amanhã.
ABSOLVER X ABSORVER
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ABSORVER
Significa “consumir”; “sorver”.
Exemplo: O pano que comprei absorve toda a sujeira do Chão.
Ainda, pode significar “concentrar-se”.
Exemplo: Mônica absorve-se no trabalho.
ABSOLVER
Significa “perdoar”; “isentar”; “desobrigar”.
Exemplo: O júri absolveu o réu.
EMINENTE X IMINENTE
EMINENTE
Significa “elevado”; “notável”.
Exemplo: É eminente o fato de que a saúde do José está um caos.
É notável o fato de que a saúde do José está um caos.
IMINENTE
Significa que alguma coisa está próxima de acontecer.
Exemplo: O risco de eu pegar Covid-19 é iminente!
COMPRIMENTO X CUMPRIMENTO
COMPRIMENTO
É utilizado com o significado de “tamanho” “extensão”.
Exemplo: Qual o comprimento do tecido?
CUMPRIMENTO
É utilizado para saudar uma pessoa.
Exemplo: Ele cumprimentou a amiga com um beijo.
Pode significar “executar”.
Exemplo: João cumpriu a tarefa no trabalho.
DESCRIÇÃO X DISCRIÇÃO
DESCRIÇÃO
Possui o significado de “descrever” ou “relatar”.
É sinônimo de “relato”, “exposição”.
Exemplo: Veja a minha descrição no LinkedIn.
DISCRIÇÃO
Significa “ser discreto”.
É sinônimo de “modéstia”.
Exemplo: Mariana agiu com discrição ao terminar o noivado.
DEFERIR X DIFERIR
DIFERIR
Significa “diferenciar-se” ou “adiar”.
Exemplo: Nós diferimos a data da festa de 15 anos da Luana.
Os dois ônibus diferem muito.
DISPENSA X DESPENSA
DISPENSA
Verbo “dispensar”, possui o sentido de “desobrigar”.
Exemplo: Marcos foi dispensado do Exército por ter problemas de saúde.
DESPENSA
É o local no qual armazenamos alimentos ou produtos de limpeza.
Exemplo: Guarde esses alimentos na despensa, por favor.
ASCENDER X ACENDER
ACENDER
É verbo transitivo direto.
Significa “atear fogo”; “iluminar”.
Exemplo: Ela acendeu a luz da sala.
ASCENDER
É verbo transitivo indireto, aparece com preposição.
Significa “subir”.
Exemplo: Marília ascendeu ao cargo de Supervisora.
CENSO X SENSO
CENSO
Tem o sentido de “recenseamento”.
Exemplo: “censo” do IBGE, que divulga os dados da população.
SENSO
Significa “ter juízo”.
Exemplo: Tenha bom senso, Miguel!
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DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
DENOTAÇÃO
Mensagem no sentido literal – Significado do dicionário.
É o sentido original e direto da palavra.
A única interpretação possível é a da palavra literalmente.
A mensagem não poderá ser decifrada de outra maneira.
A linguagem DENOTATIVA é encontrada em textos científicos, bulas de remédios, manuais de instrução.
Exemplo: O cachorro do meu irmão é bravo
CONOTAÇÃO
Sentido figurado – Sentido subjetivo.
Pode haver interpretações abstratas.
Há utilização de vícios de linguagem para transmitir a mensagem.
A linguagem CONOTATIVA é encontrada em história em quadrinhos, mensagens publicitárias, poemas.
Exemplo: Meu namorado é um cachorro.
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TRANSITIVIDADE VERBAL
Relação entre os verbos transitivos e os seus complementos.
VERBO INTRANSITIVO
É aquele que não precisa de um complemento para ter sentido completo.
Exemplo: Carlos morreu em dormindo. (Se eu falar só “Carlos morreu” já tem sentido completo).
VERBO TRANSITIVO
É o que necessita de complemento para ter sentido completo a oração.
ADJUNTO ADVERBIAL
É o termo que traz circunstância ao verbo.
Pode ser expresso por advérbio e locução adverbial.
Advérbio: O avião caiu longe.
Locução Adverbial: O avião caiu na floresta.
REGÊNCIA VERBAL
É a relação entre o verbo e o nome e os termos os quais se ligam a eles.
Saber quando e qual preposição o verbo pede é o que se estuda na regência verbal.
CHEGAR (lugar)
Com esse verbo se usa a preposição “a”
Exemplo: Marcos chegou a Brasília.
OBEDECER ou DESOBEDECER
Usa-se a preposição “a”.
Exemplo: Os filhos de Kátia obedecem aos tios.
NAMORAR
NÃO se usa com preposição.
Exemplo: Juliana namora o Lucas.
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CONSISTIR
Usa-se a preposição “em”.
Exemplo: A vida dela consiste em desafios diários
SIMPATIZAR/ANTIPATIZAR
Usa-se a preposição “com”.
Exemplo: Eu simpatizo com Marina.
PREFERIR
Usa-se DOIS complementos.
Um é usado sem preposição, e o outro com a preposição “a”.
Exemplo: Prefiro estudar Química a estudar História.
ASPIRAR
QUANDO SIGNIFICA:
“Cheirar” = SEM preposição.
Exemplo: Aspirou o ar da rosa.
ASSISTIR
QUANDO SIGNIFICA:
“Ajudar”, “socorrer” = SEM preposição.
Exemplo: A enfermeira assistiu o paciente.
ESQUECER
1. Quando NÃO forem pronominais = sem preposição.
Exemplo: Carla esqueceu o caderno.
2. Quando forem pronominais = preposição “de”.
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Exemplo: Lembrei-me do nome livro de Jordan B. Peterson.
REGÊNCIA NOMINAL
Delação entre o nome (substantivo, adjetivo e advérbio) e o seu complemento é estabelecida por preposição.
DEVE-SE IDENTIFICAR A PREPOSIÇÃO CORRETA A CADA CASO.
CONCORDÂNCIA VERBAL
SUJEITO SIMPLES
A concordância se dá em pessoa e número com o núcleo.
Exemplo: A menina gritou alto.
SUJEITO COLETIVO
O verbo pode ficar no singular ou plural.
Exemplo: A alcateia possui visão apurada.
Exemplo: A alcateia de lobos possui visão apurada.
A alcateia de lobos possuem visão apurada.
COLETIVOS PARTITIVOS
com “a maioria de”, “grande número de”, “a maior parte de” = os verbos podem ficar no singular ou plural.
Exemplo: A maioria dos alunos reprovaram.
A maioria dos alunos reprovou.
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“MAIS DE”, “MENOS DE”, “CERCA DE”
Verbo concorda com o numeral.
Exemplo: Mais de uma pessoa faltou.
NOMES PRÓPRIOS
Verbo deve concordar com o artigo, caso ele apareça.
Exemplo: Os Estados Unidos são uma potente nação.
Estados Unidos é uma potente nação.
SUJEITO POSPOSTO
Sujeito está depois do verbo.
Existem DUAS maneiras de concordâncias:
O VERBO FICA NO PLURAL
Exemplo: Dormiram em casa a tia e as sobrinhas.
O VERBO FICA NO SINGULAR E CONCORDA COM O NÚCLEO QUE SE ENCONTRA MAIS PRÓXIMO
Exemplo: Dormiu em casa a tia e as sobrinhas.
Se o verbo vier com o pronome “SE” e houver reciprocidade, a concordância será feita no PLURAL!
Exemplo: Abraçaram-se Clara e Mariana.
NO CASO DE “OU/NEM”:
Tendo a conjunção sentido de EXCLUSÃO, o verbo concorda com o núcleo mais próximo.
Exemplo: Mariana ou Marcos ganhará mais tempo.
Indicando INCLUSÃO = verbo no PLURAL.
Exemplo: Nem o aluno nem a aluna foram aprovados na prova.
APOSTO RECAPITULATIVO:
O verbo concorda com a palavra que resume os termos da oração (isso, tudo, ninguém…), e fica no singular.
Exemplo: Os familiares, os amigos, ninguém presenciou minha aprovação.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Faz com que substantivos concordem com pronomes, numerais e adjetivos, etc.
REGRAS
ADJETIVO + SUBSTANTIVO:
O adjetivo deverá concordar com subst. em gênero e número.
Exemplo: Que menina elegante!
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DOIS OU + SUBSTANTIVOS E UM ADJETIVO:
Adjetivo concorda com o substantivo mais próximo.
Exemplo: Que maravilhosa carne e frango!
SE ADJETIVO VIER DEPOIS DO SUBSTANTIVO, CONCORDARÁ COM O SUBST. + PRÓXIMO OU COM OS TODOS.
Exemplo: Que carne e frango maravilhoso!
Que carne e frango maravilhosos!
EXPRESSÕES IMPORTANTES
MENOS
Será MENOS homens e MENOS mulheres. MENAS NÃO EXISTE!
ANEXO
ANEXA a foto e ANEXO o recibo.
MEIO
MEIO copo e MEIA xícara.
BASTANTE
BASTANTES (substituição de “muitos”) CARROS na rua;
Os desenhos eram BASTANTE (fica no singular, NÃO dá para substituir por “muitos”) feios.
NÚMEROS ORDINAIS:
Se os números ordinais estiverem antes do substantivo, este poderá ficar no singular ou no plural.
Exemplo: O quarto e o sexto apartamento(s).
Se os números ordinais estiverem depois do substantivo, substantivo = plural.
Exemplo: Os apartamentos quarto e sexto.
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PREDICATIVO
É uma característica.
PREDICATIVO DO SUJEITO:
É uma característica momentânea do sujeito, normalmente está dentro do predicado.
É representado pela classe dos adjetivos.
Exemplo: Eles jogaram entusiasmados a competição. “Entusiasmados” é o predicativo do sujeito.
PREDICATIVO DO OBJETO:
É uma característica momentânea do objeto.
Exemplo: Comprei um pneu furado. “Furado” é característica predicativo do objeto de “pneu” que é objeto direto.
APOSTO
Termo responsável em explicar ou justificar um elemento anterior a ele.
Exemplo: Glória, professora de português, deu várias aulas no ano.
O APOSTO PODE SER DOS TIPOS, APOSTO ESPECIFICATIVO, ENUMERATIVO, RESUMITIVO E EXPLICATIVO
APOSTO ESPECIFICATIVO
Individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido genérico.
Exemplo: Nasci na cidade de Belo Horizonte, Av. Presidente Antonio Carlos.
APOSTO ENUMERATIVO
Enumera os termos citados anteriormente.
Exemplo: Quinta-feira irei à casa de meus tios: Carlos e Marta.
APOSTO RESUMITIVO
Resume em um substantivo ou pronome substantivo os termos antes citados.
Exemplo: Comprei meia, tenis e boné, tudo em liquidação.
APOSTO EXPLICATIVO
Explica o substantivo anteriormente citado. Esse aposto pode vir isolado na frase por vírgulas, dois pontos,
travessões ou parênteses.
Exemplo: Glória, professora de português, deu várias aulas no ano.
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CRASE
Fusão de DUAS vogais idênticas.
A crase é representada pelo acento grave.
` = GRAVE
Para formar a crase é necessário: preposição “A” + artigo “A”
“À MODA DE”
Haverá crase mesmo quando “moda” vier de forma ocultada na frase.
Exemplo: Eu amo bife à (moda) milanesa
ANTES DE VERBO.
Exemplo: Começou a chorar de raiva.
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CIDADES SEM ESPECIFICADORES
Exemplo: O trem retornou a Porto Alegre.
PALAVRAS REPETIDAS
Exemplo: Eu estudo muito no meu dia a dia.
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ORAÇÕES COORDENADAS
São orações ligadas entre si pelo sentido, mas são sintaticamente independentes.
CLASSIFICAÇÃO
ASSINDÉTICAS
SEM conjunção.
Exemplo: Joana estuda, trabalha, viaja.
SINDÉTICAS
COM conjunção.
Exemplo: Joana gosta de ficar em casa, como também gosta de passear.
ADVERSATIVAS
Ideia de oposição.
Exemplo: mas, porém, todavia, entretanto.
ALTERNATIVAS
Ideia de alternância.
Exemplo: Ora...ora, ou...ou, quer...quer.
Exemplo: Ora você me ama, ora não ama.
CONCLUSIVAS
Ideia de conclusão.
Exemplo: portanto, logo, por isso.
Exemplo: Reprovei em todas as cadeiras do 5º semestre, por isso não seremos mais colegas.
EXPLICATIVAS
Ideia de explicação.
Exemplo: porque, porquanto, que.
Exemplo: Reprovou porque não estudou muito.
ORAÇÕES SUBORDINADAS
Diferentemente das sentenças coordenadas, as orações subordinadas são dependentes entre si (uma se subordina a
outra).
Exemplo: É necessário que todos lavem as mãos.
O que é “necessário”? complementação, “que todos lavem as mãos”.
A integração das sentenças é feita por meio da conjunção subordinativa “que”.
ADJETIVAS
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Exercem a função de adjunto adnominal.
ADVERBIAIS
Exercem a função de adjunto adverbial.
A oração principal é aquela que não tem conjunção e a oração subordinada é aquela que tem a conjunção.
Exemplo: É necessário que você assine esse papel para a realização da matrícula.
A parte destacada é a oração subordinada substantiva subjetiva, é o SUJEITO da primeira oração “é necessário”.
Terão função de objeto direto (não tem preposição) do verbo presente na oração principal.
Terão a função de objeto indireto (é aquele que tem preposição) do verbo presente na oração principal.
Exemplo: Ninguém desconfiava de que a receita desandasse. (Oração subordinada substantiva objetivo indireto).
Quem desconfia, desconfia DE alguma coisa.
Elas complementam o nome (substantivo abstrato com preposição) que está na oração principal.
Exemplo: Temos apenas um desejo: que passemos no concurso. (Oração subordinada substantiva Apositiva) =
explica qual é o desejo.
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