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PORTUGUÊS Data: 26/ 09 / 2022

Nome: __________________________________________________ FICHA INFORMATIVA Professor:


Antónia Pereira
Orações coordenadas e
subordinadas
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS

COORDENAÇÃO – as orações coordenadas não dependem umas das outras; podem separar-se e
ocorrer como orações independentes.

*Orações coordenadas copulativas – as duas orações estão ligadas por uma ideia de adição (introduzida
pela conjunção coordenativa copulativa).
Ex.: A Maria comprou uma camisola e vestiu-a logo.

*Orações coordenadas adversativas – as duas orações estão ligadas por uma ideia de oposição
(introduzida pela conjunção coordenativa adversativa).
Ex.: A Marta quer muito viajar, mas não tem férias.

*Orações coordenadas disjuntivas – as duas orações são alternativa uma da outra (introduzida pela
conjunção coordenativa disjuntiva).
Ex.: Todos os dias, gosto de dar um passeio a pé ou de bicicleta.

*Orações coordenadas conclusivas – a segunda oração apresenta-se como uma conclusão da primeira
(introduzida pela conjunção coordenativa conclusiva).
Ex.: O autocarro do C.V.G. teve uma avaria, portanto atrasou-se.
*Orações coordenadas explicativas – a segunda oração justifica a ideia apresentada pela primeira
(introduzida pela conjunção coordenativa explicativa).
Ex.: A Márcia tem de estudar mais, pois precisa de melhorar a sua média.

Nota: As orações coordenadas são sindéticas quando estão ligadas por uma conjunção ou locução
conjuncional coordenativa e assindéticas quando a conjunção não está expressa.
Ex.: No campo, o poeta ouve, cheira, toca, sente.

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS

Uma oração subordinada desempenha uma determinada função sintática em relação à


subordinante: sujeito, complemento direto, modificador do nome apositivo, etc.
As orações subordinadas podem classificar-se como:
substantivas – quando a subordinada desempenha uma função sintática característica do grupo
nominal (sujeito, complemento direto, predicativo do sujeito, etc.);
adjetivas – quando a subordinada desempenha uma função sintática característica do grupo adjetival
(modificador do nome restritivo e modificador do nome apositivo);
adverbiais – quando a subordinada desempenha uma função sintática característica do grupo
adverbial.
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ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS:

 COMPLETIVAS são equivalentes a um nome e desempenham, em relação à subordinante de que


dependem, as funções de um grupo nominal. São normalmente introduzidas pelas conjunções
subordinativas completivas que ou se.
Ex.: Ele confessou que confiava nela cegamente.
Perguntou se a vida deles seria melhor que a dele.

 RELATIVAS SEM ANTECEDENTE desempenham, também, em relação à subordinante de que


dependem, as funções de um grupo nominal. São normalmente introduzidas por um pronome ou
quantificador relativo ao qual não é possível associar um antecedente.
Ex.: Quem não esteve, não fez falta.
Ele não é quem parece.

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Continuação

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS RELATIVAS:


São equivalentes a um adjetivo, ocorrendo sempre à direita do antecedente e desempenhando, em
relação à subordinante, a função de modificador do nome. São introduzidas normalmente por um pronome,
determinante ou quantificador relativo.

 (COM ANTECEDENTE) RESTRITIVA tem como função restringir a referência do antecedente.


Não pode ser suprimida porque, se o fosse, implicaria uma alteração do sentido da oração subordinante.
Nunca pode ser separada do antecedente por vírgula.
Ex.: Os alunos que terminaram o teste saíram da sala.

 (COM ANTECEDENTE) EXPLICATIVA apresenta uma informação adicional sobre o antecedente


sem lhe limitar o sentido. Exerce a função de modificador do nome apositivo e pode ser suprimida porque
não altera o sentido da oração subordinante. Surge separada do antecedente por vírgula.
Ex.: O Joaquim, que até é um aluno aplicado, não leu a obra.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS


* Orações subordinadas adverbiais causais – exprimem causa (introduzida pela conjunção subordinativa
causal).
Ex.: Hoje não consigo ler, porque estou muito cansada.

* Orações subordinadas adverbiais temporais – exprimem uma circunstância de tempo (introduzida pela
conjunção subordinativa temporal).
Ex.: Quando a aula acabar, vamos almoçar todos juntos.

* Orações subordinadas adverbiais finais – exprimem finalidade (introduzida pela conjunção subordinativa
final).
Ex.: Para que haja bons resultados, é necessário muito estudo.

* Orações subordinadas adverbiais concessivas – exprimem uma concessão, a ação enunciada na oração
subordinante realiza-se, embora haja uma contradição (introduzida pela conjunção subordinativa
concessiva).
Ex.: Embora tenha dificuldade em expressar-se, todos o compreendem.

* Orações subordinadas adverbiais condicionais – exprimem uma condição que tornará realizável a ação
expressa na oração subordinante (introduzida pela conjunção subordinativa condicional).
Ex.: Se o Rafael fizer os trabalhos de casa, poderá ir ao cinema.

* Orações subordinadas adverbiais comparativas – exprimem uma comparação no plano da quantidade ou


da qualidade (introduzida pela conjunção subordinativa comparativa).
Ex.: A Susana corria como uma doida pelo campo fora.

* Orações subordinadas adverbiais consecutivas - exprimem um facto que é a consequência de outro


(introduzida pela conjunção subordinativa consecutiva).
Ex.: O automobilista conduziu tão perigosamente que acabou por ter um acidente.

 “Gramática vadia” - Algumas “Orações de que” (como lá chegar?)

a) nome + que = subordinada adj. relativa: O livro que comprei é interessante.


b) tão, tanto, tamanho, tal, de tal modo + que = subordinada adv. consecutiva: Corri tanto que caí.
c) verbo + que = subordinada subs. completiva: Disse ao João que não vou ao cinema. Vi que não
estás interessado.
d) para que = subordinada adv. final: Estuda para que possas ter um futuro melhor. Avisei-o que se
calasse.
e) que = como = subordinada adverbial comparativa: Come que nem um camelo!
f) que = porque = subordinada adverbial causal: “Cale-se tudo o que a Musa antiga canta que eu
canto o peito ilustre lusitano.”

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