Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ortografia;
conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa que ensina a grafia correta das
palavras, o uso de sinais gráficos que destacam vogais tônicas, abertas ou fechadas, processos
fonológicos como a crase, os sinais de pontuação esclarecedores de funções sintáticas da
língua e motivados por tais funções
Denotação e Conotação;
A conotação se refere aos sentidos, associações e ideias que vão além do sentido original da
palavra. Já a denotação, se refere ao significado mais objetivo e comum de um termo.
Sentido conotativo
Sentido denotativo
Sentido denotativo é o uso do literal ou real da linguagem. Ou seja, é aquele que não
proporciona espaço para outras interpretações, sendo, portanto, objetivo e preciso.
É o sentido que encontramos nos dicionários — o sentido próprio, original e direto das
palavras.
Nas orações acima, podemos notar que a palavra “cachorro” é utilizada em dois sentidos
diferentes: denotativo e conotativo.
Divisão Silábica
Como sabemos, as sílabas são fonemas pronunciados por meio de uma única emissão de voz e
também que a base das sílabas da língua portuguesa são as vogais: a - e - i - o - u. Assim,
todo fonema pronunciado em uma única emissão de voz tem, pelo menos, uma vogal
Divisão silábica
Os dígrafos “ch”, “lh”, “nh”, “gu” e “qu” devem pertencer a uma única sílaba:
chu – va
o – lho
fe - char
que – ri – do
vo - zi – nho
→ Os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs” e “xc” devem ser separados em sílabas diferentes.
car – ro - ça
as – sas – si – no
cres – cer
nas – ceu
ex – ce – ção
U – ru – guai
ba – lai – o
→ Os hiatos devem ser separados em duas sílabas distintas.
di – a
ca – de – a – do
ba – ú
→ Os encontros consonantais devem ser separados, exceto aqueles cuja segunda consoante é
“l” ou “r”.
bru – to
blu – sa
cla - ro
tra - go
→ Os encontros consonantais que iniciam palavras são mantidos juntos na divisão silábica.
pneu – má – ti – co
gno – mo
Pontuação
Pontuação são os sinais gráficos que corroboram com a construção de um texto, possibilitando
que este tenha coerência e coesão, não sendo apenas palavras jogadas ao acaso.
Os sinais são: o ponto, a vírgula, o ponto e vírgula, os dois pontos, o ponto de exclamação, o
ponto de interrogação, as reticências, as aspas, os parênteses e o travessão.
Ponto (.)
Vírgula (,)
Serve para a pausa de uma ideia, ou separar termos, por exemplo: Eu gosto de leite, água,
chocolate e café.
Quando se tem uma frase mais longa, o ponto e vírgula serve para separar várias orações, por
exemplo: As crianças se machucam, choram; os pais se desesperam, também sofrem.
Como usados acima, os dois pontos servem para introduzir fala ou enumeração.
Exclamação (!)
Exclamar é explanar sentimentos como surpresa, susto, entusiasmo, medo. É para isso que o
ponto de exclamação serve. Por exemplo: Que horror! É um rato!, ou Ah! Te achei!
Interrogação (?)
Interrogar significa questionar, perguntar. O ponto serve justamente para pontuar sentenças
questionadoras.
Reticências (…)
Elas omitem palavras, muitas vezes, para indicar que o sentido vai muito além do que
realmente é. Por exemplo: Eu gosto dele, mas…
Aspas (“ “)
São usadas para destacar expressões e citações, por exemplo: Ela disse “eu não sei para onde
vou”.
Parênteses ( () )
Travessão ( — )
Indica o início de diálogos e também pode substituir parênteses ou vírgulas que separam
sentenças.
Acentuação Gráfica;
Os acentos gráficos são elementos essenciais que estabelecem, por meio de regras, a
sonoridade/intensidade das sílabas das palavras.
Flexão do substantivo;
O substantivo pode flexionar-se em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e
grau (diminutivo e aumentativo).
Muitas dessas variações já são conhecidas por serem usadas com frequência na nossa rotina. A
palavra “gato”, por exemplo (que é singular e masculina), tem várias versões para indicar:
Plural: gatos.
Feminino: gata.
Aumentativo: gatarrão.
Diminutivo: gatinho.
Flexão de gênero
Uma confusão muito comum para quem está aprendendo sobre substantivos ocorre
geralmente com os conceitos de “sexo” e “gênero”. Nunca pense que os dois são a mesma
coisa!
Os gêneros dizem respeito a todos os substantivos da língua portuguesa, sejam eles dotados de
sexo ou não. Por exemplo: o gato, a gata, a mesa, a mulher, o telefone e o caderno.
“o”;
“os”;
“um”;
“uns”.
“a”;
“as”;
“uma”;
“umas”.
Até mesmo alguns substantivos referentes a animais ou pessoas apresentam uma discrepância
entre gênero e sexo: “cônjuge”, por exemplo, sempre será uma palavra masculina, ainda que o
termo esteja se referindo a uma pessoa do sexo feminino.
O principal instrumento que temos para classificar um substantivo quanto ao gênero é o artigo.
É ele que diferencia quando um substantivo como “estudante” é feminino ou masculino, visto
que a palavra em si não deixa isso explícito.
a capitalista, o capitalista;
o cliente, a cliente;
o agente, a agente;
o colega, a colega;
a dentista, o dentista;
a doente, o doente;
o fã, a fã;
o gerente, a gerente;
a imigrante, o imigrante; e
a jornalista, o jornalista.
Não é complicado entender ou flexionar estes quanto ao gênero, bastando aplicar o artigo
adequado. Entretanto, é nos substantivos biformes que temos o máximo de variação. E, por
isso, é para eles que devemos estar mais atentos.
São substantivos biformes a maioria daqueles que terminam em “o” e “a”, “ão” ou “ã”, “or”,
“ês”, “l” e “z”. Ainda temos aqueles cuja última sílaba é “esa”, “essa” e “isa” e formações que
não se encaixam em absolutamente nenhum desses grupos.
É que dentro dos substantivos biformes temos palavras de formação irregular, como “ateu”,
“ator”, “avô”, “embaixador”, “europeu”, “guri”, “judeu”, “mandarim”, “rei”, “galo”, “sultão” e
“pigmeu”, por exemplo. Cada um desses tem uma forma particular de se transformar em
substantivo feminino, respectivamente “atéia”, “atriz”, “avó”, “embaixatriz”, “europeia”, “guria”,
“judia”, “mandarina”, “rainha”, “galinha”, “sultana” e “pigmeia”.
Em casos como esses, apenas conhecendo ambas as palavras você conseguirá flexionar seu
gênero. Uma boa forma de sanar dúvidas ao aplicar termos como estes nas suas redações é
consultando um dicionário. Ali sempre estarão contidas tanto feminino quanto masculino de
uma palavra.
Consultar um dicionário pode ser especialmente útil no caso dos substantivos biformes que
têm palavras diferentes para masculino e feminino. Essa categoria de palavras é um grande
desafio para quem está aprendendo português pela primeira vez. E a única forma que temos
de familiarizar-nos com elas é conhecendo-as.
Ler bastante vai ajudar. Entretanto, preparamos uma lista dos principais substantivos biformes
que são exclusivos para cada gênero abaixo:
genro, nora;
pai, mãe;
homem, mulher;
zangão, abelha;
bode, cabra;
boi, vaca;
cavalo, égua;
cavalheiro, dama;
cavaleiro, amazona; e
carneiro, ovelha.
Por último, dentro dos substantivos biformes temos aqueles que significam coisas diferentes
quando aplicados em um gênero diferente. Isso é algo importante de se saber porque pode
mudar drasticamente o sentido das suas frases. Veja, por exemplo:
São Paulo não é a capital do país, mas sim sua maior cidade (localização);
Flexão de número
Provavelmente a mais fácil de se fazer, a flexão substantiva de número diz respeito a colocá-los
no singular ou no plural. De maneira geral, na língua portuguesa, o plural é demonstrado com a
inclusão da letra “s” no fim das palavras, mas, como é típico do nosso idioma há exceções para
essa regra.
papel – papéis;
jornal – jornais;
barril – barris;
anzol – anzóis;
anel – anéis; e
azul – azuis;
Todavia, como os substantivos são muitos e podem terminar, basicamente, com qualquer letra
do idioma temos exceções também naqueles cujas últimas letras são “r” e “z”. Para flexioná-los
devemos adicionar o sufixo “es”:
amor – amores;
dor – dores;
luz – luzes; e
cruz – cruzes;
Se temos paroxítonas terminadas em “s”, o plural é sempre invariável. Por isso palavras como
“ônibus” são idênticas quando flexionadas. Substantivos em “x” também não variam, portanto
“o xérox” e “os xérox” são a maneira certa de se escrever.
Mas caso essas palavras terminadas em “s” sejam oxítonas, elas ganham o sufixo “es” para se
tornarem plurais. Pense, por exemplo, em “país” que flexiona-se como “países”.
Todos os substantivos terminados em “n” formam plural em “es” ou “s”. É o caso de “pólen” e
“pólens”. Os terminados em “m”, flexionam-se com adição do “ens”, como “armazém” que vira
“armazéns”.
Por último, tudo que termina em “ão” pode virar “ões”, “ães” ou “ãos”. Depende da palavra
que estamos flexionando. “Eleição” vira “eleições”, mas “pão” vira “pães” e “cidadão”
transforma-se em “cidadãos”.
Se o plural dos substantivos simples parece complicado, o dos compostos pode fazê-lo se sentir
um pouco mais perdido. Por isso reforce os conhecimentos acima antes de começar a estudá-
los.
Flexão de grau
Embora comumente criadas com os sufixos “ão” e “ona”, como em nosso exemplo anterior,
também podem ser feitas com “inho” e “inha”, quando queremos indicar pequeneza.
Os dois graus do substantivo são, portanto, aumentativo e diminutivo. Mas ainda que, na
flexão, a nossa tendência seja estudá-los enquanto componentes das palavras eles também
podem aparecer associados a elas. Um “menininho” é a forma sintética de dizer “menino
pequeno”, que, por sua vez, é a forma analítica de expressar a mesma grandeza.
Eventualmente, o pronome é uma única palavra que possui pouco ou nenhum sentido próprio.
Dessa maneira, funciona como um sintagma nominal completo
Classificação dos pronomes Os pronomes estão divididos em seis espécies. Podem ser:
Pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e as formas oblíquas e de tratamento; -
A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na regência verbal os
termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto indireto (preposicionado).
A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso de uma preposição.
assistir a;
obedecer a;
avisar a;
agradar a;
morar em;
apoiar-se em;
transformar em;
morrer de;
constar de;
sonhar com;
indignar-se com;
ensaiar para;
apaixonar-se por;
cair sobre.
Exemplos de regência nominal
favorável a;
apto a;
livre de;
sedento de;
intolerante com;
compatível com;
interesse em;
perito em;
mau para;
pronto para;
respeito por;
responsável por.
Concordância nominal e verbal;
Concordância verbal e nominal faz o estudo da harmonia existente entre os elementos de uma
oração. A concordância verbal faz referencia ao verbo em relação ao sujeito, o primeiro
necessariamente deve concordar em número - singular ou plural - e pessoa - 1°, 2°, 3° - com o
segundo. Por sua vez, a concordância nominal se refere ao substantivo e suas formas
relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Essa conformidade acontece em gênero -
masculino ou feminino - e pessoas.
• Eu assisti;
• Ele assistiu;
• Nós assistimos;
• Eles assistiram.
• O funcionário novo;
• A funcionária nova;
• Os funcionários novos;
• As funcionárias novas.
Concordância Verbal
A regra geral da concordância verbal é que o verbo ficará de acordo com o sujeito em pessoa e
número.
Existem diversos casos de concordância verbal e nominal. Agora, vamos conhecer os principais
casos de concordância verbal:
O verbo sempre ficará de acordo com a 3° pessoa do singular, uma vez que não existe um
sujeito: havia pessoas, houve problemas, faz dois dias, já amanheceu.
• Havia três pessoas esperando na fila. (verbo haver com sentido de existir)
• Faz dez anos que não te vejo. (verbo fazer indicando tempo decorrido)
• Aqui onde trabalho, chove todos os dias. (verbos que indicam fenômenos da natureza)
O verbo cria concordância com o objeto direto, que exerce a função de sujeito paciente. Ele
pode aparecer no singular ou no plural:
• Vende-se apartamento.
• Vendem-se apartamentos.
O verbo sempre vai concordar com a 3° pessoa do singular quando a frase for formada
por verbos intransitivos ou por verbos transitivos indiretos:
• Precisa-se de funcionário
• Precisa-se de funcionários.
O verbo no infinitivo é flexionado sempre que existir um sujeito definido, quando se quiser
determinar o sujeito ou quando o sujeito da segunda oração for diferente do da primeira:
• Isto é para nós solicitarmos.
• Eu pedir para eles solicitarem tudo.
O verbo no infinitivo não é flexionado quando não existir um sujeito definido, quando o sujeito
da segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais, com verbos
preposicionados e com verbos imperativos:
O verbo cria uma concordância com o predicativo do sujeito, podendo ficar no singular ou no
plural:
Concordância Nominal
• Ele é brincalhão.
• Ela é brincalhona.
• Eles são brincalhões
• Elas são brincalhonas.
O adjetivo constitui concordância em gênero e número com o substantivo que está mais
próximo. Ele também pode estabelecer concordância com a forma no masculino plural:
Quando existe dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo continua no singular se existir
um artigo no meio dos adjetivos. Caso não tenha um artigo, o substantivo deve ser escrito no
plural:
A palavra menos permanece é invariável independente da sua atuação, seja ela advérbio ou
adjetivo:
• Menos tristeza;
• Menos tristezas;
• Menos aborrecimento;
• Menos aborrecimentos;
CONHECIMENTOS GERAIS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE A assistência à saúde da mulher (pré-
natal, preventivo do câncer do colo de útero e mama, planejamento familiar)
Prevenção da mama
O câncer de mama é o que mais acomete mulheres em todo o mundo, constituindo a maior
causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento. No Brasil, é o segundo tipo mais
incidente na população feminina.1 O País ainda apresenta falhas na abordagem dessa
importante morbidade e seu diagnóstico e tratamento muitas vezes não são realizados em
tempo oportuno, gerando menor sobrevida (em cinco anos) das pessoas diagnosticadas, em
comparação com países desenvolvidos (50%-60% contra 85%).2 Rastreamento é a realização
de testes ou exames diagnósticos em populações ou pessoas assintomáticas, com a finalidade
de diagnóstico precoce, para reduzir a morbidade e mortalidade da doença, agravo ou risco
rastreado, ou seja, viabiliza a identificação de indivíduos que têm a doença, mas que ainda não
apresentam sintomas.3 Por sua vez, a propedêutica realizada em indivíduos sintomáticos é
chamada investigação e tem por objetivo estabelecer diagnóstico. Apesar de lançarem mão de
exames e procedimentos semelhantes em diferentes momentos, não devem ser confundidas
entre si. No Brasil, a estratégia preconizada para o rastreamento de câncer de mama é a
mamografia a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos.4 O autoexame das mamas,
que foi muito estimulado no passado, não provou ser benéfico para a detecção precoce de
tumores e por trazer falsa segurança, dúvida e excesso de exames invasivos.5 Portanto, não
deve ser orientado para o reconhecimento de lesões6,7 embora possa ser recomendado para
que a mulher tenha conhecimento de seu próprio corpo,5,8 devendo o profissional de saúde
valorizar as queixas e percepções da paciente.7 O exame clínico das mamas não tem benefício
bem estabelecido como rastreamento, devendo ser realizado no caso de queixas mamárias,
como parte inicial da investigação.4,5 A Atenção Básica realiza prioritariamente ações de
prevenção e detecção precoce e atua, em relação ao câncer de mama, nos seguintes níveis de
prevenção: • Prevenção primária: intervém sobre fatores de risco modificáveis para o câncer
de mama, ou seja, estimula a manutenção do peso das pacientes em uma faixa saudável e a
prática de atividades físicas e aconselha a redução do consumo de álcool e cessação do
tabagismo.9, 10, 11 • Prevenção secundária: realiza rastreamento conforme indicação e
coordena o cuidado dos casos positivos, fazendo a ponte com outros pontos da Rede de
Atenção à Saúde quando necessário e apoiando a família de forma integral; dá atenção às
queixas de alterações reportadas e realiza a investigação necessária visando à detecção
precoce, encaminhando para a atenção especializada quando indicado.4 • Prevenção terciária:
auxilia a reabilitação, o retorno às atividades e a reinserção na comunidade; orienta cuidados;
mantém o acompanhamento clínico e o controle da doença; orienta quanto aos direitos dos
portadores de câncer e facilita o acesso a eles, quando necessário.2,12 • Prevenção
quaternária:13 evita ações com benefícios incertos para a paciente e a protege de ações
potencialmente danosas, não solicitando mamografia de rastreamento na população 188
MINISTÉRIO DA SAÚDE / INSTITUTO SÍRIO-LIBANÊS DE ENSINO E PESQUISA menor de 50 anos e
maior de 70 anos ou com periodicidade menor de dois anos; não estimula o rastreamento;4, 5,
8 realiza rastreamento de forma individualizada, fornecendo informações claras quanto aos
benefícios e riscos da ação e compartilhando as decisões com a usuária (Ver Quadro 2). São
considerados fatores de risco para câncer de mama: envelhecimento (idade > 50 anos), fatores
relacionados à vida reprodutiva da mulher (menarca precoce, nuliparidade ou primeira
gravidez após os 30 anos), história pregressa ou familiar de câncer de mama, uso de álcool,
tabaco (o tabaco é um fator com limitada evidência de aumento do risco de câncer de mama
em humanos mas merece atenção), excesso de peso, sedentarismo, exposição à radiação
ionizante, terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona).4, 11 Importante destacar
a necessidade de facilitar ao máximo o acesso de mulheres dentro da faixa etária preconizada
para as ações de rastreamento aos serviços de saúde. Com esse objetivo, cada localidade deve
planejar seus processos de trabalho, incluindo estratégias que podem envolver a flexibilização
da agenda das equipes para as ações de rastreamento, a realização de busca ativa nos
domicílios e espaços comunitários, e a solicitação de mamografia de rastreamento por parte de
médicos e enfermeiros. Essas estratégias se tornam ainda mais relevantes para grupos que
historicamente tem mais dificuldade de acesso aos serviços de saúde ou que apresentam
maiores vulnerabilidades e singularidades, como mulheres com deficiência, lésbicas,
bissexuais, transexuais, mulheres negras, indígenas, ciganas, mulheres do campo, floresta e
águas, em situação de rua, profissionais do sexo e mulheres privadas de liberdade.
Equipe de saúde;
Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo
com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores
estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção
básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de
aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a
resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar
uma importante relação custo-efetividade.
Mais informações sobre as atribuições das equipes de Saúde da Família, assim como de cada
profissional, você encontra nos itens 4.3 e 4.4 da Política Nacional de Atenção Básica. É
prevista, ainda, a implantação da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde nas Unidades
Básicas de Saúde como uma possibilidade para a reorganização inicial da atenção básica com
vistas à implantação gradual da ESF ou como uma forma de agregar os agentes comunitários a
outras maneiras de organização da atenção básica.
Cada equipe de Saúde da Família (eSF) deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas,
sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade para essa
definição. Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de
vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que, quanto maior o grau de
vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe.