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SUMÁRIO
CONCORDÂNCIA ____________________________________________________________ 3
1. CONCORDÂNCIA VERBAL ___________________________________________________ 3
1.1. REGRA GERAL ___________________________________________________________ 3
1.2. SUJEITO COMPOSTO _____________________________________________________ 7
1.3. VOZ PASSIVA ___________________________________________________________ 8
1.4. A CONCORDÂNCIA COM AS EXPRESSÕES “UM E OUTRO” E “ NEM UM NEM OUTRO”.
__________________________________________________________________________ 13
1.5. A CONCORDÂNCIA DE VERBOS EM UTILIZAÇÃO IMPESSOAL: SER, FAZER, HAVER (ESTE
ÚLTIMO EM OPOSIÇÃO AO “EXISTIR”) __________________________________________ 13
1.6. CONCORDÂNCIA COM O PRONOME RELATIVO ________________________________ 15
1.7. A CONCORDÂNCIA DO VERBO “SER” COM O PREDICATIVO ______________________ 18
1.8. USO DO INFINITIVO ______________________________________________________ 20
1.8.1. NÃO FLEXIONADO ______________________________________________________ 20
1.8.2. USO DO INFINITIVO FLEXIONADO _________________________________________ 21
1.9. A CONCORDÂNCIA NAS EXPRESSÕES DE PORCENTAGEM ________________________ 22
1.10. A CONCORDÂNCIA COM OS PRONOMES DE TRATAMENTO _____________________ 22
1.11. A CONCORDÂNCIA COM A EXPRESSÃO “A MAIORIA DE” E SIMILARES ____________ 23
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO ________________________________________________ 32
GABARITO _________________________________________________________________ 40
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LÍNGUA PORTUGUESA
Prof. Doutora ROSANE REIS PROMILITARES COLÉGIO NAVAL/EPCAR MÓDULO 12
CONCORDÂNCIA
1. CONCORDÂNCIA VERBAL
Com objetivos muito próprios, as regras gramaticais têm especial importância na estruturação das frases
que formam o texto. O conhecimento dessas regras possibilita que os propósitos comunicativos do sujeito
autor sejam específicos e próprios para que façam sentido a escrita, o relato, a descrição, a argumentação
etc. Neste módulo, estudaremos as regras de concordância verbal, que vão auxiliá-lo a construir orações,
obedecendo a modelos formais que constituem os padrões estruturais da nossa língua.
É importante dizer que os conteúdos de concordância verbal circunscritos às provas das bancas
examinadoras de vestibulares militares são bem delimitados e não correspondem ao conjunto total de
regras estabelecidas pelas gramáticas da língua. Por isso, vamos tratar apenas das regras principais que
interferem na produção textual do texto dissertativo e na resolução das provas objetivas.
Começaremos a abordagem teórica com a regra geral de concordância: o verbo concorda em número e
pessoa com o sujeito. Com sujeito simples e singular ou substantivo coletivo, o verbo irá para o singular;
com sujeito simples e plural, o verbo irá para o plural. Para mostrar a relação que há entre sujeito e verbo,
Walmirio Macedo diz o seguinte:
O sujeito se atualiza no verbo. Essa atualização chega a tal nível que a omissão do sujeito é suprida pela
desinência verbal.
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Vejamos um exemplo:
Uma mãe e um bebê camelo estavam por ali, à toa, quando de repente o bebê camelo perguntou:
- Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto; precisamos das corcovas para reservar água e, por isso
mesmo, somos conhecidos por sobreviver no deserto.
- Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas, arredondadas?
- Filho, certamente elas são assim para permitir caminhar no deserto. Sabe, com essas pernas longas, eu
mantenho meu corpo mais longe do chão do deserto, que é mais quente que a temperatura do ar, e assim
fico longe do calor. Com as patas arredondadas, eu posso me movimentar melhor na consistência da areia!
- disse a mãe.
- Certo! Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham minha visão.
- Meu filho! Esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam a
proteger seus olhos, quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto! - respondeu a mãe com orgulho.
- Tá. Então a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as pernas, para caminhar
através do deserto e os cílios são para proteger meus olhos do deserto. Então o que é que estamos fazendo
aqui no zoológico???
MORAL DA HISTÓRIA: Habilidade, conhecimento, capacidade e experiências, só são úteis se você estiver no
lugar certo!
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QUADRO 1
SUJEITO VERBO
1 Uma mãe e um bebê camelo estavam
2 o bebê camelo perguntou
3 os camelos têm
4 nós somos
5 Precisamos, somos
6 Nossas pernas são
7 elas são
8 Eu mantenho
9 fico
10 eu posso
11 A mãe disse
12 Nossos cílios são
13 Eles atrapalham
14 Esses cílios longos e grossos são
15 eles ajudam
16 A mãe respondeu
17 A corcova é
18 Os cílios são
19 estamos
Nos exemplos 5, 9 e 19 há omissão dos sujeitos, mas facilmente reconhecidos pelas desinências verbais:
Fico = eu
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Vejamos um exemplo:
Caberia aos cidadãos ocidentais, cujas leis se estabeleceram em sua própria tradição, o direito de
reclamar.
Este período foi retirado de uma questão onde figurava como a opção correta. A inversão do sujeito com o
verbo e a intercalação de uma oração subordinada adjetiva entre eles são dificuldades que se enfrenta
para o reconhecimento das relações sintáticas entre esses termos. Por conta dessa dificuldade, a busca
pela resposta certa fica comprometida.
Muitas vezes, o fato gerador dessa dificuldade é a explicação de um aspecto gramatical por meio de um só
critério – o sintático. A identificação do sujeito e do predicado, por exemplo, pode ser trabalhada também
pelo critério nocional (ou semântico), conforme já explicitamos anteriormente. É preciso chamar a atenção
para a necessidade de se recorrer a vários critérios no tratamento dos fatos gramaticais: os que operam
nas formas, nas noções, nas articulações etc. Pode-se concretizar essa integração na junção tema/rema ou
tópico/comentário, formando a estrutura temática e a estrutura de informação.
O texto deve ser entendido como um conjunto de informações compartilhadas entre o enunciador e o
interlocutor. No texto, introduzem-se elementos novos que se integram aos já conhecidos. Esse processo é
responsável pelo encadeamento das estruturas do texto e está diretamente relacionado à estruturação
sintática. Assim se dá a sintonia entre semântica e sintaxe.
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Na frase citada como exemplo, o aluno que conhece a relação tema/rema reconhece que o tema da frase é
“o direito de reclamar“; a seguir, detecta o que se acrescentou como informação nova sobre ele, ou seja, o
comentário: “caberia aos cidadãos”. Então, pelo encadeamento das informações estarão reconhecidas as
funções de sujeito e predicado, fundamentais para a flexão que compõe a concordância entre o verbo
“caber” e o sujeito “direito”.
1. Se o sujeito for composto, o verbo irá, normalmente, para o plural, qualquer que seja a sua posição em
relação ao verbo.
2. Pode dar-se a concordância com o núcleo mais próximo, principalmente se o sujeito vem depois do
verbo.
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A concordância na voz passiva merece destaque, pois há uma tendência a formular a frase de voz passiva
pronominal com verbo no singular, impessoalizando o sujeito. Vamos recordar:
1. a voz passiva analítica apresenta o verbo em qualquer pessoa, ao passo que a passiva pronominal só
se constrói na 3ª pessoa com o pronome se (apassivador):
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Vende-se uma casa. (não se diz: vende-se uma casa pelo proprietário)
O modo como se decide usar uma ou outra construção depende necessariamente do propósito
comunicativo do enunciador. Se o enunciador pretende esclarecer ao interlocutor quem é o agente do
processo verbal, então deve optar pela construção analítica. Esta é uma construção icônica, porque o
verbo auxiliar de passiva só aparece em construções de passividade. Ele é a marca de voz mais
representativa. Tanto é verdade que dizemos que um verbo está na voz ativa quando não possui nenhuma
marca de voz, ou seja, a voz ativa não possui marca icônica, mas indicial. No entanto, se a intenção é omitir
o agente, a melhor redação será a de passiva pronominal.
É preciso também levar em conta que a escolha por uma ou outra formulação de frase pela categorização
de voz verbal, se dá não só no aspecto sintático, mas igualmente no semântico1.
A rigor, somente os verbos transitivos diretos admitem construção de voz passiva. Isso porque o objeto
direto da ativa passa a sujeito da passiva, e o sujeito da ativa, a agente da passiva. É importante observar
que o tempo verbal da voz ativa deverá ser repetido pelo verbo auxiliar da voz passiva.
1 Bechara (2005, p. 222) enfatiza a necessidade de distinguir voz passiva de passividade. Na frase O menino levou uma surra do pai, pode-se ver nitidamente a
passividade do sujeito diante do sentido passivo do verbo, ainda que indicado por uma voz ativa. Não há, neste caso, nenhuma marca morfológica de voz em
levou.
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EXEMPLO:
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Note-se que:
4. Surgiu, na voz passiva, a preposição por (em alguns casos aparecerá no lugar de por a preposição de -
Estava rodeado de várias pessoas)
Ex.:
Vendem-se apartamentos.
Faz-se chave.
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Embora haja nomenclaturas diferentes para as construções frasais com verbo associado à
palavra “se” (voz passiva sintética e voz ativa com índice de indeterminação do sujeito), os
desvios de concordância são frequentes. A flexão inadequada dos verbos dessas frases
deve-se à palavra “se” que acaba sendo um signo desorientador, já que pode ser pronome
apassivador ou índice de indeterminação do sujeito. A posição do sujeito-paciente em
frases com verbo na passiva pronominal também se torna um signo desorientador, visto
ser idêntica à das frases com verbo na voz ativa acrescido de índice de indeterminação do
sujeito. Isso pode ser fato determinante para a confusão do falante no momento de
realizar a concordância. O sujeito da passiva é confundido, por seu papel de paciente e pela
VEJA OS QUADROS EXPLICATIVOS:
posição posterior ao verbo, com o objeto direto. A partir desse evento, torna-se natural
que se realize a concordância de forma a indeterminar ou até mesmo impessoalizar o
sujeito.
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Ex.:
Ex.:
1.5. A CONCORDÂNCIA DE VERBOS EM UTILIZAÇÃO IMPESSOAL: SER, FAZER, HAVER (ESTE ÚLTIMO EM
OPOSIÇÃO AO “EXISTIR”)
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A impessoalidade deste verbo estende-se também aos auxiliares que com ele formam perífrases, como se
vê nos exemplos seguintes:
Ex.:
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Ex.:
Se o sujeito da oração é o pronome relativo que, o verbo varia de acordo com o número e a pessoa do
antecedente do pronome.
Ex.:
Neste exemplo, já que o antecedente do que é dentes, o verbo ocorre na terceira pessoa do plural.
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Quando o antecedente é um pronome demonstrativo, o verbo da oração adjetiva vai para a 3ª pessoa do
singular ou do plural, conforme seja o antecedente.
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Se o antecedente do pronome relativo funciona como predicativo, o verbo da oração adjetiva pode
concordar com o sujeito de sua principal ou ir para a 3ª pessoa.
Em expressões de tipo sou eu que, és tu que, foste tu que, etc. o verbo concorda rigorosamente com o
sujeito do ser.
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Se ocorrer o pronome relativo quem, o verbo da oração subordinada vai para a 3ª pessoa do singular,
qualquer que seja o antecedente do relativo, ou concorda com este antecedente:
Sabe-se que, pela regra geral, sujeito e verbo concordam em número. Diferente não seria com o verbo ser.
Assim, o usual é dizer “Paulinho era um menino educado”. Não obstante, há casos em que o verbo ser se
acomoda à flexão do predicativo especialmente quando se acha no plural.
COMPORTAMENTO
SUJEITO PREDICATIVO EXEMPLOS
DO VERBO SER
Aquilo eram
Pronomes
Concorda com o sujeito ou com Plural manifestações de alegria.
isso, isto, aquilo, tudo, ninguém,
o predicativo. Singular Aquilo era
nenhum.
manifestações de alegria.
Pronomes interrogativos Quem são essas pessoas?
Concorda com o predicativo Plural
Quem, que, o que O que eram aqueles sinais?
Eu sou as expectativas de ascensão
Plural
Pronome pessoal Concorda com o sujeito da família.
Singular
Eles são a única alegria da mãe.
Plural
Concorda com o predicativo Pronome pessoal Aqui em casa, o chefe sou eu.
singular
Pessoa Concorda com o sujeito Qualquer caso O menino era as alegrias da família.
É importante que, além das regras básicas do verbo ser, conheçam-se também alguns comentários
necessários. Para isso, apresentamos as palavras do professor Bechara 2.
2
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa, 2005, pp.559 e 560. Ed. Lucerna. Rio de Janeiro.
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Na expressão, que introduz narrações, do tipo de era uma princesa, o verbo ser é intransitivo, com o
significado de existir, funcionando como sujeito o substantivo seguinte, com o qual concorda:
Era uma princesa muito formosa que vivia num castelo de cristal.
Eram quatro irmãs tatibitates e a mãe delas tinha muito desgosto com esse defeito [CC.l, 292].
Com a expressão era uma vez uma princesa, continua o verbo ser como intransitivo e o substantivo
seguinte como sujeito; todavia, como diz A.G.Kury, “a atração fortíssima que exerce o numeral uma da
locução uma vez", leva a que o verbo fique no singular ainda quando o sujeito seja um plural:
Disse que era uma vez dois ( ... ) compadres, um rico e outro pobre [CC.l, 31].
Era uma vez três moças muito bonitas e trabalhadeiras [CC.l, 120].
A moderna expressão é que, de valor reforçativo de qualquer termo oracional, aparece em geral com o
verbo ser invariável em número:
São de homens assim que depende o futuro da pátria / De homens assim é que depende o futuro da pátria.
Foram nesses livros que estavam as respostas / Nesses livros foi que estavam as respostas.
Este último caso pode levar o candidato a se confundir quando separa orações. Se não souber identificar a
expressão de realce, facilmente vai marcar o verbo ser como sintagma verbal de uma das orações do
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suposto período composto, entendendo o que, constante da expressão, como pronome relativo. Para
dirimir essa dúvida, o professor pode retirar a expressão de realce e mostrar que a frase se mantém com
integridade sintática e semântica.
CASOS EXEMPLOS
Verbo nominalizado com valor indeterminado, sem se "Viver é lutar." (GONÇALVES DIAS)
referir a nenhum sujeito.
Com sentido de imperativo Abrir as comportas!
Regido da preposição de com sentido passivo de As regras de concordância são difíceis de
complemento de um adjetivo decorar.
Em locução com um verbo auxiliar, precedido da Os alunos estavam a estudar na sala de aula.
preposição a, equivalendo a um gerúndio. =
Os alunos estavam estudando na sala de aula
Quando forma com um verbo auxiliar uma unidade Todos já podem sair.
semântica.3
Quando seu sujeito é um pronome pessoal oblíquo Mandei-os sair da sala.
átono, concomitantemente servindo de complemento a
um dos cinco verbos - ver, ouvir, deixar, fazer e mandar O professor viu-nos chegar atrasados.
Emprega-se obrigatoriamente o infinitivo flexionado quando este verbo apresenta sujeito próprio,
diferente do sujeito da oração principal.4
3
Em português, esses verbos auxiliares são os seguintes: Poder / Saber / Querer / Dever (auxiliares modais) e Ir / Principiar a / Começar a / Costumar / Acabar
de / Cessar de / Tornar a / etc. (auxiliares acurativos)
4
Salvo o caso dos verbos ver, ouvir, deixar, fazer e mandar.
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Ex.:
CASOS EXEMPLOS
Quando o infinitivo estiver afastado do auxiliar. Devem os professores de cursos preparatórios, sempre
no final do mês, aplicarem um teste simulado
O sujeito do infinitivo é um substantivo que serve O professor ouviu os alunos chamarem.
ao mesmo tempo de complemento a um dos OU
cinco verbos: ver, ouvir, deixar, fazer e mandar. O professor fez estudar os alunos.
Apesar de possuir sujeito igual ao da oração Saíram dois alunos da sala, a fim de chamarem o diretor
principal, há necessidade ou propósito em da escola.
evidenciar o agente da ação.
Na maioria dos casos, o uso do infinitivo flexionado ou não flexionado é mais uma questão de estilo do que
propriamente de Gramática.
Se o sujeito é quantificado por expressão de porcentagem, o verbo vai regularmente à terceira pessoa do
plural:
Ex.:
Estima-se que, no Brasil, 23% dos analfabetos nasceram em condições de pobreza extrema.
Mas o verbo pode, opcionalmente, ficar na terceira pessoa do singular se o substantivo que denota a coisa
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Ex.:
Desde 2001, cerca de 40% do corpo administrativo desta empresa é composto de empregados mal
qualificados.
Esta é uma regra bem simples e de fácil memorização. O verbo, cujo sujeito é um pronome de tratamento,
flexiona-se em 3ª pessoa do singular ou do plural.
Ex.:
Uma dificuldade nesta regra surge de um signo desorientador – o pronome vossa – que induz o falante a
usar o verbo flexionado em 2ª pessoa do plural, supondo estar assim usando a norma culta.
Ex.:
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Esta é uma regra que tem sido muito cobrada nos concursos. Com a expressão a maioria de e similares, o
verbo poderá concordar com a expressão núcleo do sintagma, ficando no singular, ou com o termo
partitivo, ficando no plural.
Ex.:
Grande parte dos professores já viram que tem de estudar todos os dias para se atualizarem.
Não ocorre aos cientistas imaginar que os leigos não entendam suas teorias
Nos dois casos – em que o sujeito de um verbo é uma oração – o verbo da oração principal ficará na
3ª pessoa do singular.
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CONDIÇÃO GERAL:
1. O nome impõe seu gênero e seu número a seus determinantes e aos pronomes que o substituem.
a) Meu irmão, minhas irmãs, dois reis, duas rainhas, este tronco, estas árvores.
2.1.1. Dois ou mais substantivos do mesmo gênero equivalem a um do mesmo gênero no plural:
2.2. Quando o determinante vem antes dos nomes: a concordância será com o substantivo mais próximo.
Todavia, se os substantivos forem nomes de pessoa, o adjetivo concorda com todos os núcleos, apenas.
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5. Um substantivo para mais de um adjetivo: se o substantivo estiver no plural, não use artigo ou
qualquer adjunto adnominal antes do segundo adjetivo; se o substantivo estiver no singular, é
necessário o emprego de artigo ou de qualquer adjunto adnominal antes do segundo adjetivo, pois será
o ícone a deixar implícito o substantivo antes empregado no singular.
6. Embora o predicativo deva concordar com o sujeito, há casos em que isso não ocorre, assumindo o
gênero masculino. Aparentemente, porque, na realidade, trata-se de uma reminiscência do gênero
neutro em latim. Isso ocorre quando a palavra feminina aparece sem nenhuma determinação, tomando
um sentido vago, abstrato. Assim:
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b) É proibido entrada.
c) Cerveja é bom.
d) É necessário coragem.
Tão logo esses substantivos recebam uma determinação, a concordância passa a ser com o gênero do
substantivo.
a) A cerveja é boa.
c) É ardida a pimenta.
Todavia, se o particípio integrar uma locução verbal, apenas se flexiona o particípio da locução de voz
passiva (verbos ser, estar, ficar + particípio).
Concordam com quem se relacionam. Porém, ANEXO precedido da preposição EM não varia.
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9. MEIO
Pode ser substantivo, adjetivo, numeral e advérbio. Só não se flexiona quando advérbio.
11. TAL ... QUAL: “tal” concorda com o substantivo posposto imediatamente a ele; “qual” concorda com
o substantivo posposto imediatamente a ele.
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12. OBRIGADO / GRATO / AGRADECIDO concordam com o gênero do emissor (feminino = obrigada /
masculino = obrigado).
b) Sós, estamos nós. (o termo grifado é predicativo do sujeito, concordando com o sujeito)
Mal: advérbio (invariável) * O advérbio mantém relação com um verbo, com um adjetivo ou com outro
advérbio)
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Caso o verbo da oração que se inicia com o pronome “cujo” peça preposição, use-a antes do pronome
relativo.
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1. Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo com a norma culta:
a) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.
b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha.
c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.
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6. Opção correta:
a) Há de ser corrigidos os erros
b) Hão de ser corrigidos os erros
c) Hão de serem corrigidos os erros
d) Há de ser corrigidos os erros
e) Há de serem corrigidos os erros
9. “Cerca de 75% do total de recursos doados nacionalmente vem de pessoas físicas”; a respeito da
concordância verbal e nominal presente nesta frase, pode-se verificar que:
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10. – “Gates e Buffett doaram eles .......... .......... recursos para homens e mulheres ..........”; a alternativa
cuja sequência preenche adequadamente as três lacunas desse período é:
a) mesmos – bastantes – desabrigados;
b) mesmo – bastante – desabrigadas;
c) mesmo – bastantes – desabrigados;
d) mesmos – bastante – desabrigadas;
e) mesmo – bastante – desabrigado.
12. A alternativa abaixo em que ocorre a presença de um só adjetivo que se refere a um só substantivo é:
a) “hierarquias, estruturas nem códigos canônicos”;
b) “lutas sociais e políticas”;
c) “disciplina mental e espiritual”;
d) “diferentes tradições religiosas”;
e) “vaidades e ambições desmedidas”.
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Impressionista
Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.
O verbo amanhecer é impessoal, mas, por vezes, é usado em frases como “O dia está amanhecendo”, na
qual há sujeito.
Mas alguns verbos, como ter ou haver, quando impessoais, sofrem a flexão por parte do falante, como se
observa em:
a) Quando chegamos ao banco, na fila, tinham vinte pessoas, aproximadamente.
b) Na reunião, houveram por bem deixar o tal assunto por último.
c) Os grupos haviam, naturalmente, naquela situação, recebido água e comida para o fim de semana.
d) Os buquês de flores, tendo ficado a tarde toda ao sol, tinham murchado.
14. (Ufsm 2007) "A partir da eleição deste ano, a votação portando a bandeira do partido ou estampando
a camiseta com o nome e o número do candidato está .......... pela Justiça Eleitoral. As novas regras, em
razão da minirreforma eleitoral .......... pelo TSE, deixaram a campanha mais rígida e .......... resultar em
cidades mais limpas."
15. Assinale a alternativa que reescreve o texto a seguir de acordo com a norma culta, mantendo-lhe o
sentido.
Os presídios não é uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteja lá presa, um
marginal que já fez de tudo na vida não é que vai preso que ele vai mudar totalmente.
a) Os presídios não é uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteje lá preso. Um
marginal que já fez de tudo na vida não é porque vai preso que ele vai mudar totalmente.
b) Os presídios não são uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteja lá presa, um
marginal que já fez de tudo na vida não é que vão preso que vão mudar totalmente.
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c) Os presídios não são uma forma de mudar o ponto de vista de quem esteja lá preso. Não é porque foi
preso que um marginal que já fez de tudo na vida vai mudar totalmente.
d) Presídio não é uma forma de mudar o ponto de vista das pessoas presas, um marginal não vai mudar
totalmente por tudo que já fez na vida e então vai preso.
e) Os presídios não são uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa presa. Um marginal que
já fez de tudo na vida vai preso e vai mudar totalmente.
16. Assinale a afirmação INCORRETA sobre uma frase de propaganda, veiculada pela mídia, do refrigerante
Coca-Cola: "Todos falamos futebol".
a) A concordância do verbo não é gramatical (com o sujeito "todos"), mas sim ideológica.
b) Ao procedimento usado dá-se o nome de silepse de pessoa.
c) O emissor da mensagem se inclui entre aqueles que falam futebol.
d) O mesmo fenômeno de silepse ocorre na frase: "Vossa Excelência deve estar equivocado.",
diferenciando-se apenas para a manipulação de gênero.
e) O uso da preposição "de" com o verbo falar é optativo, fazendo com que o complemento "futebol" ou
"de futebol" tenham a mesma função sintática.
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os
de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o
objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à
física.
William Blake* sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê".
Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça
ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a
morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a
sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.
Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma
pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.
*William Blake (1757-1827) foi poeta romântico, pintor e gravador inglês. Autor dos livros de poemas
Song of Innocence e Gates of Paradise.
Assinale a alternativa em que a concordância é feita pelo mesmo motivo em que aparece na frase: "Ver é
muito complicado".
a) O amor próprio do tolo é mais escandaloso. b) Depois de ter errado, sentiu-se rebaixado.
c) Não era mais prestativo, por ter sido ridicularizado. d) Não precisava saber que era o mais amado.
e) Pôr duas colheres de açúcar é suficiente.
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18. O Salman Rushdie era para ser a estrela da terceira Festa Literária Internacional de Parati e foi. Só 5se
decepcionou quem esperava que ele 6se comportasse como estrela. É um homem 1........ e afável, e 7sua
participação foi um dos pontos altos de um acontecimento que 10de tantos pontos altos pareceu uma
cordilheira. A começar pelo 15começo, uma bela homenagem a Clarice Lispector, 11seguida de
um 18magnífico 13show de Paulinho da Viola que acabou com todo 2........ sambando 30- 24até, 25não duvido,
o Salman Rushdie.
Outro 34pico do evento foi a palestra do Ariano Suassuna, cujo tema era para ser "Brasil, arquipelago de
culturas", mas no fim foi o espetáculo de Ariano Suassuna sendo 16Ariano Suassuna, outro show
inesquecível. Das outras mesas (que eu vi, esqueci a 26ubiquidade em casa e não pude 27ir a tudo),
destaque para o isralense David Grossman e o sri-landês, 28se é assim que se diz, Michael Ondaatje falando
sobre 39suas obras, a 20crítica argentina Beatriz Sarlo e o Roberto Schwartz - na mesa em que foi servida
a 35iguaria intelectual mais fina da festa - , Jô Soares e Isabel Lustosa falando de humor com muito humor,
o "rapper" e sociólogo 36espontâneo MV Bill, com Luiz Eduardo Soares e 31Arnaldo Jabor, no que foi
certamente a 3........ mais 17emocional e emocionante de 32todas, e o americano John Lee Anderson e
o 22português Pedro Rosa Mendes 12falando de suas 21experiências como repórteres de guerra no Iraque e
em Angola, 29respectivamente.
Eu falei para um grande grupo de crianças na Flipinha, um programa paralelo dirigido a escolares da região,
e uma das perguntas que 40vieram da plateia foi: "O senhor sabe ler?" Pergunta 19básica e perfeita e mais
importante do que imaginava a pequena autora. Ela 4checava as minhas credenciais para ser escritor e
estar ali mandando todos 41lerem. Saber ler não significa apenas ser 37alfabetizado ou interpretar um texto
como faz o Salman Rushdie, que lê como o ator frustado que 8confessou ser. Também significa saber ler a
realidade à 9sua volta, como fazem David Grossman, que vive em Jerusalém e tenta se manter racional e
humano em meio 42aos ódios dos dois lados, 33ou MV Bill, que nasceu na Cidade de Deus e sobreviveu e
hoje faz a leitura mais certa do que é ser negro e pobre no Brasil. E aprender a ler também significa
descobrir escritores, como se faz na Flip. 23Saí de Parati 38decidido a ler 14tudo que encontrar do Grossman
e da Beatriz Sarlo, por exemplo. Poderia ter respondido à menina que não, ainda não sabia ler como
deveria, mas que chegaria lá.
(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando. Zero Hora, 14 jul. 2005, p. 3.)
19. No ensino, como em outras coisas, a liberdade deve ser questão de grau. Há liberdades que não podem
ser toleradas. Uma vez conheci uma senhora que afirmava não se dever proibir coisa alguma a uma
criança, pois ela deve desenvolver sua natureza de dentro para fora. "E se a sua natureza a levar a engolir
alfinetes?" indaguei; lamento dizer que a resposta foi puro vitupério. No entanto, toda criança abandonada
a si mesma, mais cedo ou mais tarde engolirá alfinetes, tomará veneno, cairá de uma janela alta ou doutra
forma chegará a mau fim. Um pouquinho mais velhos, os meninos, podendo, não se lavam, comem
demais, fumam até enjoar, apanham resfriados por molhar os pés, e assim por diante - além do fato de se
divertirem importunando anciãos, que nem sempre possuem a capacidade de resposta de Eliseu. Quem
advoga a liberdade da educação não quer dizer que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes der na
veneta. Deve existir um elemento de disciplina e autoridade: a questão é até que ponto, e como deve ser
exercido.
(Bertrand Russell, Ensaios céticos.)
"- Quem advoga a liberdade da educação não quer dizer que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes
der na veneta."
Substituindo-se "Quem" por "As pessoas que", obtém-se:
a) As pessoas que advoga a liberdade da educação não querem dizer que as crianças devam fazer, o dia
todo, o que lhes der na veneta.
b) As pessoas que advogam a liberdade da educação não quer dizerem que as crianças devam fazer, o dia
todo, o que lhes derem na veneta.
c) As pessoas que advogam a liberdade da educação não quer dizer que as crianças devam fazer, o dia
todo, o que lhes der na veneta.
d) As pessoas que advogam a liberdade da educação não querem dizer que as crianças devam fazer, o dia
todo, o que lhes der na veneta.
e) As pessoas que advogam a liberdade da educação não querem dizerem que as crianças devam fazer, o
dia todo, o que lhes derem na veneta.
20.
A situação da leitura no Brasil é muito precária, e nem é preciso dizer 1aqui as consequências dessa
nossa debilidade. Todo o conhecimento acadêmico da humanidade está nos livros. É preciso ler, e 5saber
ler. Nos países chamados de Primeiro Mundo, a média de leitura é de dez livros por ano. Na França, cada
pessoa lê, em média, 25 livros por ano; no Brasil, pouco mais de um. A justificativa que tem sido
apresentada constitui um círculo vicioso: as pessoas não 9leem porque os livros são caros, mas os livros são
caros porque as pessoas não 10leem, as tiragens são pequenas e o custo torna-se mais alto. 2Essa é uma
explicação 6simplista. 3A questão é cultural, profunda, vem desde 4nosso passado colonial.
Creio que é muito difícil tornar leitor um adulto não leitor. Seria preciso fazer uma longa e massiva
campanha, como a que vem sendo feita há décadas por diversos setores da sociedade, como médicos,
imprensa e poderes públicos, em favor da mudança nos hábitos relativos à saúde física. Nunca houve algo
parecido no que toca à leitura. As campanhas são isoladas, restritas.
Mas é muito fácil transformar uma criança em leitor. As crianças costumam adorar os livros, as
histórias e as ilustrações; têm 7sede de conhecimento, fantasias e descobertas; e estão em fase de
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formação e aquisição dos gostos e hábitos que as acompanharão por toda a vida. A solução, portanto, seria
introduzir no currículo escolar a matéria leitura. Uma matéria agradável, de baixo custo e de grande
rendimento. 8Basta instruir os professores: leiam com as crianças, todos os dias.
(Adaptado de Miranda, Ana. Sobre o hábito da leitura. Caros Amigos, n. 109, abr. 2006.)
"As crianças costumam adorar os livros, as histórias e as ilustrações; têm sede de conhecimento, fantasias
e descobertas; e estão em fase de formação e aquisição dos gostos e hábitos que as acompanharão por
toda a vida."
No trecho, a substituição de AS CRIANÇAS por A CRIANÇA tornaria necessária, entre outras, a substituição
de
21.
NEM MÉDICO COMPREENDE LETRA DE COLEGA
"Nem mesmo os médicos conseguem, muitas vezes, entender o diagnóstico escrito pelos colegas
durante o atendimento a pacientes. É isso que mostra uma pesquisa realizada na Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp).
O estudo comparou prontuários médicos e comprovou que a letra ilegível impede que médicos da
mesma especialidade cheguem a um diagnóstico igual sobre o quadro clínico do paciente.
A pesquisa foi tese de mestrado do fisioterapeuta Maurício Merino Nunes, do Departamento de
Informática em Saúde. Ele avaliou o grau de entendimento de prontuários feitos por médicos ortopedistas
do grupo de joelho do Cete (Centro de Traumatologia do Esporte) da Unifesp.
O prontuário deve ser compreendido por outros profissionais para que seja possível dar
continuidade ao tratamento de um paciente. "Se o médico não tem a informação adequada, existe a
possibilidade de não fazer o tratamento correto", afirmou Nunes, autor da tese. A legibilidade dos
prontuários médicos é exigida no código de ética da profissão.
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A frase - "Se o médico não tem a informação adequada, existe a possibilidade de não fazer o tratamento
correto..."
22. Antes de mais nada, é preciso esclarecer que há uma diferença bastante significativa entre
responsabilidade social e ação social. Enquanto o primeiro compreende uma série de itens nos quais a
empresa deve ter comprometimento ético, com fornecedores, acionistas, empregados e o meio ambiente,
por exemplo, o segundo se dá exclusivamente na relação da empresa com a comunidade. Entender essas
definições é de fundamental importância para as empresas que já desenvolveram, vêm desenvolvendo ou
querem desenvolver alguma atividade na área social. (...)
Há várias explicações para esse processo de conversão de pensamento das empresas. A mais difundida
delas é justamente a mais simples e também a mais lógica: com a redemocratização, as relações tomaram-
se mais transparentes. E, na era das comunicações, com a sociedade tomando conhecimento de
movimentos como "Ação pela Cidadania Contra a Fome e a Miséria", de eventos como a "Rio 92" e com o
crescimento de ONGs, ao redor do Brasil, nasceu uma cobrança de postura. Cobrança essa que é de todos
e recai na área social, pela percepção dos problemas, como pobreza, fome, violência. Logo, ficaria difícil
criar "ilhas de prosperidade" no meio dos problemas.
(Jornal do Commercio: 21/07/2002. Fragmento)
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1.
RESPOSTA: C
2.
RESPOSTA: D
3.
RESPOSTA: D
4.
RESPOSTA: D
5.
RESPOSTA: C
6.
RESPOSTA: B
7.
RESPOSTA: E
8.
RESPOSTA: C
9.
RESPOSTA: E
10.
RESPOSTA: A
40
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11.
RESPOSTA: B
12.
RESPOSTA: A
13.
RESPOSTA: A
14.
RESPOSTA: A
15.
RESPOSTA: C
16.
RESPOSTA: E
17.
RESPOSTA: E
18.
RESPOSTA: E
19.
RESPOSTA: D
20.
RESPOSTA: E
21.
RESPOSTA: A
22.
RESPOSTA: E
41