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COMPREENSÃO X INTERPRETAÇÃO
Texto
Um comerciante acaba de acender as luzes de uma loja de calçados quando surge um
homem pedindo dinheiro. A máquina registradora é aberta. O conteúdo dela é retirado e o
homem corre. A polícia é imediatamente avisada. Que carnaval!
1. Faça uma leitura completa do texto para alcançar uma visão geral do assunto.
2. Prossiga a leitura independentemente de que haja alguma palavra desconhecida.
3. Antes de começar um novo parágrafo, reflita se você captou a ideia principal do
parágrafo anterior e estabeleça relações.
4. Localize no texto cada pergunta proposta; para isso são apresentadas, nas questões,
entre parênteses, as referências com número de linhas.
5. Leia procurando compreender o objetivo do autor, o público receptor da mensagem e
os procedimentos argumentativos usados na defesa das ideias (tese). Em outras palavras,
organize, no pensamento, as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema, a mensagem
e a quem o texto se destina.
6. Ao ler as perguntas, destaque vocábulos como: destoa (diverge), não, correta, incorreta,
certa, errada, falsa, verdadeira, exceto...
7. Mesmo que a questão de interpretação seja voltada para um trecho específico (às vezes
uma ou duas linhas), leia todo o parágrafo em que ele se situa.
8. Algumas questões pressupõem um conhecimento prévio de mundo, por isso leia bastante
diversos textos, assista a noticiários, amplie seus conhecimentos.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
A linguagem formal ou culta, por exemplo, leva em consideração as normas da língua. Por
outro lado, a linguagem informal é usada quando há familiaridade entre os ouvintes da
comunicação ou em situações descontraídas. As diferentes formas como a mesma língua
é usada na escrita ou na fala, por diferentes grupos, ocorre em função de fatores:
Geográficos- cruzeta/ cabide/ ombreira, mandioca/ aipim/ macaxeira
Socioculturais- almoço/ boia/ “de-comer”
Temporais- pharmácia/ farmácia, vossa mercê/você
Contextuais- gírias, jargões
GÊNEROS TEXTUAIS são: carta, conto, crônica, receita culinária, bula, manual de
instruções, resenha, listas, verbetes etc. Cada um possui um padrão comum no qual outros
textos, que cumprem a mesma função, devem se adequar.
Texto dissertativo:
* Introdução – tópico frasal e objetivos a que se propõe.
* Desenvolvimento – ampliação do tópico frasal pelas ideias de suporte.
* Conclusão – retomada da ideia principal sustentada no desenvolvimento, finalizando a
linha de raciocínio ou propondo uma intervenção.
Texto narrativo:
* Introdução – apresentação das personagens, localizando-as no tempo e no espaço.
* Desenvolvimento – construção da trama e do suspense que culminará no clímax, por
meio das ações das personagens.
* Conclusão – esclarecimento da trama.
* Sequência Narrativa (linear ou alinear) – pela ordem de: apresentação, complicação,
clímax e desfecho.
- ELEMENTOS DO TEXTO NARRATIVO
Texto descritivo:
* Exposição de detalhes acerca do que se se queira apresentar: pessoa, objeto, lugar,
fauna, flora, sentimentos, dentre outras possibilidades.
* Predomínio de verbos de ligação, de expressões adjetivas e adjetivos, de orações
coordenadas ou justapostas.
Texto expositivo:
* explicação, informação ou esclarecimento sobre determinado assunto, sem o autor
opinar;
* caráter conceitual;
* uso de linguagem clara, objetiva e impessoal;
* o presente do indicativo prevalece.
Texto injuntivo:
* (Instrucional) – estruturação em forma de conselho, orientação, sugestão, indicação;
* (Prescritivo) – estruturação em forma de ordem, imposição ou regra a ser cumprida;
* Predominância do modo imperativo.
TIPOS DE DISCURSO
Discurso Direto
A fala exata do personagem em diálogos. Usa recursos de pontuação como aspas, dois
pontos ou travessão, para demonstrar que a fala é de outrem e verbos de elocução como
dizer, falar, responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar, afirmar, replicar,
argumentar, pedir, implorar, comentar, ordenar, entre outros.
Discurso Indireto
O interlocutor narra (conta, expressa) em terceira pessoa o que a personagem fala. Não se
usa travessão.
Preciso aprender mais. (1.ª pessoa) Disse que precisava aprender mais (3.ª pessoa)
Sou o aluno que aprende. (presente) Disse que era o aluno que aprendia. (pretérito imperfeito)
Li o texto hoje. (pretérito perfeito) Disse que tinha lido o texto hoje. (pretérito mais que perfeito)
O que fará para aprender? (futuro do presente) Perguntou o que faria para aprender. (futuro do pretérito)
Ensine-me mais! (modo imperativo) Pediu que lhe ensinasse mais. (modo subjuntivo)
Isto é bom. (Pron. Demonstrativo/ 1.ª pessoa) Disse que aquilo era bom. (Pron. Demonstrativo/ 3.ª pessoa)
Somos muito felizes aqui. (Advérbio "aqui") Disse que eram muito felizes lá. (Advérbio "lá")
Obs.: Atente para a relação entre tempos e modos verbais.
EXERCÍCIOS
Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às
vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros
com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.
Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia
nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia
contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista.
Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo
instante outra tão igual como se fora a mesma.
11 ( ) No trecho “Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista” (l. 5 e
6), existe uma relação de oposição entre as orações que compõem o período.
12 ( ) O trecho “enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade” (l. 2) mostra que havia
uma perseguição à galinha pelos telhados da casa.
13 ( ) O trecho “Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria
no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma” (l. 6 e 7) nos remete à fala da
que a personagem já estava certa de sua morte e substituição.
14 ( ) As palavras que formam a frase “Estúpida, tímida e livre” (l. 4) qualificam o ser que
é o tema do texto: a galinha.
16 ( ) No trecho “pairava ofegante num beiral de telhado” (l. 1 e 2), o verbo pairar está
empregado com o mesmo sentido de ameaçar.
17 ( ) Quanto à tipologia o texto é predominantemente narrativo, em terceira pessoa, com
narrador observador.
21 ( ) O primeiro período é marcado por assíndeto, figura que confere ao texto velocidade
e dinamismo.
24 ( ) Em “Gabriel disse a Nilo que há três anos não o via e perguntou como poderiam ficar
tão distantes e não perceberem o passar do tempo”, percebe-se na narrativa a presença
de discurso indireto.
Sinônimos e antônimos.
Sinônimas
Significado ou sentido semelhante.
Antônimas
Significados contrários.
Homônimas
Homógrafas: a mesma escrita e pronúncias diferentes.
Exemplo: colher (verbo) e colher (substantivo); jogo (substantivo) e jogo (verbo).
Homófonas: a mesma pronúncia e escritas distintas.
Exemplo: concerto (show de música) e conserto (reparo); acender (atear) e ascender
(subir).
Perfeitas: escrita e pronúncia iguais.
Exemplo: caminho (substantivo) e caminho (verbo); uso (verbo) e uso (substantivo); livre
(adjetivo) e livre (verbo)
Parônimas (PARecidas)
Palavras que se assemelham na escrita e na pronúncia, mas que possuem significados
distintos.
Exemplo: cavaleiro e cavalheiro, comprimento e cumprimento
Polissemia
Multiplicidade de significados de uma palavra.
Exemplo: a letra do aluno e a letra da música.
Ambiguidade
Frase que adquire duplo sentido na interpretação.
Exemplo: “Maria, vi sua irmã e a cadela da sua mãe.”
EXERCÍCIOS
Obs.: Se o sujeito for indeterminado (verbo na 3ª pessoa do plural sem o sujeito expresso
na frase), haverá duas mudanças possíveis.
Realizaram as tarefas. (voz ativa)
As tarefas foram realizadas. (voz passiva analítica)
Realizaram-se as tarefas. (voz passiva sintética)
Obs.: “Da vida” e “do dia a dia” são locuções adjetivas e correspondem, respectivamente,
aos adjetivos “vital” e “diárias”.
GABARITO: 26(C) 27(E) 28(C) 29(E) 30(E) 31(E) 32(E) 33(E) 34(C) 35(C) 36(C) 37(E)
FIGURAS DE LINGUAGEM
São recursos estilísticos utilizadas em textos literários, pelo enunciador (emissor, autor)
para dar mais ênfase ao discurso, por meio do sentido conotativo (figurado) em detrimento
do sentido real (denotativo)
Em situação comunicativa, a depender do contexto discursivo ou situacional, a mensagem
pode ser mais objetiva ou mais criativa pelo uso do sentido denotativo ou conotativo das
palavras.
Figuras de Pensamento:
Ironia – Tão lindo, aquele político deformado em todos os sentidos!
Antítese – Há de haver uma tristeza para que se valorize a alegria.
Paradoxo – As pessoas estão cheias de se sentirem vazias.
Eufemismo – Os anjos levaram muitos inocentes pelas mãos.
Lítote(s) – O concurseiro que desmerece a gramática não é inteligente.
Hipérbole – Estou morto de feliz com minha aprendizagem.
Gradação – Um vento, uma chuva, a maior tempestade haveria de acontecer.
Personificação – Percebia-se a agonia da flor que gritava por socorro no meio das chamas.
Apóstrofe – Deus, abençoa nossas famílias.
Antonomásia – O rei do futebol é imortal.
Figuras de Sintaxe:
Elipse – Os estudos seriam mais proveitosos, não houvesse tanto cansaço.
Zeugma – Pedro comprou um carro; Maria, uma bicicleta.
Silepse – O casal entrou, estavam estressados.
Assíndeto – Deitou-se, dormiu, sonhou.
Polissíndeto – E brinca, e se deita, e dorme.
Anáfora – “Ilha cheia de graça/ Ilha cheia de pássaros /Ilha cheia de luz [...]” (Cassiano
Ricardo)
Pleonasmo – O mar salgado eram as lágrimas do pescador.
Anacoluto – Os livros guardados, a gente nem percebia a presença deles, eram muito
velhos.
Hipérbato/ Inversão – Foram bem classificados os alunos.
Figuras de Som:
Aliteração – “Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões...”
Assonância – “Soluços ao luar, choros ao vento...”
Onomatopeia – “Passa, tempo, tic-tac/ Tic-tac, passa, hora/ Chega logo, tic-tac/ Tic-tac, e
vai-te embora”
Paronomásia – “Quem conta um conto sempre aumenta um ponto.”
EXERCÍCIOS
38 ( ) Nas frases “O leão estava no zoológico” e “Nosso governador foi um leão na condução
da pandemia”, a palavra “leão” foi empregada nos sentidos denotativo e conotativo,
respectivamente.
44 ( ) Ocorre sinestesia em “O brilho de seus olhos era frio, silencioso e amargo” por se
fazer alusão, respectivamente, à visão, ao tato, à audição e ao paladar.
47 ( ) Ocorre antítese em “Há de haver uma tristeza para que se valorize a alegria”, pela
relação de oposição entre palavras.
48 ( ) Ocorre paradoxo/ oxímoro em “As pessoas estão cheias de se sentirem vazias”, pela
relação de oposição entre as ideias.
56 ( ) Ocorre elipse em “Os estudos seriam mais proveitosos, não houvesse tanto cansaço”.
61 ( ) Ocorre anáfora em “Ilha cheia de graça/ Ilha cheia de pássaros /Ilha cheia de luz
[...]” (Cassiano Ricardo).
63 ( ) Os diferentes tipos de pleonasmos não prejudicam a norma culta e podem ser usados
em uma redação.
64 ( ) Ocorre anacoluto em “Os livros guardados, a gente nem percebia a presença deles,
eram muito velhos”.
68 ( ) Ocorre onomatopeia em “Passa, tempo, tic-tac/ Tic-tac, passa, hora/ Chega logo, tic-
tac/ Tic-tac, e vai-te embora”
GABARITO: 38(C) 39(C) 40(C) 41(C) 42(C) 43(C) 44(C) 45(C) 46(C) 47(C) 48(C) 49(C)
50(C) 51(C) 52(C) 53(C) 54(C) 55(C) 56(C) 57(C) 58(C) 59(C) 60(C) 61(C) 62(C) 63(E)
64(C) 65(C) 66(C) 67(C) 68(C) 69(C) 70(C)