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Língua Portuguesa

Interpretação e Compreensão de Texto I


Professor: Walmir Neto
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
- LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Compreensão e interpretação de textos


Tipologia e gêneros textuais
Elementos da comunicação
Variação linguística
SEMÂNTICA

Parte da gramática responsável pelo estudo do significado do componente do sentido das


palavras e da interpretação das sentenças e dos enunciados e dos textos.

COMPREENSÃO X INTERPRETAÇÃO

Compreender é detectar ideias expressas no texto, e interpretar envolve as


deduções a que se chega diante do que foi expresso.

EXERCÍCIO - DESAFIO INICIAL

Texto
Um comerciante acaba de acender as luzes de uma loja de calçados quando surge um
homem pedindo dinheiro. A máquina registradora é aberta. O conteúdo dela é retirado e o
homem corre. A polícia é imediatamente avisada. Que carnaval!

COMANDO: Classifique cada declaração em (v) VERDADEIRA, (F) FALSA ou (D)


DESCONHECIDA.
1 ( ) O mendigo surgiu quando o proprietário acendeu as luzes de sua loja de calçados.

2 ( ) As luzes foram acesas porque estava escuro.

3 ( ) O fato aconteceu à noite.

4 ( ) O texto é narrativo e transcorreu em um feriado.

5 ( ) A polícia chegou para cumprir seu papel.

6 ( ) O dinheiro da máquina registradora foi levado pelo homem que fugiu.

7 ( ) O ladrão foi um homem.

8 ( ) O homem não pediu dinheiro ao proprietário da loja.

9 ( ) Alguém pediu dinheiro.

10 ( ) O fato se deu dentro de uma fábrica de calçados.


GABARITO POSSÍVEL: A 9 é (V), e as demais são (D)

DICAS PARA O SUCESSO NOS ITENS SOBRE TEXTOS EM CONCURSOS

1. Faça uma leitura completa do texto para alcançar uma visão geral do assunto.
2. Prossiga a leitura independentemente de que haja alguma palavra desconhecida.
3. Antes de começar um novo parágrafo, reflita se você captou a ideia principal do
parágrafo anterior e estabeleça relações.
4. Localize no texto cada pergunta proposta; para isso são apresentadas, nas questões,
entre parênteses, as referências com número de linhas.
5. Leia procurando compreender o objetivo do autor, o público receptor da mensagem e
os procedimentos argumentativos usados na defesa das ideias (tese). Em outras palavras,
organize, no pensamento, as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema, a mensagem
e a quem o texto se destina.
6. Ao ler as perguntas, destaque vocábulos como: destoa (diverge), não, correta, incorreta,
certa, errada, falsa, verdadeira, exceto...
7. Mesmo que a questão de interpretação seja voltada para um trecho específico (às vezes
uma ou duas linhas), leia todo o parágrafo em que ele se situa.
8. Algumas questões pressupõem um conhecimento prévio de mundo, por isso leia bastante
diversos textos, assista a noticiários, amplie seus conhecimentos.

ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

Conforme o modelo de Roman Jakobson, os elementos da comunicação são:


Emissor (remetente) – emite (pronuncia ou envia uma mensagem).
Receptor (destinatário) – recebe a mensagem enviada pelo emissor.
Mensagem – o conjunto de informações transmitidas, conteúdo expedido, enviado.
Código – modo como a mensagem é transmitida (escrita, fala, gestos); combinação de
signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação só se concretizará, se
o receptor souber decodificar a mensagem.
Canal de Comunicação – fonte de transmissão da mensagem (revista, livro, jornal, rádio,
TV, ar, cordas vocais)
Contexto (referente) – situação a que a mensagem se refere, envolve emissor e receptor.
Ruído – qualquer perturbação na comunicação.
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

A linguagem formal ou culta, por exemplo, leva em consideração as normas da língua. Por
outro lado, a linguagem informal é usada quando há familiaridade entre os ouvintes da
comunicação ou em situações descontraídas. As diferentes formas como a mesma língua
é usada na escrita ou na fala, por diferentes grupos, ocorre em função de fatores:
Geográficos- cruzeta/ cabide/ ombreira, mandioca/ aipim/ macaxeira
Socioculturais- almoço/ boia/ “de-comer”
Temporais- pharmácia/ farmácia, vossa mercê/você
Contextuais- gírias, jargões

TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS

TIPOS TEXTUAIS são: dissertativo (argumentativo ou expositivo), descritivo, narrativo,


injuntivo, dialogal/ conversacional e preditivo.

GÊNEROS TEXTUAIS são: carta, conto, crônica, receita culinária, bula, manual de
instruções, resenha, listas, verbetes etc. Cada um possui um padrão comum no qual outros
textos, que cumprem a mesma função, devem se adequar.

Texto dissertativo:
* Introdução – tópico frasal e objetivos a que se propõe.
* Desenvolvimento – ampliação do tópico frasal pelas ideias de suporte.
* Conclusão – retomada da ideia principal sustentada no desenvolvimento, finalizando a
linha de raciocínio ou propondo uma intervenção.

Texto narrativo:
* Introdução – apresentação das personagens, localizando-as no tempo e no espaço.
* Desenvolvimento – construção da trama e do suspense que culminará no clímax, por
meio das ações das personagens.
* Conclusão – esclarecimento da trama.
* Sequência Narrativa (linear ou alinear) – pela ordem de: apresentação, complicação,
clímax e desfecho.
- ELEMENTOS DO TEXTO NARRATIVO

• Fato – o que aconteceu (O quê?)


• Tempo – quando aconteceu (Quando?)
• Lugar – onde aconteceu (Onde?)
• Personagens – com quem aconteceu (Quem?)
• Causa – motivo para o que aconteceu (Por quê?)
• Modo – como aconteceu (Como?)
• Consequências – desfecho do fato (Então?)
Obs.: Nessa modalidade, predominam os verbos de ação no pretérito. Também é comum
o uso dos discursos direto, indireto e indireto livre.

Texto descritivo:
* Exposição de detalhes acerca do que se se queira apresentar: pessoa, objeto, lugar,
fauna, flora, sentimentos, dentre outras possibilidades.
* Predomínio de verbos de ligação, de expressões adjetivas e adjetivos, de orações
coordenadas ou justapostas.

Texto expositivo:
* explicação, informação ou esclarecimento sobre determinado assunto, sem o autor
opinar;
* caráter conceitual;
* uso de linguagem clara, objetiva e impessoal;
* o presente do indicativo prevalece.

Texto injuntivo:
* (Instrucional) – estruturação em forma de conselho, orientação, sugestão, indicação;
* (Prescritivo) – estruturação em forma de ordem, imposição ou regra a ser cumprida;
* Predominância do modo imperativo.

Texto dialogal/ conversacional:


Produzido por dois ou mais locutores. Um locutor se manifesta a propósito da frase do
outro; os interlocutores concordam, discordam, generalizam, exemplificam, justificam,
concluem, questionam ou particularizam ideias.
Texto preditivo:
Leva a premonições, à crença no que estar por acontecer, como em previsões astrológicas,
previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas.

TIPOS DE DISCURSO
Discurso Direto
A fala exata do personagem em diálogos. Usa recursos de pontuação como aspas, dois
pontos ou travessão, para demonstrar que a fala é de outrem e verbos de elocução como
dizer, falar, responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar, afirmar, replicar,
argumentar, pedir, implorar, comentar, ordenar, entre outros.

Discurso Indireto
O interlocutor narra (conta, expressa) em terceira pessoa o que a personagem fala. Não se
usa travessão.

Discurso Indireto Livre


Confundem-se as falas de personagem e narrador. O narrador pensa alto (fluxo de
consciência, monólogo interior), inserindo sentimentos e pensamentos na narrativa.

Discurso Direto Discurso Indireto

Preciso aprender mais. (1.ª pessoa) Disse que precisava aprender mais (3.ª pessoa)

Sou o aluno que aprende. (presente) Disse que era o aluno que aprendia. (pretérito imperfeito)

Li o texto hoje. (pretérito perfeito) Disse que tinha lido o texto hoje. (pretérito mais que perfeito)

O que fará para aprender? (futuro do presente) Perguntou o que faria para aprender. (futuro do pretérito)

Ensine-me mais! (modo imperativo) Pediu que lhe ensinasse mais. (modo subjuntivo)

Isto é bom. (Pron. Demonstrativo/ 1.ª pessoa) Disse que aquilo era bom. (Pron. Demonstrativo/ 3.ª pessoa)

Somos muito felizes aqui. (Advérbio "aqui") Disse que eram muito felizes lá. (Advérbio "lá")
Obs.: Atente para a relação entre tempos e modos verbais.

EXERCÍCIOS

Após a leitura do texto, julgue os itens a seguir em C (CERTO) ou E (ERRADO)

Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às
vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros
com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.

Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia
nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia
contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista.
Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo
instante outra tão igual como se fora a mesma.

Clarice Lispector. Uma galinha. In:


Laços de família: contos. Rio de janeiro, 1998.

11 ( ) No trecho “Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista” (l. 5 e
6), existe uma relação de oposição entre as orações que compõem o período.

12 ( ) O trecho “enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade” (l. 2) mostra que havia
uma perseguição à galinha pelos telhados da casa.

13 ( ) O trecho “Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria
no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma” (l. 6 e 7) nos remete à fala da
que a personagem já estava certa de sua morte e substituição.

14 ( ) As palavras que formam a frase “Estúpida, tímida e livre” (l. 4) qualificam o ser que
é o tema do texto: a galinha.

15 ( ) Pelo último período do primeiro parágrafo do texto, infere-se que “o rapaz”


aproveitava o momento para se refazer da desgastante tarefa.

16 ( ) No trecho “pairava ofegante num beiral de telhado” (l. 1 e 2), o verbo pairar está
empregado com o mesmo sentido de ameaçar.
17 ( ) Quanto à tipologia o texto é predominantemente narrativo, em terceira pessoa, com
narrador observador.

18 ( ) Em relação ao gênero, o texto é um conto e traz características de uma fábula.

19 ( ) A narrativa do conto oscila entre a humanização e animalização da galinha, o que


exemplifica uma figura de linguagem denominada personificação ou prosopopeia.

20 ( ) Uma figura de linguagem (l. 5 e 6) relaciona a galinha e o galo de modo implícito,


sem o termo comparativo, sendo uma metáfora.

21 ( ) O primeiro período é marcado por assíndeto, figura que confere ao texto velocidade
e dinamismo.

22 ( ) No segundo parágrafo, o fluxo de consciência ou monólogo interior, por meio do


discurso indireto livre, revela o pensamento da autora, inserindo caráter dissertativo ao
texto que é predominantemente narrativo.

23 ( ) Pela leitura do fragmento abaixo, percebe-se a presença de discurso direto em texto


narrativo.
Gabriel saudou Camila, com empolgação, elogiando-lhe o estilo comedido de vida.
Depois, voltando-se para o companheiro de todas as horas:
- Há três anos que não te vejo, Nilo... Como podemos ficar tão distantes e não
perceber o passar do tempo?

24 ( ) Em “Gabriel disse a Nilo que há três anos não o via e perguntou como poderiam ficar
tão distantes e não perceberem o passar do tempo”, percebe-se na narrativa a presença
de discurso indireto.

25 ( ) Em “Era amável, tranquila e respeitava muito os avós. Porém, com os marinheiros


do porto, não guardava pudores: era insinuante e maliciosa, mas isso não fazia dela uma
pessoa ruim”, predomina a modalidade descritiva pela riqueza de detalhes contida nos
adjetivos.
GABARITO: 11(E) 12(C) 13(E) 14(C) 15(E) 16(E) 17(C) 18(C) 19(C) 20 (F) 21 (C) 22 (C)
23 (C) 24 (C) 25 (C)

Função textual dos vocábulos


Significação de palavras e expressões
Relações de sinonímia e antonímia
Figuras de linguagem

FUNÇÃO TEXTUAL DAS PALAVRAS E DOS RECURSOS LINGUÍSTICOS:

a) Palavras ou expressões, quando deslocadas, podem alterar profundamente o sentido de


um texto.
Algum aluno chegou atrasado.
Aluno algum chegou atrasado.
Encontrei um simples homem no local.
Encontrei um homem simples no local.

b) Pontuação faz diferença.


A criança nervosa corria pelo quintal.
A criança, nervosa, corria pelo quintal.

c) O contexto favorece a análise de palavras e a consequente compreensão do texto.


Maria encontrou a rua suja. A causa era um esgoto entupido desde sempre.
Maria encontrou a rua suja. Houvera uma festa na noite anterior e as pessoas ignoraram
as lixeiras.
Maria encontrou a rua suja. Passara um carro e lhe lançara a lama da calçada sobre o
vestido.

Sinônimos e antônimos.
Sinônimas
Significado ou sentido semelhante.
Antônimas
Significados contrários.

Homônimas
Homógrafas: a mesma escrita e pronúncias diferentes.
Exemplo: colher (verbo) e colher (substantivo); jogo (substantivo) e jogo (verbo).
Homófonas: a mesma pronúncia e escritas distintas.
Exemplo: concerto (show de música) e conserto (reparo); acender (atear) e ascender
(subir).
Perfeitas: escrita e pronúncia iguais.
Exemplo: caminho (substantivo) e caminho (verbo); uso (verbo) e uso (substantivo); livre
(adjetivo) e livre (verbo)

Parônimas (PARecidas)
Palavras que se assemelham na escrita e na pronúncia, mas que possuem significados
distintos.
Exemplo: cavaleiro e cavalheiro, comprimento e cumprimento

Polissemia
Multiplicidade de significados de uma palavra.
Exemplo: a letra do aluno e a letra da música.

Ambiguidade
Frase que adquire duplo sentido na interpretação.
Exemplo: “Maria, vi sua irmã e a cadela da sua mãe.”

EXERCÍCIOS

ESTRUTURA DOS ITENS NAS QUESTÕES DE CONCURSOS


Muitas alternativas propostas nos itens das questões de concursos brincam, por meio de
paráfrase, com a reescrita de frases ou parágrafos, questionando a manutenção,
equivalência de sentido.

Julgue os itens a seguir em C (CERTO) ou E (ERRADO)


26 ( ) O sentido das frases a seguir foi mantido pelo uso de sinônimos:

● Embora acordasse cedo, deixava tarefas domésticas sem fazer.

● Conquanto despertasse cedo, deixava de realizar as atividades do lar.

27 ( ) O sentido das frases a seguir foi mantido pelo uso de antônimos:

● Ele era um aluno de raciocínio lento.

● Ele era um aluno de raciocínio efêmero .

28 ( ) O período 2 preserva, por meio de recurso anafórico, o sentido do período 1 em:

● Vitória e Letícia realizaram as tarefas. Vitória estudou português; Letícia,


matemática.

● Vitória e Letícia realizaram as tarefas. Aquela estudou português; esta, matemática.


(aquela = Vitória) (esta = Letícia)

Obs.: Termos anafóricos remetem a outros anteriormente citados no texto.

29 ( ) A permutas entre termos verbais e nominais compromete a equivalência semântica


entre os períodos a seguir:

● É bom que todos compareçam. / É bom o comparecimento de todos.

● Quero o respeito dos alunos./ Quero que os alunos respeitem.

30 ( ) A omissão de termos subentendidos ou desnecessários, na tentativa de apresentar


uma nova proposta de redação para a frase 1, altera a coerência da frase 2.

● Nós desejávamos umas aulas mais objetivas, mais dinâmicas.

● Desejávamos aulas mais objetivas e dinâmicas.

31 ( ) A proposta de alterações, na ordem dos termos, nos períodos a seguir, compromete-


lhes a equivalência semântica.

● Revendo anotações, cheguei à conclusão de que a compreensão textual ficaria mais


fácil após três ou quatro semanas de estudos.

● Cheguei à conclusão, revendo anotações, de que a compreensão textual, após três ou


quatro semanas de estudos, ficaria mais fácil.
32 ( ) Há equivalência semântica e sintática entre as frases a seguir:

● O aluno fez vários exercícios. (voz ativa)

● Vários exercícios foram feitos pelo aluno. (voz passiva analítica)

Obs.: Se o sujeito for indeterminado (verbo na 3ª pessoa do plural sem o sujeito expresso
na frase), haverá duas mudanças possíveis.
Realizaram as tarefas. (voz ativa)
As tarefas foram realizadas. (voz passiva analítica)
Realizaram-se as tarefas. (voz passiva sintética)

33 ( ) A troca de discurso não interfere na equivalência estrutural entre as mensagens


expressas. nas propostas de textos a seguir:

● Depois da aula, os alunos comentavam:


- Fecharemos a prova. (discurso direto)

● Depois da aula, os alunos comentavam que fechariam a prova. (discurso indireto)

34 ( ) O acréscimo ou a troca de palavras por expressões perifrásticas não comprometem


a ideia central contida nas mensagens dos períodos a seguir:

● Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro.

● O primeiro presidente da academia brasileira de Letras, considerado por muitos como


o maior escritor da literatura brasileira, nasceu na Cidade Maravilhosa.

35 ( ) A permuta entre locuções e palavras mantém a equivalência semântica nas frases a


seguir:

● A energia da vida sustenta as atividades do dia a dia.

● A energia vital sustenta as atividades diárias.

Obs.: “Da vida” e “do dia a dia” são locuções adjetivas e correspondem, respectivamente,
aos adjetivos “vital” e “diárias”.

36 ( ) Nas frases a seguir, o uso de hipônimos e hiperônimos, compreendendo palavras


que pertencem ao mesmo campo semântico, sendo estes mais genéricos que aqueles,
contribuem para a manutenção da coesão textual.
● O poeta fez referência às orquídeas, margaridas, rosas e camélias.

● Essas flores transformam a natureza em uma grande obra de arte.

37 ( ) Há equivalência semântica e gramatical entre as primeiras orações dos períodos a


seguir.

● Terminada a aula, todos saíram.

● Quando a aula terminou, todos saíram.

GABARITO: 26(C) 27(E) 28(C) 29(E) 30(E) 31(E) 32(E) 33(E) 34(C) 35(C) 36(C) 37(E)

Denotação ou sentido denotativo


Linguagem em seu sentido real, próprio, básico, literal, original e objetivo.
Presente em textos informativos, argumentativos, instrutivos...
Faz referência a fatos, ações e conceitos em seu sentido literal.

Conotação ou sentido conotativo


Linguagem em seu sentido figurado, simbólico, subjetivo, expressivo e relativo. Vai além
do sentido original de palavras, expressões e enunciados, ampliando seu significado
mediante o contexto.
Há ressignificação de palavras, expressões ou enunciados.
Presente em gêneros literários e publicitários, onde as palavras, enunciados e expressões
ganham mais expressividade e originando diversos efeitos de sentido.

FIGURAS DE LINGUAGEM
São recursos estilísticos utilizadas em textos literários, pelo enunciador (emissor, autor)
para dar mais ênfase ao discurso, por meio do sentido conotativo (figurado) em detrimento
do sentido real (denotativo)
Em situação comunicativa, a depender do contexto discursivo ou situacional, a mensagem
pode ser mais objetiva ou mais criativa pelo uso do sentido denotativo ou conotativo das
palavras.

DENOTAÇÃO/ DICIONÁRIO/ DEFINIÇÃO = Camisa roxa.

CONOTAÇÃO/ CORAÇÃO/ CRIATIVIDADE = Paixão roxa.


Figuras de Palavras:
Metáfora – A vacina é uma mãe protetora. (comparação sem termo comparativo)
Comparação – A vacina é como uma mãe protetora. (comparação com termo comparativo)
Metonímia – Bebeu um copo de suco.
Catacrese – O braço do sofá, a perna da mesa e a boca do fogão precisam ser recuperados.
Sinestesia – O brilho de seus olhos era frio, silencioso e amargo. (visão, tato, audição e
paladar)
Antonomásia/ Perífrase - A cidade maravilhosa é muito visitada no carnaval. (perífrase de
Rio de Janeiro)/ A Dama de Ferro está sempre bem vestida. (antonomásia para Margaret
Thatcher, primeira-ministra britânica nos anos 1980)

Figuras de Pensamento:
Ironia – Tão lindo, aquele político deformado em todos os sentidos!
Antítese – Há de haver uma tristeza para que se valorize a alegria.
Paradoxo – As pessoas estão cheias de se sentirem vazias.
Eufemismo – Os anjos levaram muitos inocentes pelas mãos.
Lítote(s) – O concurseiro que desmerece a gramática não é inteligente.
Hipérbole – Estou morto de feliz com minha aprendizagem.
Gradação – Um vento, uma chuva, a maior tempestade haveria de acontecer.
Personificação – Percebia-se a agonia da flor que gritava por socorro no meio das chamas.
Apóstrofe – Deus, abençoa nossas famílias.
Antonomásia – O rei do futebol é imortal.

Figuras de Sintaxe:
Elipse – Os estudos seriam mais proveitosos, não houvesse tanto cansaço.
Zeugma – Pedro comprou um carro; Maria, uma bicicleta.
Silepse – O casal entrou, estavam estressados.
Assíndeto – Deitou-se, dormiu, sonhou.
Polissíndeto – E brinca, e se deita, e dorme.
Anáfora – “Ilha cheia de graça/ Ilha cheia de pássaros /Ilha cheia de luz [...]” (Cassiano
Ricardo)
Pleonasmo – O mar salgado eram as lágrimas do pescador.
Anacoluto – Os livros guardados, a gente nem percebia a presença deles, eram muito
velhos.
Hipérbato/ Inversão – Foram bem classificados os alunos.

Figuras de Som:
Aliteração – “Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões...”
Assonância – “Soluços ao luar, choros ao vento...”
Onomatopeia – “Passa, tempo, tic-tac/ Tic-tac, passa, hora/ Chega logo, tic-tac/ Tic-tac, e
vai-te embora”
Paronomásia – “Quem conta um conto sempre aumenta um ponto.”

EXERCÍCIOS

38 ( ) Nas frases “O leão estava no zoológico” e “Nosso governador foi um leão na condução
da pandemia”, a palavra “leão” foi empregada nos sentidos denotativo e conotativo,
respectivamente.

39 ( ) Em “dente amarelo” e “sorriso amarelo”, foram empregados, respectivamente, os


sentidos denotativo e conotativo.

40 ( ) Ocorre metáfora em “A vacina é uma mãe protetora”.

41 ( ) Ocorre metonímia em “Bebeu um copo de suco”.

42 ( ) Ocorre comparação em “A vacina é como uma mãe protetora”.

43 ( ) Ocorre catacrese em “O braço do sofá, a perna da mesa e a boca do fogão precisam


ser recuperados”.

44 ( ) Ocorre sinestesia em “O brilho de seus olhos era frio, silencioso e amargo” por se
fazer alusão, respectivamente, à visão, ao tato, à audição e ao paladar.

45 ( ) Ocorrem perífrase e antonomásia, respectivamente, em “A cidade maravilhosa é


muito visitada no carnaval” e “A Dama de Ferro está sempre bem vestida”.
* (perífrase de Rio de Janeiro) / (antonomásia para Margaret Thatcher, primeira-ministra
britânica nos anos 1980)
46 ( ) Ocorre ironia em “Tão lindo, aquele político deformado em todos os sentidos!”.

47 ( ) Ocorre antítese em “Há de haver uma tristeza para que se valorize a alegria”, pela
relação de oposição entre palavras.

48 ( ) Ocorre paradoxo/ oxímoro em “As pessoas estão cheias de se sentirem vazias”, pela
relação de oposição entre as ideias.

49 ( ) Ocorre eufemismo em “Os anjos levaram muitos inocentes pelas mãos”.

50 ( ) Ocorre lítote(s) em “O concurseiro que desmerece a gramática não é inteligente”.

51 ( ) Ocorre hipérbole em “Estou morto de feliz com minha aprendizagem”.

52 ( ) Ocorre gradação em “Um vento, uma chuva, a maior tempestade haveria de


acontecer”.

53 ( ) Ocorre personificação em “Percebia-se a agonia da flor que gritava por socorro no


meio das chamas”.

54 ( ) Ocorre apóstrofe em “Deus, abençoa nossas famílias”.

55 ( ) Ocorre antonomásia em “O rei do futebol é imortal”.

56 ( ) Ocorre elipse em “Os estudos seriam mais proveitosos, não houvesse tanto cansaço”.

57 ( ) Ocorre zeugma em “Pedro comprou um carro; Maria, uma bicicleta”.

58 ( ) Ocorre silepse em “O casal entrou, estavam estressados”.

59 ( ) Ocorrem assíndeto e gradação em “Deitou-se, dormiu, sonhou”.

60 ( ) Ocorre polissíndeto em “E brinca, e se deita, e dorme”.

61 ( ) Ocorre anáfora em “Ilha cheia de graça/ Ilha cheia de pássaros /Ilha cheia de luz
[...]” (Cassiano Ricardo).

62 ( ) Ocorre pleonasmo em “O mar salgado eram as lágrimas do pescador”.

63 ( ) Os diferentes tipos de pleonasmos não prejudicam a norma culta e podem ser usados
em uma redação.

64 ( ) Ocorre anacoluto em “Os livros guardados, a gente nem percebia a presença deles,
eram muito velhos”.

65 ( ) Ocorre hipérbato/ Inversão em “Foram bem classificados os alunos”.

66 ( ) Ocorre aliteração em “Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões”.

67 ( ) Ocorre assonância em “Soluços ao luar, choros ao vento”.

68 ( ) Ocorre onomatopeia em “Passa, tempo, tic-tac/ Tic-tac, passa, hora/ Chega logo, tic-
tac/ Tic-tac, e vai-te embora”

69 ( ) Ocorre paronomásia em “Quem conta um conto sempre aumenta um ponto.”

70 ( ) Em “João, encontrei Maria e a cadela da sua mãe”, o pronome possessivo “sua” é


responsável pela ambiguidade e pelo efeito de humor provocado na mensagem.

GABARITO: 38(C) 39(C) 40(C) 41(C) 42(C) 43(C) 44(C) 45(C) 46(C) 47(C) 48(C) 49(C)
50(C) 51(C) 52(C) 53(C) 54(C) 55(C) 56(C) 57(C) 58(C) 59(C) 60(C) 61(C) 62(C) 63(E)
64(C) 65(C) 66(C) 67(C) 68(C) 69(C) 70(C)

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