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PROFESSORA CAROL BENAZZATO

Português e Italiano – Letras/USP


carol_benazzato@hotmail.com
(11) 99897-4593

AULA 3
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO.
FIGURAS DE LINGUAGEM: METÁFORA, COMPARAÇÃO, HIPÉRBOLE,
EUFEMISMO, IRONIA, METONÍMIA, PERSONIFICAÇÃO, ANTÍTESE

Figura de linguagem é uma forma de expressão que consiste no emprego de palavras em


sentido figurado, isto é, em um sentido diferente daquele em que convencionalmente
são empregadas.

Denotação Conotação
A palavra está sendo utilizada em seu A palavra está sendo utilizada em seu
sentido real, literal, próprio de dicionário, sentido figurado, com significação ampla. O
com significado restrito. É muito comum sentido conotativo é próprio da criatividade
o uso da linguagem denotativa nos do falante e remete às inúmeras
textos não literários, jornalísticos e possibilidades existentes na língua. É muito
científicos. comum o uso da linguagem conotativa nos
textos literários, principalmente através das
figuras de linguagem.

Vejamos alguns exemplos de frases utilizando os dois modos a partir das seguintes
palavras:

ovelha – coração – traíra – mão – chave – olhos – cobras – gata – pantera

Denotação Conotação
As ovelhas são animais gregários, “Eu sou, Senhor, ovelha desgarrada...”
sensíveis e inteligentes. (Gregório de Matos)
Meu avô fará uma cirurgia no coração. João mora no coração da Amazônia.
Pescamos várias traíras no sábado. Sempre desconfiei de que ele fosse um
traíra.
Queimei a mão ao preparar o almoço. “Sinto que o tempo sobre mim abate sua
mão pesada.” (Carlos Drummond de
Andrade)
Esqueci as chaves do carro em casa. Um dia descubro a chave do seu coração.
Seus olhos estavam lacrimejando. Fura os olhos do tempo... (Miguel Torga)
O Instituto Butantan possui as mais Minha sogra é uma cobra.
diversas espécies de cobras.
A gata não parava de miar. A atriz Jennifer Connely é uma gata!
Um filhote de pantera de apenas 2 “Somente a ingratidão, esta pantera, foi
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semanas foi adotado por uma cadela no sua companheira inseparável.” (Augusto
zoológico de Belgrado. dos Anjos)

Exercícios

1) Leia o texto abaixo:

O Cavalo no Poço
Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar
nos trabalhos em sua pequena fazenda. Um dia, seu capataz veio trazer a notícia de
que um dos cavalos havia caído num velho poço abandonado.
O fazendeiro foi rapidamente ao local do acidente e avaliou a situação, certificando-se
de que o animal não se machucara. Porém, pela dificuldade e o alto custo de retirá-lo
do fundo do poço, achou que não valeria a pena investir numa operação de resgate.
Tomou então a difícil decisão: determinou ao capataz que sacrificasse o animal,
jogando terra no poço até enterrá-lo ali mesmo. E assim foi feito: os empregados,
comandados pelo capataz, começaram a jogar terra para dentro do buraco de forma a
cobrir o cavalo.
Mas, à medida que a terra caía em seu dorso, o animal a sacudia e ela ia se
acumulando no fundo, possibilitando que o cavalo fosse subindo. Logo, os homens
perceberam que o cavalo não se deixava enterrar, mas, ao contrário, estava subindo à
medida que a terra enchia o poço, até que, finalmente, conseguiu sair.
Sabendo do caso, o fazendeiro ficou muito satisfeito e o cavalo viveu ainda muitos
anos servindo ao dono da fazenda.
Moral da História: Se você estiver “lá embaixo”, sentindo-se pouco valorizado e os
outros jogarem sobre você a terra da incompreensão, da falta de oportunidade e de
apoio, lembre-se desse cavalo. Não aceite a terra que cai sobre você. Sacuda-a e suba
sobre ela. Quanto mais terra, mais você vai subindo, subindo, subindo e aprendendo a
sair do poço.
Disponível em: http://mileumlivros.wordpress.com/2010/07/27/cultura/

a-) Conforme você pode perceber, algumas palavras são repetidas no decorrer do
texto, mas usadas com sentidos diferentes. Retire do texto uma frase em que sejam
usadas as palavras abaixo em sentido denotativo e outra em que essas mesmas
palavras sejam usadas em sentido conotativo:

a.1) Poço:
Sentido denotativo –
Sentido conotativo –
a.2) Terra:
Sentido denotativo –
Sentido conotativo –
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2) Considere “D” para textos predominantemente denotativos e “C” para conotativos:

a-) No período dos reis católicos, a Espanha empreendeu uma política de


financiamento de explorações marítimas, rivalizando poder com Portugal. (___)
b-) Meu coração tropical está coberto de neve, mas ferve em seu cofre gelado, a voz
vibra e a mão escreve mar. (João Bosco / Aldir Blanc) (___)
c-) Receita de bolo de cenoura
Ingredientes
Massa
3 unidades de cenoura picada
1 xícara de óleo de soja
3 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de açúcar
1 colher de fermento em pó (___)
d-) O passaporte brasileiro é o documento oficial, emitido pelo Departamento de
Polícia Federal, que identifica o cidadão brasileiro perante as autoridades de outros
países. (___)
e-) Minh’alma de sonhar-te anda perdida, meus olhos andam cegos de te ver...
(Florbela Espanca) (___)
f-) Cuidado com o que diz, pois as paredes têm ouvidos. (___)
g-) Ri, Coração! Tristíssimo palhaço! (Cruz e Sousa) (___)

As figuras de linguagem são normalmente utilizadas para tornar mais expressivo o


que queremos dizer. Empregadas tanto na língua escrita quanto na língua falada,
ampliam o significado de uma palavra, suprem a falta de termos adequados, criam
significados diferentes.
Veja a seguir algumas delas.

 Comparação e Metáfora

Leia estes versos, de Fernando Pessoa:

Minha alma é como um pastor,


Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar
(Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1965. p. 203.)

Observe que o eu lírico compara o termo alma a pastor, aproximando-os pela sua
semelhança, de modo que as características de pastor sejam atribuídas a alma. Note
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também que nos versos há uma comparação feita de modo explícito, por meio de um
elemento comparativo expresso, que é como.

Eliminando a comparação e empregando o segundo termo (pastor) com o valor do


primeiro (alma), temos uma metáfora:

Minha alma é como um pastor.  Comparação


Minha alma é um pastor.  Metáfora

Há também um outro tipo de metáfora: o que ocorre com a supressão de um termo e


o emprego de outro no lugar dele. Observe nos seguintes versos a presença desse tipo
de metáfora, constituída pelo emprego da expressão mar azul em sentido figurado.

Beber a água
do mar azul
dos teus olhos.
Taí uma coisa difícil.
(João Claudio Arendt)

Comparação é a figura de linguagem que aproxima dois seres em razão de alguma


semelhança existente entre eles, sempre por meio de um elemento comparativo
expresso: como, tal qual, semelhante a, que nem, etc.

Metáfora é a figura de linguagem que emprega uma palavra em um sentido que não
lhe é comum ou próprio, sendo esse novo sentido resultante de uma relação de
semelhança, de intersecção entre dois termos.

 Hipérbole

Leia estes versos, de Vinícius de Morais:

Pois há menos peixinhos a nadar no mar


Do que beijinhos que darei
Na sua boca

Observe que o eu lírico, com a intenção de impressionar seu(sua) amado(a), exagera ao


dizer que o número de beijos que dará. Temos, nesse caso, uma hipérbole.

Hipérbole é a figura de linguagem que consiste em expressar uma ideia com exagero.
 Eufemismo
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Certas palavras, quando empregadas em determinados contextos, são consideradas


desagradáveis, ou por apresentarem uma ideia muito negativa ou por chocarem quem
ouve.
Por isso, muitas pessoas as substituem por palavras ou expressões mais suaves, mais
delicadas, que, embora tenham o mesmo sentido, causam menor impacto.

Leia estes versos, de Camões:

Alma minha gentil que te partiste


Tão cedo desta vida [...]

Nos versos de Camões, o eu lírico refere-se a morrer, empregando o verbo partir.


Temos, nesse caso, um eufemismo.

Eufemismo é a figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra ou


expressão no lugar de outra palavra ou expressão considerada desagradável ou
chocante.

 Ironia

Leia estes versos, de Fernando Pessoa:

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.


Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
[...]
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Observe que o eu lírico é irônico nesses versos, quando critica a pretensa “perfeição”
de todas as pessoas que conhece. Temos, nesse caso, ironia.

Ironia é a figura de linguagem que consiste em afirmar o contrário do que se quer


dizer.

 Metonímia

Leia estes versos:

Que tarde!

Além do calor e da prova,


aquela minissaia
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sentada bem ao meu lado!

Assim não há memória


Que resista...

(Carlos Queiroz Telles)

Observe que, no 3º verso, o eu lírico, em vez de empregar a palavra garota, utiliza a


palavra minissaia, que tem com a garota uma relação de interdependência, pois são as
garotas que geralmente usam minissaia. Temos, assim, uma metonímia.

Metonímia é a figura de linguagem que consiste na “parte” pelo “todo”, isto é, na


substituição de uma palavra por outra em razão de haver entre elas uma relação de
interdependência, de inclusão.

 Personificação

Leia os versos a seguir, de Castro Alves:

Já viste às vezes, quando o sol de maio


Inunda o vale, o matagal, a veiga?
Murmura a relva: “Que suave raio!”
Responde o ramo: “Como a luz é meiga!”

No 3º e no 4º versos da estrofe, a relva e o ramo aparecem personificados, pois a eles


são atribuídas ações – murmurar e responder – próprias dos seres humanos. Temos,
nesse caso, situações de personificação.

Nas fábulas, a personificação é abundante, uma vez que nelas os animais ganham
características humanas: falam, pensam, brigam, têm sentimentos, desejos.

Personificação é a figura de linguagem que consiste em atribuir linguagem,


sentimentos e ações próprias dos seres humanos a seres inanimados ou irracionais.

 Antítese

Leia estes versos, de Vinicius de Morais:

Maior amor nem mais estranho existe


que o meu – que não sossega a coisa amada
e quando a sente alegre, fica triste,
E se a vê descontente, dá risada.
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Observe que o eu lírico emprega palavras e expressões que se opõem quanto ao


sentido: alegre se opõe a triste, descontente, a dar risada. Temos, nesses casos,
antíteses.

Antítese é a figura de linguagem que consiste no emprego de palavras que se opõem


quanto ao sentido.

EXERCÍCIOS

Leia a tira a seguir para responder às questões 1 e 2.

1) Os ratinhos estão namorando sob a luz das estrelas. Que figura de linguagem o
ratinho emprega para atender ao pedido da ratinha?
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____________________________________________________________________________________________

2) A ratinha parece ter ficado impressionada com a fala do ratinho. Apesar de satisfeita,
ela ainda espera algo do ratinho. O que ela espera quando pede a ele que traduza o
que disse?
_____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

3) Identifique os recursos estilísticos empregados nos textos a seguir, de Mário


Quintana. Trata-se de metáfora, comparação ou metonímia?

a) COZINHA
Cada brasa palpita como um coração.

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b) CARRETO
Amar é mudar a alma e casa.

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c) MENTIRA?
A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer.

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4) Leia a tira abaixo:

Zezo é um menino mal-humorado, que detesta sair de casa.

a) A que se refere a palavra troço, no último quadrinho?


_____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

b) O que a última cena revela sobre os hábitos do garoto?


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____________________________________________________________________________________________
c) Identifique uma figura de linguagem empregada na tira.
_____________________________________________________________________________________________
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d) Os pais de Zezo estão numa situação informal. Contudo, caso o pai do Zezo
quisesse empregar um português formal, rigorosamente de acordo com a língua
padrão, como ficaria o 2º quadrinho?
_____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

5) Identifique as figuras de linguagem empregadas nos seguintes versos ou frases.

a) O vento está dormindo na calçada,


_______________________________________
O vento enovelou-se como um cão...
Dorme, ruazinha... Não há nada...
_______________________________________
[Mario Quintana]
b) Teu amor na treva é – um astro,
No silêncio uma canção, _______________________________________
É brisa – nas calmarias,
É abrigo – no tufão. _______________________________________
[Castro Alves]
c) Marcela amou-me durante quinze
meses e onze contos de réis. _______________________________________
[Machado de Assis]
d) Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou _______________________________________
E nunca leu
[Chico Buarque]

Leia a tira a seguir para responder às questões de 6 a 8.

6) Qual é o sentido da expressão “sentir-se como um peixe fora d’água”, considerando:


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a) o 1º quadrinho?
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b) o 3º quadrinho?
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7) Observe o comentário do rato. Por que o comentário que ele faz é responsável pelo
humor da tira?
_____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

8) No 1º quadrinho, a fala do peixe tem um sentido figurado, metafórico. Contudo,


você concorda que seja metáfora a figura de linguagem a que o rato faz referência no
último quadrinho?
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9) A personificação pode ser observada no verso “Sinto o canto da noite na boca do


vento”, e ocorre igualmente em:
a) “A vida é uma ópera e uma grande ópera.”
b) “Ao cabo tão bem chamado, por Camões, de Tormentório, os portugueses
apelidaram-no de Boa Esperança.”
c) “Uma talhada de melancia, com seus alegres caroços.”
d) “Oh! eu quero viver, beber perfumes,
Na flor silvestre, que embalsama os ares.”
e) “A felicidade é como a pluma...”

10) I. “... se se queria que estivesse sério, desatava a rir...”


II. “... é um girassol, aquela menina...”
III. “... havia de morrer de fome para aprender aquela lição.”

Quanto às figuras de linguagem, há neles, respectivamente,

a) antítese, comparação e hipérbole


b) paradoxo, metáfora e gradação
c) antítese, comparação e paradoxo
d) antítese, metáfora e hipérbole
e) paradoxo, comparação e hipérbole

11) Leia estes versos:


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As ondas amarguradas
Encostam a cabeça nas pedras do cais.
Até as ondas possuem
Uma pedra para descansar a cabeça.
Eu na verdade possuo
Todas as pedras que há no mundo,
Mas não descanso...
[Murilo Mendes]

A figura de linguagem que ocorre nos versos 5 e 6 é:

a) metáfora
b) antítese
c) hipérbole
d) comparação
e) personificação

12) Cada frase abaixo possui uma figura de linguagem. Assinale aquela que não está
classificada corretamente:

a) O céu vai se tornando roxo e a cidade aos poucos agoniza. (personificação)


b) Mas que bela situação, essa, a do Rio de Janeiro... (ironia)
c) Peço-lhe mil desculpas pelo que aconteceu. (metáfora)
d) “Toda vida se tece de mil mortes.” (antítese)
e) Ele entregou hoje a alma a Deus. (eufemismo)

13) No trecho: “…dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o


máximo”, a figura de linguagem presente é chamada:

a) metáfora
b) hipérbole
c) comparação
d) personificação
e) antítese

14) “Sua cadeira na universidade era suprema.” Assinale a alternativa em que aparece a
mesma figura de linguagem que há na frase acima:

a) “As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes.”


b) “Nasci na sala do 3° ano.”
c) “O bonde passa cheio de pernas.”
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d) “O meu amor, paralisado, pula.”


e) “Não serei o poeta de um mundo caduco.”

15)
Cidade grande

Que beleza, Montes Claros.


Como cresceu Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto,
ficou urbe tão notória,
prima-rica do Rio de Janeiro,
que já tem cinco favelas
por enquanto, e mais promete.

(Carlos Drummond de Andrade)

Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a

a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se à própria linguagem.


b) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outros textos.
c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica.
d) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido próprio e objetivo.
e) prosopopeia, que consiste em personificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida.

16) Nos trechos: “...nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá
faltava nas estantes do major” e “...o essencial é achar-se as palavras que o violão pede
e deseja” encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:

a) personificação e hipérbole
b) hipérbole e metonímia
c) antítese e hipérbole
d) metonímia e eufemismo
e) metonímia e personificação

17)
POÇAS D’ÁGUA

As poças d´água são um mundo mágico


Um céu quebrado no chão
Onde em vez de tristes estrelas
Brilham os letreiros de gás Néon.
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(Mario Quintana)

Levando-se em conta o texto como um todo, é correto afirmar que a metáfora


presente no primeiro verso se justifica porque as poças

a) estimulam a imaginação.
b) permitem ver as estrelas.
c) são iluminadas pelo Néon.
d) se opõem à tristeza das estrelas.
e) revelam a realidade como espelhos.

18) Em uma grande concessionária de São Paulo leu-se a seguinte chamada: “Queima
total de seminovos”. A mesma estratégia foi utilizada em uma chamada de um grande
hipermercado, em que se podia ler: “Grande queima de colchões”. Acerca dos sentidos
criados por essas chamadas, é apropriado afirmar que

a) em ambas há uma utilização da linguagem em seu sentido estritamente literal.


b) apenas em uma delas a linguagem foi utilizada em seu sentido estritamente literal.
c) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido pela associação com o contexto.
d) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido apenas pelas regras gramaticais.
e) em ambas o sentido é metafórico e não pode ser apreendido porque é incoerente.

19) Assinale a alternativa em que o autor NÃO utiliza personificação.

a) “Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu.” (Clarice


Lispector)
b) “As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem…”
(Drummond)
c) “A poesia vai à esquina comprar jornal”. (Ferreira Gullar)
d) “A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo.” (Clarice
Lispector)
e) “Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)

20) Identifique as figuras de linguagem marcando:


(1) Metáfora
(2) Metonímia
(3) Antítese
(4) Comparação
(5) Eufemismo

a. ( ) Gosto de ouvir Beatles.


b. ( )A doçura do teu olhar é minha vida.
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c. ( ) Ele acabou não suportando e partiu desta para a melhor.


d. ( ) O sol aquece, a noite esfria.
e. ( ) Você é venenosa como uma cobra.

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