Você está na página 1de 43

EEEP ADRIANO NOBRE

1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO


LÍNGUA PORTUGUESA
APOSTILA DE NIVELAMENTO

NOME:___________________________________________________
TURMA:____________________________________________________
JUSTIFICATIVA

Ao ingressarem no ensino médio, os alunos trazem muitas dificuldades de leitura e escrita, as quais precisarão ser
sanadas ao longo dessa etapa escolar.
Para tanto, foram selecionados itens de diversos descritores que constituem a matriz de referência do SPAECE.
Retirados principalmente da internet, esses itens foram compilados em uma apostila e servem para nivelar turmas que
iniciam a nova etapa escolar na EEEP Adriano Nobre.
É válido também ressaltar que nossa apostila contém itens de diferentes níveis, os quais estão organizados em 20
estudos que são trabalhados conforme a organização curricular da disciplina de Língua Portuguesa.
Uma sugestão para o trabalho desse material é pedir aos alunos que tenham a matriz de referência em mãos a fim de
que à medida que for sendo trabalhado cada item, seja feita a associação ao descritor correspondente e o aluno vá
conferindo na matriz. Assim, com o tempo, eles aprenderão os descritores de forma teórica, como também prática.
Esta apostila já contribuiu muito para o nivelamento de Língua Portuguesa dos alunos de primeira série da EEEP
Adriano Nobre. Portanto, pode-se afirmar a existência da sua eficácia.
Já uma conversinha raramente passa do nível da mais cândida
ESTUDO PARA O SPAECE inconsequência. E geralmente é fofoca. A hora para uma conversinha é sempre
Língua Portuguesa qualquer hora dessas.
Num jogo você arrisca tudo, até a hora. Num joguinho aceita-se até o
1º Estudo / 2022 cheque frio. Entre ter um caso e ter um casinho a diferença, às vezes,
é a tragédia passional.
1º) (D7) Leia o texto a seguir. No Brasil, usa-se o diminutivo principalmente com relação à comida. Nada nos
desperta sentimentos tão carinhosos quanto uma boa comidinha.
Diminutivos – Mais um feijãozinho?
O feijãozinho passou dois dias borbulhando num daqueles caldeirões de
Sempre pensei que ninguém batia o brasileiro no uso do diminutivo, essa nossa antropófagos com capacidade para três missionários. Leva porcos inteiros, todos os
mania de reduzir tudo à mesma dimensão, seja um cafezinho, um cineminha ou uma miúdos e temperos conhecidos e, parece, um missionário. Mas a dona da casa o trata
vidinha. Só o que varia é a inflexão da voz. Se alguém diz, por exemplo, “Ó como um mingau de todos os dias.
vidinha!” você sabe que ele está se referindo a uma vida com todas as mordomias. – Mais um feijãozinho?
Nem é uma vida, é um comercial de cigarro com longa metragem. Um vidão. Mas se
disser “Ah vidinha...” o coitado está se queixando dela e com toda a razão. Há
– Um pouquinho.
anos que o seu único divertimento é tirar sapatos e fazer xixi. Mas nos dois casos – E uma farofinha?
o diminutivo é usado com o mesmo carinho. – Ao lado do arrozinho?
O francês tem o seu tout petit peu, que não é um diminutivo, é um exagero. – Isso.
Um “pouco todo pequeno” é muita explicação para tão pouco. Os mexicanos usam
o poco, o poquito e – menos ainda do que o poquito – o poquetim! Mas ninguém – E quem sabe uma cervejinha?
bate o brasileiro. – Obrigadinho.
Era o que eu pensava até o dia, na Itália, em que ouvi alguém dizer que O diminutivo é também uma forma de disfarçar o nosso entusiasmo pelas grandes
alguma coisa duraria um mezzoretto. Não sei se a grafia é essa mesma, mas um porções. E tem um efeito psicológico inegável. Você pode passar horas tomando
povo que consegue, numa palavra, reduzir uma meia hora de tamanho – e você não cervejinha em cima de cervejinha sem nenhum dos efeitos que sofreria depois de apenas
tem nenhuma dúvida de que um mezzoretto dura os mesmos 30 minutos de uma duas cervejas.
meia hora convencional, mas passa muito mais depressa – é invencível em matéria – E agora, um docinho.
de diminutivo. E surge um tacho de ambrosia que é um porta-aviões.
O diminutivo é uma maneira ao mesmo tempo afetuosa e precavida de usar a
linguagem. Afetuosa porque geralmente o usamos para designar o que é agradável, (Luis Fernando Veríssimo. Diminutivos. Comédia da vida privada. 101 crônicas escolhidas.
aquelas coisas tão afáveis que se deixam diminuir sem perder o sentido. E Porto Alegre: LP&M, 1994.)
precavida porque também o usamos para desarmar certas palavras que, na sua
forma original, são ameaçadoras demais. A ideia central do texto é mostrar que os diminutivos são usados como
Operação, por exemplo. É uma palavra assustadora. Pior do que intervenção a) indicadores de aspectos negativos.
cirúrgica, porque promete uma intromissão muito mais radical nos intestinos. Uma b) recursos expressivos de linguagem.
operação certamente durará horas e os resultados são incertos. Suas chances de c) indicadores de aspectos pejorativos.
sobreviver a uma operação... sei não. Melhor se preparar para o pior. d) recurso para camuflar o que realmente quer dizer.
Já uma operaçãozinha é uma mera formalidade. Anestesia local e duas aspirinas e) indicadores de pequenez.
depois.
Uma coisa tão banal que quase dispensa a presença do paciente. 2º) (D3) Leia o texto a seguir.
– Alô, doutor? Olha, aquele meu quisto no braço direito que nós íamos tirar
hoje? A operaçãozinha? Todo ponto de vista é a vista de um ponto
– Sim.
– Não vou poder ir, mas o Asdrúbal vai no meu lugar. Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem.
– O Asdrúbal? E interpreta a partir de onde os pés pisam.
– Meu assistente direto aqui na firma. Homem de confiança. Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário
saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma
– Mas ele vai fazer a operaçãozinha por você? releitura.
– Ele é o meu braço direito, doutor. A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial
Se alguém disser que precisa ter uma conversa com você, cuidado. É coisa da conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive,
maior importância. Os próprios destinos do Pacto do Atlântico podem estar em jogo. que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da
Uma conversa é sempre com hora marcada.
vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma Elogios que, às vezes, não se limitam ao desempenho profissional. “Hoje (ontem),
interpretação. um homem falou que queria ser o meu volante”, contou a motorista Ana Paula da Silva, 24
Boff, Leonardo. A águia e a galinha. 4º Ed. RJ: Sextante, 1999. anos. Na empresa há três meses, Ana Paula da Silva faz da profissão uma forma de dar
carinho a idosos e deficientes – os que mais têm dificuldades para entrar nos ônibus. “Às
A expressão “com os olhos que tem” (l.1), no texto, tem o sentido de vezes, levanto para ajudar alguém a descer. Já parei o carro para atravessar a rua com um
(A) enfatizar a leitura. (C) individualizar a leitura. (E) valorizar a leitura. deficiente visual”, contou.
(B) incentivar a leitura. (D) priorizar a leitura. Casada com um motorista de ônibus, Márcia Cristina Pereira, 38 anos, diz que não
enfrenta dificuldades com os colegas de profissão, ainda que reconheça que, no começo, a
3º) (D2) Leia o texto a seguir. desconfiança não foi pequena. “Eles me dão força. Recebo muitos elogios”, disse. Ao
contrário de Márcia, a motorista Janaína de Lima, 32 anos, diz que se relaciona bem com
Motoristas de batom conquistam a Urca todos os colegas, mas acha que já há competição. “Falta muito para os homens se
relacionarem bem com os idosos e deficientes”, comparou. Morador da Urca há 25 anos,
Moradores aprovam adoção de mulheres na linha 107 Ednei Bernardes aprovou a adoção de motoristas mulheres no bairro. “Elas respeitam mais
as pessoas e as leis de trânsito”, resumiu.
Batom, lápis nos olhos, brincos. Foi a essa mistura que a empresa Amigos Unidos
apelou para contornar as constantes reclamações dos moradores da Urca contra os Um dos usuários do ônibus concluiu:
motoristas da linha 107 (Central-Urca). Há um mês, a empresa removeu sete mulheres de “Elas respeitam muito mais as pessoas e as leis do trânsito.” Tal afirmativa, no contexto,
outros trajetos para formar um time de primeira linha. “O público da Urca é muito exigente.” permite concluir que
Os passageiros reclamavam que os motoristas homens não paravam no ponto e dirigiam (A) as empresas de ônibus preferem os serviços da mulher.
de forma perigosa. “Agora só recebemos elogios”, contou o gerente de Recursos Humanos (B) os homens são grosseiros e desrespeitam as leis de trânsito.
da empresa, Mario Mattos. (C) os idosos e deficientes passam a receber um tratamento melhor.
(D) os homens criam mais problemas com colegas de profissão.
(E) a população da Urca tornou-se exigente no transporte urbano. 5º) (D6) Leia o texto a seguir.

4º) (D5) Leia o texto a seguir. Não se perca na rede

Um arriscado esporte nacional A internet é o maior arquivo público do mundo. De futebol a física nuclear, de
cinema a biologia, de religião a sexo, sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto.
Os leigos sempre se medicaram por conta própria, já que de médicos e de loucos Mas essa avalanche de informações pode atrapalhar. Como chegar ao que se quer sem
todos temos um pouco, mas esse problema jamais adquiriu contornos tão preocupantes no perder tempo? É para isso que foram criados os sistemas de busca. Porta de entrada na
Brasil como atualmente. Qualquer farmácia conta hoje com um arsenal de armas de guerra rede para boa parte de usuários, eles são um filão tão bom que já existem às centenas
para combater doenças de fazer inveja à própria indústria de material bélico nacional. Cerca também. Qual deles escolher? Depende do seu objetivo de busca.
de 40% das vendas realizadas pelas farmácias nas metrópoles brasileiras destinam-se a Há vários tipos. Alguns são genéricos, feitos para uso no mundo todo (Google, por
pessoas que se automedicam. A indústria farmacêutica de menor porte e importância retira exemplo). Use esse site para pesquisar temas universais. Outros são nacionais ou
80% de seu faturamento da venda “livre” de seus produtos – isto é, das vendas realizadas estrangeiros com versões específicas para o Brasil (Cadê, Yahoo e Altavista). São ideais
sem receita médica. para achar páginas “com.br”.
Diante desse quadro, o médico tem o dever de alertar a população para os perigos (Paulo D’Amaro)
ocultos em cada remédio, sem que, necessariamente, faça junto com essas advertências Disponível em: <http://galileu.globo.com/edic/116/rep_internet.htm>. Acesso em
uma sugestão para que os entusiastas da automedicação passem a gastar mais em Julho/2008.
consultas médicas. Acredito que a maioria das pessoas se automedicam por sugestão de
amigos, leitura, fascinação pelo mundo maravilhoso das drogas “novas” ou simplesmente O artigo foi escrito por Paulo D’Amaro. Ele misturou informações e análises do fato.
para tentar manter a juventude. Qualquer que seja a causa, os resultados podem ser
danosos. O período que apresenta uma opinião do autor é
MEDEIROS, Geraldo. – Revista Veja, 18 de dezembro, 1985. (A) “foram criados sistemas de busca.”
(B) “essa avalanche de informações pode atrapalhar.”
O tema abordado no texto é (C) “sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto.”
(A) os riscos constantes da automedicação. (D) a luta pela manutenção da juventude. (D) “A internet é o maior arquivo público do mundo.”
(B) o crescimento da indústria farmacêutica. (E) o faturamento das consultas médicas. (E) “Há vários tipos.”
(C) a venda ilegal de medicamentos.
6º) (D4) Leia a tirinha a seguir.
ESTUDO PARA O SPAECE
Língua Portuguesa
2º Estudo / 2022
8º) (D13) Leia os textos a seguir.
Texto I
“Sou completamente a favor da flexibilização das relações trabalhistas, pois a velhíssima
legislação brasileira, além de anacrônica, vem comprometendo seriamente a nossa
competitividade em nível global.”
Texto II
“É uma falácia dizer que com a eliminação dos direitos trabalhistas se criarão mais
empregos. O trabalhador brasileiro já é por demais castigado para suportar mais essa
provocação.”
A respeito da tirinha da Mafalda, é correto afirmar que ela O Povo, 17 abr. 1997.
(A) gosta do Natal pelo mesmo motivo de sua amiga. Os textos acima tratam do mesmo assunto, ou seja, da relação entre patrão e empregado.
(B) pensa em resposta à pergunta da amiga. Os dois se diferenciam, porém, pela abordagem temática. O texto II em relação ao texto I
(C) concorda com a forma de pensar de sua amiga. apresenta uma
(D) e a amiga têm as mesmas opiniões. (A) ironia. (B) semelhança. (C) oposição. (D) aceitação. (E)
(E) percebe que a amiga não compreendeu sua fala. confirmação.

7º) (D10) Leia o texto a seguir. 9º) (D12) Leia os textos a seguir.
Texto I
Qual a origem do doce brigadeiro? Tio Pádua
Tio Pádua e tia Marina moravam em Brasília. Foram um dos primeiros. Mudaram-
Em 1946, seriam realizadas as primeiras eleições diretas para presidente após os se para lá no final dos anos 50. Quando Dirani, a filha mais velha, fez dezoito anos, ele saiu
anos do “Estado Novo”, de Getúlio Vargas. O candidato da aliança PTB/PSD, Eurico pelo Brasil afora atrás de um primo pra casar com ela. Encontrou Jairo, que morava em
Gaspar Dutra, venceu com relativa folga. Mas o título de maior originalidade na campanha Marília. Estão juntos e felizes até hoje. Jairo e Dirani casaram-se em 1961. Fico pensando
ficou para as correligionárias do candidato derrotado, Eduardo Gomes (da UDN). se os casamentos arranjados não têm mais chances de dar certo do que os desarranjados.
Brigadeiro da Aeronáutica, com pinta de galã, Eduardo Gomes tinha um apoio, Ivana Arruda Leite. Tio Pádua. Internet: http://www.doidivana.zip net. Acesso em
digamos, entusiasmado. Para fazer o “corpo-a-corpo” com o eleitorado, senhoras da 07/01/2007.
sociedade saiam às ruas convocando as mulheres a votar em Gomes, com o slogan: “Vote Texto II
no brigadeiro. Ele é bonito e solteiro”. Não satisfeitas ainda promoviam almoços e chás, nos O casamento e o amor na Idade Média
quais serviam um irresistível docinho coberto com chocolate granulado. Ao qual deram o (fragmento)
nome, claro, de brigadeiro. Nos séculos IX e X, as uniões matrimoniais eram constantemente combinadas
Almanaque das curiosidades, p. 89. sem o consentimento da mulher, que, na maioria das vezes, era muito jovem. Sua pouca
idade era um dos motivos da falta de importância que os pais davam a sua opinião. Diziam
A finalidade desse gênero de texto é que estavam conseguindo o melhor para ela. Essa total falta de importância dada à opinião
(A) propor mudanças. (C) advertir as pessoas. (E) orientar procedimentos. da mulher resultava muitas vezes em raptos. Como o consentimento da mulher não era
(B) refutar um argumento. (D) trazer uma informação. exigido, o raptor garantia o casamento e ela deveria permanecer ligada a ele, o que era
bastante difícil, pois os homens não davam importância à fidelidade. Isso acontecia talvez
principalmente pelo fato de a mulher não poder exigir nada do homem e de não haver uma
conduta moral que proibisse tal ato.
Ingo Muniz Sabage. O casamento e o amor na Idade Média. Internet:
http://www.milenio.com.br/ingo/ideias/hist/casament.htm. Acesso em 07/01/2007 (com
adaptações).
Sobre o “casamento arranjado”, o texto I e o texto II apresentam opiniões
(A) complementares. (B) duvidosas. (C) opostas. (D) preconceituosas.
(E) semelhantes.
10º) (D14) Leia o texto a seguir. (E) os ruídos vespertinos da cidade, com seus murmúrios constantes.
Sermão do Mandato
O primeiro remédio que dizíamos, é o tempo. Tudo cura o tempo. Tudo faz 12º) (D18) Leia o texto a seguir.
esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore, O Quiromante
quanto mais a corações de cera? São as afeições como as vidas, que não há mais certo de Há muitos anos atrás, havia um rapaz cigano que, nas horas vagas, ficava lendo
haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas, que partem do as linhas das mãos das pessoas.
centro para a circunferência, que tanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os O pai dele, que era muito austero no que dizia respeito à tradição cigana de
Antigos sabiamente pintaram o amor menino; porque não há amor tão robusto que chegue somente as mulheres lerem as mãos, dizia sempre para ele não fazer isso, que não era
a ser velho. De todos os instrumentos com que o armou a natureza, o desarma o tempo. ofício de homem, que fosse fazer tachos, tocar música, comerciar cavalos.
Afrouxa-lhe o arco, com que já não atira; embota-lhe as setas, com que já não fere; abre- E o jovem cigano teimava em ser quiromante. Até que um dia ele foi ler a sorte de
lhe os olhos, com que vê o que não via; e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A uma pessoa e, quando ela se virou de frente, ele viu, assustado, que ela não tinha mãos.
razão natural de toda esta diferença, é porque o tempo tira a novidade às cousas, A partir daí, abandonou a quiromancia.
descobre-lhe defeitos, enfastia-lhe o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as PEREIRA, Cristina da Costa. Lendas e histórias ciganas. Rio de Janeiro: Imago,
mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais amor? O mesmo amor é a causa de não 1991.
amar, e o de ter amado muito, de amar menos. O trecho “A partir daí, abandonou a quiromancia” (l.8) apresenta, com relação ao que foi
VIEIRA, Antônio. Sermão do Mandato. In: Sermões.8.ed.Rio de Janeiro: Agir, dito no parágrafo anterior, o sentido de
1980. (A) comparação. (B) condição. (C) consequência. (D) finalidade. (E)
Em “...para não serem as mesmas...” (l. 11-12), a expressão destacada refere-se a oposição.
(A) afeições. (B) asas. (C) cousas. (D) linhas. (E) setas.
13º) (D17) Leia o texto a seguir.
11º) (D11) Leia o texto a seguir. Câncer
As novas frentes de ataque
O Mato
Veio o vento frio, e depois o temporal noturno, e depois da lenta chuva que passou A ciência chega finalmente à fase de atacar o mal pela raiz sem efeito colateral.
toda a manhã caindo e ainda voltou algumas vezes durante o dia, a cidade entardeceu em A luta contra o câncer teve grandes vitórias nas últimas décadas do século 20,
brumas. Então o homem esqueceu o trabalho e as promissórias, esqueceu a condução e o mas deve-se admitir que houve também muitas esperanças de cura não concretizadas.
telefone e o asfalto, e saiu andando lentamente por aquele morro certo de um mato viçoso, Após sucessivas promessas de terapias revolucionárias, o século 21 começou com a
perto de sua casa. O capim cheio de água molhava seu sapato e as pernas da calça; o notícia de uma droga comprovadamente capaz de bloquear pela raiz a gênese de células
mato escurecia sem vaga-lumes nem grilos. tumorais. Ela foi anunciada em maio deste ano, na cidade de San Francisco, no EUA, em
Pôs a mão no tronco de uma árvore pequena, sacudiu um pouco, e recebeu nos uma reunião com a presença de cerca de 26 mil médicos e pesquisadores. A genética, que
cabelos e na cara as gotas de água como se fosse uma bênção. Ali perto mesmo a cidade já vinha sendo usada contra o câncer em diagnósticos e avaliações de risco, conseguiu,
murmurava, estava com seus ruídos vespertinos, ranger de bondes, buzinar impaciente de pela primeira vez, realizar o sonho das drogas “inteligentes”: impedir a formação de
carros, vozes indistintas; mas ele via apenas algumas árvores, um canto de mato, uma tumores. Com essas drogas, será possível combater a doença sem debilitar o organismo,
pedra escura. Ali perto, dentro de uma casa fechada, um telefone batia, silenciava, batia como ocorre na radioterapia e na quimioterapia convencional.
outra vez, interminável, paciente, melancólico. Alguém, com certeza já sem esperança, O próximo passo é assegurar que as células cancerosas não se tornem resistentes
insistia em querer falar com alguém. à medicação. São, portanto, várias frentes de ataque. Além das mais de 400 drogas em
Por um instante o homem voltou seu pensamento para a cidade e sua vida. Aquele testes, aposta-se no que já vinha dando certo, como a prevenção e o diagnóstico precoce.
telefone tocando em vão era um dos milhões de atos falhados da vida urbana. Pensou no Revista Galileu. Julho de 2001, p. 41.
desgaste nervoso dessa vida, nos desencontros, nas incertezas, no jogo de ambições e O conectivo “portanto”, (l.12), estabelece com as ideias que o antecedem uma relação de
vaidades, na procura de amor e de importância, na caça ao dinheiro e aos prazeres. Ainda (A) adversidade. (B) conclusão. (C) causa. (D) comparação. (E) finalidade.
bem que de todas as grandes cidades do mundo o rio é a única a permitir a evasão fácil
para o mar e a floresta. Ele estava ali num desses limites entre a cidade dos homens e a 14º) (D15) Leia o texto a seguir.
natureza pura; ainda pensava em seus problemas urbanos – mas um camaleão correu de O teatro da etiqueta
súbito, um passarinho piou triste em algum ramo, e o homem ficou atento àquela humilde No século XV, quando se instalavam os Estados nacionais e a monarquia absoluta
vida animal e também à vida silenciosa e úmida das árvores, e à pedra escura, com sua na Europa, não havia sequer garfos e colheres nas mesas de refeição: cada comensal
pele de musgo e seu misterioso coração mineral. trazia sua faca para cortar um naco da carne – e, em caso de briga, para cortar o vizinho.
ARRIGUCCI, Jr. Os melhores contos de Rubem Braga. São Paulo: Editora Global Nessa Europa bárbara, que começava a sair da Idade Média, em que nem os nobres
Ltda, 1985. sabiam escrever, o poder do rei devia se afirmar de todas as maneiras aos olhos de seus
No texto, o elemento que gera a história narrada é súditos como uma espécie de teatro. Nesse contexto surge a etiqueta, marcando momento
(A) a preocupação do homem com os problemas alheios. a momento o espetáculo da realeza: só para servir o vinho ao monarca havia um ritual que
(B) a proximidade entre a casa do homem e o morro com mato viçoso. durava até dez minutos.
(C) o desejo do homem de buscar alento próximo da natureza. Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço não
(D) o toque insistente do telefone em uma casa fechada e silenciosa. como simples peça de vestuário, mas para limpar o nariz, ninguém mais na corte de
Versalhes ousou assoar-se com os dedos, como era costume. Mas todas essas regras,
embora servissem para diferenciar a nobreza dos demais, não tinham a petulância que a
ESTUDO PARA O SPAECE
etiqueta adquiriu depois. Os nobres usavam as boas maneiras com naturalidade, para
marcar uma diferença política que já existia. E representavam esse teatro da mesma forma
Língua Portuguesa
para todos. Depois da Revolução Francesa, as pessoas começam a aprender etiqueta para 3º Estudo / 2022
ascender socialmente. Daí por que ela passou a ser usada de forma desigual – só na hora
de lidar com os poderosos. 16º) (D7) Leia o texto a seguir.
Revista Superinteressante, junho 1988, nº 6 ano 2. Animais no espaço
Nesse texto, o autor defende a tese de que Vários animais viajaram pelo espaço como astronautas.
(A) a etiqueta mudou, mas continua associada aos interesses do poder.
(B) a etiqueta sempre foi um teatro apresentado pela realeza. Os russos já usaram cachorros em suas experiências. Eles têm o sistema cardíaco
(C) a etiqueta tinha uma finalidade democrática antigamente. parecido com o dos seres humanos. Estudando o que acontece com eles, os cientistas
(D) as classes sociais se utilizam da etiqueta desde o século XV. descobrem quais problemas podem acontecer com as pessoas.
(E) as pessoas evoluíram a etiqueta para descomplicá-la. A cadela Laika, tripulante da Sputnik-2, foi o primeiro ser vivo a ir ao espaço, em
novembro de 1957, quatro anos antes do primeiro homem, o astronauta Gagarin.
15º) (D16) Leia o texto a seguir. Os norte-americanos gostam de fazer experiências científicas espaciais com
A língua está viva macacos, pois o corpo deles se parece com o humano. O chimpanzé é o preferido porque é
Ivana Traversim inteligente e convive melhor com o homem do que as outras espécies de macacos. Ele
Na gramática, como muitos sabem e outros nem tanto, existe a exceção da aprende a comer alimentos sintéticos e não se incomoda com a roupa espacial.
exceção. Isso não quer dizer que vale tudo na hora de falar ou escrever. Há normas sobre Além disso, os macacos são treinados e podem fazer tarefas a bordo, como
as quais não podemos passar, mas existem também as preferências de determinado autor acionar os comandos das naves, quando as luzes coloridas acendem no painel, por
– regras que não são regras, apenas opções. De vez em quando aparece alguém querendo exemplo.
fazer dessas escolhas uma regra. Geralmente são os que não estão bem inteirados da Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o espaço, em novembro de 1961, a
língua e buscam soluções rápidas nos guias práticos de redação. Nada contra. O problema bordo da nave Mercury / Atlas 5. A nave de Enos teve problemas, mas ele voltou são e
é julgar inquestionáveis as informações que esses manuais contêm, esquecendo-se de que salvo, depois de ter trabalhado direitinho. Seu único erro foi ter comido muito depressa as
eles estão, na maioria dos casos, sendo práticos – deixando para as gramáticas a pastilhas de banana durante as refeições.
explicação dos fundamentos da língua portuguesa. (Folha de São Paulo, 26 de janeiro de 1996)
(...)
Com informação, vocabulário e o auxílio da gramática, você tem plenas condições Entre as informações do texto acima, uma das principais é que
de escrever um bom texto. Mas, antes de se aventurar, considere quem vai ler o que você (A) o chimpanzé mais famoso viajou para o espaço a bordo da Mercury-Atlas 5.
escreveu. A galera da faculdade, o pessoal da empresa ou a turma da balada? As (B) os cientistas descobrem problemas que podem acontecer com as pessoas.
linguagens são diferentes. (C) a cadela Laika viajou ao espaço quatro anos depois de Gagarin.
Afinal, a língua está viva, renovando-se sem parar, circulando em todos os lugares, (D) a viagem do mais famoso macaco para o espaço aconteceu em 1961.
em todos os momentos do seu dia. Estar antenado, ir no embalo, baixar um arquivo, clicar (E) na nave espacial serviam pastilhas de banana durante as refeições.
no ícone – mais que expressões – são maneiras de se inserir num grupo, de socializar-se.
(Você S/A, jun. 2003.) 17º) (D22) Leia o texto a seguir.
A tese da dinamicidade da língua comprova-se pelo fato de que Prova falsa
(A) as regras gramaticais podem transformar-se em exceção.
(B) a gramática permite que as regras se tornem opções. Quem teve a ideia foi o padrinho da caçula – ele me conta. Trouxe o cachorro de
(C) a língua se manifesta em variados contextos e situações. presente e logo a família inteira se apaixonou pelo bicho. Ele até que não é contra isso de
(D) os manuais de redação são práticos para criar ideias. se ter um animalzinho em casa, desde que seja obediente e com um mínimo de educação.
(E) é possível buscar soluções práticas na hora de escrever. - Mas o cachorro era um chato – desabafou.
Desses cachorrinhos de caça, cheios de nhenhenhém, que comem comidinha
especial, precisam de muitos cuidados, enfim, um chato de galocha. E, como se isto não
bastasse, implicava com o dono da casa.
- Vivia de rabo abanando para todo mundo, mas quando eu entrava em casa vinha
logo com aquele latido fininho e antipático, de cachorro de francesa.
Ainda por cima era puxa-saco. Lembrava certos políticos da oposição, que
espinafram o ministro, mas quando estão com o ministro, ficam mais por baixo que tapete
de porão. Quando cruzavam num corredor ou qualquer outra dependência da casa, o
desgraçado rosnava ameaçador, mas quando a patroa estava perto, abanava o rabinho,
fingindo-se seu amigo.
- Quando eu reclamava, dizendo que o cachorro era um cínico, minha mulher Mas vocês não se lembram de nada, pô! Vai ver nem sabem o que é vaca. Nem o
brigava comigo, dizendo que nunca houve cachorro fingido e eu é que implicava com o que é leite. Estou falando isso porque agora mesmo peguei um pacote de leite – leite em
“pobrezinho”. pacote, imagina, Tereza! – na porta dos fundos e estava escrito que é pasterizado ou
Num rápido balanço poderia assinalar: o cachorro comeu oito meias suas, roeu a pasteurizado, sei lá, tem vitamina, é garantido pela embromatologia, foi enriquecido e o
manga de um paletó de casemira inglesa, rasgara diversos livros, não podia ver um pé de escambau.
sapato que arrastava para locais incríveis. A vida lá em casa estava se tornando Será que isso é mesmo leite? No dicionário diz que leite é outra coisa: “líquido
insuportável. Estava vendo a hora em que se desquitava por causa daquele bicho cretino. branco, contendo água, proteína, açúcar e sais minerais”. Um alimento pra ninguém botar
Tentou mandá-lo embora umas vinte vezes e era uma choradeira das crianças e uma defeito. O ser humano o usa há mais de 5.000 mil anos. É o único alimento só alimento. A
espinafração da mulher. carne serve pro animal andar, a fruta serve para fazer outra fruta, o ovo serve pra fazer
- Você é um desalmado – disse ela, uma vez. outra galinha (...) o leite é só leite. Ou toma ou bota fora.
Venceu a guerra fria com o cachorro graças à má educação do adversário. O Esse aqui examinando bem, é só pra botar fora. Tem chumbo, tem benzina, tem
cãozinho começou a fazer pipi onde não devia. Várias vezes exemplado, prosseguiu no feio mais água do que leite, tem serragem, sou capaz de jurar que nem vaca tem por trás desse
vício. Fez diversas vezes no tapete da sala. Fez duas na boneca da filha maior. Quatro ou negócio.
cinco vezes fez nos brinquedos da caçula. E tudo culminou com o pipi que fez em cima do Depois o pessoal ainda acha estranho que os meninos não gostem de leite. Mas,
vestido novo de sua mulher. como não gostam? Não gostam como? Nunca tomaram! Múúúúúúú!
- Aí mandaram o cachorro embora? – perguntei. Millôr Fernandes. O Estado de São Paulo. 22/08/1999.
- Mandaram. Mas eu fiz questão de dá-lo de presente a um amigo que adora
cachorros. Ele está levando um vidão em sua nova residência. Ao criar a palavra “embromatologia” (l. 6), o autor pretendeu ser
- Ué... mas você não o detestava? Como é que ainda arranjou essa sopa pra ele? (A) conciso. (B) sério. (C) formal. (D) cordial. (E) irônico.
- Problema de consciência – explicou: O pipi não era dele.
E suspirou cheio de remorso. 20º) (D21) Leia o texto a seguir.
PONTE PRETA, Stanislaw. Para gostar de ler. Gol de padre e outras crônicas. São Você não entende nada
Paulo: Ática, 1998. v. 23. p. 24-25.
Quando eu chego em casa nada me consola / Você está sempre aflita / Com lágrimas nos
O que gera humor no texto é o fato de olhos de cortar cebola / Você está tão bonita.
(A) a família se apaixonar pelo cachorro.
(B) a mulher dizer que nunca houve cachorro fingido. Você traz a coca-cola / Eu tomo / Você bota a mesa / Eu como, eu como, eu como, eu
(C) o cachorro fazer pipi onde não devia. como, eu como, você / Você não está entendendo nada do que eu digo. / Eu quero é ir
(D) o dono da casa achar o cachorro um chato. embora / Eu quero dar o fora.
(E) o pipi feito no vestido novo não ser do cachorro.
E quero que você venha comigo. / Todo dia, todo dia. / Quero que você venha comigo. (bis)
18º) (D20) Leia o texto a seguir.
A culpa é do dono? Eu me sento / Eu fumo / Eu como / Eu não aguento

A reportagem “Eles estão soltos” (17 de janeiro), sobre os cães da raça pit Bull que Você está tão curtida / Eu quero tocar fogo nesse apartamento / Mas você não acredita /
passeiam livremente pelas praias cariocas, deixou leitores indignados com a defesa que Traz meu café com suíta / Eu tomo / E bota a sobremesa / Eu como, eu como, eu como, eu
seus criadores fazem de seus animais. Um deles dizia que os cães só se tornam agressivos como, eu como / Você / Tem que saber que eu quero é correr mundo / Correr perigo / Eu
quando algum movimento os assusta. Sandro Megale Pizzo, de São Carlos, retruca que é quero é ir embora / Eu quero dar o fora.
difícil saber quais de nossos movimentos “assustariam” um pit Bull. De Siegen, na
Alemanha, a leitora Regina Castro Schaefer diz que pergunta a si mesma que tipo de gente E quero que você venha comigo. / Todo dia, todo dia. / Eu quero que você venha comigo.
pode ter como animal de estimação um cachorro que é capaz de matar e desfigurar (bis)
pessoas.
Veja, Abril. 28/2/2001. Traz a coca-cola / que eu tomo, que eu tomo. / Bota a sobremesa, que eu como. (bis)

O que sugere o uso de aspas na palavra “assustariam”? Eu quero que você venha comigo. / Todo dia, todo dia / Eu quero que você venha comigo.
(A) raiva. (B) ironia. (C) medo. (D) insegurança. (E) ignorância. (bis)
(VELOSO, Caetano. Literatura Comentada: Você Não Entende Nada. 2 Ed. Nova Cultura.
19º) (D20) Leia o texto a seguir. 1998)
Leite A repetição da expressão “eu quero”, em diversos versos, tem por objetivo
(A) fazer associações de sentido. (D) apresentar explicações novas.
Vocês que têm mais de 15 anos, se lembram quando a gente comprava leite em (B) refutar argumentos anteriores. (E) reforçar a expressão dos desejos.
garrafa, na leiteria da esquina? (...) (C) detalhar sonhos e pretensões.
21º) Leia o texto a seguir.
13 de Dezembro
ESTUDO PARA O SPAECE
Passei de carro pela Esplanada e vi a multidão. Estranhei aquilo. O motorista me
lembrou: “Hoje é 13 de dezembro, Dia de Santa Luzia. A igreja dela está cheia, ela protege
Língua Portuguesa
os olhos da gente”. 4º Estudo / 2022
Agradeci a informação, mas fiquei inquieto. Bolas, o 13 de dezembro tinha alguma
coisa a ver comigo e nada com Santa Luzia e sua eficácia nas doenças que ainda não
tenho. O que seria? 23º) Leia o texto a seguir.
Aniversário de um amigo? Uma data inconfessável, que tivesse marcado um Nem a educação pode ser superestimada como causa do desenvolvimento
relacionamento para o bom ou para o pior? econômico – já que há outros fatores igualmente importantes que, em igual ou menor
Não lembrava de nada de importante naquele dia, mas ele piscava dentro de mim. medida, contribuem para tal desenvolvimento – nem podem seus objetivos ser reduzidos à
E as horas se passaram iluminadas pelo intermitente piscar da luzinha vermelha dentro de promoção do desenvolvimento econômico – já que o fim da educação deve ser o da
mim. 13 de dezembro! Preciso tomar um desses tonificantes da memória, vivo em parte formação integral do homem. Nem por isso, entretanto, deixa de ser relevante a
dela e não posso ter brancos assim, um dia importante e não me lembro por quê. contribuição que a educação pode prestar à economia de um país. Durante o processo de
Somente à noite, quando não era mais 13 de dezembro, ao fechar o livro que desenvolvimento econômico, essa contribuição está diretamente relacionada com as
estava lendo, de repente a luz parou de piscar e iluminou com nitidez a cena noturna: eu transformações qualitativas que costumam ocorrer em todos os setores da atividade
chegando no prédio em que morava, no Leme, a Kombi que saiu dos fundos da garagem, o econômica e social.
homem que se aproximou e me avisou que o comandante do 1º Exército queria falar
comigo. (D5) O texto desenvolve-se, prioritariamente, em torno
Eram 11 horas da noite, estranhei aquele convite, nada tinha a falar com o general (A) da relação entre educação e desenvolvimento econômico.
Sarmento e não acreditava que ele tivesse alguma coisa a falar comigo. (B) do processo de desenvolvimento da economia de uma nação.
Mas o homem insistiu. E outro homem que saíra da Kombi já entrava dentro do (C) da evolução do sistema educacional.
meu carro, com uma pequena metralhadora. Naquela mesma hora, a mesma cena se (D) do caráter tecnocrático da educação.
repetia pelo Brasil afora, o governo baixara o Al-5, eu nem ouvira o decreto lido no rádio. (E) das modificações educacionais exigidas pelo avanço tecnológico e industrial.
Num motel da Barra, eu estivera à toa na vida, e meu amor me chamara e eu não vira a
banda passar. 24º) (D1) Segundo o texto,
Tantos anos depois, ninguém me chama nem me convida para falar com o (A) os progressos em educação dependem de épocas em que haja grande
comandante do 1º Exército. O País talvez tenha melhorado, mas eu certamente piorei. desenvolvimento econômico.
CONY, Carlos Heitor. Folha de São Paulo. 16/12/2001. (B) embora existam outros fatores influentes, a educação é o elemento mais decisivo para o
desenvolvimento econômico de um país.
(D23) A fala do motorista (l.2) é exemplo de linguagem (C) os objetivos da educação não devem visar à promoção do desenvolvimento econômico
(A) culta. (B) coloquial. (C) vulgar. (D) técnica. (E) regional. e social.
(D) a educação deve ter como fim a formação integral do homem e, portanto, não se deve
22º) (D18) No texto, o que gera a inquietação do narrador é o fato de ele ocupar com a formação de recursos humanos exigidos pela sociedade.
(A) constatar que não era um dia importante. (D) ver uma grande multidão na Esplanada. (E) o sistema educacional não deve visar unicamente ao desenvolvimento econômico de
(B) não se lembrar de algo muito importante. (E) verificar que a igreja estava cheia de fiéis. um país.
(C) saber que era dia de Santa Luzia.
25º) Leia o texto a seguir.
O enriquecimento (ampliação) de uma língua consiste em “usar”, “praticar” a
língua. As palavras são como peças de um complicado jogo. Jogando a gente aprende.
Aprende as regras do jogo. As peças usadas são as mesmas, mas nunca são usadas da
mesma maneira. No deixar-se carregar pelo jogo do uso somos levados às inúmeras
possibilidades da língua. As possibilidades são sempre diferentes, nunca iguais. Mas todas
as diferenças cabem na mesma identidade. Todas as palavras figuram nos vários discursos
como diferentes: diferentes são as palavras no discurso científico, literário, filosófico,
artístico, teológico. Mas cabem sempre na mesma identidade. São expressões possíveis da
linguagem. (Arcângelo R. Buzzi).

(D1) De acordo com o texto,


(A) as palavras da língua correspondem às peças do jogo.
(B) as palavras da língua correspondem às regras do jogo.
(C) as peças do jogo correspondem às regras do jogo.
(D) jogos diferentes exigem peças diferentes.
(E) frases diferentes exigem palavras diferentes. 31º) (D2) Leia o texto a seguir.
Nestes dias de Natal, a arte de comprar se reveste de exigências particularmente
26º) (D2) Segundo o texto, difíceis. Não poderemos adquirir a primeira coisa que se ofereça à nossa vista: seria uma
(A) quem joga combina palavras. vulgaridade. Teremos de descobrir o imprevisto, o incognoscível, o transcendente. Não
(B) quem joga combina regras. devemos também oferecer nada de essencialmente necessário ou útil, pois a graça destes
(C) quem fala combina peças. presentes parece consistir na sua desnecessidade e inutilidade. Ninguém oferecerá, por
(D) quem fala combina palavras. exemplo, um quilo (ou mesmo um saco) de arroz ou feijão, para a insidiosa fome que se
(E) tanto quem fala como quem joga combina regras. alastra por estes nossos campos de batalha; ninguém ousará comprar uma boa caixa de
sabonetes desodorantes para o suor da testa com que – especialmente neste verão –
27º) (D2) O texto afirma que teremos de conquistar o pão de cada dia. Não: presente é presente, isto é, um objeto
(A) seria útil aplicar, na aprendizagem das regras do jogo, o mesmo método que se extremamente raro e caro, que não sirva, a bem dizer, para coisa alguma.
emprega ao aprender uma língua.
(B) aprender uma língua é tão complicado como aprender as regras de um jogo. De acordo com o texto,
(C) as línguas são complicadas porque a maioria de suas regras são comparáveis a jogos (A) é bom estudar os preços do mercado natalino antes de efetuar as primeiras compras.
complexos. (B) ninguém faz compras de natal atendendo à funcionalidade dos presentes.
(D) o conhecimento das regras de jogos complicados facilita o entendimento das regras da (C) não há presentes úteis postos à disposição dos compradores durante as festas de natal.
língua. (D) as festas natalinas revestem-se invariavelmente de um caráter de superficialidade e
(E) se chega às possibilidades da língua da mesma forma que às regras do jogo, antirreligiosidade.
praticando. (E) os presentes natalinos têm de apresentar, não utilidade, mas a marca do significado
espiritual da data.
28º) (D2) A partir do texto pode-se concluir que
(A) nos diversos discursos – científico, literário etc. – as palavras devem ser diferentes 32º) (D2) Leia o texto a seguir.
porque é imperícia repetir as mesmas palavras. A primeira coisa é o ato. Em primeiro lugar, você faz, exerce sua liberdade, e são
(B) as palavras tornam-se diferentes nos diversos discursos graças às combinações os outros que estão interessados em rotular o que você faz. A melhor maneira de um
diferentes, como acontece com as peças no jogo. brasileiro se comportar não é, em primeiro lugar, saber o que é um homem brasileiro. Ele se
(C) a linguagem torna possível expressar os diferentes discursos porque possui um número comporta como um homem livre, os outros é que vão rotulá-lo de brasileiro.
muito grande de palavras.
(D) O que identifica um discurso linguístico com outro são certas expressões comuns que Infere-se do texto que, para um artista se reconhecer como brasileiro, ele deve
todos usam. (A) criar livremente, e depois ver, em sua criação, o que significa ser brasileiro.
(E) mudando o jogo, mudam-se as peças; mudando o discurso, mudam-se igualmente as (B) procurar adequar-se às tendências e gostos historicamente definidos como traços da
palavras. cultura brasileira.
(C) tentar conhecer o espírito de sua prática e, aos poucos, incorporar-se a esta grande
29º) (D3) “... teológico...” (sublinhado) refere-se comunidade popular.
(A) aos santos (B) à igreja (C) à moral e aos bons costumes (D) a Deus (E) à (D) definir os traços que caracterizam os brasileiros, para depois criar de acordo com essa
lógica caracterização.
(E) observar outros artistas brasileiros, para conferir se possui traços em comum com eles.
30º) (D2) Leia o texto a seguir e responda à questão.
Na década de sessenta, voltou o vidro laminado, melhorado pelos laboratórios das 33º) (D2) Leia o texto a seguir.
montadoras norte-americanas. Continuou sendo constituído de duas placas de vidro polido; Ah, os casais de antigamente! Como eram plácidos e sábios e felizes e serenos...
apenas a lâmina intermediária de celulose foi substituída por uma película plástica, a resina (Principalmente vistos de longe. E as angústias e renúncias, e as longas humilhações
polivinil butiral, de 0,76mm. Um material de transparência perfeita, com um certo grau de caladas? Conheci um casal de velhos bem velhinhos, que era doce ver – os dois sempre
elasticidade. Em caso de choque, a tendência é trincar como uma teia de aranha, mas o juntos, quietos, delicados. Ele a desprezava. Ela o odiava.)
cristal permanece grudado à camada plástica.
De acordo com o texto, os casais de antigamente
De acordo com o texto, (A) eram felizes e serenos porque sabiam enfrentar suas angústias.
(A) a lâmina de celulose dota o vidro de uma transparência cristalina. (B) suportavam calados longas humilhações porque eram sábios e plácidos.
(B) a película plástica é muito mais elástica do que a lâmina de celulose. (C) não brigavam porque sabiam renunciar a seus caprichos.
(C) a aderência do vidro à lâmina de celulose impedia-o de estilhaçar-se em caso de (D) tinham forte estrutura moral e psíquica que lhes permitia viver bem.
choque. (E) eram plácidos e sábios e felizes e serenos apenas na aparência.
(D) por reter o cristal grudado a si, a película plástica pode perder a elasticidade de que é
dotada. 34º) Leia o texto a seguir.
(E) a troca da celulose pela resina plástica representou uma melhora do vidro laminado. Partindo da unidade básica de funcionamento do cérebro, que é uma célula
conhecida como neurônio, e comparando-a com a memória de um computador, percebe-se
que as diferenças entre este e aquele são muitas. Isto porque o computador é um
processador determinístico, operando sempre de acordo com as entradas. Já o cérebro
ESTUDO PARA O SPAECE
humano é uma espécie de computador probabilístico, que funciona através de associações. Língua Portuguesa
(D2) De acordo com o texto, 5º Estudo / 2022
(A) o computador, ao contrário do cérebro humano, determina as entradas de informação.
(B) o cérebro humano tem seu funcionamento determinado pela entrada de informações na
memória. 37º) (D2) Leia o texto a seguir.
(C) a semelhança entre o computador e a memória humana está em que ambos funcionam “Quando Deus me mandou a cegueira”... gritava ele. Realmente, sua órbita direita
de acordo com as probabilidades das informações nele armazenadas. era vazia e nela cintilava um olho de vidro. Essa calota de louça era imóvel, fixa, dura, e
(D) a diferença fundamental entre o cérebro humano e o computador reside nos princípios luzia como uma joia, como a estrela-d'alva, dentro das pálpebras que não piscavam.
de funcionamento de um e de outro. Contrastava com o lado são, que se esbatia suavemente no azulado opalescente do arco
(E) o cérebro humano e o computador, apesar das muitas diferenças entre eles, funcionam senil e que estava sempre lacrimejando, como se fosse desfazer-se. Ninguém conseguia
com a mesma unidade básica, o neurônio. sustentar aquele olhar feito da mistura de uma expressão doce vinda da esquerda e uma
expressão iracunda vinda da direita.
35º) (D2) Infere-se do texto que
(A) o computador poderá funcionar como um cérebro humano, se se conseguir acoplar De acordo com a descrição,
neurônios a ele. (A) o olhar da personagem era difícil de sustentar, em virtude de um certo estrabismo que
(B) o cérebro e o computador são igualmente aptos a processar informações, ainda que a parecia cruzar o olho direito com o esquerdo.
partir de comportamentos diferentes. (B) a cegueira da personagem advinha da impossibilidade de coordenar o olho direito com
(C) o neurônio iguala, em seu funcionamento, a memória de um computador. o olho esquerdo.
(D) o cérebro humano, diferindo do computador em sua constituição, funciona, no entanto, (C) o olho sadio da personagem, úmido e brilhante, piscava constantemente, como uma
da mesma maneira que este. estrela que luzisse no azul do céu.
(E) é possível criar máquinas copiando o funcionamento do cérebro humano. (D) a impressão de cólera que a personagem inspirava provinha da dureza e da fixidez do
seu olho de vidro.
36º) (D2) Leia o texto a seguir. (E) o olho de vidro da personagem era de tal maneira duro, que a irritação das pálpebras o
Para que sua produção cresça continuamente, mesmo indústrias tecnicamente fazia lacrimejar constantemente.
competentes fabricam bens precários, cuja vida útil é relativamente curta; o consumidor,
habituado ao uso de um produto, não hesitará em adquirir um outro quando o seu vier a 38º) Leia o texto a seguir.
estragar-se. Segundo o texto,
(A) a indústria poderia produzir menos objetos, todos de melhor qualidade, mas os Sampa
compradores preferem sempre um produto novo, do último tipo. Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
(B) a produção de bens de qualidade favorece tanto a indústria, que vende sempre mais, chamei de mau gosto o que vi de mau gosto o mau gosto é
quanto o consumidor, que tem sempre à disposição artigos duráveis. que Narciso acha feio o que não é espelho
(C) para o consumidor não constitui problema a baixa qualidade dos produtos, já que tem e à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
disponibilidade econômica para adquirir quantos quiser. nada do que era antes quando não somos mutantes
(D) a produção de bens com defeitos induz o consumidor a comprar, de uma só vez, mais e foste um difícil começo afasto o que não conheço
de um produto. e quem vem de outro sonho feliz de cidade
(E) a fim de expandir sua produção, a indústria baixa a qualidade dos produtos que põe no aprende depressa a chamar-te de realidade
mercado. porque és o avesso do avesso do avesso do avesso.
do povo oprimido nas filas nas vilas favelas
da força da grana que ergue e destrói coisas belas
da feia fumaça que sobe apagando as estrelas
eu vejo surgir teus poetas de campos e espaços
tuas oficinas de florestas teus deuses da chuva
Pan-américas de Áfricas utópicas túmulo do samba
mais possível novo Quilombo de Zumbi
e os novos baianos passeiam na tua garoa
e os novos baianos te podem curtir numa boa
Caetano Veloso
(D8) O nome criado para título dessa composição – SAMPA – expressa uma relação entre
(A) São Paulo – Salvador (B) São Paulo – Samba (C) Salvador – Samba
(D) Av. Ipiranga – Av. São João (E) Av. São João – Samba
(E) o protagonista é um exímio beijador, pois fora treinado por sua mãe.
39º) (D2) O texto constrói uma análise da cidade. Para isso, o autor usa inicialmente:
(A) suas impressões pessoais. (D) a descrição objetiva da cidade. 46º) (D2) Infere-se do texto que
(B) as informações que obteve de outros. (E) as impressões dos habitantes da (A) para o autor o mundo era ruim, pois fazia-o ter recordações da infância.
cidade. (B) o protagonista beijou Maria porque tinha a certeza de que ela dormia.
(C) a enumeração de dados importantes. (C) o que estava dificultando a consumação do beijo era a boca encanudada do
protagonista.
40º) (D3) O sentido do verso “... é que Narciso acha feio o que não é espelho” pode ser (D) o ato de fechar os olhos reveste-se de um caráter encorajador da atitude do
encontrado também em protagonista.
(A) “porque és o avesso do avesso do avesso do avesso”. (E) o beijo dado pelo protagonista em Maria nada tinha de sensual.
(B) “à mente apavora o que ainda não é mesmo velho”.
(C) “nada do que não era antes quando não somos mutantes”. 47º) (D17) No texto “Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em
(D) “quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto chamei de mau gosto o que vi”. importância e gravidade ao da educação. Nem mesmo os de caráter econômico lhe podem
(E) “quem vem de outro sonho feliz de cidade aprende depressa a chamar-te de realidade”. disputar a primazia nos planos de reconstrução nacional. Pois, se a evolução orgânica do
sistema cultural de um país depende de suas condições econômicas, é impossível
41º) (D2) “À mente apavora o que ainda não é mesmo velho”. – o verso revela desenvolver as forças econômicas ou de produção sem o preparo intensivo das forças
(A) o medo que todos os homens sentem diante da velhice. culturais.” A conjunção destacada estabelece uma relação de
(B) a ânsia do ser humano pela renovação. (A) concessão. (B) alternância. (C) condição. (D) adição. (E) oposição.
(C) a aversão a tudo que já é velho e desgastado.
(D) a procura incessante do homem que, como um ser mutante, busca sempre uma nova 48º) Leia o texto a seguir.
emoção. Pessoas, Trabalho e Significado
(E) a resistência do homem àquilo que rompe com os padrões já incorporados. Grande parte das nossas vidas transcorre em locais de trabalho. Gastamos horas
desenvolvendo tarefas que, aparentemente, não possuem um relacionamento estreito com
42º) (D2) Nos versos 10, 11 e 12, o autor a nossa pessoa.
(A) intensifica a caracterização dos aspectos negativos da cidade. A maioria dos seres humanos é constrangida a trabalhar pelo simples fato de que
(B) utiliza repetições desnecessárias de palavras. trabalho significa especialmente sobrevivência. Esta ideia que é uma realidade nos está a
(C) alude à dificuldade de adaptação em São Paulo, sofrida pelos novos baianos. indicar que o trabalho aparece como um elemento constrangedor, se olhado na referência
(D) trabalha um jogo sonoro sem sentido. imediata de preenchedor das necessidades básicas.
(E) não menciona aspectos negativos da cidade. Na cultura tecnológica, o trabalho adquiriu um extraordinário relevo e parece que é
muito difícil os seres humanos poderem viver sem trabalhar. O caráter obrigatório do
43º) (D3) Observe o trecho extraído de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado trabalho lhe dá um significado punitivo, e muitos indivíduos o encaram desta maneira.
de Assis: “Obra de finado. Escrevi-a com a pena da galhofa e a tinta de melancolia, e não é A situação do trabalhador adulto é bastante complexa em nossa sociedade, já que
difícil antever o que poderá sair desse conúbio.” Aponte a alternativa que contém um os trabalhos estão indicados e hierarquizados de acordo com os níveis de preparo e
sinônimo da palavra grifada especialização.
(A) consenso (B) junção (C) epitalâmia (D) epístola (E) conflito Não adianta, pois, pensamentos no valor do trabalho como livre escolha já que,
cada vez mais, se impõe a obrigatoriedade de ter um treinamento, muitas vezes demorado,
44º) (D11) O narrador utiliza no fragmento: “(...) Até que meu nariz tocou num pescocinho para assumir uma tarefa adequada na cultura contemporânea.
roliço. Então fui empurrando os meus lábios, tinha uns bonitos lábios grossos, nem eram (Juan Mosquera, As Ilusões e os Problemas da Vida).
lábios, eram beiços, minha boca foi ficando encanudada até que encontrou o pescocinho (D2) Infere-se do 5º parágrafo que
roliço. Será que ela dorme de verdade? ... Me ajeitei muito sem-cerimônia, mulherzinha! E (A) Grande parte das pessoas trabalha em atividades incompatíveis com suas vocações.
então beijei. Quem falou que este mundo é ruim! Só recordar... Beijei Maria, rapazes! Eu (B) O trabalho é a principal fonte de realização profissional dos indivíduos.
nem sabia beijar, está claro, só beijava mamãe, boca fazendo bulha, contacto sem nenhum (C) O caráter obrigatório do trabalho, na cultura tecnológica, transforma-o em principal
calor sensual.” forma de sobrevivência.
(A) discurso direto. (D) A especialização e o nível de preparo dos trabalhadores garantem-lhes uma
(B) discurso indireto. sobrevivência digna.
(C) discurso indireto livre. (E) No mundo moderno, cada vez mais é necessária a qualificação do trabalhador.
(D) discurso direto e indireto.
(E) discurso indireto livre e direto. 49º) (D7) A ideia principal do texto é que
45º) (D2) Pode-se depreender do texto que (A) é possível o homem viver sem trabalhar.
(A) Maria tinha os lábios grossos, verdadeiros beiços. (B) o preparo vem substituindo as atividades de escolha livre.
(B) a mãe do autor lhe ensinara o que era a sensualidade do beijo. (C) atualmente o trabalho assume mais caráter obrigatório do que de livre escolha.
(C) a expressão “veio a noite” representa, metaforicamente, o fechar dos olhos. (D) há, na sociedade atual, atividades hierarquizadas por especializações.
(D) o momento da ação é a noite, e o cenário, a casa da mãe do protagonista. (E) há trabalhos que são vistos com desagrado, como castigos.
50º) (D3) A frase: “Gastamos horas desenvolvendo tarefas que, aparentemente, não
ESTUDO PARA O SPAECE
possuem um relacionamento estreito com a nossa pessoa.” (linhas 1 a 3) pode ser reescrita
como
Língua Portuguesa
(A) Em locais de trabalho grande parte de nossas vidas transcorre. 6º Estudo / 2022
(B) Horas são gastas por nós desenvolvendo tarefas que, aparentemente, não possuem um
relacionamento estreito conosco.
(C) Esta ideia, uma realidade, indica para nós: o trabalho aparece como um elemento 51º) (D17) Leia o texto a seguir.
constrangedor. “Sempre lutei muito. Minha família veio para a cidade porque fui despedido quando as
(D) O caráter obrigatório do trabalho dá-nos um significado punitivo, tanto que muitos máquinas chegaram lá na Usina [...]”
indivíduos o encaram desta maneira. Depoimento de integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), de
(E) A situação do trabalhador adulto é bastante complexa em nossa sociedade, uma vez Corumbá, MS.
que os trabalhos estão hierarquizados e indicados de acordo com os níveis de preparo e No fragmento, quais as circunstâncias expressas pelas orações sublinhadas?
especialização. (A) Condição e comparação. (D) Causa e conformidade.
(B) Causa e tempo. (E) Finalidade e tempo.
Questões bônus: (C) Tempo e proporção.
1ª) Todas as palavras estão corretamente grafadas e acentuadas na frase:
(A) A reminicência dos espelhos côncavos e convexos levou o autor a expecular sobre a 52º) (D3) Leia o texto a seguir.
consistência da alma. O navio negreiro
(B) A assepção da palavra ilusão era desconhecida pelas crianças, o que não impedia que [...] Stamos em pleno mar... abrindo as velas / Ao quente arfar das virações marinhas, /
elas descriminassem entre o que era fato e o que era impressão. Veleiro brigue* corre à flor dos mares / Como roçam na vaga as andorinhas... // [...] Senhor
(C) Quando somos condecendentes com as imagens que os outros têm de nós, tornamos- Deus dos desgraçados! / Dizei-me vós, Senhor deus! / Se é loucura... se é verdade / Tanto
nos cumplices do equivoco alheio. horror perante os céus... / Ó mar! Por que não apagas / Co’a esponja de tuas vagas / De
(D) Acreditar na consistência da imagem que os outros fazem de nós em nada contribui teu manto este borrão? [...]
para o reconhecimento da nossa personalidade íntegra e verdadeira. CASTRO ALVES, Antônio de. Poesia. 4. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1972.
(E) No ambito de uma pequena crônica, o autor trata de um tema que bem poderia ser *brigue = tipo de embarcação.
objeto de uma ampla pesquiza em Psicologia.
Nesta parte do poema, o poeta Castro Alves, revoltado com as cenas terríveis que vê no
2ª) Está correta a grafia de todas as palavras do seguinte comentário: navio negreiro, lança seu protesto, dirigindo-se a Deus e à natureza e o faz
(A) Uma das iniciativas encontornáveis da cidadania está em se ezercer a consciência metaforicamente. No fragmento, “borrão”, em sentido metafórico, refere-se a
crítica, aplicada aos fatos da realidade. (A) mar. (B) andorinha. (C) flor. (D) navio negreiro. (E) vagas.
(B) Recusando os privilégios dos que se habituaram a viver em grupos autônomos, o texto
propõe o acesso de todos a todas as instâncias sociais. 53º) (D21) Leia o texto a seguir.
(C) Ninguém deve se ezimir de cobrar do Estado a prezervação do princípio de igualdade
como um direito básico da cidadania.
(D) Constitue dever de todos manter ou readquirir a crença em que seja possível a vijência
social dos princípios da igualdade e da solidariedade.
(E) O que se atribue a um cidadão, como direito básico, deve constituir-se em direito básico
de todos os cidadãos, indescriminadamente.
O uso da forma verbal no imperativo foi usado para (B) os dois poetas, separados por mais de 400 anos, revelam características formais
(A) informar ao interlocutor sobre a importância do dinheiro. semelhantes.
(B) convencer o interlocutor a economizar energia. (C) M. Bandeira optou por novos recursos formais para exprimir sua visão do mundo.
(C) demonstrar que a economia de energia é algo hipotético. (D) no texto de Camões, há o recurso da rima, elemento formal imprescindível em todo
(D) conceituar “dinheiro” e promover a economia de energia. poema.
(E) argumentar a favor do desperdício de energia. (E) a preocupação com a forma, no poema de Bandeira, prejudicou o desenvolvimento do
tema.
54º) (D5) Leia o texto a seguir.
Vidas Secas 56º) (D2) Leia o texto a seguir.
A vida na fazenda se tornara difícil. Sinha Vitória benzia-se tremendo, manejava o Você é um número
rosário, mexia os beiços rezando rezas desesperadas. Encolhido no banco do copiar, [...] Vamos ser gente, por favor. Nossa sociedade está nos deixando secos como
Fabiano espiava a catinga amarela, onde as folhas secas se pulverizavam, trituradas pelo um número seco, como um osso branco seco exposto ao sol. Meu número íntimo é 9. Só.
redemoinhos, e os garranchos se torciam, negros, torrados. [...] 8. Só. 7. Só. Sem somá-los nem transformá-los em novecentos e oitenta e sete. Estou me
RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. São Paulo: Martins, 1967. classificando com um número? Não, a intimidade não deixa. Vejam, tentei várias vezes na
vida não ter número e não escapei. O que faz com que precisemos de muito carinho, de
Qual dos trechos apresenta a mesma característica temática do fragmento acima? nome próprio, genuinidade. [...]
(A) “Com arranco, calou-se. Como arrependido de ter começado assim, de evidente. Contra LISPECTOR, Clarice. In: City News.
que aí estava com o fígado em más margens; pensava, pensava. [...]” (Guimarães Rosa) O trecho ao lado revela
(B) “Uma vida completa pode acabar numa identificação tão absoluta com o não-eu que (A) necessidade de autenticidade e de sentimentos.
não haverá mais um eu para morrer.” (Clarice Lispector). (B) apelo veemente às ciências matemáticas.
(C) “[...] — Pois fui sempre lavrador, / lavrador de terra má; / não há espécie de terra / que (C) aceitação passiva a todas as regras impostas.
eu não possa cultivar. / — Isso aqui de nada adianta, / pouco existe o que lavrar;” (João (D) luta por uma sociedade mais individualista.
Cabral de Melo) (E) total valorização quantitativa do homem.
(D) “Catar feijão se limita com escrever / joga-se os grãos na água do alguidar / e as
palavras na folha de papel; / e depois, joga-se fora o que boiar.” (João Cabral de Melo) 57º) (D22) Leia o texto a seguir.
(E) “[...] Quando horas depois a atmosfera em casa acalmou-se, minha irmã me penteou e
pintou-me. Mas alguma coisa tinha morrido em mim [...].” (Clarice Lispector)

55º) (D13) Leia os textos a seguir.


TEXTO 1: Os Lusíadas, VI, 8 Na tirinha há uma ironia em relação
No mais interno fundo das profundas (A) à habilidade que tem Mafalda de jogar
Cavernas altas, onde o mar se esconde, com as palavras.
Lá donde as ondas saem furibundas, (B) à distância existente entre o ensino e
Quando às iras do vento o mar responde, a realidade.
Netuno mora e moram as jucundas (C) à comparação do que é ensinado com
Nereidas e outros Deuses do mar, onde a fala de um bebê.
As águas campo deixam às cidades (D) à repetição constante da mesma vogal
Que habitam estas úmidas Deidades. em palavras próximas, numa frase.
CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. Obras Completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988. (E) ao uso de um código especial para
TEXTO 2: A Onda facilitar o entendimento das frases.
a onda anda
aonde anda
a onda?
a onda ainda
ainda onda
ainda anda
aonde?
aonde?
a onda a onda 58º) (D17) Leia o texto a seguir.
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olimpio, 1998. O Brasil não deve fabricar a
Analisando-se os textos 1 e 2, pode-se concluir que: bomba atômica.A bomba atômica não é elemento efetivo de segurança nacional. Seu
(A) Camões já utilizava uma forma mais livre, destacando os recursos sonoros. emprego como dissuasório, ainda que discutível, só vale no plano das duas grandes
potências nucleares, que não são grandes porque têm a bomba atômica, mas têm a bomba
atômica porque são grandes.
Nas mãos de potências menores, a bomba atômica perde muito desse sentido e ESTUDO PARA O SPAECE
representa mais um risco de guerra do que uma garantia de paz. Sua presença no arsenal
de países mal-organizados e, portanto, sem a infra-estrutura não só militar, como civil, que Língua Portuguesa
dá o sentido pleno de segurança nacional, é uma tentação perigosa de querer compensar o
desequilíbrio efetivo por uma ação de surpresa. A bomba atômica adquire nesse caso um 7º Estudo / 2022
sentido de ofensiva. Não vejo como qualquer razão de segurança nacional poderia levar o
Brasil de hoje a uma aventura cara e ao mesmo tempo inútil. A bomba atômica também não 60º) (D13) Leia os textos a seguir.
é condição necessária para o desenvolvimento nuclear de um país. [...] Fragmento A
CUNHA, Almirante Otacílio. Revista Realidade. [...] sempre que se começa a ter amor a alguém, no ramerrão, o amor pega e
cresce é porque, de certo jeito, a gente quer que isso seja, e vai, na idéia, querendo e
Que opção apresenta uma relação correta de causa e consequência entre os elementos do ajudando: mas, quando é destino dado, maior que o miúdo, a gente ama inteiriço, fatal,
texto, segundo o autor? carecendo de querer, e só um facear com as surpresas. Amor desse cresce
(A) “bomba atômica” (linha 5); “garantia de paz” (linha 6). primeiro; brota é depois. [...]
(B) “são grandes [potências]” (linhas 3 e 4); “bomba atômica” (linhas 3 e 4). ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. 5. ed. Rio de Janeiro: José Olympio,
(C) “aventura cara” (linha 11); “bomba atômica” (linha 9). 1967.
(D) “bomba atômica” (linha 1); “segurança nacional” (linha 2).
(E) “bomba atômica” (linha 11); “condição de desenvolvimento nuclear” (linhas 11-12). Fragmento B
Meu amor é simples, Dora,
59º) (D14) Leia o texto a seguir. Como a água e o pão.
Como o céu refletido
Nas pupilas de um cão.
PAES, José Paulo. Um por todos, poesia reunida. São Paulo: Brasiliense, 1986.

Que opção analisa corretamente os fragmentos?


(A) Os fragmentos A e B tratam do sentimento próximo ao amor.
(B) Os fragmentos A e B assemelham-se pelo emprego da linguagem.
(C) Os fragmentos A e B têm temática semelhante e formas diferentes.
(D) O fragmento A revela muito pouco o sentimento do eu-lírico.
A palavra “aí”, na 4º fala da personagem, pode (E) O fragmento A revela o sentimento amoroso e o B analisa-o.
ser substituída por
(A) também. 61º) (D21) Leia o texto a seguir.
(B) nunca. Leveza
(C) contudo. Leve é o pássaro
(D) aliás. e a sua sombra voante,
(E) então. mais leve
E a cascata aérea
de sua garganta,
mais leve

E o que lembra, ouvindo-se


deslizar seu canto,
mais leve

E a fuga invisível
do amargo passante,
mais leve.
MEIRELES, Cecília. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.

A repetição da expressão “mais leve” foi utilizada para


(A) aproximar elementos contrastantes.
(B) provocar redundância.
(C) realçar uma ideia. 65º) Leia o texto a seguir.
(D) estabelecer oposição entre as ideias apresentadas. A CONSTITUIÇÃO é cristalina ao consagrar, em diversas passagens e com vigor, a
(E) valorizar a linguagem através do exagero. liberdade de expressão. No parágrafo 1º do artigo 220, o legislador determina,
inequivocadamente, que "nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir
62º) (D3) Leia o texto a seguir. embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de
Erro de português comunicação social." Na prática, porém vige um diploma legal que, em alguns pontos,
Quando o português chegou afronta o princípio tão claramente afirmado na carta. Trata-se de Lei 9.504, de 1997, a Lei
Debaixo duma bruta chuva Eleitoral.
Vestiu o índio (folha de S. Paulo)
Que pena! (D2) No texto
Fosse uma manhã de sol (A) a Constituição é avaliada com texto marcado pela ambiguidade.
O índio tinha despido (B) confirma-se a defesa da liberdade de expressão na Lei 9.504.
O português. (C) os dois primeiros períodos relacionam-se por meio da contradição de ideias.
ANDRADE, Oswald de. Erro de português. Poesias reunidas. 5. ed. Rio de Janeiro: (D) o penúltimo período apresenta um fato que contraria o que foi dito anteriormente.
Civilização Brasileira, 1978. (E) Lei Eleitoral (última linha) opõe-se a diploma legal (linhas anteriores).

As expressões: “Vestiu o índio” (verso 3) e “tinha despido o português” (versos 6 e 7) 66º) (D3) O termo : "inequivocadamente" presente no texto dá a ideia de
referem-se (A) engano (B) desengano (C) certeza (D) incerteza (E) indeterminação
(A) ao conhecimento dos acontecimentos da História do Brasil.
(B) ao relacionamento cordial entre índios e portugueses. 67º) (D3) A palavra "Carta" inserida no texto, tem o sentido de
(C) ao simples desejo de brincar com fatos históricos. (A) missiva (B) correspondência (C) constituição (D) comunicação (E) artigo
(D) à postura crítica frente à ambiguidade de situações.
(E) aos fatos importantes no relacionamento índio/português. 68º) (D3) A CONSTITUIÇÃO é cristalina ... A palavra cristalina significa
(A) perfeita (B)irreparável (C) de cristal (D) confusa (E) claríssima
63º) (D18) Leia o texto a seguir.
“[...] Desceram a ladeira, atravessaram o rio seco, tomaram rumo para o sul. [...]” 69º) (D3) A palavra "princípio" presente no texto é o mesmo que
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 71 ed. Rio de Janeiro: Record. (A) fundamento (B) começo (C) antecedente (D) sentença (E) opinião

Que ideia as orações deste período exprimem? 70º) (D2) Leia o trecho publicitário a seguir.
(A) Explicação. (B) Conclusão. (C) Alternância. (D) Oposição. (E) Adição. Fotografe os bons momentos agora, porque depois vem o casamento.

64º) (D3) Leia o texto a seguir. A interpretação sugerida é que


A hora e a vez de Augusto Matraga (A) casamento não merece fotografias.
[...] Joãozinho Bem Bem se sentia preso a Nhô Augusto por uma simpatia (B) a felicidade após o casamento dispensa fotografias.
poderosa, e ele nesse ponto era bem assistido, sabendo prever a viragem dos climas e (C) compromissos assumidos no casamento limitam os momentos dignos de fotografia.
conhecendo por instinto as grandes coisas. Mas Teófilo Sussuarana era bronco (D) casamento é uma segunda etapa a vida que também merece ser fotografada.
excessivamente bronco, e caminhou para cima de Nhô Augusto. Na sua voz: (E) casamento é uma cerimônia que exige fotografias exclusivas.
— Êpa! Nomopadrofilhospritossantamein! avança cambada de filhos-da-mãe, que
chegou minha vez! [...] 71º) (D11) Leia o texto a seguir.
ROSA, Guimarães. A hora e a vez de Augusto Matraga. In: _____ Sagarana,14 ed. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1971. Os acontecimentos conduzem os homens
E assim vai a vida... Os acontecimentos que até aqui se desenrolaram e em que
Que significados sugerem respectivamente as palavras “viragem” e “bronco” no fragmento? desempenhei ora o papel do ator principal, ora o de espectador, mudaram, por completo, as
(A) Alternância – tímido. (D) Combinação – agressivo. intenções deste livro. Naquela noite de Natal, ao início destas notas expus o plano de ir
(B) Mudança – grosseiro. (E) Transformação – simpático. alinhando apontamentos que permitissem publicar, mais tarde, um livro de memórias.
(C) Permanência – extrovertido. Estava então concebendo qualquer coisa, e essa coisa se me agitava no ventre,
reclamando lugar ao sol.
ANJOS, Ciro dos. O amanuense Belmiro. 79 ed. Rio de Janeiro: José Olympio. 1971, p. 70-
3.

Do texto, podemos dizer sobre o personagem-narrador que


(A) organiza a sua caderneta de notas.
(B) prepara notas sobre encontros natalinos.
(C) escreve a história de sua vida.
(D) despreza a ideia de ser ator principal.
ESTUDO PARA O SPAECE
(E) adoece durante a noite de Natal. Língua Portuguesa
72º) (D3) Leia o texto a seguir. 8º Estudo / 2022
No caminho com Maiakóvski
[...] Na segunda noite, já não se escondem: 74º) (D7) Leia o texto a seguir.
pisam as flores, Pronominais
matam nosso cão, Dê-me um cigarro
e não dizemos nada. Diz a gramática
Até que um dia, Do professor e do aluno
o mais frágil deles E do mulato sabido
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e, Mas o bom negro e o bom branco
conhecendo nosso medo, Da nação brasileira
arranca-nos a voz da garganta. Dizem todos os dias:
E já não podemos dizer nada. [...] Deixa disso camarada.
COSTA, Eduardo Alves da. No caminho com Maiakóvski. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1985. Me dá um cigarro!
ANDRADE, Oswald de. São Paulo: Círculo do Livro, [s.d..].
No texto, as expressões “a luz” (verso 8) e “a voz da garganta” (verso 10) podem significar
metaforicamente A principal ideia do texto é que há
(A) o sentido da visão e o poder do grito. (A) um erro gramatical cometido geralmente pelas pessoas.
(B) a razão de existir e o direito de protestar. (B) uma valorização do homem culto através das expressões “o bom negro” e “o bom
(C) o modo de agir e a possibilidade de expressar-se. branco”.
(D) o elo com o futuro e a obrigação de falar. (C) uma utilização do soneto sem rimas que é típico da poesia parnasiana.
(E) o nascer do dia e o desejo de gritar. (D) uma critica, com irreverência, às normas gramaticais da língua culta.
(E) uma valorização do uso de uma linguagem tradicional ensinada nas escolas.
73º) (D5) Leia o texto a seguir.
Cuidados essenciais 75º) (D5) Leia o texto a seguir.
A partir dos 45 anos, os homens devem visitar anualmente um urologista para Do estilo
diagnosticar precocemente doenças como o câncer de próstata. O alerta é da Sociedade Fere de leve a frase... E esquece... Nada
Brasileira de Urologia. O tumor é o segundo tipo de câncer mais comum no sexo masculino Convém que se repita...
e, se for diagnosticado cedo, pode ser tratado com sucesso.“É uma doença que pode ter Só em linguagem amorosa agrada
cura se descoberta a tempo,” reforça o urologista Luis Rios. A mesma coisa cem mil vezes dita.
Isto É. Nº 1751. 23 de abril de 2003. QUINTANA, Mário. In: Os melhores poemas de Mário Quintana. 2 ed. São Paulo: Global,
1985.
Que opção pode sintetizar a ideia central do texto? Que opção apresenta uma ideia contida no texto?
(A) A ocorrência de doenças próprias do sexo masculino. (A) A repetição de palavras é um recurso fundamental de estilo.
(B) A necessidade de informações sobre a saúde das pessoas. (B) No discurso amoroso, a repetição de palavras é valorizada.
(C) A cura do câncer em homens de 45 anos no Brasil. (C) A repetição de palavras resgata sentimentos nobres.
(D) A possibilidade de cura do câncer de próstata. (D) A limitação da linguagem humana exige a repetição de palavras.
(E) O poder de cura da medicina preventiva no mundo. (E) É desaconselhável a repetição de palavras na linguagem poética.

76º) (D14) Leia o texto a seguir.

“São conhecidos os casos de paixão, alguns até terminando em morte, que


começaram em festas de fim de ano, ...” [...].
VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias da vida privada: 101 crônicas escolhidas. Porto
Alegre: L&PM. 1994.
A palavra “que”, neste fragmento de Comédias da vida privada, relaciona-se com conviver com os estereótipos alienantes criados pela tevê e sua estimulante linguagem. A
(A) ano. (B) paixão. (C) morte. (D) casos. (E) festas. vida, revivida nas novelas, representaria o sonho dourado tornado possível, como o efeito
alucinógeno de uma droga fatal, um estado de estranha paz, de aparente ausência de dor e
77º) (D14) Leia o texto a seguir. de conflito. [...]
MENESES, Ildefonso. As duas faces da telenovela. São Paulo: Moderna. 1998.
[...] Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem arbitrariamente, em
circunstâncias escolhidas por eles mesmos, e sim em circunstâncias diretamente dadas e Que opção apresenta elementos mais representativos da opinião do autor?
herdadas do passado. [...] (A) “telenovela” (linha 1) e “linguagem” (linha 1).
Karl Marx. O 18 de Brumário de Luís Bonaparte. [s.n.t.] (B) “Infelizmente” (linha 3) e “alienantes” (linha 9).
(C) “produção” (linha 5) e “consumo” (linha 5).
Que elemento do texto retoma a palavra destacada? (D) “essencial” (linha 7) e “contexto” (linha 7).
(A) “própria” (linha 1) pois completa o sentido do termo “história” (linha 1). (E) “ausência” (linha 11) e “conflito” (linha 11).
(B) “arbitrariamente “(linha 1) pois intensifica a ação de “fazem” (linha 1).
(C) “escolhidas” (linha 2) pois refere-se às palavras “dadas e herdadas” (linha 2 e 3). 80º) (D12) Leia os textos a seguir.
(D) “diretamente” (linha 2) pois modifica o sentido de “circunstâncias” (linha 2). TEXTO 1: Macunaíma
(E) “própria história” (linha 1) pois tem o mesmo gênero e número dela. (linha 1).
E estava lindíssimo no Sol da lapa os três manos: um louro, um vermelho, outro
78º) (D21) Leia o texto a seguir. negro de pé bem erguidos e nus. Todos os seres do mato espiavam assombrados. O
jacareúna, o jacaretinga, o jacaré-açu, o jacaré-ururau de papo amarelo, todos esses
Soneto do amor total jacarés botaram os olhos de rochedo pra fora d’água. Nos ramos das ingazeiras, das
aningas, das mamoranas, das embaúbas, dos catauaris de beira-rio, o macaco-prego, o
Amo-te tanto, meu amor... não cante Amo-te como um bicho, simplesmente, macacode-cheiro, o guariba, o bugio, o cuatá, o barrigudo, o coxiú, o cairara, todos os
O humano coração com mais verdade... De um amor sem mistério e sem virtude quarenta macacos do Brasil, todos, espiavam babando de inveja. E os sabiás, o sabiacia, o
Amo-te como amigo e como amante Com um desejo maciço e permanente. sabiapoca, o sabiaúna, o sabiapiranga, o sabiagonga que quando come não me dá, o
Numa sempre diversa realidade. sabiá-barranco o sabiá-tropeiro o sabiá-laranjeira o sabiá-gute todos esses ficaram pasmos
e esqueceram de acabar o trinado, vozeando, vozeando com eloqüência. Macunaíma teve
Amo-te afim, de um calmo amor prestante E de te amar assim muito e amiúde ódio. Botou as mãos nas ancas e gritou pra natureza:
E te amo além, presente na saudade É que um dia em teu corpo de repente — Nunca viu não! [...]
Amo-te, enfim, com grande liberdade Hei de morrer de amar mais do que pude. ANDRADE, Mário de. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. São Paulo: Martins, 1973.
Dentro da eternidade e a cada instante.
TEXTO 2: Canção do exílio
MORAES, Vinícius de. In: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1987.
Minha terra tem palmeiras, Nosso céu tem mais estrelas,
A repetição da expressão “amo-te”, no início de alguns versos Onde canta o Sabiá; Nossas várzeas têm mais
(A) reforça a intensidade do amor que o eu lírico demonstra. flores,
(B) revela gradativamente a trajetória sentimental do eu lírico. As aves que aqui gorjeiam Nossos bosques têm mais vida,
(C) deixa explícita a banalização progressiva do amor. Não gorjeiam como lá. Nossa vida mais amores.[...]
(D) diminui a tensão dramática que o poema poderia exprimir.
(E) minimiza a explosão sentimental, típica do poeta romântico. Dias, Gonçalves São Paulo. Abril Educação. 1982.

79º) (D6) Leia o texto a seguir. Comparando os dois textos, verifica-se


(A) a constatação da renovação da natureza.
As duas faces da telenovela (B) a beleza exuberante de todas as florestas.
(C) uma visão racional da realidade brasileira.
A telenovela, gênero de representação teatral que incorpora também a linguagem (D) uma descrição subjetiva do que há no mundo.
do cinema, reproduz a vida em termos de arte, usando, porém, a linguagem das massas. (E) a natureza como fortalecimento da identidade nacional.
Infelizmente, tem estado quase sempre a serviço do consumismo característico do
capitalismo selvagem em que vivemos. A classe dominante, dona do poder econômico,
precisa ganhar muito; então aumenta a produção e provoca, pelo marketing, o consumo em 81º) (D2 ) Leia o texto a seguir.
larga escala. O marketing cria o consumidor insaciável, que vive alienado, que não Canguru
distingue o necessário do dispensável, o essencial do supérfluo. Nesse contexto, as Todo mundo sabe (será?) que canguru vem de uma língua nativa australiana e
telenovelas teriam a função de distrair o homem de seus reais problemas, fazendo-o quer dizer “Eu Não Sei”. Segundo a lenda, o Capitão Cook, explorador da Austrália, ao ver
aquele estranho animal dando saltos de mais de dois metros de altura, perguntou a um
nativo como se chamava o dito. O nativo respondeu guugu yimidhirr, em língua local, Gan-
ESTUDO PARA O SPAECE
guruu, “Eu não sei”. Desconfiado que sou dessas divertidas origens, pesquisei em alguns
dicionários etimológicos. Em nenhum dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa pequena
Língua Portuguesa
Bíblia – numa outra versão. Definição precisa encontrei, como quase sempre, em Partridge: 9º Estudo / 2022
Kangarroo; wallaby.
As palavras kanga e walla, significando saltar e pular, são acompanhadas pelos 83º) (D6) Leia o texto a seguir.
sufixos rôo e by, dois sons aborígines da Austrália, significando quadrúpedes. Senhora (Fragmento)
Portanto quadrúpedes puladores e quadrúpedes saltadores.
Quando comuniquei a descoberta a Paulo Rónai, notável linguista e grande amigo Aurélia passava agora as noites solitárias.
de Aurélio Buarque de Holanda, Paulo gostou de saber da origem “real” do nome canguru. Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma desculpa qualquer para
Mas acrescentou: “Que pena. A outra versão é muito mais bonitinha”. Também acho. justificar sua ausência. A menina que não pensava em interrogá-lo, também não contestava
Millôr Fernandes, 26/02/1999. Internet <http://www.gravata.com/millor>. esses fúteis inventos. Ao contrário buscava afastar da conversa o tema desagradável.
Conhecia a moça que Seixas retirava-lhe seu amor; mas a altivez de coração não
Pode-se inferir do texto que lhe consentia queixar-se. Além de que, ela tinha sobre o amor idéias singulares, talvez
(A) as descobertas científicas têm de ser comunicadas aos linguistas. inspiradas pela posição especial em que se achara ao fazer-se moça.
(B) os dicionários etimológicos guardam a origem das palavras. Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser amada por Seixas; e pois toda a
(C) os cangurus são quadrúpedes de dois tipos: puladores e saltadores. afeição que lhe tivesse, muita ou pouca, era graça que dele recebia. Quando se lembrava
(D) o dicionário Aurélio apresenta tendência religiosa. que esse amor a poupara à degradação de um casamento de conveniência, nome com que
(E) os nativos desconheciam o significado de canguru. se decora o mercado matrimonial, tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus e
redentor.
82º) (D5 ) Leia o texto a seguir. Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de heróica dedicação, que
Retrato entretanto assiste calma, quase impassível, ao declínio do afeto com que lhe retribuía o
Eu não tinha este rosto de hoje, homem amado, e se deixa abandonar, sem proferir um queixume, nem fazer um esforço
assim calmo, assim triste, assim magro, para reter a ventura que foge.
nem estes olhos tão vazios, Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, de cuja investigação nos
nem o lábio amargo. abstemos; porque o coração, e ainda mais o da mulher que é toda ela, representa o caos
do mundo moral. Ninguém sabe que maravilhas ou que monstros vão surgir nesses limbos.
Eu não tinha estas mãos sem força, ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: __. Senhora. São Paulo: FTD, 1993. p. 107-8.
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração O narrador revela uma opinião no trecho
que nem se mostra. (A) “Aurélia passava agora as noites solitárias.” (ℓ. 1)
(B) “...buscava afastar da conversa o tema desagradável.”(ℓ. 4)
Eu não dei por esta mudança, (C) “...tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus...” (ℓ. 11)
Tão simples, tão certa, tão fácil: (D) “...e se deixa abandonar, sem proferir um queixume,...” (ℓ. 15)
— Em que espelho ficou perdida (E) “Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica,...” (ℓ. 17)
a minha face?
MEIRELES, Cecília: poesia. Por Darcy Damasceno. Rio de Janeiro, Agir, 1974. p 84º) (D4) Leia a tirinha a seguir.
19-20.
O tema do texto é
(A) a consciência súbita sobre o envelhecimento.
(B) a decepção por encontrar-se já fragilizada.
(C) a falta de alternativa face ao envelhecimento.
(D) a recordação de uma época de juventude.
(E) a revolta diante do espelho.
O comportamento da personagem Pina no terceiro quadrinho sugere (A) à abordagem mais objetiva do texto I. (D) ao sentimentalismo presente no texto I.
(A) caridade. (B) entusiasmo. (C) gratidão. (D) interesse. (E) satisfação. (B) ao público a que se destina cada texto. (E) ao tema geral abordado por cada autor.
(C) ao rigor científico presente no texto II.
85º) Leia o texto a seguir.
A sombra do meio-dia 88º) (D1) Leia o texto a seguir.
A Sombra do Meio-Dia é o belo título de um romance lançado recentemente, de Quando a separação não é um trauma
autoria do diplomata Sérgio Danese. O livro trata da glória (efêmera) e da desgraça A Socióloga Constance Ahrons, de Wisconsin, acompanhou por 20 anos um grupo
(duradoura) de um ghost-writer, ou redator-fantasma – aquele que escreve discursos para de 173 filhos de divorciados. Ao atingir a idade adulta, o índice de problemas emocionais
outros. A glória do ghost-writer de Danese adveio do dinheiro e da ascensão profissional e nesse grupo era equivalente ao dos filhos de pais casados. Mas Ahrons observou que eles
social que lhe proporcionaram os serviços prestados ao patrão – um ricaço feito senador e "emergiam mais fortes e mais amadurecidos que a média, apesar ou talvez por causa dos
ministro, ilimitado nas ambições e limitado nos escrúpulos como soem ser as figuras de sua divórcios e recasamentos de seus pais". (...) Outros trabalhos apontaram para conclusões
laia. A desgraça, da sufocação de seu talento literário, ou daquilo que gostaria que fosse semelhantes. Dave Riley, professor da universidade de Madison, dividiu os grupos de
talento literário, posto a serviço de outrem, e ainda mais um outrem como aquele. As divorciados em dois: os que se tratavam civilizadamente e os que viviam em conflito. Os
exigências do patrão, aos poucos, tornam-se acachapantes. Não são apenas discursos que filhos dos primeiros iam bem na escola e eram tão saudáveis emocionalmente quanto os
ele encomenda. É uma carta de amor a uma bela que deseja como amante. Ou um conto, filhos de casais "estáveis". (...)
com que acrescentar, às delícias do dinheiro e do poder, a glória literária. Nosso escritor de Uma família unida é o ideal para uma criança, mas é possível apontar pontos
aluguel vai se exaurindo. É a própria personalidade que lhe vai sendo sugada pelo positivos para os filhos de separados. "Eles amadurecem mais cedo, o que de certa forma é
insaciável senhorio. Na forma de palavras, frases e parágrafos, é a alma que põe em bom, num mundo que nos empurra para uma eterna dependência.”
continuada venda. REVISTA ÉPOCA, 24/1/2005, p. 61-62. Fragmento.
Roberto Pompeu de Toledo, Revista VEJA, ed.1843, 3 de março de 2004. Ensaio A socióloga observou que
p. 110. (A) (...) outros trabalhos apontaram para conclusões semelhantes.
(D10) O texto foi escrito com o objetivo de (B) Dave Riley, professor da universidade de Madison, dividiu os grupos de divorciados em
(A) conscientizar o leitor. (D) dar informações sobre o autor. dois.
(B) apresentar sumário de uma obra. (E) narrar um fato científico. (C) eles “emergiam mais fortes e mais amadurecidos que a média, apesar ou talvez por
(C) opinar sobre um livro. causa dos divórcios e recasamentos de seus pais”.
(D) os filhos os primeiros iam bem na escola e eram tão saudáveis emocionalmente quanto
86º) (D7) O fragmento que contém a informação principal do texto é os filhos de casais “estáveis”.
(A) “A Sombra do Meio-Dia [...] diplomata Sério Danese.” (ℓ. 1-2) (E) “Eles amadurecem mais cedo, o que de certa forma é bom, num mundo que nos
(B) “O livro trata da glória (efêmera) e da desgraça (duradoura) de um ghost-writer.” (ℓ. 2-3). empurra para uma eterna dependência”.
(C) “Não são apenas discursos que ele encomenda.” (ℓ. 9-10)
(D) “Nosso escritor de aluguel vai se exaurindo.” (ℓ. 11-12) 89º) (D14) Leia o texto a seguir.
(E) “Na forma de palavras [...] é a alma que põe em continuada venda.” (ℓ. 13) A Ciência é Masculina?
Attico Chassot
87º) (D13) Leia os textos a seguir. Editora Unisinos, RS (51) 590-8239. 104 págs. R$ 12.
Texto I
Carta (fragmento) O autor procura mostrar que a ciência não é feminina. Um dos maiores exemplos
A terra não pertence ao homem; é o homem que pertence à terra. Disso temos que se pode dar dessa situação é o prêmio Nobel, em que apenas 11 mulheres de ciências
certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está foram laureadas em 202 anos de premiação. O livro apresenta duas hipóteses, uma
relacionado entre si. O que fere a terra fere também os filhos da terra. Não foi o homem que histórica e outra biológica, para a possível superação do machismo em frase como a de
teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo que ele fizer à trama, a si Hipócrates (460-400 a.C.) considerado o pai da medicina, que escreveu: “A língua é a
próprio fará. última coisa que morre em uma mulher”.
Carta do cacique Seattle ao presidente dos EUA em 1855. Revista GALILEU, Fevereiro de 2004
Texto de domínio público distribuído pela ONU. A expressão “dessa situação” (l. 2) refere-se ao fato de
Texto II (A) a ciência não ser feminina. (D) o pai da medicina ser Hipócrates.
Dicionário de Geografia (fragmento) (B) a premiação possuir 202 anos. (E) o Prêmio Nobel foi concedido a 11 mulheres.
Segundo o geógrafo Milton Santos: “o espaço geográfico é a natureza modificada (C) a língua ser a última coisa que morre em uma mulher.
pelo homem através do seu trabalho”. E “o espaço se define como um conjunto de formas 90º) (D15) Leia o texto a seguir.
representativas de relações sociais do passado e do presente e por uma estrutura O teatro da etiqueta
representada por relações sociais que estão acontecendo diante dos nossos olhos e que se No século XV, quando se instalavam os Estados nacionais e a monarquia absoluta
manifestam através de processos e funções”. na Europa, não havia sequer garfos e colheres nas mesas de refeição: cada comensal
GIOVANNETTI, G. Dicionário de Geografia. Melhoramentos, 1996. trazia sua faca para cortar um naco da carne – e, em caso de briga, para cortar o vizinho.
Os dois textos diferem, essencialmente, quanto Nessa Europa bárbara, que começava a sair da Idade Média, em que nem os nobres
sabiam escrever, o poder do rei devia se afirmar de todas as maneiras aos olhos de seus
súditos como uma espécie de teatro. Nesse contexto surge a etiqueta, marcando momento
ESTUDO PARA O SPAECE
a momento o espetáculo da realeza: só para servir o vinho ao monarca havia um ritual que
durava até dez minutos.
Língua Portuguesa
Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço não 10º Estudo / 2022
como simples peça de vestuário, mas para limpar o nariz, ninguém mais na corte de
Versalhes ousou assoar-se com os dedos, como era costume. Mas todas essas regras, 92º) (D18) Leia o texto a seguir.
embora servissem para diferenciar a nobreza dos demais, não tinham a petulância que a A fadiga da informação
etiqueta adquiriu depois. Os nobres usavam as boas maneiras com naturalidade, para (Fragmento)
marcar uma diferença política que já existia. E representavam esse teatro da mesma forma
para todos. Depois da Revolução Francesa, as pessoas começam a aprender etiqueta para Há uma nova doença no mundo: a fadiga da informação. Antes mesmo da Internet,
ascender socialmente. Daí por que ela passou a ser usada de forma desigual – só na hora o problema já era sério, tantos e tão velozes eram os meios de informação existentes,
de lidar com os poderosos. trafegando nas asas da eletrônica, da informação, dos satélites. A Internet levou o processo
Revista Superinteressante, junho 1988, nº 6 ano 2. ao apogeu, criando a espécie dos internautas e estourando os limites da capacidade
Nesse texto, o autor defende a tese de que humana de assimilar os conhecimentos e os acontecimentos desse mundo. Pois os
(A) a etiqueta mudou, mas continua associada aos interesses do poder. instrumentos de comunicação se multiplicam, mas o potencial de captação humana – do
(B) a etiqueta sempre foi um teatro apresentado pela realeza. ponto de vista físico, mental e psicológico – continua restrito. Então, diante do bombardeio
(C) a etiqueta tinha uma finalidade democrática antigamente. crescente de informações, a reação de muitos tende a tornar-se doentia: ficam estressados,
(D) as classes sociais se utilizam da etiqueta desde o século XV. perturbam-se e perdem a eficiência no trabalho.
(E) as pessoas evoluíram a etiqueta para descomplicá-la. Já não se trata de imaginar como esse fenômeno possa ocorrer. Na verdade, a
síndrome da fadiga da informação está em plena evidência, conforme pesquisa recente nos
91º) (D16) Leia o texto a seguir. Estados Unidos, na Inglaterra e em outros países, junto a 1300 executivos. Entre os
Haverá um mapa para este tesouro? sintomas da doença apontam-se a paralisia da capacidade analítica, o aumento das
“Diversidade biológica” significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens,
ansiedades e das dúvidas, a inclinação para decisões equivocadas e até levianas.
compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos
e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de MARZAGÃO, Augusto. In: DIMENSTEIN, Gilberto. Aprendiz do futuro: cidadania
espécies, entre espécies e de ecossistemas.” (Artigo 2 da Convenção sobre Diversidade Biológica). hoje e amanhã. São Paulo: Editora Ática, 1999.
O Brasil, país de dimensões continentais, sabidamente possui uma enorme biodiversidade,
sendo definida como a maior do planeta. Possuir muito, e de diferentes fontes, ecoa aos nossos A síndrome da fadiga da informação ocorre PORQUE
sentidos como ter à disposição, ao alcance de todos, um grande tesouro. No entanto, todos sabemos (A) a internet é muito rápida nas informações que veicula.
que um grande tesouro escondido em locais inacessíveis, ou mesmo localizado sob os nossos olhos, (B) a captação humana de informações é restrita e a oferta é infinita.
sem que tenhamos possibilidade de enxergá-la, significa um grande sonho.... e sonhos não costumam (C) os meios de informação geram ansiedade em seus usuários.
tornar-se realidade... podem até evoluir para pesadelos...
(D) os instrumentos de comunicação conduzem a decisões erradas.
Assim, fica evidente que o conhecimento científico, embasado em fatos, é essencial para dar
suporte a hipóteses que gerem projetos que permitam expandir esses conhecimentos e servir de (E) a capacidade humana se paralisa dado o volume de conhecimento.
partida para projetos que permitam a aplicação racional e sustentada dessa riqueza. Todos sabem que
a pior atitude é “...matar a galinha dos ovos de ouro...”. Portanto, precisamos saber de onde vêm os 93º) (D17) Leia o texto a seguir.
ovos, e como cuidar da galinha e fazê-la reproduzir para que possamos transmitir essa riqueza como Anedotinhas
herança.
Regina Pakelmann Markus e Miguel Trefault Rodrigues. Revista Ciência & Cultura. De manhã, o pai bate na porta do quarto do filho:
Julho/agosto/setembro 2003. p. 20. — Acorda, meu filho. Acorda, que está na hora de você ir para o colégio.
O trecho “evoluir para pesadelos...” (ℓ. 12) é um argumento para sustentar a ideia de que
Lá de dentro, estremunhando, o filho respondeu:
(A) a biodiversidade do Brasil é imensa e incontrolável.
(B) a má utilização das riquezas naturais causa graves problemas. — Ai, eu hoje não vou ao colégio. E não vou por três razões: primeiro, porque eu
(C) a reprodução ostensiva da galinha dos ovos de ouro é problemática. estou morto de sono; segundo, porque eu detesto aquele colégio; terceiro, porque eu não
(D) o maior conhecimento da natureza causa-lhe mais riscos. agüento mais aqueles meninos.
(E) o sonho alto das pessoas faz com que sofram muito. E o pai responde lá de fora:
— Você tem que ir. E tem que ir, exatamente, por três razões: primeiro, porque você
tem um dever a cumprir; segundo, porque você já tem 45 anos; terceiro, porque você é o
diretor do colégio.
Anedotinhas do Pasquim. Rio de Janeiro: Codecri, 1981, p. 8.

No trecho “Acorda, que está na hora de você ir para o colégio” (ℓ. 2), a palavra sublinhada
estabelece relação de
(A) adição. (B) alternância. (C) conclusão. (D) explicação. (E) oposição. africanos, europeus das penínsulas ibérica e itálica e outros povos. Hoje eles estão
presentes também entre europeus, norte-americanos e até brasileiros.
94º) (D22) Leia o texto a seguir. O islamismo cresceu em número de adeptos muito mais fora do mundo árabe do que no
A formiga e a cigarra local em que a religião nasceu. Basta fazer uma comparação: os países islâmicos mais
populosos, como a Indonésia (com “apenas” 228 milhões de habitantes), o Paquistão (145
Era uma vez uma formiguinha e uma cigarra muito amigas. Durante todo o outono, a milhões), Bangladesh (131 milhões) e Nigéria (127 milhões) têm contingentes humanos
formiguinha trabalhou sem parar, armazenando comida para o período de inverno. Não muito maiores que o Egito (70 milhões), país de maior população entre os árabes, seguido
aproveitou nada do Sol, da brisa suave do fim da tarde nem do bate-papo com os amigos de longe pelo Sudão (36 milhões). Até a Índia, majoritariamente hindu, tem
ao final do expediente de trabalho, tomando uma cervejinha. Seu nome era “trabalho” e seu aproximadamente 100 milhões de muçulmanos.
sobrenome, “sempre”. Revista GALILEU. p. 42. Novembro de 2001.
Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e nos As aspas empregadas na palavra “apenas” (l. 14) foram usadas para dar a ela um sentido
bares da cidade; não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o outono, (A) irônico. (B) crítico. (C) metafórico. (D) coloquial. (E) técnico.
dançou, aproveitou o Sol, curtiu para valer, sem se preocupar com o inverno que estava por
vir. Então, passados alguns dias, começou a esfriar. Era o inverno que estava começando. 96º) (D21) Leia o texto a seguir.
A formiguinha, exausta, entrou em sua singela e aconchegante toca repleta de comida. Mas Os direitos da criança
alguém chamava por seu nome do lado de fora da toca. Quando abriu a porta para ver Toda criança tem direito à igualdade, sem distinção de raça, religião ou
quem era, ficou surpresa com o que viu: sua amiga cigarra, dentro de uma Ferrari, com um nacionalidade.
aconchegante casaco de visom. E a cigarra falou para a formiguinha: Toda criança tem direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade,
– Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris. Será que você poderia cuidar da minha compreensão, amizade e justiça entre os povos.
toca? Toda criança tem direito a um nome, a uma nacionalidade.
– Claro, sem problema! Mas o que lhe aconteceu? Como você conseguiu grana pra Toda criança tem direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da
ir a Paris e comprar essa Ferrari? sociedade.
– Imagine você que eu estava cantando em um bar, na semana passada, e um Toda criança tem direito à educação gratuita e ao lazer infantil.
produtor gostou da minha voz. Fechei um contrato de seis meses para fazer shows em Toda criança tem direito à alimentação, moradia e assistência médica para si e
Paris... A propósito, a amiga deseja algo de lá? para a mãe.
– Desejo, sim. Se você encontrar um tal de La Fontaine por lá, manda ele pro DIABO Toda criança tem direito a ser socorrida em primeiro lugar.
QUE O CARREGUE! Toda criança física ou mentalmente deficiente tem direito à educação e a cuidados
MORAL DA HISTÓRIA: “Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, pois trabalho em especiais.
demasia só traz benefício em fábulas do La Fontaine”. Toda criança tem direito a especial proteção para o seu desenvolvimento físico,
mental e social.
Em relação ao texto original da fábula, percebe-se ironia no fato de Toda criança tem direito a ser protegida contra o abandono e a exploração no
(A) a cigarra deixar de trabalhar para aproveitar o Sol. trabalho.
(B) a formiga trabalhar e possuir uma toca. Cereja, William Roberto & Magalhães, Thereza Cochar. Português: Linguagens.
(C) a cigarra, sem trabalhar, surgir de Ferrari e casaco de visom. São Paulo: Atual, 1998. p. 77.
(D) a cigarra não trabalhar e cantar durante todo o outono.
(E) a formiga possuir o nome “trabalho” e o sobrenome “sempre”. Usando o termo “Toda” no início de cada frase, o texto
(A) enfatiza a ideia de universalidade. (D) faz uma repetição sem necessidade.
95º) (D20) Leia o texto a seguir. (B) estabelece independência com o termo “criança”. (E) reforça a especificidade de cada ideia.
O Islã não é só árabe (C) estabelece maior vínculo com o leitor.
Religião abrange diversas etnias em todo mundo
97º) (D23) Leia o texto a seguir.
Boa parte da população ocidental acredita que o mundo islâmico é aquela porção Luz sob a porta
de países do Oriente Médio que têm como idioma oficial o árabe. Por isso, são
indevidamente considerados árabes alguns países de maioria islâmica, mas que têm outros — E sabem que que o cara fez? Imaginem só: me deu a maior cantada! Lá, gente,
idiomas, como Turquia (línguas turca e curda), Irã (persa), Afeganistão (pashtu e dari) e na porta de minha casa! Não é ousadia demais?
Paquistão (urdu e punjabi). — E você?
— Eu? Dei telogo e bença pra ele; engraçadinho, quem ele pensou que eu era?
Existem atualmente cerca de 1,3 bilhão de muçulmanos no mundo, como são — Que eu fosse.
denominados os adeptos do islamismo. A maioria vive na Ásia, onde essa religião nasceu e — Quem tá de copo vazio aí?
ganhou o mundo há cerca de 1.400 anos. Da Ásia, os muçulmanos passaram para o norte — Vê se baixa um pouco essa eletrola, quer pôr a gente surdo?
da África − onde foram chamados de mouros − e parte da Europa. Integraram-se com (VILELA, Luiz. Tarde da noite. São Paulo: Ática, 1998. p. 62.)
O padrão de linguagem usado no texto sugere que se trata de um falante
(A) escrupuloso em ambiente de trabalho.
ESTUDO PARA O SPAECE
(B) ajustado às situações informais.
(C) rigoroso na precisão vocabular.
Língua Portuguesa
(D) exato quanto à pronúncia das palavras. 11º Estudo / 2022
(E) contrário ao uso de expressões populares.
100º) (D22) Leia o texto a seguir.
98º) (D3) Leia a tirinha a seguir.
Piada
Um homem chega à agência dos correios e compra um selo. Ele
lambe o selo, mas este não gruda no envelope, por isso volta ao
guichê para reclamar.
A funcionária então responde:
- Que engraçado. O senhor é a décima pessoa hoje que reclama
desse mesmo selo...
(Revista Seleções. Dezembro 2007)

O humor do texto está no fato de o homem ter


(A) ido à agência dos correios. (D) reclamado com a funcionária.
(B) comprado um selo para usar. (E) pego o envelope sem selo.
(C) lambido o selo já lambido.
De acordo com esse texto, a palavra “filar” significa
(A) conseguir. (B) comprar. (C) negociar. (D) questionar. (E) convencer. 101º) (D11) Leia o texto a seguir.
Par ou ímpar
99º) (D5) Leia o texto a seguir.
Aberta de segunda a sábado nos arredares da praça da matriz, a Barbearia
O bicho Central sempre teve muito movimento, tanto que permitiu aos barbeiros Careca e Bigode
sustentar mais de uma família cada.
Vi ontem um bicho O bicho não era um cão, Sempre em harmonia, os dois sobreviveram à moda dos cabelos compridos entre
Na imundice do pátio Não era um gato, os homens, aguentaram diversos surtos inflacionários e resistiram a proliferação de salões
Catando comida entre os detritos. Não era um rato. de cabeleireiros unissex na cidade. Na virada do milênio, começaram a se desentender. A
briga teve inicio parque um quis fazer uma reforminha - implantar um sanitário - para
Quando achava alguma coisa; O bicho, meu Deus, era um homem. oferecer um conforto extra aos clientes; outro achou bobagem - quem precisasse de
Não examinava nem cheirava: banheiro que fosse a estação rodoviária, ali perto.
Engolia com voracidade. (Manuel Bandeira: Por meses os dois bateram boca, mal respeitando a presença dos fregueses, que
Poesias) faziam fila da manha ao anoitecer. Ate que resolveram separar-se. Jogo duro: nenhum
queria sair. Deu empate em todos os itens colocados na mesa: idade, antiguidade na
barbearia, número de fregueses. Par ou impar? Estavam para decidir nos dados - que
Esse texto trata também rolavam por ali, nos remansos do trabalho - quando chegou sírio Simão, do no do
(A) da condição miserável do ser humano. (D) do acúmulo de lixo nos pátios. salão de 6 x 4m. Vinha cobrar o aluguel. Inteirado da discórdia, resolveu a parada no ato,
(B) da mistura do homem com o bicho. (E) do trabalho de catadores de lixo. com um gesto largo e a frase salomônica: "Sem problema, patrício: bota parede no meio do
(C) da diferença entre homem e cão. salão!"
Foi assim que se dividiu o mais antigo estabelecimento do gênero na cidade.
Agora, ao lado da Barbearia Central, funciona o Salão Principal – com banheiro. Totalmente
independentes, os dois tem alvarás distintos e contas de luz e água separadas. Em nome
dos princípios da boa vizinhança, Careca e Bigode se cumprimentam, mas só bom dia e ate
logo; papo, nunca mais. E não é por falta de assunto local ou nacional. Nas duas salinhas
do sábio Simão nada mudou: o dia inteiro, tesouras afiadas e línguas ferinas seguem
cortando cabelos e aparando reputações.
(Globo Rural, abril, 2008 . Adaptado: Reforma Ortográfica.)
O fato que desencadeou essa história foi Anualmente, são lançados 27 bilhões de toneladas de dióxido de carbono no ar.
(A) a virada do milênio. (D) a crescente concorrência. Isso equivale, se condensado, a uma montanha de 1,5 quilômetro de altura com uma
(B) a inflação oscilante. (E) a construção de um banheiro. circunferência de base de 19 quilômetros. Como a Terra pode assimilar esses resíduos
(C) A fila de fregueses. invisíveis e mortais?
O receio, o medo, ate o pavor que esta tomando conta de muitos cientistas,
102º) (D13) Leia os textos a seguir. economistas e políticos ecologicamente despertos como Gorbatchev e AI Gore, entre
outros, é que estamos nos aproximando de um momento crítico. Se as coisas seguirem
como estão, fatalmente iremos ao encontro do pior.
No entanto, podemos minorar os efeitos maléficos e mudar a situação se os
Estados, as grandes empresas, as instituições e cada pessoa deixarem de queimar lixo, de
contaminar o ar e controlarem a emissão de gases dos carros mediante energias
alternativas e menos poluentes. Só assim, a Terra, que tem força de regeneração,
conseguirá garantir ar puro para a vida.
(Revista Brasil Almanaque de Cultura Popular)

(D1) Segundo esse texto, o que causará a emigração para regiões de temperaturas mais
amenas?
(A) A elevação da temperatura em vários lugares.
(B) A identificação dos efeitos do aquecimento global.
(C) A inevitável aproximação de um momento crítico.
(D) A preocupação com o dióxido de carbono.
(E) Os efeitos maléficos da natureza.

104º) (D10) O texto acima tem função de


(A) elogiar. (B) criticar. (C) informar. (D) surpreender. (E) questionar.

105º) (D14) Leia o texto a seguir.


Vida
Quando era criança pura, O tempo passou, tomei-me adulto.
Moleque, danado e travesso. Sempre a procura do lado oculto.
Tudo que tocava levava Mas as viagens malucas
Ao mundo da fantasia. Continuavam presas à magia.

Mas logo me tornei adolescente. Logo chegou a velhice,


O(s) texto(s)
A confusão permeava minha mente. Aquela que tudo esclarece.
(A) 1 e 2 apresentam o tema usando a mesma estrutura.
Por mais que tentasse a magia, Que cochichou bem baixinho:
(B) 1 e 2 têm uma visão poética sobre o ato de escrever.
Estavam fechadas as portas da fantasia. Sabedoria, só para quem a
(C) 1 refere-se a qualquer forma de escrita.
(D) 2 apresenta o tema com objetividade. merece.
(João Belo – disponível http://mundojovem.com.br)
(E) 1 e 2 são textos informativos.
No verso “Que cochichou bem baixinho”, (l.15) a expressão destacada refere-se a
(A) adolescente. (B) adulto. (C) criança. (D) sabedoria. (E) velhice.
103º) Leia o texto a seguir.
Ar puro para a vida
106º) (D17) Leia o texto a seguir.
A letra e a música
No início do ano, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas - um Quando nos encontramos
organismo da ONU que congrega cerca de 2.500 cientistas de 130 países - informou que já
Dizemos-nos sempre as mesmas palavras que todos os amantes dizem...
vivemos os efeitos do aquecimento global do planeta.
Mas que importa que as nossas palavras sejam as mesmas de sempre?
Nossa casa comum poderá, desde já, ficar muito mais quente, oscilando entre 1,4 A música é outra!
e 6 graus Celsius. Esses números, apesar de aparentemente inofensivos, são capazes de Mário Quintana
desencadear grandes transtornos climáticos e uma devastação inimaginável de seres vivos. No primeiro verso “quando nos encontramos”, a expressão destacada estabelece uma
Muitos lugares ficarão inabitáveis. Haverá grande emigrarão para regiões de temperaturas relação de
mais amenas.
(A) causalidade. (B) finalidade. (C) proporcionalidade.
(D) temporalidade. (E) musicalidade.
ESTUDO PARA O SPAECE
107º) (D4) Leia a tirinha a seguir.
Língua Portuguesa
12º Estudo / 2022
109º) Leia o texto a seguir.

Vim em 1960 e fui dar aula no Colégio Salesiano de Recife. Logo na primeira semana, fui
chamado pela direção: um pai se queixara de que eu ofendera sua filha. É que eu dissera
“Cale-se, rapariga”, sem saber que, no Nordeste, rapariga significa prostituta.

(D23) No trecho “...um pai se queixara...”, a palavra destacada é um exemplo de


(A) expressão de gíria. (D) linguagem formal.
(B) expressão regional. (E) linguagem técnica.
(C) linguagem coloquial.

110º) (D2) O conflito apresentado com relação ao pai e ao professor foi causado por
(A) inadequação do vocabulário local. (D) falta de instrução por parte do pai.
(B) problemas pessoais. (E) violência escolar.
O destaque dado à palavra “formal”, associado à expressão facial de Helga, sugere (C) desconhecimento das regras do colégio.
(A) histeria. (B) julgamento. (C) ódio. (D) reprovação. (E) sofrimento.
111º) (D21) Leia o texto abaixo
108º) (D19) Leia o texto a seguir.
Poeminha do Contra
O cavalo e o burro
O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo contente da vida, folgando com uma
carga de quatro arrobas apenas, e o burro — coitado! gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o Todos estes que aí estão
burro parou e disse: Atravancando o meu caminho,
— Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o peso Eles passando,
irmanamente, seis arrobas para cada um. Eu passarinho!
O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada.
— Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso tão bem continuar com as O uso do substantivo “passarinho” como se fosse verbo sugere
quatro? Tenho cara de tolo?
(A) lamento. (B) orgulho. (C) permanência. (D) tristeza. (E) dúvida.
O burro gemeu:
— Egoísta, Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga de quatro arrobas e
mais a minha. 112º) (D6) Leia o texto abaixo
O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante, porém, o burro tropica, vem ao No mundo dos sinais
chão e rebenta.
Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora arrumam com as oito arrobas do burro Sob o sol de fogo, os mandacarus se erguem, cheios de espinhos. Mulungus e
sobre as quatro do cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem aroeiras expõem seus galhos queimados e retorcidos, sem folhas, sem flores, sem frutos.
piedade. Sinais de seca brava, terrível!
— Bem feito! Exclamou o papagaio. Quem mandou ser mais burro que o pobre burro e não
Clareia o dia. O boiadeiro toca o berrante, chamando os companheiros e o gado.
compreender que o verdadeiro egoísmo era aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gema dobrado
agora… Toque de saída. Toque de estrada.
(Monteiro Lobato) Lá vão eles, deixando no estradão as marcas de sua passagem.
O trecho que apresenta a mesma relação estabelecida pela expressão destacada em “em certo ponto,
o burro parou...” é (TV Cultura, Jornal do Telecurso)
(A) “...o remédio é repartirmos o peso irmanamente...”. (D) “...sem demora arrumam as oito arrobas...” A opinião do autor está em
(B) “O cavalo pilherou de novo...” (E) “...dão-lhe de chicote, sem dó nem piedade.” (A) “os mandacarus se erguem” (D) “Toque de saída. Toque de estrada.”
(C) “Logo adiante, porém, o burro tropica...” (B) “aroeiras expõem seus galhos” (E) “...o sol de fogo, os mandacarus se erguem...”
(C) “Sinais de seca brava, terrível!”
113º) (D4) Leia a tirinha a seguir.
Para um namoro acontecer de forma positiva, o adolescente precisa do apoio da família. O
argumento que defende essa ideia é
(A) a família é o anteparo das frustrações. (D) o apoio da família dá segurança ao
jovem.
(B) a família tem uma relação harmoniosa. (E) todos os adolescentes têm família.
(C) o adolescente segue o exemplo da família.

116º) (D14) Leia o texto a seguir.


Eu tenho um sonho
Eu tenho um sonho
lutar pelos direitos dos homens
Eu tenho um sonho
tornar nosso mundo verde e
Pela resposta do Garfield, as coisas que acontecem no mundo são 5 limpinho
(A) assustadoras. (B) corriqueiras. (C) curiosas. (D) naturais. (E) aceitáveis. Eu tenho um sonho
de boa educação para as crianças
114º) (D10) Leia o texto a seguir. Eu tenho um sonho
de voar livre como um passarinho
Mente quieta, corpo saudável. 10 Eu tenho um sonho
A meditação ajuda a controlar a ansiedade e a aliviar a dor? Ao que tudo indica, sim. ter amigos de todas raças
Nessas duas áreas os cientistas encontraram as maiores evidências da ação terapêutica da Eu tenho um sonho
meditação, medida em dezenas de pesquisas. Nos últimos 24 anos, só a clínica de redução que o mundo viva em paz
do estresse da Universidade de Massachusetts monitorou 14 mil portadores de câncer, e em parte alguma haja guerra
aids, dor crônica e complicações gástricas. Os técnicos descobriram que, submetidos a 15 Eu tenho um sonho
sessões de meditação que alteraram o foco da sua atenção, os pacientes reduziram o nível Acabar com a pobreza na Terra
de ansiedade e diminuíram ou abandonaram o uso de analgésicos. Eu tenho um sonho
Revista Superinteressante, outubro de 2003 Eu tenho um monte de sonhos...
Quero que todos se realizem
O texto tem por finalidade 20 Mas como?
(A) criticar. (B) conscientizar. (C) delatar. (D) denunciar. (E) informar. Marchemos de mãos dadas
e ombro a ombro
115º) (D16) Leia o texto a seguir. Para que os sonhos de todos
se realizem!
O namoro na adolescência SHRESTHA, Urjana. Eu tenho um sonho.In: Jovens do mundo inteiro. Todos temos direitos:
Um namoro, para acontecer de forma positiva, precisa de vários ingredientes: a um livro de direitos humanos. 4º Ed. São Paulo: Ática, 2000. p. 10.
começar pela família, que não seja muito rígida e atrasada nos seus valores, seja
conversável, e, ao mesmo tempo, tenha limites muito claros de comportamento. No verso “Quero que todos se realizem” (l. 19) o termo sublinhado refere-se a
O adolescente precisa disto, para se sentir seguro. O outro aspecto tem a ver com (A) amigos. (B) direitos. (C) homens. (D) sonhos. (E) cidadãos.
o próprio adolescente e suas condições internas, que determinarão suas necessidades e a
própria escolha. São fatores inconscientes, que fazem com que a Mariazinha se encante 117º) Leia o texto a seguir.
com o jeito tímido do João e não dê pelota para o herói da turma, o Mário. Aspectos Água
situacionais, como a relação harmoniosa ou não entre os pais do adolescente, também
influenciarão o seu namoro. Um relacionamento em que um dos parceiros vem de um lar Não há como negar que o Brasil é o maior do mundo em relação à água. O país
em crise, é, de saída, dose de leão para o outro, que passa a ser utilizado como anteparo detém em seu território 13,8% das águas de superfície do planeta. São dados do Plano
de todas as dores e frustrações. Nacional de Recursos Hídricos. Aliás, se considerarmos as tais águas internacionais, como
Geralmente, esta carga é demais para o outro parceiro, que também enfrenta suas as bacias amazônicas então chegaram perto de 20%.
crises pelas próprias condições de adolescente. Entrar em contato com a outra pessoa,
senti-la, ouvi-la, depender dela afetivamente e, ao mesmo tempo, não massacrá-la de (D5) No texto, o tema principal é
exigências, e não ter medo de se entregar, é tarefa difícil em qualquer idade. Mas é assim (A) o Brasil e os recursos naturais. (D) o território brasileiro.
que começa este aprendizado de relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda. (B) as bacias amazônicas. (E) o território hídrico internacional.
SUPLICY, Marta. A condição da mulher. São Paulo: Brasiliense, 1984. (C) a água.
118º) (D19) A palavra aliás sublinhada no texto expressa ideia de
ESTUDO PARA O SPAECE
(A) afastamento. (B) inclusão. (C) aproximação. (D) explicação. (E) conclusão. Língua Portuguesa
119º) (D17) Leia o texto a seguir. 13º Estudo / 2022
Hotel
Recepcionistas atenciosos, roupa de cama limpa e serviço de quarto eficiente: 122º) (D2) A situação referida no momento da enunciação do texto
quem já se hospedou em um hotel sabe como esses fatores são importantes. Para além (A) vai ocorrer em breve, na dependência de algumas condições.
dos saguões, existe uma rede de profissionais responsáveis por orquestrar o (B) vai certamente acontecer num futuro próximo.
funcionamento de tudo nesses empreendimentos – desde a contratação e a supervisão dos (C) já ocorreu num passado recente.
funcionários até a checagem das instalações e a negociação com os fornecedores. (D) ocorreu num passado recente e vai continuar no futuro.
Nos últimos anos, com o mercado exigindo cada vez mais esse tipo de (E) é fruto da imaginação nacionalista de Getúlio Vargas.
profissional, as faculdades têm investido na criação de cursos específicos de Hotelaria. Em
São Paulo, são pelo menos sete instituições que formam administradores hoteleiros, aptos 123º) (D3) Na primeira linha do texto, o vocábulo “básico” equivale semanticamente a
também a gerenciar flats, pousadas, parques temáticos e spas. Antes, a hotelaria era (A) tradicional. (B) histórico. (C) fundamental. (D) estrutural. (E) clássico.
vinculada à área de Turismo, mas hoje o setor se desdobrou.
124º) (D21) ''... sob novo signo.''; nesse segmento o autor empregou corretamente a
Na frase: “Antes, a hotelaria era vinculada à área de Turismo, mas hoje o setor se preposição sob. A alternativa abaixo em que houve troca entre sob/sobre é
desdobrou”, a conjunção sublinhada indica a ideia de (A) sob esse aspecto, a economia vai mudar.
(A) tempo. (B) conseqüência. (C) causa. (D) adição. (E) contrariedade. (B) a economia foi analisada sob vários pontos de vista.
(C) a industrialização virá sob um novo governo.
120º) (D9) O gênero textual presente em: “Depois de assaltarem a joalheria na madrugada (D) o congresso vai discutir sob política econômica.
da segunda, os assaltantes tiveram a infelicidade de buscar refúgio na casa de um (E) a industrialização foi feita sob pressão de grupos.
advogado e foram presos imediatamente” é
(A) crônica. (B) propaganda. (C) e-mail (D) notícia (E) frase filosófica. 125º) (D9) No texto: “Ser gagá não é viver apenas nos idos do passado: é muito mais! É
saber que todos os amigos já morreram e os que teimam em viver são entrevados.” (Millôr
121º) Leia o texto a seguir. Fernandes) tem-se
A industrialização (A) crônica. (B) propaganda. (C) e-mail. (D) notícia. (E) frase filosófica.
O problema básico de nossa economia estará em breve sob novo
signo. O país semicolonial, agrário, importador de manufaturas e exportador de matérias - 126º) Leia o texto a seguir.
primas poderá arcar com as responsabilidades de uma vida industrial autônoma, provendo Desperdício Brasil
as suas urgentes necessidades de defesa e aparelhamento. Sempre que se reúnem para lamuriar, os empresários falam no Custo Brasil, no
preço que pagam para fazer negócios num país com regras obsoletas e vícios incrustados.
(Getúlio Vargas) O atraso brasileiro é quase sempre atribuído a alguma forma de corporativismo anacrônico
(D2) Deduz-se da leitura do texto que ou privilégio renitente que quase sempre têm a ver com o trabalho superprotegido, com leis
(A) não vão ocorrer mudanças no cenário econômico. sociais ultrapassadas e com outras bondades inócuas, coisas do populismo irresponsável,
(B) o problema de nossa economia está na falta de industrialização. que nos impedem de ser modernos e competitivos. Raramente falam no que o capitalismo
(C) o Brasil vai deixar de dedicar-se à agricultura. subsidiado custa ao Brasil.
(D) o problema econômico do Brasil é fruto do colonialismo. O escândalo causado pela revelação do que os grandes bancos deixam de pagar
(E) o nosso país vai deixar de importar manufaturas. em impostos não devia ser tão grande, é só uma amostra da subtributação, pela fraude ou
pelo favor, que há anos sustenta o nosso empresariado chorão, e não apenas na área
financeira. A construção simultânea da oitava economia e de uma das sociedades mais
miseráveis do mundo foi feita assim, não apenas pela sonegação privada e a exploração de
brechas técnicas no sistema tributário - que, afinal, é lamentável, mas mostra
engenhosidade e iniciativa empresarial - mas pelo favor público, pela auto-sonegação
patrocinada por um Estado vassalo do dinheiro, cúmplice histórico da pilhagem do Brasil
pela sua própria elite.
O Custo Brasil dos lamentos empresariais existe, como existem empresários
responsáveis que pelo menos reconhecem a pilhagem, mas muito mais lamentável e
atrasado é o Desperdício Brasil, o progresso e o produto de uma minoria que nunca são
distribuídos, que não chegam à maioria de forma alguma, que não afetam a miséria à sua
volta por nenhum canal, muito menos pela via óbvia da tributação. Dizem que com o que
não é pago de imposto justo no Brasil daria para construir outro Brasil. Não é verdade. (B) uma ironia sobre o que é dito anteriormente.
Daria para construir dois outros Brasis. E ainda sobrava um pouco para ajudar a Argentina, (C) uma explicação dos termos anteriores.
coitada. (D) mais um elemento negativo do país.
( Luís Fernando Veríssimo ) (E) uma crítica sobre a política do país.

(D3) Em ''...um país com regras OBSOLETAS...'', o termo em destaque pode ser substituído 133º) Leia o texto a seguir.
por
(A) lamentáveis. B) antiquadas. (C) arraigadas. (D) doentias. (E) persistentes. Cidadania e igualdade

127º) (D2) ''...no preço que pagam para fazer negócios num país com regras obsoletas e Mais do que em outras épocas da nossa história, o momento em que ingressamos
vícios incrustados.''; na situação textual em que está, o segmento “país com regras num novo século exige a construção da cidadania e a implementação dos direitos humanos
obsoletas e vícios incrustados” representa como tarefa de urgência. Realizá-la implica uma série de atitudes que envolvem, antes de
(A) uma opinião do empresariado. mais nada, o indivíduo, o seu grupo, a comunidade e os diversos segmentos da sociedade.
(B) o ponto de vista do autor do texto. Impõe-se a cada pessoa o desafio de acreditar - ou voltar a acreditar, se perdeu tal crença -
(C) uma consideração geral que se tem sobre o país. na possibilidade de uma sociedade justa e solidária, exercitando uma nova consciência
(D) o parecer do capitalismo internacional. crítica, conhecendo a realidade em suas várias nuances e mudando o que precisa ser
(E) a visão dos leitores sobre o país em que vivem. mudado para uma vida melhor.
Ter consciência crítica significa também saber analisar, com realismo, as
128º) (D1) O principal prejuízo trazido pelo Custo Brasil, segundo o primeiro parágrafo do causas e os efeitos das situações que precisam ser enfrentadas, para, a partir dessa
texto, que retrata a opinião do empresariado, é atitude, descobrir os melhores caminhos na busca da transformação social, política,
(A) o corporativismo anacrônico. econômica e cultural. Significa, do mesmo modo, abrir-se para as mudanças e capacitar-se,
(B) o privilégio renitente. de todas as formas, para absorvê-las. Há hoje cada vez mais espaços para ações de
(C) trabalho superprotegido. parceria voltadas ao desenvolvimento sustentado e à realização dos direitos humanos.
(D) populismo irresponsável. O desafio apresenta-se de duas formas. De um lado, é preciso abrir-se para
(E) falta de modernidade e competitividade. além dos círculos fechados em que as pessoas normalmente vivem, estimulando o respeito
e a cooperação por uma sociedade com menores desigualdades, e de outro, para exercer o
129º) (D19) O corporativismo anacrônico, o privilégio renitente, o trabalho superprotegido e direito de cobrar das instituições do Estado a sua responsabilidade na preservação dos
outros elementos citados no primeiro parágrafo do texto indicam, em sua totalidade direitos humanos. O desafio essencial de cada um de nós é e sempre será fazer respeitar a
(A) deficiências em nosso sistema socioeconômico. nossa condição de ser humano vocacionado a uma vida digna e solidária.
(B) a consciência dos reais problemas do país por parte dos empresários. O princípio de igualdade é a base da cidadania e fundamenta qualquer
(C) o atraso mental dos políticos nacionais. constituição democrática que se proponha a valorizar o cidadão. Não é diferente com a
(D) a carência de líderes políticos modernos e atuantes. nossa. Na Constituição de 1988, o direito à igualdade destaca-se como tema prioritário
(E) a posição ultrapassada do governo. logo em seu artigo 5º: ''Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do
130º) (D14) No trecho ''...que quase sempre têm a ver com o trabalho superprotegido...'' direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)''
(l.4) o termo em destaque (Guia Cidadania e Comunidade)
(A) se refere ao corporativismo anacrônico e ao privilégio renitente.
(B) se trata de sujeito indeterminado. (D1) A realização da ''tarefa de urgência'', de que trata o primeiro parágrafo do texto, exige
(C) está ligado a todos os elementos citados a seguir. (A) iniciativas enérgicas por parte do poder estatal.
(D) é um erro que o autor do texto se distraiu e cometeu. (B) a defesa do convívio em círculos sociais restritos.
(E) se trata de verbo impessoal. (C) uma nova reforma constitucional.
(D) uma alteração no fundamento da Constituição de 1988.
131º) (D18) ''Raramente falam no que o capitalismo subsidiado custa ao Brasil.''; os (E) novas atitudes dos indivíduos e dos grupos sociais.
empresários brasileiros raramente falam neste tema porque
(A) são mal preparados e desconhecem o assunto. 134º) (D2) Infere-se do texto que
(B) se trata de um assunto que não lhes diz respeito. (A) As “duas formas” de desafio de que trata o 3º parágrafo acentuam a importância do
(C) se refere a algo com que lucram. papel da iniciativa do Estado.
(D) não querem interferir com problemas políticos. (B) A frase “Não é diferente com a nossa”, no último parágrafo, lembra que o princípio da
(E) não possuem qualquer consciência social. igualdade é básico também na Constituição brasileira.
132º) (D19) ''...coisas do populismo irresponsável,...'' corresponde a (C) O direito à igualdade, tratado no artigo 5º da Constituição de 1988, é amplo em relação
(A) uma retificação do que antes vem expresso. aos cidadãos brasileiros e restrito em relação a todos os demais.
(D) O momento em que ingressamos num novo século exige a construção da cidadania
como tarefa morosa.
ESTUDO PARA O SPAECE
(E) Há hoje cada vez menos espaços para ações de parceria voltadas ao desenvolvimento
sustentado e à realização dos direitos humanos.
Língua Portuguesa
14º Estudo / 2022
135º) (D2) O texto manifesta a necessidade urgente de se evitar
(A) uma análise realista das causas e efeitos das situações que precisam ser enfrentadas. 140º) Leia o texto a seguir.
(B) a prática de cobrar de setores do Governo suas responsabilidades constitucionais.
(C) a tendência de se viver no interior de círculos sociais fechados e estanques. Processamento da entrevista
(D) a discriminação social, a não ser nos casos previstos no artigo citado da atual A Nogueira de Faria
Constituição. A entrevista consiste em inquirir tecnicamente, de forma hábil, dentro de um plano
(E) qualquer desafio que diga respeito à mudança de atitude ou de hábitos tradicionais. e sequência previamente estudados, levando o interrogado ou entrevistado a se pronunciar
sobre aquilo que desejamos saber e a emitir sua opinião, muitas vezes sem que
136º) (D18) No contexto do 1º parágrafo, os elementos que constituem a enumeração, o formulemos a pergunta diretamente. É a maneira racional de levar alguém a fornecer os
indivíduo, o seu grupo, a comunidade e os diversos segmentos sociais informes e as informações que possui em determinada área.
(A) estão dispostos numa ordem casual e arbitrária. É uma técnica de comunicação direta entre duas pessoas que possuem alguns
(B) obedecem à sequência lógica do mais geral para o mais particular. interesses em comum. Forma de pesquisa realizada através de diálogo estudado e
(C) são todos eles alternativos e excludentes entre si. preparado dentro de um plano e sequência previamente analisados, levando, sutilmente, o
(D) estão dispostos numa progressão do particular para o geral. entrevistado a se manifestar sobre assuntos de seu conhecimento.
(E) são todos eles sinônimos entre si. Pode ser entendida como sendo uma conversa planejada, capaz de conduzir à
transmissão de uma mensagem, em que o entrevistador orientou a produção e codificação
137º) (D3) Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma frase do das próprias mensagens por parte do entrevistado, para obter as informações que deseja.
texto em Trata-se de um processo interpessoal de comunicação, com numerosas limitações
(A) em suas várias nuances = em seus diversos aspectos. no tempo e no espaço, pois o comportamento das pessoas varia muito. As entrevistas
(B) implementação dos direitos humanos = preservação da assistência humanitária. devem ser personalizadas e adaptadas às características do entrevistado, sua cultura,
(C) vocacionado a uma vida solidária = ambientado no regime da privacidade. posição social, conhecimento técnico, etc.
(D) tema prioritário = questão de alguma relevância. Existe uma grande diferença entre a entrevista e a conversa informal entre duas
(E) inviolabilidade do direito à vida = protelação da garantia de vida. pessoas. É necessário saber distinguir quando o diálogo informal é uma introdução e
quando ela perde as características, acabando por se transformar numa palestra
138º) (D3) A frase "Ter consciência crítica significa também saber analisar, com realismo, inconsistente, tomando tempo e prejudicando o processamento da entrevista propriamente
as causas e os efeitos das situações, que precisam ser enfrentadas" articula o segundo ao dita.
primeiro parágrafo. Considerando-se essa articulação, a palavra “também” tem o sentido de
(A) ainda assim. (B) apesar de tudo. (C) além disso. (D) sobretudo. (E) antes de mais (D3) A expressão “inquirir tecnicamente” significa, no texto
nada. (A) processo interpessoal de comunicação.
(B) questionamento sobre assuntos de interesse.
139º) (D10) Leia o texto a seguir. (C) conversa planejada, segundo roteiros prévios.
Índios (D) interrogatório que leva o entrevistado a transmitir uma mensagem.
Quem me dera, ao menos uma vez / Ter de volta todo o ouro que entreguei / A quem (E) diálogo de manipulação do outro para obtenção de informações.
conseguiu me convencer / Que era prova de amizade / Se alguém levasse embora até o
que eu não tinha. (RUSSO, Renato, “Índios”, in Dois, 1986.) 141º) (D14) “... e quando ela perde as características...”; o termo destacado refere-se a
O texto se propõe a (A) conversa (B) palestra (C) entrevista (D) introdução (E) pessoa
(A) mostrar a amizade entre os índios.
(B) questionar a exploração do homem ao índio. 142º) (D2) Leia o texto a seguir.
(C) mostrar a amizade entre o homem e o índio.
(D) questionar a exploração do índio à natureza. Texto-base (O texto a seguir foi retirado de uma bula de remédio)
(E) mostrar a amizade entre os descendentes de índios.
Conservar o produto em temperatura ambiente entre 15 e 30°C, protegido da umidade. O
prazo de validade do produto é de 36 meses a partir da data de fabricação impressa na
embalagem. Não utilize medicamento com o prazo de validade vencido.
A partir da leitura do texto, pode-se concluir que (C) o essencial da alma só é reconhecível na soma de suas múltiplas imagens.
(A) o produto pode ser guardado em locais úmidos. (D) a fragilidade da alma só é superada quando adquire a consistência de uma imagem.
(B) o produto deve ser utilizado em até 36 meses, a partir do dia da compra. (E) a legitimidade do nosso modo de ser depende inteiramente do reconhecimento alheio.
(C) é preciso conferir a data de fabricação do produto impressa na embalagem.
(D) o produto pode ser deixado perto do fogão da cozinha. 146º) (D1) Segundo Mário Quintana, a despersonalização num segundo ''eu''
(E) a temperatura ideal para conservar o produto é menos de 15°C ou mais de 30°C. (A) é a causa, e as ''imagens enganosas'' são a sua consequência.
(B) e a adaptação às imagens enganosas são fatos paralelos e independentes.
143º) (D2) Leia o texto a seguir. (C) é uma consequência, cuja causa é a adaptação às imagens enganosas.
Da influência dos espelhos (D) é uma consequência, cuja causa é a invisibilidade da alma.
(E) é a causa, cuja consequência é a invisibilidade da alma.
Tu lembras daqueles grandes espelhos côncavos ou convexos que em certos
estabelecimentos os proprietários colocavam à entrada para atrair os fregueses, achatando- 147º) (D1) Leia o texto a seguir.
os, alongando-os, deformando-os nas mais estranhas configurações? Como opera a máfia que transformou o Brasil num dos campeões da fraude de medicamentos
Nós, as crianças de então, achávamos uma bruta graça, por saber que era tudo É um dos piores crimes que se podem cometer. As vítimas são homens, mulheres e crianças
ilusão, embora talvez nem conhecêssemos o sentido da palavra ''ilusão''. doentes – presas fáceis, capturadas na esperança de recuperar a saúde perdida. A máfia dos
medicamentos falsos é mais cruel do que as quadrilhas de narcotraficantes. Quando alguém decide
Não, nós bem sabíamos que não éramos aquilo!
cheirar cocaína, tem absoluta consciência do que coloca no corpo adentro. Às vítimas dos que
Depois, ao crescer, descobrimos que, para os outros, não éramos precisamente falsificam remédios não é dada oportunidade de escolha.
isto que somos, mas aquilo que os outros veem. Para o doente, o remédio é compulsório. Ou ele toma o que o médico lhe receitou ou passará
Cuidado, incauto leitor! Há casos, na vida, em que alguns acabam adaptando-se a a correr risco de piorar ou até morrer. Nunca como hoje os brasileiros entraram numa farmácia com
essas imagens enganosas, despersonalizando-se num segundo ''eu''. Que pode uma alma, tanta reserva.
ainda por cima invisível, contra o testemunho de milhares de espelhos?
Eis aqui um grave assunto para um conto, uma novela, um romance, ou uma tese Segundo a autora, “um dos piores crimes que se podem cometer” é
de mestrado em Psicologia. (A) a venda de narcóticos. (D) a venda abusiva de remédios.
(Mário Quintana, Na volta da esquina. Porto Alegre, Globo, 1979, p. 79) (B) a falsificação dos remédios (E) a reserva ao entrar numa farmácia.
(C) a receita de remédios falsos.
Nesta crônica, Mário Quintana
(A) vale-se de um incidente de seu tempo de criança, para mostrar a importância que tem a 148º) Leia o texto a seguir.
imaginação infantil. A economia do Nordeste beneficiou-se, principalmente, de um modelo econômico que
(B) alude às propriedades ilusórias dos espelhos, para mostrar que as crianças sentiam-se priorizou a demanda. A expansão dos programas sociais e, sobretudo, o aumento do salário mínimo
inteiramente capturadas por eles. tiveram sobre a região um impacto bem maior do que no restante do país. A economista Tânia Bacelar,
(C) lembra-se das velhas táticas dos comerciantes, para concluir que aqueles tempos eram da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), lembra que metade das famílias que ganham um
bem mais ingênuos que os de hoje. salário mínimo se encontra no Nordeste. A população nordestina também absorve 55% do orçamento
(D) alude a um antigo chamariz publicitário, para refletir sobre a personalidade profunda e destinado ao Bolsa Família. "Pela estrutura de renda da região, mais baixa que no resto do país, o
efeito das políticas que mexeram com a renda foi maior aqui. O aumento dessas receitas impulsionou o
sua imagem exterior.
consumo e atraiu investimentos, especialmente dos grandes grupos de alimentos, bebidas, varejistas e
(E) vale-se de um fato curioso que observava quando criança, para defender a tese de que distribuição de alimentos."
o mundo já foi mais alegre e poético. Investimentos em infraestrutura, como a duplicação da BR-101, a transposição do rio São
Francisco e a construção da ferrovia transnordestina injetaram bilhões na economia e ajudaram a
144º) (D2) Infere-se do texto que dinamizar a construção civil, assim como os investimentos da Petrobras – que asseguraram à indústria
(A) O narrador mostra que, quando criança, não imaginava a força que pode ter a imagem naval a demanda necessária para voltar a investir depois de mais de uma década sem produzir um
que os outros fazem de nós. único navio.
(B) As crianças deixavam-se cativar pela magia dos espelhos, chegando mesmo a A interiorização das universidades federais e a criação de novos institutos tecnológicos
também mudam a cara do Nordeste, especialmente nas cidades médias. É o caso de Caruaru, um dos
confundir as imagens com a realidade.
municípios que mais crescem na região. Nos últimos anos, a "Princesa do Agreste", mais conhecida
(C) O narrador sustenta a ideia de que as crianças são menos convictas da própria por suas confecções e pelas feiras que movimentam milhões de reais, atraiu estudantes e professores
identidade do que os adultos. de todos os lugares e observou uma profunda transformação em seus hábitos.
(D) As pessoas sempre adaptam-se às imagens enganosas. A outra face do "novo Nordeste" está no campo. Nas áreas de Cerrado, como no oeste da
(E) A influência dos espelhos sobre as pessoas deve ser estudada unicamente pela Bahia e no sul do Maranhão, o agronegócio avança e transforma chapadões em imensas propriedades
psicologia. produtoras de soja. No Semiárido, onde as condições são bem menos favoráveis, o aumento dos
recursos destinados a financiar a agricultura familiar e o empreendedorismo dos pequenos ajudam a
145º) (D3) Na interrogação ''Que pode uma alma, ainda por cima invisível, contra o mudar a vida das pessoas. É o que se observa em Picos, polo produtor de mel e caju no sertão do
Piauí.
testemunho de milhares de espelhos?'' há a admissão de que
(Gerson de Freitas Jr., Carta Capital, 15 de dezembro de 2010, p. 24, com adaptações)
(A) só a força do olhar e do interesse alheio capta as verdades de nossa alma.
(B) a verdade essencial da alma não tem como se opor às imagens que lhe atribuem.
(D1) De acordo com o texto, o aumento da demanda no Nordeste se deu, principalmente,
(A) em consequência dos recursos trazidos pelos programas sociais e pelo aumento do
ESTUDO PARA O SPAECE
salário mínimo.
(B) em razão do estabelecimento na região de diversos distribuidores de alimentos e de
Língua Portuguesa
bebidas. 15º Estudo / 2022
(C) pela transformação de áreas antes pouco aproveitáveis em produtoras de grãos, como
a soja. 152º) Leia o texto a seguir.
(D) pelas mudanças ocorridas em cidades médias, que se tornaram polos desenvolvimento
tecnológico. Descendo o rio Negro, no Amazonas, o contraste da frondosa copa de uma
(E) devido ao fato de que a maior parte da população nordestina recebe apenas o salário árvore, muito acima das outras, atiça a ir ao seu encontro. Deve ser uma sumaumeira, que
mínimo. um livro de viagem apresenta como tendo no máximo 40 metros de altura. Para o piloto da
embarcação, descendente dos índios baniwa, ia pra lá dos 50, e seu tronco não podia ser
149º) (D2) É correto concluir do que foi afirmado no 2º parágrafo que abraçado ao mesmo tempo pelos guerreiros de uma tribo. Era necessário conferir.
(A) os investimentos propiciaram a ampliação da oferta de empregos, fato que resultou no A visão era inverossímil. A sumaúma, com seu tronco desmedido, escorado por
crescimento da construção civil. raízes enormes, verdadeiros contra fortes, é uma verdadeira obra-prima. Da família
(B) a produção de novos navios era necessária para a atuação mais efetiva da Petrobras na Bombacaceae (Ceiba pentandra), é também conhecida como árvore-da-seda, árvore-da-lã,
região nordestina. ceiba, paina-lisa. Espécie tropical, é um dos gigantes da floresta amazônica. Encontrada
(C) a infraestrutura existente em todo o Nordeste permitiu o avanço econômico da região. nas matas de várzea e em áreas periodicamente alagadas, apresenta raízes tabulares, as
(D) a transposição do rio São Francisco deverá permitir a expansão de toda a indústria sapopemas, que podem atingir, dependendo da idade, comprimentos superiores a 7
naval. metros. As flores têm pétalas brancas; o fruto, uma cápsula fusiforme com 10 centímetros,
(E) a construção de uma ferrovia facilitará o transporte de alimentos em toda a região, provido de pequenas sementes envoltas por pelos, ou painas. Na iminência de um
beneficiando a agricultura familiar. temporal, o enorme tronco, que armazena grande quantidade de líquido, dá uma descarga
de água para as raízes – resultado da variação atmosférica. Ouve-se à distância o ruído do
150º) (D18) Observa-se relação entre uma situação e seu efeito na seguinte afirmativa do
movimento da água.
texto
O barulhão da sumaumeira rendeu uma das mais difundidas histórias da
(A) o desenvolvimento de uma agricultura familiar em algumas regiões e os investimentos
Amazônia. Segundo a crença, o Curupira é o responsável pelo estrondo na mata. Armado
em infraestrutura.
com um casco de jabuti, ele bate com força nas sapopemas, a fim de verificar se elas estão
(B) os novos investimentos na agricultura familiar e o avanço do agronegócio no campo.
fortes para resistir às tempestades. Para os índios ticuna, a sumaúma nos remete à
(C) o aumento da renda familiar e maiores investimentos, especialmente na área da
formação da Amazônia: "No princípio estava tudo escuro, sempre frio e sempre noite. Uma
alimentação.
enorme sumaumeira fechava o mundo, e por isso não entrava claridade na terra. Quando a
(D) as obras de transposição do rio São Francisco e a construção da ferrovia
árvore caiu, a luz apareceu. Do tronco formou-se o rio Amazonas. De seus galhos surgiram
transnordestina.
outros rios e igarapés."
(E) a instalação de universidades federais em cidades do interior e a criação de novos
Da imaginação para a realidade, o que é certo é que ao seu redor se realizam
institutos tecnológicos.
rituais de fertilidade, fartura, prosperidade e assembleias gerais, em que se discutem os
interesses da tribo. É a árvore da troca, das crenças, da vida. Um monumento da natureza.
151º) (D5) Leia o texto a seguir. (Heitor e Silvia Reali. Brasil − Almanaque de cultura popular. São Paulo: Andreato
“No muro Agora: Na janela
Comunicação e Cultura, Dezembro 2006, Ano 8, n. 92, p. 23, com adaptações)
O gato. O gato Uma criança rindo.”
Na árvore Na árvore
O passarinho. O passarinho. (D3) Descendo o rio Negro, no Amazonas, o contraste da frondosa copa de uma árvore,
No muro muito acima das outras, atiça a ir ao seu encontro. (início do texto) Na fala dos autores, o
Ao ler o poema com atenção, é possível perceber que se trata de trecho grifado significa que
(A) uma perseguição. (B) uma brincadeira. (C) uma corrida. (A) nos inspira certo medo. (D) impede que nos aproximemos dela.
(D) um passeio. (E) um sonho. (B) desperta nossa curiosidade. (E) tenta nos afastar dali.
(C) mostra nossa direção na floresta.

153º) (D14) Em “ ... e por isso não entrava claridade na terra.” (3ºparágrafo). O pronome
grifado refere-se ao fato de que
(A) a luz apareceu. (D) estava tudo escuro.
(B) se formou o rio Amazonas. (E) era sempre frio e sempre noite.
(C) a sumaumeira fechava o mundo.
154º) Leia o texto a seguir.
13 Eu sei quanta tristeza eu tive 31 Animal ferido
Poucas pessoas classificariam o bico do tucano como uma "monstruosidade". Mas 14 Mas mesmo assim se vive 32 Por instinto decidido
foi assim que Buffon, um famoso naturalista francês, o descreveu no século XVIII. Até hoje, 15 Morrendo aos poucos por amor 33 Os meus rastros desfiz
o tamanho "monstruoso" do bico do tucano – o maior entre as aves, proporcionalmente 16 Eu sei o coração perdoa 34 Tentativa infeliz de esquecer...
ao corpo − é algo que clama por explicação. 17 Mas não esquece à toa
Alimentação, defesa e comunicação visual são algumas funções óbvias já 18 E eu não me esqueci...
conhecidas. Agora, cientistas do Brasil e do Canadá acrescentaram mais um item a essa 35 Eu sei que flores existiram
lista: termorregulação. Em um trabalho, eles mostram que os tucanos são capazes de 19 Não vou mudar 36 Mas que não resistiram a vendavais
controlar o fluxo de sangue para o bico, mediando, assim, a quantidade de calor que flui constantes
através dele pelos vasos. É uma forma de equilibrar a temperatura corporal – algo 20 Esse caso não tem solução 37 Eu sei que as cicatrizes falam
semelhante ao que fazem os elefantes com suas orelhas. 21 Sou Fera Ferida 38 Mas as palavras calam
De acordo com o estudo, o bico do tucano é altamente vascularizado e transfere 22 No corpo, na alma e no coração...(2x) 39 O que eu não me esqueci...
calor rapidamente para o ambiente. Funciona como um radiador. Quando o tempo está
quente, o pássaro aumenta o fluxo de sangue para o bico, para irradiar calor. Quando está 23 Eu andei demais 40 Não vou mudar
frio, faz o oposto, para reter calor. Segundo os pesquisadores, é provável que essa 24 Não olhei prá trás 41 Esse caso não tem solução
característica seja comum a todas as aves, mas se torna especialmente relevante no caso 25 Era solto em meus passos 42 Sou Fera Ferida
do tucano, por causa da proporção do bico, que pode representar 50% do tamanho do 26 Bicho livre, sem rumo sem laços!... 43 No corpo, na alma e no coração...(2x)
animal.
(Adaptado de Herton Escobar. O Estado de S. Paulo, A24, Vida&, 24 de julho de 2009) TEXTO II
Quando o amor acaba
(D15) A finalidade do texto é
(A) divulgar o resultado de um estudo. (D) instruir sobre o cuidado com as aves. Psiquiatras dividem o processo de separação em duas fases: primeiro vem o
(B) relatar o procedimentos de uma pesquisa. (E) narrar os hábitos alimentares do protesto; Depois, o desespero. Durante a fase de protesto, em geral a pessoa
tucano. abandonada tenta obstinadamente recuperar o objeto de seu amor. Tenta entender o que
(C) opinar acerca do bico do tucano. deu errado e como poderia reacender o interesse do outro. Qualquer que seja a reação,
porém, em vez de desaparecer, a paixão parece crescer.
155º) (D20) Em “– o maior entre as aves, proporcionalmente ao corpo —.” (1º parágrafo). A reação de protesto está atrelada a neurotransmissores. Em experiências
A frase isolada pelos travessões constitui, no texto, com animais, elevadas concentrações de dopamina são associadas não apenas
A) restrição feita à classificação usual do bico do tucano. ao aumento da vigilância, mas também fazem com que o indivíduo solitário identifique a
(B) observação feita pelo autor, de sentido explicativo. falta e busque o que necessita. O fato de a concentração da dopamina aumentar
(C) contestação do que foi afirmado anteriormente. justamente logo após o abandono poderia esclarecer por que o interesse pela pessoa
(D) descrição exata da ave pelo naturalista francês. perdida fica mais intenso nessa fase.
(E) justificativa para o tamanho do bico do tucano. Mas que ironia da natureza! Mal se deixa de ter acesso ao objeto do amor,
intensifica-se justamente a atividade daqueles circuitos cerebrais que provocam o desejo
156º) Leia os textos a seguir. mais pronunciado. Além do desejo intensificado, surge o medo, como se os indivíduos
estivessem mais expostos e vulneráveis. Nos mamíferos, há uma reação neuronal de
TEXTO 1 pânico em cadeia quando a mãe se ausenta. Nos humanos, resquícios mentais dessa
Fera ferida experiência podem ressurgir quando ocorre uma nova separação, ativando tanto
mecanismos psíquicos quanto cerebrais.
Composição de Roberto Carlos e Erasmo Carlos (1982) ADAPTADO de:
http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/quando_o_amor_acaba_5.html
1 Acabei com tudo 5 Mas saí ferido REVISTA MENTE E CÉREBRO – edição 190 – novembro 2008-11-06
2 Escapei com vida 6 Sufocando meu gemido
3 Tive as roupas e os sonhos 7 Fui o alvo perfeito (D02) Com base no texto I, é correto afirmar que, antes do fim, a relação entre os amantes
4 Rasgados na minha saída... 8 Muitas vezes no peito atingido... era marcada por

(A) constantes conflitos. (D) romantismo à moda antiga.


9 Animal arisco 27 Me senti sozinho (B) evidentes infidelidades. (E) lembranças de outros amores.
10 Domesticado esquece o risco 28 Tropeçando em meu caminho (C) papéis igualmente ativos.
11 Me deixei enganar 29 À procura de abrigo
12 E até me levar por você... 30 Uma ajuda, um lugar um amigo...
157º) (D3) Com a frase “Não vou mudar” (linha 19), texto I, o personagem quer dizer que
(A) não reatará com o ser amado.
ESTUDO PARA O SPAECE
(B) esquecerá completamente as mágoas.
(C) desistirá de qualquer relação amorosa.
Língua Portuguesa
(D) admite reconsiderar a volta, mas sem perdão. 16º Estudo / 2022
(E) não se deixará mais ser enganado por ninguém.
163º) (D13) Leia os textos a seguir.
158º) (D14) No trecho, “resquícios mentais dessa experiência podem ressurgir” (linhas 16 a
17), a expressão sublinhada se refere a Texto 1
(A) a ausência da mãe. (D) a intensificação do desejo. Neymar chora por lesão, mas Santos diz que não é grave
(B) o surgimento do medo. (E) a busca do objeto do amor. Atacante sofre pisão no pé e sai carregado por massagista; médico afirma que unha
(C) o aumento do interesse. encravada incrementou a dor e que ele deve jogar contra o Corinthians.

159º) (D21) O uso da forma “poderia” (linha 04) indica que a explicação do aumento do Além da difícil missão de vencer o Corinthians por três gols de diferença, no
interesse é Pacaembu, para conquistar seu 18º título paulista, o Santos pode ter mais um problema
(A) certa. (B) possível. (C) desejada. (D) garantida. (E) para a decisão estadual de domingo.
necessária. Faltando quatro dias para a final do Estadual, o atacante Neymar, 17, saiu
machucado do treino coletivo de ontem. Durante a atividade no CT Rei Pelé, Neymar fez
160º) (D12) Quanto aos textos I e II, é correto afirmar que um lançamento para Madson e, logo depois, sofreu um pisão no pé esquerdo de Pará.
(A) o texto I ressalta o aspecto libertador do amor. Deixou o gramado carregado pelo massagista Gustavo Calixto.
(B) o texto II nega a existência do amor romântico. Chorando, o atacante santista recebeu atendimento na lateral do campo e saiu do
(C) ambos os textos racionalizam o sentimento amoroso. local de pé, amparado pelo fisioterapeuta Avelino Buongermino.
(D) o texto II explica as causas biológicas das reações à separação. Apesar da expressão de dor de Neymar após o pisão, o médico Carlos Braga
(E) o texto I apresenta soluções para amenizar o sofrimento amoroso. declarou que a contusão não é grave.

161º) (D12) Com base no texto II, é correto afirmar que o personagem-narrador do texto I Fonte: Folha de S.Paulo, Caderno Esportes, sexta-feira, 1 de maio de 2009 (com cortes)
(A) tenta entender o que deu errado na relação.
(B) experimenta o desespero pelo rompimento. Texto 2
(C) vive a contradição de uma paixão que cresce. Neymar treina no Santos e é confirmado na decisão.
(D) busca ardentemente reconquistar o ser amado. ‘O pisão não foi no dedo machucado. Tomamos um susto porque ele saiu chorando’, diz o
(E) passa pela fase de protesto contra o abandono. técnico.

162º) (D22) Leia o texto a seguir. SANTOS – O atacante Neymar participou normalmente do treino técnico do
Santos, nesta sexta-feira, e está escalado para enfrentar o Corinthians, domingo às 16
19 de abril horas, no Pacaembu, na finalíssima do Campeonato Paulista. Apesar do grande susto que
DIA DO ÍNDIO deu no coletivo da véspera, não houve nada de grave com o atacante.
o dia dos que têm Ele dividiu a bola com Pará e sofreu um pisão no pé esquerdo, caiu no campo e
os seus dias contados. saiu carregado pelo massagista Gustavo Calixto, chorando muito. “Não foi nada”, minimizou
FONTE: PAES, José Paulo. Poesia completa. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p. o técnico Vágner Mancini na entrevista coletiva desta tarde. “O pisão não foi no dedo
261 machucado. Ele foi atingido apenas na unha de outro dedo e tomamos um susto porque ele
No poema, a menção a uma data comemorativa do calendário oficial torna-se irônica caiu chorando”, acrescentou.
graças à opinião crítica do poeta sobre o fato de que os homenageados O treinador aproveitou para negar que tenha armado uma contusão para Neymar,
(A) não sabem contar. (D) não aparecem nas estatísticas. como estratégia para confundir o técnico Mano Menezes. “Ao contrário do que alguém
(B) estão sendo extintos. (E) recebem atenção especial. publicou, realmente Neymar deu um susto e não foi nada arrumado. Já fiz isso em outro
(C) usam outro calendário. clube, mas agora não tem nada disso.”

Fonte: O Estado de S. Paulo, Caderno Esportes, sexta-feira, 1 de maio de 2009 (com


cortes)

Comparando as informações das duas notícias sobre o ocorrido com o jogador Neymar, pode-se
afirmar que
(A) é dado enfoque totalmente diferente ao fato, pois o primeiro texto reforça a dor e estimula a dúvida 165º) (D4) Observe a pintura para responder ao item.
sobre a participação de Neymar na decisão; já o segundo dá menos importância à contusão e confirma
o jogador na final.
(B) são apresentadas as mesmas informações, pois ambos os textos afirmam que a contusão foi uma
estratégia do técnico santista para confundir Mano Menezes, técnico do adversário.
(C) o enfoque dado ao fato é o mesmo, pois, apesar de as duas notícias darem detalhes diferentes
sobre o incidente, ambas confirmam a presença do atacante na final do campeonato.
(D) estimula-se a dúvida sobre a presença do jogador na decisão do campeonato, o que pode
despertar nos leitores maior curiosidade em ler as próximas notícias para saber se Neymar participará
ou não do jogo.
(E) valoriza-se a postura do jogador, que, mesmo com a contusão, participou normalmente dos treinos,
contrariando as expectativas médicas sobre a evolução de seu caso.

164º) (D4) Leia o texto a seguir.

Fonte: A Caridade, 1518, Andrea Del Sarto, Museu do Louvre, Paris

O traçado geométrico em uma pintura ou desenho funciona como um elemento de


construção que expressa uma vontade explícita do artista. O quadrado ou retângulo deitado
sugere força, firmeza, dureza e solidez. O círculo sugere ação, movimento, velocidade e
rapidez. O triângulo e a forma piramidal sugerem equilíbrio e harmonia.

Observe a pintura A Caridade. Qual a forma geométrica que se pode perceber como de uso
intencional do artista em seu projeto e na execução de sua obra?

(A) Quadrado. (B) Retângulo deitado. (C) Círculo. (D) Triângulo. (E) Retângulo em pé.

166º) (D10) Leia o texto a seguir.


Fonte: INSTITUTO PATRICIA GALVÃO. Disponível em:
Níquel Náusea
www.patriciagalvao.org.br/novo2/cartaz_monstro.jpg. Acesso em 22 de abril de 2009
Fernando Gonsales
Da leitura de todos os elementos que compõem o cartaz, é correto afirmar que o texto
principal denuncia que a violência doméstica contra a mulher
(A) atinge principalmente a mãe, e a ilustração apresenta uma imagem negativa do
agressor, sob o ponto de vista da mulher.
(B) atinge todos os membros da família, e a ilustração apresenta uma imagem negativa do
agressor, sob o ponto de vista de um dos filhos.
(C) atinge principalmente os filhos, e a ilustração apresenta uma imagem negativa do
agressor, sob o ponto de vista da mulher.
(D) atinge todos os membros da família, e a ilustração apresenta uma imagem negativa do
agressor, sob o ponto de vista do próprio agressor.
FONTE: GONSALES, Fernando. Folha de S.Paulo, São Paulo, 19/10/2008
(E) desestabiliza a família, e a ilustração apresenta uma imagem negativa do agressor, sob
o ponto de vista dos dois filhos.
O texto verbal que aparece nos dois balões da tirinha de Fernando Gonsales tem a função
de
ESTUDO PARA O SPAECE
(A) noticiar fatos.
(B) fornecer instruções.
(D) divulgar produtos.
(E) expor conceitos.
Língua Portuguesa
(C) apresentar opiniões. 17º Estudo / 2022
167º) (D2) Leia o texto a seguir.
Editorial 169º) Leia o texto a seguir.
Março desponta ainda um tanto tímido no calendário de 2009, espreguiçando-se de fevereiro. Reforma ortográfica: mais custos que benefícios
As aulas definitivamente recomeçam, e do carnaval o único legado são algumas lembranças.
Mas, por isso mesmo, é também um mês de renovação, de novas expectativas, tempo propício para Thaís Nicoleti de Camargo
colocar a esperança para render juros selvagens no universo paralelo da especulação. Isso me
lembra meu velho, um senhor supimpa que a vida ensinou a chicote, e que só não adotou o
Muito já se falou sobre o Novo Acordo Ortográfico. A frouxidão de argumentos que
masoquismo como bandeira de salvação porque a perseverança sempre foi um de seus maiores e
mais admiráveis dons; por fim, ele sempre me dizia: “não basta ser bom, é preciso ser o melhor”. O embasaram a sua implantação, como a suposta necessidade de unificar a grafia da língua
melhor, nesses tempos estranhos, talvez seja o menos pior. portuguesa nos países em que o idioma é oficial, em favor do estímulo ao intercâmbio
Mas Hunter Thompson escreveu: “quando as coisas ficam estranhas, os estranhos viram cultural entre as nações lusófonas e da simplificação de documentos oficiais, já foi
profissionais”. É possível que isso explique por que o nerd que sentava ao seu lado na época da suficientemente denunciada.
faculdade – aquele mesmo, que atolou toda a vida social na lápide de um blog assinado por um É certo que o intercâmbio cultural entre os países da chamada “lusofonia” é algo
pseudônimo – hoje ganhe 15 vezes mais que você para trabalhar em casa, de cueca, três horas por positivo, mas o que pode fomentá-lo são antes políticas de incentivo que a supressão de
dia. Esta é nossa primeira edição na tão aguardada Era de Aquários: os astros conspiram, baby; hífens ou de acentos, cujo resultado prático é apenas anular diferenças sutis que nunca
conspiremos nós também, pois.
impediram a compreensão dos textos escritos do lado de cá ou do lado de lá do Atlântico.
Junior Bellé – Editor chefe
Fonte: Revista UP!- Jovem inteligente. Ano 3, no. 16, março de 2009, p. 12 (com cortes) A ideia de unificação, que produziu um discurso politicamente positivo em torno do
assunto, além de não ter utilidade prática, gera vultoso gasto de energia e de recursos, que
De que fragmento do texto pode-se inferir que este se destina a jovens universitários ou que já bem poderiam ser empregados no estímulo à educação e à cultura.
concluíram seu curso superior? Não bastasse a inconsequência do projeto em si, o texto que o tornou oficial é tão
lacunar e ambíguo que desafiou os estudiosos do idioma tanto no Brasil como em Portugal,
(A) As aulas definitivamente recomeçam, e do carnaval o único legado são algumas lembranças. fato que levou à produção de dicionários com grandes discrepâncias entre si.
(B) Tempo propício para colocar a esperança para render juros selvagens no universo paralelo da Sem um objetivo claro e com severas implicações financeiras, a reforma
especulação.
ortográfica apoia-se num documento lacunar e numa obra de referência marcada pela
(C) A perseverança sempre foi um de seus maiores e mais admiráveis dons.
(D) Aquele mesmo, que atolou toda a vida social na lápide de um blog assinado por um pseudônimo. hesitação e pela inconstância nos critérios de regularização. Fica a incômoda impressão de
(E) Que isso explique por que o nerd que sentava ao seu lado na época da faculdade ganhe 15 vezes que os custos serão bem maiores que os supostos benefícios.
mais que você.
FONTE: Folha de S. Paulo, 22 de abril de 2009, p. A3 (com cortes)
168º) (D4) Leia o texto a seguir.
(D19) A fim de explicitar o que pensa da nova reforma ortográfica, a autora utiliza palavras
que relativizam sua importância e a caracterizam negativamente. É o caso, no primeiro
parágrafo, das palavras
(A) frouxidão, suposta, denunciada. (D) cultural, já, suficientemente.
(B) muito, argumentos, implantação. (E) novo, oficial, lusófona.
(C) necessidade, estímulo, simplificação.

170º) (D1) Contra a reforma ortográfica, segundo a autora, pesaria o argumento do alto
custo ocasionado pelas mudanças. Como acha tal gasto dispensável, ela sugere que o
dinheiro fosse mais bem aplicado
(A) na simplificação de documentos oficiais.
(B) no incentivo à educação e à cultura.
(C) na produção de dicionários atualizados.
Na opinião da Mônica, o espelho
(A) achou que ela é feia. (D) calou-se porque não tem opinião.
(D) no estímulo a estudiosos do idioma.
(B) achou que ela é a mais bonita. (E) não pode falar. (E) na produção de documentos de referência.
(C) ficou indiferente.
171º) (D19) Veja, a seguir, a reprodução de um outdoor.
173º) (D2) Na teoria das Inteligências Múltiplas, Howard Gardner (1985) define inteligência
como a habilidade para resolver problemas ou criar produtos que sejam significativos em
um ou mais ambientes culturais e lista sete tipos de inteligência, afirmando que o ser
humano comumente faz uso de mais de um tipo ao mesmo tempo:
1) linguística (habilidade para usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou
transmitir ideias).
2) lógico-matemática (sensibilidade para padrões, ordem e sistematização).
3) espacial (habilidade para manipular formas ou objetos mentalmente e, a partir das
percepções iniciais, criar tensão, equilíbrio e composição, numa representação visual ou
Fonte: MAIS BRASIL. Disponível em: www.maisbrasil.gov.br/campanha.php?UF=DF. espacial).
Acesso em 28 de abril de2009 4) musical (habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical).
5) cinestésica (habilidade para usar a coordenação grossa ou fina em esportes, artes
Neste outdoor, o emprego de “mais” na frase: “Mais Brasil para mais brasileiros” tem o cênicas ou plásticas no controle dos movimentos do corpo e na manipulação de objetos
interesse de com destreza).
(A) reforçar a ideia de que haverá mais aeroportos para os brasileiros. 6) interpessoal (habilidade para entender e responder adequadamente a humores,
(B) enfatizar o fato de que Brasília terá o maior aeroporto do Brasil. temperamentos, motivações e desejos de outras pessoas).
(C) destacar que Brasília terá o aeroporto mais seguro e confortável do país. 7) intrapessoal (habilidade para ter acesso aos próprios sentimentos, sonhos e ideias, para
(D) ressaltar que um número maior de brasileiros poderá utilizar o aeroporto. discriminá-los e lançar mão deles na solução de problemas pessoais.)
(E) salientar que aumentarão a segurança e o conforto, mantendo-se o tamanho do
aeroporto. Imagine que uma pessoa esteja ouvindo uma música em um show ao vivo e ela seja
instigada a dançar a noite inteira. Que tipos de habilidade ela poderia estar praticando?
172º) (D1) Leia o texto a seguir. (A) Apenas 1, 4 e 5. (D) Apenas 3, 4 e 5.
Você tem um videocurrículo? (B) Apenas 2, 3 e 4. (E) Apenas 4, 5, 6 e 7.
Ferramenta dá uma visão mais ampla do candidato ao emprego, o que facilita a escolha (C) Apenas 2, 3, 4 e 7.
pelo recrutador
Marília Costa e Silva 174º) Leia a tirinha a seguir.

Quando se fala em currículo, o que vem à cabeça são as folhas em papel ou as LAMENTO, MAS
ESTA É A
imagens de um documento eletrônico confeccionado no editor de texto com o nome, LEI DA SELVA!
endereço, experiências profissionais, cursos e vivências do candidato a emprego.
Sabendo que a criatividade pode ser um diferencial na hora de conseguir uma
colocação, muita gente está descobrindo que existem, além do currículo tradicional, outras
formas de se mostrar para o mercado. Uma delas é o videocurrículo.
Usando imagens e sons, a pessoa que busca uma colocação no mercado pode
gravar um pequeno vídeo para falar diretamente com as empresas, registrando seus
objetivos profissionais e suas experiências anteriores.
Segundo o consultor técnico Emerson Jordão, como a internet tende a ser menos
pessoal, esse novo tipo de currículo dá uma visão mais ampla do candidato, para aqueles
LAMENTO, MAS
que contratam e pode ser um ponto decisivo para a escolha, já que permite uma exposição ESTA É A
LEI DA
muito mais detalhada de quem busca o emprego. GRAVIDADE!
Além de enviar o videocurrículo para o empregador, o candidato pode optar por
postá-lo no próprio site pessoal como forma de divulgar sua mão de obra.
Fonte: Jornal O Popular. Goiânia, 20/10/2008, p. 14 (com cortes)

Segundo a autora, o candidato a emprego que decidir divulgar seu videocurrículo para
concorrer a uma vaga no mercado poderá fazer isso
(A) imprimindo-o em folhas de papel ou transformando-o em documento eletrônico. http://www.niquel.com.br
(B) confeccionando-o no editor de texto ou registrando-o diretamente nas empresas. (D4) Comparando a fala do primeiro balão com a do último, é correto afirmar que
(C) enviando-o para o empregador nas empresas ou postando-o no próprio site pessoal. (A) há uma relação intertextual entre elas, embora haja diferenças de estrutura sintática
(D) registrando-o junto a consultores técnicos ou expondo-o a quem busca uma colocação. entre uma e outra.
(E) expondo-o criativamente na internet ou enviando-o a antigos empregadores.
(B) sob o ponto de vista conceitual, a expressão “lei da selva” tem uma extensão mais
ampla que “lei da gravidade”, que tem sentido especializado.
ESTUDO PARA O SPAECE
(C) a forma verbal “Lamento” sugere a relação respeitosa que as personagens estabelecem
entre si na tirinha.
Língua Portuguesa
(D) a conjunção “mas” poderia ser substituída, somente no primeiro quadrinho, por porém 18º Estudo / 2022
ou no entanto.
(E) a expressão “lei da gravidade” não pode ser entendida, devido ao contexto sarcástico, 177º) (D5) Leia o texto a seguir.
como um termo técnico da Física. O quanto antes
175º) (D4) A imagem no segundo quadrinho A primeira vitória do Pan-Americano de 2007, no Rio, já pode ser detectada: a
(A) comprova que a lei da selva é válida em todas as situações. parceria entre Estado e Prefeitura no anúncio do pacote de obras para melhorar o
(B) é incompatível com o que ocorreu no primeiro quadrinho. transporte da capital. A governadora Rosinha Garotinho e o prefeito César Maia pretendem
(C) reforça o lamento do gato no começo da tirinha. pedir audiência ao Governo Federal e conseguir financiamento para projetos que incluem a
(D) permite ao rato fazer a observação que está no último balão. construção da Linha 6 do metrô, ligando a Barra da Tijuca a Duque de Caxias.
(E) mostra a indignação do rato para com a postura do gato. O metrô é um sistema de transporte moderno e inteligente que, eficientemente
ampliado, poderia evitar as mazelas que o Rio enfrenta hoje: caos nas ruas, poluição,
176º) (D1) Leia o texto a seguir. ônibus superlotados, escassez de vagas, flanelinhas, transporte ilegal, acidentes.
Viagem mais curta para a serra As grandes capitais do mundo souberam investir nisso. O metrô de Nova Iorque
Rodovia terá o maior túnel do país e moradores de Caxias deixarão de pagar pedágio tem 25 linhas que percorrem 471 quilômetros. Paris tem 15 linhas e 212 quilômetros.
Geraldo Perelo Londres, a pioneira nos trilhos subterrâneos, tem 12 linhas com 415 quilômetros. Aqui no
Rio, o metrô foi inaugurado em
Vai ficar mais fácil e seguro para o morador da Baixada subir a Serra de 1979 e até hoje tem apenas duas linhas, num total de 34 quilômetros. Privilégio para
Petrópolis. Além disso, a população vai ganhar uma área ecoturística entre Caxias e a poucos.
cidade serrana. Para isso, será necessária a construção do maior túnel do Brasil e a Que o Pan 2007 tire pelo menos a Linha 6 do papel, e o quanto antes. Iniciadas as
ampliação de estrada que liga os dois municípios. Os planos estão na fase final de obras, restará à população fiscalizar para que tudo saia a contento e o investimento não
elaboração pela Concer, concessionária que administra a BR-040 (Rio-Juiz de Fora). Para perca nos túneis do desvio de dinheiro público.
concretizar o projeto, serão investidos cerca de R$ 650 milhões. Jornal O DIA – 08.08.2003
O projeto prevê a remoção da praça de pedágio, passando de KM 104 para o KM O texto acima apresenta como tema
102, liberando os 55 mil moradores de Xerém da taxa, que vem sendo cobrada desde 1996. (A) A construção da Linha 6 do metrô.
A rodovia vai ganhar uma nova pista de subida da Serra e o túnel terá quase cinco (B) Os meios de transporte de Nova Iorque.
quilômetros de extensão, entre Belvedere e a comunidade de Duarte da Silveira, para (C) A parceria entre Estado e Prefeitura para melhoria do transporte no Rio.
encurtar o trajeto e reduzir o tempo de viagem em 15 minutos, até Petrópolis. (D) A ineficiência dos meios de transporte do Rio.
(...) (E) A modernização do transporte público.
Jornal O Dia, 07/11/2010
178º) (D3) Leia o texto a seguir.
De acordo com o texto, vai ficar mais fácil e seguro para o morador da Baixada subir a O melhor amigo
Serra de Petrópolis graças
(A) à criação de uma área ecoturística entre Caxias e a cidade serrana. A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio
(B) à construção do maior túnel do Brasil e à ampliação de estrada. ressabiado, arriscou um passo para dentro e mediu cautelosamente a distância. Como a
(C) à remoção da praça do pedágio. mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma corridinha em direção de seu quarto.
(D) à construção de uma nova pista de subida da Serra. - Meu filho? – gritou ela.
(E) à redução do tempo de viagem em 15 minutos. - O que é – respondeu, com o ar mais natural que lhe foi possível.
- Que é que você está carregando aí?
Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça? Sentindo-se
perdido, tentou ainda ganhar tempo.
- Eu? Nada...
- Está sim. Você entrou carregando uma coisa.
Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar – o jeito era procurar comovê-la.
Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava
carregando:
- Olha aí, mamãe: é um filhote...
Seus olhos súplices aguardavam a decisão. 180º) (D3) Leia o texto a seguir.
- Um filhote? Onde é que você arranjou isso? O almirante negro
- Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe? (João Bosco-Aldir Blanc)
Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de isso. Insistiu ainda:
Há muito tempo nas águas da Guanabara
- Deve estar com fome, olha só a carinha que ele faz. O Dragão do Mar reapareceu
- Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo! Na figura de um bravo marinheiro
- Ah, mamãe ...- já compondo uma cara de choro. A quem a história não esqueceu
- Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Já disse que não quero animais Conhecido como o Almirante Negro
aqui em casa. Tanta coisa para cuidar. Deus me livre de ainda inventar uma amolação Tinha a dignidade de um mestre-sala
dessas (...)
Fonte: Adaptado de Sabino, Fernando. Apud BENDER, Flora, org. Fernando Sabino: E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Literatura comentada. São Paulo.
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Observe a frase: “Onde você arranjou isso?” A palavra em destaque mostra que a mãe Rubras cascatas jorravam das costas dos negros
(A) não sabe que se trata de um cachorro. (D) mostra-se irritada com o filho. Pelas pontas das chibatas
(B) mostra- se surpresa ao ver o cachorro. (E) mostra-se decepcionada com o filho. Inundando o coração de toda tripulação
(C) mostra desdém em relação ao animal. Que a exemplo do marinheiro gritava então

179º) (D6) Leia o texto a seguir. Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Acho que tou Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
- Acho que tou - disse a Vanessa. Não esquecemos jamais
- Ai, ai, ai - disse o Cidão. Salve o almirante negro
No entusiasmo do momento, os dois a fim e sem um preservativo à mão, a Que tem por monumento
Vanessa tinha dito “Acho que dá”. E agora aquilo. Ela podia estar grávida. As pedras pisadas do cais
Do “Acho que dá” ao “Acho que tou”. A história de uma besteira. Mas faz muito tempo...
Mais do que uma besteira. Se ela estivesse mesmo grávida, uma tragédia. Tudo Fonte: Jornal O Dia, 21.11.2010.
teria que mudar na vida dos dois. O casamento estava fora de questão, mas não era só
No texto, a expressão em destaque refere-se
isso. A relação dos dois passaria a ser outra. A relação dela com os pais. Os planos de um
(A) ao dragão do mar representado pela figura de um bravo marinheiro.
e de outro. O vestibular dela, nem pensar. O estágio dele no exterior, nem pensar. Ele não (B) ao Almirante negro.
iria abandoná-la com o bebê, mas a vida dele teria que dar uma guinada, e ele sempre (C) ao sangue que escorria nas costas dos negros.
culparia ela por isto. Ela não saberia como cuidar de um bebê, sua vida também mudaria (D) ao coração dos escravos negros.
radicalmente. E se livrarem do bebê também era impensável. Uma tragédia. (E) à glória de lutas inglórias.
- Quando é que você vai saber ao certo?
- Daqui a dois dias. 181º) (D2) Leia o texto a seguir.
Durante duas noites, nenhum dos dois dormiu. No terceiro dia ela chegou correndo Lobato ataca o caboclo
Marcelo Coelho
na casa dele, agitando um papel no ar. Ele estava no seu quarto, adivinhou pela alegria no
Monteiro Lobato (1882-1948) será sempre lembrado como o autor das histórias infantis do
rosto dela qual era a grande notícia. Sítio do Picapau Amarelo. Sua atividade como polemista, todavia, foi marcante nas primeiras décadas
-Não tou! Não tou! do século passado. Velha Praga, artigo publicado em 1914, contra o costume das queimadas no
Abraçaram-se, aliviados, beijaram-se com ardor, amaram-se na cama do Cidão, e interior paulista, revelou-o no cenário nacional. Tendo herdado uma fazenda do avô, em 1911, Lobato
ela engravidou. ficou chocado com o comodismo dos caboclos que viviam em suas terras. Reagindo, talvez, ao
VERÍSSIMO, Luís Fernando. “Acho que tou” In: Mais Comédias para ler na escola. Rio de impacto de Os Sertões, de Euclides da Cunha (publicado em 1902), Lobato reage contra as
Janeiro: Objetiva, 2008. p. 65-66. idealizações do sertanejo nesse texto de 1914. Logo em seguida, em 1918, ele corrigiria sua visão
sobre a indolência do caipira. Não se tratava de deficiência moral, mas de doença física, de verminose
principalmente. É típico do pensamento conservador atribuir a pobreza à falta de vontade psíquica, em
Encontramos registro de um fato, no seguinte texto, em:
vez de procurar causas materiais para o problema. O estereótipo do jeca, criado por Lobato em sua
(A) “No entusiasmo do momento, os dois a fim e sem um preservativo à mão, (...)” fase conservadora, teria de todo modo grande êxito
(B) “Mais do que uma besteira. Se ela estivesse mesmo grávida, uma tragédia.” (Revista Língua Portuguesa, nº 7, pág. 34, 2006)
(C) “A relação dos dois passaria a ser outra.” O título dado ao texto se justifica porque
(D) “O casamento estava fora de questão, mas não era só isso.” (A) o patrimônio de Monteiro Lobato estava sendo ameaçado.
(E) “Ela não saberia como cuidar de um bebê, (...)” (B) o homem do campo leva sua vida de forma simples.
(C) Lobato fizera críticas ao desleixo do caipira.
(D) Monteiro Lobato era famoso por seus preconceitos.
(E) Lobato critica o caboclo no Sítio do Picapau Amarelo.
182º) (D17) Leia o texto a seguir. ESTUDO PARA O SPAECE
A flor da paixão
Os índios a chamavam de mara kuya: alimento da cuia. Contém passiflorina, um calmante; Língua Portuguesa
pectina, um protetor do coração, inimigo do diabetes. Rica em vitaminas A, B e C; cálcio, fósforo, ferro.
A fruta é gostosa de tudo quanto é jeito. E que beleza de flor! 19º Estudo / 2022
Mylton Severiano. Almanaque de Cultura Popular, ano 10, set./2008, n.º 113 (com adaptações).
Na construção da textualidade, assinale a função do conectivo “E”, que inicia a última frase do texto. 185º) (D4) Leia a tirinha a seguir.
(A) Introduzir a justificativa para o nome da flor.
(B) Exercer função semelhante à de uma preposição.
(C) Substituir sinal de pontuação na estrutura sintática.
(D) Acrescentar o substantivo “jeito” ao substantivo “beleza”.
(E) Adicionar argumentos a favor de uma mesma conclusão.

183º) (D2) Leia o texto a seguir.


Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. 12ª ed. Rio de Janeiro, J. Olympio, 1978. p. 136.)
Infere-se do segundo quadrinho da tira que
O poema é marcado pelo (a) (A) Calvin não tem consciência da alienação gerada pela TV às pessoas.
(A) alegria. (B) frustração. (C) romantismo. (D) eterno encontro. (E) amargura. (B) a TV é uma forma de entretenimento passivo.
(C) Calvin tem consciência de que está sujeito a tornar-se um ser alienado.
184º) (D4) Leia a tirinha a seguir.
(D) a TV tem poder hipnótico sobre o Calvin.
(E) é impossível a TV deixar as pessoas alienadas.

186º) (D2) Leia o texto a seguir.


Testes
Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da Internet. O nome do
teste era tentador: “O que Freud diria de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o
resultado foi o seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos,
depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”.
Perfeito! Foi exatamente o que aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia
realizado uma consulta paranormal com o pai da psicanálise, e ele acertou na mosca.
Estava com tempo sobrando, e curiosidade é algo que não me falta, então resolvi
voltar ao teste e responder tudo diferente do que havia respondido antes. Marquei umas
alternativas esdrúxulas, que nada tinham a ver com minha personalidade. E fui conferir o
(http://www.monica.com.br/cookpage/cookpage.cgi?!pag=comics/tirinhas/tira294) resultado, que dizia o seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os 12
anos, depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”.
“Chove todo dia...” (1° quadrinho). MEDEIROS, M. Doidas e santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).

A alternativa em que a palavra todo tenha o mesmo significado que o da tirinha anterior é Do texto acima, deduz-se que
(A) Todo o dia chove aqui. (A) os testes propostos por sites da Internet são confiáveis.
(B) Todo o bolo tinha formigas.
(B) os testes propostos por sites da Internet apresentam resultados generalizantes.
(C) O livro foi lido por todo aluno.
(D) Meu aluno chegou todo feliz. (C) os resultados dos testes não correspondem às perspectivas das pessoas.
(E) Ele está todo sujo. (D) os resultados dos testes da Internet afirmam que os indivíduos são seres únicos.
(E) os resultados dos testes da internet dependem da forma como são respondidos.

187º) (D6) Leia o texto a seguir.


O índio Assim sucumbirá a dor (tem que lutar)
Contou como é que foi. Disse que – de repente- resolveu se fantasiar, coisa que
não fazia há anos. Podia optar por duas fantasias: a de árabe ou a de índio, que são as Tem que lutar
mais fáceis de se fazer a domicílio. Árabe – sabem como é – a gente faz até com toalha Não se abater
escrito “Bom Dia”. Amarra uma de rosto na cabeça e enrola outra de banho no corpo. Por Só se entregar
baixo: cueca. Nos pés: sandália. Não fica um árabe rico, mas já dá pro consumo. A quem te merecer
Índio ainda é mais fácil. Faz-se com uma toalha só, bem colorida. Enrola-se a dita
na cintura, com short por baixo. Na cabeça coloca-se o que antes foi o espanador. Não estou dando nem vendendo
Contou que foi de índio porque em casa tinha dois espanadores. Não ficou um Como o ditado diz
índio legal. Mas também não chegava a ser desses índios mondrongos que tiravam retrato O meu conselho é pra te ver feliz
com o Dr. Juscelino. (http://www.letras.com.br/almir-guineto/conselho)
Se tivesse saído de árabe não teria apanhado a vizinha, distinta que vinha
cercando desde setembro, quando ela se mudara para o 201. E continuou contando. Índio O ditado popular a que se refere a letra do samba no verso 16 “Como o ditado diz” está
de óculos também já era debochar demais da realidade. Assim, ao sair pela aí, deixou os corretamente reproduzido em
óculos na mesinha-de-cabeceira. Andou pela Avenida, viu as tais sociedades (A) “Mais vale um pássaro na mão que dois voando.”
carnavalescas e depois entrou num bar para lavar a caveira. (B) “Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia.”
Quando voltou para casa estava ziguezagueando. Bebera de com força e entrou (C) “É na necessidade que se conhece o amigo.”
no edifício balançando. E – coitado – sem óculos, não enxergava direito. Subiu no elevador, (D) “Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe.”
saltou no segundo e foi se encostando pelas paredes no corredor. Tava um índio desses (E) “Casa de ferreiro, espeto de pau.”
que quer apito.
- Que é que tem tudo isso a ver com a vizinha? 189º) (D5) Leia a tirinha a seguir.
Sem óculos – tornou a explicar – em vez de entrar no 202 (seu apartamento), viu a
porta do 201 aberta e foi entrando de índio e tudo.
- Era o apartamento da vizinha?
- Era.
- E ela?
- No começo não quis. Mas acabou entrando pra minha tribo.

PRETA, Stanislaw Ponte. O Índio. In: Tia Zulmira e Eu. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira. 8 ed. 1994. p. 178-179.

Que trecho do texto traduz uma opinião do narrador acerca do fato narrado?
(A) ” (...) resolveu se fantasiar, coisa que não fazia há anos.”
(B) “(...) Amarra uma de rosto na cabeça e enrola outra de banho no corpo.”
(C) “Índio ainda é mais fácil.(...)”
(D) “Contou que foi de índio porque em casa tinha dois espanadores.”
(E) “Quando voltou para casa estava ziguezagueando.”

188º) (D2) Leia o texto a seguir.


Conselho
(Adilson Bispo / Zé Roberto)

Deixe de lado esse baixo astral


Erga a cabeça enfrente o mal
Que agindo assim será vital para o seu coração
(Caulos, Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 1978, in
É que em cada experiência se aprende uma lição http://www.inep.gov.br/download/enem/2001/prova/amarela_2001.pdf)
Eu já sofri por amar assim
Me dediquei mas foi tudo em vão Os quadrinhos do texto anterior falam de
Pra que se lamentar (A) desmatamento. (B) seca. (C) enchente. (D) descaso das autoridades. (E) futebol.
Se em sua vida pode encontrar
Quem te ame com toda força e ardor
190º) (D10) Leia o texto a seguir.
ESTUDO PARA O SPAECE
Dormir fora de casa pode ser tormento
Mirna Feitosa
Língua Portuguesa
A euforia de dormir na casa do amigo é tão comum entre algumas crianças quanto 20º Estudo / 2022
o pavor de outras de passar uma noite longe dos pais. E, ao contrário do que as famílias
costumam imaginar, ter medo de dormir fora de casa não tem nada a ver com a idade. 192º) (D4) Leia o texto a seguir.
Assim como há crianças de três anos que tiram essas situações de letra, há pré-
adolescentes que chegam a passar mal só de pensar na ideia de dormir fora, embora
tenham vontade.
Os especialistas dizem que esse medo é comum. A diferença é que algumas
crianças têm mais dificuldade para lidar com ele. “Para o adulto, dormir fora de casa pode
parecer algo muito simples, mas, para a criança, não é,porque ela tem muitos rituais, sua
vida é toda organizada, ela precisa sentir que tem controle da situação”, explica o
psicanalista infantil Bernardo Tanis, do Instituto Sedes Sapientiae. Dormir em outra casa
significa deparar com outra realidade, outros costumes. “É um desafio para a criança, e
novas situações geram ansiedade e angústia” , afirma. (...)
(Folha de S. Paulo, 30/8/2001)

A finalidade do texto acima é


(A) entreter. (B) informar. (C) relatar. (D) convencer. (E) admoestar.

191º) (D10) Leia o texto a seguir.


Tragédia brasileira

Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade. Conheceu Maria Elvira na


Lapa – prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em Fonte: Revista Veja. 30 jul. 1997, p. 15
petição de miséria. Infere-se, da imagem acima, que
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado do Estácio, pagou (A) a evolução dos meios de comunicação faz com que as pessoas desliguem-se das pessoas
médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria. próximas.
(B) as pessoas gostam da comunicação mútua.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado. (C) cada vez mais cedo, os jovens aprendem a lidar com a tecnologia.
Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez (D) os modernos meios de comunicação possibilitam um contato maior com as pessoas ao nosso
nada disso: mudou de casa. redor.
Viveram três anos assim. (E) nas férias as pessoas se desligam completamente dos meios eletrônicos para curtir somente a
Toda vez que Maria Elvira arranjava um namorado, Misael mudava de casa. natureza.
Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria,
Ramos, Bonsucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, 193º) (D10) Leia o texto a seguir.
outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos... A tristeza é uma emoção criada para permitir um ajustamento a uma grande perda ou uma
decepção importante. E os especialistas sabem que quando a tristeza é muito profunda, aproximando-
Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, se da depressão, a velocidade metabólica do corpo fica muito reduzida, o que originalmente deveria
matou-a com seis tiros e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de deixar a pessoa quase imobilizada, em casa, onde há menos perigo e mais segurança.
organdi azul. Luiz Lobo, para a TVE - Site: www.tvebrasil.com.br/links/homo/historia/historia/htm
Fonte: BANDEIRA, Manuel. “Tragédia Brasileira”. In: Poesia Completa e Prosa. Rio de A finalidade do texto acima é
Janeiro, Cia. José Aguilar Editora, 1967. p. 283. (A) informar. (B) relatar. (C) divertir. (D) convencer. (E) entristecer.

A finalidade do texto acima é 194º) (D13) Leia os textos a seguir.


(A) narrar. (B) descrever. (C) argumentar. (D) divertir. (E) questionar. TEXTO I
A festa da Penha
Olavo Bilac
Pelas estradas que levam à ermida branca, uma quinta parte da população carioca irá rezar e
folgar lá em cima. Por toda a manhã, e toda a tarde, ferverá na Penha o pagode; e, sentados à vontade
na relva, devastando os farnéis bem providos de viandas gordas e esvaziando os “chifres” pejados de
vinho, os romeiros celebrarão com gáudio a festa da compassiva Senhora.
Vocabulário:
ermida: pequena igreja / viandas: carnes / pejados: cheios / gáudio: alegria / compassiva: piedosa. (C) O texto II faz referência as poucas mudanças na letra do samba por ocasião da Ditadura.
(D) Devido à Ditadura, o texto I utiliza uma linguagem denotativa.
TEXTO II (E) Dragão do Mar foi quem assinou a Lei Áurea.
Romaria
Carlos Drummond de Andrade 197º) (D13) Leia os textos a seguir.
No alto do morro chega a procissão. No adro da igreja há pinga, café, TEXTO I
Um leproso de opa empunha o estandarte. Imagens, fenômenos, baralhos, cigarros Quarto de badulaques
As coxas das romeiras brincam no vento. E um sol imenso que lambuza de ouro Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre pelo meu descuido com o vernáculo.
Os homens cantam, cantam sem parar. O pó das feridas e o pó das muletas. Por alguns anos ele sistematicamente me enviava missivas eruditas com precisas informações sobre
Vocabulário - Opa: Espécie de capa sem mangas. as regras da gramática, que eu não respeitava, e sobre a grafia correta dos vocábulos, que eu
ignorava. Fi-lo sofrer pelo uso errado que fiz de uma palavra no último “Quarto de badulaques”.
Em relação à estrutura formal dos textos I e II, é correto afirmar que Acontece que eu, acostumado a conversar com a gente das Minas Gerais, falei em “varreção”? do
(A) o texto I está organizado em períodos que compõem um parágrafo. verbo “varrer”. De fato, tratava-se de um equívoco que, num vestibular, poderia me valer uma
(B) no texto II há o predomínio da ordem direta. reprovação. Pois o meu amigo, paladino da língua portuguesa, se deu ao trabalho de fazer um xerox
(C) o texto I está organizado em versos. da página 827 do dicionário (...). O certo é “varrição”, e não “varreção”. Mas estou com medo de que os
(D) o texto II está repleto de rimas. mineiros da roça façam troça de mim, porque nunca os ouvi falar de “varrição”. E se eles rirem de mim
(E) a linguagem é bem simples e de fácil entendimento. não vai me adiantar mostrar-lhes o xerox da página do dicionário(...). Porque para eles não é o
dicionário que faz a língua. É o povo. E o povo, lá nas montanhas de Minas gerais, fala “varreção”,
195º) (D13) Leia os textos a seguir. quando não “barreção”. O que me deixa triste sobre esse amigo oculto é que nunca tenha dito nada
TEXTO I sobre o que eu escrevo, se é bonito ou se é feio. Toma a minha sopa, não diz nada sobre ela, mas
Evocação do Recife - (Fragmento) reclama sempre que o prato está rachado. (Rubem Alves, Quarto de badulaques)
TEXTO II
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros Ao passo que nós O gigolô das palavras (Fragmento)
Vinha da boca do povo na língua errada do povo O que fazemos (...)
Língua certa do povo É macaquear Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil A sintaxe lusíada. ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a
MANUEL BANDEIRA. “Evocação do Recife.” In Poesia completa e prosa. deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria a sua patroa!
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996 Com que cuidado, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da
TEXTO II impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologias e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma
Defesa da inventividade popular ( “o povo é o inventa-línguas”, Maiakovski) contra os conjunção. A gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda.
burocratas da sensibilidade, que querem impingir ao povo, caritativamente, uma arte oficial, de ‘boa VERÍSSIMO, Luís Fernando. “O gigolô das palavras”. In: Mais
consciência’, ideologicamente retificada, dirigida. Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. p.145.
(...) Acerca dos textos I e II é correto afirmar que
Mas o povo cria, o povo engenha, o povo cavila. O povo é o inventa-línguas, na malícia da (A) os dois textos defendem o uso das regras gramaticais em qualquer situação.
mestria, no matreiro da maravilha. O visgo do improviso, tateando a travessia, azeitava o eixo do sol... (B) o amigo do enunciador do texto 1 é um gigolô das palavras.
O povo é o melhor artífice. (C) os enunciadores dos dois textos comportam-se como um gigolô das palavras.
Haroldo de Campos. “Circulado de Fulô”, in Isto não é um livro de viagens. 16 fragmentos de (D) os enunciadores dos textos são contra à obediência às normas gramaticais.
“Galáxias”. CD gravado no Nosso Estúdio, São Paulo, para a Editora 34, Rio de Janeiro, 1992.
(E) o enunciador do texto I comporta-se como um gigolô das palavras, diferentemente do texto II.
* Maiakovski – poeta russo que viveu entre 1893 e 1930.
Em relação aos textos I e II, observa-se a valorização do falar do povo brasileiro. No entanto, há um
198º) (D15) Leia o texto a seguir.
trecho do texto I que apresenta uma crítica negativa em relação a esse falar. Essa crítica está em
A compra de armas deve ser proibida?
(A) “A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros”
Estou convencido de que, em benefício da segurança de todo o povo, o comércio de armas
(B) “Vinha da boca do povo na língua errada do povo”
deveria ser bastante restringido e rigorosamente controlado. Todos os argumentos usados, pelos
(C) “Língua certa do povo”
meios de comunicação e no Congresso Nacional, em favor da ampla liberdade na venda e compra de
(D) “Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil”
armas procuram esconder o verdadeiro e real objetivo, que é o comércio de armas, altamente lucrati vo
(E) “Mas o povo cria, o povo engenha, o povo cavila.”
e causa das maiores tragédias sociais e individuais da humanidade. É absolutamente falso dizer que o
comércio deve ser livre para dar segurança aos cidadãos honestos, pois quem tem o dever legal de dar
196º) (D13) Leia os textos a seguir.
segurança ao povo é o governo, que recebe impostos e tem gente treinada para executar essa tarefa,
TEXTO I - O almirante negro - (João Bosco-Aldir Blanc) / Obs.: é o mesmo do item 180º.
estando realmente preparado para enfrentar criminosos. Se os organismos policiais são deficientes, o
TEXTO II
caminho é a mobilização de toda a sociedade exigindo eficiência – e não a barbárie da autodefesa, que
A letra original de ‘O Mestre-sala dos Mares’
fatalmente acaba gerando os justiceiros privados, arbitrários e violentos, não trazendo nenhum
Em 1974, a ditadura exigiu mudanças até no título do samba em homenagem a João
benefício para os que não têm dinheiro para comprar armas sofisticadas nem vocação para matadores.
Cândido, líder da Revolta da Chibata. Na véspera dos 100 anos do motim contra os castigos físicos na
Não me parece necessário chegar ao extremo da proibição, mas a venda de armas aos cidadãos
Marinha, o Informe publica a letra original. Ah, Dragão do Mar foi o jangadeiro que, em 1884, impediu
deveria se restringir a casos excepcionais, definidos em lei.
o embarque de escravos em Fortaleza e precipitou a Abolição no Ceará.
Dalmo Dallari – Folha de São Paulo
Jornal O Dia, 21.11.2010.
A tese do texto abaixo é
Em relação aos textos abaixo, é correto afirmar que
(A) o comércio de armas deveria ser bastante restringido e rigorosamente controlado.
(A) O texto I apresenta a letra do samba em sua versão original e o texto II ratifica isso.
(B) o comércio deve ser livre para dar segurança aos cidadãos honestos.
(B) O texto II faz um esclarecimento acerca das mudanças feitas no texto I por ocasião da Ditadura.
(C) o governo tem o dever legal de dar segurança ao povo.
(D) a liberação do comércio de armas gera justiceiros privados arbitrários e violentos.
(E) os organismos policiais são deficientes, ocaminho é a mobilização da sociedade.

199º) (D21) Leia o texto a seguir.

De Quem São Os Meninos De Rua? (Fragmento)


Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou meu braço, falou qualquer coisa que não
entendi. Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria
saber a hora. Talvez não fosse um Menino De Família, mas também não era um Menino De Rua. É
assim que a gente divide. Menino De Família é aquele bem vestido com tênis da moda e camiseta de
marca, que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua
é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força por que pensa que ele é pivete,
trombadinha, ladrão. (...).
Na verdade não existem Meninos De Rua. Existem meninos Na rua. E toda vez que um
menino está NA rua é porque alguém o botou lá. Os meninos não vão sozinhos aos lugares. Assim
como são postos no mundo, durante muitos anos também são postos onde quer que estejam. Resta
ver quem os põe na rua. E por quê.
COLASSANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro, Rocco, 1999.

O pronome EU, que inicia o texto, refere-se


(A) à mãe de um menino de rua.
(B) à mãe de um menino de família.
(C) à narradora que é uma das personagens do texto.
(D) à narradora que descreve a cena sem ter participado da mesma.
(E) à mãe da narradora.

200º) (D11) Leia o texto a seguir.

Fonte: http://letras.terra.com.br/renato-russo/74502/

A letra da música acima constitui um texto narrativo. O trecho que representa o clímax dessa narrativa é
(A) “Ela passou do meu lado (...)”. (D) “(...) outro beijo lhe pedi (...)”
(B) “ (...) Ela então sorriu pra mim (...)” (E) “(...) E eu estou sem ela (...)”
(C) “(...) E um beijo aconteceu (...)”

Você também pode gostar