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Língua Portuguesa
Junho | 2023
5º e 6º Ano
Professor
SEDUC
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Superintendente de Tecnologia
Bruno Marques Correia
SEDUC
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APRESENTAÇÃO
Colega Professor(a),
O REVISA GOIÁS é um material estruturado de forma dialógica e funcional com o objetivo de recompor as
aprendizagens e, consequentemente, avançar na proficiência.
Nessa perspectiva, para o 5º ano do Ensino Fundamental, o material percorre todos os descritores da matriz
do SAEB, previstos para a etapa de ensino e intensifica o trabalho com as habilidades essenciais de língua
portuguesa consideradas críticas.
Este material também pode ser usado no 6º ano como diagnóstico dos estudantes que chegam à rede esta-
dual de ensino, ao longo do ano, como recomposição da aprendizagem das habilidades previstas até o final
dos anos iniciais.
O material é dividido em 2 semanas, que, por sua vez, são subdivididas em assuntos. No início do material,
constarão os descritores previstos para o mês e os conhecimentos necessários para desenvolvê-los.
Cada semana aborda o desenvolvimento de descritores específicos, por meio de uma sequência gradativa de
atividades que têm como objetivo oportunizar aos estudantes o desenvolvimento da habilidade desse descritor
em sua integralidade.
Sugerimos que este material seja esgotado em sala de aula, uma vez que ele traz conhecimentos basilares
que subsidiarão a ampliação do conhecimento e o trabalho com as habilidades previstas para o corte temporal.
O material será disponibilizado, via e-mail e drive, no final de cada mês, para que o(a) professor(a) tenha tempo
hábil de acrescentar esse material em seu planejamento.
SUMÁRIO
Semana 1:
Semana 2:
Professor(a), o objetivo deste material é trabalhar atividades que auxiliarão os estudantes a desenvolverem
habilidades necessárias no processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa. As atividades aqui tra-
balhadas buscam desenvolver habilidades mais gerais e específicas da área de linguagem. Ressaltamos que
o objetivo deste trabalho, além de contribuir com o processo de desenvolvimento das práticas de linguagem
busca ampliar as aprendizagens e melhorar a proficiência dos estudantes.
Sabemos que todo trabalho com a Língua Portuguesa é realizado a partir do texto. Essa é uma condição
para que haja objeto de estudo, pensamento e ensino. Nesse sentido, são desenvolvidas atividades, a partir
dos textos/gêneros, que objetivam traçar caminhos para contribuir com o desenvolvimento de conhecimentos
ainda não alcançados pelo estudante, mas extremamente necessários para uma aprendizagem mais ampla e
proficiente da língua.
Dessa forma, cada descritor trabalhado dialoga diretamente/indiretamente com o currículo. Nas atividades,
os diálogos são propositalmente, dialógicos e retomados com a finalidade de suscitar uma reflexão sobre o
processo de ensino da língua. Nesse sentido, são apresentados no quadro inicial junto dos “Descritores” os
“Conhecimentos necessários” como sugestão para auxiliar esse caminho reflexivo, analítico e funcional no
ensino proficiente da língua. É importante ressaltar também, que este material foi dividido em duas semanas
(Semana1 e Semana 2) e em cada uma, são apresentados os objetos de conhecimento de acordo com os
componentes curriculares do currículo.
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INTRODUÇÃO
Professor(a), nestas aulas desenvolveremos atividades pertinentes aos conhecimentos necessários listados no quadro, como pré-re-
quisitos para o desenvolvimento dos respectivos descritores também elencados no quadro inicial. As atividades propostas para estas
aulas terão como suporte os gêneros textuais receita culinária, conto e peça teatral, tabela e gráfico, com base no Corte Temporal
prescrito para o bimestre (Textos instrucionais de regras de jogo, entre outros gêneros / Peças teatrais / Gráficos e tabelas) e pautados
nas habilidades do DCGO- Ampliado, como a de “Compreender que cada texto tem um propósito interativo específico, isto é, um de-
terminado objetivo, uma função social, como (narrar um acontecimento, fazer uma advertência, instruir sobre algo, divertir o leitor etc.).
Vale destacar também, que essas atividades seguem as práticas da língua: Oralidade. Leitura/escuta. Análise linguística semiótica.
Produção escrita. Por isso, é tão importante que você as desenvolva junto aos seus alunos.
(...) o ensino da língua portuguesa nas escolas passou a privilegiar a questão do gênero. Todo texto tem um perfil
que leva a uma função social, ou seja, todo texto dirige-se a alguém e tem uma intenção comunicativa expressa ou
oculta, mas tem - isso, é o que constitui o gênero. O que caracteriza o perfil do texto são os seus traços linguísticos
- o modo, a categoria dos termos, os termos dominantes entre outros.
Disponível em: https://www.lpeu.com.br/q/g7hrs. Acesso em 12 de abr. 2023.
Semana 1
► Os elementos constitutivos dos gêneros textuais Conto e Peça Teatral
Olá, Professor(a), como é sabido, seguimos com os gêneros textuais do Corte Temporal do bimestre. Entre eles consta a peça teatral
e, como a variedade desse gênero não é tão vasta, sugerimos um trabalho paralelo a outro texto também narrativo. Como é comum
em nossas atividades a abordagem direta e indireta dos descritores D6 - Identificar o tema de um texto e o D9 - Identificar a
finalidade de textos de diferentes gêneros, em que os conhecimentos necessários de “identificar os elementos constitutivos de
gêneros diversos” podem ser continuamente explorados, nesta atividade focaremos no descritor D7 - Identificar o conflito gerador
do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
Nesta primeira atividade contamos com dois textos com um mesmo assunto, um conto de fadas em que, um dos textos trata-se de
uma encenação teatral. É bastante relevante, professor(a), fazer essa comparação, mostrar que a narrativa por meio do conto o leitor
imagina as pessoas, as paisagens, os ambientes...tudo por meio da leitura e as descrições do narrador/autor, as quais permitem uma
variedade de percepções em uma viagem a esse mundo imaginário.
Enquanto a peça teatral as imagens estão materializadas por meio do cenário, os ambientes e as personagens “têm vida real”, os
movimentos são percebidos por meio das ações e podem ser vistas e apreciadas pela plateia. E para o conhecimento, não importa
que uma boa história seja escrita, narrada ou encenada, todas trazem suas contribuições, sejam para o entretenimento, aprendizado
e desenvolvimento intelectual.
Era uma vez um rei e uma rainha que desejavam muito ter filhos. O nascimento de uma menina trouxe uma
enorme alegria às suas vidas e, por isso, resolveram fazer uma festa para comemorar. Eles convidaram todas
as fadas da região, para que pudessem conhecer e abençoar a pequena princesa no seu batismo.
Todos estavam sentados para jantar, quando a porta se abriu e dela surgiu uma velha bruxa que não tinha sido
convidada. O rei ordenou que colocassem mais um prato na mesa, mas uma das fadas desconfiou daquela
visita e resolveu se esconder.
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Depois da refeição, as fadas se aproximaram da garotinha, uma de cada vez, e foram entregando as suas
bênçãos: seria bonita, meiga, com talento para o canto, a música e a dança. Até que a bruxa, que estava no
final da fila, declarou: "Quando completar dezesseis anos, vai ferir o dedo num fuso e morrerá!".
O salão foi invadido por uma onda de choque, com gritos e choros por todo lado. Aí, a fada que estava escondi-
da se revelou, mostrando que ainda faltava o seu presente. Sem poderes suficientes para desfazer a maldição,
a fada conseguiu alterá-la: "Ela não vai morrer, mas cair num sono que durará cem anos. Após esse tempo, o
filho de um rei aparecerá para acordá-la”. [...].
Disponível em: https://www.culturagenial.com/bela-adormecida-historia-completa-e-outras-versoes/. Acesso em 28 de mar. 2023.
Resposta sugerida: Fala da história de uma princesa que foi enfeitiçada a dormir por 100 anos até que o filho de um rei a despertasse.
3. As histórias podem começar de diversas maneiras. No conto de fadas é muito comum o início com uma
famosa frase. Retire do texto o trecho que marca o início da história.
Resposta: Era uma vez um rei e uma rainha que desejavam muito ter filhos...
Estudante, quando você conta uma história você fala o dia, a hora ou o tempo quando ela aconteceu? Percebe
que é importante mostrar o dia ou a hora para que a pessoa que está ouvindo a história compreenda melhor os
fatos. Veja o exemplo: “ano passado fui pra casa do meu primo” ou “quando eu tinha 5 anos...”.
5. Marque a(s) alternativa(s) que indica(m) tempo na história
(A) ...abençoar a pequena princesa.
(B) ... num sono que durará cem anos.
(C) ...Quando completar dezesseis anos.
Alternativas corretas B e C – num sono que durará cem anos – quando completar dezesseis anos.
CENA 1
NARRADOR – Era uma vez, há muitos anos atrás, um rei e uma rainha que desejavam muito ter uma filha,
então, após algum tempo, nasceu uma bela menina à qual deram o nome de...
RAINHA LIA – Aurora.
REI ESTEVÃO – Sim, Aurora será o seu nome e deveremos fazer uma festa para comemorar.
RAINHA LIA - Claro.
NARRADOR – Então assim foi, fizeram uma festa, chamaram todas as pessoas do reino, incluindo as queridas
fadas, foi uma bela festa.
FADA FLORA – Majestades, nós queremos dar os nossos presentes à princesa, temos três presentes, nem
mais nem menos. (Vira-se para a princesa). Gentil princesa, o meu dom é o dom da beleza, serás a mais bela
de todo o reino.
FADA FAUNA – Bela princesa, o meu dom é o dom de cantar, terás a mais bela voz de todo o reino.
FADA PRIMAVERA – Princesa...
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A Bela Adormecida
Resposta: Sim, ambos os textos se referem ao mesmo conto de fadas, embora sejam contados de formas diferentes, pois no texto
1 (conto) as falas das personagens são reproduzidas pelo narrador da história, e no texto 2 (peça teatral) as falas são reproduzidas
pelos atores da peça.
Resposta: Rainha Lia, Rei Estevão, Fada Flora, Fada Fauna, Fada Primavera e Maléfica.
Sabemos que a pontuação é um assunto gramatical que faz parte de qualquer escrita da língua portuguesa, não é mesmo, Profes-
sor(a)?! Por isso trouxemos uma breve atividade a respeito e sob a oportunidade de abordagem do D14 - Identificar o efeito de
sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.
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Vamos relembrar os
sinais de pontuação?!
10. No trecho da fala da RAINHA LIA – “Não! (Segura a princesa nos braços, a chorar)”, o sinal de exclamação
foi utilizado para indicar
(A) alegria.
(B) emoção.
(C) desespero.
(D) aborrecimento.
Alternativa C: desespero
Professor(a), vamos agora trabalhar com o gênero textual “tabela”, também previsto para este corte temporal. Todo gênero, tem um
objetivo e características próprias para o seu contexto, em uma situação de uso. Para o estudo das atividades, será bem oportuno o
trabalho com o descritor D1 - Localizar informações explícitas em um texto e o conhecimento prévio de “Reconhecer o sentido literal
das palavras/expressões no texto.”, uma vez que esse gênero “tabela” é mais voltado para dados e informações objetivas e diretas.
Como se sabe, não há gênero puro (eles são híbridos) e podemos perceber também características de outros gêneros presentes na
tabela. É a predominância de determinadas características que define cada gênero textual, como por exemplo, os dados e as esta-
tísticas consideradas em uma determinada estrutura contribuem para definir uma tabela. Mas “dados” / “estatísticas” também podem
estar presentes na construção de uma “notícia”, “reportagem” e intencionalmente nos argumentos de comprovação do gênero artigo
de opinião entre tantos outros gêneros.
Toda tabela é formada por linha e coluna, chamamos de célula a junção de linhas e colunas. É na célula que
inserimos as informações, ou seja, os dados. Para indicar a quantidade de linhas e colunas que uma tabela
possui utilizamos a seguinte referência: Linha x Colunas.
Para esse estudo, podemos trazer também o descritor D5 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagan-
das, quadrinhos, foto etc.). Nos textos multissemióticos observa- se que as linguagens verbal e não verbal precisam ser articuladas
na leitura para o entendimento global do texto (Conhecimento prévio).
Observe o texto (a tabela) e responda as questões seguintes.
A professora Margarida fez uma pesquisa em sua sala de aula para saber como os alunos iam para a escola.
Após a coleta de dados, obteve a seguinte tabela:
Como você vai à escola?
Resposta sugerida: em textos variados, tais como: jornais, revistas, livros escolares, mapas...
14. Geralmente, os textos têm um título e ele pode ajudar no entendimento do que trata o texto, assim, qual é
o título desse texto?
Notas
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Professor, ressalte a questão dos nomes dos alunos que são fictícios, não se trata de turma ou estudantes colegas.
15. O assunto pode ser também a ideia geral do texto e com uma cuidadosa leitura você pode identificá-lo. De
acordo com a leitura do texto, sobre qual assunto ele trata?
Sugestão de resposta: O texto se trata de uma tabela para colocar as notas dos estudantes.
16. Para facilitar essa leitura e organização, a tabela pode apresentar diversos formatos, de acordo com a ne-
cessidade. Quantas linhas e quantas colunas há nessa tabela?
17. O que é necessário acrescentar na tabela para colocar as notas dos estudantes em mais uma disciplina?
Alternativa A. Coluna.
Professor(a), como o corte temporal também aborda o gráfico e o assunto já foi abordado no Revisa anterior, nesta próxima atividade
será utilizado associando-o à tabela, convergindo para o estudo do gênero e da habilidade do DC-GO Ampliado (EF15LP04-A) Com-
preender e interpretar como as imagens, gráficos e tabelas relacionam-se com a construção de sentido do texto.
De acordo com esse gráfico, complete a tabela que represente a idade de cada primo(a).
Para construir uma tabela manualmente você precisa, basicamente, de lápis de escrever, borracha, lápis de cor. Você
também pode utilizar aplicativos (softwares) que permitem a construção de planilhas/tabelas eletrônicas ou virtuais.
20. Então vamos lá, é a sua vez de construir uma tabela em seu caderno ou em folha a parte.
A) Elabore uma lista com 5 tipos de frutas.
B) Faça uma enquete com 8 colegas da turma sobre qual dessas frutas eles mais gostam e registre no papel.
C) Agora construa uma tabela para serem utilizados esses dados; ela deverá conter 2 colunas e 7 linhas.
D) Elabore o título e insira os dados (nomes das frutas e o número de alunos que votaram em cada uma delas).
E) Pode usar a criatividade na confecção da tabela, com desenhos e cores se preferir.
Sugestão de tabela.
Semana 2
► Texto instrucional – Gênero Receita Culinária
Professor(a), as atividades que seguem trazem o gênero “Receita Culinária” o qual oportuniza o estudo da habilidade do DC-GO Am-
pliado (EF05LP09) Ler e compreender, com autonomia, textos instrucionais de regras de jogo, entre outros gêneros, de acordo com as
convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto, e convergem para o descritor D5 Interpretar
texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).
Estudante, você deve conhecer vários tipos de receitas e sabe que podem ser muito variadas como a receita
culinária (de um bolo por exemplo), a receita médica, uma receita de sabão, massinha, de slime...enfim, a receita
em geral ensina a preparar alguma coisa e, no caso da receita culinária, informa os ingredientes e modo de
preparo (como de um bolo, por exemplo).
Texto 1
Leia o texto e responda às questões.
21. O texto foi criado para destacar uma data especial para comemorar o quê?
O dia do cozinheiro (destacar que esqueceram do (a) que indica também cozinheira.)
23. Qual a linguagem que mais aparece na receita, a verbal ou a não verbal?
24. Apenas pelas imagens, você acha que é possível preparar/fazer esse bolo de cenoura? Justifique.
Sugestão de resposta: Sim, pelas imagens é possível preparar a receita, pois as imagens indicam os ingredientes e o modo de fazer.
25. O texto apresenta ilustrações como desenhos que indicam quantidade e ingredientes. Você acha que pode
facilitar para algumas pessoas aprenderem a preparar o bolo? Justifique.
Sugestão de resposta: pessoas que não dominam a leitura escrita/verbal – adultos e crianças.
26. O texto pode ser dividido em dois momentos, um que fala dos ingredientes e o outro que fala sobre o modo
de preparo.
Observe as imagens e escreva a mesma receita utilizando apenas palavras e números – linguagem verbal escrita.
Resposta: Ingredientes: 02 cenouras – 03 ovos – óleo – 01 xícara de açúcar – 01 colher de fermento – 01 xícara de farinha (trigo) –
Modo de preparo: Bata tudo no liquidificador, despeje na forma e leve ao forno por 30 minutos.
27. Para ilustrar a homenagem ao “Dia do Cozinheiro” foi utilizado um gênero textual que é
(A) um conto.
(B) um poema.
(C) uma receita.
(D) uma notícia.
Gabarito: C
D9 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
Nível básico
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Sabemos, professor(a), que em todo texto ocorre a predominância de um determinado gênero e, que hibridismo textual colabora para
tal ocorrência. Desse modo, podemos perceber no texto a seguir e atividade seguintes, que, embora o gênero textual da receita culiná-
ria, por exemplo, predomine o discurso da instrução, pode haver incidência da opinião do autor. E nesse contexto, a atividade promove
o diálogo com descritor D11 - Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
Ingredientes:
• 1 lata de leite condensado
• 4 colheres de sopa de chocolate em pó
• 1 e 1/2 xícara de leite em pó
• Chocolate granulado para enfeitar
• Manteiga para untar as mãos
Modo de preparo:
Usando uma colher de pau, misture bem todos os ingredientes em uma tigela até formar uma massa homogê-
nea. Em seguida, passe um pouco de manteiga nas mãos para enrolar os brigadeiros sem que eles grudem.
Faça as bolinhas e, depois, passe todas elas no chocolate granulado.
..
— Fica uma delícia, eu já testei!
Disponível em: https://www.lpeu.com.br/q/g7hrs. Acesso em 23 de mar. 2023.
28. A receita é um tipo de texto usado para instruir, ensinar a produzir, elaborar algo. Qual a finalidade desse texto?
29. Sabemos que há vários tipos de receita, qual o tipo de receita desse texto?
30. Embora não seja comum ter opinião em gêneros textuais instrucionais, no texto 2 há um trecho que expres-
sa opinião do autor. Qual é esse trecho?
Resposta: O trecho que indica uma opinião é “Fica uma delícia, eu já testei!”
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Neste texto 3 há uma receita mais elaborada com linguagem pra adultos e alimentos pouco conhecidos. É uma oportunidade para falar
sobre o descritor D10 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto oportunizando
conhecimentos necessários como “Compreender que as variações linguísticas, manifestam-se, evidentemente, por modos, marcas,
estruturas que revelam características (regionais ou sociais).”
Como prática de oralidade, é interessante explanar sobre o alimento da receita, cultura, região...falar sobre a culinária de regiões e le-
vantar questões sobre as comidas típicas conhecidas por eles, as que mais gostam... Essa conversa vai ao encontro da habilidade do
DC-GO Ampliado (EF15LP22) de “Reconhecer que o uso da linguagem formal ou informal depende da situação de uso: uma conversa
entre amigos, aula, entrevista, entre outras”.
Texto 3
RECEITA: DE ACARAJÉ
Ingredientes:
• ½ kg de feijão fradinho.
• 150 g de cebola.
• Um litro de azeite de dendê.
• 700 g de camarão defumado sem casca.
Recheio:
Quatro a seis xícaras de azeite de dendê, três cebolas picadas, alho a gosto, camarão defumado sem casca e
cheiro-verde refogados por 10 a 15 minutos. Podem-se acrescentar tomate e coentro, caruru, vatapá e molho
de pimenta.
Modo de fazer:
Coloca-se o feijão fradinho de molho até inchar. Tira-se o olho e a pele. Moe-se na pedra, no pilão ou na máqui-
na de triturar. Tempera-se a massa resultante, com sal, cebola machucada e camarões secos descascados e
bem moídos. Bate-se bem, até a massa ficar homogênea e ligada. Coloca-se azeite de dendê numa frigideira e
vai frigindo a massa às colheradas. Serve-se com um recheio de camarão seco, pimenta e cebola.
Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.com/search/label/RECEITA. Acesso em 23 de mar. 2023.
Sugestão de resposta: A receita do texto 1 porque tem uma linguagem mais simples para crianças, a receita é mais simples de fazer.
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[...] A linguagem é concebida como uma produção humana e constitui-se como uma prática social, assim, é por meio dela que o
homem tem a possibilidade de tornar-se sujeito, sendo capaz de construir sua própria trajetória, tornando-se um ser histórico e
social. Nesse sentido, ela vai além de sua dimensão comunicativa, pois os sujeitos se constituem por meio das interações sociais.
[...] A multiplicidade de linguagens está presente nas variadas atividades, nas relações humanas e nas infinitas possibilidades de
interações entre os sujeitos.
Nesse sentido, a escola e o professor exercem um papel extremamente importante para ressignificar as práticas já vivenciadas pela
criança na Educação Infantil, por meio dos campos de experiência (por exemplo, Traços, Sons, Cores e Formas e Escuta, Fala, Pen-
samento e Imaginação), e ampliá-las no Ensino Fundamental, incluindo outros campos de atuação humana. Cabe, também, à escola
possibilitar a participação dos estudantes nessas diversas práticas de linguagem, de forma que a compreendam no sistema semiótico,
ou seja, na multiplicidade de práticas verbais (escrita e fala), não verbais (expressão corporal e gestual, linguagem visual ou musical,
por exemplo) e multimodais, que se caracterizam nos momentos de ação e interação.
Seguindo essa perspectiva, ao aprender a ler e a escrever, o estudante ampliará a possibilidade de obter mais conhecimentos em
diferentes áreas e componentes curriculares, por inserir-se na cultura letrada e participar de variadas atividades com mais autonomia
e protagonismo. (DC-GO Ampliado/ Anos Iniciais pág. 123). [...]
O domínio dessa língua configura uma das condições de possibilidade para plena participação do indivíduo em meio social. [...] De
acordo com Antunes (2003), o estudante precisa, primeiramente, estudar, analisar e tentar compreender o texto, em sua totalidade e
suas partes, para que os saberes gramaticais e lexicais sejam ativados. [...] Cabe destacar que o texto configura uma condição para
que haja objeto de estudo e pensamento. [...]Assim sendo, a proposta para o ensino de Língua Portuguesa tem como centralidade o
texto como unidade de trabalho e as perspectivas enunciativo-discursivas na abordagem. Para tanto, o texto não pode ser concebido
como unidade de estudo meramente gramatical. DC-GO Ampliado/ Anos Iniciais pág. 227). [...]
Professor(a), apresentamos algumas habilidades do documento curricular para que você desenvolva durante a elaboração da Sequ-
ência Didática:
(EF05LP09) Ler e compreender, com autonomia, textos instrucionais de regras de jogo, entre outros gêneros, de acordo com as con-
venções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da fun-
ção social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o
suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio
etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses
realizadas.
(EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa,
a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam,
quem os produziu e a quem se destinam.
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando as tipologias, a situação comunicativa, os in-
terlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular);
o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digi-
tais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
(EF05LP12-B) Produzir textos instrucionais de regras de jogo, entre outros gêneros, de acordo com as convenções do gênero e con-
siderando a situação comunicativa e a finalidade do texto.
Professor(a), a Sequência Didática (SD) de acordo com Dolz, Noverraz e Schneuwly (2013), tem a finalidade de contribuir para que o(a)
estudante domine o gênero textual/discursivo e possibilitar que esse(a) estudante fale ou escreva de maneira mais adequada em uma
dada situação de comunicação. A proposta de organizar a produção textual com os (as) estudantes por meio de sequência didática
parte da ideia de que é possível e necessário ensinar os gêneros contemplando todas as práticas de linguagem. Assim, é imprescin-
dível que a produção textual siga um percurso planejado intencionalmente para favorecer o desenvolvimento do processo. Etapas que
podem ser desenvolvidas sucessivamente, ou de modo simultâneo, uma vez que envolvem “idas e vindas.”
• Contextualizar a situação: Compartilhar a proposta de trabalho apresentando o gênero que será trabalhado aos(às) estu-
dantes, a temática, deixar clara a situação de comunicação e o caminho que será percorrido até chegar à produção final.
• Levantamento de conhecimentos prévios: é a identificação do que os(as) estudantes já sabem sobre o gênero textual e
o assunto que serão estudados, com o objetivo de diversificar, ampliar e problematizar esses conhecimentos de modo que ao
final do trabalho possa ser verificado o que foi aprendido pelos(as) estudantes.
• Produção inicial: é o momento de os(as) estudantes escreverem o primeiro texto (diagnóstico) considerando a estrutura
composicional, a funcionalidade e o suporte), para assim, ampliar esses conhecimentos ao longo da sequência didática.
Professor(a) durante o desenvolvimento da Sequência Didática, a sugestão é realizar atividades de leitura, interpretação de texto,
analisar as marcas linguísticas presentes nos textos (características próprias de cada gênero, aspectos linguísticos e semióticos
etc.), elaborar estratégias para que os(as) estudantes desenvolvam capacidades de antecipar os significados de um texto, relacionar
e selecionar informações, fazer inferências, identificar pelo contexto palavras que eles(as) ainda não conhecem o significado entre
outros aspectos. Conhecer a temática (dados, informações coletadas etc.). Escolher e adaptar as atividades, trabalhar com outros
textos do mesmo gênero. Aprender a manejar os discursos (interno, oral e escrito). Durante esse trabalho é preciso acontecer a pro-
dução individual e coletiva, a reescrita (individual e coletiva objetivando o aprimoramento da escrita). Todo esse trabalho precisa ser
realizado “todos juntos professores(a) e estudantes.” É fundamental professor(a), que você escreva junto com os(as) estudantes para
que eles(as) visualizem os procedimentos de escrita dentro de um processo do desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita.
É muito importante estimular progressivamente a autonomia e a escrita dos(as) estudantes. Professor(a), a sua orientação durante as
primeiras etapas da escrita é de suma importância. À medida que a mediação vai acontecendo, os(as) estudantes vão, aos poucos
aprendendo a ler, reler, revisar, reescrever para aprimorar os textos produzidos por eles.
Professor(a), sugerimos que você inspire os(as) estudantes para que produzam textos. Sabemos que no ensino-aprendizagem da
língua portuguesa, “o texto é o ponto de partida e de chegada.” A sua orientação e mediação pedagógica é de extrema necessidade,
a fim de que o(a) estudante se torne autor(a) de seus textos e adquiram proficiência no processo de ensino-aprendizagem. Para de-
senvolver esse trabalho professor(a), você pode auxiliar os(as) estudantes compreenderem as situações de comunicação, como quem
fala/lê/escreve, de que lugar (papel social), para dizer o quê e para quem ouvir/ler, com qual/quais propósito(s), com qual/
quais “efeitos de sentido.”
Outro importante aspecto, Professor(a), é tornar claro os procedimentos necessários para escrever um texto. Ao final, é preciso fazer a
publicação dos textos garantindo a circulação deles em diversos espaços, afinal, os textos precisam de leitores, além do(a) professor(a).
Os(as) estudantes se empenham muito mais durante o trabalho de produção quando sabem que seus textos terão leitores diversos.
Professor(a), com base na reflexão sobre a Sequência Didática e nas habilidades do documento curricular, sugere-se que você
construa uma Sequência Didática conforme o contexto de sua sala de aula para desenvolver a produção de texto proposta.
As etapas da Sequência Didática podem ser desenvolvidas sucessivamente, ou de modo simultâneo, uma vez que envolvem “idas”
e “vindas.”
• Professor(a), sugerimos que você retome o gênero “Carta Pessoal” e compartilhe a proposta de trabalho partindo da situação
de comunicação.
• Deixe clara a situação de produção de texto (quem escreve, para quem, sobre qual assunto, com qual finalidade/objetivo, onde
esses textos podem ser veiculados – correios, ou entrega pessoalmente por outra pessoa, ou deixada em caixas...)
A sugestão é a escrita de um primeiro texto. Faça perguntas como:
Professor(a), a atividade a seguir requer dos estudantes a habilidade de planejar e produzir um texto do gênero carta pessoal, utilizan-
do, em sua escrita, os elementos constitutivos que o gênero apresenta. A produção textual sugerida também dialoga com a habilidade
do DC-GO Ampliado (EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando as tipologias, a situ-
ação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação
(onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando
em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os
dados e as fontes pesquisadas.
D9 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. (Identificar os elementos constitutivos de gêneros diversos; compre-
ender a situação comunicativa dos textos.).
D10 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. (Identificar no texto, o locutor
(emissor da mensagem) e o interlocutor (quem recebe a mensagem).
D12 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc. (Compreender
o que é relação lógico-discursiva (articuladores textuais que contribuem na organização e sentido para que as ideias do texto sejam
compreensíveis e auxiliem a comunicação).
Por acaso você já escreveu uma carta para alguém? Para um amigo ou amiga, para algum parente? Então, hoje
você terá essa oportunidade, mas vamos relembrar um pouco mais sobre esse texto.
E PARA COMPLEMENTAR...
Professor(a), a sugestão é que leia a proposta e os textos motivadores com seus alunos(a), explique que a leitura desses textos contri-
bui para que eles(a) pensem sobre o assunto antes de escrever a carta, afinal, ninguém escreve do nada, não é mesmo? Os textos nos
ajudam a entrar no mundo das ideias...A nossa escrita está sempre permeada por inspirações advindas de textos, músicas, imagens,
memórias...tudo pode colaborar, enriquecer e impulsionar uma boa produção textual. Dizer isso para os(as) estudantes é um bom
caminho para que tenham interessa na leitura.
Agora é sua vez de produzir uma carta pessoal e, para isso, segue o tema para seu texto e algumas sugestões
para ajudar você nesta escrita, além de contar com a ajuda do(a) Professor(a) e colegas.
TEMA / ASSUNTO
A necessidade de cuidar do meio ambiente
Estudante, imagine uma situação em sua cidade em que pessoas jogam lixo em qualquer lugar... nas ruas,
por onde passam! Imagine que você visitou uma “feirinha” de sua cidade e lá também tinha lixo por todos os
lados... Ao olhar tanto lixo espalhado você ficou triste e muito preocupado(a) com a necessidade de cuidar do
meio ambiente... Sentiu muita vontade de falar dessa situação com alguém e contar que as pessoas não podem
continuar com essa atitude, porque a natureza está sofrendo e o meio ambiente está sendo destruído. Então,
você teve uma ideia!! Escrever uma carta para o seu(sua) amigo (a) para contar o que viu e discutir sobre a
“necessidade de cuidar do meio ambiente.”
Texto I
Observa-se que há muito tempo, existe uma grande preocupação da população em geral sobre o meio am-
biente. Porém uma das maiores preocupações é o destino do lixo doméstico, principalmente das famílias
que moram e sobrevivem do campo e no campo. No entanto, as famílias estão buscando meios de dá um
destino certo ao lixo, abraçando a coleta seletiva e a reciclagem, como alternativas para redução do volume
de lixo a ser disposto em aterros ou lixões.
Sabemos que cada pessoa produz cerca de 05 (cinco) quilos de lixo por dia. Nessa perspectiva a quantida-
de de lixo produzido numa comunidade que convivem uma população cerca de 350 (trezentos e cinquenta)
habitantes, a quantidade de lixo produzido é muito alta. Na maioria das nossas comunidades camponesas
esse lixo é jogado no meio ambiente a céu aberto, degradando o mesmo e trazendo sérios riscos para os
seres vivos e para a mãe natureza. [...]
Disponível em: https://www.educacaoetransformacao.com.br/textos-sobre-meio-ambiente/ /. Acesso em 08 de maio de 2023.
Texto II
32. Agora, depois de conversar com seu(sua) professor(a) e seus colegas, ler o tema (a necessidade de cuidar
do meio ambiente) e os textos motivadores para pensar sobre o assunto que lhe trouxe preocupação, vamos
escrever a carta?
1 – Escolha um(a) amigo (amiga) para quem você vai escrever a carta.
2 – A sua carta é para contar sobre a situação que você viu nas ruas ou em uma “feirinha” e falar sobre “a ne-
cessidade de cuidar do meio ambiente”. Nesta carta, além de informar sobre a situação, você deverá pedir uma
ajuda ao seu (sua) amigo (amiga) para conscientizar as pessoas que não podem jogar lixo em qualquer lugar,
pois prejudica o meio ambiente.
3 – Lembre-se de que “vocês são amigos(a)”, por isso pode falar sobre a sua preocupação com o problema,
contar que você ficou triste com essa situação na sua cidade.
4 – Não se esqueça da estrutura da carta, como a data, vocativo, despedida, assinatura, conforme demonstrado
nos lembretes dessa atividade... Com a ajuda do(a) seu(a) professor(a), escreva e aproveite a sua criatividade!