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na maior 

felicidade. Suas roupas de banho não


são  elegantes; devem ser como eu, gente do
interior.  Aparece depois um rapaz; mas é um
ATIVIDADE AVALIATIVA - CRÔNICA atleta. Faz  alguns minutos de ginástica, dá um
2° TRIMESTRE mergulho,  volta a fazer exercícios com a maior
eficiência.  Esse não é de nossa raça, os
OBETIVOS: Reconhecer os elementos que vagabundos  matinais. Está ali a negócios:
caracterizam o gênero textual crônica. Ler e negócios de saúde ou atletismo, em todo caso,
interpretar uma crônica negócio. 
Eu, a senhora e as quatro crianças nos 
 Leia a crônica e depois resolva às questões: entendemos. Levo duas crianças um pouco mar a 
PRAIA dentro, para receberem algumas lambadas de  onda.
Rubem Braga Dão gritos, dão risadas, sentem medo,  sentem
coragem. Somos gente do interior e  somos,
seguramente, boa gente. 

Publicado na Folha da Tarde, sábado, 13 de  novembro de 1954. 

1. O texto que você leu é uma crônica, isso se


justifica porque ela apresenta uma linguagem simples
e espontânea, como também:

a) narração de situações cotidianas sob uma ótica


individual do autor. 
b) linguagem poética e hiperbólica, demonstrando
Acordo cedo e vejo o mar se  emoções coletivas. 
espreguiçando; o sol acabou de nascer. Vou c) informa sobre fatos históricos, mostrando dados
para  a praia; é bom chegar a esta hora em que a importantes de Marataízes. 
areia  que o mar lavou ainda está limpinha, sem d) discorre sobre um tema e apresenta características
marca  de nenhum pé. A manhã está nítida no ar subjetivas da praia. 
leve; dou  um mergulho e essa água salgada me
faz bem,  limpa de todas as coisas da noite.  2. Segundo o texto, o narrador-personagem:
Era assim, pelas seis e meia, sete horas 
que a gente ia para a praia em Marataízes.  a) costuma ir à praia de manhãzinha  frequentemente
Naquele tempo, diziam que era bom para a com sua família. 
saúde;  não sei se ainda dizem. Para mim, tem b) acredita que a água salgada possibilita bem estar
um sabor  tão antigo e todo novo, essa praia bem para o corpo e para a mente. 
de manhã.  Para um lado e outro diviso apenas c) assegura não haver pegadas na praia à noite 
dois ou três  vultos distantes. Por que não vem porque as pessoas dormem cedo. 
mais gente à  praia? Muita gente, é claro, tem de d) vai à praia muito cedo para praticar uma  atividade
estar na cidade  cedo; mas há um número imenso esportiva matinal. 
de funcionários e pessoas de muitas profissões
que nesta cidade  onde se dorme tão cedo parece 3. Assinale o trecho da crônica que releva uma 
ter algum  preconceito contra acordar cedo. Basta inquietação do personagem: 
olhar  qualquer edifício de Copacabana e
Ipanema; às  dez horas começam a se apagar as
luzes, e meia  hora depois da última sessão de a) “Muita gente, é claro, tem de estar na cidade 
cinema há  edifícios inteiros completamente às cedo...”  
escuras. O  grosso da população ressona. b) “Basta olhar qualquer edifício de  Copacabana...” 
provincianamente  às onze horas. Mas para vir à c) “Por que não vem mais gente à praia?”
praia todo mundo  parece ter medo de ser d) “A manhã está nítida no ar leve; dou um 
provinciano.  mergulho...”
O leve calor do sol me reconforta. Chega 
uma senhora gorda com dois meninos e duas  4. A personificação é uma figura de linguagem
meninas. Senta-se no raso, e as duas crianças  que  atribui sensações e sentimentos humanos a 
menores sobem pelos seus ombros e sua objetos inanimados ou seres irracionais. Desse 
cabeça,  chutam água e espuma, todos se riem modo, NÃO há uma personificação em: 
dito anteriormente pelo narrador, já que é uma 
a) “... vejo o mar se espreguiçando...”  conjunção: 
b) “... o sol acabou de nascer.” 
c) “O leve calor do sol me reconforta...” a) explicativa. 
d) “Levo duas crianças um pouco mar a b) condicional. 
dentro...”  c) aditiva. 
d) adversativa. 
5. Na crônica, o autor Rubem Braga recorre a
uma  linguagem familiar, cujo objetivo é aproximar 10. Para o narrador, ele, a mulher e as crianças  são
o  leitor dos fatos por ele apresentados. Assinale vagabundos matinais porque: 
um  trecho da crônica que mostra uma expressão 
pertencente a linguagem informal/coloquial:  a) estão na praia sem nenhum compromisso, 
apenas para se sentir felizes. 
a) “Dão gritos, dão risadas, sentem b) não trabalham durante o dia, apenas vão  observar
medo...” b) “... devem ser como eu, gente à praia com frequência. 
do interior.” c) “O grosso da população c) caminha pela praia sem um rumo determinado, 
ressona.”  perambulando sem objetivo. 
d) “Eu, a senhora e as quatro crianças nos  d) se comportam como malandros, sem nenhuma 
entendemos.”  responsabilidade com a vida. 

6. “Era assim, pelas seis e meia, sete horas que 11. No trecho: “Está ali a negócios: negócios de 
a  gente ia para a praia em Marataízes. Naquele  saúde ou atletismo...”, o uso dos dois pontos tem  a
tempo, diziam que era bom para a saúde; não sei  finalidade de: 
se ainda dizem. Para mim tem um sabor tão a) apresentar um discurso direto. 
antigo  e todo novo, essa praia bem de manhã.” b) revelar uma citação de outra pessoa.
Nesse  trecho, é possível observar que o c) mostrar uma explicação de uma palavra.
narrador  d) iniciar uma síntese do que foi dito. 
personagem transmite um sentimento
de: 12. Há uma opinião no trecho: 

a) ansiedade.  a) “... a gente ia para a praia em Marataízes.”


b) frustração.  b) “... e somos, seguramente, boa gente.”
c) aversão.  c) “... às dez horas começam a se apagar as 
d) nostalgia. luzes...” 
  d) “Eu, a senhora e as quatro crianças nos 
7. Segundo o texto, o personagem acredita que as  entendemos.”
pessoas não vão à praia porque têm medo de:

a) serem confundidas de outras províncias.


b) serem consideradas ultrapassadas. 
c) que a praia não traga segurança e saúde.
d) serem chamadas de vagabundas.  

8. Por que o narrador acredita que a mulher com 


os dois meninos e as duas meninas são do
interior  assim como ele? E por que o rapaz que
chega logo  depois ele o considera de outra
raça? 
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9. No trecho: “Mas para vir à praia...”, a palavra 


grifada estabelece uma oposição com o que foi 

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