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CADERNOS

DE APOIO À
APRENDIZAGEM
PORTUGUês

7 ano
A Secretaria da Educação da Bahia traz a público

CADERNOS DE APOIO À APRENDIZAGEM


Língua Portuguesa, 7º ano, I unidade

SALVADOR
2022
Bahia. Secretaria da Educação.
Cadernos de apoio à aprendizagem: português, 7º ano, I
unidade / Secretaria da Educação do Estado da Bahia. –
Salvador : SEC, 2022.
1,921 Kb; il. color.

Livro Digital (PDF)


ISBN: 978-65-5455-157-1

1. Educação. 2. Aprendizagem. 3. Ensino fundamental. 4.


Ensino médio. I. Título.

CDU: 371.13
Governo da Bahia Gessé da Silva Vieira
Gildo Mariano de Jesus
Rui Costa | Governador Gilmara Carneiro Da Silva Freitas
João Leão | Vice-Governador Jaildon Jorge Amorim Góes
Jailma da Silva Oliveira
Jerônimo Rodrigues Souza | Secretário da Educação Janeide Sousa Santos
Danilo de Melo Souza | Subsecretário Jeane Borges dos Santos
Jucy Eudete Lôbo
Manuelita Falcão Brito | Superintendente de Políticas
Laís Amélia Silva Lobo
para a Educação Básica Leide Fausta Gomes da Silva
Maiana Rose Fonseca da Silva
Márcia de Cassia Santos Mendes
Coordenação Geral Márcio Santana da Costa
Manuelita Falcão Brito Maria Carolina Lopes Esteves
Jurema Oliveira Brito Maria Cristina Barbosa Lima
Letícia Machado dos Santos Maria Cristina Santos Feitosa
Maria de Fátima Ferreira Lopes Fonseca
Diretoria de Currículo, Avaliação e Tecnologias Marielson Nascimento Alves
Educacionais Mariolinda Santana de Oliveira Servilho
Jurema Oliveira Brito Nilson Maynard Menezes
Tailane Neves de Jesus
Diretoria de Educação e Suas Modalidades Tamires Fraga Martins
Iara Martins Icó Sousa Taylane Santos do Nascimento
Thamires Vasconcelos de Souza Uenderson Jackson Brites de Jesus
Viviane Paraguaçu Nunes
Coordenações das Etapas e Modalidades Yone Maria Costa Santiago
da Educação Básica
Equipe Educação Inclusiva
Coordenação de Educação Infantil e Ensino Fundamental Marlene Cardoso
Kátia Suely Paim Matheó Ana Claudia Henrique Mattos
Cíntia Barbosa
Coordenação de Ensino Médio
Daiane Sousa de Pina Silva
Renata Silva de Souza
Edmeire Santos Costa
Coordenação da Educação do Campo e Escolar Quilombola
Colaboradores
Poliana Nascimento dos Reis
Edvânia Maria Barros Lima
Coordenação de Educação Escolar Indígena Gabriel Souza Pereira
José Carlos Batista Magalhães Gabriel Teixeira Guia
Gabriela Silva
Coordenação de Educação Especial Ives José Cardoso Quaglia
Marlene Santos Cardoso Jorge Luiz Lopes
José Raimundo dos Santos Neris
Coordenação da Educação de Jovens e Adultos Nancy Araújo Bento
Isadora Sampaio Shirley Conceição Silva da Costa
Silvana Maria de Carvalho Pereira
Coordenação da Área de Linguagens
Márcia de Cácia Santos Mendes Equipe de Revisão
Norma Gonzaga de Matos Alécio de Andrade Souza
Ana Paula Silva Santos
Equipe de Elaboração Carlos Antônio Neves Júnior
Abília Ana de Castro Neta Carmelita Souza Oliviera
Adriana Almeida Amorim Claudio Marcelo Matos Guimarães
Ana Paula de Brito Costa Silva Eliana Dias Guimarães
Andréia Santos Santana Helena Vieira Pabst
Artur Andrade Pinho Helionete Santos da Boa Morte
Carlos Vagner da Silva Matos João Marciano de Souza Neto
Cássio José Laranjeira da Silva Kátia Souza de Lima Ramos
Claudete dos Santos de Souza Letícia Machado dos Santos
Claudia Cavalcante Cedraz Caribé de Oliveira Mônica Moreira de Oliveira Torres
Cláudia Celly Pessoa de Souza Acunã Solange Alcântara Neves da Rocha
Claudia Norberta dos Santos Amaral Sônia Maria Cavalcanti Figueiredo
Daiane Sousa de Pina Silva
Elci Paim Pereira Projeto Gráfico e Diagramação
Elza Sueli Lima da Silva Bárbara Monteiro
Evandro Cruz do Livramento Marjorie Yamanda
Fabiana Lago de Andrade
À Comunidade Escolar,
A pandemia do coronavírus explicitou problemas e introduziu desafios
para a educação pública, mas apresentou também possibilidades de inova-
ção. Reconectou-nos com a potência do trabalho em rede, não apenas das
redes sociais e das tecnologias digitais, mas, sobretudo, desse tanto de gen-
te corajosa e criativa que existe ao lado da evolução da educação baiana.

Neste contexto, é com satisfação que a Secretaria de Educação da Bahia dis-


ponibiliza para a comunidade educacional os Cadernos de Apoio à Apren-
dizagem, um material pedagógico elaborado por dezenas de professoras e
professores da rede estadual durante o período de suspensão das aulas. Os
Cadernos são uma parte importante da estratégia de retomada das ativida-
des letivas, que facilitam a conciliação dos tempos e espaços, articulados a
outras ações pedagógicas destinadas a apoiar docentes e estudantes.

Assegurar uma educação pública de qualidade social nunca foi uma mis-
são simples, mas nesta quadra da história, ela passou a ser ainda mais ou-
sada. Pois além de superarmos essa crise, precisamos fazê-lo sem compro-
meter essa geração, cujas vidas e rotinas foram subitamente alteradas, às
vezes, de forma dolorosa. E só conseguiremos fazer isso se trabalharmos
juntos, de forma colaborativa, em redes de pessoas que acolhem, cuidam,
participam e constroem juntas o hoje e o amanhã.

Assim, desejamos que este material seja útil na condução do trabalho pe-
dagógico e que sirva de inspiração para outras produções. Neste sentido, ao
tempo em que agradecemos a todos que ajudaram a construir este volume,
convidamos educadores e educadoras a desenvolverem novos materiais,
em diferentes mídias, a partir dos Cadernos de Apoio, contemplando os
contextos territoriais de cada canto deste país chamado Bahia.

Saudações educacionais!

Jerônimo Rodrigues
Figuras de linguagem
Objetos de Conhecimento:
1. Oralidade, Produção Escrita, Leitura, Análise Linguística/Sinonímia e Antonímia; 2. Denotação e Cono-
tação; 3. Figuras de Linguagem (comparação, metáfora, hipérbole, personificação, ironia e metonímia).
Competência(s):
1. Compreender a língua como fenômeno cultural, gênero do discurso/gênero textual; 6. Analisar infor-
histórico, social, variável, heterogêneo e sensível mações, argumentos e opiniões manifestados em in-
aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio terações sociais e nos meios de comunicação, posicio-
de construção de identidades de seus usuários e da nando-se ética e criticamente em relação a conteúdos
comunidade a que pertencem; 2. Apropriar-se da discriminatórios que ferem direitos humanos e ambien-
linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de tais; 7. Reconhecer o texto como lugar de manifesta-
interação nos diferentes campos de atuação da vida ção e negociação de sentidos, valores e ideologias;
social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades 8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de
de participar da cultura letrada, de construir conhe- acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais
cimentos (inclusive escolares) e de se envolver com (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa,
maior autonomia e protagonismo na vida social; 3. Ler, trabalho etc.); 9. Envolver-se em práticas de leitura
escutar e produzir textos orais, escritos e multissemi- literária que possibilitem o desenvolvimento do senso
óticos que circulam em diferentes campos de atuação estético para fruição, valorizando a literatura e outras
e mídias, com compreensão, autonomia, fluência manifestações artístico-culturais como formas de
e criticidade, de modo a se expressar e partilhar acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encan-
informações, experiências, idéias e sentimentos e tamento, reconhecendo o potencial transformador
continuar aprendendo; 4. Compreender o fenômeno e humanizador da experiência com a literatura; 10.
da variação linguística, demonstrando atitude res- Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes lin-
peitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando guagens, mídias e ferramentas digitais para expandir
preconceitos linguísticos; 5. Empregar, nas interações as formas de produzir sentidos (nos processos de
sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados compreensão e produção), aprender e refletir sobre o
à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao mundo e realizar diferentes projetos autorais.

Habilidades:
1. (EF67LP38) Analisar os efeitos de sentido do uso de coletivas, na sala de aula e na escola e formular per-
figuras de linguagem, como comparação, metáfora, guntas coerentes e adequadas em momentos oportu-
metonímia, personificação, hipérbole, dentre outras. nos em situações de aulas, apresentação oral.
2. (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender 4. (EF67LP13) Produzir, revisar e editar textos publici-
– selecionando procedimentos e estratégias de leitura tários, levando em conta o contexto de produção dado,
adequadas a diferentes objetivos e levando em conta explorando recursos multissemióticos, relacionando
características dos gêneros e suportes –, romances elementos verbais e visuais, utilizando adequadamente
infanto-juvenis, contos populares, contos de terror, estratégias discursivas de persuasão e/ou convenci-
lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de mento e criando título ou slogan que façam o leitor
aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, auto- motivar-se a interagir com o texto produzido e se sinta
biografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas atraído pelo serviço, ideia ou produto em questão.
de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo- 5. (EF67LP24) Tomar nota de aulas, apresentações
poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando orais, entrevistas (ao vivo, áudio, TV, vídeo), identifi-
avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferên- cando e hierarquizando as informações principais, ten-
cias por gêneros, temas, autores. do em vista apoiar o estudo e a produção de sínteses e
3. (EF67LP23) Respeitar os turnos de fala na participa- reflexões pessoais ou outros objetivos em questão.
ção em conversações e em discussões ou atividades
TEMA: Gênero Editorial.
Objetivos de Aprendizagem: Analisar as diferenças de sentido provocadas pela alteração de
palavras sinônimas e antônimas no texto e contexto.

Aula Atividade

Denotação e Conotação: apresentação conceitual com destaque para as múltiplas


1
possibilidades de uso da linguagem.

Dinâmica usando provérbios/expressões populares, conforme inspiração nas


atividades do roteiro.
2
Construção da lista de provérbios/expressões populares que os estudantes
conhecem e criar imagem e desenho que representem essas expressões.
SEMANA 1 e 2

Abordagem introdutória das Figuras de linguagem (com ênfase na “comparação”)


Trabalho com “O conto da mentira” de Rogério Augusto Roteiro de Estudos (7º
ano) 16ª semana http://www.educacao.ba.gov.br/midias/documentos/roteiros-de-
3
-estudos-linguagens-7%C2%BA-ef. Roteiro de Estudos (6º ano) 16ª semana – 15/07
http://www.educacao.ba.gov.br/midias/documentos/roteiros-de-estudos-lingua-
gens-6%C2%BA-ef

Retomada ao conceito de linguagem figurada (conotação) e uso de figuras de


4 linguagem (com ênfase na “metáfora”);
Propor estratégias de diferenciação entre comparações e metáforas.

TEMA: Figuras de linguagem.


Objetivos de Aprendizagem: Analisar os efeitos de sentido provocados nos textos com o uso
das figuras de linguagem. Reconhecer a importância das figuras de linguagem na constru-
ção de sentido dos textos e contextos. Identificar a figura de linguagem personificação nas
fábulas, bem como empregá-la adequadamente na produção textual.

Aula Atividade

Breve revisão de Figuras de linguagem: comparação e metáfora, destacando


SEMANA 3 e 4

5 conceitos e diferenciando-as
A partir de um poema destacar as metáforas e comparações presentes.

Seleção de propagandas para análise das manifestações discursivas das metá-


6
foras e/ou comparações
SEMANA 3 e 4

Catalogação e registro das metáforas presentes em textos publicitários recolhidos


7
por estudantes por meio de fotografias, recortes de revistas e jornais.

Orientações para a produção do StudyGram individual com as sínteses realizadas


8
pelos estudantes sobre comparação e metáfora enquanto figuras de linguagem
Retomada sobre o conceito de sentido figurado e figuras de linguagem a partir de
9
textos publicitários e tirinha.

Figura de linguagem hipérbole: Conceituar o que é hipérbole e como ela aparece


10
SEMANA 5 e 6

nos textos; apresentação de de enunciados em que há presença da hipérbole.

Figuras de linguagem ironia: conceito de ironia. Apresentação de situações em


11
que a ironia se faz presente.

Figura de linguagem personificação ou prosopopeia. Conceito de personificação.


12 A presença da personificação na construção de sentido dos textos. Leitura de
umafábulaem que aparece a personificação

TEMA: Figuras de linguagem 2.


Objetivos de Aprendizagem: Analisar os efeitos de sentido provocados nos textos com o uso
das figuras de linguagem. Reconhecer a importância das figuras de linguagem na constru-
ção de sentido dos textos e contextos. Identificar a figura de linguagem metonímia e empre-
gá-la adequadamente na produção textual.

Retomada breve sobre as Figuras de linguagem hipérbole, personificação e ironia.


13 Apresentação de enunciados em que aparecem as metonímias para levantamento
de conhecimentos prévios.

Figuras de linguagem metonímia: Conceito de metonímia e apresentação dos


14 tipos de metonímia: parte pelo todo, autor pela obra, continente pelo conteúdo.
SEMANA 7 e 8

Utilização de frases/textos para exemplificarcadarelação.

Figuras de linguagem metonímia: continuação com as relações de metonímia


15 – pelo produto, instrumento pela pessoa que o utiliza, matéria pelo objeto. Utili-
zação de frases/textos para exemplificarcadarelação.

Figuras de linguagem metonímia: continuação com as relações de metonímia –


abstrato pelo concreto, singular pelo plural, causa pelo efeito, gênero pela espécie,
16
lugar pelo produto.
Utilização de frases/textos para exemplificar cada relação.
Tema: Oralidade, Produção Escrita, Leitura, Análise
TRILHA 1 Linguística/Sinonímia e Antonímia; Denotação e
Conotação; Figuras de Linguagem

1. PONTO DE ENCONTRO
Seja muito bem-vinda/bem-vindo à Trilha da Língua Portuguesa! E que bom
estarmos de volta aos nossos estudos! Nesse caminho, você é o/a desbrava-
dor/a do conhecimento! Vamos aprender mais sobre as diferentes formas de
utilizar a linguagem, para você descobrir muitas possibilidades divertidas
de enunciar, como já fazemos no nosso dia a dia. Pronto/a para colocar o pé
na estrada? Você vai se surpreender!

2. BOTANDO O PÉ NA ESTRADA
Temos muitas formas de comunicar, não é mesmo? Temos formas diferen-
tes de usar a linguagem verbal (aquelas em que utilizamos palavras) e lin-
guagem não verbal (com gestos, com expressões faciais, placas, sinais, de-
senhos, pinturas, dança, teatro…). Na linguagem verbal, a nossa criatividade
e capacidade de usar a Língua Portuguesa faz com que tenhamos diferentes
objetivos e interesses. Para cada um desses objetivos e interesses, utiliza-
mos uma forma particular de expressar nossas ideias, sentimentos e intera-
gir com outras pessoas e com o mundo!

Uma curiosidade: você sabia que a Língua Portuguesa é rica e está em cons-
tante evolução? Pois é! Quem pensa que as palavras apresentam apenas um
significado, está bastante enganado! Há casos em que uma mesma palavra
ou expressão apresenta uma variedade de significados, mediante o contexto
em que ocorrem, as vivências e conhecimentos das pessoas que as utilizam.
Vamos aprender sobre DENOTAÇÃO e CONOTAÇÃO na construção do sentido
dos enunciados. Vamos conferir?

TRILHA 1 | Tema: Oralidade, Produção Escrita, Leitura, Análise Linguística/Sinonímia e Antonímia; 1


Denotação e Conotação; Figuras de Linguagem
3. LENDO AS PAISAGENS DA TRILHA
Observe com muita atenção a tirinha a seguir:

Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/623959723347647115/. Acesso em: 27 jul. 2020.

Você notou que a interpretação do garoto gerou um conflito na tirinha, por


causa da palavra “chute”? Quando questionada sobre a sua idade, a garota pede
que o garoto “chute”. No contexto, o sentido da palavra “chute” possuía um sen-
tido figurado/conotativo, que significava “adivinhe”, mas o garoto interpreta
esta palavra no sentido real/denotativo, da ação de chutar. Na língua portugue-
sa, chamamos este fenômeno de “ambiguidade”, ou seja, há um duplo sentido
que provoca uma situação não muito legal. Mas o que isso tem a ver com a
denotação e a conotação? Isso é o que vamos conferir no vídeo: https://youtu.
be/3mtBhTw16G0

4. EXPLORANDO A TRILHA
Agora que você já sabe sobre as múltiplas possibilidades de uso da língua
portuguesa nos sentidos real e figurado, vamos explorar o sentido figurado e
aprofundar nossos conhecimentos! Essa trilha é mesmo cheia de surpresas!
Só para recordar: uma palavra é usada no sentido conotativo (figurado) quan-
do apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes interpretações,
dependendo do contexto em que aparece. Por isso, a conotação tem como fi-
nalidade provocar sentimentos no receptor da mensagem, através da expres-
sividade e afetividade que transmite. É utilizada, principalmente, numa lin-
guagem poética e na literatura, mas também ocorre em conversas cotidianas,
em letras de música, em anúncios publicitários, entre outros.
Leia atentamente a tirinha a seguir:
TRILHA 1 | Tema: Oralidade, Produção Escrita, Leitura, Análise Linguística/Sinonímia e Antonímia; 2
Denotação e Conotação; Figuras de Linguagem
Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/740631101203944041/. Acesso em: 06 jul. 2020

Observe que, na tirinha, o amigo de Isaías pede que ele “quebre um galho”. Este
é um enunciado muito utilizado no nosso dia a dia e significa “ajudar”, junta-
mente com outras inúmeras expressões populares, como “deu uma de João
sem braço” (fez-se de desentendido), “está com a faca e o queijo nas mãos” (tem
as melhores condições). Todas estas com sentido figurado/conotativo.
Até aqui, você aprendeu que linguagem figurada é também chamada de
CONOTAÇÃO. No cotidiano, as pessoas utilizam diferentes formas de lingua-
gem figurada para expressar sentimentos, para afirmar, negar… são tantas
formas que as expressões que surgem da linguagem conotativa já fazem
parte da nossa cultura. Vamos ver alguns exemplos:
• Minha mãe é delicada! (Linguagem denotativa, sentido real).
• Minha mãe é delicada como uma flor! (Quer dizer que a mãe é de-
licada, mas utilizou a flor para comparar, simbolizar e substituir a
expressão anterior).
• Ou então: “A irmã de Paulo é uma bruxa!”.
Observe que a expressão “bruxa” pode ser sinônima de “pessoa má”. Essas
formas de uso da linguagem figurada (ou conotativa) são recursos da língua
que utilizamos para enfatizar, explicar, embelezar ou exagerar o que está sendo
dito. São também chamadas de FIGURAS DE LINGUAGEM! Seu uso é bastante
comum na literatura e na poesia. São muitas as figuras de linguagem.
Uma dessas figuras é a COMPARAÇÃO. Nós sempre fazemos comparativos
na nossa vida! A palavra comparação tem origem no latim comparare, for-
mada por com, que quer dizer “junto”, e parare, que significa “fazer par, colo-
car lado a lado para observar as diferenças”.

TRILHA 1 | Tema: Oralidade, Produção Escrita, Leitura, Análise Linguística/Sinonímia e Antonímia; 3


Denotação e Conotação; Figuras de Linguagem
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/figuras-de-linguagem/. Acesso em: 06 jul. 2020.

A comparação acontece quando é estabelecida entre palavras ou expres-


sões uma relação comparativa explícita, marcada pela presença de termos
como “como, assim como, tal como, igual a, que nem”, entre muitos outros.
A comparação também pode ser feita a partir de verbos, como “parecer” e
“assemelhar-se”. Veja, no diálogo da charge, que a personagem utiliza a se-
guinte expressão: “Você não sabe que o amor é como uma flor?”. Notamos aí
a presença da comparação entre dois elementos: o amor e a flor. No segundo
quadro da charge, a personagem volta a comparar o amor a um motor de
carro: “O amor é como um motor de carro”. Nos dois exemplos, a personagem
utiliza o termo “como” para estabelecer a comparação.
Já sabemos que a linguagem conotativa nos dá muitas possibilidades de
significado, não é mesmo? As figuras de linguagem são muitas! Já falamos
da COMPARAÇÃO direta e agora vamos conhecer um pouco mais sobre a
METÁFORA!
Veja a tirinha abaixo:

Disponível em: https://www.todamateria.com.br/metafora/. Acesso em: 07 jul. 2020.

No diálogo entre os ratos, observe atentamente o segundo quadrinho, quan-


do um dos personagens diz: “Meu amor é uma caravana de rosas vagando
num deserto [...]”. O sentimento de amor do personagem foi comparado a
TRILHA 1 | Tema: Oralidade, Produção Escrita, Leitura, Análise Linguística/Sinonímia e Antonímia; 4
Denotação e Conotação; Figuras de Linguagem
uma caravana de rosas, só que essa comparação foi realizada de maneira
implícita e, nesse caso, chamamos de METÁFORA. Na metáfora, utiliza-se
uma palavra com a intenção de que um sentido implícito nela, se destaque e
conduza a interpretação do que está sendo dito.
Funciona assim: a comparação “o motorista é lento como uma lesma” tor-
na-se uma metáfora se retirarmos o termo comparativo “lento como”. O
enunciado fica “o motorista é uma lesma”. A palavra “lesma”, que no sentido
denotativo (real) é o nome dado a um molusco. No contexto do exemplo, a
palavra LESMA empresta à frase o sentido figurado de LENTIDÃO. Sabemos
que não é uma lesma que está ao volante, é uma pessoa, mas ela dirige tão
devagar quanto uma lesma se move, e isso permite a criação da metáfora.
Podemos dizer que a METÁFORA consiste em usar uma palavra ou expres-
são no lugar de outra, de modo a indicar semelhança. Por exemplo, se fala-
mos “Aquela menina é uma flor”, queremos dizer que ela é bela e delicada. Se
uma pessoa diz “Minha boca é um cadeado”, significa que ela se considera
muito boa em guardar segredos. Quando falamos que alguém é “um anjo”,
queremos dizer que essa pessoa é muito bondosa.
Disponível em: https://www.figurasdelinguagem.com/comparacao/.
Acesso em: 06 jul. 2020 (Adaptado).

5. RESOLVENDO DESAFIOS DA TRILHA


Vamos retomar as aprendizagens sobre CONOTAÇÃO e DENOTAÇÃO? É hora
de desafiar você! E se interpretássemos as expressões populares na lingua-
gem denotativa?
As imagens abaixo foram registradas no sentido real (denotativo), mas reve-
lam expressões populares que apresentam sentido conotativo no cotidiano.
Para te “dar uma colher de chá”, vamos mostrar a primeira. As outras ficam
por sua conta!

Sentido conotativo: Tempestade em copo d’água.

Sentido denotativo: grande preocupação ou reação


exagerada quando, na realidade, não se trata de
algo tão grave.

TRILHA 1 | Tema: Oralidade, Produção Escrita, Leitura, Análise Linguística/Sinonímia e Antonímia; 5


Denotação e Conotação; Figuras de Linguagem




Imagens disponíveis em: https://br.pinterest.com/isabela_mar es/express%C3%A3o- idiom%C3%A1ti-
ca/. Acesso em: 29 de jun. de 2020.

6. A TRILHA É SUA: COLOQUE A MÃO NA MASSA


Agora é a sua vez! Leia “O Conto da Mentira”, de Rogério Augusto.
Texto 1 – O conto da mentira (Rogério Augusto)
Todo dia Felipe inventava uma mentira. Por isso, ele era muito mentiroso!
“Mãe, a vovó tá no telefone!”. A mãe, apressada, largava a louça na pia e
corria até a sala. Encontrava o telefone mudo, sem ninguém do outro lado
da linha. O garoto havia inventado morte do cachorro, nota dez em mate-
mática, gol de cabeça em campeonato de rua. A mãe tentava assustá-lo:
“Seu nariz vai ficar grande!”. Felipe ria na cara dela: “Quem tá mentindo é
você! Não existe ninguém de madeira!”. O pai de Felipe também conversava
com ele e dava muitos conselhos: “Um dia você contará uma verdade e
ninguém acreditará!”. Felipe ficava pensativo. Mas no dia seguinte, mentia
novamente. Então, aconteceu que Felipe assistia a um programa na TV. A
apresentadora ligou para o número do telefone da casa dele. Felipe estava
muito feliz e saltitante porque tinha sido sorteado. O prêmio era uma bici-
cleta grande: “É verdade, mãe! A moça quer falar com você no telefone
para combinar a entrega da bicicleta. É verdade!”. A mãe de Felipe fingiu
não ouvir. Continuou preparando o jantar, sem dar uma palavra, em silêncio.
Resultado: Felipe deixou de ganhar o prêmio. Então, ele começou a reduzir
suas mentiras. Até que um dia deixou de contá-las. Bem, Felipe cresceu
e tornou-se um escritor. Voltou a criar histórias. Agora, sem culpa e sem

TRILHA 1 | Tema: Oralidade, Produção Escrita, Leitura, Análise Linguística/Sinonímia e Antonímia; 6


Denotação e Conotação; Figuras de Linguagem
medo. No momento está escrevendo um conto. É a história de um menino
que deixa de ganhar uma bicicleta porque mentia...
Disponível em: https://acessaber.com.br/atividades/interpretacao-de-texto-o-
-conto-da-mentira-6o-ano/ Acesso em: 06 jul. 2020. (Adaptado).

Com a mão na massa, você deverá utilizar a linguagem figurada (conotação),


por meio do uso das figuras de linguagem que estudamos (comparação e
metáfora), para reescrever o texto “O Conto da Mentira”, substituindo as ex-
pressões grifadas que estão no sentido denotativo por enunciados que ex-
pressam a comparação! Capriche!

7. A TRILHA NA MINHA VIDA


Você conhece outras expressões populares? Seus familiares usam muitas
dessas expressões? Registre em seu caderno expressões populares. Aprovei-
te para compartilhar as imagens anteriores e desafie seus familiares! Reúna
o máximo de expressões que conseguir!

8. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL


Agora que você aprendeu sobre a comparação, convide alguém da sua casa
para brincar de mímica com você! As mímicas servem para imitarmos e
compararmos aos objetos de referência. Escolha um objeto, pessoa ou ani-
mal, anote o nome em uma folha de papel, não deixe os demais participan-
tes saberem do que se trata.

Faça gestos que as pessoas possam comparar ao objeto, pessoa ou animal


escolhido. Se a pessoa acertar, ela ganha pontos. Se a pessoa errar, você ga-
nha pontos! Estabeleça as regras e divirta-se!

9. AUTOAVALIAÇÃO
Finalmente, chegamos ao final da primeira trilha! E aí? Como você se sentiu?
O que aprendeu? Você já sabe diferenciar entre denotação e conotação? Já
sabe identificar metáforas e comparações na linguagem figurada?
Prepare-se! Uma nova aventura vem aí recheada de novos conheci-
mentos! Até lá!
7
Tema: Oralidade, Produção Escrita,
TRILHA 2 Leitura, Análise Linguística/Figuras de Linguagem

1. PONTO DE ENCONTRO
Vamos desbravar mais um pouco? Quanto mais coisas descobrimos e
estudamos sobre a nossa língua, mais incrível se torna a nossa forma
de comunicar, a nossa criatividade e as possibilidades de uso! Na nossa
primeira trilha, conhecemos sobre a linguagem conotativa e denotativa,
também vimos um pouco sobre figuras de linguagem. É hora de colocar o
pé na estrada para aprofundarmos ainda mais sobre esse tema!

2. BOTANDO O PÉ NA ESTRADA
Vamos ler e apreciar o poema “Desencanto”, escrito pelo Manuel Bandeira?

Desencanto – Manuel Bandeira


Eu faço versos como quem chora E nestes versos de angústia rouca,
De desalento... de desencanto... Assim dos lábios a vida corre,
Fecha o meu livro, se por agora Deixando um acre sabor na boca.
Não tens motivo nenhum de pranto. – Eu faço versos como quem morre.
Meu verso é sangue.
Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias.
Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

Disponível em: https://www.escritas.org/pt/t/1636/desencanto. Acesso em: 04


set. 2020

TRILHA 2 | Tema: Oralidade, Produção Escrita, Leitura, Análise Linguística/Figuras de Linguagem 1


Observe o primeiro verso do poema: “Eu faço versos como quem chora”.
Neste verso, há uma comparação ou uma metáfora? O uso da palavra
“como” marca a relação de comparação entre o ato de fazer versos e o ato
de chorar. A segunda estrofe começa com o verso “Meu verso é sangue.
Volúpia ardente...”. Aqui, a comparação entre verso e sangue acontece
de maneira implícita, sem o uso de termos conectores. É, portanto, uma
comparação ou uma metáfora? Como aprendemos, neste caso, trata-se de
uma metáfora. E as metáforas continuam nas expressões volúpia ardente,
tristeza esparsa, remorso vão. Todas se remetem à forma como o verso se
apresenta para o eu lírico. O poema termina com o verso: “Eu faço versos
como quem morre”. E para você? É uma comparação ou uma metáfora?

Disponível em: http://educacao.globo.com/portugues/assunto/figuras-de-lin-


guagem/comparacao-e-metafora.html. Acesso em: 09 jul. 2020.(Adaptado).

3. LENDO AS PAISAGENS DA TRILHA


Leia atentamente a charge abaixo:

Disponível em: https://


www.sigmadf.com.br/
wp-content/uploads/si-
tes/24/2020/02/19M1Por_
PD_01_2020-1.pdf. Acesso
em: 28 jul. 2020

Por que será que o personagem refere-se à metáfora para relacionar ao fato
de seu pai pedalar e não ir a lugar nenhum? Qual das opções abaixo seria
a mais adequada para responder a esse questionamento, em relação ao que
diz o garoto?

a) O garoto condena a prática de exercícios físicos;


b) Valoriza aspectos da vida moderna;
c) Desestimula o uso das bicicletas;
d) Caracteriza o diálogo entre gerações;
e) Critica a falta de perspectiva do pai.
TRILHA 2 | Tema: Oralidade, Produção Escrita, Leitura, Análise Linguística/Figuras de Linguagem 2
4. EXPLORANDO A TRILHA
Vamos conhecer mais sobre os usos da metáfora?

Encontramos muitas manifestações dessa figura de linguagem nas propa-


gandas, sabia? Vejamos:

Na propaganda ao lado, temos um


exemplo de metáfora, quando a marca
Bombril usa a imagem do personagem
para representar o ex-presidente ameri-
cano Barack Obama, na ocasião das
eleições em que concorria à presi-
dência dos Estados Unidos, associada à
legenda: “Se você também quer a Casa
Branca, use Bombril”. Trata-se de uma
comparação indireta ao desejo da Casa
Branca (vencendo as eleições, seria a
residência oficial do presidente ameri-
cano), comparada ao desejo do consu-
midor de querer a casa “branca”/limpa
e, por isso, usa a linguagem apelativa
para incentivá-lo a adquirir o produto.

PARA VOCÊ NÃO ESQUECER: “A metáfora é a figura de linguagem


em que se encontra uma comparação implícita”.

Disponível em: https://www.todamateria.com.br/metafora/. Acesso em: 28 jul.


2020. (Adaptado)

TRILHA 2 | Tema: Oralidade, Produção Escrita, Leitura, Análise Linguística/Figuras de Linguagem 3


5. RESOLVENDO DESAFIOS DA TRILHA
Como toda trilha requer desafios para conseguir desbravar, vamos desco-
brir as manifestações da metáfora em outras propagandas? Agora é com
você! Analise as imagens seguintes. Preste atenção em cada detalhe
(verbal e não verbal), para você conseguir matar a charada, ou seja:
registre no seu caderno como as comparações implícitas (metáforas) se
manifestam nos textos imagéticos a seguir!

Figura 1 Figura 2

Disponível em: http://portaldopro- Disponível em: https://novaescola.org.br/plano-


fessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula. -de-aula/4033/o-uso-da-metafora-no-genero-tex-
html?aula=24622. Acesso em: 03 set. tual-propaganda. Acesso em: 03 set. 2020.
2020.

Figura 3 Figura 4

Disponíveis em: https://www.todamateria.com.br/metafora. Acesso em: 03 set. 2020.

TRILHA 2 | Tema: Oralidade, Produção Escrita, Leitura, Análise Linguística/Figuras de Linguagem 4


6. A TRILHA É SUA: COLOQUE A MÃO NA MASSA
Que bom que chegamos até aqui! E você tem se empenhado em seus
estudos, não é mesmo? Parabéns! Agora é hora de “colocar a mão na massa”!
Opa! Mais uma metáfora! Queremos dizer que é a sua vez de registrar!

Pesquise em sites, jornais, revistas ou até mesmo nas propagandas feitas


no seu bairro/na sua rua, sobre propagandas de produtos que explorem o
uso de metáforas! Se possível, registre-as com uma foto ou reproduza-a em
seu caderno! Não deixe de explicar sobre a maneira como as metáforas se
manifestam nesses textos do dia-a-dia, certo?

Pronto/a para a próxima etapa?

7. A TRILHA NA MINHA VIDA


Você sabia que revisar um assunto estudado pode facilitar a compreensão?
Isso mesmo! Pode auxiliar também a ampliar nossas possibilidades de uso
no dia a dia! Você já conhece as estratégias de revisão mais usadas hoje
em dia? Vamos te apresentar uma que tem feito sucesso na internet, mas
você pode fazer o seu em um caderno ou em folhas de papel. É o chamado
StudyGram.

Muitas pessoas criaram perfis no Instagram para postar resumos de deter-


minados assuntos estudados na escola ou na universidade, para facilitar
o acesso e garantir que o estudante relembre aquilo que estudou. Fora da
internet, o StudyGram é chamado de Esquema Escolar. Veja o exemplo:

Disponível em: https://br.pinterest.com/


pin/89227636353386348/. Acesso em: 07 jul. 2020.

TRILHA 2 | Tema: Oralidade, Produção Escrita, Leitura, Análise Linguística/Figuras de Linguagem 5


Sabe o que é bem legal? É que você pode fazê-lo para qualquer assunto,
de qualquer matéria! Isso mesmo! O exemplo anterior correspondia a
uma revisão de Língua Portuguesa. Você deverá construir o seu próprio
Esquema Escolar dos assuntos que estudamos nessa trilha! Você deverá
criar seu próprio StudyGram/Esquema Escolar para facilitar a sua aprendi-
zagem e para que você relembre tudo aquilo que foi estudado. Observe que
as produções dos exemplos são bem coloridas. Use a criatividade e crie o
seu próprio resumo!

8. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL


Vamos desafiar nossos colegas e/ou os nossos familiares? Vamos ao JOGO
DA METÁFORA! Vamos te explicar tudo! O mais legal desse jogo é que você
vai construí-lo! Não economize na criatividade. Escolha 10 palavras com
suas respectivas figuras (pode recortá-las de revistas, jornais, folhetos de
propaganda, etc). Observe o exemplo abaixo:

NUVEM Faça como um jogo de cartas. Não revele ao seu


parceiro de jogo, certo? Você deverá embaralhar
as figuras e cada um escolhe 5 cartas. Desafie seu
parceiro a acertar e todas as pistas deverão ser
utilizando metáforas ou comparações, combinado?

Vou fazer esse teste com você: BRANCA COMO ALGODÃO, TIPO ALGODÃO
DOCE (comparação). Todos esses recursos linguísticos dão pistas para
que a pessoa acerte a palavra “NUVEM”. Vence o jogo quem acertar maior
número de palavras, certo? Vamos lá?

9. AUTOAVALIAÇÃO
Fim da trilha, desbravador/a!!! Muitas aprendizagens até aqui? Que novi-
dades sobre esse tema você consegue afirmar que aprendeu? Se você tivesse
que atribuir uma nota para a sua caminhada nessa trilha, que
nota você daria? Até a próxima, com muitos desafios, caminhos e
novidades da língua portuguesa nessa trilha de conhecimentos!

6
Tema: Figuras de Linguagem (comparação, metáfora,
TRILHA 3 hipérbole, personificação, ironia e metonímia)

1. PONTO DE ENCONTRO
Oi, tudo bem com você? Esperamos que esteja bem e ansioso(a) por novos
aprendizados. Juntos aprenderemos mais a respeito da nossa Língua.
Como você deve ter visto na trilha anterior, a Língua Portuguesa é muito
dinâmica e requer de seus usuários habilidades para a compreensão de
sentidos que as palavras adquirem em diversos contextos. Está pronto(a)
para aprender algumas figuras de linguagem e reconhecê-las nas produ-
ções textuais?

2. BOTANDO O PÉ NA ESTRADA
Está preparado(a) para iniciarmos esta nova caminhada de conhecimento?
Você se lembra do que aprendeu nas trilhas anteriores? Aprendemos que
as palavras podem ser empregadas no sentido conotativo/figurado ou
sentido denotativo/real. Além disso conhecemos as figuras de linguagem
comparação e metáfora.

Como vimos, figuras de linguagem são formas de expressão que destoam


da linguagem comum ou denotativa. Elas dão ao texto um significado
que vai além do sentido literal, portanto, permitem uma plurissignifi-
cação do enunciado.

3. LENDO AS PAISAGENS DA TRILHA


Você já sabia que as figuras de linguagem são assim chamadas porque as
palavras estão no sentido figurado? É claro que sim, pois você já estudou
na trilha anterior sobre isso. Muito bem!

Leia a tirinha e os anúncios a seguir.

TRILHA 3 | Tema: Figuras de Linguagem (comparação, metáfora, hipérbole, personificação, ironia e metonímia) 1
Figura 1

Disponível em https://www.umsabadoqualquer.com/11-funk2/. Acesso em: 09 set. 2020.

Figura 2 Figura 3

Disponível em: http://cargocollective. Disponível em: https://pt.slideshare.net/


com/cerullo/Fala-Cabecao-Fruttare-Ca- clauheloisa/figuras-de-lgg-exerc-2-pdf. Acesso
seiro. Acesso em: 28 jul. 2020. em: 28 jul. 2020.

Em todos os textos acima há a presença da linguagem figurada, ou seja,


a presença de figuras de linguagem. Observe no texto publicitário a
linguagem exagerada ao retratar o hambúrguer, é dito enorme, imenso.
No outro texto os picolés dialogam como se fossem seres humanos, e na
tirinha perceba a maneira como uma das personagens responde à outra a
respeito de como canta.

Ficou curioso para saber quais figuras de linguagem foram utilizadas? A


ironia, a personificação e a hipérbole (na ordem das imagens). Aprofunda-
remos esse assunto mais adiante.

TRILHA 3 | Tema: Figuras de Linguagem (comparação, metáfora, hipérbole, personificação, ironia e metonímia) 2
4. EXPLORANDO A TRILHA
Vamos então nos aventurar em mais uma caminhada pelos diversos
significados que as palavras podem adquirir, no contextos em que estão
inseridas? Para isso, iremos aprender mais sobre as figuras de linguagem.

Como são várias a figuras de linguagem, hoje abordaremos apenas a hipér-


bole, ironia e personificação ou prosopopeia.

HIPÉRBOLE é a figura em ocorre a intensificação de um sentimento ou


ação, que se traduz num grande exagero da realidade; corresponde a um
exagero intencional na expressão. Exemplos:

• “Rios te correrão dos olhos, se chorares!” (Olavo Bilac)


• Já te disse um milhão de vezes para irmos embora.
• Que demora! Estou esperando há séculos!

IRONIA é uma figura de linguagem que consiste em sugerir o contrário


do que se afirma. Isso mesmo! A linguagem utilizada diz uma coisa e o
sentido quer dizer exatamente o contrário. Vamos conferir?

• Vou tirou uma excelente nota! Tirou zero!


• Muito bem, quebre a TV com essa brincadeira!
Disponível em: https://www.normaculta.com.br/figuras-de-linguagem/
Acesso em: 14. set. 2020. (Adaptado).

Veja a ironia também em tirinhas.


Figura 4

Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/ueadsl/article/viewFi-


le/12768/10798. Acesso em: 28 jul. 2020.

TRILHA 3 | Tema: Figuras de Linguagem (comparação, metáfora, hipérbole, personificação, ironia e metonímia) 3
Na charge apresentada, os personagens Helga e Hagar estão em um
diálogo. Observe que Helga usa a ironia para se referir ao comodismo de
Hagar. Podemos notar também a ironia no comentário do Hagar, quando
ele aceita o comentário de Helga e continua sentado, pensando que são os
cuidados da mulher…

PERSONIFICAÇÃO OU PROSOPOPEIA é a atribuição de qualidades, carac-


terísticas, sentimentos e ações humanas a seres inanimados e/ou irracio-
nais. Enfim, a personificação ou prosopopeia é a atribuição de caracterís-
ticas humanas a seres que não possuem esse tipo de característica. Veja
alguns exemplos para deixar isso mais compreensível.

• “O sol hoje está tímido, não deu as caras até agora. ”


• “A água não para de chorar. ” (Manuel Bandeira)
• O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

A prosopopeia/personificação também está muito presente nas fábulas.


Fábula é uma composição narrativa em que os personagens são animais
que apresentam características humanas, principalmente a fala. A fábula
tem caráter educativo e ao final traz um ensinamento, fazendo analogia
com o cotidiano. A mensagem educativa é chamada moral da história. Por
se tratar de uma tradição oral, uma mesma fábula pode ganhar roupagem
diferente em diferentes épocas e regiões. Elas são histórias que buscam
construir explicações sobre as manifestações da natureza, as relações
entre as pessoas, seus defeitos, suas paixões, seus comportamentos, suas
virtudes e as relações entre a humanidade e a natureza.
Disponível em: https://www.normaculta.com.br/figuras-de-linguagem/.
Acesso em: 28 jul. 2020.(Adaptado).

Para aprofundar mais seus conhecimentos, busque esses conteúdos em


seu livro didático de Língua Portuguesa e também nos materiais comple-
mentares indicados.

Texto complementar:
Roteiros de Estudos para Estudantes. Semana 16 – Linguagens. 7º ano – En-
sino Fundamental. Disponível em: http://www.educacao.ba.gov.br/midias/docu-
mentos/roteiros-de-estudos-linguagens-7%C2%BA-ef. Acesso 14. set. 2020.
TRILHA 3 | Tema: Figuras de Linguagem (comparação, metáfora, hipérbole, personificação, ironia e metonímia) 4
5. RESOLVENDO DESAFIOS DA TRILHA
Como você está até aqui? Conseguiu acompanhar tudo direitinho? Está
pronto(a) para colocar em prática seus conhecimentos? Então vamos ler
esta fábula e em seu caderno justifique como a personificação aparece nela.

Texto 1 – A coruja e a águia (Monteiro Lobato)


Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
— Basta de guerra — disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior
que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
— Perfeitamente — respondeu a águia. — Também eu não quero outra coisa.
— Nesse caso combinamos isto: de agora em diante não comerás nunca os
meus filhotes.
— Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?
— Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos
de corpo, alegres, cheios de uma graça especial que não existe em filhote
de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus.
— Está feito! — concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três mons-
trengos dentro, que piavam bico muito aberto.
— Horríveis bichos! — disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja.
E comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amar-
gamente o desastre e foi justar contas com a rainha das aves.
— Quê? — disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos?
Pois, olha, não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste…
Moral da História: para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai. Lá
diz o ditado: quem o feio ama, bonito lhe parece.

Disponível em: https://pedagogiaaopedaletra.com/a-coruja-e-a-aguia-fabula-


com-exercicio-de-interpretacao/. Acesso em: 09 jul. 2020.

TRILHA 3 | Tema: Figuras de Linguagem (comparação, metáfora, hipérbole, personificação, ironia e metonímia) 5
6. A TRILHA É SUA: COLOQUE A MÃO NA MASSA
E agora, que tal você criar a sua lista de hipérboles? Convide seus familiares
para uma roda de conversa e explique para eles o que você está estudando.

Proponha que eles citem exemplos de hipérboles que utilizam no dia-a-dia.


Você deve anotar em seu caderno todos os exemplos citados. Em seguida,
escolha uma das expressões para fazer uma tirinha bem interessante.

Veja um exemplo.

Figura 5

Disponível em: http://rei-


nawwwreina.blogspot.
com/2010/03/tirinha-portu-
gues-hiperbole.html Acesso
em: 28 jul. 2020.

7. A TRILHA NA MINHA VIDA


Vamos praticar um pouco a leitura e identificação de figuras de linguagem
nas tirinhas? Leia as tirinhas que se seguem e anote em seu caderno
quais figuras de linguagem aparecem nelas, justificando a resposta com
elementos da tirinha.
Figura 6

Disponível em: https://tirinhasdogarfield.blogspot.com/2010/08/aranha-8.html Acesso em:


28 jul. 2020.

TRILHA 3 | Tema: Figuras de Linguagem (comparação, metáfora, hipérbole, personificação, ironia e metonímia) 6
Figura 7

Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/ironia.htm. Acesso em: 28 jul. 2020.

8. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL


Você viu que interessante as figuras de linguagem que estudamos hoje?
Talvez você não soubesse que elas tinham esses nomes, mas com certeza
você já as utiliza, não é mesmo? Agora que você aprendeu que nas fábulas
utilizam-se as figuras de linguagem personificação ou prosopopeia, ou seja,
que as personagens agem com características e sentimentos próprios a
seres humanos. Percebeu também que as histórias são curtas, envolvendo
poucos acontecimentos e que apresenta uma moral, um ensinamento para
a vida. Agora, chegou a hora de você escrever uma fábula. Não se esqueça
de que o objetivo da fábula é aconselhar, mostrando situações em que as
personagens são animais com características humanas. Se preferir, pode
consultar outras fábulas para ajudar na sua escrita. Ao escrever o seu
texto, é preciso observar os seguintes pontos:

a) Há título? Está coerente com a história?


a) Citou animais com características humanas?
b) Mencionou o lugar onde aconteceu a história?
c) Apresentou o problema e o final?
d) Escreveu a MORAL da fábula?
e) Separou o texto em parágrafos e colocou a pontuação adequada?
f) Nos diálogos, colocou a pontuação e a marcação adequadas?
g) Utilizou sinônimos para evitar repetições desnecessárias?

Sei que você é muito criativo(a), portanto, capriche em sua produção!


Depois você pode compartilhar seu texto com seus colegas.
TRILHA 3 | Tema: Figuras de Linguagem (comparação, metáfora, hipérbole, personificação, ironia e metonímia) 7
9. AUTOAVALIAÇÃO
Muito bem! Chegamos mais uma vez ao final de uma maratona de conhe-
cimentos! Vamos refletir um pouco sobre essa caminhada respondendo às
questões que se seguem:

a) Como você se sente depois desta caminhada?

b) Dos conhecimentos trabalhados, o que você aprendeu?

c) Agora você é capaz de identificar as figuras de linguagem


hipérbole, ironia e personificação nos diversos textos e
contextos?

d) Você gostou de estudar estas figuras de linguagem?Qual


figura de linguagem considerou mais fácil a
compreensão? Por quê?

Que maravilha! Como foi bom nos aventurarmos nos sentidos das pala-
vras! Mais uma etapa que se encerra com tanto empenho e estudos. Até a
próxima aventura!

8
TRILHA 4 Tema: Figuras de linguagem.

1. PONTO DE ENCONTRO
Olá! Que bom tê-lo(a) aqui conosco nesta nova trilha! E aí, pronto(a) para
mais aprendizado? Como vimos nas trilhas anteriores, a nossa língua, a
Língua Portuguesa, é muito rica e nos possibilita brincar com as palavras
descobrindo os diversos sentidos que elas podem adquirir nos textos e
contextos. Sendo assim aprenderemos mais um pouco sobre as Figuras de
Linguagem.

2. BOTANDO O PÉ NA ESTRADA
Para começar nossos estudos, que tal lembrarmos o que é figura de
linguagem? A figura de linguagem é um recurso linguístico que os autores
recorrem para tornar a linguagem mais rica e expressiva. Esses recursos
revelam a sensibilidade de quem os utiliza, traduzindo particularidades
estilísticas do emissor da linguagem. As figuras de linguagem exprimem
também o pensamento de modo original e criativo, exploram o sentido
não literal das palavras, realçam sonoridade de vocábulos e frases e até
mesmo, organizam orações, afastando-a, de algum modo, de uma estru-
tura gramatical padrão, a fim de dar destaque a algum de seus elementos.
Alguma vez você ouviu alguém dizendo frases como estas?

• Eu comi uma travessa de lasanha.


• Eu nunca li Fernando Pessoa.
• Gosto mesmo é de Wesley Safadão!
• Eu precisava comprar um OMO para lavar minhas roupas de cama.
• Ele não tem um teto para morar.

Acreditamos que você já tenha ouvido frases assim. Sabe como estas
ocorrências se chamam? Estamos falando de metonímia, uma figura de

TRILHA 4 | Tema: Figuras de linguagem. 1


linguagem muito utilizada no nosso dia a dia. Adiante aprofundaremos
nossos conhecimentos sobre elas. Está curioso(a) pra isso? Tenha calma!

3. LENDO AS PAISAGENS DA TRILHA


Pronto(a) para continuar? Bem, nós já vimos hipérbole, ironia e personi-
ficação que também são figuras de linguagem. Mas é bom sempre relem-
brar: a hipérbole é a figura de linguagem que tem por finalidade o exagero
intencional provocado pela palavra; a personificação ou prosopopeia é
aquela em que se atribui qualidades, características, sentimentos e ações
humanas a seres inanimados e/ou irracionais; ironia é aquela figura que
consiste em sugerir o contrário do que se diz.

1 E aí, lembrou destas figuras?

2 Podemos então partir para a metonímia?

3 Afinal, o que são as metonímias?

4 Vamos conferir estes textos publicitários (Figuras 1, 2 e 3)?

Figura 1

TRILHA 4 | Tema: Figuras de linguagem. 2


Figura 2 Figura 3

Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19893. Acesso em: 18


jul. 2020.

Você percebeu que nos textos (Figuras 1, 2 e 3) foram usados os nomes das
marcas no lugar dos nomes dos produtos? Veja: Red Bull no lugar de ener-
gético; Leite Moça em vez de leite condensado, e OMO em vez de sabão em
pó. Quando falamos ou escrevemos assim, estamos utilizando a figura de
linguagem chamada metonímia.

Agora você já está começando a compreender o que é a metonímia. Aposto


que você já usou a metonímia em várias situações em sua vida. Tente
lembrar se já fez isso.

4. EXPLORANDO A TRILHA
E então, podemos continuar? METONÍMIA é a figura de linguagem que tem
a ver com semelhanças. Ela ocorre quando um nome é citado para repre-
sentar um todo referente a ele. A metonímia é uma figura de linguagem
que consiste na substituição de uma palavra por outra que tem com ela
uma relação de interdependência, contiguidade, proximidade ou familia-
ridade. Por exemplo, é comum dizermos frases como “Adoro ler Clarice
Lispector” ou, ainda mais comum, “bebi um copo de leite”.
TRILHA 4 | Tema: Figuras de linguagem. 3
No primeiro caso, o que eu adoro ler são os livros escritos pela autora
Clarice Lispector, e não a pessoa dela em si. No segundo caso, ocorre o
mesmo: o que eu bebi foi o conteúdo (leite) que estava dentro do copo, e não
o objeto “copo” propriamente dito.

Ao escrever para a web, a metonímia é muito útil e, muitas vezes, usada


sem nem percebermos.

Acontece quando substituímos uma marca por um tipo específico de


produto — por exemplo, Durex substituindo fita adesiva, Toddy substi-
tuindo achocolatado e Maizena substituindo amido de milho.

Há muitos tipos de metonímias, sendo assim veremos a seguir alguns


deles. Ocorre metonímia quando empregamos:

• A parte pelo todo: utilizamos uma parte do todo daquilo a que nos
referimos. Esta metonímia também pode ser chamada sinédoque.

Ex.: Os sem teto estão negociando com a prefeitura o uso de um


móvel abandonado. (sem teto = sem casa – teto é uma parte da casa).

Meu pai tem vinte cabeças de gado.


(cabeças = o boi inteiro – cabeça é uma parte do boi).

• O continente pelo conteúdo: dizemos o nome do continente em vez


do que o que está contido nele.

Ex.: Quantos pratos de sopa você tomou? (prato é o continente e o


conteúdo é a própria sopa).

Ele prepara pratos deliciosos naquele restaurante.


(Pratos no lugar de comidas).

• O autor pela obra: utilizamos o nome do autor em vez da obra escrita


ou produzida por ele.

Ex.: Eu já li Jorge Amado diversas vezes. (O nome Jorge Amado no


lugar de seus livros/suas obras).

Minha mãe gosta de ouvir Gilberto Gil e Caetano Veloso.


(Os nomes dos cantores no lugar de suas músicas).

TRILHA 4 | Tema: Figuras de linguagem. 4


• Marca pelo produto: Falamos o nome da marca no lugar do nome do
produto. Este é o tipo de metonímia mais comum no nosso dia a dia.

Ex.: Menino, vá ao mercado comprar um Bombril para mim.


(Bombril é a marca, esponja de aço é o produto).

Minha filha adora danone. (Danone é marca, o produto é o iogurte).

• Instrumento pela pessoa que o utiliza: empregamos o nome do


instrumento que determinada pessoa ou grupo de pessoas utiliza
usualmente.

Ex.: Os microfones foram atrás dos jogadores. (Microfone é o


instrumento, quem o utiliza são os repórteres. Os repórteres foram
atrás dos jogadores.).

As máquinas fotográficas o seguiam aonde fosse.


(máquina fotográfica pelo fotógrafo. Os fotógrafos o
seguiam aonde fosse).

• Matéria pelo objeto: No lugar do próprio objeto utilizamos a material


com o qual ele foi feito.

Ex.: Lavou os cristais e as porcelanas para usá-los no jantar. (cristal


e porcelana – matéria utilizada para fazer copos e pratos. Lavou os
copos e os pratos para utilizá-los no jantar.).

O bronze soou na Igreja Matriz. (bronze material utilizado para


fazer o sino).
O sino soou na Igreja Matriz.

• Abstrato pelo concreto ou vice-versa: Quando utilizamos uma


palavra abstrata no lugar de uma palavra concreta.

Ex.: A juventude não tem medo de riscos. (Juventude foi utilizada


no lugar de jovens/adolescentes).

Ele tem uma cabeça boa.


Compreende-se que: Ele é inteligente. Neste caso usou-se o
concreto (cabeça) pelo abstrato (inteligência).

• Causa pelo efeito ou vice-versa: Quando empregamos uma palavra


TRILHA 4 | Tema: Figuras de linguagem. 5
que indicada a causa pelo efeito que ela provoca.

Ex.: Eu vivo do meu trabalho. (A frase compreende que: eu vivo do


dinheiro que adquiro com o meu trabalho.).

Consegui comprar a televisão com meu suor.


(A frase dá a entender que consegui comprar a televisão com o
trabalho).

• Singular pelo plural: Emprega-se uma palavra no singular, mas se


referindo ao plural.

Ex.: A mulher conquistou seu espaço. (mulher se refere a todas as


mulheres – Todas as mulheres conquistaram seu espaço.).

O cidadão foi às ruas lutar pelos seus direitos.


(Vários cidadãos foram às ruas lutar pelos seus direitos).

• Gênero pela espécie: Quando empregamos uma palavra que repre-


senta o gênero no lugar de sua espécie.

Ex.: Os homens cometeram barbaridades.


(A humanidade cometeu barbaridades.).

O homem causa muitos danos à natureza.


(O ser humano causa muitos danos à natureza.).

• O lugar pelo produto: quando se emprega o nome do lugar em vez


do nome do produto fabricado ali.

Ex.: Ele disse que gosta de fumar um havana.


(Havana é um charuto cubano).

Bebi um delicioso Porto. (Porto é vinho do Porto).


Disponível em: http://educacao.globo.com/portugues/assunto/figuras-de-lin-
guagem/metonimia.html. Acesso em: 03 jul. 2020.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/metonimia/ Acesso em: 20 jul.
2020. (Adaptado)
Roteiro de Estudos (7º ano) 19ª semana http://www.educacao.ba.gov.br/mi-
dias/documentos/roteiros-de-estudos-linguagens-7%C2%BA-ef. Acesso em:
03 ago. 2020 (Adaptado).
TRILHA 4 | Tema: Figuras de linguagem. 6
Você também pode e deve procurar este conteúdo em seu livro didático
para estudar e aprofundar mais.

Ufa!!! Quanta coisa aprendemos hoje!! Você viu que muitas dessas relações
de metonímias são utilizadas diariamente no nosso cotidiano? Então fica
mais fácil aprender assim, não é mesmo?

5. RESOLVENDO DESAFIOS DA TRILHA


Você já está craque em metonímia, certo? Então, vamos relacionar os
enunciados à relação de metonímia a que se referem, para confirmar que
aprendemos bem o que foi apresentado nesta trilha:

1 Ninguém respeita meus cabelos brancos. ( ) Autor pela obra


2 Bebeu dois copos de suco. ( ) Singular pelo plural
( ) Marca pelo produto
3 Precisamos de braços para o trabalho.
( ) Gênero pela espécie.
4 Leio sempre Cecília Meireles. ( ) Efeito pela causa
5 Minha tia anda com os dedos cheios de ouro. ( ) Abstrato pelo contato
6 Vamos comer um McDonald’s? ( ) Instrumento pela
pessoa que o utiliza
7 O japonês é considerado o mais trabalhador.
( ) Matéria pelo objeto
8 Os computadores trabalham incessantemente. ( ) Continente pelo
9 O homem foi à lua. conteúdo
( ) Parte pelo todo
10 A juventude precisa de atenção.

6. A TRILHA É SUA: COLOQUE A MÃO NA MASSA


Agora que você aprendeu o que é metonímia e estudou os tipos de relações
estabelecidas por elas, vamos então confeccionar um jogo da memória?

Você deverá selecionar um exemplo de cada tipo de relação de metonímia


e escrever em cartelas. Serão necessárias 22 cartelas, 11 para os exemplos
e 11 para as relações de metonímias. Depois de pronto o jogo é só convidar
TRILHA 4 | Tema: Figuras de linguagem. 7
um amigo ou familiar para se divertir. Ganha o jogo quem fizer mais pares
de metonímias. Você pode alternar com outros exemplos depois.

Para facilitar a confecção, segue sugestão para as cartelas. Lembre-se de


que todas devem ser do mesmo tamanho.

Parte pelo todo > Ele não tem um teto para morar.
Autor pela obra > Gosto demais de Naiara Azevedo.

7. A TRILHA NA MINHA VIDA


E agora? Você viu que não é difícil este assunto? Vamos então exercitar um
pouco? Convide seus familiares e/ou amigos para um roda de conversa a
respeito do conteúdo que aprendeu nessa trilha: as metonímias e as suas
relações. Explique para eles o que é metonímia e questione a respeito do
uso das metonímias no cotidiano de vocês. Em seguida peça para que
eles falem quais as metonímias que mais utilizam no dia a dia e você irá
anotar em seu caderno cada frase/enunciado que for apresentado. Após
a escrita coloque na frente de cada um a relação de metonímia existente.
Depois disso apresente aos participantes o que você anotou e as relações de
metonímias que são utilizadas, frequentemente, em seu ambiente familiar.

8. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL


Veja que interessante! Vamos ver agora como as metonímias também
podem aparecer na linguagem não verbal? Observe:

Figura 4 – Linguagem não verbal

Disponível em: http://educa-


cao.globo.com/portugues/as-
sunto/figuras-de-linguagem/
metonimia.html/ Acesso em:
27 jul. 2020.

TRILHA 4 | Tema: Figuras de linguagem. 8


Aqui as árvores representam os pulmões de uma pessoa. A metonímia
está na imagem da árvore associada aos pulmões que representam o
homem = parte pelo todo. A mensagem transmitida é se preservarmos as
árvores e a natureza, preservamos também nossa vida.
Disponível em: http://educacao.globo.com/portugues/assunto/figuras-de-lin-
guagem/metonimia.html Acesso em: 27 jul. 2020.

Agora, é sua vez de criar um texto bem interessante, conscientizando


as pessoas para alguma situação que vivenciamos em nossa sociedade
(abuso infantil/agressão à mulher/desmatamento/desemprego, dentre
outras). Escolha para isso um dos tipos de relação de metonímia e capriche
na mensagem a ser transmitida. Seja bem criativo(a). Você é capaz!

9. AUTOAVALIAÇÃO
Que legal, chegamos ao final de mais uma trilha! Você gostou desta cami-
nhada? Foi muito bom estar com você durante esse período! Em seu
caderno, registre suas impressões sobre o que discutimos e avalie a sua
aprendizagem em relação ao conteúdo trabalhado na I unidade.

Para ajudar em suas reflexões seguem alguns questionamentos:

a) O que aprendi com esta trilha?

b) Em que situações utilizarei estes conhecimentos?

c) Eu me dediquei na realização do que foi proposto no


trajeto da trilha?

d) Está sendo interessante estudar desta forma?

É isso aí!! Parabéns, por ter chegado até aqui. Agradeço pela sua compa-
nhia e atenção. Até breve !!
T
9

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