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Introdução........................................................................................................................................3
Sinonímia e antonímia..................................................................................................................10
Homonímia e paronímia...............................................................................................................12
Polissemia e monossemia...........................................................................................................20
Denotação e conotação................................................................................................................24
Hiperonímia e hiponímia..............................................................................................................26
Formas variantes..........................................................................................................................28
Relações lexicais..........................................................................................................................31
Intertextualidade...........................................................................................................................31
Funções da linguagem.................................................................................................................57
Variedades linguísticas................................................................................................................66
Tipos de discurso.........................................................................................................................76
Acentuação gráfica.......................................................................................................................80
Ortografia.......................................................................................................................................89
Substantivo..................................................................................................................................132
Artigo............................................................................................................................................147
Adjetivo........................................................................................................................................152
Numeral........................................................................................................................................163
Pronome.......................................................................................................................................183
Verbo............................................................................................................................................212
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Advérbio.......................................................................................................................................275
Preposição...................................................................................................................................282
Conjunção....................................................................................................................................290
Interjeição....................................................................................................................................296
Frase.............................................................................................................................................316
Oração..........................................................................................................................................319
Período.........................................................................................................................................364
Crase............................................................................................................................................406
Colocação pronominal...............................................................................................................415
Coesão.........................................................................................................................................419
Coerência.....................................................................................................................................422
Pontuação....................................................................................................................................428
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INTRODUÇÃO
Olá, tudo bem com você? Nesta apostila digital iremos estudar a matéria de Língua Portuguesa.
Este assunto foi cobrado no último concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
O momento agora é ter muito foco nos estudos. Não espere o edital abrir para começar a estudar
porque o tempo entre a abertura do edital e a prova é muito curto.
A concorrência está cada vez maior e é preciso estar preparado para enfrentar este Concurso
Público.
Você já é uma pessoa diferenciada porque já está planejando seu futuro. Continue assim.
AVISO IMPORTANTE
PIRATARIA É CRIME!
Esta apostila é protegida por direitos autorais conforme a Lei 9.610 de 1998, que regula os
direitos autorais.
De acordo com o Artigo 184 do Código Penal é proibida a reprodução total ou parcial desta
apostila.
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APOSTILA DIGITAL – Polícia Militar do Rio de Janeiro
Língua Portuguesa
Candidato, você precisa ler com muita atenção, reler, e na hora de examinar cada alternativa,
voltar aos trechos citados para responder com muita confiança.
Muitos candidatos, embora tenham bastante conhecimentos das matérias que caem nas provas,
erram nas questões, simplesmente porque não entendem o que a banca examinadora está
pedindo. Já pensou, nadar, nadar, nadar... e morrer na praia? Então não deixe de estudar e
preste atenção nas dicas que vamos passar aqui.
As questões de compreensão e interpretação de textos vêm ganhando cada vez mais espaço nos
concursos públicos. Também é a partir de textos que as questões normalmente cobram a
aplicação das regras gramaticais nos grandes concursos de hoje em dia. Por isso é cada vez
mais importante observar os comandos das questões. Normalmente o candidato é convidado a:
São condições básicas para o candidato fazer uma correta interpretação de textos:
A questão é que é uma informação que, além de estar fora do texto, tem conexão com o texto. É
a chamada inferência textual, dedução textual. Ao ler o texto, o leitor consegue inferir, tirar
conclusões a partir de ideias que foram explicitadas no texto.
Basta ao leitor passar a ter a visão qualificada e apurada de, no enunciado, conseguir visualizar e
identificar, qualificar, caracterizar o comando, se é de compreensão (informação que está no
texto) ou de interpretação (informação que não está no texto, mas está atrelada ao texto).
Compreensão de texto – Consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar
dados do texto. Os comandos de compreensão (está no texto) são:
Segundo o texto...
O autor/narrador do texto diz que...
O texto informa que...
No texto...
Tendo em vista o texto...
De acordo com o texto...
O autor sugere ainda...
O autor afirma que...
Na opinião do autor do texto...
Interpretação de texto – Consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito. Os
comandos de Interpretação (está fora (além) do texto) são:
Obs.: Enquanto a compreensão de texto trabalha com as frases e ideias escritas no texto, ou
seja, aspectos visíveis, a interpretação de textos trabalha com a subjetividade, com o seu
entendimento do texto.
2: Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto principal. Crie o hábito da leitura e
o gosto por ela. Quando passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu funcionamento.
Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa
impressão de que ler não faz diferença.
4: Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos duas vezes pois a primeira
impressão pode ser falsa. É preciso paciência para ler outras vezes. Antes de responder as
questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas. A primeira leitura deve ser do tipo informativa,
isto é, você deverá buscar as palavras mais importantes de cada parágrafo que constituem as
palavras-chave do texto em torno das quais as outras se organizam para dar significação e
produzirem sentido. Já na segunda leitura, do tipo interpretativa, você deverá compreender,
analisar e sintetizar as informações do texto.
5: Ler o texto com perspicácia (observando os detalhes), sutileza, malícia nas entrelinhas.
Atenção ao que se pede. Às vezes, a interpretação está voltada a uma linha do texto e por isso
você deve voltar ao parágrafo para localizar o que se afirma. Outras vezes, a questão está
voltada à ideia geral do texto.
6: Realize uma nova leitura, desta vez sublinhando as palavras desconhecidas do texto.
7: Seja curioso, utilize um dicionário e encontre o significado das palavras que você sublinhou no
texto.
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9: Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor.
12: Cuidado com os vocábulos: destoa, não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira,
exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o
que se perguntou e o que se pediu.
13: Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa.
14: Quando o autor apenas sugerir uma ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva.
15: Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se
enquadre no sentido do texto.
17: Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a
mensagem.
20: Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura de textos, um bom exercício para
ampliar seu conhecimento léxico, é fazer palavras cruzadas.
Exercícios
“Não tendo assistido à inauguração dos bondes elétricos, deixei de falar neles. Nem sequer entrei
em algum, mais tarde, para receber as impressões da nova atração e contá-las. Daí o meu
silêncio da outra semana. Anteontem, porém, indo pela praia da Lapa, em um bonde comum,
encontrei um dos elétricos, que descia. Era o primeiro que estes meus olhos viam andar.
Para não mentir, direi que o que me impressionou, antes da eletricidade, foi o gesto do cocheiro.
Os olhos do homem passavam por cima da gente que ia no meu bonde, com um grande ar de
superioridade, Posto não fosse feio, não era as prendas físicas que lhe davam aquele aspecto.
Sentia-se nele convicção de que inventara, não só o bonde elétrico, mas a própria eletricidade.
Não é meu ofício censurar as meias glórias ou glórias de empréstimo, como lhe queiram chamar
espíritos vadios. As glórias de empréstimo, se não valem tanto como as de plena propriedade,
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merecem sempre alguma mostra de simpatia. Para que arrancar um homem a essa agradável
sensação?
Em seguida, admirei a marcha serena do bonde, deslizando como os barcos dos poetas, ao
sopro da brisa invisível e amiga. Mas, como íamos em sentido contrário, não tardou que nos
perdêssemos de vista, dobrando ele para o largo da Lapa e rua do Passeio, e entrando eu na rua
do Catete. Nem por isso o perdi de memória. A gente do meu bonde ia saindo aqui e ali, outra
gente estava adiante e eu pensava no bonde elétrico.”
d) Não poderia ser trocado pela “agradável sensação” proporcionada pelo bonde comum
d) Ao advento da eletricidade
a) atitudes alheias não devem ser censuradas, pois são “glorias de empréstimos”
b) mesmo os bondes comuns merecem nossa simpatia e não devem ser desprezados.
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“Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela revelou
pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes a culpa foi desta
vida agreste, que me deu uma alma agreste.
E falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de
minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever
Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o
cachimbo. Às vezes as ideias não vêm, ou vêm muito numerosas- e a folha permanece meio
escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena
tentar corrigi-las. Afasto o papel
Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras,
reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo
exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até
ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.”
04 - Segundo o texto, o narrador não pôde conhecer totalmente sua esposa, Madalena,
sobretudo:
Respostas
01 02 03 04 05
b a d b b
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Construção de sentido e efeitos de sentido (semântica); denotação (sentido literal) e
conotação (sentido figurado)
O significado das palavras é estudado pela semântica, a parte da gramática que estuda não só o
sentido das palavras como as relações de sentido que as palavras estabelecem entre si. Por isso
é importante conhecer fatos linguísticos como: sinônimos, antônimos, homônimos, parônimos,
polissemia, denotação, conotação, figuras e vícios de linguagem.
Sinonímia e antonímia
Sinônimos
Exemplos de sinônimos
Antônimos
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Exemplos de antônimos
Exercícios
c) João era um homem certo em todos os negócios. Já Eduardo, fazia tudo sempre errado.
d) O carinho do amigo fazia com que Tereza aos poucos retomasse o afeto que sentia por ele.
03 - Assinale a alternativa em que as palavras sublinhadas são sinônimas, ou seja, têm o mesmo
significado.
04 - De acordo com o texto, assinale a alternativa em que as duas palavras não são sinônimas.
a) filhote • cria
b) odor • cheiro
c) cuidar • tratar
d) perto • longe
e) progenitores • pais
Respostas
01 02 03 04
c b d d
Homonímia e paronímia
Palavras homônimas ou homônimos são palavras que são pronunciadas da mesma forma, mas
têm significados diferentes. Existem três tipos de homônimos: homônimos perfeitos, homófonos e
homógrafos. As relações de homonímia são estudadas pela semântica.
Homônimos perfeitos
Homônimos perfeitos são palavras que possuem a mesma grafia e o mesmo som, mas que
apresentam significados diferentes.
Cedo
Caminho
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Você sabe o caminho para a casa de Pedro? (substantivo – itinerário)
Eu caminho na praia todos os dias durante uma hora. (verbo caminhar)
Rio
Morro
São
Depois do acidente, ele se encontra, felizmente, são e salvo! (adjetivo – com saúde)
Que horas são? (verbo ser)
Leve
Eu posso levar esta embalagem sozinha porque é leve. (adjetivo – com pouco peso)
Você quer que alguém leve este material para a garagem? (verbo levar)
Verão
Palavras homófonas
Exemplos de homófonos:
Acento/assento
Cela/sela
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Aço/asso
Concerto/conserto
Cerrar/serrar
O carpinteiro vai serrar a madeira para fazer uma escrivaninha. (cortar com serra)
A direção chamou o funcionário para cerrar o contrato de trabalho. (fechar, terminar)
Cento/sento
Minha vizinha está muito gorda, pesa cento e trinta quilos. (cem)
Eu sento aqui e fico esperando você voltar. (verbo sentar)
Cozer/coser
Sena/cena
Trás/traz
Senso/censo
Sessão/seção/cessão
Você quer ir comigo ao cinema ver o filme da sessão das dez horas? (reunião,
apresentação)
Não sei qual a minha seção eleitoral. (divisão, repartição)
O paciente permitiu a cessão de seus órgãos internos para transplantes e estudo.
(cedência)
Vaso/vazo
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Eu vazo a água no fim do dia e amanhã damos uma limpeza na piscina. (deixar sair)
Palavras homógrafas
Exemplos de homógrafos:
Acerto
Colher
Almoço
Coro
Começo
Gelo
Você tem mais gelo para a caipirinha? (substantivo – água em estado sólido)
Eu gelo só de pensar nesse assunto! (verbo gelar)
Molho
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Gosto
Olho
Jogo
Resumindo
Homônimos perfeitos:
Palavras homófonas:
Palavras homógrafas:
Parônimos
Parônimos ou palavras parônimas são palavras que são escritas de forma parecida e são
pronunciadas de forma parecida, mas que apresentam significados diferentes. As relações
de paronímia são estudadas pela semântica.
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Exemplos de parônimos:
Absorver/absolver
Cavaleiro/cavalheiro
Aferir/auferir
Cumprimento/comprimento
Dirigente/diligente
Delatar/dilatar
Um dos alunos da turma delatou o colega que chutou a porta e partiu o vidro. (denunciar)
Comendo assim tanto, você vai acabar dilatando seu estômago. (alargar, estender)
Discriminar/descriminar
Ela se sentiu discriminada por não poder entrar naquele clube. (diferenciar, segregar)
Em muitos países se discute sobre descriminar o uso de algumas drogas. (descriminalizar,
inocentar)
Estofar/estufar
Imergir/emergir
Vamos tentar impedir este carro de imergir ainda mais para dentro do lago. (mergulhar)
Os mergulhadores irão emergir após uma hora de exploração do fundo do mar. (vir à tona)
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Imigrar/emigrar
A família real portuguesa imigrou para o Brasil. (entrada num novo país)
A família real portuguesa emigrou de Portugal. (saída do seu país)
Fluvial/pluvial
Iminente/eminente
Temos que evacuar este prédio que está em risco de perigo iminente. (imediato)
O Cristo Redentor aparece eminente no céu do Rio de Janeiro. (alto, superior)
Tráfego/tráfico
Infligir/infringir
Retificar/ratificar
Resumindo
Palavras parônimas:
Obs.: Palavras parônimas são frequentemente confundidas com palavras homônimas (ou
homônimos), que são pronunciadas da mesma forma, mas apresentam significados diferentes.
Exercícios
02 - A palavra tráfico não dever ser confundida com tráfego, seu parônimo. Em que item a seguir
o par de vocábulos é exemplo de homonímia e não de paronímia?
a) estrato / extrato
b) flagrante / fragrante
c) eminente / iminente
d) inflação / infração
e) cavaleiro / cavalheiro
03 - Indique a letra na qual as palavras completam, corretamente, os espaços das frases abaixo.
Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ os sons com nitidez.
Hoje são muitos os governos que passaram a combater o ______ de entorpecentes com rigor.
04 - No ______ do violoncelista ______ havia muitas pessoas, pois era uma ______ beneficente.
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c) conserto - iminente - seção
05 - Complete: Meu piano foi para o ___ por isso, não haverá ___.
conserto/ concerto
conçerto/ conserto
consserto/ conserto
concerto/ conserto
Respostas
01 02 03 04 05
c a a d a
Polissemia e monossemia
Polissemia
Palavras polissêmicas são palavras que apresentam mais do que um significado. Assim,
a polissemia indica a multiplicidade de significados que uma palavra pode apresentar, mediante
o contexto no qual se encontra inserida. A polissemia faz parte da semântica e ocorre na maior
parte dos vocábulos.
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A polissemia ocorre devido a vários motivos, sendo os principais:
Polissemia e homonímia
Facilmente confundíveis, a polissemia se distingue da homonímia por indicar uma só palavra com
diversos significados, enquanto na homonímia, duas palavras diferentes, com origens e
significados diferentes, apresentam a mesma ortografia e pronúncia.
Exemplos de homonímia:
Manga (fruto da mangueira com origem na palavra malaiala manga; parte da roupa com
origem na palavra latina manica);
Grama (relva com origem na palavra em latim gramen; unidade de massa com origem na
palavra grega grámma);
Pena (revestimento do corpo das aves com origem na palavra latina penna; castigo,
sentimento ou sofrimento com origem na palavra grega poinê).
Polissemia e Ambiguidade
Tanto a polissemia quanto a ambiguidade são elementos da linguagem que podem provocar
confusões na interpretação de frases.
Nem sempre se trata de uma palavra que tenha mais de um significado, mas de como as
palavras estão dispostas na frase, permitindo que as informações sejam interpretadas de mais de
uma maneira. Ex. Jorge criticou severamente a prima de sua amiga, que frequentava o mesmo
clube que ele. Nesse caso, o pronome que pode estar referindo-se a amiga ou a prima.
Já no caso da polissemia, por uma mesma palavra possuir mais de um significado, ela pode fazer
com que as pessoas não compreendam o sentido usado no primeiro contato com a frase e
interpretem o enunciado de uma maneira diferente do que ele era intencionado.
Neste caso, para que isso não ocorra, é importante que fique claro qual é o contexto em que a
palavra foi usada.
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Monossemia
Os termos monossêmico encontram-se nos textos técnicos e científicos, pois neles se procura
uma mensagem objetiva para ser entendida de modo igual por todos os leitores ou ouvintes.
Exercícios
a) conjunto de significados, cada um unitário, relacionados com uma mesma forma, ou seja, a
polissemia consiste em uma palavra que apresenta vários significados.
A palavra vela presenta vários sentidos, esta propriedade das palavras é denominada:
a) Polissemia;
b) Homonímia;
c) Antonímia;
d) Sinonímia;
Respostas
01 02 03 04
a b e a
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Denotação e conotação
Denotação
Uma palavra é usada no sentido denotativo (próprio ou literal) quando apresenta seu significado
original, independentemente do contexto frásico em que aparece. Quando se refere ao seu
significado mais objetivo e comum, aquele imediatamente reconhecido e muitas vezes associado
ao primeiro significado que aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal da palavra.
A denotação tem como finalidade informar o receptor da mensagem de forma clara e objetiva,
assumindo assim um caráter prático e utilitário. É utilizada em textos informativos, como jornais,
regulamentos, manuais de instrução, bulas de medicamentos, textos científicos, entre outros.
O elefante é um mamífero.
Já li esta página do livro.
A empregada limpou a casa.
Conotação
Uma palavra é usada no sentido conotativo (figurado) quando apresenta diferentes significados,
sujeitos a diferentes interpretações, dependendo do contexto frásico em que aparece. Quando se
refere a sentidos, associações e ideias que vão além do sentido original da palavra, ampliando
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sua significação mediante a circunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um sentido
figurado e simbólico.
Exercícios
c) Os textos não literários devem preferir a denotação, pois essa tem como finalidade informar o
receptor da mensagem de maneira clara e objetiva, livre de ambiguidades e metáforas.
a) “O estrangeiro ainda tropeça com muita frequência na incompreensão das sociedades por
onde passa.”
b) “Quando a luz estender a roupa nos telhados, seremos, na manhã, duas máscaras
calmas.”(Mário Quintana)
c) “Vejo que o amor que te dedico aumenta seguindo a trilha de meu próprio espanto.”
d) Não, eu te peço, não te ausentes / Porque a dor que agora sentes / Só se esquece no perdão.”
e) “Sinto que o tempo sobre mim abate sua mão pesada.” (Carlos Drummond de Andrade)
Respostas
01 02 03 04 05
b b d b d
Hiperonímia e hiponímia
A hiperonímia indica uma relação hierárquica de significado que uma palavra superior
estabelece com uma palavra inferior. O hiperônimo é uma palavra hierarquicamente superior
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porque apresenta um sentido mais abrangente que engloba o sentido do hipônimo, uma palavra
hierarquicamente inferior, com sentido mais restrito.
A hiponímia indica, assim, essa mesma relação hierárquica de significado. Foca-se, no entanto,
na perspectiva da palavra hierarquicamente inferior - hipônimo, que, a nível semântico, pode ser
incluída numa classe superior que abrange o seu significado - hiperônimo.
Os hiperônimos:
Os hipônimos:
Hiperônimo Hipônimos
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ferramenta martelo, serrote, alicate, enxada, chave de fenda,...
ave papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara, coruja,...
doença gripe, sarampo, caxumba, catapora, bronquite,...
O uso de hiperônimos e hipônimos é essencial para a construção de uma boa coesão lexical num
texto. Os hiperônimos e hipônimos atuam como um recurso coesivo lexical que permite a
abordagem de um tema evitando repetições vocabulares.
Além disso, desempenham uma função anafórica no texto, fazendo referência a uma informação
previamente mencionada sem a repetir, através do uso de substantivos genéricos e específicos.
Formas variantes
São chamadas de formas variantes ou formas gráficas variantes as palavras que apresentam
mais do que uma grafia correta, sem que haja alteração no sentido.
Apesar de haver sempre uma forma preferencial, mais socialmente aceita e mais usada pelos
falantes, todas as formas são corretas e podem ser usadas sem hesitação.
abdome e abdômen;
afeminado e efeminado;
aluguel e aluguer;
amídala e amígdala;
aquarela e aguarela;
arrebentar e rebentar;
assobiar e assoviar;
assoprar e soprar;
azálea e azaleia;
bêbado e bêbedo;
bilhão e bilião;
cãibra e câimbra;
câmera e câmara;
caminhão e camião;
carroçaria e carroceria;
catorze e quatorze;
catucar e cutucar;
chipanzé e chimpanzé;
cobarde e covarde;
cociente e quociente;
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contato e contacto;
cota e quota;
cotidiano e quotidiano;
debulhar e desbulhar;
degelar e desgelar;
delapidar e dilapidar;
demonstrar e demostrar;
descarrilhar ou descarrilar;
dezenove e dezanove;
dezesseis e dezasseis;
dezessete e dezassete;
diabete e diabetes;
dourado e doirado;
embaralhar e baralhar;
enfarte, infarte, enfarto e infarto;
entonação e entoação;
entretenimento e entretimento;
espargos e aspargos;
estalar e estralar;
este e leste;
geringonça e gerigonça;
germe e gérmen;
hidrelétrico e hidroelétrico;
homilia e homília;
imundícia, imundície e imundice;
intrincado e intricado;
louça e loiça;
louro e loiro;
maquiagem e maquilagem;
marimbondo e maribondo;
mobiliar, mobilhar e mobilar;
neblina e nebrina;
nenê e neném;
percentagem e porcentagem;
projétil e projetil;
rastro e rasto;
registro e registo;
relampear e relampejar;
remoinho e redemoinho;
selvageria e selvajaria;
sobressalente e sobresselente;
súdito e súbdito;
surrupiar e surripiar;
taberna e taverna;
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terremoto e terramoto;
tesouro e tesoiro;
tríade e tríada;
xérox e xerox.
Exercícios
02 - Os vocábulos destacados em “Na banca da feira da vinte e cinco, havia cupuaçu, bacuri,
taperebá e outras frutas regionais.”, têm relação entre si por possuírem o mesmo campo
semântico, isto é, todos são frutas inclusive típicas da Amazônia.
a) hiperônimos.
b) hipônimos.
c) cognatos.
d) polissêmicos.
e) parônimos.
03 - Muitos vocábulos portugueses admitem dupla grafia; o exemplo abaixo que só admite a
primeira das duas formas indicadas é:
a) flecha/frecha.
b) enfarte/enfarto.
c) aluguel/aluguer.
d) cociente/quociente.
e) próprio/própio
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Respostas
01 02 03
c b e
Relações lexicais
É o conjunto de palavras usadas em uma língua ou em um texto. Quanto à língua, não existe um
falante que domine por completo seu léxico, pois o idioma é vivo e vocábulos vão desaparecendo,
enquanto novos surgem. Quanto ao texto, o léxico corresponde às palavras utilizadas na escrita
do mesmo.
Chamamos de campo lexical o conjunto de palavras de uma língua que estão relacionadas
por afinidades conceituais, como se fizessem, desse modo, parte de uma mesma família.
Nosso léxico, espécie de vocabulário virtual ao qual recorremos quando nos comunicamos, é
composto por uma infinidade de palavras. Ao longo de nossas vidas, à medida que somos
expostos a diferentes contatos com a linguagem, ele vai recebendo novos elementos.
Nesse conjunto de palavras que estão ligadas através de relações de significado, novos lexemas
são constantemente incorporados, provando que o campo lexical não é algo fixo e imutável.
Pode parecer uma definição complexa, mas todos nós sabemos exatamente do que se trata, pois
de acordo com a área de conhecimento na qual atuamos — seja você estudante, mecânico de
carros, jogador de futebol ou astronauta, dispomos de um vocabulário bem específico, utilizado
em momentos adequados.
Podemos concluir que o léxico da língua pertence à comunidade na qual está inserida. Por esse
motivo, seus usuários agem sobre ela de acordo com as práticas sociais e culturais que
desenvolvem, configurando assim a noção de campo lexical.
Intertextualidade
Intertextualidade é o diálogo entre dois ou mais textos, que não precisam ser necessariamente de
um mesmo gênero, a intertextualidade é um fenômeno que pode manifestar-se de diferentes
maneiras.
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Você sabia que os textos podem conversar entre si? Sim, isso é possível, e a esse fenômeno
damos o nome de intertextualidade. Essa ocorrência pode ser implícita ou explícita, feita por meio
de paródia ou por meio da paráfrase. O que esses variados tipos têm em comum? Todos eles
resgatam referências nos chamados textos-fonte, que são aqueles textos considerados
fundamentais em uma cultura.
Para que você entenda melhor o conceito de intertextualidade, basta analisar a estrutura da
palavra: inter é um sufixo de origem latina e faz referência à noção de relação. Por isso, é correto
afirmar que a intertextualidade refere-se às relações entre os textos, assim como é correto afirmar
que todo texto, em maior ou menor grau, é um intertexto, e isso acontece em virtude das relações
dialógicas firmadas. Ainda está difícil de entender? Veja só um exemplo:
Canção do Exílio
(Gonçalves Dias)
Nossos bosques têm mais vida, Não permita Deus que eu morra,
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Canto de regresso à pátria
(Oswald de Andrade)
Minha terra tem mais rosas Não permita Deus que eu morra
E quase que mais amores Sem que volte pra São Paulo
Como você pôde perceber, a intertextualidade pode acontecer com textos dos variados gêneros:
pode surgir em uma letra de música, em um poema, nos textos em prosa e até mesmo nos textos
publicitários.
Só é capaz de reconhecê-la o leitor habilidoso, aquele que já entrou em contato com diversos
textos-fonte ao longo da vida. Isso significa que a interpretação de texto não depende apenas do
conhecimento do código (nossa língua portuguesa), mas também das relações intertextuais que
influenciam de maneira decisiva o processo de compreensão e de produção de textos.
Tipos de intertextualidade
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Você já deve ter percebido que as relações dialógicas entre textos é um conceito inerente à
intertextualidade e que, quanto mais lemos e conhecemos os textos fontes, mais inferências
somos capazes de realizar.
Um texto pode apresentar diversas vozes, para as quais damos o nome de polifonia, que nada
mais é do que as referências presentes nas entrelinhas do texto. Muitos escritores e compositores
utilizaram esse recurso na construção de paródias, paráfrases ou citações.
Exercícios
I. Introdução de novos elementos no texto. Pode-se também retomar esses elementos para
introduzir novos referentes;
II. Operação responsável pela manutenção do foco nos objetos de discurso previamente
introduzidos;
III. Elemento constituinte do processo de escrita e leitura. Trata-se das relações dialógicas
estabelecidas entre dois ou mais textos;
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V. Responsável pela continuidade de um tema e pelo estabelecimento das relações semânticas
presentes em um texto.
e) I e II estão corretas.
d) Podemos dizer que a intertextualidade é a influência de um texto sobre outro. Todo texto, em
maior ou menor grau, é um intertexto, pois durante o processo de escrita acontecem relações
dialógicas entre os textos que escrevemos e os textos que acessamos ao longo da vida.
03 - É possível elaborar um texto novo a partir de um texto já existente. É assim que os textos
"conversam" entre si. É comum encontrar ecos ou referências de um texto em outro. Observe o
trecho da música Bom conselho, de Chico Buarque: Eu semeio vento na minha cidade/ Vou pra
rua e bebo a tempestade. Comparando esse trecho ao provérbio popular, “Quem semeia vento,
colhe tempestade”, temos um exemplo de:
a) Sinonímia
b) Polissemia
c) Hiperonímia
d) Intertextualidade
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Respostas
01 02 03
c c d
Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os interlocutores
(emissor e receptor) de determinado discurso.
São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante,
bilhete ou lista de supermercado.
É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero textual pode conter mais
de um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo apresenta a lista de
ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto injuntivo).
Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros gêneros textuais
dentro das categorias tipológicas de texto.
Em outras palavras, gêneros textuais são estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de
textos: narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e injuntivo.
Texto Narrativo
Romance
Novela
Crônica
Contos de Fada
Fábula
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Lendas
Texto Descritivo
Diário
Relatos (viagens, históricos, etc.)
Biografia e autobiografia
Notícia
Currículo
Lista de compras
Cardápio
Anúncios de classificados
Texto Dissertativo-Argumentativo
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de
argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam
persuadir o leitor.
Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese (desenvolvimento),
nova tese (conclusão).
Editorial Jornalístico
Carta de opinião
Resenha
Artigo
Ensaio
Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado
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Texto Expositivo
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio de recursos como:
definição, conceituação, informação, descrição e comparação.
Seminários
Palestras
Conferências
Entrevistas
Trabalhos acadêmicos
Enciclopédia
Verbetes de dicionários
Texto Injuntivo
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de
modo que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso,
apresentam, na maioria dos casos, verbos no imperativo.
Propaganda
Receita culinária
Bula de remédio
Manual de instruções
Regulamento
Textos prescritivos
Anedota
Blog
Reportagem
Charge
Carta
E-mail
Declaração
Memorando
Propaganda
Bilhete
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Relatório
Notícia
Requerimento
ATA
Cartaz
Cartum
Procuração
Editorial
Atestado
Circular
Contrato
Exercícios
A diva
Quem me dera,
Perfeita.
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Os diferentes gêneros textuais desempenham funções sociais diversas, reconhecidas pelo leitor
com base em suas características específicas, bem como na situação comunicativa em que ele é
produzido. Assim, o texto A diva
a) Os gêneros textuais desempenham funções sociais diversas, reconhecidas pelo leitor com
base em suas características específicas, bem como na situação comunicativa em que ele é
produzido.
b) Os gêneros textuais são estruturas relativamente padronizadas que variam de acordo com as
várias situações comunicativas.
c) Os gêneros textuais são estruturas bem definidas, limitadas, e podem apresentar-se sob a
forma de cinco diferentes tipos de texto.
d) Os gêneros textuais podem ser representados na linguagem verbal e não verbal, em anúncios
publicitários, charges, tirinhas e também em reportagens, notícias, e-mails, etc.
I. São definidos por propriedades linguísticas como vocabulário, relações lógicas, tempos verbais,
construções frasais etc.
IV. Geralmente variam entre cinco e nove tipos: narração, argumentação, descrição, injunção e
exposição.
I. Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre algum
assunto de interesse. Algumas revistas têm uma seção dedicada a esse gênero;
II. Caracteriza-se por apresentar um trabalho voltado para o estudo da linguagem, fazendo-o de
maneira particular, refletindo o momento, a vida dos homens através de figuras que possibilitam a
criação de imagens;
III. Gênero que apresenta uma narrativa informal ligada à vida cotidiana. Apresenta certa dose de
lirismo e sua principal característica é a brevidade;
IV. Linguagem linear e curta, envolve poucas personagens, que geralmente se movimentam em
torno de uma única ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações
encaminham-se diretamente para um desfecho;
São, respectivamente:
O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua autoestima e no seu modo de agir. O
corpo indicará onde você falha – se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O que
ficou guardado virá à tona, pois este novo ciclo exige uma “desintoxicação”. Seja comedida em
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suas ações, já que precisará de energia para se recompor. Há preocupação com a família, e a
comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa.
Isso ajuda também na vida amorosa, que será testada. Melhor conter as expectativas e ter calma,
avaliando as próprias carências de modo maduro. Sentirá vontade de olhar além das questões
materiais – sua confiança virá da intimidade com os assuntos da alma.
O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função específica,
seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se com os conhecimentos
construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que
sua função é:
Respostas
01 02 03 04 05
b c a c e
A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles verbais e não verbais. Em todos
há a presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que está sendo
transmitido entre os interlocutores.
Esses interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um texto escrito, pois nunca
escrevemos para nós mesmos, nem mesmo falamos sozinhos.
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É exatamente nestas situações corriqueiras que classificamos os nossos textos naquela
tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dissertação.
Para melhor exemplificarmos o que foi dito, tomamos como exemplo um Editorial, no qual o autor
expõe seu ponto de vista sobre determinado assunto, uma descrição de um ambiente e um texto
literário escrito em prosa.
Em se tratando de gêneros textuais, a situação não é diferente, pois se conceituam como gêneros
textuais as diversas situações sociocomunciativas que participam da nossa vida em sociedade.
Como exemplo, temos: uma receita culinária, um e-mail, uma reportagem, uma monografia, e
assim por diante. Respectivamente, tais textos classificar-se-iam como: instrucional,
correspondência pessoal (em meio eletrônico), texto do ramo jornalístico e, por último, um texto
de cunho científico.
Mas como toda escrita perfaz-se de uma técnica para compô-la, é extremamente importante que
saibamos a maneira correta de produzir esta gama de textos. À medida que a praticamos, vamos
nos aperfeiçoando mais e mais na sua performance estrutural.
Tipo Textual - É a forma como um texto se apresenta. É importante que não se confunda tipo
textual com gênero textual.
Há uma grande variedade de entendimentos sobre a forma correta de definir os tipos de texto.
Embora haja uma discordância entre várias fontes sobre a quantidade exata de tipos textuais,
vamos trabalhar aqui os 3 tipos essenciais:
Texto Descritivo
Texto Narrativo
Texto Dissertativo
Texto Descritivo
O texto descritivo é um tipo de texto que envolve a descrição de algo, seja de um objeto, pessoa,
animal, lugar, acontecimento, e sua intenção é, sobretudo, transmitir para o leitor as impressões e
as qualidades de algo.
Para tanto, alguns aspectos são de suma importância para a elaboração desse tipo textual, desde
as características físicas e/ou psicológicas do que se pretende analisar, a saber: cor, textura,
altura, comprimento, peso, dimensões, função, clima, tempo, vegetação, localização, sensação,
localização, dentre outros.
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Características do texto descritivo
Retrato verbal
Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases
Predomínio de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas
Utilização da enumeração e comparação
Presença de verbos de ligação
Verbos flexionados no presente ou no pretérito (passado)
Emprego de orações coordenadas justapostas
Estrutura Descritiva
Tipos de Descrição
Descrição Objetiva - Nesse caso, o texto procura descrever de forma exata e realista as
características concretas e físicas de algo, sem atribuir juízo de valor, ou impressões subjetivas
do emissor. Exemplos de descrições objetivas são os retratos falados, manuais de instruções,
verbetes de dicionários e enciclopédias.
Exemplos
Descrição Subjetiva
“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta,
bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado,
com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de
perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à
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mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis
miudinhos davam cintilações escarlates.” (O Primo Basílio, Eça de Queiroz)
Descrição Objetiva
"A vítima, Solange dos Santos (22 anos), moradora da cidade de Marília, era magra, alta (1,75),
cabelos pretos e curtos; nariz fino e rosto ligeiramente alongado."
Texto Narrativo
Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num determinado tempo
e espaço.
Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos e
acontecimentos.
Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica e fábula.
Estrutura da Narrativa
Apresentação - Também chamada de introdução, nessa parte inicial o autor do texto apresenta
os personagens, o local e o tempo em que se desenvolverá a trama.
Desenvolvimento - Aqui grande parte da história é desenvolvida com foco nas ações dos
personagens.
Desfecho - Também chamada de conclusão, ele é determinado pela parte final da narrativa,
onde a partir dos acontecimentos, os conflitos vão sendo desenvolvidos.
Elementos da Narrativa
Narrador - É aquele que narra a história. Dividem-se em: narrador observador, narrador
personagem e narrador onisciente.
Personagens - São aqueles que compõem a narrativa sendo classificados em: personagens
principais (protagonista e antagonista) e personagens secundários (adjuvante ou coadjuvante).
Tempo - Está relacionado com a marcação do tempo dentro da narrativa, por exemplo, uma data
ou um momento específico. O tempo pode ser cronológico ou psicológico.
Espaço - Local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num ambiente físico, ambiente
psicológico ou ambiente social.
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Tipos de Narrador
Exemplos de Discurso
Discurso Direto
A desconhecida perguntou:
Todas as manhãs minha mãe aconselhava: “não faça bagunça durante a aula e preste atenção
na matéria”.
A aluna afirmou:
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Discurso Indireto
Todas as noites meu pai pedia que eu fizesse minhas orações antes de dormir.
A esposa nervosa com as mãos na cintura e os pés batendo no chão aguardava-o em casa. Por
que chegou tarde? Apressou-se em respondê-la, disfarçando o hálito alcoólico, dizendo que
estivera em reunião com diretoria. Contudo, ela, percebendo sua intenção, replicou-lhe
ironicamente se houvera sido uma reunião regada a álcool.
Texto Dissertativo
O Texto Dissertativo é um tipo de texto argumentativo e opinativo, uma vez que expõe a
opinião sobre determinado assunto ou tema, por meio de uma argumentação lógica, coerente e
coesa.
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3. Conclusão: O próprio nome já supõe que é necessário concluir o texto. Em outras
palavras, não deixamos um texto sem concluí-lo e, por isso, esse momento é chamado de
"Nova Tese" por ser uma momento de fechamento das ideias, e principalmente da
inserção de uma nova ideia, ou seja, uma "nova tese".
Tipos de Dissertação
Nessa modalidade, a intenção é persuadir o leitor, convencê-lo de sua tese (ideia central) a partir
de coerente argumentação, exemplos, fatos.
Exercícios
1. Narrar
2. Argumentar
3. Expor
4. Descrever
5. Prescrever
( ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de ideias sobre determinado assunto, assim
como explicações, avaliações e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal.
( ) Ato próprio de textos em que se conta um fato, fictício ou não, acontecido num determinado
espaço e tempo, envolvendo personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse tipo
de texto.
( ) Ato próprio de textos em que retrata, de forma objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa,
um objeto etc., com abundância do uso de adjetivos. Não há relação de temporalidade.
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( ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e exposição de ideias, cuja preocupação é
a defesa de um ponto de vista. Sua estrutura básica é: apresentação de ideia principal,
argumentos e conclusão.
a) 3, 5, 1, 2, 4
b) 5, 3, 1, 4, 2
c) 4, 2, 3, 1, 5
d) 5, 3, 4, 1, 2
e) 2, 3, 1, 4, 5
Este artigo não é sobre a pornografia no mundo virtual nem tampouco sobre os riscos de as redes
sociais empobrecerem o relacionamento humano. Trata de um dos aspectos mais festejados da
internet: o empowerment (“empoderamento”, fortalecimento) do cidadão proporcionado pela
grande rede.
É a primeira vez na História em que todos, ou quase todos, podem exercer a sua liberdade de
expressão, escrevendo o que quiserem na internet. De forma instantânea, o que cada um publica
está virtualmente acessível aos cinco continentes. Tal fato, inimaginável décadas atrás, vem
modificando as relações sociais e políticas: diversos governos caíram em virtude da mobilização
virtual, notícias antes censuradas são agora publicadas na rede, etc. Há um novo cenário
democrático mais aberto, mais participativo, mais livre.
E o que pode haver de negativo nisso tudo? A facilidade de conexão com outras pessoas tem
provocado um novo fenômeno social. Com a internet, não é mais necessário conviver (e
conversar) com pessoas que pensam de forma diferente. Com enorme facilidade, posso
encontrar indivíduos “iguais” a mim, por mais minoritária que seja a minha posição.
O risco está em que é muito fácil aderir ao seu clube” e, por comodidade, quase sem perceber, ir
se encerrando nele. Não é infrequente que dentro dos guetos, físicos ou virtuais, ocorra um
processo que desemboca no fanatismo e no extremismo.
Em razão da ausência de diálogo entre posições diversas, o ativismo na internet nem sempre tem
enriquecido o debate público. O empowerment digital é frequentemente utilizado apenas como
um instrumento de pressão, o que é legítimo democraticamente, mas, não raras vezes, cruza a
linha, para se configurar como intimidação, o que já não é tão legítimo assim...
A internet, como espaço de liberdade, não garante por si só a criação de consensos nem o
estabelecimento de uma base comum para o debate.
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Evidencia-se, aqui, um ponto importante. A internet não substitui a imprensa. Pelo contrário, esse
fenômeno dos novos guetos põe em destaque o papel da imprensa no jogo democrático. Ao
selecionar o que se publica, ela acaba sendo um importante moderador do debate público. Aquilo
que muitos poderiam ver como uma limitação é o que torna possível o diálogo, ao criar um
espaço de discussão num contexto de civilidade democrática, no qual o outro lado também é
ouvido.
A racionalidade não dialogada é estreita, já que todos nós temos muitos condicionantes, que
configuram o nosso modo de ver o mundo. Sozinhos, nunca somos totalmente isentos, temos
sempre um determinado viés. Numa época de incertezas sobre o futuro da mídia, aí está um dos
grandes diferenciais de um jornal em relação ao que simplesmente é publicado na rede.
Imprensa e internet não são mundos paralelos: comunicam-se mutuamente, o que é benéfico a
todos. No entanto, seria um empobrecimento democrático para um país se a primeira página de
um jornal fosse simplesmente o reflexo da audiência virtual da noite anterior. Nunca foi tão
necessária uma ponderação serena e coletiva do que será manchete no dia seguinte.
O perigo da internet não está propriamente nela. O risco é considerarmos que, pelo seu sucesso,
todos os outros âmbitos devam seguir a sua mesma lógica, predominantemente quantitativa. O
mundo contemporâneo, cada vez mais intensamente marcado pelo virtual, necessita também de
outros olhares, de outras cores. A internet, mesmo sendo plural, não tem por que se tornar um
monopólio.
Pelas características da organização do discurso, a respeito do texto pode-se afirmar que se trata
de uma:
a) dissertação de caráter expositivo, pois explica, reflete e avalia ideias de modo objetivo, com
intenção de informar ou esclarecer.
c) dissertação de caráter argumentativo, pois faz a defesa de uma tese com base em
argumentos, numa progressão lógica de ideias, com o objetivo de persuasão.
d) descrição, por retratar uma realidade do mundo objetivo a partir de caracterizações, pelo uso
expressivo de adjetivos.
e) expressão injuntiva, por indicar como realizar uma ação, utilizando linguagem simples e
objetiva, com verbos no modo imperativo.
a) Os tipos textuais são caracterizados por propriedades linguísticas, como vocabulário, relações
lógicas, tempos verbais, construções frasais, etc.
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b) Os tipos textuais são: narração, argumentação, descrição, injunção e exposição.
Texto I
“Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina,
diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-
se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes
rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se
ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque (...)”. (Dalton
Trevisan – Uma vela para Dario).
Texto 2
“Era um homem alto, robusto, muito forte, que caminhava lentamente, como se precisasse fazer
esforço para movimentar seu corpo gigantesco. Tinha, em contrapartida, uma cara de menino,
que a expressão alegre acentuava ainda mais.”
Texto 3
Novas tecnologias
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Não mais como aqueles acorrentados na caverna de Platão, somos livres para nos aprisionar, por
espontânea vontade, a esta relação sadomasoquista com as estruturas midiáticas, na qual tanto
controlamos quanto somos controlados.
Texto 4
Modo de preparo:
1. Bata no liquidificador primeiro a cenoura com os ovos e o óleo, acrescente o açúcar e bata
por 5 minutos;
2. Depois, numa tigela ou na batedeira, coloque o restante dos ingredientes, misturando tudo,
menos o fermento;
A tarde estava quente, abafada, ameaçando tempestade. Na sala da sorveteria onde tomávamos
chá, os ventiladores ronronavam, como gatos, refrescando o ambiente. Lufadas ardentes, fortes,
brutais, varreram, lá fora, o asfalto da Avenida. O céu escureceu, de repente, e um trovão estalou,
rolando pelo céu. Nesse momento, as lâmpadas do salão, abertas àquela hora, apagaram-se
todas, ao mesmo tempo em que, dependendo da mesma corrente elétrica, os ventiladores foram,
pouco a pouco, diminuindo a marcha, até que pararam, de todo, como aves que acabam de
chegar de um grande voo.
Sobre a tipologia textual dessa passagem do conto, pode-se dizer a organização predominante é
a) Argumentativa
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b) Descritiva
c) Expositiva
d) Narrativa
e) poética.
e) O enredo é prioritário
“Em linhas gerais a arquitetura brasileira sempre conservou a boa tradição da arquitetura
portuguesa. De Portugal, desde o descobrimento do Brasil, vieram para aqui os fundamentos
típicos da arquitetura colonial. Não se verificou, todavia, uma transplantação integral de gosto e
de estilo, porque as novas condições de vida em clima e terras diferentes impuseram adaptações
e mesmo improvisações que acabariam por dar à do Brasil uma feição um tanto diferente da
arquitetura genuinamente portuguesa ou de feição portuguesa. E como arquitetura portuguesa,
nesse caso, cumpre reconhecer a de característica ou de estilo barroco”.
Pela estrutura geral do texto acima, ele deve ser incluído entre os textos:
a) descritivos
b) narrativos
c) dissertativo-expositivos
d) dissertativo-argumentativos
e) injuntivos.
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Respostas
01 02 03 04 05 06 07
b c d a b e d
É muito importante que esse código seja entendido por todos os intervenientes no processo
comunicativo, podendo ser composto por palavras, gestos, sons, imagens, sinais,…
Linguagem o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. Agora,
a linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos
e imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é verdade?
Linguagem verbal
A linguagem verbal é aquela que faz uso das palavras para comunicar algo. As palavras são
utilizadas tanto na escrita como na oralidade.
As figuras acima nos comunicam sua mensagem através da linguagem verbal (usa palavras para
transmitir a informação).
Texto narrativo
Carta
Diálogo
Entrevista
Reportagem no jornal escrito ou televisionado
Bilhete
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Linguagem não verbal
A linguagem não verbal é aquela que utiliza outros métodos de comunicação, que não são as
palavras. Dentre elas estão a linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a linguagem
corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc.
Essas figuras fazem uso apenas de imagens para comunicar o que representam.
Semáforo
Apito do juiz numa partida de futebol
Cartão vermelho
Cartão amarelo
Dança
Aviso de “não fume” ou de “silêncio”
Bocejo
Identificação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro
Placas de trânsito
A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges e
anúncios publicitários. É a chamada linguagem mista.
A linguagem mista nada mais é do que o uso em simultâneo dos dois tipos de linguagem acima
referidos, ou seja, do uso conjunto de palavras, gestos, imagens, cores,… para estabelecer a
comunicação.
A linguagem mista ocorre quando chamamos uma pessoa e ao mesmo tempo acenamos, quando
dizemos que sim e ao mesmo tempo balançamos a cabeça, quando dizemos não sei e ao mesmo
tempo levantamos os ombros,…
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A figura acima comunica sua mensagem através da linguagem verbal (usa palavras para
transmitir a informação) e também faz uso da imagem para comunicar o que representa.
Exercícios
c) O uso simultâneo das linguagens verbal e não verbal colabora para o entendimento da tirinha.
d) A sequência cronológica dos fatos relatados nas imagens não influencia na compreensão da
tirinha.
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02 - Sobre as linguagens verbal e não verbal, é INCORRETO afirmar que:
a) A linguagem verbal utiliza qualquer código para se expressar, enquanto a linguagem não
verbal faz uso apenas da língua escrita.
b) São utilizadas para criar atos de comunicação que nos permitem dizer algo.
c) A linguagem não verbal é aquela que utiliza qualquer código que não seja a palavra, enquanto
a linguagem verbal utiliza a língua, seja oral ou escrita, para estabelecer comunicação.
d) Linguagem verbal e não verbal, quando simultâneas, colaboram para o entendimento do texto.
Respostas
01 02
c a
Funções da linguagem
Neste texto, iremos tratar das Funções da Linguagem, um conteúdo muito relevante na área
da Interpretação de Textos.
Aprender sobre este conteúdo irá te ajudar a se sair bem em atividades e avaliações de
Português nos concursos, já que é uma matéria super importante que é vista desde o Ensino
Fundamental até o Ensino Médio.
Os elementos da comunicação
No nosso cotidiano, quando realizamos um diálogo, uma conversa, uma leitura ou escrita,
estamos em uma comunicação (que também pode ser chamada de “processo comunicativo”,
“ato comunicativo” ou “cena comunicativa”).
Nestes processos de comunicação, podemos identificar alguns elementos que sempre estão
presentes. São eles:
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Contexto/Referente - a situação à qual a mensagem se refere.
Transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz
comentários, nem avaliação.
O enfoque dos textos dessa natureza é no contexto, e isso tem como objetivo transmitir ao
receptor dados da realidade de uma forma objetiva e direta.
Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos,
didáticos ou em correspondências comerciais.
Exemplo:
“Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O Popular, 16 out. 2008.
R$ 110,20, R$ 104,70 ou R$ 99,75. Um desses será o novo valor do benefício máximo do Bolsa
Família. As três cifras estão em estudo pela equipe econômica do governo. Desde que foi criado,
em outubro de 2003, o benefício não foi reajustado. As três opções de reajuste levam em
consideração índices distintos. O valor chegaria a R$110,20 se o governo decidisse corrigir o
benefício pela inflação acumulada até o mês passado.
(O Globo, 07/01/2007)
Notícia
Reportagem
Textos acadêmicos
Relatório
O objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto
de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na
primeira pessoa.
Essa função da linguagem pode ser identificada quando o texto está focado no emissor da
mensagem. Predominantemente textos que possuem essa função destacam a expressão de
sentimentos, emoções, e opiniões do autor.
Exemplo:
“Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do bigode é sério, simples e
forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.”
(Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade)
A primeira presença em meu aprendizado escolar que me causou impacto, e causa até hoje, foi
uma jovem professorinha. É claro que eu uso esse termo, professorinha, com muito afeto.
Chamava-se Eunice Vasconcelos, e foi com ela que eu aprendi a fazer o que ela chamava de
“sentenças”.[…]
Algumas características são normalmente encontradas nos textos com essa função:
Linguagem expressiva
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O uso da primeira pessoa gramatical
Uso de adjetivações
Sinais de pontuação expressivos (exclamação e reticências).
Poema
Diário
Relato Pessoal
Narrativas em 1ª pessoa
O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de
vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função).
Nesta função da linguagem, o foco está no receptor da mensagem. Dessa forma, a intenção do
emissor é convencer, persuadir, envolver o destinatário da mensagem com o objetivo de
influenciar o destinatário.
Exemplo:
Presença de vocativo
Uso de segunda pessoa do discurso
Uso de verbos no imperativo
Interlocução
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Gêneros textuais em que a função emotiva é predominante:
Textos publicitários
Artigo de Opinião
Editorial
Carta Argumentativa
Função metalinguística
Em textos em que se manifesta essa função, o enfoque é dado ao código. Observamos isso
quando a mensagem tem por tema o próprio código ou quando o código é explicado por si
mesmo na mensagem. Podemos perceber na poesia a comparação do ato de catar feijão ao de
escrever. Observe que o eu-lírico escreve um poema cuja temática é a própria arte da escrita.
Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor explica um código usando o
próprio código. Quando um poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo.
Veja:
“Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.”
Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para
explicar o próprio ato de fazer um poema.
Verbete de dicionário
Poema
Arte (como em uma pintura ou fotografia)
Exemplo:
Função fática
O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor, um contato para verificar se a
mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa.
Está focada no canal por onde a comunicação ocorre. Tem o objetivo de testar o canal para
iniciar, prolongar ou terminar o processo comunicativo. Possui, ainda, a intenção de manter um
ambiente de relacionamento amistoso e favorável.
É muito presente em conversas telefônicas, com expressões como “alô”, “está me ouvindo”, ou
pessoais, com o uso de “uhum”, “sei..”, “ahan”. Também pode ser notada no contexto virtual atual
com o uso de emojis.
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”,
estamos utilizando este tipo de função ou quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.
Exemplo:
– Tudo bem, eu vou indo correndo pegar meu lugar no futuro, e você?
– Quanto tempo…
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Função poética
O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que podem ser enfatizados
por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas
possibilidades de combinações dos signos linguísticos. É presente em textos literários,
publicitários e em letras de música.
Exemplo:
Negócio/ego/ócio/cio/0
Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma combinação de
palavras que passa a ideia do dia a dia de um banqueiro, de acordo com o poeta.
(Fernando Pessoa)
(Cecília Meireles)
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Algumas características são normalmente encontradas nos textos com essa função:
Vocabulário conotativo
Ritmo
Rima
Figuras de linguagem
Poemas
Narrativas poéticas
Letras de músicas
Exercícios
01 - Relacione:
1) Mensagem
2) Código
3) Canal
4) Contexto
a) 3 - 4 - 1 - 2
b) 1 – 2 - 4 - 3
c) 3 - 1 - 4 - 2
d) 2 - 4 - 1 - 3
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02 - A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, divide-se em
unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um
lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro
dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações.
DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
a) Código
b) Canal
c) Mensagem
d) Receptor
05 - Qual a função da linguagem presente na frase: “Ligue agora! Não perca esta oportunidade!”
a) Função expressiva
b) Função apelativa
c) Função metalinguística
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d) Função fática
Respostas
01 02 03 04 05
c e c a b
Variedades linguísticas
A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade
de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos
relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são basicamente
dois: O nível de formalidade e o de informalidade.
Quanto ao nível informal, este por sua vez representa a linguagem do dia a dia, das conversas
informais que temos com amigos, familiares etc.
As variações que distinguem uma variante de outra se manifestam em quatro planos distintos, a
saber: fônico, morfológico, sintático e lexical.
Variações Fônicas
A queda do “r” final dos verbos, muito comum na linguagem oral no português: falá, vendê,
curti (em vez de curtir), compô.
O acréscimo de vogal no início de certas palavras: eu me alembro, o pássaro avoa, formas
comuns na linguagem clássica, hoje frequentes na fala caipira.
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A queda de sons no início de palavras: ocê, cê, ta, tava, marelo (amarelo), margoso
(amargoso), características na linguagem oral coloquial.
A redução de proparoxítonas a paroxítonas: Petrópis (Petrópolis), fórfi (fósforo), porva
(pólvora), todas elas formas típicas de pessoas de baixa condição social.
A pronúncia do “l” final de sílaba como “u” (na maioria das regiões do Brasil) ou como “l”
(em certas regiões do Rio Grande do Sul e Santa Catarina) ou ainda como “r” (na
linguagem caipira): quintau, quintar, quintal; pastéu, paster, pastel; faróu, farór, farol.
Deslocamento do “r” no interior da sílaba: largato, preguntar, estrupo, cardeneta, típicos de
pessoas de baixa condição social.
Variações Morfológicas
São as que ocorrem nas formas constituintes da palavra. Nesse domínio, as diferenças entre as
variantes não são tão numerosas quanto as de natureza fônica, mas não são desprezíveis.
São as que ocorrem nas formas constituintes da palavra. Nesse domínio, as diferenças entre as
variantes não são tão numerosas quanto as de natureza fônica, mas não são desprezíveis. Como
exemplos, podemos citar:
O uso do prefixo hiper- em vez do sufixo -íssimo para criar o superlativo de adjetivos,
recurso muito característico da linguagem jovem urbana: um cara hiper-humano (em vez
de humaníssimo), uma prova hiperdifícil (em vez de dificílima), um carro hiperpossante (em
vez de possantíssimo).
A conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos regulares: ele interviu (interveio), se
ele manter (mantiver), se ele ver (vir) o recado, quando ele repor (repuser).
A conjugação de verbos regulares pelo modelo de irregulares: vareia (varia), negoceia
(negocia).
Uso de substantivos masculinos como femininos ou viceversa: duzentas gramas de
presunto (duzentos), a champanha (o champanha), tive muita dó dela (muito dó, mistura
do cal / da cal).
A omissão do “s” como marca de plural de substantivos e adjetivos (típicos do falar
paulistano): os amigo e as amiga, os livro indicado, as noite fria, os caso mais comum.
O enfraquecimento do uso do modo subjuntivo: Espero que o Brasil reflete (reflita) sobre o
que aconteceu nas últimas eleições; Se eu estava (estivesse) lá, não deixava acontecer;
Não é possível que ele esforçou (tenha se esforçado) mais que eu.
Variações Sintáticas
O uso de pronomes do caso reto com outra função que não a de sujeito: encontrei ele (em
vez de encontrei-o) na rua; não irão sem você e eu (em vez de mim); nada houve entre tu
(em vez de ti) e ele.
O uso do pronome lhe como objeto direto: não lhe (em vez de “o”) convidei; eu lhe (em vez
de “o”) vi ontem.
a ausência da preposição adequada antes do pronome relativo em função de complemento
verbal: são pessoas que (em vez de: de que) eu gosto muito; este é o melhor filme que
(em vez de a que) eu assisti; você é a pessoa que (em vez de em que) eu mais confio.
A substituição do pronome relativo “cujo” pelo pronome “que” no início da frase mais a
combinação da preposição “de” com o pronome “ele” (=dele): É um amigo que eu já
conhecia a família dele (em vez de cuja família eu já conhecia).
A mistura de tratamento entre tu e você, sobretudo quando se trata de verbos no
imperativo: Entra, que eu quero falar com você (em vez de contigo); Fala baixo que a sua
(em vez de tua) voz me irrita.
Ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles chegou tarde (em grupos de baixa
extração social); Faltou naquela semana muitos alunos; Comentou-se os episódios.
Variações Léxicas
A escolha do adjetivo maior em vez do advérbio muito para formar o grau superlativo dos
adjetivos, características da linguagem jovem de alguns centros urbanos: maior legal;
maior difícil; Esse amigo é um carinha maior esforçado.
As diferenças lexicais entre Brasil e Portugal são tantas e, às vezes, tão surpreendentes,
que têm sido objeto de piada de lado a lado do Oceano. Em Portugal chamam de cueca
aquilo que no Brasil chamamos de calcinha; o que chamamos de fila no Brasil, em Portugal
chamam de bicha; café da manhã em Portugal se diz pequeno almoço; camisola em
Portugal traduz o mesmo que chamamos de suéter, malha, camiseta.
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Designações das Variantes Lexicais
- Arcaísmo: diz-se de palavras que já caíram de uso e, por isso, denunciam uma linguagem já
ultrapassada e envelhecida. É o caso de reclame, em vez de anúncio publicitário; na década de
60, o rapaz chamava a namorada de broto (hoje se diz gatinha ou forma semelhante), e um
homem bonito era um pão; na linguagem antiga, médico era designado pelo nome físico; um
bobalhão era chamado de coió ou bocó; em vez de refrigerante usava-se gasosa; algo muito
bom, de qualidade excelente, era supimpa.
Estrangeirismo: trata-se do emprego de palavras emprestadas de outra língua, que ainda não
foram aportuguesadas, preservando a forma de origem. Nesse caso, há muitas expressões
latinas, sobretudo da linguagem jurídica, tais como: habeas-corpus (literalmente, “tenhas o corpo”
ou, mais livremente, “estejas em liberdade”), ipso facto (“pelo próprio fato de”, “por isso mesmo”),
ipsis litteris (textualmente, “com as mesmas letras”), grosso modo (“de modo grosseiro”,
“impreciso”), sic (“assim, como está escrito”), data venia (“com sua permissão”).
As palavras de origem inglesas são inúmeras: insight (compreensão repentina de algo, uma
percepção súbita), feeling (“sensibilidade”, capacidade de percepção), briefing (conjunto de
informações básicas), jingle (mensagem publicitária em forma de música).
Do francês, hoje são poucos os estrangeirismos que ainda não se aportuguesaram, mas há
ocorrências: hors-concours (“fora de concurso”, sem concorrer a prêmios), tête-à-tête (palestra
particular entre duas pessoas), esprit de corps (“espírito de corpo”, corporativismo), menu
(cardápio), à la carte (cardápio “à escolha do freguês”), physique du rôle (aparência adequada à
caracterização de um personagem).
Gíria: é o vocabulário especial de um grupo que não deseja ser entendido por outros grupos ou
que pretende marcar sua identidade por meio da linguagem. Existe a gíria de grupos
marginalizados, de grupos jovens e de segmentos sociais de contestação, sobretudo quando
falam de atividades proibidas. A lista de gírias é numerosíssima em qualquer língua: ralado (no
sentido de afetado por algum prejuízo ou má-sorte), ir pro brejo (ser malsucedido, fracassar,
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prejudicarse irremediavelmente), cara ou cabra (indivíduo, pessoa), bicha (homossexual
masculino), levar um lero (conversar).
Preciosismo: diz-se que é preciosista um léxico excessivamente erudito, muito raro, afetado:
Escoimar (em vez de corrigir); procrastinar (em vez de adiar); discrepar (em vez de discordar);
cinesíforo (em vez de motorista); obnubilar (em vez de obscurecer ou embaçar); conúbio (em vez
de casamento); chufa (em vez de caçoada, troça).
Tipos de Variação
Não tem sido fácil para os estudiosos encontrar para as variantes linguísticas um sistema de
classificação que seja simples e, ao mesmo tempo, capaz de dar conta de todas as diferenças
que caracterizam os múltiplos modos de falar dentro de uma comunidade linguística. O principal
problema é que os critérios adotados, muitas vezes, se superpõem, em vez de atuarem
isoladamente.
As variações mais importantes, para o interesse do concurso público, são a histórica, a geográfica
ou regional, a social/cultural e a de situacional.
Variação Histórica - Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. A língua é dinâmica, e
por isso é comum que ao longo do tempo ela sofra variação e deixe de usar e ou incorpore
algumas palavras.
Como por exemplo, a palavra “Você”, que antes era vosmecê e que agora, diante da linguagem
reduzida no meio eletrônico, é apenas VC. O mesmo acontece com as palavras escritas com PH,
como era o caso de pharmácia, agora, farmácia.
A variação geográfica, além de ocorrer na pronúncia, pode também ser percebida no vocabulário,
em certas estruturas de frases e nos sentidos diferentes que algumas palavras podem assumir
em diferentes regiões do país.
Exemplo: A palavra mandioca em certas regiões é tratada por macaxeira e abóbora é conhecida
como jerimum.
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Leia também como exemplo de variação geográfica, o trecho abaixo, em que Guimarães Rosa,
no conto “São Marcos”, recria a fala de um típico sertanejo do centro-norte de Minas:
“__ Mas você tem medo dele... [de um feiticeiro chamado Mangolô!].
__ Há-de-o!... Agora, abusar e arrastar mala, não faço. Não faço, porque não paga a pena... De
primeiro, quando eu era moço, isso sim!... Já fui gente. Para ganhar aposta, já fui, de noite, foras
d’hora, em cemitério... (...). Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito, gosta de se
comparecer. Hoje, não, estou percurando é sossego...”
Variação Social/Cultural – É o tipo de linguagem utilizada por determinado grupo social, que por
preferências, atividades e ou nível socioeconômico adota um linguajar próprio. Podemos
exemplificar com os grupos de profissionais como surfistas, tatuadores, médicos, advogados,
dentre outros.
Exemplos:
Prefiro freestyle.
O gringo tem um carrinho irado.
O silk do skate tá insano.
Variação Situacional – Ocorre de acordo com o contexto ou situação em que decorre o processo
comunicativo. Há momentos em que é utilizado um registro formal e outros em que é utilizado um
registro informal.
Exemplo:
Linguagem formal, considerada mais prestigiada e culta, usada quando não há familiaridade entre
os interlocutores da comunicação ou em situações que requerem uma maior seriedade.
Linguagem informal, considerada menos prestigiada e culta, usada quando há familiaridade entre
os interlocutores da comunicação ou em situações descontraídas.
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Rola um cinema hoje?
Cadê Pedro? Cê viu ele?
O preconceito linguístico surge porque nem todas as variações linguísticas usufruem do mesmo
prestígio. Algumas são consideradas superiores, mais corretas e cultas e outras são
consideradas menos cultas ou mesmo incorretas.
Preconceito linguístico ocorre sempre que uma determinada variedade é referida com um tom
pejorativo e depreciativo, estando associada a situações de deboche ou até de violência, o que
contribui para a exclusão social de diversos indivíduos e grupos.
Exercícios
Contudo, a divergência está no fato de existirem pessoas que possuem um grau de escolaridade
mais elevado e com um poder aquisitivo maior que consideram um determinado modo de falar
como o “correto”, não levando em consideração essas variações que ocorrem na língua. Porém, o
senso linguístico diz que não há variação superior à outra, e isso acontece pelo “fato de no Brasil
o português ser a língua da imensa maioria da população não implica automaticamente que esse
português seja um bloco compacto coeso e homogêneo”. (BAGNO, 1999, p. 18)
a) A língua deve ser preservada e utilizada como um instrumento de opressão. Quem estudou
mais define os padrões linguísticos, analisando assim o que é correto e o que deve ser evitado na
língua.
b) As variações linguísticas são próprias da língua e estão alicerçadas nas diversas intenções
comunicacionais.
d) O aprendizado da língua portuguesa não deve estar restrito ao ensino das regras.
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e) Segundo Bagno, não podemos afirmar que exista um tipo de variante que possa ser
considerada superior à outra, já que todas possuem funções dentro de um determinado grupo
social.
Não se conformou: devia haver engano. (…) Com certeza havia um erro no papel do banco. Não
se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco,
entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca
arranjar carta de alforria? O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro
fosse procurar serviço noutra fazenda. Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem.
Não era preciso barulho não.
b) diversidade técnica.
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c) descoberta geográfica.
d) apropriação religiosa.
e) contraste cultural.
Eu e o sertão
Sobre o fragmento do texto “Eu e o sertão”, coloque V para as proposições verdadeiras, e F para
as Falsas.
( ) O registro dos vocábulos presentes nos versos apontam para a variedade linguística de grupos
que habitam determinada região brasileira.
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( ) No texto, predomina a valorização da linguagem coloquial, ou seja, aquela usada de modo
informal, desrespeitando o padrão culto da língua, este considerado como o único aceitável
dentro do recurso estilístico utilizado na linguagem poética.
a) V, F, V, V e F
b) V, V, V, V e F
c) F, V, F, V e F
d) V, V, F, F e V
e) F, V, V, F e V
1 - Uma característica de todas as línguas do mundo é que elas não são unas, não são
uniformes, apresentando variedades.
2 - As línguas mostram formas variadas, entre outras razões, porque a sociedade é dividida em
grupos sociais.
5 - Variantes diafásicas são as que mostram diferenças de uma região para outra.
a) 1 – 4 – 5
b) 1 – 2 – 3 – 4 – 5
c) 1 – 2 – 3 – 5
d) 1 – 2 – 4
e) 2 – 3 – 4
Respostas
01 02 03 04 05
a a a a d
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Tipos de discurso
Discurso é a prática humana de construir textos, sejam eles escritos ou orais. Sendo assim, todo
discurso é uma prática social. A análise de um discurso deve, portanto, considerar o contexto em
que se encontra, assim como as personagens e as condições de produção do texto.
Discurso direto;
Discurso indireto; e
Discurso indireto livre.
Não necessariamente estes três discursos estão separados, eles podem aparecer juntos em um
texto. Dependerá de quem o produziu.
Discurso Direto: Neste tipo de discurso as personagens ganham voz. É o que ocorre
normalmente em diálogos. Isso permite que traços da fala e da personalidade das personagens
sejam destacados e expostos no texto.
O discurso direto reproduz fielmente as falas das personagens. Verbos como dizer, falar,
perguntar, entre outros, servem para que as falas das personagens sejam introduzidas e elas
ganhem vida, como em uma peça teatral.
Travessões, dois pontos, aspas e exclamações são muito comuns durante a reprodução das
falas.
Ex.
“O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá na língua dele - Chente!
que vida dura esta de guaxinim do banhado!...”
Discurso Indireto: O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das personagens. É
escrito normalmente em terceira pessoa. Nesse caso, o narrador se utiliza de palavras suas para
reproduzir aquilo que foi dito pela personagem.
Ex.
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“Fora preso pela manhã, logo ao erguer-se da cama, e, pelo cálculo aproximado do tempo, pois
estava sem relógio e mesmo se o tivesse não poderia consultá-la à fraca luz da masmorra,
imaginava podiam ser onze horas.” (Lima Barreto)
Discurso Indireto Livre: Há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto), ou seja, há
intervenções do narrador bem como da fala dos personagens.
O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta a história, mas as personagens têm voz
própria, de acordo com a necessidade do autor de fazê-lo. Sendo assim é uma mistura dos outros
dois tipos de discurso e as duas vozes se fundem.
Ex.
“Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respiração presa. Já nem podia
mais. Estava desanimado. Que pena! Houve um momento em que esteve quase... quase!”
“D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando defeitos no
próximo? Eram todos irmãos. Irmãos.” (Graciliano Ramos)
O despertador tocou um pouco mais cedo. Vamos lá, eu sei que consigo!
Exercícios
a) No discurso indireto, o narrador utiliza suas próprias palavras para reproduzir a fala de um
personagem.
c) Normalmente é escrito na terceira pessoa. As falas são iniciadas com o sujeito, mais o verbo
de elocução seguido da fala da personagem.
d) No discurso indireto as personagens são conhecidas através de seu próprio discurso, ou seja,
através de suas próprias palavras.
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02 - Faça a associação entre os tipos de discurso e assinale a sequência correta.
3. Tipo de discurso misto no qual são associadas as características de dois discursos para a
produção de outro. Nele a fala da personagem é inserida de maneira discreta no discurso
do narrador.
( ) discurso indireto
( ) discurso direto
a) 3, 2 e 1.
b) 2, 3 e 1.
c) 1, 2 e 3.
d) 3, 1 e 2.
Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano resmungou, franziu a testa, achando a frase extravagante.
Aves matarem bois e cabras, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela
estivesse tresvariando.
(Graciliano Ramos, Vidas secas)
Uma das características do estilo de Vidas Secas é o uso do discurso indireto livre, que ocorre no
trecho:
b) “Fabiano resmungou”.
c) “franziu a testa”.
d) “que lembrança”.
e) “olhou a mulher”.
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04 - Assinale a alternativa em que ocorra discurso indireto.
b) Já era tarde. O ruído dos grilos não era suficiente para abafar os passos de Delfino. Estaria ele
armado? Certamente estaria. Era necessário ter cautela.
"Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos pela campina, achou-se isolado. Sozinho
num mundo coberto de penas, de aves que iam comê-lo. Pensou na mulher e suspirou. Coitada
de Sinhá Vitória, novamente nos descampados, transportando o baú de folha."
O narrador desse texto mistura-se de tal forma à personagem que dá a impressão de que não há
diferença entre eles. A personagem fala misturada à narração. Esse discurso é chamado:
b) discurso direto
c) discurso indireto
e) discurso do personagem
Respostas
01 02 03 04 05
d b d a a
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Acentuação gráfica
Acentos gráficos
A sílaba tônica pode ser indicada, na escrita, por um sinal sobre a vogal: sábia. Esse sinal,
inclinado para a direita (´), indica que a tônica tem som aberto e recebe o nome de acento
agudo. Se a sílaba tônica é fechada, temos o acento circunflexo (^): avô. O acento grave,
inclinado para a esquerda (`), possui outra função, que é assinalar uma fusão, a crase.
O acento gráfico é apenas um sinal de escrita e não deve ser confundido com o acento tônico.
O acento tônico tem maior intensidade de voz apresentada por uma sílaba quando pronunciamos
determinadas palavras:
As sílabas que formam cada uma das palavras destacadas são pronunciadas com maior ou
menor intensidade.
sá bi a
sa bi a
sa bi á
A sílaba em destaque em cada um dos exemplos é pronunciada com maior força em relação às
outras. É nela que recai o acento tônico, sendo, portanto, chamada sílaba tônica. As sílabas
restantes recebem o nome de sílabas átonas.
Acento agudo (´) – colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e sobre o “e” do grupo “em” -
indica que estas letras representam as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí,
público, parabéns.
Acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade,
timbre fechado. Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs
Acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos e pronomes. Ex.: à – às –
àquelas – àqueles
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Trema (¨) – de acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das palavras. Há uma
exceção: é utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.:
mülleriano (de Müller)
Til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais nasais. Ex.: coração – melão –
órgão – ímã
Acentuação tônica
A acentuação tônica refere-se à intensidade em que são pronunciadas as sílabas das palavras.
Aquela que é pronunciada de forma mais acentuada é a sílaba tônica. As demais, como são
pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas.
Em relação ao acento tônico, é possível observar que o mesmo pode recair na última, na
penúltima ou na antepenúltima sílaba.
Oxítonas: são aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba.
As palavras de apenas uma sílaba também podem ser pronunciadas com maior ou menor
intensidade de voz:
Para identificar se um monossílabo é tônico ou átono, é preciso pronunciá-lo numa frase. Mesmo
sem o acento, se a pronuncia for mais forte, é tônico, se for mais fraca, átono.
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Hiatos, ditongos e tritongos
A sequência de fonemas vocálicos numa palavra dá-se o nome de encontro vocálico. Este pode
ser hiato, ditongo ou tritongo.
Hiato - é a sequência de vogal com vogal em sílabas separadas: po-e-ta; sa-ú-de; ca-í-da.
Ditongo - é a sequência de vogal com semivogal (decrescente) ou semivogal com vogal
(crescente) na mesma sílaba: vai-da-de; can-tei, ár-duo.
Tritongo - é a sequência de semivogal com vogal e outra semivogal na mesma sílaba: em-
xa-guei; i-guais; a-guou
Regras de acentuação
Monossílabos tônicos
Logo, não se acentuam monossílabos tônicos como: tu, nus, quis, noz, vez, par...
Os monossílabos tônicos formados por ditongos abertos éi (s), éu (s), ói (s) recebem o
acento:
No caso dos verbos monossilábicos terminados em “-ê”, em que a terceira pessoa do plural
termina em “-eem”, forma verbal que antes era acentuada, agora, por conta do novo acordo
ortográfico não leva acento.
Assim:
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Ele lê – Eles leem
No entanto, isso não ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, uma vez que a
terceira pessoa termina em “-êm”, permanecendo acentuada. Logo:
Oxítonas
Observação:
Sendo assim, não se acentuam oxítonos como: saci(s), tatu(s), talvez, tambor e etc.
Paroxítonas
→ i, is
→l
→n
→r
→ x, ps
Ex.: ímã – ímãs – órfã - órfãs - órfão – órgãos – sótão – sótãos – bênção – bênçãos
→ guam ou guem.
Obs.: essa última regra tem uma exceção: quando as vogais I e U vierem seguidas de nh.
Ex.: ra-i-nha
Observação: De acordo com a nova ortografia, os ditongos terminados em –ei e –oi não são mais
acentuados.
Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Repare que essa palavra apresenta as terminações das
paroxítonas que são acentuadas: L,I, N, U (aqui inclua UM), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a
memorização!
Proparoxítonos
Ex.: matemática, lâmpada, quilômetro médico, álibi, ômega, analítico, hipérbole, cólica, jurídico,
etc.
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Hiatos
Exemplo: caí (ca-í), saí (sa-í) país (pa-ís), baú (ba-ú) e etc.
Quando o –i é seguido de –nh, não recebe acento: rainha, bainha, moinho etc.
Hiatos formados por –ee e –oo não devem ser acentuados: creem, deem, leem, magoo, enjoo e
etc.
Acento diferencial
O acento diferencial é usado para diferenciar palavras que têm a mesma escrita. foi eliminado na
última reforma ortográfica, em 2008. Assim, apenas as palavras seguintes devem receber acento:
Casos particulares
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Trema
Regras especiais:
→ Os ditongos de pronúncia aberta "ei", "oi", que antes eram acentuados, perderam o acento
com o Novo Acordo. Veja na tabela a seguir alguns exemplos:
ANTES AGORA
Assembléia Assembleia
Idéia Ideia
Geléia Geleia
Jibóia Jiboia
Apóia (verbo apoiar) Apoia
Paranóico Paranoico
Clarabóia Claraboia
Espermatozóide Espermatozoide
Andróide Androide
Paranóia Paranoia
→ Quando "i" e "u" tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acompanhados ou não de "s",
desde que não sejam seguidos por "-nh", haverá acento:
Observação importante:
→ Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos formando hiato quando vierem depois de
ditongo:
ANTES DEPOIS
Bocaiúva Bocaiuva
Feiúra Feiura
Sauípe Sauipe
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→ O acento pertencente aos hiatos “oo” e “ee” foi abolido.
ANTES DEPOIS
crêem creem
lêem leem
vôo voo
enjôo enjoo
→ Não se acentuam as vogais "i" e "u" dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica:
→ As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz com "u" tônico precedido de "g" ou
"q" e seguido de "e" ou "i" não serão mais acentuadas.
ANTES DEPOIS
apazigúe (apaziguar) apazigue
averigúe (averiguar) averigue
argúi (arguir) argui
→ Acentua-se a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir e dos seus
compostos (conter, reter, advir, convir etc.).
ANTES DEPOIS
ele tem eles têm
ele vem eles vêm
ele contém eles contêm
ele obtém eles obtêm
ele retém eles retêm
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do modo indicativo)
ainda continua sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa do singular
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do presente do indicativo). O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciá-lo da
preposição por.
Exercícios
02 - Assinale a alternativa que tenha palavras com a mesma regra de acentuação da palavra
"réis":
a) Todas as palavras são terminadas em vogais, por isso devem ser acentuadas.
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04 - Identifique a alternativa onde todas as palavras seguem a mesma regra de acentuação.
Respostas
01 02 03 04 05
b d b b b
Ortografia
Ortografia é o sistema no qual a escrita das palavras está convencionalizada. Graças a ela, a
grafia dos vocábulos é preservada e sistematizada.
A ortografia é importante porque prescreve regras e usos, já que não há identidade perfeita entre
os fonemas, pois fonemas semelhantes podem ser representados por grafemas diferentes.
Ortografia significa “ação de escrever direito”. O fato é que escrever direito demanda muito
estudo e dedicação, e aprender a escrever é um processo contínuo, que será vivenciado ao longo
de nossas vidas. Portanto, conhecer as regras que regem a ortografia de nossa língua significa
maior probabilidade de proficiência na modalidade escrita.
O Alfabeto
A escrita é possível graças aos sinais gráficos ordenados que transcrevem os sons da linguagem.
Na nossa cultura, esses sinais são as letras, cujo conjunto é chamado de alfabeto.
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A língua portuguesa tem 26 letras, três das quais são usadas em casos especiais: K, W e Y.
A–B–C–D–E–F–G–H–I–J–K–L–M–N–O–P–Q–R–S–T–U–V–W–X–
Y – Z.
Cada letra apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja a seguir as letras do alfabeto
em maiúscula e minúscula e como se lê corretamente:
a A (á) j J (jota)
s S (esse)
b B (bê) k K (cá)
t T (tê)
c C (cê) l L (ele)
u U (u)
d D (dê) m M (eme)
v V (vê)
e E (é) n N (ene)
w W (dáblio)
f F (efe) o O (ó)
x X (xis)
g G (gê ou guê) p P (pê)
y Y (ípsilon)
h H (agá) q Q (quê)
z Z (zê)
i I (i) r R (erre)
Obs.: emprega-se também o ç, que representa o fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em
determinadas palavras.
Uso do H
A letra h, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. O h é uma letra que se mantém em
algumas palavras em decorrência da etimologia ou da tradição escrita do nosso idioma. Algumas
regras, quanto ao seu emprego devem ser observadas:
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→ Emprega-se o h no final e inicial de algumas interjeições.
Nos vocábulos compostos em que o segundo elemento com h se une por hífen ao
primeiro. Ex.: super-homem, pré-história, anti-higiênico, pré-histórico.
Quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh. Ex.: Chuva, palha, passarinho,.
Exceção: A palavra Bahia quando se refere ao estado é uma exceção. O acidente geográfico
"baía" é grafado sem h.
Obs.: Os vocábulos erva, Espanha e inverno não iniciam com a letra “h”. No entanto, seus
derivados eruditos sempre são grafados com h, como por exemplo: herbívoro, hispânico, hibernal.
Escreve-se com H:
Hábito
Hesitar
Homologar
Horácio.
Flecha
Telha
Companhia
Uso do S
Nos adjetivos terminados pelos sufixos –oso /-osa que indicam grande quantidade, estado
ou circunstância: bondoso, feiosa, oleoso, delicioso, gelatinosa.
Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título, estado social ou profissão: marquês,
francesa, poetisa, burguês, burguesa, chinês, chinesa, inglês, inglesa, milanês, milanesa.
Nos sufixo -ense formador de adjetivos: catarinense, palmeirense.
Nos sufixos gregos –esse: catequese, diocese
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Depois de ditongos: coisa, maisena, lousa, Neusa. Pouso náusea
Na conjugação dos verbos pôr e querer e seus compostos: pôs, quis, quiseram, puser,
repusesse.
Nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com s: (análise: analisar, analisado),
(pesquisa: pesquisar, pesquisado), (catálise, catalisador), (casa, casinha, casebre), (liso,
alisar).
Em nomes próprios personativos: Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende,
Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás.
Escreve-se com S
Uso do Z
Nos sufixos –ez /-eza que formam substantivos a partir de adjetivos: magro - magreza,
belo - beleza, grande – grandeza, rígido – rigidez, rico – riqueza, inválido – invalidez, limpo
– limpeza, macio – maciez / rígido, frio – frieza, nobre – nobreza, pobre – pobreza, surdo –
surdez.
No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, batizar, hospitalizar.
No sufixo –ização que forma substantivo: hospitalização, civilização, realização.
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nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com z: (cruz: cruzeiro, cruzada), (deslize:
deslizar, deslizante), (razão: razoável), (vazio: esvaziar), (raiz: enraizar, enraizado), (cruz:
cruzeiro).
Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: cafezal, cafezeiro, cafezinho,
arvorezinha, cãozito, avezita.
Obs.: Em muitas palavras, a letra X soa como Z. Exemplo: exame, exato, exausto, exemplo,
existir, exótico, inexorável.
Escreve-se com Z
Uso do X
Geralmente, depois dos ditongos: caixa, deixa, peixe, feixe, trouxa. Exceção: recauchutar e
seus derivados.
Depois da sílaba -me: mexer, mexido, mexicano, mexilhão, mexerica. Exceção: mecha.
Palavras com origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas: xará,
xavante, xingar, xangô, xampu, xerife, abacaxi, orixá, xará.
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Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada, enxame. enxurrada, enxaqueca Exceção:
palavras iniciadas por "ch" que recebem o prefixo "en-" Exemplos: encharcar (de charco),
enchiqueirar (de chiqueiro).
Exceções:
Escreve-se com X
Uso do CH
Escreve-se com CH
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Exercícios
a) algoz
b) traz (verbo)
c) assaz
d) aniz
e) giz
a) z - z - s – s
b) z - s - z – z
c) s - z - s - s
d) s - s - z - s
e) z - z - s – z
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e) sucintas - apezar - dificeis
Respostas
01 02 03 04 05
d a a a c
Uso do G
Nas palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: presságio, régio, litígio,
relógio, refúgio..
Nos substantivos que terminem em -gem: alavancagem, vagem, viagem, lavagem.
Exceção: pajem
Em palavras derivadas de outras que já apresentam “G”. Exemplos: engessar (de gesso),
massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem).
Escreve-se com G
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Uso do J
Escreve-se com J
Importante:
3. A cidade Mogi das Cruzes escreve-se com g. A pessoa que nasce ou que vive é chamada
de "mogiano". No entanto, a palavra "mojiano" existe e, de acordo com o
dicionário Michaelis significa "Relativo ou pertencente à região que era servida pela antiga
Estrada de Ferro Mojiana (de São Paulo a Minas Gerais)."
Uso do SS
A língua portuguesa tem várias palavras com SS. Segundo as regras fonéticas e ortográficas da
língua portuguesa, quando a consoante s aparece no meio das palavras em posição intervocálica,
ou seja, entre duas vogais, assume a pronúncia z: casa, desânimo, liso, etc.
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Para que se mantenha a pronúncia s no meio das palavras, entre vogais, é necessário que se
duplique a consoante s, ficando ss, como em pássaro, missa, massa, etc.
Verbos que terminam em primir, ceder, mitir, gredir, meter e cutir costumam formar substantivos
escritos com SS. Exemplos:
Terminação primir
Imprimir – Impressão;
Reprimir – Repressão;
Deprimir – Depressão.
Terminação em ceder
Conceder – Concessão;
Exceder – Excesso;
Proceder – processo.
Terminação em mitir
Permitir – Permissão;
Admitir – Admissão;
Emitir – Emissão.
Terminação em gredir
Regredir – Regressão;
Progredir – Progresso;
Transgredir – Transgressão.
Terminação em meter
Comprometer – Compromisso;
Intrometer – Intromissão;
Remeter – Remessa.
Terminação em cutir
Discutir – Discussão;
Repercutir – Repercussão;
Percutir – Percussão.
Tristíssimo;
Agilíssimo;
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Malíssimo;
Belíssimo;
Originalíssimo;
Fortíssimo.
Em virtude do Novo Acordo Ortográfico que passou a vigorar a partir de 2009, nas formações de
palavras em que o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com as
consoantes s ou r, a consoante deverá ser duplicada. Dessa forma, palavras que anteriormente
eram escritas/separadas com hífen, passam a ter nova grafia, utilizando muitas vezes palavras
com SS.
Exemplos:
Psicossocial;
Antissocial;
Autossugestão;
Autossuficiência;
Contrassenso;
Semissólido;
Sacrossanto;
Microssegundo.
Escreve-se com SS
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Fique sabendo mais!
Uso do SC
Existem, na língua portuguesa, diversas palavras com sc. Segundo as regras fonéticas do
Português, a sequência sc pode ser considerada um dígrafo, representando um único som, ou um
encontro consonantal, representando dois sons distintos.
A sequência sc é um dígrafo quando seguida das vogais e ou i, assumindo o valor fonético /s/. É
um encontro consonantal quando seguida das vogais a, o ou u e de outras consoantes, com r
ou l.
No dígrafo, cada consoante perde sua unidade sonora, uma vez que a sequência de duas
consoantes forma um único som, representando apenas um fonema. O dígrafo sc é um dígrafo
consonantal, uma vez que representa um único som consonantal equivalente a /s/. É também um
dígrafo separável, encontrando-se convencionado que as consoantes ficam separadas na divisão
silábica.
Exemplos:
nas-cer;
des-ci-da;
pis-ci-na;
dis-ci-pli-na;
dis-cí-pu-lo;
a-do- les-cen-te;
cres-ci-men.to.
No encontro consonantal, cada consoante mantém sua unidade sonora, sendo possível a
distinção do som de cada consoante, que representam fonemas diferentes. O encontro
consonantal sc é um encontro consonantal imperfeito, também chamado de disjunto ou impróprio,
uma vez que, na divisão silábica, as consoantes se separam, ficando em sílabas diferentes.
Exemplos:
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es-cre-ver;
des-co-ber-ta;
des-clas-si-fi-ca-do;
des-can-so;
dis-cri-ção;
o-fus-car;
es-crú-pu-lo.
nascer;
descida;
piscina;
disciplina;
discípulo;
adolescente;
crescimento;
discernimento;
efervescente;
remanescente;
suscitar;
prescindir;
ascensão;
obsceno;
fascinante.
escrever;
descoberta;
desclassificado;
descanso;
discrição;
ofuscar;
escrúpulo;
escasso;
descaso;
escárnio;
obscuro;
esclarecer;
proscrito;
promíscuo;
pitoresco.
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Escreve-se com SC
Uso do SÇ
Existem, na língua portuguesa, poucas palavras com SÇ. Segundo as regras fonéticas do
Português, a sequência SÇ é considerada um dígrafo e ocorre apenas na conjugação de alguns
verbos, como crescer, nascer e descer.
Nos dígrafos, cada consoante perde sua unidade sonora, uma vez que a sequência de duas
consoantes forma um único som, representando apenas um fonema.
O dígrafo sç é um dígrafo consonantal, uma vez que representa um único som consonantal
equivalente a /s/.
Escreve-se com sç
SC ou SÇ?
Exemplos:
Existem, na língua portuguesa, diversas palavras com xc. Segundo as regras fonéticas do
Português, a sequência xc pode ser considerada um dígrafo, representando um único som, ou um
encontro consonantal, representando dois sons distintos.
A sequência xc é um dígrafo quando seguida das vogais e ou i, assumindo o valor fonético SS. É
um encontro consonantal quando seguida das vogais a, o ou u e de outras consoantes, com r ou
l.
exceção;
excedente;
excelente;
excêntrico;
excepcional;
excerto;
excessivo;
excesso;
exceto;
excitação.
exclamação;
excluído;
exclusão;
exclusivismo;
excomungar;
excreção;
excremento;
excruciante;
exculpação;
excursão.
Nos dígrafos, cada consoante perde sua unidade sonora, uma vez que a sequência de duas
consoantes forma um único som. Assim, a junção das duas consoantes representa apenas um
fonema. O dígrafo xc é um dígrafo consonantal, uma vez que representa um único som
Exemplos:
ex-ce-ção
ex-ce-den-te
ex-cên-tri-co
ex-ci-tan-te
ex-ci-são
No encontro consonantal, cada consoante mantém sua unidade sonora, sendo possível a
distinção do som de cada consoante. Assim, cada consoante representa um fonema diferente. O
encontro consonantal xc é um encontro consonantal imperfeito, também chamado de disjunto ou
impróprio, uma vez que, na divisão silábica, as consoantes se separam, ficando em sílabas
diferentes.
Exemplos:
ex-cla-mar
ex-clu-ir
ex-co-mun-gar
ex-cru-ci-an-te
ex-cur-são
Uso do XS
Existem, na língua portuguesa, poucas palavras com XS. Segundo as regras fonéticas do
Português, a sequência xs é considerada um dígrafo.
Nos dígrafos, cada consoante perde sua unidade sonora, uma vez que a sequência de duas
consoantes forma um único som, representando apenas um fonema.
O dígrafo xs é um dígrafo consonantal, uma vez que representa um único som consonantal
equivalente a /s/.
exsucção;
exsudar;
exsudativo;
exsudação;
exsolver;
XS e a divisão silábica
Exemplos:
ex-su-dar;
ex-su-da-ti-vo;
ex-sol-ver;
ex-sur-gir;
ex-so-lu-ção;
ex-su-flar.
XS e encontro consonantal
Quando a sequência xs vem seguida de uma consoante, forma um encontro consonantal no qual
o dígrafo xs e a consoante seguinte mantêm sua unidade sonora, sendo possível a distinção dos
diversos sons.
Exemplos:
exstar;
exstante;
exstipulado;
exstipuláceo;
exspuição;
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exscrito.
Uso do Ç
O cedilha é um sinal gráfico usado debaixo da letra c. Tem o som de ss (dois s) e fica com a
seguinte aparência: “ç”. Nunca pode iniciar palavras e é usado sempre antes das vogais a, o e u.
A letra c, por sua vez, é usada sempre ante antes das vogais e e i. Por exemplo: centeio,
peraltice, tencionar, cinto.
O grupo silábico fica ça, ce, ci, ço, çu (sendo lido como sa, se, si, so, su).
O Ç é usado em:
Palavras com os sufixos -aça, -aço, -uça, -açar, -ança, -ença, -iça e -iço:
barcaça
mulheraça
copaço
ricaço
dentuça
miúça
espicaçar
esvoaçar
esperança
matança
crença
sentença
preguiça
cobiça
enguiço
quebradiço
retenção (reter)
manutenção (manter)
Substantivos com origem em verbos que apenas perdem o r, sendo substituído pelo sufixo -ção:
exclamação (exclamar)
fundação (fundar)
investigação (investigar)
marcação (marcar)
obrigação (obrigar)
repartição (repartir)
atuação (atuar)
anulação (anular)
natação (nadar)
marcação (marcar)
tentação (tentar)
beiço
bouça
calabouço
distinção
extinção
tinção
função
junção
punção
Escreve-se com Ç
Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar: (magoar: magoe, magoes),
(continuar: continue, continues).
Em palavras formadas com o prefixo ante (antes, anterior). Exemplos: antebraço,
antecipar.
Nos seguintes vocábulos: cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico,
orquídea, etc.
Uso do I
Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir: (cair - cai), (doer – dói), (influir –
influi)
Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra). Exemplos: anticristo, antitetânico.
Nos seguintes vocábulos: aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, etc.
Algumas formas dos verbos terminados em –oar e –uar grafam-se com e. Exemplos:
perdoem (perdoar), continue (continuar).
Algumas formas dos verbos terminados em –air, -oer e –uir grafam-se com i. Exemplos:
atrai (atrair), dói (doer), possui (possuir).
Uso do O e U
Emprega-se o sufixo –ar nos verbos derivados de palavras cujo radical contém –s, caso contrário,
emprega-se o sufixo –izar. Exemplos: análise – analisar, eterno – eternizar.
Verbos grafados com ced originam substantivos e adjetivos grafados com cess.
ceder – cessão
conceder - concessão
retroceder - retrocesso
Exceção: exceder - exceção.
ascender – ascensão
expandir – expansão
pretender – pretensão
deter – detenção
conter – contenção
Emprego do Fonema S
Existem diversas formas para a representação do fonema “S” no qual podem ser: s, ç, x e dos
dígrafos sc, sç, ss, xc, xs. Assim vajamos algumas situações:
Exemplos: ater – atenção / torcer – torção / deter – detenção / distorcer – distorção / manter –
manutenção / contorcer – contorção.
Exemplos: nascer - nasço, nasça / crescer - cresço, cresça / Descer - desço, desça.
6) Emprega-se Ss: nos substantivos derivados de verbos terminados em -gredir, -mitir, -ceder e -
cutir.
Atenção: Não se esqueça que o uso da letra X apresenta algumas variações. Observe:
03 - Assinale a opção em que todas as palavras estão escritas com a grafia correta.
04 - Assinale a opção em que todas as palavras se completam adequadamente com a letra entre
parênteses:
a) en.....aguar / pi.....e / mi.....to (x)
b) .....mpecilho / pr.....vilégio / s.....lvícola (i)
c) mon.....e / su.....estão / re.....eitar (g)
d) búss.....la / eng.....lir / ch.....visco (u)
e) exce.....ão / Suí.....a / ma.....arico (ç)
05 - Assinale a alternativa cujas palavras estejam corretamente grafadas:
a) pajé, xadrês, flecha, mixto, aconchego
Respostas
01 02 03 04 05
a e c e d
Consoantes dobradas
Só se duplicam as consoantes C, R, S.
Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam distintamente: convicção, cocção,
fricção, facção, etc.
Duplicam-se o R e o S em dois casos:
Uso do hífen
Desde a entrada em vigor do atual acordo ortográfico, a escrita de palavras com hífen e sem
hífen tem sido motivo de dúvidas para diversos falantes.
O atual acordo ortográfico trouxe diversas alterações às regras de hifenização. Aprenda como e
quando usar o hífen nas diferentes situações.
matéria-prima;
arco-íris;
decreto-lei;
ano-luz;
guarda-chuva;
segunda-feira.
Grã-Bretanha;
Grão-Pará;
Passa-Quatro.
bem-te-vi;
erva-doce;
andorinha-do-mar;
capim-açu
mal-estar;
bem-estar;
mal-humorado;
bem-humorado.
recém-nascido;
além-fronteiras;
sem-vergonha.
Com a nova ortografia, o hífen foi abolido nas palavras compostas por justaposição quando já se
perdeu esta noção de composição.
girassol;
madressilva;
paraquedas;
paraquedista;
paraquedismo.
O hífen é usado na formação de palavras por derivação prefixal. De acordo com a nova
ortografia, a regra base indica que o hífen é utilizado quando o prefixo termina com a mesma letra
que começa a segunda palavra ou quando a segunda palavra começa com h.
micro-organismo;
micro-ondas;
contra-ataque;
contra-atacante;
anti-inflamatório;
sobre-exaltar;
sobre-erguer;
extra-amazônico;
extra-alcance.
micro-história;
contra-habitual;
anti-higiênico;
sobre-humano;
extra-humano;
extra-hospitalar.
Sem hífen:
microbiologista;
micronutriente;
anticoncepcional;
contracheque;
contraproposta;
sobrenome;
sobrenatural;
sobremesa;
sobreaviso;
extrajudicial;
extragalático;
extranormal.
Nos prefixos sob- e sub-, além do h e do b, também se utiliza hífen quando a segunda palavra
começa pela letra r:
sub-bibliotecário;
sub-base;
sub-região;
sub-reino.
Com o prefixo co- apenas se utiliza o hífen quando a segunda palavra começa com h. Em todas
as outras situações, não se usa o hífen:
cooperar;
coordenar;
coadjuvar;
coprodutor;
copiloto;
Com os prefixos pró-, pós- e pré- utiliza-se o hífen quando os prefixos forem tônicos e
autônomos da segunda palavra:
pós-graduação;
pré-fabricado;
pró-vida.
Quando os prefixos pro-, pos- e pre- forem átonos e não forem autônomos da segunda palavra,
não se emprega o hífen:
predeterminar;
pospor;
propor;
prever.
Com os prefixos circum- e pan- utiliza-se o hífen quando a segunda palavra começa por vogal,
m, n ou h:
circum-navegação;
pan-americano;
circum-murado.
Com os prefixos ex-, vice-, vizo-, soto- e sota- utiliza-se sempre o hífen:
ex-diretor;
vice-presidente;
vizo-rei;
soto-mestre.
Exercícios
a) sub humano.
b) dia a dia.
04 - Assinale a alternativa na qual o hífen foi empregado de acordo com Novo Acordo Ortográfico
em todas as palavras.
a) pré-escola, gira-sol, super-homem
b) micro-ondas, auto-escola, ex-presidente
c) vice-campeão, pós-graduação, re-escrever
Respostas
01 02 03 04 05
d a a d a
Parônimos e Homônimos
Há diferentes formas de escrita que existem, ou seja, são aceitas, mas cujo significado é
diferente.
Assim, estamos diante de palavras parônimas quando as palavras são parecidas na grafia ou
na pronúncia, mas têm significados diferentes.
Exemplos:
Exemplos:
Abaixo / A baixo
A / Há
Obs.: Há muito tempo já indica passado. Não há necessidade de usar atrás, isto é um
pleonasmo.
Acerca de / Há cerca de
A fim de / Afim
Agente / A gente
Ao invés de / Em vez de
A par / Ao par
Aprender / Apreender
Os preços quando não há objeto direto; os preços funcionam como sujeito: Baixaram os
preços (sujeito) nos supermercados. Vamos comemorar, pessoal!
Os preços empregado com objeto direto: Os postos (sujeito) de combustível abaixaram os
preços (objeto direto) da gasolina.
Bebedor / Bebedouro
Bem-Vindo / Benvindo
Câmara / Câmera
Demais / De mais
Descrição / Discrição
Entrega em / Entrega a
Espectador / Expectador
Estada / Estadia
Fosforescente / Fluorescente
É preciso que não haja descuido. (verbo haver – 1ª pessoa singular do presente do
subjuntivo)
Aja com cuidado, Carlinhos. (verbo agir – 1ª pessoa singular do presente do subjuntivo)
Houve / Ouve
Houve um grande incêndio no centro de São Paulo. (verbo haver - 3ª pessoa do singular
do pretérito perfeito)
A mãe disse: ninguém me ouve. (verbo ouvir - 3ª pessoa singular do presente do
indicativo)
Mal / Mau
Mas / Mais
Nem um / Nenhum
Onde / Aonde
Não sei onde deixei meus livros. (não sugere movimento, lugar em que se está)
Aonde deixaremos os livros? Aonde vão com tanta pressa? (sugere movimento)
Senão / Se não
Obs.: O trás com “s” e acento agudo é um advérbio que significa na parte traseira, sendo
utilizada como sinônima de atrás, detrás, após, etc. Esse termo vem sempre precedido por uma
preposição e, nesse caso, desempenha o papel de um advérbio de lugar formando uma locução
adverbial.
Exemplos:
Obs.: A palavra “atrás” é grafada com “s” no final. Portanto, o termo “atraz” está incorreto.
Uma dica para verificar se o uso do termo traz está correto é substituindo por verbos
relacionados, por exemplo, "levar":
Assim, se a sentença estiver coerente, você está usando o termo de forma correta. Do contrário,
você deve utilizar o advérbio de lugar “trás”.
Vultoso / Vultuoso
Há menos de / A Menos de
Há menos de: Quando há a ideia de passado, tempo transcorrido. Pode ser substituído por
"aproximadamente" ou "mais ou menos". Ou ainda "faz" (do verbo fazer).
Exemplo:
Exemplo:
Bastante/ Bastantes
Está aí uma palavra-encrenca. O uso de “bastante” depende muito de qual função ele está
assumindo na frase, podendo ser três: adjetivo, advérbio e pronome indefinido. Vejamos os três
casos.
Como advérbio
O uso mais comum é usar “bastante” como advérbio, no sentido de “muito”. Nesse caso, a
palavra está relacionada ao verbo, então não sofre flexão e deve ficar sempre no singular.
Como adjetivo
Quando usado como adjetivo, “bastante” assume significado de “suficiente”, devendo ser
flexionado de acordo com o substantivo que o acompanha. Veja:
Para dirimir dificuldades com a ortografia, é preciso estar atento e se familiarizar com ela. Isso é
possível somente através da leitura, da prática e mediante a consulta de um bom dicionário.
Existem várias formas de diferenciar a maneira exata de utilizar os porquês. Entenda em quais
situações utilizar cada uma.
O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas. Com a análise a seguir,
pretendemos esclarecer o emprego dos porquês para que não haja mais imprecisão a respeito
desse assunto.
Por que
Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo
qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.
Exemplo:
Os lugares por que passamos eram encantadores. (pelos quais)
Por quê
Quando vier antes de um ponto (final, interrogativo, exclamação), o por quê deverá vir
acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.
Exemplos:
Vocês não comeram tudo? Por quê?
Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.
Porque
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”.
Exemplos:
Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)
Porquê
Exemplos:
O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)
Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)
Letras maiúsculas:
Ocorrências Exemplos
Nos nomes de agremiações, repartições, Estádio Serra Dourada, Banco do Brasil,
corporações, edifícios e estabelecimentos Procuradoria Geral da República...
públicos ou particulares.
Nos nomes de vias e lugares públicos. Praça dos Três Poderes, Avenida Guarapari,
Rua do Atum...
Nos nomes de artes, ciências ou disciplinas. Geografia, Matemática, Filosofia...
Nos nomes de corpos celestes Saturno, Netuno, Plutão...
No início de períodos, versos ou citações Você é linda.
diretas. As coisas não mudam; nós é que mudamos.
(Henry Ford)
Letras minúsculas:
Ocorrências Exemplos
Nos nomes de meses e dias da semana. terça-feira, abril, agosto, domingo...
Nos nomes comuns que acompanham nomes oceano Índico, região Nordeste, baía de Todos-
geográficos. os-Santos...
Nas palavras que designam nacionalidade ou carioca, catarinense, inglês...
origem.
No meio do nome de obras, com exceção de Memórias sentimentais de João Miramar,
nomes próprios. Memórias póstumas de Brás Cubas...
Nas palavras compostas, ainda que formadas joão-de-barro, banho-maria...
por nomes próprios.
Após alguns sinais de pontuação, tais como: O quê? não queres ajuda?
ponto de interrogação (sem raciocínio Puxa! quanta inteligência.
completo), interjeição, exclamação e dois Gostaria somente de lhe dizer: admiro-a
pontos (sem nome próprio). bastante.
Quem lê mais naturalmente escreve melhor, adquirindo cada vez mais familiaridade com relação
ao uso e forma de escrever as palavras. Desse modo, além de estudar os conteúdos ministrados
nas escolas, cursinhos, faculdades etc., é fundamental que estudantes em geral tenham o hábito
de ler constantemente, fazendo com que a escrita melhore significativamente graças à
memorização das palavras.
2) Consultar o dicionário
O uso do dicionário nos momentos de estudo e leitura é essencial para aprimorar, evitar erros de
escrita e também enriquecer o vocabulário, aumentando a habilidade de utilizar e estruturar
palavras nos mais diversos tipos de textos.
3) Identificar dificuldades
Os alunos que possuem dificuldade com relação a alguma regra do português devem dedicar um
pouco mais de tempo para estudar essas regras e fazer exercícios de fixação. No caso de quem
está estudando para concurso, é recomendado imprimir listas de exercícios das provas anteriores
e identificar o tipo de questão de Língua Portuguesa que a banca costuma aplicar.
Exercícios
“Pedro e João ____ entraram em casa perceberam que as coisas não iam bem, pois sua irmã
caçula escolhera um ____ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; _____
seus, dois irmãos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com os
primos e a tia.”
a) mau - mal - mais - mas;
b) mal - mal - mais - mais;
c) mal - mau - mas - mais;
d) mal - mau -mas - mas;
e) mau - mau - mas - mais.
04 – Complete as lacunas:
Escolha a alternativa que oferece a sequência correta de vocábulos para as lacunas existentes:
a) concerto – há – a – cessões – há;
05 - Assinale a alternativa em que as formas completam corretamente as lacunas das frases, pela
ordem:
1. Ele foi logo embora e ninguém sabe o ..............
2. Nomearam-no ................?
3 ........................ vos entristeceis?
Respostas
01 02 03 04 05
c d c d e
Substantivo
Qualquer classe gramatical antecedida por artigo, pronome demonstrativo, pronome indefinido ou
pronome possessivo vira substantivo: o amar, um amanhã, nosso sentir, um não sei quê, o sim, o
não, algum talvez, este falar, um abrir-se, o querer, aquele claro-escuro.
Classificação do Substantivo
Próprios: nomeiam seres particulares de uma determinada espécie. São os nomes de pessoas,
cidades, equipes de futebol, etc.
Ex: diarista (de dia), noitada (de noite), carroceiro (de carroça), maremoto (de maré), aguaceiro
(de água)
Coletivos: são os nomes comuns que servem para designar conjuntos de seres de igual espécie.
Ex: flora (de todas as plantas de uma região), tertúlia (conjunto de pessoas amigas), floresta
(conjunto de árvores), panapaná (conjunto de borboletas)
Substantivo epiceno: São substantivos que nomeiam animais e apresentam um só gênero para
o masculino e o feminino.
Substantivo de dois números: São substantivos que apresentam uma só forma para o singular
e para o plural.
Atenção!
Exemplos:
Exemplos:
Gênero do substantivo
São de gênero masculino os substantivos que podem ser precedidos pelos artigos o, os, um,
uns:
o aluno;
o lápis;
os estojos;
os professores;
um colégio;
um pensamento;
uns problemas;
uns cadernos;
São de gênero feminino os substantivos que podem ser precedidos pelos artigos a, as, uma,
umas:
a aluna;
a borracha;
as canetas;
as professoras;
uma escola;
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uma ideia;
umas respostas;
umas conversas;
Formação do Feminino
Substantivos biformes
São chamados de substantivos biformes os substantivos que apresentam duas formas diferentes,
uma para o gênero masculino e outra para o gênero feminino:
o garoto - a garota;
o diretor - a diretora;
o homem - a mulher;
o freguês - a freguesa;
o campeão - a campeã;
o mestre - a mestra;
o ator - a atriz;
o duque - a duquesa;
o poeta - a poetisa;
Substantivos uniformes
São chamados de substantivos uniformes os substantivos que apresentam a mesma forma para o
gênero masculino e para o gênero feminino.
o gerente - a gerente;
o colega - a colega;
o doente - a doente;
o artista - a artista;
o turista - a turista;
a pessoa;
o indivíduo;
a vítima;
o ser;
a criança;
a barata;
a jiboia;
o pinguim;
a onça;
o boto;
São masculinos: o eclipse, o dó, o dengue (manha), o champanha, o soprano, o clã, o alvará, o
sanduíche, o clarinete, o Hosana, o espécime, o guaraná, o diabete ou diabetes, o tapa, o lança-
perfume, o praça (soldado raso), o pernoite, o formicida, o herpes, o sósia, o telefonema, o saca-
rolha, o plasma, o estigma.
São femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a aluvião, a análise, a cal, a gênese, a entorse, a
faringe, a cólera (doença), a cataplasma, a pane, a mascote, a libido (desejo sexual), a rês, a
sentinela, a sucuri, a usucapião, a omelete, a hortelã, a fama, a Xerox, a aguardente.
Número do substantivo
casaco;
cadeira;
hipopótamo;
gaivota;
problema;
amizade;
casacos;
cadeiras;
hipopótamos;
gaivotas;
problemas;
amizades;
Existem, contudo, outras regras para a formação do plural de substantivos com terminações
diferente.
Metafonia - apresentam o “o” tônico fechado no singular e aberto no plural: caroço (ô), caroços
(ó) / imposto (ô), impostos (ó).
Substantivos que mudam de sentido quando usados no plural: Fez bem a todos (alegria);
Houve separação de bens. (Patrimônio); Conferiu a féria do dia. (Salário); As férias foram
maravilhosas. (Descanso).
São chamados de substantivos compostos os substantivos formados por dois ou mais radicais.
Há, assim, a presença de, no mínimo, dois elementos formadores do substantivo composto.
A formação do plural dos substantivos compostos pode ocorrer de quatro formas diferentes:
segunda-feira - segundas-feiras;
matéria-prima - matérias-primas;
couve-flor - couves-flores;
guarda-noturno - guardas-noturnos;
primeira-dama - primeiras-damas.
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Numeral ordinal + substantivo:
segunda-feira - segundas-feiras
quinta-feira - quintas-feiras.
corre-corre - corres-corres;
pisca-pisca - piscas-piscas;
pula-pula - pulas-pulas.
Nota: Nestes substantivos também é possível a flexão apenas do segundo elemento: corre-
corres, pisca-piscas, pula-pulas.
Nos substantivos compostos formados por substantivo + substantivo em que o segundo termo
limita o sentido do primeiro termo:
decreto-lei - decretos-lei;
cidade-satélite - cidades-satélite;
público-alvo - públicos-alvo;
elemento-chave - elementos-chave.
Nota: Nestes substantivos também é possível a flexão dos dois elementos: decretos-leis,
cidades-satélites, públicos-alvos, elementos-chaves.
cana-de-açúcar - canas-de-açúcar;
pôr do sol - pores do sol;
fim de semana - fins de semana;
pé de moleque - pés de moleque.
Nos substantivos compostos formados por tema verbal ou palavra invariável + substantivo ou
adjetivo:
bate-papo - bate-papos;
quebra-cabeça - quebra-cabeças;
arranha-céu - arranha-céus;
ex-namorado - ex-namorados;
vice-presidente - vice-presidentes.
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Elemento invariável + palavra variável:
sempre-viva - sempre-vivas
abaixo-assinado - abaixo-assinados
recém-nascido - recém-nascidos
ex-marido - ex-maridos
zum-zum - zum-zuns;
tico-tico - tico-ticos;
lufa-lufa - lufa-lufas;
reco-reco - reco-recos.
girassol - girassóis;
pontapé - pontapés;
mandachuva - mandachuvas;
fidalgo - fidalgos;
grão-duque - grão-duques;
grã-fino - grã-finos;
bel-prazer - bel-prazeres.
o bem-me-quer - os bem-me-queres
o bem-te-vi - os bem-te-vis
o sem-terra - os sem-terra
o fora-da-lei - os fora-da-lei
o João-ninguém - os joões-ninguém
o ponto-e-vírgula - os ponto e vírgulas
o bumba meu boi - os bumba meu bois.
Em alguns casos, não ocorre a flexão dos elementos formadores, que se mantêm invariáveis. Os
dois elementos ficam invariáveis quando houver:
Outros casos:
Composto com a palavra guarda só vai para o plural se for pessoa: guarda-noturno =
guardas-noturnos / guardaflorestal = guardas-florestais / guarda-civil = guardas-civis /
guarda-marinha = guardas-marinha.
Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas / os Oliveiras / os Picassos / os
Mozarts / os Kennedys / os Silvas.
Plural das siglas, acrescenta-se um s minúsculo: CDs / DVDs / ONGs / PMs / Ufirs.
São chamados de substantivos de dois números os substantivos que apresentam a mesma forma
para o singular e para o plural, permanecendo invariáveis:
o lápis - os lápis;
o ônibus - os ônibus;
o pires - os pires;
o vírus - os vírus.
o xérox - os xérox;
o tórax - os tórax;
a fênix - as fênix;
Grau do substantivo
Existem três graus do substantivo: o grau normal, o grau diminutivo e o grau aumentativo.
casa;
homem;
boca;
pata;
gato.
casinha;
homenzinho;
boquinha;
patinha;
gatinho.
casarão;
homenzarrão;
bocarra;
patorra;
gatarrão.
O grau diminutivo dos substantivos pode ser formado pela junção de um sufixo diminutivo
(processo sintético):
-inho;
-zinho;
-ito;
-ino;
-isco;
pequeno;
mínimo;
minúsculo;
reduzido;
diminuto;
Além de indicar o tamanho diminuído de um determinado substantivo, o grau diminutivo pode ser
usado para transmitir uma ideia de carinho, indicando grande valor afetivo, mas também uma
ideia de menosprezo ou troça.
O grau aumentativo dos substantivos pode ser formado pela junção de um sufixo aumentativo
(processo sintético):
-ão;
-ona;
-zarrão;
-orra;
-aço;
grande;
enorme;
imenso;
gigantesco;
colossal;
Exercícios
a) Concreto
b) Abstrato
c) Composto
d) Coletivo
e) Comum
02 - Esta semana, uma revista de automóveis trouxe o lançamento de um novo modelo de carro e
publicou o seguinte comunicado: “Ele pode ser adquirido na cor verde-clara, já vem com porta-
copo e alto-falante de série”. Marque a alternativa que apresenta corretamente o plural dos
substantivos compostos.
01 02 03 04 05 06
b a d d b c
Artigo
Artigos são palavras que acompanham os substantivos, indicando o seu número (singular ou
plural) e o seu gênero (masculino ou feminino). Podem ser classificados em artigos definidos e
indefinidos.
Artigos definidos
Os artigos definidos são o, a, os, as. Determinam os substantivos de forma particular, objetiva e
precisa, individualizando seres e objetos:
Exemplos:
Em todos os exemplos, podemos notar a precisão de tais pessoas ou objetos pelo emprego
correto do artigo definido. Isso porque ele determina de maneira exata o substantivo em questão:
o garoto, a bicicleta, os amigos e as meninas.
Artigo indefinido
Os artigos indefinidos são um, uma, uns, umas. Indeterminam os substantivos, caracterizando-
os de forma vaga, imprecisa e generalizada, sem particularizar e individualizar seres e objetos:
Exemplos:
Note que em todos os exemplos acima, não está definindo qual objeto, pessoa ou lugar. Nos dois
primeiros exemplos, não está identificado “qual o dia” ou “qual a tarde” em que o evento ocorre.
Da mesma maneira, Joana não especifica “quais amigos” ela convidará para a festa. Por fim,
“umas camisas” corresponde a uma ideia vaga de “quais camisas” são essas.
Obs.: Cuidado para não confundir o artigo indefinido “um” com o numeral “um”, pois o numeral é
uma palavra utilizada para indicar quantidade.
Os artigos sempre devem concordar com substantivo em gênero (masculino e feminino) e número
(singular e plural).
Exemplos:
a menina - as meninas;
o garoto - os garotos;
um mês - uns meses;
uma mesa – umas mesas.
para indicar aproximação numérica: Nicole devia ter uns oito anos.
antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em pares: Usava umas calças largas e
umas botas longas.
em linguagem coloquial, com valor intensivo: Rafaela é uma meiguice só.
para comparar alguém com um personagem célebre: Luís August é um Rui Barbosa.
Além de definir e indefinir substantivos, indicando o gênero e número destes, os artigos possuem
outras funções muito importantes, como a substantivação de palavras e a distinção entre palavras
homônimas.
Obs.: O artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra transforma-a em substantivo. O ato
literário é o conjunto do ler e do escrever.
Exercícios
Respostas
01 02 03 04 05
c c d c d
Adjetivo
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz
sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, não é
adjetivo, mas substantivo.
casa velha;
casas velhas;
prédio antigo;
prédios antigos.
Classificação do Adjetivo
Gênero do Adjetivo
Adjetivo biforme
Os adjetivos biformes apresentam duas formas, uma para o gênero masculino e outra para o
gênero feminino.
Número do Adjetivo
Existem regras diferentes para a formação do plural dos adjetivos simples e para a formação do
plural dos adjetivos compostos.
Para a formação do plural dos adjetivos simples, são utilizadas as mesmas regras de formação
do plural dos substantivos:
A pera madura.
As peras maduras.
O homem resmungão.
Os homens resmungões.
A mochila azul.
As mochilas azuis.
Para a formação do plural dos adjetivos compostos, a regra indica que apenas o último elemento
varia em número, indo para o plural. Contudo, o adjetivo composto se mantém invariável se for
formado por um substantivo no último elemento.
A parede é amarelo-canário.
As paredes são amarelo-canário.
O tecido é vermelho-sangue.
Os tecidos são vermelho-sangue.
Grau do Adjetivo
Além de sofrerem flexão em gênero e número, os adjetivos flexionam-se também em grau. Assim,
adjetivos podem estar no grau normal, no grau comparativo ou no grau superlativo.
Os graus dos adjetivos indicam as diferentes intensidades com que um adjetivo pode caracterizar
um substantivo.
Grau normal
Grau comparativo
Alguns adjetivos formam o grau comparativo de superioridade de modo irregular, com formas
sintéticas.
Grau superlativo
O grau superlativo relativo caracteriza um ou mais seres em maior ou menor grau que os demais
seres.
O grau superlativo absoluto caracteriza um ou mais seres, atribuindo qualidades em grau muito
elevado.
Grau superlativo absoluto sintético = adjetivo + sufixo (-íssimo; -imo; - ílimo; -érrimo)
A sobremesa é dulcíssima.
O teste foi facílimo.
O professor é sapientíssimo.
Locução adjetiva
Uma locução adjetiva é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como um
adjetivo, caracterizando um substantivo. As locuções adjetivas são formadas maioritariamente
pela preposição de mais um substantivo:
Além das informações acima apresentadas, existem outras classificações para os adjetivos.
Adjetivos primitivos
São adjetivos cuja origem não reside em outras palavras da língua portuguesa, mas sim em
palavras de outras línguas:
feliz;
bom;
azul;
triste;
grande;
Adjetivos derivados
São adjetivos cuja origem reside em outras palavras da língua portuguesa, ou seja, derivam de
substantivos ou verbos:
magrelo;
avermelhado;
apaixonado;
Adjetivos explicativos
fogo quente;
mar salgado;
céu azul;
São adjetivos que expressam uma qualidade que não é própria do ser, tornando-o único no grupo
de referência:
blusa amarela;
cantora baiana;
criança inteligente;
Adjetivos pátrios
São adjetivos que nomeiam as pessoas conforme o local onde nascem ou vivem. São adjetivos
derivados, dado que têm quase sempre sua origem no nome do lugar a que se referem:
baiano;
paulista;
pernambucano;
cearense;
alemão;
francês;
nipo-brasileiro;
luso-brasileiro;
Adjetivos adverbializados
São adjetivos que, na oração, assumem a função de advérbio, permanecendo assim invariáveis.
Substituem advérbios de modo terminados em -mente, produzindo um discurso mais rápido,
acessível e enfático:
01 - Assinale a alternativa correta em relação à classificação dos adjetivos destacados nas frases:
IV. O mineiro Carlos Drummond de Andrade é considerado um dos maiores poetas brasileiros.
a) Tecidos verde-olivas
b) Festas cívico-religiosas
d) Ternos azul-marinho
e) Vários porta-estandartes
III. Adjetivos que não são derivados de outra palavra em língua portuguesa.
( ) pátrios
( ) primitivos
( ) compostos
( ) derivados
( ) simples
a) II, III, V, IV e I
c) I, III, IV, II e V
d) V, III, II, IV e I.
e) Conjuntos de verbos que, em uma determinada frase, desempenham valor de um único verbo.
Respostas
01 02 03 04 05
c a c d d
Numerais são palavras que indicam quantidades de pessoas ou coisas, bem como a ordenação
de elementos numa série.
Cardinais
Ordinais
Fracionários
Multiplicativos
Coletivos
Cardinais
Os números cardinais são os tipos de numerais mais utilizados (um, dois, três, quatro, cinco...),
os quais fazem parte das classes de palavras variáveis denominada Numeral.
Dizemos que essa classe de palavras é variável, na medida que os termos se flexionam em
gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural).
No caso dos cardinais, diversos números variam em gênero, por exemplo: um, uma; dois, duas;
duzentos, duzentas; trezentos, trezentas; dentre outros.
Em relação ao número (singular e plural) os cardinais podem variar em grandes quantidades, por
exemplo: milhão, milhões; bilhão, bilhões, trilhão, trilhões, dentre outros.
Ademais, dependendo de sua função na frase, os numerais podem ter valor de adjetivo, por
exemplo: Ele é o primeiro em tudo; Ele é número um em todas as matérias.
Número Nomenclatura
1 Um/Uma
2 Dois/Duas
3 Três
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4 Quatro
5 Cinco
6 Seis
7 Sete
8 Oito
9 Nove
10 Dez
11 Onze
12 Doze
13 Treze
14 Catorze ou Quatorze
15 Quinze
16 Dezesseis
17 Dezessete
18 Dezoito
19 Dezenove
20 Vinte
21 Vinte e um
30 Trinta
40 Quarenta
50 Cinquenta
60 Sessenta
70 Setenta
80 Oitenta
90 Noventa
100 Cem
101 Cento e um
200 Duzentos
300 Trezentos
400 Quatrocentos
500 Quinhentos
600 Seiscentos
700 Setecentos
800 Oitocentos
900 Novecentos
1000 Mil
2000 Dois mil
3000 Três mil
4000 Quatro Mil
5000 Cinco Mil
6000 Seis Mil
7000 Sete mil
8000 Oito mil
9000 Nove mil
10.000 Dez mil
1.000.000 Um Milhão
1.000.000.000 Um Bilhão ou Bilião
1.000.000.000.000 Um Trilhão ou Trilião
1.000.000.000.000.000 Um Quatrilhão ou Quatrilião
1.000.000.000.000.000.000 Um Quintilhão ou Quintilião
1.000.000.000.000.000.000.000 Um Sextilhão ou Sextilião
Ordinais
Os numerais ordinais indicam o número de ordem, posição ou lugar ocupado em uma série.
Indica ordem de uma sequência, ou seja, representa a ordem de sucessão e uma série, seja de
seres, coisas ou objetos (primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto…).
Importante destacar que alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. São palavras que
variam em gênero (masculino-feminino) e número (singular e plural), por exemplo: primeiro-
primeira, primeiros-primeiras; terceiro-terceira, terceiros-terceiras, etc.
Número Nomenclatura
1.º Primeiro
2.º Segundo
3.º Terceiro
4.º Quarto
5.º Quinto
6.º Sexto
7.º Sétimo
8.º Oitavo
9.º Nono
10.º Décimo
11.º Décimo primeiro ou undécimo
12.º Décimo segundo ou duodécimo
13.º Décimo terceiro
14.º Décimo quarto
15.º Décimo quinto
16.º Décimo sexto
17.º Décimo sétimo
18.º Décimo oitavo
19.º Décimo nono
20.º Vigésimo
21.º Vvigésimo primeiro
22.º Vigésimo segundo
23.º Vigésimo terceiro
24.º Vigésimo quarto
25.º Vigésimo quinto
26.º Vigésimo sexto
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27.º Vigésimo sétimo
28.º Vigésimo oitavo
29.º Vigésimo nono
30.º Trigésimo
40.º Quadragésimo
50.º Quinquagésimo
60.º Sexagésimo
70.º Septuagésimo ou setuagésimo
80.º Octogésimo
90.º Nonagésimo
100.º Centésimo
200.º Ducentésimo
300.º Trecentésimo ou tricentésimo
400.º Quadringentésimo
500.º Quingentésimo
600.º Sexcentésimo ou seiscentésimo
700.º Septingentésimo ou setingentésimo
800.º Octingentésimo ou octogentésimo
900.º Noningentésimo ou nongentésimo
1000.º Milésimo
10.000.º Décimo milésimo
100.000.º Centésimo milésimo
1.000.000 Milionésimo
1.000.000.000 Bilionésimo
1.000.000.000.000 Trilionésimo
1.000.000.000.000.000 Quatrilionésimo
1.000.000.000.000.000.000 Quintilionésimo
1.000.000.000.000.000.000.000 Sextilionésimo
1.000.000.000.000.000.000.000.000 Septilionésimo
1.000.000.000.000.000.000.000.000.000 Octilionésimo
1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 Nonilionésimo
1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 Decilionésimo
Os números ordinais acompanham os símbolos ‘º’ (masculino) ou ‘ª’ (feminino), os quais indicam
a forma abreviada dos termos, por exemplo: 2º ou 2ª (lê-se segunda ou segunda).
Muitas vezes, as abreviações de gênero podem ser expressas com um “tracinho” abaixo da letra,
por exemplo: 1º ou 1ª (lê-se primeiro ou primeira).
Além disso, a norma culta admite duas formas de escrita 1º/1ª ou 1.º/1.ª, com o ponto após o
número.
Para compreender melhor a nomenclatura dos números ordinais, segue abaixo alguns exemplos:
Multiplicativos
Os numerais multiplicativos se referem ao número de vezes que uma determinada quantidade foi
multiplicada, indicando um aumento proporcional dessa mesma quantidade:
Exemplos:
A partir do número 13, até o número 99, os numerais multiplicativos são indicados como número
ordinal seguido da palavra "vezes":
Exemplos:
Um quarto;
Três quartos;
Uma quarta parte;
Três quartas partes.
2 meio ou metade
3 terço
4 quarto
5 quinto
6 sexto
7 sétimo
8 oitavo
9 nono
10 décimo
11 undécimo ou onze avos
12 duodécimo ou doze avos
13 treze avos
14 catorze avos
15 quinze avos
16 dezesseis avos
17 dezessete avos
18 dezoito avos
19 dezenove avos
20 vigésimo ou vinte avos
21 vinte e um avos
30 trigésimo ou trinta avos
40 quadragésimo ou quarenta avos
50 quinquagésimo ou cinquenta avos
60 sexagésimo ou sessenta avos
70 septuagésimo ou setenta avos
80 octogésimo ou oitenta avos
90 nonagésimo ou noventa avos
100 centésimo
101 cento e um avos
Curiosidade
Coletivos
Os numerais coletivos são aqueles que fazem referência a um número exato de um conjunto de
dias, meses, ano, quantidade, dentre outros.
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Os numerais coletivos são flexionados em número (singular e plural), não variando em gênero
(feminino e masculino).
Uma dúzia.
Quatro dúzias.
Uma novena.
Nove novenas.
Exemplos
Segue abaixo alguns exemplos de variação de número (singular e plural) dos numerais coletivos:
Dezena e dezenas: Vou doar uma dezena de roupas; Quantas dezenas de batata você
precisa?
Dúzia e dúzias: Para fazer o bolo, precisamos de uma dúzia de ovos; Eu quero duas
dúzias de ovos, por favor.
Novena e novenas: A novena começará dia 20 de abril; Desde a Primeira Comunhão,
participei de todas as novenas da igreja.
Centena e centenas: Necessitamos de uma centena de caixas para a mudança; Centenas
de pessoas se aglomeraram na praça pela manhã.
Bimestre e bimestres: Suas notas eram as maiores do bimestre. Dois bimestres fiquei de
recuperação em matemática.
Semana e semanas: Encontrou a amiga na semana seguinte; Duas semanas foram o
suficiente para terminar o curso.
Observação
Na língua portuguesa, um numeral é uma classe de palavras formadas por substantivos que, por
vezes, desempenham o papel de adjetivo, por exemplo:
Da mesma maneira que os números cardinais, os ordinais são termos que variam em gênero
(feminino e masculino) e número (singular e plural), por exemplo: primeiro, primeira; primeiros,
primeiras.
Exemplo:
2145 (dois mil cento e quarenta e cinco), em numeração cardinal; e 2.145.º (dois milésimos
centésimo quadragésimo quinto), em ordinal.
Os numerais podem ser usados com função de substantivo ou como de adjetivos. Por exemplo:
Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se
os ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do
substantivo:
Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D.Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII (vinte e três)
Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em
diante.
Ordinais Cardinais
Artigo 1.º (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Para designar dias do mês, utilizam-se os cardinais, exceto na indicação do primeiro dia, que é
tradicionalmente feita pelo ordinal: Exemplos:
A forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação,
artificialismo.
Alguns numerais podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e
plural), outros são invariáveis.
Alguns numerais cardinais variam em gênero: um e uma, dois e duas, centenas a partir de duas:
duzentos e duzentas, trezentos e trezentas, quatrocentos e quatrocentas,...
Alguns numerais cardinais variam em número: milhão e milhões, bilhão e bilhões, trilhão e
trilhões.
Números Romanos
Os números romanos são indicações numéricas utilizadas para indicar séculos, capítulos e
páginas de livros, horas dos relógios, nomes dos papas e reis, dentre outros.
São representados por letras maiúsculas, num total de 7 numerações: I (1), V (5), X (10), L (50),
C (100), D (500), M (1000).
Inventados na época da Roma antiga, os números romanos foram criados para facilitar as contas.
Assim, os romanos desenvolveram um sistema de numeração, com as próprias letras do
alfabeto.
Os romanos não conheciam a representação do zero e, por esse motivo, esse sistema de
numeração não possui nenhuma letra que o represente.
Exercícios
e) é um algarismo romano que pode ser equivalente a dois cardinais: dezessete ou dezoito.
(i) Numeral é a palavra que se relaciona ao substantivo, exprimindo indicações numéricas dos
seres.
(ii) As indicações numéricas dos seres referem-se à quantidade, ordem, multiplicação e fração.
05 - Assinale o item em que NÃO é correto ler o numeral como vem indicado entre parênteses.
Respostas
01 02 03 04 05
b a d b a
O pronome é uma classe gramatical variável, ou seja, flexiona-se em gênero e número. Ele tem
a função de relacionar o substantivo a uma das três pessoas do discurso (quem fala, com quem
se fala e de quem se fala), podendo ainda indicar a posse de um objeto ou sua localização.
Pronomes substantivos são aqueles que representam os substantivos com o intuito de tornar os
textos mais agradáveis de ler, menos repetitivos.
Exemplos:
Pronomes adjetivos são aqueles que modificam os substantivos que acompanham, tal como
fazem os adjetivos. Desta forma, esse tipo de pronome concorda em gênero e número com os
substantivos.
Exemplos:
Observação
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam a pessoa do discurso e são classificados em
dois tipos:
Pronomes Pessoais do Caso Reto: exercem a função de sujeito, por exemplo: Eu gosto
muito da Ana.
Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo: substituem os substantivos e complementam os
verbos, por exemplo: Está comigo seu caderno.
Os pronomes átonos são assim chamados porque não possuem acentuação própria e se
sujeitam à tonicidade dos verbos. Além disso, eles não são precedidos por preposição.
Exemplos:
Disse-nos que estava cansado e que por esse motivo não vinha à festa.
Não te convidei, por isso, saia já daqui!
Penteei-me.
Os pronomes tônicos, por sua vez, possuem acentuação própria e são usados com preposição.
Exemplos:
Observe que as formas comigo, contigo, conosco e convosco resultam da junção da preposição
"com" e os pronomes mim, ti, nos e vos, respectivamente.
Quando o pronome vem depois da preposição mas antecede um verbo no infinitivo, deve ser
utilizado o pronome do caso reto. Isso porque nesse caso, o pronome está exercendo a função de
sujeito da oração.
Exemplos:
O emprego do eu e mim também traz confusão, revelando um vício de linguagem muito comum,
onde o pronome oblíquo, incorretamente, começa a conjugar verbos:
Quem lê sou eu, pronome do caso reto que conjuga verbos e que, consequentemente, é o sujeito
da oração. O correto seria:
Outro exemplo:
Aqui o complemento foi aplicado de forma correta, já que quem vai entregar o trabalho sou eu,
pronome que está subentendido e que conjuga o verbo entregar.
1. Os pronomes me, te, nos, vos têm a função de objeto direto ou de objeto indireto.
Exemplos:
Conhece-nos? (conhecer algo ou alguém, objeto direto)
Suas palavras me encantam. (encantam a alguém, logo, objeto indireto)
Exemplos:
Não a chamei.
Foi ele quem os convidou.
Exemplos:
Atirem-lhe!
Eu disse-lhes.
4. O pronome se tem a função de objeto direto ou de objeto indireto, mas é sempre usado na voz
reflexiva.
Exemplos:
Penteou-se.
Ela se queimou!
Adaptações fonológicas
Os pronomes o, a, os, as, depois de verbos terminados em -z, -s ou -r são adaptados para as
formas lo, la, los, las. Assim, esses verbos perdem as suas terminações.
Exemplos:
Junto de verbos que terminam em som nasal, por sua vez, surgem as formas no, nos, na, nas.
Exemplos:
Combinação de pronomes
A combinação de pronomes oblíquos átonos dão origem às seguintes formas, as quais podem ser
vistas em obras literárias:
Página 186 de 439
mo, mos, mal mas
to, tos, ta, tas
lho, lhos, lha, lhas
no-lo, no-los, no-la, no-las
vo-lo, vo-los, vo-la. vo-las
Exemplos:
Pronome Reflexivo
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto,
referem-se ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo
verbo.
Assim tu te prejudicas.
Conhece a ti mesmo.
Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.
Antônio conversou consigo mesmo.
Lavamo-nos no rio.
Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.
Exercícios
03 - Assinale a opção em que o emprego do pronome pessoal não obedece à norma culta da
língua.
Página 188 de 439
a) A imagem do país para si mesmo é satisfatória.
e) Resolvemos discutir as questões para eu não ficar alheio às dificuldades dos fatos.
Respostas
01 02 03 04 05
b d c a d
Pronome possessivo
Eles variam em gênero e número, conforme as pessoas que detém algo e o número de coisas
que elas possuem.
Observações:
Portanto, quando a palavra “seu” antecede o nome de alguém, a sua função não é a de pronome,
neste caso se trata de uma forma reduzida de “senhor”.
3 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:
Quando estamos falando com a pessoa que recebe o pronome de tratamento utilizamos "vossa",
no entanto, ao falar com outra pessoa acerca da pessoa que recebe o pronome de tratamento,
devemos utilizar "sua".
Exemplo:
“O carro que levará Vossa Excelência está pronto”, informou a secretária ao Presidente da
República.
“O carro que levará Sua Excelência está pronto”, informou o motorista à secretária.
Ambiguidade
Os pronomes possessivos seu(s) e sua(s) geram, muitas vezes, ambiguidade. Para afastar
qualquer dúvida que possa surgir, utilizamos dele(s) e dela(s).
Exemplos:
A professora informou ao aluno que a sua resposta estava errada e logo fez a correção. (A
resposta da professora ou do aluno?)
A professora informou ao aluno que a resposta dele estava errada e logo fez a correção. (A
resposta do aluno)
A professora informou ao aluno que a resposta dela estava errada e logo fez a correção. (A
resposta da professora)
João já falou com seu supervisor. (Supervisor do João ou da pessoa com quem estamos
falando?)
João já falou com o supervisor dele. (Supervisor do João)
c) Eu gosto disso.
d) Esse é o morro.
04 – Complete as lacunas:
___ deixastes de receber ___ cartas? (O primeiro é um pronome pessoal do caso reto e o
segundo é um pronome possessivo)
a) Tu/Nossas
b) Vós/Nossas
c) Tu/Minhas
d) Tu/Vossas
c) “Pode.”
d) “Pronto, tá arrumada!”
Respostas
01 02 03 04 05
b d e b a
Pronome demonstrativo
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em
relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou
discurso.
No espaço:
O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.
O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa
que fala.
O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que é
uma modalidade escrita de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro
localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode
causar ambiguidade.
Exemplos:
No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado
distante.
Pronomes Demonstrativos
Espaço Tempo Variáveis Invariáveis
Próximo Presente este(s), esta(s) isto
Pouco distante Passado e Futuro próximo esse(s), essa(s) isso
Distante Passado remoto aquele(s), aquela(s) aquilo
Exemplo:
Valor de Demonstrativos
1 - o (s), a (s): quando estiverem antecedendo o que e puderem ser substituídos por aquele(s),
aquela(s), aquilo. Por exemplo:
Por exemplo:
Por exemplo:
Por exemplo:
5 - tal, tais:
Por exemplo:
Note que:
Mas:
d) Em frases como a seguinte, este refere-se à pessoa mencionada em último lugar, aquele à
mencionada em primeiro lugar. Por exemplo:
O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos: aquele casado, solteiro este. [ou
então: este solteiro, aquele casado.]
Exercícios
A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; _____ , porém, estavam mais gastos
que _____ .
a) esses, aquela
b) estes, aquela
c) estes, esses
d) aqueles, esta
e) estes, esses
02 – Complete as lacunas:
Por favor, passe _____ caneta que está aí perto de você; _____ aqui não serve para _____
desenhar.
c) essa, esta, eu
e) aquela, essa, eu
b) Com esta vitória em Vancouver, Pedro soma seu décimo título em corridas de cavalo.
d) O transporte público é acessível? Qual é o mais vantajoso? São estas perguntas que...
Respostas
01 02 03 04 05
b c c c c
Pronomes interrogativos
São aqueles que iniciam perguntas diretas ou indiretas. Há os variáveis e os invariáveis. São
eles: que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas.
1. O pronome interrogativo que pode ser um pronome substantivo quando tem o sentido de "que
coisa".
Exemplos:
2. O pronome interrogativo que pode ser um pronome adjetivo, quando tem o sentido de "que
espécie de".
Exemplos:
Exemplos:
2. O pronome interrogativo quem pode ser empregado como predicativo do sujeito (de um sujeito
que esteja no plural) em orações que contenham o verbo ser.
Exemplo:
Quem sois?
Quem eram os visitantes?
Você sabe quem são os visitantes?
Exemplos:
O pronome interrogativo quanto pode ser tanto um pronome substantivo como um pronome
adjetivo.
Exemplos:
Exemplos:
Que alegria!
Quem diria!
Quanta formosura!
Exercícios
a) Esta empresa “Cosméticos Vida” agradece a essa loja a preferência dada e cumprimenta-a
pelo novo ponto comercial. Atenciosamente, Diretor de Vendas.
b) De acordo com o que foi solicitado pelo Gerente desta cadeia de lojas, esta empresa
antecipará a entrega do material para o Natal, Atenciosamente, Diretor de Vendas.
c) “Laços de Família” e “Por Amor” apresentam a personagem Helena. Nessa, a personagem foi
vivida por Regina Duarte; naquela, por Vera Fischer.
d) Essa seção solicitou que fossem enviados, com urgência, dois funcionários, até o último dia
deste mês. Concedido. Gerente administrativo.
Respostas
01 02
b b
Os pronomes de tratamento são usados para se dirigir às pessoas com quem se fala (2.ª
pessoa). Eles representam as formas educadas, de acordo com a idade ou cargo ocupados, e
assumem o papel de pronomes pessoais.
Exemplo:
Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos
interlocutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos
endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo que
ocupa.
b) 3ª pessoa:
Embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita
com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos
empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa. Por exemplo:
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para
que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
Você precisa de ajuda?
Agradeço que Vossa Senhoria analise o assunto assim que possível.
c) Uniformidade de Tratamento:
Quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a
pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar
alguém de "você", não poderemos usar "te" ou "teu". O uso correto exigirá, ainda, verbo na
terceira pessoa. Por exemplo:
Exercícios
e) Procurei o chefe da repartição, mas Sua Senhoria se recusou a ouvir as minhas explicações.
a) Vossa Senhoria
b) Vossa Santidade
c) Vossa Excelência
d) Vossa Magnificência
e) Vossa Paternidade
b) Vossa Santidade.
c) Vossa Eminência.
d) Vossa Magnificência.
a) Espera-se que, no Brasil, Sua Santidade, o Papa Francisco, seja recebido, com o devido
respeito, pelos jovens.
d) Vossa Majestade, a princesa da Inglaterra, foi homenageada por ocasião do seu aniversário.
a) Príncipes.
b) Imperadores
c) Cardeais.
d) Reitores de universidades.
Respostas
01 02 03 04 05
d d c a c
Pronome Indefinido
São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso)
ou expressando quantidade indeterminada. Por exemplo:
Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira pessoa,
portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano que
seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se quer revelar.
Algo o incomoda?
Quem avisa amigo é.
Observação:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s),
nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quaisquer, qual,
que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários,
várias.
Por exemplo:
São locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que),
quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal
ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
Exemplo:
Exercícios
01 02 03
b a b
Pronomes relativos
Pronomes relativos são os que se relacionam com um termo anterior. Por isso, ao mesmo tempo
que desempenham o papel de pronomes, também exercem a função de conectivos.
Exemplo:
Nesse exemplo, o pronome que é relativo aos documentos, o que quer dizer que a oração “que
foram destruídos” é uma oração subordinada.
Dentre os pronomes relativos, o pronome que é, sem dúvida, o mais utilizado. É por esse motivo
que ele é conhecido como “pronome relativo universal”.
(que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e introduz uma oração subordinada. Diz-
se que a palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo "que".
a) O pronome "que" é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo
universal. Pode ser substituído por "o qual", "a qual", "os quais", "as quais" quando seu
antecedente for um substantivo. Por exemplo:
b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso, são
utilizados didaticamente para verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que podem ter
várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são usados com referência à pessoa ou
coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições. Por exemplo:
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O
uso de "que" neste caso geraria ambiguidade.)
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar
"que" depois de "sobre".)
c) O relativo "que" às vezes equivale a "o que", "coisa que" e se refere a uma oração. Por
exemplo:
Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.
Obs.: os pronomes relativos podem vir precedidos de preposição de acordo com a regência
verbal dos verbos da oração. Por exemplo:
d) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale a
"do qual", "da qual", "dos quais", "das quais". Por exemplo:
(antecedente) (consequente)
e) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou
variações) e tudo: Por exemplo:
(antecedente)
(antecedente)
f) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição. Por exemplo:
(preposição)
g) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na
indicação de lugar. Por exemplo:
Por exemplo:
- quando (= em que)
Por exemplo:
j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase. Por exemplo:
O futebol é um esporte.
O povo gosta muito deste esporte.
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo "que". Por
exemplo:
A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, (que) fumava.
Exemplos
4. como
5. onde
Exercícios
A desigualdade jurídica do feudalismo_____ alude o autor se faz presente ainda hoje nos
países_____ terras existe visível descompasso entre a riqueza e a pobreza.
a) a qual / cujas
c) à qual / em cuja as
e) ao qual / cuja as
Respostas
01 02 03
b b c
Verbo
O verbo é a classe de palavras que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da
natureza e possui inúmeras flexões, de modo que a sua conjugação é feita mediante as variações
de pessoa, número, tempo, modo, voz e aspeto.
Estrutura do Verbo
1. Radical
2. Vogal Temática
A vogal temática se une ao radical para receber as desinências e, assim, conjugar os verbos. O
resultado dessa união chama-se tema.
Assim sendo, o tema é a união do radical com a vogal temática, por exemplo: estuda,
onde estud– é o radical e o –a é a vogal temática.
Lembre-se que o radical é um elemento mórfico que contém o significado básico das palavras.
Exemplo:
1.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é A: argumentar, dançar, sambar.
2.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é E e O: escrever, ter, supor.
3.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é I: emitir, evoluir, ir.
Verbal: de acordo com as conjugações verbais, temos três tipos de vogais temáticas.
Obs: há exceções que são chamadas de formas atemáticas. Nos verbos essas formas ocorrem
no presente do subjuntivo, por exemplo:
A vogal “a”: substantivos terminados em “a”, por exemplo, casa, escola e sala.
A vogal “o”: substantivos terminados em “o”, por exemplo, prato, copo e livro.
A vogal “e”: substantivos terminados em “e”, por exemplo, controle, sorte e pote.
Obs: as palavras terminadas em vogais tônicas não apresentam vogal temática, por exemplo:
café, sofá, picolé, cajá, etc. Elas representam as formas “atemáticas”. Assim, as vogais temáticas
nominais estão presentes somente nos nomes átonos.
Vogal de Ligação
Importante não confundir a vogal temática com a chamada vogal de ligação. Essa serve para
auxiliar a pronúncia de algumas palavras da língua, por exemplo: bananeira.
Além da vogal de ligação, há a consoante de ligação e apresenta o mesmo objetivo desta: facilitar
a pronúncia das palavras, por exemplo: chaleira.
3. Desinências
As desinências são os elementos que junto com o radical promovem as conjugações. Elas podem
ser:
Exemplos:
As desinências são morfemas que se juntam à parte final das palavras variáveis com o intuito de
assinalar as suas flexões, por isso são também chamadas de morfemas flexionais. As
desinências podem ser nominais ou verbais.
Gênero Número
Masculino Feminino Singular Plural
-o -a - -s
Exemplos:
O plural geralmente é indicado pela desinência -s. Algumas palavras terminadas com s, todavia,
formam plural com o acréscimo de -es.
Assim, muitas vezes, a ausência do -s indica o singular; é o que chamamos de desinência zero.
Desinências Verbais
As desinências verbais indicam flexões do verbo: número e pessoa, modo e tempo. Desta forma
se dividem em:
Exemplos:
Infinitivo Pessoal
Presente Pretérito Perfeito Futuro do Subjuntivo
Desinência e vogal temática são diferentes. Enquanto a desinência indica o gênero, a vogal
temática indica a que conjugação o verbo pertence, ao mesmo tempo que o prepara para receber
as desinências que tornam possível a sua conjugação.
Exemplos:
Exercícios
a) Os morfemas que indicam as flexões das palavras variáveis da língua são chamados de
desinências nominais ou verbais.
e) Afixos são morfemas que se colocam antes ou depois do radical, alterando sua significação
básica.
a) desinência
b) radical
Página 216 de 439
c) tema
d) afixo
e) consoante de ligação
03 - Marque a alternativa cujas vogais destacadas sejam vogais temáticas verbais da segunda
conjugação:
a) aplaudias;
b) acordou;
c) faltarás;
d) vendam;
e) cobrasses.
correta.
a) O Tema é ESTUD.
Respostas
01 02 03 04 05
b b c b e
Página 217 de 439
Flexões
Pessoa: 1.ª (eu, nós); 2.ª (tu, vós) e 3.ª (ele, eles).
Número: Singular (eu, tu, ele) e Plural (nós, vós, eles).
Tempo: Presente, Pretérito e Futuro.
Modo: Indicativo, Subjuntivo e Imperativo.
Voz: Voz Ativa, Voz Passiva e Voz Reflexiva.
Modo indicativo
O modo indicativo transmite uma ação certa e real. A pessoa falante apresenta uma posição de
certeza e segurança, exprimindo a ação com precisão.
Presente do indicativo
O presente do indicativo indica, principalmente, uma ação que ocorre no exato momento em
que se narra a ação. Indica também uma ação habitual, uma característica do sujeito, um estado
permanente de uma situação ou a verdade científica dos fatos.
Este tempo verbal pode ser usado ainda para indicar uma ação que ocorrerá num futuro próximo
ou enfatizar fatos ocorridos no passado, num relato dos mesmos.
(Eu) radical + -o
(Tu) radical + -as
(Ele) radical + -a
(Nós) radical + -amos
(Vós) radical + -ais
(Eles) radical + -am
(Eu) radical + -o
(Tu) radical + -es
(Ele) radical + -e
(Nós) radical + -emos
(Vós) radical + -eis
(Eles) radical + -em
(Eu) radical + -o
(Tu) radical + -es
(Ele) radical + -e
(Nós) radical + -imos
(Vós) radical + -is
(Eles) radical + -em
O pretérito imperfeito do indicativo se refere a um fato ocorrido no passado, mas que não foi
completamente terminado. Expressando, assim, uma ideia de continuidade e de duração no
tempo.
É usado em lendas e fábulas e confere um caráter mais polido a pedidos e afirmações. Pode ser
utilizado também com sentido de futuro do pretérito para indicar uma ação que seria consequente
de outra que acabou por não acontecer.
O pretérito perfeito do indicativo é usado para indicar uma ação que ocorreu num determinado
momento do passado.
(Eu) radical + -i
(Tu) radical + -este
(Ele) radical + -eu
(Nós) radical + -emos
(Vós) radical + -estes
(Eles) radical + -eram
(Eu) radical + -i
(Tu) radical + -iste
(Ele) radical + -iu
(Nós) radical + -imos
(Vós) radical + -istes
(Eles) radical + -iram
O pretérito perfeito composto do indicativo é usado para indicar uma ação repetida que tem
ocorrido no passado, prolongando-se até ao presente.
O pretérito perfeito composto do indicativo é formado pelo presente do indicativo do verbo ter
mais o particípio do verbo principal.
Nota: Os tempos verbais compostos podem também ser formados com o verbo auxiliar haver,
sendo contudo mais usual o verbo ter.
O pretérito mais-que-perfeito do indicativo é usado para indicar uma ação que ocorreu antes
de outra ação passada. Pode indicar também um acontecimento situado de forma incerta no
passado.
Este tempo verbal tem uma utilização muito limitada, sendo maioritariamente utilizado em
exclamações, em linguagem poética ou na sua forma composta.
O pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo é usado para indicar uma ação que
ocorreu antes de outra ação passada. Pode indicar também um acontecimento situado de forma
incerta no passado.
O futuro do presente do indicativo se refere a um fato que acontecerá num momento posterior
ao discurso. Pode também expressar uma incerteza, bem como uma ordem.
O futuro do presente composto do indicativo se refere a um fato futuro que estará terminado
antes de outro fato futuro. Pode expressar tanto certeza como incerteza.
Nota: Os tempos verbais compostos podem também ser formados com o verbo auxiliar haver,
sendo contudo mais usual o verbo ter.
Expressa também incerteza, surpresa e indignação. Confere um caráter mais polido a pedidos e
afirmações.
O futuro do pretérito composto do indicativo indica uma ação que poderia ter acontecido
posteriormente a uma situação passada, encontrando-se condicionada. Indica também a
possibilidade de uma ação passada e transmite incerteza, surpresa e indignação.
Nota: Os tempos verbais compostos podem também ser formados com o verbo auxiliar haver,
sendo contudo mais usual o verbo ter.
Exercícios
"Nem sempre nós ____________ (ir - pretérito imperfeito do indicativo) lá com vontade."
a) iríamos
b) íamos
c) fôramos
d) vamos
“A mãe disse ao filho que fariam uma longa viagem.” No discurso direto, teremos:
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“A mãe disse ao filho: - _________ uma longa viagem.”
a) Faremos
b) Fazíamos
c) Fazemos
d) Tínhamos feito
04 - A primeira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo dos verbos prover, intervir,
reaver são, respectivamente:
a) reavejo (reaver).
b) precavo (precaver).
c) coloro (colorir).
d) frijo (frigir).
e) fedo (feder).
Respostas
01 02 03 04 05
b d a b d
Modo subjuntivo
O modo subjuntivo transmite uma ação possível, porém incerta, que ainda não foi realizada e que
está dependente de outra. A pessoa falante apresenta uma posição de dúvida, exprimindo a ação
com imprecisão, visto ser apenas uma possibilidade.
Presente do subjuntivo
O presente do subjuntivo pode indicar uma ação presente ou futura. É usado para indicar
desejos, hipóteses e suposições.
(Eu) radical + -e
(Tu) radical + -es
(Ele) radical + -e
(Nós) radical + -emos
(Vós) radical + -eis
(Eles) radical + -em
(Eu) radical + -a
(Tu) radical + -as
(Ele) radical + -a
(Nós) radical + -amos
(Vós) radical + -ais
(Eles) radical + -am
(Eu) radical + -a
(Tu) radical + -as
(Ele) radical + -a
(Nós) radical + -amos
(Vós) radical + -ais
(Eles) radical + -am
O pretérito perfeito composto do subjuntivo indica uma ação anterior já concluída, podendo se
referir a um fato passado ou futuro.
O pretérito perfeito composto do subjuntivo é formado pelo presente do subjuntivo do verbo ter
mais o particípio do verbo principal.
Nota: Os tempos verbais compostos podem também ser formados com o verbo auxiliar haver,
sendo contudo mais usual o verbo ter.
Nós poderíamos ter ido à festa se você tivesse chegado cedo a casa.
Teria sido tudo mais fácil se eles tivessem cumprido o prometido.
Ele não ficaria tão chateado se eu tivesse dito a verdade.
Nota: Os tempos verbais compostos podem também ser formados com o verbo auxiliar haver,
sendo contudo mais usual o verbo ter.
Futuro do subjuntivo
O futuro do subjuntivo indica uma ação que ainda não aconteceu no futuro, mas que poderá
acontecer, expressando eventualidade e possibilidade.
O futuro composto do subjuntivo indica uma ação futura que estará terminada antes de outra
ação futura.
O futuro composto do subjuntivo é formado pelo futuro simples do subjuntivo do verbo ter mais o
particípio do verbo principal.
Exercícios
01 - Em todas as alternativas, a lacuna pode ser preenchida com o verbo indicado entre
parênteses, no subjuntivo, exceto em:
a) Olhou para o cão, enquanto esperava que lhe _______ a porta (abrir).
b) Por que foi que aquela criatura não ________ com franqueza? (proceder)
04 - Complete as frases abaixo com o presente do subjuntivo dos verbos indicados entre
parênteses:
4) Para que não nomeemos é necessário que nós _________ o que elas pensam (saber).
e) N.D.A.
Respostas
01 02 03 04 05
b e b a a
Modo imperativo
O modo imperativo transmite uma ordem, um pedido, uma exortação ou um conselho. A pessoa
falante exige algo, exprimindo o que quer que outra pessoa faça.
Imperativo afirmativo
(Eu) ---
(Tu) radical + -a
(Ele) radical + -e
(Nós) radical + -emos
(Vós) radical + -ai
(Eles) radical + -em
(Eu) ---
(Tu) radical + -e
(Ele) radical + -a
(Nós) radical + -amos
(Vós) radical + -ei
(Eles) radical + -am
(Eu) ---
(Tu) radical + -e
(Ele) radical + -a
(Nós) radical + -amos
(Vós) radical + -i
(Eles) radical + -am
Imperativo negativo
(Eu) ---
(Tu) radical + -es
(Ele) radical + -e
(Nós) radical + -emos
(Vós) radical + -eis
(Eles) radical + -em
(Eu) ---
(Tu) radical + -as
(Ele) radical + -a
(Nós) radical + -amos
(Vós) radical + -ais
(Eles) radical + -am
(Eu) ---
(Tu) radical + -as
(Ele) radical + -a
(Nós) radical + -amos
(Vós) radical + -ais
(Eles) radical + -am
Exercícios
a) Opões
b ) despreza
c) Odeia; preza
d) Evites; pratiques
02 - “Na segunda noite / pisam as flores / matam nosso cão / e não dizemos nada.” Passando
os verbos sublinhados para a segunda pessoa do singular do imperativo, teremos:
a) Faça o trabalho.
b) Acabe a lição.
c) Mande a carta.
d) Dize a verdade.
a) indicativo;
b) imperativo;
c) subjuntivo;
d) imperativo e subjuntivo;
e) N. D. A.
O verbo fale está no imperativo afirmativo e indica que o ouvinte é você (3ª pessoa do singular).
Passando o verbo para o imperativo negativo e conservando a mesma pessoa gramatical,
teremos:
a) não fales.
b) não fala.
c) não fale.
d) não falai.
e) não faleis
01 02 03 04 05
c a d c c
Formas Nominais
O infinitivo não tem valor temporal ou modal. Ele é pessoal quando tem sujeito e é impessoal
quando, por sua vez, não tem sujeito.
Exemplos:
Infinitivo pessoal
O infinitivo pessoal deverá ser usado: sempre que houver um sujeito definido, quando se quiser
definir o sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente e para indicar uma ação
recíproca.
O infinitivo pessoal composto indica um fato passado já concluído. Deverá ser usado: sempre
que houver um sujeito definido, quando se quiser definir o sujeito, quando o sujeito da segunda
oração for diferente e para indicar uma ação recíproca.
O infinitivo pessoal composto é formado pelo infinitivo pessoal do verbo ter mais o particípio do
verbo principal.
Nota: Os tempos verbais compostos podem também ser formados com o verbo auxiliar haver,
sendo contudo mais usual o verbo ter.
Infinitivo impessoal
O infinitivo impessoal deverá ser usado: quando não houver um sujeito definido, quando o
verbo tiver regência de uma preposição, com sentido imperativo, quando o sujeito da segunda
oração for igual ao da primeira, em locuções verbais e com alguns verbos que não formam
locução verbal (ver, sentir, mandar,…).
Deverá ser usado nas mesmas situações que o infinitivo impessoal simples: quando não houver
um sujeito definido, quando o verbo tiver regência de uma preposição, com sentido imperativo,
quando o sujeito da segunda oração for igual ao da primeira, em locuções verbais e com alguns
verbos que não formam locução verbal (ver, sentir, mandar,…).
O infinitivo impessoal composto é formado pelo infinitivo impessoal do verbo ter mais o particípio
do verbo principal.
Nota: Os tempos verbais compostos podem também ser formados com o verbo auxiliar haver,
sendo contudo mais usual o verbo ter.
Particípio
Gerúndio
O gerúndio é usado para referir uma ação que está em curso ou que é prolongada. Atua também
como advérbio e adjetivo.
Terminações do gerúndio
Gerúndio composto
O gerúndio composto indica uma ação prolongada que foi terminada antes da ação da oração
principal.
O gerúndio composto é formado pelo gerúndio do verbo ter mais o particípio do verbo principal.
Gerúndio composto:
Nota: Os tempos verbais compostos podem também ser formados com o verbo auxiliar haver,
sendo contudo mais usual o verbo ter.
01 - Em “Quando ele for prestar vestibular, deverá estudar latim”, a forma infinitiva do verbo em
destaque, considerando o contexto, é:
a) ser
b) for
c) é
d) ir
e) vamos
a) participial e infinitiva
b) gerundial e infinitiva
c) infinitiva e participial
d) infinitiva e gerundial
e) gerundial e participial
O bom uso do gerúndio requer que sua ação seja simultânea à do verbo principal, como ocorre
nesse segmento do texto. Assim, é exemplo de mau uso do gerúndio a frase:
05 - Como sabemos, o morfema -NDO forma gerúndios, de que fazendo é um exemplo. O item
em que a forma em maiúscula não corresponde a um gerúndio é:
Respostas
01 02 03 04 05
d b c c c
Flexão em voz
Voz ativa
A voz ativa é usada quando o sujeito gramatical pratica a ação verbal. Indica, assim, que o sujeito
gramatical é o agente da ação.
Eu comi o bolo.
Meu filho comprou o chapéu.
Os alunos leram os livros.
Voz passiva
A voz passiva é usada quando o sujeito gramatical sofre a ação verbal. Indica, assim, que o
sujeito gramatical é o paciente de uma ação que é praticada pelo agente da passiva.
Conforme o seu processo de formação, a voz passiva pode ser classificada em voz passiva
analítica e voz passiva sintética.
Comeu-se o bolo.
Comprou-se o chapéu.
Leram-se os livros
Voz reflexiva
A voz reflexiva é usada quando o sujeito gramatical pratica e sofre a ação verbal. Indica assim
que o sujeito gramatical é ao mesmo tempo o agente e o paciente da ação. Apresenta,
obrigatoriamente, um pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos, se) que atua como objeto
de um verbo na voz ativa.
A voz reflexiva é considerada recíproca quando estão presentes dois sujeitos que praticam e
sofrem a ação um do outro.
Voz passiva analítica: O horário de funcionamento da empresa foi alterado pelo diretor.
Flexão em aspecto
Se a ação verbal é…
Exercícios
02 - Transpondo para a voz passiva a oração “O faro dos cães guiava os caçadores”, obtém-se a
forma verbal:
b) ia guiando
c) guiavam
d) eram guiados
e) foram guiados.
"Os ingressos haviam sido vendidos com antecedência", obtém-se a forma verbal:
a) venderam
b) vendeu-se
c) venderam-se
d) haviam vendido
e) havia vendido
a) “... tal o estrago que a bicharada tinha aprontado nas roças e retiros.»
01 02 03 04 05
e d d b c
Verbos Regulares - Não têm o seu radical alterado. Exemplos: falar, torcer, tossir.
Verbos Irregulares - Nos verbos irregulares, por sua vez, o radical é
alterado. Exemplos: dar, caber, medir. Quando as alterações são profundas, eles são
chamados de Verbos Anômalos; é o caso dos verbos ser e vir.
Verbos Defectivos - Os verbos defectivos são aqueles que não são conjugados em todas
as pessoas, tempos e modos. Eles podem ser de três tipos:
1. Impessoais - Quando os verbos indicam, especialmente, fenômenos da natureza (não tem
sujeito) e são conjugados na terceira pessoa do singular, são verbos
impessoais. Exemplos: chover, trovejar, ventar.
2. Unipessoais - Quando os verbos indicam vozes dos animais e são conjugados na terceira
pessoa do singular ou do plural, são verbos unipessoais. Exemplos: ladrar, miar, surtir.
3. Pessoais - Quando os verbos têm sujeito, mas não são conjugados em todas as pessoas,
são verbos pessoais. Exemplos: banir, falir, reaver.
Verbos Abundantes - Os verbos abundantes são aqueles que aceitam duas ou mais
formas. É comum ocorrer no Particípio. Exemplos: aceitado e aceito, inserido e inserto,
segurado e seguro.
Locução Verbal
Uma locução verbal é a combinação de um verbo auxiliar e um verbo principal. Esses dois
verbos, aparecendo juntos na oração, transmitem apenas uma ação verbal, desempenhando o
papel de um único verbo. Exemplo:
estive pensando
quero sair
pode ocorrer
tem investigado
tinha decidido
Apenas o verbo auxiliar é flexionado. Verbo auxiliar é o que perdendo significado próprio, é
utilizado para auxiliar na conjugação de outro, o verbo principal. Assim, o tempo, o modo, o
número, a pessoa e o aspecto da ação verbal são indicados pelo verbo auxiliar.
Exemplo:
Os auxiliares mais comuns são: “Ter, Haver, Ser e Estar”. Contudo, outros verbos também atuam
como verbos auxiliares nas locuções verbais, como os verbos poder, dever, querer, começar a,
deixar de, voltar a, continuar a, entre outros.
Nas locuções verbais o verbo auxiliar aparece conjugado e o principal numa das formas
nominais: no gerúndio, no infinitivo ou no particípio.
Exercícios
01 - “Acesas” é particípio adjetivo de “acender”, verbo chamado abundante, porque possui dupla
forma de particípio (acendido e aceso). Em abundância, que é geralmente do particípio, em
alguns verbos ocorre em outras formas. Assim, por exemplo, é o caso de:
a) coser
b) olhar
c) haver
d) vir
e) dançar
a) 3 — 5 — 1 — 2 — 4
b) 2 — 1 — 4 — 5 — 3
Página 273 de 439
c) 1 — 5 — 4 --- 3 — 2
d) 2 — 5 — 4 — 3 —1
d) "Pode-se pedir"
Respostas
01 02 03 04 05
c b d e a
Flexão em número:
Flexão em pessoa:
Flexão em modo:
Flexão em tempo:
Flexão em aspecto:
Flexão em voz:
Advérbio
Advérbios interrogativos
Alguns advérbios podem ainda ser classificados em advérbios interrogativos, sendo utilizados nas
interrogações diretas e indiretas e indicando circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa.
São os advérbios:
Os advérbios são palavras invariáveis, não sendo flexionadas em gênero (masculino e feminino)
e número (plural e singular). Apesar disso, alguns advérbios podem ser flexionados em grau
(comparativo e superlativo), similares aos graus dos adjetivos.
Grau comparativo de igualdade - Formado por: tão + advérbio + quanto/ como/ quão.
Grau superlativo absoluto sintético - Formado por: advérbio + sufixo (normalmente sufixo -
íssimo).
Nota: É comum a utilização de formas diminutivas em alguns advérbios, como pertinho, longinho,
pouquinho, cedinho,… Esta forma diminutiva do advérbio transmite a noção de muito perto, muito
longe, muito pouco, muito cedo,…
Os advérbios bem, mal, muito e pouco, assumem formas irregulares nos graus comparativo e
superlativo.
Advérbio bem
Advérbio mal
Advérbio muito
comparativo: mais
superlativo: muitíssimo, o mais
Advérbio pouco
comparativo: menos
superlativo: pouquíssimo, o menos
Locução adverbial
Uma locução adverbial é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como um
advérbio, alterando o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio.
Emprego do Advérbio
2 - Frequentemente empregamos adjetivos com valor de advérbio: A cerveja que desce redondo.
(redondamente)
3 - Bastante - antes de adjetivo, é advérbio, portanto, não vai para o plural; equivale a muito / a:
Aquelas jovens são bastante simpáticas e gentis.
4 - Bastante - antes de substantivo, é adjetivo, portanto vai para o plural, equivale a muitos / as:
Contei bastantes estrelas no céu.
5 - Não confunda mal (advérbio, oposto de bem) com mau (adjetivo, oposto de bom): Mal cheguei
a casa, encontrei-a de mau humor.
6 - Antes de verbo no particípio, diz-se mais bem, mais mal: Ficamos mais bem informados
depois do noticiário notumo.
9 - Dois ou mais advérbios terminados em mente, apenas no último permanece mente: Educada
e pacientemente, falei a todos.
Página 279 de 439
10 - A repetição de um mesmo advérbio assume o valor superlativo: Levantei cedo, cedo.
São palavras semelhantes a advérbios e que não possuem classificação especial. Não se
enquadram em nenhuma das dez classes de palavras. São chamadas de denotativas e
exprimem:
Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem. Ex.: Ainda bem que você veio.
Exclusão: exclusive, menos, exceto, fora, salvo, senão, sequer: Ex.: Não me disse sequer uma
palavra de amor.
Inclusão: inclusive, também, mesmo, ainda, até, além disso, de mais a mais. Ex.: Também há
flores no céu.
Realce: cá, lá, é que, sobretudo, mesmo. Ex.: Sei lá o que ele quis dizer!
Retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou antes. Ex.: Irei à Bahia na próxima semana, ou melhor,
no próximo mês.
Explicação: por exemplo, a saber. Ex.: Você, por exemplo, tem bom caráter.
Exercícios
01 - Observe as palavras:
I. Hoje.
II. Aqui.
III. Rapidamente.
IV. Bastante.
V. Com certeza.
a) Unidade que significa ação ou processo, podendo expressar o modo, o tempo, a pessoa e o
número.
d) Classe que designa os nomes dos objetos, pode ser dividida em próprios e comuns.
03 - Assinale a alternativa que apresenta pelo menos uma locução adverbial de modo:
a) A palavra se, por exemplo, pode ter muitas funções. (de explicação)
05 - Marque a única alternativa cuja expressão destacada não seja considerada uma locução
adverbial:
Respostas
01 02 03 04 05
a b a e e
Preposição
Preposições são palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre dois termos de
uma oração. São indispensáveis para a construção e compreensão dos textos, conferindo-lhes
coesão e estrutura.
Exemplo:
Tipos de preposições
A, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, perante, sem, sob, sobre,
trás.
Obs.: O artigo definido a que vem sempre acompanhado de um substantivo, é flexionado: a casa,
as casas, a árvore, as árvores, a estrela, as estrelas. A preposição a nunca vai para o plural e
não estabelece concordância com o substantivo.
Ex.: Fiz todo o percurso a pé. (não há concordância com o substantivo masculino pé)
Preposições acidentais
Preposições acidentais são palavras que possuem outras classes gramaticais, mas que também
funcionam como preposições:
Afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, feito, fora, mediante, menos, salvo,
segundo, senão, tirante, visto.
Locuções prepositivas
Locuções prepositivas são duas ou mais palavras em que a última é uma preposição:
Não confunda locução prepositiva com locução adverbial. Na locução adverbial, nunca há uma
preposição no final, e sim no começo:
Preposições são palavras invariáveis, não sendo flexionadas em gênero, número e grau. Podem,
contudo, aparecer contraídas ou combinadas com palavras variáveis, como artigos e pronomes,
que estabelecem concordância de gênero e número com os termos da oração.
Contração de preposições
a+a=à
a + aquele = àquele
de + o = do
Combinação de preposições
a + o = ao
a + os = aos
a + onde = aonde
Emprego de preposições
Preposições de movimento:
Eu vou a Copacabana.
Vou sair de sua casa.
Preposições de situação:
Observação:
Na língua cotidiana, falada ou escrita, aparecem as reduções pra (para a) e pro (para o). Essas
palavras não pedem acento, já que se trata de palavras átonas. por exemplo:
Ante
(diante de): Parou ante mim sem dizer nada, tanta era a emoção.
Tempo (substituída por antes de): Preciso chegar ao encontro antes das quatro horas.
Após
Até
Com
Contra
De
Desde
Em
(posição entre dois limites): Convém colocar o vidro entre dois suportes.
Para
Perante
Por
Sem
Sob
Sobre
(em cima de, com contato): Colocou as taças de cristal sobre a toalha rendada.
Assunto: Conversávamos sobre política financeira.
(situação posterior; é preposição fora de uso. É substituída por atrás de, depois de):
Por trás desta carinha vê-se muita falsidade.
Exercícios
b) “Com o meu avô cada vez mais perto de mim, o Santa Rosa seria um inferno.”
a) causa
b) modo
c) intensidade
d) instrumento
e) meio
A – "[...] inconformado COM as amarras da lei, fazia justiça COM as próprias mãos."
a) abaixo de
b) à direita
c) de repente
d) ao léu
e) de manhã
Respostas
01 02 03 04 05
c a a d a
Conjunção
Conjunção é um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor gramatical,
estabelecendo uma relação (de coordenação ou subordinação) entre eles.
Locução conjuntiva
Há ainda a locução conjuntiva, que ocorre quando duas ou mais palavras exercem a função de
conjunção. Como os casos de: ainda que, desde que, assim que, uma vez que, antes que, logo
que, etc. Exemplo:
Página 290 de 439
Ele participará da festa, desde que você faça a sua parte.
Conjunções coordenativas
As conjunções coordenativas são aquelas que ligam duas orações independentes. São
divididas em cinco tipos:
1. Conjunções Aditivas
Essas conjunções exprimem soma, adição de pensamentos: e, nem, não só...mas também, não
só...como também.
2. Conjunções Adversativas
3. Conjunções Alternativas
4. Conjunções Conclusivas
Exprimem conclusão de pensamento: logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo),
portanto, por conseguinte, assim.
Exprimem razão, motivo: que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto, por
conseguinte.
Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas servem para ligar orações dependentes uma da outra e são
divididas em dez tipos:
1. Conjunções Integrantes
Exemplo: Quero que você volte já. Não sei se devo voltar lá.
2. Conjunções Causais
Introduzem orações subordinadas que dão ideia de causa: que, porque, como, pois, visto que, já
que, uma vez que.
Exemplo: Não fui à aula porque choveu. Como fiquei doente não pude ir à aula.
3. Conjunções Comparativas
Introduzem orações subordinadas que dão ideia de comparação: que, do que, como.
4. Conjunções Concessivas
Iniciam orações subordinadas que exprimem um fato contrário ao da oração principal: embora,
ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que, por melhor que.
Iniciam orações subordinadas que exprimem hipótese ou condição para que o fato da oração
principal se realize ou não: caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que.
6. Conjunções Conformativas
Iniciam orações subordinadas que exprimem acordo, concordância de um fato com outro:
segundo, como, conforme.
7. Conjunções Consecutivas
8. Conjunções Temporais
Iniciam orações subordinadas que dão ideia de tempo: logo que, antes que, quando, assim que,
sempre que.
9. Conjunções Finais
Iniciam orações subordinadas que exprimem uma finalidade: a fim de que, para que.
Exercícios
01 - No período: "Da própria garganta saiu um grito de admiração, que Cirino acompanhou,
embora com menos entusiasmo", a palavra destacada expressa uma ideia de:
a) explicação
b) concessão
c) comparação
d) modo
e) consequência
a) Condição
b) Consequência
c) Concessão
d) Comparação
e) Causa
03 - Em: “… ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas…” a partícula como
expressa uma ideia de:
a) comparação
b) causa
c) explicação
d) conclusão
e) proporção
“Este é um pais rico, ______ a maior parte de seu povo seja muito pobre.”
“Não foi classificado, ______ não. conseguiu realizar a última prova de aptidão.”
h) Que não pedes um diálogo de amor á claro, desde que imponhas a cláusula da meia-idade.
e) Da própria garganta saiu um grito de admiração, que ele acompanhou, embora com menos
entusiasmo.
Respostas
01 02 03 04 05
b c a b a
Interjeição
Locução Interjetiva
Locução Interjetiva é o conjunto de duas ou mais palavras com valor de uma interjeição:
Exemplos:
Muito bem!
Que pena!
Quem me dera!
Puxa, que legal!
As interjeições e as locuções interjetivas são classificadas de acordo com o sentido que elas
expressam em determinado contexto. Assim, uma mesma palavra ou expressão pode exprimir
emoções variadas.
Obs.: Observe na relação acima, que as interjeições muitas vezes são formadas por palavras de
outras classes gramaticais. Exemplo:
Exercícios
a) imitar os sons da realidade, como o latido de um cão, o barulho de uma porta sendo fechada,
um vidro quebrado, um telefone tocando.
c) repetir os fonemas tônicos para que as palavras possam ser rimadas e dar sonoridade ao
texto.
e) realçar a combinação fonética intencional por parte do autor para causar efeitos sensoriais
durante a leitura/declamação dos textos.
03 - “Nossa Senhora! Como você pôde fazer isso!” A locução interjetiva destacada expressa:
a) espanto
b) saudação
c) satisfação
d) desejo
04 – Marque a única alternativa que não é composta apenas por Interjeições ou Locuções
Interjetivas:
a) Credo! – Repulsa
b) Vamos! – Dúvida
c) Puxa! – Intenção
e) Viva! – Alívio
01 02 03 04 05
d b a d a
Ao estudar a estrutura das palavras, estamos penetrando seu íntimo e conhecendo as várias
partes que formam um todo acabado e repleto de significado. Uma palavra é formada por
unidades mínimas que possuem significado, que são chamadas elementos mórficos ou
morfemas.
Na estrutura e formação das palavras, existem diferentes elementos mórficos, com diferentes
significados:
Raiz
Radical
Vogal temática
Tema
Afixos
Desinências
Vogal de ligação
Consoante de ligação
Raiz
A raiz da palavra é o principal elemento de origem da palavra, ou seja, sua parte básica.
Ela abriga a significação do termo e pode sofrer alterações. As palavras que possuem a mesma
família etimológica contém a mesma raiz, por exemplo.
O radical é o elemento base que serve de significado à palavra e que inclui a raiz. Ele não sofre
alterações, ou seja, permanece igual sempre, por exemplo:
Ferro e ferrugem
Floricultura e Florista
Vogal temática
As vogais temáticas ocorrem entre um radical e uma desinência. Ocorrendo em verbos, são
chamadas de vogais temáticas verbais. Ocorrendo em nomes, são chamadas de vogais
temáticas nominais.
Nos nomes, as principais vogais temáticas são -a e -o, como em em livr-o e past-a. Os nomes
terminados em consoante, como par, possuem a vogal temática -e, que é recuperada no plural
(mar-e-s). Apenas as vogais finais átonas são vogais temáticas nominais. Os nomes terminados
em vogal tônica, como café, não possuem vogal temática.
Tema é o nome dado à junção do radical com a vogal temática. Nas palavras em que não há
vogal temática, o tema e o radical estão representados no mesmo elemento.
Temas verbais:
falar (fala-r);
entender (entende-r);
dividir (dividi-r).
Temas nominais:
livros (livro-s);
pastas (pasta-s).
Afixos
São morfemas que se colocam antes ou depois do radical alterando sua significação básica. São
divididos em prefixos e sufixos.
Exemplos de sufixos:
Desinências
As desinências são morfemas que indicam os tipos de flexão que uma palavra pode sofrer. Tal
como as vogais temáticas, as desinências são chamadas de nominais quando se referem a
nomes e de verbais quando se referem a verbos.
Página 302 de 439
As desinências nominais indicam a possibilidade de flexão em gênero (feminino e masculino) e
número (singular e plural):
Vogal de ligação
As vogais de ligação são elementos incluídos nas palavras para facilitar a pronúncia. Por
exemplo: maresia, bananeira, gasômetro e parisiense.
Consoante de ligação
Da mesma maneira que as vogais de ligação, as consoantes de ligação são elementos incluídos
aos vocábulos que auxiliam na pronúncia. Por exemplo: cafeteira, cafezal e chaleira.
Na estrutura de palavras, na junção dos morfemas, podem ocorrer omissões e alterações fônicas,
como:
A separação dos morfemas constituintes das palavras não é uma tarefa simples e linear, sendo
necessária a compreensão do significado dos diferentes morfemas que participam na estrutura e
formação de palavras.
pat (radical)
inh (sufixo indicativo do diminutivo)
o (desinência indicativa do masculino)
s (desinência indicativa do plural)
encontr (radical)
á (vogal temática)
va (desinência indicativa do modo e tempo verbal)
mos (desinência indicativa da pessoa e número verbal)
cant-á-va-mos cant-á-sse-is
cant: radical cant: radical
-á-: vogal temática -á-: vogal temática
-va-: desinência modo-temporal (caracteriza o -sse-:desinência modo-temporal (caracteriza o
pretérito imperfeito do indicativo) pretérito imperfeito do subjuntivo)
-mos: desinência número-pessoal (caracteriza -is: desinência número-pessoal (caracteriza a
a primeira pessoa do plural) segunda pessoa do plural)
a) divertida
b) respeitoso
c) fantasia
d) aborrecido
a) pires
b) todos
c) lápis
d) vírus
b) lentamente: sufixo.
a) o sufixo é ento
b) o prefixo é empe
Página 305 de 439
c) o tema é pedra
d) o radical é emped.
Respostas
01 02 03 04 05
c b d c c
Formação de Palavras
As palavras que compõem o léxico da língua são formadas principalmente por dois processos
morfológicos:
Processos de Composição
Haverá composição quando se juntarem dois ou mais radicais para formar nova palavra. Há dois
tipos de composição: justaposição e aglutinação.
a) Justaposição: ocorre composição por justaposição quando não há alteração das palavras
formadoras. Ocorre apenas a junção de duas ou mais palavras simples ou radicais, que mantêm
a mesma ortográfica e acentuação que apresentavam antes do processo de composição. Por
exemplo:
arco-íris;
beija-flor;
guarda-chuva;
segunda-feira;
chapéu de chuva;
fim de semana;
girassol;
paraquedas;
passatempo;
pontapé.
Processos de Derivação
Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra, chamada de primitiva.
Os processos de derivação são:
Obs.; Você pode observar que os dois afixos são independentes: existem as palavras, desleal e
lealmente, assim como infeliz e felizmente.
Obs.: Na derivação parassintética os dois afixos não podem se separar, devendo ser usados ao
mesmo tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado. Por exemplo:
Anoitecer (a: prefixo e ecer: sufixo), neste caso, não existem as palavras anoite e noitecer, pois
os afixos não podem se separar.
Hibridismo: é a palavra formada com elementos oriundos de línguas diferentes. Por exemplo:
Abreviação vocabular: cujo traço peculiar manifesta-se por meio da eliminação de um segmento
de uma palavra no intuito de se obter uma forma mais reduzida, geralmente aquelas mais longas.
Por exemplo:
metropolitano – metrô
extraordinário – extra
otorrinolaringologista – otorrino
telefone – fone
pneumático – pneu
Onomatopeia: consiste em criar palavras, tentando imitar sons da natureza ou sons repetidos.
Por exemplo:
zumzum
cri-cri
tique-taque
pingue-pongue
blá-blá-blá
Siglas: as siglas são formadas pela combinação das letras iniciais de uma sequência de palavras
que constitui um nome. Por exemplo:
Obs.: As siglas escrevem-se com todas as letras maiúsculas, a não ser que haja mais de três
letras e a sigla seja pronunciável sílaba por sílaba. Por exemplo: Unicamp, Petrobras.
a) comuna
b) âncora
c) boteco
d) corte
e) agito
a) derivação
b) onomatopeia
c) hibridismo
d) composição
e) prefixação
a) prefixal;
b) sufixal;
c) regressiva;
d) parassintética;
a) hibridismo
b) aglutinação
c) justaposição
d) parassíntese
d) parassíntese
Respostas
01 02 03 04 05
d b d b b
Segundo o Novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor em janeiro de 2009, o hífen é utilizado
quando o prefixo termina com a mesma letra que começa a segunda palavra ou quando a
segunda palavra começa com h.
Em todas as outras situações, o prefixo é escrito junto à palavra já existente, sem hífen.
1) Nos prefixos sob- e sub-, além do h e do b, também é utilizado hífen quando a segunda
palavra começa pela letra r.
2) Com o prefixo co- apenas é utilizado o hífen quando a segunda palavra começa com h. Em
todas as outras situações, o prefixo é escrito junto à palavra já existente, mesmo quando a
segunda palavra começa com a mesma letra com que termina o prefixo.
3) Com os prefixos pró-, pós- e pré- é utilizado o hífen quando os prefixos são tônicos e
autônomos da segunda palavra.
Quando os prefixos pro-, pos- e pre- são átonos e não são autônomos da segunda palavra, não
se emprega o hífen. Ocorre a justaposição do prefixo com o outro elemento, ou seja, formam uma
só palavra.
4) Com os prefixos circum- e pan- é utilizado o hífen quando a segunda palavra começa por
vogal, m, n ou h.
5) Com os prefixos ex-, vice-, vizo-, soto- e sota- é utilizado sempre o hífen.
01 - Identifique a opção em que todas as palavras compostas estão grafadas de acordo com as
novas regras:
02 - Conforme o Acordo Ortográfico, os prefixos pós-, pré- e pró-, quando átonos, aglutinam-se
com o segundo elemento do termo composto. Marque a alternativa em que, segundo as novas
regras, há erro de ortografia:
03 - Identifique a alternativa em que todas as palavras compostas estão grafadas de acordo com
as novas regras:
Respostas
01 02 03 04 05
c a b c c
A Sintaxe é a parte da gramática que estuda a função e a relação entre as palavras e as orações.
Frase
Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por
várias, podendo ter verbos ou não. A frase exprime, através da fala ou da escrita: ideias,
emoções, ordens e apelos.
Chamam-se frases nominais as que se apresentam sem o verbo ou seja frases constituídas
apenas por nomes, substantivo, adjetivo e pronome.
A intencionalidade do discurso é manifestada através dos diferentes tipos de frases. Para tanto,
os sinais de pontuação que as acompanham auxiliam para expressar o sentido de cada uma
delas.
Frases declarativas
Uma frase declarativa tem como intenção dar uma informação ou constatar um fato. É pontuada
com ponto final e pode ser afirmativa ou negativa.
Frases interrogativas
Numa frase interrogativa, o emissor faz uma pergunta ao interlocutor. Ocorrendo uma
interrogação direta, a frase deverá ser pontuada com ponto de interrogação. Ocorrendo uma
interrogação indireta, a frase deverá ser pontuada com ponto final.
Uma frase imperativa tem como intenção dar ordens ou conselhos, bem como fazer pedidos,
havendo uma ação direta sobre o comportamento do interlocutor. Pode ser pontuada com ponto
de exclamação ou ponto final e pode ser afirmativa ou negativa.
Frases exclamativas
Numa frase exclamativa, o emissor exprime um estado emotivo, exteriorizando seus sentimentos.
É pontuada com ponto de exclamação.
Frases optativas
Uma frase optativa é utilizada para exprimir um desejo, uma vontade. Deverá ser pontuada com
ponto de exclamação.
Deus te acompanhe!
Bons ventos te levem!
Tomara que tudo dê certo!
Não conseguindo atingir seu intento, dirigiu maldições contra seu desafeto.
Maldito seja quem encontrar você.
Oração
Exercícios
d) Recebi o dinheiro.
a) Frase exclamativa.
b) Frase imperativa
c) Frase interrogativa.
d) Frase declarativa.
04 - Qual é o sinal de pontuação que falta para que a frase seja imperativa. "Ó João, vai para a
escola"
a) !
b) ?
c) .
d) :
a) Frase declarativa.
b) Frase interrogativa.
c) Frase imperativa.
d) Frase exclamativa.
Respostas
01 02 03 04 05
b b d c c
O sujeito e o predicado são os termos essenciais de uma oração, ou seja, os dois grandes termos
nos quais as orações se subdividem.
O sujeito é a parte da oração sobre a qual a restante oração se refere, ou seja, de quem ou do
que se fala.
Exemplos de sujeito
O sujeito aparece, habitualmente, antes do predicado, sendo esta a ordem direta da oração. As
perguntas quem?, o quê? e quê? feitas antes do verbo, facilitam a identificação do sujeito.
Quem conseguiu?
Filipe = sujeito
O quê queimou?
Apesar do sujeito aparecer maioritariamente antes do predicado, pode também aparecer numa
ordem inversa, ou seja, depois do predicado, bem como no meio do predicado, de forma
intercalada.
Depois do predicado:
Entre o predicado:
Tipos de sujeito
Sujeito determinado
O sujeito é determinado quando está precisamente identificado. Pode ser simples, composto ou
implícito.
O sujeito é determinado simples quando apresenta apenas um núcleo relacionado com o verbo.
O sujeito é determinado composto quando apresenta dois ou mais núcleos relacionados com o
verbo.
Página 322 de 439
Eu e ela fomos ao cinema.
Patrícia e Eduardo casaram-se ontem.
Alimentação equilibrada e exercício físico são essenciais para uma vida saudável.
Inglês e alemão são línguas que domino na perfeição.
O sujeito é determinado implícito quando pode ser facilmente identificado através da desinência
verbal ou por referência em outra oração, mesmo não aparecendo na oração de forma explícita.
Sujeito indeterminado
Orações sem sujeito são formadas com verbos impessoais, sempre conjugados na 3.ª pessoa do
singular, como:
Verbos que indicam fenômenos atmosférico e da natureza, como os verbos chover, nevar,
ventar, anoitecer, escurecer,…
Núcleo do sujeito
O núcleo do sujeito representa o termo mais importante. Quando o sujeito é seguido de artigos,
por exemplo, o núcleo é apenas o substantivo que vem depois dele.
Assim, embora o artigo e o substantivo sejam o sujeito, o seu núcleo é aquilo que
semanticamente tem mais importância, por exemplo:
sujeito: As meninas
núcleo do sujeito: meninas
Simples - tem um só núcleo, no singular ou plural: O cachorro tem uma casinha linda.
Composto - apresenta mais de um núcleo: O garoto e a menina brincavam alegremente.
Expresso - está explícito, enunciado: Eu trabalharei amanhã.
Oculto (ou elíptico) - está implícito, não está expresso, funciona como algo que não está
claro, porém, no texto está o significado dele: Trabalharei amanhã. (se deduz “eu” a partir
da desinência do verbo).
Agente - ação expressa pelo verbo da voz ativa: O garoto chutou a bola.
Paciente - recebe os efeitos da ação expressa pelo verbo passivo: A bola é chutada pelo
menino. Construíram-se açudes. (= Açudes foram construídos.)
Agente e Paciente - quando o sujeito realiza a ação expressa por um verbo reflexivo e ele
mesmo sofre ou recebe os efeitos dessa ação: O operário feriu-se durante o trabalho;
Regina trancou-se no quarto.
Indeterminado - quando não se indica o agente da ação verbal: Atropelaram uma senhora
na esquina. (Quem atropelou a senhora? Não se diz, não se sabe quem a atropelou.);
Come-se bem naquele restaurante (quem come).
Observações:
2) Sujeito formado por pronome indefinido não é indeterminado, mas expresso: Ninguém lhe
telefonou.
d) Alugam-se apartamentos.
e) Sujeito indeterminado.
a) O sujeito é “trabalhar”.
d) O sujeito é indeterminado.
e) O sujeito é “Tribunal”.
Respostas
01 02 03 04 05
b d a a d
Predicado
O predicado é a parte da oração que faz referência ao que acontece ao sujeito, ou seja, tudo
aquilo que não faz parte do sujeito é considerado predicado. É obrigatoriamente composto por um
verbo ou locução verbal.
Exemplos de predicado
Tipos de predicado
O predicado pode ser classificado em predicado nominal, predicado verbal e predicado verbo-
nominal, conforme a classificação do seu núcleo.
Predicado nominal
O predicado nominal é um tipo de predicado que tem como núcleo um nome (substantivo ou
adjetivo).
Página 327 de 439
Além disso, ele indica estado ou qualidade de algo, sendo formado por um verbo de ligação e o
predicativo do sujeito.
Note que o predicativo do sujeito é sempre o núcleo do predicado nominal. Ele complementa e
atribui características ao sujeito da ação, sendo formado por um verbo de ligação (verbo não
nocional que indica estado).
Lembre-se que, ao lado do sujeito, o predicado é um dos termos essenciais da oração. Sua
função na frase é declarar algo sobre a ação do sujeito.
Exemplos
Sujeito: Jéssica
Predicado nominal: está feliz
Núcleo do predicado: feliz
Sujeito: João
Predicado nominal: parecia tenso
Núcleo do predicado: tenso
Sujeito: Iara
Predicado nominal: continua triste
Núcleo do predicado: triste
Predicativo do sujeito é o termo do predicado que tem a função de atribuir uma qualidade ao
sujeito.
Essa função é feita por meio de um verbo que pode ou não ser de ligação. Nesse caso, a função
do verbo é informar algo relacionado ao sujeito.
Exemplos
O papel do predicativo do sujeito numa sentença pode ser desempenhado por um adjetivo,
substantivo, numeral, advérbio ou pronome.
Exemplo 1
A modelo é desastrada.
Sujeito = A modelo
Verbo de Ligação = é
Predicativo = desastrada
Exemplo 2
Sujeito = o sofá
Verbo de Ligação = está
Predicativo = sujo
Exemplo 3
Sujeito = a engenheira
Verbo de ação = corre
Predicativo = feliz
A função sintática do predicativo é indicar uma característica para o sujeito ou para o objeto,
complementando-o.
O predicativo do sujeito, juntamente com o predicativo do objeto, fazem parte do termo da oração
que denominamos predicativo.
Exemplo:
Predicado verbal
O predicado verbal é um tipo de predicado que tem como núcleo um verbo ou uma locução
verbal que transmite a ideia de ação.
Vale lembrar que a locução verbal é a união de dois ou mais verbos, por exemplo: estamos
saindo.
Ao lado do sujeito, o predicado é um dos termos essenciais da oração, o qual declara suas ações,
concordando em número e pessoa.
Exemplos
Sujeito: Sara
Predicado verbal: correu a semana passada
Núcleo do predicado: correu
Sujeito: Eles
Predicado verbal: caminharam muito hoje
Núcleo do predicado: caminharam
Sujeito: Joana
Predicado verbal: comprou muitos sapatos ontem
Núcleo do predicado: comprou
Observação
Diferente do predicado nominal, o verbal não possui um predicativo do sujeito, ou seja, um termo
que qualifica o sujeito da ação. Além disso, ele não apresenta um verbo de ligação (estado ou
qualidade) e sim, um verbo de ação (transitivo ou intransitivo).
a) Quando o núcleo do predicado for um nome (adjetivo ou substantivo), ele será chamado de
predicado nominal. O predicado nominal é composto por um verbo de ligação e um predicativo do
sujeito.
b) Quando o núcleo do predicado for um verbo, esse predicado será chamado de predicado
verbal.
02 - Assinale a sequência correta quanto à classificação dos predicados das orações a seguir:
b) verbal e nominal
c) verbal e verbo-nominal
d) verbo-nominal e nominal
e) verbo-nominal e verbal
Respostas
01 02 03 04 05
d b e e c
Os verbos intransitivos são aqueles verbos que expressam sentido completo, sendo capazes
de constituir predicado sozinhos.
Exemplos:
Escorreguei.
Ela saiu.
Não quer dizer que a oração acabe sempre no verbo intransitivo. Ainda que não seja exigido,
após o verbo pode ser acrescentada mais alguma informação, tal como adjunto
adverbial ou predicativo do sujeito.
Exemplos:
Escorreguei ali.
Ela saiu desesperada.
Verbos Transitivos
Os verbos transitivos são aqueles verbos que não tem sentido sozinhos, por isso, precisam de
complementos.
Chama-se transitividade verbal a necessidade que um verbo tem de ser completado com algo.
Ele precisa transitar para o objeto, ou seja, ir em busca de algo que complete o seu sentido.
Exemplos:
Relatei o ocorrido.
Gosto de rock.
Os verbos transitivos diretos são aqueles cujo complemento não exige preposição.
Exemplos:
Os verbos transitivos diretos e indiretos são aqueles cujo complemento exige preposição.
Exemplos:
Os verbos transitivos diretos e indiretos são aqueles que precisam de dois complementos, um
sem e outro com preposição.
Exemplos:
A transitividade verbal indica a relação entre os verbos transitivos e os seus complementos. Isso
porque, sozinho, o verbo transitivo não tem sentido completo, o que significa que ele tem que
transitar para um elemento que o complete.
Exemplos:
Entregaram a encomenda.
Vendo quadros.
Segure isto, por favor!
Verbo que não tem sentido completo e precisa de um complemento, geralmente introduzido sem
preposição, que conclua o quê ou quem. Esse complemento é chamado de objeto direto.
Página 335 de 439
Exemplos:
Verbo que não tem sentido completo e precisa de um complemento que conclua com quem, de
quê ou de quem, em quê, para quê ou para quem, por quem. Acompanhado de preposição
obrigatória, o complemento desse tipo de verbo é chamado de objeto indireto.
Exemplos:
Não acredito no que ele diz. (Não acredito em quê? No que ele diz)
Esperei-lhe pacientemente. (Esperei por quem? Por ele/ela)
Podemos ir com você? (Ir com quem? Com você)
Também chamado de bitransitivo, é o verbo que não tem sentido completo e que precisa
de objeto direto e indireto.
Assim, o verbo transitivo direto e indireto precisa de dois complementos, um dos quais sem
preposição obrigatória (objeto direto) e outro que exige preposição (objeto indireto).
O objeto direto e indireto completa o verbo com a informação sobre o quê a quem.
Exemplos:
Enviei os postais aos clientes. (Enviei o quê a quem? Os postais aos clientes)
Agradeceu a oportunidade ao chefe. (Agradeceu o quê a quem? A oportunidade ao chefe)
Expus minhas dificuldades ao professor. (Expus o quê a quem? Minhas dificuldades ao
professor)
É que muitas vezes, com os exemplos dados de verbos intransitivos, os alunos acabam
concluindo que não há mais nada depois dele, e quando há, descartam logo a possibilidade da
intransitividade.
Muito facilmente os alunos identificam "João nasceu", "A planta morreu", "Adormeci" como
intransitivos, mas se acrescentamos algo a mais, eles param e ficam pensando…
As informações que seguem os verbos intransitivos podem ser classificadas como adjunto
adverbial (é o caso de "ontem", "de sede" e "cedo" dos exemplos acima).
Verbos de Ligação
Exemplos:
Estou doente.
Continuo resfriada.
Importante!
O mesmo verbo pode ser empregado com predicações verbais diferentes. Por isso, é importante
destacar que somente após analisar o contexto é possível classificar se o verbo presente na
oração é intransitivo, transitivo ou de ligação.
Exemplos:
Ao mesmo tempo que indica ação do sujeito, esse tipo de predicado informa sua qualidade ou
estado, sendo constituído por dois núcleos: um nome e um verbo.
Para identificar um predicado verbo-nominal, o verbo que indica ação está expresso na oração. O
verbo que indica estado ou qualidade, por sua vez, está oculto.
Exercícios
02 - No período: “Fui à escola, busquei minha irmã e, em seguida, entreguei os livros à Maria.”
os verbos em negrito são, respectivamente:
03 - Em "E quando o brotinho lhe telefonou, dias depois, comunicando que estudava o
modernismo, e dentro do modernismo sua obra, para que o professor lhe sugerira contato
e) intransitivo e intransitivo
Respostas
01 02 03 04 05
d b d d e
Complementam o sentido de certos verbos e nomes para que a oração fique completa, são
chamados de:
Objeto direto
O objeto direto completa o sentido de um verbo transitivo direto, sem a presença obrigatória de
uma preposição. Indica o paciente da ação verbal, ou seja, o elemento que sofre a ação verbal.
Verbos transitivos diretos são verbos que necessitam de um complemento que conclua o seu
sentido, respondendo principalmente às perguntas o quê? ou quem?. Não necessitam de
preposição para estabelecer regência verbal.
Objeto direto representado por um pronome oblíquo átono (o, a, os, as, me, te, se, nos, vos):
Objeto direto representado por uma oração subordinada substantiva objetiva direta:
O objeto direto não exige preposição. Assim, embora a preposição não seja obrigatória, há casos
em que o objeto direto pode ser completado com preposição, com a finalidade de evitar
ambiguidades ou por uma questão estilística.
Exemplos:
Objeto direto pleonástico ocorre quando há uma repetição e intensificação do objeto direto, para
que seja mais expressivo, ou seja, quando o objeto direto se encontra no início da oração, sendo
repetido depois do verbo através de um pronome oblíquo átono.
Nota: Por vezes, verbos intransitivos podem aparecer com objetos diretos, atuando como verbos
transitivos diretos:
Objeto indireto
Exemplos:
Enquanto os verbos transitivos indiretos exigem complemento com preposição, o objeto direto é
outro complemento verbal que, por sua vez, não exige preposição.
Exemplos:
O objeto indireto completa o sentido de um verbo transitivo indireto, com a presença obrigatória
de uma preposição. Indica o paciente da ação verbal, ou seja, o elemento ao qual se destina a
ação verbal.
Verbos transitivos indiretos são verbos que necessitam de um complemento que conclua o seu
sentido, respondendo principalmente às perguntas de quê?, para quê?, de quem?, para quem?,
em quem?, entre outras. Necessitam obrigatoriamente de preposição para estabelecer regência
verbal.
Objetos indiretos são representados principalmente por substantivos, pelos pronomes oblíquos
lhe e lhes e por orações subordinadas substantivas objetivas indiretas.
Objeto indireto representado por uma oração subordinada substantiva objetiva indireta:
Objeto indireto pleonástico ocorre quando há uma repetição e intensificação do objeto indireto,
para que seja mais expressivo, ou seja, quando o objeto indireto se encontra no início da oração,
sendo repetido depois do verbo através de um pronome oblíquo.
Página 342 de 439
Aos meus filhos, dei-lhes muito carinho.
Ao funcionário, pedi-lhe um esclarecimento.
Alguns objetos indiretos podem aparecer sem preposição, quando são representados por um
pronome oblíquo (me, te, lhe, nos, vos, lhes) ou pelo pronome reflexivo se. Isso ocorre porque
esses pronomes representam as construções: a mim, a ti, a ele, a nós, a vós, a eles e a si.
É igualmente importante não confundir o objeto indireto com o complemento nominal. A função do
objeto indireto é completar o sentido de um verbo (porque é um complemento verbal).
A função do complemento nominal, por sua vez, é completar o sentido um nome (substantivo,
adjetivo ou advérbio).
Exemplos:
Para que não haja confusão entre o objeto indireto e adjunto adverbial, preste atenção:
Há verbos que exigem dois complementos - um objeto direto e um objeto indireto - de modo
que são assim chamados de verbos transitivos diretos e indiretos.
Exemplos:
Complemento Nominal
O complemento nominal pode ser representado por um substantivo, por um pronome, por um
numeral e por uma oração subordinada substantiva completiva nominal.
O complemento nominal é regido pelas mesmas preposições usadas no objeto indireto. Difere
deste apenas porque, em vez de complementar verbos, complementa nomes (substantivos,
adjetivos) e alguns advérbios em –mente.
Agente da Passiva
O agente da passiva é o termo que indica quem pratica a ação de uma oração na voz passiva. É
um termo preposicionado, sendo utilizada maioritariamente a preposição por ou as suas formas
contraídas (pelo, pela, pelos, pelas). O agente da passiva corresponde ao sujeito de uma oração
na voz ativa.
Um verbo está na voz passiva quando o sujeito gramatical é o paciente da ação, ou seja, quando
o sujeito gramatical sofre a ação verbal praticada pelo agente da passiva.
Na passagem da voz ativa para a voz passiva analítica, o sujeito da voz ativa se transforma em
agente da passiva.
Sujeito: o arquiteto
Realizaram-se os exercícios.
Entrevistaram-se os candidatos.
Na voz passiva sintética, o sujeito da voz ativa se transforma na partícula apassivadora se, não
havendo agente da passiva.
Sujeito: o arquiteto
Para transformar uma oração que está na voz ativa em uma oração cuja voz seja passiva, siga o
seguinte esquema:
Página 346 de 439
1. Transforme o sujeito em agente da passiva
Voz ativa:
Sujeito: os ex-alunos
Verbo transitivo: homenagearam
Objeto direto: os professores aposentados
Voz passiva:
Repare que o objeto direto do exemplo 1 deu origem ao agente da passiva. Isso quer dizer que
apenas os verbos transitivos podem ser transformados para a voz passiva.
Exercícios
02 - Analise o pronome oblíquo nas orações e marque a sequência adequada: ( D ) para objeto
direto ( I ) para objeto indireto
1. ( ) Emprestei-lhe o dinheiro.
2. ( ) Espero-o na estação.
Página 347 de 439
3. ( ) Não nos viram na estação.
a). I, D, D, I, D
b). I, D, I, D, I
c). D, D, D, I, I
d). I, I, D, D, D
e). D, I, D, I , D
d) O carro, já o revisamos.
Respostas
01 02 03 04 05
c a c a e
Em outras palavras, são termos que possuem uma função secundária na construção sintática das
orações, embora sejam indispensáveis nalguns casos.
Todos eles têm como função exprimir circunstâncias, caracterizar os seres e determinar os
substantivos. Vejamos abaixo cada um deles:
Adjunto adnominal
Termos que acompanham o substantivo tendo como função caracterizar, modificar, determinar ou
qualificar o nome. Os adjuntos adnominais podem ser: pronomes, numerais, artigos, adjetivos e
locuções adjetivas.
Exemplo:
Adjunto adverbial
Os adjuntos adverbiais são classificados conforme a circunstância que exprimem. Existem, assim,
diversos tipos de adjuntos adverbiais.
sim;
com certeza;
claro que sim;
sem dúvida;
de fato,
deveras;
certamente;
realmente;
…
bem;
mal;
melhor;
pior;
igual;
diferente;
intensamente;
lentamente;
devagar;
depressa;
carinhosamente;
educadamente;
tranquilamente;
à pressa;
a custo;
em silêncio;
não;
nunca;
jamais;
em hipótese alguma;
de modo algum;
de forma alguma;
…
porque;
por causa de;
devido a;
por;
pois;
…
aqui;
ali;
lá;
acolá;
abaixo;
acima;
em cima;
embaixo;
atrás;
dentro;
fora;
em;
longe;
perto;
hoje;
amanhã;
ontem;
cedo;
tarde;
agora;
ainda;
em breve;
logo;
durante;
à noite;
de manhã;
de vez em quando;
…
muito;
pouco;
demais;
bastante;
mais;
menos;
tão;
quão;
intensamente;
extremamente;
junto com;
com;
na companhia de;
…
talvez;
acaso;
porventura;
quiçá;
provavelmente;
quem sabe;
se possível;
…
todavia;
contudo;
muito embora;
apesar disso;
ainda que;
se bem que;
…
de faca;
com uma tesoura;
com a pá;
com uma ferramenta;
a caneta;
…
pelo correio;
de ônibus;
de carro;
de moto;
de trem;
a pé;
…
se;
caso;
senão;
…
para que;
para;
por;
a fim de;
…
de;
sobre;
a respeito de;
…
para cima;
para baixo;
Página 354 de 439
abaixo;
…
menos;
com exceção de;
exceto;
…
diariamente;
frequentemente;
mensalmente;
sempre;
todos os dias;
…
de;
com;
a partir de;
…
conforme;
de acordo;
segundo;
…
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Estavam radiantes com as suas notas. (com as suas notas = complemento nominal do
adjetivo radiantes)
Música alta faz mal aos ouvidos. (aos ouvidos = complemento nominal do advérbio mal)
Se tiver sentido passivo é complemento nominal, mas se tiver sentido ativo é adjunto
adnominal.
Exemplos:
Resumindo:
Para que não haja confusão entre o complemento nominal e adjunto adnominal, atente na
seguinte distinção:
Assim, a única construção que pode criar dúvida na distinção entre complemento nominal e
adjunto adnominal é: substantivo abstrato + preposição de + substantivo.
Então…
Complemento nominal:
Adjunto adnominal:
Além disso…
Complemento nominal:
De obrigações é complemento nominal porque quem está livre está livre de alguma coisa, sendo
obrigatória a presença do complemento.
Adjunto adnominal:
De irmãos é adjunto adnominal porque de irmãos é uma informação acessória, não sendo
indispensável para a compreensão do substantivo brincadeiras.
Os complementos nominais vêm sempre seguidos de preposição, tal como o objeto indireto (este,
um complemento verbal).
Assim, é importante não confundir esses dois termos. Enquanto a função do complemento
nominal é completar o sentido de um nome, a função do objeto indireto é completar o sentido de
um verbo (porque é um complemento verbal).
Exemplos:
Exemplos:
Tipos de aposto
Aposto explicativo
O aposto explicativo serve para explicar ou esclarecer um termo da oração. Na frase, aparece
destacado por vírgulas, parênteses ou travessões.
Aposto enumerativo
O aposto enumerativo serve para enumerar partes constituintes de um termo da oração. Na frase,
aparece separado por dois pontos ou travessão e vírgulas.
O aposto recapitulativo ou resumidor serve para resumir numa só palavra vários termos da
oração.
Aposto distributivo
O aposto distributivo serve para distribuir informações de forma separada de termos da oração.
Aposto comparativo
O aposto comparativo serve para comparar um termo da oração com alguma coisa. Na frase,
aparece destacado entre vírgulas.
Aposto de oração
Observações
1) O núcleo do aposto pode ser expresso por um substantivo ou por um pronome substantivo.
Exemplo: Os responsáveis pelo projeto, tu e a arquiteta, não podem se ausentar.
2) O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas frases seguintes, por exemplo, não há
aposto, mas predicativo do sujeito. Exemplo:
3) Os apostos, em geral, têm pausas, indicadas, na escrita, por vírgulas, dois pontos ou
travessões. Não havendo pausa, não haverá vírgula, como nestes exemplos:
O romance Tróia; o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o Colégio Tiradentes, etc.
“Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?” (Graciliano Ramos)
4) O aposto pode preceder o termo a que se refere, o qual, às vezes, está elíptico. Exemplos:
“Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha do velho coronel Tavares, senhor
de engenho.” (Ledo Ivo)
7) O aposto pode vir antecedido das expressões explicativas, ou da preposição acidental como:
Dois países sul-americanos, isto é, a Colômbia e o Chile, não são banhados pelo mar.
8) O aposto que se refere a objeto indireto, complemento nominal ou adjunto adverbial vem
precedido de preposição:
O vocativo pode aparecer no início, no meio ou no fim das frases, mas não possui qualquer
relação sintática com os outros termos da oração. É um termo independente, não pertencendo
nem ao sujeito, nem ao predicado.
Exemplos
Vocativo X Aposto
Exercícios
b) Pop, sertanejo e rock, esses estilos são muito tocados na rádio da cidade.
d) Reeducação alimentar, exercícios físicos e determinação, todos esses fatores são essenciais
para a perda de peso.
03 - Assinale a alternativa em que o trecho grifado traz uso de um adjunto adverbial de tempo:
a) “A proposta do Instituto Lado a Lado pela Vida, que coordena a ação (…)”
b) “Nas redes sociais, a campanha vai tratar da saúde integral do homem (…)”
c) “Com apoio do Senado Federal, o evento vai reunir profissionais de saúde (…)”
d) “Durante todo o mês de novembro, serão realizadas atividades de orientação sobre o câncer
de próstata (…)
a) sujeito.
b) aposto.
c) adjunto adverbial.
d) adjunto adnominal.
e) vocativo.
a) Termo utilizado para explicar, enumerar, resumir ou especificar outro termo, como um
substantivo, pronome, etc., ou outra oração, podendo aparecer antes ou depois do termo ao qual
se refere na frase.
c) Termo que serve para chamar ou interpelar um interlocutor e não possui relação sintática com
outro termo da oração, sendo assim, não pertence nem ao sujeito nem ao predicado.
d) Palavra invariável que acompanha o nome, qualificando-o. Pode ser usada no lugar de um
nome ou referir-se a ele.
Respostas
01 02 03 04 05
e a d e c
Período
O período pode ser caracterizado pela presença de uma ou de mais orações, por isso, pode ser
simples ou composto.
Período Simples - apresenta apenas uma oração, a qual é chamada de oração absoluta.
Exemplo: Já chegamos. Preciso disto.
Período Composto - apresenta duas ou mais orações. Exemplo: Conversamos quando
eu voltar. O número de orações depende do número de verbos presentes num enunciado.
Há três tipos de período composto: por coordenação, por subordinação e por coordenação e
subordinação ao mesmo tempo (também chamada de período misto).
Período Composto por Coordenação é aquele cujas orações não dependem sintaticamente umas
das outras porque são independentes.
Exemplos:
Exemplos:
Não coma bolo quente;/ ficará com dores de barriga. (Oração Coordenada Assindética)
Vou sair/ e já volto! (Oração Coordenada Sindética)
1) Aditiva - expressam ideia de soma. As conjunções mais frequentes são: e, bem como, como
também, mas ainda, mas também.
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Faço tudo o que tenho de fazer pela manhã, pois fico com a tarde toda livre.
Ela tirou péssimas notas, por isso, não viajará nas férias.
Exemplos:
Não fui te visitar porque não sabia que você já tinha chegado de viagem.
Foi recompensado, pois foi bom aluno.
Exercícios
b) O que dizer sem resvalar para o pessimismo, a crítica pungente ou a auto absolvição?
c) É também ocioso pensar que nós, da tal elite, temos riqueza suficiente para distribuir.
d) Sejamos francos.
e) Em termos mundiais somos irrelevantes como potência econômica, mas ao mesmo tempo
extremamente representativos como população.
a) “Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma
criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial”.
c) “Ao fundo do botequim, um casal de pretos acaba de sentar-se numa das últimas mesas de
mármore ao longo da parede de espelhos”.
e) “A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo”.
d) Cumprimente-o, pois hoje venceu mais uma etapa de sua vida. (explicativa)
Respostas
01 02 03 04 05
e c b a a
Nos períodos compostos por subordinação, uma das orações é sintaticamente dependente da
outra, sem a qual o seu sentido fica incompleto. Assim, não podem ser entendidas
separadamente.
Orações subordinadas substantivas são orações que exercem as funções de sujeito, objeto
direto, objeto indireto, complemento nominal, predicado nominal e aposto, tendo a mesma função
que um substantivo na estrutura frásica.
Exerce a função de objeto indireto do verbo da oração principal, sendo sempre iniciada por uma
preposição.
Exerce a função de predicativo do sujeito do verbo da oração principal. Aparece sempre depois
do verbo ser.
Helena apenas desejava uma coisa: que fosse muito feliz com sua família.
Pedi um favor a meus amigos: que esperassem por mim.
Orações subordinadas adjetivas são orações que exercem a função de adjunto adnominal de
um termo da oração principal, tendo a mesma função que um adjetivo na estrutura frásica.
As orações subordinadas adjetivas começam, maioritariamente, com o pronome relativo que. São
classificadas conforme a sua capacidade de ampliar ou reduzir o sentido do nome a que se
refere.
Especifica o sentido do nome a que se refere, restringindo seu significado a um ser único,
definido por ele. Não existe marca de pausa, como vírgulas, entre este tipo de oração e a oração
principal. São indispensáveis para a compreensão da frase.
Orações subordinadas adverbiais são orações que exercem a função de adjunto adverbial do
verbo da oração principal, tendo a mesma função que um advérbio na estrutura frásica.
São classificadas conforme a circunstância que expressam. Existem, assim, diversos tipos de
orações subordinadas adverbiais:
Apresenta a causa do acontecimento da oração principal. Pode ser iniciada pelas seguintes
conjunções e locuções causais: porque, que, porquanto, visto que, uma vez que, já que, pois que,
por isso que, como, como que, visto como,…
Apresenta o fim ou finalidade do acontecimento da oração principal. Pode ser iniciada pelas
seguintes conjunções e locuções finais: a fim de que, para que, que,…
Apresenta uma circunstância de tempo ao acontecimento da oração principal. Pode ser iniciada
pelas seguintes conjunções e locuções temporais: quando, enquanto, agora que, logo que, desde
que, assim que, tanto que, apenas, antes que, até que, sempre que, depois que, cada vez que,
mal,…
Apresenta uma condição para a realização ou não do acontecimento da oração principal. Pode
ser iniciada pelas seguintes conjunções e locuções condicionais: se, salvo se, desde que, exceto
se, caso, desde, contando que, sem que, a menos que, uma vez que, sempre que, a não ser
que,…
Apresenta uma concessão ao acontecimento da oração principal, ou seja, apresenta uma ideia de
contraste e contradição. Pode ser iniciada pelas seguintes conjunções e locuções concessivas:
embora, conquanto, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais
que, por pouco que, por muito que,…
Apresenta uma comparação com o acontecimento da oração principal. Pode ser iniciada pelas
seguintes conjunções e locuções comparativas: como, mais do que, menos do que, assim como,
bem como, que nem, tanto quanto,…
Apresenta uma ideia de proporcionalidade com o acontecimento da oração principal. Pode ser
iniciada pelas seguintes conjunções e locuções proporcionais: à proporção que, à medida que, ao
passo que, quanto mais… mais, quanto menos… menos, quanto maior… maior, quanto maior…
menor,…
Exercícios
01 - Assinale a única alternativa que possui uma oração subordinada adjetiva restritiva:
a) A estrela brilhava no eterno azul como uma vela. (subordinada adverbial comparativa)
b) A Lua dizia que a claridade do Sol resumia toda a luz. (subordinada substantiva objetiva direta)
c) Como estava enfarado de sua enorme e desmedida umbela, o Sol invejava o vaga-lume.
e) Enquanto bailava no ar, o inquieto vaga-lume fitava com ciúme da estrela. (subordinada
adverbial proporcional)
d) O especialista não concordará com sua opinião, por mais que você insista.
c) substantiva predicativa
d) substantiva apositiva
e) substantiva subjetiva
05 - "Os homens sempre se esquecem de que somos todos mortais." A oração destacada é:
c) substantiva predicativa
e) substantiva subjetiva
Respostas
01 02 03 04 05
b e d a b
Orações reduzidas são aquelas que não são introduzidas por conjunções e que possuem verbos
nas suas formas nominais: infinitivo, gerúndio e particípio.
São, assim, diferentes das orações desenvolvidas, que são introduzidas por um pronome ou
conjunção e que são formadas por um verbo no indicativo ou no subjuntivo.
As orações reduzidas de infinitivo podem ser ou não iniciadas por uma preposição.
No particípio regular, os verbos da 1.ª conjugação terminam em -ado e os verbos da 2.ª e da 3.ª
conjugação terminam em -ido. Caso os verbos possuam particípio irregular, estes terminam
habitualmente em -to ou -do.
e) n.d.a
03 - Todas as orações destacadas nos itens abaixo são subordinadas reduzidas. Assinale o item
cuja oração destacada se classifica como subordinada reduzida de particípio adverbial
condicional:
Respostas
01 02 03 04 05
d d b d c
É o que faz com que substantivos concordem com pronomes, numerais e adjetivos, entre outros.
Exemplo:
Neste caso, pronome, numeral e adjetivo concordam com o substantivo "obras". "Estas" e não
"estes" obras, pronome que está no plural, já que a oração refere que são três e não apenas uma
obra maravilhosa.
E por que "maravilhosas" e não "maravilhoso"? Porque o substantivo está no plural e é feminino,
ou seja, tudo muito bem combinado.
1. Adjetivo e um substantivo
Exemplo:
1.1. Quando há mais do que um substantivo, o adjetivo deve concordar com aquele que está mais
próximo.
Exemplo:
Exemplo:
Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos é uma composição dos grandes Roberto Carlos
e Erasmo Carlos em homenagem à Caetano Veloso.
Exemplos:
Quando um substantivo é caracterizado por mais do que um adjetivo, a concordância pode ser
feita das seguintes formas:
Exemplo:
Exemplo:
3. Números ordinais
3.1. Nos casos em que há número ordinais antes do substantivo, o substantivo pode ser usado
tanto no singular como no plural.
Exemplos:
3.2. Nos casos em que há número ordinais depois do substantivo, o substantivo deve ser
usado no plural.
Exemplo:
4.1. Anexo
Exemplos:
Exemplo:
4.2. Bastante(s)
4.2.1. Quando tem a função de adjetivo, a palavra "bastante" deve concordar em gênero e
número com o substantivo.
Exemplo:
Exemplo:
4.3. Meio
4.3.1. Quando tem a função de adjetivo, a palavra "meio" deve concordar em gênero e número
com o substantivo.
Exemplos:
Exemplo:
4.4. Menos
Exemplos:
4.5.1. As expressões "é proibido, é bom, é necessário" não variam, a não ser que sejam
acompanhadas por determinantes que as modifiquem.
Exemplos:
É proibido entrada.
É proibida a entrada.
Verdura é bom.
A verdura é boa.
Paciência é necessário.
A paciência é necessária.
Exercícios
A entrada para o cinema foi______, mas o filme e o desenho_______ compensaram, pois saímos
todos_______.
Respostas
01 02 03 04 05
d d c a c
Concordância Verbal
Concordância verbal é a relação estabelecida de forma harmônica entre sujeito e verbo. Isso quer
dizer que quando o sujeito está no singular, o verbo também deve estar; quando o sujeito estiver
no plural, o verbo também estará.
Exemplos:
Parece simples, mas há várias situações que provocam dúvidas não só nos alunos, mas em
qualquer falante da língua portuguesa. Vamos a elas!
1. Sujeito coletivo
Exemplo:
Por outro lado, se o coletivo estiver especificado, o verbo pode ser conjugado no singular ou no
plural.
Exemplo:
O verbo pode ser usado no singular ou no plural em coletivos partitivos, tais como "a maioria de",
"a maior parte de", "grande número de".
Exemplo:
Exemplo:
Nos casos em que “mais de” é repetido indicando reciprocidade, o verbo vai para o plural.
Exemplo:
4. Nomes próprios
Com nomes próprios, a concordância deve ser feita considerando a presença ou não de artigos.
Exemplo:
Exemplo:
O verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular ou pode concordar com o
antecedente do pronome "quem".
Exemplo:
Este é mais um dos casos em que tanto o verbo pode ser conjugado no singular como no plural.
Exemplo:
O verbo tanto pode ir para o plural, como pode ficar no singular e concordar com o núcleo mais
próximo.
Exemplo:
Este é mais um caso em que tanto o verbo pode flexionar para o plural, como também pode
concordar com o núcleo mais próximo.
Exemplo:
Nesta situação, o verbo vai para o plural e concorda com a pessoa, por ordem de prioridade.
(eu, 1.ª pessoa + tu, 2.ª pessoa + ele, 3.ª pessoa), ou seja, a 1.ª pessoa do singular tem
prioridade e, no plural, ela equivale a nós, ou seja, "nós chegaremos".
(eu, 1.ª pessoa + Jair, 3.ª pessoa). Aqui também é a 1.ª pessoa do singular que tem prioridade.
No plural, ela equivale a nós, ou seja, "nós conseguimos".
Os verbos ligados pela partícula "ou" vão para o plural quando a ação verbal estiver se referindo
a todos os elementos do sujeito.
Exemplo:
Quando a partícula “ou” é utilizada como retificação, o verbo concorda com o último elemento.
Exemplo:
Mas, quando a ação verbal é aplicada a apenas um dos elementos, o verbo permanece no
singular.
Exemplo:
Quando os sujeitos são ligados por "nem", o verbo vai para o plural.
Exemplo:
Exemplo:
Mas, quando "com" representar “em companhia de”, o verbo concorda com o antecedente e o
segmento "com" é grafado entre vírgulas:
Exemplo:
7. Sujeitos ligados por "não só, mas também", "tanto, quanto", "não só, como"
Nesses casos, o verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo.
Exemplo:
8. Partícula "se"
No caso em que a palavra "se" é índice de indeterminação do sujeito, o verbo deve ser conjugado
na 3.ª pessoa do singular.
Exemplo:
Confia-se em todos.
No caso em que a palavra "se" é partícula apassivadora, o verbo deve ser conjugado
concordando com o sujeito da oração.
Exemplo:
9. Verbos impessoais
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
12. Locuções "é muito", "é pouco", "é mais de", "é menos de"
Nestes casos, em que as locuções indicam preço, peso e quantidade, o verbo fica sempre no
singular.
Exemplo:
Exemplos:
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo: Vá dormir!
Verbos no infinitivo devem ser flexionados quando os sujeitos são diferentes e queremos defini-
los.
Exemplo:
Exercícios
b) Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de formas que fazem o falante hesitar
no momento de estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a concordância puramente
gramatical é contaminada pelo significado de expressões que nos transmitem noção de plural,
apesar de terem forma de singular ou vice-versa.
c) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais
de, menos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo.
Exemplo: Cerca de cem pessoas foram detidas na manifestação contra o aumento da tarifa do
ônibus.
d) Quando a expressão "mais de um” associar-se a verbos que exprimem reciprocidade, o plural
não é obrigatório. Exemplo: Mais de um manifestante ofendeu-se na tumultuada discussão de
ontem. (ofenderam um ao outro).
a) Se houvesse mais homens honestos, não existiriam tantas brigas por justiça.
Respostas
01 02 03 04 05
d b d c a
Regência é a relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus
complementos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não
ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.
A regência pode ser classificada em regência verbal ou regência nominal, conforme a natureza do
termo regente:
O termo regente depende do termo regido. O sentido do termo regente permanece incompleto
sem a presença do termo regido.
Regência verbal:
Regência nominal:
Regência nominal é a relação que um nome estabelece com o seu complemento através de
uma preposição. Esse nome pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio.
acessível a;
agradável a;
alheio a;
análogo a;
anterior a;
apto a;
atento a;
avesso a;
cego a;
cheiro a;
comum a;
contrário a;
desatento a;
equivalente a;
estranho a;
favorável a;
fiel a;
grato a;
horror a;
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idêntico a;
inacessível a;
indiferente a;
inerente a;
necessário a;
nocivo a;
oposto a;
perpendicular a;
posterior a;
prestes a;
surdo a;
visível a.
amante de;
amigo de;
ávido de;
capaz de;
cheio de;
cobiçoso de;
contemporâneo de;
desejoso de;
diferente de;
difícil de;
digno de;
dotado de;
fácil de;
impossível de;
incapaz de;
inimigo de;
livre de;
longe de;
louco de;
maior de;
natural de;
obrigação de;
orgulhoso de;
passível de;
possível de;
sedento de;
seguro de;
sonho de.
amoroso com;
aparentado com;
caritativo com;
compatível com;
cruel com;
cuidadoso com;
descontente com;
furioso com;
impaciente com;
intolerante com;
liberal com;
solícito com.
doutor em;
exato em;
firme em;
hábil em;
incessante em;
indeciso em;
interesse em;
lento em;
morador em;
negligente em;
parco em;
perito em;
primeiro em;
versado em.
apto para;
bastante para;
bom para;
essencial para;
impróprio para;
inútil para;
mau para;
pronto para;
próprio para.
admiração por;
ansioso por;
devoção por;
respeito por;
responsável por.
Exercícios
a) a – em – de – para.
b) de – a – de.
c) por – de – com.
e) com – a – a
03 - Dentre as frases abaixo, uma apenas apresenta a regência nominal correta. Assinale-a:
d) O homem deve obediência aos princípios harmônicos que a natureza lhe oferece.
Respostas
01 02 03 04 05
a c c d d
Regência verbal
Regência verbal é a relação que existe entre um verbo e o termo da oração que o complementa.
O termo regido é o complemento verbal. Pode ser o objeto direto ou o objeto indireto, bem como
o adjunto adverbial.
Os verbos transitivos diretos estabelecem regência com o objeto direto sem a presença
obrigatória de uma preposição.
Os verbos transitivos indiretos estabelecem regência com o objeto indireto com a presença
obrigatória de uma preposição.
O objeto indireto responde principalmente às perguntas de quê? para quê? de quem? para
quem? em quem?, entre outras.
Quando indicam destino ou direção = ir a, ir de, ir para, voltar a, voltar de, voltar para, chegar
a, chegar de, chegar para.
Exemplos:
Exemplo:
Verbo assistir
Exemplo:
Verbo aspirar
Exemplo:
Verbo visar
Exemplo:
Exemplos:
Verbo preferir
Quando se referem a simpatizar ou antipatizar com alguém, bem como incomodar = implicar
com e simpatizar com.
Exemplos:
Verbo querer
Exemplo:
Verbo obedecer
Exemplo:
Verbo responder
Exemplo:
Verbo agradar
Exemplo:
Com sentido de informar com antecedência = avisar a, comunicar a, advertir a, prevenir a,…
Exemplos:
Verbo perdoar
Exemplo:
Verbo pagar
Exemplo:
Exemplos:
Verbo proceder
Exemplo:
Existem vários verbos que têm um sentido quando exigem preposição e outro sentido quando não
exigem preposição.
Verbo querer
Exemplo:
Com sentido de gostar e querer bem = transitivo indireto = regência com preposição.
Exemplo:
Para estabelecer regência verbal, as preposições mais utilizadas são: a, de, com, em, para, por,
sobre.
deitar-se a;
habituar-se a;
imputar a;
obrigar a;
pertencer a;
referir-se a;
sobreviver a;
sujeitar-se a;
vedar a.
constar de;
excluir de;
libertar de;
comungar com;
encontrar-se com;
guarnecer com;
indignar-se com;
parecer com;
sonhar com;
tapar com;
uniformizar com;
zangar-se com.
apoiar-se em;
avaliar em;
concentrar em;
continuar em;
incorrer em;
participar em;
teimar em;
transformar em;
viciar-se em.
convidar para;
convocar para;
desafiar para;
ensaiar para;
esforçar-se para;
habilitar para;
propender para.
ansiar por;
apaixonar-se por;
chorar por;
começar por;
interessar-se por;
orar por;
regular-se por;
rogar por;
trocar por.
alertar sobre;
cair sobre;
meditar sobre;
prevalecer sobre;
recair sobre.
a+a=à
a + o = ao
a + aquele = àquele
a + onde = aonde
de + o = do
de + uma = duma
de + isto = disto
em + as = nas
em + um = num
em + essa = nessa
por + o = pelo
por + as = pelas
04 - Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a norma culta da
língua:
Respostas
01 02 03 04 05
a e b d d
Crase
Crase é a fusão da preposição a com o artigo definido feminino a(s), ou da preposição a com o a
inicial dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo, ou ainda da preposição a com
um pronome demonstrativo a(s), ou então da preposição a com o a inicial do pronome relativo a
qual (as quais).
Essa fusão de duas vogais idênticas, graficamente representada por um a com acento grave (à),
dá-se o nome de crase. Veremos, a seguir, as principais regras.
Ocorre crase
Observação: Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino desde que haja uma palavra
feminina que se encontre subentendida, como no caso das locuções à moda de e à maneira de.
Observação: Com as preposições para, desde, após e entre, não ocorre crase.
2) Antes de verbos:
4) Em expressões com palavras repetidas, mesmo que essas palavras sejam femininas:
A crase é facultativa
Apenas ocorre crase antes de nomes de localidades que admitam a anteposição do artigo a
quando regidos pela preposição a. Uma forma fácil de verificar se há anteposição do artigo a é
substituir a preposição a pelas preposições de ou em.
Havendo contração com as preposições de e em, ficando da e na, também haverá contração com
a preposição a, ficando à:
Vim da Bahia.
Estou na Bahia.
Vou à Bahia no próximo mês.
Não havendo contração com as preposições de e em, permanecendo de e em, também não
haverá contração com a preposição a, permanecendo a:
Vim de Brasília.
Estou em Brasília.
Vou a Brasília no próximo mês.
Ocorre crase apenas com o sentido de Planeta Terra e de localidade, se esta estiver
determinada. Com o sentido de chão, estando indeterminado, não ocorre crase.
Ocorre crase apenas quando a palavra casa está determinada com um adjunto adnominal. Sem a
determinação de um adjunto adnominal não há crase.
Se a palavra distância estiver especificada ou determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo:
Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode ocorrer. Por exemplo:
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja:
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a” também pode ser detectada através da
substituição do termo regente feminino por um termo regido masculino. Veja:
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo
que rege esses pronomes exigir a preposição a, haverá crase.
É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos utilizando a substituição do termo regido
feminino por um termo regido masculino. Por exemplo:
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos (Aquele (s), Aquela (s), Aquilo)
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição “a”. Por
exemplo:
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou
alguém) e exige preposição, portanto, ocorre a crase.
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre
nesse caso.
Resumindo
1) A crase é a contração de duas vogais iguais, sendo a contração mais comum a da preposição
a com o artigo definido feminino a (a + a = à).
2) Existem outras contrações, embora menos utilizadas, como a contração da preposição a com
os pronomes demonstrativos a, aquele, aquela e aquilo:
a + aquele = àquele;
a + aquela = àquela;
a + aquilo = àquilo.
Uma forma fácil de verificar a existência ou não da crase em diversas situações é substituir o
substantivo feminino por um substantivo masculino e verificar se haverá ou não a presença da
preposição a contraindo com o artigo definido a.
Generalização da resposta correta: A forma correta é “Vou ao parque”, com a contração ao.
Importante
Mais importante do que decorar regras de quando usar ou não usar crase, o correto uso da crase
depende de um bom conhecimento estrutural da língua e de uma capacidade de análise do
enunciado frásico, sendo importante compreender que não ocorre crase se houver apenas a
preposição a, ou apenas o artigo definido a ou apenas o pronome demonstrativo a.
Para que haja crase, é preciso que haja uma sequência de duas vogais iguais, que sofrem
contração, formando crase.
02 - Marque a alternativa em que a crase (ou falta dela) está aplicada incorretamente:
04 - Em alguns nomes de lugares femininos não é correto utilizar a crase. Assinale a alternativa
em que ocorre esse uso incorreto:
O gerente dirigiu-se _____ sua sala e pôs-se ______ falar _____ todas as pessoas convocadas.
a) à - à - à
b) a - à – à
c) à - a – a
d) a - a – à
e) à - a - à
Respostas
01 02 03 04 05
b a d d c
Colocação pronominal
A Colocação Pronominal respeita aos três tipos de posição que os pronomes átonos me, te, o, a,
lhe, nos, vos, os, as, lhes podem ocupar na oração:
Uso da Próclise
Próclise é a colocação do pronome antes do verbo. Existem mais dois tipos de posição:
Mesóclise (pronome no meio do verbo) e Ênclise (pronome depois do verbo).
Exemplos:
Uso da Mesóclise
Mesóclise é a colocação do pronome no meio do verbo. Ela somente é possível de uma forma:
com verbos no futuro do presente (esforçar-me-ei) ou no futuro do pretérito (esforçar-me-ia).
Exemplos:
1. Orações em que o verbo esteja no futuro do presente. Exemplo: Ouvir-te-ei sempre que
quiseres.
Página 416 de 439
2. Orações em que o verbo esteja no futuro do pretérito. Exemplo: Pentear-te-ia com
paciência.
Mesóclise ou Próclise?
A mesóclise somente pode ser usada com os verbos no futuro do presente ou no futuro do
pretérito, porém, esses verbos podem ser usados também com a próclise. Isso acontece quando
há alguma regra que justifique o uso da próclise. Existindo, a próclise terá preferência, por isso, é
tão raro encontrarmos a mesóclise cotidianamente.
Uso da Ênclise
Exemplos:
Usa-se a ênclise:
Observação
A Ênclise somente é usada quando o uso da Próclise ou da Mesóclise não são possíveis.
Quando os verbos são antecedidos por advérbios, usamos a próclise. Todavia, se há vírgula
depois do advérbio, deve ser usada a ênclise, uma vez que nesse caso o advérbio deixa de atrair
o pronome.
Exemplos:
Respostas
01 02 03 04 05
c d b d d
Coesão
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que elas são
responsáveis pela coesão do texto.
1) Palavras de transição: são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a inter-
relação entre os enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, alguns
advérbios e locuções adverbiais.
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica
possui uma melhor qualidade de vida.
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal resultado demonstra que ela se
esforçou bastante para alcançar o objetivo que tanto almejava.
3) Coesão por substituição: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar etc.), verbos,
períodos ou trechos do texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando
a repetição no corpo do texto.
Exemplo:
Exemplo: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. Não é por acaso que o "Poeta
dos Escravos" é considerado o mais importante da geração a qual representou.
Os tipos de coesão são importantes para encadear argumentos de maneira lógica . Quando bem
empregados, contribuem para a coesão global do texto. Veremos mais alguns:
Coesão por elipse: Ocorre por meio da omissão de uma ou mais palavras sem que isso
comprometa a clareza de ideias da oração: Por exemplo:
Em vez de:
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo Maria conversa ao telefone com a amiga.
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Coesão por conjunção: Esse tipo de coesão possibilita relações entre os termos do texto
através do emprego adequado de conjunções: Por exemplo:
Como não consegui ingressos, não fui ao show, contudo, assisti ao espetáculo pela
televisão.
Coerência
Quando você se propõe a escrever um texto, certamente se lembra de quem vai ler, não é
verdade? Provavelmente, você também se lembra de que alguns cuidados devem ser tomados
para que o leitor compreenda o texto. Nessa tentativa de fazer-se compreendido, você estabelece
alguns padrões mentais que diferem o que é coerente daquilo que não faz o menor sentido,
certo?
Pois bem, intuitivamente, você está seguindo um princípio básico para uma boa redação,
chamado de coerência textual. Você pode até não conhecer a exata definição desse elemento
da linguística textual, mas possivelmente evita construções ininteligíveis em sua redação e
recorre aos seus conhecimentos sociocognitivos.
A coerência é uma conformidade entre fatos ou ideias, próprio daquilo que tem nexo, conexão,
portanto, podemos associá-la ao processo de construção de sentidos do texto e à articulação
das ideias. Por serem os sentidos elementos subjetivos, podemos dizer que a coerência não
pode ser delimitada, pois o leitor é o responsável pela constituição dos significados do texto.
A coerência é imaterial e não está na superfície textual. Compreender aquilo que está escrito
dependerá dos níveis de interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um mesmo
texto pode apresentar múltiplas interpretações.
Quando lemos um texto, estamos ao mesmo tempo construindo sua interpretação, e fazer isso de
maneira eficiente está relacionado com os conhecimentos que já possuímos.
Como vamos entender um texto que trate de química nuclear se não soubermos o que são os
elementos da tabela periódica? Como entender um texto que fale sobre coerência se não
soubermos o básico sobre a interpretação de textos?
1) Princípio da Não Contradição: Um texto deve apresentar situações ou ideias lógicas que em
momento algum se contradigam;
2) Princípio da Não Tautologia: A tautologia nada mais é do que um vício de linguagem que
repete ideias com palavras diferentes ao longo do texto, o que compromete a transmissão da
informação;
Tipos de coerência
A coerência textual é um elemento imprescindível para um bom texto. Ela está relacionada com
os sentidos da redação, ou seja, com os recursos que garantem à escrita maior inteligibilidade e
organização argumentativa. Um texto incoerente fica privado de significação, além de não cumprir
sua principal função: comunicar.
Assim como existem os tipos de coesão, existem também os tipos de coerência, que garantirão
a inteligibilidade, a organização e a não contradição das ideias e argumentos apresentados.
Compreender os seis tipos de coerência textual é fundamental para quem quer, através da
escrita, estabelecer uma interessante relação dialógica com o leitor.
Os tipos de coerência, quando empregados corretamente, sobretudo nos textos não literários,
colaboram para a construção da coerência global de um texto. São eles:
Coerência sintática
Oração assim escreve uma coerência sintática, a ninguém ainda que conheça não.
Não entendeu nada? Pois é, ainda que não conheça a coerência sintática, ninguém escreve
uma oração assim. Esse é o princípio básico da sintaxe: construir frases nas quais os elementos
da oração estejam dispostos na ordem correta. Além disso, a coerência sintática evita a
ambiguidade e garante o uso adequado dos conectivos.
Coerência semântica
Quando falamos em semântica, estamos nos referindo ao desenvolvimento lógico das ideias, ou
seja, à construção de argumentos harmônicos e livres de contradições. A Semântica é a área da
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Linguística que estuda o significado das palavras, isto é, as relações entre os signos e os seus
referentes.
Coerência temática
Quando você recebe um determinado tema para discorrer sobre, você escolhe enunciados que
estejam de acordo com a proposta. Esse é o princípio da coerência temática, que privilegia
apenas ideias que sejam relevantes para o bom desenvolvimento do tema.
Coerência pragmática
Você sabe o que é pragmática? Trata-se da parte da Linguística que estuda o uso da linguagem
tendo em vista a relação entre os interlocutores e a influência do contexto comunicacional. Todos
os textos, sejam eles orais ou escritos, devem obedecer à coerência pragmática.
Quando você faz uma pergunta, por exemplo, a sequência de fala esperada é uma resposta.
Quando você faz um pedido, é pragmaticamente impossível que simultaneamente você dê uma
ordem. Quando essas expectativas são quebradas, temos um claro exemplo de incoerência
pragmática.
Coerência estilística
O estilo diz respeito à variedade linguística adotada em um texto. Se você optou pelo uso da
variedade padrão, é coerente que você a preserve em todo o texto. Não faz o menor sentido
começar uma redação utilizando uma linguagem culta e de repente alterar o estilo e empregar a
linguagem coloquial, não é mesmo?
Coerência genérica
Está relacionada à escolha adequada do gênero textual. Existe um gênero disponível para cada
ato de fala e escrita: por exemplo, se a intenção de quem escreve é anunciar algum produto para
a venda, provavelmente ele optará pela linguagem utilizada nos classificados de um jornal. Se a
intenção é contar uma história, o conto ou a crônica são opções possíveis.
A coerência consiste na característica do que tem lógica e coesão, ou seja, quando um conjunto
de ideias apresenta uniformidade.
A coesão é justamente uma das ferramentas que garantem a coerência de texto, através do uso
dos elementos semânticos adequados para atingir esta finalidade.
Para que um texto seja considerado coerente, ele deve apresentar uma relação lógica e
harmônica entre suas ideias. Não basta que ele tenha coesão: é fundamental que as suas partes
também estejam conectadas no plano semântico, evitando assim deslocamentos de informações,
lapsos e excesso de ideias e argumentos incoerentes. É importante ressaltar que coerência e
coesão são dois elementos que devem caminhar lado a lado em um texto, pois enquanto um
deles ocupa-se com o plano da significação (coerência), outro trabalha auxiliando a estruturação
das ideias (coesão).
Resumindo
Coesão: conjunto de elementos posicionados ao longo do texto, numa linha de sequência e com
os quais se estabelece um vínculo ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz via
gramática, fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário, tem-se a coesão
lexical.
Exercícios
II. A coesão é imaterial e não está na superfície textual. Compreender aquilo que está escrito
dependerá dos níveis de interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um mesmo
texto pode apresentar múltiplas interpretações.
III. Por meio do uso adequado dos conectivos e dos mecanismos de coesão, podemos evitar
erros que prejudicam a sintaxe e a construção de sentidos do texto.
b) II e IV estão corretas.
a) A coerência é uma conformidade entre fatos ou ideias, própria daquilo que tem nexo, conexão,
portanto, podemos associá-la ao processo de construção de sentidos do texto e à articulação das
ideias.
b) Por serem os sentidos elementos subjetivos, podemos dizer que a coerência não pode ser
delimitada, pois o leitor é o responsável pela constituição dos significados do texto.
c) A coerência é imaterial e não está na superfície textual. Compreender aquilo que está escrito
dependerá dos níveis de interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um mesmo
texto pode apresentar múltiplas interpretações.
d) A não contradição, a não tautologia e o princípio da relevância são elementos básicos que
garantem a coerência textual.
e) A coerência textual dispensa o uso adequado dos conectivos, elementos que apenas
colaboram para a estruturação do texto sem apresentar relação direta com a semântica textual.
03 - Assinale a frase correta quanto às normas gramaticais do português padrão, à coesão textual
e à coerência.
a) Em Florianópolis, os salários são, em média, 50% menores do que os de Brasília, mas, apesar
do custo de vida ser menor.
b) O Chico Oliveira foi o único namorado que tive; eu conheci ele através da internet e logo fiquei
locamente apaixonada.
c) “O Estatuto da Cidade avançou com relação à CF, ao prever a obrigatoriedade do Plano Diretor
não-só para cidades com mais de vinte mil habitantes (art. 182, parágrafo 2º), como também em
outras hipóteses [...]”
e) A taxa de desemprego subiu para 9,4% em maio, a maior desde 1983, mas a perda de postos
de trabalho ficou em 345 mil, bem inferior ao esperado, de 520 mil vagas.
04 - Entrou em vigor a lei que converte em presunção de paternidade a recusa dos homens em
fazer teste de DNA. Assinale a alternativa cujo texto pode ser concluído coerentemente com essa
afirmação.
a) Sara Mendes deu início a um processo na justiça, para que Tiago Costa assuma a paternidade
de seu filho Cássio. Tiago não fez o exame de DNA, mas assume como muito provável ser ele o
pai do menino. Cássio alega que o exame não é conclusivo, pois entrou em vigor a lei que
converte em presunção de paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA.
b) Adriano é um rapaz muito presunçoso e não admite que lhe cobrem nada. A namorada lhe
pediu um exame de DNA, para esclarecer a paternidade de Amanda, sua filha. Adriano disse que
não faria o exame. A namorada disse que toda essa presunção serviria para o juiz atestar a
paternidade, pois entrou em vigor a lei que converte em presunção de paternidade a recusa
dos homens em fazer teste de DNA.
c) Carlos de Almeida responde processo na justiça por não querer reconhecer como seu o filho
de Diana Santos, sua exnamorada. Carlos se recusou a fazer o exame de DNA, o que permite ao
juiz lavrar a sentença que o indica como pai da criança, porque entrou em vigor a lei que
converte em presunção de paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA.
d) Alessandro presume que Caio seja seu filho. Sugeriu a Telma um exame de DNA. Telma disse
não ser necessário, pois entrou em vigor a lei que converte em presunção de paternidade a
recusa dos homens em fazer teste de DNA.
e) Mário e Felipe são primos. Mário é extremamente vaidoso, pretensioso. Felipe é um rapaz
calmo e muito simples. Os dois namoraram Teresa na mesma época. Teresa teve uma filha e
entrou na justiça para exigir dos dois primos um exame de DNA. O juiz disse que não era
necessário, pois entrou em vigor a lei que converte em presunção de paternidade a recusa
dos homens em fazer teste de DNA.
Respostas
01 02 03 04 05
c e e c b
Pontuação
O ponto final é usado no final das frases declarativas e imperativas para marcar uma pausa total.
Av. (Avenida)
V. Ex.ª (Vossa Excelência)
p. (página)
Dr. (doutor)
O ponto de exclamação é usado em frases exclamativas para indicar admiração, alegria, raiva,…
É também usado em frases imperativas para indicar uma ordem.
Parabéns!
Já chega!
Vírgula [,]
A vírgula é usada para separar elementos. Separa alguns termos dentro de uma oração e separa
também orações dentro de um período.
O ponto e vírgula (;) é usado para indicar uma pausa num período frásico que ainda não acabou,
sendo usado principalmente em itens enumerados, orações extensas, conjunções adversativas e
orações sindéticas.
As imposições feitas pelos trabalhadores foram: direito a pelo menos uma folga semanal
fixa; direito a duas horas para almoço; direito à formação anual.
Também utilizamos ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens:
Por exemplo:
I- O que dizer;
V- ...
Utilizamos ponto e vírgula para separar orações coordenadas muito extensas ou orações
coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
Os dois pontos marcam uma pequena suspensão no ritmo de uma frase não concluída. É usado
para introduzir uma enumeração, o discurso direto, uma citação, um esclarecimento e um
exemplo, entre outros.
Travessão [—]
O travessão é usado, principalmente, para introduzir uma fala no discurso direto. Pode ser usado
também para separar uma oração intercalada da oração principal.
Reticências [...]
As reticências são usadas, principalmente, para indicar uma suspensão ou interrupção na frase
ou na ação, que permanece inacabada ou se prolonga no tempo. Podem ser usadas também
para transmitir insegurança, dúvida, suspense,…
Vou fazer diversas melhorias nesta casa: lixar e pintar paredes, trocar a canalização,
mudar o pavimento, reforçar estruturas, envernizar o corrimão das escadas,…
Nada se resolvia e as horas iam passando…
Parênteses [( )]
Os parênteses são usados para introduzir uma informação acessória. Serve para isolar palavras,
frases intercaladas de caráter explicativo, datas e também podem substituir a vírgula ou o
travessão:
Hífen [-]
O hífen indica, maioritariamente, união semântica entre duas palavras. Existem diversas regras
para o seu uso. É usado em variadas situações: substantivos compostos, palavras formadas por
derivação prefixal, locuções, colocação pronominal, divisão silábica, translineação e
encadeamentos vocabulares.
terça-feira;
matéria-prima;
bem-humorado;
micro-ondas;
Amo-te!
A barra oblíqua é usada tanto para separar, como para juntar conceitos relacionado. Pode ser
usada para separa tanto palavras, como números, em situações específicas.
Aspas [“ ”]
As aspas são usadas para destacar uma parte do texto, como citações, transcrições, nomes de
obras literárias, palavras estrangeiras,…
Colchetes [ [ ] ]
Os colchetes são usados, principalmente, para indicar uma citação incompleta. São usados
também nas transcrições fonéticas.
“[…] hei de espalhar meu canto / E rir meu riso e derramar meu pranto […]”
Carro ['karu] e caro ['kaɾu].
As chaves ou chavetas são usadas para reunir diversos itens com relações entre si na formação
de um conjunto. No português, são usadas para representar morfemas. São também muito
usadas na matemática.
Asterisco [*]
O asterisco é usado, principalmente, para fazer a indicação de uma nota de rodapé ou remissão.
A meia-risca ou meio-traço une elementos que se encontram enumerados numa série, indicando
o intervalo que existe entre o primeiro e o último elemento.
1500-,-1550;
Parágrafo [§]
Num texto, os parágrafos identificam-se com um espaçamento na sua primeira linha, não sendo
usado o sinal gráfico de parágrafo. Este sinal tem pouco uso, sendo usado maioritariamente na
designação de artigos de leis.
Alínea [a)]
A alínea é uma forma de estruturação da informação. Através do seu uso, a informação fica divida
em subtópicos.
a) Adjunto adnominal;
b) Adjunto adverbial;
c) Aposto.
Vírgula
Por outro lado, quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode separá-
los por meio de vírgula.
Antes de explicarmos quais são os casos em que devemos utilizar a vírgula, vamos explicar
primeiro os casos em que NÃO devemos usar a vírgula para separar os seguintes termos:
a) Sujeito de Predicado;
f) Oração principal da Subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça
na ordem inversa).
Os banqueiros estão cada vez mais ricos, e o povo, cada vez mais pobre.
2) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar alguma
ideia (polissíndeto):
3) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam sentido
de adição (adversidade, consequência, por exemplo):
b) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações
iniciadas pela conjunção “e”:
"No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo
apresentou o gancho." (O selvagem - José de Alencar)
Observação
Dispensam o uso da vírgula os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem.
Observe:
Caso os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem aparecerem repetidos, com a
finalidade de enfatizar a expressão, o uso da vírgula é, nesse caso, obrigatório.
Observe:
Não gosto nem do pai, nem do filho, nem do cachorro, nem do gato dele.
Exercícios
a) Paula Marques, a professora mais exigente da escola, foi homenageada pelos alunos.
b) Cansado da vida que tinha, Rodrigo decidiu que estava na hora de recomeçar.
d) Amanhã chegam meus primos preferidos, meus companheiros de infância, meus melhores
amigos.
I. Sinal de pontuação que deve ser empregado para separar os núcleos de um termo, para isolar
o aposto, para isolar o vocativo, para isolar adjuntos adverbiais deslocados, para indicar a elipse
do verbo e para isolar determinadas expressões explicativas.
II. Sinal de pontuação empregado entre orações coordenadas que já apresentam vírgulas, entre
orações coordenadas longas e entre itens de leis, decretos, regulamentos etc.
III. Sinal de pontuação empregado para iniciar uma enumeração, introduzir a fala de uma pessoa
e esclarecer ou concluir algo já explicitado.
IV. Sinal de pontuação empregado para indicar indecisão, surpresa ou dúvida na fala de uma
pessoa, indicar, em um diálogo, a interrupção de uma fala, sugerir ao leitor que complete um
raciocínio e indicar a exclusão de trechos de um texto.
a) III e IV.
b) I, III e IV.
c) I, II e IV.
d) II e IV.
Respostas
01 02 03 04 05
c d a c c