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       EEEFM “GOVERNADOR LINDENBERG”


RUA DIRCEU CARDOSO Nº 240, IRMÃOS FERNANDES – BARRA DE SÃO FRANCISCO-ES FONE: (27) 3756-
1290    CEP: 29.800-000                                                               
1º TRIMESTRE
ÁREA DE CONHECIMENTO: LINGUAGENS  E SUAS TECNOLOGIAS                                   
PERÍODO: 06/03 A 24/03/23                                                                      
TURMAS: 1ª SÉRIE MATUTINO E VESPERTINO     
TEMA INTEGRADOR: Saúde, vida familiar e sociedade. (DIA DA MULHER )         

SEQUÊNCIA DIDÁTICA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
PROFESSORA : Géssica Dias Almeida

Aulas: 15 aulas 

OBJETO DE CONHECIMENTO: 
✓ Relação entre textos, reconstrução da textualidade e efeitos de sentido provocados pelos usos de
recursos linguísticos e multissemióticos. 
✓ Construção da textualidade;
 ✓ Relação entre textos; 
✓ Reconstrução da textualidade. 
✓ Distinção de fato e opinião, estratégias de leitura: identificação de teses e argumentos e sequências
textuais.

HABILIDADES :
EM13LP03 Analisar relações de intertextualidade e interdiscursividade que permitam a explicitação de
relações dialógicas, a identificação de posicionamentos ou de perspectivas, a compreensão de
paráfrases, paródias e estilizações, entre outras possibilidades.
 EM13LP04 Estabelecer relações de interdiscursividade e intertextualidade para explicitar, sustentar e
conferir consistência a posicionamentos e para construir e corroborar explicações e relatos, fazendo
uso de citações e paráfrases devidamente marcadas.
 EM13LP05 Analisar, em textos argumentativos, os posicionamentos assumidos, os movimentos
argumentativos (sustentação, refutação/contra argumentação e negociação) e os argumentos
utilizados para sustentá-los, para avaliar sua força e eficácia, e posicionar-se criticamente diante da
questão discutida e/ou dos argumentos utilizados, recorrendo aos mecanismos linguísticos
necessários. 

Modulo 01 
Total de aulas : 03 
Objetivo : Apresentação dos efeitos de sentido (Duplo sentido , conotação, denotação ,
ambiguidade , ironia e humor.)

EFEITOS DE SENTIDO

Durante a produção textual, muitas vezes utilizamos recursos para expressar algum sentido além do
óbvio. Esses recursos são chamados de efeitos de sentido e podem ser construídos por meio do duplo
sentido, da denotação e conotação, da ambiguidade, da ironia e do humor. Vamos analisar cada um
deles!

Duplo sentido ou polissemia


É um recurso no qual são utilizadas palavras ou expressões que possuem diferentes interpretações.
Exemplo:

Perceba que a escolha do adjetivo prudente remete-nos ao uso do creme dental para o dente,
construindo um duplo sentido.

Conotação ou Conotativo

Conotação é quando as palavras são aplicadas em um sentido figurado. Além de depender do contexto
em que estão inseridas.

Denotação é o sentido real da palavra ou frase. Exatamente o contrário da função conotativa. É o


significado literal e original presente no dicionário.

Exemplos:

• Eduardo partiu o coração de Marcelo. (Conotativo)


• Marcelo partiu o pé da cadeira. (Denotativo)

Ambiguidade
A ambiguidade é um recurso que é utilizado, na maioria das vezes, sem que haja uma intenção. Trata-
se de uma indeterminação de sentido que palavras e expressões carregam, dificultando a
compreensão do enunciado e, por isso, seu uso deve ser evitado.

Exemplo:
O irmão de João esqueceu seu livro na escola.
De quem é o livro?

Perceba que, pela colocação inadequada de palavras, não é possível determinar de quem é o livro
esquecido na escola.

Ironia
Outro efeito de sentido muito comum é a ironia que consiste na utilização de determinada palavra ou
expressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um novo sentido, gerando um efeito de
humor.

Exemplos:
– Que menino educado! Entrou sem cumprimentar ninguém!
–Vai ver se estou na esquina!

Perceba que a ironia é construída pela relação de oposição entre o sentido de educação e não
cumprimentar, e de vai ver e estou.

Humor
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pareçam cômicas ou surpreendentes para
provocar o efeito de humor.

Exemplo:
Reações do álcool
Na aula de química, o professor pergunta:
– Quais as principais reações do álcool?
O aluno responde:
– Chorar pela ex, achar que está rico, ficar valente e ser amigo de todo mundo…
Professor:
–Tirou 10!

Veja que a construção do humor é feita a partir da resposta inesperada do aluno que fugiu ao contexto
das relações químicas abordadas nessa disciplina.

“Chatear” e “encher” 

Um amigo meu me ensina a diferença entre “chatear” e “encher”. Chatear é assim: você telefona
para um escritório qualquer da cidade. 
— Alô! Quer me chamar por favor o Valdemar? 
— Aqui não tem nenhum Valdemar. 
Daí a alguns minutos você liga de novo:
 — O Valdemar, por obséquio.
— Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar. 
— Mas não é do número tal? 
— É, mas aqui nunca teve nenhum Valdemar. 
Mais cinco minutos, você liga o mesmo número: 
— Por favor, o Valdemar chegou? 
— Vê se te manca, palhaço. Já não lhe disse que o diabo desse Valdemar nunca trabalhou
aqui? 
— Mas ele mesmo me disse que trabalhava aí. 
— Não chateia. 
Daí a dez minutos, liga de novo. 
— Escute uma coisa! O Valdemar não deixou pelo menos um recado? O outro desta vez
esquece a presença da datilógrafa e diz coisas impublicáveis. 
Até aqui é chatear. Para encher, espere passar mais dez minutos, faça nova ligação:
— Alô! Quem fala? Quem fala aqui é o Valdemar. Alguém telefonou para mim? 

CAMPOS, Paulo Mendes. Para gostar de ler. São Paulo: Ática, v.2, p. 35

ATIVIDADE 1 No trecho “Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar”, o emprego do termo em
destaque sugere que o personagem, no contexto:
A) Era gentil. 
B) Era curioso. 
C) Desconhecia a outra pessoa. 
D) Revelava impaciência. 

ATIVIDADE 2 O texto “Chatear” e “encher” busca explicar a diferença entre chatear e encher, de forma
bem humorada. Cabe refletir sobre o sentido de ser inoportuno, que, segundo o dicionário, trata-se de
uma situação inconveniente; que aparece num péssimo momento; inapropriado. Na sua opinião, como
devemos lidar com situações inoportunas, ou pessoas que nos enchem ou nos chateiam? Justifique
sua resposta.
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QUE CHEIRO É ESSE? 

Mau hálito é uma coisa tão chata, né? E todo mundo sofre desse mal... Pelo menos ao acordar! 
Mas por que será que isso acontece? Talvez você não tenha percebido, mas quando estamos
dormindo, quase não salivamos e, com tão pouco movimento, nem é preciso dizer que as bactérias se
sentem em casa! 
Pois bem, quando esses micro-organismos chatinhos entram em ação, ou melhor, aumentam a
ação dentro da nossa boca, acabam produzindo compostos com um cheiro para lá de ruim! A
metilmercaptana e o dimetilsulfeto são alguns exemplos, mas o principal e mais terrível de todos é de
longe o sulfidreto: ele tem cheiro de ovo podre, eca! Esses compostos recebem o nome de CSV
(Compostos Sulfurados Voláteis). 
Para acabar com o horroroso bafo matinal, nada melhor do que uma boa escovada nos dentes e
na língua. Mas … e se o danado persistir? 
http://www.canalkids.com.br/higiene/vocesabia/janeiro03.htm

ATIVIDADE 3 Nesse texto, a utilização da expressão “ou melhor” tem como objetivo: 
A) Confirmar o que foi dito anteriormente. 
B) Corrigir o que foi dito anteriormente. 
C) Complementar a afirmativa anterior. 
D) Adicionar uma informação ao que já havia sido declarado.

ATIVIDADE 4 O texto “QUE CHEIO É ESSE? é escrito em letras maiúsculas (Caixa alta) sugerindo
que o emissor está:
A) Gritando.
B) Estressado.
C) Calmo.
D) Refletindo.

O Encontro

Em redor, o vasto campo. Mergulhado em névoa branda, o verde era pálido e opaco. Contra o
céu, erguiam-se os negros penhascos tão retos que pareciam recortados a faca. Espetado na ponta da
pedra mais alta, o sol espiava atrás de uma nuvem.
“Onde, meu Deus?! – perguntava a mim mesma – Onde vi esta mesma paisagem, numa tarde
assim igual?”
Era a primeira vez que eu pisava naquele lugar. Nas minhas andanças pelas redondezas, jamais
fora além do vale. Mas nesse dia, sem nenhum cansaço, transpus a colina e cheguei ao campo. Que
calma! E que desolação. Tudo aquilo – disso estava bem certa – era completamente inédito pra mim.
Mas por que então o quadro se identificava, em todas as minúcias, a uma imagem semelhante lá nas
profundezas da minha memória? Voltei-me para o bosque que se estendia à minha direita. Esse
bosque eu também já conhecera com sua folhagem cor de brasa dentro de uma névoa dourada. “Já vi
tudo isto, já vi...Mas onde? E quando?”
Fui andando em direção aos penhascos. Atravessei o campo. E cheguei à boca do abismo
cavado entre as pedras. Um vapor denso subia como um hálito daquela garganta de cujo fundo
insondável vinha um remotíssimo som de água corrente. Aquele som eu também conhecia. Fechei os
olhos. “Mas se nunca estive aqui! Sonhei, foi isso? Percorri em sonho estes lugares e agora os
encontros palpáveis, reais? Por uma dessas extraordinárias coincidências teria eu antecipado aquele
passeio enquanto dormia?”
Sacudi a cabeça, não, a lembrança – tão antiga quanto viva – escapava da inconsciência de um
simples sonho.[...]

ATIVIDADE 5 Na frase “Já vi tudo isso, já vi… Mas onde?”, o uso das reticências sugere:
A) Impaciência.
B) Impossibilidade.
C) Incerteza.
D) Irritação.

ATIVIDADE 6 No trecho, ―Mas por que então o quadro se identificava, em todas as minúcias, a uma
imagem semelhante lá nas profundezas da minha memória? O termo destacado significa:
A) Colina.
B) Detalhes.
C) Partes.
D) Redondeza.

ATIVIDADE 7 O texto “Encontro” aborda um momento de reflexão sobre a natureza. Muitos não
respeitam a natureza e não percebem as belezas que estão ao nosso redor. Como é a sua relação
com o meio ambiente?  Comente.
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ATIVIDADE 8 No 1º quadrinho, a fala do personagem pode ser substituída por:

A) Quer namorar comigo?


B) Você é muito bonita para mim!
C) Você é muito simpática!
D) Você é muito humilde!

Gabarito:
ATIVIDADE 1. Letra D.
ATIVIDADE 2. Resposta pessoal.
ATIVIDADE 3 Letra C.
ATIVIDADE 4. Letra A.
ATIVIDADE 5. Letra C.
ATIVIDADE 6. Letra B.
ATIVIDADE 7. Resposta pessoal.
ATIVIDADE 8. Letra B.

Módulo 2 
Total de aulas : 03 aulas 
Objetivo: Diferenciar fato de opinião.
Divida a turma em grupos, diga que eles devem analisar algumas frases e decidir se cada frase
é um fato ou opinião, seguido de um debate (socialização) das conclusões encontradas. Para
isso, entregue as frases abaixo  para cada grupo.

Frase ou opinião?
1. Imigrantes ilegais nos Estados Unidos têm alguns direitos, de acordo com a Constituição
Americana.
2. O ex-presidente americano Barack Obama nasceu nos Estados Unidos.
3. Imigrantes que estão nos Estados Unidos são um grande problema para a América.
4. A democracia é a melhor forma de governo.
5. O governo brasileiro é quase sempre gastador e ineficiente.
6. Aumentar o salário mínimo é essencial para melhorar a economia.

Em seguida, faremos um breve debate. A ideia é que cada grupo socialize as conclusões sobre
cada frase. Para isso, peça que cada grupo exponha e justifique se a frase 1 é fato ou opinião.
Após, iniciando com outro grupo, apresente as conclusões sobre a frase 2 e, assim,
sucessivamente até finalizar as análises das 6 frases. Sempre induza o comentário dos alunos
com perguntas, por exemplo: Como sabe que essa frase é um fato? Como ter certeza que essa
frase é uma opinião?

Por fim, utilize a videoaula e o mapa mental para refletir com os alunos sobre a diferença entre
um fato e uma opinião. 

Gabarito das frases:


1. FATO
2. FATO
3. OPINIÃO
4. OPINIÃO
5. OPINIÃO
6. OPINIÃO

ATIVIDADES
A raposa e as uvas
       Num dia quente de verão, a raposa passeava por um pomar. Com sede e calor, sua atenção foi
capturada por um cacho de uvas.
      “Que delícia”, pensou a raposa, “era disso que eu precisava para adoçar a minha boca”. E, de um
salto, a raposa tentou, sem sucesso, alcançar as uvas.
      Exausta e frustrada, a raposa afastou-se da videira, dizendo: “Aposto que estas uvas estão
verdes.”

Questão 01 : A frase que expressa uma opinião é


(A) “a raposa passeava por um pomar.”
(B) “sua atenção foi capturada por um cacho de uvas.”
(C) “a raposa afastou-se da videira.”
(D) “aposto que estas uvas estão verdes.”
As enchentes de minha infância
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que
moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a
casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando
para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a
enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras,
vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio
cresceu tanto que a família defronte teve medo
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar
camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas
contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio
atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele
subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal
saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma
fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha
caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia
outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.

BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.

Questão 02: A expressão que revela uma opinião sobre o fato “… vinham todos dormir em nossa
casa”,  é
(A) “Às vezes chegava alguém a cavalo…”
(B) “E às vezes o rio atravessava a rua…”
(C) “e se tomava café tarde da noite!”
(D) “Isso para nós era uma festa…”

Leia o texto a seguir e responda a questão. Em seguida, justifique sua resposta.


CIDADANIA, DIREITO DE TER DIREITOS
Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem
constrangimento. […] Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania:
respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás
desse comportamento está o respeito à coisa pública. […] Foi uma conquista dura. Muita gente lutou e
morreu para que tivéssemos o direito de votar. 
DIMENSTEIN, Gilberto. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/0BzPewewkSxkzUkpmSkljOTY1d1k/edit. Acesso em: 23 de julho de
2019. 
Questão 03. O trecho que indica uma opinião em relação à cidadania é 
(A) …“é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la…”. 
(B) …“É poder votar em quem quiser…”. 
(C) …“revelam estágios de cidadania…” 
(D) … “Foi uma conquista dura. ”

Questão 04. Elabore 5 frases que indiquem opinião:

1_______________
2_______________
3_____________
4______________
5_________________
 
Questão 05. Elabore 5 frases que indiquem fatos:
1______________________________
2______________________________
3_______________________________
4_______________________________
5______________________________

Crônica: Mulheres da minha vida


Maria Sanz

 
Se as fêmeas já são essencialmente corajosas, intuitivas, instintivas e devotas à família, então
elas se tornam insuperáveis quando unidas. É como no velho dito: por trás de uma mulher forte, há
sempre outra mulher mais forte ainda.
Enquanto escrevo a coluna, crianças correm e gritam (por que gritam tanto?) pela casa afora.
Os corredores são grandes circuitos, um gran prix doméstico da diversão sem fim. Hoje não tem
escola, é feriado. E assim sendo, com filhos pequenos, como se sabe - ou se ainda não sabe, fique
sabendo- ninguém fica parado. Começou cedo, tipo gincana mesmo: acorda, faz leite com Nescau,
misto quente ("Ah, mãe! Queria só queijo!) - tira o presunto do meio, faz café, espreme laranja -
acordou o bebê! - dar colo, preparar mamadeira, "meu amor, o café tá pronto?"
E assim o dia vai passando (digo, atropelando) e a gente não consegue nem fazer xixi.
Mas não tem novidade: mulheres sofrem a singela pressão de ser tudo para todos.
É, as demandas não têm fim. Mas, convenhamos: não estamos sozinhas - nem mesmo quando
estamos.
Tem na geladeira aquele empadão que dona Benedita deixou; as roupas estão passadas e nas
gavetas porque dona Geralda arrumou; o trabalho está andando porque Amandla me ajudou; o
projeto saiu do papel porque Carminha executou; o bebê está seguro (e agora eu posso escrever)
porque dona Neuza chegou - e se hoje eu escrevo é porque Mariana me incentivou; meu filho mais
velho foi brincar com o amigo porque Fernanda convidou; e se eu dou conta de me virar em mil, foi
porque minha mãe me ensinou.
Se as fêmeas já são essencialmente corajosas, intuitivas, instintivas e devotas à família, então elas se
tornam insuperáveis quando unidas. É como no velho dito: por trás de uma mulher forte, há sempre
outra mulher mais forte ainda.
Mães, filhas, avós, netas, irmãs, amigas, ajudantes, vizinhas, noras, sogras, comadres,
companheiras, parceiras, aliadas - mulheres indispensáveis em nossas vidas. E não é só isso: quanto
mais conectadas com as verdadeiras forças primitivas da essência feminina (falo da força vital, da
robustez e da lealdade), mais potentes nos tornamos ainda. ("Girl power", sororidade, irmandade,
amizade, família).
Inato: mulheres têm o dom da cura. Trazemos as rezas, as canções, os temperos, as
vidências, as histórias e os segredos. Somos vísceras dilatadas e o cheiro de café de manhã cedo.
Somos a mão que espalma e o abraço que recolhe. Somos colo, pernas, braços e mãos. Somos
garras, cabelos, olfato apurado e olhos por todos os lados. Somos a dança em volta da fogueira, o
balanço do aconchego, a voz que acalenta na madrugada e a mão que mexe o caldeirão.
Quem tem uma mulher de verdade como aliada, tem o caminho e a chegada. Aliás, se existe
uma coisa literalmente imprescindível em nossas vidas é a presença de uma alma feminina. Minhas
mulheres, minhas meninas e minha mãe: base de tudo, incubadora do meu mundo, amor fundante e
desmesuradamente profundo.
Fêmeas... Que cultivemos entre nós a primitiva sabedoria. Que não sejamos rasas, nem
mesquinhas, nem mornas, nem egoístas. Que estejamos juntas nas frustrações e, sobretudo, nas
vitórias. Que saibamos sempre nos enfeitar (primeiro por dentro com brilho de mar azul e cheiro de
rosas. E que sigamos unidas, chorando ou sorrindo, mas sem nunca deixar de honrar a beleza de
podermos ser tudo uma para a outra quando preciso.
https://www.agazeta.com.br/colunas/maria-sanz/cronica-mulheres-da-minha-vida-1121
 Questão 06. Retire do texto 4 frases que indicam opinião:
1
2
3
4
Questão 07. Agora , retire do texto 4 frases que indicam fato:
1
2
3
4
5

Módulo 3
Total de aulas : 03 aulas 
Objetivo: Conceito de intertextualidade.

A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou seja, é a influência e relação que um


estabelece sobre o outro. Assim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção de
textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos existentes em outro texto, seja a nível
de conteúdo, forma ou de ambos: forma e conteúdo.
Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de forma que essa relação pode ser
estabelecida entre as produções textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva,
escrita), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música, dança, cinema), propagandas
publicitárias, programas televisivos, provérbios, charges, dentre outros.
 
Atividade 2.
     Entregar para os alunos a cópia do cartum de Caulos;
   Fazer a leitura com os alunos e questioná-los se lembram ou conhecem algum texto parecido
com o cartum de Caulos;
   Comentar e apresentar para os estudantes o poema No Meio do Caminho de Carlos Drummond
de Andrade, de 1930;

No Meio do Caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento


na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

 Explicar que o cartum de Caulos tem como texto fonte o poema No Meio do Caminho de Carlos
   
Drummond de Andrade, de 1930.
Atividade 3.
   Passar no quadro o texto abaixo :

A seguir, veremos vários exemplos de intertextualidade, seja em forma de citação, paródia ou


paráfrase.
 
CITAÇÃO
Propaganda Chevrolet (Foto: Reprodução)


 Passa no quadro o conceito de citação :
Esse procedimento intertextual acontece quando um texto reproduz outro texto ou parte dele. Para
sinalizar que houve a reprodução de outro texto, são utilizados alguns marcadores, como as aspas.
Dessa forma, o texto deixa claro que o trecho ou o texto citado foi tirado de outra fonte.
A compreensão adequada de um intertexto depende, naturalmente, do conhecimento do texto fonte.
No exemplo dado, a propaganda buscou inspiração no texto bíblico "Do pó vieste e ao pó voltarás",
marcando sua reprodução por meio de aspas.
 Passa no quadro o conceito de Paródia:
A paródia consiste em uma subversão ao texto fonte, recriando-o de maneira satírica ou crítica.
Dizendo de outra maneira, a paródia ironiza o texto original e inverte seu sentido. “Canção do exílio”
(1847) é um dos textos mais parodiados da cultura brasileira, exercendo sua influência por várias
gerações.
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá.
Agora, leia parte da paródia composta pelo humorista e apresentador Jô Soares:
Minha Dinda tem cascatas
Onde canta o curió
Não permita Deus que eu tenha
De voltar pra Maceió.
Minha Dinda tem coqueiros
Da Ilha de Marajó
As aves, aqui, gorjeiam
Não fazem cocoricó.

No poema de Gonçalves Dias, do final do século XIX, o eu lírico deseja cantar a saudade que sente de
sua terra natal, o Brasil, enfatizando seus encantos e belezas naturais. O texto de Jô Soares, do final
do século XX, desconstrói o sentido do texto original, já que o eu lírico quer distância da terra natal,
pois prefere as mordomias da Casa da Dinda, como ficou conhecida a residência oficial do Presidente
da República na época, Fernando Collor de Mello.
Através da paródia, Jô Soares faz uma crítica aos escândalos de corrupção do governo, que
culminaram no processo de “impeachment” do presidente. 
 
 Passa no quadro o conceito de Paráfrase:
 
PARÁFRASE
Fazer uma paráfrase significa reproduzir as ideias de um texto, só que utilizando outras palavras,
dentro de uma nova montagem. É o recurso intertextual que se faz presente, por exemplo, em
resumos, atas e relatórios, que fazem parte do nosso cotidiano.
Veja um exemplo de paráfrase da tão parodiada “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias:
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos 
Minha boca procura a “Canção do Exílio”. 
Como era mesmo a “Canção do Exílio”? 
Eu tão esquecido de minha terra... 
Ai terra que palmeiras 
onde canta o sabiá
Perceba que o poema “Europa, França e Bahia”, de Carlos Drummond de Andrade, estabelece um
diálogo com o texto de Gonçalves Dias, mas não tem uma intenção satírica – é uma paráfrase.
 
Atividade 4.
CAIU NO ENEM
(Enem 2009 - prova azul) 
Texto 1
No meio do caminho
No meio do caminho tinha
uma pedra
Tinha uma pedra no meio
do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha
uma pedra
ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 2000. (fragmento).
Texto 2
 
Questão de português do Enem 2009 (prova cancelada) (Foto: Reprodução/Enem)
A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois textos revela que
a) o texto 1 perde suas características de gênero poético ao ser vulgarizado por histórias em
quadrinho.
b) o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as escolhas linguísticas o tornam uma réplica do texto
1.
c) a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-os como pertencentes ao
mesmo gênero.
d) os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da intertextualidade, foram elaborados com
finalidades distintas.
e) as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem classificá-los como pertencentes
ao mesmo gênero.
 
Módulo 4
Total de aulas : 03 aulas 
Objetivo: Atividades sobre  intertextualidade.

Leia o texto para responder à questão:

1.   Essa imagem faz referências ao nome de um conhecido filme nacional. Esse tipo de
“diálogo” entre textos é chamado de
a)   publicidade.
b)   plágio.
c)   cópia.
d)   intertextualidade.
Leia o texto para responder à questão:
 
2.   Esta imagem foi inspirada na famosa pintura “Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci. Neste
caso, ela tem como objetivo
a)   reproduzir as qualidades do original.
b)   provocar humor.
c)   emocionar o leitor.
d)   informar sobre um acontecimento.
 
Leia e depois responda à pergunta:
3.  A publicidade está interagindo com outro texto, que é

a)   uma música.
b)   um filme.
c)   uma animação.
d)   uma imagem.
 
Leia e depois resolva a questão:
4.  Observe a imagem publicitária. Sobre ela, pode- se afirmar que
a)   Há intertextualidade com a Mona Lisa de Leonardo Da Vinci e tem como objetivo emocionar o
leitor.
b) A frase sugere que o produto deixa a roupa como uma obra-prima, tal como o quadro de Da
Vinci.
c) Este tipo de intertextualidade deve ser evitado na publicidade.
d)  Não há relação entre a imagem e a frase presente no anúncio.
 
Leia os dois textos abaixo e depois resolva a questão:
Texto 1:

Texto 2:
 
5.  Em relação às imagens podemos afirmar que
a) Não há relação entre elas, pois uma divulga comida e a outra divulga sapato.
b) Não há relação entre elas, pois uma fala de comida e a outra fala de religião.
c)  A primeira interage com a segunda com a finalidade de divulgar a loja e os produtos. A segunda
objetiva divulgar um filme.
d)  A primeira interage com a segunda com a finalidade de divulgar a loja e os produtos. A segunda
objetiva enviar uma mensagem.

Módulo 3
Total de aulas : 03 aulas 
Objetivo: Atividades sobre intertextualidade.

Leia o poema abaixo e depois responda à questão:


 
Canção do exílio-Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.
 
Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques
têm mais vida, Nossa vida mais amores.
 
Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem
palmeiras, Onde canta o Sabiá.
 
Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar sozinho, à
noite Mais prazer eu encontro lá;

Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.


 
Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.
 
6.  A finalidade deste poema é falar sobre
a)   as características da terra natal do poeta.
b)   as palmeiras e o sabiá da terra natal do poeta.
c)   a saudade que o poeta sente de sua terra.
d)   a satisfação do poeta em estar no exílio.
Leia o anúncio publicitário para responder à questão:

7.  Sobre a publicidade pode-se afirmar que


a) a intertextualidade tem por objetivo divulgar o Brasil.
b)   a intertextualidade tem como objetivo provocar humor.
c) a frase objetiva plagiar o poema “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias, demonstrando o desejo
de retornar à terra natal.
d)  a frase objetiva tornar a publicidade mais expressiva e criativa, demonstrando o desejo de
retornar à terra natal.
Observe o famoso quadro “Moça com Brinco de Pérola” do pintor Johannes Vermeer (à
direita) e uma paródia desse quadro:

8.  Podemos dizer que é objetivo das paródias, em geral,


a)   copiar o original.
b)   provocar humor.
c)   emocionar.
d)   informar.
Observe a figura e responda à questão:

9.   Nesta imagem observamos a intertextualidade com a paráfrase “O barato sai caro”. A


finalidade dessa paráfrase é
a)   mostrar que o barato pode sair caro, pois pode comprometer a qualidade.
b) mostrar que o barato pode sair caro, pois fica- se muito tempo parado.
c)     mostrar que algo pode parecer barato mas é caro.
d)   mostrar que algo que é barato pode ser insuficiente.

Leia e depois resolva a questão:

10. Nesta publicidade a intertextualidade objetiva


a) convencer o consumidor.
b) iludir o consumir.
c) mostrar o consumo do produto.
d) provar que todos usam o produto.

Disponível em: <http://www.hortifruti.com.br>


Questões sobre o texto: 

1. A que gênero pertence?


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2. De que forma ele foi construído? Explique:
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3. Qual o objetivo de quem o produziu? A que público se destina?
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4. Justifique o emprego do sinal de aspas, em:
“O SUCESSO NÃO ME FEZ PERDER A CABEÇA”
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