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ATIVIDADES LÍNGUA PORTUGUESA – 1ª SÉRIE

PROFESSORA: GÉSSICA DIAS

“Chatear” e “encher” 
Um amigo meu me ensina a diferença entre “chatear” e “encher”. Chatear é assim: você
telefona para um escritório qualquer da cidade. 
— Alô! Quer me chamar por favor o Valdemar? 
— Aqui não tem nenhum Valdemar. 
Daí a alguns minutos você liga de novo:
 — O Valdemar, por obséquio.
— Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar. 
— Mas não é do número tal? 
— É, mas aqui nunca teve nenhum Valdemar. 
Mais cinco minutos, você liga o mesmo número: 
— Por favor, o Valdemar chegou? 
— Vê se te manca, palhaço. Já não lhe disse que o diabo desse Valdemar nunca trabalhou
aqui? 
— Mas ele mesmo me disse que trabalhava aí. 
— Não chateia. 
Daí a dez minutos, liga de novo. 
— Escute uma coisa! O Valdemar não deixou pelo menos um recado? O outro desta vez
esquece a presença da datilógrafa e diz coisas impublicáveis. 
Até aqui é chatear. Para encher, espere passar mais dez minutos, faça nova ligação:
— Alô! Quem fala? Quem fala aqui é o Valdemar. Alguém telefonou para mim? 
CAMPOS, Paulo Mendes. Para gostar de ler. São Paulo: Ática, v.2, p. 35

ATIVIDADE 1 No trecho “Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar”, o emprego do termo em
destaque sugere que o personagem, no contexto:
A) Era gentil. 
B) Era curioso. 
C) Desconhecia a outra pessoa. 
D) Revelava impaciência. 

ATIVIDADE 2 O texto “Chatear” e “encher” busca explicar a diferença entre chatear e encher, de
forma bem humorada. Cabe refletir sobre o sentido de ser inoportuno, que, segundo o dicionário,
trata-se de uma situação inconveniente; que aparece num péssimo momento; inapropriado. Na sua
opinião, como devemos lidar com situações inoportunas, ou pessoas que nos enchem ou nos
chateiam? Justifique sua resposta.
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QUE CHEIRO É ESSE? 

Mau hálito é uma coisa tão chata, né? E todo mundo sofre desse mal... Pelo menos ao
acordar! 
Mas por que será que isso acontece? Talvez você não tenha percebido, mas quando estamos
dormindo, quase não salivamos e, com tão pouco movimento, nem é preciso dizer que as bactérias se
sentem em casa! 
Pois bem, quando esses micro-organismos chatinhos entram em ação, ou melhor, aumentam a
ação dentro da nossa boca, acabam produzindo compostos com um cheiro para lá de ruim! A
metilmercaptana e o dimetilsulfeto são alguns exemplos, mas o principal e mais terrível de todos é de
longe o sulfidreto: ele tem cheiro de ovo podre, eca! Esses compostos recebem o nome de CSV
(Compostos Sulfurados Voláteis). 
Para acabar com o horroroso bafo matinal, nada melhor do que uma boa escovada nos dentes
e na língua. Mas … e se o danado persistir? 
http://www.canalkids.com.br/higiene/vocesabia/janeiro03.htm

ATIVIDADE 3 Nesse texto, a utilização da expressão “ou melhor” tem como objetivo: 
A) Confirmar o que foi dito anteriormente. 
B) Corrigir o que foi dito anteriormente. 
C) Complementar a afirmativa anterior. 
D) Adicionar uma informação ao que já havia sido declarado.

ATIVIDADE 4 O texto “QUE CHEIO É ESSE? é escrito em letras maiúsculas (Caixa alta) sugerindo
que o emissor está:
A) Gritando.
B) Estressado.
C) Calmo.
D) Refletindo.

O Encontro

Em redor, o vasto campo. Mergulhado em névoa branda, o verde era pálido e opaco. Contra o
céu, erguiam-se os negros penhascos tão retos que pareciam recortados a faca. Espetado na ponta
da pedra mais alta, o sol espiava atrás de uma nuvem.
“Onde, meu Deus?! – perguntava a mim mesma – Onde vi esta mesma paisagem, numa tarde
assim igual?”
Era a primeira vez que eu pisava naquele lugar. Nas minhas andanças pelas redondezas,
jamais fora além do vale. Mas nesse dia, sem nenhum cansaço, transpus a colina e cheguei ao
campo. Que calma! E que desolação. Tudo aquilo – disso estava bem certa – era completamente
inédito pra mim. Mas por que então o quadro se identificava, em todas as minúcias, a uma imagem
semelhante lá nas profundezas da minha memória? Voltei-me para o bosque que se estendia à minha
direita. Esse bosque eu também já conhecera com sua folhagem cor de brasa dentro de uma névoa
dourada. “Já vi tudo isto, já vi...Mas onde? E quando?”
Fui andando em direção aos penhascos. Atravessei o campo. E cheguei à boca do abismo
cavado entre as pedras. Um vapor denso subia como um hálito daquela garganta de cujo fundo
insondável vinha um remotíssimo som de água corrente. Aquele som eu também conhecia. Fechei os
olhos. “Mas se nunca estive aqui! Sonhei, foi isso? Percorri em sonho estes lugares e agora os
encontros palpáveis, reais? Por uma dessas extraordinárias coincidências teria eu antecipado aquele
passeio enquanto dormia?”
Sacudi a cabeça, não, a lembrança – tão antiga quanto viva – escapava da inconsciência de
um simples sonho.[...]

ATIVIDADE 5 Na frase “Já vi tudo isso, já vi… Mas onde?”, o uso das reticências sugere:
A) Impaciência.
B) Impossibilidade.
C) Incerteza.
D) Irritação.

ATIVIDADE 6 No trecho, ―Mas por que então o quadro se identificava, em todas as minúcias, a
uma imagem semelhante lá nas profundezas da minha memória? O termo destacado significa:
A) Colina.
B) Detalhes.
C) Partes.
D) Redondeza.

ATIVIDADE 7 O texto “Encontro” aborda um momento de reflexão sobre a natureza. Muitos não
respeitam a natureza e não percebem as belezas que estão ao nosso redor. Como é a sua relação
com o meio ambiente?  Comente.
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ATIVIDADE 8 No 1º quadrinho, a fala do personagem pode ser substituída por:

A) Quer namorar comigo?


B) Você é muito bonita para mim!
C) Você é muito simpática!
D) Você é muito humilde!
ATIVIDADES LÍNGUA PORTUGUESA – 1ª SÉRIE
PROFESSORA: GÉSSICA DIAS

ATIVIDADES
1) Leia o texto a seguir:
OS DONOS DA COMUNICAÇÃO
           Os presidentes, os ditadores e os reis da Espanha que se cuidem porque os donos da
comunicação duram muito mais. Os ditadores abrem e fecham a imprensa, os presidentes xingam
aTV e os reis da Espanha cassam o rádio, mas, quando a gente soma tudo, os donos da
comunicação ainda estão por cima. Mandam na economia, mandam nos intelectuais, mandam nas
moças fofinhas que querem aparecer nos shows dos horários nobres e mandam no society que
morre se o nomenão aparecer nas colunas.
         Todo mundo fala mal dos donos da comunicação, mas só de longe. E ninguém fala mal deles
por   escrito porque quem fala mal deles por escrito nunca mais vê seu nome e sua cara nos
“veículos” deles. Isso é assim aqui, na Bessarábia e na Baixa Betuanalândia. Parece que é a lei.
         O que também é muito justo porque os donos da comunicação são seres lá em cima. Basta ver
o seguinte: nós, pra sabermos umas coisinhas, só sabemos delas pela mídia deles, não é mesmo?
Agora vocês já imaginaram o que sabem os donos da comunicação que só deixam sair 10% do que
sabem? Pois é; tem gente que faz greve, faz revolução, faz terrorismo, todas essas besteiras.
Corajoso mesmo, eu acho, é falar mal de dono de comunicação. Aí tua revolução fica xinfrim, teu
terrorismo sai em corpo 6 e se você morre vai lá pro fundo do jornal em quatro linhas.
(Millôr Fernandes. Que país é este?, 1978.)
Millôr Fernandes emprega com conotação irônica o termo inglês society, para referir-se a
a) pessoas dedicadas ao desenvolvimento da sociedade.
b) pessoas que fazem caridade apenas para aparecer nos jornais.
c) sociedades de atores de teatro, cinema e televisão.
d) norte-americanos ou ingleses muito importantes, residentes no país.
e) indivíduos presunçosos da chamada alta sociedade.

2) Observe a tirinha abaixo:

Disponível em: <http://comicsgarfield.blogspot.com/>


Nesse texto, o tom irônico está presente:
a) na primeira observação do menino.
b) na expressão concentrada do gato.
c) no que o menino acha da natureza.
d) no que o gato pensou sobre os sapatos.
3) Observe a tirinha a seguir:
Disponível em <http://www.google.com.br/images>
O humor desse texto reside:
a) na contradição entre a expressão do menino e a do tigre no primeiro quadrinho.
b) na dúvida do tigre em chamar a mamãe para buscá-los no passeio.
c) no fato do menino tentar parecer que é valente, mas sentir medo.
d) no fato do tigre afirmar que estavam perdidos, mas estarem no quintal de casa.
e) no formato da palavra dita pelas personagens no último quadrinho.

4) Leia o texto abaixo:


 Eu não sei como começou todo esse papo de Lobo Mau, mas está completamente errado. Talvez
seja por causa de nossa alimentação. Olha, não é culpa minha se os lobos comem bichos
engraçadinhos como coelhos e porquinhos.
 É apenas nosso jeito de ser. Se os cheesburgers fossem uma gracinha, todos iam achar que você é
Mau.(...) No tempo do Era Uma Vez, eu estava fazendo um bolo de aniversário para minha querida
vovozinha. Eu estava com um resfriado terrível, espirrando muito. Fiquei sem açúcar. Então resolvi
pedir uma xícara de açúcar emprestada para o meu vizinho.
 Agora, esse vizinho era um porco. E não era muito inteligente também. Ele tinha construído a sua
casa toda de palha. Dá para acreditar? Quero dizer, quem tem a cabeça no lugar não constrói uma
casa de palha.
(...).
SCIESZKA, Jon. A verdadeira história dos três porquinhos. Editora Companhia das Letrinhas.
Em qual frase aparece um comentário irônico do narrador sobre a alimentação dos
leitores?
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5) Leia o texto a seguir:
CONSTRUÇÃO DE RODOVIA
 Uma rodovia estava sendo construída em um vilarejo e um dos residentes sentou-se durante
muitas horas para assistir à realização das obras. Um homem aproximou-se dele:
- Olá, sou o engenheiro que realizou o projeto, o responsável pela obra e pelas máquinas.
- Olá, eu sou o morador do vilarejo.
- Pelo que pude notar, você nunca havia visto uma rodovia moderna ser construída. Diga-me, como
construíam estradas por aqui?
- Bem, quando queremos construir uma estrada entre um vilarejo e o seguinte, soltamos um burro
velho e o animal escolhe o caminho mais curto e mais seguro. É ali que construímos a nossa
estrada. - E o que fazem quando não há burros? - Aí, chamamos um engenheiro.
Mario Atcalá Canto, México. Seleções Reader’s Digest. Outubro 2010. p. 99.
 Identifique o humor presente no texto acima:
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