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Questão 1 C) Romantismo
[IFN-MG - 2017 - IFN-MG - Vestibular -
D) Simbolismo
Primeiro Semestre]
Questão 2
Considere o trecho da Obra Memórias [PUC - Campinas - 2016 - PUC -
Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Campinas - Vestibular - 2º Dia]
Assis, que se segue:
A geometria das formas, em princípio uma possibilidade das artes plásticas,
não deixou de ter relevância na constituição de poemas brasileiros de
Virgília? Mas era a mesma senhora, que vanguarda, que chegaram a incorporar efeitos gráficos, design industrial e
manipulação do espaço físico da página. É o que se observa na arte de
alguns anos depois...? (...) Não digo que já poetas como
Que sol! que céu azul! que doce n’alva - A excelentíssima, declarou Seu
Acorda a natureza mais louçã! Ribeiro, entende de escrituração.
Não me batera tanto amor no peito,
Seu Ribeiro morava aqui, trabalhava
Se eu morresse amanhã!
comigo, mas não gostava de mim. Creio
que não gostava de ninguém. Tudo nele se
Mas essa dor da vida que devora
voltava para o lugarejo que se transformou
A ânsia de glória, o dolorido afã…
em cidade e que tinha, há meio século,
A dor no peito emudecera ao menos
bolandeira, terços, candeias de azeite e
Se eu morresse amanhã!
adivinhações em noites de São João. Com
mais de setenta anos, andava a pé, de
(Lira dos vinte anos, 2000.)
preferência pelas veredas. E só falava ao
telefone constrangido. Odiava a época em
que vivia, mas tirava-se de dificuldades colore as areias desertas".
empregando uns modos cerimoniosos e (MEIRELES, 2000,
expressões que hoje não se usam. O p. 27). “A matilha dos filhos
reduzido calor que ainda guardava servia fareja o sonho inacabado,
para aquecer aqueles livros grossos, de perseguindo tua lapela castanha,
cantos e lombadas de couro. Escrevia o açúcar do linho, olor de café
neles com amor lançamentos aquecido".
complicados, e gastava quinze minutos (CARPINEJAR, 2008, p. 58-59). Em
para abrir um título, em letras grandes e ambas as composições, os versos acima
curvas, um pouco trêmulas, as iniciais revelam que o sujeito lírico tem do mundo
cheias de enfeites. uma percepção
D) sensorial.
- Obrigada.
E) emotiva.
- Não há de quê. A excelentíssima
Questão 12
conhece a matéria e tem caligrafia. Eu sou [UNEMAT - 2012 - PM-MT - Aspirante da
uma ruína. Qualquer dia destes ... Polícia Militar - 2° dia]
Graciliano Ramos, São Bernardo. ...] Ela veio de longe, do São Francisco. Um
dia, tomou caminho, entrou na boca aberta
A) plenamente; apregoa. do Pará, e pegou a subir. Cada ano
ameaçava um punhado de léguas, mais
B) restritamente; pratica.
perto, mais perto, pertinho, fazendo medo no
C) literalmente; prevê. povo, porque era sezão brava – “da
D) totalmente; exercita. tremedeira que não desmontava” – matando
muita gente” [...].
E) objetivamente; defende.
Questão 17
[PUC - Campinas - 2016 - PUC -
Campinas - Vestibular - Conhecimentos
Gerais - Todos os cursos]
Questão 18
[VUNESP - 2016 - INSPER - Vestibular -
Primeiro Semestre]
Evocação do Recife
Recife
Não a Veneza americana
Não a Mauritsstad dos armadores das
Índias Ocidentais
Não o Recife dos Mascates
Nem mesmo o Recife que aprendi a amar
depois
– Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife sem mais nada
Recife da minha infância
A rua da União onde eu brincava de chicote-
queimado
e partia as vidraças da casa de dona
Aninha Viegas
Totônio Rodrigues era muito velho e botava
o pincenê
na ponta do nariz
Depois do jantar as famílias tomavam a
calçada com cadeiras
A) Manuel Bandeira e Cecília Meireles.
mexericos namoros risadas
B) Dante Milano e Olavo Bilac. A gente brincava no meio da rua
C) Lêdo Ivo e Augusto dos Anjos. (...)
A vida não me chegava pelos jornais nem
D) Oswald de Andrade e Alphonsus de
pelos livros
Guimaraens.
Vinha da boca do povo na língua errada do C) “nada de amores perigosos”.
povo
D) “Maria estava comigo em nosso amor”.
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do E) “indiferença, frieza viva, quase
Brasil antipatia”.
Ao passo que nós Questão 20
O que fazemos [PUC - Campinas - 2015 - PUC -
É macaquear Campinas - Vestibular - Direito ]
A sintaxe lusíada
(Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa, Passagens muito representativas da
1993. Adaptado) tendência literária da segunda metade do
século XIX, referida no texto, encontram-se
A) o formalismo que exprime o cotidiano em obras de Castro Alves e de Bernardo
com virtuosismo, em versos com métrica Guimarães, respectivamente
irregular e apelo aos recursos sonoros.
Atenção: Para responder à questão,
B) o emprego de tom coloquial para exprimir considere o texto abaixo.
com melancolia o cotidiano, em versos
livres, com métrica e estrofes irregulares. Nos poemas indianistas, o heroísmo
dos indígenas em nenhum momento é
C) a linguagem metafórica para exprimir as
utilizado como crítica à colonização
emoções do cotidiano, em versos que
europeia, da qual a elite era a herdeira. Ao
alternam redondilhas maiores e menores.
contrário, pela resistência ou pela
D) a predominância da linguagem erudita colaboração, os indígenas do passado
para exprimir o cotidiano conturbado, em colonial, do ponto de vista dos nossos
versos livres com métrica rigorosa. literatos, valorizavam a colonização e
E) a instabilidade dos registros linguísticos deviam servir de inspiração moral à elite
que exprimem o cotidiano, marcado pela brasileira. (...) Já o africano escravizado
alegria, em versos rimados com métrica fixa. demorou para aparecer como protagonista
na literatura romântica. Na segunda
Questão 19
[UNIOESTE - 2016 - UNIOESTE - metade do século XIX, Castro Alves, na
Vestibular - Manhã] poesia, e Bernardo Guimarães, na prosa,
destacaram em obras suas o tema da
Em Vestida de preto, de Mário de Andrade, escravidão.
o reencontro do narrador com a prima Maria,
por quem este nutriu uma intensa paixão (Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e
juvenil, é marcado por um sentimento VILLAÇA, Mariana. História para o
descrito como: ensino médio. São Paulo: Atual Editora,
2013, p. 436-37)
A) “só tristeza, só vazio”.
B) “a sensação da vontade de Deus”
A) nos versos ríspidos das Cartas chilenas A) naturalistas.
e no prefácio a Iracema.
B) parnasianistas.
B) nas sátiras contra a aristocracia baiana e C) simbolistas.
nos Contos fluminenses.
D) quinhentistas.
C) nos versos em tom épico de Os
escravos e no romance A escrava E) realistas.
Isaura. Questão 23
[FGV - 2016 - FGV - Vestibular -
D) nas estrofes líricas de Espumas
Administração Pública]
flutuantes e nos contos de Noite na
taverna. As informações contidas no texto,
E) nos poemas de feição neoclássica e no consideradas no contexto de São Bernardo,
romance Casa de pensão. indicam como importante coordenada
histórico-social dessa obra o processo de
Questão 21
[CÁSPER LÍBERO - 2018 - CÁSPER - A excelentíssima, declarou Seu
LÍBERO - Vestibular] Ribeiro, entende de escrituração.
Nesse trecho, Olavo Bilac manifesta seu E vão dormir as duas coisas novas desse
engajamento na constituição da identidade mundo:
nacional e linguística, ressaltando a
o sol e os meninos.
A) transformação da cultura brasileira.
B) religiosidade do povo brasileiro. Mas ainda vela
REDUNDÂNCIAS
C) V – V – V – F.
D) F – F – V – V. Ter medo da morte
Não é possível idear nada mais puro e B) objetivo e imparcial, ainda que, em
harmonioso do que o perfil dessa estátua algumas passagens, enalteça traços da
de moça. personalidade da moça.
C) duplo, já que alude a aspectos
Era alta e esbelta. Tinha um desses comportamentais e psicológicos tanto em 1.ª
talhes flexíveis e lançados, que são hastes quanto em 3.ª pessoa.
de lírio para o rosto gentil; porém na
mesma delicadeza do porte esculpiam-se D) subjetivo, flagrante pela seleção
os contornos mais graciosos com firme vocabular, apesar de o texto ser elaborado
nitidez das linhas e uma deliciosa em 3.ª pessoa.
suavidade nos relevos. E) parcial, marcado pelas impressões
pessoais, que se evidenciam pelo emprego
Não era alva, também não era morena. da 1.ª pessoa.
Tinha sua tez a cor das pétalas da
magnólia, quando vão desfalecendo ao Questão 39
[IFN-MG - 2018 - IFN-MG - Vestibular -
beijo do sol. Mimosa cor de mulher, se a
Segundo Semestre]
aveluda a pubescência* juvenil, e a luz
coa pelo fino tecido, e um sangue puro a Sobre as características das escolas
escumilha** de róseo matiz. A dela era literárias brasileiras, é INCORRETO afirmar
assim. que:
Uma altivez de rainha cingia-lhe a A) O Realismo centraliza na caracterização
fronte, como diadema cintilando na das personagens, com o propósito de
cabeça de um anjo. Havia em toda a sua denunciar o caráter humano e a hipocrisia
pessoa um quer que fosse de sublime e da sociedade burguesa do século XIX.
excelso que a abstraía da terra. B) A Escola Naturalista apresenta obras
Contemplando-a naquele instante de cujas personagens exemplificam a corrente
enlevo, dir-se-ia que ela se preparava para filosófica denominada Determinismo,
sua celeste ascensão. proposta Hippolyte Taine, para o qual a
hereditariedade e o meio social explicam o
(José de Alencar, Diva.)
comportamento humano.
* Pubescência: puberdade.
C) As personagens românticas são Tanta gente também nos outros insinua
representativas das camadas sociais que
viviam à margem: prostitutas, policiais, Crenças, religiões, amor, felicidade,
moradores dos cortiços, enfim, tipos
Como este acendedor de lampiões da rua
humanos em embate com a sociedade
burguesa. (Jorge de Lima)
D) O Naturalismo brasileiro explorou
A) O personagem do romance regionalista
personagens simples, patológicas, mórbidas
da década de 30, não conseguindo vencer
e doentias.
as adversidades de um destino hostil,
Questão 40 evadiu-se no tempo e no espaço em busca
[FAG - 2017 - FAG - Vestibular - de aventuras amorosas e sentimentais.
Primeiro Semestre - Medicina]
B) O protagonista Carlos de Melo narra
Sobre o romance “Fogo Morto”, de episódios da infância e adolescência vivida
José Lins do Rego, é correto afirmar: no engenho do avô José Paulino,
fornecendo-nos um amplo perfil da
O acendedor de lampiões
sociedade patriarcal do Nordeste
Lá vem o acendedor de lampiões da rua! açucareiro.
C) Faz um retrato fotográfico da realidade
Este mesmo que vem infatigavelmente,
nordestina, afastando-se do ficcional, uma
Parodiar o sol e associar-se à lua vez que parte de fatos que realmente
existiram e que podem ser comprovados,
Quando a sombra da noite enegrece o como a decadência dos engenhos de
poente! açúcar e a Guerra de Canudos.
Um, dois, três lampiões, acende e continua D) O uso do discurso indireto livre é um dos
procedimentos de construção narrativa mais
Outros mais a acender imperturbavelmente, significativa do romance, na medida em que
permite a diversidade de olhares sobre uma
À medida que a noite aos poucos se dada realidade e, ao mesmo tempo, auxilia
acentua no processo de aprofundamento do drama
psicológico vivenciado pelas personagens.
E a palidez da lua apenas se pressente.
E) Apresenta uma visão saudosa da
Triste ironia atroz que o senso humano irrita: realidade política, econômica e social do
Nordeste da primeira metade do século XX,
Ele que doira à noite e ilumina a cidade,
bem como uma visão pitoresca do espaço
Talvez não tenha luz na choupana em que enfocado.
habita. Questão 41
[FGV - 2016 - FGV - Vestibular - B) testemunho da influência da música na
Administração Pública] literatura do séc. XIX.
Sua história tem pouca coisa de B) tendência a emitir juízos morais sobre as
notável. Fora Leonardo algibebe em condutas da personagens.
Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém C) livre expressão de conteúdos eróticos
do negócio, e viera ao Brasil. Aqui incomuns e chocantes.
chegando, não se sabe por proteção de
D) tematização franca e aberta da vida
quem, alcançou o emprego de que o
popular e cotidiana.
vemos empossado, e que exercia, como
dissemos, desde tempos remotos. Mas E) busca do raro e do exótico, como meio de
viera com ele no mesmo navio, não sei fuga da realidade burguesa.
fazer o quê, uma certa Maria da hortaliça, Questão 46
quitandeira das praças de Lisboa, saloia
[PUC - SP - 2017 - PUC - SP - Vestibular A) alinearidade na composição do enredo,
- Primeiro Semestre] visto que a personagem inicia o relato pelo
final da história, transgredindo a sequência
Algum tempo hesitei se devia abrir estas cronológica de sua biografia.
memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é,
se poria em primeiro lugar o meu nascimento B) imparcialidade no tratamento da matéria
ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja narrada, pois Brás Cubas é fiel à realidade
começar pelo nascimento, duas de sua época e confere objetividade ao
considerações me levaram a adotar narrar os fatos.
diferente método: a primeira é que eu não C) rigorosa reflexão sobre o ato de escrever,
sou propriamente um autor defunto, mas um pois Brás Cubas revela ao leitor o desejo de
defunto autor, para quem a campa foi outro conferir precisão e cientificidade ao seu
berço; a segunda é que o escrito ficaria texto.
assim mais galante e mais novo. Moisés,
D) modéstia quanto às habilidades literárias
que também contou a sua morte, não a pôs
do narrador, uma vez que Brás Cubas
no introito, mas no cabo; diferença radical
considera sua obra fruto de um “defunto
entre este livro e o Pentateuco.
autor”, e não de um autor verdadeiro.
Dito isto, expirei às duas horas da tarde Questão 47
de uma sexta-feira do mês de agosto de [UNESPAR - 2016 - UNESPAR -
1869, na minha bela chácara de Catumbi. Vestibular - 1º Dia - Grupos 1, 2, 3 e 4]
Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e
Leia o excerto de “A Hora e a Vez de
prósperos, era solteiro, possuía cerca de
Augusto Matraga”, publicado em Sagarana
trezentos contos e fui acompanhado ao
(1946), de Guimarães Rosa, e ASSINALE A
cemitério por onze amigos. Onze amigos!
ALTERNATIVA CORRETA.
(...)
“E, páginas adiante, o padre se portou ainda
(ASSIS, Machado. Memórias póstumas mais excelentemente, porque era mesmo
de Brás Cubas. uma brava criatura. Tanto assim, que, na
despedida, insistiu:– Reze e trabalhe,
São Paulo: Ateliê, 2001, p. 69)
fazendo de conta que esta vida é um dia de
Memórias póstumas de Brás Cubas, capina com sol quente, que às vezes custa
obra inaugural do Realismo no Brasil, muito a passar, mas sempre passa. E você
apresenta vários procedimentos literários ainda pode ter muito pedaço bom de
que configuram o estilo de Machado de alegria... Cada um tem a sua hora e a sua
Assis. Dentre esses procedimentos, a leitura vez: você há de ter a sua.” [p. 356] [...]
dos primeiros parágrafos do romance já “Quando ficou bom para andar, escorando-
permite identificar se nas muletas que o preto fabricara, já
tinha os seus planos, menos maus, cujo
ponto de início consistia em ir para longe,
para o sitiozinho perdido no sertão mais A) A narrativa é constituída pela presença
longínquo [...] que era agora a única coisa constante da religiosidade, vista como a
que possuía de seu. Antes de partir, teve possibilidade de salvação do homem por
com o padre uma derradeira conversa, meio da fé cristã, ou seja, é uma
muito edificante e vasta. E, junto com o religiosidade marcada por valores
casal de pretos samaritanos, que, ao hábito ideológicos de uma determinada religião.
de se desvelarem, agora não o podiam Tal situação é perceptível na presença do
deixar nem por nada, pegou chão, sem padre e na transformação de Nhô Augusto
paixão.Largaram à noite, porque o começo no herói santificado que salva a
da viagem teria de ser uma verdadeira comunidade;
escapada. E, ao sair, Nhô Augusto se
B) A narrativa é constituída pela presença
ajoelhou, no meio da estrada, abriu os
constante da religiosidade, vista como a
braços em cruz, e jurou: – Eu vou p’ra o céu,
possibilidade de salvação do homem por
e vou mesmo, por bem ou por mal!... E a
meio do aperfeiçoamento da consciência
minha vez a de chegar... P’ra o céu eu vou,
individual, ou seja, é uma religiosidade que
nem que seja a porrete!... E os negros
deve ser pensada para edificar valores
aplaudiram, e a turminha pegou o passo, a
como coragem, alegria e amor. Tal situação
caminho do sertão.” [p. 357-358] [...] “E o
é perceptível na trajetória de Nhô Augusto
povo, enquanto isso, dizia: – ‘Foi Deus quem
em busca da redenção;
mandou esse homem no jumento, por mór de
salvar as famílias da gente!...’” [p. 385] “Mas C) A religiosidade representada na narrativa
Nhô Augusto tinha o rosto radiante, e falou: – está marcada pela presença de Deus em
Perguntem quem é aí que algum dia já ouviu conflito com o hedonismo, que teima em se
falar no nome de Nhô Augusto Esteves, das manifestar. Dessa maneira, a visão de
Pindaíbas! [...] Então, Augusto Matraga transcendência não constitui necessidade
fechou um pouco os olhos, com sorriso fundamental, pois o vago e difuso
intenso nos lábios lambuzados de sangue, e religiosismo de Nhô Augusto, expresso na
de seu rosto subia um sagaz contentamento. frequente menção a Deus, é mais categoria
[...] Depois, morreu.” [p. 386] idealizante ou exclamação de socorro
emitida por uma sensibilidade carregada do
(ROSA, João Guimarães. Sagarana. Rio de Janeiro: Record, 1984)
sentimento de culpa, do que profissão de fé;
D) A religiosidade representada na narrativa Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
está marcada pela busca do
apaziguamento, revelada por meio da Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
tentativa de fusão ou identificação do amor
E mais as finas lãs, de que me visto.
humano e do amor divino. Por isso, na
trajetória de Nhô Augusto, a ideia central é Graças, Marília bela,
alcançar o arrependimento, tanto que o tema
da morte, igualmente presente, corre Graças à minha Estrela!”
paralelo com um intenso impulso de
(Tomás Antonio Gonzaga)
autopunição;
E) A narrativa é constituída pela presença A) o bucolismo;
constante da religiosidade, vista como B) o misticismo;
concepção filosófica que preconiza as leis
C) o nacionalismo;
científicas sobre a natureza como válidas.
Sendo assim, a trajetória de Nhô Augusto D) o regionalismo;
representa a busca do perene humano no E) o indianismo.
drama da existência, mas sem
Questão 49
preocupações de ordem transcendente, pois
[FGV - 2015 - FGV - Vestibular -
o objetivo é apresentar elementos essenciais
Ciências Econômicas e Matemática
e universais da realidade por meio da
Aplicada]
constituição de uma ação moral.
Lá longe a onça
resmungava Uu! ua! uu!