1. (MS Concursos-2021) “A valorização da cultura clássica; Leia os versos a seguir para responder à questão 3.
a objetividade; descrever de forma detalhada as cenas e os
objetos; busca da perfeição; arte pela arte; valorização da Vaso chinês metrificação; presença da impessoalidade; linguagem Estranho mimo aquele vaso! Vi-o, Contador: aparador, rebuscada, culta e refinada; rejeição ao lirismo; preferência Casualmente, uma vez, de um perfumado console por sonetos”. Contador sobre o mármor luzidio, Estas são algumas características do: Entre um leque e o começo de um bordado. Mármor: a) Romantismo. b) Arcadismo. c) Parnasianismo. mármore d) Simbolismo. Fino artista chinês, enamorado, Luzidio: Nele pusera o coração doentio brilhante, 2. (ENEM-2013) Mal secreto Em rubras flores de um sutil lavrado, polido Se a cólera que espuma, a dor que mora Na tinta ardente, de um calor sombrio. [...] N’aIma, e destrói cada ilusão que nasce, Alberto de Oliveira Tudo o que punge, tudo o que devora O coração, no rosto se estampasse; 3. Os parnasianos foram algumas vezes criticados por ter produzido poemas muito descritivos, sob uma perspectiva Se se pudesse, o espirito que chora, fria, impassível. Ver através da máscara da face, a) Por que os versos de Vaso chinês, de Alberto de Oliveira, Quanta gente, talvez, que inveja agora podem ser considerados descritivos? Nos causa, então piedade nos causasse! _______________________________________________ _______________________________________________ Quanta gente que ri, talvez, consigo _______________________________________________ Guarda um atroz, recôndito inimigo, _______________________________________________ Como invisível chaga cancerosa! b) A crítica de que as descrições criadas pelos poetas Quanta gente que ri, talvez existe, parnasianos são muitas vezes impessoais se aplica Cuja ventura única consiste inteiramente ao poema Vaso chinês? Justifique sua resposta. Em parecer aos outros venturosa! _______________________________________________ (CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo _______________________________________________ Correia. Brasilia: Alhambra, 1995.) _______________________________________________ _______________________________________________ Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal e _______________________________________________ racionalidade na condução temática, o soneto de Raimundo Correia reflete sobre a forma como as emoções do indivíduo 4. (ENEM 2014) Vida obscura são julgadas em sociedade. Na concepção do eu lírico, esse Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro, julgamento revela que: ó ser humilde entre os humildes seres, a) a necessidade de ser socialmente aceito leva o indivíduo embriagado, tonto de prazeres, a agir de forma dissimulada. o mundo para ti foi negro e duro. b) o sofrimento intimo torna-se mais ameno quando compartilhado por um grupo social. Atravessaste no silêncio escuro c) a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças neutraliza a vida presa a trágicos deveres o sentimento de inveja. e chegaste ao saber de altos saberes d) o instinto de solidariedade conduz o indivíduo a apiedar- tornando-te mais simples e mais puro. se do próximo. e) a transfiguração da angústia em alegria é um artificio Ninguém te viu o sentimento inquieto, nocivo ao convívio social. magoado, oculto e aterrador, secreto, que o coração te apunhalou no mundo, Mas eu que sempre te segui os passos Um sonho lirial d’estrelas desoladas, sei que cruz infernal prendeu-te os braços onde as almas febris, exaustas, fatigadas e o teu suspiro como foi profundo! possam se recordar e repousar tranquilas! SOUSA, C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1961. Um descanso de Amor, de celestes miragens, Com uma obra densa e expressiva no Simbolismo brasileiro, Cruz e onde eu goze outra luz de místicas paisagens Sousa transpôs para seu lirismo uma sensibilidade em conflito com a e nunca mais pressinta o remexer de argilas! realidade vivenciada. No soneto, essa percepção traduz-se em (CRUZ E SOUSA. Obra completa. Rio de Janeiro: Editora José Aguilar, 1961, p. a) sofrimento tácito diante dos limites impostos pela 191-192.) discriminação. b) tendência latente ao vício como resposta ao isolamento 6. De acordo com o que você leu nesse poema simbolista, social. em que dimensão o eu lírico encontraria alívio para seu c) extenuação condicionada a uma rotina de tarefas sofrimento? degradantes. _______________________________________________ d) frustração amorosa canalizada para as atividades _______________________________________________ intelectuais. _______________________________________________ e) vocação religiosa manifesta na aproximação com a fé cristã. _______________________________________________
5. (ENEM 2003) Epígrafe1 7. (Unisinos-RS) O caso de concordância nominal
Murmúrio de água na clepsidra2 gotejante, inaceitável aparece em: Lentas gotas de som no relógio da torre, a) Nunca houve divergências entre mim e ti. Fio de areia na ampulheta vigilante, b) Ela tinha o corpo e o rosto arranhados. Leve sombra azulando a pedra do quadrante3 c) Recebeu o cravo e a rosa perfumado. Assim se escoa a hora, assim se vive e morre... d) Tinha vãs esperanças e temores. e) (Em) Anexo, remeto-lhe nossas últimas fotografias. Homem, que fazes tu? Para que tanta lida, Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça? 8. (UFRJ 2017) “Buraco aberto pela agulha era logo enchido Procuremos somente a Beleza, que a vida por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não É um punhado infantil de areia ressequida, está para ouvir palavras loucas.” Um som de água ou de bronze e uma sombra que passa... Eugênio de Castro. A concordância entre os termos em destaque no fragmento Antologia pessoal da poesia portuguesa é: (1) Epígrafe: inscrição colocada no ponto mais alto; tema. a) verbal e em gênero e número. (2) Clepsidra: relógio de água. b) nominal e apenas em gênero. (3) Pedra do quadrante: parte superior de um relógio de sol. c) verbal e apenas em número. d) nominal e apenas em grau. Neste poema, o que leva o poeta a questionar determinadas e) nominal e em gênero e número. ações humanas (versos 6 e 7) é a: a) infantilidade do ser humano. 9. 9. (FGV-SP) Leia atentamente: “A letra das composições b) destruição da natureza. musicais contemporâneas refletem, com nitidez, os c) exaltação da violência. problemas sociais que o Brasil está enfrentando”. d) inutilidade do trabalho. e) brevidade da vida. O período acima apresenta uma incorreção gramatical, pois há falta de concordância verbal entre os termos: Leia, a seguir, o poema de Cruz e Sousa e responda à a) Problemas e enfrentando. questão 6. b) Brasil e está enfrentando. c) Composições e refletem. Alma fatigada d) Composições e está enfrentando. Nem dormir nem morrer na fria Eternidade! e) Letra e refletem. mas repousar um pouco e repousar um tanto, os olhos enxugar das convulsões do pranto, 10. (UFV-MG – adaptada) Dada a frase considerada correta: enxugar e sentir a ideal serenidade. Fulano ou Beltrano será eleito em 15 de novembro Presidente da República. A graça do consolo e da tranquilidade Explique a razão de o verbo estar no singular. de um céu de carinhoso e perfumado encanto, mas sem nenhum carnal e mórbido quebranto, ___________________________________________ sem o tédio senil da vã perpetuidade. ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ GABARITO 1. C 2. A 3. a) Os versos desse poema descrevem com clareza e minúcia a beleza de um vaso chinês, destacando sua localização, sua decoração, assim como os objetos que o cercam. b) A descrição não é inteiramente impessoal, fria, porque o poeta, em alguns trechos, interpreta o que vê, associando o vaso às emoções do artista que o produziu. Como se o observa em: “Nele pusera o coração doentio [...]/ Na tinta ardente, de um calor sombrio”. 4. A 5. E 6. O eu lírico encontraria alívio para seu sofrimento numa dimensão celestial, mística, que se afasta da realidade concreta. 7. C 8. E 9. E 10. O ou indica exclusão (só um deles é que será eleito).