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INSTEI – Centro de Ensino


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CEILÂNDIA – DF, 03 DE junho DE 2022 SÉRIE: 3ª série


ALUNO:
PROFESSOR: Thalita Ferreira

1 - (Enem) O adeus, o teu adeus, minha saudade,


Fazem que insano do viver me prive
No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a E tenha os olhos meus na escuridade.
personagem, critica sutilmente um outro estilo de Dá-me a esperança com que o ser mantive!
época: o Romantismo. Volve ao amante os olhos por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.
dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da
nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda
digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as geração romântica, porém configura um lirismo que o
mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em projeta para além desse momento específico. O
que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às fundamento desse lirismo é
sardas e espinhas; mas também não digo que lhe
maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era a) a angústia alimentada pela constatação da
bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele irreversibilidade da morte.
feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro b) a melancolia que frustra a possibilidade de reação
indivíduo, para os fins secretos da criação.” diante da perda.
c) o descontrole das emoções provocado pela
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957. autopiedade.
d) o desejo de morrer como alívio para a desilusão
A frase do texto em que se percebe a crítica do amorosa.
narrador ao romantismo está transcrita na alternativa: e) o gosto pela escuridão como solução para o
sofrimento.
a) “… o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos
às sardas e espinhas …”
b) “… era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça 3 - A natureza, nessa estrofe:
…”
c) “Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia “Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
daquele feitiço, precário e eterno, …” Já solta o bogari mais doce aroma!
d) “Naquele tempo contava apenas uns quinze ou Como prece de amor, como estas preces,
dezesseis anos … “ No silêncio da noite o bosque exala.”
e) “… o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins Gonçalves Dias
secretos da criação.”
Obs.: tamarindo = árvore frutífera; o fruto dessa
mesma planta
2 - (Enem) bogari = arbusto de flores brancas

Soneto a) é concebida como uma força indomável que


submete o eu lírico a uma experiência erótica
Já da morte o palor me cobre o rosto, instintiva.
Nos lábios meus o alento desfalece, b) expressa sentimentos amorosos.
Surda agonia o coração fenece, c) é representada por divindade mítica da tradição
E devora meu ser mortal desgosto! clássica.
Do leito embalde no macio encosto d) funciona apenas como quadro cenográfico para o
Tento o sono reter!... já esmorece idílio amoroso.
O corpo exausto que o repouso esquece... e) é recriada objetivamente, com base em elementos da
Eis o estado em que a mágoa me tem posto! fauna e da flora nacionais.
a) o ufanismo, atitude de quem se orgulha
4 - (Enem) excessivamente do país em que nasceu, e o tom de que
se revestem os dois textos.
TEXTO A b) a exaltação da natureza é a principal característica
do texto B, que valoriza a paisagem tropical realçada
Canção do exílio no texto A.
c) o texto B aborda o tema da nação, como o texto A,
Minha terra tem palmeiras, mas sem perder a visão crítica da realidade brasileira.
Onde canta o Sabiá, d) o texto B, em oposição ao texto A, revela
As aves, que aqui gorjeiam, distanciamento geográfico do poeta em relação à
Não gorjeiam como lá. pátria.
Nosso céu tem mais estrelas, e) ambos os textos apresentam ironicamente a
Nossas várzeas tem mais flores, paisagem brasileira.
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.
[...] 5 - (Enem)
Minha terra tem primores, O sertão e o sertanejo
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite - Ali começa o sertão chamado bruto. Nesses campos,
Mais prazer eu encontro lá; tão diversos pelo matiz das cores, o capim crescido e
Minha terra tem palmeiras ressecado pelo ardor do sol transforma-se em vicejante
Onde canta o Sabiá. tapete de relva, quando lavra o incêndio que algum
Não permita Deus que eu morra, tropeiro, por acaso ou mero desenfado, ateia com uma
Sem que eu volte para lá; faúlha do seu isqueiro. Minando surda na touceira,
Sem que desfrute os primores queda a vida centelha. Corra daí a instantes qualquer
Que não encontro por cá; aragem, por débil que seja, e levanta-se a língua de
Sem qu'inda aviste as palmeiras fogo esguia e trêmula, como que a contemplar medrosa
Onde canta o Sabiá. e vacilante os espaços imensos que se alongam diante
dela. O fogo, detido em pontos, aqui, ali, a consumir
DIAS, G. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1998. com mais lentidão algum estorvo, vai aos poucos
morrendo até se extinguir de todo, deixando como
TEXTO B sinal da avassaladora passagem o alvacento lençol, que
lhe foi seguindo os velozes passos. Por toda a parte
Canto de regresso à Pátria melancolia; de todos os lados éticas perspectivas. É
cair, porém, daí a dias copiosa chuva, e parece que
Minha terra tem palmares uma varinha de fada andou por aqueles sombrios
Onde gorjeia o mar recantos a traçar às pressas jardins encantados e nunca
Os passarinhos daqui vistos. Entra tudo num trabalho íntimo de espantosa
Não cantam como os de lá atividade. Transborda a vida.
Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores TAUNAY, A. Inocência. São Paulo: Ática, 1999 (adaptado).
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra O romance romântico teve fundamental importância na
Ouro terra amor e rosas formação da ideia de nação. Considerando o trecho
Eu quero tudo de lá acima, é possível reconhecer que uma das principais e
Não permita Deus que eu morra permanentes contribuições do Romantismo para
Sem que volte para lá construção da identidade da nação é a:
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo a) possibilidade de apresentar uma dimensão
Sem que eu veja a Rua 15 desconhecida da natureza nacional, marcada pelo
E o progresso de São Paulo subdesenvolvimento e pela falta de perspectiva de
ANDRADE, O. Cadernos de poesia do aluno Oswald. São Paulo: Círculo do Livro. s/d. renovação.

Os textos A e B, escritos em contextos históricos e b) consciência da exploração da terra pelos


culturais diversos, enfocam o mesmo motivo poético: a colonizadores e pela classe dominante local, o que
paisagem brasileira entrevista a distância. Analisando- coibiu a exploração desenfreada das riquezas naturais
os, conclui-se que: do país.
c) construção, em linguagem simples, realista e
documental, sem fantasia ou exaltação, de uma
imagem da terra que revelou o quanto é grandiosa a
natureza brasileira.

d) expansão dos limites geográficos da terra, que


promoveu o sentimento de unidade do território
nacional e deu a conhecer os lugares mais distantes do
Brasil aos brasileiros.

e) valorização da vida urbana e do progresso, em


detrimento do interior do Brasil, formulando um
conceito de nação centrado nos modelos da nascente
burguesia brasileira.

6 - Sobre a prosa no romantismo brasileiro


é incorreto afirmar:
a) Foi disseminada pelos folhetins publicados nos
jornais.
b) Caracterizou-se por romances policiais de caráter
nacionalista.
c) Teve José de Alencar como maior representante dos
romances indianistas.
d) Apresentou aspectos dos costumes burgueses com
os romances urbanos.
e) Valorizou a identidade nacional por meio dos
romances regionalistas.

7 - Sobre a prosa no romantismo brasileiro


é incorreto afirmar:
a) Foi disseminada pelos folhetins publicados nos
jornais.
b) Caracterizou-se por romances policiais de caráter
nacionalista.
c) Teve José de Alencar como maior representante dos
romances indianistas.
d) Apresentou aspectos dos costumes burgueses com
os romances urbanos.
e) Valorizou a identidade nacional por meio dos
romances regionalistas.

8 - Sobre o romance regional, estão corretas todas as


alternativas, exceto:
a) apresenta o índio como herói nacional, símbolo da
pureza e inocência.
b) é marcado pela diversidade regional e cultural do
Brasil.
c) está relacionado com as particularidades dos
habitantes de diferentes regiões.
d) explora expressões utilizadas no universo sertanejo.
e) apresenta paisagens do sertão nordestino em muitas
obras.

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