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LISTA 03
DESAFIO WEEKEND
DATA: ___/____/2021.
TEMA: POEMA - ARCADISMO
NOME:
QUESTÃO 02
LÍNGUA PORTUGUESA
(ENEM 2015) Leia o texto a seguir.
QUESTÃO 01
Casa dos Contos
(ENEM/2016) Leia o texto a seguir.
& em cada conto te cont
Soneto VII o & em cada enquanto me enca
nto & em cada arco te a
Onde estou? Este sítio desconheço: barco & em cada porta m
Quem fez tão diferente aquele prado? e perco & em cada lanço t
Tudo outra natureza tem tomado; e alcanço & em cada escad
E em contemplá-lo tímido esmoreço. a me escapo & em cada pe
dra te prendo & em cada g
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço rade me escravo & em ca
De estar a ela um dia reclinado: da sótão te sonho & em cada
Ali em vale um monte está mudado: esconso me affonso & em
Quanto pode dos anos o progresso! cada claúdio te canto & e
m cada fosso me enforco &
Árvores aqui vi tão florescentes,
ÁVILA, A. Discurso da difamação do poeta. São Paulo: Summus, 1978.)
Que faziam perpétua a primavera:
Nem troncos vejo agora decadentes. O contexto histórico e literário do período barroco-
árcade fundamenta o poema Casa dos Contos, de
Eu me engano: a região esta não era; 1975. A restauração de elementos daquele contexto
Mas que venho a estranhar, se estão presentes por uma poética contemporânea revela que
Meus males, com que tudo degenera!
COSTA, C. M. Poemas. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso
(A) a disposição visual do poema reflete sua
em: 7 jul. 2012 dimensão plástica, que prevalece sobre a observação
da realidade social.
No soneto de Cláudio Manuel da Costa, a (B) a reflexão do eu lírico privilegia a memória e
contemplação da paisagem permite ao eu lírico uma resgata, em fragmentos, fatos e personalidades da
reflexão em que transparece uma Inconfidência Mineira.
(C) a palavra “esconso” (escondido) demonstra o
(A) angústia provocada pela sensação de solidão. desencanto do poeta com a utopia e sua opção por
(B) resignação diante das mudanças do meio uma linguagem erudita.
ambiente. (D) o eu lírico pretende revitalizar os contrastes
(C) dúvida existencial em face do espaço barrocos, gerando uma continuidade de
desconhecido. procedimentos estéticos e literários.
(D) intenção de recriar o passado por meio da (E) o eu lírico recria, em seu momento histórico,
paisagem. numa linguagem de ruptura, o ambiente de opressão
(E) empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia vivido pelos inconfidentes.
da terra.
QUESTÃO 03 QUESTÃO 04
(FCM Santa Casa SP/2020) Leia o poema de Claudio (Barro Branco PR/2014) Leia os versos das Liras, de
Manuel da Costa. Tomás Antônio Gonzaga.
Os teus olhos espalham luz divina,
Pastores, que levais ao monte o gado,
a quem a luz do sol em vão se atreve;
Vede lá como andais por essa serra,
papoila ou rosa delicada e fina
Que para dar contágio a toda a terra te cobre as faces, que são cor da neve.
Basta ver-se o meu rosto magoado: Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
teu lindo corpo bálsamo vapora.
Eu ando (vós me vedes) tão pesado, Ah! não, não fez o céu, gentil pastora,
E a Pastora infiel, que me faz guerra, para a glória de amor igual tesouro!
É a mesma que em seu semblante encerra Graças, Marília bela,
A causa de um martírio tão cansado. graças à minha estrela!
Tomás Antônio Gonzaga, Obras Completas.
Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro; Os versos mostram que a poética de Gonzaga explora
Mas, não; tanto não sou vosso inimigo:
(A) os novos sonhos do homem burguês, com os quais
Deixai, não a vejais, eu vo-lo imploro; nega o sentimentalismo.
Que se seguir quiserdes o que eu sigo, (B) o amor como um sentimento a ser tratado
Chorareis, ó Pastores, o que eu choro. desarticulado da vida cotidiana.
(C) a oposição entre corpo e espírito para analisar as
Domício Proença Filho (org.). Roteiro da poesia brasileira, 2006. contradições do amor.
(D) a ideia de uma literatura livre de padrões estéticos,
Claudio Manuel da Costa é um poeta amplamente portanto realista.
associado ao Arcadismo. No poema, uma (E) a expressão livre do sentimento amoroso, com a
característica dessa escola literária está expressa manifestação da emoção.
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QUESTÃO 06 recursos poéticos que retomam traços da lírica do
Barroco.
(UNIFOR-CE/2014) Leia o texto a seguir. (B) o amor, expresso numa queixa pela consciência
de ter sido enganado pelo ser amado, utilizando
“Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, recursos poéticos que já antecipam traços da lírica do
Que viva de guardar alheio gado, Romantismo.
De tosco trato, de expressões grosseiro, (C) a racionalidade que lhe é imposta quando
Dos frios gelos e dos sóis queimado. descobre que o encanto do amor é falso, utilizando
Tenho próprio casal e nele assisto; recursos poéticos que reafirmam traços da lírica do
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; Arcadismo.
Das brancas ovelhinhas tiro o leite, (D) a vida em contato com elementos da natureza,
E mais as finas lãs, de que visto. que circundam os amantes em sua busca de
Graças, Marília bela, felicidade, utilizando recursos poéticos que
Graças à minha Estrela!.” remontam aos traços da lírica do Classicismo.
Tomás Antônio Gonzaga.
(E) a crítica aos caminhos enganosos do amor, que
o levam a desiludir-se com o ser amado, utilizando
De acordo com a estrofe acima, assinale a alternativa recursos poéticos que sugerem traços da lírica do
que caracteriza a condição social do emissor. Simbolismo.
(A) Um sem-terra.
(B) Um sem-teto. QUESTÃO 08
(C) Um assalariado; (Mackenzie-SP/2011) Leia o texto a seguir.
(D) Não tem residência fixa.
(E) Trabalha por conta própria. Meu ser evaporei na lida insana
Do tropel de paixões, que me arrastava:
QUESTÃO 07 Ah! Cego eu cria, ah! Mísero eu sonhava
Em mim quase imortal a essência humana:
(UNIVAG-MT/2020) Leia o texto a seguir.
Manuel Maria Barbosa du Bocage
Lamenta um desengano inesperado
Observação – lida: esforço, trabalho
Tenta em vão temerária conjectura
Sondar o abismo do invisível Fado, Nessa estrofe, o eu lírico
Que, de umbrosos mistérios enlutado,
Some aos olhos mortais a luz futura: (A) critica o fato de na mocidade os homens se
Presumia (ai de mim!) vendo a ternura entregarem a uma vida de luxúria, vícios, crimes e
Daquela, que me trouxe enfeitiçado, amores efêmeros.
Presumia que Amor tinha guardado (B) expressa sua mágoa com relação à vida passada,
Nos braços do meu bem minha ventura: por ele caracterizada como de dissipação e
marcadamente passional.
Oh Terra! Oh Céu! Mentiram-me os brilhantes (C) censura a atitude ingênua dos poetas que, quando
Olhos seus, onde achei suave abrigo; jovens, se deixam seduzir cegamente pela poesia
Quão fáceis de enganar são os amantes! sentimental.
(D) valoriza exageradamente as paixões humanas,
Humanos, que seguis as leis que sigo, considerando-as como as únicas experiências que
Vós, corações, que ao meu sois semelhantes, realmente dão sentido à vida.
Ah! Comigo aprendei, chorai comigo. (E) reconhece o caráter imortal do espírito humano,
Bocage. Sonetos completos de Bocage, 1995. predestinado ao amor incondicional e inevitável.