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1. (Enem 2016)
Receita
Tome-se um poeta não cansado,
Uma nuvem de sonho e uma flor,
Três gotas de tristeza, um tom dourado,
Uma veia sangrando de pavor.
Quando a massa já ferve e se retorce
Deita-se a luz dum corpo de mulher,
Duma pitada de morte se reforce,
Que um amor de poeta assim requer.
2. (ENEM 2021)
O pavão vermelho
COSTA, S. Poesia completa: Sosígenes Costa. Salvador: Conselho Estadual de Cultura, 2001.
3.(ENEM 2014)
Cena
O canivete voou
E o negro comprado na cadeia
Estatelou de costas
E bateu coa cabeça na pedra
ANDRADE, O. Pau-brasil. São Paulo: Globo, 2001.
O Modernismo representou uma ruptura com os padrões formais e temáticos até então
vigentes na literatura brasileira. Seguindo esses aspectos, o que caracteriza o poema Cena
como modernista é o(a)
Dia 20/10
É preciso não beber mais. Não é preciso sentir vontade de beber e não beber: é preciso não
sentir vontade de beber. É preciso não dar de comer aos urubus. É preciso fechar para balanço
e reabrir. É preciso não dar de comer aos urubus. Nem esperanças aos urubus. É
preciso sacudir a poeira. É preciso poder beber sem se oferecer em holocausto. É preciso. É
preciso não morrer por enquanto. É preciso sobreviver para verificar. Não pensar mais na
solidão de Rogério, e deixá-lo. É preciso não dar de comer aos urubus. É preciso enquanto é
tempo não morrer na via pública.
TORQUATO NETO. In: MENDONÇA, J. (Org.) Poesia (im)popular brasileira.
São Bernardo do Campo: Lamparina Luminosa, 2012.
O processo de construção do texto formata uma mensagem por ele dimensionada, uma vez
que
5.(ENEM 2014)
Resumo
SAUDADE DOS SEUS, LEONORA. PRADO, A. Bagagem. Rio de Janeiro: Record, 2007
O texto de Adélia Prado apresenta uma mulher cuja vida se "resume". Sua expressão poética
revela
O sujeito lírico, para fazer entender seus sentimentos no poema, pretende criar um dialogismo
imaginário íntimo no(s)
7.(PAES 2016)
Texto II
[...]
[...]
[...]
VICENTE, Gil. Auto da Barca do Inferno. São Paulo: FTD, 1997.
O Diabo ouve o pretexto do Onzeneiro, mas não se deixa levar pelos artifícios da eloquência
do passageiro.
8.(PAES 2021)
O Auto da Barca do Inferno é uma das três peças que compõem a Trilogia das Barcas do teatro
vicentino. Gil Vicente é autor do período literário português, conhecido como Humanismo.
Texto I
se a barca do paraíso
[...]
A) limitações retóricas.
B) alianças subversivas.
C) falhas na comunicação.
E) comportamentos antidemocráticos.
9.(IDECAN 2023)
Texto 19 de maio. Belém. Durante a noite o Pedro I portou em Salinas pra emprestar um
tapejara que nos guiasse através da foz traiçoeira do Amazonas e quando nos levantamos no
dia de hoje bem cedinho já estávamos nela. Que posso falar dessa foz tão literária e que
comove tanto quando assuntada no mapa?... A imensidão das águas é tão vasta, as ilhas
imensas por demais ficam tão no longe fraco que a gente não encontra nada que encante. A
foz do Amazonas é uma dessas grandezas tão grandiosas que ultrapassam as percepções
fisiológicas do homem. Nós só podemos monumentalizá-las na inteligência. O que a retina bota
na consciência é apenas um mundo de águas sujas e um matinho sempre igual no longe mal
percebido das ilhas. O Amazonas prova decisivamente que a monotonia é um dos elementos
mais grandiosos do sublime. É incontestável que Dante e o Amazonas são igualmente
monótonos. Pra gente gozar um bocado e perceber a variedade que tem nessas monotonias do
sublime carece limitar em molduras mirins a sensação. Então acha uma lindeza os barcos
veleiros coloridos e acha cotuba a morte dos pretendentes, se prende ao horizonte plantado
de árvores que a refração apara do firme das ilhas e ao livro de Jó. A foz do Amazonas é tão
ingente que blefa a grandeza. Wordsworth, o quarteirão dos cinemas no Rio, “I Juca-Pirama ”
são muito mais grandiosos.
Mas quando Belém principia diminuindo a vista larga a boniteza surge outra vez. Chegamos lá
antes da chuva e o calor era tanto que vinha dos mercados um cheiro de carne-seca. Os barcos
veleiros sentados no cais do Ver-o-peso sacudiam as velas roseadas azuis negras se abanando
com lerdeza. Nos esperavam oficialmente no cais dois automóveis da Presidência prontinhos
pra batalha de flores. Pra cada uma das companheiras do poeta um buquê famoso, fomos.
Então passamos revista a todos os desperdícios da chegada. Só de noite nos reunimos pra janta
excelente. Belém andara indagando dos nossos gostos e mantinha na esquina de boreste do
hotel, um cinema. Fomos ver William Fairbanks em Não percas tempo, filme horrível. A noite
dormiu feliz.
ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz / Mário de Andrade ; edição de texto apurado, anotada e acrescida de
documentos por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo ; Leandro Raniero Fernandes, colaborador. – Brasília,
DF: Iphan, 2015. P. 68 – 70
a) crônica.
b) fábula.
c) conto.
d) diário.
e) carta.
I- Contos e novelas: o conto é uma pequena narrativa, já a novela é uma narrativa de tamanho
intermediário entre o conto e o romance.
III- Fábulas: são contos cujos personagens são animais. Esse tipo de narrativa sempre apresenta
uma lição de moral.
IV- Gênero lírico: O lirismo está associado à profunda subjetividade. O gênero lírico está
relacionado a textos que expressam emoções, desejos, ou ideias de forma plurissignificativa,
ou seja, eles recorrem mais à conotação do que à denotação. Assim, as poesias são textos
líricos que podem ser escritos em forma de verso, ou de prosa. No segundo caso, temos a
famosa prosa poética.
11.(FAUEL 2023)
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Nelson Rodrigues, para responder as próximas
questões.
“Um dos momentos mais patéticos da minha infância foi quando ouvi alguém chamar alguém
de ‘canalha’. Note-se: era a primeira vez. Teria eu que idade? Cinco anos, talvez. Ou menos. Vá
lá: cinco anos. E me encolhi de espanto. Minto: de medo. Foi medo e não espanto. Para mim,
uma palavra estava nascendo, era o nascimento de uma palavra. Paro de escrever. Por um
momento, repito para mim mesmo: ‘Canalha, canalha!’. O som ainda me fascina como na
infância. E pergunto a mim mesmo se ‘o canalha’ é uma dimensão obrigatória de cada um.
Pode haver alguém que não tenha um mínimo de canalha? Um santo, talvez, ou nem isso.
Disse, não sei quem, que há santos canalhas. Eis o que eu queria dizer: o medo dos cinco anos
perdura em mim até hoje. Ainda agora me pergunto se alguém tem o direito de chamar um
semelhante de canalha. Poderão dizer que ‘idiota’ é um insulto equivalente. Ilusão. Vi um
sujeito ser chamado de ‘idiota’. Retrucou ao outro: ‘Idiota é você!’. E o incidente morreu aí. Dez
minutos depois, os dois ‘idiotas’ estavam, na esquina, bebendo cerveja. O sujeito pode ser
idiota e, como tal, beber cerveja. Não há entre o idiota e a cerveja. Mas ninguém pode ser
canalha. A simples palavra constrói uma solidão inapelável e eterna. Eis o que eu queria dizer:
o canalha é o pior solitário”. (Os falsos canalhas, de Nelson Rodrigues, com adaptações).
Dentre as opções a seguir, marque a que melhor indica a que tipo pertence o texto
selecionado.
A) Crônica.
B) Lenda.
C) Notícia.
D) Romance.
E) Poesia.
12.(UNIRV-GO 2023)
Barcos de Papel
No contexto literário, o gênero lírico apresenta diversas formas poéticas, numa combinação
intrincada de subjetividade, musicalidade, sentimentos e emoções, evidenciando uma
linguagem figurada e carregada de significados. No caso específico do poema acima, é possível
afirmar que:
A) Pode ser classificado como elegia, isto é, forma poética definida pelo seu conteúdo voltado
aos momentos dicotômicos que a vida permite acontecer, trazendo uma reflexão sobre como o
sujeito é frágil diante das intempéries diárias, trazendo a metáfora do barquinho de papel.
C) Possui estrutura de um soneto, com perspectiva poética focada no jogo binômio: de um lado
um eu lírico que fala dos tempos felizes de criança; do outro um eu poético adulto que
compara seus ideais a barquinhos de papel.
D) Apresenta uma forma poética pequena, de origem japonesa, conhecida como haicai e
fortalecida pela espontaneidade da escrita, bem como pela simplicidade conduzida por meio
do sentido metafórico dos versos (escritos de forma clara e sucinta).
13.(IESES 2022)
A) Expectativa.
B) Melancolia.
C) Saudade.
D) Alegria.
14.(PAES 2019)
TEXTO
[...]
PALHAÇO
ATORES
(saindo)
[...]
JOÃO GRILO
SACRISTÃO
(Ele domina toda a cena, inclusive o Padre que tem uma confiança enorme na empáfia,
segurança e hipocrisia
do secretário.)
MULHER E PADEIRO
É o padre...
SACRISTÃO
(Sua afetação de espanto é tão grande, que todos se voltam pra direção em que ele olha.)
Fonte: SUASSUNA, A. Auto da Compadecida. 36. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.
Em Auto da Compadecida, Ariano Suassuna mescla o teatro medieval com elementos da
tradição popular nordestina e dos espetáculos circenses.
1) a
2) d
3) e
4) c
5) e
6) e
7) a
8) d
9) d
10) d
11) a
12) c
13) b
14) a