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PROFESSOR: Edi Franco DATA

29 / 05/ 2023
TEMA: Exercício de Romantismo Nº 3

01.
"sou como a pomba e como as vozes dela Meu Deus! por que não morri?
É triste o meu cantar; Por que no sono acordei?
– Flor dos trópicos – cá na Europa fria No meu leito adormecida,
Eu definho corando noite e dia Palpitante e abatida,
Saudades do meu lar."
A estrofe acima salienta uma das linhas da reduzida A amante de meu amor,
temática da poesia de Casimiro de Abreu que é a Os cabelos recendendo
a) vida familiar.
b) paisagem nativa. Nas minhas faces correndo,
c) saudade da pátria. Como o luar numa flor!
d) ternura sonhadora. “No meu leito adormecida”
e) timidez amorosa. Alvares de Azevedo. Lira dos Vinte anos.
A segunda geração romântica tem como tendência
02. potencializar certa negatividade vivida nas relações
O NAVIO NEGREIRO sociais da primeira vertente do séc. XIX. Desse fato,
Negras mulheres, suspendendo às tetas retrata-se as relações amorosas que alguns poetas
Magras crianças, cujas bocas pretas externavam em seus poemas como
Rega o sangue das mães: a) A imagem vista da mulher de forma idealizada.
Outras moças, mas nuas e espantadas, b) As rimas emparelhadas que estrutura a poesia.
c) As metáforas trabalhando a forma crítica no amor.
No turbilhão de espectros arrastadas, d) O sentimento de um amor sempre concretizado.
Em ânsia e mágoa vãs! e) A natureza é humanizada e sempre idealização.
E ri-se a orquestra irônica, estridente…
E da ronda fantástica a serpente 04.
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
Faz doudas espirais … Auriverde pendão de minha terra,
Se o velho arqueja, se no chão resvala, Que a brisa do Brasil beija e balança,
Ouvem-se gritos… o chicote estala. Estandarte que a luz do sol encerra
E voam mais e mais…
Presa nos elos de uma só cadeia, E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
A multidão faminta cambaleia, Foste hasteado dos heróis na lança
E chora e dança ali! Antes te houvessem roto na batalha,
Um de raiva delira, outro enlouquece, Que servires a um povo de mortalha!...
ALVES, Castro. Obra completa. RJ: Aguilar,
Outro, que martírios embrutece, 1960. pp. 281-283
Cantando, geme e ri! O texto I é um fragmento do poema “Navio negreiro”,
Castro Alves, poesias completas de 1868, sobre o tráfico de escravos no Brasil. Por meio
Característica marcante desse poema da terceira desse poema, o autor faz uma crítica à sociedade
geração do Romantismo no Brasil, á qual pertence brasileira e à política do Império, responsáveis pela
Castro Alves, é uma das formas estéticas trabalhadas manutenção de um regime escravista. A figura que
pelo autor que sustenta sua diferencia das outras sustenta metaforicamente essa crítica é
gerações, especialmente a) a providência divina.
a) o uso de versos livres, abrangendo ao clássico. b) a força da natureza.
b) o tom declamatório e engajado ao social. c) a inspiração da musa.
c) o escapismo como temática e proposta. d) a bandeira nacional.
d) a citação dos poetas ao bucolismo campestre. e) a nobreza dos selvagens.
e) a exaltação da pátria e sua beleza social.
05.
03. São uns olhos verdes, verdes,
O Poeta Uns olhos de verde-mar,
Era uma noite: - eu dormia... Quando o tempo vai bonança;
E nos meus sonhos revia Uns olhos cor de esperança,
As ilusões que sonhei!
E no meu lado senti... Uns olhos por que morri;

@aprendaki_ Av. almirante Barroso, 4386 (91) 99222 6161


PROFESSOR: Edi Franco DATA

29 / 05/ 2023
TEMA: Exercício de Romantismo Nº 3

Que ai de mi! demorou para aparecer como protagonista na literatura


Nem já sei qual fiquei sendo romântica. Na segunda metade do século XIX, Castro
Depois que os vi! Alves, na poesia, e Bernardo Guimarães, na prosa,
Gonçalves Dias, Primeiros Cantos – 1846 destacaram em obras suas o tema da escravidão.
A lírica construída pelo autor da primeira geração Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA,
romântica Gonçalves Dias, não expõe de forma nítida a Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual
questão da carnalidade como vista em Castro Alves, mas Editora, 2013, p. 436-37
sim a idealização da figura feminina. Ao ler as estrofes, Entende-se do texto que o Indianismo, no Brasil,
percebe-se no final, a repetição de um mesmo refrão: identificou-se como um movimento romântico que
“Mas ai de mi! Nem já sei qual fiquei sendo. Depois que a) se dedicou a expressar com fidedignidade o processo
os vi!”. Essa repetição funciona para o eu-lírico como de aculturação dos nativos brasileiros.
recurso, pois b) traduziu os aspectos típicos e essenciais da cultura
a) trabalha a concretização do amor pelo carnal. indígena, exaltando-os em si mesmos.
b) remete a desilusão, de não ter a figura feminina. c) se opôs aos rumos tomados pela Abolição, uma pois
c) projeta sua morte física, por não ter o seu amor. considerava prioritária a atenção indígenas.
d) realça a alegria, de não ter a mulher amada. d) idealizou o caráter dos indígenas, tomando-o como
e) nutre a idealização da certeza de união no amor. paradigma de moralidade a ser seguido.
e) valorizou a bravura dos nossos indígenas, para
06. melhor sublinhar as fraquezas da cultura civilizada.
A São Paulo
Pátria de heróis, berço de guerreiros, 08.
tu és o louro mais brilhante e puro, “Cantor das selvas, entre bravas matas
O mais belo florão dos Brasileiros! Áspero tronco da palmeira escolho,
Foi no teu solo, em borbotões de sangue Unido a ele soltarei meu canto,

Que a fronte ergueram destemidos bravos, Enquanto o vento nos palmares zune,
Gritando altivos ao quebrar dos ferros: Rugindo os longos, encontrados leques.”
Antes a morte que um viver de escravos! Gonçalves Dias. Poesias Reunidas
foi nos teus campos de mimosas flores, Os versos acima, de Os Timbiras, apresentam
características da primeira geração romântica
À voz das aves, ao soprar do norte, a) apego ao equilíbrio na forma de expressão; presença
Que um rei potente às multidões curvadas do nacionalismo, pela temática indianista e pela
Bradou soberbo – Independência ou morte! valorização da natureza brasileira.
b) resistência aos exageros sentimentais e à forma de
Foi de teu seio que surgiu, sublime, expressão subordinada às emoções; visão poética a
Trindade eterna de heroísmo e glória, serviço das causas sociais, como escravidão.
Cujas estátuas, – cada vez mais belas, c) expressão preocupada com o senso de medida; “mal
Fagundes Varela, O estandarte do século”; natureza como amiga e confidente.
auriverde (adaptada) d) transbordamento na forma de expressão; valorização
Relacionando o texto com a estética de Fagundes Varela do índio como típico homem nacional; apresentando da
representa. A opção com duas características do natureza como refúgio dos males.
Romantismo presentes no poema é e) expressão a serviço da manifestação dos estados de
a) entendimento racional do mundo/ crítica. espírito mais exagerados; sentimento profundo de
b) polarização entre o Bem e o Mal/ rigidez métrica. solidão.
c) assimilação racional/ simplicidade do povo.
d) temática de fundo histórico/ crítica social.
e) exaltação do heroísmo/ musicalidade acentuada.

07.
Nos poemas indianistas, o heroísmo dos indígenas em
nenhum momento é utilizado como crítica à colonização GABARITO
europeia, da qual a elite era a herdeira. Ao contrário,
pela resistência ou pela colaboração, os indígenas do
01. C 02. B 03. A 04. D 05. B
passado colonial, do ponto de vista dos nossos literatos,
06. E 07. D 08. A
valorizavam a colonização e deviam servir de inspiração
moral à elite brasileira. (...) Já o africano escravizado Bom estudo!

@aprendaki_ Av. almirante Barroso, 4386 (91) 99222 6161

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