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QUEST

Professor: SILVIA MOURA Componente: LITERATURA Série/Turma: 3ª Série


Estudante: _____________________________________________ nº _____ Data: ___________________

NOA – NOVA OPORTUNIDADE DE APRENDIZAGEM – 1º TRIMESTRE


A) Apenas I.
1) Assinale o texto que, pela linguagem e pelas
ideias, pode ser considerado como B) Apenas II.
representante da corrente barroca. C) Apenas III.
D) Apenas I e III.
A) "Brando e meigo sorriso se deslizava em seus E) I, II e III.
lábios; os negros caracóis de suas belas madeixas
brincavam, mercê do Zéfiro, sobre suas faces... e ela 4)
também suspirava." "Anjo no nome, Angélica na cara!
B) "Estiadas amáveis iluminavam instantes de céus Isso é ser flor, e Anjo juntamente:
sobre ruas molhadas de pipilos nos arbustos dos Ser Angélica flor e Anjo florente,
squares. Mas a abóbada de garoa desabava os Em quem, senão em vós, se uniformara?"
quarteirões."
C) "Os sinos repicavam numa impaciência alegre. - Na estrofe acima, o jogo de palavras:
Padre Antônio continuou a caminhar lentamente,
pensando que cem vezes estivera a cair, cedendo à A) é recurso de que se serve o poeta para satirizar os
fatalidade da herança e à influência do meio que o desmandos dos governantes de seu tempo;
arrastavam para o pecado." B) retrata o conflito vivido pelo homem barroco,
D) "De súbito, porém, as lancinantes incertezas, as dividido entre o senso do pecado e o desejo de perdão;
brumosas noites pesadas de tanta agonia, de tanto C) expressa a consciência de que o poeta tem do
pavor de morte, desfaziam-se, desapareciam efêmero da existência e o horror pela morte;
completamente como os tênues vapores de um D) revela a busca da unidade, por um espírito dividido
letargo..." entre o idealismo e o apelo dos sentidos;
E) "Ah! Peixes, quantas invejas vos tenho a essa E) permite a manifestação do erotismo do homem,
natural irregularidade! A vossa bruteza é melhor que provocado pela crença na efemeridade dos predicados
o meu alvedrio. Eu falo, mas vós não ofendeis a Deus físicos da natureza humana.
com as palavras: eu lembro-me, mas vós não ofendeis
a Deus com a memória: eu discorro, mas vós não 5)
ofendeis a Deus com o entendimento: eu quero, mas “Ardor em firme coração nascido;
vós não ofendeis a Deus com a vontade." Pranto por belos olhos derramado;
Incêndio em mares de água disfarçado;
2) Rio de neve em fogo convertido:
"Nasce o Sol, e não dura mais que um dia. Tu, que em um peito abrasas escondido;
Depois da luz, se segue a noite escura, Tu, que em um rosto corres desatado;
Em tristes sombras morre a formosura, Quando fogo, em cristais aprisionado;
Em contínuas tristezas a alegria." Quando cristal em chamas derretido.”

Na estrofe acima, de um soneto de Gregório de O texto pertence a Gregório de Matos e


Matos Guerra, a principal característica do apresenta todas as características seguintes:
Barroco é:
A) trocadilhos, predomínio de metonímias e de
A) culto da Natureza símiles, a dualidade temática da sensualidade e do
B) a utilização de rimas alternadas refreamento, antíteses claras dispostas em ordem
C) a forte presença de antíteses indireta.
D) culto do amor cortês B) sintaxe segundo a ordem lógica do Classicismo que
E) uso de aliterações o autor buscava imitar, predomínio das metáforas e
das antíteses, temática da fugacidade do tempo e da
3) Considere as seguintes afirmações sobre o vida.
Barroco brasileiro: C) dualidade temática da sensualidade e do
refreamento, construção sintática por simetrias
I. A arte barroca caracteriza-se por apresentar sucessivas, predomínio figurativo das metáforas e
dualidades, conflitos, paradoxos e contrastes, que pares antitéticos que tendem para o paradoxo.
convivem tensamente na unidade da obra. D) temática naturalista, assimetria total de
II. O conceptismo e o cultismo, expressões da poesia construção, ordem direta predominando sobre a
barroca, apresentam um imaginário bucólico, sempre ordem inversa, imagens que prenunciam o
povoado de pastoras e ninfas. Romantismo.
III. A oposição entre Reforma e Contrarreforma E) versificação clássica, temática neoclássica, sintaxe
expressa, no plano religioso, os mesmos dilemas de preciosista evidente no uso das sínquises, dos
que o Barroco se ocupa. anacolutos e das alegorias, construção assimétrica.

Quais estão corretas: 6) Leia o texto:


"Goza, goza da flor da mocidade, Mas o pertinaz povo e seu destino
que o tempo trota a toda ligeireza, (Que dessa sorte o quis) lhe não perdoam.
e imprime em toda flor sua pisada. Arrancam das espadas de aço fino
Os que por bom tal feito ali apregoam.
Ó não aguardes que a madura idade Contra ua dama, ó peitos carniceiros,
te converta essa flor, essa beleza, Feros vos amostrais e cavaleiros?"
em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada."
(Gregório de Matos) - Levando em conta os seus conhecimentos
sobre o episódio como um todo, assinale a
Os tercetos acima ilustram: alternativa correta:

A) caráter de jogo verbal próprio da poesia lírica do A) Segundo a versão apresentada no poema, o perdão
séc. XVI, sustentando uma crítica à preocupação que o Rei desejava conceder a Inês acabaria por
feminina com a beleza. prevalecer sobre o desejo homicida dos nobres.
B) jogo metafórico do Barroco, a respeito da B) Pode-se perceber, de forma implícita, nos dois
fugacidade da vida, exaltando gozo do momento. últimos versos da estrofe, uma acusação de covardia
C) estilo pedagógico da poesia neoclássica, ratificando lançada aos assassinos de Inês de Castro
as reflexões do poeta sobre as mulheres maduras. C) A estrofe proclama a coragem dos nobres
D) as características de um romântico, porque fala de cavaleiros que, desobedecendo às ordens expressas
flores, terra, sombras. do Rei, preferiram lançar ao chão suas espadas a
E) uma poesia que fala de uma existência mais matar uma dama indefesa.
materialista do que espiritual, própria da visão de D) A leitura do texto indica o motivo maior da
mundo nostálgico-cultista. condenação de Inês: sua ousadia em enfrentar o Rei,
recusando-lhe o perdão.
Texto para as questões 7 e 8. E) Pelas pergunta contida nos dois últimos versos,
dirigida aos nobres, o leitor fica sabendo que Camões
“Busque Amor novas artes, no engenho, esteve presente aos acontecimentos que narra no
para matar-me, e novas esquivanças; livro.
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho. 10) A questão seguinte refere-se ao Canto V de
Os Lusíadas (1572), de Luís Vaz de Camões.
Olhai de que esperanças me mantenho!
vede que perigosas seguranças: XXXVII
que não temo contrastes nem mudanças, Porém já cinco sóis eram passados
andando em bravo mar perdido o lenho. Que dali nos partíramos, cortando
Os mares nunca de outrem navegados,
Mas, conquanto não pode haver desgosto Prosperamente os ventos assoprando,
onde esperança falta, lá me esconde Quando ua noite, estando descuidados
Amor um mal, que mata e não se vê; Na cortadora proa vigiando,
Ua nuvem, que os ares escurece,
que dias há que na alma me tem posto Sobre nossas cabeças aparece.
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como e dói não sei por quê. XXXVIII
Tão temerosa vinha e carregada,
7) Nesse poema é possível reconhecer que uma Que pôs nos corações um grande medo.
dialética amorosa trabalha a oposição entre: Bramindo, o negro mar de longe brada,
Como se desse em vão nalgum rochedo
A) o bem e o mal; - “Ó Potestade - disse - sublimada,
B) a proximidade e a distância; Que ameaço divino ou que segredo
C) o desejo e a idealização; Este clima e este mar nos apresenta,
D) a razão e o sentimento; Que mor cousa parece que tormenta?”
E) o mistério e a realidade.
- Há, na passagem selecionada, o registro de
8) Uma imagem de forte expressividade deixa mudança no cenário. Trata-se do prenúncio de
implícita uma comparação com o arriscado jogo agouros a serem efetivados:
de amor. Assinalar a alternativa que contém
essa imagem: A) Pelo velho do Restelo, encolerizado frente à
excessiva vaidade do povo português.
A) o engenho do amor; B) Pelos mouros, inconformados com as sucessivas
B) o perigo da segurança; conquistas dos portugueses.
C) naufrágio em bravo mar; C) Pelo velho do Restelo, irritado diante de tantas
D) mar tempestuoso; glórias relatadas por Vasco da Gama.
E) um não sei quê. D) Pelo gigante Adamastor, irritado com o
atrevimento do povo português a navegar seus mares.
9) O trecho a seguir pertence ao episódio "A E) Pelo promontório Adamastor, maravilhado com a
morte de Inês de Castro" em "Os Lusíadas" de tecnologia náutica dos portugueses.
Camões:

"Queria perdoar-lhe o rei benino,


Movido das palavras que o magoam;

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