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Atividades

Agora você vai ler um conto de tradição indígena. Em seguida, faça o


que se pede.

Como nasceram as estrelas do céu


Algumas índias foram colher milho para fazer pão para seus maridos.
Um indiozinho seguiu a mãe e, ao vê-las fazendo pão, roubou um monte de milho.
Chamou seus amigos e foram pedir para a avó fazer pão para eles
também.
Mas as mães sentiram a falta do milho e começaram a procurar. Os
meninos, depois que comeram o pão, resolveram fugir. Para que a avó não
contasse o que tinham feito, cortaram-lhe a língua. Então, fugiram para o mato.
Chamaram o colibri e pediram para que amarrasse lá no céu o maior cipó que
encontrasse.
Assim feito, começaram a subir.
As mães voltaram para a tribo para procurar o milho. Então, perceberam
que as crianças não estavam lá.
Desesperadas, perguntaram para a avó o que tinha acontecido. Mas
essa não podia responder.
Então, uma das mães olhou para o céu e viu os meninos subindo pelo
cipó.
As mães correram e imploraram para que voltassem, mas os meninos
não obedeceram.
Então, elas decidiram subir no cipó também.
Mas os indiozinhos cortaram-no e as mães caíram. Ao chocarem-se
contra o chão, transformaram-se em animais selvagens.
Os meninos malvados foram punidos por sua crueldade.
Como castigo, tiveram que olhar fixamente todas as noites para a terra,
para ver o que aconteceu com suas mães. Seus olhos, sempre abertos, são as
estrelas.
Disponível em: http://www.velhobruxo.tns.ufsc.br/Lenda022.html Acesso em 11 ago. 2013.

1) Agora, preencha o quadro abaixo apontando os elementos da narrativa


que aparecem no conto.

Personagens

Tempo

Espaço

Conflito
Foco narrativo

Tipo de narrador

Leia uma divertida crônica de Luis Fernando Veríssimo.

João e Maria
Esta é uma daquelas histórias que as pessoas juram que aconteceram,
não faz muito sentido, com um amigo delas. Há anos você ouve a mesma história,
sempre com a garantia de que aconteceu mesmo. Há pouco, com um amigo.
Nesta versão o amigo se chama João e a mulher se chama Maria, para simplificar.
O João começou a desconfiar das constantes conversas da Maria com
José, amigo do casal. Volta e meia o João pegava a Maria e o Zé cochichando, e
quando se aproximava deles, eles paravam.
- O que vocês dois tanto conversam?
- Nada.
Ou a Maria estava falando ao telefone e, quando o João chegava, dizia -
"Não posso agora" e desligava.
- Quem era?
- Ninguém.
Não foi uma nem duas vezes. Durante semanas, o ninguém ligou muito.
E um dia a Maria anunciou que precisava viajar. Sua vó Nica. No interior. Muito
mal. Nas últimas. Precisava vê-la. Iria na sexta de manhã e voltaria no domingo.
- Logo na sexta, Maria?
- Por quê? Que que tem na sexta?
- Nada.
João telefonou para a sogra e perguntou como ia a vó Nica.
- A mamãe? Deve estar bem. Foi com o grupo dela fazer compras no
Paraguai.
Maria só levou uma pequena sacola na viagem. Claro, pensou João. Só
o que iria precisar, no hotel em que se encontraria com o Zé para um fim de
semana de amor. No fim da tarde, só para confirmar, João telefonou do seu
escritório para o escritório do Zé. Não, o seu José não estava. Tinha saído cedo e
avisado que não voltaria. Muito bem, pensou João. Muito bem. Era assim que ela
queria? Pois muito bem. Ele se vingaria. Levaria uma mulher para casa. Sim, para
casa. Uma mulher, não. Duas. Fariam um “maneger a troi”, ou como quer que se
chame aquilo - na cama do casal!
Na boate, já bêbado, João perguntou para as duas mulheres, Vanessa e
Gisele:
- Sabem que dia é hoje?
- Fala, filhote - disse Vanessa.
- O meu aniversário. E sabe que presente a minha mulher me deu?
- O quê? (Gisele)
- Cornos! E com o Zé. Com o Zé!
- Sempre tem um Zé - filosofou a Vanessa.
João desconfiara que uma das duas mulheres era um travesti, mas ao
chegarem a casa, ele não se lembrava mais qual. Decretou que os três tirariam a
roupa antes de entrar na casa. As mulheres toparam. Quando João conseguiu
acertar o buraco da fechadura e abrir a porta, a Gisele tinha pulado nas suas
costas e se pendurado no seu pescoço, e a Vanessa tentava pegar o seu p., e era
assim que eles estavam quando as luzes da casa se acenderam e todos que
estavam lá para a festa de aniversário que a Maria e o José tinham passado
semanas planejando gritaram:
- “S-U-R-P-R-E-S-A!!!”.
Disponível em: http://macroscopio.blogspot.com.br/2007/05/um-conto-de-lus-fernando-
verssimo-joo-e.html Acesso em 06 ago. 2013.
3) Após a leitura da crônica e com base em seus conhecimentos sobre os
elementos da narrativa, responda:
a) Quem são as personagens principais e secundárias da crônica?
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b) Em que espaço os fatos ocorrem?


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c) Em quanto tempo aproximadamente acontece a história?


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d) Qual é o foco narrativo (1ª pessoa ou 3ª pessoa) em que a história é


apresentada?
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e) Qual é o tipo de narrador presente no texto?


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4) Agora, identifique os parágrafos que constituem


a) a apresentação:
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b) a complicação:
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c) o clímax:
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d) o desfecho:
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5) Qual é o conflito gerador do enredo, ou seja, que fato gera toda a história?
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6) Observe o fragmento destacado a seguir:


“João telefonou para a sogra e perguntou como ia a vó Nica.
- A mamãe? Deve estar bem. Foi com o grupo dela fazer compras no Paraguai.”
Reescreva-o, passando para o discurso indireto.

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