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E.E.E.F.M.

GOVERNADOR NIVELAMENTO DE 2022


LINDENBERG LÍNGUA PORTUGUESA

PROFESSORA: GÉSSICA, CAMILA , MIRIÃ


Turno: Vespertino e Matutino
DESCRITOR: Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um
texto.

ACERTOS AVALIAÇÃO DIAGNOSTICA: 45% DLP20 – 38% DLP21

ATIVIDADE DE NIVELAMENTO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Aluno: DATA: Turma: 2ª SÉRIE EM

OBJETO DE CONHECIMENTO:
● Texto dissertativo-argumentativo.

DESCRITORES EM DESTAQUE:
✔ (DLP20) Identificar o tema de um texto;
✔ (DLP21 dentificar a tese de um texto.

COMPETÊNCIAS:
✔ (CE01) Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais
(artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção
de discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar
as formas de participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e
interpretação crítica da realidade e para continuar aprendendo. 

HABILIDADES:
✔ Identificar o tema de um texto;
✔ Identificar a tese de um texto.

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ATIVIDADES

Faça uma tertúlia com o texto I e responda às Atividades 1 e 2.

Texto I
O racismo é um problema estrutural da sociedade brasileira e se engana quem acha que a
educação tem sido suficiente para mitigar o preconceito. A polarização da vida social brasileira
nos últimos tempos trouxe à tona a manifestação do racismo em sua forma mais cruel.
Até mesmo o esporte, que é constantemente palco de manifestações de combate ao
preconceito racial e fábrica de ídolos de pele negra, tem visto um crescimento alarmante de casos
de racismo. Somente em 2019, os casos de injúria racial no esporte brasileiro cresceram a ponto
de atingir o maior índice em cinco anos. Estes dados são do futebol, mas sabemos que as
atitudes acontecem em outras modalidades esportivas.
Os atos vão desde ofensas verbais como chamar o outro de macaco, atitudes
depreciativas como atirar bananas para dentro do campo na direção de jogadores da raça negra
e até atos mais graves como a depredação de bens pessoais em razão da cor da pele. E as
atitudes racistas não ficam restritas às torcidas e às arquibancadas, como muitos podem pensar,
e acontecem também dentro de quadra ou campo, entre atletas, jogadores e companheiros de
equipe.
Há ainda quem minimize o impacto de atitudes como estas nos gramados brasileiros.
Recentemente, isso ficou bem claro na fala do consagrado técnico Vanderlei Luxemburgo, que
alegou não concordar que provocações como chamar o outro de macaco para desestabilizá-lo
emocionalmente deva ser considerado racismo. E completou dizendo que racismo puro seria
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apenas o que ocorreu no polêmico caso de assassinato de George Floyd por policiais
americanos.
Absurdo e talvez irônico que, num país com uma das maiores populações negras do
mundo (ficando atrás somente da Nigéria) e, principalmente, no campo dos esportes onde o atleta
negro se destaca de forma natural, atitudes como estas ainda aconteçam e sejam toleradas.
Basta analisarmos a genética, que comprova que pessoas da raça negra possuem um
percentual maior de células musculares de contração rápida – aquelas responsáveis pela
velocidade, potência e explosão muscular – para concluirmos que a raça que se considera tão
superior por possuir a pele branca, é, na verdade, bem inferior na maioria das modalidades
esportivas. Além disso, um rápido levantamento dos maiores atletas do passado e da atualidade
nos traz nomes como Muhamad Ali, Pelé, Michael Jordan, Usain Bolt e Lebron James, todos,
coincidentemente ou não, pertencentes a raça considerada “inferior” por aqueles que se sentem
no direito de praticar atos de racismo.
Técnicos, torcedores e amantes do esporte devem as maiores conquistas de seus clubes e
times, seja no futebol, no basquete ou em qualquer modalidade esportiva, a atletas negros. Prova
de que a cor da pele não determina nada, a não ser uma considerável vantagem nos esportes.

Fernanda Letícia de Souza, especialista em Fisiologia do exercício e prescrição do exercício físico, é professora da área de
Linguagens Cultural e Corporal nos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário
Internacional Uninter. in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 08/01/2021

ATIVIDADE 1. Qual é o tema do texto? Justifique sua resposta.


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ATIVIDADE 2. Identifique a tese do texto.


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ATIVIDADE 3. Com base na leitura do texto acima, aponte soluções para o problema
apresentado.
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TEXTO II
O Vasco celebra 97 anos da
"resposta histórica", carta que se
tornou a síntese da luta do clube
contra a discriminação racial e
social no futebol brasileiro. Motivo
de orgulho dos torcedores cruz-
maltinos, o documento é tratado
como troféu e a sua importância
ainda ecoa nos dias atuais. A data,
inclusive, foi lembrada nas redes
sociais.
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Publicada em 1924, a "resposta histórica" foi elaborada por José Augusto Prestes, então
presidente do Vasco. Naquela época, o esporte bretão ainda era bastante elitista e não permitia a
participação de negros e pessoas de origem humilde, como operários.
Em 1923, o Cruz-Maltino, considerado um clube pequeno e que havia acabado de ser
promovido à elite do futebol carioca, se sagrou campeão. No elenco, negros e brancos sem
posições sociais.
No ano seguinte, a AMEA — associação de futebol que havia sido fundada por clubes
como Botafogo, Flamengo, Fluminense, América e Bangu — impôs algumas condições para
permitir a entrada do Vasco no grupo. Dentre elas, a exclusão de 12 jogadores, sob o argumento
de maior controle sobre "a moral no esporte" e de se defender um futebol que fosse puramente
amador.
"Resposta Histórica" do Vasco, em 1924, foi um marco contra a discriminação racial e
social no Brasil Imagem: Site oficial do Vasco Um dos critérios utilizados nesta seleção baseou-se
no analfabetismo e nas condições e natureza das profissões dos jogadores vascaínos.
"Curiosamente", os 12 atletas eram os negros e aqueles em condições financeiras simples.
Diante disso, Prestes informou, em ofício, que o Vasco estava desistindo de participar da
associação por não concordar com as determinações, fazendo com que o Cruz-Maltino
disputasse uma liga alternativa.
Um dos desdobramentos desse episódio, inclusive, foi a construção de São Januário,
inaugurado em abril de 1927 e utilizado ainda hoje em jogos oficiais do Vasco.
A "resposta histórica" é vista como um marco na luta racial e social no futebol. Na música
"Camisas Negras", entoada frequentemente pela torcida, há o trecho que diz "eu já lutei por
negros e operários / te enfrentei, venci, fiz São Januário".
Disponível em : https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2021/04/07/ha-97-anos-vasco-se-recusava-a-
dispensar-negros-e-dava-resposta-ao-racismo.htm. Acesso em 28 de outubro de 2021.

ATIVIDADE 4. Qual é o tema do texto? Justifique sua resposta.


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ATIVIDADE 5. Na sua opinião, por que há tanto racismo no esporte?


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ATIVIDADE 6. Com base nas reflexões realizadas, produza um cartaz no CANVA, ou na


cartolina, no intuito de promover uma reflexão contra o racismo estrutural. Divulgue sua produção
na escola e nas redes sociais.

Como produzir um cartaz no CANVA:


https://www.youtube.com/watch?v=YwwzuyDSrDg

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