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1 - O skate apareceu como forma de vivência no lazer em períodos de baixa nas ondas e ficou
conhecido como “surfinho”. No início foram utilizados eixos e rodinhas de patins pregados numa
madeira qualquer, para sua composição, sendo as rodas de borracha ou ferro. O grande marco na
história do skate ocorreu em 1974, quando o engenheiro químico chamado Frank Nasworthy descobriu
o uretano, material mais flexível, que oferecia mais aderência às rodas. A dependência dos skatistas
em relação a esse novo material igualmente alavancou o surgimento de novas manobras e possibilitou
a um maior número de pessoas inexperientes começar a prática dessa
modalidade. O resultado foi a criação de campeonatos, marcas, fábricas e lojas especializadas.
2 - A história do futebol brasileiro contém, ao longo de um século, registros de episódios racistas. Eis
o paradoxo:
se, de um lado, a atividade futebolística era depreciada aos olhos da “boa sociedade” como profissão
destinada aos pobres, negros e marginais, de outro, achava-se investida do poder de representar e
projetara nação em escala mundial. A Copa do Mundo no Brasil, em 1950, viria a se constituir, nesse
sentido, em uma rara oportunidade. Contudo, na decisão contra o Uruguai sobreveio o inesperado
revés. As crônicas esportivas elegiam o goleiro Barbosa e o defensor Bigode como bodes expiatórios,
“descarregando nas costas” dos jogadores os “prejuízos’ da derrota. Uma chibata moral, eis a
sentença proferida no tribunal dos brancos. Nos anos 1970, por não atender às expectativas
normativas suscitadas pelo estereótipo do “bom negro”, Paulo César Lima foi classificado como
“jogador-problema”. Ele esboçava a revolta da chibata no futebol brasileiro.
Enquanto Barbosa e Bigode, sem alternativa, suportaram o linchamento moral na derrota de 1950,
Paulo César contra-atacava os que pretendiam condená-lo pelo insucesso de 1974. O jogador
assumia as cores e as causas defendidas pela esquadra dos pretos em todas as esferas da vida
social. “Sinto na pele esse racismo subjacente”, revelou à imprensa francesa: Isto é, ninguém ousa
pronunciar a palavra ‘racismo’. Mas posso garantir que ele existe, mesmo na Seleção Brasileira”.
Sua ousadia consistiu em pronunciar a palavra interdita no espaço simbólico do discurso oficial para
reafirmar o mito da democracia racial.
Os jogos eletrônicos presentes na cultura juvenil podem desempenhar uma relevante função na
abordagem do futebol ao
Outro usuário é o que busca partidas perto de onde ele está, caso de pessoas que estão de passagem
numa cidade.
BENEDICTO, M; MARLI, M. Bola na rede. Retratos: a revista do IBGE, n.2. 20174 (adaptado)
A inter-relação entre tecnologia e sociedade tem estimulado a criação de aplicativos. Nesse texto,
isso é percebido pelo desenvolvimento de aplicativos para
5 - O conceito de saúde formulado na histórica VIII Conferência Nacional de Saúde, no ano de 1986,
ficou conhecido como um “conceito ampliado” de saúde, conforme ilustrado na figura. Esse conceito
foi fruto de intensa mobilização em diversos países da América Latina nas décadas de 1970 e 1980,
como resposta crise dos sistemas públicos de saúde.
Acontece que esses jovens sonham com fama e dinheiro, enxergando no futebol o único caminho
possível para o sucesso. No entanto, eles não sabem da grande dificuldade que existe no início dessa
jornada em que a minoria alcança a carreira profissional. Esses garotos abandonam a escola pela
ilusão de vencer no futebol, à qual a maioria sucumbe.
O caminho até o profissionalismo acontece por meio de um longo processo seletivo que os jovens
têm de percorrer. Caso não seja selecionado, esse atleta poderá ter que abandonar a carreira
involuntariamente por falta de uma equipe que o acolha. Alguns podem acabar em subempregos, à
margem da sociedade, ou até mesmo em vícios decorrentes desse fracasso e dessa desilusão. Isso
acontece porque no auge da sua formação escolar e na condição juvenil de desenvolvimento, eles
não se preparam e não são devidamente orientados para buscar alternativas de experiências mais
amplas de ocupação fora e além do futebol.
Ao abordar o fato de, no Brasil, muitos jovens depositarem suas esperanças de futuro no futebol, o
texto critica o(a):
A) despreparo dos jogadores de futebol para ajudarem suas famílias a superar a miséria.
B) garantia de ascensão social dos jovens pela carreira de jogador de futebol.
C) falta de investimento dos clubes para que os atletas possam atuar profissionalmente e viver do
futebol.
D) investimento reduzido dos atletas profissionais em sua formação escolar, gerando frustração e
desilusão profissional no esporte.
E) despreocupação dos sujeitos com uma formação paralela à esportiva, para habilitá-los a atuar em
outros setores da vida.
7- O que dizer de um corpo flácido, gordo, considerado deselegante nos dias de hoje, mas que era,
há não muito tempo, considerado sensual e inspirador por pintores clássicos? Como entender o
conceito de saúde, associado antigamente a um corpo robusto, até mesmo gordo, e atualmente
relacionado a um corpo magro? E o corpo já não tão jovem, sobre o qual é imposta uma série de
“consertos” e “reparos” para parecer mais jovem? O que se pode dizer é que o corpo é uma síntese
da cultura, pois, através do seu corpo, o ser humano vai assimilando e se apropriando dos valores,
normas e costumes sociais, em um processo de incorporação.
8 - Nos dias atuais, para as crianças e os adolescentes, a alimentação adequada e balanceada está
associada, na maioria das vezes, à busca da forma ideal, segundo padrões ditados pela mídia. Se
antes essa preocupação era predominantemente feminina, hoje existem adolescentes tentando
emagrecer a qualquer custo: entram e saem de dietas e regimes feitos por conta própria,
automedicam-se ou praticam exercícios físicos sem orientação.
9 - Uma das mais contundentes críticas ao discurso da aptidão física relacionada à saúde está no
caráter eminentemente individual de suas propostas, o que serve para obscurecer outros
determinantes da saúde. Ou seja, costuma-se apresentar o indivíduo como o problema e a mudança
do estilo de vida como a solução. Argumenta-se ainda que o movimento da aptidão física relacionada
à saúde considera a existência de uma cultura homogênea na qual todos seriam livres para escolher
seus estilos de vida, o que não condiz com a realidade. O fato é que vivemos numa sociedade dividida
em classes sociais, na qual nem todas as pessoas têm condições econômicas para adotar um estilo
de vida ativo e saudável. Há desigualdades estruturais com raízes políticas, econômicas e sociais
que dificultam a adoção desses estilos de vida.
FERREIRA. M. S. Aptidão física e saúde na educação física escolar; ampliando o enfoque. RBCE, n.
2. jan. 2001 (adaptado).
10 - Esporte e cultura: análise acerca da esportivização de práticas corporais nos jogos indígenas
Nos Jogos dos Povos Indígenas, observa-se que as práticas corporais realizadas envolvem
elementos tradicionais (como as pinturas e adornos corporais) e modernos (como a regulamentação,
a fiscalização e a padronização). O arco e flecha e a lança, por exemplo, são instrumentos
tradicionalmente utilizados para a caça e a defesa da comunidade na aldeia. Na ocasião do evento,
esses artefatos foram produzidos pela própria etnia, porém sua estruturação como “modalidade
esportiva” promoveu uma semelhança entre as técnicas apresentadas, com o sentido único da
competição.
A relação entre os elementos tradicionais e modernos nos Jogos dos Povos Indígenas desencadeou
a:
11 - “Vida perfeita” em redes sociais pode afetar a saúde mental Nas várias redes sociais que povoam
a internet, os chamados digital influencers estão sempre felizes e pregam a felicidade como um estilo
de vida. Essas pessoas espalham conteúdo para milhares de seguidores, ditando tendência e
mostrando um estilo de vida sonhado por muitos, como o corpo esbelto, viagens incríveis, casas
deslumbrantes, carros novos e alegria em tempo integral, algo bem improvável de ocorrer o tempo
todo, aponta Carla Furtado, mestre em psicologia e fundadora do Instituto Feliciência. A problemática
pode surgir com a busca incessante por essa felicidade, que gera efeitos colaterais em quem
consome diariamente a “vida perfeita” de outros. Daí vem o conceito de positividade tóxica: a
expressão tem sido usada para abordar uma espécie de pressão pela adoção de um discurso
positivo, aliada a uma vida editada para as redes sociais. Para manter a saúde mental e evitar ser
atingido pela positividade tóxica, o uso racional das redes sociais é o mais indicado, aconselha a
médica psiquiatra Renata Nayara Figueiredo, presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília
(APBr). Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 21 nov. 2021 (adaptado).
Associada ao ideário de uma “vida perfeita”, a positividade tóxica mencionada no texto é um
fenômeno social recente, que se constitui com base em
a) representações estereotipadas e superficiais de felicidade.
b) ressignificações contemporâneas do conceito de alegria.
c) estilos de vida inacessíveis para a sociedade brasileira.
d) atitudes contraditórias de influenciadores digitais.
e) padrões idealizados e nocivos de beleza física.
12 - A conquista da medalha de prata por Rayssa Leal, no skate street nos Jogos Olímpicos, é
exemplo da representatividade feminina no esporte, avalia a âncora do jornal da rede de televisão da
CNN. A apresentadora, que também anda de skate, celebrou a vitória da brasileira, que entrou para
a história como a atleta mais nova a subir num pódio defendendo o Brasil. “Essa representatividade
do esporte nos Jogos faz pensarmos que não temos que ficar nos encaixando em nenhum lugar.
Posso gostar de passar notícia e, mesmo assim, gostar de skate, subir montanha, mergulhar, andar
de bike, fazer yoga. Temos que parar de ficar enquadrando as pessoas dentro de regras. A gente
vive num padrão no qual a menina ganha boneca, mas por que também não fazer um esporte de
aventura? Por que o homem pode se machucar, cair de joelhos, e a menina tem que estar sempre
lindinha dentro de um padrão? Acabamos limitando os talentos das pessoas”, afirmou a jornalista,
sobre a prática do skate por mulheres. Disponível em: www.cnnbrasil.com.br. Acesso em: 31 out.
2021 (adaptado).
O discurso da jornalista traz questionamentos sobre a relação da conquista da skatista com a
a) conciliação do jornalismo com a prática do skate.
b) inserção das mulheres na modalidade skate street.
c) desconstrução da noção do skate como modalidade masculina.
d) vanguarda de ser a atleta mais jovem a subir no pódio olímpico.
e) conquista de medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
14 - Seis em cada dez pessoas com 15 anos ou mais não praticam esporte ou atividade física. São
mais de 100 milhões de sedentários. Esses são dados do estudo Práticas de esporte e atividade
física, da Pnad 2015, realizado pelo IBGE. A falta de tempo e de interesse são os principais motivos
apontados para o sedentarismo. Paralelamente, 73,3% das pessoas de 15 anos ou mais afirmaram
que o poder público deveria investir em esporte ou atividades físicas. Observou-se uma relação direta
entre escolaridade e renda na realização de esportes ou atividades físicas. Enquanto 17,3% das
pessoas que não tinham instrução realizavam diversas práticas corporais, esse percentual chegava
a 56,7% das pessoas com superior completo. Entre as pessoas que têm práticas de esporte e
atividade física regulares, o percentual de praticantes ia de 31,1%, na classe sem rendimento, a
65,2%, na classe de cinco salários mínimos ou mais. A falta de tempo foi mais declarada pela
população adulta, com destaque entre as pessoas de 25 a 39 anos. Entre os adolescentes de 15 a
17 anos, o principal motivo foi não gostarem ou não quererem. Já o principal motivo para praticar
esporte, declarado por 11,2 milhões de pessoas, foi relaxar ou se divertir, seguido de melhorar a
qualidade de vida ou o bem-estar. A falta de instalação esportiva acessível ou nas proximidades foi
um motivo pouco citado, demonstrando que a não prática estaria menos associada à infraestrutura
disponível. Disponível em: www.esporte.gov.br. Acesso em: 9 ago. 2017 (adaptado).
Com base na pesquisa e em uma visão ampliada de saúde, para a prática regular de exercícios ter
influência significativa na saúde dos brasileiros, é necessário o desenvolvimento de estratégias que
a) promovam a melhoria da aptidão física da população, dedicando-se mais tempo aos esportes.
b) combatam o sedentarismo presente em parcela significativa da população no território nacional.
c) facilitem a adoção da prática de exercícios, com ações relacionadas à educação e à distribuição
de renda.
d) auxiliem na construção de mais instalações esportivas e espaços adequados para a prática de
atividades físicas e esportes.
e) estimulem o incentivo fiscal para a iniciativa privada destinar verbas aos programas nacionais de
promoção da saúde pelo esporte.