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Centro Universitário Claretiano

Curso de Graduação em Educação Física

PORTFÓLIO: ESPORTES COLETIVOS

Nilce Miranda de Lima Carvalho

Batatais/SP
2018

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INTRODUÇÃO

A atividade de portfólio corresponde ao questionário contendo 5 questões


relacionadas aos esportes coletivos: futebol e futsal. As questões foram respondidas com
base nas leituras das unidades 1 e 2 da obra: futebol e o futsal.
Este trabalho teve como objetivos: compreender os processos históricos da
gênese do futebol e a importância desse esporte na sociedade atual; analisar os fatos
marcantes do início da prática do futebel no Brasil e sua importância nos meios social,
político e artístico.

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Com relação ao processo de nascimento do futebol, existem muitas histórias sobre a sua origem, no
entanto, várias referências levam a crer que o futebol, assim como o basquetebol ou o voleibol, não
foram criados apenas atender às demandas das práticas esportivas já existentes, sendo o futebel um
fruto da evolução histórica de inúmeros jogos com bola praticados por diversos povos em
diferentes épocas.
Portanto, ninguém sabe explicar ao certo quando se iniciou a história do futebol. Alguns
historiadores e arqueólogos registram a sua prática ou algo parecido, no Egito e na Babilônia.
Outras informações dão conta de que na China praticava-se o tsutchu que significa, golpe na bola
com os pés, aproximadamente 2.300 anos.
A primeira codificação de regras aconteceu em 1845, na Escola de Rugby, o que ajudou a difundir
o estilo específico do futebol, praticado no colégio, não significando diretamente a sua
popularização.
Em 1848, os alunos da Universidade de Cambridge resolveram a confusão que tomava conta de
toda a partida que iam jogar. Como os seus praticantes vinham de diferentes escolas, cada um tinha
uma forma de conduzir a bola. As regras de Cambridge foram formulada entaão, partindo de um
enconro entre representantes de algumas escolas na tentativa de unificar o jogo através da
conciliação de suas peculiaridades.
Em 1857, nasceram as Regras de Sheffiel, que privilegiavam a condução da bola com os pés,
sendo a regulamentação feita para o Sheffield Football Club, considerado o clube de futebol mais
antigo do mundo.
A partir destas regras, as de Cambridge e de Sheffield e outras codificações esportivas do século
XIX, é possível compreender algumas máximas do futebol. A adaptação destes modelos é que
marcou a separação do futebal em relação às outras modalidades com a mesma origem.
Esta separação aconteceu na quinta reunião da Football Association, quando a entidade decidiu
remover os artigos que permitiam condução da bola com as mãos e a liberdade de conter os
adversários com agarrões, empurrões ou outros jogos de corpo, não sendo aceito, porém, pela
maioria dos membros, exceto pelo representante do Blacheath, que defendia os contatos físicos
mais duros, argumentando que a mudança poderia proporcionar a qualquer um o triunfo na
modalidade com pouca prática. Os londrinos retiraram-se da associação e, em 1871, ajudaram a
fundar a Rugby Fotball Union.
A primeira versão das regras trazia definições genéricas sobre o futebol: delimitação do tamanho

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do campo, infrações e saídas do jogo, veto dos pregos e placas nas chuteiras, o impedimento do uso
das mãos, impedimento do jogador que estivesse à frente da linha da bola. Além disso não existia o
goleiro e qualquer jogador poderia agarrar a bola no alto, ganhando cobrança de tiro livre.
Foi quase uma década para que o futebol se aproximasse das regras que são utilizadas atualmente.
As regras foram vitais para a popularização do futebol.
Com relação à chegada do futebol ao Brasil, os fatos históricos apontam que o responsável por esse
fato foi Charles Miller, apesar de que há alguns estudam que relatam que relatam que estes jogos já
eram praticados no país.
De uma forma oficial, a entrada do futebol no Brasil ocorreu em 1894, estabelecido de acordo com
as regras do Football Association, quando Charles Miller, voltou de seus estudos na Inglaterra,
trazendo consigo uma bola de futebal e alguns uniformes para a prática do jogo, transformando-se
num grande incentivar deste esporte na capital paulista.
Portanto, foi na Inglaterra que as regras atualmente conhecidas pelos brasileiros foram
implementadas.
Quanto à relação do futebol com o racismo no início do século 20 e nos dias atuais, é preciso
lembrar que as primeiras evidências do racismo sempre estiveram presentes na história do futebol,
especialmente quando da passagem do amadorismo para o profissionalismo. Com essa transição,
muitos atletas pertencentes às classes mais populares, proletariadas e constituídas por negros e
mestiços passaram a fazer parte da equipe. Antigamente somente os atletas pertencentes às classes
mais altas podiam jogar.
Muitos estudiosos revelam as várias críticas sofridas por essa diversidade no futebol, e quando
aconteciam as derrotas, estas eram atribuídas aos negros e mestiços, sendo o racismo justificado
por um suposto desequilíbrio emocional dos atletas que apresentavam cor escura.
No entanto, este estígma foi derrubado, quando nas copas de 58 e 62, a seleção brasileira
conquistou títulos mundiais com jogadores negros e mulatos.
Atualmente, o futebol brasileiro ainda se encontra cheio de conflitos que envolvem racismo e
discriminação. De vez em quando ainda aparecem nas mídias, situações de racismo contra
jogadores negros. Porém, as leis atuais são mais rígidas quanto à esse preconceito e inibem um
pouco as pessoas de praticá-lo, não sendo, portanto, o problema totalmente resolvido.
A política do “pão e circo” foi adotada pelos romanos para “domar” a população frente aos
problemas sociais da antiguidade. Era utilizada para desviar a tensão da população, carente de
trabalho, informação e qualidade de vida. Os governantes então davam ao povo shows de luta entre

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gladiadores. Durante os shows, eram distribuídos alimentos, ou seja, pães ante as apresentações de
humor e lutas. Essas medidas iludiam a população e davam a impressão de bem-estar, criando
assim uma sociedade de falsas alegrias. Enquanto isso, os governantes da época se regavam de
privilégios às custas do povo.
Com certeza, o futebol atual pode ser considerado como o pão e circo das massas, visto que as
pessoas pagam somas absurdas de dinheiro que movimentam os grandes de circo. As brigas e o
fanatismo do povão não tem nada a ver com a forma como vivem, uma vida de sacrifício e luta
diária. Todo o dinheiro conseguido com o futebol só serve para a construção de grandes estádios,
pagamentos de altos salários a jogadores privilegiados, sucesso na mídia, além do respaldo político
do país. Enquanto isso, pessoas morrem nas filas de hospitais, escolas carentes de infraestrutura, e
vários outros problemas sociais. No entanto, as pessoas deliram com o futebol, em época de copa,
esquecem os sofrimentos, os problemas, as carências e investem no espetáculo da bola.
Quanto à importância da profissionalização do futebol, com este processo, o futebol brasileiro
mudou seu panorama e com ele a própria imagem do jogador. Ele deixou de ser um esporte
praticado somente pelos ricos, passando a contratar pessoas de classes mais baixas, visando o bom
desempenho e o talento do atleta.
Os grandes clubes passaram a buscar na periferia e nos times pequenos os bons jogadores. Assim,
o futebol deixou de ser um esporte nobre para a elite.
O futebol tornou-se profissional formalmente a partir de 23 de janeiro de 1933, embora na prática
tenha sido impossível precisar a data, visto que inúmeros jogadores, na época em que o futebol era
amador, recebiam gratificações, ou até mesmo salários mensais, como se fossem funcionários.
Com a consolidação do profissionalismo no futebol, os ingressos para as partida tiveram aumento
de preço, no entanto, os estádios lotavam com os jogos de grandes times.
As vantagens econômicas do profissionalismo não foi apenas na rentabilidade dos jogos, acontece
também com a venda de jogadores para clubes gerando grandes lucros para o clube. Atrelado a
isso, o alto salário pago ao jogador serve como motivação para o seu empenho durante os jogos,
melhorando a qualidade dos espetáculos, tornando os jogos mais empolgantes. Além disso, o clube
com boa rentabilidade, pode proporcionar ao jogador um treinamento mais eficiente, com boa
estrutura, equipamentos sofisticados, proporcionando ao atleta a preocupação total apenas com o
seu treino e desempenho.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreender o processo histórico do futebol é muito importante, pois se trata do esporte mais
popular do mundo e para o profissional de educação física se faz necessário ter conhecimento da
história, dos processos de formação das regras e do sistema que direciona o esporte na atualidade
para melhorar a sua atuação como profissional.
É preciso salientar a importância deste esporte na vida das pessoas, embora alguns exageros em
relação às outras modalidades quando lhe é dado o destaque que não se percebe em qualquer outra
modalidade, tendo esta tanta importância cultural quanto o futebol.
A profissionalização do futebol só fez com que este se tornasse ainda mais popular e desejado entre
tantos jovens, visto que oferece vantagens como: riqueza, fama, prestígio e outras que fascinam os
desejos desde a periferia até os mais alto nível social econômico de todos os cantos do mundo.

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REFERÊNCIAS

SILVA, Robson Amaral da. Futebol e futsal. Batatais, SP: Claretiano, 2015. 168 p.

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