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Aluno: Francisco Emannuel Ferreira Costa

Serie: 3º médio
Plamas\TO data:27/05/22

Racismo no Esporte
Resumo
Este trabalho visa conscientizar e informara a pessoas sobre o racismo no esporte, para
que possa ser evitado e futuramente deixar de existir a fim de melhorara as condições do
esporte torna-lo mais inclusivo e evitar a disseminação de ódio por meio desse

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Abstract
This work can be used for recreational purposes through sport so it can be used for
leisure purposes and also for sport so it can be used for leisure purposes and through
sport so it can be used for leisure, through sport, and to prevent dissemination, more
exclusively, through sport.

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Sumario
5......Introdução
6 a 7.......A história do racismo no esporte
7 a 9......Racismo e o esporte
10.......Conclusão

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Introdução
Os sucessivos casos de racismo em campos, quadras e pistas por todo o mundo colocam
em xeque a ideia de que o esporte é um espaço de democracia racial. A dificuldade no
combate às práticas preconceituosas, que cresceram nos últimos anos, questiona o mito
de que as diversas modalidades simbolizam a igualdade dos povos e escancara a
fragilidade da posição do negro na sociedade civil.
A ideia em xeque está espalhada por diversos setores da população. A falta de
oportunidade em outras áreas combinada com o talento prático se traduz na percepção
do esporte como mecanismo de mobilidade social.

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A história do racismo no esporte
O papel da raça no esporte é complexo e foi examinado de vários ângulos por
historiadores, sociólogos e cientistas.
Durante toda a história do esporte moderno, a raça tem sido um conceito crítico de
divisão, principalmente entre pessoas com a cor da pele em preto e branco.
Durante o início dos anos 1900, a grande maioria dos atletas negros foi excluída da
participação em esportes organizados internacionalmente e em competições
profissionais como as Olimpíadas.
A sociedade forçou os afro-americanos a estabelecer suas equipes e ligas
independentes e segregadas no futebol, basquete, beisebol, críquete e rugby.
Essas organizações separadas deram grande orgulho às comunidades negras e serviram
como exemplos visíveis de habilidades organizacionais e empresariais negras durante o
início do século XX. No entanto, mesmo com uma concorrência integrada, a
discriminação ocorreu com frequência.
A primeira liga de sucesso do beisebol preto nos EUA nasceu em 1920, conhecida
como “National Negro Baseball League (NNL)”.
O NNL entrou em colapso em 1931 por causa da instabilidade financeira e condições
inadequadas de trabalho e vida dos membros da liga, que também sofreram
as indignidades públicas de fazer parte da comunidade negra.
O racismo foi generalizado nos EUA e ficou mais violento quando os linchamentos
eram comuns, e o Ku Klux Klan incitou o ódio racial.
Alguns consideram Jack Johnson o pioneiro da inclusão de atletas negros no esporte.
zReferido como “Bad Nigger” devido ao seu estilo de vida destemido e múltiplos casos
com mulheres. Jack foi o primeiro afro-americano a vencer o campeonato mundial de
boxe dos pesos pesados em 1908.
O estilo de vida controverso e o papel de Jack nos esportes deixaram muita gente
irritada, tanto nas comunidades brancas quanto nas negras. Ele acabou sendo condenado
a cumprir pena de prisão em uma prisão federal nos EUA.
Foi o sucesso atlético de Jack Johnson, junto com a performance de Jesse Owens nas
Olimpíadas de 1936 em Berlim, que finalmente gerou uma atenção significativa para os
atletas negros da sociedade.
Entre as guerras mundiais, a inclusão de atletas negros nos esportes fez progressos
significativos. Muitos liberais brancos prometeram incluir atletas negros nos jogos, mas
a maioria ainda tinha vários preconceitos contra eles.
Também estavam sendo feitos avanços nas escolas secundárias e nas universidades,
quando começaram a ter um pequeno número de atletas negros em suas equipes
esportivas, principalmente no futebol e atletismo.

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Os escritores esportivos da época tiveram um papel significativo na batalha contra o
racismo nos esportes organizados, pois martelavam continuamente instituições para
discriminar atletas negros em várias disciplinas.
Após a Segunda Guerra Mundial, as barreiras à participação começaram a cair.
Suprimir a segregação não foi um processo fácil, e em alguns esportes, como basquete,
treinadores e oficiais, tentaram garantir que a maioria dos jogadores na quadra ou no
campo fosse branca.
Direção final dos anos 1960, os atletas afro-americanos, como Muhammad Ali , Bill
Russell, Tommie Smith e John Carlos usado sua plataforma de defensor dos direitos
civis por protestar ativamente contra a discriminação racial na sociedade.
Esses atos inspiraram milhares, mas provocaram raiva no público. Esses atletas tiveram
que suportar várias ameaças de perder suas carreiras se continuassem defendendo suas
crenças .
No início da década de 1970, todas as ligas dos EUA rejeitaram a segregação de raça ou
etnia, e as Olimpíadas se abriram cada vez mais a atletas de todos os países.
Na década de 1990, a segregação no esporte foi abolida em todo o mundo, embora a
questão da raça na sociedade não estivesse nem perto do “fim de sua história”.
As oportunidades para homens e mulheres negros além do campo de jogo aumentaram
com o tempo, embora não sejam tão iguais na sociedade quanto nos campos de jogo e
nos tribunais.
Hoje, o esporte é uma indústria globalizada que permite aos atletas competir em quase
qualquer lugar do mundo. No entanto, estereótipos e preconceitos continuam a
obscurecer a percepção dos fãs e da mídia, e alguns atletas ainda são vítimas de crimes
racistas em todo o mundo.
Não podemos ignorar o papel do esporte na sociedade. Os atletas de hoje são seguidos
e inspiram milhões de pessoas em todo o mundo. De Jack Johnson a Muhammad Ali e
Colin Kaepernick, aprendemos que atletas profissionais são fatores de mudança na
sociedade.
A história da raça e do esporte passou efetivamente das fases de introdução e adoção
para a jornada de ajustes e melhorias no lado político da raça na sociedade.
Embora grandes avanços tenham sido feitos nos esportes para aceitar pessoas de
cor , ainda há muito a resolver.
Aprender com a história do racismo no esporte pode nos ajudar a entender os eventos
que acontecem no presente e o movimento BLM.

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Racismo e o esporte
Em geral, quando tratamos do racismo no esporte reduzimos, substancialmente, o
debate a participação, ou não, do negro a uma modalidade esportiva. Vale destacar,
ainda nesse contexto, que criamos uma espécie de reducionismo interpretativo ao
usarmos a frase “participar de um esporte” vinculado-a a experiência exclusiva da
prática em si, deixando de lado ou minimizando, na estrutura esportiva, outras ligações
possíveis e, algumas vezes determinantes, ao objeto.
Ou seja, a presença de atletas negros se tornara a peça chave para compreendermos a
participação do negro no esporte. Mais do que isso, se havia atleta negro em uma
modalidade, grosso modo, não haveria racismo ou, de alguma maneira, os clubes e
equipes que tinham a presença destes negros se tornavam símbolos de uma “possível”
luta contra o racismo.
A vinculação entre presença de negros e a luta contra o racismo no Brasil é encontrada
facilmente nas histórias sobre o futebol brasileiro. Por conta dessa redução grosseira de
uma experiência tão complexa, passamos a acreditar que bastávamos encontrar um
negro para podermos afirmar que aquele clube ou equipe possuía uma relação direta
com a luta dos negros na sociedade.
Compreender esse reducionismo não deve nos levar a uma banalização da importância
acerca da presença de negros em alguns clubes. Na verdade, esse fato deve continuar
sendo visto como importante passo para a inserção do grupo no círculo dos atletas.
Porém, devemos ter cuidado com a ressonância desse discurso, visto que passamos
muito tempo acreditando que pensar o atleta era a única forma possível de refletir os
grupos sociais e suas inter-locuções com o esporte.
No contexto esportivo, o negro sempre esteve atrelado a história do futebol. Na verdade,
assumimos, por conta das escassas pesquisas sobre o século XIX, o futebol como sendo
a primeira porta de entrada dos negros, como atletas, no universo esportivo. Claro que
estamos tratando do campo esportivo reconhecido, ou seja, das práticas regulamente
acomodadas na sociedade que, mesmo que sofressem com críticas, pertenciam na sua
prática e simbolismo ao que era adequado. Visto que as experiências dos negros, em
geral, eram combatidas, reprimidas e, sobretudo, categoricamente, desprezadas em seus
símbolos.
“A alma não tem cor – Não ao Racismo”. Foto: Tania Rego/Agência Brasil.
No entanto, Victor Melo, relevante pesquisador do campo esportivo no século XIX, traz
em seus novos textos contribuições fundamentais que, mesmo não sendo sua
preocupação central, nos ajuda no entendimento sobre a participação do negro no
esporte. Melo, em texto recente, nos apresentou fontes importantes nesse contexto.
A começar pela participação dos populares no esporte, Melo deixa claro que em meados
do século XIX essa já era uma questão que gerava tensões e debate público, não
obstante e/ou por consequência de todas as estratégias de separação e distinção do
público envolvido. No entanto, Melo aponta para uma questão ainda mais importante
para estudos relacionados aos negros, visto que nos traz a experiência de um jovem
negro destaque no turfe em meados do século XIX.

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O fato ocorreu em dezembro de 1853, quando Balbino (ou Albino) se destacou em uma
prova de turfe. Na verdade, não só uma, foram seis. O pequeno negro, de apenas 13
anos, venceu as seis provas que disputou e acabou, com isso, sendo declarado na
imprensa o primeiro jóquei do Prado (Correio Mercantil, 11 dez. 1853, p.1.).
Para além do fato de retirar do futebol a centralidade no processo de entradas dos negros
no esporte, Victor Melo nos ajuda a expandir a compreensão a respeito desse fenômeno.
Fica claro, a partir destas novas pesquisas, que a despeito de todo o racismo, o negro já
estava inserido no esporte bem antes da chegada do futebol e, algumas vezes, com
destaque. Ademais, fundamentalmente, seus escritos nos conduz aos indícios, que
comprovam a tese, de que já havia o reconhecimento, pelo menos representado por
parte da imprensa, de que o esporte, o turfe, nesse caso, já era fonte de possível
mobilidade/ascensão social.
Nesse sentido, o caso do futebol, já no século XX, e o seu potencial transformador das
“vidas negras” se torna parte de um processo que foi iniciado mais de meio século antes
e, não mais, fonte original de todas as transformações. Claro que o futebol continua
sendo o esporte que gerou mais resultados nesse sentido, notadamente pela importância
que ele assumiu no cenário esportivo, porém, nos parece que o caso do negro no turfe,
no século XIX, bem como do negro no futebol, no século XX, estão muito mais
vinculados as demandas do mercado do seu tempo, do que de qualquer luta contra o
racismo e, principalmente, de qualquer ressignificação do negro na sociedade.
Enfim, as pesquisas acerca da história do negro no esporte ainda tem muito para
avançar. No entanto, nos últimos anos, com a descoberta de novas fontes, uma pesquisa
mais densa sobre o século XIX, levada a cabo e em destaque pelo Prof. Victor Andrade
de Melo, e a estruturação de debates mais amplos e articulados conseguimos dar
importantes saltos na compreensão sobre o tema. Com isso, a meu ver, podemos
concluir com tranquilidade que: Não podemos mais vincular a luta contra o racismo
apontando apenas para a participação de negros em clubes esportivos.
Na verdade, precisamos entender que esse discurso vinculante atende, em larga escala,
muito mais a demanda de uma construção romântica sobre o futebol, onde a trajetória
do negro nesse esporte passa a representar, também, a sua trajetória em relação a
sociedade, do que a efetiva realocação do negro na mesma.
Não houve, em tempo algum, mesmo com atletas negros por todos os cantos e, alguns,
com destaque mundial, como é o caso do futebol, uma transformação do país em relação
a raça. Precisamos reconhecer que, para o bem e para o mal, O mercado foi, e ainda é,
definidor de parte fundamental destas questões.

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Conclusão
O racismo, o preconceito e a homofobia ainda são alguns dos problemas mais graves da
nossa sociedade. E esses problemas também se fazem presentes no esporte. E são
diversos os recursos jurídicos, políticos, governamentais e associativos transnacionais
capazes orquestrar o combate ao racismo em todas as suas manifestações. Entretanto,
apesar da ampla abordagem sobre o tema, há muito que se evoluir ainda na prática,
devendo o esporte, como catalisador e poderoso influenciador de massas criar e
perpetuar essa incessante luta, até que as letras escritas nas mais diversas regras aqui
citadas, sejam trazidas à realidade. Não basta uma data comemorativa, ações afirmativas
e tão pouco inúmeras normas sobre o tema, se inexistir efetividade destas.

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