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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

CURSO DE PSICOLOGIA

Alex Rocha Dias – RGM: 133768-8

Aline Cristina da Silva – RGM:134126-0

Tatiane Moura Da Silva – RGM:132297-4

RACISMO NO ESPORTE

SÃO PAULO
2016
Alex Rocha Dias – RGM: 133768-8

Aline Cristina da Silva – RGM: 134126-0

RACISMO NO ESPORTE

Relatório referente ao tema do Racismo no Esporte


como exigência para disciplina Psicologia Social e
Comunitária do curso de Psicologia da Universidade
Cruzeiro do Sul – Campus de São Miguel

Prof.ª Drª. Regina Celia do Prado Fiedler

SÃO PAULO
2016
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. RESTROSPECTIVA HISTÓRICA DO RACISMO NO ESPORTE
3. RACISMO NO ESPORTE E “BRANQUITUDE E BRANQUEAMENTO NO
BRASIL” - RELAÇÃO DOS TEMAS
4. POLÍTICAS PÚBLICAS
5. REFLEXÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS TEÓRICAS
1. INTRODUÇÃO

(Dados estatísticos, a importância do tema na atualidade - citando os artigos


lidos – e a apresentação do trabalho escrito.)
2. RESTROSPECTIVA HISTÓRICA DO RACISMO NO ESPORTE

Segundo Balzano et al. (2010) o Brasil se tornou alvo da curiosidade dos


naturalistas estrangeiros, que buscavam exemplares únicos da flora e da fauna
local, com isso o Brasil passou a chamar a atenção pela sua miscigenação das
raças. No Brasil com a chegada dos primeiros negros, os mesmos eram colocados
em trabalhos escravos sendo vistos como pessoas inferiores das demais pessoas
“brancas”, eles tinham apenas essa finalidade que era trabalhar, sem nenhum
direito, e eram totalmente submissos a raça superior considerado desta forma pelas
pessoas brancas da época, podemos dizer que ao longo do tempo após esse
período não ocorreu muitas diferenças, segundo Oliveira (2008) suas oportunidades
de trabalho, por muito tempo foram, vendedores ambulantes nos grandes centros,
empregadas domésticas, estivadores, carroceiros, tropeiros, dentre outros, sendo a
força o elemento central do seu trabalho.
De acordo com Souza (2016) o futebol surgiu no Brasil no fim do século XIX.
Era praticado por jovens de nível social destacado que se reuniam nos intervalos de
suas atividades para praticar “o esporte pelo esporte”. Eles próprios custeando as
despesas do divertimento e dentro do mais puro amadorismo. Funcionava como um
símbolo de status, como um diferenciador de classes e raças, um referencial para se
auto afirmar como brancos, ou “embranquecidos”, e serem aceitos na alta
sociedade. Segundo Imbiriba (2003 apud BALZANO et al., 2010), as primeiras
evidências de racismo no esporte estiveram presentes numa fase muito importante
de sua história: a passagem do amadorismo para o profissionalismo. Segundo
Gregório e Melo (2015) o esporte é entendido como uma esfera da sociedade como
a cultura, a economia e a política, cada esfera se articula com outras esferas, sendo
assim ainda sobre Gregório e Melo (2015) o esporte é alvo de discriminações
sociais, principalmente os esportes populares, se tornaram uma chance de
ascensão social para atletas das baixas classes sociais, desta forma as classes
dominantes constroem regras de controle social, definindo limites para as relações
que cada classe pode estabelecer com o esporte, podemos dizer então que as
condições financeiras elevadas para prática e investimento no esporte são altas
causando dificuldade para as pessoas de classe mais baixa e assim apresentam
dificuldade para ter acesso na inclusão do esporte. Para Gregório e Melo (2015) a
exclusão social é evidente no ambiente esportivo, sendo acompanhada pela
exclusão étnico-racial, esses dois processos de desigualdade são uma face da
mesma moeda e se reforçam mutuamente. Para Bento (2009) mesmo em situação
de pobreza, o branco tem o privilégio simbólico da brancura, o que não é pouca
coisa. Os autores Gregório e Melo (2015) definem duas categorias de esportes na
quais os negros estão inclusos em apenas uma delas, sendo ela nomeada como
esportes populares. Já na outra categoria nomeada pelos autores como esportes
“finos” eles afirmam que praticamente não há pessoas negras, tais esportes como o
hipismo, o golfe, a natação, o automobilismo, o pólo aquático. Desta forma os
negros não conseguem praticar esses esportes por que o custo e elevado e caro,
deixando de lado a ideia de que eles não são capazes, pois alguns atletas negros já
se destacaram nestas categorias de esportes finos, porém a exclusão ainda existe.
Para Oliveira (2008) as representações produzidas sobre as pessoas negras
traduziram-se em identidades que se delimitaram em determinados espaços, sendo
o esporte, um exemplo “prático” e teórico, em que ser negro era um rótulo a
determinadas modalidades, porém é importante ressaltar que para Oliveira (2008)
vem ocorrendo à quebra de vários conceitos pré-julgadores e muitos indivíduos de
descendência negra vêm se destacando em esportes para os quais eram
desestimulados, tais como o vôlei, por algum tempo, o tênis, a natação, o golfe e a
Fórmula 1, dentre outros.
O maior atleta negro de todos os tempos foi Jesse Owens teve uma infância
difícil repleta de preconceito racial com a imigração nos EUA, na sua adolescência
conseguiu uma bolsa e passou a se dedicar ao atletismo, pelo seu empenho foi
escrito nas Olimpíadas de Berlin de 1936 na qual conseguiu ganhar 4 medalhas de
ouro (algo que nenhum outro atleta de outras etnia jamais conseguiu fazer até
então) sendo elas no 100m rasos, 200 metros, revezamento 4X100m e salto em
distância ganhando nesta modalidade sobre o atleta alemão Lutz Long, deixando
Hitler um dos grandes expectadores do evento irritado e desmistificando a ideia de
que não existia superioridade da raça ariana (branca). De acordo com Oliveira
(2008) a desempenho de Jesse Owens quebrou um discurso secular de inferioridade
das pessoas negras dentro do esporte, principalmente olímpico, e inspirou outros
atletas negros a se lançarem no mundo do esporte
No Brasil, acreditava-se que a mestiçagem terminaria por branquear o povo
brasileiro. Considerado o negro menos evoluído biologicamente, o cruzamento inter-
racial perpetuaria apenas os genes do branco, o negro nunca foi aceito em partidas
de futebol naquela época somente os brancos de alto escalão. De acordo com
Gregório e Melo (2015) por volta dos anos 30, os afrodescendentes tinham que se
disfarçar, inclusive passando pó de arroz no rosto para praticar futebol, em outros
casos segundo Guterman (2009 apud Balzano et al., 2010) era necessário usar
toucas para esconder o cabelo crespo ou alisar, como foi o caso de Arthur
Friedenreich, de acordo com Souza (2016) foi o primeiro grande craque que o
futebol brasileiro produziu. Apesar do nome, ele era um mulato claro, de olhos
verdes, filho de um alemão com uma negra brasileira. Foi um dos maiores artilheiros
do futebol mundial. Seu maior feito foi ter marcado o gol que deu à Seleção
Brasileira o seu primeiro título continental, o do Sul-Americano de 1919. Friedenreich
simbolizava o período em que o futebol prestigiava jogadores mulatos desde que
conseguissem disfarçar sua negritude.
Segundo Souza (2016) Negros, mulatos, trabalhadores e desempregados
passaram a olhar com mais interesse a novidade. Todos podiam estranhar, no início,
aquele espetáculo de 22 pessoas correndo atrás de uma bola. Entretanto, existia
algo viril e dramático no jogo que levava aquelas pessoas, de vida sofrida, a
extravasarem seus rancores e desilusões numa partida.
Se negros e mulatos passaram a adotá-lo como prática lúdica nos seus
horários de lazer, bem diferente foi a sua introdução como atletas nos grandes
clubes brasileiros. Tal barreira foi transposta aos poucos e, de acordo com a cidade,
em ritmos diferenciados. Para Oliveira (2008) o desempenho dos africanos e
afrodescendentes em determinados esportes, de forma marcante, vem despertando
o interesse do mundo e das pessoas que estudam o fenômeno esportivo, além disso
diversos autores, tais como Soares (1998), Balzano et al. (2010) Gregório e Melo
(2015), enfatizam a facilidade da prática dos negros no futebol, pois é um esporte
que pode ser adaptado para uma classe financeiramente menos favorecida, de
acordo com Gregório e Melo (2015) uma bola oficial, por exemplo, podem ser
substituídas por um par de meias, as traves podem ser improvisadas; as chuteiras
são esquecidas etc. Além disso, para os autores o Brasil com sua miscigenação tem
atletas de variáveis tipos de porte físicos e segundo Gregório e Melo (2015) no
futebol, há lugar para os mais altos como os goleiros, os mais fortes têm seus
lugares garantidos como zagueiros, os menores por maior agilidade. Com o passar
dos tempos os grandes clubes de futebol do país se rendem à eficiência dos
jogadores negros e mestiços, estes jogadores são habilidosos e se tornam
responsáveis por um estilo novo e único de se jogar futebol. Nasce o futebol-arte,
onde a improvisação e a extrema habilidade demonstrada nos dribles e fintas
superam a capacidade física e tática. Segundo Rodrigues (2004, apud GREGÓRIO;
MELO, 2015) sobre as habilidades dos negros no futebol:

[...] o famoso e vencedor estilo brasileiro de jogar futebol, onde dribles e


fintas são utilizados costumeiramente, na realidade é fruto do racismo neste
esporte, pois negros e mulatos tinham que se desviar constantemente dos
brancos, não era permitido que houvesse contato corporal do negro com o
branco, sob o risco de advertências bastante severas.
(Gregório e Melo, 2015, pg.16)

De acordo com Souza (2016) os presidentes Epitácio Pessoa, em 1921,


e Arthur Bernardes, em 1925, concederam à Confederação Brasileira de Desportos
conhecida hoje como Confederação Brasileira de Futebol, uma determinada quantia
em dinheiro na época para participar dos Campeonatos Sul-Americanos dos anos
seguinte, porém essa prerrogativa iria custar caro para os jogadores negros desta
época, pois segundo Souza (2016) em troca, determinaram que somente fossem
convocados atletas rigorosamente brancos, por motivos de “prestígio pátrio”,
segundo Balzano et al. (2010) para o presidente Epitácio Pessoa era importante
projetar outra imagem do povo brasileiro no exterior, era absolutamente imperioso
que o país fosse representado pela sua “melhor sociedade”.
Os autores Balzano et al. (2010) relatam que durante as derrotas da seleção
Brasileira em importantes competições, tais como a Copa do Mundo de 1938, 1950,
1954, 1998, 2006 e 2010 a culpa era depositada nos jogadores mestiços e negros
que participavam da competição naquele momento, em alguns momentos eles não
precisavam jogar em outros eles eram os melhores jogadores antes da derrota
acontecer. Autores como Balzano et al. (2010) e Gregório e Melo (2015) relatam
também que após o término da carreira como jogador, mas que também vale para
qualquer outro modalidade no esporte, os negros enfrentam bastante dificuldade
para ingressarem em outros cargos, tais como técnicos ou gestores.
Desta forma afirma Souza (2016) que negar a existência do racismo no Brasil
pode ser considerada uma forma de racismo, ou, mais especificamente, um
preconceito racial de marca, além disso, o preconceito e a discriminação raciais não
são meras sobrevivências do passado escravocrata. Vale ressaltar também que em
um estudo realizado por Franz Fanon (1980, apud BENTO, 2009 pg.38-39) sobre o
preconceito racial foram entrevistadas 500 pessoas brancas de diversas
nacionalidades e as repostas mais comuns apresentadas por eles em relação ao
negro foram, biológico, sexo, forte, esportista, potente, boxeador (um esporte
popular e de baixo curso), selvagem, animal, diabo, pecado, terrível, sanguinário,
robusto, nesses termos mencionados é possível perceber a discriminação que os
negros viveram e ainda vivem nos tempos de hoje seja no esporte e fora dele.
3. RACISMO NO ESPORTE E “BRANQUITUDE E BRANQUEAMENTO NO
BRASIL” - RELAÇÃO DOS TEMAS

O racismo é algo que existe desde os primórdios da humanidade, que deveria
com o tempo mudar, desintegrar, mas como algo que já perpetua por tantos e tantos
anos, já não temos quase esperança de que mude, isso não significa que as lutas
pararam, mas que nos mostram o quão massificado e cristalizado é na sociedade
que não consegue se desassociar de algo que sabemos que não deveria existir,
mas que nos persegue desde o início.
Segundo, Allport (1954) o preconceito étnico trata se de uma “antipatia
baseada numa generalização falha e inflexível, que pode ser sentida ou expressa e
que pode ser dirigida a um grupo como um todo ou a um indivíduo porque ele faz
parte daquele grupo.”  Como todo e qualquer preconceito o racismo é um modo de
diminuir alguém ou grupo, que é diferente ao considerado correto/normal, ou seja,
deste modo o racismo é causado principalmente, pela cor externa do corpo de
alguém, que é mais escura, e também por seus traços físicos e biológicos, como o
cabelo.
O racismo constitui-se num processo de hierarquização, exclusão e
discriminação contra um indivíduo ou toda uma categoria social que é definida como
diferente com base em alguma marca física externa (real ou imaginada), a qual é
resinificada em termos de uma marca cultural interna que define padrões de
comportamento. (MYERS, 2012, pg 248).
 Claro que este tema nos traz questões que para quem possui raciocínio
cientifico, são totalmente normais, tais como se todos os seres são diferentes,
devido à biologia, pois geneticamente somos a mistura de nossos pais, desde modo
todo e qualquer ser é único, impar, então querer que se pareça com qualquer outro é
questão totalmente fora da realidade, fora do padrão, chega ser inquestionável,
porém na sociedade em que vivemos que a busca da desconstrução de
preconceitos e principalmente do racismo é algo que tentamos de todas as formas
compreender e de socializar as pessoas de que não deveria existir, mas alguns
conceitos são tão enraizados e cristalizados em nossa essência, principalmente
família, que se tornam místicos e difícil desconstrução, orientar a sociedade sempre
foi uma tarefa árdua, mas que aos poucos parece de algum modo surtir efeito, mas
nada que seja tão comemorado, afinal uma sociedade criada com tais conceitos é
extremamente difícil de se mudar ou aceitar.
Após fundamentar o racismo, podemos articular com o artigo escolhido. O
racismo no esporte pode ser encarado e ou enxergado de diversas formas, pois tal
acontece tanto com quem pratica como os que estão de fora para apreciar e torcer,
já ocorreram casos, não muito antigos, de torcedores proferirem palavras de baixo
calão a jogadores negros, para que tentassem diminuir sua habilidade, pois
podemos notar que na maioria todos eles são extremamente bons e habilidosos, o
racismo tem uma forma de desiquilibrar, emocionalmente, psicologicamente e até
socialmente, o esporte consegue englobar tantas áreas da convivência humana,
tanto individual como em grupo. Também é notável as formas pelas quais são
associadas à participação dos negros em quaisquer esportes.
Podemos observar o quão o esporte pode proporcionar ou não equilíbrio em
todos os aspectos da vida, pode até mesmo levar alguém de um contexto renegado
e esquecido ao auge, do sucesso e reconhecimento, também notamos que alguns
esportes também ainda são praticados pelos “brancos”, mas tal efeito é construído
culturalmente, da mesma forma que outros são considerados dos “negros”, o
racismo no esporte como na vida deviam ser descontruídos, talvez o esporte fosse
uma válvula para que isto ocorra, pois na maioria dos países, em campeonatos de
diversas modalidades esportivas, torcedores e até outros atletas que utilizam de
preconceitos, e principalmente racial são punidos, de diversas formas, tanto quanto
o atleta, o clube entre outros, é uma forma de tentar demonstrar que está errado e
que não passara despercebido como historicamente passa, sabemos que será
difícil, porém já é o começo.
O racismo no esporte é o reflexo do racismo que ocorre na sociedade, em
todos os níveis, este preconceito racial no meio esportivo só demonstra o quanto à
sociedade ainda carrega estes conceitos enraizados na sua essência histórica, que
é transferida culturalmente e através da família, cabe à sociedade atual, os jovens e
crianças, tentar diminuir com preconceitos como estes de forma que no futuro não
sejamos propagadores de sofrimento a ouras pessoas.
De acordo com Silva (2002) ao estabelecer que não haja diferença entre
brancos, negros, índios, mestiços, morenos, no Brasil, seja em relação ao esporte,
às oportunidades sociais ou à cidadania, estaremos negligenciadas, na qual o autor
entende como necessário para o entendimento da população brasileira.
Segundo Patto (1997, apud BENTO, 2009, pg.37) a Liga Brasileira de
Higienize Mental defendia a esterilização dos degenerados, sendo eles os negros
alcoólatras, pessoas com doenças sexualmente transmissíveis, transtornos mentais
e infratores, além disso, a autora cita também que havia propostas políticas ousadas
para uma miscigenação entre europeus em busca do desaparecimento dos negros.
De acordo com Silva (2002) esta era uma visão dos darwinistas sociais, que acabou
por influenciar as escolas de medicina no Brasil, na qual o autor complementa
dizendo que o objetivo da miscigenação passa a ter a missão de clarear a pele, para
Oliveira (2008) a ciência, através da medicina higienista e eugênica, estabeleceu
discursos biológicos raciais sobre pilares infundáveis de superioridade de uma raça
sobre outras e fomentou a política para a produção de proles saudáveis, cujo
objetivo era incentivar a mestiçagem que, com o passar do tempo, iria
embranquecendo. Segundo Santos (2014) no EUA o preconceito de raça diz
respeito à origem, no Brasil, ele se liga à aparência por meio da ideologia
assimilacionista, na qual se espera que o branqueamento na cor da pele crie algo
novo.
Para Santos (2014) o preconceito racial é uma constante não apenas nas
sociedades de maneira geral, como também no futebol, que pode ser pensado como
expressão paradigmática de anseios, desejos e frustrações de sociedades e
indivíduos cujas identidades são pensadas a partir deste esporte. Segundo Santos
(2014) diante do aspecto “racional” do branco, o negro despontaria com uma
suposta emotividade inata, derivada de sua “irracionalidade”. Desta forma, se o
negro pertenceria à esfera da cultura, o negro residiria na da natureza.
De acordo com Santos (2014) apesar do futebol ter sido um elemento
fundamental de ascensão social e econômica dos negros e mulatos, contribuindo
para a democratização racial, ainda assim espelhou a ideologia racista dominante
Brasil. Os autores fazem críticas severas em relação à mídia brasileira contra o
desempenho dos negros no esporte, sendo ela a classe dominante nas práticas
mais populares, segundo Gregório e Melo (2015) os discursos e teorias sobre a
eficiência do negro em alguns esportes são muito mais divulgados do que o
preconceito que os atletas negros ainda sofrem. Para Bento (2009) podemos dizer
que muitos brancos progressistas reconhecem as desigualdades raciais, só que não
associam essas desigualdades raciais à discriminação e isto é um dos primeiros
sintomas da branquitude. Para Santos (2014) a simbiose entre futebol, mídia e
capitalismo não é mero acidente, mas extensão de um fenômeno maior.
O esporte é um fenômeno social da modernidade, está presente no dia a dia
das pessoas e movimenta uma grande indústria. Para algumas pessoas é fonte de
renda e para outras é apenas uma fonte de lazer e condicionamento físico. No Brasil
como em outros países passou a ser parte fundamental da cultura e é colocado
como uma forma de representação da identidade nacional. As praticas esportivas
estão ligadas aos sistemas sociais, onde há interação entre indivíduos e grupos e
consequentemente há disputa pelo poder que são regulamentadas por regras e
hierarquia. Os que estão no poder lutam para nele permanecer e os com menor
prestígio lutam para adquirir um maior poder. Segundo Assunção et.al (2010) nas
classes com maior poder aquisitivo o esporte é praticado por lazer, qualidade de
vida e status social, já nas camadas mais pobres crianças e adolescentes buscam
uma forma de ascender socialmente, transpondo as barreiras sociais e culturalmente
impostas e submetem-se aos “peneiroes” das categorias de base dos times.
Nos anos trinta, a passagem do amadorismo para o profissionalismo no
futebol é marcada pela invasão de atletas de origem popular os caminhos são
abertos e o esporte torna-se um caminho de ascensão social que independe do nível
de escolarização ou poder econômico. O esporte também reproduz a segregação de
classes sociais, algumas modalidades são praticadas pela burguesia e outras pelas
classes baixas, as classes dominantes constroem regras de controle social, como
por exemplo, o alto custo dos materiais esportivos, e impedem que pessoas com
pouco poder aquisitivo possam praticar certas modalidades, assim deixam de ter
relações com a elite dominante. A exclusão social vem acompanhada pela exclusão
étnico-racial, ambas se reforçam mutuamente. A participação da população negra
em certas modalidades é quase inexistente, como no hipismo, automobilismo, golfe,
e tênis, que são considerados esportes “finos” já em esporte populares como futebol,
lutas, basquete e handebol são comumente praticados pelos afrodescendentes.
Para que o esporte seja um objeto de valorização da diversidade e inclusão
étnico-racial é necessário que identifique e discuta os modelos discriminatórios e
estereótipos construídos culturalmente, que controlam os papeis de negros, brancos,
índios, ricos e pobres. Apenas uma pequena parcela da população negra conseguiu
ascensão social no esporte, e mesmo assim ficou restrito em apenas algumas
modalidades, isso provem da falta de recursos financeiros que corrobora a diferença
e o preconceito racial.
Para o movimento evolucionista o negro era considerado uma raça primitiva,
já para o movimento eugênico o negro era considerado como um ser inferior que
fazia parte da degeneração humana, pois pregavam a correção dessas
degenerações, e através do boxe e do futebol que não necessita de poder
econômico o negro passa do papel de inferioridade para o papel principal, um
exemplo a ser seguido e assim atinge um patamar de ídolo. Sendo objeto de estudo
de cientistas e outros pesquisadores da área, as pesquisas eram voltadas as
individualidades biológicas dos africanos e afrodescendentes, devido aos seus altos
rendimentos em determinados esportes, alguns cientistas questionaram o mérito dos
atletas negros, segundo eles o alto desempenho era devido a sua genética,
ignorando assim a sua capacidade mental e física, atribuindo o seu sucesso as
características biológicas e não ao seu esforço. Segundo Hofbauer (2006: 120-121)
essas pesquisas sobre a genética dos negros sempre geraram polêmicas, alguns
pesquisadores defendiam a tese que não existiam provas sobre a superioridade do
homem branco europeu, contrapartida alguns defendia a inferioridade genética dos
negros, os viam como seres menos evoluídos.
De forma lenta, nos últimos anos muitos acontecimentos vem rompendo
essas representações. Muitos indivíduos de descendência negra vêm se destacando
em determinadas modalidades que até então eram de predominância da elite branca
como as irmãs Willians no tênis, Tiger Woods no golfe e até em um dos esportes
mais ricos e brancos do mundo que é a formula 1 com Lewis Hamilton, no Brasil
também temos casos de atletas negros em destaque em esportes de elite, como
Rogério Clementino no hipismo e Edvaldo Valério na natação.
Nem mesmo o esporte mais popular do mundo, o futebol escapou da
discriminação social e racial, os negros que hoje são grandes ídolos no futebol já
foram proibidos de praticar esse esporte no Brasil, somente a elite branca tinha
acesso. Segundo Rodrigues (2014) o futebol foi trazido para o Brasil por Charles
Miller no ano de 1894 quando ele voltou da Inglaterra para São Paulo, até mesmo na
Seleção Brasileira não eram permitido atletas negros. Uma curiosidade lamentável é
que o famoso estilo brasileiro de jogar futebol surgiu como fruto do racismo, os
negros eram obrigados a desviar dos brancos, evitando qualquer tipo de contato
físico sob o risco de advertências, surgindo assim os dribles.
Para Daólio (1998) no Brasil, uma das varias explicações para a
popularização do futebol e a grande participação dos negros nessa modalidade é
que estes têm maiores habilidades nós pés, visto também na capoeira e no samba,
e o fato do ambiente socioeconômico, leva-se em consideração que a maioria da
população pobre é afrodescendentes e o futebol possui regras simples de serem
entendidas e o material utilizado pode ser substituído e adaptado dependendo do
contexto, baste ter um pouco de imaginação. E o uniforme dos times se distingue
entre os com “camisa” e os sem “camisa”. Para Rodrigues (2014) quando o futebol
passa a ser percebido como esporte profissional, os jogadores negros eram aceitos
nos grandes times, mas não participavam do cotidiano social dos clubes, isso
acontece até hoje.
Nas modalidades de esportes populares predominam atletas de classes
sociais baixas e com pouca formação escolar, após as carreiras que geralmente são
curtas os ex-atletas novamente se veem em situação de exclusão, poucos deles
conseguem permanecer trabalhando nessa área nos cargos técnicos, coordenação
direção e gestão. Um exemplo em nosso País é do ex-jogador Jorge Luis Andrade
da Silva, conhecido como Andrade, seis vezes campeão brasileiro uma vez pelo
Vasco da Gama e cinco pelo flamengo, aos 16 anos começou a jogar pela categoria
de base do Flamengo, menino pobre e negro que tinha o sonho de ser jogador.
Muniz (2011) relata a historia de Andrade, após encerrar sua carreira, ficou como
técnico auxiliar do Flamengo e por diversas vezes técnico interino, sempre
trabalhando como substituto ou até a contratação de um novo técnico. Devido a uma
crise no Clube, a falta de opção e o carinho da torcida por Andrade o Flamengo
resolveu efetiva-lo, mas mesmo tirando o time do rebaixamento e o fazendo
campeão brasileiro ele trabalhou com um salário bem inferior aos de outros técnicos.
Quando a nova presidenta foi eleita não entrou em acordo salarial e o mesmo foi
demitido. Apesar de ser um dos poucos técnicos negros que se consagraram hoje
ele caiu no esquecimento e nunca mais trabalhou em grandes clubes.
Nas olimpíadas as história do negro tem pontos altos e alguns muitos
lamentáveis descrito por Pires (1998), um deles foi a proibição de atletas da África
do Sul de participarem de competições internacionais desde 1964 até 1988, em
função do regime do “apartheid”. Existe também histórias de negros que ficaram
conhecidos como verdadeiros heróis em seus países como o lendário Jesse Owens,
que ficou conhecido como o “antílope de ébano” pela sua velocidade. Uma clara
discriminação onde se compara a um ser irracional e não civilizado. A grande parte
dos esportes Olímpicos é de origem europeia e desde que iniciaram as Olimpíadas
modernas em 1986, nenhum dos 28 jogos Olímpicos teve uma cidade africana como
sede.
A mídia também tem um papel de reforçador dos estereótipos no esporte,
segundo Assunção (2010) a mídia influi e interfere no comportamento do publico em
geral. São gerenciadas por uma elite branca que estimulam o preconceito e a
desigualdade através da linguagem metafórica. Para contribuir com o fim do
preconceito étnico-racial, os meios de comunicação deveriam identificar e
desestabilizar os discursos discriminatórios que estão presentes em rádios,
televisão, jornais e novelas que são reproduzidos também no ambiente esportivo.
Embasado com o capitulo dois do livro Psicologia social do Racismo
“Branqueamento e Branquitude no Brasil” pode-se citar os fatos que acontecem no
meio esportivo como a segregação social e étnico-racial, é evidente que assim como
é citado no capitulo que há a descriminalização por interesse e por privilégios, a elite
branca constroem regras de controle social para prevalecer à dominância e dificultar
a inserção de atletas que não fazem parte de sua classe social e etnia.
Corroborando as estratégias usadas pela elite branca para manter os seus
privilégios e a não percepção do outro, ou seja, as outras raças, podemos citar a
inferiorizarão do negro que vem sendo disseminado durante toda a história do
esporte e em outras áreas também. O Negro através de crenças, movimentos e pela
sua própria história de escravidão é visto pela elite branca como inferiores, a mesma
que propagou esses fatos, e não tem consciência ou preferem não pensar na sua
participação nesse processo.
A presença de afros e jogadores originários das regiões periféricas tem sido
cada vez menor, nos dias atuais, em clubes de maior expressão. Considerando que
a maioria de nossos jogadores que vão para o exterior tem como destino a Europa,
Ásia e o Oriente torna-se muito mais fácil de realizar as suas transferências se eles
forem brancos ou apresentarem traços culturais que facilitem a sua adaptação.
Segundo Bento (2009) mesmo em situação de pobreza o branco tem como
privilégio simbólico da brancura, o que não é pouca coisa. Podemos observar na fala
de cima que os afros descendentes não são escolhidos por conta de seus traços
culturais, mas sim o branco onde teria adaptações melhores em outros países do
que os negros.
O racismo tem se manifestado no futebol mundial de maneira cada vez mais
explicitas, através de atos de torcedores ou jogadores. Em 1917 somente os Bangu
eram times multirraciais no Rio de Janeiro por que havia um dilema de elite dirigente
do futebol carioca: manter a eugenia e perder a pureza racial da organização do
futebol do Rio. A partir dessa fala Bento (2009) relata que a discriminação racial
pode ter origem em outros processos sociais e psicológicos que extrapolam o
preconceito.
O desejo de manter o próprio privílegio branco, combinando ou não com um
sentimento de rejeição aos negros, pode gerar discriminação e assim se ouve a
distinção entre a discriminação provocado por preconceito e por interesse. Através
desse trecho percebemos que a discriminação era uma mistura dos dois tanto por
interesse e preconceito, pois ao mesmo tempo em que existe o interesse existe o
preconceito, pois o time precisa ser o melhor para entrar em campo, mas não
querem acabar sendo mestiços e manter a raça pura.
Houve uma manifestação em 2001, onde os torcedores de Lazio exibiam
faixas, slogans e hinos visando atacar os jogadores Cafu, Aldair, Antônio Carlos
Zago e Jonathan Zebina, com os dizeres “equipe de negros, corja de judeus”.
(AGOSTINO, 2002, P. 65). Levando em conta a fala de Agostino, de acordo com
Bento (2009) as inibições, regressões e fracassos vividos por um grupo geram nele
cargas de rancor que podem explodir, mediante dessas palavras foi isso que essa
torcida quis disser fazendo essa faixa atacando os jogadores que seriam negros
com medo de perder os principais jogadores brancos onde os negros estavam
conquistando o seu espaço, então não queriam admitir e tinham um grande medo
diante deste fato.
Após alguns anos especificamente no ano de 2004 várias outras situações
mostravam o crescimento do racismo nos estágios Europeus, entre elas o momento
em que o técnico da seleção espanhola se dirige para seu jogador, o francês “Fale
para o negro: eu sou melhor do que você, negro di merda”. (Agora Saulo Paulo, 18
mar. 2005, caderno. Vencer, p. B6), segundo Bento (2009) considerando o seu
grupo como padrão de referência de toda a sua espécie, a elite faz uma apropriação
simbólica crucial que vem fortalecendo a autoestima e o autoconceito do grupo
branco detrimento dos demais, o outro lado do investimento na construção de um
imaginário extremamente negativo sobre o negro.
Um ano depois no ano de 2005 aconteceu outro episódio de racismo agora
pela Copa Libertadora da América, Quilmes, da Argentina, contra o time brasileiro
São Paulo Futebol Club, jogadores e dirigentes do clube foram hospitalizados. O
jogador Grafite reclamou de ter sido vítima de racismo: O Sanchez me chamou de
negro m... e de macaco”. O fato resultou em manifestações doa dirigentes de clubes
brasileiros e numa carta pedido de desculpas do clube argentino. (Agora São Paulo,
18 mar. 2005 caderno. Vencer, p. B1).
Corroborando com Bento (2009) na representação do negro brasileiro esse
fenômeno é transparente no que se pode ser observado nos estudos de Octavio
lanni (1972). Fúlvia Rosemberg (1985), Ana Célia Silva (1991) e entre outros. Estes
estudos revelam que, na comunicação visual, o negro parado, estigmatizado,
depreciado, desumanizado, ligado às figuras maníacas. Diante dessa fala
percebemos que o jogador Grafite na época comparado a um macaco foi
depreciado, desumanizado sendo comparado com um animal.
E para concluir, é na escola que estas atitudes racistas devem ser evitadas,
não só na educação física, mas em todas as matérias, pois a maioria dos trabalhos
fato de sua cor ser diferente dos demais, deve-se trabalhar muito esta questão para
que futuro a nossa próxima geração possa ver o quão é errado medir as pessoas
pelo fato de terem a cor diferente de outra e saber conviver da melhor maneira com
todos.
4. POLÍTICAS PÚBLICAS

Em 20 de Julho de 2010, entrou em vigor a Lei 12.288, que instituiu o Estatuto


da Igualdade Racial, após mais de um século da Lei Áurea, ainda se faz necessário,
políticas que incentivem ação contrária à liberdade e igualdade entre a humanidade.
Ressalta-se nesta Lei, art. 1º, a garantia da população negra a efetivação da
igualdade de oportunidades, a defesa dos diretos étnicos individuais, coletivos e
difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica. No
Capitulo II, diz sobre o direito da educação, cultura, esporte e lazer e no art. 9º
especificadamente diz que a população negra tem o direito de participar de
atividades culturais, educacionais, esportivas e de lazer adequadas aos seus
interesses e condições, de modo que contribua para o patrimônio cultural de sua
comunidade e sociedade brasileira.
O recurso mais utilizado para o crime de racismo no esporte está no nosso
código penal no art.140º o crime de Injuria, que é injuriar alguém com a ofensa de
sua dignidade e decoro, mais especificamente no §3º  se a injuria consistir da
utilização de elementos referente à raça, cor, etnia, origem ou condição de pessoa
idosa ou portadora de deficiência, que tem como pena de 1 a 3 anos de reclusão e
multa.
Existe também a Delegacia de Policia de Repressão aos Crimes Raciais e
Delitos de Intolerância (Decradi) a delegacia tem como atribuição reprimir e analisar
delitos de intolerância de pessoas ou grupo em relação a outras pessoas e grupo
caracterizado por questões ideológicas, de raça, cultura e étnica. Uma das unidades
é instalada no bairro da Luz em São Paulo.
5. REFLEXÕES FINAIS

O racismo existe em nosso país e ele pode gerar sofrimento psíquico. A


discriminação racial sofrida por um individuo pode vir a desencadear situações de
absoluta angústia, e reflete na sua autoestima , além dos quadros clínicos a
Psicologia pode e deve estar presente em debates e decisões políticas referentes ao
tema se posicionando como ciência que trata do comportamento humano e suas
interações

(Os alunos se posicionam para falar, do que a psicologia tem a ver com o
tema pesquisado – isto é, o que nossa ciência pode auxiliar no debate sobre essa
questão; de como foi a realização do trabalho e as dificuldades que enfrentaram.)
6. REFERÊNCIAS TEÓRICAS

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nacional. Rio de Janeiro: FAPERJ- Mauad, 2002.

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