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AULA DE 15/08

Objetivos
 Refletir sobre a história da família
européia, desde a Idade Média e
sobre a história da família brasileira
até os dias atuais. Identificar e
pensar o modo como o terapeuta
familiar em formação concebe o
conceito de família.
Da familia medieval à família
moderna
 Philippe Ariès: História Social da
Criança e da Família.
 Pesquisa realizada na França. Livro
publicado em 1962.
 Principais fontes utilizadas:
Documentos iconográficos (profanos
e religiosos) e a literatura. Para
escrever este livro foram 10 anos de
pesquisa, entre 1950 e 1960.
 Antiguidade
 Idade média – inicia no ano de 476 -
séc. V até séc. XV.
 Idade moderna – Inicia no fim do séc.
XV e inicio do séc. XVI até o séc.
XVIII.
 Idade contemporânea – Fim do séc
XVIII e inicio do séc. XIX até os dias
atuais.
Principais concepções do autor
 A principal tese defedida pelo autor:
 Do período medieval até o século XII: A
arte não retratou a criança.
Demonstrando que, naqueles tempos,
não havia consciência da existencia da
infância, como uma fase separada da
existência humana, com características
especiais. O oficio era o mais importante
e não a familia.
 Era um adulto em miniatura.
Família medieval (Idade média)
 As famílias na idade médieval: Europa,
entre os séculos V e XV, inicia no ano 476
após a queda do império Romano. Feudalismo.
 O sentimento de infância não existia -
não quer dizer que as crianças eram
negligenciadas.
 Sentimento de infância = corresponde à
consciência da particularidade infantil.
Idade média
 Infância: não é um dado natural e sim uma
construção histórico-social, e cada sociedade,
em diferentes momentos, engendra sua própria
construção.
 Antecedentes medievais que
fundamentaram a tese de Àries:
 1. Os costumes romanos. A criança
estava sujeita a vontade absoluta do
pai.Praticavam o infanticídio.
Idade média
 2. Os gemânicos: não reservavam
cuidados especiais com as crianças, mas
não praticavam o infanticídio. A criança
estava submetida totalmente à vontade
paterna.
 3. A influência cristã sob a concepção
medieval de infância. Nesta sim a criança
foi minimamente considerada.
Idade média
 Na idade média o sistema de educação era
informal. Crianças se misturavam com os
adultos.
 Os filhos dos nobres, os meninos, recebiam
ensinamentos das armas, e as meninas,
tinham uma perceptora que ensinavam boas
maneiras e o papel de esposa.
 As crianças pobres conviviam com mestres
artesãos, com serviçais em casas ou com
pequenos agricultores.
Idade Moderna

 Queda de Constantinópla.
 Revolução Francesa.
 Inicio do capitalismo e crescimento do
cristianismo.
 Descobrimento da imprensa,
descobrimentos marítimos e
Renascimento.
Família (idade) Moderna – Final do
Séc. XV e inicio Séc XVI e até XVII
 A partir do século XV, com a apropriação
da educação das crianças pela escola,
surge uma mudança na organização
familiar.
 Infuencia cristã: Porém o cristianismo
ambiguo: ideia do pecado original. A
natureza é má e precisa ser restaurada.
O que determina a postura em relação à
infância muito repressora.
Idade moderna
 O infanticídio persistiu na Europa até
o fim do século XVII. Os pais podiam
decidir pela morte da criança que eles
não queriam conservar. Foi proibida
pelos bispos.
 Influência católica (devoção menino
Jesus) e protestante (disciplina e
controle moral com as crianças).
Idade moderna
 As mães e amas passara a tratar as
crianças como fonte de prazer, devido
a doçura e gracejos.
 Por outro lado, advogados, médicos,
padres....reconheceram a fragilidade
da infância.
 Destes dois grupos, Àries identifica dois
sentimentos de infância: a paparicação e
a exasperação
A Família Bollelli, de Edgar Degas
(1858-1860)
Idade moderna
 Os moralistas e educadores dos séc
XVII não admitiam os mimos as
crianças. A educação se inspirou
neste segundo grupo (exasperação)
até o séc. XX.
 De “brinquedo encantador” a um ser
que precisava ser educado e
disciplinado. Influência na educação/
na escola.
Idade Moderna
 Privilégio para o filho mais velho:
preocupação com a preservação dos
bens.
 O autor relacionou as mudanças nos
séculos XVI e XVII, na família e na
educação, com as modificações que
ocorreram na arquitetura e nas
habitações da época.
 As principais características dessa
família sentimental moderna que surgiu
nos séculos XVI e XVII foram: a
igualdade entre os filhos; a volta das
crianças ao lar (principalmente com o
surgimento e a proliferação das
escolas); a valorização da vida privada e
a separação da família do mundo e sua
oposição à sociedade; e por último, o
sentimento da casa.
 Poucos conceitos evoluíram e
modificaram-se tanto, através dos
tempos, como o de família. A
etimologia refere-se a dois
vocábulos: família (conjunto de
escravos e servidores de uma
pessoa) e famulus do latim
(servidor, escravo doméstico). O
termo é encontrado nas línguas
latinas (família, famille), já no
século XIV e na língua inglesa
(family) no início do século XV.
 Nas sociedades ocidentais da
atualidade, a noção mais
generalizada de família está,
predominantemente, ligada à idéia
de um casal e seus filhos, isto é, à
família nuclear.
 A estrutura familiar atual, centrada
na afeição e na intensificação das
relações entre pais e filhos na
privacidade de suas casas, é uma
invenção relativamente recente na
história do homem ocidental,
ganhando contornos mais nítidos a
partir do século XVII na Europa.
 Estudo clássico de Ariés – História
social da criança e da família –
retrata com detalhes o processo
histórico que resultou na
constituição dos costumes e valores
da família moderna.

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