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Organização:

Jaraguá do Sul/ SC
2014
Elson Quil Cardozo

Rogério Jung

Iraci Müller

Marcilene Campregher

Vilmar José Zermiani

Janaína Poffo Possamai

Fátima Peres Zago de Oliveira

Ruy Piehowiak

Organizadores

ANAIS
XXX FEIRA CATARINENSE
DE MATEMÁTICA
22 a 24 de outubro de 2014
ANAIS – XXX FCMat

3
SUMÁRIO
Instituições Promotoras 04
Comissões da XXX Feira Catarinense de Matemática 05
Representantes das Universidades, Institutos, GEREDs e SEMEDs 06-07
Tabela de Avaliadores
Coordenadores de Grupo 08-12
Avaliadores Ad Hoc 13
Apresentação 14
Regimento 15-27
Quadro por GEREDs 28
Tabela de Premiação 29
Informes Comitê Científico 37
Resumos Estendidos
Educação Especial 38
Educação Infantil 75
Ensino Fundamental – Anos Iniciais 124
Ensino Fundamental – Anos Finais 285
Ensino Médio 552
Ensino Superior 776
Professor 781
Comunidade 818
Outros Documentos 824

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014
XXX FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
INSTITUIÇÕES PROMOTORAS E APOIADORAS

Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul


Secretaria Municipal de Educação de Jaraguá do Sul

Universidade Regional de Blumenau – FURB – SC


Laboratório de Matemática da FURB

Instituto Federal Catarinense – IFC


Pró-Reitoria de Extensão
Projeto de Apoio à Organização e Participação de Docentes e Alunos em Feiras de
Matemática, Ciência e Tecnologia

APOIO
Fundação Fritz Müller
Grupo WEG S/A
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI
Serviço Social do Comércio – SESC
ANAIS – XXX FCMat

5
COMISSÕES DA XXX FEIRA CATARINENSE DE
MATEMÁTICA
COMISSÃO CENTRAL ORGANIZADORA:
Elson Quil Cardozo – SEMED Jaraguá do Sul
Rogério Jung – SEMED Jaraguá do Sul
Iraci Müller – SEMED Jaraguá do Sul
Marcilene Campregher – SEMED Jaraguá do Sul
Vilmar José Zermiani – FURB – SC
Janaína Poffo Possamai – FURB – SC
Fátima Peres Zago de Oliveira – IFC – Campus Rio do Sul
Ruy Piehowiak – IFC – Campus Rio do Sul

COMITÊ CIENTÍFICO:
Katia Hardt Siewert – IFC – Campus Araquari
Gisele Gutstein Guttschow – IFC – Campus Araquari
Vanessa Neves Höpner – IFC – Campus Araquari
Bazilício Manoel de Andrade Filho – IFSC Criciúma

EDITORAÇÃO ANAIS:
Katia Hardt Siewert – IFC (Revisão e Formatação)
Gisele Gutstein Guttschow – IFC – Campus Araquari (Revisão e Formatação)
Bazilício Manoel de Andrade – IFSC (Revisão e Formatação)
Andréa Luiza Lopes – IFC – Campus Araquari
Ana Beatriz Gonçalves Vieira – IFC – Campus Araquari

COMISSÃO DE AVALIAÇÃO:
Fátima Peres Zago de Oliveira – IFC
Viviane Clotilde da Silva – FURB – SC
Janaína Poffo Possamai – FURB – SC
Araceli Gonçalves Schneider – IFC – Campus Ibirama

COMISSÃO DE INSCRIÇÃO:
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Janaína Poffo Possamai – FURB – SC


Vilmar Ibanor Bertotti Junior – FURB – SC
Matheus Kock – FURB – SC

COMISSÃO DE APOIO E SECRETARIIA


A:
Camila Pasta – Bolsista do Laboratório de Matemática da FURB
Juliana Meneghelli – Bolsista do Laboratório de Matemática da FURB
Matheus Kock – Estagiário do Laboratório de Matemática da FURB
Vilmar Ibanor Bertotti Junior – Estagiário do Laboratório de Matemática da FURB
REPRESENTANTES DAS UNIVERSIDADES, INSTITUTOS,
GEREDs E SEMEDs

Representante Instituição E-mail


ANDREZA F. MALEWSCHIK SEMED – JOINVILLE andreza.faria@joinville.sc.gov.br
antonioonetta@sed.sc.gov.br
ANTONIO ALBERTO ONETTA GERED – CURITIBANOS
onetta@brturbo.com.br
gereiblumenauens@sed.sc.gov.br
AVANILTON A. ROCHA GERED – BLUMENAU
avanilto_5@yahoo.com.br
BRUNO LOCH GERED – IBIRAMA brunoloch@hotmail.com
ELIANE MARIA SUNTI GERED – CONCÓRDIA eliane@cda.sdr.sc.gov.br
ELIZETE M. P. RIBEIRO IFC – SOMBRIO elizete@ifc-sombrio.edu.br
FÁTIMA P. Z. DE OLIVEIRA IFC – RIO DO SUL fatperes@yahoo.com.br
FELIPE VIEIRA UFSC – BLUMENAU f.vieira@ufsc.br
FLÁVIO DE CARVALHO GERED – VIDEIRA flaviocar2@hotmail.com
GEOVANI GARCIA SEMED – BRUSQUE profggmatic@gmail.com
GLADIS T. L. BOAVENTURA SEMED – TIMBÓ gladis.boaventura@timbo.sc.gov.br
INGRID DIAS BELO GERED – JOINVILLE ingrid@digitaldoor.com.br
SEMED – JARAGUÁ DO
IRACI MÜLLER id8271@jaraguadosul.sc.gov.br
SUL
IRIA POGANSKI TONELLO GERED – SEARA iriaptonello@sar.sdr.sc.gov.br
ITAMAR FAVETTI GERED – JOAÇABA itamar4015@gmail.com
JANAÍNA POFFO POSSAMAI FURB – BLUMENAU janapoffo@gmail.com
JOVINO LUIZ ARAGÃO SEMED – BLUMENAU jovinoluiz@blumenau.sc.gov.br
KATIA HARDT SIEWERT IFC – ARAQUARI katia.siewert@ifc-araquari.edu.br
ensino@pomerode.sc.gov.br
KATLEN DANIELA KONELL SEFE – POMERODE
sefe@pomerode.sc.gov.br
LORENA DE O. CASTELAIN SEMED – ILHOTA prof_loren@hotmail.com
LUCIENE MARA GERED – BRUSQUE maracom@terra.com.br
MARCIA PETERS BUSARELLO GERED – TAIÓ marcia@tao.sdr.sc.gov.br
MARGARET DALABENETA GERED – ITUPORANGA dalabeneta@yahoo.com.br
MARIA CRISTINA DALLMANN SEFE – POMERODE sefe@pomerode.sc.gov.br
MARIA CRISTINA BERTINETTI SED – FLORIANÓPOLIS crisbertinetti@sed.sc.gov.br
MARIA ETELVINA SANT’ANA GERED – ITUPORANGA maria@iup.sdr.sc.gov.br
malorensi@yahoo.com.br
MARILICE LORENSI GERED – CONCÓRDIA
ensino@cda.sdr.sc.gov.br
MIRIAN TEREZINHA BOLSI GERED – CONCÓRDIA mirianb@cda.sdr.sc.gov.br
gereiitajaiens@sed.sc.gov.br
NÁDIA M. DE SOUZA PAULO GERED – ITAJAÍ
nmspaulo@yahoo.com.br
NEUSA A. S. ANGIOLETTI GERED – IBIRAMA neuangio@gmail.com
RAFAEL G. DE SOUZA IFC – BLUMENAU extensao@blumenau.ifc.edu.br
ANAIS – III FCMat

7
ROSÂNGELA M. D. PARIZZI GERED – JOAÇABA roparizzi@yahoo.com.br
GERED – CAMPOS rozilene@sed.sc.gov.br
ROZILENE C. SARTORI
NOVOS rozilene.csartori@hotmail.com
ruymtm@ifc
ruymtm@ifc-riodosul.edu.br
RUY PIEHOWIAK IFC – RIO DO SUL
feiramatematica@ifc
feiramatematica@ifc-riodosul.edu.br
SAMIRA BRAIDI VALCANAIA GERED – TIMBÓ samira@tio.sdr.sc.gov.br
SAYONARA A. C. VIGNOLA GERED – TAIÓ sayonaracipriani@hotmail.com
gereibrusqueens@sed.sc.gov.br
SOLANGE A. ZANCANARO GERED – BRUSQUE
solangezancanaro@hotmail.com
TARITA THIEL MARTINS GERED – RIO DO SUL tarita@sed.sc.gov.br
VILMAR JOSÉ ZERMIANI FURB – BLUMENAU logo@furb.br
VIVIANE CLOTILDE DA SILVA FURB – BLUMENAU vivianeclotildesilva@gmail.com

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014
TABELA DE AVALIADORES

Coordenadores de Grupo Instituição Município/Estado*


ALAYDE FERREIRA DOS SANTOS UNEB BAHIA*
ANDREZA FARIA MALEWSCHIK SEMED JOINVILLE
ANTONIO ALBERTO ONETTA GERED CURITIBANOS
BRUNO LOCH GERED IBIRAMA
CARLA PERES SOUZA UDESC FLORIANÓPOLIS
ELAINE CRISTINA DE SOUZA EEB MARCOS KONDER ILHOTA
ELIANA SANTOS GERED ITAJAÍ
FLAVIO DE CARVALHO GERED VIDEIRA
GEOVANI GARCIA SEMED BRUSQUE
INGRID DIAS BELO EEB PRESIDENTE MÉDICI JOINVILLE
IRIA POGONSKI TONELLO GERED SEARA
ITAMAR FAVETTI GERED JOAÇABA
JONAS FURLAN EMEF VITOR MEIRELLES JARAGUÁ DO SUL
KATLEN DANIELA KONELL SED POMERODE
LOURDES C. DALL'OGLIO GERED RIO DO SUL
LUCIENE MARA GERED BRUSQUE
MARGARET DALABENETA EEB DR. FREDERICO ROLLA ITUPORANGA
MARIA CRISTINA S. DALLMANN SED POMERODE
MARIA CRISTINA V. T. BERTINETTI SED FLORIANÓPOLIS
MIRIAN TEREZINHA BOLSI GERED CONCÓRDIA
NADIA MARIA DE SOUZA PAULO GERED ITAJAÍ
ROZILENE CHIOCHETTA SARTORI GERED CAMPOS NOVOS
SAMIRA BRAIDI VALCANAIA SEMED TIMBÓ
SOLANGE ZANCANARO GERED BRUSQUE
TARITA THIEL MARTINS GERED RIO DO SUL

Avaliadores Instituição Município/Estado


ALINE BRETSCHNEIDER SILVA IFC SOMBRIO
ALINE M. DE LIMA IFC JOAÇABA
ANA BARBARA Z. BORTOLOZO EEB PROF. ADELINA REGIS VIDEIRA
EEM YVONNE OLINGER
ANA FLAVIA BATILANI SCHMITZ APPEL
BRUSQUE
ANA PAULA VOSS EEB DOM JOÃO BECKER BRUSQUE
ANA ROSICLEI RAMBO LOVISA EEB IRMÃ IRENE SANTA CECÍLIA
EIM ALVES RAMOS / EBM
ANA TÁRCIA CARDOSO DA SILVA PROF. FRIEDRICH KARL BLUMENAU
KEMMELMEIER
ANDERSON FABIANO FREITAG EEB PEDRO AMÉRICO AGROLÂNDIA
ANDERSON MINOSSO EEB JOSÉ PIEREZAN CONCÓRDIA
ANDREA CRISTINA R. SCURATO EBM ALMIRANTE BARROSO POMERODE
ANAIS – III FCMat

9
ANDREIA SHEILA Z. FIAMONCINI
AMONCINI EM MAURÍCIO GERMER TIMBÓ
ANDRESA LAURETT INST. MARIA AUXILIADORA RIO DO SUL
ANDRESA PESCADOR IFC SOMBRIO
EEB DEPUTADO NILTON
ARNOLDO DE MATTOS KUCKER
ITAJAÍ
EEB PROF. VIRGÍNIA P. DA
BARBARA C. DOS S. BORBA
RBA SILVA GONÇALVES
MONTE CARLO
EM MARIA LUIZA OZÓRIO
BEATRIZ TEREZINHA R. DENARDI ZUMMER
TANGARÁ
EM PROF. NESTOR
BERNADETE VON GILSA MARGARIDA
TIMBÓ
CAMILLA FERNANDES DINIZ IFC SOMBRIO
CARLA TEREZINHA DUARTE IFC SOMBRIO
COLÉGIO CENECISTA
CARLA KLEINE ROLOFF NOSSA SENHORA DE TAIÓ
FÁTIMA
EM PROF. ELADIR
CARLAS R. DO N. PAWLUK
UK SKIBINSKI
JOINVILLE
EMEF SANTA JULIA
CAROLINE M. W. DE OLIVEIRA
IVEIRA BILLIART
CAMPOS NOVOS
CINARA APARECIDA CARDOZO
DOZO EEB PROF. RODOLFO FINK VIDAL RAMOS
EEB GOVERNADOR
CLAIRE NORA LACERDA
VIDEIRA
CLAUCI CORRADI ZANESCO
CO EEB FREI CRESPIM OURO
CLAUDEMIR SANTIAGO IFC SÃO FRANCISCO DO SUL
CLEBERSON DE LIMA MENDES
NDES IFC ARAQUARI
CLEVERTON HOFFMANN IFC RIO DO SUL
EEB BRUNO
CRISTHIANE RAFAELA H. SANTOS HOELTGEBAUM
BLUMENAU
EM VALENTIM JOÃO DA
CRISTIANE POHL DE S. P. E SILVA ROCHA
JOINVILLE
CRISTINA MAXEMOVITCH IFC RIO DO SUL
EBM PROF. ANNA OTHÍLIA
DAIANA KOHLER SCHLINDWEIN
GUABIRUBA
EEB FRANCISCO MACIEL
DANIELA LASSEN BAGESTON
PAIAL
DANIELE MARTINI IFC CONCÓRDIA
DANIELY DOS SANTOS ERVAL VELHO
DARCY MEIRE DE MORAIS
S BRUSQUE
CENTRO MUNICIPAL DE
DIONISIO PETRI EDUCAÇÃO LUIZ ABDON BATISTA
ZANCHETT
EMEF JONAS ALVES DE
DIVINA ROSA DE SOUZA SOUZA
JARAGUÁ DO SUL
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

EDUARDO ABEL CORAL IFC CAMBORIÚ


EM PREF. GERALDO
EDVANA TABORDA DOS SANTOS
ANTOS WETZEL
JOINVILLE
ELAINE LYRA MARTENDALL EEB CACILDA GUIMARÃES VIDAL RAMOS
ELENICE BUSCH DOS SANTOS
NTOS EEB JULIUS KARSTEN JARAGUÁ DO SUL
ELENICE KNIHS EEB JOÃO XXIII BRUSQUE
ELENIR HOLLER PREFEITURA MUNICIPAL RIO DO SUL
ELIANA SCHWARTZ SELL POMERODE
ELIANE BARROS BRISOLA EEB DR. ELPÍDIO BARBOSA JOINVILLE
EEB BRUNO
ELIANE FRONZA HOELTEGEBAUM
BLUMENAU
EBM PROF. ADELAIDE
ELIANE MAFRA SEUBERT STARKE
BLUMENAU
ELIENE M. DE ANDRADE SILVA POMERODE
CENTRO DE EDUCAÇÃO
ELISÂNGELA A. F. DOS ANJOS TANGARAENSE MARA TANGARÁ
REGINA SIMIONATTO
EED PROF. OLAVO CECCO
ELISÂNGELA REGINA SELLI MELZ RIGON
CONCÓRDIA
ELIZETE M. POSSAMAI RIBEIRO IFC SOMBRIO
ELIEZE RIBEIRO DE S. LEOBET EM PADRE BRUNO BRUNÓPOLIS
EMERSON LUIZ FACCIN EEB FREI CRESPIM OURO
ENI MARIANI GIOTTO EEB RAIMUNDO CORRÊA SEARA
EVERTON EDUARDO L. D. JUFFO IFC RIO DO SUL
FABIULA GRASIELA BRANDT EEB GERTRUD AICHINGER IBIRAMA
EEB PROF. JOÃO JORGE DE
FLAVIA ZARDO CAMPOS
TANGARÁ
EM PROF. ADA SANT’ANNA
FRANCIELI C. DE MELLO CHAVES DA SILVEIRA
JOINVILLE
FRANCIELLA ARAGÃO EEB REGENTE FEIJÓ LONTRAS
FRANKLIN CARLOS M. DA SILVA APAE – RIO DO SUL RIO DO SUL
GILBERTO VENDRAMIN JUNIOR EM ALTO MOSQUITINHO AGRONÔMICA
SECRETARIA DE
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO
GISELA ELISABETH EWALD EMPREENDEDORA DE
POMERODE
POMERODE
EM PROF KARIN
GISELLE CRISTIANE SOPPA BARKEMEYER
JOINVILLE
GISLAINE MENDES DONEL UDESC JOINVILLE
GREICE PROVESI PAES MARTINS EEB SANTA TERESINHA CURITIBANOS
COLÉGIO CENECISTA
GUIDO KINDEL NOSSA SENHORA DE TAIÓ
FÁTIMA
GUILHERME B. MARTINS IFC RIO DO SUL
EEB JOSÉ CLEMENTE
IGIDIO FUSINATO PEREIRA
IBIRAMA
EEB PADRE IZIDORO
INÊS TEREZINHA R. CONTE BENJAMIN MORO
LINDÓIA DO SUL
IRIS TUTY DALCANALE ARAÚJO IFC RIO DO SUL
ISMAEL VIECELI EEB CECILIA VIVAN SALTO VELOSO
EEE DOMINGOS
ITAMARIS HATJE MAGARINOS - TAMANDUÁ
CONCÓRDIA
IVONEI LUIZ DA COSTA EEB TEIXEIRA DE FREITAS ALTO BELA VISTA
IZAUDI B. S. NASATTO LAURENTINO
JACQUELINE SOUZA C. PEREIRA EEB SÓLON ROSA CURITIBANOS
JAISON FERNANDO LOTÉRIO EEB ADELAIDE KONDER NAVEGANTES
JEAN CARLO DE MATOS EEB PAULO BLASI CAMPOS NOVOS
JEFERSON ANDRÉ GOTTARDI COLÉGIO CASTELO / FURB BLUMENAU
JOÃO MARCELO RUSZCZAK IFC BLUMENAU
JOELMA K. SCOLARO INSTITUTO AUXILIADORA CAMPOS NOVOS
ESCOLA MONTEIRO
JONAS PEREIRA MACIEL LOBATO
BALNEÁRIO PIÇARRAS
JUCIMARA P. ALVES LIESENBERG SEMED JARAGUÁ DO SUL
JULIANA MENEGHELLI FURB BLUMENAU
ANAIS – III FCMat

11
JUVANE ELENA PEREIRA EEB BELISÁRIO PENA CAPINZAL
KARIN GIANINI T. BARTEL
TEL EMEF ALBERTO BAUER JARAGUÁ DO SUL
EEB TEÓFILO NOLASCO DE
KARINA A. GIRARDI ALMEIDA
BENEDITO NOVO
KARINE BURGEL EEB FREI EVARISTO IOMERÊ
KARINE LUIZ C. MROTSKOSKI
KOSKI EEF DIMER PIZZETTI IÇARA
KATIA REGINA GALDI EEB NEREU RAMOS ITAJAÍ
EEF PREFEITA ERNA
LAERCIO DAY HEIDRICH
TAIÓ
INSTITUTO MARIA
LEONIR SERAFIM AUXILIADORA
RIO DO SUL
LETÍCIA CARNEIRO EEB IRMÃ IRENE CURITIBANOS
LETÍCIA WANDREI GERED BRUSQUE
PREFEITURA MUNICIPAL -
LILIAN M. V. DOS SANTOS CEIM RUTH KOCH
BLUMENAU
LILIANE NICOLA IFC SOMBRIO
LUCÉLIA OLIVEIRA DE SOUZA EEB CASIMIRO DE ABREU SÃO CRISTÓVÃO DO SUL
LUCIANE ZICKUR TOMELIN
IN FURB BLUMENAU
LUCIANO SENA IFC BLUMENAU
LUCINEIA DAL MEDICO BRANDÃO ROTARY FRITZ LUCHT JOAÇABA
MAIANE BERNARDI EEB ORIDES ROVANI IPUMIRIM
MARCELO BERETA LOPES IFC SOMBRIO
EEB DR. FERNANDO
MÁRCIA ALVES FERREIRA DE MELLO
RIO DO CAMPO
MÁRCIA BATISTA MIRANDA
DA EEB MARCOS KONDER ILHOTA
MARCOS MANOEL DA SILVA
VA UDESC JOINVILLE
MARIA ADÉLIA BENTO SCHMITT
CHMITT POMERODE
EM PROF. NESTOR
MARIA APARECIDA F.. SCHIOCHET MARGARIDA
TIMBÓ
MARIA APARECIDA SPERANZINI EEB FRANCISCO MAZZOLA NOVA TRENTO
MARIA DE FÁTIMA DE OLIVEIRA
LIVEIRA EM VIVER E CONHECER CAPINZAL
MARILSA APARECIDA DA SILVA EEB PAULO BAUER ITAJAÍ
MARINES DIAS GONÇALVESES IFC RIO DO SUL
EEB INSPETOR EURICO
MARISA DAMBRÓS RAUEN
VIDEIRA
EEB PROF. EUGENIO
MARIZA BULLA MARCHETTI
HERVAL D’OESTE
CENTRO EDUCACIONAL
MARTA JUNG DE MORAES POTENCIAL
CAMPOS NOVOS
MORGANA GRABOWSKI LEITEITE EEB LINDO SARDAGNA DONA EMMA
NATÃ PEREIRA GERMANO IFC RIO DO SUL
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

NEURA MENEGHINI GERED VIDEIRA


NICOLLE PETTENON UDESC JOINVILLE
NILSO HEINECK CMEB AVELINO BISCARO SALTO VELOSO
OSNI VALENCIO DA SILVA
VA EEB REGENTE FEIJÓ LONTRAS
OSVALDO DEUCHER JARAGUÁ DO SUL
PAMELA OLIVEIRA DE SOUZA
OUZA EM VICENTE PÍRES BRUNÓPOLIS
PATRÍCIA BORATI CANELINHA
PRISCILA BAUMGARTEN FURB BLUMENAU
RAFAEL ENGELMANN UDESC JOINVILLE
RAQUEL PEDRON TROMBETTA EEF BATISTA PALUDO SEARA
RAQUEL WERLICH IFC RIO DO SUL
RENATA R. MAES PEREIRA EEB MARCOS KONDER ILHOTA
EMEF GERTRUDES
ROBERTA M. SIDRAL OLIVEIRA STEILLEN MILBRATZ
JARAGUÁ DO SUL
ROGER BEHLING UFSC BLUMENAU
RONI CARLOS S. DOS SANTOS EMEF MAX SCHUBERT JARAGUÁ DO SUL
ROSANGELA MAGEDANS EEB RUTH LEBARBECHON ÁGUA DOCE
EMEF PROF FRANCISCO
ROSE MICHELSON REICHERT SOLAMON
JARAGUÁ DO SUL
ROSEMAR JUNKES PREIS EEF ADELE HEIDRICH TAIÓ
ROSIANE MELEGARI EEB CARLOS CHAGAS PIRATUBA
ROSIMERE A. C. CLEMENTINO JARAGUÁ DO SUL
ROSINETE BLOEMER P. BUSS EBM HERMANN GUENTHER POMERODE
SCHEILA PRISCILA ROSA REINERT EEB PAULO CORDEIRO RIO DO SUL
EMEF MARCOS EMÍLIO
SIDINÉIA VIEIRA BRANCO GUSSO VERBINNEN
JARAGUÁ DO SUL
SILVANA CATARINE BAUER IFC RIO DO SUL
CEI PROF. TERESA RAQUEL
SILVANA GRIMES SABEL DE ARAÚJO
BLUMENAU
SILVANA RITA NESI PERIN EEB GOV. BORNHAUSEN ARROIO TRINTA
SIMONE CATAFESTA IFC RIO DO SUL
EBM PADRE GERMANO
SUSIANE PINHEIRO HODECKER BRANDT
GUABIRUBA
EMEF MARCOS EMILIO
SUZANA LETICIA DANIELSON VERBINNEN
JARAGUÁ DO SUL
TAMIRES CENCI DIAS DUWE EEB PAPA JOÃO XXIII PRESIDENTE GETÚLIO
TANIA MASSON EM VIVER E CONHECER JOAÇABA
TATHIANE GONÇALVES R. SOUZA PM JOINVILLE JOINVILLE
THIAGO FARIAS DOS SANTOS IFC BLUMENAU
COLÉGIO GALILEU / EEM
VANDERLEI PETRY SÃO FRANCISCO DE ASSIM / ITUPORANGA
EEB ROBERTO MORITZ
VANESSA NEVES HÖPNER IFC ARAQUARI
EEB PROF. JANDIRA
VILI JOSÉ VOLTOLINI D’ÁVILA
JOINVILLE
VIVIAN ALVES DE SOUZA EEF MONT’ALVERNE ITUPORANGA
VIVIANE BECKERT SPIESS EBM DR. AMADEU DA LUZ BLUMENAU
WILLIAN VARGAS PM IBIRAMA IBIRAMA
ZAIRA ALBUQUERQUE EMEF RIBEIRÃO CAVALO JARAGUÁ DO SUL
ZENAIDE BOING ZANDONAI IBIRAMA
ANAIS – XXX FCMat

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AVALIADORES AD HOC
Adriana Maria Corrêa Riedi – IFC1
Alexsandra Zaparoli – SENAI Lages – EEB Nossa Senhora dos Prazeres
Ana Claudia Ferreira – IFC
Anderson Luiz Godinho Belem – IF Farroupilha
Andresa Pescador – IFC
Andressa Graziele Brandt – IFC
Anelise Grünfeld de Luca – IFC
Araceli Gonçalves Schneider – IFC
Claudemir Rodrigues Santiago – IFC
Cleberson de Lima Mendes – IFC
Eduarda Cristine de Liz – IFC
Élder Mantovani Lopes – IFC
Fátima Peres Zago de Oliveira – IFC
Gabriela de Souza – IFC
Gilberto Mazoco Jubini – IFC
Grasiela Voss – IFC
Guilherme Wolfgang Weinzierl – Bom Jesus Santo Antônio – Blumenau
Izabella Cristina Vieira – IFC
João Victor Berkenbrock de Oliveira – IFC
Juliana de Jesus Baumhardt
Junelene Costodio Pruner – Colégio São Luiz / UNIFEBE
Katia Hardt Siewert – IFC
Katia Regina Koerich Fronza – IFC
Luana Fernandes da Costa – IFC
Lúcia Loreto Lacerda – IFC
Luciane Bittencourt Gomes Batista de Oliveira – IFSC – Campus Urupema
Márcia Regina Ferreira – EEB Prof Maria da Glória Pereira – Balneário Camboriú SC
Marcia Villamil Frozza
Maria Fernanda Villena Castro – IFC
Marilene Schmidt– IFC
Morgana Scheller – IFC
Paula Andrea Grawieski Civiero – IFC
Regina Luiza Gouvea Graciano – IFC
Reginaldo Aparecido de Freitas
Renata Krainz – IFC
Rogério Deitali Bruno – IFC
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Solange Aparecida de Oliveira Hoeller – IFC


Solange Aparecida Zotti – IFC
Thayane Moreira – IFC
Vanessa Neves Höpner – IFC
Vanessa Oechsler – IFSC – Campus Gaspar
Veruschka Rocha Medeiros Andreolla
Wellington José de Oliveira – IFC

1
IFC – Instituto Federal Catarinense (Campus de Araquari, Concórdia, Ibirama, Rio do Sul, São Francisco do
Sul e Sombrio)
APRESENTAÇÃO
Diante do desafio proposto de promover a construção e divulgação dos conhecimentos
matemáticos e melhorar cada vez mais o ensino da disciplina de Matemática, a Prefeitura
Municipal de Jaraguá do Sul, através da Secretaria Municipal da Educação (Semed), decidiu
fortalecer a participação do município nas feiras de Matemática. Tal atitude teve por
finalidade aumentar a participação de estudantes e professores, o que já acontecia de forma
satisfatória tanto nas esferas municipal e regional quanto na nacional.
Imbuído desse pensamento, apoiamos a participação de um articulador de Matemática
junto ao grupo que faz a gestão das feiras de Matemática, através de sua comissão
permanente. Além disso, esse gestor fez o pedido formal para Jaraguá do Sul sediar a XXX
Feira Catarinense de Matemática, no ano de 2014. Com a assertiva da comissão permanente,
aumentamos a participação nas feiras municipais e regionais, buscando convidar os
participantes para um grande encontro em nossa cidade. Tal encontro aconteceu nos dias 22,
23 e 24 de outubro, na Arena Jaraguá, e podemos dizer que foi um sucesso.
Nesta 30ª edição estadual foram expostos 173 trabalhos, oriundos de 55 municípios
catarinenses, selecionados por Comissões de Avaliação de 12 Feiras Municipais e 17 Feiras
Regionais de Matemática realizadas no estado em 2014, com a finalidade de socializar
pesquisas e resultados.
A XXX Feira Catarinense de Matemática envolveu diretamente na exposição,
orientação e avaliação de trabalhos, 356 alunos e 235 professores das categorias Educação
Especial, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Superior, Professor
e Comunidade, além de, indiretamente, cerca de 4.000 visitantes.
Os municípios participantes foram: Abdon Batista, Agrolândia, Agronômica, Água
Doce, Alto Bela Vista, Araquari, Arroio Trinta, Atalanta, Balneário Piçarras, Benedito Novo,
Blumenau, Brunópolis, Brusque, Campos Novos, Capinzal, Concórdia, Curitibanos, Dona
Emma, Erval Velho, Guabiruba, Herval d'Oeste, Ibirama, Içara, Ilhota, Iomerê, Ipumirim,
Itajaí, Ituporanga, Jaraguá do Sul, Joaçaba, Joinville, José Boiteux, Laurentino, Lindoia do
Sul, Lontras, Monte Carlo, Navegantes, Nova Trento, Ouro, Paial, Piratuba, Pomerode, Pouso
Redondo, Presidente Getúlio, Rio do Sul, Salto Veloso, Santa Cecília, São Cristóvão do Sul,
Seara, Sombrio, Taió, Tangará, Timbó, Vidal Ramos e Videira.
Paralelamente à Feira, aconteceu uma Exposição alusiva aos 30 anos das Feiras
Catarinenses de Matemática, bem como o lançamento do livro “Feiras de Matemática:
História das Ideias e Ideias da História”, de autoria de Maria Salett Biembengut e Vilmar José
Zermiani.
Nós, da Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul, através da Secretaria Municipal da
Educação, agradecemos a parceria da Universidade Regional de Blumenau (FURB) e de seu
Laboratório de Matemática; Instituto Federal Catarinense (IFSC); Fundação Fritz Müller;
WEG S/A; Fiesc - Senai e Serviço Social do Comércio (SESC).
Elson Quil Cardozo
Secretário da Educação de Jaraguá do Sul
ANAIS – XXXFCMat

15
REGIMENTO DA XXX FEIRA CATARINENSE DE
MATEMÁTICA
A Comissão Central Organizadora (CCO) em conjunto com Secretaria de Estado da
Educação, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional de Jaraguá do Sul; a
Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul; Secretaria Municipal de Educação de Jaraguá do Sul;
Universidade Regional de Blumenau, Laboratório de Matemática; Instituto Federal
Catarinense - Rio do Sul, objetivam planejar e realizar a XXX Feira Catarinense de
Matemática, regulamentada pelo presente.

CAPÍTULO I
Da Conceituação,
Conceitua Finalidades e Programação

Art.1º - Entende-sese por Feira de Matemática, um processo educativo científico-cultural,


científico
aliando vivências e experiências, da qual podem participar na condição de expositores, alunos
matriculados na Educação Básica (compreendendo
(compreendendo Educação Infantil, Ensino Fundamental e
Ensino Médio e/ou Profissionalizante, Educação Superior, Educação Especial e Professores
das escolas das redes públicas e privadas, bem como pessoas da comunidade, do Estado de
Santa Catarina.

Art 2º - A exposição
ção dos trabalhos da Feira será nos dias 22, 23 e 24 de outubro de 2014 na
cidade de Jaraguá do Sul, Estado de Santa Catarina:
• A XXX Feira Catarinense de Matemática acontecerá nas dependências da Arena Jaraguá,
situado na Rua Rua Gustavo Hagedorn, 453, Nova
Nova Brasília, Jaraguá do Sul, SC.
• Programação:
DIA HORÁRIO ATIVIDADE
13h às 17h30min Montagem dos trabalhos
17h Lanche
18h30min às 19h30min Abertura Oficial da Feira
19h30min às 20h30min Reunião da Comissão de Avaliação
Reunião da Comissão de Avaliação
22/10/2014 19h30min às 20h30min
da Categoria Educação Especial
Reunião com os Coordenadores de
XXX Feira Catarinense de Matemática

Grupos de Avaliação (Ensino


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

20h30min às 21h30min
Regular) que possuem trabalhos com
expositores deficientes.
8h às 11h30min Exposição e visitação pública
Encontro com avaliadores 8h

9h30min Lanche
23/10/2014
11h30min às 13h Almoço dos expositores (Educação
Especial, Educação Infantil e Anos
Iniciais)
11h45min às 13h Almoço dos expositores
(demais categorias)
13h às 18h Exposição e visitação pública

15h Lanche
Jantar dos expositores (Educação
17h45min às 19h Especial, Educação Infantil e Anos
Iniciais)

18h às 19h Jantar dos expositores


(demais categorias)
Lançamento do Livro
19h às 21h30min
Atividade Cultural
8h às 11h30min Exposição e visitação pública

9h30min Lanche
10h às 11h Assembleia Geral
11h30min às 12h Desmontagem dos trabalhos
Almoço dos expositores (Educação
24/10/2014 11h45min às 13h30min Especial, Educação Infantil e Anos
Iniciais)

12h às 13h30min Almoço dos expositores


(demais categorias)
13h 30min às 15h Encerramento e Premiação
15h Entrega de Lanche

Art. 3º - Durante o período de organização e realização da XXX Feira Catarinense de


Matemática, as atividades serão distribuídas respeitando rigorosamente o cronograma de
datas, horários e locais.

Art. 4º - A XXX Feira Catarinense de Matemática tem como finalidade: incentivar, divulgar,
e socializar as experiências, pesquisas e atividades matemáticas, bem como confirmar que as
“Feiras de Matemática” se constituem numa experiência curricular ou extracurricular de
relevância para sistematizar e implementar os Projetos e/ou Programas de Educação Científica
dos Alunos e Professores, contribuindo para a inovação curricular, durante o ano letivo, nas
instituições envolvidas.

Art. 5º - Os objetivos da Feira de Matemática:


• Despertar nos alunos maior interesse na aprendizagem da Matemática;
• Promover o intercâmbio de experiências pedagógicas e contribuir para a inovação de
metodologias;
• Transformar a Matemática em ciência construída pelo aluno e mediada pelo professor;
• Despertar para a necessidade da integração vertical e horizontal do ensino da Matemática;
• Promover a divulgação e a popularização dos conhecimentos matemáticos, socializando
ANAIS – XXXFCMat

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os resultados das pesquisas nesta área;
• Integrar novos conhecimentos e novas tecnologias de informação e comunicação aos
processos de ensino
sino e aprendizagem.

CAPÍTULO II
Da Instituição Promotora, Das Parcerias e Da Organização Administrativa.

Art. 6º - A XXX Feira Catarinense de Matemática é um processo educativo promovido pela


Secretaria de Estado da Educação, Prefeitura Municipal de Jaraguá
Jaraguá do Sul,Universidade
Regional de Blumenau, Laboratório de Matemática; Instituto Federal Catarinense - Rio do
Sul.

Art. 7º - A XXX Feira Catarinense de Matemática conta com a seguinte estrutura


administrativa:
• Comissão Central Organizadora;
• Comissões Executivas.

§1º - As Comissões Executivas estarão subordinadas à Comissão Central Organizadora.


§2º - Os Coordenadores das Comissões Executivas formarão suas equipes com professores,
estudantes e funcionários das instituições promotoras.

Art. 8º - As Comissões Executivas serão as seguintes:


• Secretaria Geral;
• Comissão de Alojamento;
• Comissão de Transporte;
• Comissão de Alimentação;
• Comissão de Recepção;
• Comissão de Segurança;
• Comissão de Limpeza;
• Comissão de Finanças;
• Comissão de Divulgação;
• Comissão de Ornamentação e Cerimonial;
• Comissão de Saúde;
• Comissão de Avaliação;
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

• Comissão de Infraestrutura e Montagem;


• Comissão de Inscrições;
• Comitê Científico.

CAPÍTULO III
Das Atribuições

Art. 9º - A Comissão Central Organizadora é constituída por representantes


representantes da Secretaria de
Estado da Educação, Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul;Universidade Regional de
Blumenau, Laboratório de Matemática; Instituto Federal Catarinense - Rio do Sul.
Parágrafo Único - Caberá à Comissão Central Organizadora junto com as Instituições
Promotoras, nomear professores, estudantes e servidores técnico-administrativos.

Art. 10º - São atribuições da Comissão Central Organizadora:


• Apoiar a busca de recursos necessários junto aos órgãos envolvidos;
• Contatar autoridades locais, clubes de serviço, indústria, comércio e escolas;
• Acompanhar a aplicação de recursos e andamento dos trabalhos;
• Prever local que servirá de Secretaria Geral e área de exposição;
• Planejar e elaborar croqui para organizar os trabalhos no local da exposição;
• Demarcar o local de exposição dos trabalhos e fixar as fichas de identificação
devidamente preenchidas;
• Providenciar a organização e instalação elétrica;
• Presidir as reuniões;
• Elaborar o organograma administrativo, constituindo as diversas comissões de trabalho;
• Receber, selecionar e divulgar a relação das inscrições homologadas;
• Organizar o quadro geral dos trabalhos inscritos;
• Designar e nomear a Comissão de Avaliação dos trabalhos;
• Estabelecer metas e fixar normas para execução do evento, gerenciando recursos materiais
e humanos, conforme necessidades das diversas Comissões Executivas;
• Assumir obtenção de recursos junto à comunidade e aos promotores do evento, além das
Comissões Executivas;
• Expedir convites oficiais para sessões de abertura e encerramento, referendando as
programações do evento;
• Divulgar os trabalhos Destaque e Menção Honrosa;
• Expedir os certificados de participação, de aluno expositor, professor orientador, professor
avaliador e membros das Comissões;
• Providenciar ofícios de agradecimento às entidades e/ou instituições, escolas, empresas,
comércios e agências que tenham colaborado na realização do evento;
• Editar o quadro geral de inscritos, bem como o número de expositores e encaminhá-los à
Comissão de Avaliação;
• Elaborar fichas de inscrição;
• Acompanhar e avaliar o desempenho das Comissões e da Feira em geral;
• Receber e homologar os resultados finais da avaliação;
• Implementar e divulgar o Regimento da Feira;
• Resolver os casos omissos desse regulamento.

Art. 11º - São atribuições da Secretaria Geral:


• Efetuar serviço de digitação, reprodução e preenchimento do material necessário;
• Assessorar a Comissão Central Organizadora durante as reuniões, registrando em ata as
decisões tomadas, redigindo e encaminhando toda a correspondência de acordo com as
necessidades;
• Elaborar e emitir relatório final das atividades da Secretaria.
ANAIS – XXXFCMat

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Art. 12º - São atribuições da Comissão de Alojamento:
• Providenciar hospedagem para os participantes oriundos de outros municípios;
• Organizar a distribuição dos participantes nos alojamentos;
• Efetuar o levantamento das necessidades de material para hospedagem coletiva e comunicar
à Comissão Central Organizadora;
• Registrar o nome das escolas e o número de participantes, informando
informando à Secretaria Geral;
• Manter os alojamentos em perfeitas condições de uso durante a Feira;
• Manter um elemento da Comissão em constante contato com a Comissão de Recepção para
controle e recepção dos participantes de outros municípios;
• Elaborar relatório
io das atividades realizadas.

Art. 13º - São atribuições da Comissão de Transporte:


• Solicitar a colaboração das entidades competentes para auxiliar nas orientações de trânsito
tanto na cidade quanto no local da Feira;
• Transportar cadeiras e carteiras das escolas para o local da Feira;
• Transportar o palco para montagem na Arena.
• Elaborar relatório das atividades realizadas.

Art. 14º - São atribuições da Comissão de Alimentação:


• Definir entidades e/ou instituições responsáveis pela alimentação;
• Definir cardápio, local e material para a alimentação e equipe responsável;
• Providenciar ticket para a alimentação;
• Elaborar relatório e prestação de contas junto à Comissão Central Organizadora.

Art. 15º - São atribuições da Comissão de Recepção:


• Recepcionar os participantes e encaminhá-los
encaminhá los para os locais de hospedagem e para o local
do evento;
• Providenciar alunos que permaneçam no estande da Prefeitura para recepcionar e
encaminhar as autoridades para a solenidade de abertura da Feira;
• Elaborar croqui da localização
ação da Feira e dos alojamentos;
• Encaminhar os trabalhos para o estande previsto;
• Receber telefonemas e dar recados;
• Manter plantão permanente na Secretaria Geral;
• Receber e encaminhar avaliadores e visitantes, registrando a cidade de origem e
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

informando a Secretaria da Comissão Central Organizadora;


• Elaborar relatório das atividades realizadas.

Art. 16º - São atribuições da Comissão de Segurança:


• Solicitar o apoio da Guarnição do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar de Ibirama;
• Esquematizar sistema de segurança no local da Feira e nos alojamentos;
• Prever um local reservado de fácil acesso para equipe de segurança (Polícia Militar e
Corpo de Bombeiros) e local reservado para viatura;
• Comunicar à Secretaria Geral qualquer anormalidade.
Art. 17º - São atribuições da Comissão de Limpeza:
• Providenciar equipe de limpeza no local da Feira e nos alojamentos, bem como
providenciar materiais de higiene e limpeza;
• Zelar pela limpeza no local da Feira, local de exposições, banheiros;
• Comunicar à Secretaria Geral qualquer anormalidade.

Art. 18º - São atribuições da Comissão de Finanças:


• Organizar e responsabilizar-se pela documentação financeira;
• Efetuar pagamentos oriundos de despesas previstas no projeto da XXX FeiraCatarinense
de Matemática;
• Tomar decisões e resolver imprevistos junto à Comissão Central Organizadora;
• Manter plantão na Secretaria Geral;
• Efetuar prestação de contas.

Art. 19º - São atribuições da Comissão de Divulgação:


• Elaborar um programa de organização e sistematização dos trabalhos;
• Divulgar e distribuir o material de divulgação do evento – outdoors, faixas, banners,
cartazes, folders – e realizar contatos com a imprensa, juntamente com a Comissão
Central Organizadora;
• Efetuar contatos preliminares para divulgação do evento;
• Providenciar a instalação de um sistema de som no local de realização do evento;
• Providenciar a filmagem do evento;
• Divulgar, de forma direta e através da imprensa, a realização do evento e o resultado da
premiação dos trabalhos.

Art. 20º - São atribuições da Comissão de Ornamentação e Cerimonial:


• Providenciar a organização no local do evento (palco, som, mestre de cerimônias), para a
solenidade de abertura e encerramento;
• Providenciar atividades culturais para a abertura do evento;
• Providenciar, no local do evento, o hasteamento e o arriamento das bandeiras;
• Organizar o estande da Prefeitura;
• Providenciar a decoração do local do evento, com temas alusivos à matemática e a
Piratuba;
• Elaborar relatório final das atividades.

Art. 21º - São atribuições da Comissão de Saúde:


• Manter contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Jaraguá do Sul para eventuais
emergências;
• Profissionais da Secretaria Municipal de Saúde farão atendimento no local do evento;
• Elaborar relatório final das atividades.

Art. 22º - São atribuições da Comissão de Avaliação:


• Montar croqui dos trabalhos concorrentes;
• Convocar a equipe de avaliação dos trabalhos;
ANAIS – XXXFCMat

21
• Elaborar fichas de avaliação;
• Convocar reunião com os avaliadores logo após a abertura da Feira;
• Computar os resultados da avaliação;
• Repassar os resultados processados à Comissão Central Organizadora para homologação e
divulgação;
• Providenciar juntamente com a Comissão Central Organizadora a premiação para os
trabalhos;
• Aplicar questionários de avaliação com o propósito de avaliar a Feira como um todo;
• Elaborar relatório final da avaliação.

Art. 23º - São atribuições da Comissão de Infraestrutura e Montagem:


• Providenciar melhorias, se necessário, na Arena Jaraguá;
• Auxiliar na montagem dos estandes que servirão para apresentação dos trabalhos;
• Locar
ocar e organizar a montagem da barraca de lona que servirá de local para a alimentação;
• Elaborar relatório final das atividades e prestação de contas.

Art. 24º- São atribuições da Comissão de Inscrição:


• Elaborar a ficha de inscrição dos trabalhos;
• Repassarr a senha e login aos representantes das GEREDs/Semeds;
• Elaborar a tabela da relação de trabalhos e encaminhar à CCO do evento;
• Elaborar o relatório final dos trabalhos inscritos.

Art. 25º - São atribuições do Comitê Científico:


• Elaborar fichas de avaliação para a seleção dos trabalhos inscritos;
• Computar os resultados da seleção dos trabalhos;
• Repassar os resultados processados à Comissão Central Organizadora para homologação e
divulgação;
• Auxiliar a CCO na publicação dos Anais da Feira;
• Elaborar o relatório final da seleção dos trabalhos inscritos;

CAPÍTULO IV
Da Certificação

Art. 26º - Serão conferidos aos participantes certificados de participação, constando carga
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

horária, atividades executadas e programação:


• Receberão certificados com carga horáriahorária prevista: Professores Orientadores 40h
(quarenta horas), Avaliadores 8h (oito horas) e Equipe Organizadora 40h (quarenta horas);
• Para alunos expositores, os certificados de participação serão emitidos com carga horária
de 40h (quarenta horas), sendo 20h para elaboração e sistematização do trabalho e 20h
para exposição durante o evento.

CAPÍTULO V
Das Inscrições
Art. 27º - Poderão inscrever-se alunos de todos os níveis escolares das redes pública e privada
orientados por um professor; professores de todos os níveis escolares e pessoas da
comunidade que desenvolvam trabalho envolvendo a Matemática.
• Os trabalhos poderão ser apresentados individualmente ou em duplas;
• O aluno que fizer parte de um trabalho não poderá fazer parte de outro, sob penados dois
trabalhos ter suas inscrições canceladas;
• Somente serão aceitas as inscrições dos trabalhos indicados pelas Comissões de Avaliação
das Feiras Regionais de Matemática que foram oficializadas junto à Comissão Permanente
das Feiras de Matemática. A inscrição destes trabalhos deverá ser realizada no período de
03 de setembro 2014 a 26 de setembro de 2014 diretamente no site www.ifc-
riodosul.edu.br SOAC/FURB; e o prazo para homologação das inscrições pela
Gered/Semed deverá ser realizada até o dia 29 de setembro de 2014.
• A inscrição dos trabalhos será coordenada pelos representantes de cada GERED junto a
CCO da XXX Feira Catarinense de Matemática, juntamente com o professor responsável
pelo trabalho destaque.
• Os trabalhos das categorias: Educação Especial e Educação Infantil poderão ter 02
professores orientadores.
• O resumo expandido do trabalho deverá seguir as normas estabelecidas neste regimento.
• Os trabalhos inscritos deverão se enquadrar em uma das seguintes categorias: Educação
Especial, Educação Infantil, Ensino Fundamental - Anos Iniciais, Ensino Fundamental –
Anos Finais, Ensino Médio e/ou Profissionalizante, Educação Superior, Professor,
Comunidade e nas modalidades: Materiais e/ou Jogos Didáticos, Matemática Aplicada
e/ou Inter-relação com Outras Disciplinas, Matemática Pura;
• A inscrição dos trabalhos deverá estar de acordo com o ano em que o aluno está
matriculado na instituição;
• Poderão se inscrever na categoria Educação Especial alunos que frequentam o
atendimento educacional especializado no contraturno do ensino regular, orientado pelo
professor do atendimento, bem como os demais alunos que estejam fora da idade escolar e
frequentam alguma instituição de atendimento especializado.
• Os expositores de trabalhos com necessidades especiais, inscritos na categoria Educação
Especial, ou não, deverão preencher “cadastro de identificação para expositores com
necessidades especiais”;
• O preenchimento incompleto da ficha de inscrição, bem como a falta de qualquer
documentação solicitada no presente regimento, implicará no automático cancelamento da
inscrição do trabalho, sem qualquer aviso prévio e sem que haja qualquer direito a
ressarcimento por perdas e danos, ou danos morais, em razão deste cancelamento;
• A apropriação indevida de trabalhos será passível de punição.
• Em hipótese alguma serão aceitos trabalhos entregues após a data estabelecida. Não serão
aceitas inscrições fora deste prazo, mesmo mediante justificativas de problemas de ordem
técnica nos computadores, falhas de comunicação, congestionamento de linhas de
comunicação e de outros fatores que impossibilitem a transferência de dados.

CAPÍTULO VI
Da Seleção
ANAIS – XXXFCMat

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Art. 28º - Será dada prioridade a trabalhos premiados como destaque nas Feiras Regionais de
Matemática e inscritos pelo professor responsável, sob a coordenação do representante de sua
GERED/SEMED junto a CCO da XXX Feira Catarinense de Matemática.
I. Entende-sese por Feira
Feira Regional de Matemática uma Feira específica de
Matemática, organizada por uma Gerência de Educação ou grupo delas;delas
II. A Comissão Permanente das Feiras de Matemática e a Comissão Central
Organizadora definiram na 2a Reunião da Comissão Permanente das Feiras Feira de
Matemática com a CCO da XXVIII Feira Catarinense de Matemática,
realizada nos dias 30 e 31 de julho de 2014 na cidade de Blumenau, que o
número de trabalhos a serem expostos na XXX Feira Catarinense de
Matemática é de 170 trabalhos, assim distribuídos:
distribuídos: SDR - GERED de
Blumenau (15 trabalhos), SDR - GERED de Brusque (12 trabalhos), SDR -
GERED de Campos Novos (10 trabalhos), SDR - GERED de Concórdia (11
trabalhos), SDR - GERED de Curitibanos (07 trabalhos), SDR - GERED de
Ibirama (11 trabalhos), SDR - GEREDRED de Itajaí (09 trabalhos), SDR - GERED
de Ituporanga (11 trabalhos), SDR - SEMED de Jaraguá do Sul (10 trabalhos),
SDR - GERED de Joaçaba (12 trabalhos), SDR - GERED de Joinville (10
trabalhos), SDR - GERED de Lages (04 trabalhos), SDR - GERED de Rio do
Sul (11 trabalhos), SDR - GERED de Seara (07 trabalhos), SDR - GERED de
Taió (07 trabalhos), SDR - GERED de Timbó (08 trabalhos), SDR - GERED
de Videira (11 trabalhos);
III. A CCO irá abrir uma exceção para as GEREDs/Semeds que não organizaram
Feiras Regionais de Matemática. Estas terão direito a indicar um trabalho para
participar da XXX Feira Catarinense, desde que oficializem e participem com
um representante da GERED na reunião da Comissão Permanente das Feiras
de Matemática a intenção de inscrever este trabalho
trabalho até dia 31 de julho de
2014;
IV. A Seleção consiste na etapa em que a Comissão Permanente das Feiras de
Matemática analisará o material recebido e indicará, dentre todos os trabalhos
inscritos, os trabalhos selecionados para exposição;
V. A Comissão Permanente das Feiras de Matemática e a Comissão Central
Organizadora divulgarão os trabalhos homologados no site da Prefeitura de
Jaraguá do Sul e no site do Laboratório de Matemática da FURB
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

(www.furb.br/lmf
www.furb.br/lmf), 8 dias antes da realização do evento, respeitando a seleção
dos 170 trabalhos.

CAPÍTULO VII
Dos Expositores

Art. 29º - Os expositores deverão ser estudantes e/ou professores dos Estabelecimentos de
Ensino da Rede Pública ou Privada matriculados da Educação Infantil
Infantil à Educação Superior
dos municípios de Santa Catarina, assim como, Educação Especial, professores e comunidade
em geral.
Art. 30º – A cada expositor cabe um espaço com aproximadamente 3m de comprimento e 1m
de profundidade (será disponibilizado pela CCO, para cada estande, duas cadeiras e duas
carteiras escolares e uma saída de energia elétrica).

Art. 31º - Os trabalhos inscritos e aceitos deverão se enquadrar em uma das categorias e
modalidades previstas na inscrição.

Parágrafo Único - Os trabalhos poderão ser de qualquer área de estudo ou disciplina desde
que relacionados com a Matemática.

Art. 32º - Os expositores ficarão alojados em escolas da rede municipal de ensino, sob
responsabilidade do professor orientador ou responsável pelo trabalho.

Art. 33º - São deveres dos alunos expositores e participantes da XXX Feira Catarinense de
Matemática:
• Conhecer o assunto do projeto a ser apresentado;
• Apresentar o assunto ao público e aos avaliadores com clareza, adequação de linguagem e
objetividade;
• Acatar o julgamento dos avaliadores;
• Aceitar o estande que lhe for designado e nele montar seu trabalho;
• Manter o local do estande e alojamento em boas condições de ordem e limpeza;
• Colaborar com seus colegas expositores, não interferindo, sob hipótese alguma, no
trabalho dos outros;
• Colaborar com o silêncio no local do trabalho;
• Acatar decisões dos grupos de trabalho ou da Coordenação;
• Usar permanentemente o crachá de identificação nas atividades do evento;
• Durante o horário de visitação pública à Feira, manter pelo menos um aluno no estande;
• Realizar com o devido cuidado o desmonte dos estandes após a autorização da Comissão
Central Organizadora, deixando o ambiente limpo;
• Zelar pela limpeza com o uso dos sanitários no local da Feira;
• Trazer todo o material necessário (fita adesiva, papel, cartolina, equipamentos eletrônicos,
computador, vídeo, TV, DVD, etc.) para a apresentação do trabalho;
• O não cumprimento dos horários estabelecidos na programação do evento implicará na
automática desclassificação do trabalho, sem qualquer aviso prévio e sem que haja
qualquer direito a ressarcimento por perdas e danos, em razão desta desclassificação;
• Apresentar qualquer reclamação ou sugestão à Comissão Central Organizadora ou
Secretaria Geral, por intermédio do seu responsável sempre por escrito e com justificativa.

Parágrafo Único - os interessados em participar da Feira deverão adequar-se a este


regimento.

CAPÍTULO VIII
Das Unidades Escolares Expositoras
ANAIS – XXXFCMat

25
Art. 34º - São responsabilidades de cada Unidade Escolar Expositora:
• Designar um responsável para acompanhar seus alunos participantes durante a realização
do evento;
• Enviar juntamente com a ficha de inscrição, o material solicitado nas instruções da
mesma;
• Providenciar o transporte dos alunos participantes com respectivos trabalhos de sua cidade
até o município de Jaraguá do Sul, bem como manter o meio de transporte disponível
durante o evento.

Parágrafo Único – O não comparecimento de trabalhos inscritos e homologados na XXX


Feira Catarinense de Matemática implicará na redução de vagas da GERED em igual número
de ausências na XXX Feira Catarinense de Matemática.

CAPÍTULO IX
Dos Responsáveis/ Acompanhantes

Art. 35º - Aos responsáveis acompanhantes cabem as seguintes responsabilidades:


responsabilidades:
• Preocupar-sese com o bem estar de seus alunos, bem como orientá-los orientá quanto ao
comportamento e atitudes, no evento e fora dele;
• Coordenar montagem e organização dos trabalhos nos estandes;
• Acompanhar e permanecer junto aos seus alunos nos locais locais de exposição quando
oportuno;
• Zelar para que seus alunos mantenham a ordem, a limpeza e a conservação dos seus
estandes durante a Feira, realizar a retirada de todo o material no término da mesma;
• Manter pelo menos um aluno no estande durante o horáriohorário de visitação pública à Feira;
• Saber a quem se dirigir em caso de emergência ou reclamação;
• Orientar seus alunos no sentido de facilitar os trabalhos de avaliação;
• Organizar e supervisionar todas as tarefas e horários estabelecidos pela Comissão Central
Organizadora;
• Realizar o desmonte dos estandes e entregar o local limpo;
• Acompanhar, orientar, assessorar os alunos em todas as atividades;
• Fazer parte da Comissão de Avaliação dos Trabalhos se convocado pela Comissão Central
Organizadora;
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

CAPÍTULO X
Da Avaliação

Art. 36º - A avaliação será coordenada pela Comissão de Avaliação designada pela Comissão
Central Organizadora, a qual estará encarregada de avaliar os trabalhos expostos.

Art. 37º - Critérios gerais de avaliação:


• Comunicação do trabalho;
• Domínio do conteúdo matemático envolvido;
• Qualidade científica;
• Relevância científico-social;
• Ênfase dada ao conteúdo matemático;
• Específico por modalidade.

§1º - Todo trabalho deverá ter seu relatório de pesquisa no local.


§2º - Os critérios serão aplicados de acordo com as respectivas categorias/modalidades.

Art. 38º - Critérios específicos de avaliação (por modalidade):


• Materiais e/ou Jogos Didáticos: material que tem como características o uso de
propriedades matemáticas. São recursos educacionais através dos quais pela exploração,
discussão e análise elaboram-se conceitos, tiram-se conclusões e constrói-se o
conhecimento matemático;
• Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com Outras Disciplinas: a matemática é um
recurso para a aplicação direta como forma de se obter um resultado concreto dentro de
uma atividade, por assuntos e por métodos;
• Matemática Pura: trabalho sobre conceitos, operações e propriedades da matemática.

Art. 39º - Os orientadores, avaliadores, expositores, profissionais envolvidos na organização


da Feira e visitantes, receberão um questionário que deverá ser preenchido para,
posteriormente, ser entregue a integrantes da Comissão de Recepção.

Art. 40º - A Comissão Permanente das Feiras, a Comissão Central Organizadora e demais
Comissões realizarão um relatório avaliativo de todas as etapas da Feira.

CAPÍTULO XI
Da Premiação

Art. 41º - Computados os dados da avaliação, será entregue 1 troféu para a escola e medalhas
para todos os expositores, na condição de Destaque ou Menção Honrosa, pelos organizadores
da Feira e autoridades locais.

Art. 42º – Não serão entregues troféus e medalhas para trabalhos desclassificados pela
Comissão de Avaliação.

Art. 43º - À Comissão Central Organizadora fica reservado o direito de conceder premiação
especial para autoridades presentes.

CAPITULO XII
Disposições Gerais e Transitórias

Art. 44º - Somente a Comissão Central Organizadora, por motivos excepcionais, poderá
alterar o regimento.
ANAIS – XXXFCMat

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Art. 45º - Em nenhuma hipótese será permitida a propaganda política, religiosa, social ou
classista durante a realização do evento.

Parágrafo Único - O não cumprimento desta determinação poderá levar a Comissão Central
Organizadora a dispensar o trabalho e seus expositores.

Art. 46º - A Comissão Central Organizadora e demais Comissões não se responsabilizam por
estragos que venham a ocorrer com o material
mate exposto.

Art. 47º - Os casos omissos no presente regimento serão resolvidos pela Comissão Central
Organizadora, mediante solicitação das partes interessadas, através de um documento.

Art. 48º - Os participantes desta Feira autorizam, desde já, a utilização


utilização de seu nome e/ou
imagem, sem que isto acarrete ônus aos Integrantes da Comissão Central Organizadora e as
Instituições Promotoras.

Art. 49º - O presente regimento está aprovado pelos integrantes das Entidades Promotoras,
entra em vigor a partir da data da aprovação e é assinado pela Comissão Central Organizadora
da XXX Feira Catarinense de Matemática.

Jaraguá do Sul, 31 de julho de 2014.

COMISSÃO CENTRAL ORGANIZADORA

SECRETARIA MUNICIPAL DE FURB / LAB. DE MATEMÁTICA


EDUCAÇÃO DE JARAGUÁ DO SUL Nome: Vilmar José Zermiani
Nome: Elson Quil Cardozo Fone: (47) 3321-0463 / (47) 9183-6021
Fone: (47) 2106-8122
8122 Email: logo@furb.br
Email: id81688@jaraguadosul.sc.gov.br
Nome: Janaína Poffo Possamai
Nome: Rogério Jung Fone: (47) 3321-0392
3321
Fone: (47) 2106-8124
8124 Email: janapoffo@gmail.com
Email: id81725@jaraguadosul.sc.gov.br
INST. FEDERAL CATARINENSE - IFC
Nome: Iraci Müller Nome: Fátima Peres Zago de Oliveira
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Fone: (47) 2106-8134 / (47) 9612-6261


9612 Fone: (47) 3531-3700
3531
Fone: id8271@jaraguadosul.sc.gov.br E-mail:
mail: fatperes@yahoo.com.br

Nome: Marcilene Campregher Nome: Ruy Piehowiak


Fone: (47) 2106-8139 / (47) 9959-7390
9959 Fone: (47) 3531-3700
3531
Email: id8131@jaraguadosul.sc.gov.br E-mail:
mail: ruymtm@ifc-riodosul.edu.br
ruymtm@ifc
QUADRO POR GEREDs

GERED Município Quantidade de Trabalhos Inscritos


22ª ARARANGUÁ 3
15ª BLUMENAU 16
16ª BRUSQUE 12
8ª CAMPOS NOVOS 11
6ª CONCÓRDIA 10
11ª CURITIBANOS 7
14ª IBIRAMA 11
17ª ITAJAÍ 9
13ª ITUPORANGA 11
24ª JARAGUÁ DO SUL 15
7ª JOAÇABA 12
23ª JOINVILLE 12
12ª RIO DO SUL 12
33ª SEARA 7
34ª TAIÓ 8
35ª TIMBÓ 9
9ª VIDEIRA 11

TOTAL: 173
ANAIS – XXXFCMat

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TABELA DE PREMIAÇÃO
EDUCAÇÃO ESPECIAL

Título do Trabalho Instituição/ Município Premiação


A MATEMÁTICA E O MEIO ESCOLA ESPECIAL DA AMIZADE –
MENÇÃO HONROSA
AMBIENTE APAE ITUPORANGA
EMEF ALBERTO BAUER – DESTAQUE
BRINCANDO E APRENDENDO
JARAGUÁ DO SUL (FEIRA NACIONAL)
COBRINDO A MATEMÁTICA EEB JOÃO XXIII – BRUSQUE DESTAQUE
DOMINÓ DE NÚMEROS E
EEB SÃO JOSÉ – NAVEGANTES MENÇÃO HONROSA
QUANTIDADES
JOGOS MATEMÁTICOS E O EEB PAULO BLASI – CAMPOS DESTAQUE
BRAILLE NOVOS (FEIRA NACIONAL)
ESCOLA ESPECIAL RECANTO
MATEMÁTICA COM NOZES DESTAQUE
ALEGRE – APAE RIO DO SUL
NADA SE PERDE TUDO SE
APAE – POUSO REDONDO DESTAQUE
REAPROVEITA
CEJA – CENTRO DE EDUCAÇÃO DE
TABUADA ESTICA E PUXA DESTAQUE
JOVENS E ADULTOS – ITAJAÍ

EDUCAÇÃO INFANTIL
Título do Trabalho Instituição/ Município Premiação
A MATEMÁTICA NA CEI PROF. TERESA RAQUEL SABEL DESTAQUE
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL DE ARAÚJO – BLUMENAU (FEIRA NACIONAL)
CENTRO EDUCACIONAL PREFEITO
A ROTINA E A MATEMÁTICA NA DESTAQUE
LUIZ ADELAR SOLDATELLI – RIO
EDUCAÇÃO INFANTIL (FEIRA NACIONAL)
DO SUL
DINOSSAUROS, PIZZAS E
EMEF MAX SCHUBERT – JARAGUÁ
FRAÇÕES: UMA COMBINAÇÃO MENÇÃO HONROSA
DO SUL
PERFEITA
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DESTAQUE
E A MATEMÁTICA! CADÊ?
SONHO DA CRIANÇA – TIMBÓ (FEIRA NACIONAL)
JOGOS MATEMÁTICOS E A
QUESTÃO DA RECICLAGEM: UM CEI CIRANDA DOS SONHOS –
DESTAQUE
REPENSAR INDISPENSÁVEL À LAURENTINO
HUMANIDADE
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

MATEMÁTICA E BRINQUEDOS A
CEI PÃO DE MEL – JOINVILLE DESTAQUE
FORMA ERA OUTRA
NA LANCHONETE: ENTRE
CEI MUNICIPAL RUTH KOCH –
LANCHES E PROBLEMAS DESTAQUE
POMERODE
MATEMÁTICOS
O MUNDO ENCANTADO DOS EMEF ANNA TÖWE NAGEL –
MENÇÃO HONROSA
NÚMEROS JARAGUÁ DO SUL
CENTRO MUNICIPAL DE
O SURGIMENTO DOS NÚMEROS EDUCAÇÃO INFANTIL WELLESLEY DESTAQUE
ANTONIO GAIO – VIDEIRA

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
UAU!!! COMO CRESCERAM!!! NA
ESCOLA MUNICIPAL BERNARDO
MATEMÁTICA COMPARANDO DESTAQUE
MORO SOBRINHO – CAPINZAL
MEDIDAS E GRANDEZAS
VIVÊNCIAS MATEMÁTICAS COM
COLÉGIO SINODAL RUY BARBOSA
CACHINHOS DOURADOS E OS MENÇÃO HONROSA
– RIO DO SUL
TRÊS URSOS

ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS


Título do Trabalho Instituição/ Município Premiação
A APLICABILIDADE DA
EEB SANTA TERESINHA –
MATEMÁTICA EM ESCALAS MENÇÃO HONROSA
CURITIBANOS
CARTOGRÁFICAS
A ECONOMIA COMO PRINCÍPIO DA EMEF MARCOS EMÍLIO DESTAQUE
RIQUEZA VERBINNEN – JARAGUÁ DO SUL (FEIRA NACIONAL)
A INTERDISCIPLINARIDADE ESCOLA ADVENTISTA DE
DESTAQUE
MOTIVANDO DESCOBERTAS JOINVILLE COSTA E SILVA –
(FEIRA NACIONAL)
MATEMÁTICAS JOINVILLE
EBM MARIA LUIZA OZÓRIO
A MAGIA DA MATEMÁTICA DESTAQUE
ZUMMER – TANGARÁ
A MATEMÁTICA DO AÇÚCAR EM VIVER E CONHECER – DESTAQUE
MASCAVO CAPINZAL (FEIRA NACIONAL)
A MATEMÁTICA NO UNIVERSO DA EEB BRUNO HOELTGEBAUM – DESTAQUE
SUSTENTABILIDADE BLUMENAU (FEIRA NACIONAL)
APLICANDO A MATEMÁTICA NO
EM PROFESSORA AMÉLIA
PARQUE ECOLÓGICO TRÊS NÃO COMPARECEU
POLETTO HEPP – PIRATUBA
PINHEIROS
BALEMÁTICA: UM EXAGERO DE
EEB MARCOS KONDER – ILHOTA DESTAQUE
DOCE
EM CHRISTA SEDLACEK –
BRINCAR, JOGAR, APRENDER MENÇÃO HONROSA
IBIRAMA
COMPOSTOMATICA EM HONORATA STÉDILLE –
MENÇÃO HONROSA
(COMPOSTAGEM E MATEMÁTICA) LAURENTINO
COMPOSMÁTICA: CALCULANDO O
DESPERDÍCIO ALIMENTAR, ESCOLA ISOLADA MUNICIPAL
DESTAQUE
COMPOSTAGIANDO UMA “ALVES RAMOS” – BLUMENAU
SOLUÇÃO
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CONHECENDO E BRINCANDO COM
TANGARAENSE MARA REGINA DESTAQUE
OS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
SIMIONATTO – TANGARÁ
DESPERDÍCIO ZERO DE MERENDA EEB PROFESSOR JOÃO JORGE DE
MENÇÃO HONROSA
ESCOLAR CAMPOS – TANGARÁ
DINHEIRO, DINHEIRINHO QUANTO INSTITUTO MARIA AUXILIADORA
DESTAQUE
RENDEU NOSSO COFRINHO – RIO DO SUL
DINHEIRO, DINHEIRINHO, MOEDA EEBM FIDÉLIS ANTÔNIO FANTIN –
DESTAQUE
NO COFRINHO VIDEIRA
DISCO COLORIDO NAS UNIDADES, DESTAQUE
EM VICENTE PIRES – BRUNÓPOLIS
DEZENAS E CENTENAS (FEIRA NACIONAL)
EMEF RIBEIRÃO CAVALO –
GUDEMÁTICA DESTAQUE
JARAGUÁ DO SUL
ANAIS – XXXFCMat

31
LENDO A MATEMÁTICA DO EMEF ANNA TÖWE NAGEL –
DESTAQUE
CORPO JARAGUÁ DO SUL
EM PROFESSOR NESTOR DESTAQUE
MARTEMÁTICA
MARGARIDA – TIMBÓ (FEIRA NACIONAL)
MATEMÁGICA: A MAGIA DOS
LIVROS – A MATEMÁTICA NA EEF FREYA HOFFMANN
DESTAQUE
ALFABETIZAÇÃO POR IMAGEM E WETTENGEL – CONCÓRDIA
NÚMEROS
EEF POLIDORO SANTIAGO – DESTAQUE
MATEMÁTICA CIDADÃ
TIMBÓ (FEIRA NACIONAL)
MATEMÁTICA E
DESTAQUE
SUSTENTABILIDADE NO PAÍS DA EEB FREI CRESPIM – OURO
(FEIRA NACIONAL)
COPA
EEB LINDO SARDAGNA – DONA
MATEMÁTICA EM TODA A PARTE DESTAQUE
EMMA
EEB PAPA JOÃO XXIII –
MATEMÁTICA NA APICULTURA MENÇÃO HONROSA
PRESIDENTE GETÚLIO
MATEMÁTICA NO HORTO EM PADRE BRUNO – BRUNÓPOLIS DESTAQUE
MATEMÁTICA: PARA ONDE VAI O EM PROFESSORA ELADIR
DESTAQUE
MEU DINHEIRO? SKIBINSKI – JOINVILLE
EEB SANTA TERESINHA –
MATEMATIZANDO DADOS MENÇÃO HONROSA
CURITIBANOS
EEB BRUNO HOELTGEBAUM –
O PÃO E A MATEMÁTICA DESTAQUE
BLUMENAU
OBESIDADE INFANTIL: UM EEB DR. FERNANDO FERREIRA DE
DESTAQUE
DESAFIO À MATEMÁTICA MELLO – RIO DO CAMPO
COLÉGIO CENECISTA NOSSA
QUEIJOMÁTICA DESTAQUE
SENHORA DE FÁTIMA – TAIÓ
REAPROVEITANDO COM EM ROTARY FRITZ LUCHT –
DESTAQUE
SIGNIFICADO MATEMÁTICO JOAÇABA
RECEITA CULINÁRIA
EB ARNALDO BRANDÃO – ITAJAÍ MENÇÃO HONROSA
LINGUAGENS E MEDIDAS
REUTILIZANDO MATERIAIS
EM PROFESSORA ADA SANT’ANNA
RECICLÁVEIS EM JOGOS MENÇÃO HONROSA
DA SILVEIRA – JOINVILLE
MATEMÁTICOS
TANGRAM: DESENVOLVENDO O
EEB DOMINGOS MAGARINOS –
RACIOCÍNIO GEOMÉTRICO NO MENÇÃO HONROSA
CONCÓRDIA
CICLO DA ALFABETIZAÇÃO
TRABALHANDO MATEMÁTICA NA CENTRO MUNICIPAL DE ENSINO
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

PROTEÇÃO DE FONTE MODELO LUIZ ZANCHETT – ABDON DESTAQUE


CAXAMBU BATISTA
TRADIÇÕES DA SERRA EMEF ALBERTO BAUER –
DESTAQUE
CATARINENSE JARAGUÁ DO SUL
VIAGEM DE UM PÃOZINHO AO EBM ANNA OTHÍLIA DESTAQUE
MUNDO DA MATEMÁTICA SCHLINDWEIN – GUABIRUBA (FEIRA NACIONAL)
EBM PADRE GERMANO BRANDT – DESTAQUE
ZOOMÁTICA
GUABIRUBA (FEIRA NACIONAL)

ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS


Título do Trabalho Instituição/ Município Premiação

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
EEB DOUTOR ELPÍDIO BARBOSA –
A MATEMÁTICA DA HORTA DESTAQUE
JOINVILLE
A MATEMÁTICA DA PRODUÇÃO EM VIVER E CONHECER –
DESTAQUE
DE SOJA: GRÃO PRECIOSO CAPINZAL
A MATEMÁTICA DA VIABILIDADE EM VIVER E CONHECER –
DESTAQUE
DO USO DA MOTOCICLETA CAPINZAL
EEB CEL. GASPARINO ZORZI –
A MATEMÁTICA DO ETANOL DESTAQUE
CAMPOS NOVOS
EEB DR. FREDERICO ROLLA –
A MATEMÁTICA E O FUTEBOL DESTAQUE
ATALANTA
A MATEMÁTICA NA CULTURA DO EEB CACILDA GUIMARÃES – DESTAQUE
FUMO VIDAL RAMOS (FEIRA NACIONAL)
A MATEMÁTICA NA PRODUÇÃO CENTRO EDUCACIONAL DESTAQUE
LEITEIRA POTENCIAL – CAMPOS NOVOS (FEIRA NACIONAL)
A MATEMÁTICA NA EM PROFESSORA ANNA MARIA DESTAQUE
SOLIDARIEDADE HARGER – JOINVILLE (FEIRA NACIONAL)
A MATEMÁTICA NO ESPORTE EEB MARCOS KONDER – ILHOTA DESTAQUE
APRENDENDO MATEMÁTICA COM
EEB JOSÉ PIEREZAN – CONCÓRDIA MENÇÃO HONROSA
O “CONTIG 60”
ARQUIMEDES, O PENSADOR DE COLÉGIO SINODAL DOUTOR
DESTAQUE
SIRACUSA BLUMENAU – POMERODE
ARQUITEMÁTICA EEB BELISÁRIO PENA – CAPINZAL DESTAQUE
BIODECOMPOSITOR ORGÂNICO:
TECNOLOGIA ALTERNATIVA
EEF ADELE HEIDRICH – TAIÓ MENÇÃO HONROSA
PARA OS RESÍDUOS ORGÂNICOS
DOMICILIARES
EEB BRUNO HOELTGEBAUM –
BIOMÁTICA DAS AVES DESTAQUE
BLUMENAU
BRINCANDO E MULTIPLICANDO
EEB PROFESSOR ARGEU FURTADO DESTAQUE
VOCÊ VAI VER É MAIS FÁCIL
– SÃO CRISTÓVÃO DO SUL (FEIRA NACIONAL)
APRENDER
BRINCANDO, TROCANDO E
EEB RAIMUNDO CORRÊA – SEARA MENÇÃO HONROSA
APRENDENDO
EBM PROFESSORA ANNA OTHÍLIA
CARTESIANOS DA MATEMÁTICA DESTAQUE
SCHLINDWEIN – GUABIRUBA
EBM ALMIRANTE BARROSO – DESTAQUE
CHOCOLATE EM NÚMEROS
POMERODE (FEIRA NACIONAL)
EM ALTO MOSQUITINHO –
COMPRAS À VISTA E A PRAZO DESTAQUE
AGRONÔMICA
DA GEOMETRIA EUCLIDIANA À
EEF DIMER PIZZETTI – IÇARA MENÇÃO HONROSA
FRACTAL
DESVENDANDO O π (PI) EEB BELISÁRIO PENA – CAPINZAL DESTAQUE
DIFERENTES MÉTODOS DE EEB RUTH LEBARBECHON – ÁGUA DESTAQUE
MULTIPLICAR DOCE (FEIRA NACIONAL)
DOS ALUNOS PARA OS ALUNOS:
EM PREFEITO GERALDO WETZEL –
UM LABORATÓRIO DE DESTAQUE
JOINVILLE
MATEMÁTICA
FALANDO MATEMATICAMENTE EEF PREFEITA ERNA HEIDRICH –
DESTAQUE
DE LIXO ELETRÔNICO TAIÓ
ANAIS – XXXFCMat

33
COLÉGIO MENINO JESUS –
FUNGOMÁTICA MENÇÃO HONROSA
BLUMENAU
EM VALENTIM JOÃO DA ROCHA –
GEOMETRIA X FUTEBOL MENÇÃO HONROSA
JOINVILLE
GRANDEZAS E SUAS RELAÇÕES ESCOLA MONTEIRO LOBATO – DESTAQUE
MATEMÁTICAS BALNEÁRIO PIÇARRAS (FEIRA NACIONAL)
IMPOSTOS: UM QUESTIONAMENTO
EM MAURÍCIO GERMER – TIMBÓ DESTAQUE
MATEMÁTICO
KANDINSKY, DO BIDIMENSIONAL EMEF ANTONIO AYROSO –
MENÇÃO HONROSA
AO TRIDIMENSIONAL JARAGUÁ DO SUL
EEB ADELAIDE KONDER –
MATEMÁTICA AO CUBO MENÇÃO HONROSA
NAVEGANTES
MATEMÁTICA APLICADA NA
IFC – SOMBRIO MENÇÃO HONROSA
MÁQUINA DE FUMAÇA
EBM PROFESSORA ADELAIDE
MATEMÁTICA CABELUDA DESTAQUE
STARKE – BLUMENAU
EEB PAULO CORDEIRO – RIO DO DESTAQUE
MATEMÁTICA DAS ABELHAS
SUL (FEIRA NACIONAL)
EMEF CRISTINA MARCATTO –
MATEMÁTICA E SAÚDE DESTAQUE
JARAGUÁ DO SUL
EEB FRANCISCO MAZZOLA –
MATEMÁTICA ENGARRAFADA DESTAQUE
NOVA TRENTO
MATEMÁTICA MAIS TECNOLOGIA, EEB GOVERNADOR BORNHAUSEN DESTAQUE
PROTEGENDO VIDAS – ARROIO TRINTA (FEIRA NACIONAL)
EEB DOM JOÃO BECKER –
MATEMÁTICA NA COPA DESTAQUE
BRUSQUE
EBM ALMIRANTE BARROSO –
MATEMÁTICA NO CORAÇÃO DESTAQUE
POMERODE
MATEMÁTICA X INDÍGENAS:
EMEF JONAS ALVES DE SOUZA – DESTAQUE
APRENDENDO COM A CULTURA
JARAGUÁ DO SUL (FEIRA NACIONAL)
GUARANI MBYA
MATEMATIZANDO O TRÂNSITO EEF BATISTA PALUDO – SEARA MENÇÃO HONROSA
EEF JOÃO BAYER SOBRINHO –
MATHCITY MENÇÃO HONROSA
NOVA TRENTO
MULTIPLICANDO SABERES E BEM-
BEM EM PROFESSORA KARIN DESTAQUE
ESTAR BARKEMEYER – JOINVILLE (FEIRA NACIONAL)
NOSSO BAIRRO E A MATEMÁTICA EMEF SANTA BILLIART – CAMPOS
DESTAQUE
DE TODOS NÓS NOVOS
NÚMEROS, EQUAÇÕES E
XXX Feira Catarinense de Matemática

EEB DR. FREDERICO ROLLA –


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

INTERAÇÃO NA COPA DO MUNDO DESTAQUE


ATALANTA
– BRASIL / 2014
O HOMEM QUE CALCULAVA DE
EMEF MAX SCHUBERT – JARAGUÁ
MALBA TAHAN: CINEMINHA MENÇÃO HONROSA
DO SUL
LAMBE-LAMBE
O PLANO CARTESIANO NO DIA A COLÉGIO DOM BOSCO – RIO DO
DESTAQUE
DIA SUL
O SÉTIMO ANO EM BUSCA DA EM PROFESSORA KARIN
MENÇÃO HONROSA
CAMISA 10 BARKEMEYER – JOINVILLE
EMEF PROFESSOR FRANCISCO
O TEMPO DESTAQUE
SOLAMON – JARAGUÁ DO SUL

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
OCEANOMÁTICA: DIMENSÕES,
CMEB. VEREADOR AVELINO DESTAQUE
IMPORTÂNCIA E PROBLEMAS QUE
BISCARO – SALTO VELOSO (FEIRA NACIONAL)
AFETAM O OCEANO
COLÉDIO CENECISTA NOSSA
PIROLISEMÁTICA DESTAQUE
SENHORA DE FÁTIMA – TAIÓ
EEF PROFESSOR RODOLFO FINK –
PROBABILIDADE DESTAQUE
VIDAL RAMOS
PROBABILIDADE: CONSIDERANDO
EMEF MAX SCHUBERT – JARAGUÁ DESTAQUE
O ACASO NA TOMADA DE
DO SUL (FEIRA NACIONAL)
DECISÕES
EMEF ANNA TÖWE NAGEL –
PROPORÇÃO DE RESÍDUOS DESTAQUE
JARAGUÁ DO SUL
REGULARIDADES E
IRREGULARIDADES NA
EEB REGENTE FEIJÓ – LONTRAS DESTAQUE
CONSTRUÇÃO DE SEGMENTOS DE
RETA NA ROBÓTICA
DESTAQUE
SOMANDO INFORMAÇÕES EM MAURÍCIO GERMER – TIMBÓ
(FEIRA NACIONAL)
UM JEITO DOCE DE APRENDER
EEB ROSINA NARDI – SEARA MENÇÃO HONROSA
SOBRE OS POLIEDROS
VAMOS CALCULAR A NOSSA EEF MONT’ALVERNE –
MENÇÃO HONROSA
CONTA DE LUZ? ITUPORANGA
VOANDO NA MATEMÁTICA DAS EEB TEÓFILO NOLASCO DE
DESTAQUE
PIPAS ALMEIDA – BENEDITO NOVO

ENSINO MÉDIO
Título do Trabalho Instituição/ Município Premiação
A APLICAÇÃO DA MATEMÁTICA E
ELETROMAGNETISMO NA EEB PREFEITO AGENOR PIOVEZAN
DESTAQUE
MANIPULAÇÃO DO ROBÔ – ERVAL VELHO
HIDRÁULICO
A IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA
NO CONSUMO DE ENERGIA EEB LUIZ BERTOLI – TAIÓ DESTAQUE
ELÉTRICA
A MATEMÁTICA CONTRIBUI E
COMPROVA AS VANTAGENS DO EEB ROBERTO MORITZ – DESTAQUE
USO DA BIODIGESTÃO ITUPORANGA (FEIRA NACIONAL)
ANAERÓBICA
A MATEMÁTICA DA BOLA EEB FREI EVARISTO – IOMERÊ MENÇÃO HONROSA

A MATEMÁTICA DAS ELEIÇÕES EEB ORIDES ROVANI – IPUMIRIM DESTAQUE


EEM YVONE OLINGER APPEL – DESTAQUE
A MATEMÁTICA DOS FRACTAIS
BRUSQUE (FEIRA NACIONAL)
A MATEMÁTICA DOS ISOLANTES
EEB LUIZ BERTOLI – TAIÓ PARTICIPAÇÃO
TÉRMICOS
A MATEMÁTICA QUER SABER: O
DESTAQUE
QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ EEB IRMÃ IRENE – SANTA CECÍLIA
(FEIRA NACIONAL)
DORME?
AMPLIANDO A VISÃO COM A INSTITUTO AUXILIADORA –
DESTAQUE
MATEMÁTICA CAMPOS NOVOS
ANAIS – XXXFCMat

35
APLICANDO MATEMÁTICA NA
EEB CARLOS CHAGAS – PIRATUBA DESTAQUE
GENÉTICA
AS VANTAGENS DA ECONOMIA EEB PEDRO AMÉRICO –
MENÇÃO HONROSA
ELÉTRICA EM MOTORES AGROLÂNDIA
CONHECENDO A FRANÇA EEB PROFESSOR EUGÊNIO
MENÇÃO HONROSA
ATRAVÉS DA MATEMÁTICA MARCHETTI – HERVAL D’OESTE
EEB PADRE IZIDORO BENJAMIN DESTAQUE
CONHECENDO MEUS COLEGAS
MORO – LINDÓIA DO SUL (FEIRA NACIONAL)
DESAFIANDO A MATEMÁTICA COLÉGIO GALILEU – ITUPORANGA MENÇÃO HONROSA

DESAFIOS MATEMÁTICOS EEB FREI CRESPIM – OURO DESTAQUE


EMPREENDEDORISMO PARA
EEB SÃO JOÃO BATISTA DE LA
MICRO-EMPRESAS DE DESTAQUE
SALLE – CONCÓRDIA
TRANSFORMAÇÃO
EEB FRANCISCO MACIEL
ENIGMA DAS FUNÇÕES DESTAQUE
BAGESTON – PAIAL
EQUOTERAPIA E MATEMÁTICA
EEB CARLOS CHAGAS – PIRATUBA DESTAQUE
VISANDO A QUALIDADE DE VIDA
ESTUDO DE POLIEDROS POR MEIO
EEB OLAVO CECCO RIGON –
DE ORIGAMI E DO SOFTWARE DESTAQUE
CONCÓRDIA
GEOGEBRA
FIQUE ALERTA: O SEU PESO É O EEB JOSÉ CLEMENTE PEREIRA –
MENÇÃO HONROSA
IDEAL? JOSÉ BOITEUX
EEB GERTRUD AICHINGER –
GASOLINA NA MATEMÁTICA DESTAQUE
IBIRAMA
EEB FRANCISCO MAZZOLA –
GRANDES, DISTANTES E VELOZES MENÇÃO HONROSA
NOVA TRENTO
EEB CECÍLIA VIVAN – SALTO DESTAQUE
HIDROPOMÁTICA
VELOSO (FEIRA NACIONAL)
INTERPRETANDO USINAS
ESCOLA BARÃO DO RIO BRANCO -
HIDRELÉTICAS PELA DESTAQUE
BLUMENAU
MATEMÁTICA
JOGANDO COM A MEMÓRIA EEB SÓLON ROSA - CURITIBANOS MENÇÃO HONROSA
JUVENTUDE E O MERCADO DE DESTAQUE
EEB PAULO BAUER – ITAJAÍ
TRABALHO (FEIRA NACIONAL)
MATEMÁTICA DA DENSIDADE COLÉGIO GALILEU – ITUPORANGA DESTAQUE
EEB PROFESSORA VIRGÍNIA P. DA
MATEMÁTICA E OS JOGOS
SILVA GONÇALVES – MONTE MENÇÃO HONROSA
MENTAIS
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

CARLO
MATEMÁTICA NA AHE: A EEM SÃO FRANCISCO DE ASSIS – DESTAQUE
ENERGIA QUE CHEGA ATÉ VOCÊ ITUPORANGA (FEIRA NACIONAL)
MATEMÁTICA NO USO DA
EEB IRMÃ IRENE – SANTA CECÍLIA DESTAQUE
INTERNET
MATEMÁTICA O MOMENTO DA INSTITUTO MARIA AUXILIADORA DESTAQUE
BELEZA – RIO DO SUL (FEIRA NACIONAL)
MATEMATICANDO:
EEB PROFESSOR ARGEU FURTADO
FINANCIAMENTOS E SUAS DESTAQUE
– SÃO CRISTÓVÃO DO SUL
VERDADES
EEB ROBERTO MORITZ –
MATRIZES: DA TEORIA À PRÁTICA DESTAQUE
ITUPORANGA

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MODA À MATEMÁTICA IFC – IBIRAMA DESTAQUE
EEB TEIXEIRA DE FREITAS – ALTO
NÚMEROS E AS EMBALAGENS DESTAQUE
BELA VISTA
O CONSUMO DE ENERGIA
DESTAQUE
ELÉTRICA E SUAS FUNÇÕES IFC – SOMBRIO
(FEIRA NACIONAL)
MATEMÁTICAS
EEB TEÓFILO NOLASCO DE
O NÚMERO DE OURO DESTAQUE
ALMEIDA – BENEDITO NOVO
EEB PROFESSORA ADELINA REGIS DESTAQUE
O NÚMERO DE OURO
– VIDEIRA (FEIRA NACIONAL)
ÓPTICA: DESCOBRINDO OS EEB TEÓFILO NOLASCO DE
DESTAQUE
ESPELHOS ALMEIDA – BENEDITO NOVO
OS NÚMEROS DO CIRCUITO EEB PAULO BLASI – CAMPOS DESTAQUE
RESIDENCIAL NOVOS (FEIRA NACIONAL)
EEB FRANCISCO MAZZOLA –
PONTEMÁTICA MENÇÃO HONROSA
NOVA TRENTO
SECÇÕES CÔNICAS: EEB JULIUS KARSTEN – JARAGUÁ
MENÇÃO HONROSA
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DO SUL
COLÉGIO SINODAL DOUTOR
SOB A ÓPTICA DA MATEMÁTICA DESTAQUE
BLUMENAU – POMERODE
EEB DEPUTADO NILTON KUCKER –
SÓLIDOS DE PLATÃO DESTAQUE
ITAJAÍ
SUPERMERCADO DESCARTES, EM
FUNÇÃO AFIM DE BEM ATENDÊ- EEB NEREU RAMOS – ITAJAÍ MENÇÃO HONROSA
LOS
USO DE JOGOS E MATERIAIS
CONCRETOS NO PROCESSO DE EEB PROFESSOR OLAVO CECCO
DESTAQUE
ENSINO E APRENDIZAGEM DE RIGON – CONCÓRDIA
MATEMÁTICA
EEB PROFESSORA JANDIRA DESTAQUE
VOANDO COM A MATEMÁTICA
D’ÁVILA – JOINVILLE (FEIRA NACIONAL)
VOCÊ SABE QUAL É A RELAÇÃO
DA MATEMÁTICA COM OS FONES IFC – ARAQUARI DESTAQUE
DE OUVIDO?

ENSINO SUPERIOR
Título do Trabalho Instituição/ Município Premiação
MATEMÁTICA FINANCEIRA E AS UNIVERSIDADE DO CONTESTADO DESTAQUE
REDES SOCIAIS – CONCÓRDIA (FEIRA NACIONAL)

PROFESSOR
Título do Trabalho Instituição/ Município Premiação
A HISTÓRIA DO LOBINHO CEI RUTH SCHROEDER OHF – RIO
DESTAQUE
SAUDÁVEL COM A MATEMÁTICA DO SUL
A MATEMÁTICA DAS CHAVES INSTITUTO AUXILIADORA –
MENÇÃO HONROSA
MÁGICAS CAMPOS NOVOS
A MATEMÁTICA DO TEMPO NA
EEB OSVALDO REIS – BRUSQUE DESTAQUE
VIDA
ANAIS – XXXFCMat

37
ESTUDO ANTROPOMÉTRICO
INFANTIL DAS CIDADES DE RIO IFC – IBIRAMA DESTAQUE
DO SUL E IBIRAMA
EXPLORANDO CONCEITOS CEI MUNICIPAL ROSA BORCK –
DESTAQUE
MATEMÁTICOS COM BRINQUEDOS POMERODE
FOLCLOREANDO COM A UNIDADE PRÉ ESCOLAR GIRASSOL DESTAQUE
MATEMÁTICA – TIMBÓ (FEIRA NACIONAL)
O PRINCÍPIO DA UTILIZAÇÃO DO
EEB INSPETOR EURICO RAUEN –
MATERIAL DOURADO NO MENÇÃO HONROSA
VIDEIRA
RACIOCÍNIO DA CRIANÇA
PRÁTICAS MATEMÁTICAS POR
DESTAQUE
MÉTODOS LÚDICOS E EEB NEREU RAMOS – ITAJAÍ
(FEIRA NACIONAL)
INOVADORES

COMUNIDADE
Título do Trabalho Instituição/ Município Premiação
A MATEMÁTICA E OS FATORES DE
RISCO PARA DOENÇA
GERÊNCIA DE SAÚDE – 16ª SDR - DESTAQUE
CARDIOVASCULAR NOS
BRUSQUE (FEIRA NACIONAL)
PROFESSORES DA REDE PÚBLICA
DE MAJOR GERCINO E BOTUVERÁ

INFORMES DO COMITÊ CIENTÍFICO


C
As premissas norteadoras da XXX Feira Catarinense de Matemática foram de atender
e valorizar o que é realizado na área do conhecimento da matemática em sala de aula. Estas
diretrizes podem ser percebidas nos dias das Feiras. Sejam nos estandes em que os trabalhos
tr
estão sendo apresentados, nas reuniões de avaliadores ou mesmo na premiação. Dessa forma
um grupo de pessoas – Comitê Científico – está aprimorando um trabalho tão importante
quanto os outros citados.
Nesta XXX Feira Catarinense de Matemática, muitos
muitos trabalhos finais que chegaram a
este Comitê Científico, dentro das possibilidades, foram adequados em relação à formatação.
Àqueles trabalhos que não foram possíveis de readequação foi decidido junto com a
Comissão Organizadora de igualmente ser publicado.
publicado. Foi levada em consideração o propósito
das Feiras de Matemática que é valorizar o trabalho feito em sala de aula com a finalidade de
prestigiar o maior número de trabalhos possíveis.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

O Comitê Científico esclarece também que foram feitas apenas readequações


readeq da
formatação e conferência dos dados de cada trabalho, mas alterações de ordem ortográfica ou
de concordância não foram consideradas, sendo estas de responsabilidade exclusiva dos
autores dos trabalhos.

Respeitosamente
Comitê Científico das Feiras de Matemática

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
RESUMOS ESTENDIDOS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
ANAIS – XXX FCMat

39
A MATEMÁTICA E O MEIO AMBIENTE1

LAURINDO, Aurélio2; ROHLING, Volney3; MELO, Ana Claudia4;


JUSTEN, Liliane Hoffmann5.

RESUMO:: Esse projeto foi desenvolvido através de aulas expositivas utilizando textos científicos e vídeos que
mostram o descaso do ser humano com o ambiente. A partir disso foram utilizados os jogos: “Jogo online da
Coleta Seletiva e Tabuleiro da Coleta Seletiva”, com intuito de incentivar o aprendizado e contextualizar através
dos jogos a coleta seletiva dentro da Matemática que está presente na classificação e separação do lixo. Durante
a execução deste projeto os educandos demonstraram que realmente ocorreu aprendizagem, pois despertaram o
gosto pela temática ambiental e a matemática percebendo a importância destes em sua vida.

Palavras-chave:: Jogos. Matemática. Meio Ambiente.

INTRODUÇÃO

Existem muitas formas de conhecer e trabalhar com a matemática na Educação


Especial. A matemática está presente na música, na arte, em histórias, na maneira como os
educandos organizam os seus pensamentos, nos jogos e brincadeiras. O conhecimento da
matemática pode ser também por meio de atividades concretas e significativas,
individualmente e coletivamente.
coletivament Desta maneira, acredita-sese que se constroem os alicerces da
matemática pela necessidade de resolução de problemas do seu tempo, imposto pela
complexidade de situações da sociedade.
Já a educação ambiental está presente na vida de todos os seres humanos desde o
início de sua existência na Terra, pois, para sua sobrevivência era imprescindível saber
relacionar-se
se bem com o meio ambiente. Na atualidade estamos vivenciando inúmeros
desastres naturais que acontecem devido à influência do homem na natureza. Analisando
An essa
conjuntura, interroga-se
se como os educados se posicionam diante desta realidade? Será que os
educandos sabem separar corretamente os lixos?
Assim, surgiu a necessidade de se promover um projeto de Educação Ambiental na
escola, com alunos, suas famílias e toda comunidade em geral, para estimular mudanças de
hábitos e de valores e uma mobilização em defesa do Meio Ambiente.
Sendo assim, foi elaborado o projeto “A Matemática e o Meio Ambiente” com o
objetivo de desenvolver
esenvolver a aprendizagem dos alunos
aluno sobre a inter-relação
relação do “Meio Ambiente”
e a Coleta Seletiva de Lixo dentro dos Conhecimentos Matemáticos. O projeto também inclui
o uso de tecnologias com textos científicos e jogos no computador. Acredita-se
Acredita que a
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

utilização de materiais lúdicos e concretos


concretos e da tecnologia na instrução pedagógica auxilia e
contribui na eficácia da aprendizagem dos educandos para que possam atingir os objetivos do
projeto e promover uma educação de qualidade.

1
Categoria: Educação Especial; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: Escola Especial da
Amizade – APAE – Ituporanga.
2
Acadêmico do Curso de Oficina Pedagógica,
Pedagógica apaeituporanga@yahoo.com.br.
3
Acadêmico do Curso de Oficina Pedagógica, apaeituporanga@yahoo.com.br.
4
Professor Orientador, Escola Especial da Amizade-
Amizade APAE de Ituporanga, aclaudia_melo@hotmail.com.
aclaudia_melo@hotmail.com
5
Professor Orientador, Escola Especial da Amizade-
Amizade APAE de Ituporanga, hoffmannjustenliliane@hotmail.com.
hoffmannjustenliliane@hotmail.com

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATERIAL E MÉTODOS

O projeto foi desenvolvido para conscientização dos educandos, famílias e


comunidade nas quais vivem uma Educação Ambiental Sustentável, iniciando na Escola
Especial da Amizade de Ituporanga a coleta seletiva do lixo. Para facilitar a aprendizagem dos
alunos, foram utilizados jogos e atividades matemáticas como facilitadores de conhecimentos.
O desenvolvimento do projeto foi através de aulas expositivas sobre a problemática do “lixo
no Meio Ambiente,” explicações sobre como separar o lixo dentro da escola e em casa,
apresentação dos jogos, explicação da história do jogo de tabuleiro e dos jogos online, como
jogar com as cartas impressas, no computador individualmente e com os colegas. Este projeto
está sendo aplicado durante o ano letivo de 2014.
Materiais: textos, computadores, projetores, caixas forradas com papel colorido.
Materiais para os jogos: tabuleiros, dados, milhos, computadores e mouses
dependendo das condições físicas e intelectuais dos jogadores.
1. Tabuleiro da coleta seletiva - Material: dado com pontos, dado com os símbolos
da classificação dos lixos: Plástico, metal, papel, vidro, orgânico e um com opção de escolher
o tipo de classificação que quiser. Cartelas com desenhos de embalagens que podem ser
reciclados. Grãos de milho para marcar as cartelas sorteadas.
- Aplicação: cada jogador recebe uma cartela com vários desenhos que representam
embalagens que devem ser recicladas. Cada face do dado representa a classificação dos tipos
de lixo. Na sua vez o educando joga primeiramente o dado com os símbolos da classificação
dos lixos, depois joga o dado de quantidades, que indica a quantidade de grãos que colocará
em cada tipo de lixo (Exemplo: dado da classificação de lixos está em vidro e o dado de
quantidade em dois. Então, o jogador colocará dois grãos de milho nas figuras que
representam as embalagens de vidro). Termina quando alguém cobrir todos os desenhos da
cartela.
2. Jogo de coleta seletiva - O jogo da coleta seletiva é um jogo online que, além de
ser educativo, se tornou muito atrativo. Ele se baseia em informações concretas da
importância de fazer a coleta seletiva, apresenta dados de quantos anos cada tipo de
embalagem leva para se decompor no meio ambiente, quanta matéria prima é necessária para
construção destas e como separar corretamente cada tipo de lixo. Incentivado pelo educador o
jogador deve primeiramente contar quantos resíduos tem para serem separados e quantas são
as lixeiras, por fim o jogador leva o lixo à sua respectiva lixeira, se acertar receberá os
parabéns e pode levar a próxima embalagem ou, se errar é informado, e o jogo pede para
tentar novamente. Os jogos online foram individuais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os seres vivos já estão sentindo os efeitos nocivos da ação do homem sobre o meio
ambiente, pois pela primeira vez está em jogo sua própria extinção, sendo que, por este
motivo a APAE de Ituporanga está desenvolvendo o atual projeto. A princípio notou-se a falta
de conhecimento e responsabilidade dos educandos perante o meio ambiente, ressaltando-se a
ausência da preocupação com a separação dos lixos e quantidade de lixo produzido. Notou-se
que os resíduos eram amontoados todos juntos, sem nenhuma forma de separação na escola.
ANAIS – XXX FCMat

41
Fotografia 1- lixo da APAE de Ituporanga-
Ituporanga antes da aplicação do projeto em 2014.

Fonte: MELO, Ana Claudia; JUSTEN, Liliane


L Hoffmann.

Com o desenrolar das atividades compreendeu-se


compreendeu se o verdadeiro sentido da frase:
“Reciclar é uma atitude primordial para conservar o meio ambiente”. Pois os educandos
começaram a separar corretamente o lixo “seco” que é aquele que pode ser reciclado do “lixo
úmido”, aquele que não pode ser reciclado e do “lixo orgânico”, aquele que deve ser utilizado
nas composteiras para produção de fertilizantes.

Fotografia 2- Composteira da APAE de Ituporanga-


Ituporanga feita com auxílio dos alunos para o depósito
depósit do lixo
orgânico - 2014

Fonte: MELO, Ana Claudia; JUSTEN, Liliane Hoffmann

Repensar, reduzir, reutilizar e reciclar são atitudes que os seres humanos podem tomar
para melhorar a situação de poluição do Meio Ambiente. Primeiramente, deve-se deve evitar o
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

consumo exagerado, o desperdício, reaproveitar o que for possível e praticar a reciclagem,


porque tudo que se consome utiliza recursos da natureza. Portanto, antes de comprar algo
novo, deve-se
se procurar reutilizar o que se tem. Com a concretização dos trabalhos
trab verificou-se
que os educandos da APAE compreenderam a importância de se fazer a separação do lixo
seco e úmido.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Fotografia 3- lixeiras utilizadas para coleta seletiva do lixo úmido e do lixo seco após a aplicação do
projeto-2014.

Fonte: MELO, Ana Claudia; JUSTEN, Liliane Hoffmann

Algumas dificuldades foram detectadas na maioria dos alunos quando foram


realizadas atividades relacionadas a separar os resíduos conforme os materiais utilizados em
sua fabricação, por exemplo: separar o plástico, metal, vidro e papel. Observou-se que estas
dificuldades são devido a vários fatores como: falta de concentração, dificuldades motoras, de
comunicação, interação, cognitivas entre outras, a pouca compreensão da representação
escrita, como também dificuldades em reconhecer cores.
Educandos com problemas intelectuais e múltiplas necessitam de ambiente
organizado, rotina, regras e atividades lógicas. Estes precisam ampliar a capacidade de prestar
atenção com estratégias diferenciadas para, depois, entender o conteúdo, e uma forma criativa
para estimular o entendimento dos alunos com deficiência intelectual é através de algo que
lhes mantenham atentos. Com este objetivo foram apresentados os jogos “Tabuleiro da Coleta
Seletiva” e o Jogo online “Coleta Seletiva”, que foram muito positivos, pois se notou que
muito foi apreendido com estas atividades lúdicas, sem contar que através destes aprendeu-se
muito de matemática que tem como fundamentos a memorização, a atenção, a seriação, a
concentração, a conservação, a imaginação, análise, interpretação, argumentação,
organização, dentre outros. Trabalhar com jogos de tabuleiro e jogos online nas aulas de
Matemática contribuem para a criação de situações de aprendizagem significativas para os
educandos. Sendo assim os jogos são facilitadores da aprendizagem, propiciando a ampliação
de habilidades: trabalho em grupo, saber ganhar e saber perder, tomar decisões, além de
estimular a concentração, que são fundamentos da matemática.
Todos participam ativamente do projeto, mesmo com as suas particularidades os
educandos aprenderam muito sobre coleta seletiva bem como números e quantidades. Mas
ainda poucos se destacaram sabendo de fato jogar e separar corretamente os resíduos,
necessitando de um trabalho contínuo e persistente.

CONCLUSÕES

É imprescindível um amplo trabalho de educação ambiental, para ter resultados a


longo prazo, mas o mais importante é não desistir quando aparecem os obstáculos. Deve-se
cuidar do meio ambiente para que as futuras gerações possam também aproveitar. Este
ANAIS – XXX FCMat

43
“cuidar,” está intimamente ligado ao conservar, porque o consumo requer uso de matéria
prima que vem da natureza, sendo impossível imediatamente deixá-la
deixá la intocável. Se cada um
fizer sua parte, se tem um futuro melhor.
Observaram-se se mudanças de hábitos
hábitos e atitudes perante a coleta e separação de lixo
bem como, cuidados com o meio ambiente. Os educandos gostam de jogar principalmente o
jogo online, conseguem manter por mais tempo a atenção e concentração. Memorizam e
socializam os conhecimentos matemáticos
matemáticos bem como a separação correta do lixo. A
finalidade foi alcançada, pois os educandos aprenderam com um trabalho diferenciado e estão
mais participativos nos grupos.
A avaliação foi realizada de forma contínua e de acordo com o desenvolvimento e
capacidades de cada aluno.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Política Nacional de Educação Ambiental.


Ambiental. Lei 9795/99. Brasília, 1999.

DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas.


práticas. 9a ed. São Paulo.
Gaia, 2004.

Escola Games - Jogos educativos para crianças a partir de 5 anos.Disponível em:


www.escolagames.com.br\jogos
jogos\coletaseletiva\

FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, GERÊNCIA DE PESQUISA


E RECURSOS TECNOLÓGICOS. - SÃO JOSÉ: FCEE Avaliação do Processo de
Integração de alunos com necessidades especiais na rede estadual de ensino de Santa
Catarina no período de 1988 a 1997 - São José: FCEE, 2002, p. 104.

LA ROSA, Jorge de. (org). Psicologia e Educação: o significado do aprender.


aprender Porto
Alegre: EDIPURS, 2003.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA (MEC), MINISTÉRIO DO MEIO


AMBIENTE (MMA), RELATÓRIO DO LEVANTAMENTO NACIONAL DE PROJETOS
DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, I Conferência Nacional de Projetos de Educação
(Brasília, 1997,p. 16)
Ambiental(Brasília,
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

SILVA, Marina. Encontros e Caminhos:


Caminhos Formação de Educadoras(es)
doras(es) Ambientais e
Brasília, Ministério do Meio Ambiente, 2005.
Coletivos Educadores.Brasília,

SATO, M. Educação Ambiental.


Ambiental São Carlos: Rima, 2002.

PCN’s – PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO


ano: 2001, Vol.n*02, 03,04 e 05.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
BRINCANDO E APRENDENDO1

LOUREIRO, Assucena Von Eggert2; MARCON, Janice3; LIEBL, Cristiane4.

RESUMO: A aprendizagem da matemática é sempre um desafio para os professores e quando se trata de alunos
com deficiência esse desafio se torna ainda maior. Pensando nisso utilizamos estratégias para facilitar essa
aprendizagem em alunos que frequentam o Atendimento Educacional Especializado no polo Alberto Bauer. A
utilização de jogos é sempre uma boa opção, pois motiva os alunos para a aprendizagem de uma forma lúdica.
Os jogos apresentam melhor fixação nas principais operações e tem colaborado bastante para que estes alunos
obtenham uma aprendizagem mais eficaz. Levando em consideração que esse processo é longo e que cada aluno
aprende no seu tempo, este projeto é executado durante o ano todo, avançando o nível de dificuldade conforme o
progresso de cada aluno. A avaliação é feita através de observação sobre a autonomia que cada aluno demonstra
ao realizar as atividades.

Palavras-chave: Aprendizagem. Deficiência. Jogos.

INTRODUÇÃO

Trabalhar com jogos na matemática é uma das situações que contribuem para a criação
de contextos significativos de aprendizagem para os alunos. Esta descoberta se deu no
conjunto de uma série de transformações que o ensino experimentou nas últimas décadas,
desde que professores e instituições passaram a pautar sua prática por uma concepção de
aprendizagem segundo a qual aprender significa elaborar uma representação pessoal do
conteúdo que é o objeto de ensino, que se dá quando os alunos constroem conhecimentos em
um processo ativo de estabelecimento de relações e atribuições de significados. Apresentar as
atividades do currículo visualmente é uma das ações que ajudam muito no processo de
aprendizagem desses alunos. Fazer ajustes nas atividades sempre que necessário. Também
cabe ao professor identificar o potencial dos alunos. Investir em ações positivas, estimular a
autonomia e fazendo o possível para conquistar a confiança da criança. Os alunos com TGD
(Transtorno Global do Desenvolvimento) e deficiência intelectual costumam procurar pessoas
que sirvam como 'porto seguro' e encontrar essas pessoas na escola é fundamental para o
desenvolvimento. Macedo (2003) discute em seu texto “os jogos e sua importância na escola”
como o jogo está, segundo a teoria piagetiana, intimamente ligado ao processo de
desenvolvimento humano. Alguns desses jogos envolvem conhecimentos que são alvo da
preocupação da escola hoje, como contagem, presente nos mais variados jogos de percurso, o
cálculo mental e a localização espacial, embora o próprio processo de desenvolvimento
humano crie condições para a compreensão dos jogos de regras, as características do jogo,
enquanto objeto cultural que remete aos momentos de diversão e lazer, fazem com que a
relação de cada um com os jogos de circulação social seja regida por preferências pessoais e
diversos contextos de convivência. As características do jogo o constituem como um
excelente veículo de aprendizagem e comunicação, possibilitando que as crianças, envolvam-
se com a própria aprendizagem, participando ativamente de todo o processo educativo.

1
Categoria: Educação Especial; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: EMEF Alberto Bauer –
Jaraguá do Sul.
2
Aluna do 8º ano do ensino fundamental da Escola Alberto Bauer.
3
Professora Orientadora, Atendimento Educacional Especializado – Polo Alberto Bauer,
aee.albertobauer@gmail.com.
4
Professor Orientador, Articuladora das TDICs – Rede Municipal de Ensino. crisliebl2009@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

45
Podemos considerar que ao dar um jogo dentro da sala de aula relacionando-o
relacionando com conteúdos
importantes de aprendizado,
dizado, é uma forma de respeitar o modo como as crianças aprendem,
dando a todos os alunos a chance de se relacionar com o conhecimento de uma forma mais
prazerosa, significativa e produtiva. Considerando que alunos com deficiência apresentam
maior dificuldade
dade em assimilar os conteúdos, faz-se
faz se necessário a utilização de recursos
concretos para que ele desenvolva sua capacidade cognitiva, facilitando a construção do
conhecimento. Pensando nisso, surgiu a necessidade de buscar formas práticas de despertar a
aprendizagem
prendizagem nesses educandos. O trabalho foi iniciado com a busca pelos materiais, alguns
recicláveis, para a confecção dos jogos. Após foram estudadas as regras de cada jogo e feitas
alterações, aumentando o grau de dificuldade de alguns jogos. Os jogos escolhidos
e tem seus
objetivos voltados para facilitar a compreensão das operações de adição, subtração e
multiplicação para os alunos com Deficiência e Transtorno Global do Desenvolvimento,
proporcionando maior aprendizagem. Inclui-se
Inclui se também a interpretação de regras,
compreensão e memorização da tabuada e a realização de cálculo mental.

MATERIAL E MÉTODOS

A marca fundamental do trabalho escolar é a ideia de que o jogo não deve ser
escolhido ao acaso, é importantíssimo fazer dele um contexto de aprendizagem, perguntar-se
perguntar
sobre o que ele permite ensinar, qual conteúdo matemático é posto em destaque nesse jogo,
como isso se relaciona com as necessidades
necessidades de aprendizagem dos alunos naquele momento,
que outras situações de ensino podem-se
podem se articular às situações de jogo, como contextualizar o
conhecimento posto em ação e, com isso, relacioná-lo
relacioná lo às aprendizagens previstas no
currículo, bem como o que é necessário para o seu dia a dia.
O trabalho foi iniciado com uma pesquisa. Os alunos pesquisaram junto com a
professora de AEE (Atendimento Educacional Especializado) sobre jogos com materiais
recicláveis, assistimos vários vídeos e identificamos os jogos que estariam relacionados as
principais operações. Após escolhidos os jogos, fomos em busca de materiais onde as famílias
dos alunos também participaram trazendo materiais principalmente de contagem, como
tampinhas de garrafas, botões, etc. Tendo todo o material necessário em mãos começou-se
começou o
processo de construção dos jogos. Cada aluno colaborou na construção do jogo do seu nível
de dificuldade. Para alunos das séries iniciais foi utilizado unidades e dezenas e para séries
finais, unidades, dezenas e centenas.
centenas. Sempre ficou a disposição de cada aluno material
concreto para a execução das operações, caso fosse necessário. Os alunos contribuíram com
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

sugestões, construíram e modificaram regras, demonstrando total envolvimento com o


projeto. É importante salientar
entar que com os alunos menores o trabalho iniciou com a
identificação dos numerais, a quantificação de cada um e posteriormente a adição e a
subtração. Para cada aluno, o conceito deve estar bem claro para que ele avance para o
próximo nível.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Avaliação é muito importante, deve ser feita de acordo com as potencialidades e os


conhecimentos adquiridos pelo aluno. Mais do que conhecer suas competências, é necessário

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
que o professor saiba como ele deve avaliar em todas as áreas, assim acontece com todas as
crianças. Dessa forma, é possível descobrir quais são suas habilidades e dificuldades e definir
se os instrumentos usados estão de acordo com as respostas que o aluno pode dar. Não
esquecendo de considerar as aquisições do aluno e o quanto ele conseguiu avançar na
aquisição do conhecimento: verificando como ele lida com cada situação de aprendizagem
como cálculos, desenho e escrita, por exemplo. Toda produção escolar, registros, também
devem ser levados em conta, visto que tudo é resultado de uma intervenção pedagógica
pensada sempre na aprendizagem do aluno.
Durante este trabalho notou-se aprendizagem significativa diante de cada situação
apresentada, pois os alunos menores logo identificavam o número e relacionavam com a
respectiva quantidade. Já os alunos maiores demonstravam a realização com autonomia das
operações. No início, todos os recursos (material de contagem – palitos de picolé, botões,
tampinhas, material dourado, tabuada) estavam a disposição dos alunos caso fosse necessário,
com o passar dos dias a aprendizagem foi acontecendo e aos poucos os recursos foram
deixados de lado, utilizados apenas para simples conferência do resultado. Avaliou-se
também como cada criança lida com a frustração e a derrota, pois saber ganhar e saber perder
é muito importante para a vida. Houve casos de conflitos que foram resolvidos aos poucos
pelos próprios alunos, já que neste momento não havia intenção de competição, pois os
ganhos foram a aprendizagem. Os alunos realizaram registros das operações para melhor
fixação e posterior comparação de formas utilizadas para encontrar os resultados. Foi feito
trocas para que um conferisse e comparasse a forma e o resultado encontrado pelo colega.

CONCLUSÕES

É necessário todo o conhecimento físico, sobre o material, sobre regras e sobre a


situação problema, tomada de decisões, e escolhas quando se opta por trabalhar com jogos. É
importante dividir em dois momentos, em um momento jogar por prazer sem regras, sem
enfoque na aprendizagem e outro momento jogar usando uma situação de reflexão sobre os
problemas do jogo, onde é necessário uma mediação do professor, em que existe uma
intencionalidade, um direcionamento, colocando questões para que os alunos ultrapassem
barreiras, fazendo com que a atividades neste caso seja mental, para os alunos pensem na
resolução, na resposta e elaborem mentalmente uma resposta em função do que se quer
alcançar. Conhecer a história do aluno com deficiência é fundamental para a realização do
plano de trabalho e para traçar os objetivos condizentes com a realidade cognitiva do aluno.
Ensinar a matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento
independente, desenvolver a criatividade e a capacidade de manejar situações reais e resolver
diferentes tipos de problemas. Isso por si só já é um desafio, tratando-se de alunos especiais se
torna ainda maior, obrigando-nos a buscar alternativas que tornem efetiva aprendizagem da
matemática, que é muito importante para a vida e que está em todos os lugares. Neste trabalho
notamos como é importante a utilização de jogos na aprendizagem das crianças e
adolescentes, uma forma divertida de aprender que motiva os alunos e brincando eles
aprendem mais facilmente. Foi possível identificar como cada aluno lida com o erro e com
suas frustrações, afinal ninguém gosta de perder. Os jogos mostram-se de grande eficácia na
questão de permitir que os alunos realizem operações de números inteiros com mais
ANAIS – XXXFCMat

47
segurança, habilidade e autonomia, já que aos poucos foram deixando de lado os recursos
re
usados para a realização das operações. Ao mesmo tempo mostravam-
mostravam-se motivados pois
queriam misturar as operações para aumentar o grau de dificuldade, criando também novas
regras. Cada aluno demonstrou sua aprendizagem de uma forma peculiar, sabendo que a
aprendizagem é um processo e os avanços se deram aos poucos, com um conceito de cada
vez. Passávamos para o próximo estágio somente quando os alunos demonstravam segurança
ao que estava sendo trabalhado no momento. O tempo de cada um é particular e requer
intervenções acerca de que os que aprendem mais rápido teriam vantagem sobre os que tem
maior dificuldade e necessitam de mais tempo para reter o conhecimento. Vale salientar que o
atendimento educacional especializado tem o lúdico como aliado na aprendizagem
aprendizagem dos alunos
atendidos, buscando a aquisição do conhecimento de forma divertida e prazerosa.

REFERÊNCIAS

MACEDO, Lino de. Os jogos e sua importância na escola. Cad. Pesqui. [online]. 1995,
n.93, pp. 05-11. ISSN 0100-1574.
1574.

ALMEIDA, Paulo Nunes de,Educação pedagógico São Paulo:


Educação Lúdica: Técnicas e jogos pedagógicos.
Loyola, 1994

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
COBRINDO A MATEMÁTICA1

GOMES, Leonardo Henrique2; VIEIRA, Tassia Maria3; KNIHS, Elenice4;


BARAUNA, Vanisia Coganco5.

RESUMO: Cobrindo a matemática, é um trabalho desenvolvido no SAEDE da EEB João XXIII, Brusque, onde
foram trabalhados as figuras geométricas e o Tangram que é um quebra-cabeça chinês formado por 07 peças,
como: triângulos, quadrado e paralelogramo. Com essas peças, podem-se formar diversas figuras, utilizando-as
sem colocar uma sobre a outra. Hoje, se sabe que com essas peças são formadas mais de 1000 figuras diferentes.
Outra situação desenvolvida foi saber quantos quadrados forma um retângulo, quantos triângulos usaram para
formar um quadrado, trabalhando a equivalência das figuras geométricas. E foi pensado em instigar a
criatividade e trabalhar as formas geométricas confeccionando com os alunos, uma colcha de Patchwork, ou seja,
retalhos de tecidos, que foram buscados na comunidade escolar, utilizando as figuras formadas pelos alunos e
dando significado a atividade realizada. Por meio desse projeto, houve a inserção desse conteúdo que faz parte
do currículo na disciplina de matemática e contextualizando-o na vida desses alunos.

Palavras-chave: Educação matemática. Jogos. Tangram. Figuras geométricas. Posicionamento das figuras.

INTRODUÇÃO

A Educação escolar está em constante mudança, pois necessita acompanhar as


mudanças da sociedade. Estamos vivendo, um movimento de inclusão de alunos especiais no
ensino regular, para dar suporte aos professores, no seu dia-a-dia. Conforme a necessidade, o
governo vem abrindo nas escolas o SAEDE (Serviço de Atendimento Educacional
Especializado) e o atendimento do segundo-professor, dando assim suporte aos alunos
especiais e aos professores regentes em sala.
No SAEDE a organização do planejamento das atividades e materiais, é feita de
forma a buscar junto com os professores, com o aluno especial informações, para melhor
elaborar o planejamento direcionado as suas dificuldades. As atividades são planejadas de
acordo com as aproximações de dificuldades, não havendo possibilidade de trabalhar com um
aluno de cada vez.
Conforme são trabalhados os conteúdos em sala de aula, no SAEDE é feito de forma
diferenciada, ou seja, no concreto com atividades que o aluno especial possa abstrair o
conteúdo, brincando e aprendendo.
“A matemática, sob uma visão histórico-crítica não pode ser concebida como um ser
pronto e acabado ou um conjunto de técnicas e algoritmo tal como concebe o ensino
tradicional e tecnicista. Pelo contrário, a Matemática deve ser entendida como um
conhecimento vivo, dinâmico que vem sendo historicamente produzido, atendendo as
necessidades concretas do homem.” (Proposta curricular, 1997, p.69)
Neste sentido, elaborou-se um projeto com o tema: Cobrindo a matemática, onde os
alunos iniciaram trabalhando com o Tangram, é um jogo formado por sete formas

1
Categoria: Educação Especial; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-Relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB João XXIII – Brusque.
2
Aluno do 4º ano 1, Ensino Fundamental, eebj23@sed.sc.gov.br.
3
Aluna do 7º ano 1, Ensino Fundamental, eebj23@sed.sc.gov.br .
4
Professor Orientador, EEB João XXIII, eleniceknihs@bol.com.br.
5
Professor Orientador, EEB João XXIII, vani_sia@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

49
geométricas, formando várias figuras, que resultou numa colcha de Patchwork, para angariar
fundos para um passeio de estudos dos alunos que
q frequentam o SAEDE.
Utilizando as peças do tangram, para formar figuras geométricas com perímetros
diferentes, com áreas de mesma medida, observar a equivalência de figuras e trabalhar as
quatros operações matemáticas, frações e resoluções de problemas. Enfatizando ainda que, foi
bastante trabalhada a coordenação motora, espaço e organização.
Segundo Souza:
Quanto a origem e significado a palavra Tangram possui muitas versões. Uma delas
diz que a parte final da palavra – gram significa algo desenhado ou escrito, como um
diagrama. Já a origem da primeira parte – Tan – é muito duvidosa e especulativa,
existindo várias tentativas de explicação. A mais aceita está relacionado à dinastia
Tang (618 – 906) que foi uma das mais poderosas e longas dinastias da história his
Chinesa. Assim, segundo essa versão Tangram significa , quebra-cabeça
quebra chinês.(
SOUZA, 1995, p.2)

MATERIAL E MÉTODOS

Iniciou-se
se o trabalho com os alunos contando histórias e explicando o que é o
TANGRAM, como surgiu, como ele funciona. Diz à lenda que que o surgimento dele foi através
de um monge que deu a um discípulo um quadrado de porcelana, um rolo de papel de arroz,
pincel e tintas e disse a ele para viajar pelo mundo e que anotasse tudo o que visse por aí..
Quando saíram, de tão emocionado, o discípulo
discípulo deixou o quadrado cair no chão e o partiu em
07 pedaços. Depois tentando montar o quadrado novamente que ele percebeu quantas figuras
diferentes ele formou e assim ao invés de correr o mundo, viu que ali mesmo
mes formou belas e
novas figuras.
Figura 1

Fonte: www.educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/como-construir-Tangram.htm,
www.educador.brasilescola.com/estrategias Tangram.htm, 2009.

Depois de contar e trabalhar a lenda, foram mostradas aos alunos às figuras


geométricas com seus respectivos nomes, e partindo dessas sete figuras geométricas, inicia
inici a
montagem de novas figuras, sempre utilizando somente as 07 peças. Algumas vezes, fez-se
fez o
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

molde e cada aluno montou o seu; outras, porém, usando a imaginação, os alunos montaram
outras figuras, sempre no papel com retalhos de papel colorido.
Dando um significado a atividade proposta, os alunos passaram a trabalhar com
retalhos de tecidos, e juntamente com a professora, montaram uma colcha de Patchwork, com
as figuras novas construídas pelos alunos.
Figura 2

Fonte: Arquivo pessoal, 2014.

ISSN 2447 – 7427


ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Esta colcha, de um lado é formada por figuras montadas a partir das sete peças do
Tangram e do outro lado são montagens de figuras geométricas para trabalhar as quatro
operações. Dentro para ficar acolchoado será utilizada fibra sintética. A colcha será costurada
com a máquina de costura da professora e a ajuda dos alunos, somente os acabamentos finais
serão realizados pela professora.

Figura 3

Fonte: Arquivo pessoal, 2014.

Na adição, foi trabalhado da seguinte forma: um quadrado mais dois triângulos


pequenos forma um retângulo.
E assim várias outras formas podem ser feitas, unindo as partes geométricas do
tangram.
Na operação da divisão, um quadrado pode-se dividir em 7 peças e formar o jogo do
tangram, ou um quadrado em 2 triângulos, entre outros.
Na subtração se tirar 2 triângulos resta ainda um quadrado. E quantas figuras ainda
podem ser formadas?
E na multiplicação, quantas vezes posso usar o triângulo para formar um quadrado?
Ou para formar um paralelogramo?
Os alunos trabalharam com o Tangram virtual, onde apresentaram dificuldades de
criação, de coordenação e elaboração de novas imagens, em dois níveis fácil e difícil. Foram
poucos alunos que tentaram o difícil, a maioria ficou na fase fácil.

Figura 4

Fonte: Arquivo pessoal, 2014.

A colcha pronta ficou nas seguintes medidas 2,40 X 1,80, na largura ficaram seis
quadrados de 0,30cm X 0,30cm e no comprimento oito quadrados de 0,30cm X 0,30cm. De
um lado dentro de cada quadrado foi aplicado um desenho confeccionado com o Tangram. Do
ANAIS – XXXFCMat

51
outro
ro lado, foi intercalado somente com figuras geométricas: quadrados, retângulos,
triângulos, entre outros.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O trabalho foi desenvolvido com 20 alunos que frequentam o SAEDE, iniciando pela
contação da lenda, para depois trabalhar o concreto, com as figuras. O levantamento das
informações se deu partir da observação dos alunos durante as atividades e execução dos
trabalhos realizados. Os alunos apresentaram bastante dificuldade em desenvolver a
imaginação e formar novas figuras, e ainda
ainda de entender como realizar a atividade. Foram
poucos que tiveram problemas em recortar as figuras.
60%
50%
40%
30%
20% IMAGINAR
10%
0% FORMAR
DIFICULDADE ENTENDER
ENCONTRADA
RECORTAR

Analisando estas informações, percebe-se


percebe se que 59% tiveram dificuldades em
desenvolver a sua imaginação e criar novas figuras. Para formar novas figuras foram
fo 20% dos
alunos que conseguiram criar. 19% dos alunos tiveram dificuldades em entender o conteúdo e
somente 2% tiveram problemas na coordenação motora para utilizar a tesoura.
Na montagem do trabalho, os alunos criaram pessoas, animais e elementos.
20
15
ANIMAIS
10
5
PESSOAS
0

MONTAGEM DA ELEMENTOS
COLCHA

Fazendo
zendo a análise, percebe-se
percebe se que 40% dos alunos desenvolveram desenho de animais,
35% criaram imagens de pessoas e 25% criaram elementos da natureza como casas e outros
objetos.
No tangram virtual, a maior dificuldade encontrada foi à questão do tempo, da
imaginação,
maginação, da coordenação motora e não gostaram desta atividade.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

10
5 TEMPO
0 IMAGINAR
DIFICULDADES NO COMPUTADOR MOTORA

RUIM

Analisando esse gráfico percebe-se


percebe se que 40% dos alunos que foram para o computador
jogar é devido ao tempo, que não conseguiram desenvolver, pois demoravam muito para
realizar a atividade. Jáá 30% dos alunos custaram a desenvolver novas imagens trabalhando a

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
sua imaginação. Na coordenação motora 20% dos alunos tiveram dificuldade e 10% dos
alunos não gostaram de usar essa atividade no computador.

20
15
10 FÁCIL
5
DIFÍCIL
0
FASE DO
JOGO

Dos alunos 80% jogaram na fase fácil somente 20% conseguiram avançar de fase e
jogar no difícil. Constatando assim que é necessário trabalhar mais esse conteúdo para
ampliar esse conhecimento.

CONCLUSÕES

Na realização desse trabalho foi possível perceber que é necessário desenvolver mais a
coordenação motora fina, determinando o tempo a ser realizado e ainda o raciocínio e a
percepção ao reconhecer as figuras geométricas, para que desenvolvam cada vez mais essas
habilidades.
Através do jogo, que podemos desenvolver essas várias habilidades ao a mesmo tempo.
De acordo com a autora Ivany Motta (2006), a sua simplicidade e capacidade de representar
uma tão grande variedade de objetos e, ao mesmo tempo a dificuldade em resolvê-los,
resolvê explica
um pouco a mística deste jogo.
É na prática que o discente aprendeu, relacionando o conteúdo com o seu cotidiano,
que contribuiu no desenvolvimento do seu raciocínio lógico, geométrico e espacial
valorizando os recursos pedagógicos. Trabalho esse que faz parte da realidade do SAEDE da
EEB João XXIII.

REFERÊNCIAS

PROPOSTA, Curricular de Santa Catarina,


Catarina 1997, p.69.

SOUZA, Elaine Reamede; et al. A Matemática das sete peças do Tangram.


Tangram 2
ed. São Paulo: IME – USP, 1995.

MOTTA, A. R. Ivany. Projeto Teia do Saber – Metodologias do Ensino de Matemática.


Matemática
1996.

GANGI, Sandra Regina da Silva, GEOMETRIA PLANA:: A importância do jogo Tangram


no ensino da matemática como material
lúdico,http://www.sinprosp.org.br/congresso_matematica/revendo.
ANAIS – XXXFCMat

53
DOMINÓ DE NÚMEROS E QUANTIDADES1

JUNIOR, Luiz Carmo da Rocha2; CARVALHO, Angela Lamim de3;


RODRIGUES, Aparecida Donizete4.

RESUMO: Brincar é coisa séria, o lúdico oportuniza a aprendizagem de conceitos e conteúdos. O jogo favorece
a ampliação das potencialidades, tanto cognitivas como emocionais, ao mesmo tempo, que proporciona maior
possibilidade de interação social. Podemos trabalhar o conhecimento científico desenvolvendo no educando
capacidades de interpretação de situações problema. O objetivo deste trabalho foi o de desenvolver o raciocínio
lógico através da leitura e resolução de problemas, possibilitando ao educando conviver com a diferença e a
comunicar e interagir com o grupo, valorizando o saber social. Para a confecção do jogo foi utilizado material
reciclável como: papelão, garrafa pet e folders de mercado. Foi possível observar que os alunos reconhecem o
valor monetário inteiro das notas mas tem dificuldade em reconhecer os centavos.

Palavras-chave:: Lúdico. Sustentabilidade. Cálculo. Trabalho em equipe. Grandezas e medidas.

INTRODUÇÃO

O jogo favorece a ampliação das potencialidades, tanto cognitivas como emocionais,


ao mesmo tempo, que proporciona maior possibilidade
possibilidade de interação social. Podemos trabalhar
o conhecimento científico desenvolvendo no educando capacidades como: observar,
argumentar, explorar, resolver problemas, ler, cooperar, comunicar idéias e outros. Aprender
matemática não é tarefa fácil, é preciso
preciso criar maneiras de inovar o ensino mostrando a real
importância dessa área do conhecimento no dia-a-dia.
dia
A mediação do professor é fundamental para que não ocorra apenas uma
aprendizagem mecânica e sim uma reflexão sobre o que se esta aprendendo. Mediar
Medi não é dar
a resposta é conduzir ao raciocínio de maneira segura e dinâmica, motivando o aluno,
construindo com ele a evolução do seu aprendizado em todos os momentos e com todas as
suas dificuldades.
As crianças não aprendem somente com aulas teóricas, elas aprendem também com os
jogos pedagógicos. A ação durante o movimento do jogo, provoca espontaneidade e esta
estimulação faz com que o aluno ultrapasse a si mesmo, explorando e enfrentando sem medos
os desafios postos diante deles.

O jogo não é simplesmente um “passatempo” para distrair os alunos, ao contrário,


corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária
XXX Feira Catarinense de Matemática

importância na educação escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

coordenação muscular, as faculdades


faculdades intelectuais, a iniciativa individual,
favorecendo o advento e o progresso da palavra. Estimula o indivíduo a observar e
conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em que vive. (TEZANI, Thais Cristina
Rodrigues, O jogo e os processos de aprendizagem
aprendizagem e desenvolvimento: aspectos
cognitivos e afetivos, 2006, p. 1-16)
1

A interação se dá nas trocas de experiências e ações entre os parceiros de diferentes


possibilidades e comportamentos, estas oportunizam não só o conhecimento do outro, mas, a

1
Categoria: Educação Especial; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: EEB São José –
Navegantes.
2
Aluno do Ensino Fundamental – Anos Finais; EEB São José, Navegantes.
Navegantes
3
Orientadora Educacional, EEB São José, angela.lamim@terra.com.br.
angela.lamim@terra.com.br
4
Professor Orientador; EEB São José, cida.fer@hotmail.com.
cida.fer@hotmail.com

ISSN 2447 – 7427


ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
produção do conhecimento com o outro fundamentando a possibilidade de aprender a olhar de
frente a diferença/deficiência, a conviver e compartilhar com a dessemelhança, a desmontar
moldes pré-estabelecidos, adquirindo assim um caráter estruturante na constituição dos
sujeitos em suas múltiplas dimensões. (Proposta Curricular de Santa Catarina, Temas
Multidisciplinares, 1998, p. 65,66)
O objetivo deste trabalho foi desenvolver o raciocínio lógico através da leitura e
resolução de problemas, possibilitando ao educando conviver com a diferença e a comunicar e
interagir com o grupo, valorizando o saber social.

MATERIAL E MÉTODOS

A atividade teve inicio com a confecção de uma lista de frutas que os alunos mais
gostavam, sendo elencadas: laranja, maçã, limão, uva e pêssego, na sequência a Professora,
como escriba, escrevia o nome no quadro e os alunos copiavam para realizar a contagem das
mesmas e uma pesquisa na internet sobre as propriedades, variedades, época da colheita e
outras informações importantes sobre as mesmas. Foi produzido um texto utilizando a lista de
frutas e foi distribuído aos alunos a poesia Baile das frutas que leram juntos, sendo solicitado
que cada um lesse uma estrofe em voz alta.

Baile das frutas


Houve um dia na roça,
Um baile espetacular,
Organizado pelas frutas,
Dentro de um belo pomar.

O caju dançava com a pitanga,


A jaca com o mamão,
O caqui com a manga,
E a carambola com o limão.

O baile seguia alegre,


Cada vez mais animado,
Com a chegada de mais frutas
E os seus belos bailados.

O jambo dançava com a uva,


O abacate com a goiaba,
O abacaxi com a banana
E o melão com a jabuticaba.

E nesse bailão animado,


Triste estava a laranja,
Ao ver o seu amado
Dançando com a jabuticaba.
ANAIS – XXXFCMat

55
O jogo do dominó de números e quantidades foi construído com com os alunos da turma do
SAEDE que tem diagnóstico de deficiência mental leve, este aconteceu após serem
trabalhadas atividades de: cálculos, grandezas, medidas, valor monetário, tempo, leitura e
escrita. Neste momento foram usados materiais como dinheiro em em notas e moedas, material
dourado, folders de mercado, calendário, tampas de garrafas, feijões, sulfite, lápis de cor, cola,
tesoura.
Através de conversas em roda foi possível perceber o conhecimento prévio que os
alunos tinham sobre número, quantidade e do jogo de dominó convencional e suas regras, na
sequência foi feito um levantamento dos materiais reutilizáveis que poderiam ser utilizados na
confecção do dominó.
Os materiais escolhidos foram: garrafa pet, papelão, folders de supermercado,
cartolina, sulfite,
lfite, cola, lápis de cor, giz de cera, fita adesiva, tesoura.
Durante a confecção do jogo os alunos pesquisaram na internet e nos folders figuras de
frutas, legumes, verduras, números, valores, quantidade (EX: dúzia e quilo) e palavras
tornando a atividadee interdisciplinar, sendo construídas coletivamente as regras do jogo. O
que proporcionou trabalhar os conceitos de número e quantidades, valor monetário,
sustentabilidade, leitura e escrita.
Com a construção do jogo foi possível desenvolver não só o raciocínio lógico e a
resolução de problemas, mas, também o trabalho em grupo, a confecção de regras, a
coordenação motora fina e a auto-estima
auto estima dos alunos com a valorização do seu trabalho.
Os alunos foram questionados quanto às operações matemáticas realizadas reali e sua
aplicação no dia-a-dia,
dia, comparação das imagens com os números,diferenças entre o que é
fruta, o que é verdura e o que é legume, as quantidades necessárias para formar o número, o
valor monetário dos mesmos e os números fracionários como meio e inteiro e medidas de
capacidade quilo e gramas.

O jogo cria uma situação de regras que proporcionam uma zona de desenvolvimento
proximal do aluno. Desse modo, este “[...] comporta-se
comporta se de forma mais avançada do
que nas atividades da vida real e também aprende a separar objeto e significado [...]”
(Oliveira, 1999, p.67)

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Através da observação dos alunos foi possível perceber que a idéia de número e de
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

quantidade está formada, também a necessidade de se ter regras para o convívio social.
s No
decorrer das atividades foi ficando claro que devemos escolher jogos que estimulem não só a
resolução das quatro operações, mas, também a resolução de situações problemas,
principalmente em situações abstratas que devem ser trabalhadas vinculadas as práticas
diárias da vida do aluno, atividades estas que não devem ser muito fáceis e nem muito
difíceis, mas testadas antes de sua aplicação, assim enriquecendo as experiências através de
oportunidades de novas atividades que propiciem mais de uma situação
situação problema.
Foi possível observar também que os alunos conhecem apenas o valor monetário
inteiro (notas e moedas de R$ 1,00) mais não conhecem os centavos e o seu uso. Fazem o
reconhecimento da figura, mas não conseguem ler e escrever o nome dos mesmos, fazendo
somente com a mediação do professor ou de outro colega, são inseguros e na maioria das

ISSN 2447 – 7427


ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
vezes não acreditam em seu potencial. Quando começaram a jogar e a utilizar as regras e
resolver as situações problemas apresentadas pareceram adquirir confiança e menos medo do
“erro”, lidando com mais naturalidade com a situação.

Ao colocar o aluno diante da experiência interativa de produção e apropriação de


diferentes linguagens, fazendo uso, praticando, conhecendo, questionando, a escola
viabiliza o entendimento do desenvolvimento do pensamento abstrato. (Proposta
Curricular de Santa Catarina, Temas Multidisciplinares, Educação especial, 1998,
p.68)

CONCLUSÕES

Concluímos que com a visualização do objeto e com a mediação do professor os


alunos compreenderem os conceitos de leitura, escrita, matemática e sustentabilidade
desenvolvidos com o jogo.
A participação dos alunos foi ativa e permitiu desenvolver as habilidades necessárias
para ampliar a comunicação entre o grupo e o professor, assim os mesmos conseguiram
adquirir domínio da comunicação e interagir melhor com os demais alunos, professores e
funcionários da escola.
Foi alcançado o objetivo da atividade que era desenvolver o raciocínio lógico através
da leitura e resolução de problemas, possibilitando ao educando conviver com a diferença e a
comunicar e interagir com o grupo, valorizando o saber social.
Percebeu-se também que através do jogo, do lúdico, com objetivos claros é possível
que a criança, o adolescente e o jovem brinque, teste hipóteses, explorem sua criatividade,
resolvam situações do dia-a-dia, estimulando o crescimento e o desenvolvimento das funções
intelectuais superiores, a iniciativa individual e a observar e conhecer as pessoas e coisas que
fazem parte do ambiente em que vivem, intervindo e transformando.

REFERÊNCIAS

Santa Catarina, Secretaria de estado da Educação e do Desporto. Proposta Curricular de Santa


Catarina: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio: Temas Multidisciplinares.
Florianópolis: COGEN, 1998.

TEZANI, Thais Cristina Rodrigues, O jogo e os processos de aprendizagem e


desenvolvimento: aspectos cognitivos e afetivos. Educação em Revista, Marília, 2006, v.7,
n1/2, p. 1-16.

MARIQUITO, Jaime Rezende. Baile das Frutas. O Melhor da Web, 2013. Disponível em:
http://www.poesias.omelhordaweb.com.br/pagina_textos_.php?
ANAIS – XXXFCMat

57
JOGOS MATEMÁTICOS E O BRAILLE1

LIMA, Cristina de Fátima de2; PINHEIRO, Maria Solange3.

RESUMO: Nosso trabalho consiste em apresentar as possibilidades de aprendizagem da matemática pelas


pessoas cegas. Temos o Soroban, o Braille, o computador adaptado com leitores de tela, a impressora Braille e
os jogos adaptados. Como este, “O jogo das Potências. O jogo consiste em multiplicar o número por ele mesmo
a quantia de vezes a que o número está elevado. O desafio é resolver o círculo das potências o mais rápido
possível. Alunos videntes ou não tem muita dificuldade com este conteúdo. Através do jogo e da disputa entre os
o
alunos do 8º ano o conteúdo ficou mais fácil.

Palavras-chave:: Possibilidades. Adaptados. Alunos do 8º ano.

INTRODUÇÃO

O material pedagógico adaptado busca garantir a acessibilidade, ele serve como


auxiliar da ação docente na busca de resultados em relação
relação à aprendizagem de conceitos e ao
desenvolvimento de habilidades desempenha um papel nuclear em programas direcionados a
atender às necessidades dos educandos, percebendo estes em toda a sua singularidade.
Pensando nisso é que o jogo das potências foi elaborado, sob orientação da professora Maria
Solange. Quando a aluna Cristina percebeu que poderia aprender o conteúdo da potenciação,
utilizando o Braille para entender e o soroban para calcular as potências, o conteúdo ficou
fácil para todos os alunos.
É fato que as relações entre o material pedagógico, a criança e a educação têm
merecido uma constante atenção dos educadores quando se discutem temas referentes ao
processo de ensino e aprendizagem. Participar da elaboração do jogo em todos os aspectos
garantiu
rantiu a ela o entendimento de todo o processo do projeto.
Quem disse que estudantes com necessidades especiais não podem se divertir com a
matemática?
Existem hoje muitos recursos para que a pessoa cega possa ter acesso ao
conhecimento:
• Braille
• Sorobã
• Leitores de tela
O trabalho consiste em oferecer possibilidades diferenciadas para a aprendizagem da
matemática pela pessoa cega.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

MATERIAL E MÉTODOS

Muito se fala em Educação Matemática, em técnicas de ensino de Matemática, em


desenvolvimentos de jogos educativos para ensinar essa matéria que, segundo muitos
estudantes é muito difícil.

1
Categoria: Educação Especial; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: EEB Paulo Blasi –
Campos Novos.
2
Aluno Expositor.
3
Professor Orientador, EEB Paulo Blasi, sol.anjo.11@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Você já parou para pensar como os deficientes visuais fazem para aprender
Matemática? Se para muitas pessoas de visão normal, essa matéria já é considerada difícil...
quem diria para alguém que não consegue ver a lousa e o caderno?
Durante os atendimentos do SAEDE a aluna Cristina manifestou muita dificuldade
para compreender o conteúdo que estava sendo trabalhado em sala.
A potenciação é um conteúdo teoricamente fácil, mas se o aluno não compreende o processo
não consegue se apropriar.
A Professora, durante os atendimentos retomou o conteúdo, juntas realizaram passo a
passo a resolução das potências. Pensando na acessibilidade a professora pesquisou um jogo
sobre as potências e adaptou com o Braille para garantir o acesso da aluna Cristina.
Em seguida, resolvemos desafiar os colegas da sala, pesquisar quem realmente
aprendeu as potências. No início todos tiveram dificuldade, mas com a prática, foi possível
perceber que através dos jogos os conteúdos ficam mais fáceis. Os alunos videntes poderiam
utilizar papel e caneta e Cristina utilizou o soroban.

JOGO DAS POTÊNCIAS (ADAPTADO)


Regras do jogo:
Objetivo: Com auxilio do soroban desenvolver os cálculos das potências.
Materiais: 4 círculos com potências, cartelas coloridas com resultados afixados em
prendedores de madeira, papel e caneta, soroban.
Procedimento:
Separa os alunos emduplas. Círculos e cartelas coloridas com resultados sobre a mesa.
Dado o sinal cada aluno escolhe seu círculo e começa a resolver, o vidente pode utilizar papel
e caneta e o cego utiliza o soroban, após resolver encontra na mesa a cartela com o resultado
correto e fixa no círculo.
Se não encontrar o resultado na mesa, seu cálculo está errado, poderá refazer.
Ganha o jogo quem primeiro completar totalmente sua cartela.

Pensando na dificuldade que os alunos apresentaram com o conteúdo é que o jogo das
potências foi elaborado, sob orientação da professora Maria Solange. Quando a aluna Cristina
percebeu que poderia aprender o conteúdo da potenciação, utilizando o Braille para entender e
o soroban para calcular as potências, o conteúdo ficou fácil para todos os alunos.
ANAIS – XXXFCMat

59
Uma atitude muito comum entre os profissionais, na tentativa de ensino da matemática
para os deficientes visuais seria as exigências da semelhança entre o que se escreve em tinta
para o Braille, como por exemplo, os algoritmos... Como montar e realizar uma operação em
Braille? Essa semelhança só afastaria as possibilidades de uma resolução bem sucedida e,
justamente para suprir essa lacuna, as estratégias alternativas entram em ação. As atividades
podem e devem ser anotadas em Braille, obedecendo a suas especificidades: as expressões
sempre na horizontal, pois a movimentação das mãos, a disposição da informação no papel,pap
tanto na escrita quanto na leitura influenciam, de forma significativa, a compreensão e
execução da atividade proposta. Acompanhar as anotações para executá-las
executá las em outro plano,
utilizando soroban, jogos em relevo, materiais adaptados, é a garantia da qualidade
q do
processo.

O SOROBAN
O soroban é um instrumento utilizado para fazer cálculos matemáticos por deficientes
visuais (DVs). É de grande auxílio, pois, ao contrário de pessoas que enxergam normalmente,
os DV s nem sempre podem rabiscar uma folha de de rascunhos para fazerem contas, não é
mesmo? Então, como forma alternativa ao ato de fazer as contas ”de cabeça”-
cabeça” principalmente
se forem cálculos extensos- os deficientes visuais tem essa opção.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Veio do Japão e pode ser considerado uma máquina de calcular de grande rapidez,
permitindo registros e operações de forma mais simples. Sua principal vantagem está na
escrita de números, sendo um dos métodos ideais para o ensino da matemática aos deficientes
visuais. Com ele oss alunos aprendem concretamente os fundamentos da matemática, as quatro
operações, as ordens decimais e seus valores, e até cálculos mais complexos. Este recurso
favorece a integração e interação entre os alunos cegos e de visão normal, pela possibilidade
de acompanhar o ritmo das atividades desenvolvidas em classes comuns e no dia-a-dia.
dia

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
O BRAILLE
Os cegos valem-se do Alfabeto Braille para leitura e escrita além de necessitar de
materiais educacionais que explorem a audição e o tato.Falando em Alfabeto Braille: você o
conhece?

O sistema Braille é um processo de escrita e leitura baseado em 64 símbolos em


relevo, resultantes da combinação de até seis pontos dispostos em duas colunas de três pontos
cada. Pode-se fazer a representação tanto de letras, como algarismos e sinais de pontuação.
Ele é utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão, e a leitura é feita da esquerda para a
direita, ao toque de uma ou duas mãos ao mesmo tempo.
Para facilitar ainda mais o trabalho dos profissionais videntes que atuam com pessoas
cegas temos disponível hoje a impressora Braille, recurso que reduz em 50% o tempo que a
professora leva para preparar um material para o aluno cego. Aprender a utilizar este recurso
também faz parte das atribuições do SAEDE.

LEITORES DE TELA
Tanto os cegos quanto os portadores de visão subnormal podem contar com
ferramentas computacionais para utilizarem em seus estudos, tais como: computador adaptado
com recursos de zoom (para ampliação, no caso de quem tem baixa visão) e computador com
softwares leitores de telas úteis principalmente para as pessoas totalmente cegas.
Esses softwares lêem em voz alta tudo o que está escrito em uma tela de computador,
ou tudo o que é digitado. Através de um sintetizador de voz e de um alto-falante, a pessoa
deficiente visual pode interagir com a máquina. Alguns exemplos de leitores de tela são:
Jaws, Virtual Vision (para Windows), Orca (para Linux), além do Sistema Operacional
Dosvox, que pode ser usado tanto em computadores com Windows ou Linux.
A intenção de apresentar estes materiais e a sua utilização, neste projeto veio das
conversas que temos com os alunos cegos que vivenciam em sala os questionamentos dos
professores de matemática que afirmam não saber como fazer para que o aluno cego trabalhe
em sua disciplina em igualdade com só outros.
ANAIS – XXXFCMat

61
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Quando a turma iniciou os estudos sobre as potências a aluna Cristina manifestou


durante o atendimento no SAEDE sua preocupação com relação ao conteúdo.
Percebendo a necessidade de buscar alguma forma para que a Cristina cega pudesse
compreender o processo de multiplicação que acontece na potenciação, foi então que surgiu a
idéia do jogo das potências adaptado. Em discussão pode-se
pode se perceber que a maioria dos d
alunos da sala videntes também não tinham entendido o conteúdo.
Oferecer a toda a turma a possibilidade de jogar, treinar as tabelas e o cálculo mental
foi muito interessante, quando a turma pode perceber que a Cristina já sabia e podia até
ensinar a eles
es foi um processo muito interessante.

CONCLUSÕES

Na grande maioria as pessoas cegas têm seu cognitivo preservado. Todos os estudos
realizados até hoje nos mostram o quanto mais cedo à estimulação cognitiva começar, melhor
será o desenvolvimento da criança.
cria
Se as professoras desde a educação infantil até o médio já tiverem contato com
recursos como: Braille, Sorobã e leitores de tela as pessoas cegas não teriam tantas
dificuldades para apropriar-se
se dos conceitos matemáticos.
Isso não é nenhuma novidade, porém a pessoa cega ainda não tem seus direitos
respeitados.

REFERÊNCIAS

GERALDI, Corinta Maria Grisolia. O cotidiano da escola: para além das aparências. In:
Revista de Educação. PUC- Campinas v. 3, nº5, p.7-13
p.7 nov/1998.

SÁ, Elizabet Dias de. A insustentável


insustentável leveza do Braille, Disponível
em:<http://www.bancodeescola.com/leveza.htm>. Acesso em: 31 de julho 2008.

portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/rec_
portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/rec_adaptados.pdf

www.fvj.br/.../a-matematica-para
para-cegos-metodos-e-tecnicas-de-ensino-us..
..
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

revistaescola.abril.com.br/.../como
revistaescola.abril.com.br/.../como-funciona-sistema-braille-496102.shtm...
496102.shtm...

www.ufrgs.br/teias/isaac/VCBCAA/pdf/116251_1.pdf

sopadeNnumerosecalculos.blogspot.com/2010/11

pt.slideshare.net/.../materiais-pedagogicos
-pedagogicos-adaptados

www.fcee.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEMÁTICA COM NOZES1

ALVES PEPES, Eliseu2; ROCHA, Tainá3;


MARQUES DA SILVA, Franklin Carlos4; LIMA FERRARI, Vani Helena5.

RESUMO: O estudo da “Matemática com Nozes” teve como objetivo estimar a quantidade de nozes caídas sob
as árvores de um bosque da região de Ituporanga e medir estatisticamente qual delas produziu mais frutos,
ensinando matemática de uma maneira divertida e integrada ao quotidiano dos alunos. Para a pesquisa utilizou-
se a técnica de coletas por amostragem e algumas operações matemáticas para processar os dados coletados,
além de ferramentas como trena, planilha, estacas, martelo e outros. No campo as nozes foram recolhidas e
separadas por amostras, em sala de aula foram calculadas as áreas e os totais estatísticos com base nas amostras.
Como resultado percebeu-se que uma das árvores apresentou muito mais frutos do que a outra. Concluiu-se que
para conhecer a quantidade de frutos sob uma árvore não é necessário contar um a um e que a matemática é mais
interessante se tiver um sentido prático em nosso quotidiano.

Palavras-chave: Educação Especial. Matemática Aplicada. Estatística.

INTRODUÇÃO

Como no inverno, no Sul do Brasil, é comum recolher nozes nos bosques e os alunos
frequentemente pedem aos professores da nossa escola para que os acompanhem para a tal
tarefa, decidiu-se beneficiar-se deste tema para introduzir ou aplicar alguns conceitos práticos
da matemática que são de grande valia para muitíssimas tarefas do quotidiano das pessoas,
como por exemplo, as noções de cálculos de áreas, de estatísticas a partir de amostras, das
quatro operações básicas da matemática e a abertura do caminho para uma melhor
compreensão de potenciação e raízes. As nozes são abundantes nos parques e bosques das
cidades da nossa região e por isso questionou-se sobre quantas delas estariam caídas sob uma
determinada árvore ou em um bosque inteiro. Como contá-las?São tantas e a área é enorme,
não poderia ser feito por uma única pessoa nem contadas com precisão sem que se envolva
muito trabalho e tempo. Qual das árvores produz mais nozes? O objetivo pedagógico do
estudo da “Matemática com Nozes” foi o de buscar novos procedimentos metodológicos que
ajudassem a despertar a atenção dos alunos para a matemática, procurou-se trabalhar os
conceitos matemáticos dentro de uma das áreas de interesse deles (o ato de recolher nozes)
aplicando a matéria estudada em uma das situações do quotidiano das crianças. Contudo,
questionou-se se seria possível ensinar conceitos matemáticos relativamente complexos para
crianças com diferentes níveis de deficiência intelectual.

MATERIAL E MÉTODOS

Com o intuito de recolher nozes, na tarde do dia 11 de julho do ano de 2014, fez-se
uma visita à propriedade privada de uma família amiga de uma das professoras de nossa
escola. Em consequência das chuvas e da indisponibilidade de locomoção de alguns alunos,

1
Categoria: Educação Especial; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-Relação com outras Disciplinas;
Instituição: Escola Especial Recanto Alegre (APAE Rio do Sul).
2
Aluno do Serviço de Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Intelectual (SAEDE/DI).
3
Aluna do Serviço de Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Intelectual (SAEDE/DI).
4
Professor Orientador, Escola Especial Recanto Alegre, patacca@gmail.com
5
Professora Orientadora, Escola Especial Recanto Alegre, apaers@hotmail.com
ANAIS – XXXFCMat

63
apenas um deles participou desta etapa do estudo, os outros 5 participaram das outras etapas
em sala de aula. Naquele sítio, identificou-se
identificou se várias árvores em um bosque, escolheu-se
escolheu 2
(duas) destas árvores para fazer-se
fazer se o estudo de “Matemática com Nozes”. Munidos de uma
trena métrica de 7,5m (sete metros e meio), algumas pequenas estacas
estacas feitas com cabos de
vassoura serrados, um rolo de fita zebrada para demarcar a área sob as árvores, pequenos
sacos plásticos para guardar as nozes recolhidas, fita crepe para identificar os sacos de
amostras, tesoura, martelo e uma planilha para anotações,
anota demarcou-sese e mediu-se
mediu a área sob
cada uma das árvores escolhidas onde havia concentração de nozes caídas. A área da árvore
número 1 (um) foi mensurada com 2 (dois) lados de 8 (oito) e 2 (dois) lados de 12 (doze)
metros lineares cada, formando uma área
área de 96m² (noventa e seis metros quadrados). A área
da árvore número 2 (dois) foi mensurada com 4 (quatro) lados de 9 (nove) metros lineares
cada, formando uma área de 81m² (oitenta e um metros quadrados). Dentro de cada área
definida para cada uma das árvores
vores em estudo, delimitou-se
delimitou se aleatoriamente 2 (dois) ou 3 (três)
quadrados menores com todos os lados de 1 (um) metro linear cada em locais bem distintos
uns dos outros. Contou-se se separadamente as nozes existentes dentro de cada um desses
quadrados e recolheu-se
se todas em sacos plásticos distintos e devidamente etiquetados com a
fita crepe. À medida que a pesquisa desenvolveu-se
desenvolveu se em campo, contemporaneamente
registrou-se
se os dados na planilha, tais como as medidas dos lados de cada área e
principalmente a quantidade
ntidade de nozes encontradas em cada amostra de 1m² (um metro
quadrado) assim como a qual árvore pertencia cada amostra.
A partir dos dados coletados e anotados na planilha, já em sala de aula, iniciou-se
iniciou o
processamento destes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao iniciar a análise dos dados coletados em campo, verificou-se


verificou se as dificuldades de
cada aluno em compreender numericamente o que havia sido feito em campo e o sentido de
tal atividade. Este era um resultado esperado pelo fato de tratar-se
tratar se de alunos com necessidades
neces
especiais. Contudo, cada um a seu modo, compreendeu total ou parcialmente o que se estava
fazendo, claramente, em amplitudes diferentes daquelas esperadas para alunos de escolas
regulares. Pode-sese afirmar também que considerando os níveis de deficiência
deficiência intelectual de
cada indivíduo, a matéria pôde ser assimilada muito bem pelos alunos.
A primeira análise feita foi nos dados da árvore número 1. Fez- Fez-se no caderno um
esboço com régua e lápis do que seria a área estudada e numa escala de 1:100 considerou-se
consider
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

que cada metro no campo valeria 1cm no papel. Reproduziu-se,


Reproduziu se, portanto, com um desenho de
12cm x 8cm a área desta árvore. Então, o próximo passo foi deduzir quantos centímetros
quadrados essa área teria. O retângulo de 12cm x 8cm foi dividido em pequenos
peque quadros de
1cm x 1cm e em seguida contou-se
contou se quantos quadradinhos de 1cm² havia no retângulo. Ao
concluir que havia 96 quadradinhos, efetuou-se
efetuou se numericamente a multiplicação 12x8 e
concluiu-sese que o resultado era o mesmo obtido ao contar os 96 quadradinhos
quadradin (não todos
alunos conseguiram fazer os cálculos, mas conseguiram contar os 96 com a ajuda do
orientador segundo o grau de déficit de cada um). Após trabalhar em sala de aula as ideias de
área e fixar-se
se o conhecimento de que uma área de 12cm x 8cm resultaresulta em 96 quadradinhos

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
de 1cm² e que isso pode ser lido como 96cm², passou-se para a segunda etapa do
processamento dos dados, a parte estatística.
Para dar um conceito mais palpável do que se estava fazendo, foram abertos os sacos
plásticos que continham as nozes coletadas em cada metro quadrado, as nozes foram
recontadas e o resultado de cada saco foi conferido com o que havia sido anotado na planilha
quando em campo. Considerou-se então o número de nozes encontrados na área da primeira
amostra, um total de 4 nozes. Em seguida, fez-se o mesmo com a segunda amostra e esta
continha 8 nozes. Como cada área de amostra media 1cm² no papel, somou-se as áreas das
duas e obteve-se 2cm² de amostras. Do mesmo modo, somou-se as nozes das duas amostras e
obteve-se um total de 12 nozes. Para obter-se uma média de quantas nozes havia em cada cm²,
apenas redistribuiu-se as 12 dividindo-as um pouco para cada amostra até que cada uma
ficasse com a mesma quantidade, ou seja, 6 unidades, em seguida o mesmo conceito foi
aplicado numericamente dividindo 12 nozes por 2cm² e verificou-se o conceito de divisão.
Assim ficou fácil deduzir que se cada m² no campo continha 6 nozes em média, então, os
96m² teriam estatisticamente 576 nozes. Deduziu-se isto multiplicando 6 nozes por 96
quadrados iguais. Esta foi a produção da árvore 1 constatada no dia 11 de julho de 2.014.
Depois de processar os dados da árvore 1 repetiu-se o mesmo processo para a árvore 2,
com a variante de que para esta havia 3 amostras.
A tabela abaixo mostra os dados coletados em campo e os calculados em sala de aula
para as árvores 1 e 2:

Tabela 1: Nozes coletadas em Ituporanga dia 11/07/2014.

NOZES COLETADAS DIA 11 / 07 / 2014


Árvore Estudada
Dado Unidade 1 2
Comprimento dos lados da área m 12,00 x 8,00 9,00 x 9,00
Área total estudada m² 96,00 81,00
Área total das amostras m² 2,00 3,00
Nozes da amostra 1 unidades/m² 4 14
Nozes da amostra 2 unidades/m² 8 17
Nozes da amostra 3 unidades/m² - 11
Total de nozes das amostras unidades 12 42
Média de nozes/amostra unidades/m² 6 14
Estimativa total de nozes/árvore unidades 576 1134

CONCLUSÕES

Conclui-se que a árvore que produziu mais nozes, estatisticamente, foi a número 2.
Mas nota-se também que antes que o estudo fosse feito, talvez outras pessoas tenham ido
ANAIS – XXXFCMat

65
recolher nozes da árvore 1 e que por isso havia tão poucas sob ela, provavelmente teria sido
melhor ter feito a pesquisa de campo no início da estação. Assim mesmo percebe-se percebe que
usando a matemática de forma adequada,
adequada, não é necessário contar todas as nozes uma a uma
para saber quantas são, pois pode-se
pode calculá-las.
A experiência com o estudo da “Matemática com Nozes” confirmou que algumas
crianças com dificuldades intelectuais em diferentes escalas podem assimilar
assimil relativamente os
mesmos conteúdos aprendidos por crianças sem diagnóstico de deficiência intelectual, mas
em ritmo e tempo diferentes. Conclui-se
Conclui se que para tal, pode ser útil e talvez necessário servir-
servir
se de variadas técnicas ou formas pedagógicas, nem sempre
sempre complicadas, mas alternativas e
interessantes. “O não uso de recursos e soluções que auxiliem os alunos com deficiências
intelectuais na superação de suas dificuldades funcionais no ambiente da sala de aula e fora
dela pode comprometer o seu sucesso no aprendizado.” (Dias de Sá, 2010, p. 01) Percebe-se
Percebe
também que as crianças que não assimilaram todos os conceitos do trabalho por possuírem
maiores dificuldades intelectuais do que as outras, não terminaram a experiência sem absorver
algum conhecimento. Até mesmo o fato de fazer parte de um grupo em busca de um objetivo
tocou na capacidade de socialização e de trabalho em grupo. Noutro sim, a matemática torna- torna
se mais atraente quando os alunos percebem que não é feita apenas de números, mas também
de padrões
es lógicos e úteis para a vida (Schoenfeld, 1992).

REFERÊNCIAS

SCHOENFELD, A. H. Learning to think mathematically: Problem solving, metacognition,


and sense making in mathematics. Em D. A. Grows (Ed.), Handbook of Research on
mathematics teaching and learning
rning (pp. 334 - 366). New York: Macmillan & NCTM, 1992.

DIAS DE SÁ, Elisabete. Educação inclusiva no Brasil: Material Pedagógico e Tecnologias


Assistivas, 2010. Disponível em:
<www.cnotinfor.pt/inclusiva/pdf/Tecnologias_assistivas_pt.pdf> Acesso em: 12.07.2014
12.0

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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
NADA SE PERDE TUDO SE REAPROVEITA1

SCHREIBER, Gian2; LUZ, Angelita Aparecida da3;


CUNHA, Josiane da4; SILVA, Verenice Cardoso da5.

RESUMO: O tema abordado Nada se perde tudo se reaproveita, foi desenvolvido através da observação das
sobras de alimentos. Para isso pesquisamos em nossa escola APAE DE POUSO REDONDO, com funcionários e
professores, os alimentos mais consumidos e apreciados. Os alimentos escolhidos para efetuarmos a pesquisa
foram o café, a maçã e o arroz, os quais são muito apreciados pela comunidade escolar. Foi apurado o consumo
diário, semanal e mensal de cada alimento e a quantidade de alimento que sobravam das refeições, os quais
teriam como destino o lixo, para então buscar métodos de reaproveitamentos destes alimentos em receitas
alternativas, diminuindo consideravelmente a quantidade de sobras que seriam desperdiçados. A partir dessa
pesquisa, percebemos que com um pouco de cuidado, dedicação, criatividade, e conscientização por parte de
todos podemos reaproveitar a grande maioria das sobras, e assim contribuirmos para que o futuro da humanidade
possa ser melhor e autossustentável. O desperdício é um mal que precisa ser combatido por todos e iniciado
preferencialmente nas escolas e também em nossas casas, pois não se consegue grandes mudanças mundiais
apenas pensando globalmente com grandes projetos, mas sim grandes mudanças do comportamento começam de
forma humilde com o próprio exemplo.

Palavras-chave: Alimentos. Sobras. Reaproveitamento.

INTRODUÇÃO

A idealização deste projeto partiu de uma simples conversa informal entre professores
da APAE, que perceberam que uma parte considerável de determinados alimentos, acabavam
tendo como destino o lixo.
A importância do tema não é meramente econômica, mas também de cunho social,
pois com o crescimento populacional em torno de 10% ao ano, conforme um estudo da ONU,
intitulado em junho de 2013, em 2025 a população mundial atingirá 8,10 bilhões de habitantes
e surgem dúvidas se o planeta será capaz de produzir alimentos em atitude suficiente para
atender a demanda. Daí a importância de educar e conscientizar a população para o melhor
aproveitamento e reaproveitamento dos alimentos.

Utilizar os alimentos em sua totalidade significa mais que economia. Significa usar
os recursos disponíveis sem desperdício reciclar, respeitar a natureza e alimentar-se
bem com prazer e dignidade. Desse modo torna-se fundamental a realização de
projetos de educação nutricional, que visem esclarecer a população sobre a
importância do reaproveitamento integral dos alimentos para melhoria do estado
nutricional, bem como apresentar alternativas de utilização desses alimentos.
(BRASIL, 2004, p.08).

Este assunto se estendeu para dentro da classe escolar e a partir destas discussões, foi
implementado o projeto Nada se perde tudo se reaproveita, com o objetivo de conscientizar os
alunos, professores e as famílias sobre a importância do tema: de como alterará as suas rotinas

1
Categoria: Educação Especial; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-Relação com outras Disciplinas;
Instituição: Apae – Pouso Redondo.
2
Aluno Expositor.
3
Aluna Expositora.
4
Professora Orientadora, Apae Pouso Redondo.
5
Professora Orientadora, Apae Pouso Redondo.
ANAIS – XXXFCMat

67
e os benefícios quee uma atitude mais apropriada, em relação à utilização responsável dos
alimentos trará á suas vidas, tanto financeiramente, como socialmente.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (WHO, 2001), a escola é considerada um
espaço privilegiado para a construção
construção de conhecimento, autonomia, capacidade decisória bem
como para ampliar o acesso à informação e saúde e nutrição.
Isso porque a escola é um espaço social onde muitas pessoas convivem, aprendem e
ficam a maior parte de seu tempo. Também é na escola que os programas de educação
voltados para alimentação podem ter maior repercussão na vida dos alunos das suas famílias e
da comunidade na qual estão inseridas.

MATERIAL E MÉTODOS

No início do ano letivo manifestamos o interesse em desenvolver um projeto para


pa a
feira regional de matemática e escolhemos o tema sobre reaproveitamento das sobras dos
alimentos em nossa escola.
Fizemos uma pesquisa em nossa escola, com a merendeira para sabermos quais
alimentos eram mais consumidos e também mais desperdiçados. Após Após efetuarmos a pesquisa
com alunos e funcionários, os alimentos mais votados, foram o café, a maçã e o arroz.
A partir daí calculamos o consumo mensal/semanal/diário de cada alimento, bem
como suas sobras. Para então dar início ao reaproveitamento dessas sobras dos alimentos.
A participação dos alunos no desenvolvimento das atividades permitiu a construção
conjunta do conhecimento em relação ao tema proposto, caracterizando-se
caracterizando por ouvir e
interagir com o grupo atribuindo significados aos conhecimentos que foram estabelecidos a
partir de suas prévias.
Os alunos representantes para a feira de matemática regional tiveram total
envolvimento com o projeto, desde a conscientização da comunidade escolar até o preparo
dos alimentos com as sobras.
Feito isso, busca-se
se saber o caminho do desperdício no Brasil, onde confeccionamos
uma maquete com a rota do desperdício para um melhor entendimento de todos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Reaproveitamento das sobras da Maçã.


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São comprados 32 kg/mês, são servidos 8 kg, 3 vezes por semana.


Deste total, aproximadamente 1 kg seria desperdiçado ao final da semana, porém o
desperdício é evitado ao utilizarmos às sobras na confecção de geleia à base de maçã.
Podemos ainda reutilizar para fazermos vitaminas, saladas de frutas. Levamos uma geleia
com as sobras das maçãs para os visitantes experimentarem e também a receita dessa geleia.

Ingredientes para geleia de maçã:


• 1kg de maçã
• 3 xícara de açúcar
• Cravo e canela a gosto

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Modo de preparo: Em uma panela alta, adicione as maçãs cortadas em cubos, o
açúcar, o cravo e a canela. Deixe ferver em fogo baixo até engrossar como geleia. Sirva com
torradas e pães.

Reaproveitamento das sobras de arroz

São consumidos 15 kg de arroz mensalmente. Semanalmente são servidos 3,75kg de


arroz 3 vezes por semana.
Há uma sobra de aproximadamente 250gr de arroz a cada dia em que o alimento é
servido. Na semana sobram em média 750gr a 800 de arroz cozido. Com essa sobra podemos
fazer até 8 pães. Evitando que sejam desperdiçados em 1 mês até 3,5kg de arroz.

Ingredientes para pão de arroz:


• 200 ml de leite morno
• 2 colher de margarina
• 1 copo de açúcar
• 1 colher rasa de sal
• 1 ovo
• 100 gr de arroz cozido
• 3 xícaras de farinha de trigo
• 1 colher de fermento de pão

Modo de preparo: Bata o arroz no liquidificador e reserve, após coloque o leite morno,
açúcar, sal, fermento, margarina, ovo e mexa.
Coloque o trigo e misture bem. Coloque no forno para assar. Asse em forno médio por
40 minutos.

Reaproveitamento das sobras de Café

Em nossa escola são servidos diariamente 3 refeições para 22 pessoas. No final de um


dia são 66 pessoas.
São comprados mensalmente aproximadamente 20 pacotes de 500 grs. de café. Que
correspondem ao consumo de 10 k de café mensal. Sabendo que 1 pacote de 500 grs., da para
fazer 6 l de café, que equivalem á 120 copos de 50 ml, ou seja daria para 2 dias. No final de 1
mês sobrariam sobram 500 ml., cerca de 6 l, que seriam desperdiçados.
Com essas sobras são feitos cookies, brigadeiros, podemos ainda utilizar a borra do
café como fungicida em hortas, são inúmeras formas para reutilizar as sobras de café.

Receita do Cookies com café


Ingredientes
2x de trigo
1\2 colheres de sal
ANAIS – XXXFCMat

69
1 colher de fermento em pó
3\44 de açúcar mascavo
2 ovos
1xicara da sobra de café (amargo)
150gr de chocolate picado
cado

Modo de Preparo

Bata os ovos com o açúcar e o café até ficar um creme, após coloque o restante dos
ingredientes. Unte uma assadeira e coloque colheradas da massa, asse por 20 minutos.

Maquete

Elaboramos essa maquete com o intuito de conscientizar todos, pois segundo


pesquisas o desperdício dos alimentos começa no campo, continua no transporte, na
armazenagem e na comercialização, para se fechar na cozinha do consumidor.
Os alimentos quando usados em sua totalidade significa além da economia usar sem
s
desperdício os recursos disponíveis, respeitando a natureza e alimentando-se
alimentando se bem.
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CONCLUSÕES

Concluímos que o desperdício dos alimentos pode ser prevenido através da educação,
pelo esclarecimento dos alunos e da comunidade sobre a utilização dos alimentos,
alim além de
uma alimentação alternativa pode servir de auxilio para a economia dos indivíduos, e também
auxiliar na diminuição do lixo que é produzido.
Esse trabalho possibilitou aos alunos a compreensão de varias situações fazendo com
que eles construíssem
ssem conhecimentos com uma postura cientifica. E desta maneira observou-
observou
se que trabalhar de forma dinâmica tornou as aulas mais atrativas, divertidas e os conteúdos
foram absorvidos de forma mais clara. Considerando sem duvida o grande facilitador de

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
nosso projeto, foi a pratica, pois foi através dela que os alunos conseguiram fazer uma ponte
entre o abstrato para o concreto.
Também foi muito importante e produtiva a interação da comunidade onde foi
possível a concretização de alguns saberes na prática, incluímos em nossa melhoria de hábitos
alimentares tanto por parte dos alunos, quanto dos professores e funcionários, proporcionando
uma melhor utilização dos alimentos e consequentemente um acréscimo na qualidade de vida
e também respeito ao ambiente.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Cozinha Brasil Serviço da Indústria Conselho Nacional- São Paulo- Edição- Os
direitos dessa edição estão reservados ao Serviço Social da Indústria Departamento Regional
de São Paulo- Julho 2004.

FERREIRA, José Doutor Sistema de Ensino Cnec. Uberaba: 2014. V.2.p.28

EMBRAPA.http: //www.consciencia.net/2003/09/06/comida.html acesso em 22/08/2014.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Geneva: WHO, 1997. apud: IRALA,C.H.


ANAIS – XXX FCMat

71
TABUADA ESTICA E PUXA1

BELIZÁRIO, Joana Cristina2; DORNELES, Diozeffer3;


FAGUNDES, Glória de Oliveira4; RODRIGUES, Ruth5.

RESUMO:: A Tabuada Estica e Puxa tem o objetivo de despertar no aluno o desejo de aprender a tabuada,
considerando as possibilidades de compreensão através de experiências significativas que se propõe através do
jogo, em caráter lúdico, permitindo relações matemáticas numa quantidade bem maior do que com exercícios e
propostas únicas e pré-estabelecidas.
estabelecidas. Neste sentido, buscamos formas diferenciadas de apresentar aos nossos
alunos do Serviço de Atendimento Educacional Especializado uma forma diferente e divertida de calcular. A
partir deste preceito utilizamos algumas estratégias
estratégias no uso do jogo. Onde ao identificar o número, basta brincar
com a tabela, esticando um elástico de um número ao outro. Ao fechar o quadrado o resultado será encontrado.
Vivenciar a matemática utilizando ferramentas lúdicas e divertidas proporciona
proporciona um entendimento facilitador para
os alunos que se apropriam de conhecimentos essenciais de forma mais clara e positiva, o retorno é
extremamente prazeroso para todos os envolvidos.

Palavras-chave:: Diversidade. Tabuada. Lúdico.

INTRODUÇÃO

O trabalho foii realizado no Serviço de Atendimento Educacional Especializado


(SAEDE), com os alunos ativos da modalidade de ensino da Educação Especial, tendo como
foco principal a aluna Joana Cristina Belizário com diagnóstico de Paralisia Cerebral, e o
aluno Diozefferr Dornelles com Síndrome de Down. Estendendo a divulgação a toda equipe
técnico-pedagógica,
pedagógica, alunos do Centro de Educação de jovens e Adultos de Itajaí e familiares
que dispuseram a brincar nas horas livres e finais de semana, auxiliando na confecção dos
materiais.
Iniciou-se
se com uma avaliação diagnóstica dos conhecimentos prévios dos alunos em
relação a questões matemáticas, nesse caso, a tabuada. Também possibilitou desenvolver
estratégias de trabalho em grupo, que ajudou a analisar as relações que faziam com
número/quantidade/adição/subtração. Percebeu-se
Percebeu se então a interação dos alunos, a importância
da liderança e do gerenciamento dos conflitos que foram surgindo durante o desenvolvimento
da brincadeira.
Neste sentido, trabalha-se
trabalha também o respeito às regrasas que são parte fundamental na
capacidade adquirida através dos jogos e brincadeiras. Este tipo de atividade lúdica possibilita
o amadurecimento do aluno, visando o aprofundamento nos diferentes tipos de linguagem
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

utilizados para a execução deste trabalho que foram a comunicação verbal, a comunicação
alternativa, a comunicação não verbal e a matemática. Dentro de cada especificidade e
respeitando os limites e conhecimentos de todos, a partir daí os alunos começam a adquirir
conceitos matemáticos, aprendendo
aprendendo a tabuada brincando. Enquanto isso, internalizam o
conhecimento e memorização dos numerais.

1
Categoria: Educação Especial;; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos;; Instituição: Centro de educação de
Jovens e Adultos - Itajaí.
2
Aluna do Centro de Educação de Jovens e Adultos, joana.belizario.7@facebook.
3
Aluno do Centro de Educação de Jovens e Adultos, diozeffer2011@hotmail.com.
diozeffer2011@hotmail.com
4
Professora Orientadora, Centro de Educação de Jovens e Adultos, gloriafagun@gmail.com.
gloriafagun@gmail.com
5
Professora Orientadora, Centro de Educação de Jovens e Adultos, ruthcassia3@gmail.com.
ruthcassia3@gmail.com

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
A partir de um planejamento organizado do educador, o jogo torna-se desafiador em
busca de alcançar metas e resultados, estimulando a cooperação e a oportunidade de socializar
com o grupo, em geral.
Pensando que, os jogos são mais adequados para o desenvolvimento de habilidades de
pensamento, do que para o trabalho com alguns conteúdos específicos. As regras e os
procedimentos devem ser apresentados aos jogadores antes de iniciar a partida e
preestabelecer os limites e possibilidades de ação de cada jogador. A responsabilidade de
cumprir normas e zelar pelo seu cumprimento, encoraja o desenvolvimento da iniciativa, da
mente, alerta e dá-se confiança em dizer honestamente o que pensa, assimila a atividade com
coisas do dia a dia como datas, idades, receitas de bolo, entre outros conceitos de vida diária.
Como vimos, os jogos em sala de aula são importantes, diante disso é que optamos por
trabalhar esse projeto, que visa ocupar um horário nas aulas de Matemática, para permitir que
a exploração do grande potencial dessa estratégia, dos processos de solução, registros e
discussões sobre possíveis caminhos a surgir.

MATERIAL E MÉTODOS

Pensando em um trabalho em equipe, onde fosse possível envolver a maior quantidade


de alunos e equipe técnico-pedagógica divulgamos a intenção da construção de um material
capaz de envolver e desafiar os envolvidos na construção do jogo.
Para construir o material, foi utilizado: EVA, elásticos, cola quente, cola adesiva, folha
de papel contact, papel cartão e materiais reciclados como: tampinhas de garrafas pet e
papelão.
Confeccionou um tabuleiro de papelão com os números dos resultados da tabuada, no
qual, dispuseram as tampinhas de garrafas para apoiar o elástico e evidenciar o número
escolhido. Também, fizeram cartões com números grandes para que oportunizasse outros
participantes.
Com auxílio dos alunos, foi-se acrescentando e modificando a cada jogada, ou seja,
onde notava-se necessidades de adaptações para qualificar e atender as limitações dos
jogadores participantes. Percebe que, no manuseio do material, na repetição dos movimentos
há desgaste dos objetos escolhidos, por isso, pensa em atenção minuciosa na escolha dos
materiais para garantir a durabilidade do tabuleiro e a facilitação no desenvolvimento no
decorrer da brincadeira.
Ao iniciar a brincadeira, pede-se que um voluntário escolha dois números. Exemplo: o
número 5 e 3. Alguém afirma que: O número escolhido foi: 5X3 que o resultado será
mostrado no tabuleiro. Outro participante estica o elástico de uma tampinha a outra, nas duas
extremidades e o resultado aparecerá entre o cruzamento dos dois elásticos. Cada participante
tem a sua vez de escolher o número ou esticar o elástico. E assim, sucessivamente, pode-se
trabalhar com grandes e pequenos números de participantes.
Diante disso, aprimorou-se do pensamento lógico, de que a tabuada nada mais é do
que uma sequência de adições. Exemplo: 2+2+2 é igual a 2X3 que é igual a 6, esta aplicação
sistemática das tabelas leva as deduções. Porém, ao utilizarmos a “Tabuada Estica e Puxa”, os
envolvidos desenvolveram as Funções Psicológicas Superiores de raciocínio lógico, atenção,
memória, linguagem, percepção, formação de conceitos, que vão estruturando o pensamento
ANAIS – XXX FCMat

73
de acordo com as relações estabelecidas diante da brincadeira “Tabuada Estica e Puxa”. Vale
lembrar que, também utilizou-se
utilizou se a comunicação alternativa como ferramenta fundamental
neste processo, já que a aluna Joana faz uso nos atendimentos do Serviço de Atendimento
Educacional Especializado (SAEDE).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com a UNESCO, abordar conteúdos do planejamento com o auxilio de


jogos e brincadeiras auxiliam no desenvolvimento de competências
competências tais como: raciocínio
lógico,, integração, auxilia na identificação, avaliação e valorização das suas possibilidades,
limites e necessidade. Sob esta perspectiva, buscam-se
buscam se formas e experiências que levam os
alunos a desenvolver processos psicológicos superiores,
superiores, tendo em vista atividades
matemáticas.
Almeida (2001), diz que, desperta no aluno a vontade de aprender através dos desafios
propostos. Kishimoto (2003) também destaca que o jogo leva a criança ao mundo das ideias e
também desenvolve a sua atenção e a memória ativa. Diante disso, podemos refletir sobre a
importância do lúdico nas mais diversas atividades que propostas aos alunos.
Podemos considerar também, o jogo como processo fundamental para o
desenvolvimento do raciocínio, pois contribui na vida vida diária dos alunos, desde um simples
calculo até uma multiplicação de produtos comprados em um supermercado (MACEDO,
PETY e PASSOS, 1997).
Diante disso, sentiu-se
se a necessidade de inserir atividades como jogo e brincadeira que
são considerados como um instrumento
strumento que impulsiona a aprendizagem, pois auxilia a criança
na consolidação de habilidades e destrezas importantes para seu desenvolvimento, e por ter
um papel fundamental sobre o desenvolvimento psicológico. Por isso, não devemos privar
nossos alunos de atividades assim e abandonar a ideia de que a brincadeira é incompatível
com a aprendizagem e destacando que o prazer, a diversão e o entretenimento derivados da
atividade lúdica, também são incompatíveis com a aquisição de novos conhecimentos e
habilidades (ORTIZ, 2005).
Portanto, trabalhamos a questão da tabuada de maneira descontraída, saindo do
tradicionalismo, de seguir 2x1=, 2x2=, 2x3=, trazendo um conteúdo de forma prazerosa e
divertida, onde todos, independentemente de suas limitações podem aprender
apren brincando de
esticar.
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CONCLUSÕES

Considerando o objetivo de despertar no aluno o desejo de aprender a tabuada, que é


utilizada em todo o mundo, e que as possibilidades de compreensão através de experiências
significativas se propõem através do jogo,
jogo, construímos uma visão lúdica, que permitiu
relações matemáticas em quantidade maior do que com exercícios e propostas únicas e pré-
pré
estabelecidas. Sendo assim, mostrou-se
mostrou se ao aluno que é possível aprender algo complexo,
buscando o reconhecimento de suas potencialidades
potencialidades demonstrando o quanto aprendemos
brincando e respeitando a singularidade de cada um.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Possibilitou a desenvolver estratégias de trabalho em grupo, cooperação, apropriar de
conceitos, no qual ajudou a analisar as relações que faziam com
número/quantidade/adição/subtração. Percebeu-se então a interação dos alunos, a importância
da liderança e do gerenciamento dos conflitos que foram surgindo durante o desenvolvimento
da brincadeira.
Uma proposta baseada nas teorias histórico-sociais, que busca promover um caminho
pedagógico voltado para a construção de conceitos que visem à busca de um ser humano
completo: social, histórico e culturalmente apto a fazer a diferença no meio em que vive.
Percebemos que, embora, uma brincadeira simples para muitos, mas a superação dos
participantes dentro de suas limitações foi de grande aprendizagem e sentimentos de
superação e conquistas. Concluímos que estes tópicos estão sendo alcançados através da
realização lúdica de brincadeiras de esticar no tabuleiro da “Tabuada Estica e Puxa”.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M.E.B. Educação, projetos, tecnologias e conhecimento. São Paulo: PROEM,


2001.

KISHIMOTO, T.M. Jogo brinquedo, brincadeira e educação. São Paulo: Cortez, 2003.

MACEDO, L. Ensaios construtivistas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.

MACEDO, L; PETTY, A.L.S. & PASSOS, N.C. Quatro cores, senha e dominó: Oficinas
de jogos em uma perspectiva construtivista e psicopedagógica. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 1997.

UNESCO.
ANAIS – XXXFCMat

75
RESUMOS ESTENDIDOS
EDUCAÇÃO INFANTIL

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
A MATEMÁTICA NA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL1

CARNIEL, Ana Luiza2; RENKEN, Artur3;


SCHNEIDER VIEIRA, Simone4; FORTUNATO, Vaneide5.

RESUMO: A matemática é utilizada no nosso cotidiano assim como no da criança, deve ser trabalhado o que
faz parte desse universo infantil como a idade, o corpo, os brinquedos, as músicas, a alimentação, comparações,
os jogos e brincadeiras. Desta forma serve de instrumento para interpretação das coisas que rodeiam nossas vidas
e o mundo, formando assim pessoas conscientes para a cidadania e a criatividade e não somente como
memorização e alienação. Na educação infantil a criança aprende a comparar, a medir o que é maior e menor,
pequeno e grande, alto e baixo, dentro e fora, em cima e embaixo e essas e outras aprendizagens ele traz para seu
dia a dia. Através desse método que se propiciam trocas de informações e situações que favorecem o
desenvolvimento dos alunos, podem criar e aprender conceitos matemáticos através da ludicidade que atrai e
explora a atenção e a reflexão.

Palavras-chave: Matemática. Alimentação. Ludicidade.

INTRODUÇÃO

A educação infantil é um espaço privilegiado para a aquisição de noções básicas de


conceitos matemáticos. O ensino dessa disciplina deve ter a finalidade de construir um saber
que possibilite as crianças a pensar e a refletir sobre o seu cotidiano através de experiências
vivenciadas. Isso será possível se os mesmos tiverem contato cada vez mais cedo com
propostas atrativas que ampliem seus conhecimentos. Este projeto surgiu através de outro já
existente na unidade (Cesta de Frutas). Além de estimular uma alimentação saudável
procuramos desenvolver propostas que contemplassem a construção de conceitos através de
construção de jogos como: do dominó, memória, quebra cabeça, sudoku entre outros.
Registros de receitas colocadas em prática e exploradas de diversas formas como no preparo e
na degustação.
O objetivo deste trabalho foi promover o consumo de alimentos saudáveis e a
consciência de sua contribuição para a promoção da saúde de uma forma atraente, lúdica e
educativa se apropriando de diferentes conceitos matemáticos. Brincando, jogando, cantando,
ouvindo histórias, as crianças estabelecem conexões entre seu cotidiano e a Matemática, e
entre a Matemática e as demais áreas de conhecimento. O ensino de conceitos matemáticos
nesta idade deve-se priorizar o ato de brincar, pois assim a criança consegue estabelecer
variados vínculos entre as características de seu papel, suas habilidades e competências e
comparando com seus pares, fazendo uma relação significativa para seu desenvolvimento.
Além dessa conscientização queremos desenvolver algumas noções matemáticas com
a turma do Pré II e achamos que o tema nos oferece a possibilidade de explorar vários
conceitos que a criança precisa adquirir nesta fase como: cores, formas, tamanhos, texturas,
quantidades, diferenças e semelhanças entre outros.

1
Categoria: Educação Infantil; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: CEI Professora Teresa Raquel Sabel de Araújo – Blumenau.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, CEI Professora Teresa Raquel Sabel de Araújo.
5
Professora Orientadora, CEI Professora Teresa Raquel Sabel de Araújo, vaneidebnu@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

77
O tema permite um trabalho interdisciplinar relacionados a alimentação saudável,
ampliando o conhecimento das crianças sobre o tema, envolvendo conhecimento em diversas
linguagens. As crianças precisam conhecer a importância de adotar hábitos de uma
alimentação saudável desde cedo, conhecendo o valor nutritivo das frutas.

Segundo o Referencial curricular nacional para a Educação Infantil, "a abordagem


da Matemática tem a finalidade de proporcionar oportunidades para o aluno a fim de
que possa se comunicar matematicamente, ou seja, descrever, representar e
apresentar resultados argumentando a respeito de suas conjecturas, utilizando, para
isso, a linguagem oral e a representação por meio de desenhos e da linguagem
matemática." (Ministério da Educação e do Desporto/Secretaria do Ensino
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília:
MEC/SEF, 1998.)

MATERIAL E MÉTODOS

Para o desenvolvimento deste projeto foi utilizada pesquisas bibliográficas e internet,


construções de gráficos e jogos, preparos de receitas, literaturas e experiências.
Através do Projeto Cesta de Frutas que desenvolvemos no CEI exploramos as
diferentes frutas trazidas pelas famílias oportunizando todas as crianças conhecerem e
degustarem de diferentes formas: piquenique, sucos, bolos, salada de frutas. Fazendo o
registro das receitas a criança compreende a função da matemática observando as medidas de
quantidade de cada ingrediente para o preparo da receita.
Dentro do Projeto da sala “Quatro elementos e um só planeta” quando trabalhamos o
elemento Água fizemos uma pesquisa sobre onde podemos encontrá-la e através de pesquisa
descobrimos que as frutas possuem muita água e com essas informações construímos um
gráfico.
Sabendo da importância que tem trabalhar os sentidos nesta fase o manuseio das frutas
se torna indispensável para descobrirem a textura, o cheiro, o tamanho e o gosto das mesmas.
Através do uso de jogos como quebra-cabeça, dominó e memória com imagens de
frutas e legumes as crianças desenvolvem a linguagem oral e o raciocínio lógico fazendo
comparações além do rico momento de estarem interagindo em pequenos e grandes grupos.
Ouvir histórias sobre a Alimentação Saudável nos faz refletir sobre nossos hábitos e a
turma foi mais além, pois escolheram e dramatizaram uma peça de teatro para as demais
turmas do CEI, algumas da escola e alguns pais presentes. A peça escolhida foi “A galinha
ruiva” e todos se envolveram na mesma.
Além de nos alimentar descobrimos que alguns alimentos servem de tintas e com elas
podemos criar o que quisermos. Fizemos tintas de beterraba, cenoura, couve, urucum, repolho
roxo e outros.
A fração faz parte do nosso dia a dia e temos que demonstrar isso de forma prática
para que o entendimento seja fácil. Dividindo as frutas em partes a criança acompanha e conta
percebendo que podemos dividir uma fruta em quantos pedaços quiser.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
RESULTADOS E DISCUSSÃO

O projeto cesta de fruta existe no CEI desde 2012 e surgiu com o objetivo de
promover uma alimentação saudável as crianças estimulando-as a degustarem as diferentes
frutas trazidas. Neste projeto a cada semana uma turma fica responsável em trazer as frutas e
preparar algo diferente para interagirem com todas as demais. Nos momentos que foram
preparadas as culinárias descritas no item um observamos que as crianças se envolveram no
preparo, questionando as receitas e fazendo descobertas comparando a textura e o gosto das
frutas. Mostraram interesse em compartilhar com seus familiares levando as receitas para
fazer em casa.
Referente ao item dois mencionado acima fizemos uma conversa com a turma
questionando onde encontramos água e cada um opinou conforme pensava. Entre as respostas
surgiram às frutas e com isso desenvolvemos uma pesquisa sobre a quantidade de água
existente nas frutas e com o resultado montamos um gráfico.
Explorando os sentidos realizamos algumas brincadeiras dentre as quais as crianças
descobriam a textura, os cheiros, o tamanho, os sabores e o peso das frutas. Numa delas a
criança de olhos vendados manuseava a fruta tentando descobrir qual era. Já na brincadeira da
dança da laranja em duplas deviam dançar segurando a fruta entre eles sem utilizar as mãos. E
com isso ouvimos falas do tipo: A laranja é pesada vai cair!
Através dos jogos mencionados no item 4 obtivemos mudança de interesse no grupo
que antes demonstrava interesse por brincadeiras livres e hoje preferem trabalhar o raciocínio
através dos jogos. No quebra cabeça das frutas as crianças adquiriram noção do todo e das
partes resolvendo pequenas situações problemas. No jogo da memória as crianças fazem
comparações observando a forma e as cores das imagens formando os pares iguais. Jogando
dominó as crianças associam as imagens aproximando as iguais. Já no jogo da maçã onde o
objetivo é compreender a quantidade a criança deve jogar o dado e conforme o número virado
retirar o mesmo de frutas da macieira.
No decorrer do projeto utilizamos algumas literaturas para enriquecer o tema onde
abordamos O sanduíche da Maricota (Avelino Guedes) no qual preparamos sanduíches
naturais com alfaces plantados e colhidos por eles e A galinha ruiva de (Elza Fiuza) no qual
resultou em uma peça de teatro a qual todos se envolveram.
Além de nos alimentar descobrimos que alguns alimentos são usados para outros fins
como tinturas. Produzimos na sala com a turma alguns pigmentos naturais com alimentos
conhecidos e outros nem tanto como o urucum. Com as tintas produzidas as crianças puderam
explorar uma nova técnica de pintura. Durante a pintura foram observadas reações
diferenciadas e comentários como: Ai como essa tinta é mole! Que cheirinho bom! Para
melhor compreender o conceito fração descrito no ultimo item procuramos trabalhar de
maneira lúdica usando primeiramente massa de modelar dividindo pequenas porções em
partes por nós determinadas. Depois de explorarmos o faz de conta preparamos uma pizza de
verdade onde auxiliaram no preparo da massa observando as medidas de quantidade,
escolhendo os sabores e ajudando na partilha contando em quantos pedaços deveriam ser
divididas as pizzas.
ANAIS – XXXFCMat

79
CONCLUSÃO

Analisando os jogos e brincadeiras desenvolvidas nesse projeto, conclui-se que a


matemática está presente em várias situações do nosso cotidiano. A ludicidade envolvida nas
propostas fez com que o grupo compreendesse de forma mais prazerosa os conceitos
matemáticos. O objetivo principal foi alcançado visto que hoje muitas crianças aceitam
degustar o que antes recusava.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria do Ensino Fundamental.


Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC; SEF, 1998.

FIUZA, Elza. A galinha ruiva. Ed. São Paulo: Melhoramentos, 1991, p. 14.

GUEDES, Avelino Pereira. O sanduíche da Maricota. 5º ed. São Paulo: Moderna, 1994, p. 23.
http//:patriciaotavidson.com.br/blog/teor-de-água-nas-frutas

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
A ROTINA E A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL1

MAY, Stefany Gabriel Valansuelo2; NOERENBERG, Cimara Batista da Silva3;


OENNING, Terezinha4.

RESUMO: Esse trabalho foi realizado na turma do Jardim III, com o objetivo de desenvolver conceitos
matemáticos como: noções de tempo, relação número/quantidade, noções de adição e subtração, cores e gráficos.
O projeto desenvolveu-se em torno da rotina escolar, que é uma sequência de atividades que visam a organização
do tempo em que todos permanecem na escola, através de registros, jogos e brincadeiras aplicadas diariamente,
de forma lúdica. Conclui-se que, a rotina é uma forma prazerosa de ensinar e aprender matemática e através dela
foi possível atingir os objetivos visados.

Palavras-chave: Educação Infantil. Matemática. Rotina Escolar.

INTRODUÇÃO

Este projeto foi desenvolvido na Educação Infantil – Jardim III,do Centro Educacional
Prefeito Luis Adelar Soldatelli. A turma é composta de crianças com idade entre 5 e 6 anos.
O projeto inicial “Turma da Foca”, permitiu que aprendêssemos a pesquisar, pois
acrescentou nosso conhecimento e também nos proporcionou uma iniciação para a leitura e a
escrita, porém, ainda tínhamos dificuldades em nomear numerais, associar
número/quantidade, identificar tempo e reconhecer as cores. Vimos então, na rotina da própria
sala, uma oportunidade para desenvolver e contemplar de forma mais efetiva esses conceitos
matemáticos.
O Projeto “A Rotina e a Matemática na Educação Infantil” surgiu com o objetivo de
desenvolver os conceitos matemáticos de noções de tempo, relação número- quantidade,
noções de adição, subtração e leitura gráfica.
Começou-se então a trabalhar a rotina de forma mais direcionada, através de
atividades de registro individual, coletivo e jogos que contribuíram ainda mais para a
construção do conhecimento.
A rotina escolar é uma sequência de atividades que visam à organização do tempo em
que todos permanecem na escola. A rotina é determinada por alguns marcos temporais: a
chegada, a roda de conversa, o lanche, o almoço, a higiene, o descanso e as atividades do dia.
Ela permite a melhor organização do tempo em que se permanece na escola e diminui a
ansiedade, pois se sabe com antecedência o que será feito no período escolar. As atividades
organizadas, além de facilitar a aprendizagem, contribuem direta ou indiretamente para a
construção da identidade e da autonomia.

A rotina deve envolver os cuidados, as brincadeiras e as aprendizagens orientadas. A


apresentação de novos conteúdos às crianças requer sempre as mais diferentes
estruturas didáticas, desde contar uma nova história, propor uma técnica diferente de
desenho até situações mais elaboradas, como, por exemplo, o desenvolvimento de

1
Categoria: Educação Infantil; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: Centro Educacional Prefeito Luiz Adelar Soldatelli - CEPLAS - Rio do Sul.
2
Aluna do Jardim III B do Centro Educacional Prefeito Luiz Adelar Soldatelli – CEPLAS.
3
Professora Orientadora, Centro Educacional Prefeito Luiz Adelar Soldatelli, cimara.bs@hotmail.com.
4
Professora Orientadora, Centro Educacional Prefeito Luiz Adelar Soldatelli, tere_oenning@yahoo.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

81
um projeto, que requer um planejamento cuidadoso com um encadeamento de ações
que visam a desenvolver aprendizagens específicas. (BRASIL, v. 1, 1998, p. 54, 55)

O problema de pesquisa envolveu situações e questionamentos como: Que dia da


semana é hoje? E qual o dia do mês? Ontem foi que dia? E amanhã, que dia será? O que
vamos fazer hoje? Qual o horário da brincadeira livre? Quando vamos fazer a atividade de
registro? Que atividades serão realizadas
realizadas nesse dia da semana? Quantas meninas e quantos
meninos vieram? Qual o total de crianças? Qual o número maior: de meninos ou o de
meninas?
Como resultado dos questionamentos, realizou-se
realizou se atividades diárias de organização
coletiva da rotina, jogos e registros
registros individuais, que permitiram a construção do
conhecimento, ajudando-nos
nos na localização do tempo e compreendendo a forma como nele
estamos inseridos, diminuindo assim a ansiedade, pois sabíamos o que iríamos fazer e a
sequência de cada atividade realizada
rea no decorrer do dia e da semana.

MATERIAIS E MÉTODOS

Primeiramente construímos um quadro com os dias da semana com papel cartão sendo
que cada dia foi representado por uma cor, contendo figuras para representar as atividades
específicas do dia (figura.
ura. 01).
Diariamente, na Roda de Conversa, organizávamos a nossa rotina fazendo o sorteio
de dois ajudantes que auxiliavam a turma nas necessidades do dia (figura 02).
Com um marcador, marcávamos o dia da semana em que estávamos e no quadro da
rotina, fazíamos
azíamos a sequência de atividades a serem desenvolvidas naquele dia. Em seguida, no
calendário mensal, fazíamos de forma coletiva e individualmente a pintura do dia do mês
correspondente ao dia da semana (figura 03) e em outro cartaz colocávamos fichas com a
escrita das atividades a serem desenvolvidas naquele dia na sequência em que estas iriam
acontecer (figura 04).
Construímos o “Jogo do Maior e Menor” com cartelas e numerais, onde colocávamos
os numerais correspondentes ao número de meninos e meninas presentes
presentes no dia, sinalizando
com a “boca do jacaré” aberta para o lado onde havia mais crianças e também fazendo a
correspondência da quantidade com tampinhas de garrafas pet (figura 05).
Com o propósito de fixar o reconhecimento das quantidades e da identificação
identi de > e
< (maior e menor), foram construídas cartelas contendo duas colunas de numerais, onde era
XXX Feira Catarinense de Matemática

oferecido a cada criança uma cartela e “boquinhas de jacaré” construídas com palitos de
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

picolé, realizando então competições para ver quem conseguia preencher preencher primeiro e
corretamente a cartela com os sinais (figura 06).
Utilizamos duas cartelas de cores diferentes, uma para os meninos e outra para as
meninas, contendo espaço para colocar o numeral e também dez rostinhos. Um ajudante
colocava o número de meninos e o outro o número de meninas e depois fazia a subtração,
tirando de dez, a quantidade necessária para ficar o número correto de meninos ou de meninas
presentes (figuras 10, 11, 12).
Organizamos o cartaz dos aniversários, colocando todos os meses do d ano e marcando
em cada mês o dia em que alguém da turma estava de aniversário. Através dele construímos
o gráfico dos aniversários da “Turma da Foca” em 2014, em uma folha contendo os meses do

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
ano na sequência e tabela de numerais, onde foram colados pedaços de EVA para representar
a quantidade de aniversariantes em cada mês. Essa atividade foi feita de forma coletiva e
depois individualmente (figuras 08 e 09).
Registramos as atividades de cada dia, em folha A4, onde já estavam escritas as
atividades desenvolvidas, com espaço para preencher as atividades específicas daquele dia e
também realizar o reconhecimento da cor escolhida para o representar (figura 07).
O “Jogo da Memória” foi construído com cartelas de cores diferentes, conforme as
escolhidas para representar os dias da semana e a escrita dos mesmos. Este jogo foi utilizado
para fixar o reconhecimento das cores bem como os dias da semana de forma lúdica.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A atividade referente aos dias da semana, conforme a figura 01, foi desenvolvida
diariamente de forma coletiva, com auxílio de todos, que já conseguiam reconhecer as
atividades específicas de cada dia e as cores correspondentes a eles.

Figuras 01. Organização dos dias da semana. Figura 02. Registro do Sorteio dos Ajudantes.

Fonte: Acervo das professoras.

Nas atividades que eram desenvolvidas diariamente, conforme as figuras 03 e 04,


conseguimos reconhecer a sequência dos numerais e os dias da semana com facilidade;
porém, quanto ao mês e ao ano em que estamos, ainda encontramos dificuldade.

Figura 03. Calendário Mensal – mês de Julho. Figura 04. Cartaz da Rotina.

Fonte: Acervo das professoras

No jogo do “Maior e Menor”, conforme figura 05, encontramos facilidade, pois


olhávamos para a “boca do jacaré” e virávamos para o número maior. Algumas crianças da
nossa turma não conseguiram identificar qual o número maior e qual o menor.
ANAIS – XXXFCMat

83
Já nas cartelas construídas para competição, às vezes, a “boca do jacaré” era colocada
de forma contrária por não reconhecer o valor dos numerais ou por pressa em terminar
primeiro.

Figura 05. Jogo do Maior e Menor. Figura 06. Cartelas para Competição.
Competição.

Fonte: Acervo das professoras.

A maioria da turma conseguiu localizar nos cartazes da rotina a escrita correspondente


às atividades e completar o quadro proposto, sem precisar
precisar de auxílio. Também conseguimos
identificar as cores correspondentes a cada dia da semana e as atividades realizadas em cada
dia.

Figura 07. Registro Individual das Atividades Diárias.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Fonte: Acervo das professoras.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
A atividade das figuras 08 e 09 foram desenvolvidas com facilidade apenas por
algumas crianças; outras necessitaram de auxílio da professora ou de um colega para concluí-
la, porque não conseguiam registrar no papel.

Figuras 08 e 09. Construção do Gráfico dos Aniversários.

Fonte: Acervo das professoras.

Nas atividades das cartelas do número de crianças conforme figuras 10, 11 e 12,
tivemos facilidade em fazer a subtração de forma prática, tirando os rostinhos e fazendo a
contagem das crianças presentes.

Figuras 10, 11 e 12. Cartelas do Número de Crianças Presentes.

Fonte: Acervo das professoras.

CONCLUSÕES

Concluímos que a rotina diária nos trouxe maior segurança, autonomia e através dela,
aprendemos os numerais, os dias da semana, os meses do ano, as cores, a sequência das
atividades diárias, adição, subtração, equivalência, gráficos e símbolos matemáticos de maior,
menor e igual, de uma forma gostosa, onde todos participaram da construção do
conhecimento. Além dos conhecimentos matemáticos que adquirimos através da rotina, ela
atendeu todas as nossas necessidades no período em que permanecemos na escola.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.


Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil v.1. Brasília: MEC/SEF, 1998.
ANAIS – XXXFCMat

85
DINOSSAUROS, PIZZAS E FRAÇÕES: UMA COMBINAÇÃO
PERFEITA1

URBANSKI, Anna Clara2; SCHMATZ, Stefany Natália3; TODT, Lorili Cirlene4.

RESUMO: O Projeto Dinossauros, Pizzas e Frações: Uma Combinação Perfeita, resume-se resume à uma ampla
pesquisa aos primórdios da existência terrestre, até, a época contemporânea, com suas tecnologias e inovações.
Trata-se
se de um projeto de aprendizagem, visto que, o interesse das crianças em conhecer sobre a vida dos d
dinossauros era grande. Partimos dos conhecimentos já adquiridos de cada um, para em seguida encontrarmos as
respostas
tas para as nossas indagações. O projeto desmistifica o motivo da extinção dos dinossauros, a
consequência para os dias atuais, bem como, a nossa responsabilidade em manter a biodiversidade terrestre
intacta e em pleno desenvolvimento. A diversidade de atividades facilitará a compreensão das crianças sobre o
tema em questão, abrangendo atividades de cunho científico, artístico e matemático. Através de atividades de
recorte, pintura e colagem, as frações serão apresentadas às crianças. De forma interativa, as crianças podem
observar e comparar com coisas do cotidiano, a utilização de frações. Entre elas, o destaque é a utilização de
frações na divisão de pizzas, com ênfase, na divisão de meios, quartos, sextos e oitavos. Com a interação feita
através da montagem de pizzas na aula de culinária, em loco, as crianças podem observar a formação das frações
de forma concreta. Outras atividades como jogos,
jogos, registros escritos e pictóricos sobre tudo o que é desenvolvido
será feito. Passeio de estudos sobre o tema também faz parte do desenvolvimento do projeto, com uma bela
visita à Vila Encantada dos Dinossauros na cidade de Pomerode.

Palavras-chave: Dinossauros.
inossauros. Pizzas.
Pizzas Frações.

INTRODUÇÃO

Presença marcante no imaginário infantil, os dinossauros despertam muita curiosidade


sobre sua existência e também sobre o seu desaparecimento, cujas razões ainda dividem
opiniões da comunidade científica.
As crianças da pré-escola
escola possuem na sala um balde cheio de animais e entre eles os
dinossauros, que são a mania da turma. Além dos dinossauros de brinquedo, eles descobriram
na estante, um livro que ilustrava esses animais e com isso despertou ainda mais a curiosidade
c
deles.
Com o projeto dos dinossauros, as crianças vão conhecer um mundo de descobertas e
aprendizagens que interligará todas as áreas do conhecimento, principalmente a das ciências
exatas, saciando a sua curiosidade infantil.

MATERIAIS E MÉTODOS
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Nosso projeto de pesquisa seguirá a uma sequência didática abaixo descrita, visando
propiciar às crianças, oportunidades de vivenciar, experimentar, deduzir e obter respostas para
as nossas indagações.
Apresentação do projeto e levantamento das concepções
concepções prévias (dúvidas) sobre o
referido tema. Nesse momento serão elencadas as ideias que já se tem sobre a vida dos
dinossauros, bem como, em seguida, anotar o que nos é desconhecido.

1
Categoria: Educação Infantil; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-Relação com outras Disciplinas;
Instituição: EMEF Max Schubert – Jaraguá do Sul.
2
Aluna do Pré II – Educação Infantil da EMEF Max Schubert, esc.maxs@terra.com.br.
3
Aluna do Pré II – Educação Infantil da EMEF Max Schubert, esc.maxs@terra.com.br.
4
Professora Orientadora, EMEF Max Schubert, Jaraguá do Sul, lorilitodt@gmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Organizar material de pesquisa obtido na biblioteca sobre o tema em discussão, como:
livros, revistas e internet.
Após a leitura feita pela professora, que será a escriba durante o desenvolvimento da
pesquisa, serão elencadas as descobertas feitas sobre o tema. Dialogar sobre o habitat dos
dinossauros, estilo de vida, curiosidades e alimentação.
Assistir a palestra feita pelo Professor Luiz Antônio Piovezan (Ciências) sobre a vida
dos dinossauros, os sons que eles emitiam e sobre a extinção dos mesmos.
Realizar a roda de conversa dialogando e refletindo sobre espécies em extinção,
inclusive as brasileiras.
Elencar atitudes e metas para, na medida do possível, auxiliar na preservação e
cuidados com outras espécies de animais e natureza em geral.
Fazer com as crianças o registro do que aprenderam sobre o tema, utilizando para isso,
diversas formas como: desenhos, pinturas, corte e costura, montar a caverna dos dinossauros,
painéis e a confecção de bonecos.
Realizar a montagem de um dinossauro feito com prato de bolo, que será recortado,
pintado e colado. Explorar nesse momento a divisão feita ao meio, ao cortarmos o prato.
Observar as partes cortadas, informando a fração que está apresentada. Dialogar com as
crianças sobre outras possibilidades de divisão do prato.
Em outro momento, explorar com as crianças o formato do prato de bolo, (círculo) as
frações que conseguimos encontrar (meios, quartos, sextos e oitavos).
Para desenvolver a habilidade de desenhar os círculos, será utilizado o transferidor. O
trabalho será feito em pequenos grupos.
Na roda de conversa, ouvir das crianças, as situações onde podemos perceber a
utilização das frações no dia à dia.
Mais da metade das crianças disseram que as frações aparecem na divisão de uma
pizza. Diante disso, As crianças tiveram uma aula de culinária, onde montaram as pizzas com
sabores diferentes. As crianças degustaram as pizzas e durante a divisão delas fomos
verificando as frações. A receita da pizza foi explorada, onde verificou-se os ingredientes que
apareceram, bem como as suas quantidades. Foi feito o registro da receita utilizando o texto e
desenhos.
Montar um quadro com o dinossauro, utilizando EVA, cola colorida, recorte de
cartolina em formato quadrangular. Antes da montagem do quadro, explorou-se as
possibilidades de fração com esse quadrado.
Levar as crianças para conhecerem a Vila Encantada dos Dinossauros, na cidade de
Pomerode para observar como era o habitat dos dinossauros, os tamanhos diferentes que eles
tinham, o som que emitiam, interagir com escavações para procurar o fóssil de um
dinossauro.
Organizar texto coletivo sobre a viagem de estudos à Pomerode, relatando o que
vimos, o tempo da viagem, as nossas impressões sobre o local.
Apresentar para as crianças o jogo das frações. São cartas numeradas até o numeral
seis ou doze. Cada carta tem embaixo uma fração desenhada. Cada criança joga o dado ou os
dados, (dependendo das quantidades que serão exploradas pela professora) e verifica-se a
ANAIS – XXXFCMat

87
quantidade que apareceu. Procura-se
Procura se a carta numerada e a criança relata qual a fração
presente.
Confeccionar com as crianças quatro
quatro tipos de pizzas de faz de conta, feitas com
embalagem de pizza, papelão, figuras de ingredientes, tesoura e cola. As pizzas são de
tamanhos diferentes: pequena, média, grande e extra grande. Cada pizza foi dividida em
frações diferentes, para que os alunos
alunos pudessem observar as divisões: pizza de meios, de
quartos, sextos e oitavos.
Após observação e relato do que foi visto, as crianças poderão brincar com as pizzas e
elaborar os seus conceitos sobre as frações apresentadas.
Apresentar para a turma, um círculo dividido em doze partes (doze avos) para explorar
a quantidade doze, bem como o seu numeral. Cada um vai desenhar em uma fração do círculo
as quantidades, começando da quantidade um até a quantidade doze. As quantidades são
desenhadas e pintadas aleatoriamente.
eatoriamente. No segundo momento, doze grampos de roupa serão
utilizados. Em cada grampo será colocado um número, do um ao doze. Em seguida, as
crianças procuram e colocam o grampo numerado respectivamente à sua quantidade
desenhada no círculo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Analisando as atividades mencionadas, percebemos que tudo o que foi realizado,


como pesquisas, atividades práticas, jogos são importantes na fase inicial da infância, pois
possibilitam o aprendizado, levando à experiências que envolvem incertezas, construções
construç de
hipóteses, entre outras, contribuindo para o desenvolvimento e o aprimoramento do raciocínio
lógico das crianças.
A matemática está contida em tudo o que nos rodeia, em casa, na escola, na rua. Em
tudo vemos a matemática. Apresentar ela dessa forma para a Educação Infantil foi um grande
desafio e uma grande experiência docente. Através de vários tipos de atividades
desenvolvidas, as crianças de fato, fizeram as relações que podiam durante o projeto.
Aprenderam de forma lúdica e mágica, através das aulas diferenciadas o aprendizado
sobre frações Assim, o estudo do projeto pode proporcionar o desenvolvimento cognitivo
mais amplo das crianças, possibilitando novos recursos para a resolução de situações
problema.
Com a realização deste trabalho observou-se
obser se que a utilização de material concreto
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

possibilitou as crianças melhor compreensão das noções da divisão por frações. Durante o
processo, foi sendo realizada a avaliação do grupo e individualmente, através das observações
da professora durante as atividades
vidades aplicadas, nos jogos, onde foram analisadas as habilidades
que foram se desenvolvendo nas crianças, a aprendizagem dos conteúdos trabalhados, o
trabalho em equipe, bem como a apresentação das crianças que expuseram o trabalho na feira
municipal de matemática.

CONCLUSÕES

Com a conclusão do projeto e o estudo da divisão por frações, foi possível visualizar a
compreensão do conteúdo pelas crianças. Em diversos momentos do dia à dia escolar, elas

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
iam identificando formas e situações em que vivenciavam a presença das frações. Ora era no
lanche, quando observavam as tangerinas e outras frutas repartidas e viam a divisão nelas, ora
quando montavam os quebra-cabeças de divisão igual e em diversos outros momentos.
Com a realização deste trabalho observou-se que a utilização de material concreto
possibilitou aos alunos uma melhor compreensão e assimilação das noções de frações. Boa
parte das crianças conseguiu compreender o significado das frações, bem como, verificar a
sua função social no dia à dia.
Um dos objetivos era proporcionar às crianças a oportunidade de, a partir de um
trabalho feito com materiais simples e lúdicos, aprofundar as noções sobre as frações. Dessa
forma, através da manipulação e observação de materiais concretos a criança estará sendo
agente de sua aprendizagem, estará construindo seus próprios conceitos e conhecimentos,
ampliando as suas possibilidades de aprendizagem.

REFERÊNCIAS

BELLI, Roberto. Os fantásticos dinossauros – herbívoros, Blumenau: BrasiLeitura.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares


nacionais para a educação infantil/ Secretaria de Educação Básica – Brasília: MEC, SEB,
2010.

DANTE, Luiz Roberto: Aprendendo sempre: matemática, 4º ano – São Paulo:Ática, 2008.

DINOSSAUROS, Coleção dinossauros: Editora Ciranda Cultural.

PCNs. Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática. Ministério da Educação. Secretaria de


Educação Fundamental. 3ª Ed. - Brasília: 2001.
ANAIS – XXXFCMat

89
E A MATEMATICA! CADÊ?1

BONATTI, Bernardo Augusto2; BORGES, Emilly Gabrielly dos Santos3;


CIPRIANI, Elisete Gumz4; GESSNER, Maristela Klug5.

RESUMO: O presente trabalho abordou a linguagem matemática que vem trazer o brincar para crianças de 3 e 4
anos, proporcionando autonomia e interações. Com o objetivo de ampliar o pensamento lógico matemático que
contribuiu no processo de construção da aprendizagem
aprendizagem da turma Faz de Conta. Recebemos doação de tubos,
cilindros, garrafas e caixas. A princípio apenas brincaram livremente e com criatividade. Percebendo o interesse
da turma, propomos a pintura desse material pelo qual já nos apaixonamos, onde as cores foram
fo escolhidas por
eles. Transformamos os recicláveis em formas, cores e interessantes jogos e brincadeiras. Percebemos o quanto
o brincar contribui no processo de construção dos conhecimentos matemáticos, raciocínio lógico, no
desenvolvimento da linguagem m e da autonomia diante da resolução de problemas e diferentes formas de resolvê-
resolvê
las.

Palavras-chave: Criança. Surpresa. Matemática.

INTRODUÇÃO

Na educação infantil as brincadeiras e os brinquedos são essenciais e indispensáveis


para o desenvolvimento da criança. A criança hoje tem muitos brinquedos, mas não sabe
brincar. Os elementos de sucata parecem um gostoso desafio de criar e inventar o seu brincar.
Partindo de observações realizadas na turma e após verificar quais eram os interesses,
necessidades e curiosidades, começamos levando algumas surpresas que foram ganchos para
as primeiras doações. Tubos, cilindros, garrafas e caixas é nosso carro chefe, sendo a
inspiração para a construção dos jogos e brincadeiras que na verdade apenas organiza e
sistematiza esse brincar, somando e dando conta de alguns conceitos que planejamos. Tudo
começou com um baú que se abriu e despertou curiosidade e possibilitoupossib enumeras
oportunidades de contato com vários materiais de sucata. Fazendo parte do material de brincar
e de aprender que se transforma na mão das crianças em vários objetos e brinquedos,
desencadeando conceitos que priorizamos e fazem compreender o mundo.
Nossa proposta traz duendes de tamanhos diferentes que inicialmente foram trazidos e
confeccionados para representar a turma, agora estão presentes no dia a dia das crianças de
forma positiva e marcante. Os resultados indicam uma concepção de infância
infância que é valorizada
com novas possibilidades destacando conceitos em questão para o aprendizado e avanço das
crianças abrindo espaço para novas idéias matemáticas.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

A educação infantil é privilegiada, cercada de ações matemáticas, pensadas num


contexto de começo, meio e fim. Como somos a turma Faz de Conta com os pés nos contos de
fadas essa organização começa assim: era uma vez a história de um duende apaixonado que
vai e vem para casa enfatizando os dias da semana, o hoje e o amanha. Por sorteio nomeando
a próxima criança que leva os duendes para casa.

1
Categoria: Educação Infantil; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: Núcleo de Educação
Infantil Sonho da Criança – Timbó.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professor Orientador,
rientador, Núcleo de Educação Infantil Sonho da criança, li.cipriani@bol.com.br.
li.cipriani@bol.com.br
5
Professor Orientador,
rientador, Núcleo de Educação Infantil
Infant Sonho da criança.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Quando o ano começa, muitas coisas pensamos, outras acontecem e nos surpreendem.
As parlendas e trava línguas que trazem cores, formas e numerais são portas que se abrem
mostrando tamanhos, medidas, peso e sensações. Conceitos que pulam do papel e da boca
para brincar, aos poucos tudo vai se movimentando e criando vida.
Envolver os pais nas tarefas tem dado bons e lindos resultados. As famílias realizaram
uma pesquisa de todos os países, trazendo suas cores em forma de pintura para organização de
um álbum de muitas cores e formas. Nos encontros pedagógicos de pais reservamos espaço
para construir uma casa de garrafas pet.

MATERIAL E MÉTODOS

Tudo é uma caixa de surpresa. Planejamos, organizamos, mas não se sabe como as
crianças vão reagir ou a dimensão que vai ocupar. O material reciclável eles amam, colocam
pra lá, pra cá, pra cima, para baixo. Eles surpreendem com suas invenções. Todo esse brincar
é organizado com base nos conceitos que elencamos.
Nos jogos de memória e quebra cabeça exploramos os desenhos deles que são
simplesmente lindos. O circuito é uma aventura que acontece na floresta, onde a criança
passa por diversas situações de obstáculos onde são desafiados a resolver os possíveis
problemas. Inicia pulando sobre as pedras, passa no meio da floresta fechada, sobe e anda
num caminho estreito, passando a ponte. Passa em meio dos galhos, pula troncos que estão
deitados no chão, passa por lugares apertados. Sobe e desce a montanha, entra na caverna
escura e atravessa a valeta. Anda pelo caminho das pedras, sobe o morro e pula dentro do rio,
apresentando muitas possibilidades e inúmeros conceitos que somam nas demais
organizações.
A pescaria traz peixes grandes e pequenos com várias cores, um movimento que
diverte e faz pensar. No final da pescaria é preciso tirar os peixes da bolsa para contar e
separar os tamanhos. Determinando e explorando quantidades e cores, como também nos
jogos de dominó, canudos e jogo das quantidades. O jogo de ludo consiste em um trajeto de
cores tendo inicio e fim. O dado é de cinco cores e um bônus correspondente a elas. Casas
coloridas vão abrigar um animal de estimação. É preciso escolher uma cor e esperar que ele
entre. Nas experiências muitas surpresas.
Um desafio com garrafas, potes, funis, água e grãos que determinaram o grau de
equilíbrio de cada criança em lidar com quantidades, medidas, tamanho e peso. Com garrafas
pet é construído um brinquedo de fazer bolinha de sabão, que alegra, anima e enche de
bolinhas as nossas manhas. Ainda com as garrafas coloridas brincam com um jogo de
seriação e quantidade. Nas tampas escondem sementes que precisamos achar.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Realizamos possibilidades que exprimem a linguagem matemática no recurso da


surpresa. “E A SURPRESA! CADÊ?” Como também um baú e duendes que foram presente
da FADA MADRINHA (Shirley) da turma, vêm sendo cenário para as propostas, dúvidas e
curiosidades dos pequenos. Os duendes acompanham as crianças em seus lares, na loja, no
ANAIS – XXXFCMat

91
mercado, na cabeleireira... retornando para turma com um registro contando como foi estar
com eles.
A metodologia utilizada fundamentou-se
fundamentou se no respaldo das crianças em relação ao
material reciclável tendo como
omo estratégia o brincar das crianças do Núcleo de Educação
Infantil Sonho da Criança do município de Timbó. O processo de aprendizagem da criança
deve ser rico de experiências. O brincar é algo tão espontâneo, tão natural, próprio da criança,
que não haveria
ria como entender sua vida sem ele. Utilizar-se
Utilizar se da brincadeira como instrumento
para sua aprendizagem, faz-se se presente quando através do lúdico a criança passa a construir
um raciocínio lógico matemático mais concreto.
Vygotsky enfatiza a importância dos processos de aprendizagem que está relacionado
ao desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente e específicas humanas. Nas
brincadeiras a criança satisfaz seus interesses e desejos particulares. É brincando que a criança
libera energia, aumenta a criatividade, inventa, constrói e se desenvolve. A criança fala com
os objetos e brinquedos, imitam os adultos, internalizando pensamentos e valores com sua
leitura de mundo.
O conhecimento matemático não se constrói em um conjunto de fatos a serem
memorizados
zados ou simplesmente aprender a contar, é muito mais do que isso. Ele deve ser
compreendido, levando em consideração suas ações e também o pensamento sistemático da
criança. Smole (2000) explica que as idéias matemáticas que as crianças aprendem na
Educaçãoão Infantil serão de suma importância na sua vida cotidiana. “... uma proposta de
trabalho de matemática para a Educação Infantil deve propiciar a exploração de uma grande
variedade de idéias matemáticas, para que assim a criança possa desenvolver e conservar
conser o
prazer e a curiosidade sobre a matemática.” (SMOLE, 2000).
A matemática desenvolve e desafia a capacidade para pensar logicamente e resolver
problemas, estimulando sua criatividade, o contato com formas, texturas, tamanhos, cores,
grandezas, medidas, s, contagens, comparações, identificações e classificações permitindo e
ampliando suas capacidades de gerenciar, analisar, deduzir, refletir e argumentar em diversos
tempos/espaços e agrupamentos. É isso que acontece quando brincam. Uma aprendizagem
significativa
icativa de caráter dinâmico, onde as ações são direcionadas para as crianças
aprofundarem e ampliarem os significados que elaboram participando desse brincar. “... cada
criança tem que reinventar o conhecimento para apropriar-se
apropriar se dele” (Kamii).
Na brincadeiraira a criança usa estratégias restabelecendo planos, descobrindo
possibilidades para desenvolver o raciocínio lógico, estruturando o pensamento, a criatividade
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

e a capacidade para resolver problemas. Assim desenvolve a autoconfiança, a organização,


concentração,
ração, atenção, senso cooperativo, estimulando a socialização e interações. O
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil destaca, ao tratar do papel da
matemática, que a abordagem de tais conhecimentos pode favorecer a cidadania e autonomia
intelectual,
ntelectual, a medida que proporciona o desenvolvimento da capacidade de pensamento
autônomo e de resolução de problemas.
A criança brinca de forma espontânea, uma forma de compreender o que elas nos
dizem, observando necessidades, interesses e potenciais.
potenciais. É nesse viés que expressam
mensagens, valores e emoções. O brincar espontâneo abre espaço e possibilidades
estimulando o desenvolvimento infantil e diversas aprendizagens. O brincar como movimento

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
principal, abre espaço para a matemática onde a criança toma decisões, expressa sentimentos
e valores, conhece a si, aos outros e o mundo em que vive.

CONCLUSÃO

As pesquisas realizadas com a família trazem muitas cores e alegria ao socializar o


resultado. Com os jogos e brincadeiras houve um desenvolvimento positivo e relevante.
“Quem te viu e quem te vê”. Mudanças, vontades e desejos são expressos claramente. Hoje
temos uma turma autônoma, capaz de resolver seus pequenos problemas, organizar bolsas e
brinquedos, classificando, ordenando e quantificando. O projeto “E A MATEMÁTICA!
CADÊ?” veio somar no espaço, multiplicando ações e desejos que diminuem a ansiedade
onde o resultado é sempre positivo, sendo as crianças desafiadas em sua autonomia, acreditam
que são capazes e são. A base que tivemos, aquilo que lemos e o que aprendemos prova que
temos crianças felizes, que aprendem, brincam e jogam, revelando em seus movimentos sua
inteligência e agilidade em lidar com as questões matemáticas.

REFERÊNCIAS

FRIEDMANN, A. O brincar na educação infantil: observação, adequação e


inclusão/Adriana Friedmann. – 1.ed. – São Paulo: Moderna, 2012.

KAMII, C; DEVRIES, R. Jogos em grupo na educação infantil. São Paulo: Trajetória


Cultural, 1991.

SMOLE, K. A matemática na educação infantil: a teoria das inteligências múltiplas na


pratica escolar. Porto Alegre: Artes Medicas Sul, 2000.

VYGOTSKI, S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Martins Fontes,


1989.
ANAIS – XXXFCMat

93
JOGOS MATEMÁTICOS E A QUESTÃO DA RECICLAGEM: UM
REPENSAR INDISPENSÁVEL À HUMANIDADE1

CANI, Olimpio Prada2; PEREIRA, Ryan Eduardo Tonet3;


MOSER, Cinara4; SCOTINI, Ana Paula5.

RESUMO:: O lixo é um problema que assola a humanidade e todos temos responsabilidade, por isso se faz
necessário um projeto que aborde essa temática e insira a matemática como mola propulsora desse projeto,
intitulado: Jogos matemáticos e a questão da reciclagem: um repensar indispensável à humanidade. Nesse
sentido, é que o Centro de Educação Ciranda dos Sonhos, irá explanar sobre essa questão envolvendo também a
matemática. O presente projeto visa conscientizar os alunos do pré-escolar
pré escolar e seus familiares, bem como
com trabalhar
a construção de diversos jogos, levando a criança a compreender a matemática com vivencias cotidianas criando
oportunidades de construção do ensino-aprendizagem.
ensino

Palavras-chave:: Matemática. Lixo. Aluno. Ensino-aprendizagem.


Ensino

INTRODUÇÃO

A matemática
temática comporta um amplo campo de relações, regularidade e coerências que
podem e devem ser foco do trabalho docente, pois despertam curiosidade e instigam a
capacidade de generalizar, projetar, prever e abstrair, favorecendo a estruturação do
pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico.
A matemática, ao lado da linguagem natural, constitui uma disciplina básica nos
currículos escolares desde os primeiros anos de escolaridade em todos os lugares do mundo,
independentemente de raça, credo, da capacidade
capacidade física ou mental, ou mesmo sistema
político.
Nesse sentido, os jogos podem ser um forte aliado, pois, levam o aluno a compreender
o processo, construir estratégias, comunicar seus conhecimentos e ter autocontrole, respeito a
si próprios, aos colegas e ao professor, tornando-os
tornando os cidadãos de atitudes necessárias para a
aprendizagem da matemática, tais como enfrentar desafios, buscar soluções, etc.
O ambiente escolar, contemporaneamente, não só expandiu o seu acervo de meios
multissensoriais, como a aprendizagem
aprendizagem cruzou o muro da escola e os recursos didáticos
puderam ser considerados infinitos e sumariamente apropriados. E é o professor que, a partir
da sua competência didática, proporciona, explora, inventa, partilha, mobiliza, acolhe,
reivindica o apoio material e a estrutura para que se possa trabalhar com as crianças buscando
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

o ensino aprendizagem.
Dessa forma, quando se propõe o ensino da matemática na escola, é preciso dar
condições à criança de vivenciar experiências que a levem a construir seus conceitos,
conc a
desenvolver suas habilidades e competências. As crianças do Centro de Educação Infantil
Ciranda dos Sonhos, do Pré-escolar
escolar matutino e vespertino, mostraram curiosidade em saber
dos benefícios que o lixo pode trazer se devidamente reciclado e reutilizado.
reutilizado.

1
Categoria: Educação Infantil; Modalidade: Matemática e/ou Jogos Didáticos;; Instituição: Centro de Educação
Infantil Ciranda dos Sonhos – Laurentino.
2
Aluno Expositor, Centro de Educação Infantil Ciranda dos Sonhos.
Sonhos
3
Aluno Expositor, Centro de Educação Infantil Ciranda dos Sonhos.
4
Professora Orientadora, Centro de Educação Infantil Ciranda dos Sonhos, ana_paula_scotini@hotmail.com.
5
Professora Orientadora, Centro de Educação Infantil Ciranda dos Sonhos, cinamoser@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE
CATA DE MATEMÁTICA
Assim, o presente trabalho teve como principal objetivo conscientizar os alunos para a
problemática do lixo e o incentivo à reciclagem, bem como o despertar para o aproveitamento
consciente do lixo através da produção de jogos, que servirão de apoio pedagógico para os
professores nas aulas de matemática.

MATERIAL E MÉTODOS

A metodologia propôs incentivar os alunos a perceberam a importância da reciclagem


e como esta pode estar auxiliando na construção de jogos que fornecerão subsídios para a área
pedagógica. Depois de feita a separação do lixo, estes foram selecionados e pode-se montar
nove jogos e uma poltrona com a mediação e supervisão das professoras da classe. Sendo:
Sequência lógica matemática: Foi utilizado 32 tampinhas de garrafas pet, fita durex, 1
caixa de papelão, cola quente, lápis de cor, tesoura, guache de cores variadas, papel contact,
papel pardo e números impressos de 1 a 32. Com auxilio da professora as crianças encaparam
a caixa com papel pardo, e pintaram-na. Após, receberam números dentro dos círculos para
pintarem e recortarem. Depois, colaram nas tampinhas os números intercalando-os e cobriram
com fita durex. Finalizaram o jogo com papel contact.
Jogo da memória com potes: Foram utilizados 22 potes de Danoninho, papel ofício,
números e quantidades impressos para colorir, tesoura, papel contact, cola quente e caixa de
papelão. As crianças receberam cartolinas onde copiaram o quadrado da borda do Danoninho,
respectivamente 24 quadradinhos. Recortaram e pintaram 1 bolinha e o número 1, até o
número 10. Depois, pintaram, recortaram e colaram sobre os potes, e finalizaram com papel
contact.
O Jogo de Dominó: Foram usados 28 caixinhas de fósforo, papel pardo, papel contact,
lápis de cor preto, guache, folhas de oficio com as bolinhas impressas das quantidades e caixa
de papelão. Depois de encapadas as caixinhas de fósforo as crianças pintaram com guache.
Foram impressas as quantidades de bolinhas para o jogo e elas pintaram, recortaram e
colaram sobre as caixinhas.
No jogo do Bingo: Com 10 caixas de leite, papel contact, tesoura, papel pardo, lápis de
cor, papel oficio, guache cores variadas e EVA. As caixas foram encapadas e coloridas com
guache, foram impressas contas de adição e subtração, elas pintaram e colaram sobre as
caixas. Para as cartelas, foram cortadas as caixas e impressas às respostas para as continhas,
após recortadas às folhas no tamanho da cartela, foram coladas. As crianças pintaram e
passaram papel contact.
Boliche: Foi utilizado 12 garrafas pet 600 ml, tinta spray dourado, papel oficio, lápis
de cor, tesoura, fita adesiva, 1 caixa de papelão e jornal. Os alunos pintaram as garrafas com o
auxilio da professora, depois coloriram e recortaram números de 01 a 12 e colaram nas
garrafas.
Corrida de carros: Para confeccionar a pista foi utilizado lápis de cor, rolo de papel
higiênico, tampinhas de garrafa, guache, papel contact, caixa de papelão, papel oficio e
canetinha. Cortaram e abriram a caixa, colorindo-a e colaram os números de 01 a 10. Para
confeccionar os carrinhos: rolo de papel higiênico, pintado, foram feitos três cortes no centro
do rolo, 3 cm, formando uma porta. As tampinhas serviram como rodas dos carros. Os
ANAIS – XXXFCMat

95
círculos impressos foram coloridos e colados fechando o buraco do rolo. Para o volante:
canetinha e papel cartão. O dado: caixa de gelatina encapada com papel pardo. Pintaram um
lado de cada cor e alguns círculos impressos que após foram colados cada um de um lado.
Jogo da velha: Foi utilizado, caixa de papelão, EVA, 10 tampinhas de garrafa pet,
papel contact,
ntact, tesoura. A caixa foi cortada em quatro tiras de EVA, e as crianças colaram na
horizontal e duas na vertical, e finalizaram com papel contact, e os pinos para jogar são as
tampinhas.
Jogo da Amarelinha: Foi preciso 40 caixas de leite, papel contact, tesoura, papel
laminado, fita dupla face e adesiva, papel oficio, lápis de cor, figuras para colorir. As caixas
foram recortadas, (quadrado), em seguida juntadas de 2 em 2 formando um quadrado com 4
partes. Depois recortaram e colaram fita adesiva, fazendo dez quadrados, um deles será
cortado na forma de meia lua ficando na última posição. Imprimir números e figuras nas
quantidades desejadas, e a palavra céu e colorir, recortar e colar sobre os quadrados, decorar
com fita dupla face e encapar todos os quadrados
quadrados com papel contact. A pedrinha que é jogada
é feita com jornal.
Caixa do tato: Foi utilizado caixa de papelão, jornal, tesoura, cola, fita adesiva, guache
diversas cores. Foi feito um buraco na caixa do tamanho da mão de uma criança, cortou-se cortou
uma barra ra de uma calça e colou-se
colou se no buraco. As crianças recortaram jornal e colaram na
caixa. Foram feitas formas geométricas com papelão, depois de discutido em grupo foi
entregue para elas pintarem com guache cada uma de uma cor. Para jogar é preciso colocar a
mão no buraco e adivinhar que figura está segurando.
Para a confecção da poltrona foi utilizado materiais recicláveis como caixas de leite,
fita adesiva e jornal.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

É de conhecimento de todos que o lixo é uma problemática séria e que ações devem
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ser organizadas para que esse problema possa ser sanado, assim o Centro de Educação Infantil
Ciranda dos Sonhos primou por um projeto onde tivesse a junção da reciclagem e da
matemática como protagonista. Dessa forma nasceu esse estudo que que vem comprovar a
importância de ações dessa natureza em sala de aula.
Desde muito cedo se aprendeu que a reciclagem é importante para a vida do Planeta.
Para Backer (2002, p. 01), “desde o homo sapiens,, a interação entre a atividade humana e o
seu meio ambiente foi fator dominante na moldagem de um pelo outro.”
Desse modo observou-se
observou se a importância de se trabalhar projetos dessa natureza e
auxiliar a criança a compreender como a matemática faz parte de sua vivência e como ela
pode estar contribuindo com o meio ambiente.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE
CATA DE MATEMÁTICA
Para Valle (2002, p. 49), “reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por
finalidade aproveitar os detritos e reutilizá-los
reutilizá los no ciclo de produção (...). Esses materiais são
desviados, coletados,
letados, separados e processados para então serem usados como matéria-prima
matéria
na produção de novos produtos.”
Um dos trabalhos confeccionado pelos alunos foi a poltrona, na qual pudemos
trabalhar as quantidades e volumes para a criação da mesma.

Gráfico demonstrativo de materiais utilizados para a confecção da


poltrona

3
72
Caixas de leite
Fitas adesivas
504
Jornal

Fonte: Trabalho em sala de aula/2014

Os alunos construíram significativamente o ensino-aprendizagem,


ensino aprendizagem, uma vez que foram
os próprios a produzir o material e ver o resultado de seus trabalhos.

CONCLUSÕES

Os jogos foram elaborados e concluídos pelas crianças, e em todos os momentos da


construção dos jogos e na aplicação elas interagiram e fizeram parte do processo,
demonstrando empenho na realização do mesmo.
A maioria das crianças apresentou interesse e boa atuação na realização dos jogos,
mesmo os que tiveramm um pouco de dificuldade se divertiram e se esforçaram ao máximo até
aprenderem a jogar como todos os outros colegas. Observa-se
Observa se que a sala de aula deve ser um
local lúdico e que esse projeto veio a contribuir de forma prazerosa para a construção do
ensino-aprendizagem.

REFERÊNCIAS

VALLE, Cyro. Eyer. Qualidade Ambiental: ISO 14000. São Paulo: Senac, 2002.

BACKER, Paul. Gestão Ambiental: a administração verde. Rio de Janeiro: Qualitymark,


2002.
ANAIS – XXXFCMat

97
MATEMÁTICA E BRINQUEDOS A FORMA ERA OUTRA1

SOUZA, Kamilly Vitória de2; WENDT, Gustavo3; NARDES, Marcia4.

RESUMO: Brincar, ouvir história, pintar, dobrar, cantar, jogar são algumas atividades que permeiam o universo
infantil. Contar, calcular, comparar, medir, estimar, construir figuras, resolver problemas são ações realizadas de
forma natural e intuitiva pelas crianças
ças em seu cotidiano. ‘‘Matemática e Brinquedos, a forma era outra’’ nasceu
de observações do brincar e a necessidade de atribuir aos pequenos conhecimentos e conceitos sobre as formas
geométricas bem como noção de espaço e dimensão. Com intuito de auxiliarr as crianças na organização de
situações que a permitam a observar, interpretar, levantar hipóteses, procurar e encontrar explicações ou soluções
construiu-se
se uma proposta de trabalho, que têm como objetivo geral atingir o desenvolvimento integral da
criança
nça e como objetivo específico trabalhar a aprendizagem matemática com referências nos conceitos de
formas geométricas e noção espacial-dimensão.
espacial

Palavras-chave:: Brinquedos. Formas Geométricas. Espaço-Dimensão.


Espaço

INTRODUÇÃO

Este trabalho trata-se


se de um projeto desenvolvido não para as crianças e sim com elas,
que envolveu aprendizagens, conhecimentos e diversão. Abordou a sistematização da teoria
com o concreto, onde a criança pode aplicar seus conhecimentos e habilidades adquiridos na
construção de um brinquedo
rinquedo e revitalização dos espaços do CEI.
A escolha do tema brinquedos e brincadeiras teve foco na observação do brincar das
crianças no âmbito educacional. A questão do brincar despertou o desejo de contribuir de
forma a possibilitar aos pequenos momentos prazerosos de brincadeiras e brinquedos.
O grande desafio do projeto foi destacar que o brinquedo (objeto) e a brincadeira
(ação) são ferramentas que provocam a criança criança possibilitando descobertas, interação,
socialização bem como o desenvolvimento cognitivo e motor. Segundo Segundo o Referencial
Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 30, v.01) O professor é
mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento,
conhecimento, organizando e propiciando espaços
e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais,
sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos
referentes aos diferentes campos de conhecimento
conhecimento humano. Na instituição de educação
infantil o professor constitui-se,
se, portanto, no parceiro mais experiente, cuja função é propiciar
e garantir um ambiente rico, prazeroso, saudável e de experiências educativas variadas.
Um dos objetivos de ensino para a turma do 2ª período é ‘oportunizar experiências que
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas


e orientações espaço temporais’ (Parecer CNE/CEB nº 20/2009). Nesse contexto, a proposta
foi propiciar
opiciar às crianças um ambiente em que possam explorar diferentes ideias matemáticas,
que não sejam apenas numéricas, mas também referentes à geometria, às medidas e às noções
de espaço, de forma lúdica e que possam compreender a matemática como fator inserido inse no
cotidiano.

1
Categoria: Educação Infantil; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
relação com outras Disciplinas; CEI
Pão de Mel – Joinville.
2
Aluna da educação infantil, segundo período.
3
Aluno da educação infantil, segundo período.
4
Professor orientador, CEI Pão de Mel, marcia_mey@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
MATERIAIS E MÉTODOS

Em um primeiro momento foi proposto uma roda de conversa sobre o que a professora
tem observado, conforme as descrições na justificativa. A partir desse diálogo, conversamos
sobre como sistematizar brinquedo, brincadeira e conceitos matemáticos. Conceitos esses que
são formas geométricas, espaços e dimensão. Onde uma criança sugeriu:
- Professora pode fazer brinquedo de latinha de sardinha o meu pai fez, foi na mochila e
trouxe o brinquedo mostrando a todos. As crianças ficaram admiradas com o objeto e assim
nasceu o projeto ‘Matemática e Brinquedos a forma era outra’.
Começamos o projeto usando os blocos lógicos, neste processo a criança pode
perceber as formas geométricas nomear corretamente e diferenciar o círculo da esfera e o
quadrado do cubo. Os livros ‘O Homem que amava caixas’ de Stephen Michael King e
‘Folclorices de Brincar’ de Ivan Cruz foram a grande inspiração para o nosso trabalho.
E entre blocos lógicos, recortes, traços, desenhos e colagens as crianças foram
desenvolvendo habilidades e adquirindo conhecimentos. Para aplicar os conhecimentos o
próximo passo foi pedir aos pequenos que desenhassem em papel sulfite o brinquedo
almejado, nessa fase foi necessário explicar as crianças o trabalho dos engenheiros que é
passar para o papel o que se espera construir. Depois a criança foi desafiada a buscar recursos
(materiais reutilizáveis) que estavam á disposição, idealizar e montar esse brinquedo, a
professora contribuiu com o processo de colagem. E esta etapa do projeto ficou pronta onde o
resultado foi o brinquedo.
Com este projeto alcançamos outro objetivo que se constitui aos espaços. Aqui falo
dos espaços de cunho gráfico. Iniciei dando subsídios para que a criança compreendesse os
espaços gráficos. Para esta fase utilizei varias atividades com formas geométricas, os
desenhos das crianças e o retroprojetor. Depois de apresentar o retroprojetor e falar sobre os
espaços gráficos, fiz uma demonstração: como desenhar as produções em tamanho grande.
Foi estimulante, pois todas queriam ver suas produções em tamanho grande. As
crianças passaram seus desenhos para o plástico que é o material utilizado para o
retroprojetor, projetamos na parede e cada criança pode registrar sua produção no quadro ou
em papel kraft. E colaborando para revitalizar os espaços do CEI utilizamos esses desenhos
no corredor do CEI e na cisterna, o que contribuiu para decorar os espaços da instituição com
imagens bem originais (ver anexos). A experiência foi única e muito compensadora a partir
deste projeto é comum ver nas produções das crianças traços e formas definidas, e também a
utilização dos espaços gráficos.

O primeiro desenho é o conceito de Hiago a respeito da forma de um foguete, após conhecimentos adquiridos e
a construção do brinquedo Hiago mudou seus conceitos quanto ao traçado do desenho, e seu foguete foi parar
na Cisterna.
ANAIS – XXXFCMat

99
Christian desenhou, construiu e decorou a cisterna com seu Iate.

Giovanna desenhando na transparência e depois com a ajuda do retroprojetor desenhou no corredor do CEI,
contribuindo com a revitalização do espaço.

O primeiro desenho representa uma


João projetou seu avião de uma forma, após habilidades e conhecimentos nave espacial, segundo a
que adquiriu no decorrer do projeto e com a construção do seu avião, João concepção de Léo Lucas mas após
agora percebe as formas geométricas mudando sua forma de traçar os as atividades ele desenha nave
desenhos. espacial com formas circulares
conforme sua construção.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Mayara quis contribuir para deixar nosso espaço mais alegre e original com seus desenhos que representam
crianças brincando de pular corda e fazer bolinhas de sabão. A imagem ao lado é o nosso corredor que ficou
encantador com as imagens das produções da turma do segundo período do ano de 2014.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
RESULTADOS E DISCUSSÃO

O primeiro efeito percebido nesse trabalho é a autoestima da criança ao ver seu


desenho estampado nas paredes do CEI, juntamente com o fato de que agora é comum ver os
pequenos empregar em suas brincadeiras jogos de encaixe que se transformam em carrinhos,
aviões, casinhas, pista de corrida, peões, robôs entre outros, bem como ver a satisfação das
crianças em desenhar tendo formas definidas ou registrar seus nomes seguindo orientações de
espaço e dimensões. O processo de ensino e aprendizagem na instituição de educação deve ser
construído tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento da criança, e com sua
relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido, e como ponto de partida os objetivos
estabelecidos pelo P.P.P do CEI, apropriados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e
habilidades de cada grupo de criança. O projeto foi de grande importância e de visível
transformação. Certamente os leitores perceberão a participação ativa das crianças nesse
projeto através das imagens, fotos da construção dos brinquedos revitalização dos espaços e
mudanças nas representações gráficas das mesmas.
E porque a ‘Forma era outra? Simples: porque a criança desenhou seu brinquedo em
papel sulfite, na construção desse brinquedo acrescentou alguns itens e quando o registrou em
papel novamente percebeu os itens acrescentados abrangendo algumas mudanças no conceito
de como a criança via as formas geométricas, espaços e dimensões e como agora ela percebe
esses itens. Durante o processo de construção do brinquedo a criança começou a distinguir as
figuras geométricas bidimensionais das figuras geométricas tridimensionais.

CONCLUSÕES

Este projeto foi finalizado em julho de 2014 teve duração de aproximadamente quatro
meses, deixando sementes para trabalhos futuros. A forma como o tema foi abordado desde o
inicio com a fala das crianças, suas opiniões e a bagagem de conhecimentos que cada uma
possui foi imprescindível para chegar ao produto final que foi a construção de um brinquedo
idealizado pela criança. No inicio, tive grandes dificuldades, pois o trabalho foi individual,
contei com o apoio da coordenação e de outras profissionais da instituição. Os momentos de
troca de experiências, busca de materiais e a vontade de alcançar os objetivos traçados, foram
muito ricos tanto para a professora quanto para a criança. Reutilizar sucatas nos oportunizou
uma abordagem sobre sólidos geométricos como cubo, cilindro e esfera. A função do projeto
foi promover situações de transformação de ações do brincar e possibilidades do
conhecimento de alguns conceitos matemáticos.

REFERÊNCIAS

King, Stephen Michael. O homem que amava caixas/escrito e ilustrado por Stephen Michael
King; tradução Gilda de Aquino. - São Paulo: BRINQUE-BOOK, 1997. Titulo original: The
man who loved boxes. Literatura infanto-juvenil I.
Leitão, Mércia Maria. Folclorices de brincar/ Mércia Maria Leitão, Neide Duarte; ilustrações
de Ivan Cruz. São Paulo: Editora do Brasil, 2009.
SMOLE, Kátia Cristina Stocco. 1996. A matemática na educação infantil,
ANAIS – XXXFCMat

101
Artes médicas, Porto Alegre.
Parecer CNE/CEB nº 20/2009.
Projeto Político Pedagógico – CEI Pão de Mel.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
NA LANCHONETE: ENTRE LANCHES E PROBLEMAS
MATEMÁTICOS1

DAHLKE, Emanuelle Camily2; LIMA, Maria Carolline Costa3;


SILVA, Lilian Mara da Costa4.

RESUMO: Na educação Infantil é fundamental que o professor crie situações de aprendizagens oferecendo
materiais, reorganizando os espaços e analisando o interesse das crianças, para planejar e rever a metodologia
desenvolvida para cada momento. A elaboração de nosso trabalho partiu da doação de uma caixa de madeira
relativamente grande, na qual encontramos a possibilidade de ocupá-la montando um projeto de construção que teve
continuidades desenvolvendo alguns conceitos matemáticos. Com ajuda de alguns funcionários, participação da
família e dialogando com as crianças chegamos a um projeto final denominado: “Na Lanchonete entre lanches e
problemas matemáticos”, onde as crianças auxiliaram na construção de alguns alimentos, montagem dos lanches e
marcação de preços. Sendo o professor mediador percebemos que era o memento de incluir neste projeto sistema
monetário, possibilitando a criança a ampliar seu conhecimento por meio desta vivencia fundamental para a
aprendizagem de resolução de pequenos problemas matemáticos.

Palavras–chave: Educação infantil. Problemas matemáticos. Lúdico.

INTRODUÇÃO

Sabendo da importância em desenvolver um trabalho interdisciplinar em que a


matemática esteja incluída, nos preocupamos desenvolver com as crianças de quatro anos,
noções matemáticas de raciocínio lógico e a resolução de problemas. Desenvolvemos
atividades relacionadas a um ambiente de Lanchonete, solucionando problemas matemáticos
de forma lúdica.
Nossa maior preocupação era em criar situações de aprendizagem que partissem do
interesse da criança, sendo assim, notamos que alguns dos questionamentos em roda de
conversa se direcionavam para a confecção de uma lanchonete.
Tal projeto trouxe uma contribuição significativa para as crianças de modo que cada
uma pode construir seus próprios conceitos de iniciação a matemática. As atividades didáticas
que fazem uso do lúdico ajudam a criança a organizar-se de forma prazerosa, proporcionando-
lhes momentos de reflexão para que encontrem individualmente ou coletivamente uma
resposta. O jogo contribui na produção de conhecimento, pois a criança é colocada diante de
situações lúdicas aprendendo.
Entendemos que a criança não constrói o número fora de um contexto e os conceitos
matemáticos são formados no cotidiano, diante de situações planejadas pelo professor. Ao
desenvolver o projeto “Na lanchonete: entre lanches e problemas” temos como principal
objetivo permitir a criança um contato com o mundo dos números, interpretando situações
problemas que fazem parte deste cotidiano.

MATERIAIS E MÉTODOS

1
Categoria: Educação Infantil; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: CEI Municipal Ruth Koch – Pomerode.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, CEI Municipal Ruth Koch, liliblu@ig.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

103
Sabemos que as noções matemáticas são construídas pelas crianças a partir das
experiências, isso nos faz refletir sobre a responsabilidade de criar na educação infantil, um
ambiente lúdico e de aprendizagem onde a criança aprende enquanto brinca.
Seguiremos com algumas fotos para explicar e orientar sobre o desenvolvimento do
projeto.

O PRESENTE
Como tudo ocorre por etapas, ganhamos de uma professora uma caixa como esta, que
não sabíamos o que fazer, em roda de conversa várias
v rias sugestões foram citadas: casinha,
esconderijo, canto da leitura... Porém a maioria decidiu que seria legal construir uma
lanchonete.

Para fazer uma lanchonete sabíamos que era preciso que fossem feitos portas e janelas,
porém para isto era preciso usar um serrote, sendo muito perigoso para as crianças.
Convidamos então o zelador que cortou algumas partes fazendo portas e janelas.

A PINTURA

Esta foi a parte mais divertida. Escolhemos as cores, pegamos os pinceis e mãos a obra
para deixar nossa caixa mais bonita.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

INTERPRETANDO PAPEIS

Para brincar de lanchonete é importante conhecer a rotina de uma, saber quais os


profissionais são fundamentais para o funcionamento de uma. Descobrimos que para ter uma
lanchonete era preciso ter ao menos três funções: cozinheiro, garçom e cliente.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
CONHECENDO NOSSO DINHEIRO (AS CÉDULAS)
Para comer em uma lanchonete é preciso que se pague pelo serviço prestado, mas pra
isto é fundamental conhecer o dinheiro utilizado em nosso comercio.

PREPARANDO LANCHES
Agora chegou a grande hora depois de compreender todo processo de construção do
projeto, é hora de explorar o espaço, montar os lanches, fazer as cobranças e descobrir quanto
foi gasto em lanches em nossa lanchonete.

OS CARDÁPIOS
Montamos 5 tipos de lanche com ingredientes variados. Cada lanche tem um
preço.Quando o cliente chega na lanchonete precisa escolher o lanche, a sobremesa e bebida,
para em seguida olhando no cardápio descobrir quanto gastou e quanto sobrou. Sem esquecer
que trabalhamos com cédulas de um real totalizando o calculo de dez reais para limite de
calculo, considerando que este seria uma quantia ideal para esta faixa etária.
Ainda temos planos para continuar desenvolvendo nosso projeto tornando-os ainda
mais divertido. A ideia principal é conhecer uma lanchonete de verdade acompanhando a
elaboração dos lanches. Onde cada criança pagaria pelo que consumiu. Outra ideia é
confeccionar mais lanches para ter mais opções de preço.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Consideramos o professor o principal mediador do processo de aprendizagem é


fundamental que tenhamos um olhar aguçado para replanejar atividades que surgem do
interesse das crianças durante as brincadeiras. Para Vygotsky a brincadeira contém todas as
tendências do desenvolvimento de forma condensada; “a ação na esfera imaginativa; a criação
das intenções voluntárias e a formação dos planos da vida real e motivações volitivas tudo
ANAIS – XXXFCMat

105
aparece na brincadeira, que se constitui assim, no mais alto-nível
alto nível de desenvolvimento pré-
pr
escolar” (p.135).
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL,
1998, p. 23 apud FANTACHOLI, 2011):
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e
aprendizagem orientadas de forma integrada e que que possam contribuir para o
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com
os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas
crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.

Nosso projeto surgiu quando recebemos de doação uma caixa relativamente grande
para a criação de um espaço e em consequência disto, conseguimos criar um leque de
possibilidades matemáticas em uma concepção que vai além de brincar na lanchonete, lanchonet
despertando na criança a visão e a compreensão de outras aprendizagens tais como: seriação,
classificação, identificação de número, interpretação de numerais, sequência
ncia lógica, sistema
monetário e resolução de problemas matemáticos.
Desta forma, podemos afirmar que um planejamento consciente possibilitará uma ação
pedagógica mais eficaz, na qual os grandes beneficiados serão as crianças.

CONCLUSÕES

Como podemos perceber, a educação infantil precisa estar comprometida com a


aprendizagem, pois aprender é construir significados e atribuir sentidos às ações. Não
podemos nos limitar em apenas brincar, sem fundamentar a prática e oferecer condições para
que mesmo brincando a crianças esteja em constante reformulação de seus conhecimentos.
Durante inúmeras brincadeiras
brincadeiras a matemática se faz presente, porém é o olhar
pedagógico e a intencionalidade da ação do professor que instiga a criança a pensar e perceber
a matemática. Temos a compreensão de que na Educação Infantil a construção dos conceitos
de número, quantidade,
idade, soma, sequência
sequ lógica se fazem a partir das experiências
experi vivenciadas
nas brincadeiras e é e forma lúdicas que nossas crianças são levadas a pensar e resolver
problemas matemáticos. Aprende-se
Aprende se participando, vivenciando sentimentos, tomando atitudes
diante dos fatos, escolhendo procedimentos para atingirmos determinados objetivos.
Estudar os conceitos matemáticos, as estruturas lógicas fazem parte de um processo
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

contínuo na vida da criança. Por isso, é fundamental considerar os aspectos afetivos,


cognitivos e simbólicos necessários para que a criança possa, pensar, sentir, agir e interagir
com o meio. Mas cabem a nós, professores, criarmos condições para que a troca de
experiências, os significados e as ideias sejam construídas e compartilhadas entre
ent todos.

Através deste projeto tivemos a oportunidade de descobrirmos que crianças de quatro


anos são capazes de trabalhar a matemática de maneira atrativa e coerente para tal idade.
Tivemos novamente a certeza de que a criança constrói seu próprio conceito
concei e os professores
são apenas mediadores e incentivadores de novas descobertas.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
REFERÊNCIAS

BRASIL/SEF/MEC. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília, 1998.

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-


histórico. 3. ed. São Paulo: Scipione, 1995.

POMERODE, Secretaria da educação. Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil da


Rede Municipal de Ensino. Pomerode, 2012.

VYGOTSKY, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo, Martins Fontes,


2001.
ANAIS – XXXFCMat

107
O MUNDO ENCANTADO DOS NÚMEROS1

SILVA, Isabella Shiratu Alves da2; SILVA, Sara Susan Bernardo da3;
BERTOLI, Luciane4.

RESUMO: O projeto “O MUNDO ENCANTO DOS NÚMEROS” tem como seu principal objetivo estimular
o gosto pela matemática através de atividades lúdicas, tais como: jogos, brincadeiras, músicas, parlendas,
histórias, receitas entre outros. A criança descobre que os números fazem parte
parte do seu cotidiano e se encanta
com essa descoberta. As crianças aprendem a matemática a partir da curiosidade e do entusiasmo e crescem em
função de experiências vivenciadas em casa e na escola. Hoje as crianças adoram brincar utilizando a
matemática que encontram em suas vivências.

Palavras-chave: Linguagem matemática. Brincadeiras. Movimentos. Descobertas. Curiosidade. Encantamento.

INTRODUÇÃO

Os números fazem parte do nosso dia a dia e representam muito mais do que uma
forma de se medir ou quantificar
quantificar o que existe ao nosso redor. A construção do conceito de
número, por exemplo, começa muito antes da entrada na escola. Desde que em sua casa, nas
relações cotidianas, a criança tenha oportunidade de lidar com situações que envolvam
ordenação, seriação, classificação, já estará se iniciando a construção deste conceito.
Acredito que a criança deva vivenciar situações ricas em aprendizagem e desafiadoras
para formular seu conhecimento social e matemático. Só assim ela irá estimular sua
imaginação e criatividade.
No brincar a criança entra em contato com a linguagem matemática para marcar a
passagem do tempo, medir distâncias, distinguir o pesado do leve, ter conceitos espaciais
como em cima e embaixo, fora e dentro, frente e atrás. A matemática está presente em todas
as atividades do ser humano, seja simples como repartir algo ou complexa como projetos de
engenharia.
De acordo com KISHIMOTO a criança procura o jogo como uma necessidade e não
como distração. É pelo jogo que a criança se se revela. A sua vocação, as suas habilidades, o seu
caráter, tudo o que ela traz latente no seu eu em formação, torna-se
torna se visível pelo jogo e pelos
brinquedos, que ela executa, (KISHIMOTO, 1992, P.106).
Pensando assim, percebi o quanto as crianças demonstram
demonstram interesse pelos números que
se encontram na sala de aula, pois temos caixinhas numeradas de 1 a 9 com quantidades
dentro delas; transformando-sese numa atividade disparadora.
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Através de músicas, jogos e dinâmicas vamos conhecer os numerais e sua função


social
ial percebendo que está o tempo todo vinculado a nossa existência.
Este projeto tem como objetivos: estimular o gosto pela matemática através de
atividades lúdicas; identificar, quantificar, reconhecer e valorizar a importância dos numerais;
estimular a confecção
nfecção de jogos com materiais de sucata; estimular a independência da criança;
reproduzir sequências e seriações nas atividades cotidianas; possibilitar momentos de grande

1
Categoria: Educação Infantil; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: EMEF Anna Töwe
Nagel – Jaraguá do Sul.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EMEF Anna Töwe Nagel, luciane.bertoli2015@hotmail.com.

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
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integração entre os alunos; incentivar e permitir a fala da criança em todas as atividades
ati
possíveis ampliando seu vocabulário, utilizando músicas e histórias.
Segundo KISHIMOTO, utilizar o jogo na educação infantil significa transportar para o
campo de ensino-aprendizagem
aprendizagem condições para maximizar a construção do conhecimento,
introduzindo
do as propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade de iniciação, ação ativa e
motivadora. (KISHIMOTO, 2010, p.41).

MÉTODOS E MATERIAIS

Primeiramente foi feita a roda de conversa para fazer uma sondagem do conhecimento
que as crianças já possuíam, falarfalar sobre a importância dos números em nossa vida, as
situações em que precisamos usá-los
usá e onde podemos encontrá-los.
Após este momento as crianças foram para o pátio e puderam registrar no muro com
giz de quadro negro os números que conheciam. As criançascrianças participaram dessa atividade
com muita alegria e entusiasmo.
Desenhei os números no chão da sala onde as crianças puderam caminhar sobre eles
no sentido do movimento que ela fará ao utilizar o lápis ou giz de cera.
Percebendo que as crianças demonstraram
demonstraram grande interesse em conhecer os números,
elaborei e contei a HISTÓRIA DO SURGIMENTO DOS NÚMEROS utilizando desenhos
explicativos. Nesse momento as crianças ficaram super. Atentas ouvindo e representaram
através de dramatização a história contada. Em seguida
seguida elas registraram através de desenho o
que elas mais gostaram da história e expus os trabalhos no mural fora da sala para que todos
pudessem admirar.
As brincadeiras e cantigas que incluam as diferentes formas de contagem também
fizeram parte do nosso cotidiano e uma delas foi brincar de jogar boliche e as crianças
contavam os pinos que haviam acertado.
Outra brincadeira que fizemos foi a de jogar os dados. Primeiramente foi
confeccionado dois dados utilizando caixa de papelão, papel decorativo e números.
númer Assim
que os dados ficaram prontos as crianças tentavam adivinhar o número que iria cair quando
fosse jogar os dados.
Na aula de Educação Física o professor Jaime fez a medição da altura de todas as
crianças utilizando a fita métrica e um fio. Após a medição cada criança recebeu o fio do seu
tamanho que foi colado em um cartaz formando um gráfico que ficou exposto na sala para
que eles percebessem quem era o maior e o menor aluno da turma.
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Cantamos várias músicas, mas a que mais chamou a atenção foi a música dos 10
indiozinhos sendo ela: 1,2,3 indiozinhos, 4,5,6 indiozinhos, 7,8,9 indiozinhos, 10 no pequeno
bote. Iam navegando pelo rio abaixo, quando o jacaré se aproximou. E o indiozinho olhou pro
baixo. E o pequeno bote dos indiozinhos quase, quase virou....
virou.... Mas não virou.
Essa música foi cantada, dramatizada e registrada no papel utilizando a tinta guache, giz de
cera e caneta para retroprojetor.
Fizemos também uma sessão cinema assistindo o filme URSINHO POOH 1, 2, 3 –
Descobrindo os números e as contas.
contas. As crianças ficaram encantadas e aprenderam um pouco
mais sobre a sequência dos números e perceberam que os encontramos em toda parte,
inclusive em receitas, parlendas entre outros.

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109
Diante disso, confeccionamos uma massinha na sala onde as crianças puderam
observar a receita e colocar a mão na massa literalmente. Esse momento foi muito prazeroso
para todos. Depois que a massinha estava pronta as crianças se divertiram e a grande maioria
fez os números da mesma.
Trabalhamos também a parlenda com os números. (Ex.: 1,2 feijão com arroz, 3,4
feijões no prato, 5,6 falares inglês, 7,8 comeres biscoito, 9,10 comeres pastéis.) E essa
atividade foi realizada em casa, como deveres. Assim convidando os pais a participarem do
projeto estimulando a criatividade e a parceria dos mesmos.
Outro trabalho realizado foi a confecção da caixinha das quantidades onde as crianças
puderam relacionar o número com a sua quantidade. Nesse trabalho as crianças decoraram
uma caixa de ovo com tinta guache, colaram os números na sequência e pintaram retalhos de
papel para preencher cada casinha com a sua respectiva quantidade. Este material está
disponível e acessível na sala para que eles brinquem a qualquer hora.
Confeccionamos também um livro, onde foi registrada cada etapa e atividade realizada
durante o projeto. Era visível o interesse, a empolgação e a satisfação das crianças ao
realizarem essas atividades. Cada atividade realizada transformava-se
transformava se em uma página no
livro.
Recursos
ursos utilizados na realização do projeto: materiais de sucata, livros, cd's, corda,
fita métrica, lápis, fio, borracha, giz de cera, lápis de cor, papel pardo, folhas sulfite, bola,
encartes de supermercados, revistas, cola, tesoura, DVD, músicas, parlendas,
parlend jogo de boliche,
máquina fotográfica e materiais diversos.
Leitura de histórias, textos variados, utilização de multimídias, aplicação de dinâmicas
e brincadeiras, atividades com sons musicalização, aplicação de jogos e rodas de conversas.

CONCLUSÃO

A Educação Infantil é um espaço, de certa forma, privilegiado para noções básicas de


conteúdos matemáticos. O ensino desta disciplina deve ter a finalidade de construir um saber
que capacite as crianças a pensar e a refletir sobre o seu cotidiano, sua realidade
realidade social, para,
dessa forma, intervir no intuito de transformá-los.
transformá los. Isso apenas será possível se os mesmos
encontrarem motivo e razão para aprender matemática.
As crianças possuem a capacidade de desenvolver as noções matemáticas mesmo
antes de entrar
ar na escola, as quais são apresentadas através das brincadeiras e jogos. E durante
esse projeto as crianças tiveram a oportunidade de descobrir e explorar elementos
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matemáticos que fazem parte do seu cotidiano e a perceber sua importância.


Este projeto desenvolveu
esenvolveu noções matemáticas, proporcionando conhecimento relativo
a números, medidas e noções espaciais e temporais.
Usando atividades lúdicas como recurso no ensino pode-se pode se realizar atividades
matemáticas na educação infantil, uma vez que estamos inseridos
inseridos no mundo dos números
desde que nascemos.
As crianças do Pré II participaram deste projeto com entusiasmo, realizando as
atividades lúdicas demonstrando interesse e satisfação. É muito gratificante observar uma
criança em suas brincadeiras utilizando os números que aprendeu. Quando a criança participa

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ativamente da elaboração e execução das atividades lúdicas ela aprende com muito mais
facilidade.
E concordando com WINNICOTT, 1975 onde diz que um processo de ensino- ensino
aprendizagem embebido do espírito lúdicolúdico será muito mais significativo, portanto mais rico e
fértil tanto para quem ensina quanto para quem aprende. Valorizando o jogo, a escola pode
fomentar o enriquecimento das experiências da criança e ajudá-la
ajudá la a encontrar uma relação
operante e satisfatória
ria com a cultura.
O produto final deste projeto foi a confecção do livro dos números que registra todas
as etapas. Ele fica a disposição das crianças para que elas possam manusear quando quiserem.
A avaliação é um processo contínuo tanto das crianças quanto quanto a do professor.
Acredito ter alcançado todos os objetivos pois, a participação das crianças e seus familiares
foi de fundamental importância para o sucesso do mesmo. Todos atentos, admirados e
empolgados com o projeto. É gratificante ver as crianças puxando seus pais para mostrar os
trabalhos que fizeram. E os pais se sentindo participativos e orgulhosos na construção do
conhecimento de seus filhos.
Este projeto superou todas as minhas expectativas pois meus objetivos foram
alcançados. As crianças aprenderam que a matemática faz parte do seu dia a dia e está
presente em todas as partes como: livros, histórias, placas, receitas, jornal, revistas, músicas,
parlendas, no parque, nas brincadeiras de faz de conta, entre outros.
Realizei o projeto com dedicação.
dedicação. Todas as atividades foram planejadas com
antecedência e eficácia, procurando atingir os objetivos propostos. Meu planejamento foi
flexível, sendo que acrescentei determinadas atividades quando os alunos demonstravam
maior interesse ou necessidade de aprofundamento.

REFERÊNCIAS

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, 2010.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, a criança e a educação.. Universidade de São Paulo,


São Paulo, 1992.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeiras e a educação.


educação São Paulo:
Cortez, 2010.
XXX Feira Catarinense de Matemática
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WINNICOTT, Donald. Woods. O brincar e a realidade.. Rio de Janeiro: Imago,1975.

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O SURGIMENTO DOS NÚMEROS1

NAKONECZNY, Hemilly Flores2; TODT, Gustavo3;


BISOL, Eliane4; NOVAES, Vanir Aparecida5.

RESUMO: Há muitos anos atrás, o homem da Pré-históriaPré história não tinha domínio da quantidade e da escrita
numérica, dessa maneira utilizava as pinturas rupestres e apenas símbolos como risco para registrar suas
atividades. Com o passar dos tempos, percebeu que podia identificar as quantidades
quantidades com os dedos das mãos, e
outros utensílios como pedrinhas, pedaços de madeira, entalhes em pedaços de ossos. Com o aumento da
população passou-sese a contar e a registrar quantidades cada vez maiores, como o número de pessoas, produções
agrícolas, animais
nimais de rebanhos entre outros. Dessa forma criou-se
criou se então, o sistema de numeração. Sendo assim, o
presente estudo pretende proporcionar aos educandos um vasto campo de conhecimento sobre a história dos
números e a compreensão dos costumes e atividades dessa
de época.

Palavras-chave: História. Número.

INTRODUÇÃO

Estamos na era do desenvolvimento tecnológico, onde perdemos de nosso cotidiano o


contato com as pessoas, e estamos num mundo virtual. Nossos alunos aprendem a ler e
escrever de forma muito mecanizada
mecanizada e ainda com métodos tradicionais de ensino, forma de
ensinar que ainda está enraizada em muitos docentes. A partir desse pressuposto, surgiu a
curiosidade em trabalhar com os alunos sobre as histórias de como surgiram os números.
Então, lançou-se o projeto com o objetivo de proporcionar aos educandos um aprendizado de
forma mais lúdica, envolvendo a contação de histórias, criação de jogos e assim, trabalhar a
interdisciplinaridade mesclando o ato do brincar aprendendo, pois com esses meios de
aprender,r, desenvolver e ao fazer essas atividades, os alunos vivem experiências fundamentais.
Se interessam em repeti-las las e representá-las,
representá las, desenvolvendo a imaginação, tomadas de
iniciativa, socialização, criação de regras entre outras.
O conhecimento sobre os tempos
tempos primitivos apresentadas de forma lúdica com um
ambiente criativo aproxima o aluno e desenvolve o gosto pelas histórias e as suas
características marcantes da época. No entanto o assunto abordará de forma lúdica conteúdos
históricos, artísticos e matemáticos.
máticos. Abrangendo assim a interdisciplinaridade, Essa temática
é compreendida como uma forma de trabalhar em sala de aula, no qual se propõe um tema
com abordagens em diferentes disciplinas. É compreender, entender as partes de ligação entre
as diferentess áreas de conhecimento, unindo-se
unindo se para formar algo inovador, abrir sabedorias,
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

resgatar possibilidades e ultrapassar o pensamento.


É importante enfatizar que a interdisciplinaridade supõe um eixo integrador com as
disciplinas de um currículo, para que os alunos aprendam a olhar o mesmo objeto sob
perspectivas diferentes. A importância da interdisciplinaridade aponta para a construção de
uma de uma escola participativa e decisiva na formação do sujeito social. O seu objetivo

1
Categoria: Educação Infantil; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-Relação
Inter Relação com outras Disciplinas;
Di
CEMEI Wellesley Antonio Gaio – Videira.
2
Aluna Expositora.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, CEMEI Wellesley Antonio Gaio, elianebisol@gmail.com.
5
Professora Orientadora, CEMEI Wellesley Antonio Gaio, cida-neno@hotmail.com.
cida

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
tornou- se a experimentação da vivência de uma realidade global, que se insere nas
experiências cotidianas do aluno e do professor.
O brinquedo e o brincar inclui múltiplas vantagens educativas, canaliza sobre tudo o
visual e motores comportamentos indesejáveis, diverte, estimula imaginação, desenvolve
diversas capacidades e é um poderoso fator de realização da criança.
O contato visual com desenhos animados sobre os homens primitivos, seguido de
contações de histórias, reconstrução da época em que estava com a confecção de materiais
utilizados por eles. A literatura é mais uma ferramenta lúdica a ser utilizada pelo professor
em suas aulas. A leitura por si só já traz inúmeros benefícios aos educandos, “(...) ela traz
benefícios óbvios e indiscutíveis ao individuo e a sociedade – forma de lazer e de prazer, de
aquisição de conhecimento e de enriquecimento cultural, de ampliação das condições de
convívio social e de interação.” (ZILBERMAN; SILVA, 1995, p.19).
Sabemos que a contação de historias faz parte das atividades permanentes no âmbito
da educação infantil, sendo trabalhada algumas vezes na semana, e até mesmo, diariamente.
O currículo deve contemplar conteúdos estratégias de aprendizagem que capacitem o
aluno para a vida em sociedade, a atividade produtiva e experiências subjetivas, visando à
integração.
O presente estudo será aplicado com os alunos do Pré I, que pertence a primeira etapa
da educação básica: Educação infantil. A partir de 1996, a lei de Diretrizes e bases avaliou a
importância da Educação Infantil que passou a ser a primeira etapa da Educação Básica a qual
abrange crianças de 0 a 5 anos de idade, a mesma deve ser oferecida em creches ou entidades
privadas de 0 a 3 anos de idade. Segundo a LDB em seu artigo 29 “a educação infantil tem
como finalidade o desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físico, moral, social,
cognitivo e psicológico.
Sendo assim, o presente estudo pretende proporcionar aos educandos um vasto campo
de conhecimento sobre a história dos números e a compreensão dos costumes e atividades
dessa época. Para desenvolvimento do estudo proporcionou - se primeiramente de forma
lúdica.

MATERIAL E MÉTODOS

Essa produção será feita pela criança com materiais alternativos e outros com tintas,
massinha de modelar, papéis e demais acessórias para representar o cenário.
Através de contação de histórias, pesquisas com as famílias dos educandos.
Iniciamos o Projeto com estudos e pesquisas em livros pedagógicos, internet e
pesquisas com as famílias do educando sobre o tema: O surgimento dos números. Afim de
sabermos no senso comum qual conceito as pessoas e sociedade tinham em respeito ao tema.
Aí então, descobrimos o filme “Os Croods”, cujo qual mostra bem o que queríamos
que os alunos compreendessem sobre a pré história, já que são crianças de 04 anos e que sua
noção de tempo ainda é limitada.
A partir daí iniciamos a exploração do meio ambiente, coletando com os alunos
gravetos e pedras no bosque do CEMEI.
Após coletar esse material foi mandado bilhetes aos pais solicitando que nos
enviassem rolos de papel higiênico para a confecção da maquete de ovelhas e pastor.
ANAIS – XXXFCMat

113
A partir dessa maquete criamos o “jogo do lobo” que abate as ovelhas do pastor
durante a noite. Para jogar confeccionamos um dado que contém números
números de 0 a 5, já que as
crianças de Pré I aprendem nessa faixa etária a quantificação e classificação até cinco, e um
fantoche de lobo.
Foi então que surgiu a Inscrição para a XII Feira Regional de Matemática em nosso
município, onde a Secretaria Municipal
Municipal de Educação nos propôs a participar.
Aceitamos o desafio, resumimos um texto de apresentação e convidamos dois alunos
para participar conosco de mais essa aventura.

RESULTADO E DISCUSSÃO

Os objetivos de ensino e as metodologias utilizadas para alcançá-los,


alcançá muitas vezes,
constituem-sese como a chave para o sucesso ou para o fracasso das aulas considerando o
resultado final que é a construção do conhecimento.
O desafio maior das aulas na perspectiva lúdica perpassa de modo fundamental pelo
professor, ao qual cabe o papel de recriar, transformando velhos conceitos em novas
realidades, para que seus alunos não acabem sendo apenas agentes pacíficos, mas
dinamizadores, capazes de interagir, saindo do papel historicamente construído de
espectadores e sim receptores
tores do conhecimento.
O brinquedo cria uma organização para a iniciação de relações emocionais, essa troca
permite a criança trabalhar seu lado egocêntrico, além de utilizá-lo
utilizá lo como instrumento que
fantasia a realidade.

O jogo ao ocorrer em situações sem pressão, em atmosfera de familiaridade,


segurança emocional e ausência de tensão e perigo proporciona condições para
aprendizagem das normas sociais em situações de menor risco. A conduta lúdica
oferece oportunidades para experimentar comportamento que em situações, jamais
seriam tentados pelo medo do erro e punição. (KISCHIMOTO.2011,p. 140)

CONCLUSÃO

A aprendizagem acontece de diversas formas, cada criança tem um modo de aprender,


por isso a necessidade de trabalhar diversos jogos que abordem o mesmo conteúdo,
con tendo
como foco a alfabetização. Por consequência a criança irá aumentar o interesse pela escola e
pelo aprender, deixando um pouco de lado, as tecnologias que, estão presentes na vida das
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

pessoas.
Diante dessas considerações percebe-se
percebe que através do jogo e da brincadeira, ou mais
propriamente dito, do lúdico encontramos um meio natural de ensinar a criança, pois é através
dessas ações que observamos a criatividade, as expressões, os sentimentos e os movimentos
que são de grande importância para o educando.
e
É importante que a experiência escolar seja enriquecida por brincadeiras, com as quais
as crianças criam e recriam uma série de ações motoras e intelectuais que contribui para seu
desenvolvimento global.
O lúdico além de socializar a criança desperta
desperta para seu senso crítico, também
desenvolvendo atitudes de cooperação, respeito, participação e integração, sabendo-se
sabendo que a

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
partir desses valores é que a criança terá plena capacidade de conviver com os princípios
básicos de uma sociedade.
Concluísse então, que além do simples brincar o professor pode ainda ensinar o
educando a partilhar, desenvolver-se, socializar-se e buscar informações em seu redor para
que assim haja, sempre um melhor aprendizado e que este seja significativo para a vida do ser
humano, pois é na Educação Infantil que se inicia a formação de personalidade dos mesmos,
cujo esse conceito se leva por toda a vida.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental.


Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Ministério da Educação. Brasília, 1999.

FAZENDA, Ivani. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 4 ed. Campinas: Papirus,


1999.

MORIN, Edgar. Os Sete Saberes necessários à Educação do Futuro. 2. ed. São Paulo: Cortez,
2000.

ZILBERMAN, Regina; SILVA, Ezequiel Theodoro da. (org) Leitura: perspectivas


interdisciplinares. 3ª Ed. São Paulo: Ática, 1995.
ANAIS – XXXFCMat

115
UAU! COMO CRESCERAM! NA MATEMÁTICA COMPARANDO
MEDIDAS E GRANDEZAS1

WEBER, Eduarda Aparecida2; RODRIGUES, Iasmim3; SILVA, Rosemary4.

RESUMO: Trabalhar com a matemática é antes de tudo, oferecer à criança a oportunidade de agir, e
posteriormente levá-la a refletir acerca de suas ações. O projeto Uau... Como Cresceram !!! Na matemática
Comparando Medidas e Grandezas, buscou através de um animal de estimação estimação da turma,um coelho, a
observação temporária das medidas do comprimento e peso, proporcionando nas aulas, além do contato com o
animal, ocontato com a balança, a trena e outras fontes de medidas. Observou-se se um grande entusiasmo na
manipulação direta e indireta
ndireta da reta numérica, na contagem correta dos números, tanto na fita métrica quanto na
balança. Os resultados deste projeto são perceptíveis, e fazem parte da rotina da turma, embora os coelhos não
vivam na escola, eles são trazidos semanalmente, todos
todos os alunos já conhecem, há um empenho para que tudo dê
certo, e no decorrer deste projeto constata-se
constata se a riqueza desta aprendizagem, pois além do conteúdo sistematizado
tem-se
se um aliado, a ludicidade, a experiência vivida por todos.

Palavras-chave: Grandezas.
zas. Medidas. Comparação de medidas.

INTRODUÇÃO

Alguns professores consideram que, sendo a matemática uma ciência hipotético-


dedutiva, exige das crianças um nível de abstração e formalização que está acima de sua
capacidade, pois os quadros lógicos de seu pensamento não estão desenvolvidos o suficiente.
A saída encontrada pelos alunos é memorizar alguns procedimentos que lhes permitem chegar
aos resultados exigidos pelo professor.
Pesquisas apontam a ansiedade em relação à matemática, que nem sempre pode ser
resolvido por um especialista comum. Embora um dos objetivos explícitos do ensino da
matemática seja preparar o estudante para lidar com atividades práticas que envolvem
aspectos quantitativos da realidade, isso não acaba acontecendo.
O cotidiano está repleto de situações matemáticas, trabalhar com a matemática é, antes
de tudo, oferecer à criança a oportunidade de agir, e posteriormente levá-la
la a refletir acerca de
suas ações. É possível explorar muitas das situações vividas em aula, utilizando-as
utilizando com base
para o aprendizado da Matemática, conferindo sentido por sua utilização em circunstâncias
nas quais contribuem para um melhor desempenho na vida.
A criança aprende fazendo, refazendo e observando, dando um suporte sem o qual a
aplicação de imagens mentais se torna bastante aleatória. A escola pode organizar e fornecer
esta base de aprendizado, organizando estratégias de ações para protagonizar o construído em
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

um cenário de saberes em uma linguagem expressiva e investigativa.


Neste sentido, no início do período letivo as escolas municipais de Capinzal
juntamente com a Secretaria Municipal de Educação Cultura e Esportes realizaram o projeto
Escola Te a colhe, onde cada escola organiza um tema gerador, proporcionando um ambiente
afetivo e acolhedor, or, entre professor/aluno/escola, desenvolvendo desta forma um

1
Categoria: Educação Infantil; Modalidade: Matemática Pura; Instituição: EM Bernardo Moro Sobrinho –
Capinzal.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EM Bernardo Moro Sobrinho, rosemaryaps@hotmail.com.
rose

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
estreitamento nas relações interpessoais, o respeito ao colega e professor, resgate de
principios e valores para o convivio social.
Na Escola Municipal Bernardo Moro Sobrinho do municipio de Capinzal o tema
gerador desenvolvido dentro do Projeto foi: UAU!!! Que Bicharada!!! Onde os animais e
curiosidades foram desenvolvidas deixando um ambiente investigativo, musicalisado e
colorido.
As turmas do pré III ficaram com o coelho, as professoras organizaram diversas
atividades nos eixos de ciências, matemática, português, artes e outros conteúdos integrados.
A professora Rosemary da Silva, da turma do Pré III, fez do projeto inicial uma relevante
proposta do eixo de Matemática com o projeto: Uau! Como Cresceram! Na matemática
Comparando Medidadas e Grandezas, com o objetivo de propiciar a compreensão do processo
de medição, aprendendo que medir significa comparar grandezas da mesma espécie. A
comparação de comprimentos, pesos e capacidades, a marcação de tempo e a noção de
temperatura são experimentadas desde cedo pelas crianças pequenas, permitindo-lhes pensar,
num primeiro momento, essencialmente sobre características opostas das grandezas e objetos,
como grande/pequeno, comprido/curto, longe/perto, muito/pouco, quente/frio etc. Para Smole
“... os materiais facilitariam a aprendizagem por estarem próximas da realidade da criança.
Atualmente, uma das justificativas comumente usadas para o trabalho com materiais didáticos
nas aulas de matemática é a de que recurso torna o processo de aprendizagem significativa
(2012, p.11)”.

MATERIAIS E MÉTODOS

Os conceitos matemáticos estão presentes no cotidiano das crianças desde muito cedo,
de modo consciente ou não, as atividades mentais envolvendo contagens, cálculos, adição e
subtração são vivenciadas diariamente. Daí, a importância de sistematizar suas hipóteses a
respeito de como utilizar a matemática nas mais diversificadas situações vividas. Neste caso,
o papel do professor é o de promover situações nas quais as crianças possam por em prática
os conhecimentos que já tem e ajudá-las a organizar melhor as suas informações e estratégias,
proporcionando também condições para a construção de novos conhecimentos.
Para fazer medições, é preciso contar com um modelo para servir de referência, isto é,
de um instrumento de medida fixa, que se utiliza como unidade de comparação. Quanto mais
grandezas forem comparadas, melhor o repertório adquirido. Inicialmente levou-se o coelho á
sala de aula, em uma caixa surpresa. A proposta foi de motivar os educandos através de um
animal de estimação, no caso, o coelho, a observação temporária das medidas de
comprimento e peso. Antes de saberem qual era o animal da turma deveriam por
características advinhar o animal. Que surpresa!!! Dois coelhinhos, uma fêmea e um macho,
que logo receberam o nome de Mini e Fofinho. Passada a euforia, no outro dia as turmas
foram visitadas pelos coelhos, estes foram olhados, acariciados, e depois por intermédio do
professor, os coelhos foram comparados, pelo tamanho, peso, cor... Qual é o maior, o menor,
qual a diferença de medida? Comparações organizadas com o quadro comparativo, Gráfico.
Onde as visualizações se tornavam contextualizadas, sistematizando a vivencia. Régua e
balança, as unidades de medidas definidas, fazendo as observações dos números e o tamanho
dos coelhos. Nas primeiras duas semanas os coelhos foram medidos e pesados duas vezes por
ANAIS – XXXFCMat

117
semana, após, foi quizenalmente, onde podia-se
podia se seguir o peso e comprimento destes e como
haviam
m desenvolvido durante o período do primeiro semestre registrando asmudanças dos
coelhos. A relação da medida e do peso foi observada entre tamanhos dopacote de pipoca e o
coelho, quando a coelha Mini foi pesada pela primeira vez, seu peso era igual ao do pacote de
pipoca 500gr., pela segunda vez mais que um pacote e menos que dois pacotes, já na última
medida, com cinco meses, pesava igual a 5 pacotes de pipoca igual a 3500kg. Quanto a
medida de comprimendo foi organizado um gráfico para que os alunos pudessem
pude observar e
constatar as medidas de comprimento e crescimento dos dois coelhos. Deste gráfico criou-se
criou
outro, o gráfico das medidas das crianças, pois houve esta necessidade de comparação, os
coelhos crescem, também cresço, originando questões: Quem é maior? Quem é menor? Qual
nosso número da medida em metro? Neste momento o professor é o orientador e o instigador
do conhecimento, sendo importante acrescentar sobre a habilidade do professor utilizar este
momento e instrumentos.
As crianças aprendem sobre
sobre medidas, medindo. A ação de medir inclui: a observação
e comparação sensorial e perceptiva entre objetos; O reconhecimento da utilização de objetos
intermediários, como fita métrica, balança, régua etc., para quantificar a grandeza
(comprimento, extensão,o, área, peso, massa etc.). Inclui também efetuar a comparação entre
dois ou mais objetos respondendo a questões como: “quantas vezes são maiores?”, “quantas
vezes cabem?”, “qual é a altura?”, “qual é à distância?”, “qual é o peso?” etc. A construção
desse conhecimento decorre de experiências que vão além da educação infantil.
O custo do material, como as réguas, balança, ração, ficou sobre responsabilidade da
APP da escola.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados deste projeto são perceptíveis, nota-se


nota na rotina da turma, pois os alunos
já estão habituados a organizar o calendário pela visita do coelho a escola. Embora os coelhos
não vivam na escola, eles são trazidos semanalmente, todos os alunos já conhecem, há um
empenho para que tudo de certo, desde a ração, os vegetais, se estão crescendo. A coelha Mini
ficou grávida, ganhou seus filhotes, foi pesada, e observado o tamanho. O período gestacional
foi acompanhado pelos alunos. Pois o tempo é uma grandeza mensurável que requer mais do
que a comparação entre re dois objetos e exige relações de outra natureza, ou seja, utiliza-se
utiliza de
pontos de referência e do encadeamento de várias relações, como dia e noite; manhã, tarde e
noite; os dias da semana; os meses; o ano etc. Presente, passado e futuro; antes, agora e depois
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

são noções que auxiliam a estruturação do pensamento. De acordo com o RCN, O professor
deve partir dessas práticas para propor situações-problema
situações problema em que a criança possa aprofundar
e construir novos sentidos para seus conhecimentos.
Concluindo, o ensino
nsino da matemática no qual os alunos aprendem pela construção de
significados pode ter como aliado o recurso aos materiais manipulativos, desde que as
atividades propostas permitam a reflexão por meio de boas perguntas e pelo registro oral das
aprendizagens,
ns, e no decorrer deste projeto constata-se
constata se a riqueza desta aprendizagem, pois
além do conteúdo sistematizado tem-se
tem se um aliado, a ludicidade e a experiência.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
CONCLUSÃO

A realização deste projeto vem comprovando que a criança é curiosa por natureza.
Dando-lhe condições adequadas, ela apresenta grande entusiasmo para descobrir e construir
conhecimentos. A vivência inicial favorece a elaboração destes. O trabalho com noções
matemáticas na educação infantil atende, por um lado, às necessidades das próprias crianças
de construírem conhecimentos que incidem nos mais variados domínios do pensamento.
A observação semanal do crescimento do coelho levou a conclusão direta do peso e
altura, sendo estas, uma medida constatável de rápida observação, sustentando conclusões.
Em pouco tempo, sete meses, a coelha, de filhote, ficou adulta, prenha e teve sete filhotinhos.
Dados, registrados, comparados e discutidos.
Conclui-seque tudo que tem aplicabilidade, que se mostra significativo, fica mais fácil
de ser assimilado e aprendido. O projeto Uau!!! Como Cresceram!!! Mostrou-se eficaz,
gradativo e contínuo, contextualizado em situações vivenciadas pelos alunos e naturalmente
aprendidas. E a gora não são mais dois coelhos, são dois mais sete coelhos.

REFERÊNCIAS

REAME, Eliane. Matemática no dia a dia da Educação Infantil. Rodas, cantos, brincadeiras e
histórias. São Paulo, Saraiva. 2012.

SMOLE, Kátia S.; Diniz, Maria Ignez. (Org.). Materiais manipulativos para o ensino das
Quatro Operações Básicas. São Paulo. Mathema. 2012.v.2. col. Coleção mathemoteca.

TOLEDO, Marília; Mauro Toledo. Didática de Matemática – Como Dois e Dois. A


construção da matemática. São Paulo, FTD. 1997.

MINAMi, Thiago. http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/atividades-


medidas-422822.shtml acesso em: 10 de Julho de 2014.
ANAIS – XXXFCMat

119
VIVÊNCIAS MATEMÁTICAS COM CACHINHOS DOURADOS E OS
TRÊS URSOS1

MAÇANEIRO, Celina Marian2; MINATTI, Valentina Momm3;


GIRARDI, Angela Cristina Lenzi4.

RESUMO: Através da história Cachinhos Dourados e os Três Ursos, o presente trabalho teve como objetivos
gerais desenvolver situações matemáticas ampliando o conhecimento prévio das noções matemáticas da
experiência cotidiana que a criança possui e integrar a literatura com a matemática para outras áreas do
conhecimento. Utilizou-se a literatura infantil que possibilitou desenvolver referências para o pensamento
lógico-matemático, através de experiências sensoriais no contato com materiais de diferentes texturas, da
interação com o outro, pelo levantamento de hipóteses, comprovação através de vivências concretas e confronto
oral das descobertas realizadas. As crianças desenvolveram capacidades como iniciar-se no uso de números em
diversas situações, dominar progressivamente sucessão dos números através do procedimento de contagem,
iniciar-se na prática de medir como forma de explorar o vivido, e solucionar problemas que façam parte da
vivencia das crianças aprendendo a codificá-los
codificá para encontrar suas próprias soluções.

Palavras-chave: Matemática e Literatura. Matemática Contextualizada. Relações Matemáticas Cotidianas.


Experiências Matemáticas Concretas. Pensamento Matemático.

INTRODUÇÃO

Muitas histórias foram contadas todas as tardes para o Infantil 1, algumas já


conhecidas, outras eram novidades. Algumas encantando a valer, outras nem tanto.
Uma das histórias, que a turma demonstrou especial atenção foi "Cachinhos Dourados
e os Três Ursos". Algumas crianças não concordaram com as atitudes da personagem da
história, o que gerou polêmica. Observando este comportamento e considerando todo o
enredo da história, a professora percebeu que o tema poderia ser fonte para um projeto cheio
de descobertas interessantes às quais motivariam as crianças para estabelecerem relações entre
o conhecimento prévio já existente, com a aquisição de informações novas que acontecem
através das mais diferentes linguagens oferecidas pelo ambiente educacional. Durante as
vivencias do projeto situações matemáticas foram se apresentando e ampliando em todo
contexto.
O tema "Vivências Matemáticas com Cachinhos Dourados e os Três Ursos" vem de
encontro com a proposta de realizar um trabalho pedagógico permeado de experiências
lúdicas integradas a vivências concretas, estimulando na criança a curiosidade, ingrediente
importante para motivá-la a aprender e conhecer.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

O presente trabalho teve como objetivos, desenvolver situações matemáticas através


da literatura infantil ampliando o conhecimento prévio das noções matemáticas da experiência
cotidiana que a criança possui. Integrar a literatura com a matemática para outras áreas do
conhecimento. Desenvolver referência para o pensamento lógico-matemático,
matemático, através de
experiências sensoriais no contado com materiais de diferentes texturas como através da
interação com o outro, pelo levantamento de hipóteses e confronto oral das descobertas

1
Categoria: Educação Infantil; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: Colégio Sinodal Ruy Barbosa - Rio do Sul.
2
Aluno da Turma do Infantil 1 da Educação Infantil.
3
Aluno da Turma do Infantil 1 da Educação Infantil.
4
Professor Orientador, Colégio Sinodal Ruy Barbosa, angelalenzigirardi@yahoo.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
realizadas. Desenvolver capacidades como iniciar-se no uso de números em diversas
situações. Dominar progressivamente a sucessão dos números através do procedimento da
contagem. Iniciar-se na prática de medir como forma de explorar o vivido. Propor problemas
que façam parte das vivências das crianças para que aprendam a codificá-los encontrando suas
próprias soluções. Representar para comunicar a solução do problema e comparar
quantidades.

MATERIAL E MÉTODOS

Este projeto desenvolveu-se numa perspectiva interdisciplinar sempre com uma


conotação lúdica, através de contação da história "Cachinhos Dourados e os Três Ursos”. O
trabalho transcorreu utilizando materiais de fácil manipulação para as crianças e que viesse de
encontro com as necessidades adequadas a idade como: livro de história, fantasias, corpo da
criança, receita, tinta, areia, papel, canetinha, lápis, EVA, palito de picolé.
A pesquisa aconteceu no espaço da Educação Infantil, por vezes no espaço interno,
outras no pátio externo, tendo a duração de dois meses sempre no período vespertino. Para
isto houve primeiramente a leitura da história com o levantamento das hipóteses: O que
aparece na capa do livro? Como será a história? Quantos personagens estão na capa? Após
contar a história trabalhou-se com o questionamento: Será que a atitude de Cachinhos
Dourados foi certa? Então houve o reconto da história elaborada pela turma. Em seguida
aconteceu dramatização da história que proporcionou uma vivencia lúdica com os amigos. Na
roda de conversa a turma dialogou sobre o personagem que mais gostou, depois realizou o
registro através do desenho. Com os desenhos prontos construiu-se um gráfico para observar
qual o personagem de maior preferência na sala, fazendo a relação número-quantidade e
proporcionando a contagem.
A resolução de problema foi explorada através do questionamento: Cachinhos
Dourados apareceu em uma casa estranha, se uma pessoa estranha aparece-se em sua casa o
que você faria? A resposta foi elaborada em forma de desenho fazendo com que a criança
representa-se para comunicar a solução de um problema e a professora serviu de escriba.
As medidas de massa foram vivenciadas através de receitas. Primeiro a realização do
mingau, cuja receita contou com a participação das crianças e possíveis questionamentos com
registro das quantidades em cartaz. Depois o doce da mamãe ursa. Utilizando da massa do
doce as crianças moldaram números deliciosos.
Através de pesquisa teórica descobriu-se que o pequeno urso de quatro anos (idade dos
alunos) pesa oitenta quilos, então a turma vivenciou concretamente esta descoberta
confeccionando um urso com este peso. Para isto colocou-se uma balança e um saco de tecido
e começamos a encher de areia observando o peso. Ao chegar à medida desejada fechou-se o
saco e o transformaram em um urso. Partindo desta vivência as crianças também subiram na
balança para descobrirem seu peso. Depois aconteceu um debate sobre quem é mais pesado,
quantos amigos precisavam subir juntos na balança para formar o peso do urso. As medidas
de comprimento também foram exploradas iniciando-se pela descoberta do tamanho do papai
urso (1,70m), em seguida a professora utilizou uma trena para demonstrar o tamanho para a
turma. Depois convidou as crianças para utilizarem o palmo de suas mãos como elemento de
medição do comprimento do urso. Por fim realizaram um urso no tamanho real, desenhado e
ANAIS – XXXFCMat

121
pintado em papel. Com o palmo mediram também os amigos da sala e na roda de conversa
relataram quantos palmos foram utilizados. Outros objetos da sala também foram medidos e
comparados. Por fim mediram-se
mediram cada criança com barbante para descobrir o tamanho e fazer
comparação entre quem era mais alto ou baixo.
Outra descoberta científica que proporcionou a exploração matemática foi a
alimentação do urso, do qual gosta de peixe. Através da brincadeira de pescar, com peixes de
várias cores, trabalhamos com propriedades matemáticas de quantidade, mais e menos,
seriação e classificação. No jogo da trilha que leva Cachinhos Dourados até a casa dos três
ursos foram trabalhadas noções numéricas com dados, proporcionando realização da
contagem e relação número-quantidade.
quantidade.
Toda prática procurou envolver situações concretas, que levassem a reflexão e
questionamentos, encorajando as crianças a participarem do processo de modo que noções
novas adquiridas fossem uma extensão do conhecimento prévio que já possuem.

RESULTADO E DISCUSSÃO

O trabalho envolvendo a história “Cachinhos Dourados e os três ursos” levou as


crianças a experimentarem de corpo inteiro situações que propiciaram vivências matemáticas,
que foram acontecendo a partir das experiências proporcionadas pelas interações com o meio,
da comunicação das descobertas comentando o que fizeram e porque, da constante troca de
ideias entre a turma.
Segundo Ayres (2012), a criança não aprende por si só, nem é arquiteta exclusiva da
sua evolução; aprende essencialmente dos outros, na relação com eles. Ela é o produto de uma
mediação. Desta forma, a qualidade dos estímulos a serem oferecidos a cada criança tem que
ser muito bem pensado para que se possam estabelecer metas prioritárias do trabalho na
Educação Infantil. Foram várias as ações que propiciaram a construção dos conhecimentos
matemáticos, desenvolvidas a partir do que é mais relevante para a criança, o lúdico. Através
do lúdico as vivencias se concretizaram de forma que encorajou as crianças a exploração de
uma grande variedade de ideias matemáticas.

Foto 1 – Dramatização da história Cachinhos Dourados e os três ursos. Cena em que mamãe urso serve
mingau ao papai urso e ursinho.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Fonte: Infantil 1 (2014)

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Acima de tudo brincar motiva. É por isso que ele proporciona um clima especial para
aprendizagem, sejam os aprendizes crianças ou adultos. (Moyles; 2002, p.41).
Este trabalho deixa claro que matemática não é apenas um conjunto de fatos a serem
memorizados, mas pode ser explorado vários conceitos matemáticos a partir de outras áreas
do conhecimento e com um enfoque lúdico. Reforça ideia da necessidade do concreto e da
manipulação dos objetos para que a criança realmente vivencie de forma significativa seu
aprendizado e consiga assim avançar no seu conhecimento.

Foto 2 – Investigação da quantidade palmos necessários para medir a altura de um urso adulto de 1,70m.

Fonte: Infantil 1 (2014)

Foto 3 – Medida arbitrária. Após medição do tamanho do urso real utilizamos o palmo para comparar
com a altura das crianças.

Fonte: Infantil 1 (2014)


ANAIS – XXXFCMat

123
CONCLUSÕES

Este trabalho configura-se


configura como uma proposta pedagógica no âmbito da Educação
Infantil, tendo por base a Literatura alinhada a Matemática, sempre considerando a
necessidade do lúdico e do concreto para que as crianças realizem suas descobertas e avancem
no conhecimento de forma significativa.
Literatura é uma alternativa lúdica, pode ser um caminho para tornar vivencias com
diversas áreas do conhecimento mais prazerosas, uma maneira relevante de descobrir,
conhecer, motivar para pesquisa.
A matemática deve encorajar as crianças a trocarem experiências em grupo,
comunicarem suas descobertas e dúvidas, esclarecer e organizar seu pensamento. Trabalhar
resolução de problema, que permita questionamentos ou investigação, fazendo com que as
crianças busquem soluções, desenvolve sua potencialidade em termos de inteligência e
cognição.
Quando envolvemos as crianças na realização de gráficos onde observam o resultado a
partir de suas próprias escolhas, ajudamos a refletirem sobre elas desenvolvendo autonomia,
além de apropriarem-se de diferentes modos de coletar e organizar dados.
Vivencias que envolveram medidas de massa e comprimento, possibilitou às crianças
fazerem comparações a partir de um ponto de referência, ampliando as noções de altura,
comprimento, medidas arbitrárias, noções de leve e pesado, vazio e cheio.
Brincadeiras e jogos que envolveram noções de quantidades, seriação e classificação,
colocaram as crianças em contato com números e contagem, desenvolvendo o raciocínio
lógico já que permitiu explorarem materiais de texturas diferentes bem como estabelecer
relações.
Considera-se ainda que toda vivência da pesquisa, direta ou indiretamente, constituiu-
se num rico contexto de ideias matemáticas que o professor procurou evidenciar por meio de
perguntas, observações e formulação de propostas.

REFERÊNCIAS

AYRES, Sonia Nunes. Educação Infantil: teorias e práticas para uma proposta pedagógica.
Petrópolis: Vozes, 2012.

MOYLES, Janet R. Só Brincar? O papel do brincar na Educação Infantil. Porto Alegre:


XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ABDR, 2002. 41p.

BELLI, Roberto. Cachinhos Dourados e os três ursos. Coleção Clássicos de Sempre.


Blumenau: Todo Livro, 2000.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
RESUMOS ESTENDIDOS
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS

2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
ANAIS – XXXFCMat

125
A APLICABILIDADE DA MATEMÁTICA EM ESCALAS
CARTOGRÁFICAS1

PATUSSI, Julia Roberta2; RIBEIRO, Gustavo Verdi3; MARTINS, Greice Provesi Paes4.

RESUMO:: O presente Projeto foi desenvolvido pelos alunos do quarto ano do Ensino Fundamental da Escola de
Educação Básica Santa Teresinha. Após algumas discussões em grupo a turma definiu o tema e desenvolveu o
projeto. O tema escolhido foi “A aplicabilidade da matemática em escalas cartográficas” tendo seu início com o
resgate histórico de como os homens se localizavam e como projetavam essas informações em papéis que eram
passados de geração em geração, ou seja, que o envolvimento com o aspecto geométrico do espaçoes sempre foi
objeto do pensamento do homem. Iniciamos o projeto com a confecção do planetário para compreender a
localização de cada planeta, realizamos contação de história: “O menino da Lua” de Ziraldo e moldamos os
planetas, a curiosidade dos alunos surgiu para compreender as divisões de nosso planeta, então buscou-se
buscou sanar
as dúvidas existentes, por intermédio de filmes documentários, pesquisas e confecções de materiais, para
representar a forma esférica e plana, posteriormente foram realizados váriosvários estudos a cerca das antigas
localizações bem como comparações de como realizamos atualmente, o conhecimento da escala e sua utilização.
Tendo como objetivo compreender conceitos de cálculo de escala, possibilitando análise de redução do espaço
real para ser representado por meio de mapas além de explorar conceitos de quantidade, medidas, aspectos
geométricos. A socialização ocorreu durante as produções, promovendo a interação e discussão, possibilitando
feedback e a troca de informações. Acreditamos que trabalhar
trabalhar com o tema, tornou as aulas mais dinâmicas e os
conteúdos forma absorvidos de forma clara, objetiva e significativa para todos os envolvidos.

Palavras-chave:: Escala Cartográfica. Localização. Matemática.

INTRODUÇÃO

O estudo de diferentes representações


representações cartográficas (globo terrestre e planetário com
paralelos, meridianos) ajuda os alunos a refletir sobre a necessidade e a importância da
existência de meios padronizados que forneçam informações precisas para a localização, por
qualquer pessoa, dee algo da sua superfície terrestre.
A representação gráfica é uma linguagem cada vez mais presente e necessária, num
mundo em que as relações entre as pessoas e delas com o espaço acontecem em velocidade e
abrangência inimagináveis num passado recente. Compreendendo
Compreendendo essa necessidade o projeto
com mapas torna-se se fundamental no ensino básico, os mapas devem ser entendidos como uma
carta e como tal precisam ser lidos.
Ler e interpretar um mapa implica na decodificação, na representação mental da
mensagem que ele le transmite por meio de símbolos.
Segundo Helena Copetti Callai: “Ao chegar a escola, ela vai aprender as palavras, mas
qual o significado delas, se não for o de se compreender mais e melhor o próprio mundo? A
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

par do prazer de saber ler a palavra e saber escrevê-la,


la, podemos acrescentar o desafio de ter
prazer de compreender o significado social da palavra o que significa ler para aprender a
produzir o próprio pensamento que será expresso por meio da escrita. E se, quando se lê a
palavra, lendo o mundo, estáá-sese lendo o espaço e possível produzir o próprio pensamento,
fazendo a representação do espaço em que se vive. Compreender a escrita com o resultado do

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição:
ituição: EEB Santa Teresinha – Curitibanos.
2
Aluna Expositora.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EEB Santa Teresinha, greice-provesi@hotmail.com.
greice

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
pensamento elaborado particularmente por cada pessoa diferente de simplesmente escrever
copiando. E aprender a representar o espaço e muito mais que simplesmente olhar um mapa,
uma planta cartográfica. Saber como fazer a representação gráfica significa compreender que
no percurso do processo de representação, ao se fazer escolhas defini-se as distorções. As
formas de projeção cartográficas e o lugar de onde se olha o espaço para representar não são
neutros nem aleatórios. Trazem consigo limitações e muitas vezes, interesses que importa
manter ou esconder.”
Compreendendo então a real importância dessa compreensão o projeto buscou utilizar
as experiências e conhecimentos que as crianças já possuíam, como descrever trajetos
percorridos por elas, desenhar mapas, criar símbolos para representar objetos entre outros. O
objetivo primordial é oportunizar os alunos a construção de conhecimentos sobre a linguagem
cartográfica nos dois sentidos: como pessoas que representam e codificam o espaço e como
leitores das informações expressas por ela.

MATERIAL E MÉTODOS

O Projeto teve seu início com o resgate histórico, através de pesquisas bibliográficas e
rodas de conversa onde foram socializados os conhecimentos adquiridos.
Depois de conhecer a história e compreender a importância da utilização de mapas
criamos representações da nossa escola, do nosso bairro, das nossas ruas, utilizando-se de
linguagens criadas pelos alunos.
Para compreender a posição do planeta terra, criamos um planetário, realizamos uma
contação de histórias com o livro “O menino da Lua” de Ziraldo, onde os personagens são os
planetas, posteriormente confeccionamos os personagens com massa de modelar.
Após o estudo dos planetas, estudamos as estrelas, os cometas, as galáxias e os
satélites, fizemos a visitação de um planetário em nossa escola.
O próximo passo foi o estudo das fases da lua, pontos de orientação, orientação pelo
sol, lua, estrelas, bússola. Depois dos estudos realizados e a conclusão de como os povos se
localizavam antigamente, surge a necessidade do estudo aprofundado de registros antigos de
viagens e mapas.
Confeccionamos um globo com jornal, gesso, cola, tinta e bola destacando os
continentes e para representar a forma plana, confeccionamos em um isopor o contorno dos
mapas.
Para compreender o mapa e suas escalas necessitou-se um estudo aprofundado em:
projeções, escalas, plantas e convenções cartográficas.
A cada questionamento, realizamos pesquisas, assistimos filmes, documentários entre
outros.
Com o uso do atlas escolar, passamos a calcular distâncias entre países e suas
respectivas capitais. Necessitou-se trabalhar conceitos de multiplicação, leitura de números,
ordem, classes, unidades de comprimento, aproximação, proporção entre outros.
Ao realizarmos os cálculos de escalas passamos a conhecer os países e suas capitais,
sua bandeira, sua área, nesse momento foram criados cartazes contendo informação de cada
país, em ordem decrescente separando-as em continentes.
ANAIS – XXXFCMat

127
Para conclusão do trabalho, realizamos medições no isopor, cálculos e realizamos
nossa própria escala, utilizando-se
utilizando de cola relevo e canetões.
Após a construção da maquete os educandos confeccionarão diversas bandeirinhas
com palito de dentes para fixar na maquete.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Hoje sabemos que a aprendizagem não ocorre apenas quando se apresenta o conteúdo
de forma organizada, nem mesmo quando os alunos repetem os modelos estudados. Ela
somente se completa pela reflexão do aluno em face das várias situações que envolvem a
mesma ideia. Aprender com compreensão é mais do que dar resposta certa a um determinado
desafio semelhante a outros
tros já vistos, é poder construir o maior número possível de relação
entre diferentes significados, estabelecendo conexões entre o novo e o conhecido e mais ainda
é saber criar e transformar o que já se conhece.
Pensando nesse pressuposto, destacamos que: “A cartografia como arte serve como
incentivo e ponto de partida para desenvolver projetos subversivos no ambiente escolar”.
(SEMANN, 2013, p. 60). Neste trecho o autor refere-se
refere se ao termo subversivo como uma ideia
crítica sobre o modelo normativo da cartografia,
cartografia, que muitas vezes é considerado uma “ciência
exata baseada em cálculos, medições e convenções.” (SEMANN, 2013, p. 59). Esta forma de
trabalho permitiu instigar a curiosidade e a criatividade dos alunos, mostrando que apesar de
existirem as convenções necessárias é possível buscar diferentes maneiras para
representarmos uma visão de mundo. Deste modo pode-se pode se trabalhar “subversivamente” em
outras disciplinas.
Acreditamos que o objetivo principal, o qual estava implícito aos alunos, foi
cumprido; o estímulo ulo pela ciência cartográfica; a compreensão da importância deste
conhecimento nos dias de hoje assim como o seu contínuo desenvolvimento. Avaliou-se Avaliou
como uma ótima experiência, muito positiva para todos os envolvidos, alunos e professores
da escola. As conversas
nversas realizadas entre o grupo, as atividades, escolhendo as mais produtivas
e mais interessantes do ponto de vista da aprendizagem e do desenvolvimento foram, sem
dúvida, essenciais para o sucesso do projeto.

CONCLUSÕES

Podemos destacar que o projeto atendeu as expectativas e que os objetivos pretendidos


XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

foram alcançados. Como diria Rubens Alves: Uma habilidade extraordinária que usamos o
tempo todo mas de que não temos consciência, é a capacidade de construir na cabeça, as
realidades virtuais chamadas mapas. Para nos entendermos na nossa casa temos de ter mapas
dos seus cômodos e mapa dos lugares onde as coisas estão guardadas. Fazemos mapas das
casas. Fazemos mapa da casa. Fazemos mapa da cidade, do mundo, do universo. Sem mapas
seriamos seres perdidos,
s, sem direção.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
REFERÊNCIAS

BORIN, Júlia. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de Matemática.
São Paulo: Atual, 2006.

CIÊNCIA, Hoje na escola. Matemática: porque e para quê?, n.8 São Paulo: Global, 2005.

DIENES, Z P. As seis etapas do processo de aprendizagem em Matemática. São Paulo 1998.

NETO, Ernesto Rosa. Didática da Matemática. São Paulo: Ática, 2010.

POLYA, George. A arte de r PASSINI, Elza Y. A importância das representações gráficas no


ensino da Geografia. In: SCÄFFER, N. O. e outros. Ensinar e Aprender Geografia. Porto
Alegre: AGB, 1998. p.47-55.

PASSINI, Elza Y. e ALMEIDA, Rosãngela D. de.. O espaço geográfico – ensino e


representação. São paulo, Ed. Contexto, 1989.

SEEMANN, Jörn. Subvertendo a cartografia escolar no Brasil. Revista Geografia. São Paulo,
n. 49, p. 58-63, 2013.esolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1995.
ANAIS – XXXFCMat

129
A ECONOMIA COMO PRINCÍPIO DA RIQUEZA1

SOUZA SOARES, Elisson Eduardo de2; HISTER, Maria Luiza Ferreira3;


LENZI, Sadi Benito4.

RESUMO:: O projeto “A economia como princípio da riqueza” foi desenvolvido com os alunos dos 3º anos,
com objetivo de compreender, conhecer e utilizar as cédulas e moedas do sistema monetário, bem como o
consumo consciente e o equilíbrio financeiro. Foram utilizados
utilizados vários materiais e estratégias para atingirmos o
objetivo de forma lúdica e interdisciplinar. Como proposta pedagógica, foram desenvolvidas situações de
aprendizagem e jogos, os quais buscaram relacionar, em muitos momentos, os conteúdos estudados à práticapr do
dia a dia, sempre de forma contextualizada, a fim de proporcionar a aprendizagem efetiva dos alunos. Em alguns
momentos do projeto foi possível promover a participação da família. Os resultados obtidos foram muito
significativos e contribuíram efetivamente
tivamente com a aprendizagem. A participação, a reflexão, a colaboração e o
respeito permearam todo o trabalho.

Palavras-chave:: Matemática. Sistema Monetário. Economia. Jogos.

INTRODUÇÃO

A educação financeira vem ocupando cada vez mais espaço na disciplina discip de
matemática e por isso nos motivou a desenvolver o projeto, a economia como princípio da
riqueza com os alunos dos 3º anos desta unidade escolar.
Proporcionar às crianças a compreensão, o conhecimento e a utilização das cédulas e
moedas do sistema monetário, bem como o consumo consciente e o equilíbrio financeiro foi a
linha mestre do trabalho. Através de atividades lúdicas, interdisciplinares e contextualizadas
foi possível ampliar os conceitos matemáticos e a aprendizagem dos alunos.
Ao longo do trabalho foram realizadas atividades desafiadoras a fim de permitir aos
alunos a resolução de situações práticas envolvendo o sistema monetário; para isso utilizamos
diferentes metodologias e estratégias a fim de contribuir com a aprendizagem dos conteúdos
conteúdo
matemáticos, sempre os aliando ao dia a dia. Levando em consideração também, a
preocupação de fazer com que os alunos desenvolvessem as habilidades necessárias para o
bom manuseio e uso do dinheiro, bem como, da necessidade de economizar. Proporcionando-
Proporcionando
lhes assim, melhores condições de vida, tanto no âmbito material quanto no emocional.
As atividades levaram em consideração a interação entre teoria e prática. Promover a
aprendizagem por meio de experiências e aspectos relacionados ao cotidiano esteve muito mu
presente na sala de aula. O trabalho possibilitou aos alunos compreender, reconhecer, saber
fazer o bom uso do dinheiro e refletir sobre a necessidade de economizar.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

MATERIAL E MÉTODOS

Para auxiliar os alunos a construírem o conhecimento, reterem o maior


m número de
informações e despertar a curiosidade dos alunos a respeito do tema estudado, foram

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição:
EMEF Marcos Emílio Verbinnen – Jaraguá do Sul.
S
2
Aluno do Ensino Fundamental – 3º ano, esc.mev@terra.com.br.
3
Aluna do Ensino Fundamental – 3º ano, esc.mev@terra.com.br.
4
Professor Orientador, EMEF Marcos Emílio Verbinnen, sblenzi@gmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
selecionados alguns materiais e estratégias para auxiliar neste processo de forma lúdica e
interdisciplinar.
Iniciamos o trabalho com as seguintes reflexões: “É importante estudar matemática?”
“Onde encontramos a matemática?” A partir dessas questões, trouxemos para a sala de aula
diferentes materiais e recursos que apresentavam números em diferentes situações
matemáticas a fim de, manusear e explorar com os alunos tais suportes, promovendo a
conclusão de que lidamos com a matemática a todo instante.
Dando continuidade ao projeto, fomos também ao Ambiente Tecnológico Educacional
– ATE – para realizar pesquisas acerca das diferentes moedas que circulam oficialmente no
Brasil e em outros países. E depois de algumas conversas, continuamos as pesquisas, agora
para descobrir se o Brasil, sempre fez uso da mesma moeda oficial ao longo da história.
Para aprofundar os conhecimentos na prática, desenvolvemos algumas atividades
lúdicas que permitiram aos alunos efetuar cálculos matemáticos envolvendo o dinheiro.
Também foram realizadas em sala de aula, atividades como: mercadinho; leitura e
interpretação de catálogos de supermercado, desafios de compararem preços, destacando os
de menor valor, resolveram situações problema e manusearam cédulas e moedas.
Também discutimos sobre a importância do dinheiro, o que representa na nossa vida e
quais os benefícios de economizar. E para incentivar os alunos a pouparem, propomos a
construção de um cofrinho. No entanto, depois de pronto, o desafio era o de pensar de que
forma poderíamos obter dinheiro para iniciarmos o processo de guardar/juntar e após algumas
discussões e sugestões, percebemos a possibilidade na coleta e venda de material reciclável.
Para ajudar nessa etapa, cada família pôde participar contribuindo com o material
reciclável produzido em casa. No dia agendado trouxeram o material para a escola e juntos
efetuamos a venda do mesmo, que foi revertida em dinheiro para o cofrinho. Cada criança
recebeu o valor de acordo com a quantidade de material que trouxe para a escola e desta
forma, o lixo virou dinheiro no cofre.
As famílias também participaram com as informações repassadas nos questionários
que foram enviados para casa. As perguntas eram relacionadas ao tema e abordavam as
seguintes categorias economia, poupança, compras e mesada. As respostas foram tabuladas
em forma de gráfico, inicialmente em papel quadriculado e posteriormente usando a planilha
de cálculo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com Lima (2003, p. 183), a Matemática é indispensável para a formação


cultural e técnica do homem socialmente atuante, porque ela – [...] permite responder de
modo claro, preciso e indiscutível, perguntas que, sem o auxílio dela, continuariam sendo
perguntas ou se transformariam em palpites, opiniões ou conjectures. Desse modo, a
matemática apresenta-se como um caminho para a compreensão e investigação do mundo que
nos cerca.
A educação financeira não significa ensinar simplesmente a economizar, mas também
ter a noção correta de como usar da melhor forma o dinheiro, visando uma maior qualidade de
vida. Quando as pessoas têm as finanças em ordem, enfrentam melhor as adversidades do dia
a dia. Por isso, foi fundamental envolver a família no processo. Realizar uma pesquisa com os
ANAIS – XXXFCMat

131
pais a cerca de como lidam com a economia, poupança, mesada e compras, foi muito
importante para compreender a visão das crianças sobre o assunto.
Segundo D’Aquino (2008, p. 4), “a função da educação
educação financeira infantil deve ser
somente criar as bases para que na vida adulta nossos filhos possam ter uma relação saudável,
equilibrada e responsável em relação ao dinheiro”.
Querendo saber se os pais tem o costume de conversar com os filhos sobre a
importância
ortância de se economizar e usar bem o dinheiro formulamos uma pergunta envolvendo
este contexto. Vejamos o resultado pelo gráfico a seguir:

Gráfico 1 – Os pais tem o costume de conversar com o filho sobre a necessidade de economizar e usar bem
o dinheiro?
3º ano 01 3º ano 03

Fonte: Os autores (2014)

Pelo resultado constatamos que a maioria dos pais dos alunos dos terceiros anos
conversa sim com seus filhos, o que é animador em se tratando de educação financeira.
Os conceitos da educação financeira devem ser iniciados desde cedo e praticados
dentro de casa.

Gráfico 2 – Os pais levam o filho quando realizam as compras em supermercado ou loja?


3º ano 01 3º ano 03

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Fonte: Os autores (2014)

Numa sociedade tão consumista como a que vivemos, é muito importante que as
crianças aprendam, a dar valor ao que tem, a conhecer os limites dos gastos, manejar o
dinheiro, administrar os consumos e saber o valor que tem cada bem.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Neste sentido formulamos uma pergunta, querendo saber quantos pais dos alunos dos
terceiros anos instituíram a mesada, com o objetivo de permitir que administrem pequenas
parcelas e a dar valor ao dinheiro. Vejamos o resultado:
resulta

Gráfico 3 – Os pais tem o costume de dar mesada ao seu filho para que use em pequenas despesas?
3º ano 01 3º ano 03

Fonte: Os autores (2014)

A poupança é o investimento mais popular e tradicional do país devido,


principalmente, a sua simplicidade de aplicação e de resgate. É uma aplicação segura e suas
regras de funcionamento são estipuladas pelo Banco Central, por isso existe uma
padronização de taxas e de funcionamento em todas as instituições financeiras.
Ensinar as crianças a pouparem desde cedo contribui para criar hábitos financeiros
saudáveis. Estabelecer uma meta com a criança
criança de quanto guardará por mês e qual será a
finalidade destinada a esse dinheiro é um bom começo para que ela venha compreender e
gerenciar com maior facilidade seus ganhos futuros.
Sabendo da importância de se economizar, de guardar e poupar formulamos a seguinte
pergunta.

Gráfico 4 – Os pais já abriram uma caderneta de poupança em nome do filho?


3º ano 01 3º ano 03

Fonte: Os autores (2014)

Como o foco do projeto era conhecer e saber usar as cédulas e moedas do Sistema
Monetário Brasileiro, as estratégias utilizadas permitiram desenvolver
desenvolver a aprendizagem e a
conscientização da importância de se valorizar e saber usar bem o dinheiro.
ANAIS – XXXFCMat

133
Com a confecção do cofrinho e a venda dos materiais recicláveis trazidos pelos alunos
foi possível dar início ao processo de poupa. Os resultados foram excelentes,
excelentes, pois os alunos
estavam completamente envolvidos com a arrecadação e a venda dos materiais. A venda deste
material e o depósito dos valores arrecadados foi um impulso às crianças no sentido de
perceber, valorizar e poupar.

Tabela 1 – Quantidade de lixo reciclável recolhido e vendido pelos alunos dos 3 anos 1 e 3.
TIPO DE LIXO QUANTIDADE VALOR VALOR TOTAL
RECICLÁVEL EM KG UNITÁRIO R$ R$
Papel/Papelão 1570 0,30 471,00
Plástico 150 0,40 60,00
Alumínio 740 2,20 1628,00
Fonte: Os autores (2014)

Destacamos como resultados positivos do projeto a participação dos alunos,


colaboração, respeito e a reflexão sobre o tema abordado e também as consequências da boa
administração do dinheiro aliados aos conteúdos e conceitos matemáticos.

CONCLUSÕES

Cada vez mais cedo as crianças assumem hábitos consumistas, principalmente quando
se trata de novidades tecnológicas. Por isso, a conjugação de ações, de responsabilidade dos
pais e da escola tornou-se
se importante neste contexto.
A educação financeira deve incentivar as crianças a economizar desde cedo e ajudá-
ajudá
las a administrar pequenos valores, assim, na vida adulta, estarão preparadas para enfrentar
diversos problemas e situações relacionadas ao dinheiro, visando sempre uma melhor
qualidade de vida e o consumo consciente.
O projeto desenvolvido atinge os objetivos propostos, na medida em que possibilita a
contextualização da matemática, relacionando-a
relacionando a ao cotidiano dos alunos. Partindo do
pressuposto
uposto que a educação é um processo pelo qual o aluno constrói o conhecimento através
da mediação do professor, selecionar as ações, os materiais e estratégias permitiu aos
educandos reter conteúdos e conceitos relativos ao tema.
Possibilitar a reflexão e a análise dos dados obtidos pela pesquisa também foi um
momento importante na aprendizagem, pois retratava a realidade dos alunos da classe.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

REFERÊNCIAS

D’AQUINO, Cássia de. Educação financeira: Como educar seus filhos.


filhos Rio de Janeiro:
Elsevier, 2008

LIMA, Elon Lages. Matemática e ensino.


ensino. 2ed. Rio de Janeiro: SBM, Coleção professor de
matemática, 2003.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
A INTERDISCIPLINARIDADE MOTIVANDO DESCOBERTAS
MATEMÁTICAS1

SEIDEL, Gabrielli Amábilli2; SILVA, Nícolas Tomé3; GUIMARÃES, Leonice4.

RESUMO: A necessidade de medir é quase tão antiga quanto à de contar. A turma do segundo ano tinha muita
dificuldade em memorizar conceitos e interpretar problemas matemáticos, mas deslumbrava-se com as
descobertas do corpo humano. Usando o conteúdo de ciências em que havia curiosidade em descobrir e
aprender, foi aplicada, a interdisciplinaridade, facilitando assim o aprendizado. Apesar de hoje termos muitas
unidades de medida, definiu-se que usaríamos o corpo humano como referencia: a palma, a jarda o pé, a braça, a
polegada. Conseguiu-se a motivação e maior interesse da turma para assimilação dos conteúdos, como
nomenclatura, partes do corpo e relação de equivalência entre elas. A partir dai foi trabalhado cálculos maiores
utilizando medidas de maior proporção. Nesse contexto, intensificou-se o trabalho levando em conta a resolução
de problemas na adição, subtração, multiplicação, divisão, medidas, dobro, triplo, proporcionalidade,
classificação, estimativa, gráficos, perspectiva, conceito de tempo, correspondência, formas geométrica e fração.

Palavras-chave: Interdisciplinaridade. Corpo Humano. Medidas. Estimativas. Proporcionalidade.

INTRODUÇÃO

Trabalhar com a matemática em sala de aula é sempre um desafio devido às


paradigmas criados pelas pessoas adultas, o que dificulta o desempenho dos alunos que estão
sendo alfabetizados e apresentados para o mundo dos números, que se encontra à volta deles.
Aplicando, a interdisciplinaridade, abriu-se um leque de descobertas, facilitando assim a vida
do aluno na compreensão dos conteúdos matemáticos.
O corpo humano é cheio de curiosidades que foram exploradas em atividades de
adição, subtração, multiplicação, medidas, probabilidades, comparação, entre outros, trazendo
interesse para as crianças se auto descobrirem, conhecer e também aprender com o que lhe
desperta mais atenção.
A turma do segundo ano tinha muita dificuldade em memorizar conceitos e interpretar
problemas matemáticos, porém se deslumbrava com as descobertas sobre o corpo humano.
Falando em medidas, interessou-se em saber que as primeiras unidades de medidas eram do
próprio corpo, houve então uma inter-relação de conhecimento e a superação naquilo que
havia dificuldade.
Tendo conhecimento de si mesmo a criança adquire em si a necessidade de se
descobrir. Quando pensa-se em nosso corpo, sabemos que algo está sempre contando dentro
de nós: a pulsação do coração, a respiração, a circulação... Segundo Rodolfo Steiner é do
"meio de nós" que ritmos se originam e este ritmo do peito, a cabeça fará. Com essa
compreensão entre as batidas e a matemática aguçou-se ainda mais o interesse da turma e o
desenvolvimento e consequentemente o interesse e aptidão para matemática. Sabe-se que a
partir dos sete anos, a criança se utiliza de um referencial em seu próprio corpo, que será o
momento de definição de direita e esquerda, qual a mão que vai escrever. Se estabelece, além
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: Escola Adventista de Joinville – Costa e Silva.
2
Aluno do segundo ano do ensino fundamental.
3
Aluno do segundo ano do ensino fundamental.
4
Professor Orientador, Escola adventista de Joinville - Costa e Silva, le.unasp@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

135
da mão, qual o pé dominante, o olho e ouvido. Pé dominante é aquele
aquele que chuta a bola,
enquanto o outro serve de apoio. Olho dominante é o que espia pelo buraco de fechadura; o
ouvido aquele que usamos ao telefone. Se houver, segundo Lucinda Dias (pág 67),
dominância cruzada, a criança poderá apresentar problemas.
Ao tomar
mar consciência da importância de se auto conhecer mais e mais interessava-se
interessava
pelo tema. O aluno possui um “corpo que, vivenciado na aprendizagem, abre espaço para este
ser aprendente a entrar em contato com sua originalidade, autorizando-
autorizando-se a pensar e, em
consequência, a aprender.” (Scoz, 2001). A dificuldade do ensino aprendizagem da
matemática não está apenas no paradigma criado pelas pessoas, mas também no método de
ensino aplicado a ela. Reverter esse quadro é mais que ensinar um conteúdo, é alcançar o
ideal da educação em toda a sua amplitude.

MATERIAL E MÉTODOS

Após ter aplicada a aula interdisciplinar, trabalhamos de forma real as medidas e o


peso das crianças, fizemos comparações de peso, altura e idade. Com diferentes meios de
medida, como metro, trena e fita métrica, as crianças foram separadas por duplas para
poderem comparar-se se entre si e brincar de igual e diferente.
Explicou-sese que o metro pode ser unidade básica de medidas. Conheceu-se
Conheceu então seus
múltiplos fazendo comparação do comprimento,
comprimento, classificando o metro em, decímetro,
centímetros e milímetros, trabalhou-se
trabalhou se decomposição de medidas de comprimento utilizando
a fita métrica, fazendo medidas da sala, carteiras, porta, janela, etc.
Conheceu-se se o do grama como unidade básica de massa ma e comparação de peso
utilizando a balança como instrumento. Foi pedido para trazerem frutas de diferentes tipos e
tamanhos e feita uma breve demonstração dos alimentos importantes para o desenvolvimento
e crescimento, trabalhou-sese o conceito de grande e pequeno; maior e menor, e quantidade de
massa.
No laboratório de informática pesquisaram e também trouxeram de casa curiosidades
do corpo humano, suas medidas, perspectivas e associado a esse conhecimento realizou-se realizou
atividades de medidas, adição e subtração;
subtração; unidade, dezena e centena. Através desse
conhecimento trabalharam de forma concreta, conferindo no dorso e no esqueleto humano as
informações que haviam adquirido.
Constataram com o próprio corpo através de exercícios como: andando e falando, dar
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

quatro passos para frente, começando com a perna esquerda, quatro passos à lateral direita,
cruzando a perna esquerda atrás da direita, perna direita passo normal, esquerda pela frente,
direita normal; quatro passos para trás, começando com a perna direita,direita, e finalmente quatro
passos à lateral esquerda, com a perna direita cruzando por trás e pela frente da esquerda.
Com esses movimentos do andar com o corpo foi desenhado quadrado, triângulo, retângulo e
círculo, hora em pé hora deitados na quadra, utilizando
utilizando a quantidade de alunos participantes
para realizar as formas geométricas, trabalhou-se
trabalhou se ai multiplicação e a divisão. Sem levar em
conta o tempo necessário para cada um o importante é manter o ritmo como o nosso corpo
mantém o seu ritmo na pulsação do coração
c e respiração. Utilizando o lego representou-se
representou a
quantidade de ossos que nosso corpo possui, montando gráficos, relacionando, comparando
maior do que e menor do que desde o nascimento até a fase adulta.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Através de produção textual os alunos expuseram seus sentimentos e perspectivas que
tinham mediante suas descobertas relacionadas a linha do tempo deles desde o início da vida
humana até a fase atual.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As ciências conhecidas como exatas (das quais a matemática é o grande modelo) têm
como característica fundamental a medição, ou melhor, a ponderação de seus objetos de
estudo.
Ponderar, em matemática, significa atribuir pesos e algumas grandezas para calcular a
média ponderada. Trata-se, fundamentalmente, de medir, de determinar quantidades (e não
qualidades). Porém, de que maneira medimos as coisas? De acordo com os parâmetros
curriculares nacionais, a matemática esta em todos os lugares.
Faz parte da vida de todas as pessoas nas experiências mais simples como contar,
comparar e operar sobre quantidades. Nos cálculos relativos a salários, pagamentos e
consumo, na organização de atividades como agricultura e pesca, a matemática se apresenta
como um conhecimento de muita aplicabilidade. Também é um instrumento importante para
diferentes áreas do conhecimento, por ser utilizada em estudos tanto ligados as ciências da
natureza como ciências sociais e por estar presente na composição musical, na coreografia, na
arte, nos esportes. (BRASIL, 2001, p. 29).
Por tudo isso quando se pensa em termos matemáticos devemos trazer à mente que a
compreensão da matemática é essencial para o cidadão agir e tomar decisões em sua vida
pessoal e profissional com confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações
novas. No andamento desse projeto e na mudança de visão em relação à matemática
desenvolveram-se habilidades em cálculo mental envolvendo problemas com números,
estimativas, quantificação de objetos e informações, mantendo o registro, criando notações
efetivas, fazendo gráficos, identificando relações de probabilidade, separando e classificando
objetos e desenvolvendo o raciocínio espacial.
Permitiu também mensurar o tempo de concentração na resolução de problemas, fazer
perguntas e entender como as coisas funcionam, fazer interferências lógicas, comunicar com
facilidade o pensamento matemático, reconhecer números no contexto diário, utilizar
diferentes estratégias para quantificar elementos, fazer estimativa e correspondência de
agrupamentos.
A estratégia de contextualização da matemática no foco do interesse da turma do
segundo ano quebrou barreiras e mudou paradigmas, formando uma geração que valoriza a
interação dos conhecimentos já estruturados como base para o desenvolvimento do
pensamento lógico, que faz análise crítica das concepções matemáticas e resultados
alcançados. A turma com 25 alunos, anteriormente apresentava 30% de dificuldades
matemáticas, após o projeto o índice baixou para 5%.
ANAIS – XXXFCMat

137
CONCLUSÕES

Esse projeto objetivou compreender a importância da relação entre a matemática e o


mundo. Descobriu-se se que a interdisciplinaridade é um método de extrema importância para a
assimilação de qualquer conteúdo matemático. Que Ciências e Matemática estão interligadas,
especialmente em nosso corpo. Para alcançar em uma criança o seu melhor desempenho é
necessário descobrir qual é o método de ensino aprendizagem que ela requer e aquilo que
desperta curiosidade e interesse. A turma do segundo ano alcançou todos os objetivos
propostos, indo aquém do esperado, desenvolvendo
desenvolvendo o raciocínio lógico de maneira clara e
precisa, tendo percepção de cálculos em todas as modalidades, e conhecimento de si. O ritmo
de seu corpo tomaram outras dimensões quebrando os paradigmas das dificuldades
matemáticas.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Parâmetros Nacionais. 3ª ed. Brasília: Ministério da Educação e


râmetros Curriculares Nacionais.
Cultura, 2001.

MACHADO, Nilson josé. 6º ed. Vivendo a matemática – Semelhança não é mera


coincidência. Scipione, 1996.

PAIS, Luis Carlos. Didática da Matemática – Uma análise da influência


nfluência francesa. Autêntica.
Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

MACHADO, Nilson josé. 13º ed. Vivendo a matemática – Lógica? É lógico. Scipione, 1994.

MACHADO, Nilson josé. 6 ed. Vivendo a matemática – Medindo comprimentos. Scipione,


1996.

BASSANEZI, Rodneydney Carlos. Ensino-Aprendizagem Matemática 3ed.


Aprendizagem com Modelagem Matemática.
São Paulo: Contexto, 2006.

FISCHER, Ricardo A. Aventura Virtual – História do Mundo. São Paulo: Globo, 1997. CD-
CD
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ROM.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
A MAGIA DA MATEMÁTICA1

MOTTER, Jackson Debastiani2; BERTO, Wesley de Morais3;


DENARDI, Beatriz Terezinha Rodrigues4.

RESUMO: O uso de técnicas operatórias pouco vincula situações que possam dar sentidos aos cálculos e
entendimento das operações envolvidas. Esta realidade contribui para que as crianças se desmotivem, percam o
gosto e o interesse em aprender matemática. Através das observações buscou-se trabalhar de forma lúdica com
jogos didáticos, onde o objetivo do projeto é desenvolver o pensamento e o raciocínio produtivo e lógico, a
habilidade de elaborar soluções às questões em seu cotidiano. Para a realização desse trabalho foram feitas
atividades lúdicas como jogos, onde as crianças “brincaram” e estudaram suas dificuldades, produziram
materiais criaram regras em grupos, enriquecendo o projeto, explorando a criatividade e habilidades no
raciocínio lógico. O envolvimento na organização e construção dos jogos, trouxe significativa melhora nas
habilidades e conhecimento da turma. Atividades lúdicas são sem dúvidas fontes de prazer para os educandos,
pois facilitam e enriquecem a aprendizagem, proporcionando desafios, motivações, melhorando as atitudes e
esforços por parte dos alunos, exigindo maior concentração, dedicação para aprender matemática.

Palavras-chave: Jogos. Habilidades. Raciocínio. Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

A matemática é uma disciplina que está presente em todos os níveis da educação, e


considerada pela maioria das instituições escolares, a disciplina que causa o maior índice de
reprovação e consequentemente o desinteresse por parte dos educandos por essa área do
conhecimento.
No entanto, sabe-se da importância da Matemática para a vida humana, suas regras
fazem parte do cotidiano de todos e quanto mais a conhecemos, mais percebemos sua extrema
relevância para as mais diversas funções exercidas pela sociedade.
A construção dos significados das operações demanda tempo e ocorre pela descoberta de
diferentes procedimentos de solução de situação-problema que são apresentadas aos alunos.
As crianças constroem algumas estratégias próprias usadas na solução de impasses e
problemas que surgem no seu cotidiano. Isso acontece com a percepção e erro. Desta forma,
por intermédio da reflexão sobre o erro, sobre o que não deu certo, e na tentativa de novas
hipóteses para o acerto, para resolver o problema, o conhecimento é construído. Sabe-se que
geralmente a mente infantil desenvolve primeiramente as estruturas aditivas. Se a criança não
pode aprender da maneira que se esta ensinando, é melhor ensiná-la da maneira que ela possa
aprender.
O trabalho com jogos na escola apresenta-se com possibilidade de investigação pelo
aluno, sobre o modo como se dá o seu próprio processo de construção de conceitos
matemáticos. A aprendizagem através de jogos permite que o aluno faça da mesma, um
processo interessante e até divertido. Para isso, eles devem ser utilizados ocasionalmente para
sanar as lacunas que se produzem na atividade escolar diária. Jogar não é estudar, nem

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos, Instituição: EBM
Maria Luiza Ozório Zummer – Tangará.
2
Aluno da Escola Básica Municipal Maria Luiza Ozório Zummer.
3
Aluno da Escola Básica Municipal Maria Luiza Ozório Zummer.
4
Professora Orientadora da Escola Básica Municipal Maria Luiza Ozório Zummer.
ANAIS – XXXFCMat

139
trabalhar, porque jogando, o aluno aprende, sobretudo, a conhecer e compreender o mundo
social que o rodeia. Os jogos podem ser utilizados pra introduzir, aprimorar conteúdos e
preparar o aluno para aprofundar os itens já trabalhados. Devem ser escolhidos e preparados
com cuidado para levar o educando a adquirir conceitos matemáticos de importância e
desenvolvendo o raciocínio lógico.
A brincadeira e o jogo é de extrema importância para a construção de conhecimento e
desenvolvimento
volvimento da criança e até mesmo do adulto. Brincar é a arte mais saudável da vida de
um ser humano. Durante a brincadeira o relacionamento entre os participantes fica maior e a
comunicação se desenvolve de maneira positiva. A brincadeira de faz de conta, faz com que o
adulto, o jovem ou a criança se solte e construa seu próprio mundo. No jogo também acontece
isso. Jogar por acaso e desenvolver habilidades de aprendizagem, sem perceber aprende-se
aprende no
real. O contato com o jogo, a apresentação dele para a o aluno começa despertar a curiosidade
e faz com que comecem a manuseá-lo
manuseá e por fim aprende-se. se. O jogo planejado com o objetivo
de ensinar, faz com que a matemática seja ensinada de uma forma suave e prazerosa

MATERIAL E MÉTODOS

Para a realização desse trabalho foram feitas pesquisas, leituras, foram escolhidos os
tipos de materiais recicláveis que seriam utilizados na montagem dos joguinhos, decidiu-se
decidiu os
jogos que seriam feitos a partir do material recolhido, várias atividades lúdicas, como alguns
jogoss de fácil compreensão, onde os alunos ‘brincaram” e estudaram suas dificuldades, e
foram produzidos jogos com materiais recicláveis, criando regras em grupo, enriquecendo o
projeto, trabalhando em conjunto e explorando a criatividade e habilidades no raciocínio
raci
lógico, principalmente.
Os jogos foram confeccionados pelos alunos durante as aulas, através de conteúdos
estudados e posteriormente feitos para uma melhor compreensão do assunto e entendimento
através de materiais concretos, despertando curiosidade e motivação entre os educandos. O
jogo é uma atividade onde é possível aprende e relacionar de forma lúdica, onde desperta a
curiosidade por algo novo, desconhecido. O principal objetivo do presente projeto é
desenvolver o pensamento e o raciocínio produtivo,
produtivo, a habilidade de elaborar juntamente com
o raciocínio lógico e o uso eficaz dos recursos disponíveis, para que eles possam propor
soluções às questões em seu cotidiano. Para a realização desse trabalho foram feitas várias
atividades lúdicas como jogos, onde, as crianças “brincaram” e estudaram suas dificuldades,
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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

produziram jogos com material reciclável criaram regras em grupos, enriquecendo o projeto,
trabalhando em conjunto explorando a criatividade e habilidades no raciocínio lógico.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A maior parte dos alunos conseguiram realizar as atividades com sucesso e grande
conhecimento. Eles analisaram os textos sobre os conteúdos e fizeram grandes discussões
entre pequenos grupos.
Esta realidade contribui para que muitas crianças se desmotivem
desmotivem e gradativamente,
percam o gosto e o interesse em aprender matemática. a prática educativa no ensino da
matemática ainda é realizada na sala de aula de forma abstrata e descontextualizada da

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
realidade do educando. Além disso, percebemos a grande dificuldade por muitos alunos com
relação na interpretação de situações - problemas envolvendo raciocínio lógico, causando
assim, resultados negativos obtidos com frequência em relação à aprendizagem.
Deve-se utilizá-los não como instrumento recreativo na aprendizagem, mas como
facilitadores, colaborando para trabalhar os bloqueios que os alunos apresentam em relação ao
conteúdo matemático. Na educação matemática, ao se propor um trabalho com jogos, visa-se
também, desmistificar a matemática enquanto uma disciplina maçante, difícil, que envolve
somente a memorização. O foco da preocupação tem sido a matemática e o jogo
apresentando-se como aliado, pois através do brinquedo a criança aprende sendo livre para
determinar sua própria ações, estimula a curiosidade e a autoconfiança, proporcionando
desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção. Através dos
jogos, as crianças criam um mundo de fantasia, desenvolvem o seu raciocínio e constroem o
seu conhecimento de forma descontraída.

CONCLUSÕES

Conclui-se com esse projeto que o envolvimento na organização e construção dos


jogos, trouxe uma significativa melhora nas habilidades e raciocínio lógico da turma. Os
alunos compreenderam o real significado dos algoritmos. O lúdico é uma forma de
aprendizagem de fácil compreensão e o envolvimento dos educandos na criação de jogos
permitiu um aprendizado prazeroso, dinâmico, criativo e interessante para todos de modo em
geral. Sendo assim, observou-se que a matemática deixa de ser o “bicho papão” da sala de
aula e os jogos, ótimos aliados na descoberta de estratégias na resoluções de situações-
problemas. O envolvimento na construção dos jogos pelos alunos, foram de empenho,
dedicação e o conhecimento ia sendo adquirido de certa forma que nem eles mesmo
percebiam que haviam aprendido muito, “brincando” e se divertindo. Os conteúdos não eram
tão maçante e nem na “decoreba”, alguns até usavam recursos “dedinhos”, sim, para ter mais
segurança ao responder. Ao se envolverem nas atividades, conquistavam não só uma vitória
no jogo, mas, no lado pessoal, auto-estima, sem medo de errar, pois, houve companheirismo,
coleguismo e organização, os grupos ou duplas colaboravam com os outros colegas,
respeitando o tempo para se ter a resposta e cobrando as regras, perceberam que com as
mesmas, era possível uma harmonia, porque entenderam que não importava quem ganhava ou
perdia, o que predominava era o respeito. A matemática, realmente é uma “magia” se
envolve, constrói, joga, resolve, ganha, perde e o que é melhor, aprende brincando e gostando
mais do que achava que gostava.Desta forma, dando uma contribuição e incentivo com
significados também para o processo de aprendizagem da matemática. O jogo proporciona
uma melhor integração e um enriquecimento no vocabulário, adquirindo assim um hábito de
aprender construtivamente e com uma visão ampla do mundo em sua volta. A atividade lúdica
proporcionada pelos jogos deve ser o desencadeador de todo o processo da aprendizagem.
ANAIS – XXXFCMat

141
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação


Educaçã e do Desporto. Parâmetros curriculares brasileiros.
brasileiros
Brasília, 1997, 1999.

DANTE, Luiz R. Didática da matemática na pré-escola.


pré São Paulo. São Paulo: Ática.1996.

KAMIL, C.HOUSMAN,L.B. Crianças pequenas reinventam a aritmética: implicações da


teoria de Piaget. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

PIAGET, J. & INHELDER, B. A psicologia da criança. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1989.

RIZZO, Gilda. Jogos Inteligentes: A Construção do Raciocínio na Escola Natural. Rio de


Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.

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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
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A MATEMÁTICA DO AÇÚCAR MASCAVO1

ABREU, Giovana Suelen2; MASSON, Lucas Augusto3; RIBEIRO, Maria de Fátima4.

RESUMO: A matemática do açúcar mascavo fundamentou-se em demonstrar que o açúcar além de estar
presente na mesa dos brasileiros, tem em sua matéria prima que é a cana-de-açúcar uma grande riqueza para a
economia e também motivo para manter o produtor rural em sua propriedade, onde o mesmo pode garantir sua
subsistência cultivando-a e comercializando seus subprodutos. Oportunizou-se novos conhecimentos
relacionados à produção do açúcar mascavo, identificando seus benefícios e malefícios à saúde humana,
visitação a uma propriedade rural para conhecer o engenho de cana, produção de um relatório coletivo,
confecção de uma maquete do engenho, pesquisa sobre o consumo de açúcar mascavo e refinado nas famílias,
palestra com nutricionista. Realizou-se uma coletânea de receitas culinárias à base de açúcar mascavo,
desenvolvendo-as e explorando cálculos matemáticos e as unidades de medidas envolvidas nas mesmas, pois
acredita-se que as noções matemáticas são construídas a partir das experiências proporcionadas e vivenciadas
pelas crianças.

Palavras-chave: Açúcar. Matemática vivenciada. Rentabilidade. Sustentabilidade.

INTRODUÇÃO

O cultivo da cana-de-açúcar e produção de açúcar no Brasil não é recente, é uma


herança dos tempos coloniais. No Brasil colonial, a cana-de-açúcar tornou-se a grande riqueza
da América portuguesa. Além do interesse econômico e da ocupação territorial, outros fatores
pesaram nessa escolha, entre eles o fato de que a cana adaptava-se ao clima quente e úmido da
costa brasileira e de que o açúcar era um produto muito valorizado na Europa.
O Brasil é hoje um dos maiores produtores mundiais de açúcar de cana. O açúcar
ainda é um produto importante para a economia nacional e muito presente na mesa dos
brasileiros, sendo consumido de maneira natural na qual mantém seus nutrientes (açúcar
mascavo) ou passando por um processo industrial (açúcar refinado). É um componente
importante na formulação de vários alimentos: fornece doçura, sabor, efeito na cor, textura e
aparência geral do produto, além de contribuir no valor nutricional como fornecedor de
energia. É da cana-de-açúcar que se extrai grande parte do açúcar consumido por nós.
É importante ressaltar que hoje produtores rurais e seus filhos mantêm-se em suas
propriedades, cultivando a cana e fazendo dessa matéria prima motivo para garantir sua
subsistência, cultivando-a e comercializando seus subprodutos.
Hoje é inevitável não ingerir o açúcar nas refeições diárias. Por isso, desenvolver o
interesse nas crianças em explorar matematicamente esse produto é entender que a
matemática faz parte da vida das pessoas e que podemos torná-la significativa. Assim, por que
não aproveitar para demonstrar que a matemática está no açúcar, por exemplo, quando é
calculada a quantidade de quilos de cana que devem ser moídos para obter-se um quilograma
de açúcar ou, analisando a quantidade de doce que contém um alimento que comemos, ou
quando colocamos algumas colheres de açúcar para adoçar uma xícara de chá ou ao medirmos

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas, Instituição: EM Viver e Conhecer – Capinzal.
2
Aluna do 5º ano, giovana-abreu@hotmail.com.br.
3
Aluno do 5º ano, LucasAugustoMasson@gmail.com.
4
Professora Orientadora, Escola Municipal Viver e Conhecer, fafilene123@hotmail.com .
ANAIS – XXXFCMat

143
duas xícaras ou 260 gramas de açúcar para fazemos um bolo e até mesmo quando fatiamos ou
fracionamos esse bolo para servi-lo?
servi
A matemática é parte essencial da bagagem do ser humano. Sua exploração com
atividades práticas leva a compreensão da necessidade de medir em situações do cotidiano,
estimulando e desenvolvendo
senvolvendo habilidades que leva o indivíduo a resolver e interpretar
informações numéricas, fazendo inferências e agindo como produtor de seu conhecimento na
realidade em que está inserido. Portanto, a criança constrói suas noções matemáticas a partir
de experiências e vivências.

MATERIAL E MÉTODOS

Com o propósito de viabilizar a construção de um campo de possibilidades ricas e


diversificadas de interação entre as disciplinas, teoria, prática e propiciando um planejamento
participativo, marcado pela construção e experimentação do conhecimento matemático é que
foram desenvolvidas atividades parapara fazer o aluno perceber que a matemática está presente
em nossa volta e que muitas vezes nem percebemos.
Durante a execução do projeto foi realizado pesquisas sobre sobre o assunto em estudo,
interpretando-as
as e reconhecendo as ideias principais, leituras, interpretação das mesmas e
reprodução de textos e receitas relacionadas à cana-de-açúcar.
cana
Também foi assistido a um vídeo sobre o processo de produção do açúcar mascavo masca e
realizada uma visita de estudos a uma propriedade rural onde os alunos conheceram a
plantação da cana-de-açúcar,
açúcar, o engenho de cana (de antigamente e atual), a moagem e a
transformação do caldo da cana em alguns subprodutos como o melado, “puxa-puxa” “puxa e o
açúcar mascavo. Após essa visita, foi elaborado um relatório com as informações coletadas e
confeccionada uma maquete representando o processo de industrialização da cana-de-açúcar.
cana
Nesta visita coletaram-se
coletaram se dados, através dos quais várias situações-problema,
situações foram
elaboradas. Analisou-sese custo, investimentos e lucratividade.
Buscando investigar o consumo de açúcar refinado e mascavo nas famílias dos alunos,
realizou-se
se uma pesquisa e construiu-se
construiu se um gráfico com os dados obtidos. Ainda,
oportunizou-se aoss alunos uma palestra com a nutricionista da Secretaria de Educação de
Capinzal abordando o valor nutricional do açúcar mascavo e refinado e os benefícios e
malefícios do açúcar no organismo humano, produzindo um relatório e construindo uma
pirâmide alimentar
tar com gravuras para melhor entendimento da mesma.
XXX Feira Catarinense de Matemática
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Por fim, coletou-se


se das famílias receitas a base de açúcar mascavo, as quais foram
utilizadas para a elaboração de um caderno de receitas e desenvolveram-se
desenvolveram se algumas delas com
o objetivo de incentivar o uso do mesmo e de fazer cálculos e estimativas referentes a
quantidades de ingredientes necessários, realizando experimentos sobre equivalências de
medidas nas receitas culinárias, fazendo a observação na prática dos conhecimentos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Um ensino de matemática que proporcione aos alunos o aprendizado pela construção


de significados e de forma interdisciplinar é um constante desafio do professor em sala de
aula. Aprender matemática é um ato de conhecimento da realidade concreta, isto é, da

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE
C DE MATEMÁTICA
situação real vivida pelo educando. Essa contextualização auxilia na problematização dos
saberes a ensinar, fazendo com que o aluno sinta a necessidade de adquirir um conhecimento
que ainda não tem.
Abordar a matemática de forma interdisciplinar garante maior interação entre os
alunos, destes com os professores, sem falar na experiência e no convívio grupal. Assim,
ao selecionar as atividades do trabalho, as quais envolveram desde a realização de pesquisas
sobre o assunto em estudo, interpretação, leituras, visitas educativas, elaboração de gráficos
até o desenvolvimento de receitas onde o próprio aluno manuseou os ingredientes, fazendo
cálculos e estimativas, tornou a matemática viva e dinâmica.
Segundo Luiz Carlos Pais, o aluno deve ser estimulado a realizar um trabalho voltado
para uma iniciação à “investigação científica”. (...) Assim, aprender a valorizar o raciocínio
lógico e argumentativo, torna-se um dos objetivos da educação matemática, ou seja, despertar
no aluno o hábito de fazer uso de seu raciocínio e de cultivar o gosto pela resolução de
problemas. Não se trata de problemas que exigem o simples exercício da repetição e do
automatismo, mas daquele no qual é possível vivenciar situações concretas de aprendizagens.
Diante disso, é importante que o professor transforme os conteúdos matemáticos numa
aprendizagem prazerosa, significativa, contextualizada e aplicada, sendo mediador entre o
conhecimento produzido e sistematizado com aquele que o aluno adquire sem a participação
da escola.
Ressalta a Proposta Curricular que:

A função do professor, enquanto mediador no processo ensino-aprendizagem,


comprometido com a construção da cidadania do aluno, consiste em criar, em. Sala
de aula, situações que permitam estabelecer uma postura crítica e reflexiva. Perante
o conhecimento historicamente situado dentro e fora da Matemática. (SANTA
CATARINA, 1998, p. 107).

Desse modo, buscou-se o ensino matemático como algo que tenha no cotidiano sua
relação e expressão máxima, o que permitiu aos alunos condições de interagir com os
conteúdos aprendidos e desta forma ampliá-los. Foi possível instigá-los a observar e
experimentar as diferentes unidades de medidas apresentadas nas receitas: quantidades em
gramas, mililitros, xícaras, colheres, copos e realizar experimentos sobre equivalências de
medidas. Assim, percebeu-se o interesse da turma no desenvolvimento das atividades e o
prazer dos mesmos em estarem desenvolvendo as receitas e depois em saborear algo feito por
eles.

CONCLUSÕES

A realização do projeto vem demonstrar a importância da contextualização do ensino


da matemática no qual os alunos aprendem pela construção de significados e de forma
interdisciplinar, tornando a matemática um ato de conhecimento da realidade concreta,
construída a partir das experiências proporcionadas e vivenciadas pelo educando.
Percebeu-se que as atividades proporcionadas foram bastante significativas, instigando
e desenvolvendo habilidades, levando os alunos a resolverem e interpretarem informações
numéricas, fazendo inferências, instigando o pensamento lógico e agindo como produtores de
seus conhecimentos.
ANAIS – XXXFCMat

145
Desde o momento inicial das atividades até o saborear das receitas, observou-se
observou o
prazer dos alunos e sua participação em todas as atividades, dando a demonstração de que os
conteúdos matemáticos podem ser contextualizados e vivenciados,
vivenciados, tornando mais simples seu
entendimento, o que permitiu aos alunos condições de interagir e estabelecer relações com os
conteúdos já apreendidos e desta forma ampliá-los.
ampliá
Concluiu-sese ainda que tudo o que tem uma aplicabilidade, que se mostra o significado,
signific
que se vê, experimenta, vivencia, questiona-se,
questiona levantam-se
se hipóteses e estabelece relações,
fica mais fácil para compreender e assimilar. Essa observação vem reforçar a ideia de que o
conhecimento matemático e a experimentação vêm facilitar a vida cotidiana,
cotidiana, desenvolve o
raciocínio, além de desafiador é por ser ainda prazeroso.

REFERÊNCIAS

PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online: Mais de 1000 cursos online com certificado
Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/49573/importancia-da-
<http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/49573/importancia
interdisciplinaridade-no-processo
processo-de-aprendizagem#ixzz3DQDmHlfs>. Acesso em: 23 junho
2014.

SANTA CATARINA. Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina: Educação


Infantil, Ensino Fundamental e Médio: Disciplinas Curriculares. COGEN, 1998.

DINIZ, Maria Ignez; SMOLE, Kátia Stocco. Materiais manipulativos para o ensino do
sistema de numeração decimal. Volume 1. São Paulo: Mathema, 2012.

CARVALHO, Dione Lucchesi de. Metodologia do Ensino da Matemática. São Paulo:


Cortez Editora, 1994.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE
C DE MATEMÁTICA
A MATEMÁTICA NO UNIVERSO DA SUSTENTABILIDADE1

SCHWAEMMLE, Nicole Cristine2; FREITAS, Yasmin Luiza3; ESTEVAM, Eliane Fronza4.

RESUMO: O projeto “A Matemática no Universo da Sustentabilidade” surge da necessidade de se criar uma


reflexão e, posterior mudança de atitude, acerca dos conceitos de sustentabilidade e respeito ao meio ambiante.
Desde 2010, acontece na escola o projeto amigos da natureza que prevê a coleta e seleção de material reciclável.
Os dados desse projeto serviram de base para o desenvolvimento desse trabalho. Além disso, percebeu-se a
necessidade de abordagem sobre outro tema relevante: qualidade de vida. Nascem então, a horta escolar e trilha
ecológica, que vêm complementar, com dados matemáticos expressivos a construção desse projeto. A turma do
5º ano participou ativamente, sendo responsável pelo seu sucesso. O projeto é desenvolvido de maneira
multidisciplinar, tornando as aulas dinâmicas, interessantes e com ótimos resultados, despertando na comunidade
escolar pensamentos e atitudes mais conscientes.

Palavras-chave: Matemática. Multidisciplinar. Sustentabilidade.

INTRODUÇÃO

O projeto “A Matemática no Universo da Sustentabilidade” realizado na E.E.B. Bruno


Hoeltgebaum surge da necessidade de se aprofundar nas reflexões e ações voltadas à melhoria
do meio ambiente e da qualidade de vida, promovendo o intercâmbio entre escola e
comunidade. Além disso, importante destacar a relevância do trabalho em aproximar o
educando no ensino da Matemática de maneira prazerosa, aliando teoria à prática.
Sabe-se que um dos fatores que agridem sobremaneira o meio ambiente é o excesso de
lixo depositado na natureza. Dessa forma, procurou-se desenvolver na escola um projeto
voltado a coleta seletiva de materiais recicláveis para conscientizar a comunidade escolar que
o lixo poderia ser aproveitado de maneira rentável, e de quebra retirado do meio ambiente.
Nesse ínterim, surge a necessidade de se abordar aspectos relacionados à qualidade de
vida, mais precisamente à alimentação saudável e controle do estresse. Nascem então a horta
e trilha ecológica.
Nesse contexto, desenvolveu-se o projeto de forma multidisciplinar com as turmas do
ensino fundamental e os conceitos matemáticos foram surgindo naturalmente. A partir do
aprofundamento nos trabalhos a matemática foi conquistando o gosto dos alunos, pois os
mesmos podiam transpor toda teoria para a prática. Aprender fazendo tornou muito mais
prazerosa a busca pelo conhecimento.
Diante disso, o projeto proporcionou a socialização do conhecimento através das
diversas áreas envolvidas no trabalho, promoveu a participação efetiva da comunidade
escolar. Através da venda do reciclável possibilitou a aquisição de um parque para uso dos
alunos e a horta já produz alimentos que são consumidos por alunos e famílias.
O projeto ressalta e comprova a importância da Matemática apoiada em outras
ciências desenvolvendo nas pessoas o exercício da cidadania e contribuição para a construção
de um mundo melhor e sustentável.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Bruno Hoeltgebaum – Blumenau.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EEB Bruno Hoeltgebaum, lisnany@yahoo.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

147
MATERIAL E MÉTODOS

O projeto é coordenado
nado pela professora Eliane Fronza Estevam (Séries Inicias -
Quintos anos), professor Nilto (matemática) e professora Adriana (Educação Física),
auxiliados por professores das demais áreas do conhecimento.
Procedimentos:
• Recolhimento e venda de material reciclável;
re
• Coleta de dados referentes à quantidade de reciclado arrecadado, preço pago;
• Levantamento do total de itens arrecadados, comparando-oscomparando com dados
científicos.
• Confecção do mural dia do lanche saudável (nas quartas feiras);
• Pesquisas período de semeadura
sem e plantio de alguns vegetais;
• Elaboração de tabelas e gráficos em sala de aula;
• Área e perímetro na construção das sementeiras na horta;
• Unidade de medidas no controle da produção de orgânicos na horta (uso de
balanças);
• Visita a feira livre do bairro
bairro e supermercado para cálculo comparativo de preços;
• Participação na campanha do lacre de latinhas para doação de cadeira de rodas;
• Pesquisa com cupons fiscais para saber o valor do imposto cobrado sobre o
produto;
• Visitação a empresa Bunge Alimentos, onde onde recebemos explicações sobre o
cultivo de árvores e reflorestamento (ganhamos mudas de diferentes espécies)
• Plantio das mudas de árvores nas margens do ribeirão Fortaleza próximo a escola.
• Cálculos envolvendo estimativas e arredondamento com o chutômetro da vagem
de feijão gigante e o comum (realizado com os alunos de primeiro ao quinto ano);

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base nos dados do projeto “Amigos da Natureza” os alunos construíram uma
tabela comparativa da quantidade de material recolhida em quatro anos, e também dos valores
arrecadados.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Tabela 1 – Coleta de resíduos sólidos (kg) e valores (R$) arrecadados no período de 2010 a 2013.
Vidro Vidro
Papel Plástico Metal Aluminio Valor
Ano – Caco inteiro
(kg) (kg) (kg) (kg) arrecadado
(kg) (un.)
2010 2899 1049 193 183 246 358 1.781,00
2011 10889,7 4551,9 640 808,3 1389 8272 5.824,80
2012 10630,6 3450,5 513 672,15 1047,1 10468 7.892,36
2013 4301,5 1296,1 256,9 422,1 717,6 5235 7.863,60
Total 34154,5 2792,5 1974,16 2663,2 3399,1 27291 23.361,76
Fonte – Relatório do projeto “Amigos da Natureza” – Professora Adriana Nair da Silva Carvalho

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
A tabela evidencia o sucesso do projeto, mostrando aumento gradativo na coleta de
todos os itens.
Para sentir o impacto social os alunos fizeram um levantamento do total de itens
arrecadados e compararam com dados científicos.

Tabela 2 - A “Equação” da reciclagem, comparativo entre dados científicos, alguns números do projeto e
relevância social.
A cada1000 Kg Alumínio Papel Plástico Vidro
5000 kg de 130 kg de 1 300 kg de
Poupa-se 20 árvores
minérios petróleo areia
3399,1 Kg
Números do projeto (4 anos) 2085,55 Kg 28765,85 Kg 10347,6 Kg

Relevância social (elementos ≈ 10 000 Kg de ≈ 1 300 Kg de ≈ 3 900 Kg de


≈ 560 árvores
poupados com o projeto) minérios petróleo areia
Fonte – Relatório do projeto “Amigos da Natureza” – Professora Adriana Nair da Silva Carvalho

Diante dos dados apresentados, fica evidente que, a educação ambiental deve ser
incorporada desde o Ensino Fundamental, com projetos na sala de aula levando conhecimento
sobre o assunto aos alunos. Nesse aspecto Britto, (2000) destaca que, a escola é o ambiente
mais propício para a abordagem de temas relativos à ecologia, saúde, higiene, preservação do
meio ambiente e cidadania.

A Educação Ambiental vem sendo considerada interdisciplinar, orientada para a


resolução de problemas locais. É participativa, comunitária, criativa e valoriza a
ação. É transformadora de valores e atitudes através da construção de novos hábitos
e conhecimentos, conscientizadora para as relações integradas ser humano,
sociedade, natureza objetivando o equilíbrio local e global, melhorando a qualidade
de todos os níveis de vida. (GUIMARÃES, 2005, p.17).

Segundo Freire (2002), a horta para as crianças propõe a transformação da educação


tradicional através da educação crítica, dialética e ambientalmente sustentável, onde são
problematizados os aspectos da realidade instrumentalizando e sensibilizando para o
desdobramento de ações concretas como a coleta seletiva do lixo inorgânico, a compostagem
do lixo orgânico. Enfim, uma educação voltada para a transformação da sociedade.
Nesse sentido, os alunos participaram da construção da sementeira para observação do
desenvolvimento das mudas de hortaliças e aplicação dos cálculos matemáticos para o
comparativo entre área e quantidade de plantas cultivadas.

Medidas da sementeira
Lado menor: 6 quadrados x 10cm = 6 x10 = 60cm
Lado maior: 7 quadrados x 10 = 70cm / Área retângulo = lado maior x lado menor
Lma = 70 cm / Lme=60 cm / Área=70 x 60=4200 cm²
Total de mudas que devem nascer na sementeira.
60x2+72+36x2+54+42=
120+72+54+72+54+42=
192+72+54+42=
264+54+42=
ANAIS – XXXFCMat

149
318+42=360
Construindo a Cabana na trilha
Calculando distância entre: Escola/Cabana. Horta/Cabana. Pomar/Cabana.Cabana/Volta na
trilha.
Tarefas das equipes: Cada grupo mede seu lote e depois soma junto. (medir em cm, m, km),
km
desenhar a planta baixa da cabana em escala baixa, estrutura de duas dimensões, volume,
cobertura, área em cm² m², áreas laterais frente e fundo, formas geométricas, estruturas de
pilares(pé direito), medidas e quantidade de matérias usados.

CONCLUSÕES

Sabe-se
se que a escola desempenha papel fundamental nas reflexões sobre questões
ambientais e qualidade de vida. Contudo, percebe-se
percebe se certa fragmentação e superficialidade no
desenvolvimento desses temas e seus aspectos mais importantes, sendo abordados de maneira
ma
isolada, somente, por algumas áreas do conhecimento.
Nesse sentido, o projeto “A Matemática no Universo da Sustentabilidade” mostra
como é possível diminuir o conservadorismo e a resistência a mudanças nas ações
pedagógicas. Torna-se,se, dessa forma, um
um instrumento valioso no sentido de aproximar as
diversas disciplinas do currículo escolar a fim de construir conhecimento de maneira
multidisciplinar.
Com isso, a Matemática antes vista como disciplina difícil, e até mesmo
amedrontadora, se revela amistosa
amistosa e aprazível, pois com o projeto, os alunos a vivenciam na
prática, vendo seus conceitos e desafios tomando forma e transformando suas vidas.
Além disso, o projeto mostra-se
mostra se efetivo na construção de uma nova forma de pensar e
agir na comunidade escolar. Percebe-se
Percebe se grande motivação e envolvimento de todos: direção,
professores, alunos e pais, que a partir de então percebem, com clareza e criticidade, os
benefícios da coleta seletiva de materiais recicláveis, alimentação saudável e controle do
estresse. Isso
sso se torna visível quando acontece a coleta de materiais recicláveis na escola que
conta com participação efetiva de todos, e também, pelo aumento no número de famílias que
agora possuem horta em casa.
Portanto, constata-se
se a eficácia do projeto no que tange
tange aos objetivos propostos,
contribuindo de maneira significativa para mudança positiva de atitude para melhorar a
qualidade de vida e respeito ao meio ambiente.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

REFERÊNCIAS

GUIMARÃES, M. A dimensão Ambiental na educação. Campinas-SP:


Campinas SP: Papirus, 2005.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra; 1992.

BRITTO, C. Educação e Gestão Ambiental. Salvador: Ministério do Meio Ambiente, 2000.

SOUZA, Joamir; PATARO, Patrícia Moreno. Vontade de saber Matemática.


Matemática 1ed. São
Paulo, FTD: 2009.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
LANNES, Lannes e. Matemática em contexto. 1. ed. São Paulo, Editora do Brasil: 2011.

Revista Veja – Ed Especial – Sustentabilidade. Editora Abril. Ano 44,dezembro de 2011.

Jornal A Noticia – AN Verde (especial 10 anos), 10/12/2009.

Revista Pedagógica Pátio. Editora Artmed, 2008.

FAEMADivisão de Educação Ambiental – Prefeitura de Blumenau.

www.brasil.gov.br> Sobre > Meio Ambiente > Gestão do lixo

www.portalresiduossolidos.com/reciclagem-no-mundo-entre-arte-e-curiosidades.
ANAIS – XXXFCMat

151
BALEMÁTICA: UM EXAGERO DE DOCE1

ATANAGILDO, Isadora2; CUNHA, Leticia de Lima3; MIRANDA, Márcia Batista4.

RESUMO:: O trabalho tem como título “Balemática: Um Exagero de Doce”, objetivando buscar a
conscientização quanto à importância de uma alimentação saudável e da saúde bucal aprofundando os conceitos
matemáticos. Foram realizados: pesquisas sobre a alimentação, malefícios do consumo excessivo de doces e
entrevista com a dona da papelariaa em frente à escola para levantamento de dados. A partir desta atividade foram
desenvolvidas outras como: tabelas, gráficos, estimativa, noção de fração, situações problema envolvendo
contagem, seriação, agrupamento, medidas de massa, sistema monetário, operações
operações de adição, subtração e
multiplicação e figuras geométricas (sólidos). Fazendo correlação com as demais disciplinas, trabalhou-se
trabalhou a
produção textual, leitura, interpretação. Também foram realizadas palestras, triagem/diagnóstico de cáries com
dentista
sta e estagiária de odontologia; fazendo posteriormente tabulação dos dados e encaminhamentos para o
posto de saúde local. A batalha contra o exagero do consumo de doce terá continuidade na busca pela
substituição por alimentos naturais e saudáveis.

Palavras-chave: Doces. Saúde Bucal


ucal. Situações Problema.

INTRODUÇÃO

O consumo excessivo de guloseimas (balas e doces) pelas crianças tem causado


grande preocupação nos dias de hoje tanto por parte das escolas (governo), que já
regulamentaram por lei a proibição
proibição da venda de guloseimas no ambiente escolar em prol de
uma alimentação mais saudável; quanto por parte da OMS (Organização Mundial da Saúde),
que tem publicado artigos e pesquisas periodicamente, alertando sobre os malefícios do
consumo exagerado de açúcar. ar.
Observando a alimentação (lanche) trazida pelas crianças, pode-se pode constatar a
necessidade de se realizar este trabalho, que teve início primeiramente com uma pesquisa
sobre os malefícios do consumo excessivo desses alimentos, que podem provocar diabetes, diabet
colesterol, entre outras, e principalmente a cárie, associada à importância da escovação.
Como as balas e chicletes faziam parte da rotina das crianças que adquiriam em
estabelecimentos comerciais próximos à escola; foi realizada entrevista com a proprietária de
uma papelaria para levantar dados como: doce mais vendido; quantidade vendida por semana; s
peso dos produtos (pacote); preço pago pelo consumidor. A partir desta atividade foram
desenvolvidas outras como: tabelas, gráficos, estimativa, noção de fração, situações problema
envolvendo contagem, seriação, agrupamento, medidas de massa, sistema sistem monetário,
XXX Feira Catarinense de Matemática

operações de adição, subtração e multiplicação e figuras geométricas (sólidos). Fazendo


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

correlação com as demais disciplinas, trabalhou-se


trabalhou se a produção textual, leitura e interpretação
de textos informativos, poemas, contos, receitas e paródias. Também foram realizadas
palestras, triagem/diagnóstico de cáries com dentista e estagiária de odontologia, que
destacaram a importância da saúde bucal com demonstração de escovação e realização de
gincana recreativa.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-Relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição EEB Marcos Konder – Ilhota.
2
Aluna expositora do 3º ano – Anos Iniciais da EEB. Marcos Konder.
3
Aluna expositora do 3º ano – Anos Iniciais da EEB. Marcos Konder.
Konder
4
Professora Orientadora, EEB Marcos Konder, Ilhota, SC, marciabatistamiranda@gmail.com.
marciabatistamiranda@gmail.com

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
A tão cobiçada bala industrializada não é inimigo fácil de combater, porém, a reflexão
sobre o consumo excessivo de doces e seus malefícios para a saúde, bem como a importância
da saúde bucal, gerou uma transformação na turma quanto ao cuidado com a escovação,
principalmente após a triagem constatar a necessidade em massa de acompanhamento, sendo
dados os devidos encaminhamentos ao posto de saúde e também a introdução do
escovódromo em classe; objetivando buscar a conscientização quanto à importância de uma
alimentação saudável e da saúde bucal aprofundando os conceitos matemáticos,
principalmente na faixa etária da turma (8/9anos), quando estão em pleno desenvolvimento.

MATERIAL E MÉTODOS

O projeto teve início no 2º bimestre do ano letivo de 2014, envolvendo alunos dos 3º
anos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental da EEB. Marcos Konder, Ilhota/SC, com
debates, reflexões, planejamento e realização das seguintes atividades:

• Leitura: Obra literária “O Jabuti Sabido e o Macaco Metido”. A partir desta


atividade, iniciar o trabalho sobre alimentação saudável e saúde bucal.
• Salada de fruta: Assim como na história, solicitar que cada criança traga sua fruta
preferida. Em sala de aula, fazer contagem de 1 em 1, 2 em 2, 5 em 5, 10 em 10;
seriação, agrupamento (bananas, maçãs, laranjas...), estimativas de peso por tipo de
fruta, utilizar a balança doméstica para conferir peso; por fim, com auxílio da
professora fazer a salada de fruta.
• Tabela e Gráfico: Com as frutas obtidas elaborar tabela com tipo de fruta,
quantidades, estimativas de peso, peso real, e gráfico de barras comparativo.
• Jogos: No laboratório de informática trabalhar com o jogo Monstro come frutas, onde
as crianças devem ler as informações nutricionais de cada fruta para passar de fase.
Texto informativo: Trabalhar texto informativo sobre a alimentação saudável:
Pirâmide alimentar, história da bala e sobre a cárie.
• Pesquisa: Comparar a alimentação adequada/ideal com o que os alunos trazem de
lanche para a escola, pesquisar sobre os malefícios do consumo excessivo de doces,
bem como suas consequências.
• Entrevista: Entrevistar a proprietária da papelaria para obter as seguintes
informações: - Qual o doce mais vendido? - Quanto é vendido por semana? - Qual o
preço repassado para o consumidor? – Qual o peso de cada pacote e quantas unidades
vem em média em cada um?
• Tabela e gráfico: Elaborar e comparar tabela e gráfico dos doces mais vendidos na
papelaria por semana, colocando-os em ordem decrescente.
• Palestra: Palestra com dentista sobre saúde bucal com demonstração de escovação e
triagem odontológica para a identificação do índice de cáries da turma com posterior
encaminhamento para tratamento no posto de saúde. Elaborar gráfico demonstrativo
dos procedimentos contatados pelo dentista.
• Vídeo informativo sobre higiene bucal.
ANAIS – XXXFCMat

153
• Gincana recreativa: Gincana realizada com uma estagiária de odontologia sobre os
cuidados com os dentes:
• Show do Dentão: O Show do Dentão é um jogo de perguntas e respostas sobre
odontologia. Os alunos serão divididos em dois grupos. Cada grupo escolhe um aluno
para responder cada pergunta, mas eles podem solicitar ajuda aos outros alunos da
equipe. Após a pergunta, os alunos
alunos escolhidos disputam corrida até um determinado
lugar, para decidir quem começa.
• Caixa dos sentidos: A estratégia caixa dos sentidos consistiu na criação de caixa onde
serão colocados alimentos cario gênicos e não cario gênicos. Os O alunos foram
estimulados, um a um, por meio do sentido tátil, descobrir o alimento contido dentro
da caixa. No final da dinâmica, foi colocada a importância de uma alimentação
saudável, não cario gênica e citados os alimentos que podem ser consumidos para uma
alimentação saudável.
o Alimentos não cario gênicos: Laranja, banana, tomate, cenoura, feijão, arroz.
o Alimentos cario gênicos: Pirulito, chocolate, bala, chiclete, fandangos,
refrigerante.
• Quebra cabeça de palavras: Os alunos foram divididos em quatro grupos. Cada
grupo recebeu um envelope contendo palavras soltas. Em seguida montaram a frase
corretamente e colaram em um cartaz. No final, leram as frases de higiene bucal para
os outros colegas.
• Resolução Problemas: Elaborar várias situações problemas com os dados da do tema
trabalhado envolvendo adição, subtração, multiplicação, estimativas, noções de
frações (com as frutas que vieram para a salada de fruta), sistema monetário, medidas
de massa, medidas de tempo (dia, semana, mês e ano).
• Produção textual: Trabalhar
Trabalha com receitas, paródias, listas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Podemos destacar como resultados expressivos neste projeto as transformações nos


hábitos de higiene bucal e a redução do consumo excessivo de doces, tais resultados são
frutos de muita reflexão a cerca das problemáticas causadas pelas balas que eram consumidas
em demasia pelas crianças.
Após a triagem realizada pelo dentista e a construção de gráficos e tabelas
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

internalizou-se
se as falas e produções no combate principalmente a cárie sendo o escovódromo
escovód
uma reivindicação da classe.

CONCLUSÕES

Com a realização deste projeto foi possível aliar o estudo dos conceitos matemáticos
(construção do número: contagem, agrupamento, comparação e operações, grandezas e
medidas, geometria e tratamento de informações
informa – estatísticas) com as várias áreas do
conhecimento; pois em Língua Portuguesa trabalhamos diferentes gêneros textuais
juntamente com a leitura e interpretação de textos, em História e Geografia pesquisamos a

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
história da bala e sua origem; e em Ciências a importância de uma alimentação saudável e
variada, os cuidados que devemos ter com a saúde bucal, bem como, com outras doenças
associadas ao consumo dos doces.
Ao final deste processo pode-se constatar que a organização do trabalho pedagógico
com projetos perpassa pelas diversas áreas do conhecimento de forma não linear,
concretizando a aprendizagem de maneira significativa, pois os conceitos sejam eles
matemáticos, linguísticos, históricos/geográficos ou das ciências naturais, partem da realidade
da infância, conduzindo para a consciência da construção da cidadania.

REFERÊNCIAS

MACHADO, Ana Maria. Jabuti Sabido e Macaco Metido. Rio de Janeiro: Objetiva. 2011.
PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA: Organização do
Trabalho Pedagógico/Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, Diretoria de
Apoio à Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2014.
PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA: Quantificação,
Registros e Agrupamentos/Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica,
Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2014.
PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA: Operações na
resolução de problemas/Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, Diretoria
de Apoio à Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2014.
PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA: Construção do
sistema de numeração decimal/Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica,
Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2014.
PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA:
Geometria/Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, Diretoria de Apoio à
Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2014.
PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA: Grandezas e
Medidas/Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, Diretoria de Apoio à
Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2014.
PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA: Educação
Estatística/Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, Diretoria de Apoio à
Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2014.
SANTA CATARINA, Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia. Proposta
Curricular de Santa Catarina: Estudos Temáticos. Florianópolis: IOESC, 2005.
HISTÓRIA da bala: http://www.arcor.com.br/curiosidades/historia-da-bala
____________ www.abicad.org.br
MISSÃO: Saúde Bucal: www. youtube.com; enviado em 20/10/2010MONSTRO come
frutas: Disponível em: http://www.escolagames.com.br/
ANAIS – XXXFCMat

155
JOGAR, BRINCAR, APRENDER1

KRAMBECK, Mateus Mibrael2; SILVA, Kauã Namblá da3; VARGAS, Willian4.

RESUMO: O objetivo proposto neste trabalho vai além da simples utilização dos diferentes brincadeiras e jogos
disponíveis no vasto universo de possibilidades. Podemos utilizar o jogo não apenas como uma finalidade em si
mesma, mas, como um meio para a aprendizagem; um método diferenciado que que motiva e atrai o aluno. Assim, o
jogo que a primeira vista nos parece uma brincadeira auxilia a criança no desenvolvimento cognitivo, podendo
essa aprendizagem ser transpassada para o seu cotidiano.

Palavras-chave:: Brincadeiras. Jogos. Aprendizagem. Método.


M Desenvolvimento.

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento infantil encontra-se


encontra se influenciado por uma série de fatores,
incluindo aspectos cognitivos, psicológicos, biológicos, sociais e motores. Em nosso dia-a-dia
dia, principalmente no âmbito escolar, cada vez maismais se encontram crianças que apresentam
dificuldade de aprendizagem, de relacionamento, carência social e afetiva, que acabam
gerando um déficit no desenvolvimento global nestas crianças.
A finalidade do presente projeto é desenvolver o foco de atenção, concentração,
c
formulação de estratégias, assim como capacidade de tomar decisões, de superar limites, de
prestar atenção, de ler e escrever, de raciocinar, de calcular, de antecipar, de memorizar e
recuperar conteúdos memorizados, agir em contexto de regras e tarefas, compartilhar
objetivos, desejar aprender, lidar com perdas e ganhos, compreender instruções, concentrar-
concentrar
se, ser criativo. Minimizando problemas no potencial de desenvolvimento e aprendizagem
(dificuldade de aprendizagem, desatenção, transtorno do déficit de atenção, hiperatividade).
As brincadeiras e os jogos são atividades específicas da infância, onde a criança recria
a realidade utilizando sistemas simbólicos. Essa é uma atividade com contexto cultural e
social. Através do brincar e dos jogos,
jogos, a criança aprende a atuar numa esfera cognitiva que
depende de motivações internas. O pensamento, que antes era determinado pelos objetos do
exterior, passa a ser regido pelas idéias. A criança será capaz de imaginar, abstrair as
características dos objetos
tos reais e se deter no significado definido pelas brincadeiras e jogos.
Com estes, a criança pode assimilar o mundo, trabalhando o contato com situações de derrota
e vitória, e mesmo o aprendizado em si, o pensamento rápido e lógico. As brincadeiras e os
jogos estão regulados pela assimilação; é através destas ferramentas que a criança adapta os
fatos e a realidade aos seus esquemas e possibilidades de conhecimento.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Dentro do repertório comportamental podemos citar a percepção, a resolução de


problemas, a criatividade, a memória de trabalho e a memória de longo prazo como sendo
alguns dos processos de desenvolvimento cognitivo que as brincadeiras e jogos estarão
propiciando.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: EM
Christa Sedlacek – Ibirama.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professor Orientador, EM Christa Sedlacek, williavargas@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
A utilização de brincadeiras e jogos com o objetivo de alcançar tais competências
ainda é tímida nos meios educacionais, muito embora tenhamos estudos e experiências que
corroboram a eficácia desses instrumentos no processo de construção do conhecimento em
todas as faixas etárias. Quanto antes se iniciar a vivência com brincadeiras e jogos, mais
satisfatórios serão os resultados para o desenvolvimento e o aprendizado. Consequentemente,
mais vontade nossos alunos terão em aprender.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram apresentadas as atividades a serem trabalhadas: Ganhei cem primeiro, soma de


tampinhas, jogo da divisão, blocos lógicos, material dourado, carrinho de rolimã, perna de
pau, chinelão, taco, bolinha de malabarismo, futebol de botão tênis de mesa, pé de lata,
brinquedos de sucata, torremoto, jogo de vareta com cabo de vassoura, mata rato, xadrez,
quebra-cabeça, resta um, torre de Hanói, gira-gira, damas, ludo, uno, senha, domino, trinha,
reversi, alquerque, quatro em linha, sudoku, biboque, gama três rei, memória, tangram.
Aos poucos uma a uma das atividades foram desenvolvidas dentro dos contextos
trabalhados nas aulas com a professora da turma e nas aulas de Educação Física.
Apresentação, explicação das regras e o brincar. Assim interligando as disciplinas e a teoria
com a prática.
Com isso podemos utilizar o jogo não apenas como uma finalidade em si mesma, mas,
como um meio para a aprendizagem; um método diferenciado que motiva e atrai o aluno.
Assim, o jogo que a primeira vista nos parece uma brincadeira auxilia a criança no
desenvolvimento cognitivo, podendo essa aprendizagem ser transpassada para o seu
cotidiano.
Podemos definir a brincadeira e o jogo como uma atividade que o homem desenvolve
e realiza como fator de equilíbrio psicológico tanto em nível individual, como forma de
equilibrar estados subjetivos, quanto em nível social, como forma de relacionamento positivo
e otimista com outras pessoas; servindo muitas vezes de inclusão das crianças com TDAH,
proporcionando ainda um comparativo com outras atividades do cotidiano que carecem
encanto e absorção tanto quanto o jogo proporciona.
As brincadeiras e os jogos são atividades específicas da infância, onde a criança recria
a realidade utilizando sistemas simbólicos. Essa é uma atividade com contexto cultural e
social.
Através do brincar e dos jogos, a criança aprende a atuar numa esfera cognitiva que
depende de motivações internas. O pensamento, que antes era determinado pelos objetos do
exterior, passa a ser regido pelas idéias. A criança será capaz de imaginar, abstrair as
características dos objetos reais e se deter no significado definido pelas brincadeiras e jogos.
Com estes, a criança pode assimilar o mundo, trabalhando o contato com situações de
derrota e vitória, e mesmo o aprendizado em si, o pensamento rápido e lógico. As brincadeiras
e os jogos estão regulado pela assimilação; é através destas ferramentas que a criança adapta
os fatos e a realidade aos seus esquemas e possibilidades de conhecimento.
ANAIS – XXXFCMat

157
CONCLUSÕES

As brincadeiras e os jogos são considerado um momento em que a criança cr


experimenta novas formas de entendimento da realidade, possibilitando, assim, seu
desenvolvimento em diversos âmbitos. Por isso Vygotsky considera o brincar e jogar como
zona de desenvolvimento proximal, que representa a distancia entre o que a criança crian faz
sozinha e o que ela faz com a ajuda de outras pessoas. Compreendendo então que brincando e
jogando a criança imita uma condição concreta de mundo, é o lugar que ela ocupa na
sociedade veiculo para a sua aprendizagem. Os resultados e objetivos esperados
espera enunciados
também na avaliação desse trabalho já foram percebidos nas turmas trabalhadas. Em uma
turma percebeu-se se mais vontade de aprender, em outras a memorização e a compreensão de
instrução e assim por diante, pois cada turma é única a aprende de uma
uma forma também única.
Houve bastante melhora nas relações interpessoais trabalhadas. Já que esse era um
ponto dramático nas turmas e de foco delicado da aprendizagem. Outro ponto a ser
comentado é o aumento de apropriação e memorização de conteúdos que teve te mudança
significativa no decorrer do trabalho.
Dentro do repertório comportamental podemos citar a percepção, a resolução de
problemas, a criatividade, a memória de trabalho e a memória de longo prazo como sendo
alguns dos processos de desenvolvimento cognitivo
cognitivo que as brincadeiras e jogos estarão
propiciando.
Entre as contribuições que os brinquedos e os jogos proporcionam ao progresso de
aprendizado, pode-se se ressaltar o desenvolvimento da imaginação, da autonomia, do faz-de- faz
conta – onde simulam situações
situações para as quais ainda não apresentam condições de vivenciar na
realidade –,, da socialização, da sexualidade, do respeito, dos limites, além da compreensão de
condutas sociais, de lidar com os sentimentos e aprender a interiorizar características de
objetos ausentes auxiliando na capacidade de abstração. Tudo isso com prazer, seriedade e
motivação.
Podemos observar que brincar e jogar não significa simplesmente, recrear-se,
recrear isto
porque é uma forma mais completa que a criança tem de se comunicar consigo mesma e com
o mundo. Verifiquei que brincar e jogar a criança constrói conhecimento. E para isso uma das
qualidades mais importantes do ATO DE BRINCAR, é a confiança que a criança tem quanto
à própria capacidade de encontrar soluções.
O brincar e o jogar permite
permite à criança resolver conflitos internos, muitas vezes
imperceptíveis aos olhares dos adultos, além de garantir que o cérebro mantenha o corpo
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ativo, descubra o desconhecido, amplie o seu mundo.


Percebeu- se também a melhora da concentração, indisciplina e relação interpessoal
aumento do interesse, aumento de capacidade de memorização e apropriação de conteúdos de
outras disciplinas, diminuição da ansiedade e impulsividade das crianças. De acordo com o
apresentado as brincadeiras e jogos são importantes instrumentos
instrumentos do aprendizado das
crianças, desenvolvendo de forma espontânea e prazerosa aspectos motores, cognitivos,
sociais, emocionais, além da criatividade e a criticidade, fazendo com que a criança caminhe
para uma autonomia.
Quero concluir ressaltando que, independente do termo que utilizemos para designar o
ato de brincar e jogar, o lúdico deve estar presente na educação infantil, assim fazendo parte

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
da prática de cada professor, mostrando e ensinando o aluno meios concretos, prazerosos de
aprender, que com certeza irão despertar no aluno interesse, e assim desenvolver sua memória
a longo prazo, unindo a teoria com a prática.
Brincar, brinquedo, brincadeira e jogo, uma das atitudes mais importantes que nós
adultos podemos assumir em relação à criança, para contribuir com o seu desenvolvimento é
permitir que ela seja criança, nada mais nada menos que criança, que brinque e jogue muito,
que através desses métodos consiga aprender de uma forma prazerosa

REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 11a ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1980.

GALLAHUE D. L. e OZMUN, J.C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês,


crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte Editora, 2001.
ANAIS – XXXFCMat

159
COMPOSTOMÁTICA (COMPOSTAGEM E MATEMÁTICA)1

VALLER, Pedro Vitorino Deluca2; HEINRICH, Gustavo3;


NASATTO, Izaudi Batista Santos4.

RESUMO:: Gastos com a coleta de lixo consomem grande quantidade de recursos municipais, sendo que boa
parte desse lixo são resíduos orgânicos que poderiam ser aproveitados de outras maneiras. Vista toda essa
problemática, apresentou-se
se uma alternativa para a utilização
utilização dos resíduos vegetais gerados na Escola Municipal
Honorata Stédille, onde os alunos puderam com a utilização da matemática comprovar a eficácia do
biodegradador e do biodigestor na diminuição do volume de lixo coletado, aproveitando o adubo orgânico e o
gás natural transformados no processo como possibilidade também de renda para a unidade escolar.

Palavras-chave:: Lixo orgânico. Economia. Renda.

INTRODUÇÃO

O lixo continua a ser um dos grandes problemas ambientais mundiais. Dados recentes
mostraramm que no Brasil a disposição dos resíduos sólidos ainda se dá, na maior parte das
cidades, em lixões, o que ocasiona uma série de problemas de ordem social, econômica,
sanitária, além da poluição e da contaminação do ambiente (IBGE, 2000). Um dos agravantes
agravant
ambientais causados pelo lixo é a falta de sua separação, onde materiais recicláveis e resíduos
orgânicos são misturados e tratados como o mesmo produto. No município de Laurentino, a
coleta de lixo, devido ao seu grande volume é responsável hoje por uma
uma despesa maior que a
própria arrecadação proveniente do Imposto Territorial Urbano (IPTU). Segundo dados da
prefeitura municipal, os gastos com a coleta de lixo ficam próximos dos R$ 0,28 por quilo
coletado. Laurentino tem aumentado sua população consideravelmente,
consideravelmente, sendo hoje o 2°
município que mais cresce na região do Alto Vale do Itajaí. De acordo com Fadini e Fadini
(2001), a urbanização das cidades, o crescimento populacional e o consumo desenfreado têm
contribuído para o aumento de resíduos sólidos urbanos
urbanos no Brasil. O cuidado com o descarte
deste lixo urbano tem crescido com a mesma proporção que a sua produção, tornando fato
preocupante as formas incorretas que acontecem na maioria das vezes. O conhecimento de
formas alternativas para a diminuição na produção de lixo, aliado com conhecimentos
matemáticos para a comprovação dos ganhos econômicos e ambientais ocasionados pelo
mesmo, são de extrema importância e interesse para a sociedade contemporânea. Diante da
atual realidade o presente estudo tem por objetivo apresentar uma alternativa para a utilização
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

dos resíduos vegetais gerados em uma escola municipal, como forma de economia na coleta
de lixo e como produção de adubo orgânico e gás natural.

MATERIAL E MÉTODOS

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: EM Honorata Stédille – Laurentino.
2
Aluno do ensino fundamental da EM Honorata Stédille
3
Aluno do ensino fundamental da EM Honorata Stédille
4
Professor Orientador, EM Honorata Stédille,
Stédille izaudinasatto@yahoo.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
O projeto foi desenvolvido na Escola Municipal Honorata Stédille de Laurentino SC,
com a turma do 4°ano 2, no período de Maio a Julho de 2014. Na unidade escolar após o
lanche são servidas frutas, nos dois turnos de aula. Os resíduos das frutas (cascas e caroços)
foram pesados após o término do lanche em uma balança comum. Após a segunda pesagem
(período vespertino) as duas pesagens do dia foram somadas e anotadas pelos alunos em seus
cadernos e em uma tabela específica. Ao término das pesagens diárias os resíduos eram
levados ao biodegradador (composteira caseira). Para a confecção do biodegradador foi
utilizado um tambor plástico de 100 litros com tampa. A cerca de 15 cm do fundo do tambor
plástico, foi adaptada uma tampa plástica com várias perfurações que serviram como um
filtro. No fundo do tambor também foi colocada uma pequena torneira para a retirada do
chorume, líquido oriundo da decomposição dos resíduos. Acima do filtro foi feito uma
perfuração circular na parede do tambor para a conexão de um pedaço de tubo de pvc de
200mm com o comprimento de 20cm, sendo fechada com um cap de pvc. Na tampa do
biodegradador, para servir como saída dos gases oriundos da decomposição e para evitar o
mau cheiro gerado, foi adaptado uma flange externa para a saída de um tubo de pvc de 40mm
com 15cm e posterior uma curva com mais 15 cm de comprimento. Interno ao tubo de pvc, o
mesmo foi preenchido com carvão vegetal e na saída foi colocada uma esponja de louça, a fim
de evitar a entrada de insetos. Os resíduos de frutas foram depositados diariamente dentro do
tambor plástico, sendo alternado com camadas de serragem para auxiliar na aeração do
material. Após o preenchimento total do biodegradador, os resíduos começaram a ser
colocados no biodigestor para a obtenção de gás natural.

Figura 1- Biodegradador e Biodigestor (da esquerda para a direita) utilizados no projeto

Fonte: Os autores (2014)

Para a confecção do biodigestor foi utilizado um tambor plástico de 100 litros, com
tampa. Na tampa do biodigestor, para servir como coletor dos gases oriundos da
decomposição foi adaptada uma flange externa para a saída de um tubo de pvc com diâmetro
de 40mm com 15cm, adaptada no seu final uma válvula de gás. Os resíduos foram sendo
colocados até o preenchimento de aproximadamente 3/4 do biodigestor.
ANAIS – XXXFCMat

161
Para a construção do biodegradador e do biodigestor os alunos tiveram ajuda também
do agrônomo da secretaria
ia municipal da agricultura e dos funcionários da escola.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Entre os dias 19/05/2014 a 24/06/2014, todos os resíduos vegetais oriundos


exclusivamente das frutas servidas para os alunos e professores foram depositados no
biodegradador,, sendo 67Kg de banana e 28Kg de tangerina, comportando em seu limite
máximo 95 kg de resíduos.

Tabela 1 - Valores diários de coleta de resíduos das frutas, utilizados no biodegradador


Data Tipo de resíduo Quantidade (Kg)
19/05/2014 Tangerina 4,00
20/05/2014 Banana 12,00
21/05/2014 Banana 4,00
26/05/2014 Tangerina 4,00
28/05/2014 Banana 7,00
29/05/2014 Banana 9,00
02/06/2014 Tangerina 2,00
03/06/2014 Banana 7,00
09/06/2014 Tangerina 2,00
10/06/2014 Tangerina 3,00
11/06/2014 Banana 10,00
13/06/2014 Banana 4,00
16/06/2014 Tangerina 7,00
17/06/2014 Banana 2,00
18/06/2014 Banana 8,00
20/06/2014 Banana 4,00
24/06/2014 Tangerina 6,00

Total 95,00
Fonte: Os autores (2014)
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

No dia 10/07/2014 realizou-se


realizou se a primeira retirada do Chorume, líquido oriundo da
decomposição dos resíduos vegetais, que ficou armazenado no fundo do biodegradador,
totalizando um volume de 8.8 litros. O chorume retirado foi armazenado em um tambor de 20
litros.
itros. Durante o processo de transferência do chorume o odor forte lembrava um líquido
fermentado. A pesagem do resíduo em degradação não foi possível devido ao tempo
necessário para sua decomposição, ficando esse dado fora das comparações de custo- custo
benefício.
io. Após 10 dias fechado, percebeu-se
percebeu se uma diminuição significativa no volume dos
resíduos dentro do biodegradador e também se observou uma mudança brusca na forma e cor
dos resíduos, que ficaram menores e escurecidos.
A partir do dia 25/06/2014 até o dia 09/07/2014 os resíduos vegetais foram
direcionados para o biodigestor, com a função de obtenção de gás natural. Foram colocados

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
46 Kg de resíduos e completado com água até ¾ do tambor. A tampa foi vedada com silicone
para evitar o escape do gás a ser produzido.

Tabela 2 - Valores diários de coleta de resíduos das frutas, utilizados no biodigestor


Data Tipo de resíduo Quantidade (Kg)
25/06/2014 Banana 10,00
26/06/2014 Banana 7,00
27/06/2014 Banana 4,00
01/07/2014 Tangerina 4,50
02/07/2014 Tangerina 8,00
08/07/2014 Banana 4,50
09/07/2014 Banana 8,00

Total 46,00
Fonte: Os autores (2014)

Utilizando os dados coletados nos experimentos, os alunos primeiramente trabalharam


utilizando as quatro operações básicas. Inicialmente fizeram a soma de todo o montante
utilizado, e depois somaram quanto cada fruta gerou de resíduo utilizado no biodegradador e
no biodigestor, construindo um gráfico para comparar os diferentes resíduos.

Figura 2- Total dos resíduos de cada fruta coletados no período de 25/06/2014 á 09/07/2014
120

100

80
Kg

60

40

20

0
Banana Tangerina
Tipo de resíduo

Fonte: Os autores (2014)

Os alunos calcularam a média diária de resíduos gerados na unidade (141 kg / 24 dias)


que foi de 5,87kg de resíduos ao dia de consumo de frutas. Com a média diária também foi
possível fazer uma estimativa anual para a escola, baseando-se nos dias letivos obrigatórios
(5,87kg x 200 dias), que é de 1174 kg de resíduos.
Tendo conhecimento do valor pago por Kg de lixo para a coleta no município de
Laurentino, que é de R$ 0,28, os alunos concluíram que no período de 19/05/2014 a
09/07/2014 foi deixado de ser colocado na coleta normal 141 kg de resíduo, e usando o
ANAIS – XXXFCMat

163
cálculo de multiplicação (141kg x R$0,28 centavos) perceberam que o município economizou
R$ 38,41, podendo esse valor ser utilizado em outros benefícios. Fazendo uma estimativa
anual (R$0,28 x 1174 kg), a economia pode ser de R$ 328,72. Para facilitar os cálculos,
devido à série que os alunos estudam, foi aplicada a regra de arredondamento em seus
cálculos. Além da economia na coleta de lixo, outro ponto a ser calculado, como uma
possibilidade até de venda, gerando também um valor
valor em dinheiro é a quantidade de adubo
orgânico produzido no biodegradador e o volume de gás do biodigestor. Como esses
processos demoram algum tempo e ainda estão em fase de transformação não foi possível
chegar a um valor concreto. Outro fator que chamou
chamou muito a atenção dos alunos foi a grande
quantidade de resíduos que a biodegradador e o biodigestor comportaram.
Para posterior uso do adubo orgânico do biodegradador, os alunos sugeriram que o
mesmo fosse utilizado na horta da escola, podendo ser plantadas
plantadas mudas utilizando o adubo
orgânico e mudas sem, para depois acompanhar o crescimento e ver a influência do adubo
orgânico no desenvolvimento das plantas. Para uso do gás do biodigestor, os alunos sugeriram
que fosse utilizado em algum fogão a gás. O experimento
experimento mostrando a liberação do gás
natural também serviu para que os alunos pudessem conhecer formas alternativas de obtenção
de combustíveis.
As cascas, além de virarem adubo ou gás também podem ser utilizadas em algumas
receitas de bolo, ou para fazer chá.

CONCLUSÕES

Com o projeto do biodegradador e do biodigestor os alunos puderam perceber como


práticas simples podem reduzir o volume de lixo produzido, além de sua utilização como
adubo orgânico e gás. Vivenciaram também, através de cálculos básicos a economia gerada
para o município, aprendendo também
também a trabalhar com os dados coletados e utilizá-los
utilizá para
fazer estimativas futuras, justificando ainda mais a importância do projeto. Ao final os alunos
ainda sugeriram que o biodegradador poderá ser adotado pelas outras unidades escolares,
justificando o investimento na confecção do biodegradador pela economia na coleta de lixo,
no ganho ambiental pela separação dos resíduos orgânicos e no uso do adubo orgânico e do
gás.

REFERÊNCIAS
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

FADINI, P. S; FADINI, A. A. B. Lixo: desafios e compromissos. In Cadernos


Cader Temáticos de
Química Nova na Escola. Edição especial. 2001.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento


Básico 2000.. Rio de Janeiro. 2002.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
COMPOSMÁTICA: CALCULANDO O DESPERDÍCIO ALIMENTAR,
COMPOSTAGIANDO UMA SOLUÇÃO1

BARTH, Matheus Felipe2; MEDEIROS, José Felipe Silva; SILVA, Ana Tárcia Cardoso da4.

RESUMO: O presente trabalho foi desenvolvido na E.I.M. Alves Ramos, no ensino regular com uma turma
multisseriada de 3º, 4º e 5º anos juntamente com o Projeto Mais Educação, na oficina de agroecologia. O projeto
‘Composmática’ foi idealizado a partir da observação do destino que era dado aos materiais orgânicos e
recicláveis das famílias dos alunos e posteriormente, devido os alunos permanecerem na escola em período
integral, a observação passou a ser dentro do ambiente escolar. No entanto, durante a observação inicial, os
alunos analisaram que os materiais reciclados tinham um destino para sua reutilização, enquanto o material
orgânico era apenas destinado ao aterro sanitário da cidade. Então o foco do projeto direcionou-se para a
quantidade de lixo orgânico, sobretudo o desperdício dos alimentos, que a escola produz. Para tanto, foi criada
uma composteira, onde os alunos passaram a reutilizar este resto de alimento, entrelaçando a matemática com a
sustentabilidade.

Palavras-chave: Compostagem. Desperdício de alimento. Conscientização. Matemática.

INTRODUÇÃO

O projeto ‘Composmática’ foi idealizado a partir da observação do destino que era


dado aos materiais orgânicos e recicláveis das famílias dos próprios alunos e posteriormente,
devido os alunos permanecer na escola em período integral, desses materiais dentro do
ambiente escolar. No entanto, durante a observação inicial, os alunos analisaram que os
materiais reciclados podem ter um destino para sua reutilização, em contrapartida o material
orgânico era apenas destinado ao aterro sanitário da cidade. Então o foco do projeto
direcionou-se para a quantidade de lixo orgânico, sobretudo o desperdício dos alimentos que a
escola produz.
Após esse estágio de observação, foram introduzidos conceitos matemáticos como a
construção de gráficos, cálculos de probabilidade e estimativas, trabalhos de conscientização
do desperdício alimentar, estudo da linha do tempo sobre a alimentação da humanidade para
que os alunos despertassem sua capacidade crítica sobre a problemática existente em seu
cotidiano
De acordo com o vídeo exibido no dia 02 de maio de 2014, pelo programa Globo
Repórter, da emissora Rede Globo, e assistido pelos alunos das turmas de 1º ao 5º anos, “São
jogados fora 1 bilhão e 300 milhões de toneladas de alimentos por ano. Isso daria para
alimentar todos os brasileiros por quase uma década” (GLOBO REPÓRTER, 2014). Os
educandos passaram, então, a refletir sobre o desperdício alimentar que ocorre não somente
no seu entorno, mas em muitos lugares. Esses alimentos que são jogados no lixo, sem nenhum
reaproveitamento, poderiam alimentar outras pessoas que não tem acesso a uma alimentação
adequada ou até mesmo, não possui nenhum alimento para saciar sua fome.
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EIM Alves Ramos – Blumenau.
2
Aluno do 5º ano dos Anos Iniciais.
3
Aluna do 5º ano dos Anos Iniciais.
4
Professora Orientadora, EIM Alves Ramos, anatarcia.cardoso@yahoo.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

165
A partir de então, o projeto evolui
evolui para sua terceira etapa, onde houve uma interação
entre as aulas do ensino regular e a oficina de Agroecologia do Programa Mais Educação,
onde os alunos começaram a ver na prática as possibilidades que existem para a reutilização
do lixo orgânico. Para
ra isso, foi criada uma composteira na escola, a qual passou a receber o
lixo orgânico produzido no próprio ambiente escolar que antes era destinado apenas ao aterro
sanitário.
O processo de compostagem dura entre 3 a 6 meses, o que levará ao estudo de novos
conceitos matemáticos a partir dos dados obtidos. A quantidade de material orgânico
produzido, chorume obtido a partir da quantidade de material orgânico e sua reutilização e
dimensão serão alguns dos conceitos estudados futuramente. É importante ressaltar
res que esses
estudos estão mudando a postura dos educandos em relação a um tema que é por vezes
debatido, até mesmo pela mídia, e na ação concreta nada muda a realidade.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho transcorreu do aprofundando novos conceitos matemáticos


matemáticos em situações
cotidianas com a turma multisseriada do 3º, 4º e 5º anos, de acordo com o nível de cada uma,
fazendo interdisciplinaridade a outras disciplinas à medida que acontece produções textuais,
pesquisas históricas, análises críticas. A proposta
proposta inicial dos conteúdos matemáticos deu-se
deu
com o tratamento da informação com a organização dos dados em tabela e na elaboração de
gráficos de barras e setor, estudo de ângulos e porcentagem.
A escola tornou-se
se um ambiente propício a busca de investigação por parte dos alunos
para procurar soluções das seguintes indagações: Por que produzimos tanto desperdício de
alimentos? O que fazemos hoje com os restos dos materiais orgânicos que utilizamos em
nosso dia-a-dia?
dia? Qual seria o melhor destino para estes materiais? O que poderíamos fazer
para diminuir o desperdício dos alimentos?
Prosseguindo com o projeto os alunos puderam colocar em prática os conceitos
anteriormente estudados enraizando os conceitos teóricos vivenciados na prática. Formulando
F
assim, problemáticas entrelaçando conteúdos e vivências. Dos dados coletados e analisados
passaram para os estudos de probabilidade e estimativas de cálculos, vídeos sobre o
desperdício e a conscientização alimentar; conheceram por meio da história
histór dos alimentos os
costumes dos antepassados, recriando uma linha do tempo sobre os hábitos alimentares.
Nas aulas de Agroecologia, os discentes vivenciaram a reutilização dos restos
alimentares (cascas, frutas, vegetais) em todo processo da utilização da composteira. Pesaram,
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

picaram os alimentos para acelerar o processo de decomposição dos mesmos, manusearam a


composteira e a colocação das minhocas.
O projeto “ Composmática” está em análise final de dados, pois como a composteira
demanda de um determinadoo período para que o material orgânico se decomponha e produza
o chorume, os alunos apresentaram possibilidades de cálculos. Devido a este processo
demandar mais tempo, os alunos aguardam este período para que novos conceitos
matemáticos sejam formulados através
através da vivencia e da realidade dos fatos.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Primeiramente, os alunos adquiriram os conceitos de construção e interpretação de
gráficos de barras e setor e tabelas. Partindo desta aquisição de conhecimentos, os alunos
atingiram conceitos como: fração, ângulos e porcentagens.
Para adquirir os conceitos de medidas de capacidade e massa, os alunos analisaram
rótulos de produtos consumidos na própria merenda para aprenderem a diferenciar os
produtos medidos em litros e quilogramas, percebendo, assim, que os conceitos matemáticos
fazem parte do seu cotidiano e estão inseridos até mesmo na alimentação.
No decorrer do processo de aprendizagem os conceitos foram alicerçando-se por meio
da conscientização das atitudes positivas individuais, onde foram sendo criados novos dados a
respeito do desperdício coletivo. Os alunos coletaram os dados dos restos das refeições diárias
para a pesagem, e posterior plano de ação.
Durante todo processo, os alunos foram estimulados para a criação de problematização
e possíveis soluções de acordo com suas vivências, e a medida que os conceitos eram
aprofundados, os discentes absorviam cada vez mais a temática do projeto.
Portanto, os conceitos matemáticos tornaram-se interdisciplinares com as demais áreas
do conhecimento ampliando, assim, as ações pedagógicas.

Figuras 1 e 2 – Processo de coleta de dados sobre o desperdício de alimentos e resultado final do Projeto
Composmática

Após todo o processo de estudo de observação, problematização, de conceitos


matemáticos e probabilidades, o resultado final foi obtido com êxito, devido a conscientização
dos alunos diante do desperdício de alimentos.

“É preciso lembrar que não podemos comprometer a estrutura do ambiente para que
as gerações futuras possam fazer o mesmo. Ou seja, a organização de ações
relacionadas à educação nutricional deve também incentivar o desenvolvimento de
habilidades e valores que motivarão para estilos de vida sustentáveis.” (TORRE,
PUJOL e SILVA, 2013, pag. 179)
ANAIS – XXXFCMat

167
Portanto, o desenvolvimento de trabalhos pedagógicos deve comprometer-se
comprometer também
com uma educação para a vida de cada educando, fazendo-o
fazendo o refletir sobre suas atitudes para
com o próximo e com o meio ambiente, e não somente com as questões de disciplinas
programáticas. E através de ações concretas no dia a dia da escola que a educação torna-se
torna
mais significante, trazendo assim, resultados práticos no cotidiano de todos os envolvidos.
envolvid

CONCLUSÃO

A cada etapa concluída, novos conhecimentos foram adquiridos, estimulando o


raciocínio lógico e as nomenclaturas matemáticas, integrando conceitos de conscientização,
de cidadania e ambiental.
Inicialmente, tínhamos o conhecimento de que o lixo poderia ser reciclado, mas o lixo
orgânico não tinha um destino adequado para seu descarte, sendo encaminhado, portanto, para
o aterro sanitário da cidade sem qualquer reaproveitamento na escola.
No decorrer dos estudos, percebemos que o desperdício
desperdício de alimentos era, em suma,
aquilo que sobrava nos pratos dos próprios alunos que colocavam comida a mais daquilo que
o satisfazia.
Após os estudos e o trabalho de conscientização, houve uma mudança de postura dos
discentes que passaram a servir-se
servir apenasenas com a quantidade suficiente para satisfazer-se.
satisfazer
Entretanto, ainda existiam restos de casca de frutas, legumes e verduras que não
podiam ser utilizados por conter alguma parte inadequada para o consumo humano. Para este
fim, encontramos a solução reutilizando
reutilizando essas cascas na composteira de escola, a qual servirá,
depois do processo de compostagem, para adubo natural para a horta escolar.

REFERÊNCIAS

TORRE, Saturnino de La; PUJOL, Maria Antonia e SILVA, Vera Lucia de Souza e. Inovando
na sala de aula – Instituições transformadoras. Blumenau Nova Letra, 2013.

O DESPERDÍCIO ALIMENTAR. Globo Repórter. Rio de Janeiro: Rede Globo, 02 de maio


de 2014. Programa de TV. XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
CONHECENDO E BRINCANDO COM OS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS1

TRAGANCIN, João Vitor2; CERONI, Anderson Menegão3;


ANJOS, Elisângela Aparecida Freski dos Campos dos4.

RESUMO: A Geometria é um ramo da matemática que lida com as propriedades do espaço por meio de um
sistema que utiliza pontos, linhas, superfícies e sólidos. Ela está presente no mundo que nos cerca como na
natureza, em muitas brincadeiras infantis, em construções e nas artes.O trabalho teve com objetivo conhecer os
sólidos geométricos e perceber que os mesmos apresentam-se nas mais variadas formas em nosso meio.Foi
desenvolvido atividades como recortar, pintar, dobrar, colar, visualizar, representar, compor, construir maquetes,
fazer associações, nomear, elaborar cartazes, entre outras, tornando os alunos autores de sua própria
aprendizagem e possibilitando a organização desses conhecimentos, oferecendo experiências diversas sobre a
relação do indivíduo com o espaço e a geometria. A intenção desse projeto foi passar os conhecimentos sobre
sólidos geométricos de uma maneira clara, objetiva, precisa e simples.

Palavras-chave: Geometria. Criatividade. Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

Geometria é um ramo da matemática que lida com as propriedades do espaço por


meio de um sistema que utiliza pontos, linhas, superfícies e sólidos. Seu significado deriva do
grego “geometrein”, que significa medição de terras -geo: terra e metrein: medir.
Não se sabe com exatidão quando a geometria surgiu. Acredita-se que tenha se
desenvolvido, inicialmente, no Egito e que surgiu da necessidade prática de medir o tamanho
das propriedades agrícolas. As cheias do rio Nilo, que ocorriam todos os anos, apagavam as
divisas entre as terras usadas para culturas. Então, tornava-se necessário refazer os limites
com base nas informações parciais ou, quando destruídas por completo as fronteiras, tratava-
se de refazê-las de modo a demarcar o desejado número de propriedades, conservando as
áreas relativas que possuíam no passado. Os métodos utilizados para essa prática não eram
matematicamente precisos, mas cumpriam a sua função. Os egípcios tornaram-se hábeis
delimitadores de terras e devem ter descoberto e utilizado inúmeros princípios úteis relativos
às características de linhas, ângulos, e figuras. Documentos históricos mostram que os
egípcios e babilônios, muito antes dos gregos, conheciam casos particulares do teorema de
Pitágoras. Essa visão pragmática do povo egípcio fez com que eles, por intermédio da
observação e da experimentação, obtivessem resultados geométricos através do raciocínio
indutivo. Os egípcios se limitaram à acumulação de conhecimentos que os habilitavam a
resolver problemas de traçado de limites, de comparação de áreas, de projetos arquitetônicos e
engenharia de construções, entre outros. Portanto, os egípcios já tinham uma geometria, mas
somente para o que era preciso para suprir as suas necessidades práticas. Foram os gregos que
fizeram da geometria uma ciência propriamente dita.
Atualmente, a geometria que estudamos é conhecida como “Euclidiana”, nome dado
em homenagem ao grego Euclides, o primeiro matemático a apresentar a Geometria de forma

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição:
Centro de Educação Tangaraense Mara Regina Simionatto – Tangará.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, Centro de Educação Tangaraense Mara Regina Simionatto, lizafreski@hotmail.com
ANAIS – XXXFCMat

169
organizada. Por quase dois séculos, todos os estudos geométricos se basearam em seu livro:
“Os Elementos”.
A Geometria está presente no mundo que nos cerca, apesar de que, muitas vezes, não
nos damos conta disso. Ela está presente na natureza, em muitas brincadeiras infantis, em
construções, nas artes, enfim, ela faz parte da nossa vida. Ao nosso redor, se prestarmos
atenção, veremos diversas formas geométricas, algumas delas a própria natureza, com toda a
sua exuberância, se encarrega de nos mostrar e, outras são resultados da ação do homem.
É um campo muito rico de oportunidades para o desenvolvimento de outros tipos de
raciocínio, na resolução de problemas que exigem visualização e manipulação de modelos de
figuras geométricas; no desenvolvimento do senso estético e da criatividade, com a utilização
das formas geométricas em atividades de composição e decomposição e, também, na
valorização de alunos cujo raciocínio é mais voltado aos aspectos espaciais que quantitativos
da realidade, tendo um melhor desempenho nas atividades de Geometria do que naquelas
relacionadas com números. Portanto,
Portanto, ela desenvolve ao mesmo tempo: o conhecimento do
mundo real, o processamento e a interpretação visual, o raciocínio lógico / dedutivo.
As crianças quando iniciam na escola já tem ideias geométricas, normalmente essas
ideias estão desorganizadas, pois são frutos da relação com o espaço em que vivem, ou seja,
fruto de suas brincadeiras e experiências. O professor deve fazer um trabalho com as crianças
com a intenção de organizar esses conhecimentos, oferecer experiências diversas sobre a
relação do indivíduoo com o espaço. O estudo da geometria com as crianças deve iniciar com
os sólidos geométricos comuns, pois são os que exigem menor esforço de abstração.
Como já foi mencionado anteriormente, nós estamos rodeados de formas geométricas,
nas suas mais diferentes
tes formas. Podemos citar como exemplos: lápis, caixas, latas, bolas,
garrafas, casquinhas de sorvete. Esses recebem o nome de “sólidos geométricos”.
Sólido geométrico é uma região do espaço limitada por uma superfície fechada e que
contém três dimensões, sendo elas largura, altura, comprimento.
Todos os sólidos são formados pela união de figuras planas, as quais podem ser
identificadas por meio da planificação.Os sólidos geométricos dividem-se dividem em dois
grupos:Poliedros que são sólidos geométricos formados apenas por polígonos e limitados por
superfícies planas - prismas, pirâmides. Os elementos de um poliedro são as faces (figuras
planas que limitam o sólido), as arestas (segmentos de reta que limitam as faces) e os
vértices (pontos de encontro das arestas).Não
arestas) poliedros que são sólidos limitados por
superfícies curvas ou por superfícies planas e curvas - cone, cilindro, esfera.
Através da observação dos sólidos geométricos, os alunos terão a possibilidade de
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

desenvolver percepção do espaço e, também, conhecimento


conhec do plano.
A intenção desse projeto é passar os conhecimentos sobre sólidos geométricos de uma
maneira clara, objetiva, precisa e simples com a finalidade de despertar o interesse, a
curiosidade dos alunos sobre a geometria, fazer com que ele perceba o quanto esses
conhecimentos podem contribuir para a solução de problemas e criar nos alunos o hábito de
reconhecer e/ou associar os objetos que nos cercam a um determinado sólido geométrico.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizados vários métodos e maneiras para desenvolver e trabalhar este projeto com as
crianças, como: pintar, recortar, colar e montar os sólidos geométricos; Dobraduras.;Montar
objetos usando figuras geométricas; Montar maquetes com sólidos geométricos;Confeccionar
cartazes com embalagens que lembram sólidos geométricos;Procurar em jornais e revistas
figuras de sólidos geométricos parecidos com os que elas confeccionaram em sala de aula;
Passeio com os alunos ao redor da escola para que observem os sólidos geométricos presentes
nas construções próximas a escola;Montar um sólido geométrico, escolhido pelos alunos,
usando palitos e massa de modelagem para identificar arestas, vértices e faces.
O professor buscou orientar os alunos da melhor maneira possível, fazendo-se sempre
presente dinamizando e interagindo com os alunos durante as atividades. Também houve uma
preocupação de sempre estar explicando da melhor maneira e exemplificando para que a
compreensão fosse a melhor possível. A avaliação de cada tarefa por parte do professor teve
seu papel fundamental, pois somente assim poderia saber se estava sendo alcançado os
objetivos que levaram a desenvolver este projeto. Buscou-se em todo momento incentivar a
participação dos alunos em cada trabalho.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Por meio da realização do projeto foi possível despertar um novo olhar por parte dos
alunos sobre a geometria, pois muitos a viam como um conteúdo complicado e não
conseguiam compreender que ela faz parte do nosso dia a dia, que esta presente ao nosso
redor sem que nos demos conta de que cada detalhe da natureza ou de uma possa estar
relacionado ou sendo propriamente dito “geometria”.
A cada atividade realizada os alunos se interessavam mais e passavam a ver que a
geometria é muito interessante, pois ao conhecer os sólidos geométricos de formas
tridimensionais, montando-os, recortando-os e fazendo colagem eles conseguiram aos poucos
irem formando seus conceitos a respeito da geometria.
Ao montar as maquetes com os sólidos geométricos, os alunos conseguiram observar
com mais clareza como é possível encontrá-los com facilidade em nosso meio, pois ao
construírem casas, prédios e até mesmo paisagem eles puderam ver que a geometria esta em
quase tudo ao nosso redor.

CONCLUSÕES

Com a realização deste projeto foi possível alcançar os objetivos propostos e


desejados durante sua construção, pois aos alunos na sua maioria compreenderam o que são
sólidos geométricos, perceberam que os mesmos apresentam-se nas mais variadas formas em
nosso meio. Foram capazes de reconhecer semelhanças e diferenças entre esferas, cilindros
cones, cubos, paralelepípedos, prismas de base triangular e pirâmides. Entenderam o que são
poliedros e corpos redondos. Conseguiram identificar quantidades de faces, vértices e arestas
e também reconhecer os corpos sólidos como formas tridimensionais representadas por
objetos do nosso dia-a-dia. Este projeto possibilitou que as crianças aprendessem de uma
ANAIS – XXXFCMat

171
maneira lúdica, juntando a teoria com a pratica, pois os mesmos criaram, recortaram,
r
montaram os sólidos geométricos, podendo assim ser autores da sua própria aprendizagem.

REFERÊNCIAS

FONSECA, Maria Conceição F. R.LOPES,


R. Maria da Penha. BARBOSA,
BARBOSA Maria das Graças
Gomes. GOMES,, Maria Laura Magalhães. DAYRELL,, Mônica Maria Machado Macha S. S. O
Fundamental. Três questões para a formação do professor
Ensino da Geometria na Escola Fundamental.
dos ciclos iniciais. 3. Ed. Belo Horizonte, MG. Autêntica, 2009.

TOLEDO,, Marília Barros de Almeida. TOLEDO, Mauro de Almeida. Teoria e Prática da


Matemática. Como dois e dois. 1. Ed. São Paulo. FTD, 2009.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
DESPERDÍCIO ZERO DA MERENDA ESCOLAR1

ANDRES, Suelen Aparecida2; KUNZ, Tais Regina3; ZARDO, Flávia4.

RESUMO: Diante do desperdício de alimentos das refeições servidas como merenda, em nossa unidade
escolar, resolvemos desenvolver um projeto visando conscientizar os alunos sobre a importância de alimentar-se
corretamente e como a matemática poderia ser utilizada para minimizar esse desperdício. Tendo em vista a
problemática apresentada optou-se para realizar aulas expositivas e participativas abordando questões teóricas a
serem feitas aos alunos tais como a quantidade de comida servida, cardápio, coleta de dados para análise a partir
da pesagem do alimento desperdiçado, pesquisa do preço dos alimentos utilizados nas refeições, a quantidade de
alimentos desperdiçados, somente comida de sal, e servidos durante o primeiro bimestre do ano letivo de 2014.
Organizando os dados numa tabela para a exposição do resultado obtido, e sugerindo estratégias através dos
dados coletados para tentar minimizar o desperdício.

Palavras-chave: Desperdício. Merenda Escolar. Coleta de Dados.

INTRODUÇÃO

A matemática faz parte do cotidiano, uma vez que inúmeras atividades com as quais
nos envolvemos requerem o conhecimento de pelo menos alguns fundamentos da
representação do espaço, escrita de números, desenvolvimento de operações, realização de
medidas, leitura de gráficos e tabelas. Um sujeito que não tem algum domínio dessas
habilidades pode enfrentar inúmeras restrições à sua atuação na sociedade.
Quando o ensino da Matemática incentiva o aluno a construir ideias, a refletir e a tirar
conclusões, contribui para sua formação intelectual e, portanto, prepara-o para exercer a
cidadania. Este trabalho tem como objetivo despertar a tomada de consciência do não
desperdício da merenda escolar oportunizando aos alunos o conhecimento de técnicas de
levantamento de dados e construção de gráficos a partir dos dados coletados, e também
conhecimento sobre medidas de peso e capacidade.
Tendo ainda como objetivos específicos: Evitar o desperdício da merenda escolar;
Reconhecer a influência da má alimentação na determinação de distúrbios da saúde; Conhecer
como é organizado o cardápio diário da escola; Observar a influência da boa alimentação
sobre as atividades diárias, especificamente sobre o rendimento escolar; Tomar conhecimento
da importância da merenda escolar; Valorizar o momento da refeição, mantendo higiene e
proporcionar sempre situações de harmonia; Oportunizar o aprendizado de técnicas de
levantamento de dados matemáticos a partir do projeto; Construir e interpretar gráficos e
propor soluções para diminuir o desperdício da merenda escolar.
Diante do desperdício de merenda, observada por nós da comunidade escolar,
resolvemos desenvolver este projeto porque todos nós, cidadãos, temos o direito e o dever de
conscientizar os alunos sobre a importância dos alimentos selecionados no cardápio, e, a
importância de se evitar o desperdício da merenda escolar.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EEB João Jorge de Campos – Tangará.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EEB João Jorge de Campos, flavia.zardo@yahoo.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

173
METODOLOGIA

Sabemos que são altos os índices de desperdício de alimentos no Brasil, o que se


configura como uma contradição, uma vez que também identificamos em nosso país um
número elevado de pessoas que não têm o que comer. Atualmente, o Brasil desperdiça cerca
de 26,3 milhões de toneladas de alimentos por ano, enquanto uma grande parcela de pessoas
passa fome. A quantidade de comida jogada no lixo poderia alimentar mais de 10 milhões de
brasileiros diariamente. O desperdício começa na hora do plantio, colheita e armazenamento
dos alimentos e continua dentro de casa (Banco de Alimentos, 2006).
Nesse sentido, faz-se
se necessário um projeto com o propósito de sensibilizar os alunos
e a comunidade para a importância do reaproveitamento dos alimentos, bem como de ações
que evitem o desperdício e promovam a melhor distribuição dos mesmos na população. Tratar
os dados e transformar em informação tem sido de grande importância para a nossa sociedade.
Sabe-se queue o mundo que nos rodeia é apresentado com dados estatísticos, por isso é
indispensável que saibamos interpretá-los
interpretá los para desenvolver a capacidade de análise.
Percebeu-se
se a necessidade de se trabalhar as diversas etapas do tratamento de coleta
de dados a partir do levantamento da questão a ser trabalhada: Desperdício Zero na Merenda
escolar, bem como a definição dos instrumentos de coleta de dados, a organização dos dados
em tabelas e/ ou gráficos, a leitura,
leitura, interpretação e discussão do resultado a partir dos dados
obtidos. Além de diversas habilidades envolvidas, o trabalho com representações gráficas e
tabulação de dados pode ajudar os estudantes a apreciar a matemática como caminho de
compreender o mundoo articulando ideias matemáticas e possibilitando um trabalho conjunto
com outros conceitos matemáticos como adição, subtração, multiplicação, divisão, frações,
formas geométricas, medidas, porcentagem entre outros.
Para realização deste trabalho efetuou-se
efetuou se coleta de dados através da pesagem dos
restos da merenda, somente comida de sal, os resultados foram fixados na parede da escola
para que todos observassem , e com isso passassem a tomar uma nova postura.
Devido à necessidade de contextualizarmos os conteúdosconteúdos destacados na escola e
relacioná-los
los ao cotidiano dos alunos, neste estudo foram abordados os conteúdos de peso e
valor monetário. Quanto ao tema de pesagem, o instrumento que permitiu a coleta de dados
do alimento desperdiçado em nossa Escola foi a balança, meio este que desde épocas remotas
o homem já utilizava outros processos simples para medir, comparar. Também seria do seu
conhecimento que uma certa quantidade de alimento saciava sua fome. Obviamente, eram
maneiras intuitivas de medir. A partir
partir do momento em que o homem passou a viver em
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

grupos, a necessidade de medir aumentava ainda mais.


Neste contexto percebe-se
percebe se a importância da ciência no desenvolvimento e
aperfeiçoamento das técnicas criadas pelo ser humano ao longo do tempo. Ele foi capaz cap de
criar diversas obras grandiosas para tornar seu dia-a-diadia dia mais confortável. Cientistas,
químicos, matemáticos, físicos e engenheiros: todos contribuíram para o desenvolvimento da
espécie humana. Portanto, em uma sociedade desenvolvida com tecnologia de ponta, meios
de transporte cada vez mais rápidos e seguros, possibilidades infinitas de interagir e integrar-
integrar
se com lados opostos do globo, enfim, em um meio que está sob constante transformação e
aprimoramento, cabe a nós que, mais que parte importante desse processo, somos de fato os
que a tornam possível, analisar tais modificações e tentar torná-las
torná las de todo proveitosas para o

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
ser humano. No entanto, os benefícios gerados por este processo e pelo sistema
socioeconômico que propicia tais mudanças não são igualmente distribuídos entre a
população, tornando-a desigual e injusta. Diante disto, abordou-se o valor monetário dos
produtos bem como os valores de impostos que compõe a cesta básica, partindo de pesquisas
de preços foram elaborados situações problemas envolvendo as operações básicas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Acreditamos, ainda, que é possível não somente auxiliar os alunos a compreender o


mundo, como também auxiliar o aluno a compreender a Matemática, por meio desses
instrumentos de organização de dados informações. Desde o início do trabalho percebeu-se
que o índice de desperdício pelos alunos caiu sensivelmente. Desta forma torna-se também
importante continuar havendo campanhas de conscientização para evitar o desperdício da
merenda escolar e garantindo assim uma formação crítica do nosso educando. Para tal,
consideramos fundamental o trabalho tanto com construção como interpretação de dados.
Assim, é preciso vivenciar etapas do processo de investigação e representação de dados em
gráficos e tabelas, considerando que a construção implica na geração de algo novo.
Por meio deste trabalho procurou-se relacionar a Estatística com situações da vida do
educando, com o propósito de apresentar-se como instrumento importante para a sociedade,
em que possa ajudar o homem a compreender diversas situações de sua vida, desenvolvendo
os métodos, as técnicas de coleta, o processamento, a apresentação e análise dos dados,
utilizando-se de gráficos e tabelas, informações importantes para o nosso conhecimento e
colaborando em sua formação como cidadão atuante na sociedade.
A coleta de dados resultou em 15 pesagens durante 2 meses, nos dias em que era
servida comida de sal, onde obtivemos inicialmente com 7 kg de comida desperdiçada este
foi o maior índice. Nos demais dias houve uma sensível diminuição chegando até a 1 kg.
É importante que o resultado encontrado e as soluções propostas sejam divulgadas a
toda comunidade escolar e que o trabalho de pesagem e de conscientização continue a ser
praticado, pois algumas atitudes positivas dos alunos foram observadas, tais como:
responsabilidade, compromisso e envolvimento na realização das atividades. Constatou-se a
compreensão do aluno sobre o tema desenvolvido, no desenvolvimento dos cálculos
realizados, na participação das indagações e na analise dos registros de gráficos e tabelas.

CONCLUSÃO

A escola não pode ser vista apenas como um sistema eficiente para produzir educação,
mas como uma comunidade humana que se preocupa com a saúde de todos os seus membros.
Evitar que os alimentos, ou parte deles vão para o lixo, significa bem mais do que resolver um
problema imediato e sim criar uma nova consciência que vai ter reflexos positivos no futuro
não só enquanto estudantes, mas no decorrer da fase adulta.
O educador é um dos elementos mais importantes como referencia de comportamento
e como promotor de ações que favoreçam a aquisição de bons hábitos alimentares, cabendo ao
processo de educação alimentar na escola envolver a criança, a família e a comunidade na
qual está inserida. Todos esses envolvidos devem participar ativamente nos espaços formais e
ANAIS – XXXFCMat

175
informais de discussão exercendo o tão necessário controle social das políticas públicas do
desperdício da merenda escolar.
É importante ressaltar que o projeto Desperdício Zero na Merenda Escolar teve bons
resultados com relação ao desperdício e com os conteúdos matemáticos estudados, quer seja
nas estratégias utilizadas para a resolução de problemas, sistema
sistema monetário, sistema de
medidas, coleta de dados, construção e leitura de gráficos. Portanto, os educadores, devem
proporcionar ao aluno a capacidade de realizar reflexões, interpretações e observações,
conduzindo a uma aprendizagem contextualizada e significativa
significativa que seja utilizada em seu
cotidiano.
Devemos sempre lembrar que o desperdício de alimentos é um mal que precisa ser
combatido por todos e iniciado preferencialmente dentro da própria casa tendo resultados
positivos no ambiente escolar, não se consegue
consegue grandes mudanças de atitudes apenas
pensando-sese globalmente. Ensinar aos alunos maneiras diferentes de reaproveitar os alimentos
também é uma boa dica. Pais e familiares podem ajudar com ideias de receitas especiais. A
Unidade Escolar deve identificar
identificar as ações que ocasionam os desperdícios e eliminá-las
eliminá da
rotina, tanto de funcionários quanto de alunos. Os próprios alunos podem auxiliar no processo
de repensar as práticas, aprendendo e repassando essas ideias. Grandes mudanças do
comportamento começam de forma humilde, com atitudes próprias. Cada um deve contribuir
proporcionando um resultado positivo.

REFERÊNCIAS

KRASILCHIK, Myriam &MARANDINO, Martha. Ensino de Ciências e Cidadania.


Cidadania 2ª Ed.
São Paulo, Moderna, 2007

SOARES, Eduardo Sarquis. Ensinar Matemática: desafios e possibilidades.


possibilidades 1ª Ed. Belo
Horizonte, Dimensão, 2010

SADOVSKY, Patricia. O Ensino de Matemática hoje Enfoques, sentidos e desafios. 1ª Ed


São Paulo, Ática, 2010

SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educação. Proposta Curricular.


C
Florianópolis.
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ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
DINHEIRO, DINHEIRINHO, QUANTO RENDEU NOSSO COFRINHO?1

BOGO, Arthur Sartori2; WETZSTEIN, Victor Gabriel Lange3; SERAFIM, Leonir4.

RESUMO: O presente trabalho é um relato do projeto desenvolvido com vinte e uma crianças do terceiro ao
quinto ano do Ensino Fundamental 1, no período de março a julho de 2014. Para a realização deste trabalho
investimos R$0,50 por criança, onde a partir da escolha das receitas culinárias, fizemos pesquisa de preço,
empréstimo, compra de ingredientes, elaboração e venda dos lanches, análise de gastos e lucros obtidos.
Desenvolver um projeto partindo de um pequeno capital, decidir o lanche, comparar pesquisas de preços, gastos
e lucro, foi importante para que tivéssemos uma noção real das possibilidades de compra e venda, de
planejamento e de organização financeira. Podemos assim concluir que este projeto nos ajudou a desenvolver
competências e habilidades necessárias para lidar com decisões financeiras que tomamos ao longo do nosso dia a
dia.

Palavras-chave: Educação Financeira. Planejamento. Resultado.

INTRODUÇÃO

O projeto surgiu a partir de momentos em que a turma vivenciava brincadeiras de


“mercadinho” e “restaurante”, quando a professora questionou o valor que colocávamos nos
produtos e cardápio, nos dizendo que os preços não eram “reais”. Nesse momento uma das
alunas fez a seguinte colocação: “Então por que a gente não brinca com dinheiro de verdade e
vende alguma coisa?”. Gostamos da ideia e decidimos vender lanche na hora do recreio, mas,
em seguida apareceu outro questionamento: “Mas se a gente vender e conseguir dinheiro de
verdade, o que vamos fazer com ele?”. Novamente a turma levantou várias possibilidades e a
maioria concordou em fazer compra e doação de brinquedos para crianças mais carentes.
Após termos chegado a estas conclusões um novo desafio surgiu: “Como conseguir dinheiro
para a aquisição dos ingredientes?” Após várias sugestões chegamos a conclusão de que cada
aluno investiria R$0,50 como doação, e que o primeiro lanche seria nega maluca.
A partir de nossos questionamentos, o objetivo desse trabalho foi compreender
operações matemáticas implícitas na relação de compra e venda de produtos – uma educação
financeira. Não houve a preocupação com os nossos erros, esse foi motivo para
aprendizagem. A espontaneidade também foi valorizada o tempo todo, para posterior
formalização do conhecimento.
O estudo foi realizado a partir do levantamento de nossos questionamentos, e
posteriormente os conceitos descobertos foram vivenciados em diferentes momentos, a partir
das resoluções de problemas e desafios que iam surgindo no decorrer do projeto.

MATERIAL E MÉTODOS

Partindo do valor inicial que arrecadamos com a nossa doação, fomos pesquisar o
valor total dos ingredientes para fazer a “nega maluca”. Analisamos as pesquisas para

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: Instituto Maria Auxiliadora – Rio do Sul.
2
Aluno do 4º ano do Ensino Fundamental 1.
3
Aluno do 3º ano do Ensino Fundamental 1.
4
Professor Orientador, Instituto Maria Auxiliadora, leonir@ima-rs.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

177
verificar em qual estabelecimento o valor total era menor e constatamos que o valor dos
ingredientes era maior do que o dinheiro que tínhamos arrecadado.
Com o orçamento em mãos, fizemos levantamento de hipóteses de como conseguir
mais dinheiro para a compra dos ingredientes, pois o nosso capital inicial não era o suficiente,
as sugestões foram: doar mais dinheiro; fazer origami parapara vender no recreio; pedir para a
Ivone os ingredientes; fazer outro lanche; pedir dinheiro emprestado; fazer um financiamento
igual o banco faz. Entre todas as sugestões decidimos optar em solicitar um empréstimo com
a administradora da escola, no valor de
de R$12,50, sobre o qual não foi cobrado juros, pelo fato
de que o resultado das vendas seria revertido em benefício de outras crianças. Constatamos
que os ingredientes comprados dariam para fazer duas receitas, dividindo assim o valor da
nota fiscal que eraa de R$22,32 no custo de dois lanches.
Assim que decidíamos o lanche da semana nos organizávamos em grupo e definíamos
o que cada um faria: divulgação nas salas da Educação Infantil e para as turmas do Ensino
Fundamental, elaboração dos cartazes, confecção dos tíquetes de venda, preparação do lanche,
organização do ambiente e venda do lanche. No dia da venda também tínhamos os
responsáveis para: vender os tíquetes, recolher os tíquetes e entregar o lanche.
Para que pudéssemos fazer todas as análises dos resultados
resultados das vendas, decidir o
próximo lanche e preparar o material de divulgação, concluímos que seria melhor fazer as
vendas a cada quinze dias.
Foi a partir destas vivências que percebemos a necessidade de organizar melhor a
forma de fazer a contagem do dinheiro, separando as moedas pelo valor; no momento da
confecção dos cartazes surgiu a dúvida sobre o cifrão, que se tornou alvo de pesquisa e
questionamento dos familiares, para responder a esta dúvida estudamos a história do dinheiro.
Após todas as vendas as feitas seguíamos o mesmo critério de análise do valor dos
ingredientes, valor da venda e do lucro, conforme tabela abaixo.

Tabela 1 – tipos de lanche, custo e lucro


Valor Valor total
Data Lanche Custo (R$) unitário da da venda Lucro (R$)
venda (R$) (R$)
04/04/2014 nega maluca 11,16 1,00 40,00 28,84
18/04/2014 Suco 7,81 0,50 17,50 9,69
18/04/2014 nega maluca 11,16 1,00 40,00 28,84
09/05/2014 Brigadeiro 15,97 1,00 35,00 19,03
09/05/2014 Pipoca 4,99 0,50 13,00 8,01
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23/05/2014 gelatina 12,76 1,00 50,00 37,24


colorida
23/05/2014 Pipoca 4,50 0,50 21,50 17,00
06/06/2014 mini gelatina 8,23 0,50 33,00 24,75
colorida
06/06/2014 nega maluca 8,90 1,00 40,00 31,10
13/06/2014 Pipoca 6,13 0,50 22,85 16,70
13/06/2014 nega maluca 8,90 1,00 40,00 31,10
Fonte: Os autores (2014)

RESULTADOS E DISCUSSÃO

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
No decorrer do projeto, fomos fazendo muitas descobertas, como o uso da vírgula para
separar o real dos centavos, a importância de separamos as moedas e as notas para facilitar a
contagem do dinheiro, que usamos R$ sempre antes dos preços, a dar o troco, o valor real das
mercadorias e perceber que o nosso dinheiro precisa ser bem planejado.
A parte mais difícil do projeto, sempre foi decidir qual seria o lanche que
venderíamos, pois todos tinham muitas ideias, mas às vezes eram muito caras e não podíamos
correr o risco de ter prejuízos. A decisão do valor a ser vendido em cada lanche também
gerava muita discussão, alguns amigos da turma sempre queriam vender os produtos por um
valor muito alto para ter muito lucro, sempre precisávamos chegar a um acordo. Depois de
muito pensar concluímos que seria melhor vender tudo por um preço mais acessível do que
pouco por um valor alto e ter sobras do lanche.
A organização dos resultados em forma de gráfico de barras múltiplas, feito com a
ajuda da professora, facilitou as comparações dos resultados. Podemos afirmar que o lanche
que mais deu lucro foi a sobremesa colorida, também foi a que mais nos deu trabalho para
elaborar, pois tinha que ser feita em várias etapas para que a gelatina batida no liquidificador,
juntamente com o creme de leite, pudesse endurecer para colocar a próxima camada. Ficamos
muito decepcionados quando fizemos o suco, pois não teve muita saída. A nega maluca, foi o
lanche mais fácil para fazer e vender, todos gostam muito e sempre conseguíamos vender
tudo muito rápido.

Figura 2 – tipos de lanche, custo e lucro


55

50 compra venda lucro


45

40

35
Preço (R$)

30

25

20

15

10

0
04/04 - 18/04 - 25/04 - 09/05 - 09/05 - 23/05 - 23/05 - 06/06 - 06/06 - 13/06 - 13/06 -
Nega Suco Nega Brigadeiro Pipoca Sobremesa Pipoca Mini Nega Pipoca Nega
maluca Maluca colorida sobremesa Maluca Maluca
Lanches Vendidos

Fonte: Os autores (2014)

Ao final de todas as vendas conseguimos arrecadar R$252,30 de lucro. Nossa turma


então foi visitar uma unidade de Educação Infantil próxima à escola. Para isso nos dividimos
em 5 grupos e observamos as diferentes idades e que tipo de brinquedo interessava a eles.
Para fazer as compras cada grupo recebeu o valor de R$50,00. O dia da entrega dos
ANAIS – XXXFCMat

179
brinquedos foi muito especial, ver a alegria das crianças ao receberem os presentes nos
emocionou.

CONCLUSÃO

Compreender o valor real das mercadorias foi o nosso desafio no início do projeto,
pois achávamos que com R$10,50 poderíamos comprar todos os ingredientes da receita
culinária escolhida, tendo ainda troco. Ao assumir um compromisso com o empréstimo,
empr tendo
data de pagamento, compreendemos que não poderíamos ter prejuízos com a primeira venda,
para que pudéssemos pagar nossa dívida inicial. A partir daí, a cada venda, fazíamos a análise
do valor obtido observando os gastos e o lucro.
Este trabalho
lho nos ajudou a compreender a importância de sabermos gerenciar o nosso
capital inicial para que pudéssemos fazê-lo
fazê lo render, a partir da verificação do custo de cada
lanche e o valor a ser vendido para que pudéssemos ter lucro, tendo a possibilidade de tomar
pequenas decisões, mudar nosso comportamento, hábitos e costumes de como lidar com o
dinheiro que ganhamos e gastamos, entendendo que cada escolha é decisiva para gerenciar o
nosso dinheiro.
Aprender a administrar o dinheiro foi muito importante, nos deu deu conhecimento para
que enquanto cidadãos, saibamos cuidar bem das nossas finanças. Já o ato de revertermos
tudo que conseguimos financeiramente na compra e doação dos brinquedos, mesmo após
tanto esforço e dedicação, nos fez vivenciar momentos riquíssimos ao lado de outras crianças,
que nos presentearam com a melhor das sensações, aquela que sentimos quando fazemos algo
de bom para os outros sem esperar retorno, a solidariedade.

REFERÊNCIAS

YUME E OS LIVROS. Os cofrinhos e a educação financeira infantil. infant Disponível em:


<http://yumeeoslivros.blogspot.com.br/2012/10/os
http://yumeeoslivros.blogspot.com.br/2012/10/os-cofrinhos-e-educacao-financeira.html
financeira.html>.
Acesso: 17/07/2014.

OGGIONI, ALESSANDRA. Tarefas cotidianas são a melhor forma de iniciar a educação financeira infantil.
Disponível em: <http://delas.ig.com.br/filhos/2013
elas.ig.com.br/filhos/2013-10-15/tarefas-cotidianas
cotidianas-sao-a-melhor-
forma-de-iniciar-a-educacao-financeira
financeira-infantil.html>.. Acesso: 17/07/2014.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
DINHEIRO, DINHEIRINHO, MOEDA NO COFRINHO1

PANDOLFO, Estefani Cristina2; HUBER, Leticia Julia3;


ROSA, Zayra Maia de Paula Warakoski da4.

RESUMO: Ensinar crianças a poupar dinheiro usando um cofrinho lhes dá a oportunidade de observar suas
economias de forma concreta. Nosso objetivo é possibilitar aos alunos adquirir a interação da família, a prática e
o gosto pela leitura e também ter uma vida financeira saudável, aprendendo a contar, medir, calcular, argumentar
e interpretar com autonomia. Através da história de Telma Guimarães Castro Andrade “A Economia de Maria”
realizamos esse projeto, criamos três mascotes que vão para a casa dos alunos, juntamente com o livro, o diário e
um cofrinho. Tentamos multiplicar nosso dinheiro com a venda de cupcakes, na qual as crianças vendem,
cobram e fazem o troco. Registramos tudo em nosso livro caixa. Nosso produto final será pesquisar e analisar
como iremos utilizar o dinheiro economizado pela turma.

Palavras-chave: Educação financeira. Leitura. Economia. Ludicidade.

INTRODUÇÃO

Quando pensamos no futuro das nossas crianças, as imaginamos como adultos éticos,
responsáveis, realizados e também economicamente bem sucedidos. Por isso, buscamos
proporcionar a elas bons estudos, ensinar valores humanitários e guiá-las para realizarem todo
seu potencial. No entanto, o que fazemos para elas também ter uma vida financeira saudável?
Como desenvolver nos alunos o gosto pela leitura e capacidades referentes ao ciclo de
alfabetização e letramento? De que forma proporcionar momentos de leitura do aluno com sua
família?
Fazer de cada criança um leitor e que saiba ter um consumo consciente, requer
atividades diárias em que a garotada tenha a oportunidade de ler, trocar ideias, comentar
notícias, ter o contato com o dinheiro, entenda que as coisas têm um valor e que nada vem de
graça e muito mais. A escola é um dos melhores lugares para desenvolver a satisfação pela
leitura e o gosto pelo consumo consciente, mas é importante que os alunos também tenham
esta satisfação fora do ambiente escolar, para isso é essencial a participação da família nesta
empreitada.
Este projeto possibilitará aos alunos adquirir, através dos livros de literatura infantil, a
prática e o gosto pela leitura; os levando a descobrir também, o quanto é importante a
educação financeira, saber lidar com o dinheiro com facilidade e de uma forma saudável, não
apenas consumista, percebendo que a leitura e a matemática andam juntas e o quanto elas são
importantes e fazem parte do nosso dia-a-dia. Além disso, desenvolver a oralidade, a dicção e
a postura perante situações cotidianas.
A união de esforços da escola juntamente com a família, da iniciativa da professora
visa um objetivo comum: proporcionar ensino de qualidade para todos.

MATERIAIS E MÉTODOS

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EEBM Fidélis Antônio Fantin – Videira.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EEBM Fidélis Antônio Fantin, delabenedetti@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

181
Para iniciar o trabalho, primeiramente foi organizado um resumo para entregar aos
pais dos alunos, com o projeto bem especificado e convocado os mesmos para uma reunião,
na qual foi bem explicado como que seria executado, o que as crianças iriam ganhar com isto
e o que os pais deveriam fazer para contribuir com o mesmo. Depois de ouvir as opiniões dos
pais e a aceitação dos mesmos, eles assinaram um termo de compromisso. Os pais que não
puderam comparecer nessa reunião, receberam no outro dia o resumo da proposta e o termo
de compromisso para que eles se inteirassem do assunto e assinassem o termo. Essa reunião
foi realizada
ada para explicar e ouvir a opinião dos pais sobre o fato de seus filhos trazerem
moedinhas para a sala de aula e também saber se eles estariam dispostos em colaborar com os
ingredientes para a confecção dos cupcakes para serem vendidos e aumentar nossas
economias.
Para o desenvolvimento desse projeto, foi necessário adquirir as bonecas e o
porquinho, para serem os mascotes da turma, também foi uma sacolinha de tecido para
carregar eles, um diário de bordo (caderno) com uma capa personalizada, o livro (A (
Economia de Maria), um cofrinho pequeno (para ir dentro da sacola) um cofre grande (para
ficar na sala) e um livro caixa (caderno pequeno). Esses materiais são utilizados todos os dias,
pois criamos esses três mascotes para serem as nossos companheiros durante durante o projeto: A
Maria, sua irmã Helena e um porquinho. Esses mascotes fazem parte da nossa turma, como se
fossem alunos novos e três vezes por semana eles vão para a casa de um aluno (a), juntamente
com o livro, o diário e um cofrinho. O aluno deve fazer
fazer a leitura do livro com a ajuda da sua
família e tentar economizar algumas moedinhas para colocar no cofrinho para trazer para a
sala de aula. Também, com o auxílio da família, deve escrever no diário como foram os dias
que passaram juntos da Maria e/ou sua irmã Helena e/ou o porquinho. Na sala, temos um
cofre maior, no qual são guardadas todas as moedas trazidas de casa e registradas em um
caderno de registros (nosso livro caixa). Em alguns momentos, tentamos multiplicar nosso
dinheiro com a venda de lanches,
ches, que ficou combinado que será toda segunda-feira,
segunda pois a
professora organizou uma tabela que dividiu a turma em equipes e cada equipe ficou
responsável em trazer os ingredientes daquela semana e a professora faz os cupcakes nos
domingos e as crianças vendem na segunda-feira.
segunda feira. Os próprios alunos vendem, cobram e
fazem os trocos, a professora somente fica junto e auxilia quando necessário. Depois, na sala,
fazemos uma discussão da quantidade vendida, qual foi o lucro que tivemos, se teve algum
troco difícil de fazer, etc.
Para nossas vendas melhorarem, aprendemos a fazer propagandas, analisamos
diversos tipos de propagandas e depois confeccionamos cartazes para distribuir na escola. As
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

crianças passaram nas salas de aula divulgando o projeto e as vendas.


Na sala, estudamos diversos tipos de textos, conhecemos outros livros de literatura
sobre o assunto, lemos e fizemos a receita de cupcakes e pudemos experimentar. Também
fizemos a contagem das moedas do cofrinho, (em duplas, receberam um punhado de moedas moed
do cofre e contaram, fazendo montinhos de um real, depois cada dupla falava o seu total e a
professora registrava no quadro e depois, com o auxílio de uma calculadora, todos fizemos a
conta para sabermos o total de moedas) para trocar por cédulas. Três alunos acompanharam a
professora até uma Casa Lotérica para fazer a troca das moedas por cédulas e ganhamos uma
raspadinha para cada turma de brinde. A turma da tarde ganhou R$2,00 na raspadinha, já a
turma da manhã estava sem sorte.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Para entendermos melhor, o início da história do dinheiro e sentirmos a necessidade
dele, fizemos uma brincadeira chamada “Escambo”, na qual cada um tinha que levar três
objetos que não dava mais importância para trocar com os colegas. Na sala, a professora
organizou um grupo de mercadores e outro grupo de viajantes. No final todos entenderam o
objetivo da brincadeira e ficaram muito felizes com as trocas.
Foram confeccionados alguns jogos em EVA, para um melhor entendimento, os quais
ajudaram muito no entendimento e reconhecimento das cédulas do real e proporcionaram um
cálculo mental rápido.
Nós iniciamos esse projeto no dia 02 de junho, em sala de aula, mas ele vem sendo
elaborado desde o mês de abril. Vai continuar o desenvolvimento do mesmo até o final de
novembro, pois nosso produto final será a realização de um passeio bem legal que será
decidido juntamente com a turma, de acordo com a quantidade de dinheiro que tivermos
juntado até lá.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Educação financeira não significa ensinar a criança a economizar, mas sim aprender
corretamente o manejo do dinheiro em busca de uma vida melhor.
Conforme Rocha (2008), “quando o indivíduo tem as finanças em ordem, ele toma
decisões e enfrenta melhor as adversidades. E isso ajuda não só na vida financeira, mas
também nos aspectos familiares.”. Nesse sentido, ao ensinar uma criança a lidar com dinheiro
desde pequena, quando adulta terá maiores chances de aprender a administrar o seu salário, a
sua vida. Vai saber guardar, guardar pra comprar, guardar pra poupar mais.
Nas atividades realizadas em sala de aula, no início teve bastante dificuldade das
crianças, na parte das contagens, pois eles tinham dificuldades para contar de 10 em 10, 5 em
5, 2 em 2, agora a grande maioria acha muito fácil essa contagem. No início, eles aprenderam
a utilizar a calculadora para fazer alguns cálculos, através de algumas atividades. Trabalhando
com o sistema monetário foi possível trabalhar todos os conteúdos matemáticos desta série,
no bimestre e ainda será continuado com o projeto trabalhando os conteúdos programáticos.
Percebeu-se que foi muito mais fácil para as crianças entenderem as contagens dessa forma.
No início do projeto, as crianças até reconheciam as cédulas do real, porém não conseguiam
identificar os valores das mesmas, não sabiam quanto valiam aquelas moedinhas que tinham,
e achavam que um monte de moedinhas valia mais que uma cédula, como por exemplo, duas
moedas de um real valiam mais que uma nota de dois reais. Hoje eles já sabem contar e
identificar as moedas e cédulas, alguns com muita facilidade, outros com menos. O desfio
maior agora, está em ajudá-los a registrar no papel, pois oralmente, até os alunos com
dificuldade, conseguem fazer as contagens, mesmo ainda não sabendo adições ou subtrações
com reserva e recurso. Uma parte dos objetivos propostos foi alcançada, pois agora eles
podem ir comprar o seu lanche, por exemplo, e já sabem contar seu dinheiro e verificar o seu
troco.
A partir de agora, será enfatizado muito a leitura, interpretação e produção de relatos,
resultados, etc., para poder alcançar um dos objetivos principais que é a alfabetização com
letramento.
ANAIS – XXXFCMat

183
Uma coisa muito legal é que eles sabem ler e escrever os valores em dinheiro,
utilizando a vírgula (sistema de numeração decimal), sabem que um real equivale a cem
centavos e que se retirarmos a vírgula a leitura do numeral será diferente.

CONCLUSÕES

Trabalhar a educação financeira dessa forma é muito melhor para as crianças


entenderem os conteúdos,
onteúdos, pois para eles tornou-se
tornou se mais significativo, pois eles aprenderam
brincando e vivenciando. Isso sim é promover a aprendizagem da leitura e da escrita e dos
números, das diversas formas possíveis propiciando o surgimento do senso crítico que
permite
te à criança observar, refletir, criticar, interpretar e integrar-se
integrar se socialmente, que é o que
está proposto no PPP (Projeto Político Pedagógico) da escola.
Observa-sese que essa experiência foi muito boa e que todas as professoras de escolas
públicas ou privadas,
rivadas, poderiam também ter um cofrinho na sala para incentivar a educação
financeira para as crianças e no final do ano poder proporcionar algo muito legal para os
mesmos, mostrando que os resultados de todas aquelas economias são bons, pois sabemos que
muitas das nossas crianças têm essa oportunidade apenas na escola.

REFERÊNCIAS

http://classe02doarapoanga.blogspot.com > Acesso em: abril/ 2014.

.abril.com.br/> Acesso em :abril/2014.


revistaescola.abril.com.br/>

dicas-para-ensinar-criancas-a-lidar-com-dinheiro>
economia.uol.com.br/.../17-dicas dinheiro> Acesso em:
maio/2014.

www.smartkids.com.br/especiais/
www.smartkids.com.br/especiais/historia-do-dinheiro.html>
> Acesso em: maio/2014.
maio/

https://www.bcb.gov.br/?HISTDIN Acesso em: junho/2014.


https://www.bcb.gov.br/?HISTDIN>

www.maisdinheiro.com.br/gustavo
www.maisdinheiro.com.br/gustavo-cerbasi > Acesso em: junho/2014.
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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
DISCO COLORIDO DAS UNIDADES, DEZENAS E CENTENAS1
RODRIGUES, Vitor Matheus Dorberto2; SILVA, Thiago Felipe Gomes da3;
SOUZA, Pamela Oliveira de4.

RESUMO: O projeto de matemática Disco Colorido das unidades, dezenas e centenas teve como objetivo
trabalhar as competências de identificar, comparar e ordenar números verificando o valor relativo que os
algarismos assumem de acordo com a posição dos mesmos nas ordens das unidades, dezenas e centenas. O jogo
elaborado a partir do projeto e também trabalha com os números ordinais (primeiro, segundo, terceiro... lugar).
Dentre os materiais utilizados destaca-se o uso do material dourado que estimula o desenvolvimento do
raciocínio lógico. Todo o trabalho realizado durante o projeto tornou-se significativo, pois todos os alunos da
turma conheceram melhor o sistema decimal e o material dourado, compreenderam o seu uso e o que a partir
dele pode-se desenvolver no calculo matemático. Além do resgate histórico que o material dourado traz como as
informações obtidas a respeito de Maria Montessori.

Palavras-chave: Jogo. Numeração decimal. Valor-posicional. Material dourado. Maria Montessori.

INTRODUÇÃO

Através deste projeto procuramos demonstrar a importância de se conhecer melhor o


sistema decimal, que é sempre utilizado em nosso cotidiano. O trabalho com vários materiais
e com ênfase no conhecimento e uso do material dourado faz com que as crianças
interiorizem os conceitos do Sistema de Numeração Decimal.
O jogo do disco colorido tem como objetivo identificar, comparar e ordenar números
verificando o valor relativo que os algarismos assumem de acordo com a posição dos mesmos
nas ordens das unidades, dezenas e centenas. Este jogo também aborda o uso dos números
ordinais (primeiro, segundo, terceiro... lugar), levando os alunos a realizarem registros de
valores formados com uso do material dourado, desenvolvendo o raciocínio lógico e tudo isso
de forma lúdica e criativa.
Procuramos oferecer esse conhecimento de forma criativa e divertida através de
trabalho com jogos, tornando as aulas mais atrativas, dinâmicas e mais próximas da realidade
e das necessidades da faixa etária dos alunos. Fazendo com que tenham mais liberdade para
aprender brincando e fazendo uso desse conhecimento para o resto da vida. É um projeto
interdisciplinar que envolveu conteúdos nas áreas de artes e matemática. Os conteúdos
programáticos envolvidos durante a realização do projeto foram: Sistema decimal,
decomposição de números, gráficos, tabelas, adições e subtrações e ordens posicionais.

MATERIAL E MÉTODOS

O Sistema de numeração decimal é o tipo de representação que usamos hoje para expressar
quantidades, medidas e códigos e para realizar operações. Tem esse nome por ser organizado
na base 10 - de origem provavelmente ligada às contagens que os homens primitivos faziam
com os dez dedos das mãos. Uma importante característica do sistema decimal é o fato de ele

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição:
Escola Municipal Vicente Pires – Brunópolis.
2
Aluno do 2o ano das Séries Iniciais da Escola Municipal Vicente Pires.
3
Aluno do 2o ano das Séries Iniciais da Escola Municipal Vicente Pires.
4
Professora Orientadora, Escola Municipal Vicente Píres, pammy.oliveira.1996@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

185
ser posicional.
icional. Isso significa que o valor de cada algarismo depende do lugar que ele ocupa na
escrita. Partindo da primeira casa, da direita para a esquerda, cada posição determina a
multiplicação do algarismo por uma potência de 10. As educadoras argentinas Susana Sus
Wolman e María Emilia Quaranta explicam como se dá, no sistema decimal, a relação entre o
valor posicional e as operações:
''Os cálculos - mentais ou feitos com algoritmos convencionais - estão condicionados a
regras que dependem da organização dos números. Quando ao somar 27 + 20, uma criança
faz 10 + 10 + 7 + 10 + 10, depois soma os 10 e, em seguida, o 7, ela está considerando a
composição de cada um dos números envolvidos, as partes de mesma ordem em que o
número foii decomposto e, finalmente, as partes de diferentes ordens (40 + 7)”. As contas
convencionais também apelam às regras do sistema de numeração: a formação de colunas ao
somar ou subtrair facilita operar entre si os algarismos que ocupam a mesma posição na
escrita
scrita numérica. Assim como os reagrupamentos ('vai um') permitem somar entre si os
algarismos de mesma ordem, as decomposições ('empresta um') apelam a escritas
equivalentes que facilitam a subtração.
Começamos o projeto conversando sobre as unidades e as dezenas, que os números
podem ser decompostos em muitas partes e que algumas delas eram a unidade, a dezena e a
centena que seria trabalhada mais tarde após serem trabalhadas bem as duas primeiras casas
decimais.. Dialogamos com os alunos que os números também também podem ser representados com o
material dourado, neste ponto foi explicado um pouco sobre a vida de Maria Montessori que
foi a inventora do material dourado. Em seguida foram apresentadas todas as partes deste
material e explicado que este foi criado parapara ajudar crianças com dificuldades de calculo e
compreensão dos números. Fazer operações matemáticas (adição e subtração) usando os
materiais diversos como tampinhas, palitos e outros, pedir que realizem operações usando
números com unidades e dezenas. Foi Foi trabalhada a troca de unidades por dezenas com o jogo
nunca dez, utilizando o material dourado neste jogo cada um tem a vez de jogar, e o educador
sempre mediando para que os alunos respeitem a vez do colega e respeitem também o tempo
utilizado por este,, para fazer a soma dos seus pontos e a troca de material se já for necessária.
Sendo assim as unidades e as dezenas foram apresentadas primeiramente, mostrando que
grupos de dez unidades formam uma dezena, para melhor demonstrar isso trabalhamos essas
duass casas através do jogo nunca dez onde eles jogavam um dado e pegavam a quantidade de
cubinhos referente a quantidade que caiu no dado, assim prosseguia até o aluno chegar a dez
cubinhos e efetuar a troca por uma barrinha contendo uma dezena, este jogo foi utilizado para
que os alunos percebessem que as quantidades começam em unidades e que quando se chega
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

a dez unidades passamos a ter uma dezena e com dez dezenas passamos a uma centena e
sempre assim,, no começo muitos achavam estranho trocar dez cubinhos por p uma barrinha.
Com um pouco mais de tempo manuseando este material eles entenderam que eles estavam
fazendo a troca por uma barrinha que possui a mesma quantidade e o mesmo valor que os dez
cubinhos, depois foram feitas representações de diversos números com o material dourado.
Durante todo o processo de aquisição de conhecimento do sistema decimal o professor
pode fazer várias seções de jogos com boliches confeccionados por eles mesmos com garrafas
pet pintadas com tinta guache, e em volta escritos quantos
quantos pontos vale cada garrafa, pois após
todos terem jogado eles irão decompor os resultados obtidos em centenas dezenas e unidades
e fazer comparações de colocações qual foi o maior resultado, qual foi o menor trabalhando

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
ao mesmo tempo posições 1º, 2º, 3º. O jogo mais utilizado e que teve foco para a construção
deste trabalho foi o disco mágico das unidades, dezenas e centenas adaptado pelos alunos e
agora chamado disco colorido esse jogo possui um tabuleiro tripartido nas cores vermelha
(centenas), azul (dezenas) e amarelo (unidades), algumas fichas marcadoras que no nosso
caso são 8, estas são lançadas pelos alunos no disco e em uma tabela é marcada a quantidade
de fichas que caiu em cada cor, qual foi a pontuação total e a posição final de cada um. O jogo
foi começado apenas com as duas primeiras casas decimais unidade e dezena, pintado em um
prato descartável de amarelo e azul, no começo todos demonstraram bastantes dificuldades, ai
foi adaptado um material confeccionado pela professora onde tem duas tiras que representam
as duas primeiras casas decimais onde os alunos ajustam os números obtidos em cada casa e
compõem o resultado. Foram alguns dias trabalhando as duas primeiras casas decimais até
que alguns já conseguiram entender e passar para as centenas, a partir desse momento
adaptou-se ao jogo além da tabela um quadro onde é representada a quantidade de fichas que
caiu em cada casa decimal. Em seguida é feita a decomposição, ou seja, o que cada número
daqueles representa em pontos e por fim neste quadro é feito a representação dos pontos com
o material dourado, todos os alunos participam adquirindo conhecimento do sistema decimal,
Outros jogos utilizados foram somando com dados e adivinhe a carta proporcionando
diferentes formas de soma e de decomposição, sempre trabalhando no jogo quem foi o
vencedor, e quais as estratégias e cálculos realizados. Montando juntamente com eles tabelas
de posições e pódiuns que eles mesmos podem estar produzindo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O trabalho realizado trouxe resultados significativos na aprendizagem dos alunos,


tanto pela assimilação e a acomodação dos novos conhecimentos matemáticos, como pela
troca coletiva das informações a partir da metodologia utilizada. Manipulação dos materiais
concretos, pelos quais as crianças na faixa etária dos 7 e 8 anos compreendem melhor e
tornam-se autônomas e praticantes de um conhecimento cada vez mais significativo. Toda
turma apresenta entre seus alunos diferentes necessidades e maneiras de compreender as
informações do ambiente. Ou seja, toda turma é heterogênea, mas apesar disso pode-se
comprovar através do referido trabalho realizado que, o uso do material concreto e dos jogos,
neste caso, o material dourado em especial que foi muito válido. Partindo de explicações e
demonstrações práticas, passando pela manipulação e experimento individual até a pesquisa e
comprovação coletiva que a matemática é muito mais prazerosa, significativa e indispensável
no cotidiano do que o histórico dela aparenta demonstrar.

“[...] a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir


bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a Matemática e
sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é
impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo
tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor
desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem”. (J.
Borin apud Starepravo, 2009)
ANAIS – XXXFCMat

187
(foto 1: confecção
nfecção do boliche) (foto 2: alunos jogando “adivinhe a carta”)

(foto 3: alunos jogando boliche)

(foto 4: tabela usada no jogo “Disco colorido das unidades, dezenas e centenas”.
TABELA
JOGADOR TOTAL DE TOTAL DE PÓDIUM
FICHAS PONTOS
VERM AZUL AMA

CONCLUSÕES
XXX Feira Catarinense de Matemática
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Com o projeto de jogos no aprendizado do sistema decimal pode- pode se concluir que
todos os objetivos foram alcançados com sucesso, não é somente os resultados que podem
sem percebidos, mas também o entusiasmo dos alunos por poderem estar participando de
jogos que trazem resultados maravilhosos no aprendizado deles e que ainda proporcionam
diversão e alegria. Pode se notar que as dificuldades foram vencidas e que todos conseguiram
aprender da mesma formarma e no mesmo tempo, é um prazer para os alunos estar trabalhando
com o sistema decimal de forma diversificada e sem monotonias que acabam cansando os
alunos, todos os jogos tornam a aula mais gostosa e diversificada sem fugir do assunto e
sempre inovando,, pois em cada um dos jogos pode ser trabalhado diversas coisas.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
REFERÊNCIAS

LOPES, Anemari Roesler Luersen Vieira et al. JOGOS NA ALFABETIZAÇÃO


MATEMÁTICA. 2014, p.18 .

STAREPRAVO, Ana Ruth, Mundo das ideias: jogando com a matemática, números e
operações. Curitiba: Aymará, 2009, p.11.
ANAIS – XXXFCMat

189
GUDEMÁTICA1

FREITAS, Eduarda Karoline Bordião2; ZAPELA, Launa Gabriely3;


ALBUQUERQUE, Zaira4.

RESUMO: O projeto Gudemática aborda a diversidade de jogos com bolinhas de gude e os associa com a
Matemática. Tem o objetivo de proporcionar aos alunos uma aprendizagem lúdica, interdisciplinar e
contextualizada. Como proposta pedagógica, foram desenvolvidas problemáticas que envolveram
envol a aplicação de
conceitos matemáticos em diferentes situações e jogos; referenciando em muitos casos o uso da bolinha de gude.
A fim de aprofundar os estudos, foram realizadas algumas atividades pontuais como: entrevistas, coletas de
dados, tabulação de informações e pesquisas com o uso de recursos tecnológicos e material didático. Durante o
desenvolvimento do projeto buscou-se
buscou se evidenciar e ampliar as habilidades de criação e cooperação nos alunos,
bem como a participação da família no dia a dia da escola.
escola. Também, aprofundar a aprendizagem de alguns
conceitos matemáticos, construindo e ressignificando saberes.

Palavras-chave:: Ludicidade. Matemática. Bolinha de Gude. Jogos.

INTRODUÇÃO

Há brincadeiras e jogos que encantam as crianças. O jogo bolinha de gude é uma


destas brincadeiras, por ser muito antiga, foi muito popular no Império Romano, mas ainda
exerce particular fascínio entre as crianças que brincam.
A bolinha tem o nome de gude porque os romanos assim nomeavam as pedrinhas lisas
e arredondadas que encontravam nos leitos dos rios. Acredita-se
Acredita se que esse jogo já exista por
volta de cinco mil anos. Sabe--se
se que existem muitos tipos de brincadeiras de gude, geralmente
elas variam de região para região, essas variações acontecem de acordo com a criatividade
criativi das
crianças envolvidas no jogo.
O lúdico está intrinsecamente ligado a infância e por isso é importante que seja
referenciado também na escola. De acordo com Freire, a prática educativa tem a criança como
um de seus sujeitos, agente construtor do conhecimento,
conhecimento, não existe a divisão entre o afetivo e
o cognitivo, mas sim uma relação dinâmica e prazerosa.
Nesta perspectiva, propomo-nos
propomo nos a desenvolver um projeto de pesquisa que envolvesse
brinquedos e brincadeiras dando ênfase a brincadeira bolinha de gude. gude O trabalho
proporcionou uma infinidade de possibilidades de estudo e aprendizagens, dentre elas: o valor
do resgate histórico, a pesquisa qualitativa e quantitativa, a criação de diversos jogos,
adaptações às modalidades já existentes do jogo e também a interação entre os pares.
XXX Feira Catarinense de Matemática
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É fundamental proporcionar às crianças a possibilidade de conhecer os diferentes


aspectos da realidade, ampliar o conhecimento de forma atrativa, a fim de promover a
conscientização da importância das descobertas aliando-as
aliando aos conceitos
nceitos fundamentais para
uma vida saudável.

MATERIAL E MÉTODOS

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição:
EMEF Ribeirão Cavalo – Jaraguá do Sul.
2
Aluna do 4º ano do Ensino Fundamental, ribeicav@terra.com.br.
ribeicav@terra.com.br
3
Aluna do 4º ano do Ensino Fundamental, ribeicav@terra.com.br .
4
Professora Orientadora,, EMEF Ribeirão Cavalo, profzaira2011@gmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Para realizarmos o referido trabalho, usamos de ferramentas que nos permitissem
alcançar os resultados propostos inicialmente. Realizamos pesquisas, dinâmicas, aula
expositiva, aplicação de conceitos matemáticos em diferentes jogos.
Firmamos parceria com o professor de educação física a fim de promover a
interdisciplinaridade e resgatar a brincadeira tradicional, através da prática dos jogos de solo
com a turma e, realização de desafios coletivos nas mais variadas formas de execução
envolvendo bolas de gude, em diversas modalidades.
Após esta etapa, iniciamos as pesquisas. Que, por sua vez, nortearam o nosso projeto,
pois expressavam nossas dúvidas temporárias, como por exemplo: - “Você conhece a bolinha
de gude?” - “Sabe como podemos usá-las para resolver cálculos matemáticos?”, entre outras.
O questionário foi encaminhado para ser respondido pelos pais e familiares dos alunos.
Utilizamos os dados da pesquisa quantitativa para o tratamento das informações
coletadas, classificamos, analisamos e representamos nos gráficos e tabelas os resultados do
questionário, o gráfico foi feito usando o software Libre Office Calc no Ambiente
Tecnológico Educacional – ATE – da escola.
Confeccionamos alguns jogos usando materiais alternativos como: o jogo “cai- não-
cai”, feito com uma garrafa pet, com furinhos em ambos os lados, por onde passam as varetas
e sobre elas colocam-se bolinhas de gude; o jogo de tabuleiro “Mancala”, utilizamos caixas de
ovos vazias, para distribuir as três sementes em cada casa; o jogo “triângulo das operações
feito com uma placa de madeira, cortada em forma de triângulo, onde se encontram 72 pregos
e uma bolinha de gude; o jogo “castelo das medidas” uma casinha, feita de madeira, com
abertura para se acertar a bolinha, usado para trabalhar as unidades de medida;o jogo “Resta-
um”, foi confeccionado numa única peça retangular de madeira na qual colamos 33 tampinhas
de garrafas para fazermos as concavidades e um sulco ao longo da borda Confeccionamos
também um “pião com bolinhas de gude” unindo quatro bolinhas, numeradas com sequência
de números pares: “2, 4’, 6, 8”, e a outra com números impares “ 1, 3, 7, 9”, o objetivo é
fazer cálculos diversos usando os numerais, que ficarem na bolinha de cima.
O ábaco foi uma das estratégias utilizadas em algumas rodadas dos jogos para auxiliar
os alunos na realização dos cálculos, assim como, palitos de churrasco de elásticos para
cálculos de multiplicação.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este projeto teve como embasamento metodológico a pesquisa quantitativa, o que


significa traduzir em números, opiniões e informações. A evolução dos alunos quanto à
compreensão das leituras e registros de fatos relevantes sobre os assuntos pesquisados e o
levantamento de dados foi fundamental para a confecção de gráficos e tabelas.
As informações coletadas foram colhidas através de questionário pré-determinado,
trouxeram dados históricos, geográficos e o uso de materiais alternativos no momento da
brincadeira. Os alunos conseguiram atingir o objetivo e comprovaram que pesquisa e
aprendizagem andam lado a lado e expressam a educação do futuro.
ANAIS – XXXFCMat

191
Figura 1: Sondagem inicial a respeito do tema e tratamento das informações coletadas.
Você considera bolinha de gude Você incentiva e brinca com seu Seu filho/ filha falou em casa
uma brincadeira saudável? filho/ filha de bolinha de gude? sobre o nosso projeto?
projeto

20
20 10
10 5
0 0 0
Sim Não Não Outras Sim Não

Qual a brincadeira que você, mais Você conhece ou já brincou com


gostava de brincar com bolinha de bolinha de gude/ bulica/peca?
gude? 15 12

Outr Triân 10
as gulo
31% 31% 5
1
Quad 0
As rado Tratamento das informações usando
ganh sim não
0% recursos tecnológicos, para tabulação
as…
dos dados que deram origem aos
gráficos.
Fonte: As autoras (2014)

No 4º ano, alguns conteúdos matemáticos são a leitura, interpretação e a construção


de gráficos. Diferenciar as formas gráficas existentes facilita a compreensão deste gênero
textual que está presente em diferentes suportes. Através da construção de tabelas
tabel e gráficos
objetivamos conscientizar o aluno de que os dados da tabela foram transformados em dados
gráficos e que é uma das formas mais utilizadas na imprensa escrita assim como, as histórias
em quadrinhos.
Considerando-sese o valor pedagógico das histórias
histórias em quadrinhos e sua contínua inserção no
contexto escolar, este trabalho se propõe a apresentar a importância dessas obras no trabalho docente
de variadas disciplinas, particularmente na de língua portuguesa, a qual requer, por parte do educador,
um sistemático
stemático trabalho com os gêneros do discurso para a formação de leitores competentes e
assíduos.
XXX Feira Catarinense de Matemática

As HQs são “[...] obras ricas em simbologia – podem ser vistas como objeto de
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

lazer, estudo e investigação. A maneira como as palavras, imagens e as formas são


trabalhadas apresenta um convite à interação autor-leitor
autor leitor (REZENDE, 2009, p. 126)

Os registros realizados pelas crianças durante todo o nosso projeto serviram também
como subsídios para a produção de história
história em quadrinhos com o recurso do software
HagáQuê.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Figura 2- Criação de gênero textual HQ produzido pelos alunos, a partir do tema.

Fonte: autoras 2014.


Fonte: As autoras (2014)

Em todos os jogos procuramos contemplar os conteúdos de matemática como: escrita


representativa do número; composição e decomposição de números; ordem crescente e
decrescente; antecessor e sucessor; números pares e ímpares; quadro de ordem, valor e lugar;
raciocínio lógico; cálculo mental; concentração; equilíbrio; noções de espaço; estimativa e
aproximação; adição simples e com reserva; subtração simples e com recurso; situações
problema; levantamento de informações e dados estatísticos; tabuada e figuras geométricas.

Figura 3- Jogos usando a bolinha de gude, no solo: bulicros, figuras geométricas peca-golfe, e em sala de
aula: triângulo das operações, cai-não-cai e mancala.

Fonte: As autoras (2014)


ANAIS – XXXFCMat

193
A utilização dos jogos na matemática,

... motivam, impulsionam naturalmente o gosto e o prazer pelo estudo; conduzem à


investigação de novas técnicas de soluções de problemas envolvidos nos jogos; dão
ao aluno a oportunidade de tornar-se
tornar se um sujeito ativo e participante do processo de
aprendizagem. (MACHADO, p. 20, 1990).

Desta forma, buscamos possibilitar aos alunos o contato com diferentes recursos de
aprendizagem objetivando desenvolver as múltiplas habilidades e competências.

CONCLUSÕES

Num grupo motivado e desafiado a aprender, os resultados expressam a apropriação


dos conteúdos estudados. Desenvolver um projeto de aprendizagem requer do professor
comprometimento, dedicação e estudo, pois ao propormos esta metodologia de trabalho
estamos, automaticamente, rompendo com o modelo tradicional de ensino.
Foi muito importante resgatar a valorização da cultura popular. Desenvolver projetos é
permitir ao aluno ser condutor do seu aprendizado, garantir nas vivências a apropriação do
conhecimento, Através das experimentações formular hipóteses e conclusões efetivas do
aprendizado.
A fim de ampliar o leque de estratégias eficientes para o desenvolvimento do
trabalho, fizemos o uso das tecnologias, trabalhamos interdisciplinarmente.
Com as pesquisas pudemos constatar que o jogo bolinha de gude fez parte da infância
dos pais e familiares dos alunos.
lunos. Também descobrimos que as crianças conhecem e jogam,
garantindo a interação entre eles e perpetuação da cultura popular.

REFERÊNCIAS

FREIRE, Madalena. A paixão de conhecer o mundo. 16ª. ed. 1983.

MACHADO, N, J. Matemática e realidade. São Paulo, Cortez, 1992.

REZENDE, Lucinea Aparecida de. Leitura e Formação de Leitores:: Vivências Teórico-


Teórico
Práticas. Londrina: Eduel, 2009.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
LENDO A MATEMÁTICA DO CORPO1

FRANÇA, Maria Luiza de2; SCHROEDER, Manuela Dias3;


CLEMENTINO, Rosimere Aparecida Chiste4.

RESUMO: Pelo excesso de ocupações do dia a dia a leitura acaba sendo deixada de lado e a matemática e vista
como algo complicado. Pensando nisso desenvolvi um projeto de leitura integrando outras áreas do
conhecimento para chamar a atenção ao prazer da leitura de um bom livro e o estudo de conteúdos matemáticos
de forma agradável. Ziraldo é um autor que escreve para crianças e seus livros encantam qualquer leitor.
Aproveitando seu principal personagem, O Menino Maluquinho, assistimos episódios divertidos que aguçaram
nos alunos o interesse pelas obras do autor. Selecionamos 7 obras que falam sobre o corpo humano com
conteúdos matemáticos propostos para a série a partir das histórias. O produto final do nosso projeto foi a
dramatização de uma história de Ziraldo, a apresentação da biografia do autor e a construção de um jogo
envolvendo as partes do corpo humano e as formas geométricas.

Palavras-chave: Educação Matemática. A matemática do corpo. Corpo e matemática.

INTRODUÇÃO

A partir do projeto de leitura desenvolvido na escola, autores brasileiros, nosso 2º ano


escolheu o autor Ziraldo.
Desenvolvemos atividades de exploração da diversidade textual, o incentivo à leitura e
conteúdos matemáticos de forma significativa.
Além de tornar as crianças maluquinhas pela leitura, o projeto tem objetivo de
trabalhar conteúdos matemáticos de forma prazerosa, partindo do corpo humano. Após
conhecer a biografia e as obras do autor Ziraldo, os alunos foram instigados para a leitura de
livros de literatura do autor relacionados ao corpo humano. Lendo textos informativos de
gêneros variados, identificamos as características dos gêneros textuais a serem explorados no
decorrer do projeto e produzimos textos de diversos gêneros. Conhecemos e utilizamos
conteúdos matemáticos através das histórias de Ziraldo, relacionando-os ao corpo.

MATERIAL E METODOS

Pesquisamos a biografia e obras literárias do autor Ziraldo, selecionando aquelas que


mencionam o corpo humano para trabalhar conteúdos matemáticos. As histórias encontradas
foram sete: Os dez amigos, Pelegrino e Petrônio, O calcanhar do Aquiles, O joelho Juvenal,
Um sorriso chamado Luiz, Dodó e Rolim. Durante o projeto foram realizadas ações com
atividades de leitura e escrita, diversificando os gêneros textuais e demonstrando a
matemática inclusa no corpo humano. O projeto proporcionou o estudo de diversos conteúdos
matemáticos, que foram trabalhados de maneira descontraída e lúdica.
Na história Os dez amigos contornamos as mãos em folha de papel e escrevemos a
parlenda (dedo mindinho, seu vizinho, pai de todos, fura-bolo e mata piolho). Para trabalhar a
matemática e introduzir as dezenas exatas, utilizamos as mãos, juntando-as, contando os
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EMEF Anna Töwe Nagel – Jaraguá do Sul.
2
Aluna do 2º ano do Ensino Fundamental.
3
Aluna do 2º ano do Ensino Fundamental.
4
Professora Orientadora, EMEF Anna Töwe Nagel, rcmerinha@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

195
dedos, formando pares, contando de 2 em 2, 5 em 5... Depois utilizamos figuras de mãos
mostrando quantidades
uantidades diferentes de dedos. Primeiro compomos o numeral dez de diferentes
maneiras e, em seguida, utilizando mãos com os cinco dedos para realizar sequências
numéricas de 2 em 2, 5 em 5 e de 10 em 10. Com o auxílio das mãos ficou fácil perceber a
lógicaa das sequências e alguns alunos apropriaram-se
apropriaram se de outros tipos de sequência que não
estavam sendo trabalhadas. Aproveitamos a história para introduzir as medidas de
comprimento. Partindo do palmo realizamos medições de objetos e pequenas distâncias na
salaa de aula, levando os alunos a refletirem o porquê da diferença do número de palmos entre
os colegas ou da professora. Também realizamos situações-problemas
situações problemas envolvendo o palmo e
sua medida.
Partindo para a história dos pés, Pelegrino e Petrônio,, pesquisamos
pesquisa o conceito de
expressões idiomáticas, percebendo que a palavra pé está inserida em muitas outras palavras
ou expressões e nem sempre quer dizer o que se diz. Exemplo: pé-de-moleque
pé moleque (doce) e pé-frio

(pessoa sem sorte). Assim encontramos uma receita chamada cham Bicho-de
de-pé (um tipo de
brigadeiro de morango) e aproveitamos para explorar o gênero textual receita, produzi-la
produzi e
degustar o brigadeiro. Continuando o trabalho com a matemática do corpo, utilizamos nossos
pés e passos para realizar outros tipos de medições.
medições. Neste momento os alunos perceberam a
necessidade que as pessoas encontraram de padronizar uma medida. Pesquisamos então um
pouco de história e descobrimos que antigamente o homem usava o próprio corpo para obter
unidades de medidas de comprimento: a polegada, o pé, o palmo, os passos foram algumas
dessas medidas. Como as medidas eram diferentes de pessoa para pessoa, em 1790, essas
medidas foram padronizadas, então surgiu o metro que facilitou muito a vida das pessoas.
Registramos o número do calçado de cada aluno para construir um gráfico e realizamos
situações-problemas
problemas analisando os dados contidos no gráfico.
O calcanhar do Aquiles foi a próxima história trabalhada. Nela o autor Ziraldo
menciona o bravo guerreiro Aquiles. Conhecemos então a história de Aquiles conforme a
mitologia grega (Calcanhar de Aquiles). Também descobrimos que o termo – calcanhar de
Aquiles, utilizado na expressão popular, significa o ponto fraco de alguém e transmite a ideia
de fraqueza e vulnerabilidade. Quanto à matemática, trabalhamos a ordem crescente e
decrescente dos numerais, aproveitamos a escada que dá acesso a nossa sala de aula,
numerando os degraus e realizando contagens coletivas ao subir e descer
descer a escada. Também
conceituamos o termo operação inversa, realizando operações de adição e subtração,
percebendo que o calcanhar está do lado inverso do pé, assim a operação de adição é o
inverso da subtração e vice-versa.
versa.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Na história O joelho Juvenal também exploramos o gênero textual receita. Desta vez,
os alunos degustaram um salgado, que tem o nome de joelho, pois sua forma é parecida com
ele. Partindo do princípio que o joelho Juvenal cresceu e começou a usar calça, descobrimos
que alguns anos atrásrás as crianças pequenas tinham o hábito de usar apenas bermuda e ao
entrar na juventude ganhavam a primeira calça. A história também mostra que o tempo
passou, o menino cresceu e tudo ficou escuro. O que usamos para medir o tempo nos dias de
hoje? Introduzimos
zimos o conteúdo medidas de tempo: hora/meia hora e calendário, construindo
relógios com CD usado. Assim resolvemos situações desafiadoras envolvendo as medidas de
tempo.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Um sorriso chamado Luiz foi a história a seguir. Quando estamos felizes sorrimos e as
vezes damos boas gargalhadas, nada melhor que utilizar o gênero textual piada para alegrar e
divertir. Tivemos uma palestra sobre dentição com o dentista da escola e aprendemos os
cuidados necessários com os dentes, o nome das duas dentições e a quantidade de dentes em
cada uma delas. Utilizamos o material dourado para realizar operações de adição e subtração
e resolução de situações- problemas envolvendo o tema trabalhado. Introduzimos as adições
com reserva com auxílio do material dourado e ábaco, registrando situações reais com o
número de dentes de cada um e a quantidade que deve ter quando a segunda dentição estiver
completa.
Na história a seguir a personagem principal, Dodó, que é o mesmo nome do livro, é
um bumbum e os alunos esperavam esta história ansiosamente. Quando dividimos algo em
duas partes, ao meio, temos a metade. Então o conteúdo matemático trabalhado foi
meio/inteiro. Resolvemos situações-problemas envolvendo metade. Confeccionamos pizzas
com pratinhos de papelão, utilizando tinta guache e materiais alternativos para representar o
recheio. Cada aluno deveria dividir sua pizza ao meio representando dois sabores preferidos.
Utilizamos as pizzas para resolver situações-problemas envolvendo metade e sistema
monetário superficialmente, calculando o valor de meia pizza tendo o valor inteiro.
A última história trabalhada foi Rolim, um umbigo redondinho e enroscadinho, onde
trabalhamos as formas geométricas e introduzimos o gênero textual poema encontrando uma
poesia sobre as formas geométricas.
Como produto final do nosso projeto, pesquisamos um jogo envolvendo o corpo e as
formas geométricas, criando as regras e forma de jogar. O jogo foi pintado no pátio da escola.
Brinca-se da seguinte forma: tem um quadro de quatro por quatro com as formas geométricas
(circulo, quadrado, retângulo e triângulo), pintadas aleatoriamente com as cores (verde,
vermelho, azul e amarelo). Contém uma roleta, partes do corpo (mão direita, mão esquerda,
pé direito e pé esquerdo) e as formas geométricas nas cores acima. Uma pessoa fica
responsável em girar a roleta. Quando a criança gira a roleta vai parar em uma forma
geométrica de determinada cor, bem como numa parte do corpo e o primeiro participante
deverá colocar aquela parte do seu corpo no tapete com as formas. A roleta será girada para o
próximo participante que deverá fazer a mesma ação. Podem participar quatro jogadores de
cada vez. Aos poucos os movimentos vão ficando mais difíceis de serem executados. Acaba a
rodada, quando um participante não conseguir mais fazer o movimento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Segundo Soares & Bertoni Pinto (2001), o papel de professor será de incentivador,
facilitador, mediador das idéias apresentadas pelos alunos, de modo que estas sejam
produtivas, levando os alunos a pensarem e a gerarem seus próprios conhecimentos.
Souza & Nunes (2004) confirmam que, ao utilizar a metodologia de resolução de
problemas, o papel do professor muda de “comunicador de conhecimento” para o de
observador, organizador, consultor, mediador, controlador, incentivador da
aprendizagem.
ANAIS – XXXFCMat

197
Ilustração 2:: Aprendendo as dezenas - Ilustração 1:: Ouvindo a história Rolim (Ziraldo)
material dourado

Ilustração 3: Gráfico - Número dos Calçados Ilustração 4:: Construindo Figuras com as
da turma formas geométricas

Ilustração 5:: Medindo com passos


Ilustração 6:: Formulando problemas e
demonstrando as pizzas

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Ilustração 7:: Demonstrando quantidades com as


Ilustração 8:: Medindo objetos da sala em palmos
mãos

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
CONCLUSÕES

Os episódios do Menino Maluquinho aguçaram a curiosidade dos alunos pelas obras


do autor Ziraldo.
Durante a aplicação do projeto procuravam, nas aulas de leitura, emprestar livros do
autor Ziraldo, principalmente aqueles que fizemos a leitura compartilhada na sala de aula.
Nosso cantinho de leitura da sala de aula contém algumas histórias em quadrinhos do
Menino Maluquinho, da Professora Maluquinha e da Tia Maluquinha e a coleção do Bichinho
da Maçã. Ao terminarem as atividades, os alunos encaminham-se para ler as histórias. É lindo
ver seus olhinhos brilhando de empolgação a cada leitura.
O projeto realizado superou minhas expectativas, consegui explorar grande parte dos
conteúdos matemáticos previstos para o ano letivo de forma descontraída e prazerosa.
Também trabalhamos vários gêneros textuais, mais do que os previstos no plano de curso para
o primeiro semestre.
O jogo que pintamos com as partes do corpo humano e as formas geométricas também
demonstrou o sucesso do projeto. Alunos de outras turmas divertem-se com o jogo na hora do
recreio ou quando o professor leva a turma para jogar.

REFERÊNCIAS

ZIRALDO. Coleção Corpim. São Paulo: editora Melhoramentos, 2006.

POSITIVO. Biografia de Ziraldo. Disponível em: http://www.ziraldo.com.br Acesso em: 11


mar. 2014.

SILVA, Marcos Noé Pedro da. Unidades de medida ao longo da História. Disponível em:
http://www.mundoeducacao.com/matematica/unidades-medida-ao-longo-historia.htm. Acesso
em: 14 mar. 2014.

SUPERINTERESSANTE, Grupo Abril. Calcanhar de Aquiles: lenda grega explica origem


do ponto fraco. Mai. 1996. Disponível em: http://super.abril.com.br/cotidiano/calcanhar-
aquiles-lenda-grega-explica-origem-ponto-fraco-436519.shtml . Acesso em 20 mar. 2014.
ANAIS – XXXFCMat

199
MARTEMÁTICA1
REINECKE, Chayane Thais2; SANTOS, Felipe Gabriel Barbosa Machado dos 3;
VON GILSA, Bernadete4.

RESUMO: O objetivo do projeto foi ampliar o conhecimento dos alunos em relação ao meio que os cerca, para
que compreendessem a complexidade e a amplitude das questões ambientais e sentissem a inter-relação
inter existente
entre homem e meio ambiente. Em abril o grupo foi foi à Bombinhas e a visita foi direcionada ao Museu Naval .
Na praia observamos conchas, algas, movimento e sabor da água, costão e lixo deixado pelo homem. Essas
vivências permitiram desenvolver atividades matemáticas significativas e úteis ao dia-a
dia a-dia da criança como,
pesquisas, gráficos, dobraduras, tabelas comparativas, construção de maquete, problematizações, medidas,
geometria, noções de fração, valor monetário, tempo e jogos didáticos. Em vários momentos o corpo foi
utilizado como medida de comparação.
aração. O envolvimento do grupo gerou descobertas interessantes, e as rodas de
conversa proporcionaram um ambiente de cooperação e fortaleceram as relações interpessoais, pois o trabalho
teve a participação de professores de outras áreas.

Palavras-chave:: Educação Matemática.


Matemática Mar. Ecologia.

INTRODUÇÃO

A importância de se criar um espaço maior para a fantasia e para o jogo do imaginário


tem sido apontada como fundamental para o desenvolvimento psicológico e matemático da
criança. Percebe-se
se que as crianças internalizam os conteúdos quando lhes é proporcionado
proporci
aprender de forma lúdica, participativa e principalmente naquilo que vivenciam. “A
aprendizagem de matemática não ocorre por repetições e mecanizações, mas se trata de uma
prática social que requer o envolvimento do aluno em atividades significativas.
significativas Temos
convicção de que aprender seja um processo gradual que exige o estabelecimento de
relações.” (NACARATO, 2009). Foi ciente disso que se buscaram meios para tornar eficaz e
atraente a relação ensino-aprendizagem.
aprendizagem. O projeto “MARtemática” apresentou-se
apresentou como uma
grande oportunidade de aquisição de conhecimentos matemáticos úteis ao dia-a-dia dia da
criança, principalmente porque todas as problematizações e aprendizagem de conceitos
matemáticos estavam vinculados a vivências extra-classe,
extra classe, como passeio de estudo,
estu pesquisas
e jogos. O trabalho em grupo, rodas de conversa, jogos e atividades fora da sala de aula,
geraram um ambiente de cooperação e fortaleceram as relações interpessoais. Pela riqueza do
conteúdo que o tema oferece, foi possível trabalhar de forma interdisciplinar, pois, “ ...a cada
situação vivenciada, novas relações vão sendo estabelecidas, novos significados vão sendo
XXX Feira Catarinense de Matemática

produzidos, e esse movimento possibilita avanços qualitativos no pensamento matemático.”


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

(NACARATO, 2009). Os animais e principalmente


principalmente o ambiente marinho encantam e
sensibilizam, estimulando o aprendizado, sendo uma rica oportunidade de desenvolvimento
cultural, social e ambiental. No decorrer do projeto foram priorizados os conteúdos
programáticos pertinentes ao 2º ano, sempre observando
observando para que os momentos de
aprendizagem se tornassem úteis e significativos e principalmente que o aluno desenvolvesse
as habilidades que lhe serão necessárias no decorrer do período letivo.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-Relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: EM
M Prof. Nestor Margarida – Timbó.
2
Aluna do 2° ano.
3
Aluno do 2° ano.
4
Professor Orientador, EM Prof. Nestor Margarida, detevongilsa@uol.com.br.
detevongilsa@uol.com.br

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
METODOLOGIA

Este projeto foi desenvolvido com os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental da


Escola Municipal Prof. Nestor Margarida de Timbó e utilizou o Ambiente Marinho como
tema gerador, tendo iniciado com uma visita ao Museu Naval na cidade de Bombinhas,
“... na preparação para a cidadania é fundamental o domínio de um conteúdo que tem algo a
ver com o mundo real. (D’AMBRÓSIO,1996) Antes da viagem foi apresentado o globo
terrestre e a descoberta de que há mais água do que terra e que a maior parte da água se
localiza nos mares e oceanos e que o corpo humano tem essa mesma proporção de água. Esse
conhecimento possibilitou trabalhar com porcentagem, centena, dezena, unidade e os alunos
concluíram que, contando de dez em dez, estavam fazendo a tabuada de 10. Com outros
mapas foi localizado e Brasil, Santa Catarina e o litoral. Também foi definido o que é praia e
durante o trajeto da viagem foram feitas observações de distâncias e pontos principais das
cidades por onde passamos, para então traçar o mapa e suas referências. A visita ao Museu
Naval despertou grande interesse, pelo rico acervo de embarcações, quadro de nós, armas,
objetos e animais marinhos que representaram uma grande novidade para todos. Na praia foi
observado o movimento e sabor da água, conchas, algas e o lixo deixado pelo homem. Ao
retornarmos, procedemos ao relatório da viagem, confecção de um relógio em prato de
papelão e outras atividades, explorando hora de saída, chegada, tempo de viagem, gráfico do
que mais chamou a atenção no Museu, muitas problematizações surgiram e foram resolvidas
pelo grupo . Iniciou-se a fase de pesquisas de animais marinhos e por votação foi escolhido o
Cavalo Marinho para aprofundamento de estudo. Essa atividade gerou tabelas e gráficos
como: animais marinhos preferidos, comparação de peso com produtos do dia a dia. Na
comparação de medidas, um aluno descobriu que poderia utilizar sua mão como medida e
para a nossa surpresa descobrimos que as mãos de todas as crianças medem entre 12 e 14
centímetros. Cada uma carimbou e mediu sua mão com régua e registrou a medida. Para
trabalhar período e tempo de gestação do Cavalo Marinho, foi explorado o calendário.
Envolver os pais no trabalho também era um dos objetivos e solicitou-se a confecção de
animais marinhos com reciclagem, provando assim que com material descartável e
criatividade é possível brincar e surpreender. Procedeu-se então à medição e pesagem das
crianças, para saber quem está em seu peso e altura ideal, ou está acima e abaixo dela,
trabalhando conteúdos como, maior, menor, mais leve, mais pesado, iguais, e também abordar
a questão da alimentação saudável e na matemática, o uso de medidas de massa e
comprimento, com o uso de fita métrica e balança. O crescimento das crianças foi comparado
com o do Cavalo Marinho. Conforme Toledo( 2009), as medidas estão de tal forma presentes
em nossas atividades cotidianas, que não há como tratá-las de maneira isolada. Nas atividades
de artes, foi usada areia para trabalhar textura, animais marinhos com figuras geométricas,
dobradura do barquinho, releitura de obras de Romero Britto para explorar geometria.
Ampliou-se essa atividade com embalagens e objetos que as crianças trouxeram e que foram
classificadas e nomeadas em sala, finalizando com a criação de objetos com os sólidos
geométricos. De acordo com os PCNs- Matemática, se o trabalho com geometria for feito a
partir da exploração dos objetos do mundo físico, de obras de arte, pinturas, desenhos,
esculturas e artesanato, ele permitirá ao aluno estabelecer conexões entre a matemática e
outras áreas do conhecimento. Na embalagem de atum foram localizadas informações do
ANAIS – XXXFCMat

201
fabricante e do produto. Ao trabalhar com receitas, abordou-se
abordou se hábitos de higiene, tempo de
preparo e noções de divisão. As figuras de animais marinhos que os alunos trouxeram, foram
aproveitadas para fazer o cartaz e exploradas estimativas, maior, menor, classificação. A
importância do mar e o que ele nos dá e a necessidade de cuidarmos do nosso planeta foi
explorada, através da confecção de desenhos e posteriormente a confecção de uma maquete.
Nessa maquetee também foi explorada a geometria. O valor monetário foi explorado com a
criação de um Pesque-Pague.Pague. Textos, músicas e jogos permitiram trabalhar de forma
interdisciplinar, pois, acreditamos na importância dos jogos e desafios como metodologia de
ensino nas aulas de matemática, que necessitam, para poder jogá-los,
jogá los, da utilização de
conhecimentos matemáticos. “Um jogo desenvolvido pelo professor pode contemplar
diferentes objetivos em relação ao ensino de Matemática, dentre os quais se destacam:
exercitar o domínio de determinados algoritmos, desenvolver habilidades de cálculo mental,
construir determinadas ideias matemáticas bem como explorar dificuldades encontradas em
conteúdos específicos. (RIBEIRO,2009). Relacionamos os jogos que mais desafiaram as
crianças
nças na construção dos conhecimentos matemáticos: Barco do Saber, Batalha Naval,
Bingo de Animais Marinhos, Jogo da Memória de Animais Marinhos e Figuras Geométricas,
Trilha Ecológica, Monta Desmonta, Pescaria, Problemateca “ paralelamente, o trabalho com o
jogo pode estimular a formação de atitudes pessoais, tais como respeito aos colegas,
cooperação e iniciativa.(RIBEIRO,2009).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O tema da viagem ao litoral é que determinou as atividades e implicou na realização


de tarefas nas quais
ais se incorporaram conhecimentos, procedimentos e atitudes de áreas
distintas, de forma significativa e prazerosa. O projeto foi sendo construído a partir de
vivências, o que permitiu a participação ativa de toda a turma, mesmo os mais tímidos e
desmotivados,
dos, que se sentiram estimulados a falar, escrever, opinar, permitindo que as
crianças aprendessem a raciocinar de maneira mais lógica. É uma forma de motivar os alunos,
de fazê-los
los responsáveis por suas tarefas na escola, de tratá-los
tratá los como pessoas inteligentes
intelig e
capazes (SMOLE, p. 86) Em vários momentos buscou-se buscou se na teoria vygotskiana de
aprendizagem o apoio para o trabalho: na organização de atividades com sentido, que
permitissem a reflexão e pudessem ser apreendidas por todos os alunos, apesar de sua
diversidade;
versidade; nos trabalhos em grupo, oferecendo-lhes
oferecendo lhes a ajuda necessária; na investigação do
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

que já sabem, sendo este o ponto de partida para avançar; no estímulo aos seus avanços e
reconhecimento aos seus esforços; no estímulo à superação de suas dificuldades
dificuldade e ao maior
esforço possível; na construção do conhecimento, não apenas na reprodução de modelos
prontos.

CONCLUSÕES

Consideramos este projeto uma importante ferramenta para o desenvolvimento da


criança e para o aprendizado a partir da viagem ao litoral e do Ambiente Marinho, jogos,
rodas de conversa e outras tantas atividades que objetivam a construção de conhecimentos
úteis e significativos, com ênfase na Matemática. Todas as etapas favoreceram não apenas o

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
aprendizado de conteúdos, mas desenvolveram competências de relacionamento, postura,
organização, disciplina, cooperação, trabalho em equipe, permitiram desenvolver valores
éticos e morais e melhoraram a auto-estima das crianças. Professores e alunos, através da
articulação entre teoria e prática, tiveram assim oportunidade de aprender juntos, fazendo
escolhas, selecionando alternativas, testando limites, experimentando e inovando para
alcançar os objetivos propostos. Conclui-se que aprender com o ambiente marinho favorece
uma abordagem interdisciplinar e abre caminho para muitas possibilidades de realizar
atividades significativas e úteis para o desenvolvimento da criança.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, J. B: PITOMBEIRA F, Explorando o ensino – Matemática. Brasília:


Ministério da Educação, v. 17, 2010.

D’AMBRÓSIO, Ubiratan, Educação Matemática: da teoria à prática. Campinas:


Papirus,1996)

NACARATO, A. M: MENGALI, B. L. S; PASSOS, C. L. B, A matemática nos anos


iniciais do ensino fundamental. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

RIBEIRO, Flávia Dias, Jogos e modelagem na educação matemática. São Paulo: Saraiva,
2009.

SMOLE, Kátia Stocco et. All. Ler, escrever e resolver problemas. Porto Alegre:
Artmed, 2001.

Parâmetros Curriculares Nacionais – Meio Ambiente e Saúde/ Secretaria de Educação


Fundamental: Brasília: MEC/SEF, 1997.
.
Parâmetros Curriculares Nacionais – Matemática/ Secretaria de Educação Fundamental:
Brasília: MEC/SEF, 1997.

REVISTA DO PROFESSOR - nº 83 V.21 jul./set.2005, Porto Alegre, Aner.

TOLEDO, M; TOLEDO, M, Teoria e prática de matemática. São Paulo, FTD, 2009.


ANAIS – XXXFCMat

203
MATEMÁGICA – A MAGIA DOS LIVROS
A MATEMÁTICA NA ALFABETIZAÇÃO POR IMAGEM E
NÚMEROS1

GODIENSKI, Raissa Roberta2; FUNES, Letícia3;


PICCININ, Luciane Teresinha4; HEINRICHS, Tatiane5.

RESUMO: O desenvolvimento de atividades lúdicas para as séries inicias é fundamental para sua assimilação
com o conteúdo trabalhado, principalmente quando se trata de matemática. A matemática deve ser usada como
meio de reflexão, investigação, criação de hipóteses
hipóteses e para testar os diversos conhecimentos no mundo em que
estamos inseridos. Neste contexto a matemática é um caminho que leva o aluno a desenvolver conhecimentos
necessários ao exercício da cidadania no qual poderá aprender sempre, levando o saber além da escola. Sendo
assim foi possível investigar junto aos alunos o reconhecimento da importância dos números na vida, verificando
possíveis hipóteses quanto ao seu surgimento. A partir de então é que podemos propor diversas atividades
lúdicas ligadas ao cotidiano.
iano. Para isso proporcionou-se
proporcionou se aos alunos a construção de um livro em feltro sobre a
origem dos números, a origem da sua escrita, representação numérica, os numerais e operações matemáticas. Na
produção do livro em feltro o trabalho foi coletivo e os alunos
alunos demonstraram habilidades de recorte e colagem,
além de ter uma determinada sequência numérica. Considerou-se
Considerou se o conhecimento que os alunos já possuíam e
percebeu-se
se que o processo de assimilação é gradativo para cada aluno, pois existem diferenças de aluno
alu para
aluno, nem todo mundo aprende igual.

Palavras-chave: Aprendizagem. Atividades lúdicas. Contar. Ler. Números.

INTRODUÇÃO

A matemática está cada vez mais presente em nossas vidas até mesmo quando menos
percebemos. A relação da matemática com todas todas as outras ciências possui uma relação forte
com o mundo em que está inserida. Esta disciplina nos leva a desafios reais, pois neles somos
encorajados a duvidar, refletir, investigar, criar hipóteses e testar os diversos conhecimentos
no mundo onde estamos
mos inseridos.
Assim sendo, a escola, nossa sala de aula passa a ser um lugar de trocas de ideias, de
colaboração, compartilhamento e muitas vezes tomada de decisões. Neste contexto
destacamos que a matemática é um caminho que leva o aluno a desenvolver conhecimentos
co
necessários ao exercício da cidadania no qual poderá aprender sempre. levando o saber além
da escola.

MATERIAL E MÉTODOS
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

O trabalho desenvolveu-se
desenvolveu se em diversas etapas definidas para cada turma trabalhada,
sendo que as atividades foram desenvolvidas nas turmas de 1º, 2º e 3 º ano do Ensino
Fundamental. A parte inicial do projeto, que está dividida em três etapas, foi aplicada nas
turmas da seguinte forma:

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
Outras Disciplinas; Instituição: EEF Freya Hoffman Wettengel – Concórdia.
2
Aluna da Escola EEF Freya Hoffmann Wettengel.
Wettengel
3
Aluna da Escola EEF Freya Hoffmann Wettengel.
Wettengel
4
Professora Orientadora, EEF Freya Hoffmann Wettengel.
Wettengel
5
Professora Orientadora, EEF Freya Hoffmann Wettengel,
Wettengel tatiane_hey@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA
F CATARINENSE DE MATEMÁTICA
- Introduzir o conteúdo através da leitura de um texto e ouvir as hipóteses que eles
possuem sobre o processo de contagem;
- Fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos a respeito da
correspondência e a representação simbólica;
- Explorar detalhadamente o texto, propondo situações concretas de contagem
semelhantes às descritas;
- Ler o texto em voz alta e destacar as ideias principais;
- Explorar as palavras novas;
- Conversar com os colegas sobre as diferentes formas de contagem;
- Correspondência entre pedras, ovelhas, pedaços de pau, ossos e nós de cordas;
- Assistir o filme os “Os Croods”;
- Questionar aos alunos sobre a contagem que aparecia no filme;
- Produção da cena que mais gostou do filme;
- Usando os símbolos para contar e representar as quantidades.
Neste momento foi introduzido os algarismos através da leitura de um texto para a
compreensão dos alunos destacando as ideias principais e explorando as diferentes formas na
escrita dos números (Sistemas de Numeração), utilizando-se do recorte de jornais e revistas
nos quais aparecem os números. Desse modo foi possível explorar a sua utilização e produzir
um texto no coletivo sobre as propagandas encontradas.
A partir deste momento cada turma definiu a forma de elaboração do livro de feltro,
mas para isto o professor elaborou uma sequência a ser seguida:
No 1º ano, a professora utilizou-se do Livro “Beleléu e os números” do autor Patrício
Dugnani, como incentivo da leitura, além de confeccionar o personagem.
Montou-se um cronograma para os alunos da turma, onde os mesmos levaram para
casa o personagem e o livro, para conviver um dia na família. Após foi feito um relato de
experiência pelo aluno sobre a convivência do personagem da história com a família. Em
seguida iniciou-se o processo de montagem do livro de feltro sobre contagem dos algarismos.
O 2º ano, através da literatura de cordel, reescreveu a origem dos números. Cada aluno
produziu uma releitura desta literatura.
A professora utilizou-se do Livro “O valor de cada um” do autor Martins Rodrigues
Teixeira, como incentivo da leitura. Cada aluno levou o livro para casa como atividade
extraclasse para compartilhar na família o conhecimento matemático. Para isto o aluno relatou
a experiência vivenciada. E em sala de aula discutiu-se o valor dos números e confeccionou-
se o livro em feltro.
O 3ºAno reescreveu a formação dos números através da releitura de poesias
matemáticas. Utilizando-se de pesquisas bibliográficas sobre poesias. Após trabalhou-se em
sala de aula a produção de poesias matemáticas.
Posteriormente a turma também produziu o seu livro em feltro, determinando os
conteúdos de primeiras contagens matemáticas, números maias, números romanos, números
egípcios, quatro operações, sistema monetário e medidas de tempo, em sala de aula com todos
os alunos e com a colaboração da professora de Artes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
ANAIS – XXXFCMat

205
No processo ensino aprendizagem dos alunos observou-se
observou se através da leitura oral que
os alunos não tinham conhecimento prévio sobre o processo
processo de contagem. Nas discussões em
sala de aula percebeu-sese que os alunos sabiam que os números sempre existiram, mas não
conseguiam diferenciar números de algarismos.
Os conhecimentos prévios eram insuficientes para gerar aprendizagem, devido que o
saber comum não tinha sido explorado, para isto o texto discutido em sala de aula gerou
novas hipóteses fazem com que o aluno questionasse: Porque o 1 tem esse nome? Como
surgiu a contagem? Por que não existiam números e eles usavam pedras? Porque os números
eramm utilizados? Porque os números são diferentes? Por que mudaram tanto os
números?Porque tem somente nove?
Esses questionamentos fizeram com que o professor buscasse informações
bibliográficas para responder as dúvidas dos alunos, para isto assistiram o filme Os Croods, o
qual demonstrou a noção de tempo e espaço para os personagens.
O filme mostra a origem da vivência da família na era pré-histórica
pré histórica e os registros nas
paredes da história do homem e dos números, na relação familiar e convivência com a
natureza,
tureza, como também na sociedade primitiva.
Os alunos encantavam-se
encantavam se com tanta informação recebida, para isto a produção em
forma de desenhos expôs o conhecimento prévio sobre os conteúdos estudados.
Em sala de aula os alunos receberam o texto “História das
das Ovelhas” do autor Ewaldo
Biachini e Marcos Mianni no qual foram destacadas as ideias principais do texto,
representaram através de desenhos as quantidades sem identificar ainda os algarismos.
Ainda, nas discussões em sala de aula os alunos demonstravam interesse i e
participação em todas as atividades. Alguns alunos com certas dificuldades na escrita, e na
leitura, mas que aos poucos os mesmos demonstravam algumas habilidades como: auxiliar os
colegas, ajuda e interação intrapessoal.
Na produção do livro em feltro o trabalho foi coletivo. Os alunos deveriam demonstrar
as habilidades de recorte e colagem, além de ter uma determinada sequência numérica.
Avaliando-se
se o conhecimento dos alunos destacou-se
destacou se a importância de avaliar
observando cada aluno em seu ambiente
ambiente escolar, devido ao processo de assimilação de
conhecimento gradativo para cada aluno. Mesmo assim pode-sepode se observar que as dificuldades
em sala de aula existem e cada professor precisa encontrar estratégias de trabalho que venham
ao encontro do aluno de forma gradual e cumulativa.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

CONCLUSÃO

Apesar de a matemática ser considerada para muitos alunos uma disciplina custosa de
se compreender, é possível mostrar aos alunos a importância dos números na sua vida.
Nesta perspectiva a aprendizagem acontece quando
quando o aluno participa ativamente do
desenvolvimento de seu conhecimento, considerando que o papel do professor em sala de aula
é de mediador do conhecimento, por isso o projeto oportunizou a aplicação do conhecimento
adquirido dentro da sala de aula. O maior desafio foi desenvolver propostas significativas para
que o processo de alfabetização matemática aconteça em qualquer espaço, mostrando a sua
importância no dia a dia.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA
F CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Partindo deste princípio o projeto tem como objetivo a construção de conhecimentos
matemáticos como forma de alfabetização a partir de atividades significativas que envolvam o
cotidiano do aluno, estimulando a aprendizagem através da leitura, escrita e cálculo. Levando
a instigar no aluno formação de conhecimento através da construção de um livro matemático
com imagens e números. Assim sendo, o aluno deverá conhecer a origem dos números e a sua
evolução ao longo da história.
Para utilizar os conhecimentos adquiridos na resolução de problemas, através do
raciocínio lógico matemático de forma lúdica e divertida afim de confeccionar o livro
matemático através de recorte e colagem em feltro.
Com essa forma de trabalhar os números, constatou-se que a ludicidade das atividades
as torna mais atraentes para os alunos, facilitando sua aprendizagem e despertando maior
interesse em buscar fora da escola formas de assimilar o conteúdo trabalhado em sala de aula.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares


nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997. 142 p.

ANTUNES, Celso. Como desenvolver conteúdos explorando as inteligências


múltiplas: Fascículo 3. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. 55 p.

DANTE, Luiz Roberto. Matemática. São Paulo: Ática, 2012.

DUGNANI, Patrício. Beleléu e os números. 2. ed. São Paulo: Paulinas, 2011. 32 p.

MACHADO, Silvia Dias de Alcântara. Aprendizagem em Matemática: registros de


representação semiótica. São Paulo: Papirus, 2003.

OS CROODS. Direção de Chris Sanders e Kirk de Micco. Eua: DreamworksAnimation,


2013. (98 min.), son., color.

PADOVAN, Daniela; GUERRA, Isabel Cristina,MILAN, Ivonildes, Projeto prosa:


Alfabetização Matemática - 2º Ano. 4. Ed. São Paulo: Saraiva,2011.

TEIXEIRA, Martins Rodrigues. O valor de cada um. São Paulo: FTD, 2008. 23 p.

TOLEDO, Marilia; TOLEDO, Mauro. Didática de matemática: Como dois e dois. São
Paulo: FTD, 1997.
ANAIS – XXXFCMat

207
MATEMÁTICA CIDADÃ1

REGIS, Djeniffer Natale Miranda2; BURKHARD, Melize Mewes3;


BONA, Monique Vieira4; CORRÊA, Cíntia Rejane5.

RESUMO: O trabalho “MATEMÁTICA CIDADÔ visa abordar conceitos matemáticos por meio do
desenvolvimento da cidadania nos alunos dos 4o anos do Ensino Fundamental na Escola de Ensino Fundamental
Polidoro Santiago, através das diversas disciplinas do currículo do período integral, porém com ênfase na
disciplina de matemática sendo que a orientação coube à professora Monique Vieira Bona. O presente trabalho
tem como objetivo compreender a cidadania como participação
participação social e política bem como o exercício de
direitos e deveres políticos, sociais e civis, posicionando-se
posicionando se de maneira crítica, responsável e construtiva nas
mais diversas situações, procurando sempre utilizar-se
utilizar se do diálogo como forma de mediação para
pa conflitos e
tomadas de decisões. Entende-sese que é na escola que o aluno encontra novas experiências, através da construção
de conceitos e argumentos críticos, criando assim, uma postura independente na formação de ideias. Nesse
contexto, a matemática criaia vínculos com a temática fornecendo instrumentos necessários para uma avaliação
das consequências de nossas decisões. Assim sendo, a essência do comportamento ético resulta do conhecimento
das consequências das decisões que tomamos.

Palavras-chave: Cidadania. Ser Político


olítico. Eleições.

INTRODUÇÃO

A origem da palavra “política” é grega e foi utilizada por vários filósofos na Grécia
Antiga. Entretanto, o de melhor compreensão foi escrita por Aristóteles. Segundo ele, todo
homem é um animal político, pois necessita
necessita da companhia de outras pessoas, ou seja, diz
respeito às regras de organização e objetivos da comunidade, enfim, refere-se
refere à vida comum.
Portanto, é possível afirmar que é real a necessidade do homem de participar politicamente
para ser realmente um m ser humano, no sentido de que este é um ser que se relaciona com os
outros, não somente por sobrevivência, mas porque sua própria natureza assim o exige.
O homem é livre para decidir sobre seu próprio destino, que acontecerá conforme sua
deliberação, mesmo que esta deliberação não seja explícita. Portanto, a liberdade está na
potencialidade do indivíduo tomar decisões que tragam consequências para a sua vida e
especialmente para a vida social. A liberdade deve ser entendida nesse sentido político.
Mesmoo diante da inegável justificativa que ninguém pode viver sem tomar decisões,
muitas pessoas insistem em não tomá-las,tomá las, seja por comodismos ou por medo da
responsabilidade, medo esse dissimulado atrás de um desprendimento de acatar de boa
vontade o que os outrosutros decidirem. Não percebem que não decidindo, estão decididos a
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

permitir que outros decidam em seu lugar. Permissão que poderá acarretar grandes prejuízos e
um arrependimento sem cura e tornam-se
tornam se espontaneamente pessoas inferiores e deixam de
utilizar dee sua liberdade. A omissão impede o sistema de ser democrático tendo em vista que
a democracia é onde as decisões são tomadas com liberdade e se respeita a vontade da

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição:
ituição: EEF Fundamental Polidoro Santiago – Timbó.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EEF Fundamental Polidoro Santiago, kuko13@ibest.com.br.
5
Professora Orientadora, EEF Fundamental Polidoro Santiago, cintiarejanecorrea@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
maioria. A omissão de tomar decisões pela maioria deixa a minoria decidir. Isso não é
democracia. Portanto, participação política é o mecanismo onde se realizam as decisões.
A participação política é um dever de todos, é importante que exista, porque através
dela todos podem exercer a sua vontade e tomar consciência do que está sendo feito e como
está sendo feito.
Apesar da importância desta temática, existe uma fração de indivíduos que no seu agir
politicamente procuram, nada mais, nada menos, que beneficiar-se. Se limitam a dizer que
não gostam ou que não entendem de política. O processo de conscientização que conduz a
uma participação ativa passa pela construção e recriação de uma cultura política que permita
uma avaliação não apenas a partir do bom senso. E preciso entender que participação política
não é apenas participação eleitoral, e muitas vezes é mais eficiente por outros meios.
Podemos entender então que o papel fundamental da educação no desenvolvimento
das pessoas e das sociedades amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para
a necessidade de construir uma escola voltada para a formação de cidadãos. O compromisso
com esta construção pede necessariamente uma prática educacional voltada para a
compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal e
coletiva.
Assim, tanto educadores como escola, enquanto estrutura organizacional educativa,
não podem perder de vista que a construção da identidade da escola passa, primeiramente,
pela construção individual da identidade de seus membros, que são sujeitos desse processo,
como também do processo do conhecimento, que nessa escola se desenvolve.
Neste sentido, é que desenvolvemos uma atividade de aprendizagem sobre política e
eleições, privilegiando atitudes éticas e cidadãs favorecidas pelo conhecimento científico.
Nesta atividade foram adotadas abordagens metodológicas que permitiram aos alunos
identificar problemas, levantar hipóteses, reunir dados, refletir sobre situações e
principalmente, aplicar os conhecimentos adquiridos.
Para adquirirmos conhecimentos sobre ética, cidadania, política e eleições, realizamos
atividades diversas como entrevistas, visitação à órgãos públicos, construção de maquete,
registros por meio da escrita, dramatizações, construção do glossário político, confecção de
um livro de memórias políticas timboenses, mesa redonda com ex-prefeitos e ex-vereadores
do município de Timbó, palestra com o Cartório Eleitoral da 32ª Zona Eleitoral de Timbó,
criação e execução de campanhas fictícias entre os alunos, entre tantas outras.

MATERIAL E MÉTODOS

Dentro do referencial teórico que fundamenta a Proposta Curricular de Santa Catarina


adota-se a alinha do sócio interacionismo. É nesta perspectiva que as escolas estaduais tem
seu trabalho permeado pela Atividade de Aprendizagem (Teoria da Atividade), ou, deveriam
ter, pois a aprendizagem só é significativa e relevante quando ela tem valor para quem
aprende. A Atividade de aprendizagem, assim “constitui-se de um conjunto de ações e
operações direcionadas por um motivo, para atingir determinada finalidade” (SANTA
CATARINA, 2000, p.16).
É condição para uma atividade de aprendizagem que aquele que aprende (o aluno)
tenha um motivo para aprender, veja uma finalidade em aprender e sinta uma relação com do
ANAIS – XXXFCMat

209
aprendido com a sua vida. Vale ressaltar que, por mais motivos que o professor tenha,
te por
mais que ele veja uma finalidade e pro mais sentido que faça para ele o que quer ensinar aos
alunos, se o mesmo não ocorrer com eles, não ocorre uma atividade de aprendizagem.
As atividades de aprendizagem não ocorrem espontaneamente. Não é possível
possív pensar
um processo de aprendizagem baseado em atividades que vão surgindo, uma após a outra, e
acordo com o interesse manifestado pelos alunos. O professor é responsável pela elaboração
das atividades e pela sua condução. Isto implica selecionar e problematizar
problematizar temáticas, apontar
finalidades e criar motivos para os alunos quererem abordar as temáticas escolhidas. É
importante lembrar que essas atividades, para se constituírem em atividade de aprendizagem,
precisam despertar nos alunos a vontade de realizá-las.
realiz las. Do ponto de vista do professor, serão
sempre apenas atividades de ensino.
A ênfase dada à disciplina de matemática deu-se
deu se naturalmente, pois ela se fazia
presente em todos os momentos. Conceitos matemáticos como sistema de medidas
(comprimento, tempoo e monetário), tratamento da informação, resolução de problemas e
geometria foram trabalhados de forma integrada e aplicada, fazendo-se
fazendo se o estabelecimento de
relações aos cotidiano escolar dos alunos.
A matemática surgiu como um instrumento de organização das condições da vida
cotidiana, de modo diferente em cada cultura. Ela está presente em tudo o que nos cerca, com
maior ou menos complexidade. BOFF (1997, p.00) nos coloca “(...) cada um lê e relê com os
olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir
partir do mundo que habita”.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O nascimento de novos cidadãos, não como algo pronto, acabado, mas como
revolução permanente, é um dos atuais desafios na educação. Apesar de todo ser humano ser
essencialmente político, não torna esta tarefa espontânea e nem fácil.
O ambiente escolar requer
requer espaço de formação e informação, em que a aprendizagem
de conteúdos deve necessariamente favorecer a inserção do aluno no dia-a-dia
dia das questões
sociais marcantes e em um universo cultural maior.
Neste sentido, a atividade de aprendizagem “Matemática Cidadã” Cidadã” proporcionou
atividades de formação distinta e cada qual com sua especificidade, uma vez que esta prática
pedagógica requer um trabalho articulado entre as disciplinas. Para NÓVOA (1997, p.26) “a
troca de experiências e a partilha de saberes consolidam
consolidam espaços de formação mútua, nos
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

quais cada professor é chamado a desempenhar, simultaneamente, o papel de formador e de


formando”.
Podemos afirmar que, esta atividade de aprendizagem foi, primeiramente, um desafio
para os próprios educadores. Como auxiliares
auxiliares na formação de caráter, precisavam incutir
conceitos éticos e de cidadania, sem expor suas posições pessoais frente à esta temática.
Entretanto, foi fundamental para os educadores, “refletir sobre a especificidade desta etapa da
vida e sobre como adequar
quar sua organização, sua forma de intervenção, de modo a contribuir
para que os alunos possam refletir criticamente sobre os valores que possuem, os que
procuram experimentar e os que estão à sua volta” (BRASIL, 1998, p.74).
Para que nossos alunos possam tornar-se se indivíduos democráticos, oportunizamos
espaços para que os mesmo pudessem praticar a democracia, falando o que pensavam,

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
submetendo-os à expor suas ideias e juízo sobre outros, fazendo escolhas e assumindo
responsabilidades sobre elas.

CONCLUSÕES

Compreender as atuais mudanças no ensino é uma tarefa hercúlea e sabemos que


existem inúmeros obstáculos e dificuldades para que elas se efetivem. No entanto, revisar,
repensar, questionar, investigar, intervir no processo ensino-aprendizagem, aceitar e promover
mudanças se faz necessário.
A capacidade de propiciar a construção do conhecimento sem dúvida é uma das
maiores contribuições do professor no processo de aprendizagem. Porém, só há sentido em
“ensinar” se ele for capaz de colocar-se à disposição do educando e de adaptar-se à sua
linguagem, à sua maneira de ser, proporcionando assim, a autonomia intelectual, o
desenvolvimento das suas potencialidades e a sua interação com o grupo.
Para que se possa atingir o compromisso assumido de possibilitar a construção de
conhecimentos matemáticos de forma significativa e prazerosa, é que desenvolvemos esta
atividade de aprendizagem, onde foram oferecidas aos educandos oportunidades de vivenciar,
descobrir e produzir ideias matemáticas. Para tanto, priorizamos situações que geram e
propiciam a necessidade de contato e diálogo da matemática com práticas sociais reais, com
outras linguagens e formas de expressão e, também, dentro da própria matemática,
explorando seus conteúdos de forma integrada e não-compartimentada.

REFERÊNCIAS

BOFF, Leonardo. A águia e a galinha. Petrópolis: Vozes, 1997.

BRASIL, Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro


e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

MANZANO, Rodrigo dos Santos. Para arquitetar uma democracia. Revista Filosofia, ciência
& vida. São Paulo, p. 62-70. Ago., 2012.

NÓVOA, Antônio (org.). Os professores e sua formação. Lisboa-Portugal: Dom Quixote,


1997.

SANTA CATARINA, Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Tempo de aprender:


subsídios para as classes de aceleração de aprendizagem nível 3 e para toda a escola.
Florianópolis: DIEF, 2000.
ANAIS – XXXFCMat

211
MATEMÁTICA E SUSTENTABILIDADE NO PAÍS DA COPA1

JESUS JUNIOR, Antonio Valmir de2; ZANOL, Izamara Carla3; ZANESCO, Claucí Corradi4.

RESUMO:: O projeto Matemática e Sustentabilidade no país da Copa objetiva desenvolver conceitos


matemáticos envolvendo as dimensões sociais, culturais, econômicas e ambientais engendradas pela realização
da Copa do Mundo no Brasil. Foram utilizadas pesquisas de campo
campo e bibliográfica, relacionando as dimensões
macro como cidades sedes da Copa e estádios e micro como a EEB Frei Crespim e a comunidade local. Nesta
análise de dados foram explorados e aplicados conceitos matemáticos envolvendo campos numéricos, geometria
geometr
plana e espacial, tratamento da informação e sistemas de medidas de modo significativo e contextualizado. Os
conceitos de sustentabilidade permeiam todo trabalho possibilitando ao aluno refletir sobre seus hábitos e
oportunizar estratégias sustentáveis a sua família e comunidade local.

Palavras-chave:: Conceitos Matemáticos. Ações Sustentáveis. Interdisciplinaridade. Copa do Mundo. Realidade


Escolar e Local

INTRODUÇÃO

O povo brasileiro é apaixonado por futebol. Ao ser anfitrião da Copa do Mundo esta est
paixão se intensifica e todos passam a dialogar sobre as diferentes dimensões deste evento tão
especial. Ainda que marcado por polêmicas, manifestações prós e contrárias que tomaram as
ruas brasileiras permeando redes sociais e mídia. Na Escola esta situação
situação não é diferente, os
alunos têm muitas curiosidades e interesse sobre este tema. Este fato justificou a realização do
projeto “Matemática e sustentabilidade no país da Copa”, que objetivou desenvolver
conceitos matemáticos envolvendo as dimensões sociais,
sociais, culturais, econômicas e ambientais
engendradas pela realização desta Copa do Mundo.
Mais que estudar a competição de forma isolada, o projeto buscou analisar de forma
crítica através de pesquisas nos níveis macro e micro diferentes dimensões que contribuem
contri e
estão presentes no evento. Por ser considerada a primeira Copa Verde foram enfocadas e
analisadas questões de sustentabilidade dialogando com novas formas de viver e se relacionar
com as pessoas e com o meio ambiente numa nova proposta conhecida como com
ecodesenvolvimento.
Assim, acreditou-se
se ser possível dar suporte para que os alunos pudessem munir-se
munir de
argumentos para posicionar-se se com relação a realização da copa do Mundo no Brasil. E desta
forma “tomar como ponto de partida a prática do aluno, suas suas experiências acumuladas; sua
forma de raciocinar, conceber e resolver determinados problemas. [...]outras formas de saber e
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

compreender [...] os conhecimentos matemáticos produzidos historicamente (FIORENTINI


apud SANTA CATARINA, 1998, p. 68).
Para a construção
strução desta análise foi necessário explorar diversos conceitos matemáticos
que permitiram visualizar, constatar dados, calcular e apontar novas possibilidades de
resolução de situações problemas que se apresentaram de forma concreta durante o trabalho
quee se desenvolveu com alunos do 5ª ano da EEB Frei Crespim no período de maio a agosto
de 2014.
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas;
isciplinas; Instituição: EEB Frei Crespim – Ouro.
2
Aluno do 5º Ano do Ensino Fundamental, antonio.valmirjr@gmail.com
3
Aluna do 5º Ano do Ensinoo Fundamental, izamarazanol@gmail.com
4
Professor Orientador, EEB Frei Crespim, claucizanesco@hotmail.com.
claucizanesco@hotmail.com

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
MATERIAL E MÉTODOS

O presente estudo desencadeou-se em etapas distintas, porém indissociáveis através de


pesquisa exploratória, sendo os procedimentos de coleta de dados participativa e análise de
dados mistos (quantitativo-qualitativos), tendo como fonte de informações a pesquisa de
campo e bibliográfica.
Na etapa I foi realizada a introdução do projeto, com estudo da história das Copas do
Mundo e principais características dos países participantes. Na sequência, foi pesquisado o
tratamento dos resíduos sólidos no Brasil, em especial as ações implementadas a partir da
realização desta Copa. Neste estudo realizaram-se pesquisas bibliográficas sobre a produção e
destinação de resíduos nos estádios, cidades sedes da Copa. A temática foi transposta para a
realidade, através da pesquisa-ação com pesquisa de campo sobre a produção e destinação dos
resíduos sólidos na EEB Frei Crespim. Foram focados conceitos como: porcentagem, regra de
três simples, gráficos, tabelas e câmbio.
Durante a II etapa foi construída a maquete do estádio Mané Garrincha e pesquisado o
investimento em ações sustentáveis como captação de água e instalação de placas de energia
solar. Foram tabelados dados referentes e comparados aos dados coletados através da
pesquisa de campo na cisterna existente na Escola. Esta atividade culminou na construção de
um pluviômetro e de um aquecedor de água com material alternativo como proposta para
economia de energia. Neste momento foram abordados os conceitos de área, volume, sistemas
de medidas, além de conceitos na área ambiental de modo transversal.
A III etapa compreendeu o estudo do campo de futebol, palco do evento em pauta,
onde foi estudada, através do geoplano construído pelos alunos, geometria plana: linhas
paralelas, perpendiculares, concorrentes, ângulos e transformações de quadriláteros. Foi
visitado o campo de futebol da comunidade trabalhando e aplicando os conceitos de área,
perímetro e comparando suas medidas às de um campo de futebol oficial. Por fim abordada a
geometria das bolas da Copa influenciadas pelos sólidos de Platão que foram estudados,
planificados e apresentados de formas truncadas nas bolas de futebol.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir do desenvolvimento do projeto constatou-se maior interesse dos alunos pela


matemática, pois os conceitos estudados podiam ser aplicados na busca de respostas para
temáticas que eram de seu interesse e discutidas além das paredes escolares. Outro fator
determinante na qualificação do processo educativo foi o fato de transpor o tema estudado em
nossa realidade local, demonstrando a aplicabilidade dos conceitos de forma real e
significativa.
O conhecimento socialmente relevante para o aluno é aquele que é capaz de
desenvolver suas capacidades cognitivas, que permite produzir significados,
estabelecer relações, justificar, analisar e criar. Estes são requisitos básicos para a
formação da cidadania no sentido de que possibilitam ao Homem: ler, compreender
e transformar a realidade em sua dimensão física e social. (SANTA CATARINA,
1998, p.107)
ANAIS – XXXFCMat

213
Como exemplo desta relação entre as dimensões macro (cidades sedes da Copa e
estádios) e micro (realidade escolar e local) pode-se
pode se destacar a pesquisa e análise de dados
da
referentes a produção, classificação e destinação de resíduos sólidos nas cidades sedes, no
estádio Mané Garrincha e na EEB Frei Crespim.

Tabela 1: Pesquisa bibliográfica sobre quantidade de lixo classificado produzido por pessoa durante os
dois primeiros
prime jogos no Estádio Mané Garrincha
Quantidade de lixo Média
Jogo Tipo de lixo Público
(kg) per capita (Kg)
1º jogo: Equador e 3.000 Seco 68.352 0,043
Suíça 7.000 Orgânico 68.352 0,102
4.000 Seco 68.748 0,058
2º jogo: Costa do
Marfim e Colômbia 6.700 Orgânico 68.748 0,097
Fonte: Os autores (2014)

Tabela 2: Pesquisa de Campo, com pesagem da produção de resíduos sólidos durante o período de cinco
dias na EEB Frei Crespim e constatação da média diária e anual per capita:
Média diária: Quantidade de Média per capita
alunos de produção (Kg)
11,5 + 9,2 +11,6 + 6,3 +5
207 0,042
5 = 8,7 kg
Média Anual:
207 8,425
8,7 x 200 dias letivos: 1.744 Kg
Fonte: Os autores (2014)

Do mesmo modo ao analisar a captação de água no estádio Mané Garrincha, coletou-


coletou
se como dados um investimento de R$ 300.000.000,00, com capacidade de captação de 1.400
m³ e uma área de captação de 68.000 m². Ao estabelecer um paralelo realizou-se
realizou uma
pesquisa
isa de campo, percebeu-se
percebeu se a importância da instalação de cisterna, pela economia de
água potável e também pela questão financeira.
A partir do gráfico abaixo foi encontrada a média do gasto mensal de água que é de 34
m³. Sabendo que a quantidade de água gastagasta da cisterna é de 20 m³ mensais, analisa-se
analisa que
gera uma economia de R$ 124, 00 mensais e R$ 1.448,00 anuais.

Gráfico 1: Consumo de água da Companhia pela EEB Frei Crespim no período de março de 2013 a
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

janeiro de 2014.
60

40

20 Quantidade gasta com


0 a Companhia de Água
mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/14 em m³

Fonte: os autores (2014)


Outro ponto relevante foi a visitação no campo de futebol da comunidade, onde pôde-
pôde
se explorar os conceitos de área e perímetro, ampliados, com uso do geoplano, o estudo de

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
linhas, ângulos e figuras poligonais. Além disto, a promoção da saúde através do incentivo a
prática esportiva das crianças na comunidade onde residem.

Fotografia 1: Visita de estudo no campo de futebol da comunidade, explorando os conceitos de área e


perímetro.

Fonte: Os autores (2014)

Por fim é relevante considerar o aprendizado das questões ambientais e sustentáveis


como alternativas para a promoção da qualidade de vida e que atreladas às habilidades
matemáticas, históricas e linguísticas adquiridas revelam a real construção da cidadania e
fortalecimento do papel social da Escola.

CONCLUSÕES

Acredita-se, com este projeto ter alcançado não somente a construção de importantes
conceitos matemáticos que envolvem campos numéricos, geometria, tratamento da
informação e sistemas de medidas, mas abordá-los de forma contextualizada e significativa.
Pesquisar as dimensões sociais, culturais, ambientais e econômicas que envolveram a
realização da Copa do Mundo permitiu aos alunos compreenderem melhor o país e a
comunidade onde vivem.
Como principal resultado aponta-se para a aplicabilidade dos conceitos matemáticos
apreendidos no cotidiano do aluno de forma que o mesmo possa refletir e agir sob o ambiente
local. Observou-se também maior envolvimento e preocupação com a produção e destinação
dos resíduos sólidos da EEB Frei Crespim em situações cotidianas. O consumo consciente de
água e energia também está mais presente nas falas e ações dos alunos.
Com isso, conclui-se que a matemática é um importante campo científico na
construção do conhecimento pelo aluno e na forma como pode se relacionar no meio em que
vive na busca pela resolução dos problemas que se apresentam cotidianamente. Em razão do
interesse dos alunos e da comunidade escolar envolvida pela temática acredita-se que mesmo
após o término da Copa do Mundo o projeto possa ser continuado e ampliado, especialmente
com relação às ações sustentáveis realizadas pela Escola e comunidade local. Para tal, os
conceitos matemáticos estarão sempre presentes possibilitando a coleta e análise de dados
ANAIS – XXXFCMat

215
relevantes para a resolução das situações de problemas
problemas apresentadas a fim de melhorar a
aprendizagem e a qualidade de vida das pessoas através das mudanças de hábitos.

REFERÊNCIAS

SANTA CATARINA. Proposta Curricular de Santa Catarina: Disciplinas Curriculares.


Matemática. 1998. Disponível em:
<http://www.sed.sc.gov.br/secretaria/documentos/cat_view/89
w.sed.sc.gov.br/secretaria/documentos/cat_view/89-ensino/156--proposta-
curricular/158-1998/232-disciplinas
disciplinas-curriculares>.
curriculares>. Acesso em: 10 maio 2014.

_________________Proposta
Proposta Curricular de Santa Catarina: Formação Docente para
Educação Infantil e Séries Iniciais.
Iniciais. Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Ensino da
Matemática. 1998. Disponível em:
<http://www.sed.sc.gov.br/secretaria/documentos/cat_view/89
<http://www.sed.sc.gov.br/secretaria/documentos/cat_view/89-ensino/156-
-proposta-
curricular/158-1998/233-formacao
formacao-docente>. Acesso em: 10 maio 2014.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
MATEMÁTICA EM TODA A PARTE1

LASARIS, Jiulliana Nenhaus2; NETO, Sylvio Fillagranna3; LEITE, Morgana Grabowski4.

RESUMO: A matemática está incluída em todos os lados dos quais podemos imaginar, principalmente dentro
de uma sala de aula. Diante disto, os alunos do 4° Ano matutino, da Escola de Educação Básica “Lindo
Sardagna”, foram instigados a descobrir a matemática escondida dentro da sala de aula, na escola e em suas
casas. Para que os alunos consigam perceber onde podemos encontrar a matemática, primeiramente foram
expostos os conteúdos decorrentes do ano letivo do 4° ano, após explicações destes e exercícios, foi proposto aos
alunos para descobrissem como encontrar estes assuntos na sala de aula. Os assuntos trabalhados no trabalho
foram: a fatoração básica (adição, subtração, multiplicação e divisão), as unidades de medida de comprimento,
sólidos geométricos (corpos redondos e poliedros) e frações. Desta forma, os alunos conseguiram compreender
conteúdos abstratos, de maneira simplificada e que observando e tocando os objetos, a matemática fica mais fácil
de ser entendida.

Palavras-chave: Matemática. Sala de Aula. Currículo escolar.

INTRODUÇÃO

A matemática está presente na humanidade desde os tempos mais remotos, com o


passar do tempo o ser humano foi desenvolvendo maneiras mais fáceis de compreender a
matemática.
Para que os alunos do 4° ano descobrissem que aprender matemática é mais fácil do
que imaginamos, os mesmos foram ensinados a observar que a matemática e todos os
conteúdos deste ano estão presentes de alguma forma dentro da sala de aula; como por
exemplo, os sólidos geométricos nas cadeiras e carteiras, e as frações nas janelas.
Com isso tornamos o aprendizado do aluno, algo mais natural e o mesmo quando
chega a sua casa ou em qualquer outro lugar consegui assimilar o que aprendeu dentro da sala
de aula com o mundo que esta a sua volta.

METODOLOGIA

Para melhor os estudos na disciplina de matemática dos alunos do 4° ano matutino, da


Escola de Educação Básica “Lindo Sardagna”, do município de Dona Emma, foram
desenvolvidas diversas atividades com o conteúdo programado para o ano letivo, tais como:
adição, subtração, multiplicação e divisão; sólidos geométricos, unidades de medida de
comprimento e frações (conteúdo trabalhado no 1° semestre do ano de 2014).
a. Adição, subtração, multiplicação e divisão
Com os fatores básicos da matemática (adição, subtração, multiplicação e divisão)
trabalhamos inicialmente com a revisão destes conteúdos, e o maior aprofundamento da
multiplicação e divisão, após este trabalho inicial, os alunos foram divididos em grupos de
quatro a cinco crianças, que foram desafiados a desenvolver quatro questões-problemas com

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EEB “Lindo Sardagna” – Dona Emma.
2
Aluno do 4° Ano do Ensino Fundamental da EEB “Lindo Sardagna”.
3
Aluno do 4° Ano do Ensino Fundamental da EEB “Lindo Sardagna”.
4
Professor Orientador, EEB “Lindo Sardagna”, morganagrabowski@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

217
os quarto fatores básicos, cada grupo recebeu um fator básico e observando a sala de aula e
todos os objetos existentes dentro dela desenvolveram estas questões.
Esta atividade foi desenvolvida primeiramente em uma manhã, onde com o auxilio da
professora nos grupos, foram sendo criadas as questões, algumas equipes tiveram maior
desenvoltura na realização e criação das mesmas, e até mesmo surpreenderam a professora,
com sua criatividade. Já outras duas equipes tiveram mais dificuldade e necessitaram de um
auxilio maior para o desenvolvimento das questões, principalmente o grupo que recebeu o
fator divisão.
No decorrer da atividade os alunos tiveram que escrever as suas questões-problemas
questões
em seus cadernos e posteriormente
eriormente uma pessoa escrever em uma folha suas questões para que
a professora revisasse e corrigisse possíveis erros de língua portuguesa ou nas próprias contas.
No dia seguinte, os alunos se reuniram novamente nos grupos e passaram duas
questões para o cartaz, que foi exposto na sala de aula.
b. Unidades de medida de comprimento
Atendendo ao conteúdo do 4° ano, foram ensinadas aos alunos algumas as unidades de
medida de comprimento existentes. Primeiramente, explicou-se
explicou se a eles que antigamente não
existiam as unidades de medida de comprimento como a régua para medir os centímetros ou
uma trena para medir metros, mais como o ser humano fazia isso? Ele usava as próprias
partes de seu corpo para medir as coisas, como a polegada, o palmo, a jarda e o pé
(BONJORNO NO et. al 2012). Os dias atuais, de acordo com Padovan et. al (2011, pág. 120) “
Ao medir comprimentos, pode ser necessário usar diferentes unidades de medida, como, por
exemplo, metros e centímetros”.
A partir destas explicações, os alunos individualmente
individualmente mediram alguns objetos, como
lápis, caderno e carteira por meio da polegada; com o palmo mediram a cadeira, janela e a
porta; e com a régua (unidade de medida usada com maior frequência na sala de aula)
mediram a altura da mesa da professora, a altura da sua cadeira, a largura da carteira, o
comprimento do seu próprio caderno e de seu lápis.
Após esta atividade individual, os alunos foram divididos pela professora em grupos,
onde cada grupo recebeu por meio de sorteio uma unidade de medida de comprimento para
que juntos medissem alguns elementos presentes na sala de aula. Eles mediram as cadeiras,
carteiras, a mesa da professora, a porta da sala de aula, a janela, o armário e o quadro branco.
Para que as medições tivessem um padrão, a professora desenhou no EVA um pé, uma
polegada, um palmo e uma jarda, e os alunos utilizaram estes materiais para fazer as
medições.
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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Esta foi uma atividade muito interessante, pois os alunos aprenderam a trabalhar em
equipe, ajudando um ao outro a medir, fazendo anotações no caderno de matemática.
Após as medições, os alunos se reuniram nos grupos e escreveram em cartazes os
resultados, depois de terminarem os mesmos, foram expostos dentro da sala de aula, para que
todos os alunos pudessem comparar uma unidade de medida com a outra.
c. Sólidos geométricos
Os alunos foram instigados a encontrar os sólidos geométricos existentes dentro da
sala de aula. Isto gerou algumas discussões dentro da sala e após a professora demonstrou os
sólidos geométricos que temos dentro da sala. Neste Neste primeiro momento, os alunos
aprenderam sobre os sólidos geométricos chamados de corpos redondos e poliedros.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Os alunos aprenderam que os corpos redondos são aqueles que rolam com maior
facilidade, pois possuem uma de suas faces arredondadas, como o cone, o cilindro e a esfera.
Já os poliedros, são formados por superfícies planas, como o quadrado, o retângulo e o
triângulo. (BONJORNO et. al, 2012)
Aprenderam que os poliedros são aqueles que possuem somente superfícies planas, ou
seja, são aqueles que possuem faces, arestas (encontro de duas faces) e vértices (encontro de
três ou mais arestas).
Após estas explicações os alunos, fizeram uma atividade onde observaram os objetos
da sala de aula e escreveram em seus cadernos os corpos redondos e os poliedros. Alguns
corpos redondos da sala de aula são: a lixeira, as lâmpadas, partes das cadeiras e carteiras; já
os poliedros são: a própria sala de aula, o quadro branco, os cartazes, o armário e a televisão.
d. Frações
O último conteúdo estudado no 2° bimestre pelo 4° ano foram as frações,
primeiramente a professora explicou as frações por meio do planeta Terra, onde dividiu-se ela
em 10 partes, sendo que estas 7 partes estão cobertas da água, então temos uma fração da água
existente na Terra, que é de 7/10. Após mais alguns exemplos de frações com diversas formas
geométricas. Aprenderam a ler as frações, e descobrindo que “O número de cima chama-se
numerador e o número de baixo chama-se denominador”. ( PADOVAN ET AL. 2011, pág.
138)
Após algumas atividades para que conseguisse entender as frações, eles foram
instigados a ver as frações que existem dentro da sala de aula, primeiramente a professora
pediu para que os alunos observassem as janelas da sala de aula, onde uma parte delas foi
aberta e outra fechada, sendo que as janelas da sala de aula tem 10 partes, divididas em 5 na
parte superior e 5 na inferior, onde podemos abri-las por estas partes, estas são 4 na sala de
aula, temos outras 3 janelas, de menor tamanho, que são compostas por 3 partes, onde
podemos abrir somente duas delas; os alunos ganharam uma folha branca e desenharam as
janelas e as respectivas frações que existem nelas.
Além desta atividade os alunos foram instigados a fracionar a si mesmos, divididos
entre meninos e meninas, como temos 18 alunos, que são a parte total da fração, este se torna
o denominador, fracionando os meninos que são 07, formamos a fração 7/18; fracionando as
meninas que são 11, temos a fração de 11/18.
e. Maquete
Para a melhor apresentação do trabalho desenvolvido pela turma do 4° ano matutino,
construímos uma maquete da sala de aula, onde os alunos trouxeram caixinhas de fósforo e
remédio, e criamos uma versão em miniatura da sala, os alunos pintaram a sala de aula,
fizeram as miniaturas dos cartazes, pintaram as carteiras, com o auxilio da professora, que
com a cola quente colou todos os objetos e terminou de fazer as cadeiras e carteiras que
precisavam ser coladas.
Foi uma atividade diferente do normal, pois além de ser um trabalho em equipe, os
alunos tiveram que ser criativos e observar todos os elementos que compõem a sala de aula, e
descobriram como recriar o ambiente que passamos 4 horas diárias é interessante.
ANAIS – XXXFCMat

219
CONCLUSÃO

Aprender matemática, podendo ver e tocar objetos torna o aprendizado mais


agradável. E vendo que a matemática é mais simples e que está presente em todos os lugares
que podemos imaginar. Além de desenvolver nos alunos, aspectos de companheirismo, já que
tiveram de trabalhar em grupos para desenvolver
desenvolver praticamente todas as atividades do trabalho.
Outro item desenvolvido neles, foi a curiosidade de observar todos os cantos da sala de aula e
da escola, e ver que temos a matemática em todas estas partes.
Aprender os conteúdos do ano letivo, tendo objetos
objetos como exemplo, instiga os alunos a
observar que matérias consideradas pro muitas pessoas como difíceis de serem aprendidas e
compreendidas pelos alunos se tornam mais fáceis. E como sabe-se
sabe se as crianças necessitam
observar e tocar em objetos para que consigam
consigam entender o que muitas vezes é considerado
algo abstrato.

REFERÊNCIAS

BONJORNO, José Roberto; AZENHA, Regina; GUSMÂO, Tânia. Girassol: Saberes e


fazeres do campo, 4° ano.. 1ed. São Paulo: FTD, 2012.

PADOVAN, Daniela; GUERRA, Isabel Cristina; MILAN, Ivonildes; MONTEIRO, Priscila.


Projeto Prosa: Matemática, 4° ano. 2ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

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ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEMÁTICA NA APICULTURA1

HOPPE, Micaele2; FURBRINGER, Juliana3; ANDRADE, Cristiani4.

RESUMO: O presente projeto desenvolveu-se no ano de 2014, teve se um embasamento teórico na apicultura.
Visitou se a Casa do Mel, existente na comunidade. Desenvolveu-se com auxilio da professora, cálculos de
custos, comparação de rendimentos com outras culturas. Fez se comparativos, substituindo uma fonte de renda
muito presente aqui na comunidade que é o cultivo do tabaco com a produção de mel. O objetivo do projeto é
construir conhecimento em ação, conhecendo a vida e o habitat das abelhas e comercialização de produtos
provenientes da apicultura. Assim, é reservado ao aluno o papel de sujeito no processo de aprendizagem,
participando do próprio aprendizado, com experimentação, pesquisa em grupo, estímulo a dúvida e
desenvolvimento do raciocínio. Como resultados obtiveram se a socialização das dificuldades apresentadas pela
sala. A discussão deve ser no sentido de buscar compreender as possíveis causas das dificuldades apresentadas
no conteúdo matemático e possíveis formas de suas superações.

Palavras-chave: Apicultura. Custos. Cálculos.

INTRODUÇÃO

A apicultura é uma atividade muito antiga, suas origens estão na pré-história. São
conhecidos os desenhos descobertos em caverna, mostrando o homem primitivo colhendo o
mel de um enxame. A Bíblia também faz inúmera referencia ao mel e enxame de abelhas.
Atualmente, quando se fala em desenvolvimento rural, a apicultura e a meliponicultura são
imagens que vêm imediatamente à mente, pois a criação de abelhas é uma atividade de
desenvolvimento sustentável. As abelhas são indiretamente responsáveis pela produção de
alimentos como frutos, legumes e grãos.
Das mais de vinte mil espécies de abelhas, 85% são de vida solitária, 10% são
cleptoparasitas, ou seja, “abelhas ladras”, de hábito solitário, que não constroem seu ninho, e
sim, realizam sua postura em células construídas por outras solitárias e apenas 5% das abelhas
apresentam algum grau de sociabilidade.
As abelhas com sociabilidade bastante desenvolvida como as abelhas européias, as
africanas e as abelhas indígenas sem ferrão, representam um grupo reduzido dentro desses
5%. As abelhas prestam serviços ecológicos quando, ao polinizarem as mais diversas flores,
contribuem para a produção de melhores frutos e sementes, a base da pirâmide ecológica. Na
agricultura, os polinizadores são importantes para várias culturas agrícolas.
Pretendeu-se com este trabalho, tomar conhecimento das práticas da apicultura. Numa
visita ao apiário na propriedade do senhor Vilmar Grippa, conhecemos a organização das
colméias, a produção e comercialização do mel e seus derivados, após tudo isto, por meio de
cálculos em sala de aula, descobriu se a quantidade de mel de cada colméia, o seu custo de
produção, custo de investimento, faturamento bruto e lucro líquido, fizemos a comparação do
cultivo do mel, com a produção do tabaco que é a fonte de renda principal da comunidade.
Sabe-se que para substituir uma cultura de uma comunidade não é algo rápido e fácil,
porém causou muita surpresa nos alunos, por saberem que existem outras fontes de renda e
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Papa João XXIII – Presidente Getúlio.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EEB Papa João XXIII, cristianiandrade20@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

221
que não agridem tanto o meio ambiente. Temos consciência de que as iniciativas da escola
são fundamentais para promover a conscientização dos alunos, os futuros adultos que tomarão
conta do planeta.

METODOLOGIA

O projeto “A Matemática na Apicultura“ foi desenvolvido na Escola de Educação


Básica Papa
apa João XXIII pela professora Cristiani de Andrade, na sala do 5° ano, sob a
coordenação e supervisão do diretor da escola Bruno Loch. O presente projeto desenvolveu-se
desenvolveu
desde o início do ano de 2014, onde foi feito um embasamento teórico sobre a apicultura.
apicultur
Numa visita na Casa do Mel, no dia 25 de abril de 2014 na propriedade do senhor Vilmar
Grippa existente em nossa comunidade, foram coletados os dados de investimentos e custos
dos mesmos. Assistiu se vídeos relacionados à apicultura, e por fim desenvolveu
desenvolv se com
auxilio da professora cálculos de custos, comparação de rendimentos com outras culturas.
Foram produzidos cartazes, contendo todas as informações da pesquisa. Os cálculos
envolvendo as quatro operações matemáticas presentes no currículo escolar do
d 5º ano.

RESULTADOS

O projeto foi baseado num apiário com 35 colméias, para isso foram compradas 35
caixas de abelhas, cada caixa custa R$ 70,50, sendo que o investimento com caixas de abelhas
de R$ 2.467,50, uma centrífuga que custa R$ 800,00, um fumegador de R$ 60,00, dois
macacões por R$ 200,00. O investimento inicial foi de R$ 3.527,00.
Para armazenar o mel foi preciso investir em baldes de armazenamento, cada balde
custa R$ 6,00, porém como o apiário possui 35 colméias, e cada colméiacolméia tem duas sobre-
sobre
caixa, e em cada sobre-caixa
caixa tem 12 quilos de mel, a média de produção anual é de 1680
quilos. Cada balde armazena 25 quilos de mel, sendo assim foi preciso de no mínimo 67
baldes, isso irá custar o valor de R$ 402,00. Contudo o total de
de custo de investimento é de R$
3929,00.
Após calcular o custo de investimento, foi calculado o custo de produção.
Estes valores foram colhidos com um apicultor do município de Presidente Getúlio,
porém o apiário dele se localiza na cidade de José Boiteux, que fica a uma distância de 48
quilômetros de ida e volta, o custo de combustível anual é de R$ 150,00. Ele fez 10 viagens
por ano até seu apiário.
XXX Feira Catarinense de Matemática
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Também foi calculado o custo com mão de obra. Como o apicultor não deve trabalhar
sozinho em um apiário, devidovido ao risco que as abelhas oferecem, pois um faz fumaça com o
fumegador e o outro verifica se está tudo certo com as colméias. Por isso, o gasto com mão de
obra em um é ano é de R$ 1.200,0. Pois cada pessoa cobra R$ 100,00 por dia, como são duas
pessoas e em média, como são 6 dias por ano, o gasto total é de R$1.200,00. Ou seja, somou
se o combustível com a mão de obra, obtendo um custo total de produção anual de
R$1.350,00.
Somando o investimento que é de R$ 3.629,00, com o custo de produção com valor de d
R$ 1.350,00, no primeiro o apiário terá um custo de R$ 5.279,50.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
A produção anual é de 1680 quilos de mel. Com 35 colméias e em cada colméia tem 2
sobre caixas e em cada sobre caixa tem 12 quilos de mel, a produção é de 840 quilos, como o
mel se tira duas vezes por ano o total de produção é de 1680 quilos. Sendo um pequeno
agricultor e não comercializa o mel diretamente com o mercado, é vendido para um grande
apicultor e ele paga R$ 6,50 o quilo. Então o faturamento bruto será de R$ 10.920,00 (ano).
Contudo, o faturamento bruto sendo de R$10.920,00 pagando a despesa anual que é de R$
1.350,00, o lucro líquido será de R$ 9.570,00.
Fez se os mesmos cálculos com a produção de tabaco.
Para começar a produzir tabaco é necessário fazer um investimento inicial para a
construção da estufa, depósito para armazenamento e canteiro para o plantio das mudas. A
estufa LL custa R$20.000,00. O depósito para o armazenamento de tabaco, R$15.000,00 e
canteiro para o plantio das mudas, para 50.000,00 pés de fumo, sendo necessário 5 canteiros e
cada canteiro custa R$500,00. Ou seja, o gasto com o pedido será em média de R$14.000,00.
O serviço de preparar a terra é terceirizado, e gastou se em média R$ 4.000,00 ano.
Para plantar e colher o fumo é gasto em combustível do trator no valor de R$ 500,00
ano.
A estufa LL é tocada a energia e a lenha, o gasto com energia é de R$1.500,00( ano) e
de lenha é de R$ 3.200,00 por safra.
O gasto com mão de obra, considerando que se trabalha com duas pessoas por 200
dias por ano e cada dia de mão de obra é cerca de R$ 80,00, o gasto com mão de obra é de
R$32.000,00. Porém como 50.000 pés de fumo são considerados uma pequena produção,
geralmente o produtor não precisa pagar mão de obra fora da família, sendo assim este custo
com mão de obra fica entre a família, onde é somado juntamente com o faturamento líquido.
Foi calculada a produção da safra, sabendo que em cada hectare de terra podem ser
plantados 17.000 pés de fumo, para uma produção de 50.000 pés eu necessário 3 hectares.
Cada mil pés fumo produz 10 arrobas(1 arroba = 15 quilos), a produção total é de 500
arrobas.
Este tabaco foi vendido direto para a fumageira, onde o valor médio é de R$115,00
por arroba. Considerando que produziu 500 arrobas, o faturamento bruto foi de R$ 57.500,00.
Após pagar todas as despesas que é de R$ 55.200,00, sobra de lucro líquido de R$ 2.300,00.
Mas como o dinheiro de mão de obra fica para o produtor, pois a mão de obra utilizada era do
próprio produtor (ele e esposa) ninguém de mão de obra terceirizada, o lucro real é de R$
34.300,00.

CONCLUSÕES

Sabe-se que para substituir uma cultura de uma comunidade não é algo rápido e fácil,
porém causou muita surpresa na comunidade escolar, por saberem que existem outras fontes
de renda e que não agridem tanto o meio ambiente. Pois sabe se dos malefícios do tabaco, de
quanto agrotóxico é nele utilizado, sabe se também que todo este agrotóxico uma hora ou
outra vai parar no solo, chegando aos rios e nascentes. Já no cultivo do mel, os impactos
ambientais são totalmente contrários, pois além de o custo com mão de obra ser menor, as
abelhas ajudam na polinização, produzem alimento, sem ser necessária quase nenhuma
ANAIS – XXXFCMat

223
interferência humana. Temos consciência de que as iniciativas da escola são fundamentais
para promover a conscientização
ntização dos alunos, os futuros adultos que tomarão conta do planeta.

REFERÊNCIAS

http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/4593/o-que-e-apicultura
http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/4593/o apicultura. Acesso em:
04/08/2014.

BONJORNO, Roberto José; AZENHA, Regina; GUSMÃO, Tãnia. Girassol saberes do


campo. São Paulo. 1º ed. FTD, 2012.

MARTINS, Eduardo; GOWDAK, Demétrio. Girassol saberes do campo. São Paulo. 1º ed.
FTD, 2012.

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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEMÁTICA NO HORTO1

SOBIESIAK, Ana Barbara2; DEMENEK, Roberta Fontana3;


LEOBET, Elieze Ribeiro de Souza4.

RESUMO: Cada vez mais,se exige que a escola seja um espaço de preparação de cidadãos atuantes. Entre as
propostas encontradas, destacam-se as atividades lúdicas, na forma de jogos, e a interdisciplinaridade, visando à
integração da matemática às outras ciências e disciplinas. Para isso, se faz necessário a associação dos diversos
conteúdos trabalhados em sala de aula com suas aplicações no mundo real. Este trabalho se constituiu da ideia de
aproveitar a área do Horto Municipal de Brunópolis, instalado ao lado do prédio desta unidade escolar.A
execução deste projeto aconteceu, com a aplicação de vários tipos de atividades, visitações ao Horto, leituras,
cálculos, trabalho com vários materiais informativos; produção oral e escrita de vários gêneros textuais, etc.Essas
ações visam integrar a horta com o cotidiano da criança na escola e em casa, com o repasse dos aprendizados
adquiridos.

Palavras-chave: Matemática. Horto. Rabanete.

INTRODUÇÃO

Atualmente uma das grandes dificuldades presentes no contexto escolar, refere-se ao


ensino e à aprendizagem da Matemática, no que diz respeito aos seus conteúdos conceituais e,
principalmente às suas aplicações. O mundo contemporâneo exige que a escola seja, cada vez
mais, um espaço de preparação do cidadão para o mundo. Para isso, se faz necessário a
associação dos diversos conteúdos trabalhados em sala de aula com suas aplicações no mundo
real. Entre as propostas encontradas, destacam-se as atividades lúdicas, na forma de jogos, e a
interdisciplinaridade, visando à integração da Matemática às outras ciências e disciplinas
curriculares. A interdisciplinaridade surge como uma ferramenta para minimizar a
fragmentação comum ao processo de ensino aprendizagem. Há várias atividades que podem
ser utilizadas na escola com o auxílio de uma horta, onde o professor relaciona diferentes
conteúdos e coloca em prática a interdisciplinaridade com os seus alunos.
Também é muito grande a necessidade de pôr as crianças em contato com a natureza
para torná-los mais sensíveis e conscientes de que a vida depende do meio ambiente, e que o
meio ambiente depende de cada um de nós, da importância de saber a maneira correta de
usufruí-lo para nossa sobrevivência, o estudo do crescimento e desenvolvimento dos vegetais
pode ser associado com o próprio desenvolvimento, dicas de conservação das hortaliças, a
importância da terra ter todos os nutrientes para que a semente melhor se desenvolva, livre de
qualquer doença. São tópicos importantes a serem absorvidos pelas crianças quando se trata
de Educação Ambiental.
Sendo assim, um dos motivos, que nos levou a construção e execução deste projeto,
foi por possuirmos nas proximidades da nossa Escola M. Padre Bruno, o Horto Municipal de
Brunópolis. O Horto pode ser um laboratório vivo para diferentes atividades didáticas.
Destaca-se aqui, o papel fundamental da participação direta das crianças em todas as etapas
do plantio das hortaliças, o que proporciona motivação para o trabalho e para o aprendizado.
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EM Padre Bruno – Brunópolis.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EM Padre Bruno, elieze.ribeiro@yahoo.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

225
Além disso, essas ações visam integrar
integrar a horta com o cotidiano da criança na escola e em
casa, comoo repasse dos aprendizados adquiridos.
adquiridos. Essas atividades também permitem que a
criança e a escola resgatem a cultura alimentar das famílias e, consequentemente, estilos de
vida mais saudáveis,, incentivar nossos educandos na busca de sua própria aprendizagem,
visando à construção do conhecimento, às suas aplicações, a experimentação e a criatividade.

MATERIAL E MÉTODOS

Este trabalho se constituiu da ideia de aproveitar a área do Horto Municipal Municip de


Brunópolis, instalado ao lado do prédio escolar desta unidade E.M Padre Bruno, como mais
um espaço de aprendizado, de propiciar oportunidade aos alunos de aprender a cultivar o
terreno para o cultivo de plantas utilizadas como alimento, e para as crianças,
anças, ali reproduzir os
resultados verificados por essas atividades realizadas no horto. A execução deste projeto
aconteceu, com a aplicação de vários tipos de atividades, se fez necessária a associação dos
diversos conteúdos trabalhados em sala de aula com com suas aplicações no mundo real. Entre as
propostas encontradas, destacam-se
destacam se as atividades lúdicas, na forma de jogos, e a
interdisciplinaridade, visando à integração da Matemática às outras ciências e disciplinas
curriculares. Algumas delas; visitações aoao horto, leitura de várias obras da literatura infantil,
sendo duas delas- O Grande Rabanete e A Cesta De Dona Maricota – ambas de Tatiana
Belinky. Realização de várias atividades lúdicas envolvendo cálculos, por exemplo, Jogo
Nunca Dez. Análise e construção
ução tabelas, gráficos, listas, etc., relacionados ao tema estudado;
estudo de mapas; atividades práticas de recorte, colagens, pinturas; leitura e estudo gramatical
de palavras relacionadas ao tema em estudo; estudo de textos; produção oral e escrita de
vários
ários gêneros textuais (histórias, relatórios, listas, descrições), etc.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A execução deste projeto aconteceu seguindo nosso maior propósito,de relacionar os


conhecimentos práticos obtidos com o trabalho no horto às atividades realizadas em sala de
aula para que os alunos pudessem adquirir conhecimentos relacionados, e a multiplicação dos
aprendizados. Possibilitar o acesso ao conhecimento universal, contemplando
contemplan as
singularidades existentes na vida dos educandos. Foram várias atividades utilizadas na escola
com o auxílio do horto, relacionamos diferentes conteúdos e colocamos em prática a
interdisciplinaridade.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Os Direitos de aprendizagem das crianças, nos primeiros


primeiros três anos do ensino
fundamental, precisam ser garantidos. Desse modo, não é possível atuar
isoladamente com conteúdos, sobretudo porque leitura e escrita são direitos
direi de
aprendizagem que, quando consolidados,
consolidados, desempenham o papel de sustentação
susten de
todo processo de ensino, já que as demais áreas do conhecimento exigem dos
sujeitos o domínio das capacidades de ler e escrever de modo proficiente.( Brasília :
MEC, 2012,p.12).

Um dos meios de se promover a análise dos resultados alcançados em atividades


atividade
escolares é por meio da avaliação educacional como uma das formas de acompanhamento das
atividades do aluno, com o objetivo de promover a sua progressão, procurando suprir

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
deficiências orientando, planejamento e replanejando o ensino.Destaca-se que o êxito do
processo de alfabetização reside também na capacidade de acompanhar continuamente o
progresso da aprendizagem das crianças, por meio de avaliações contínuas, que podem ser
baseadas em observações e registros sistemáticos de cada criança, (GEPA-Grupo De Estudos
E Pesquisa Em Avaliação E Organização Do Trabalho Pedagógico).
Neste trabalho, a avaliação se pautou, principalmente no acompanhamento da
professora sobre as atividades dos alunos em sala de aula ou fora dela, e ao longo do
desenvolvimento deste projeto. No nosso caso além desses interesses, a avaliação em sala de
aula é um julgamento para se saber até que ponto alunos atingiram os objetivos esperados
para as aprendizagens a serem adquiridas em relação à todos os conteúdos trabalhados e que
necessário ao seu desenvolvimento pessoal.
A uma prova concreta de que obtivemos sucesso em nossos resultados, se concretizou
na realização da Etapa Escolar da Feira de Matemática, onde todos os alunos da turma, cada
um com suas potencialidades, conseguiu expor aos visitantes, uma das atividades, entre as
várias que foram realizadas durante a execução do projeto.

Imagem 1: alunos do 2ºano da EM. P. Bruno, expondo o nosso trabalho na etapa escolar daFeira De
Matemática

Por meio desse trabalho esperamos ter proporcionado aos educandos desenvolvimento,
conhecimentos e habilidades que lhes permitem produzir, cuidar, selecionar e consumir os
alimentos de forma adequada e saudável. E assim conscientizá-las quanto a práticas
alimentares mais saudáveis, fortalecer culturas alimentares das diversas regiões do país e
ANAIS – XXXFCMat

227
discutir a possibilidade do aproveitamento integral dos alimentos. Esses conhecimentos foram
socializados na escola e espera-seque
espera seque tenham sido transportados para a vida familiar
f dos
educandos.

CONCLUSÃO

Acreditamos que, por meio de uma prática interdisciplinar e o uso as atividades


lúdicas, na forma de jogos,podemos fazer com que nossos alunos melhorarem o entendimento
do que realmente sabem e busquem novas descobertas, novos conhecimentos, que
intermediarão outras conexões, dando suporte à curiosidade e perplexidade que as crianças
sentem diante da importância dada, ao estudo de uma disciplina que aparentemente, na visão
de muitos sujeitos, é desconexa à realidade cotidiana.
coti Trabalhar com o contexto, com a
cultura de nossos alunos significa nos apropriarmos, como educadores, de tais práticas que
aproximam nossos educandos do conhecimento. E isso depende, em grande parte, da escuta
de nossos alunos. Precisamos aprender comcom eles e com suas famílias sobre as práticas das
famílias. Enfim, práticas pedagógicas que promovam a inserção social requerem uma
mudança de olhar, talvez voltada para os acontecimentos mais simples, que permeiam o dia a
dia das crianças, e assim, que seja
seja possível a vivência de novas relações nas quais seremos
também transformados em decorrência de novas experiências. Essa mudança consiste em um
processo lento e gradual e demanda uma inserção cada vez maior do educador no processo de
reflexão e de pesquisa
sa sobre sua própria prática.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à


Gestão Educacional. Pacto Nacional Pela Alfabetização Na Idade Certa.:
Certa. alfabetização em
foco : projetos didáticos e sequências didáticas em diálogo com os diferentes componentes
curriculares: ano 03, unidade 06 -- Brasília : MEC, 2012. Disponível
em:http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/Formacao/Ano_3_Unidade_6_MIOLO.pdf.
em:http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/Formacao/Ano_3_Unidade_6_MIOLO.pdf.Acesso em
19. Set. 2014.

GEPA-A Avaliação No Programa


Progra Nacional Pela Alfabetização Na Idade Certa Disponível
em: http://gepa-avaliacaoeducacional.com.br/analises/a
avaliacaoeducacional.com.br/analises/a-avaliacao-no-programa
programa-nacional-pela-
alfabetizacao-na-idade-certa.. Acesso em 19. Set. 2014.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEMÁTICA: PARA ONDE VAI O MEU DINHEIRO?1

BAZIL, Maria Eduarda dos Santos2; DEMÉTRIO, Letícia de Medeiros3;


PAWLUK, Carlas Rosemeri do Nascimento4.

RESUMO: Projeto pedagógico interdisciplinar, com foco na educação fiscal, desenvolvido nas áreas de
Matemática, Português e História, tangenciando o tema transversal de Ética e Cidadania. O objetivo deste
trabalho foi proporcionar um contexto de aprendizagem que permita o desenvolvimento do raciocínio lógico-
matemático e da cidadania, por meio de situações socioculturais reais, estimulando a criança a ser agente
multiplicador de ações que visam à melhoria do meio social em que vive. Para a realização deste trabalho
evidenciou-se um caráter potencializador de práticas interdisciplinares pela integração de diferentes áreas do
conhecimento, assim como a integração de várias mídias e recursos que permitem ao aluno expressar seu
pensamento por meio de diferentes linguagens e formas de representação. A aprendizagem despertada nos alunos
do ensino fundamental do 5º ano B da Escola Municipal Professora Eladir Skibinski tornou-se ativa e
significativa, estabelecendo um vínculo do que acontece na escola com a sua vida cotidiana.

Palavras-chave: Sistema Monetário. Educação Fiscal. Operações Matemáticas.

INTRODUÇÃO

O estudo da matemática é sempre interessante quando os conceitos estudados em sala


aparecem com frequência no cotidiano do aluno. A vivência de situações práticas envolvendo
o sistema monetário e a educação fiscal constituem um importante reforço no processo de
ensino aprendizagem, sendo facilitadora da assimilação de conteúdos e principalmente das
quatro operações, visando ainda a construção de uma consciência voltada ao exercício da
cidadania.
A partir do título “Matemática: Para onde vai o meu dinheiro?” buscou-se
proporcionar um contexto de aprendizagem que permita o desenvolvimento do raciocínio
lógico-matemático e da cidadania, por meio de situações socioculturais reais, estimulando a
criança a ser agente multiplicador de ações que visam a melhoria da comunidade em que vive.
A educação que deve possibilitar ao homem a transformação de seu mundo, a
consciência de si mesmo e da realidade que o cerca, o desenvolvimento do senso crítico e
principalmente de sua capacidade criadora, o que o diferencia dos outros animais. Para tanto,
se faz necessário que ela abranja a todos, de modo pleno e significativo. Uma escola
democrática é, pois, aquela em que o ensino proporcione ao indivíduo o desenvolvimento de
sua consciência crítica para que ele possa analisar de maneira ativa o mundo em que vive,
atuando de maneira a transformar sua realidade.

MATERIAL E MÉTODOS

Para a realização deste trabalho evidenciou-se um caráter potencializador de práticas


interdisciplinares pela integração de diferentes áreas do conhecimento, assim como a

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EM Professora Eladir Skibinski – Joinville.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EM Professora Eladir Skibinski, carla.paw@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

229
integração de várias mídias e recursos que permitem ao aluno expressar seu pensamento por
meio de diferentes linguagens e formas de representação.
rep
Primeira etapa:: Diagnóstico Inicial
• Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos por meio de uma roda de
conversa sobre o manuseio do dinheiro, formas de pagamento, nota fiscal e outros
• Questionamentos realizados: O que sabemos? O que queremos saber?
Segunda etapa:: Como se fosse dinheiro
• Texto: ―Como se fosse dinheiro (Ruth Rocha)
• Leitura e interpretação oral
• Atividades escritas para sistematização da compreensão do texto
• Roda de conversa sobre deveres e direitos do consumidor
• Fique sabendo:
abendo: “Código do Consumidor”
• Preenchimento de modelos de cheques
• Fique sabendo: “Outras formas de dinheiro”
• Preenchimento de modelos de notas fiscais
• Fique sabendo: “O que é nota fiscal?”
Terceira etapa: Origem do sistema monetário
• Videoteca: “A nossa ilha”
• Roda de conversa sobre a origem do dinheiro e dos impostos
• Atividades de sistematização sobre valores monetários (cédulas e moedas e trocas)
• Pesquisa nos estabelecimentos do bairro sobre os preços dos produtos da
• lista de material dos alunos
• Tabulação dos preços da lista de material escolar em diferentes estabelecimentos,
realizando pesquisa e comparação de valores
Quarta etapa: Necessidades ilimitadas x Recursos escassos
• Resolução de situações problema que envolvam a compra/venda de produtos em
suas variáveis (à vista ou a prazo) e necessidade de troco
• Brincar de mercadinho na escola, simulando compra/ troco/operações
matemáticas, explorar o sistema monetário.
• Teste: “Eu sou um consumista?”
• Roda de conversa sobre orçamento familiar e poupança
• Pesquisa junto aos pais sobre os gastos mensais da família, a fim de analisar se
XXX Feira Catarinense de Matemática

são compatíveis com as receitas recebidas.


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Quinta etapa: Manuseio de notas fiscais


• Vídeo: “Que nem gente grande” (Ziraldo)
• Pesquisa junto aos pais sobre a exigência
exigência da nota fiscal e tabulação dos dados
• Apresentação de uma nota fiscal e verificação de sua tipologia textual
• Coleta de cupons e notas fiscais, trazidos pelos alunos
• Levantamento do ICMS gerado pelas notas e cupons fiscais recolhidos
• Atividades de sistematização
sistematização sobre cálculo de impostos (porcentagem)
Sexta etapa: Pequenos contribuintes
• Pesquisa na sala de informática sobre quais impostos são pagos pela população

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
• Conhecer e explorar os sites “Impostômetro” e “Sonegômetro”
• Roda de conversa sobre sonegação fiscal e aplicação dos tributos para o bem
comum
• Animação: “A origem dos tributos” e “O que é ICMS?” (Site - Youtube)
Sétima etapa 7: Minha escola, um bem público
• Vista às dependências da escola, para analisar suas condições físicas atuais, tendo
em mente os seguintes questionamentos:
→ A quem pertence?
→ Quem deve cuidar?
→ Quanto custa (noção)?
→ Quem paga?
→ Como paga?
• Entrevista com a diretora da escola sobre a verba pública destinada à escola, sua
origem e utilização
Oitava etapa: Eu também pago para estudar
• Texto: “Eu também pago para estudar”
• Leitura e interpretação oral
• Atividades escritas para sistematização da compreensão do texto
• Elaboração coletiva de uma lista de bens públicos, diferenciando-os dos privados
• Roda de conversa sobre a necessidade de preservação do bem público
• Criação de panfletos para o mural sobre dicas para a conservação da escola
• Fique sabendo: “Os poderes que o povo respeita”
Nona Etapa:Manuseio de panfletos comerciais
• Coleta de panfletos comerciais trazidos pelos alunos
• Elaboração de situações problema com base em panfletos comerciais por meio
dos preços reais dos produtos
• Cálculo de gastos, lucros, juros e porcentagens simples a partir de situações
problema, tabelas e/ou gráficos
• Manuseio de tabelas e gráficos construídos com dados da própria sala, associando
ao estudo de porcentagens, com auxílio de calculadoras
Décima etapa: Confecção do jogo
Explorar os conteúdos estudados através do jogo trilha monetária, construído
coletivamente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a conclusão das atividades definidas para o Projeto em questão, cabe ressaltar
que o tema foi trabalhado segundo o proposto, por meio das rodas de conversas, das pesquisas
e entrevistas, das leituras e da realização das atividades.
As disciplinas previstas foram efetivamente envolvidas no seu desenvolvimento, de
maneira interdisciplinar, tendo sido incorporados conhecimentos referentes a: direitos do
consumidor, juros (compras à vista x a prazo), orçamento familiar (despesas x receitas),
impostos, aplicação dos recursos públicos e conservação do patrimônio além da aplicação das
ANAIS – XXXFCMat

231
operações matemáticas em cálculos de compra/troco, porcentagem e valores/trocas do
Sistema Monetário, vivenciando ainda algumas dessas situações.
A partir destes e outros instrumentos
i utilizados, pode-se
se verificar que as crianças
foram capazes de sistematizar os conhecimentos adquiridos sobre o tema, transmitindo-os em
suas produções orais e escritas.
No tocante aos saberes matemáticos, pode-se
pode se afirmar que o aproveitamento teve uma
significativa alavancagem, uma vez que os alunos têm conseguido interpretar e solucionar
problemas que envolvam as quatro operações básicas, além de resolverem situações que
exigem o cálculo de porcentagem.
As disciplinas previstas foram efetivamente
efetivamente envolvidas no seu desenvolvimento, de
maneira interdisciplinar, tendo sido incorporados conhecimentos referentes a: direitos do
consumidor, juros (compras à vista x a prazo), orçamento familiar (despesas x receitas),
impostos, aplicação dos recursos públicos e conservação do patrimônio além da aplicação das
operações matemáticas em cálculos de compra/troco, porcentagem e valores/trocas do
Sistema Monetário, vivenciando ainda algumas dessas situações.

CONCLUSÕES

Todavia, o foco da realização deste Projeto


P era, sem dúvida, a transposição dos saberes
teóricos para sua vivência além do contexto escolar, com a opção de comportamentos mais
racionais no tocante ao consumo desenfreado, mais éticos em relação à arrecadação de
tributos e mais cidadãos no trato
trat com o patrimônio público.
Neste quesito, o que se pode observar é uma parcial ampliação do vocabulário dos
alunos, a adoção por parte deles de posturas mais conscientes no debate sobre as
necessidades reais das pessoas frente ao exacerbado bombardeio
bombardeio publicitário da mídia e uma
crescente preocupação com a conservação do próprio espaço escolar, por pequenas atitudes
de apagar a luz, fechar a torneira, guardar zelosamente os jogos e brinquedos, limpar a sala e
jogar o lixo no cesto, buscando alternativas
alternativas de melhoria do ambiente em que estudam.

REFERÊNCIAS

GRUPO DE EDUCAÇÃO FISCAL. Educação Fiscal:: A conscientização construindo um


futuro mais solidário. Litoral Norte-SP:
Norte 2005.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

PINTO, Ziraldo Alves. Pra que dinheiro? 2.ed. São Paulo: Globo, 2010.

PRADO, Maria Elisabette B.B.; ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. (orgs)
Elaboração de projetos:: guia do cursista. 1.ed. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria
de Educação à Distância, 2009.

ROCHA, Ruth. Catapimba e sua turma. São Paulo: FTD, 1995

A ORIGEM DOS TRIBUTOS.


TRIBUTOS Criação do Direito Tributário. (6 min 17s). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=nVxQtbiAvMA

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
BARROS, Jussara. Sistema monetário. Brasil Escola: Canal do Educador. Disponível em:
http://educador.brasilescola.com/orientacoes/sistema-monetario.htm.

CARMO, José Geraldo Botura do. A implantação da Educação Fiscal na escola e a


democracia participativa. fev. 2009. Disponível em:
http://www.educacaoliteratura.com.br/index%20176.htm.

IMPOSTÔMETRO. Disponível em http://www.impostometro.com.br/.

O QUE É ICMS? Criação de ÁGORA - Cooperativa de Profissionais em Educação. (9 min


51s). Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=Jp7cALDrSe8.

SONEGÔMETRO. Quanto custa o Brasil pra você? Disponível em:


http://www.quantocustaobrasil.com.br/.

QUE NEM gente grande. Criação de Ziraldo Alves Pinto. (8min 33s). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=INBWFbfljtI

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Leãozinho. Disponível em:


http://www.leaozinho.receita.fazenda.gov.br
ANAIS – XXXFCMat

233
MATEMATIZANDO DADOS1

RONCONI, Ana Beatriz de Moraes2; SILVA, Joana Muniz3;


MARTINS, Greice Provesi Paes4.

RESUMO:: O Projeto “Matematizando Dados” teve início em março de 2014. Após algumas discussões a turma
definiu o tema e desenvolveu o projeto. Buscou-se
Buscou se conhecer as causas dos protestos realizados atualmente no
país, bem como elencar possíveis soluções para tais problemas. Iniciamos o projeto
projeto com a leitura de diversas
noticias, elaboramos questionários e realizamos pesquisas por amostragem tabuladas em gráficos, após a
obtenção dos resultados, foram realizadas pesquisas bibliográficas para compreender a origem de cada item,
insatisfatório, obtido como resultado da pesquisa. Para finalizar o projeto, foram criadas algumas estratégias para
amenizar os problemas existentes no Brasil, essas, foram criadas pelos alunos por meio de pesquisas e tabulação
de dados. Ao realizarmos o projeto, a curiosidade
curiosidade aumentou, as pesquisas se intensificaram, envolvendo as
demais disciplinas, tornando este, um projeto multidisciplinar. Os alunos tiveram a oportunidade de elaborar e
interpretar desafios de maneira prazerosa e real. Dessa forma, os conceitos matemáticos
matemáticos ficaram evidentes,
explorando os números e as porcentagens, levando em conta os conhecimentos prévios dos alunos, buscando
suas experiências pessoais de forma significativa e contextualizada, bem como a relevância do tema para
formação reflexiva e ativa
iva perante a sociedade. A socialização ocorreu durante as produções, promovendo a
interação e discussão, possibilitando feedback e a troca de informações. Acreditamos que trabalhar com o tema,
tornou as aulas mais dinâmicas e os conteúdos forma absorvidos de forma clara, objetiva e significativa para
todos os envolvidos.

Palavras-chave: Matematizando Dados.


ados. Gráfico. Sociedade.

INTRODUÇÃO

A escola é um espaço de convivência, desta forma, ampliar a compreensão do aluno


sobre a realidade em que ele vive é essencial para a construção do cidadão de espírito crítico.
Por isso, é importante salientar que além de pertencer à determinada família e de nela atuar, as
crianças fazem parte de outro grupo social. Baseado nesse pressuposto torna-se
torna fundamental
ao currículo
culo escolar o estudo da sociedade na atualidade bem como seu processo histórico
para compreender diversos aspectos intrínsecos no modelo de vida das pessoas. Necessitando
de essa forma refletir sobre elementos que tornam a existência mais prazerosa e segura. segu
Amenizando os problemas enfrentados pelos brasileiros no dia-a-dia.
dia
Nosso país é muito grande e possui inúmeras riquezas tais como: extensas áreas de
florestas, cerrados e campos, importantes reservas de minérios, grande número de rios e terras
férteis para plantar.
Mesmo com todas estas riquezas não estamos livres dos problemas sociais, que
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

acontecem em todas as regiões do país. O processo de urbanização no Brasil se intensificou a


partir da década de 1950. As atividades industriais se expandiram, atraindo
atraindo cada vez mais
pessoas para as cidades.
Porém, a urbanização sem um devido planejamento tem como consequência vários
problemas de ordem social. Diversos fatores contribuem para os problemas sociais e muitas

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Santa Teresinha – Curitibanos.
2
Ana Beatriz de Moraes Ronconi
3
Joana Muniz Silva
4
Professor Orientador, EEB Santa Teresinha,
Teresinha greice-provesi@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE
CATA DE MATEMÁTICA
vezes, um problema, esta associado ao outro, tornando mais complexa à solução e sendo
necessário o envolvimento dos mais diversos setores da sociedade.
Como por exemplo: o acesso à moradia com as devidas condições de infraestrutura
(saneamento ambiental, asfalto, iluminação, etc.) não atinge todas as camadas da população
brasileira. É cada vez mais comum o surgimento e ampliação de favelas desprovidas de
serviços públicos. Outro agravante são as pessoas que não conseguem obter renda suficiente
para ser destinada à habitação, e acabam utilizando as ruas da cidade como espaço de
moradia.
A educação de baixa qualidade gera vários transtornos, pois parte da população não
consegue obter qualificação profissional exigida pelo mercado de trabalho cada vez mais
competitivo. Com isso, ocorre o aumento do desemprego e se intensificam atividades como as
desenvolvidas por vendedores ambulantes, coletores de materiais recicláveis, flanelinhas,
entre outras do mercado informal.
Os serviços públicos de saúde, na sua maioria, apresentam problemas estruturais, com
filas imensas e demoradas, ausência de aparelhos e medicamentos, pequeno número de
funcionários, ou seja, total desrespeito com o cidadão que necessita desse serviço.
Um dos problemas urbanos que mais preocupa a população atualmente é a violência,
pois todos estão vulneráveis aos crimes que ocorrem, principalmente nas grandes cidades do
Brasil. Diariamente têm-se notícias de assassinatos, assaltos, sequestros, agressões, e outros
tipos de violência. Esse fato contribui bastante para que a população fique com medo, e o que
é pior, muitos já não confia na segurança pública.
Compreendendo essa temática, buscou-se com o projeto elencar os principais
problemas do nosso país, bem como analisar possíveis soluções para tais problemas.

MATERIAL E MÉTODOS

No primeiro momento fizemos a leitura de diversas reportagens a cerca dos inúmeros


protestos que estão ocorrendo em todo o país.
Posteriormente realizamos uma pesquisa com os pais e demais familiares a fim de
compreender as principais queixas, após tabularmos os dados obtidos na pesquisa, os alunos
fizeram diversas produções textuais, expressando suas opiniões, sugestões. Necessitou uma
pesquisa mais ampla com relação às causas de cada problema apontado, tais como:
desemprego, criminalidade, corrupção entre outros. Percebeu-se dessa forma que muitos
problemas sociais da atualidade, existem há muito tempo e que a complexidade em saná-los é
muito grande. Para concluirmos o projeto cada criança confeccionou suas sugestões para
amenizar tais problemas. As crianças elaboraram cartazes contendo os gráficos das pesquisas
e duas maquetes onde foram representados pelo contorno do mapa, um Brasil triste e um
representando o Brasil feliz, sem problemas sociais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após quatro meses de pesquisas, entrevistas, passeios e estudos, podemos identificar


que os alunos desenvolveram habilidades e competências previstas na sua grade curricular por
meio de atividades que proporcionaram uma aprendizagem significativa, pois foi possível
ANAIS – XXXFCMat

235
relacionar essas
as habilidades e competências com aspectos que fazem parte do cotidiano dos
alunos. Neste sentido, os alunos puderam participar de atividades de pesquisa, ao realizar
entrevistas, construir e interpretar gráficos e tabelas e construir um relatório final por
po meio do
portfólio, ou seja, os alunos se tornaram pequenos pesquisadores.
As pesquisas realizadas pelos alunos atendeu a quantidade de 100 pessoas
entrevistadas. A pergunta abordada foi: Quais os principais problemas do Brasil hoje?
Temos como resultado obtido: Saúde 25%, Desemprego 18%, Educação 11%,
Corrupção 10%, Inflação 8%, Criminalidade 7%, Desigualdade Social 7%, Segurança 4%,
Cotas 4%, Salários Baixos 3%, Valores Morais 2% e Falta de incentivo à cultura 1%. Após
tabular os dados as crianças perceberam
perceberam a complexidade de buscar melhorias na sociedade,
bem como de maneira ampla compreenderam que para que haja uma mudança significativa na
sociedade devemos partir de nós mesmos, com postura ética, responsável.
As sugestões abordadas pelos educandos são: são: Saúde: aumentar o número de
profissionais da saúde 31%, disponibilizar mais equipamentos 36% e melhorar a Infra- Infra
estrutura 33%. Para o Desemprego: Cursos de Aperfeiçoamentos gratuitos 52%, Parcerias
entre escolas e empresas 23% e incentivo a novas empresas
empresas 24%. Para a Educação: valorizar
melhor os professores 22%, aumentar a carga horária dos alunos, com atividades recreativas
46% e pais presentes na escola 32%. Para a Corrupção: Na política, escolher bem os
candidatos 53%, não incentivar produtos piratas 24% e exercer seus direitos e deveres de
cidadão 23%. Na Inflação: Diminuir o consumo 47%, padronizar os preços 13% e produzir
mais e consumir menos 40%. Na criminalidade: redução da maioridade penal 27%, pena mais
severa aos criminosos 58% e valorizar mais mais o trabalho dos policiais 15%. Na Desigualdade
Social: Ser solidário, sempre que possível fazer doações 40%, contribuir para o
funcionamento das ONGs 10% e participar de eventos beneficentes 50%. Na Segurança:
aumentar o policiamento nas ruas 40%, melhorarmelhorar a iluminação das ruas 35% e fiscalizar
melhor o trânsito 25%. Para as Cotas: análise mais criteriosa dos candidatos as vagas 30% e
disponibilizar bolsas de estudo para pessoas que necessitam e não se encaixam no programa
de cotas 70%. Na Remuneração: valorizar
valorizar melhor algumas profissões 58%, oferecer cursos de
aperfeiçoamentos 40% e diminuir a carga horária 2%. Nos valores morais: selecionar melhor
o que ver na TV 25%, respeitar os mais velhos 25% e valorizar mais as pessoas 50%. Na
Cultura: Oferecer momentosntos de lazer e conhecimento 51%, mais programas educativos 23% e
resgatar a cultura de cada região do país 26%.
Podemos dizer que o projeto contribuiu de forma significativa para o crescimento e
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

formação da personalidade de todos os alunos envolvidos. Compreendendo


Compreendendo a importância de
pequenos gestos que podem ser desenvolvidos por cada pessoa, pois temos que nos
responsabilizar pelos acontecimentos de um todo, mudando nossa maneira de pensar e agir
perante atitudes do dia-a-dia.
dia. Cabe a cada um de nós, não podemos
podemos responsabilizar apenas
outras pessoas, sempre encontrando uma pessoa ou um grupo de pessoas culpados, mas sim
refletir cada ação, não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar nossas ações, com bons
exemplos, dignidade, bom senso e respeito ao próximo.
próximo

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE
CATA DE MATEMÁTICA
CONCLUSÕES

Como já mencionado podemos destacar que a realização do projeto ocorreu de forma


significativa, ocorrendo aprendizagem e reflexão na maneira de abordar atitudes do dia-a-dia.
É utopia considerarmos que podemos revolucionar o país em que vivemos, mas é fundamental
que cada um conheça seus direitos e saiba discernir o certo do errado, bem como refletir suas
atitudes a fim de viver em uma sociedade correta em busca de ideais igualitários.

REFERÊNCIAS

BORIN, Júlia. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de Matemática.
São Paulo: Atual, 2006.

CIÊNCIA, Hoje na escola. Matemática: porque e para quê?, n.8 São Paulo: Global, 2005.

DIENES, Z P. As seis etapas do processo de aprendizagem em Matemática. São Paulo 1998.

NETO, Ernesto Rosa. Didática da Matemática. São Paulo: Ática, 2010.

POLYA, George. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1995.


ANAIS – XXXFCMat

237
O PÃO E A MATEMÁTICA1

CONNINCK, Beatriz Negrini2; SOUZA, João Vitor Kammers de3;


SANTOS, Cristhiane Rafaela Hertel4.

RESUMO: O Projeto “O Pão e a Matemática” está sendo desenvolvido pelos alunos dos 3ºs e 4ºs anos. Ao
estudarmos sobre alimentação, constatamos a forte presença do pão. Aplicamos uma pesquisa na Escola para
saber qual o pão preferido e a quantidade consumida. Verificamos também a satisfação do alimento na merenda
escolar. O objetivo inicial foi de conscientizar a comunidade escolar referente ao consumo de alimentos
saudáveis. Na sala informatizada fizemos pesquisas envolvendo as demais disciplinas tornando deste um projeto
multidisciplinar. Visitamos supermercados e verificamos
verificamos os diversos tipos de pães. Compramos ingredientes e
com utilização de uma panificadora elétrica foram feitos pães. Visitamos uma panificadora e verificaram o
processo de fabricação. A avaliação foi constante. Os conceitos matemáticos ficaram evidentes, explorando os
números e as quantidades, levando em conta o conhecimento prévio dos alunos, buscando suas experiências
pessoais de forma significativa e contextualizada.

Palavras-chave: Pão. Conceitos Matemáticos. Multidisciplinar.

INTRODUÇÃO

Este trabalho
balho teve início em março de 2014, envolvendo quatro turmas da Escola de
Educação Básica Bruno Hoeltgebaum. A ideia inicial partiu de uma atividade sobre
alimentação. Constatou-se
se uma forte presença do pão no consumo diário dos alunos. A função
social do projeto visa verificar que tipo de pão é consumido por nossos alunos, e a diversidade de pães
existentes no mercado. Houve grande interesse por parte dos alunos, levantaram-se,
levantaram então,
vários questionamentos: Qual o maior pão do mundo?Qual o pão mais caro do mundo?
Quantos tipos de pães existem?
existem Qual o maior consumidor de pão do mundo? Qual país que
consome o mais próximo do ideal ? No decorrer do projeto intensificaram-se
intensificaram as pesquisas,
buscando-se
se relacionar este tema com todas as áreas do conhecimento, caracterizando
ca o
trabalho como multidisciplinar. Estabeleceram-se
Estabeleceram se algumas propostas, as quais deveriam ser
executadas ao longo do trabalho, como: gráficos ilustrando o consumo de Pão; busca de
textos informativos; elaboração de desafios matemáticos; pesquisas;
pesquisas; cuidados com a
alimentação; pesquisas populares e de preço; uso da balança; estimativas entre outras.

[...] quando o aluno tem a oportunidade de realizar um projeto investigativo, ele


pode optar por aprofundar seus estudos em torno de questões de seu interesse e que
atendam às suas expectativas e necessidades. O aluno, desse modo, constitui-se
constitui
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

também em sujeito de conhecimento, abrindo espaço para as experiências


autenticamente formativas [...]. Um sujeito que é, ao mesmo tempo, produto e
produtor da história e de seu processo de desenvolvimento intelectual e humano.
(FIORENTINI, 2008, p. 2)

Baseando-se
se nisso, foram desenvolvidas várias atividades ligadas a Matemática a
partir do tema proposto, incentivando os alunos a pesquisa e busca por novos conhecimentos.
co

1
Categoria Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas;
isciplinas; Instituição: EEB Bruno Hoeltgebaum – Blumenau.
2
Aluna 3º ano Ensino Fundamental..
3
Aluno 4º ano Ensino Fundamental..
4
Professor Orientador, EEB Bruno Hoeltgebaum, cristhianerafaela@ig.com.br.
cristhianerafaela@ig.com.br

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
MATERIAL E MÉTODOS

Com as embalagens de pães trazidos pelos alunos, construiu-se um quadro de


possibilidades, verificou-se a quantidade de sódio presente em cada embalagem bem como
dos ingredientes apresentados pelo mesmo. Aplicamos uma pesquisa na Escola com 26
turmas, sendo 684 alunos do 1º ao 8º ano para saber qual o pão preferido e a quantidade de
vezes em que este alimento era consumido. Verificamos a presença do pão na Merenda
Escolar, bem como a sua satisfação. Palestras com nutricionista complementaram sobre uma
alimentação mais saudável. Os conceitos matemáticos ficaram evidentes através das seguintes
atividades: verificação do peso; o uso da malha quadriculada; números multiplicativos;
metade de uma receita; pesquisas por amostragem tabuladas em gráficos; jogos matemáticos
envolvendo as operações fundamentais; o uso de ábacos e material dourado; estimativas para
verificar o preço de alguns tipos de pães, exploramos grandezas e medidas durante todo o
projeto, entre outras atividades.
A literatura infantil e vídeos também fizeram parte do processo para termos uma visão
geral a respeito do tema.
Outros dados interessantes surgiram durante as pesquisas, em que a Alemanha possui
mais de 300 tipos de pães e no mundo são mais de 1000 tipos. Fizemos compra de
ingredientes e com utilização de uma panificadora elétrica foram feitos pães como: branco,
integral com chia, requeijão com cebolinha e francês. Os mesmos foram feitos nas medidas de
600 e 900g. Visitaram uma panificadora e verificaram o processo de fabricação. O sódio é
um conservante presente em vários tipos de pães, conforme verificaram nas embalagens. Este
por sua vez teve uma redução de 2012 até 2014, tanto no pão francês, bem como no pão de
forma. Fizemos o festival de formas, onde cada aluno deveria trazer o maior número possível
de formas e de formatos diversos. A professora escolheu elementos surpresa: maior e menor
forma e a mais inusitada. Exploramos os números apresentados na notícia do maior pão do
mundo que foi produzido no estado do Paraná em 2008. Simulamos o custo de alguns
ingredientes, caso o pão fosse feito nos dias atuais. Com a informação do pão mais caro do
mundo, proveniente da Inglaterra, nas medidas de 25 x 25 cm e 10 cm de altura que tem o
valor de 60 reais, os alunos apresentaram possibilidades de cédulas para este valor.
Este ano, foi de Jogos da Copa, assim os alunos fizeram palpites, e com o valor
arrecadado pudemos fazer a compra dos ingredientes, os pagamentos de fotos, banner e outros
investimentos para o projeto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com a pesquisa realizada, constatou-se a preferência pelo Pão Francês e que a


maioria dos alunos consome duas ou mais vezes ao dia.
ANAIS – XXXFCMat

239
Tabela 1- Pão preferido
TIPO 1º ao 5º 6º ao 8º TOTAL
Ano Ano
FRANCÊS 174 152 324
CASEIRO 135 92 227
INTEGRAL 53 23 76
OUTROS 23 14 37
385 279 664
Fonte: Alunos do 1º ao 8º 2014

Este para ser produzido precisa de quatro ingredientes básicos:


básicos: farinha, água, fermento
e sal. Descobrimos que a OMS recomenda o consumo de 50 kg por pessoa/ano de pão. Este
também era usado como forma de pagamento no Antigo Egito, ou seja foram muitas
descobertas durante todo o processo. Atividades, fotos e vídeos foram oram postados nos
blogs criancasdoces.blogspot.com,
criancasdoces.blogspot.com e sodionamedida.blogspot.com com o objetivo de
socialização. Os alunos de hoje estão inseridos e se desenvolvem em uma sociedade em que a
informação é abundante e instantânea, transmitida pelos mais diversosdiversos meios, desde a
linguagem falada até os de mais alta tecnologia, como e-mail
e mail e internet. Forma-se
Forma hoje uma
sociedade chamada da informação e do conhecimento, portanto não podia-se podia ignorar este
recurso tão rico.

O computador torna-se
torna se hoje ferramenta indispensável ao desenvolvimento dos
indivíduos e a educação deve incorporar essa ferramenta. Nesse contexto, os
profissionais em educação devem se utilizar e buscar formas de usar o computador
em sala de aula.” (TEIXEIRA
(TEIX E ARAÚJO, 2011, p. 7).

Na sala informatizada da escola, com a utilização dos recursos tecnológicos


disponíveis, divulgamos as pesquisas realizadas e promovemos o intercâmbio e a realização
de pesquisas interativas mais abrangentes. Ao longo do desenvolvimento
desenvolvimento do trabalho, o
projeto inicial sofreu alterações, buscando sempre aprimorar e incorporar conceitos
matemáticos significativos para as séries. O trabalho participou na Feira Interna de
Matemática.
Na visita a padaria, os alunos tiveram a oportunidade
oportunidade de verificar todo o processo da
fabricação de pães e sanando todas as dúvidas e questionamentos pertinentes ao assunto,
como: qual é o pão mais vendido; quantas pessoas trabalham no setor; qual o tipo de pão que
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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

exige mais dificuldade, bem como daquele


daquele que é de maior facilidade no preparo, temperatura
do forno; entre outros.
O estudo sobre o tema foi de conscientizar a comunidade escolar referente o consumo
de alimentos saudáveis e a sua contribuição para a promoção da saúde.

CONCLUSÕES

Pão, umm carboidrato importante para o nosso dia-a-dia.


dia dia. É o alimento mais antigo e
popular da humanidade que está presente em nossa mesa diariamente. Até 1816, os pães
produzidos no Brasil eram feitos de milho e de mandioca e a partir daquela época a farinha de
trigo
rigo foi utilizada para a fabricação. A farinha branca que era utilizada pela nobreza e a

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
farinha mais escura pelos menos favorecidos. Nos dias de hoje, temos uma inversão, onde um
pão feito com farinha integral é uma versão mais saudável e até de maior valor. Em relação ao
tipo de pão mais consumido, que é o francês, este equivale em média a 5 unidades de biscoito
água e sal. O pão, tendo a vantagem de maior saciedade. Cabe a nós sabermos optar por uma
versão mais saudável, com maior quantidade de fibras, analisando sempre o rótulo.

Além das mais variadas sementes e grãos, os farelos – tanto o de trigo quanto o de
aveia – são unanimidade quando o assunto é fibra. Fibra e receita de pão, claro. Por
isso, observe a presença dessa palavra nas embalagens e dê preferência a produtos
que a trazem logo no início da lista de ingredientes. Afinal,essa relação, que vem
estampada nos rótulos, é organizada pela quantidade em ordem decrescente.
(OLIVEIRA, 2011, p.32)

Um trabalho como este, deixa ainda muitas perspectivas de continuidade, pois tornou
as aulas mais significativas, dinâmicas e informativas, oportunizando, assim, contar,
comparar, medir, resolver problemas, reconhecer formas, classificar, ordenar, pesquisar,
enfim, um trabalho investigativo e desafiador. E ainda para finalizar faremos o festival de
pães, onde teremos uma diversidade de pães para degustação.

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, F.; PEREIRA, R. C. Pão uma Fornada de Saúde. Saúde é vital, São Paulo,
n.345, p.30-37, dez. 2011.

FIORENTINI, D. Investigações em sala de aula. In: JORNADA NACIONAL DE


EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 2008, Passo Fundo (RS). Anais... Passo Fundo: EDUPF, 2008.

TEIXEIRA, N. P. C; ARAUJO, A. E. P. Informática e educação: uma reflexão sobre novas


Metodologias. (Unidade Acadêmica de Garanhuns, UFRPE, CEP 55296-190, Garanhuns-PE,
Brasil). Disponível em: http://www.hipertextus.net/volume1/artigo13-nubia-alberto.pdf
Acesso em: 14 jul. 2011.
ANAIS – XXXFCMat

241
OBESIDADE INFANTIL: UM DESAFIO À MATEMÁTICA1

RAFAELI, Eduarda2; ULIANO, José Vitor3; ALVES, Márcia4.

RESUMO:: O presente projeto tem como objetivo alertar sobre a importância de uma boa alimentação e a prática
de exercícios físicos. A matemática instiga através do estudo de números naturais, decimais, fracionários,
porcentagem, gráficos e tabelas, estudo da massa corporal, também incluindo as demais disciplinas para
aprofundar sobre os riscos
iscos da crescente obesidade infantil no Brasil e no Mundo .Desenvolveu-se
.Desenvolveu com crianças de
6 a 12 anos, onde a incidência da obesidade age com mais prevalência atualmente. Fez-se
Fez se muitas pesquisas sobre
valores nutricionais, pesos e medidas das crianças, riscos
riscos provocados pelo excesso de peso e ao final do projeto,
constatou-se
se que muitas crianças realmente se encontram com excesso de peso e que estão neste patamar devido a
má alimentação e a falta justamente de atividades físicas.

Palavras-chave: Matemática.
a. Obesidade. Massa Corporal. Hábitos Saudáveis.

INTRODUÇÃO

No Brasil, não há regiões e nem classes econômicas que fuja do excesso de peso e
obesidade de sua população, mas é certo de que em algumas localidades geográficas esse
problema seja mais crônico.. Um dado preocupante é que entre crianças de 5 a 9 anos essa
porcentagem também é alta. O IBGE revela que 36,6% das crianças brasileiras estão acima do
peso. Os índices de obesidade também estão num patamar elevado, crescendo muito nos
últimos 35 anos. A matemática integra números naturais, números fracionários e cálculo com
porcentagem gráfica e tabelas. Todas as demais disciplinas foram integradas durante o
desenvolvimento do projeto.
A obesidade infantil é caracterizada pelo excesso de gordura acumulada nos tecidos
adiposos. Está diretamente ligada a infância, pois é nessa fase, que se adquire a maior parte
dessas células. (SALIM & BICALHO, 2004). Uma criança obesa tem 30% de chance de virar
um adulto obeso, tornando esse risco 50% maior se ela adquirir a obesidade na adolescência,
isso acontece porque as células adiposas vão ficando cada vez mais cheias de gordura, até que
estouram e se multiplicam muito comum no primeiro ano de vida e na adolescência, levando a
pessoa ao excesso de peso e até mesmo a obesidade. ob “Intervenções em crianças,
principalmente antes dos 10 anos de idade ou na adolescência, reduzem mais a severidade da
doença do que quando as mesmas intervenções são realizadas na idade adulta, visto que
mudanças na dieta e na atividade física podem
podem ser influenciadas pelos pais e educadores e
poucas modificações no balanço calórico são necessárias para causar alterações substanciais
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

no grau de obesidade.”
esidade.” (CHAVES et al., 2008) A obesidade infantil não é mais apenas um
problema estético, que incomoda
incomod por causa da zoação dos colegas, foi-sese o tempo que criança
saudável era criança gordinha, hoje o cenário é assustador, visto que a obesidade atinge em
média cerca de 15% dos pequenos.A obesidade infantil de crianças brasileiras está
proporcionalmente igual
ual a dos EUA, onde 33% da população infantil está acima do peso.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-Relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Dr.Fernando Ferreira de Mello – Rio do Campo.
2
Aluna do 5º. ano vespertino.
3
Aluno do 5º. ano matutino.
4
Professor Orientador, EEB Dr.Fernando Ferreira de Mello, marciaecleberson@hotmail.com.
marciaecleberson@hotmail.com

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Também se sabe que a alimentação tem função direta no rendimento escolar, crianças
que não se alimentam adequadamente ficam indispostas, desatentas e agressivas, com isso
aprendem mal, refletindo nas suas notas e até na repetência de série, essas são algumas das
causas mais frequentes em crianças que apresentam obesidade. Um fator curioso para o
aumento de peso na atualidade diz respeito à violência urbana, a pedido de seus pais, as
crianças, ficam dentro de casa com atividades que não as estimulam praticar atividades
físicas, passam horas sentadas em frente à TV, computador e quase sempre com um pacote de
biscoitos, salgadinhos (produzidos com muita gordura e sódio) acompanhados de
refrigerantes e sucos artificiais que contêm muito açúcar.
Outro ponto são as pesadas estratégias das redes “fast food”, com seu marketing
visando lucros, exploram o público infantil e se tornam imensamente populares no Brasil e no
mundo, vendem cada vez mais, lanches sem valor nutricional, ganham financeiramente,
enquanto a população engorda e adquiri problemas de saúde. As crianças obesas em muitos
casos ingerem pouca quantidade de comida, mas usam alimentos de alto valor calórico e isso
causa o aumento de peso. Entre os fatores que tem sido associado ao aumento de
sobrepeso/obesidade é a ampla disponibilidade e variedade de produtos gostosos e baratos,
porem ricos em energia e servida em largas porções; baixo gasto energético ocasionado pelo
baixo encorajamento para a realização de atividade física na sociedade moderna. (NUNES et
al., 2006).
O presente projeto tem como finalidade integrar-se as demais disciplinas, para reverter
ou pelos menos diminuir o quadro alarmante em que se encontram nossas crianças.

MATERIAL E MÉTODOS

Iniciou-se com a apresentação do tema às crianças, no mês de Abril de 2014, como foi
aceito partiu-se para as pesquisas através da internet, livros didáticos, notícias de jornal,
levantamento de dados, na escola, nas famílias e pesquisas nos supermercados locais. As
crianças levaram para casa alguns questionários para observação dos hábitos alimentares fora
da escola. As conseqüências da obesidade na infância incluem dificuldades psicossociais
(discriminação, auto-imagem negativa, socialização diminuídas), além das limitações de
movimento, tendem a ser contaminadas com mais facilidade por fungos e outras infecções de
pele em suas dobras de gordura, sobrecarregam sua coluna e membros inferiores,
apresentando em longo prazo, degenerações (artroses) de articulações da coluna, do quadril,
joelhos, tornozelos, varizes superficial e profunda como também problemas de úlcera. È
importante salientar que o excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas diretos,
salvo quando atingem valores extremos, geralmente a pessoa apresenta algumas limitações
estéticas, acentuadas pelo padrão atual de beleza, que geralmente exige um peso corporal até
menor do que o aceitável como normal.
As crianças foram de sala em sala medir e pesar os colegas da escola. Após ter os
números de medidas de cada aluno de 1º. A 5º foi feitos os cálculos de IMC, o que
proporcionou a construção de todos os gráficos individuais por sala e gráficos comparativos
de algumas turmas, entre meninos e meninas.
Nos meses de maio a julho, a turma se dedicou exclusivamente a recolher
informações, sendo através de questionários, textos informativos, contação de histórias
ANAIS – XXXFCMat

243
infantis envolvendo o tema. No mês de Agosto a Dra. Maria Angélica de Lucca.esteve na sala
trabalhando a importância dosdos alimentos no cuidado dos dentes. Também realizaram
pesquisas sobre as regiões brasileiras com mais prevalência da obesidade infantil. Com base
no livro Didático Saúde Alimentar, os alunos construíram a Pirâmide Alimentar e realizaram
estudos acerca das porções diárias que devem ingerir.
Foi realizada a Semana da Conscientização contra a Obesidade Infantil de 17 a 19 de
Agosto com caminhada, dança e alongamento. As atividades foram de 15 a 20 minutos
realizadas no parquinho que conta com aparelhos de ginástica
ginástica e brinquedos por vezes
esquecidos pelas crianças. Houve descontração e alegria.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os índices de obesidade no Brasil chegaram a patamares nunca vistos antes, atingindo


metade da população, concentrando-se
concentrando principalmente na zonaa urbana e nas regiões com
maior poder de renda.

Figura 1- Regiões Brasileiras com Prevalência de Obesidade Infantil.

NORTE 7%

CENTRO-OESTE 7%

SUL 15%

NORDESTE 28%

REGIÃO SUDESTE 43%

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Fonte:www.brasilescola.com/saude--na-escola/conteudo/obesidade-no-brasil

A obesidade é resultante da ação de fatores ambientais (hábitos alimentares, atividade


física e condição psicológica) sobre indivíduos geneticamente predispostos a apresentar
excesso de tecido adiposo. No Brasil, estudos comprovaram que mudanças nos padrões padrõe
nutricionais - relacionado-os
os com mudanças demográficas, socioeconômica e epidemiológicas
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ao longo do tempo - estão refletindo-se


refletindo se na redução progressiva da desnutrição e no aumento
da obesidade (Monteiro et al.,1995). Quando há obesos na família, a chance chanc da criança
desenvolver obesidade é muito maior. Esse aspecto é importante para o processo de
prevenção, e os pais devem ser alertados sobre esse risco. Quando pai e mãe são obesos, a
chance da criança ser obesa é de 80% mas, quando apenas um tem o problema,
proble a chance é de
40%.

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Figura 2-
2 Principais Causas Da Obesidade Infantil

10% 5%
CONSUMO DE ALIMENTOS NÃO
SAUDÁVEIS
50% SEDENTARISMO

35%
HORMÔNIOS

CAUSAS GENÉTICAS

Fonte:www.brasilescola.com/saude--na-escola/conteudo/obesidade-no-brasil

Com a atividade de pesagem e medição das crianças foi possivel construir gráficos ora
por sala, ora comparativo
vo entre meninos e meninas sobre o índice de massa corporal dos
mesmos.

Figura 3:
3 Gráfico comparativo IMC - 5 ano
50
40
30
20
10
0
BAIXO
BAIXO
PESO BAIXO SOBREPES SOBREPES SOBREPES
PESO NORMAL
MODERAD PESO LEVE O1 O2 O3
GRAVE
O
MENINOS 42 10 7 13 5 1 0
MENINAS 34 7 9 14 3 2 0

Fonte: Alunos do 5 ano da E.E.B.Dr. F.F.De Mello Abril de 2014

Tabela1-Classificação
Classificação IMC-
IMC pela OMS (Organização Mundial de Saúde)
Valor do IMC Classificação
IMC < 16 Baixo Peso Grave
16 IMC < 17 Baixo Peso Moderado
17 IMC < 18,5 Baixo Peso Leve
18,5 IMC < 25 Normal
25 IMC < 30 Sobrepeso Leve
30 IMC < 40 Sobrepeso Moderado
IMC 40 Sobrepeso Grave
Fonte: OMS Organização Mundial da Saúde - www.brasilescola.com/saude-na-escola/conteudo/obesidade
escola/conteudo/obesidade-no-
brasil
ANAIS – XXXFCMat

245
CONCLUSÕES

Em se tratando da obesidade na infância e adolescência, constatamos que ela é


resultante de uma má nutrição e de um estilo de vida sedentária. Um fato importante a ser
destacado é que a obesidade pode ser adquirida geneticamente por indivíduos pré-dispostos
pré a
apresentar excesso de tecido adiposo. O presente projeto constatou também inúmeras
doenças decorrentes de uma vida juvenil obesa, e que é preciso combater a proliferação
pro desse
problema de saúde pública que é a obesidade, já considerada uma epidemia global.
Concluiu-se
se nesse Trabalho, que o profissional de educação física juntamente com um
nutricionista, médicos, dentistas apoio pedagógico da escola, pode estar interferindo
in e
modificando o cotidiano escolar das crianças a fim de reverter ou por menos que seja diminuir
o quadro alarmante em que nossas crianças estão inseridas.

REFERÊNCIAS

ALENCAR, Marina Senti de. Segurança Alimentar: sua saúde dia-a-dia


dia. São José. Alvart
Editorial, 2009.
CHAVES, M. das G. A.M.; MARQUES, M.H.; DALPRA, J. O.; RODRIGUES,P.A.;
CARVALHO, M. F. de; CARVALHO, R.F. de. Estudo da relação entre a alimentação
escolar e a obesidade. HU Revista, Juiz de Fora, v. 34, n. 3, p. 191-197,
191 , jul./set. 2008.
MELLO, Elza D. de. Obesidade infantil. In: DUNCAN, Bruce D. Medicina ambulatorial:
evidências. Porto Alegre: Artes Médicas,
condutas em atenção primária baseadas em evidências.
2004. p.283-287.
NUNES, M. A. Transtornos alimentares e obesidade. In: SICHIERI,R.; SOUZA, de R. A.
G. Epidemiologia da obesidade. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 251-264.
264.
---------------,, Transtornos alimentares e obesidade. In: COUTINHO, W.; DUALIB,
P. Etiologia da obesidade. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 265-272.
265
---------------,, Transtornos alimentares e obesidade. In: BRESSAN, J.; COSTA. A. G.
V. Tratamento nutricional da obesidade. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 315-326.
315
SANNER, S. Obesidade infantil: O que deve e o que não deve ser feito?. 2009. Disponível
em: <http://www.metodomaisvida.com.br>.
//www.metodomaisvida.com.br>. Acesso em: 23 abril de 2010.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

SILVA, I. ; NUNES, C. Obesidade Infantil e na Adolescência. Disponível em:


<http:// www.fiocruz.br/obesidadeinfantil>. Acesso em: 23 abril de 2010.
DUTRA DE OLIVEIRA, Jose Eduardo Marchine, Jose Sergio. Ciências nutricionais. São
Paulo; editora: Savirer, 1998.
FONCECA, João Gabriel Marques. Enciclopédia da saúde obesidade e outros distúrbios
alimentares.. Rio de Janeiro; editora: Medsi, 2001.

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
QUEIJOMÁTICA1

ANDRIOLLI, Ana Julia2; PURNHAGEN, Marcella Faria3; ROLOFF, Carla Kleine4.

RESUMO: O tema abordado Queijomática, com o objetivo de cálculos sobre a agroindústria, Laticínio Passo
Manso explorando os conceitos matemáticos a nível do quarto ano do Ensino Fundamental.Com visitação
pesquisa e cálculos, entrevistas e levantamento de dados foram elaborados uma sequência de registros
expressados pela turma e relatados no trabalho apresentado. Assim sendo os conhecimentos matemáticos
adquiridos no trabalho retrata a utilização da matemática no nosso cotidiano.

Palavras-chave: Educação Matemática. Cálculos Custo. Cálculos Benefícios. Laticínios Passo Manso.

INTRODUÇÃO

O presente projeto foi desenvolvido objetivando buscar conhecimentos sobre uma


agroindústria de nossa cidade, Laticínios Passo Manso, onde se valoriza a geração de
emprego e lucro para os agricultores da região. A empresa iniciou suas atividades em 1994,
onde os trabalhos eram realizados pela família Vale. Hoje, vinte anos depois, está contando
com aproximadamente 15 funcionários além da família e passou a investir em tecnologias e
qualificação de pessoal, contratando profissionais em Química Industrial de alimentos e
veterinária, visando o aperfeiçoamento dos produtos que fabricam.
A escolha do tema surgiu devido ao fato de que se pode permitir explorar a
matemática, através das quatro operações, área, volume, cálculo de distância, gráfico de
crescimento de funcionários, preço de venda dos produtos, geometria, frações e jogos.

(...) o sentido direto do saber é impossível (...) [.] o uso e destruição dos
conhecimentos precedentes fazem parte do ato de aprender. Consequentemente
temos que admitir uma determinada reorganização didática do saber, que troca seu
sentido, e temos que admitir também ao menos de modo transitório uma
determinada dose de erros e contradições, não só por parte dos alunos, mas também
por parte do ensino. (PRODAVAN, Daniela, 2011. p. 148 - 156).

Guy Brousseau, um dos principais representantes da didática da matemática, proponha


um modelo do qual é possível pensar o ensino como um processo centrado na produção dos
conhecimentos no âmbito escolar. Para esse autor produzir conhecimento supõe estabelecer
novas relações e transformar e reorganizar outras. Assim sendo, a questão não é só fazer com
que os alunos reinventem a matemática já existente, mas sim com a elaboração de hipóteses
onde são confrontadas e contestadas na resolução de problemas e apresentadas no em questão.

MATERIAL E MÉTODOS

No início do ano manifestamos o interesse em desenvolver o trabalho para a feira


regional de matemática e escolhemos o tema da agroindústria de laticínios, que é da família

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: Colégio Cenecista Nossa Senhora de Fátima – Taió.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, Colégio Cenecista Nossa Senhora de Fátima, carla.roloff@sesisc.org.br.
ANAIS – XXXFCMat

247
da aluna Eduarda Possamai. Em Abril de 2014 realizamos uma visita à fábrica, onde tivemos
a oportunidade de conhecer as instalações e o processo de produção do queijo. Quando
chegamos fomos recebidos pela Senhora Jaqueline Vale, que nos recepcionou e conduziu as
apresentações de todas as etapas da fábrica ao Químico responsável Senhor Geison Andriolli.
As etapas da coleta do leite até a entrega do produto foram explicadas e anotadas por todos
todo
nós, e sem perceber, a Matemática já se fazia presente desde a nossa saída do Colégio, quando
calculamos a distância e o gasto do automóvel. Seguidos por cálculos de distância, da semana,
produção, área, perímetro, gráficos, frações e sistema monetário.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Cálculo da distância percorrida em nosso passeio: Sabendo que a distância percorrida até a
empresa foi de 50 km de ida e volta e que o microônibus é abastecido a diesel, percorrendo 5
km com 1 litro de diesel, iniciamos as contas:
50 km dividido por 5 km=10 litros de diesel necessários para ida e volta.
Sendo que o litro do diesel neste dia era de R$ 2,54, Calculamos:
10litros X 2,54= 25,40
Assim o gasto foi de R$ 25,40

Cálculo da distância percorrida pelo caminhão da empresa: Com o início das explicações,
o Químico comentou sobre o trajeto que o caminhão da empresa faz diariamente para recolher
o leite que os agricultores da região vendem ao laticínio.
O caminhão faz em média 150 km por dia assim queríamos saber quanto ele percorre
percorr
em um mês.
150 x 30 = 4500km em um mês.

Cálculos com Leite: Após verificarmos como o leite chega até a empresa, vimos que o
alimento fica armazenado em um tonel de alumínio que comporta 10000 litros de leite, que
passará pelas fases de pasteurização que é quando a temperatura do leite é elevada a 75 graus
por 25 minutos. Coagulação do leite, corte e retirada do soro, enformagem, salga e secagem
do queijo, fatiamento e embalagem, armazenamento e expedição de venda.
A empresa atualmente fabrica queijo tipo prato, queijo mussarela, queijo tipo minas
frescal, ricota e tem meta de fabricar ainda neste ano, a nata (creme de leite).
O Químico relatou que em média a quantidade de leite utilizada em um dia é de 10 mil
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

litros. Assim calculamos para:


1 semana: 10000x7dias=70mil
x7dias=70mil litros de leite
1 mês: 10000x30 dias=300 mil litros de leite
1 ano: 10000x365 dias=3650000 litros de leite
Ainda aprendemos que são necessários 10 litros de leite para fazer 1 kg de queijo.
Assim, percebemos que com os 10mil litros de leite do tonel poderiam ser feitos 1000
kg de queijo. Utilizando regrinha de três simples, onde
10 litros de leite=1 kg queijo
10000litros de leite= x
10000/10=x

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
X=1000 kg de queijo
Aprendemos uma curiosidade muito interessante neste dia. Uma vaca de leite necessita em
média de 600 litros de sangue circulando em seu ubre para conseguir fabricar 1 litro de leite.

Área dos tanques de queijo: Um dos tanques de armazenamento, para fabricação dos queijos
tem medidas de 4,70m de comprimento X 1,33 largura X 0,70 cm de profundidade onde
percebemos sua forma retangular e calculamos a área deles através da fórmula:
A=comprimento x largura
A= 4,70 X 1,33
A= 6,251 m2

Volume do tanque de queijo: Para encontrarmos o volume de um poliedro retangular com


medidas de 4,70m de comprimento X 1,33 largura X 0,70 cm de profundidade aplicamos a
fórmula:
V= comprimento X altura X largura
V= 4,70 X 1,33 X 0,70
V= 4.3757 m3
Aproximadamente 4 metros cúbicos e meio de volume.

Área do terreno da empresa: O terreno da fábrica possui 50 metros de comprimento por 50


metros de largura e a construção da empresa têm dimensões de 20 metros de comprimento por
13 metros de largura. Assim para encontrarmos a área do terreno e a área construída
utilizamos a fórmula:
Área do terreno: Área construída:
A= comprimento x largura A= comprimento x largura
A= 50 x 50 A= 20 x 13
2
A= 2500 m A= 260 m2

Porcentagem de área construída: Sabendo a área do terreno e a área construída, queríamos


descobrir quantos por cento do terreno estava sendo utilizado com a construção da empresa,
para isso utilizamos regrinha de três:
2500 = 100%
260 = X
2500 X = 26000
X= 26000/2500
X=10,4% está sendo utilizado para área construída da fábrica.

Gráfico do crescimento de funcionários:


Quando perguntamos sobre o número de funcionários fixos da empresa, a proprietária nos
passou que além da família Vale trabalham 15 pessoas atualmente. Abaixo confeccionamos
um gráfico de barras para esboçar o crescimento do número de funcionários da empresa no
decorrer dos 20 anos com os seguintes dados:
ANAIS – XXXFCMat

249
Tabela1: Crescimento do número de funcionários, em 20 anos.
ANO 1994 1998 2002 2006 2010 2014
FUNCIONÁRIOS 4 5 6 7 10 15
Fonte: Autoria própria (2014).

Figura 1 – Gráfico de barras para representar o crescimento de Funcionários em 20 anos.

16

14

12

10

8 Número
Funcionários
6

0
1994 1998 2002 2006 2010 2014

Fonte: Autoria própria (2014).

Entrega dos produtos: A empresa possui alguns vendedores na região de nosso estado bem
como fora dele. A média de venda de queijos de um dia é de 1000 kg e o preço de venda varia
de acordo com a época. Na data da nossa visita o queijo normal estava sendo vendido por R$:
13,50 kg.
Assim calculamos o valor mensal de venda sendo:
1000 kg por dia x 30 dias do mês = 30000 kg de queijo x 13,50 = R$: 405.000,00 de
venda de queijo para todos os pontos de entrega no estado.

Frações com queijos: No final da tarde formos surpreendidos com um café muito saboroso
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ofertado pela família Vale. E durante nosso momento de alimentação, percebemos que os
pedacinhos de queijo cortados formavam frações que já havíamos estudado. Descrevemos
algumas delas em nossos os cadernos quando retornamos para sala de aula e aqui explicaremos
alguns problemas que fomos solucionando em conjunto:
01) No café da tarde o queijo de 1 quilograma foi dividido em quantos pedaços, e
qual será a fração que representa cada pedaço com seu respectivo
resp peso ?
Resolução:
1 kg=1000g
½ de 1000g= 1000/2= 500g x 1 =500g cada pedaço
¼ de 1000g= 1000/4=250g x 1 = 250g cada pedaço

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
1/5 de 1000g= 1000/5=200g x 1= 200g cada pedaço
02) Uma padaria comprou 12 queijos e foram vendidos, ¼ na segunda-feira, 2/3 na
terça-feira. Houve sobras? Quantos?
Segunda: ¼ de 12= 12/4=3 x 1=3 queijos
Terça: 2/3 de 12= 12/3=4 x 2= 8 queijos
3 queijos + 8 queijos=11 queijos, assim sobrou um queijo.

Jogo didático: Corrida dos queijos Fracionários


E para testar nossos conhecimentos confeccionamos um jogo didático envolvendo queijo e
frações.

Maquete da empresa: Além das fotos e desenhos que fizemos do local visitado, construímos
uma maquete que envolve nosso aprendizado de geometria com polígonos e poliedros

Figura 2: Ambiente laticínio. Figura 3: Recepção do grupo.

Fonte: Autor.

CONCLUSÕES

Ao analisarmos todo conteúdo de nosso projeto percebemos que a matemática está


envolvida em todo trabalho realizado na empresa desde a matéria-prima até o momento da
distribuição, o Laticínio Também traz fornecendo empregos fixos, desenvolvimento
econômico ao município com a coleta do leite, aproveitando ao máximo a matéria-prima e
produzindo derivados do leite. Dessa forma, concluímos que fica muito mais divertido e
prazeroso aliar nossos conhecimentos matemáticos estudados no 4º ano aos procedimentos da
empresa, percebendo o quanto a Matemática é útil tanto em nosso cotidiano escolar, bem
como fora dele.

REFERÊNCIAS

BROUSSEAU, Guy. et al. Didática das Matemáticas. Lisboa: Instituto Piaget, 1996. p. 35.

PRODAVAN, Daniela, et al. Projeto prosa matemática. 2. Ed. São Paulo: 2011. p. 148-156.
ANAIS – XXXFCMat

251
REAPROVEITANDO COM SIGNIFICADO MATEMÁTICO1

SEVERO, Alessandra2; ALVES, Geovana Tomacheski3; BRANDÃO, Lucineia Dal Medico4.

RESUMO: O presente trabalho mostra a importância e a necessidade de conscientizar a comunidade escolar, os


pais e a sociedade sobre o problema da produção e destino do lixo produzido, visto que o objetivo do projeto foi
o de transformar o lixo em algo aproveitável,
aproveitável, ajudando assim a manter um ambiente sadio e sustentável.
Desenvolvendo a conscientização dos educando para a preservação do meio ambiente, reaproveitando. O Pneu
foi um problema em destaque na turma do 5° ano, nas aulas de matemática. Por ter tempo indeterminado
ind de
decomposição e por estar em excesso jogado nas áreas ambientais da comunidade escolar. O mesmo foi
recolhido e reaproveitado em nossa escola, construindo lindos jardins, além de reaproveitar o pneu também foi
trabalhado o solo e as plantas nessa
ssa atividade, o aprendizado matemático foi muito significativo. O projeto será
continuo em nossa instituição já que possui grande relevância social e consciência ambiental.

Palavras-chave:: Reaproveitamento. Conscientização. Aprendizado matemático.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho justifica-se


justifica se por desenvolver a conscientização dos educando para a
preservação do meio ambiente, reaproveitando e reciclando o máximo de objetos e utensílios.
O Pneu foi um dos problemas levantados pelos alunos do Ensino Fundamental
Fundame 5°ano, por
estar em excesso jogado nas áreas ambientais da comunidade em que estão inseridas, além da
difícil decomposição do mesmo na natureza. Sendo assim, este foi o objeto de estudo
escolhido para as aulas matemática. O surgimento dos pneus de borracha
borracha fez com que fossem
substituídas as rodas de madeira e ferro, usadas em carroças e carruagens desde os primórdios
da história. Esse grande avanço foi possível quando o norte-americano
norte americano Charles Goodyear
inventou o pneu, ao descobrir o processo de vulcanização
vulcanização da borracha quando deixou o
produto misturado com enxofre, cair no fogão. Mal sabia ele que sua invenção revolucionaria
o mundo. Entre as suas potencialidades industriais, além de ser mais resistente e durável, a
borracha absorve melhor o impacto das das rodas com o solo, o que tornou o transporte muito
mais prático e confortável. Outra situação problema encontrada é o fato de que os jardins do
pátio da escola nunca mantinham-se
mantinham se floridos ou bonitos devido a região ser sombria e com
grande acumulo de água,ua, varias pesquisas foram realizadas e percebeu-se
percebeu se uma alternativa de
solução para ornamentar a nossa escola com o uso dos pneus.O mesmo foi recolhido e
reaproveitado para a ornamentação do pátio escolar, construiu-se
construiu se dessa forma os jardins.
Além dessee trabalho, em sala de aula a área das exatas, noções matemáticas, como as 4
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

operações básicas, medidas, geometria, estatísticas, valores monetários, comparações e


possibilidades, na área científica - o solo e as plantas foram conteúdos curriculares
desenvolvidos,
olvidos, bem como proporcionado aos alunos a reflexão sobre a consciência ambiental,
e as implicações desta como relevância social. O projeto será contínuo na Escola Municipal
Rotary Fritz Lucht.

1
Categoria: Ensino Fundamental - Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-
Inter relação com
outras Disciplinas; Instituição: Escola Municipal Rotary Fritz Lucht – Joaçaba.
2
Aluna Ensino Fundamental I 5° ano.
ano
3
Aluna Ensino Fundamental I 5° ano.
ano
4
Professor Orientador, EM Rotary Fritz Lucht, Joaçaba, jm.lucineia@hotmail.com.
jm.lucineia@hotmail.com

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
MATERIAL E MÉTODOS

Com o intuito de executar o trabalho foi necessário seguir algumas etapas:


• Mapear a comunidade escolar, utilizando relatórios de observação, onde foi
detectada a presença de pneus jogados na natureza;
• Transporte dos 108 pneus para a ambiente escolar com o auxílio da comunidade;
• Material de limpeza e tinta para a revitalização dos pneus e execução do trabalho,
o qual, realizados por alunos e professores;
• Local para construção, medir e calcular perímetro e área dos locais a ser
construído;
• Visita de campo, observação em uma estufa de flores da região, o processo de
plantio e compra das flores;
• Solo, preparação da terra para preencher os pneus, trabalhando assim as noções de
ciências;
• Organização do formato dos jardins, noções de geometria;
• Plantio das mudas de flores;
• Cálculos comparativos em sala de aula, reflexão sobre gastos de jardins de
concreto e estimativas de gastos com os pneus.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para execução do trabalho foi necessário um mapeamento ambiental da comunidade


escolar, onde foi encontrado o problema de pneus jogados na natureza de forma incorreta, o
mesmo ocorreu no início do ano letivo de 2014. O problema foi abordado e trabalhado nas
aulas de matemática com os alunos do 5° ano, com a colaboração da professora de ciências,
observou-se que o pneu possui tempo indeterminado para sua decomposição, informação que
agrava ainda mais o problema em questão. Muitas hipóteses para o destino dos mesmos foram
levantados pela turma, no entanto, a selecionada foi a construção de jardins na escola.
Os pneus foram recolhidos com ajuda da comunidade e órgãos municipais e trazidos
para a escola, com a ajuda de adultos. Os alunos lavaram e os professores pintaram. Após
escolher o local para a execução do projeto, os conhecimentos matemáticos foram aplicados,
medindo com barbantes e depois com ajuda da trena revertendo as medidas para metros e
centímetros, os futuros jardins, também foi possível o entendimento através dessa pratica,
noções de comprimento e largura, cálculo de área e perímetro.
Com um planejamento artístico elaborou-se a colocação dos pneus na área
determinada. Em alguns locais foram organizados retas, em outros círculos e pirâmides, na
frente da escola foi possível fazer uma cerca para proteção da grama e alguns animais de
ornamentação.
Ainda, com o pneu foi possível trabalhar noções de geometria, região plana, circulo
contorno, circunferência e a esfera e o sólido geométrico. No local dos jardins, trabalhou-se a
região plana quadrada e retangular e seus contornos. Estimativas de valores foram refletidos
na turma, quantidades de pneus, valores atuais dos mesmos no comércio, quantidade de
carros, possíveis donos dos mesmos, possibilidades e problemas matemáticos envolvendo as
ANAIS – XXXFCMat

253
operações básicas. No decorrer do trabalho a teoria foi posta em prática, o que proporcionou
uma aprendizagem
dizagem significativa e prazerosa. O solo foi preparado, com a ajuda do servente e
da professora regente de sustentabilidade, que contribuiu com a composição ideal para dos
jardins. Oportunizou-se
se aos alunos o entendimento da composição do solo e sua importância.
impor
Solo pronto, colocado dentro dos pneus, já organizados em seus locais. Obtive-se
Obtive 4 jardins
internos e a frente da escola, ao todo foi usados 108 pneus, nos jardins um total de 59 e na
cerca no pátio externo 49 pneus. Plantar foi o próximo passo, com
com a ajuda financeira da APP
da Escola, a compra das mudas de flores foi realizada, visitou-se
visitou se uma estufa de mudas de
flores da região, sob orientação da professora de sustentabilidade, a qual coordenou a espécie
adequada para os jardins de pneus e a época do ano para o plantio. As espécies escolhidas
foram cravo, tagete e dente de leão. A matemática esteve presente na realização do mesmo.
Observou-sese que as bandejas continham 15 mudas no valor de 8,00 cada. Precisou-se
Precisou de 20
bandejas, ou seja, 300 mudas, em cada pneu foram plantadas 5 mudas de flores, resultando na
multiplicação de 295 mudas, sobrando 5 mudas o que poderíamos plantar em mais um pneu.
Calculando o valor da compra obteve-se
obteve um gasto de 160,00.
A etapa seguinte plantou-se
plantou as flores nos pneus, com o auxilio da professora de
sustentabilidade foi possível aprender sobre a melhor forma de colocar a muda na terra.
Jardins construídos, objetivo alcançado com sucesso, observou-se
observou se o trabalho executado, uma
reflexão matemática foi realizada. A comparação
comparação de econômica, através de estimativas
conseguiu-sese entender que o reaproveitamento é mais saudável financeiramente. Uma
curiosidade instigou a turma: Quanto gastaríamos se os jardins fossem feitos de concreto? As
lojas de materiais de construção foram visitadas
visitadas para sanar a dúvida. Com ajuda de um
profissional, pedreiro, e com as medidas dos jardins, levantou-se
levantou se os dados da quantidade de
material de construção que seria utilizado da construção. Para o total seria necessário
aproximadamente, 5 sacos de cimento
cimento no valor de R$25,00 cada, 2 metros de areia no valor
de R$120,00, e 300 blocos no valor de R$600,00, o que resultaria no valor de R$845,00, sem
o valor de mão de obra.
A reflexão matemática, comparativa ao que poderia ter sido gasto e o que se gastou
despertou o espírito critico do aluno que concluiu que além de reaproveitar, despertar a
consciência de proteção do meio ambiente, foi possível economizar financeiramente.
Os jardins recebem manutenção periodicamente, são irrigados pelos alunos e
professores.
A grande relevância social foi abordada na comunidade escolar, a qual se envolveu na
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

execução de jardins de reaproveitamento em suas casas, onde o aluno saiu do meio escolar e
foi para a comunidade repassar seus conhecimentos adquiridos na teoria e nan pratica.

A proposta de trabalhar questões de relevância social na perspectiva transversal a


ponta para o compromisso a ser partilhado por professores de todas as áreas, uma
vez que é preciso enfrentar os constantes desafios de uma sociedade, que se
transforma e exige continuamente dos cidadãos a tomada de decisões, em meio a
uma complexidade social
social crescente. Uma vez que o conhecimento não se
desenvolve á margem de variáveis afetivas e sociais, a capacidade de reflexão crítica
é forjada durante o processo de ensino e aprendizagem, ao lado da convivência
social (BRASIL, 1998, p.50).

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
O trabalho realizado é permanente em nosso ambiente escolar, pois além do despertar
para uma conscientização ambiental, amplia as possibilidades de aprendizagem em diversas
áreas do conhecimento.

CONCLUSÕES

O reaproveitamento e o despertar da consciência ambiental é uma maneira de


amenizar o impacto ambiental que o descarte indevido de pneus podem provocar ao meio
ambiente. A escola como instituição social e educacional em sua grade curricular procura
instigar iniciativas de ensino/aprendizagem aliando teoria e pratica, sendo assim, foi proposta
a situação problema aos alunos e a comunidade. Percebeu-se que depois de descartados de sua
original função, os pneus são destinados a terrenos baldios e a exposição da natureza.
Atualmente o mercado automobilístico ainda não conta com uma divulgação eficiente de
como reutilizar de modo geral os pneus. Dessa maneira a Escola Municipal Rotary Fritz
Lucht buscou junto aos alunos e professores resolver a situação ambiental encontrada e dar
destino aos pneus. Acredita-se que o conhecimento da forma correta do reaproveitamento dos
pneus deve ser incorporada aos hábitos conscientes da comunidade em geral, no que tange os
objetivos propostos para o trabalho, o qual além de produzir conhecimento matemático e
científico embelezou o pátio na unidade escolar.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:


Ciências Naturais – 3° e 4° ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998.
ANAIS – XXXFCMat

255
RECEITA CULINÁRIA LINGUAGENS E MEDIDAS1

FERREIRA, Eufrasio Adrian Neto Borges2; PAIXÃO, Bianca3;


CALHEIA, Simone de Carvalho4.

RESUMO: Este projeto intitulado “Receitas culinária linguagens e medidas possui como principal objetivo o
trabalho interdisciplinar através de um mesmo objeto de estudo e foi desenvolvido na Escola Básica Arnaldo
Brandão. Para tanto se escolheu o gênero textual receita”.
receita”. Gêneros textuais são realizações lingüísticas concretas
definidas por propriedades sociocomunicativas é a situação de produção de um texto que determina em que
gênero ele é realizado. Assim, além de características lingüísticas uma recita pode apresentar
apr elementos que
abrangem o sistema cognitivo interligando conhecimentos. Foi proposto aos alunos realizarem uma pesquisa de
tipo de alimentos que mais gostam e após lerem e verificarem sua estrutura textual exploraram a capacidade de
medidas, capacidade
ade de tempo, quantidades de ingredientes, o dobro, o triplo, etc. nas aulas de matemática, e por
fim foi feito na sala de aula um bolo a fim de verificar o aprendizado de cada aluno. Com este trabalho os
alunos puderam entender que a matemática está presente
presente em seu dia a dia, das coisas mais complexas ás mais
simples, como uma receita de bolo.

Palavras-chave: Gênero Textual Receita


eceita. Capacidades de Medidas. Capacidades de Tempo
empo. Dobro. Triplo.

INTRODUÇÃO

Na nossa sociedade muitas crianças percebem o mundo e as diversas formas de


representação do real antes de um aprendizado sistemático da leitura e da escrita. Isto é
facilmente
acilmente percebido em suas tentativas de compreender os diferentes textos como:
embalagens, comerciais, anúncios de televisão, outdoors,
outdoors, cartazes de rua, receitas, etc. É um
mundo cheio de cor, de ação e de símbolos impregnados de significados. Este processo
ajudará no desenvolvimento de decodificação das palavras e símbolos matemáticos. Pensando
nisso, desenvolveu-se
se um projeto “Receita Culinária Linguagens e Medidas” para contribuir
com a formação do aluno e para construir um processo de ensino e aprendizagem de maneira
interdisciplinar.
Consequentemente, esse gênero textual faz parte do nosso cotidiano, possui fácil
compreensão, os alunos se identificam rapidamente e é comum haver cadernos de recitas em
suas casas. Essas receitas possuem linguagem matemática e tratam de alimentação,
possibilitando o aprofundamento nas questões relacionadas ao ensino de quantidades,
capacidades de medidas,
idas, capacidades de tempo, o dobro, o triplo.
O projeto foi aplicado em uma turma de 3º ano (sistema de nove anos) com o objetivo
XXX Feira Catarinense de Matemática

de aprofundar a elaboração textual, reconhecer características do gênero textual e capacidade


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

de medida, capacidade de tempo, o dobro, o triplo, para que o aluno perceba que para fazer
um bolo para grande quantidade de pessoas é necessário o dobro ou o triplo de todos os
ingredientes.
A aula de culinária possibilita oportunidade para que o aluno conviva socialmente com
os colegas,
s, faz com que também desperte o seu lado afetivo, ensina os alunos a respeitarem
uns aos outros e conhecer seus limites. Eleva a autoestima dos alunos, pois eles irão se sentir

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: EB Arnaldo Brandão – Itajaí.
2
Aluno, Ensino Fundamental
amental Anos Iniciais, E.B Arnaldo Brandão, Itajaí, ebarnaldobrandao@itajai.sc.gov.br.
ebarnaldobrandao@itajai.sc.gov.br
3
Aluna, Ensino Fundamental Anos Iniciais, E.B Arnaldo Brandão, Itajaí, ebarnaldobrandao@itajai.sc.gov.br.
ebarnaldobrandao@itajai.sc.gov.br
4
Professora Orientadora, E.B Arnaldo Brandão,Itajaí, ebarnaldobrandao@itajai.sc.gov.br.
ebarnald .

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
útil ao estar preparando uma receita que depois vão degustar juntos. Com a receita pronta
pode-se trabalhar o gênero textual receita, produção de texto, ortografia das palavras,
capacidade de medida, capacidade de tempo, dobro, triplo etc., além disso, propicia a
exploração de fatos, como enfatizar cuidados de higiene.

MATERIAL E MÉTODOS

Os textos desempenham papel fundamental em nossa vida social, pois nos


comunicamos o tempo todo. De acordo com Terra (2004), “o que é falado, a maneira como é
falado e a forma que é dada ao texto são características diretamente ligadas ao gênero”.
Trabalhar gêneros textuais em sala de aula é importante, pois, a partir desse processo,
o aluno percebe e valoriza que o cerca, seja em jornais, revistas, internet, livros, receitas,
diários, cartas e etc. A percepção acontece a partir do momento em que ele entende
estabilidade função e de utilização que determinados textos apresentam. Essa estabilidade
poderá estar presente no assunto, na função, no estilo e na forma. A valorização, ou
reconhecimento, de gêneros textuais se da quando o aluno encontra características de um
gênero textual nos textos apresentados no seu dia a dia, de maneira corriqueira e consegue
assimilar sentidos e entender contextos.
A concepção de receita, enquanto gênero textual, segundo Cereja e Magalhães (2001),
estabelece que “a receita apresenta duas partes bem definidas – ingredientes e modo de fazer”.
A primeira parte apenas relaciona os ingredientes, estipulando as quantidades
necessárias, indicadas em gramas, xícaras, colheres, utensílios, etc. No modo de fazer os
verbos, se apresentam quase sempre no modo imperativo, pois essa parte indica, passo a
passo, seqüência dos procedimentos e das junções dos ingredientes a ser seguida para obter o
melhor resultado.
Como tópico central para realização desse projeto, utilizou-se uma receita de bolo de
laranja. Nas aulas de matemáticas utilizaram-se a receita como base para ensino de números
de números, capacidades de medidas, capacidade de tempo, o dobro, o triplo, sistema
monetário, etc. Estudar capacidades de medidas possibilita que o aluno observe a presença da
matemática no seu cotidiano e domine diversas situações que envolva as medidas.
A problematização na sala de aula foi feita a partir de quatro momentos num primeiro
momento, tratou-se de envolver os alunos em uma atividade desafiadora, utilizando a receita
culinária de bolo de laranja, introduzindo, assim, o conteúdo definindo os elementos de
capacidade de medidas.
A partir da receita do bolo de laranja, construiu-se um texto com os alunos do 3° ano
com o tema uma receita para ser feliz, utilizando características para se tornar uma pessoa
feliz.
Outro momento importante desta proposta aconteceu quando se utilizou a receita do
bolo de laranja, como atividade paradidática, um experimento. Os alunos e professora
puseram as mãos na massa e produziram um bolo que depois foi degustado pela turma. Os
alunos perceberam então, que para um número grande de alunos como é o caso da turma do
3ano da Escola Básica Arnaldo Brandão é necessário um número maior de ingredientes,
desta forma a proposta foi trabalhar a tabuado de 2 e 3, que é o dobro e o triplo.
ANAIS – XXXFCMat

257
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante a execução da atividade, foram percebidas as dificuldades na leitura e na


produção de textos na sala de aula, principalmente porque se trata de uma turma em processo
pr
de alfabetização, sendo assim o(as) alunos(as)
alunos(as) estão se apropriando do sistema de escrita
alfabética. Por se tratar de um gênero que é bastante vivenciado pelos educandos, o interesse
pela aprendizagem foi comum a todos. A proposta de se trabalhar a estrutura aditiva a partir
de representações não-convencionais,
convencionais, ou seja, explorar as quantidades em forma de desenho e
só depois convertê-los
los nas representações convencionais, conforme o sistema numérico.
Nesse contexto, o trabalho com os textos instrucionais
instrucionais parece fundamental, em razão
de suas características: textos que se restringem à escrita de palavras ou frases curtas,
distribuídas em uma organização espacial especifica. Assim, compreende-se
compreende que o trabalho
com o gênero receita culinária e com os demaisdemais gêneros, permite o desenvolvimento de
competências que vão auxiliar os alunos na leitura e escrita de palavras no texto. Assim, as
práticas desenvolvidas estarão baseadas no “alfabetizar letrando”.

CONCLUSÕES

A vivência desse projeto possibilitou a ampliação do conhecimento sobre o texto


instrucional, privilegiando as demandas reais dos alunos através do contato com a realidade
cultural deles. Nesse sentido, Libaneo considera que, aprender é um ato de conhecimento
conhecime da
realidade concreta, isto é, da situação real vivida pelo educando, e só tem sentido se resulta de
uma aproximação crítica dessa realidade (LIBÂNEO, 1991). Nesse sentido, acreditamos que à
escola cabe levar o aluno a refletir a importância dos gêneros
gêneros textuais no contexto da vida
cotidiana, bem como compreender como os conteúdos específicos de outras disciplinas
podem dialogar com os sentidos destes advindos, ou seja, mesmo as resoluções de problemas
matemáticos, vistos muitas vezes, como conteúdo fixo fixo e imutável, estão presentes nesses
gêneros, mostrando assim, a afinidade da vida cotidiana com os saberes que devem ser
desenvolvidos na escola. Koch afirma que: O estudo dos gêneros constitui hoje uma das
preocupações centrais, particularmente no que diz diz respeito às práticas sociais que os
determinam à sua localização no continuum fala/escrita, às opções estilísticas que lhes são
próprias e à sua construção composicional, em termos macro e micro estruturais. Leitura,
Gêneros Textuais, Matemática.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

REFERÊNCIAS

CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, Th. C. Texto e interação: uma Proposta de Produção


Textual a Partir de Gêneros e Projetos. São Paulo: Editora Atual, 2001.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, (Coleção magistério Série Formação do
professor). 2008.

TERRA, Ernani. Português:: de olho no mercado do trabalho. São Paulo: Scipione, 2004.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
REUTILIZANDO MATERIAIS RECICLÁVEIS EM JOGOS
MATEMÁTICOS1

ABREU, Arthur Henrique2; SILVA, Renata Luiza da3;


CHAVES, Francieli Cristina de Mello4.

RESUMO: A reutilização de materiais recicláveis em jogos matemáticos é uma prática que possibilita a
conscientização dos alunos sobre o cuidado com o meio ambiente, promove a educação ambiental dentro da
escola e facilita a compreensão dos conteúdos matemáticos, tornando o ensino mais dinâmico, lúdico e
prazeroso. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo explorar os conteúdos matemáticos envolvendo
as questões ambientais. Para isso, foram utilizados materiais recicláveis trazidos pelos alunos, que participaram
efetivamente na construção dos jogos matemáticos envolvendo situações problemas, cálculo mental, tabuada e
conceito do dobro. Através desse projeto foi possível estimular a consciência sócio-ambiental nas aulas de
matemática, trabalhando de forma interdisciplinar e significativa. Os alunos puderam refletir sobre a produção de
lixo, o tempo de decomposição de alguns materiais, a importância da reciclagem e a necessidade de reduzir o
lixo produzido. Desenvolvendo conjuntamente o raciocínio-lógico matemático.

Palavras-chave: Materiais recicláveis. Jogos Matemáticos. Conteúdos Matemáticos. Questões ambientais.

INTRODUÇÃO

Quando a criança elabora o próprio jogo, sua experiência se torna mais rica e
motivadora. Ao utilizar materiais “descartados” na construção dos jogos, estamos
demonstrando aos alunos que objetos que iriam para o lixo, podem ser reaproveitados de
outra forma. Envolver as questões ambientais nas aulas de matemática é uma forma de
salientar a urgência e a importância de incluir a temática do meio ambiente
interdisciplinarmente em nossa prática educacional. Seria produtivo trabalhar a matemática de
forma efetiva, tratando das questões ambientais de maneira interligada e compreensível aos
alunos? O objetivo principal deste projeto se resume em abordar os conteúdos matemáticos,
de forma concreta e interativa, refletindo o valor essencial da educação ambiental através de
ações simples dentro do espaço escolar.

MATERIAL E MÉTODOS

Iniciando o projeto, nosso primeiro passo, foi ampliar o conhecimento dos alunos
sobre os prejuízos causados na natureza, pelo descarte incorreto dos resíduos sólidos. Essa
conscientização foi feita através da leitura e interpretação de textos relacionados ao assunto.
Iniciamos com o texto: Lixo, esse problema tem solução? (autor desconhecido). Através do
texto, os alunos refletiram sobre os problemas causados pelo acúmulo do lixo e como
podemos reduzir a quantidade de lixo produzido. Após esta abordagem, os alunos fizeram a
análise da tabela com o tempo de decomposição de resíduos lançados na natureza. Os alunos
comparam as informações obtidas, relacionando quanto tempo os materiais demoram para se

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição:
Escola Municipal Professora Ada Sant’Anna da Silveira – Joinville.
2
Aluno do 3º ano do Ensino fundamental - Séries Iniciais, emass@joinville.sec.gov.
3
Aluna do 3º ano do Ensino Fundamental - Séries Iniciais, emass@joinvile.sec.gov.
4
Professor Orientador, Escola Municipal Professora Ada Sant’Anna da Silveira, francielimchaves@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

259
decompor no meio ambiente. Como tarefa de casa, os alunos listaram o que vai para a lixeira
na sua casa, registrando as ações
ções feitas por seus familiares para reduzir o acúmulo de lixo.
Conforme os alunos foram se apropriando deste conhecimento, perceberam a
necessidade da reciclagem e do reaproveitamento destes materiais para economia dos recursos
naturais, sabendo que eles são esgotáveis. Dando continuidade trabalhamos com o livro
didático de matemática (Coleção Plural: Alfabetização matemática, 3º ano), unidade 4
“Reciclar para poupar a natureza”, com um texto sobre reciclagem de Sylvio Luiz Panza
(Ecologia em quadrinhas). Nessa atividade, os alunos relembraram como separar o lixo
reciclável de acordo com as cores das lixeiras estabelecidas para cada material.
Na sala informatizada os alunos tiveram uma sequência de atividades. Na primeira
aula informatizada, os alunos assistiram
assistiram ao vídeo “Um plano para salvar o planeta” (Turma da
Mônica). Nesta atividade foi utilizado como recurso, a lousa digital. Nas aulas seguintes, os
alunos tiveram acesso a jogos educativos envolvendo atividades sobre o meio ambiente. O
site utilizado foi Websmed_ meio ambiente.
Na sala de aula retomamos o livro didático na Unidade 7: “Um mundo melhor”, com
o texto “Paraíso” de José Paulo Paes (Poemas para Brincar).Os alunos realizaram uma
pesquisa com coleta de dados sobre o tema : “ Você cuida bem do planeta?” ( páginas 142 e
143) . O objetivo da pesquisa era levar os alunos a refletirem sobre a preservação do meio
ambiente através de hábitos do seu cotidiano. Neste período, recebemos em nossa escola a
visita de um grupo privado, que apresentou uma palestra lúdica sobre a reciclagem, ensinando
os alunos a fazer o descarte correto das embalagens.
Após essas iniciativas, começamos a conversar sobre como poderíamos usar materiais
recicláveis nas aulas de matemática e quais materiais seriam os mais indicados.
indicados. Foi sugerido
aos alunos, o trabalho com jogos, por saber como contribuem no processo de aprendizagem.
O material escolhido para confecção dos jogos foi o plástico, por ser um material que demora
muito tempo para se decompor na natureza (cerca de 100 100 anos). É um material de fácil acesso
para os alunos, que fizeram à coleta do mesmo na comunidade onde moram. O plástico é um
material lavável, maleável e que não oferece risco aos alunos, por todos esses motivos, foi
escolhido para confecção dos jogos. Os Os jogos foram elaborados de acordo com os conteúdos
do trimestre (situações problemas, cálculo mental e conceito de dobro).
Na etapa seguinte, as aulas iniciavam com a leitura de dois probleminhas do livro
“Poemas Problemas”, o livro traz problemas curtos em forma de poema. Os alunos foram
exercitando o raciocínio lógico, à medida que ia realizando o cálculo mental para descobrir o
resultado correto.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Em seguida intensificamos o trabalho com situações problemas no caderno e no livro.


As situações problemas trabalhadas envolviam multiplicação simples, conceito de dobro,
centena, dezena, dúzia e meia dúzia, conforme os exemplos “Se um carro tem 4 rodas,
quantas rodas tem 3 carros juntos?” “ Maria tem 7 anos, Joana tem o dobro. Quantos anos
Joana tem?”. Foram trabalhadas
rabalhadas todas as situações problemas da Problemateca em sala.
Iniciamos então a coleta dos materiais para confecção da Problemateca e do jogo da
memória que denominamos “Dobro da Memória”. Os alunos trouxeram tampas de potes de
sorvete e de potes de Nescau. Diariamente contabilizávamos a quantidade de tampas e
registrávamos em uma tabela exposta na sala, onde os alunos visualizavam a quantidade de
tampas trazidas. Os alunos também trouxeram outros materiais
materiais recicláveis (lacres de metal,

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
tecido, pedaços de borracha e etc) para confeccionarmos a maquete com tempo de
decomposição dos materiais. Os problemas foram digitados e impressos em papel adesivo,
para que o jogo se tornasse mais resistente e durável.
durável. Assim, utilizamos o material reciclável
de forma consciente em nossas aulas de matemática. Os alunos trabalharam os jogos em sala e
nas feiras que participaram, participando do processo de construção e aplicação do
conhecimento sócio-ambiental
ambiental e matemático.
matemáti

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Trabalhar as questões ambientais interdisciplinarmente em sala de aula, é resultado de


um forte movimento que vem crescendo em nossa escola, no decorrer dos últimos anos. Este
da vida. Para isso, a escola tem desenvolvido ações que promovam a educação ambiental
dentro do ambiente escolar e sejam refletidas em sua comunidade. De modo que o cuidado
com o meio ambiente se torne um aprendizado constante e capaz de gerar mudanças concretas
na vida dos alunos. Essas ações têm o intuito
intuito de tornar a escola, um espaço que promove a
vivência de práticas sustentáveis, sensibilizando os alunos para as problemáticas ambientais e
proporcionando momentos de reflexão sobre os hábitos de cada individuo em relação ao meio
ambiente.

Figura 1- Projetos da Escola Municipal Profª. Ada Sant’ Anna da Silveira relacionados a educação
ambiental.

Fonte: http://emadasantanna.blogspot.com.br/
ANAIS – XXXFCMat

261
Para que um trabalho com o tema Meio Ambiente possa atingir
atingir os objetivos a que se
propõe, é necessário que toda a comunidade escolar (professores, funcionários,
alunos e pais) assuma esses objetivos, pois eles se concretizam em diversas ações,
que envolverão todos, cada um na sua função... Assim, a grande tarefa
ta da escola é
proporcionar um ambiente escolar saudável e coerente com aquilo que ela pretende
que seus alunos aprendam... (PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS:
MEIO AMBIENTE/SAÚDE, 2001, p. 75).

Nesse contexto, trabalhar um projeto de matemática, voltado


voltado às questões ambientais,
tornou-se
se muito propício, pois os alunos estão envolvidos no seu dia-a-dia
dia dia com este tema. Os
conteúdos não são abordados de maneira solta ou sem sentido, estão interligados entre si. A
essência do projeto está na interação da matemática
matemática com os temas transversais. Mesmo sendo
esta, uma questão bastante nova no âmbito escolar, consta nos PCNs, a necessidade de se
deixar de trabalhar os conteúdos matemáticos de forma isolada, pois esta postura limita o
conhecimento em si. O ensino destadesta disciplina deve contribuir para formação integral do
aluno e à conquista da cidadania. A matemática deve ser vista pelo aluno, como um
conhecimento que favorece o seu desenvolvimento num todo. Relacionar conteúdos
matemáticos, as demais disciplinas, envolvendo
envolvendo diferentes temas (neste caso o meio
ambiente), possibilitam uma aprendizagem mais eficaz.

Figura 2 - Etapas do projeto Reutilizando materiais recicláveis em jogos matemáticos.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Fonte: Os autores (2014)

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
A compreensão das questões ambientais pressupõe um trabalho interdisciplinar em
que a matemática está inserida. A quantificação de aspectos envolvidos em
problemas ambientais favorece uma visão mais clara deles, ajudando na tomada de
decisões e permitindo intervenções necessárias (reciclagem e reaproveitamento de
materiais, por exemplo) (PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS:
MATEMÁTICA, 2001, p. 33).

Incorporar nesse processo, jogos como recurso de ensino, enriqueceu ainda mais a
construção do conhecimento matemático, pois tradicionalmente, a maioria dos alunos, resolve
problemas através do simples registro de cálculos feitos com os números encontrados no
enunciado. Geralmente, não existe um real desafio nos problemas usualmente apresentados
em sala. Com o uso da problemateca, ao solucionar os problemas mentalmente, os alunos
tiveram o desenvolvimento do raciocínio lógico estimulado, o que significa uma grande
conquista cognitiva para eles.

O problema certamente não é um exercício em que o aluno aplica, de forma quase


mecânica, uma fórmula ou um processo operatório. Só a problema se o aluno for
levado a interpretar o enunciado da questão... (PARAMETROS CURRICULARES
NACIONAIS: MATEMÁTICA, 2001, p. 43).

CONCLUSÕES

Concluo que um dos pontos fortes deste projeto é a constatação de que a educação
ambiental está associada a todas as disciplinas, inclusive a matemática. Através de projetos
como este, os alunos ampliam seus conhecimentos em relação às questões ambientais por
meio de ações simples, porém fundamentadas no currículo escolar.

REFERÊNCIAS

Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:


matemática/Secretaria de Educação Fundamental. - 3. Ed. - Brasília: MEC/SEF, 2001.
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: meio
ambiente e saúde/Secretaria de Educação Fundamental. - 3. Ed. - Brasília: MEC/SEF, 2001.
BUENO, Renata. Poemas Problemas/ Renata Bueno; ilustrações da autora. - São Paulo:
Editora Brasil, 2011.
REAME, Eliane. Coleção Plural: Alfabetização matemática, 3º ano/ Eliane Reame, Priscila
Montenegro. -1. Ed. - São Paulo: Saraiva 2011.
Atividades Meio Ambiente. Disponível em:
<http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/obino/cruzadas1/atividades_meio_ambiente/ini
cial_meio_ambiente.html>. Acesso em: junho. 2014
Jogos de Sucata na sala de aula. Disponível em<https:
//www.facebook.com/JogosDeSucataNaSalaDeAula?ref=ts&fref=ts>. Acesso em: 5 maio.
2014.
Turma da Mônica em um plano para salvar o planeta. Disponível em
<https://www.youtube.com/watch?v=zjqcwkEX-ao>. Acesso em: 10 jun. 2014.
ANAIS – XXXFCMat

263
TANGRAM: DESENVOLVENDO O RACIOCÍCIO GEOMÉTRICO NO
CICLO DA ALFABETIZAÇÃO1

HEINRICH, Cauã Adierson Kochen2; MULLER, Anderson Rodrigo3; HATJE, Itamaris4.

RESUMO: Com o trabalho desenvolvemos o raciocínio geométrico por meio da composição e decomposição de
figuras geométricas planas, explorando e manuseando o quebra – cabeça Tangram de maneira lúdica, além de
construir e representar figuras geométricas planas,
planas, reconhecendo características como número de lados e
vértices. O jogo Tangram possibilita montar figuras com as peças que formam o Tangram utilizando conceitos e
representações geométricas através da visualização e análise das figuras. O trabalho desenvolvido
desenvo com figuras
geométricas baseou-se se em obras de literatura infantil, construção e manuseio das peças do jogo. A leitura das
histórias, contribuíram para a aquisição de conceitos envolvendo as figuras geométricas. A sequência didática
desenvolvida possibilitou
bilitou a aquisição de conceitos geométricos, assim como o desenvolvimento do raciocínio
lógico e a capacidade de percepção e observação da natureza e o meio em que os alunos estão inseridos.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho “Tangram: desenvolvendo o raciocínio


raciocínio geométrico no ciclo da
alfabetização” foi aplicado com os alunos do primeiro e segundo ano do ensino fundamental
da EEB Domingos Magarinos de Tamanduá e tem como objetivo geral, desenvolver o
raciocínio geométrico por meio da composição e a decomposição
decomposição de figuras geométricas
planas, explorando o quebra cabeça Tangram.
Trabalhando com os alunos de uma maneira interdisciplinar, fazendo uso das
literaturas com o manuseio, contato e construção do Tangram inserimos nos alunos o
conhecimento da geometria, pois:
De acordo com os Direitos de Aprendizagem da área de Matemática (BRASIL,2012),
um dos objetivos no ciclo da alfabetização é possibilitar os alunos a reconhecerem figuras
geométricas, por meio do ensino da Geometria. (caderno 5 do pacto nacional de geometria
g
pela alfabetização na idade certa)
Assim, é preciso resgatar o espaço da geometria na escola e para isso, utiliza-se
utiliza o
Tangram, um quebra-cabeça
cabeça chinês muito antigo composto de 7 peças, que permite explorar
diversos conceitos geométricos e desenvolver
desenvolver habilidade imprescindíveis ao ensino da
geometria.

MATERIAL E MÉTODOS
XXX Feira Catarinense de Matemática

O desenvolvimento da percepção geométrica deve possibilitar a visualização de


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

diferentes figuras geométricas, planas e espaciais realizando a sua discriminação e


classificação por meio de suas características, identificando número de lados e vértices. Isso
se dá através da composição e decomposição de figuras, construir diferentes figuras
geométricas fazendo uso do quebra – cabeça Tangram.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Domingos Magarinos
Magari – Concórdia.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professor Orientador, EEB Domingos Magarinos, itamaris@live.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
O trabalho desenvolvido com figuras geométricas baseou-se em obras de literatura
infantil, construção e manuseio/uso das peças do jogo Tangram. A leitura das histórias
Clact...Clact...Clact...e As Três Partes, bem como o Tangram contribuíram para a aquisição de
conceitos envolvendo as figuras geométricas, resolução de situações problemas, produções
textuais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com o desenvolvimento do trabalho percebeu-se que os alunos tiveram aquisição de


conceitos geométricos, identificam formas geométricas planas e espaciais, socializam com o
meio em que vivem.

Imagem 4 – Confecção do Tangram

As obras de literatura infantil Clact... Clact... Clact... serviu de ponto de partida para o
estudo das figuras geométricas planas um dos objetivos do ensino da Geometria é levar os
alunos a classificar as figuras geométricas por meio de suas características. A obra As Três
Partes possibilitou a observação de três figuras geométricas planas, dois triângulos e um
trapézio (que formavam o desenho de uma casa que estava com vontade de ser outras coisas
além de ser uma casa. A confecção das três partes em papel colorido e o manuseio das
mesmas na formação das figuras permitiram e/ou possibilitaram as crianças interagirem com a
história lida pela professora e iam montando as figuras, ou seja, o que a casa estava com
vontade de ser.
A casa se desmontou em três partes. As Três Partes ficaram pensando juntas o que elas
poderiam formar. E formaram... um pássaro, um barco, um peixe, um pássaro comendo um
peixe, uma planta e um vaso, uma raposa, uma ponte, um escorregador, uma gangorra,
brincaram de se esconde-esconde com as crianças, dançaram cada um do seu jeito, formaram
novamente uma casa numa cidadezinha. E as crianças, cada uma com sua casa, juntas
formaram uma cidadezinha. Dessa forma, a história foi vivenciada e reproduzida em sala de
aula. Depois, cada criança escreveu sobre uma das figuras montadas com as três partes. Numa
das produções feitas, o aluno Arthur escreveu sobre a ponte.
Com relação às figuras geométricas planas, o estudo da Geometria possibilitou às
crianças reconhecerem, organizarem e darem significado às sensações e aos estímulos
recebidos pelos órgãos dos sentidos. O tato pode ser desenvolvido pela atividade fazendo uso
da caixa tátil: colocam-se vários objetos geométricos em uma caixa tátil, material disponível
na sala das séries de alfabetização. A criança, sem olhar, coloca a mão na caixa e segura um
dos objetos sem o retirar. Por meio do tato ela descreveu qual é o objeto que pegou (se tem
ANAIS – XXXFCMat

265
vértices/ pontas, forma, espessura, entre outras). Para trabalhar a visão, observa as figuras
geométricas planas e por meio da visualização, identifica-as,
identifica as, classifica as formas.
A observação das figuras geométricas planas,
planas, por exemplo, diferentes tipos de
triângulos, que apesar das diferenças entre eles, todos são denominados de triângulo é
interessante, pois permite a formação do conceito de triângulo para que a criança compreenda
que toda figura fechada com três lados
lados é um triângulo. Assim, também com outras figuras.

Imagem 5,6 – Literaturas infantis utilizadas na introdução de figuras geométricas

Na fase de experimentação os alunos podem observar, medir, desenhar, montar,


demonstrar, generalizar entre outros aspectos relevantes do pensamento geométrico. A
experimentação possibilitou
ilitou aos alunos elaborarem argumentos sobre os resultados. Usando
palitos, canudinhos, varetas, os alunos manusearam e representaram as figuras geométricas.
Ao realizar a técnica cama de gato, foi possível observar e identificar formas geométricas. A
natureza
ureza é uma fonte de recursos á serem utilizados no ensino da Geometria.
Por meio dela, é possível reconhecer regularidades das formas. Também, por meio da
observação podemos identificar e explorar conceitos geométricos. Para desenvolver a
percepção geométrica,
trica, os alunos visualizaram diferentes figuras geométricas planas em
tamanhos diferenciados, realizando a sua discriminação e classificação por meio de suas
características, identificando número de lados e vértices e reconhecendo formas geométricas
presentes
ntes em diferentes contextos, como a natureza, a sala de aula, construções nos arredores
da escola, a casa do aluno, bem como objetos existentes nelas. Identificar figuras geométricas
planas a partir de um conjunto de figuras se dá através do observar, manusear,
man estabelecer
relações entre figuras planas, compor e decompor figuras.
No desenho de um barco, por exemplo, em que são utilizadas diferentes figuras
geométricas, o aluno identifica qual a figura representa a vela. Essa atividade possibilita o
desenvolvimento
olvimento das habilidades de composição e decomposição de figuras. Sendo assim, um
recurso didático interessante nesse sentido.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Com este estudo iniciou-se


iniciou se o trabalho com o Tangram, um jogo formado por sete
peças. Por meio dessas peças é possível compor e decompor figuras e proporcionar às
crianças o brincar com as formas geométricas. A parte final do nome Tangram, ou seja, gram,
significa ordenar, dispor. E, com as peças do jogo, as crianças brincam, montando muitas
figuras. O jogo é assim, um recurso importante
importante para a aprendizagem da geometria.
O quebra-cabeça
cabeça Tangram segundo a lenda, diz:

“Que um sábio chinês deveria levar ao imperador uma placa quadrada de jade, mas
no caminho o sábio tropeçou e deixou cair a placa de Jade, que se partiu em sete
pedaçoss geometricamente perfeitos. O sábio tenteou remendar e a cada tentativa
surgiu uma nova figura. Depois de muito tentar ele finalmente conseguiu formar
novamente o quadrado e levou ao seu imperador. Os sete pedaços representariam as

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
sete virtudes onde uma delas seria a paciência. O sábio mostrou aos seus amigos as
figuras que havia conseguido montar e cada um, construiu o seu Tangram e
popularizaram o jogo.”( Lenda Chinesa)

Assim, também as crianças, em sala de aula, cada um construiu o seu jogo. Com base
na lenda, coletivamente, construímos uma carta enigmática, texto formado de palavras,
números e desenhos.

A palavra Tangram tem 7 letras. O jogo do Tangram é um quebra-cabeça composto


por 7 peças. Foi criado na China há muitos e muitos anos. O Tangram é formado por 5
triângulos, 1 quadrado e 1 paralelogramo. Com o Tangram podemos criar muitas figuras.
Brincar com o Tangram é 10! (Carta enigmática produzida pelos alunos)
Explorando as formas geométricas do quebra-cabeça Tangram questionou-se: Quantas
peças têm esse quebra-cabeça? Quantas peças têm três lados? Como se chamam essas peças?
Quantas peças têm quatro lados e quatro vértices? Como se chama cada peça que possui
quatro lados e quatro vértices? Qual peça é chamada de quadrado? O que é um quadrado? O
que é um paralelogramo? Problematizando com a geometria solicitou-se que os alunos
montassem com as peças do Tangram dois quadrados utilizando um cada um apenas duas
peças, um quadrado utilizando três peças, um quadrado utilizando quatro peças, um quadrado
utilizando cinco peças, um quadrado utilizando as sete peças; Utilizando todas as peças do
Tangram, montar: um retângulo, um paralelogramo, um hexágono, um triângulo, um trapézio.
Também questionou-se o que é um hexágono? O que é um trapézio?
A utilização da informática no ensino da Geometria é também um recurso que
contribui para enriquecer o desenvolvimento das atividades. Detetive de figuras em racha
cuca-tangram encontramos excelentes sugestões de jogo.

CONCLUSÕES

Percebe-se que o trabalho desenvolvido contribuiu para a aquisição de conceitos


geométricos, assim como para o desenvolvimento do raciocínio lógico, e a capacidade de
percepção e observação da natureza e o meio em que estão inseridos.
O trabalho lúdico hoje é de suma importância na sala de aula para despertar o interesse
pela matemática, aprendendo assim de uma maneira prazerosa, pois brincando também se
aprende.

REFERÊNCIAS

ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA. Caderno 5 de Geometria do Pacto Nacional pela


Alfabetização na Idade Certa. Literatura Infantil.
ANAIS – XXXFCMat

267
Brasil, PCN (Parâmetros curriculares nacionais): ensino fundamental - bases legais,
v.1.brasilia:ministério da educação 1997.

LILIANA & MICHELE IACOCA. ...: coleção labirinto


CLACT... CLACT... CLACT...:
Editora Ática,

KOZMINSKI. Luis Edson. AS TRÊS PARTES Editora Ática

http://revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica-peagógica/matematica--d-detetive-figuras-
http://revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica
2a-serie-429505.shtm/

http://rachacuca.com.br/jogos/tangram/

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
TRABALHANDO A MATEMÁTICA NA PROTEÇÃO DE FONTE
MODELO CAXAMBU1

NUNES, Iza Caroline2; MARTENDAL, Raissa3; PETRI, Dionísio4.

RESUMO: Este trabalho teve por objetivo sensibilizar os educandos sobre a importância da água em nossa vida
e para o meio ambiente, relacionando-a aos conceitos matemáticos e utilizando-a de forma correta, pois podemos
perder o bem mais precioso que temos e futuramente sofrermos as consequências. Ao confrontar teoria e prática,
se faz necessário uma boa noção matemática, pois nos permite elaborar estratégias para calcular o consumo
diário de água em nossas casas e associarmos aos gastos em cada ação cotidiana. O trabalho teve como foco
matemático a medição da vazão da fonte, relacionando tempo e volume; Classificação de todas as formas
geométricas envolvidas, adição, subtração, multiplicação e divisão referente a conta de água e o número de
componentes familiares; Demonstração através de gráfico das ações elaboradas, consumo de cada pessoa em
relação à média nacional. A matemática associada à prática diária torna-se mais prazerosa para quem aprende e
para quem ensina.

Palavras-chave: Matemática. Preservação das Fontes de Água. Consumo Racional.

INTRODUÇÃO

Sem água de boa qualidade, não existe futuro para os núcleos sociais, sejam eles,
rurais ou urbanos. Como a água é um elemento fundamental para a vida, não é possível
argumentar sobre qualidade de vida, quando os recursos hídricos estão comprometidos.
Se for buscar na história, argumentos que justifiquem tal assertiva, vamos encontrar
inúmeros registros que demonstram a relação íntima que existe entre o desenvolvimento das
civilizações e a disponibilidade de água potável, particularmente, com relação aos rios,
principais fontes de água apropriadas para o consumo humano.
Reconhecendo a importância da água para a vida de todos os seres do planeta, e a
iminente diminuição da mesma a cada dia, devido a problemas como: desmatamento das
nascentes, assoreamento dos rios, poluição, contaminação por resíduos sólidos, metais
pesados eliminados por pilhas e baterias e pelo uso irracional ocasionando o seu desperdício,
indicam ser necessária uma intervenção no sentido de proteger as nascentes. A Proteção de
Fontes Modelo Caxambu é um método adotado para proteger as nascentes de água sujeitas a
diversos tipos e fontes de contaminação. Podendo ser considerada uma tecnologia social, pois
é de baixo custo, ao alcance de todos, de simples aplicação e de fácil manutenção.
A conscientização e a educação da população são fundamentais para garantir a
conservação dos recursos hídricos. Sensibilizar e conscientizar o aluno, (este um transmissor
de conhecimentos para toda a comunidade) atentando para o uso racional da água e da
preservação do meio-ambiente, proporcionando-lhe uma grande diversidade de experiências,
com participação ativa, para que possa ampliar a consciência sobre as questões relativas à
água no meio ambiente, e assumir de forma independente e autônoma, são atitudes e valores
que devem ser disseminados. A água desempenha um papel de fundamental importância para

1 Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e /ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: CEME Luiz Zanchett – Abdon Batista.
2 Aluna do 5º Ano do Ensino Fundamental.
3 Aluna do 5º Ano do Ensino Fundamental.
4 Professor Orientador, CEME Luiz Zanchett, dionisiopetri@yahoo.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

269
a nossa vida e quando utilizamos os conteúdos matemáticos relacionados aos meios de
preservação é possível demonstrar os resultados obtidos.
A Matemática caracteriza
aracteriza-se
se como uma forma de compreender e atuar no mundo. O
conhecimento gerado nessa área do saber é visto como fruto da construção humana na sua
interação constante com o contexto natural, social e cultural. Logo, é importante refletir a
respeito da colaboração que a Matemática tem a oferecer com vistas à formação da cidadania.
Nesse aspecto, a matemática pode dar sua contribuição à formação do cidadão ao
desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias, a comprovação e
justificativa de resultados, a criatividade, a iniciativa pessoal, o trabalho coletivo e a
autonomia advinda da confiança na própria capacidade para enfrentar desafios.
A proteção de fontes de água é considerada uma ação simples e prática. Parte da ideia,
de que a água superficial disponível nas pequenas propriedades rurais deve ser valorizada,
protegendo-a.a. Com essa tecnologia, espera-se
espera se diminuir as necessidades de investimentos na
busca de água subterrânea que exige elevado volume de recursos financeiros para a abertura
abertu
dos poços profundos, sua estruturação e manutenção, que deve ser considerada como reserva
estratégica de água.
A Proteção de Fontes Modelo Caxambu baseia-se
baseia se no princípio de que, para melhorar a
qualidade da água de fonte superficial, é importante fazer com que a água não entre em
contato com substâncias contaminantes ou animais, desde o momento em que a mesma
“brota” da terra ou rocha, pois esses elementos podem alterar sua aparência e gosto.
Essa experiência surgiu pela primeira vez no município de Caxambu do Sul, ainda no
final da década de 1980. Essa forma de proteção foi criada por um trabalho conjunto da
Secretaria dos Negócios do Oeste e Epagri, através do geólogo Mariano José Smaniotto e das
extensionistas da XIX Simpósio Brasileiro de Recursos
Recursos Hídricos 3ª região de Chapecó, com o
apoio da prefeitura municipal e dos agricultores para contribuir com a proteção das nascentes
de água no meio rural (EPAGRI, 2007).
Atualmente, com os avanços científicos e tecnológicos e a criação de novas áreas de
conhecimento, mais do que nunca, a matemática torna-se
torna se necessária. Não são necessários
muitos argumentos para convencer as pessoas sobre a importância da matemática em nossas
vidas. Sabe-se
se o valor que os números e as operações numéricas têm na vida da maioria
m das
pessoas, e também, a matemática tem se tornado indispensável para o cotidiano do ser
humano, pois, está presente na sociedade desde os tempos mais remotos, e, a cada dia que
passa, está se expandindo mais e mais.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Chegou o momento em que a humanidade


humanidade percebeu que não dá para viver sem os
conhecimentos matemáticos. A discussão sobre a importância da água e do meio ambiente
está atrelada diretamente aos conceitos da mesma, pois os estudos e conceitos são
preponderantes para a tomada de qualquer decisão
decisão sobre os métodos de preservação. Através
dela, as crianças elaboram, discutem as possíveis estratégias e a colocam em prática para
resolver situações-problemas,
problemas, caracterizando objetos e buscando uma linha de resolução
baseada em elucidações próprias.
Assim sendo o objetivo deste trabalho foi o de adotar por meio de atitudes cotidianas,
medidas de valorização da água, métodos de preservação e recuperação de nascentes, (olho de
água) aliando aos conceitos matemáticos, estratégias de consumo racional bem como, evitar
seu desperdício. Conhecendo na prática, como se faz o modelo ‘caxambu’ utilizado para

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
melhorar a qualidade da água da pequena propriedade e aplicando a matemática para medir a
capacidade de vazão de água da mesma, relacionando ao consumo diário de cada pessoa.

MATERIAL E MÉTODOS

Durante a aplicação de atividades práticas, surgem oportunidades de socializar temas


com os alunos, buscando a cooperação mútua, participação em equipe na busca incessante de
elucidar o problema proposto pelo professor. Mas para que isso aconteça, o educador precisa
de um planejamento organizado e diversidades de atividades que incite o aluno a buscar o
resultado, ele precisa ser interessante e desafiador.
Com este enfoque os alunos foram questionados sobre a importância da água no nosso
dia a dia. Desta forma, como sugestão, foi elaborada uma pesquisa na internet, com os pais e
familiares sobre como é utilizada a mesma, no nosso cotidiano. Foram abordados pequenos
vídeos para uma melhor compreensão e conscientização de como é importante manter sempre
em alerta e escolher a melhor opção para preservá-la. Foi feita a visita no SAMAE (Campos
Novos) para entender o método de como é feito o tratamento da água, bem como, todo o
processo de distribuição. Em grupos foram elaboradas situações problemas, envolvendo
unidades de medidas de tempo, unidades de medidas de diâmetro dos canos, relacionando à
quantidade de armazenamento de água e cálculos básicos da matemática.

RESULTADO E DISCUSSÃO

Após vários questionamentos e debates sobre a importância da água e sua preservação


tornou-se possível a análise e discussão sobre a leitura da conta de água dos familiares dos
alunos, altercação sobre o desperdício e os meios para economizá-la, respondendo
questionários e entendendo todos os processos necessários para a construção de uma Fonte
modelo Caxambu. Ressaltou-se ainda, a importância de cuidarmos das fontes de água, das
nascentes, tudo isso, de forma teórica e prática, com manipulação e obtenção dos materiais
utilizados, aliados aos conceitos matemáticos de medidas de comprimento, peso, formas
geométricas e relacionando-as ao conteúdo programático do currículo escolar.
Durante a execução das atividades, os alunos foram filmados e fotografados, sendo
importante lembrar, que o conceito de cooperação, envolvimento e a valorização da natureza,
ficou claro com a expressão de alegria de cada um. Além disso, foram elaborados gráficos
com o resultado das pesquisas obtidos por cada educando, os mesmos, foram analisados e
discutidos em sala de aula.

CONCLUSÕES

Ao final deste trabalho, consideramos que simples atitudes podem contribuir no sentido
de preservação da água e seus entorno. No entanto também é necessária uma consciência
ecológica e de uso racional da mesma no nosso cotidiano, pois constantemente ouvimos
relatos da falta de água e de todos os prejuízos gerados, os quais refletem diretamente na
saúde humana e nos seus afazeres.
ANAIS – XXXFCMat

271
Diante do exposto, ao realizarmos as atividades de construção de uma fonte modelo
Caxambu, juntamente te com os alunos propiciamos novas formas de conservação e manutenção
das nascentes de água para a pequena propriedade, não se fazendo necessário grandes
investimentos para se obter uma água de boa qualidade. Durante a elaboração e construção da
fonte nos valemos de conceitos matemáticos os quais foram utilizados diretamente na prática
ressaltando a importância da mesma em nossa vida.
Assim sendo, após a medição da vazão da água da fonte utilizamos estes dados para
comparar o consumo individual de cada aluno
aluno e quantificar quantas pessoas seria possível
atender. Além disso, os alunos puderam conhecer outras formas de obtenção e distribuição da
água com visitas a estes locais.
Enfim, todos estes conhecimentos elucidaram a importância da matemática nas ações
cotidianas servindo de parâmetro para pesquisas e tomada de decisões, alertando para a
urgência de medidas de racionalização e recuperação dos recursos hídricos.

REFERÊNCIAS

EPAGRI/GMC (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina).


Água da fonte. Folder,, 6 p. Florianópolis, 2007.

BORSATTO, M.T. Qualidade das águas de fontes superficiais e poços profundos


utilizadas para consumo humano no oeste catarinense.
catarine 2003.58 f. Monografia.
Universidade Comunitária de Chapecó, Chapecó, SC.

BASSANEZI, R. C.; Ensino-aprendizagem matemática Editora


Ensino aprendizagem com modelagem matemática.
Contexto, São Paulo, 2002.

CASTRO, P.S.; LOPES, J.D.S. Recuperação e conservação de nascentes.


nascentes Viçosa: Centro de
Produções Técnicas, 2001. 84p. (Série Saneamento e Meio-Ambiente,
Meio Ambiente, n. 296).

BICUDO, M.A.V.; Filosofia da matemática: fenomologia, concepções, possibilidades


didático-pedagógicas. São Paulo: Editora UNESP, 2010 243p.: Il. XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
TRADIÇÕES DA SERRA CATARINENSE1

GOETZKE, Cassius András2; KLEER, Erik Bassi3; BARTEL, Karin Gianini Tomazelli4.

RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma alternativa para o processo de ensino-
aprendizagem da educação matemática, buscando estabelecer uma conexão entre os conteúdos propostos e a
realidade, visando assim despertar o interesse dos educandos pela disciplina e a aprendizagem significativa
através de um projeto envolvendo viagem de estudos a Serra Catarinense, organização de ações e a construção
da Fórmula Rural. Constitui-se de uma proposta realizada nos quintos anos do Ensino Fundamental da Escola
Alberto Bauer, procurando verificar que o emprego da modelagem pode auxiliar na aprendizagem dos conteúdos
propostos em aula, fazendo com que os alunos passem a ver a matemática com outros olhos e não mais como
uma disciplina de difícil entendimento. Os aspectos observados foram a prática docente, o interesse dos alunos e
a interação do grupo com o tema proposto durante o processo.

Palavras-chave: Educação Matemática. Modelagem Matemática. Ensino da Matemática.

INTRODUÇÃO

No ensino tradicional da Matemática não tem havido, em geral, um respeito pela


criatividade do aluno. Na prática de ensino de um grande número de professores, alheios à
preocupação com a criatividade matemática, há um desencontro entre esta e a forma metódica
como as idéias surgem em suas exposições de sala de aula. As soluções das questões e as
demonstrações são apresentadas de tal modo que não passam por ensaios e tentativas de
resolução e busca de novos caminhos. Esta forma de apresentação dos conteúdos, despreende-
se uma concepção de Matemática em que a criatividade é totalmente desfigurada, induzindo
os alunos à impotência frente à sabedoria do mestre, que aparentemente encontra de imediato
os melhores caminhos para a solução de questões matemáticas, em verdade, esse modo de
proceder só é possível porque o professor já conhece antecipadamente aquele conteúdo
(Abdelnur, 1994).
A dificuldade em relação ao ensino da Matemática é que, na realidade, o dia-dia do
trabalho na sala de aula é uma tentativa de transmissão de um conhecimento deslocado dos
interesses dos alunos e que, para grande parte dos educadores, é motivo de frustração. Isso se
dá pelo fato de que a Matemática acaba se constituindo num conjunto de técnicas passadas
aos alunos de forma mecânica e acrítica, como um conhecimento pronto e acabado. Com
freqüência, considera-se Matemática uma ciência desligada do mundo real dos alunos
(Abdelnur, 1994).
Nas escolas, na maioria das vezes, o professor inicia o ensino de um conteúdo partindo
diretamente de aulas expositivas, pouco aproveitando as experiências matemática adquiridas
pelo aluno na sua realidade. Os alunos como seres ativos inseridos ao ambiente em que
vivem, aprendem também matemática fora do ambiente da sala de aula, através de vivências,
por isso, o professor deve levar em consideração essas experiências, pois, explorá-las poderá
ajudar bastante no seu trabalho. Segundo Paiva & Carvalho (1998), é no ambiente escolar que

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EMEF Alberto Bauer – Jaraguá do Sul.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EMEF Alberto Bauer, kbartel@pop.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

273
essas experiências deverão ser enriquecidas pelo contato com outros alunos, através de
conversas formais, pela discussão e reflexão de seus pontos de vista e pelas formas e soluções
que cada um apresenta na resolução de problemas. Para a aquisição dos conhecimentos
matemáticos, os alunos necessitam relatar as suas experiências, explorar materiais, delinear
de e
modelar suas representações mentais, ou seja, precisam transformar essas vivências em
linguagem matemática.
O presente trabalho visa criar a consciência de que a Matemática não se trata de algo
abstrato, inatingível, e sim ciência que pode ser vivenciada
vivenciada em ações do dia-a-dia,
dia que foi
construída gradativamente por diversos povos por necessidade de soluções para problemas e
necessidades da humanidade. Para tanto foi aplicada a Modelagem Matemática, organização
de ações e realizada uma viagem in loco loco para a Serra Catarinense, através de um projeto
“Tradições da Serra Catarinense” desenvolvido com alunos dos quintos anos do Ensino
Fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental Alberto Bauer na cidade de
Jaraguá do Sul- SC. Este projeto procurou demonstrar que a vivencia in loco da cultura da
Serra Catarinense, organização por ações e a Modelagem matemática podem ser ferramentas
facilitadoras no ensino da Matemática, procurando mostrar que a Matemática faz parte de
suas vidas em todos os âmbitos.
âmbitos

MATERIAL E MÉTODOS

A grande proposta da Modelagem é aplicação dos inúmeros métodos propostos em


sala de aula com os alunos, fazendo com que estes passem a enxergar a matemática de outra
forma, sem o receio de não conseguir aprender, tornando assim a aprendizagem significativa
significativ e
permanente nos educandos.
A escolha do modelo mais adequado depende do público-alvo
público alvo com que se irá
trabalhar, o valor e a eficiência do modelo escolhido não estão diretamente ligados ao grau de
conhecimento que se possui. A modelagem consiste em uma arte, arte, a arte de elaborar situações
e resoluções para situações-problema
problema diversas.
Para o trabalho com os quintos anos do Ensino Fundamental foi escolhido organizar
através de ações, passo a passo para a realização do Projeto: Tradições da Serra Catarinense
culminando o trabalho final com a confecção da Fórmula Rural.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

O primeiro passo para escolher o modelo a ser aplicado foi uma análise dos
conhecimentos já adquiridos pelas turmas em questão, para saber o que poderia realmente ser
trabalhado
rabalhado com êxito. As turmas haviam iniciado um trabalhado com medidas de
comprimento e também com figuras geométricas, sendo assim, julgou-se
julgou se uma boa escolha o
modelo de Confecção do carrinho de rolimã (Fórmula Rural). Pois, os mesmos, conheceram a
Fórmula
ula Rural durante a Viagem de Estudos a Serra Catarinense. In loco, coletaram as
medidas para realizarem a planta baixa e poderem criar estratégias de estudos de como
confeccionar a Fórmula Rural.
Ao começar o trabalho de modelagem com as turmas, primeiramente
primeiramente fez-se
fez necessária
a explanação a cerca do tema Modelagem Matemática. A totalidade dos alunos não sabia do

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
que se tratava. Posteriormente foi iniciada uma discussão sobre a Confecção do carrinho de
rolimã(Fórmula Rural) com os alunos, com perguntas como:
Vocês sabem o que é preciso para confeccionar a Fórmula Rural?
Imaginam quanto dinheiro é necessário para a compra dos materiais?
Em quais locais poderão ser usado a Fórmula Rural na Escola?
Sabem quais os profissionais que atuam neste ramo?
Finalmente após debater tais questões, foi proposta como situação problema a ser
estudada e resolvido os passos para a confecção da Fórmula Rural. Na proposta foram
apresentadas algumas questões elementares para a confecção da Fórmula Rural, propondo a
formulação de uma planta baixa e posteriormente, um protótipo. Tais questões permitem uma
abordagem mais profunda da geometria, dos sistemas de medidas e escalas.

Fotos.

Projetar um carrinho de rolimã, ou seja, realizar o projeto da planta e os demais


procedimentos é fundamental, pois além de permitir estimar o custo da obra, torna-se um guia
fundamental do construtor.

PLANTA BAIXA DA FÓRMULA RURAL


Um projeto consiste nos desenhos, devidamente especificados de cada parte da
Fórmula Rural que se pretende fazer com suas devidas medidas, divisões, vistas de cima,
sendo assim, o projeto inicia-se com o esboço da planta baixa, como demonstrado na figura
1.
ANAIS – XXXFCMat

275
Figura 1.

Fotos. Fórmula Rural

Em primeiro lugar, foi solicitado então aos alunos que fizessem um esboço de um
Carrinho de rolimã, sem qualquer orientação, consistindo em uma atividade livre, servindo
para avaliar os conhecimentos dos conceitos geométricos já assimilados pelos alunos.
aluno

Figura 2.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Após avaliar o que cada um fez, foi detalhadamente explicado como se procede
realmente para realizar o esboço de uma planta baixa. Para se fazer uma planta baixa é
necessário que os segmentos que representam todas as partes estejam paralelos
par ou por vezes
perpendiculares.
Um fato muito marcante neste passo do trabalho foi a verificação da dificuldade dos
alunos em trabalhar com a régua e a medição de comprimento, sendo que nem tudo tem uma
“medida inteira”. Tal questão ainda apresenta o conceito de números racionais na forma
decimal, pois cada aluno deveria deixar destacada a medida de cada parte para ter a noção da
dimensão. Foi um problema que foi resolvido de forma muito agradável e descontraída pelos
alunos.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Um questionamento que surgiu a eles foi: como é possível fazer o desenho de um
carrinho rolimã em uma folha de papel, sendo que esta é tão pequena? A resposta a esta
questão traz a tona a apresentação do conceito de escala, suas finalidades e utilidades, ou seja,
como representar algo imenso como o “mapa mundi”, (trabalhado frequentemente na
disciplina de geografia), em um papel tantas vezes menor do que seu tamanho real?
O processo utilizado para reduzir ou aumentar um desenho, sem alterar sua forma real,
é denominado escala.
Fotos. Roteiro da Viagem de Estudos e entender como realizar as medidas em escala.

CONCLUSÕES

O enfoque do trabalho realizado foi constatar que o ensino da matemática é


geralmente realizado de forma tradicional, gerando com isso a falta de interesse e o receio da
não-aprendizagem nos educandos, tornando a matemática uma disciplina apontada como de
difícil compreensão. No entanto, existem propostas que visam tornar o ensino da matemática
interessante aos olhos dos alunos, buscando estabelecer uma conexão entre a realidade destes
com o universo matemático e despertando a curiosidade do saber, que antes se encontrava
adormecida, por não haver atrativos na forma de ensinar resultando na falta de vontade em
prestar atenção e reter o que estava sendo exposto.
A proposta apresentada, viagem de estudos, organização de ações e a modelagem
matemática, consistem na integração da matemática com a realidade nos seus mais diversos
âmbitos – que foi realizada na forma da obtenção de uma situação-problema, que seriam as
etapas da confecção da Fórmula Rural, e sua resolução, na forma de atividades propostas e
realizadas conforme a criatividade dos alunos, constituindo-se em uma atividade
extremamente agradável e produtiva, a qual procurou incitar o interesse de todos os alunos.
Através dessa atividade, o professor consegue obter resultados bastante satisfatórios
em relação à aprendizagem, pois estes são relacionados com o dia a dia dos alunos,
despertando assim a vontade de aprender, sabendo que o conhecimento adquirido será útil em
suas vidas.
O objetivo do projeto usando a viagem de estudos a Serra Catarinense, organização de
ações e a modelagem matemática foram atingidas proporcionando interesse dos alunos.
Resultou em uma aprendizagem significativa dos conteúdos propostos e tornou o ambiente de
aprendizagem extremamente agradável e propício ao conhecimento. Viagem de estudos,
organização de ações e a modelagem na sala de aula são ferramentas eficientes no processo
ensino-aprendizagem.
Fotos. Apresentação a Comunidade na Amostra de Projetos na Escola Alberto Bauer

REFERÊNCIAS

ABDELNUR, M. 1994. Formação de professores: o poder, a matemática e a


interdisciplinaridade. Rio Claro, SP. Dissertação de mestrado. Instituto de Geociências e
Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, 172 p.
ANAIS – XXXFCMat

277
BASSANEZI, Rodney Carlos. Ensino-Aprendizagem
Ensino Aprendizagem com Modelagem matemática: Uma
Nova Estratégia. Ed.Contexto: São Paulo, 2002.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

PAIVA, D.V. e CARVALHO, J.P. 1998. Cursos de reciclagem para professores de


matemática. Revista Presença Pedagógica: um desafio para o Brasil, 4(21):39-47.
4(21):39

MATTE, Margarete Catarina Mendes; KIRINUS, Josiane Boeira; CHIAPINOTTO,


CHIAPINOTT
Adriane. PROJETO “CONSTRUÇÃO DE CASAS”: DESENVOLVENDO A
MODELAGEM MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Acessado no dia 23 de setembro de 2014
http://urisaoluiz.com.br/anaisdocoloquio/divulgacao
http://urisaoluiz.com.br/anaisdocoloquio/divulgacao-
final/trabalhos/Margarete%20Catarina%20Mendes%20Matte%202.pdf

Viagem de Estudos a Serra Catarinense – Lages - SC

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
VIAGEM DE UM PÃOZINHO AO MUNDO DA MATEMÁTICA1

KOHLER, Olívia Baumgartner2; PIMENTEL, Nicoli Apolinário3;


BIZARRI, Jociane Schaefer4.

RESUMO: A matemática está presente em praticamente tudo. O uso de livros de literatura infantil oportuniza o
trabalho interdisciplinar, relacionando com outros componentes curriculares. As atividades e os desafios
propostos durante a execução deste projeto tiveram como objetivo principal estimular a curiosidade, o espírito de
investigação, a criatividade e o desenvolvimento da capacidade de solucionar problemas, trabalhando de maneira
concreta, favorecendo a sua compreensão. Buscando relacionar literatura infantil, matemática e o cotidiano,
pensou-se neste projeto, desenvolvido na turma do segundo ano da Escola Básica Municipal Professora Anna
Othília Schlindwein, no município de Guabiruba-SC. O projeto "Viagem de um Pãozinho ao Mundo da
Matemática" partiu da leitura do livro Viagens de um pãozinho do autor Sérgio Meurer, entrelaçando atividades
de entrevistas, pesquisas, construção e leitura de gráficos, jogos. Tal projeto confirma a importância de se
trabalhar de maneira concreta propiciando excelentes resultados na aprendizagem dos alunos.

Palavras-chave: Matemática. Literatura Infantil. Cotidiano. Operações.

INTRODUÇÃO

O presente projeto foi realizado na Escola Básica Municipal Professora Anna Othília
Schlindwein, situada à Rua Paulo Westarb, 180, bairro Guabiruba Sul, em Guabiruba. A
escola atende alunos desde a Educação Infantil (3 a 5 anos) ao Ensino Fundamental,
totalizando 432 alunos. A escola possui ótimas e amplas instalações com salas de aulas
espaçosas, bem iluminadas e arejadas. Nas salas há carteiras e cadeiras, livros didáticos,
quadro branco, marcadores, ventilador e condicionador de ar. Possui ainda sala de
informática, biblioteca, quadra esportiva, parque, sala de professores, banheiros, pátio e
refeitório. A Unidade Escolar possui diversos recursos pedagógicos como televisão, DVD,
data show, aparelho de som, computadores conectados a internet, possuindo assim, todos os
recursos necessários para um bom andamento das aulas.
Alfabetizar em matemática é ensinar as primeiras noções da matemática, como
escrever e fazer a leitura de números, conhecer onde e como os números são usados,
compreender as primeiras ideias das operações fundamentais entre números, reconhecer as
principais figuras geométricas, efetuar medições simples fazendo comparações entre uma
grandeza e uma unidade de medida e ler, construir e interpretar gráficos simples.
No dia a dia da sala de aula é preciso que o professor selecione problemas que levem
aos alunos a construir conceitos e procedimentos, oferecer textos e materiais que eles não tem
condições de obter sozinhos, promover debates no sentido de proporcionar um ambiente que
estimule criar, comparar, discutir, rever, perguntar e ampliar ideias.
A ideia deste projeto nasceu da vontade de participar da feira de matemática. As
atividades propostas durante a execução deste projeto foram selecionadas e organizadas de
maneira a favorecer o desenvolvimento intelectual dos educandos, levando em conta o
conhecimento prévios dos alunos na construção de significados, proporcionando o

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EBM Professora Anna Othília Schlindwein – Guabiruba.
2
Estudante do 2º ano do Ensino Fundamental da EBM Professora Anna Othília Schlindwein.
3
Estudante do 2º ano do Ensino Fundamental da EBM Professora Anna Othília Schlindwein.
4
Professora Orientadora, EBM Professora Anna Othília Schlindwein; jociane_schaefer@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

279
estabelecimento de conexões da
da matemática com outras disciplinas e dos diferentes temas
matemáticos entre si.

Compreender, e aplicar os conhecimentos da leitura, escrita e habilidades


matemáticas na resolução de problemas e raciocínio lógico na sociedade; tais como:
interpretar gráficos, tabelas, porcentagens, estimativas, estatísticas, ler e
compreender uma conta de telefone, luz, água, e outros relacionados ao uso social.
Também é acompanhar as mudanças sociais e fazer com que o sujeito passa a ser
visto com um cidadão atuante na construção do seu próprio saber tendo a
consciência de não só aplicar a matemática nono seu cotidiano, mas como usá-la
usá
criticamente ( BARBOSA 2010, p 35).

Procurou-se se enfatizar a compreensão das diferentes ideias envolvidas nas operações


matemáticas, as relações entre elas e o os diferentes tipos de cálculo: exato, aproximado,
mental e escrito.
rito. Materiais de contagem e jogos foram utilizados como apoio.
Este projeto objetiva auxiliar de forma significativa o trabalho do professor, cujo
esforço diário é levar as crianças a dominarem os conhecimentos e crescerem como cidadãos
plenamente reconhecidos
hecidos e conscientes de seu papel na sociedade.

MATERIAL E MÉTODOS

A articulação entre matemática e literatura infantil possibilita a criação de situações


de ensino que permitem explorar as relações existentes entre a língua materna e a
matemática. O sujeito
sujeito inicia a apropriação da língua materna e da matemática antes
do período de escolarização, porém esses dois sistemas não são encontrados de
forma dissociada, isto é, são dimensões interligadas (SOUZA E OLIVEIRA 2010, p
9).

O projeto "Viagem de um Pãozinho


Pãozinho ao Mundo da Matemática" desenvolveu-se
desenvolveu a partir
da leitura do livro Viagens de um pãozinho do autor Sérgio Meurer, distribuído pelo
Programa Nacional do Livro Didático. Resgatando um elemento que faz parte do cotidiano de
nossas famílias, o autor traz
az a figura de um simpático pãozinho que, com rimas e bom humor,
trata de sua aventura desde os campos de trigo até chegar a mesa das casas. Em seguida, fez-
fez
se uma discussão dirigida afim de levantar os conhecimentos prévios dos alunos em relação
ao uso da matemática nas diferentes profissões, o local que se compra pães, quem o faz, os
tipos de pães que se come diariamente, registrando os resultados em gráficos.
Pesquisou-sese nas famílias quem faz o pão caseiro e receitas de pão, montado um livro
XXX Feira Catarinense de Matemática

de receitass de tipos de pães. Buscou-se


Buscou se conhecer a história do pão. Os alunos visitaram uma
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

padaria onde puderam ver o local e o preparo dos mesmos. Puderam constatar a importância
de se ter higiene ao manusear alimentos, para não haver riscos de contaminação. Visitaram
Visit
ainda mercados para pesquisar e comparar preços, ver os ingredientes, observar os rótulos: ata
de fabricação, data de validade, pesos e medidas.
Em seguida veio a parte prática, onde os alunos colocaram a mão na massa,
literalmente: mediram as formas,
formas, verificaram as formas geométricas das formas, dos pães, das
embalagens dos ingredientes, somaram preços, multiplicaram receitas, montaram jogos, enfim
saborearam os deliciosos pãezinhos que eles mesmos
mesmo fizeram.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Por fim, surgiu uma nova problemática: o que fazer com os pãezinhos que sobram?
Pesquisaram receitas de reaproveitamento de pães, e resolveu-se fazer pizza de pães, evitando
assim o desperdício.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao relacionar as disciplinas do currículo escolar com a teoria e a prática percebeu-se


maior interesse por parte dos alunos bem como maior qualidade no quesito aprendizagem.
Buscando alternativas que visem minimizar as dificuldades de aprendizagem na
matemática, desenvolveu-se atividades interdisciplinares aplicadas de maneira lúdicas que
despertaram o gosto em aprender matemática e que, levaram a acreditar em suas capacidades
pessoais.
A partir deste projeto os alunos passaram a compreender todo o processo de
transformação do pão até chegarem a mesa das nossas casas, bem como o quanto as coisas do
cotidiano estão intimamente ligadas ao uso da matemática, demonstrando assim, a sua
importância. Permitiu compreender as ideias das operações fundamentais, desenvolver
habilidades em cálculos, resolução de problemas, fazer estimativas, reconhecer figuras
geométricas, efetuar medições fazendo comparações entre uma grandeza e uma unidade de
medida e, ler, construir e interpretar gráficos simples.
Permitiu ainda, ao grupo construir um conceito de pão, conhecer sua história e
evolução através dos tempos, realizar pesquisas, entrevistas, fazer estudo de campo,
experimentos, conhecer a importância da higiene para a saúde e do reaproveitamento, uma
vez que um dos grandes males da humanidade hoje, é sem dúvida, a fome.

Através de jogos, debates a partir de textos, os estudantes refletem sobre o seus


argumentos iniciais, enriquecem suas ideias, buscam contra-argumentos, tem a
oportunidade de fazer descobertas próprias, formular conceitos, encaminhar-se
efetivamente a aprendizagem (HOFFMANN, 2001, p. 75).

Dessa maneira ficou evidente a importância de se trabalhar de maneira concreta,


relacionando os conteúdos com o cotidiano, tornando mais significativa a aprendizagem.

CONCLUSÕES

O presente projeto buscou compreender a importância de se relacionar a matemática


com o cotidiano de maneira interdisciplinar favorecendo melhor compreensão. Ficou evidente
que, a partir da interdisciplinaridade e do uso de livros infantis pode-se provocar pensamentos
matemáticos por meio de questionamentos ao longo da leitura, simultaneamente ao tempo em
que a criança se desenvolve com a história. Dessa maneira, a leitura pode ser usada como um
estímulo para ouvir, ler, pensar e escrever acerca da matemática.
Ao trabalhar com histórias infantis envolvendo a matemática pode-se desenvolver nos
alunos habilidades das áreas cognitivas, afetivas e de raciocínio, bem como levá-los a
compreender noções matemáticas, tornando as aulas mais atrativas, dinâmicas e próxima da
realidade dos alunos.
ANAIS – XXXFCMat

281
Os alunos do segundo ano atingiram
atingiram os objetivos propostos neste projeto indo aquém,
desenvolvendo suas habilidades matemáticas de forma clara, dinâmica e objetiva, bem como
de conhecimentos que permeiam o seu contexto.
Espera-se
se que este projeto possa contribuir de maneira significativa no processo de
alfabetização também de outros educandos atendendo as suas necessidades em todos os
aspectos tornando-osos capazes de assimilar novos conhecimentos relacionados ao seu
cotidiano.
Cabe ressaltar que o presente projeto não foi tratado de forma conclusiva, ficando
aberto para experiências julgadas necessárias, a fim de se aprofundarem.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Fabia Cristina Viol et al. al Refletindo sobre a importância da alfabetização


numeramento Trabalho de Conclusão de Curso
matemática e as práticas escolares do numeramento.
apresentado à Faculdade da Cidade de Santa Luzia – Facsal, como requisito parcial à
obtenção do título Licenciatura em Pedagogia. 2010.

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional:


Nacional Lei nº.
9394/96.
4/96. Brasília: MEC, 1996.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré escola a


universidade. 19 ed. Porto Alegre: Mediação, 2001.

MEURER, Sergio. Viagens de um pãozinho. São Paulo: Cortez, 2011.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria Secretaria de Educação Básica. Pró-Letramento:


Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries iniciais do Ensino
Fundamental: Matemática. Brasília: SEB, 2007. p.6-27.
p.6

SOUZA, Ana Paula Gestoso de. OLIVEIRA, Rosa Maria Moraes Anunciato de. Articulação
entre Literatura Infantil e Matemática: intervenções docentes. Revista de Ensino de
Ciências e Matemática. v. 23, nº 37, p. 955 a 975. São Paulo. Dez./2010.

PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA CATARINA: Disciplinas curriculares


curriculares.
Florianópolis: COGEN, 1998.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
ZOOMÁTICA1

SEUBERT, Roberto2; FRENA, Daiana3; HODECHER, Susiane Pinheiro4.

RESUMO: A matemática está presente em todas as situações de nossa vida, desde as mais simples até as mais
complexas. Não por acaso, foi tema de estudo e de grandes discussões já entre os gregos antigos e continua a ser
objeto de estudo de muitas pessoas, o que se deve à sua importância. Todavia, para muitas pessoas, este valor
não é claramente percebido, por isso é fundamental mostrar aos alunos a razão de termos de aprender
matemática. Este projeto tem por objetivo levar os alunos a compreender a importância da matemática na sua
inter-relação com as demais áreas de saber, possuindo como tema principal os animais. O projeto teve início a
partir de um questionamento de um aluno sobre o porquê de se aprender matemática na escola. A partir desse
questionamento, a professora buscou responder a tal dúvida por meio de explicações teóricas, pesquisas, mas
principalmente por meio da aplicação prática dos conhecimentos matemáticos em uma visita ao zoobotânico da
cidade vizinha (Brusque), que já estava previamente agendada. Esta experiência possibilitou a compreensão dos
alunos sobre o valor da matemática para suas vidas, o enriquecimento dos seus saberes relativos à área
matemática e outras áreas do saber presentes no currículo escolar. Além disso, os alunos puderam colaborar com
o zoobotânico na medida que ofereceram os seus serviços para ajudar no reflorestamento de partes do local e na
doação de uma caixa para transporte de serpentes e outros répteis. Assim, os alunos puderam analisar e
compreender o valor da matemática para suas vidas, além da sua contribuição para o desenvolvimento da
inteligência e do raciocínio lógico, adquirindo diversos conhecimentos matemáticos por meio de uma
experiência concreta.

Palavras-chave: Matemática. Zoobotânico. Pesquisa.

INTRODUÇÃO

A matemática é vista, muitas vezes, pelos alunos como uma área do conhecimento
inútil e até mesmo aborrecida. Este projeto surgiu de uma situação na qual um aluno da turma
perguntou à professora sobre o porquê de se ter que aprender matemática no ambiente escolar.
Por este motivo, o objetivo deste projeto é responder a esta pergunta, levando os alunos a
compreender a importância da matemática para o desenvolvimento do intelecto e da sua
aplicação para as suas vidas. Para responder a este questionamento, a professora aproveitou
um passeio já agendado a um zoológico da cidade vizinha, relativo aos conteúdos
programáticos da disciplina de Ciências. Foram levantadas várias possibilidades em que os
alunos teriam que usar de conhecimentos matemáticos durante a visita, além de unir outras
disciplinas do currículo escolar à disciplina de matemática, de modo a trabalhar
interdisciplinarmente por meio de um tema de grande interesse da turma: os animais.

METODOLOGIA

Por ser a matemática, muitas vezes, vista de forma negativa pelos alunos, precisamos
encontrar maneiras alternativas de ensiná-las. A ludicidade é uma delas, já que somos
essencialmente seres lúdicos, como prescreve o historiador holandês Johan Huizinga, no
prefácio de seu livro Homo Ludens(2000), diz ele: “[...] Creio que, depois de Homo faber e

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EBM Padre Germano Brandt – Guabiruba.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EBM Padre Germano Brandt, susianeh@ig.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

283
talvez ao mesmo nível de Homo sapiens,
sapiens a expressão Homo ludens merece um lugar em nossa
nomenclatura”. Portanto, é grande a importância por ele atribuída à ludicidade. Nesta mesma
linha, a professora Hilda Maria Leite Werner, no documento “O processo da construção do
número, o lúdico e TICs como recursos metodológicos para criança com deficiência
intelectual” (2008, p. 9), afirma:

Ao esclarecer a formação psicogenética natural das operações lógico-matemáticas,


lógico
Piaget afirmou como condição para que esta se efetive, a utilização de métodos nos
quais a criança participe ativamente, e que o ensino deve propiciar a reconstrução do
conhecimento, não somente transmissão do mesmo. Assim, a criança vai adquirindo
conhecimento
cimento a partir das constantes interações com o seu ambiente, objetos,
pessoas e fenômenos físicos em geral, construindo gradativamente estruturas cada
vez mais ricas e mais complexas. A partir dessa concepção podemos entender que a
prática pedagógica é embasada
embasada nas relações, sendo que o educador deve perceber as
tentativas, limites e possibilidades dos seus educandos, e planejar a ação pedagógica
a partir dessas percepções.

Com base nesta percepção, deu-se


deu se o desenvolvimento de todo o projeto, que teve
início
nício quando um aluno da turma do 5º Ano fez a seguinte pergunta à professora: “Para que eu
preciso aprender isso [matemática]?” A professora, então, teve a ideia de aproveitar um
passeio que a turma haveria de fazer para o zoobotânico da cidade vizinha (Brusque).
(B A fim
de mostrar a importância da matemática e sua aplicação nas diversas situações vividas pelos
alunos. Eles muitos se entusiasmaram com a ideia.
A professora explicou, em primeiro lugar, a contribuição da matemática para o
desenvolvimento de váriasrias habilidades intelectuais, como o aprimoramento do raciocínio
lógico matemático.
Na sequência, a professora pediu aos alunos que pensassem em possíveis situações, no
zoobotânico, em que utilizariam conhecimentos matemáticos. Estas possibilidades deveriam
dever
ser anotadas e analisadas durante o passeio. Uma dessas situações, apresentada por uma aluna,
foi observar mais de perto alguns animais, buscando recolher o máximo de informações
possíveis sobre eles. Devido à impossibilidade de fazer isso com todos os animais, chegou-se
ao acordo de selecionar apenas dois animais. Mas como? Os alunos decidiram fazer uma
pesquisa com todos alunos da escola pertencentes ao Ensino Fundamental I, tendo como
resultado o leão (o primeiro mais votado) e o macaco (o segundo maismais votado).
Feitas as anotações, vistas as possibilidades e realizada a pesquisa, o alunos fizeram a
visita ao zoobotânico, onde tiveram o auxílio de um guia, que apresentou várias informações
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

sobre os animais e respondeu às perguntas compostas pelos discentes discentes (tamanho de cada
animal, peso, tempo de vida, tempo de gestação, o consumo de alimento de cada animal, quais
os tipos de comida que cada um deles come, qual o tamanho do recinto em que vivem, entre
outras indagações). Além disso, os alunos puderam perceber
perceber o valor da matemática em outras
situações, a saber: na contagem do total de alunos que foram ao passeio – para controle da
professora –,, o pagamento das entradas do zoobotânico, a quantidade de pessoas que circulam
diariamente pelo zoobotânico, etc. Uma das curiosidades dos alunos foi saber quem eram os
visitantes do zoobotânico, então dirigiram-se
dirigiram se à bilheteria para perguntar. Ficaram sabendo que
muitos são alunos, outros meros visitantes. Assim, surgiu a ideia de fazer um gráfico para
representar percentualmente
centualmente os visitantes que eram alunos e quais não – uma média, de
acordo com os dados coletados na bilheteria. Ao fim do passeio, os alunos questionaram o

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
guia sobre a possibilidade de ajudar de alguma forma o zoobotânico, e surgiram duas
possibilidades: 1- ajudar no reflorestamento de uma parte do zoobotânico, 2- doar uma caixa
para transporte de serpentes. A turma aderiu prontamente às duas sugestões.
Depois da visita, e a partir das informações acumuladas, a professora fez uma série de
atividades problemas, envolvendo os dados adquiridos durante o passeio. Com as situações
problemas, surgiram as dificuldades em relação quanto à forma e aos cálculos a serem usados
para solucioná-las. Foi o caso da fração – para averiguar a porção de comida consumida pelos
animais – e da porcentagem – para determinar o percentual relativo aos visitantes do
zoobotânico.
Depois de terminadas estas etapas, o material foi organizado de maneira a ser exposto
e explicitado aos demais alunos da escola e apresentado em feira.

RESULTADOS

As atividades do projeto foram executadas de maneira interdisciplinar, relacionando a


prática e a teoria. Nestes dias de efetivos trabalhos, os alunos perceberam a importância da
matemática e sua constante utilização nas diversas situações do dia a dia. Além isso, puderam
desenvolver saberes relativos aos conteúdos programáticos do 5º ano de uma forma lúdica.
Ainda, puderam contribuir com o zoobotânico da cidade vizinha, o que propicia uma
conscientização da importância de se preservar a natureza e cuidar dos animais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com este projeto foi possível perceber a importância da matemática e sua utilidade nas
diversas situações do cotidiano de nossas vidas. Esta é a reposta para a pergunta feita pelos
alunos e tão constantemente ouvida pelos professores: “Para que eu preciso aprender isso?”
Deste modo, os alunos puderam analisar e compreender o valor da matemática, além da sua
contribuição para o desenvolvimento da inteligência e do raciocínio lógico, para suas vidas,
adquirindo diversos conhecimentos matemáticos por meio de uma experiência concreta, o
que, sem dúvida, contribuiu para a melhor aprendizagem dos alunos envolvidos no projeto em
relação aos conteúdos programáticos da turma em questão.

REFERÊNCIAS

CENTURIÓN, Marília Ramos; TEIXEIRA, Júnia La Scala; RODRIGUES, Arnaldo Bento.


Porta Aberta: Matemática, 5º Ano. 1 ed. São Paulo: FTD, 2011.

FANIZZI, Sueli; GIL, Ângela Bernardes de Andrade. Porta Aberta: Ciências, 5º Ano. 1 ed.
São Paulo: FTD, 2011.

HUIZINGA, J. Homo ludens.4 ed. reimp. São Paulo: Perspectiva, 2000.

WERNER, Hilda Maria Leite. O processo da construção do número, o lúdico e TICs como
recursos metodológicos para criança com deficiência intelectual. Paraná: PDE, 2008.
ANAIS – XXXFCMat

285
RESUMOS ESTENDIDOS
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
A MATEMÁTICA DA HORTA1

PINHEIRO, Tayse Milene2; FREITAS, Tania Regina3; MALEWSCHIK, Andreza Faria4.

RESUMO: A matemática da horta surgiu da necessidade de apresentar a matemática de forma contextualizada


com o objetivo de revitalizar o espaço disponível na escola e que não era utilizado. No projeto trabalhamos
conteúdos de diversas disciplinas números decimais, geometria, medidas e grandezas, proporção, gráficos,
tabelas, porcentagem, solo, desenvolvimentos das plantas, benefícios, nutrientes, receitas, estampa e gêneros
textuais. Além do aprendizado envolvendo diversas disciplinas, percebeu-se o orgulho dos alunos em todos os
dias olhar o crescimento das plantas e poder fazer receitas com o que plantaram.

Palavras-chave: Horta. Interdisciplinaridade. Medidas. Números decimais. Tratamento da Informação.

INTRODUÇÃO

Na entrada da escola havia um espaço destinado à horta escolar que não estava sendo
utilizado.
Em conversa com os alunos do 6º ano sobre o problema decidiram adotar a causa que
foi levada para uma reunião pedagógica onde sugeriu-se trabalhar o projeto
interdisciplinarmente e assim revitalizarmos a horta nas disciplinas de matemática e ciências,
tendo ajuda das demais disciplinas.
Conversando com os professores verificamos que poderíamos trabalhar diversos
conteúdos entre eles números decimais, geometria, medidas e grandezas, proporção, gráficos,
tabelas, porcentagem, solo, desenvolvimentos das plantas, benefícios, nutrientes, receitas,
estampa e gêneros textuais.

MATERIAL E MÉTODOS

A primeira atividade da horta foi desenhar um esboço da horta, definir o melhor


instrumento para medir e utilizar a trena para determinar as medidas da horta, que deram
valores decimais. Com os valores definidos os alunos realizaram atividades como escrever
por extenso os numerais, registrar em ordem decrescente, determinar o tipo de polígono que a
horta representa, suas características e elementos. Além de determinar o perímetro da horta,
situação que os alunos precisaram realizar a adição com números decimais.
Na atividade seguinte os alunos estudaram sobre as escalas em mapas e desenhos e
arredondando os números decimais das medidas da horta desenharam em papel quadriculado
e sugeriram canteiros para a horta.
Cada aluno sugeriu um desenho para os canteiros da horta e a turma escolheu um
projeto para aplicarmos na nossa horta. O desenho foi adaptado pela professora de matemática
para poder atender seis equipes de cinco alunos.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Dr. Elpídio Barbosa – Joinville.
2
Aluna expositora.
3
Aluna expositora.
4
Professora Orientadora, EEB Dr. Elpídio Barbosa, andrezafariam@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

287
As equipes se reuniram para pesquisar e discutir sobre o tipo de solo da horta,
materiais que precisariam para plantar e quais plantas cultivariam. Com orientação da
professora de ciências e com os estudos realizados os alunos
alunos definiram as plantas e a forma de
cultivo.
O desenho da horta e dos canteiros com a escala foram entregues às equipes que
precisaram determinar as medidas dos canteiros, o perímetro e a quantidade de tijolos
necessária sabendo que cada tijolo tem 20cm de comprimento.
Cada equipe recebeu a quantidade de tijolo calculado e com a ajuda de trena
desenharam o canteiro no chão e colocaram os tijolos, verificando se calcularam corretamente
ou não a quantidade de tijolos. Também preparam a terra para o cultivo,
cultivo colocando adubo
orgânico. As equipes receberam mudas e sementes para plantar na horta e assim tiveram que
aplicar na prática os procedimentos de cultivo das plantas pesquisados.
As mudas e sementes foram identificadas com a placas indicando a planta e a data do
cultivo para acompanhar o desenvolvimento.
Com as pesquisas realizadas cada dupla escolheu uma planta e montou um informativo
contendo as informações científicas, as características, os benefícios, a tabela nutricional,
curiosidade, cultivo e uma receita.
Como o projeto foi inscrito na XIII Feira Regional de Matemática os expositores
queriam uma camisa para identificar o projeto e conversando com a professora de arte ela
sugeriu a ideia de estampar uma camisa com desenho de alimentos cultivados,
cultivados utilizando uma
lixa que foi colorida com giz de cera e depois com ferro de passar roupa fixaram a estampa na
camisa.
Os alunos construíram com jornal um quadrado de 1m para compreender quanto é 1m²
e o que é medida de superfície. Com o 1m² construído em jornal determinaram a área da horta
e de cada canteiro. Em sala de aula usando o desenho da horta em papel milimetrado
decompuseram o quadrilátero em dois triângulos e um retângulo e utilizando as fórmulas de
área determinaram a medida de superfície da horta.
ho
Na aula de matemática os alunos escolheram entre as receitas pesquisadas as que
gostariam de fazer – salada de alface e alface roxa, pão de orégano, batata com alecrim, suco
de laranja com agrião, chá de hortelã e bolo de cenoura – dividiram os ingredientes
ingred das
receitas que não tinham na horta para todos trazerem algum item e na aula seguinte tomando
os devidos cuidados com a higiene e segurança fizeram as receitas. Tiveram o prazer de
retirar os alimentos da horta, lavar, produzir as receitas, provar e avaliar os resultados.
Também verificaram que o rendimento das receitas não daria para toda a turma e usando
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

proporcionalidade calcularam a quantidade de ingredientes necessária para que toda a turma


pudesse provar os alimentos.
A turma trabalhou tabelas e gráficos com a tabela nutricional dos alimentos, cada
dupla escolheu um item da tabela nutricional para pesquisar a importância na saúde do ser
humano e utilizando gráficos compararam os nutrientes de todos alimentos cultivados,
percebendo a importância do cada alimento na nossa saúde.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Tudo começou com a ideia de revitalizar o espaço da horta utilizando conteúdos
trabalhados em sala de aula, pois conforme os PCNs.

A atividade matemática escolar não é “olhar para coisas prontas e definitivas”, mas a
construção e a apropriação de um conhecimento pelo aluno, que se servirá dele para
compreender e transformar sua realidade. (PCNs, 2001, p. 19).

Tínhamos um bom espaço na entrada da escola que não era utilizado


pedagogicamente. Os alunos do 6º ano trabalharam conteúdos de matemática, ciência, artes e
português e puderam aprender muito com esse espaço.

Figura 1: Como era o espaço da horta.

Depois de conhecer o espaço da horta iniciamos com as atividades. Primeiramente o


esboço da horta onde os alunos precisaram ter noção de espaço para desenhar o esboço. O
trabalho em equipe para realizar a medições, onde os alunos precisaram conhecer que
medidas estão indicadas nas trenas, pois algumas tem medidas em metros, centímetro e
polegadas e precisaram entender o instrumento para adequadamente.

Figura 2: Esboço e medida da horta.

No momento de discussão em sala de aula os alunos listaram o que gostariam de


plantar, pesquisaram na sala de informática sobre o plantio e época correta para definir o que
realmente poderiam plantar. Pesquisaram, discutiram e analisaram o tipo de solo presente
naquele espaço, concluindo que o solo é argiloso com restos de areia da reforma da escola,
dessa forma verificaram que para fazer a horta era necessário colocar terra adubada e adubo
orgânico para melhorar o solo.

Figura 3: Pesquisa e discussão sobre o solo e as plantas.


ANAIS – XXXFCMat

289
A concretização da horta se iniciou fazendo os canteiros utilizando as medidas
indicadas no projeto e verificando o cálculo da quantidade de tijolos.
Em seguida foi colocada a terra adubada e usando o palmo como referência para a
distância entre as mudas fizeram o plantio. Com a horta pronta foi definido
definido duplas diárias para
rega, cuidar, observar e eliminar parasitas.

Figura 4: Montagem dos canteiros, cultivo, identificação, rega e cuidado.

Como o trabalho foi inscrito para na XIII Feira Regional de Matemática os expositores
queriam uma camisa para representar o trabalho e a ideia foi levada para a Professora Rosana
de Arte, que sugeriu que os alunos desenhassem na lixa com giz de cera e com ferro quente
passar na camisa. Os alunos acharam a sugestão muito original e concretizaram
concretizaram o projeto.

Figura 5: Estampa das camisas.

Os alunos foram desfiados a construir um quadrado de 1m, alguns montaram um


retângulo e depois de indagados perceberam que tinham que deixar todos os lados com a
mesma medida. Dessa forma perceberam o tipo de polígono que construíram e quanto é 1m².
Com a figura mediram a área da horta e responderam alguns questionamentos sobre a
construção, como por exemplo, quantas pessoas cabem em 1m², que figuras podemos formar
com 4m², 16m², etc.
Figura 6: Confecção do 1m².
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Com o cultivo das plantas veio a necessidade de consumir o que foi plantado, e assim
os alunos pesquisaram receitas e informações nutricionais do que haviam plantado. As
receitas foram apresentadas para toda a turma que escolheram sete para fazer em sala de aula:
salada de alface e alface roxa, pão de orégano, batata com alecrim, suco de laranja com
agrião, chá de hortelã e bolo de cenoura. A turma se dividiu e cada aluno trouxe algum
ingrediente para a receita, divida as equipes e o que cada equipe faria, a professora lembrou
de alguns itens importantes para a higiene e segurança da atividade.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Todos os alunos se envolveram na produção e todos provaram os alimentos feitos e
ficaram satisfeitos com o resultado. O bolo de cenoura foi o mais disputado. O pão de orégano
ficou mais salgado do que deveria, pois os alunos não perceberam que a receita indicava uma
colher de chá de sal e uma colher de sopa de açúcar e colocar para ambos uma colher de sopa.

Figura 7: Produzindo as receitas.

Analisando a tabela nutricional os alunos pesquisaram sobre a importância de cada


item da tabela nutricional e construíram gráficos comparativos entre as plantas cultivadas e
perceberam a importância desses alimentos na sua saúde.
Esse trabalho teve como desafio verificar que é possível aprender conteúdos
matemáticos na prática, no entanto, é necessário dar embasamento e aperfeiçoamento em sala
de aula, local de motivação e aprimoramento da aprendizagem.

CONCLUSÕES

A princípio o objetivo do projeto era apenas revitalizar o espaço da horta


interdisciplinarmente, no entanto, o interesse dos alunos em buscar novos conhecimentos e
querer saber mais sobre as plantas fez com que o projeto se ampliasse.
Conseguimos revitalizar o espaço e fazer com que os alunos tenham orgulho dele.
Todos os dias podemos perceber que ao chegar à escola, alunos, professores, funcionários,
pais, dão uma olhadinha para ver como estão as plantas.
Com a ampliação do projeto os alunos que raramente comiam verduras passaram a
experimentá-las e passaram a se preocuparam com sua saúde.

REFERÊNCIAS

SOUZA, Joamir Roberto de, PATARO, Patrícia Rosana Moreno. Vontade de Saber
Matemática, 6º ano. 2 ed. São Paulo: FTD, 2012.

Secretaria Municipal de Joinville/NEAM – Núcleo de Educação Ambiental. Programa Horta


Pedagógica Escolar. Orientações Técnicas. 2003.

Secretaria Municipal de Joinville/NEAM – Núcleo de Educação Ambiental. Programa Horta


Pedagógica Escolar – Sugestões de Atividades. 2003.

Ministérios da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. 3 ed. Brasília: A


Secretaria, 2001.
ANAIS – XXXFCMat

291
A MATEMÁTICA DA PRODUÇÃO DE SOJA: GRÃO PRECIOSO1

DEMIM, João Vitor2; PAES SILVA, Guilherme3; ROSA MACHADO, Franciéli4.

RESUMO: O presente trabalho, Matemática da Produção de Soja, surgiu da necessidade dar sentido ao
aprendizado da matemática. Assim, compreender a origem da soja, como ocorreu sua evolução tecnológica, a
importância do grão na atualidade e a análise da viabilidade econômica e ambiental através de conceitos e
relações matemáticas despertaram o interesse dos alunos, motivando-os
motivando os para a aprendizagem. Desta forma,
realizou-se
se pesquisa bibliográfica e de campo, visita a uma unidade de beneficiamento de semente de soja,
entrevista com
om produtores de soja, construção de maquete, elaboração e resolução de situações-problema
situações com
base nos dados coletados. Concluiu-se
Concluiu se com este estudo e nos cálculos matemáticos que hoje, utilizando as
tecnologias disponíveis, o cultivo da soja é lucrativo tanto
tanto para o pequeno como para o grande produtor. No
entanto, a soja orgânica aparece como a melhor opção para os consumidores, para o pequeno produtor e melhor
qualidade ambiental em relação à soja convencional e transgênica.

Palavras-chave: Matemática. Soja.


oja. Alimentação. Tecnologia. Meio Ambiente.

INTRODUÇÃO

Rico em proteínas, o grão é fundamental para alimentação humana e pode ser


encontrado em diversos produtos. Tem benefícios à saúde associados ao seu consumo, como
diminuição do colesterol, tratamento
tratamento dos sintomas da menopausa, prevenção da osteoporose e
manutenção do peso corporal.
Compreender a origem da cultura da soja, como ocorreu a evolução tecnológica no
cultivo desta espécie, a importância do grão na atualidade, a análise da viabilidade econômica
econô
e ambiental através de conceitos e relações matemáticas torna-se
torna se de extrema relevância, já
que a soja é base da alimentação animal como fonte de proteína. Além disso, são os produtos
extraídos do grão utilizados diretamente na alimentação humana.
Nestee sentido, um trabalho interdisciplinar com ênfase na Matemática é de suma
importância, pois desperta o interesse e motiva os alunos para aprendizagem. É uma forma de
oportunizar aos educandos a construção de uma visão científica de mundo, através da qual se
desenvolve o raciocínio lógico. Este trabalho buscou investigar se a produção de soja hoje,
alimento tão presente na vida dos seres humanos é viável economicamente e ambientalmente.
Através da análise das tecnologias utilizadas, custo/benefício das variedades
vari de soja
produzidas hoje acredita-se se despertar nos alunos e em toda a comunidade escolar uma
reflexão sobre os vários fatores que estão envolvidos na cadeia produtiva deste grão precioso.

MATERIAL E MÉTODOS
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Considerando a necessidade de oportunizar ao aluno a construção de conhecimentos


através de vivências e estimular a inter-relação
inter relação entre as diversas áreas do conhecimento a
busca das informações ocorreu em diversas fontes, como: pesquisa bibliográfica; entrevista
com um produtor de soja; elaboração
elaboração de cartazes; pesquisa de campo com 10% das famílias
dos alunos das séries finais do ensino fundamental sobre o consumo de alimentos que contém

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EM Viver e Conhecer – Capinzal.
2
Aluno expositor, demin_cintia@hotmail.com.
3
Aluno expositor, sandropaessilva@hotmail.com.
4
Professora Orientadora, EM Viver e Conhecer, escolamvivereconhecer@hotmail.com.
escolamvivereconhecer@hotmail.com

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
soja em sua composição; visita a uma unidade de beneficiamento de semente de soja da
cidade e coletânea de fotoss e dentre estas, imagens dos equipamentos utilizados na produção.
A partir dos dados coletados foi elaborado juntamente com os alunos situações-situações
problema diversas, através das quais verificou-se
verificou se os custos, lucratividade e impactos
ambientais com relação a variedade de soja cultivada.
A construção de uma maquete representando uma plantação de soja possibilitou a
compreensão da importância de aprender conteúdos como escala, conceito de área, sistema de
medidas, frações e regra de três. Isso é a Matemática dando
dando sentido ao aprendizado.
Finalizando realizou-se se uma análise com base em todos os dados coletados com
subsídios para a obtenção dos resultados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme dados da Secretaria de Agricultura do estado a produção de soja catarinense


registrou um crescimento de 64,3% na safra de 2012/2013 em relação à safra de 2007/2008,
com um aumento de 35,2% da área plantada e de 21,5% do rendimento médio em seis anos.
De acordo com a APROSOJA, além além de a soja ser utilizada amplamente como alimento
ou matéria-prima
prima para derivados, como óleo e farelo apresenta outros usos. Do processo de
obtenção do óleo refinado de soja, obtém-se
obtém se a lecitina, um agente emulsificante (que “liga” a
fase aquosa e oleosa dos materiais), muito usado para se produzir salsichas, maioneses,
sorvetes, achocolatados e produtos congelados. Indiretamente, sempre que comemos carnes
estamos ingerindo soja. No Brasil, 80% do farelo de soja, junto com o milho, compõem a
ração fabricada
da para a alimentação animal. É a transformação da proteína vegetal (grão) em
proteína animal (grão mais carne).
Diante dessas informações, a realização de uma pesquisa de campo com 10% das
famílias dos alunos das séries finais do ensino fundamental sobre o consumo de alimentos que
contém soja em sua composição revelou que há uma preocupação com os alimentos que as
pessoas consomem que levam soja em sua composição. Os dados desta pesquisa estão
representados nos gráficos abaixo:
ANAIS – XXXFCMat

293
Percebeu-se com os resultados desta pesquisa que um número significativos de
consumidores precisam estar mais atentos aos produtos que consomem a base de soja.
Segundo a empresa EMBRAPA,
As plantas transgênicas são organismos modificados a partir da engenharia genética
para
ara adquirir características diferentes e melhores. As plantas transgênicas podem
possuir maior resistência a pragas, doenças e a condições climáticas adversas;
tolerância a herbicidas; melhoria dos compostos nutricionais.

Destaca-se ainda,
Não há, porém,
porém, nenhum estudo comprovando que a presença deste gene não afetará
a saúde humana ou dos animais que venham a se alimentar da soja transgênica.
Muitos dos genes que a indústria da agroquímica vem testando não fazem parte da
dieta normal da população. (Gestão
(Gestã do Campo)

Diante deste fato, embora legalmente a produção e consumo de soja transgênica venha
ocorrendo em grande escala, a preocupação com as consequências no futuro para a saúde
humana e para o meio ambiente são reais e é necessário estar atento.
Sabe-se
se que o grão convencional não possui alterações genéticas, uma forma de
organismo geneticamente modificado. No entanto, no plantio é utilizado grandes quantidades
de produtos químicos como herbicidas, fungicidas e inseticidas. Já a soja orgânica é cultivada
cu
livre agrotóxicos, é também um bom investimento para pequenos produtores. Além disso, de
modo geral, o custo de produção é menor do que no sistema convencional. Para a agricultura
familiar, o cultivo de soja para consumo humano torna-se
torna mais uma alternativa
ternativa de renda.
XXX Feira Catarinense de Matemática

Desta forma, a soja orgânica aparece como a melhor opção tanto para os consumidores
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

como para os pequenos produtores.


Com base nas entrevistas realizadas com os produtores de soja da região foram
elaboradas várias situações-problema
problema que colocaram o aluno em contato com a realidade:
Um produtor irá iniciar a plantação de soja a partir do dia 20 de outubro desse ano em
uma lavoura de 4 hectares. Cada hectare utiliza aproximadamente 70 kg de semente, 350 kg
de adubo, 5 litros de herbicida, 4 toneladas de calcário e 30 litros de óleo diesel para as
máquinas.
Seguem alguns exemplos:
a) Qual a quantidade total de sementes para a área plantada? E qual é o custo?
4 hectares x 70kg de semente= 280Kg de sementes

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
1 kg=R$8,00
280kg x R$8,00= R$2240,00
280 kg:60kg= 4,6 sacos de semente, aproximadamente 5 sacos.
b) Qual é o total de herbicida necessário para toda a área plantada? E qual é o custo?
4 hectares x 5 litros= 20 litros
1 litro=R$16,00
20 litros x R$16,00= R$320,00
c) Cada saco é vendido por R$60,00, qual vai ser o valor da venda dos 280 sacos, que
foi produzido nos 4 hectares?
280 sacos x R$60,00= R$16800,00
d) Qual foi o custo dessa produção?
R$2240,00 semente
R$1842,40 adubo
R$320,00 herbicida
R$1140,00 calcário
R$270,00óleo diesel
Total: R$5812,40
e) Qual foi o lucro obtido nesse plantio?
R$16800,00 venda da soja
- R$5812,40 custo do plantio
Total: R$ 10987,60
Percebeu-se que nessas condições o agricultor teria boa lucratividade. Neste caso não
estão sendo consideradas despesas com mão de obra e nem investimentos em máquinas
agrícolas.
Um ganho significativo ao produtor de soja foi a realização de plantio direto, pois:
O sistema plantio direto contribuiu fortemente para: eliminar a erosão do solo;
reduzir o consumo de combustível; recuperar suas propriedades físicas, químicas e
biológicas; reduzir o intervalo de semeadura das culturas; maior eficiência no
aproveitamento dos nutrientes. (Revista Plantio direto, edição 102, novembro de
2007)

Com a realização do plantio direto ao longo dos anos de cultivo o solo se mantêm
equilibrado garantindo a base da fonte de renda e alimento para o produtor, pois sem o solo
conservado, o agricultor terá mais despesas com a preparação da área a ser plantada ou até
mesmo poderá ficar impossibilitado para realizar o plantio.
A representação da área plantada em maquete mostrou concretamente os conceitos e
aplicações práticas de escala, frações, cálculo de área e perímetro. Com estes dados todo o
planejamento da lavoura é calculado matematicamente, dando condições para o aluno
construir uma bagagem de conhecimentos que contribuirá para o exercício pleno da cidadania.
Segue a representação da atividade desenvolvida:

FRAÇÃO

Cada hectare equivale a , os quatro hectares equivale a 1 inteiro:
¼ ¼ ସ
=1
¼ ¼
ANAIS – XXXFCMat

295
ESCALA

25 cm : 100m PERÍMETRO
25cm : 10000 cm 1 hectare=100+100+100+100=400m
1cm : 400 cm 1:400 4 hectares=200+200+200+200=800m
ÁREA
1 hectare 4 hectares
Área= base x altura Área= base x altura
100x100= 10.000 m2
200 x 200= 40.000 m2

CONCLUSÕES

A soja é um grão precioso que fertiliza o solo naturalmente. Sua produção hoje é
viável economicamente tanto para o grande quanto para o pequeno produtor. Praticamente
toda a soja plantada hoje na região do município de Capinzal é do tipo transgênica, ou seja,
geneticamente modificada. Esta produção e consumo em grande escala é vista com c
preocupação por muitas pessoas, pelo fato de haver uma desconfiança em relação aos efeitos
deste cultivo e consumo em longo prazo. A soja convencional utiliza grandes quantidades de
agrotóxicos. O plantio de soja orgânica aparece então como uma opção de maior renda ao
pequeno produtor, já que esta é a preferência dos consumidores que buscam na alimentação
orgânica garantia de mais saúde e melhor qualidade de vida. É também o cultivo de soja mais
viável para a preservação ambiental.
Assim, através deste estudo foi possível perceber que Matemática é também uma
ferramenta fundamental para o exercício pleno da cidadania.

REFERÊNCIAS

CASTRO, Julio. Safra de soja em Santa Catarina. Disponível em:


<http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,safra
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,safra-de-soja-em-santa-catarina
catarina-cresce-
48,152566e>Acesso em: 18/05/2014.

EMBRAPA. Soja, cultivos, sistema de produção e variedades. variedades Disponível em:


<https://www.embrapa.br/soja/cultivos/soja1
tps://www.embrapa.br/soja/cultivos/soja1> Acesso em: 20/05/2014

PLANTIO DIRETO. Sistema Plantio Direto com qualidade: a importância do uso de


estratégico. Ed.102, nov/dez. 2007.
XXX Feira Catarinense de Matemática

plantas de cobertura num planejamento cultural estratégico.


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Disponível em: <http://www.plantiodireto.com.br/?body=cont_int&id=836


http://www.plantiodireto.com.br/?body=cont_int&id=836 Acesso em:
http://www.plantiodireto.com.br/?body=cont_int&id=836>
13/08/2014.

CAMPO, gestão. Transgênicos – Organismos Geneticamente Modificados – Disponível em:


ttp://www.gestaonocampo.com.br/biblioteca/transgenicos-organismos-geneticamente
http://www.gestaonocampo.com.br/biblioteca/transgenicos geneticamente-
modificados/ acesso em: 01/09/2014.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
A MATEMÁTICA DA VIABILIDADE DO USO DA MOTOCICLETA1

ALVES, Gabriel Masson2; WULFF, Mateus João Grotto3; MARKUS, Carmem Maletzke4.

RESUMO: O uso de motocicletas tem aumentado consideravelmente a partir dos anos 90. Sendo utilizada para
lazer e trabalho devido ao baixo custo de manutenção, economia de combustível e agilidade no trânsito. O uso
indevido causa muitos acidentes e aumenta a poluição ambiental. O estudo baseou-se em provar
matematicamente o custo/benefício, manutenção, uso e segurança de uma motocicleta, bem como calcular
impactos de acidentes analisando estatísticas de trânsito. A metodologia envolveu pesquisa bibliográfica,
entrevista com instrutor de trânsito, pesquisa de campo com alunos da escola, confecção de folder com
orientações de segurança para motociclistas, simulação de impactos sofridos em acidentes de trânsito, bem como
uma projeção de vítimas fatais motociclistas para 2021. Portanto, o uso de motocicletas tem as suas vantagens,
mas o usuário não pode descuidar da segurança e da qualidade do meio ambiente, utilizando-as com toda a
tecnologia disponível para amenizar a liberação de gases poluentes.

Palavras-chave: Motocicletas. Acidentes. Cálculos. Segurança.

INTRODUÇÃO

A motocicleta é um veículo que possui muitas vantagens quando comparada a outros


meios de transporte. A procura pelo uso de motocicletas tem aumentado consideravelmente
nos últimos anos, sendo utilizada para lazer e trabalho devido ao baixo custo de manutenção,
economia de combustível, agilidade no trânsito e facilidade de estacionamento. Por outro
lado, o uso indevido causa muitos acidentes e o número de vítimas fatais acompanha esse
crescimento.
A motocicleta de dois tempos tem baixo custo de aquisição e apresenta alto índice de
poluição ambiental.
Desta forma, realizar um estudo sobre o custo/benefício do uso das motocicletas torna-
se de extrema relevância, já que os dados estatísticos apontam uma crescente procura por este
meio de transporte.
Esse projeto integra várias disciplinas das séries finais do ensino fundamental, com
ênfase em Matemática, através da qual buscar-se-á verificar quantitativamente a viabilidade
do uso das motos.

MATERIAL E MÉTODOS

Com o propósito de conhecer o funcionamento das motos e compreender suas


vantagens/desvantagens, foi realizada uma pesquisa bibliográfica com o intuito de conhecer
aspectos da história das motos também no Brasil. As principais peças e os equipamentos de
segurança e seus custos para aquisição, os problemas de saúde ocasionados pelo uso contínuo
da motocicleta e como ocorre a poluição do meio ambiente pelos poluentes liberados pelas
motocicletas. Para desenvolver esse estudo realizaram-se diversas atividades: entrevista com

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas, Instituição: EM Viver e Conhecer – Capinzal.
2
Aluno expositor, gabriel-cpz@hotmail.com.
3
Aluno expositor, escolamvivereconhecer@hotmail.com.
4
Professora Orientadora, EM Viver e Conhecer, carmem_markus@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

297
instrutor de trânsito de autoescola de Capinzal, referente ao uso de motos e para saber quais
são os principais equipamentos de segurança para motocicletas, quais as suas orientações para
a segurança no trânsito e por fim quais são as maiores maiores irregularidades cometidas por
motociclistas no trânsito. Essa entrevista possibilitou o aprendizado referente, principalmente
a segurança no trânsito, pois é um ponto de grande relevância social.
Durante a execução do projeto foi realizada pesquisa de campo
campo com alunos das 8ª
séries da escola para levantar dados sobre o uso de motos na realidade local. Os dados foram
tabulados e representados em gráficos e posteriormente analisados.
Para tornar o estudo mais significativo, desenvolveram-se
desenvolveram se situações-problema
situações
envolvendo compra de equipamentos de segurança à vista e a prazo, com taxas de juros
estipuladas. Calculou-se
se a emissão de gases poluentes expelidos pelas motocicletas, através
de razão e proporção e também fez-se
fez a comparação de emissão entre carros e motocicletas.
Com dados obtidos por meio de pesquisa, pode-sepode se fazer uma projeção de vítimas
fatais, por meio de planilha eletrônica – ferramenta indispensável. Para tal os cálculos
envolvendo porcentagem foram necessários.
necess
Para compreender os impactos sofridos, num acidente envolvendo veículos de
diferentes massas, por exemplo, baseou-se
baseou se nas Leis de Newton. Os cálculos basearam-se
basearam na
segunda Lei, conhecida como Princípio fundamental da Dinâmica.
Para alertar os motociclistas
motociclistas e futuros motociclistas confeccionou-se
confeccionou um folder com
dicas de segurança, baseados na Revista Vida e Saúde (jul. 2014).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A construção do conhecimento torna-se


torna se significativa à medida que o aluno é integrante
do processo e a Matemática abordada de forma interdisciplinar.
O Brasil apresenta altos índices de acidentes de trânsito. Com a aprovação do Código
de Trânsito Brasileiro, nos anos 90, as regras tornaram-se
tornaram se mais restritivas e a gestão do
tráfego foi organizada de modo que os acidentes começaram a diminuir. De acordo com dados
do Denatram, 2008, “... as mortes em acidentes de trânsito no país caíram 17%, fenômeno que
nunca havia ocorrido.” Paralelamente a isso,

[...] a partir de 1991 e com grande intensidade depois de 1996,


199 passou a ocorrer um
grande aumento na produção e uso de motocicletas no país. Este processo foi
facilitado e incentivado por autoridades públicas responsáveis pelas leis relativas à
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

produção de veículos e determinação de níveis de impostos da indústria. As


motocicletas de dois tempos – altamente poluidoras – foram permitidas e a indústria
de motocicletas, passou a desfrutar de benefícios fiscais. Entre 1995 e 2000, as
vendas anuais de motocicletas dobraram (atingindo 500 mil por ano), dobrando
novamente até 2005 e atingindo 1,6 milhão de unidades em 2007
(www.abraciclo.com.br). As mortes no trânsito associadas às motocicletas
aumentaram exponencialmente, chegando a 6.970 em 2006 (MS, 2008), eliminando
assim todo o ganho obtido pelo CTB na redução de acidentesacide com os demais
veículos. (VASCONCELLOS, 2008).

Diante dessas constatações, percebeu-se se que o número de motocicletas tende a


aumentar, pois todos procuram algo ágil para ir ao trabalho com mais facilidade de
locomoção e estacionamento, percebeu-se
percebeu também
ém que poucas pessoas sabem que as
motocicletas poluem até sete vezes mais que um carro, dependendo do poluente emitido. Hoje

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
a legislação obriga as indústrias a fabricar as motos com filtros para que se polua menos o
meio ambiente. O monóxido de carbono é um gás altamente tóxico. A razão de emissão desse
gás é 0,95 g/km rodado nas motos e 0,51 g/km rodado nos carros. Para hidrocarbonetos, a
relação foi maior ainda: a média de poluentes emitidos por motos chegou a 0,25 gramas por
quilômetro. O índice obtido por automóveis é de 0,069 gramas por quilômetro rodado. Com
esses dados os alunos calcularam a quantidade de emissão de poluentes, compararam dados e
os analisaram.
A entrevista com instrutor de trânsito de autoescola de Capinzal possibilitou o
aprendizado referente, principalmente a segurança no trânsito. O instrutor destacou que os
principais equipamentos de segurança para o motociclista são: calçado fechado, roupas
resistentes, capacete homologado1, farol ligado, retrovisores ambos os lados, luz de placa e
pneus em bom estado. O mesmo passou algumas orientações importantes como: lembrar que
um veículo é possível reconstruir, mas a vida não; não há peças para substituir no nosso
corpo; a lei existe para garantir nossa vida e não para punir; nenhum policial multa, somos
nós que nos multamos; somos motoristas e não pilotos de corrida, piloto tem pista especial,
veículo especial, local próprio e não rua, rodovia.
O instrutor repassou algumas estatísticas de trânsito baseado em dados do DETRAN:
50% dos acidentes são com motos. Desses, 82% com vítimas. Dessas vítimas, 60% são fatais.
Ocorrem 60.000 mortes de motociclistas por ano em nosso país. Baseados nessas informações
foram feitas simulações e projeções com os alunos a fim de que percebessem como a
Matemática é uma ferramenta importante para analisar situações cotidianas.
Desenvolveu-se uma pesquisa de campo buscando levantar dados sobre o uso de
motos em nossa realidade, com as turmas das 8ª séries da Escola Municipal Viver e Conhecer,
que representa uma amostra de 18,5% dos alunos das séries finais do ensino fundamental.
Construíram-se tabelas e cartazes para mostrar dados das pesquisas de campo. Em sua
maioria, as famílias utilizam o carro como principal meio de transporte, pois o considera mais
seguro, em relação à moto. Observou-se também, que a maioria dos alunos não conhece ou
conhecem pouco a moto, a maioria considera a moto como boa opção de economia e também
facilita o trânsito.
Também foi possível realizar uma projeção do número de motociclistas vítimas fatais
no Brasil. Considerando o alto índice de vítimas, de 263% em 10 anos (MIOTTO, 2014). Para
2021, considerando esse mesmo crescimento, obtem-se 29.635 mortes de motociclistas.
Sendo que em 2011 foram 11.268 vítimas. Os dados podem ser observados na Figura 1:

1
Faixas reflexivas, selo do INMETRO e validade.
ANAIS – XXXFCMat

299
FIGURA 1 – Projeção de vítimas fatais motociclistas no Brasil

Projeção de vítimas fatais


motociclistas

Número de vítimas fatais


40000
30000
20000
10000
0
1 2 3
ANO 2001 2011 2021
NÚMERO DE VÍTIMAS 3.100 11.268 29.635

Fonte: Os autores (2014)

CONCLUSÕES

O uso de motocicletas aumentou consideravelmente no Brasil, e como esse aumento,


cresce simultaneamente o número de acidentes envolvendo motos. As informações obtidas
com a entrevista com o instrutor de trânsito confirmam esses dados e a projeção para 2021
pode ser considerada assustadora. Isso se deve à imprudência no trânsito e à falta de
equipamentos de segurança. O airbag do motociclista é pouco conhecido e usado, sua
aquisição é considerada cara e seu uso ainda não são obrigatórios. Mas se pensado numa vida,
seu valor pode ser considerado mísero.
Ao comparar o consumo de combustível, percebe-se
percebe se a grande diferença, pois com a
mesma quantidade, percorre-se se uma distância de aproximadamente cinco vezes mais com a
moto. Porém, em relação aos poluentes emitidos
emitidos ao meio ambiente, a moto libera uma
porcentagem bem maior, dependendo do poluente, em relação ao carro.
Portanto, o uso de motocicletas tem as suas vantagens, mas o usuário não pode
descuidar da segurança e da qualidade do meio ambiente, utilizando-as
utilizando com toda a tecnologia
disponível para amenizar a liberação de gases poluentes.
A matemática abordada nesta perspectiva possibilita o verdadeiro aprendizado, pois os
alunos passam a perceber esta disciplina relacionando-a
relacionando a com situações práticas do cotidiano.
cotidiano

REFERÊNCIAS
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Perigo sobre rodas. Revista Vida e Saúde, Julho 2014. CPB. 50.
50

MIOTTO, Rafael. Número de mortes em acidente com moto sobe 263,5% em 10 anos. anos
São Paulo, 2013. Disponível em http://g1.globo.com/carros/motos/noticia/2013/06/ numero-
numero
de-mortes-em-acidente-com-moto
moto-sobe-2635-em-10-anos.html.. Acesso em: jul. 2013.

VASCONCELLOS. Eduardo A. O custo social da motocicleta no Brasil. Brasil Revista dos


transportes públicos. Ano 30/31 de 2008. Disponível em
http://www.emdec.com.br/moto2012/downloads/
http://www.emdec.com.br/moto2012/downloads/artigo.pdf.
. Acesso em: ago. 2014.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
A MATEMÁTICA DO ETANOL1

SARMENTO, Eduardo Bairos2; PASSOS, Matheus Henrique Coco dos3;


SCOLARO, Joelma Kominkiewicz4.

RESUMO: O uso do etanol como combustível tem recebido grande atenção nos últimos anos, por ser uma fonte
de energia renovável é também um combustível com menor emissão de lançado na atmosfera é absorvida
pela própria cana-de-açúcar
açúcar durante a fotossíntese. Este projeto tem o objetivo de apresentar a projeção de
demanda e oferta de etanol produzida no Brasil e as vantagens/desvantagens desse combustível. Embora seja
orgânico e encontrado puro na natureza passa por processos complexos
complexos para a obtenção da substância. No Brasil
o etanol recebeu maior destaque a partir da década de 1970 e em 2003 tivemos o início da fabricação dos
motores bicombustíveis, isso alavancou significativamente o consumo de álcool nos últimos anos. Através da d
realização deste trabalho percebeu-se
se a importância do plantio da cana-de-açúcar,
cana açúcar, seu cultivo, os benefícios para
o meio ambiente, a economia do país e para o consumidor.

Palavras-chave:: Produtividade. Fonte renovável. Bicombustíveis.

INTRODUÇÃO

A produção
odução e o uso do etanol combustível no Brasil, desde 1975, constituem o mais
importante programa de combustível comercial renovável implementado no mundo até hoje.
Esse sucesso hoje reconhecido, aliado ao interesse crescente na substituição de derivados de
d
petróleo, na redução de emissões de gases poluentes e na mitigação do efeito estufa. Mesmo
que surjam novas fontes, é fato que um dia o petróleo acabará e consequentemente não mais
existirão combustíveis como gasolina e diesel. Com o etanol, entretanto, não há limite de
tempo para sua existência. O etanol é mais utilizado, atualmente, como combustível.
Embora seja orgânico e encontrado puro na natureza passa por processos complexos
para a obtenção da substância. No Brasil o etanol recebeu maior destaque a partir da década
de 1970 e em 2003 tivemos o início da fabricação dos motores bicombustíveis que funcionam
tanto com gasolina quanto com álcool, isso alavancou significativamente o consumo de álcool
nos últimos anos. Porem todos nós já sabemos que a gasolina
gasolina é mais econômica que o álcool
cerca de 30%, logo para valer a pena abastecer com álcool, este tem que custar no máximo
70% do valor da gasolina.. Um grande benefício do etanol é que sua produção também gera
outras fontes de energia. Temos como objetivo
objetivo apresentar a projeção de demanda e oferta de
etanol produzida no Brasil e as vantagens/desvantagens desse combustível.

MATERIAL E MÉTODOS

Este projeto foi desenvolvido em sala de aula com alunos do 8º ano para apresentar a
projeção de demanda e oferta de etanol produzido no Brasil e as vantagens desse combustível,
utilizamos como fonte, livros e sites de pesquisa. Para confecção de maquete e montagem dos
slides os alunos realizaram atividades extraclasses e no contra turno. Após as pesquisas sobre

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com outras
Disciplinas; Instituição: EEB Cel. Gasparino Zorzi – Campos Novos.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor.
4
Professor Orientador, EEB Cel. Gasparino Zorzi, joelma.ks16@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

301
o temaa foi trabalhado em tópicos como: área de cultivo da cana-
cana de - açúcar, produção por
hectare comparando safra 2010/2011 e 2013/2014, produção destinada para a fabricação do
açúcar e do etanol em porcentagem através da regra de três e representada graficamente,
graficame o
etanol dividido em álcool anidro e hidratado sua porcentagem e composição. Trabalhamos os
processos de produção de álcool demonstrando através da maquete todo esse processo até
chegar aos postos de combustíveis, as aplicações e uso do etanol, o etanol
etanol como combustível
suas vantagens e desvantagens quando devemos abastecer com álcool ou gasolina através de
equações do 1º grau, função afim na tabela e no gráfico, desenvolveu todos estes cálculos
representamos através de gráficos e após os desenvolvimentos
desenvolvimentos houve as apresentações dos
grupos em sala.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Embora seja orgânico, o etanol não é encontrado puro na natureza e precisa ser
fabricado. Há processos complexos para a obtenção da substância, porém, o mais difundido é
a fermentação de açúcares de plantas ricas em açúcar ou amido, como cana-de-açúcar,
cana milho,
beterraba e sorgo, sendo a cana-de-açúcar
cana açúcar a mais simples e produtiva. Isso dá ao Brasil uma
grande vantagem, visto ser esse o principal produto de extração de etanol no país. A
produtividade média de geração de etanol por hectare de cana, por exemplo, é de 7500 litros,
enquanto a mesma área de milho, principal matéria prima do álcool produzido por
fermentação nos Estados Unidos, produz 3 mil litros do combustível.

BRASIL
ASIL ESTADOS UNIDOS
CANA-DE-AÇÚCAR
AÇÚCAR MILHO
1 HECTARE = 7500LITROS 1HECTARE = 3000 LITROS

SAFRA DE CANA-DE-AÇÚCAR 2010/2011 E 2013/2014


ÁREA DE CULTIVO DE CANA-DE-AÇÚCAR
CANA
SAFRA2010/2011 8.033,6 mil há
SAFRA2013/2014 8.799,150 mil há

Obs:1 hectare =10 000 m2

PRODUÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR
CANA AÇÚCAR EM MIL TONELADAS
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

SAFRA2010/2011 624.991mil ton


SAFRA2013/2014 652.015,9mil ton

SAFRA 2010/2011 E 2013/2014


PRODUÇÃO DE CANA-DE- AÇÚCAR DESTINADA A PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E ETANOL (em
mil toneladas)
SAFRA PRODUTIVIDADE AÇÚCAR ETANOL
2010/2011 624.991 288.714,9 336.276,1
2013/2014 652.015,9 312.213,5 399.802,4

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
DESTINO DO ETANOL

Nas usinas produtoras de etanol, a cana-de-açúcar


cana açúcar passa por diversos processos, até se
obter delas os alcoóis anidros e hidratados.

PROCESSO DE FERMENTAÇÃO

Lavagem: A cana-de-açúcar,
açúcar, chegando às usinas em sua forma pura, é colocada em
uma esteira rolante. Lá, ela é submetida a uma lavagem que retira sua poeira, areia, terra e
outros tipos de impurezas. Na sequência, a cana é picada e passa por um eletroímã, que retira
materiais metálicos do produto.
Moagem: Nesse processo, a cana é moída por rolos trituradores, produzindo um
líquido chamado melado. Cerca de 70% do produto original viram esse caldo, enquanto os
30% da parte sólida se transforma em bagaço. Do melado, continua continua-se o processo de
fabricação do etanol, enquanto o bagaço pode ser utilizado à geração de energia na usina.
Eliminação de impurezas: Para eliminar os resíduos presentes no melado (restos de
bagaço, areia, etc), o líquido passa por uma peneira. Em seguida,
seguida, ele segue a um tanque para
repousar, fazendo com que as impurezas se depositem ao fundo – processo chamado
decantação. Depois de decantar, o melado puro é extraído e recebe o nome de caldo
clarificado. O último processo de extração de impurezas é a esterilização,
esterilização, em que o caldo
éaquecido para eliminar os micro-organismos
micro presentes.
Fermentação: Após estar completamente puro, o caldo é levado a domas (tanques) no
qual é misturado e eles um fermento com leveduras. Esses microorganismos se alimentam do
açúcar
úcar presente no caldo. O processo de fermentação dura diversas horas, e como resultado
produz o vinho, chamado também de vinho fermentado, que possui leveduras, açúcar não
fermentado e cerca de 10% de etanol.
Destilação: Estando o etanol misturado ao vinho
vinho fermentado, o próximo passo é
separá-lo
lo da mistura. Nesse processo, o líquido é colocado em colunas de destilação, nas
quais ele é aquecido até se evaporar. Na evaporação, seguida da condensação (transformação
em líquido), é separado o vinho do etanol. Com
Com isso, fica pronto o álcool hidratado, usado
como etanol combustível, com grau alcoólico em cerca de 96%.
Desidratação: Com o álcool hidratado preparado, basta retirar o restante de água
contido nele para se fazer o álcool anidro. Após ser desidratado, surge o álcool anidro, com
graduação alcoólica em cerca de 99,5%, utilizado misturado a gasolina como combustível.
Armazenamento: Nesta etapa, o etanol anidro e hidratado é armazenado em enormes
tanques, até serem levados por caminhões que transportam
transportam até as distribuidoras.
ANAIS – XXXFCMat

303
APLICAÇÕES E USOS DO ETANOL

Etanol e álcool etílico são sinônimos. Ambos se referem a um tipo de álcool


constituído por dois átomos de carbono, cinco átomos de hidrogênio e um grupo hidroxila. No
Brasil, este líquido é muito to conhecido pois faz parte do dia-a-dia
dia dia das pessoas de duas
maneiras: como combustível para meios de transporte e, desde a pré-história,
pré como o
ingrediente mais famoso de bebidas alcoólicas, como a cerveja, o vinho e a cachaça. Contudo,
ele é também matéria ia prima industrial, sendo largamente utilizado para fazer perfumes,
materiais de limpeza, tintas, solventes e muitos outros produtos. Cerca de 80% da produção
brasileira de etanol tem como destino o uso carburante, 5% é destinado ao uso alimentar,
perfumaria
ria e alcoolquímica e 15% para exportação.
O etanol hidratado é usado diretamente no abastecimento de veículos automotores.
a) ÁLCOOL ETÍLICO HIDRATADO: 96% de etanol e o restante de água.
b) ÁLCOOL ANIDRO: 99,6% de álcool puro e pode ser misturado com gasolina.
Como álcool puro (etanol hidratado), o combustível está no mercado desde 1979,
quando foi lançado o primeiro carro a álcool, o Fiat 147. O grande marco que consolidou o
etanol foi o Proálcool, programa
programa lançado em 1975 que estimulou a produção de álcool no
Brasil para livrar o país da dependência do petróleo. O Proálcool teve grandes resultadas,
acarretando que, durante parte da década de 1980, mais de 70% da frota nacional de
automóveis fossem movidas a álcool hidratado. Com a redução do preço do petróleo, no fim
dos anos 80, o Próalcool perdeu força, e utilização da gasolina predominou no decorrer dos
anos 90. O etanol só ressurgiu em meados dos anos 2000, com o lançamento dos
bicombustíveis no mercadoo brasileiro, iniciado com o modelo VW Gol 1.6 Total Flex, em
2003. Veículos totalflex possuem motor que aceitam qualquer proporção de etanol ou
gasolina sem nenhum prejuízo em sua durabilidade.

Perfil de Frota por combustível


Discriminação 2008 2017
Gasolina 63,4% 24,8%
Álcool 7,0% 1,6%
Flex-fuel 29,6% 73,6%
Total 100% 100
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
O Brasil é o único país do mundo em que a utilização do álcool supera a da gasolina.
Devido ao crescimento dos carros flex, muitos motoristas se perguntam: “Quando passa a
compensar mais abastecer com gasolina?”. A resposta normalmente padrão é que o valor do
litro do álcool não deve ser maior do que 70% do preço da mesma quantidade de gasolina,
isso porque, quando abastecido com álcool (etanol) o consumo é maior.

BENEFÍCIOS EM USAR ETANOL


O uso do etanol como combustível traz vantagens em diferentes aspectos. Entre as
suas grandes qualidades, está o fato de ele ser renovável, limpo e autossustentável. Isso
confere aos combustíveis diversas vantagens

CONCLUSÕES

Finalizando o nosso trabalho podemos observar que o uso do etanol como combustível
traz vantagens em diferentes aspectos. Entre as suas grandes qualidades, está o fato de ele ser
renovável, limpo e autossustentável. Sempre que o cenário econômico permitir, devemos
fazer uso deste combustível brasileiro.

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Marco Antonio Souza. Manual básico de pesquisa de mercado. São Paulo:
Edição Sebrae, 1998.

AIDAR, Marcelo Marinho. Empreendedorismo: Modelo de Plano de Negócio. 2008.


Disponível em:
<http://www.telecentros.desenvolvimento.gov.br/_arquivos/capacitacaoempresarial/
ModelodePlanodenegocios.pdf>. Acesso: 8 set. 2011.

BISPO, Anselmo Lino. Venda Orientada por Marketing. Ed. Senac. Brasilia – DF. 2008.

BLOCK. Peter. Consultoria. O desafio da Liberdade. 2001. Ed: Pearson Education do


Brasil.São Paulo. 2001. 278p.

NOVO CANA. Etanol. Disponível em:www.novacana.com/etanol/sobre.


CANAB. Disponível em: www.canab.gov.br.

MELLO, Luiz Antonio. A Onda Maldita: como nasceu a Fluminense FM. Niterói: Arte &
Ofício, 1992. Disponível em: <http://yahoo.com.br/curiosidades>. Acesso em: 13 out. 2007.
ANAIS – XXXFCMat

305
A MATEMÁTICA E O FUTEBOL1

STHEINHEUSER, Maria Fernanda2; ROSA, Simara da3; DALABENETA, Margaret4.

RESUMO:: Você imagina quanta Matemática existe nos jogos de futebol? Pois ela está presente desde a
elaboração das tabelas dos jogos até as finalizações de gol. Nosso objetivo com este trabalho é fazer a relação
dos conteúdos matemáticos estudados em sala de aula com o futebol, esse esporte que leva aos estádios do
mundo todo, milhares de torcedores. Aproveitando os jogos da Copa do Mundo realizada no Brasil, realizamos
pesquisas para descobrir as tabelas dos jogos e os estádios onde estes aconteceram. Após, fizemos projeções de
jogadas buscando o gol e assim determinamos o melhor ângulo e a velocidade que um chute a gol pode atingir.
A área e o perímetro do campo também foram explorados. Enfim, foram muitos cálculos realizados a partir da
relação do futebol com a Matemática e com este trabalho percebemos
percebemos que a matemática se faz presente em
nossas atividades diárias e também é importante no futebol.

Palavras-chave:: Ângulos. Cálculos. Relação Trigonométrica.

INTRODUÇÃO

Os números estão presentes em toda parte, sabemos disso. Muitas vezes esses números

têm uma relação direta, já em outros momentos, como por exemplo, num jogo de futebol,
esses números aparecem de forma lúdica, mas não menos importante.
Entender a relação desses números com os conteúdos matemáticos de sala de aula nos
levou a realização
ção de um trabalho muito empolgante e ao mesmo tempo, desafiador. Os
cálculos iam aparecendo e queríamos descobrir sempre uma forma a mais para calcular a
melhor jogada ou o melhor ângulo.
Percebemos com este trabalho que a Matemática está presente no futebol fute na
elaboração das tabelas dos jogos, na geometria do campo e nas diversas estatísticas, que
permitem avaliar o desempenho de cada time como, por exemplo, na média de gols, no
número de passes errados ou certos, entre outros.
Enfim, sem perceber, os jogadores
jogadores em campo fazem cálculos mentais até para estimar
a distância em que está o companheiro e a força que precisa ter o chute para a bola alcançá-lo.
alcançá
Fora do campo, os técnicos, por sua vez, definem táticas em que estabelecem áreas no
gramado para cada membroembro do time atacar ou defender. Organizam a disposição dos
jogadores por diversas possibilidades de ataque e defesa buscando o melhor desempenho da
equipe.
A realização desse trabalho nos mostrou que muitos dos cálculos que hoje efetuamos
somente são possíveis
síveis devido à ampliação do conjunto numérico. O trabalho concluído foi
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

socializado em sala de aula, onde cada grupo pode explicar seus cálculos, trabalhar os erros e
falar um pouco sobre a cultura das seleções que pesquisaram.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter Relação com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Dr. Frederico Rolla – Atalanta.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor.
4
Professora Orientadora, EEB. Dr. Frederico Rolla, dalabeneta@yahoo.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATERIAL E MÉTODOS

Trabalhando de maneira descontraída os jogos da copa passaram a fazer parte das


aulas de matemática. Na sala de informática pesquisamos um pouco da cultura de cada país
participante da Copa do Mundo da FIFA no Brasil/2014. Depois, divididos em grupos
passamos
mos a representar a planificação de um campo de futebol e as seleções que estariam
disputando entre si uma vaga para as oitavas de final da Copa. Após, iniciamos os cálculos:
calculamos a área e o perímetro de um campo de futebol tomando como referência as medidas
oficiais; os ângulos e aplicamos a trigonometria do Teorema de Pitágoras para obtermos
medidas não possíveis de se determinar com régua.
Fizemos estimativas de chutes a gol e dos espaços em campo para cada jogador.
Utilizamos ainda as informações de percentual de acertos e erros de algumas seleções em
alguns jogos tomando como referência as informações de sites esportivos, como por
exemplo,(ogol.com.br);; melhor ataque e melhor defesa; maior tempo de posse de bola, entre
outros.
Assim, os conteúdos que trabalhamos foi Geometria; Estatística; Teorema de
Pitágoras; Porcentagem.
Área: É a quantidade de espaço bidimensional, ou seja, de superfície. Saber a área
de certa superfície é essencial para muitos cálculos, sejam eles simples ou mais complexos.
Assim,
ssim, nosso primeiro passo é determinar a área real de um campo oficial de futebol e área do
campo representado no papel milimétrico.
Cálculo da área do campo oficial:

A = b . h,onde: b = 110 meh


h = 75 m

Assim temos: A =110 . 75 A = 8250 m²


Área do Círculo:
A área de um círculo é dada pelo produto do valor π pelo valor
do raio (R) ao quadrado.

Dividindo o comprimento de uma circunferência (C) pela medida do


Circunferência:Dividindo
seu diâmetro (D), encontramos sempre um valor aproximadamente igual a 3,14.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

campo:Sabendo que a área total


Determinando a área que cabe a cada jogador em campo:Sabendo
do campo é de 7140 m² e considerando 22 jogadores em campo, temos:

A = 7140 : 22 A = 324,5454... m² para cada jogador


jogador em campo.

Determinando a Diagonal do campo: Pelo Teorema de Pitágoras temos que:


ANAIS – XXXFCMat

307
a = diagonal que queremos determinar (incógnita)
b = base (105 m)
c = altura (68 m)
Como, pelo Teorema de Pitágoras a² = b² + c²
Assim,
a² = (105)² + (68)²
a² = 11025 + 4624
a² = 15649

68,0 m
a = √15649
a = 125,0959...m

105,0 m

O tamanho do gol:AsAs medidas da trave são:


b = 7,32 m e h = 2,44 m
Assim temos:
A=b.h
A = 7,32 . 2,44
A = 17,86 m²

A Geometria do Pênalti:
No campo de futebol, dentro da grande área, há uma marca a 11 metros do ponto
médio da linha do gol para que seja feita a cobrança de uma falta chamada "pênalti". "pênalti" O
goleiro fica sobre essa linha, entre duas traves que são paralelas, com uma distância entre elas
de 7,32 metros e sob uma terceira trave, cuja borda fica a 2,44 metros do solo.
A cobrança usual do pênalti é feita por meio de um tiro direto e uma das
consequências
nsequências é que a trajetória da bola, em função da distância e da velocidade, pode ser
considerada, em grande parte das experiências, uma linha reta. Assim, faremos a visualização
da vista lateral desses chutes, pontilhando as trajetórias das bolas em direção
direção ao gol.
Cateto oposto (2,44 m)

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Hipotenusas

Cateto adjacente (11,0 m)

No esquema dessa vista lateral, identificamos vários triângulos retângulos, nos quais a
linha vermelha e a trave azul são os catetos, enquanto que a linha pontilhada é a hipotenusa.
Das três medidas, somente o cateto de cor vermelha é constante, com valor igual a 11 metros,

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
enquanto que as outras duas mudam de valor conforme o ângulo formado entre a linha
pontilhada e a linha vermelha.
As relações matemáticas entre essas medidas sejam elas constantes ou variáveis,
podem ser exploradas a partir das definições do cosseno, do seno e da tangente.

CURIOSIDADES - A rapidez da bola:


 Depois de cabeceada, a bola pode se deslocar a uma velocidade de até 60
quilômetros por hora.
 O gol mais rápido da história das copas foi marcado pela Turquia contra a
Coréia do Sul, em 2002. O jogador HakanSuzunfez a rede balançar aos 11
segundos do primeiro tempo.
 Um chute forte, de 90 quilômetros por hora, percorre os 11 metros entre a
marca do pênalti e o goleiro em 440 milésimos de segundo.
 A Copa do Mundo no Brasil foi disputada por 32 países distribuídos em 8
chaves (de A aH).
 O Brasil passou para as oitava de final em primeiro lugar na sua chave (A),
vencendo a Croácia e Camarões e empatando com o México.

CONCLUSÃO

O trabalho com construções geométricas permite-nos explorar e identificar, utilizando


os instrumentos clássicos da geometria, como por exemplo, a régua, esquadro, compasso e
transferidor, as propriedades das figuras que nos rodeiam e que fazem parte do nosso
cotidiano.
Boa parte da população nem se da conta de quanta matemática existe num simples
jogo de futebol. Ela está presente na elaboração das tabelas dos campeonatos, na geometria do
campo e nas diversas estatísticas, que permitem avaliar o desempenho de cada time. Média de
gols, número de passes errados ou certos entre outros.
Arsac (1992), et. al., ITZCOVICH, (2012, p. 7), “propõe que a prática geométrica
consiste em ir e vir constante entre texto e desenho”. Assim, analisar os dados com os quais
construímos a figura do campo de futebol; determinar se esta construção é possível ou não e
estabelecer relações entre os dados conhecidos e o desenho obtido, resultaram, a partir da
execução do nosso trabalho, em uma experiência útil para a contextualização da teoria que
fundamenta as propriedades e conceitos de geometria e a prática por nós realizada.
E assim, nós, alunos do 8º ano aprendemos e comprovamos mais uma das muitas
aplicações da Matemática em nosso cotidiano – no futebol.

REFERÊNCIAS

DANTE, Luiz Roberto. Projeto Teláris: Matemática 8º e 9º Ano. 1. ed. – São Paulo: Ática,
2012.

GIOVANNI, José Ruy. A conquista da Matemática. São Paulo: FTD, 1998. 8ª Série.
ANAIS – XXXFCMat

309
ITZCOVICH, Horacio. Iniciação ao estudo didático da geometria: das construções às
demonstrações. Tradução RominaAmorebieta, Luciano Ismael Barrionuevo Guillermo Segú.
– 1. ed. – São Paulo: Anglo, 2012.

EDUCAÇÃO UOL. A matemática


matemática e o futebol. Disponível em:
matematica/futebol-e-matematica.jhtm Acesso em: 10 de agosto 2014.
educacao.uol.com.br/matematica

SLIDE SHARE. Copa do mundo da matemática. Disponível em: pt.slideshare.net/.../copa-do-


pt.slideshare.net/.../copa
geometria-plana. Acesso em: 10 de agosto de 2014.
mundo-da-matemtica-geometria

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
A MATEMÁTICA NA CULTURA DO FUMO1

RECH, Heloísa Aparecida2; ROSA, Luana Andressa da3; MARTENDAL, Elaine Lyra4.

RESUMO: Este projeto vai relacionar a matemática com a cultura do fumo. Tanto a matemática quanto a
produção do fumo, estão presentes na nossa vida cotidiana pois somos estudantes filhos de agricultores que
cultivam o fumo para sobreviver. Nosso objetivo é verificar onde utilizamos a matemática na agricultura,
identificar quais conceitos matemáticos estão presentes na produção do fumo desde o plantio até a venda.
Iniciamos o trabalho a partir da pesquisa teórica da história do tabaco. Realizamos uma pesquisa de campo para
verificar os cálculos que devem ser realizados para ter-se uma boa produção. Com este trabalho, podemos
perceber o quanto a matemática é importante na agricultura e como um agricultor deve planejar bem a sua safra,
para que tenha resultados positivos no seu trabalho.

Palavras-chave: Agricultura. Fumo. Matemática.

INTRODUÇÃO

A economia de Vidal Ramos é basicamente gerada pela produção de fumo (Nicotiana


tabacum), cebola, milho, entre outros. Segundo dados da prefeitura, no ano de 2013, o fumo
representou cerca de 73% da renda gerada pela agricultura no município (R$ 38.833.359,15) e
representa cerca de 23% do total de impostos que retornam para o município. Grande parte
dos alunos que estudam nesta escola são filhos de agricultores e muitos destes têm como
atividade agrícola principal a produção de fumo. A legislação brasileira garante que crianças e
adolescentes menores de 18 anos não podem trabalhar no cultivo de fumo, em nenhuma das
suas fases: plantio, pulverização, colheita, secagem e venda. Crianças e adolescentes entre
seis e dezoito anos com ensino fundamental incompleto devem freqüentar a escola. Apesar de
não participarem diretamente no cultivo, a atividade econômica de seus pais está presente no
seu dia a dia.
De modo geral, essa pesquisa tem por objetivo conhecer a matemática utilizada pelos
agricultores, desde a preparação dos canteiros, semeadura, plantio, secagem, enfardamento e
venda do produto.
Nesse trabalho também falaremos sobre as características do fumo: semente, planta,
produtos usados, plantação, colheita e venda. Nosso principal objetivo é conhecer a
matemática que está envolvida no processo de produção de fumo. Será que estes
conhecimentos são importantes e podem contribuir para o agricultor atingir boa produtividade
e por conseqüência, bons lucros? É o que pretendemos analisar com este trabalho.

MATERIAL E MÉTODOS

A semeação
A primeira atividade na cultura do fumo é a semeação. O fumo é semeado em
bandejas flutuantes de 200 células. Normalmente, elas são colocadas em canteiros com 60

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-Relação com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Cacilda Guimarães – Vidal Ramos.
2
Aluna expositora.
3
Aluna expositora.
4
Professor Orientador, EEB Cacilda Guimarães, elainelyra190775@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

311
bandejas, sendo que em uma bandeja pode ter 200 mudas de fumo. Ao todo, em um canteiro,
pode haver 12.000 mudas de fumo: 60 x 200 = 12.000
Em uma propriedade
dade que possui 5 canteiros teremos 60.000 mudas de fumo: 12.000 x
5 = 60.000.
Devemos observar que, em média, 80% das sementes germinam. Então, é necessário
que o agricultor tenha um canteiro a mais para garantir que tenha mudas suficientes:
60.000 100% X= 12.000
X 20% 60.000 + 12.000 = 72.000

A plantação
Na plantação, o primeiro passo é o preparo da terra. Com uma máquina manual, é
possível duas pessoas plantarem em torno de 6.000 pés por dia. Para plantar 60.000 pés são
necessários 10 dias: 60.000 / 6.000 = 10.
Em um carreiro de fumo, um pé deve ficar 0,45 m longe um do outro. Em um carreiro de 42
m teremos aproximadamente 93 pés de fumo plantados: 42/ 0, 45 = 93
Em uma roça de fumo, um carreiro deve ficar 1,20m longe do outro.
Em uma roça que tem 200 m de comprimento teremos 167 carreiros: 200 / 1,20 = 166,6
Nesta roça teremos total de aproximadamente 15.500 pés de fumo plantados: 167 x 93 =
15.531
Vamos considerar uma roça retangular, de 42m x 200m, então teremos uma área de: 42m x
2000m = 8.400m²
Então, para plantar 15.500 pés de fumo será ocupada uma área de 8.400m².
E para plantar 60.000 pés de fumo serão necessários aproximadamente 32.516 metros
quadrados:
15.500 pés 8.400m²
60.000 pés x X = 32.516,129 m²
Na agricultura, uma unidade de medida muito usada é a hectare que é 10.000m². Para plantar
60.000 pés de fumo serão necessários 3,2 hectares aproximadamente: 32.516m² /10.000 =
3,2516 h

Produtos usados na plantação


- SALITRE: um saco com 50 kg deve ser distribuído em 2.200 pés de fumo
aproximadamente: (50.000 / 2.200 = 22,7 gramas por planta). Obs: Em 1 kg temos 1.000
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

gramas.
50 kg 2.200 pés
X 60.000 pés X = 1.363,63...
Serão usados aproximadamente 1364 kg de salitro, ou seja, 17 sacos para 60.000 pés:
1364/50 = 17,28 sacas
- ADUBO: um saco com 50 kg dá para 1.200 pés de fumo. (50.000 /1.200 = 41, 6 gramas por
pé que serão distribuídos em 2 vezes).
1 saca 1.200
X 60.000 X = 50 sacas
Portanto, para 60.000 pés usaremos 50 sacas de adubo.
- ESTERCO: todos os tipos de esterco podem ser usados nesse cultivo.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
- AGROTÓXICOS: Os produtos mais usados são:

Confidor Supra: utilizado para controle de pragas na muda. Aplica-se diluído (320g em 15
litros de água). Para um pulverizador de 20 litros, temos:
320 g 15 litros
X 20 litros X = 426,5 g do produto

Gamit: serve para evitar o desenvolvimento de ervas daninhas. Aplica-se diluído ( 2,5 litros
para 240 litros de água).
2,5 240 litros
X 20 litros X = 21 ml por pulverizador

Prime plus: Usado para queimar o broto. São utilizados de 3 a 4 litros por hectare, sendo
aplicado de forma diluída (1,250 litros em 100 litros de água), Será aplicado 20 ml por planta.
60.000 X 20 = 1.200.000 ml (1.200 litros)
Como é diluído, vamos utilizar 12 litros do produto (1200 / 100 = 12 litros)
Observação: É necessário usar a dosagem correta dos produtos, pois se usar pouco não
causará o efeito desejado e se usar muito prejudicará o desenvolvimento da planta.

Um dos maiores problemas dos agricultores que cultivam o tabaco, é o uso inadequado
de agrotóxicos. Por isso, é necessário o uso de EPIs.

Características da planta
As suas folhas medem entre 66x18cm e pode atingir 2m de altura. Em média, um pé
de tem 20 folhas. Uma lavoura de 60.000 pés, teremos aproximadamente 1.200.000 folhas.

Colheita do fumo
A colheita do fumo é realizada manualmente destacando do pé as folhas que estão
amarelas. Num plantio de 60.000 pés são necessárias em torno de 3 pessoas para realizar o
serviço.
Secagem do produto
Depois de colhidas, as folhas são levadas para a estufa para ser feita a secagem. O tipo
de estufa mais usado hoje é o de folhas soltas (LL), que tem a forma de um poliedro com as
seguintes dimensões: 7 metros de comprimento por 4 metros de largura. Na parte mais alta a
altura é de 3 metros e na parte mais baixa é de 2 metros. Nela, podem ser colocadas até 70
grades sobrepostas. Em cada grade podem ser colocados 12 kg de fumo, totalizando 840 kg
de fumo (aproximadamente 56 arrobas). Ela é aquecida pela energia elétrica e cada estufada
tem uma despesa em torno de R$ 120,00 com energia. Com uma safra de 60.000 pés, teremos
aproximadamente 12 estufadas, tendo um custo de R$ 1.440,00 com energia.

Venda do produto
O fumo para ser vendido é separado em classes (escolhido), amarrado em manilhas. E
depois enfardado. Um fardo tem em média 100 manilhas e suas dimensões são: 80 cm de
comprimento, 40 cm de largura e 70 cm de altura. Tem em média um peso de 60 kg.
O preço do fumo é dado em arrobas (15 kg) dependendo da sua classificação. A
melhor classe e, portanto, a que vale mais é a BO1, que custa R$ 138,30.
ANAIS – XXXFCMat

313
Receitas e Despesas na safra de fumo
Os cálculos levam em consideração uma plantação de 60.000 pés, que produziu 12
arrobas por 1000 pés:
1000 pés – 12 arrobas.
60.000 pés – X X = 720 arrobas ( 720 x 15 = 10.800 kg)
Se o fumo for vendido a uma média de R$134,00 por arroba teremos uma receita de R$
96.480,00 (720 x 134,00 = 96.480,00)

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Um agricultor em uma safra tem muitas despesas, desde a preparação dos canteiros e
semeação até a venda do produto. Muitas destas podem ser facilmente calculadas, como as
que vemos abaixo:
DESPESAS RECEITAS
Confidor: R$ 11, 90 o pacote (8 pacotes = R$ Se o fumo for vendido a uma média de
95,20) R$134,00 por arroba
roba teremos uma receita de
Prime Plus: R$ 50,00 o litro (6 litros = R$ R$ 96.480,00 (720 x 134,00 = 96.480,00)
300,00)
Gamit: R$ 72,00 a embalagem.
Adubo: R$ 52,00 a saca ( 50 sacas = R$
2.600,00)
Salitre: R$ 40,00 a saca ( 10 sacas = R$
833,00)
Mão de Obra: Cada empregado recebe em
média um salário mínimo por mês. Se for
pago por dia, em média R$100,00 por dia.
Energia elétrica: R$ 120,00 em média por
estufada (12 estufadas = R$ 1.440,00)

Outras despesas não são calculadas, como a mão de obra da própria família, o desgaste
da terra, dos implementos agrícolas, e outros.

CONCLUSÕES

Através da pesquisa, pode-se


pode se perceber que a cultura do fumo é muito expressiva em
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

nosso município e que a matemática está diretamente ligada a cada etapa do processo.
Para que uma família possa ser financeiramente estável com a cultura do fumo, o
agricultor deve equacionar sua produção, para que não tenha desperdícios de produtos
utilizados e nem falta deles. É importante fazer todos os cálculos na utilização de cada
produto, desde a semente, o plantio, o uso de fertilizantes e agrotóxicos, a secagem e a venda.
Tudo isso em busca de melhor qualidade para o produto e, portanto, de uma maior
lucratividade. Quando um agricultor não sabe fazer bem os cálculos, corre o risco de ter suas
despesas aumentadas e sua lucratividade diminuída.
O estudante que é filho de agricultor pode e deve ter estes conhecimentos, pois muitos
deles permanecerão na agricultura e podem colaborar
colaborar com sua família no sentido de garantir a
sustentabilidade nesta profissão.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
REFERÊNCIAS

WWW.AMATEMÁTICANAAGRICULTURA.COM.BR

WWW.AMATEMATICAENVOLVIDANAPRODUÇAODEFUMO.COM.BR

WWW.AGRICULTURAFAMILIAR.COM.BR

WWW.AGRICULTURALRECEARCHSERVICE.COM.BR
ANAIS – XXXFCMat

315
A MATEMÁTICA NA PRODUÇÃO LEITEIRA1

FRONZA, Ana Laura2, ANDRADE, Ana Lívia de3; MORAES, Marta Jung de4.

RESUMO: Este trabalho, desenvolvido por alunas do 7º ano do Ensino Fundamental II, do Centro Educacional
Potencial, da cidade de Campos Novos, com a orientação da professora de matemática e participação de todos os
alunos do mesmo ano, teve como tema a matemática na produção leiteira
leiteira e por objetivo despertar o interesse dos
alunos pela matemática ante a sua aplicabilidade no contexto da produção leiteira, o que se buscou ao observar,
in loco, e analisar o contexto de uma situação real em uma propriedade familiar rural que possui o leite como
principal fonte de renda, verificando a rentabilidade da produção, determinando graficamente a situação da
propriedade, permitindo a interação entre a realidade dos alunos e o conhecimento matemático, bem como
proporcionando seu desenvolvimento
desenvolvimento e crescimento sociocultural. Metodologicamente, optou-se optou por uma
pesquisa bibliográfica seguida de pesquisa de campo, culminando com um estudo descritivo, associando aulas
expositivo-dialogadas
dialogadas que abordaram diferentes conteúdos matemáticos, como números,números, porcentagem, notação
científica, gráficos, noções de conceitos financeiros, custo, receita e lucro, por exemplo, e tratamento da
informação. A coleta de dados foi feita por meio de análise de literatura correlata, participação em palestra com
profissionall da área, observação in loco e entrevista com o proprietário da fazenda. Foram analisadas as despesas
e receitas que o produtor estava tendo, assim como o processo pelo qual o leite passava, desde a ordenha dos
animais até sua entrega para a beneficiadora.
beneficiadora. As informações coletadas foram organizadas textualmente, quando
qualitativas, e em tabelas e gráficos, quando quantitativas, utilizando-se
utilizando se dos recursos da informática que
facilitaram o estudo de temas financeiros como custos, receita e lucro. Os resultados
resultados do estudo demonstraram
que a propriedade estudada estava sendo rentável ao se perceber lucro em todos os meses estudados e destacou a
importância que a análise econômica tem para o produtor para que ele possa tomar decisões acertadas no que
concerne à produção. Concluiu-se,se, então, que é por meio da análise das despesas e receitas que o produtor pode
tomar, conscientemente, suas decisões e perceber a rentabilidade de seu negócio.

Palavras-chave: Atividade leiteira. Tratamento da informação. Rentabilidade.


Rentabilidade

INTRODUÇÃO

Tendo em vista a constante necessidade de convidar o aluno a um olhar diferente sobre


a matemática e a consciência de que 2014 é o Ano Internacional da Agricultura Familiar,
segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), somando-se
somando se ao fato ded que o Centro
Educacional Potencial se localiza em uma cidade com forte participação econômica das
atividades rurais, com muitos dos alunos sendo filhos de proprietários de terra que tiram seu
sustento da produção de grãos, de carne ou de leite e seus derivados,
derivados, que se escolheu o tema
deste trabalho.
A necessidade de se analisar economicamente a atividade leiteira é,
Segundo Santos (2011), de extrema importância, pois permite que o produtor possa
conhecer bem os detalhes de sua produção e utilizar tais dados para tomar decisões
XXX Feira Catarinense de Matemática

mais acertadas no uso dos fatores de produção, como terra, trabalho e capital. Ainda,
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

o leite é produzido em quase todos os países do mundo e apresenta grande


importância para a alimentação humana devido ao seu alto valor nutritivo
nutritiv e geração
de renda a milhares de produtores (CREVELIN; SCALCO, 2007).

Nesse contexto, o trabalho vem com o objetivo maior de despertar o interesse pela
matemática ante a sua aplicabilidade, verificando a viabilidade da produção leiteira em uma
propriedade familiar rural que possui o leite como principal fonte de renda, identificando e
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com outras
Disciplinas; Instituição: Centro Educacional Potencial – Campos Novos.
2
Aluno expositor, ana.livia.5@hotmail.com.
ana.livia.5@hotmail.com
3
Aluno expositor, laurinhafronza@hotmail.com.
laurinhafronza@hotmail.com
4
Professora Orientadora, Centro Educacional Potencial, martajmoraes@brturbo.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
determinando a rentabilidade da produção de leite no espaço de tempo de um ano e apontando
a real situação financeira da propriedade por meio do tratamento quantitativo das informações
coletadas.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido por duas alunas do 7º ano do Ensino Fundamental II do


Centro Educacional Potencial, da cidade de Campos Novos, SC, sob a supervisão da
Professora-orientadora que leciona a disciplina de matemática na escola, com a participação
dos demais alunos do mesmo ano.
Iniciado em junho, o projeto seguiu sendo executado até agosto, perfazendo 7ª etapas
de desenvolvimento. Na 1ª etapa, quando se fez a pesquisa bibliográfica mais consistente,
houve a análise de textos sobre a produção leiteira e exploraram-se, em sala de aula,
conteúdos sobre números e o tratamento de informação, assim como conceitos financeiros –
custo, receita e lucro, por exemplo – informações geográficas de localização e o estudo dos
nutrientes do leite. A pesquisa bibliográfica foi feita tomando como base literatura específica,
como artigos disponíveis em bases de dados fidedignas.
No mês de julho, o estudo avançou para a 2ª etapa: a pesquisa de campo. Neste
momento, aconteceu visitação à Fazenda Santa Rita, de propriedade de Hélio Néris de
Almeida, localizada na Rodovia BR 470, Campos Novos, SC, onde todos os alunos do 7º ano
puderam observar in loco os diferentes processos envolvidos na produção leiteira, os animais,
as máquinas utilizadas para a ordenha, bem como o que se faz com o leite quanto ao seu
armazenamento até o momento de sua entrega à beneficiadora. Em um segundo momento da
visitação, as duas pesquisadoras entrevistaram o administrador do negócio, Sr. João Batista
Ramos de Almeida, (3ª etapa do trabalho) coletando dados que posteriormente foram tratados
quantitativamente, dados estes relativos à produção mensal de leite no último ano (junho de
2013 a junho de 2014). Depois da entrevista, o administrador expôs aos alunos o processo a
importância da produção leiteira (4ª etapa).
Ainda em julho, as pesquisadoras, estando de posse dos dados coletados quando da
entrevista com o proprietário da fazenda visitada, fizeram o estudo da situação da produção
leiteira pela análise dos dados coletados (5ª etapa). Feito isso, o assunto foi explanado em sala
de aula pelas pesquisadoras, compartilhado, portanto, com os colegas, e a professora interveio
retomando conteúdos previamente estudados como números e suas classificações,
porcentagem, notação científica e tratamento da informação, gráficos, tabelas e utilização do
Excel (Pacote Office) (6ª etapa). O uso de tabelas e gráficos mereceu maior atenção já que os
dados coletados foram tratados quantitativa e graficamente pelas pesquisadoras com a ajuda
da orientadora (7ª etapa).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A produção anual de leite se aproxima dos 600 bilhões de quilos/ano. O maior


produtor mundial de leite são os Estados Unidos da América. Sua produção é 87.461.300
toneladas, valor que foi trabalhado pelas pesquisadoras, transformado para litros
(87.461.300.000 litros) e, então, colocado em notação científica: 8,7 x 1010 litros/ano; e
ANAIS – XXXFCMat

317
porcentagem: 14,58% da produção anual (87.461.300.000/599.615.097.000 = 0,1458 x 100 =
14,58%).
O Brasil é o 5º colocado no ranking dos maiores produtores com uma produção de
31.667.600.000 litros = 3,1 X 1010 litros, equivalente a 5,28% da produção:
31.667.600.000/599.615.097.000 = 0,0528 x 100 1 = 5,28%).
Dentre os estados brasileiros, Minas Gerais é líder na produção leiteira e Santa
Catarina fica na 5ª posição: 2.717.651.000 litros = 2,7 x 109 litros de leite. Campos Novos, em
relação ao cenário estadual, pertence à região responsável pela produção
produção de 6,1% do leite
catarinense.
Durante a visitação à propriedade em que se desenvolve a atividade leiteira, o interesse
dos alunos foi despertado quando o proprietário explanou sobre suas escolhas em relação à
raça das matrizes leiteiras (vacas holandesas),
holandesas), aos recursos aplicados, ao trato com os animais
(alimentação), à higiene adequada, à utilização de ordenhadeira mecânica e resfriador. Na
ocasião, foi possível coletar os dados relativos ao preço bruto recebido por cada litro de leite e
o custo por animal, por exemplo, os quais foram tratados e geraram médias. Os dados foram
os seguintes:
- Média do preço bruto recebido por litro de leite: R$ 1,11;
- Média do custo por animal (alimentação, funcionários, energia): R$ 0,92
- Impostos: 2,3 %
- Produção de Leite:: 1.202.970 litros por ano (média)
- Produção média por dia:dia 3341 litros
- Matrizes em produção:
produção 110 matrizes em lactação (julho/2014)
- Receita:: R$ 111.274,77 (média)
- Custos:: R$ 92 227,74 (média)
- Lucro:: R$ 18 736,16 (média)

Tabela: Produção e rentabilidade

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Fonte: João Batista Ramos de Almeida

CONCLUSÕES

Este trabalho possibilitou o estudo de uma situação real e concreta utilizando a


linguagem matemática de forma que permitiu o desenvolvimento do raciocínio lógico- lóg
matemático, a criticidade, a criatividade e a capacidade de observação e análise de dados

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
matemáticos. O que demonstra que se conseguiu despertar o interesse pela matemática e sua
aplicabilidade.
Ao professor, oportunizou-se a exploração de diversos conteúdos matemáticos –
números racionais, noções de matemática financeira, construção de gráficos e tabelas, notação
científica, porcentagem etc. – de uma forma mais dinâmica, participativa e atraente, assim,
mostrando a importância da matemática e sua aplicabilidade na atividade leiteira como
ferramenta de controle e norteadora de decisões de cunho administrativo.
Constatou-se ao longo do desenvolvimento do trabalho que o computador é um
facilitador no trabalho com dados matemáticos, já que pelo uso de programas como Excel, do
Pacote Office, foi possível organizar dados e criar gráficos e tabelas.
A metodologia escolhida para executar o projeto, contribuiu positivamente para a
verificação da rentabilidade da propriedade, mostrando que ao longo do período de um ano a
atividade pode ser considerada viável e economicamente rentável.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Agricultura. Ministério da Agricultura lança Plano Mais


Agropecuária.
CREVELIN, Sandra Aparecida; SCALCO, Andréa Rossi. Projeto “Agricultura familiar
gado de leite”: melhorias ocorridas em uma propriedade familiar no município de Tupã. XLV
Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – SOBER
– “Conhecimentos para Agricultura do Futuro”. Londrina, jul. 2007. Disponível em:
http://www.sober.org.br/palestra/6/1131.pdf Acesso em: 8 de jun. 2014.
EMBRAPA. Embrapa Gado de Leite. Principais países produtores de leite no mundo –
2010. Disponível em:
http://www.cnpgl.embrapa.br/nova/informacoes/estatisticas/producao/tabela0212.php Acesso
em: 12 jun. 2014.
FINOTO, Vanessa; CARVALHO, Marcos Cesar; SILVA, Carlos Floriano da.Leite e
Agricultura Familiar: diagnóstico do perfil da produção leiteira das propriedades familiares.
24 jan. 2013. Disponível em: http://www.cienciadoleite.com.br/?action=1&type=0&a=440
Acesso em: 10 jun. 2014.
LOPES, Eliano Sérgio Azevedo. A pluriatividade na agricultura familiar do estado do
Sergipe.
SANTOS, Glauber dos. Indicadores Econômicos de fazendas leiteiras com alta produção
diária em Minas Gerais. Lavras, MG: 2011. Disponível em:
http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/2371 Acesso em: 18 jun. 2014.
SANTOS, Marilisa de Lourdes C. Bachete; SOUZA, Luciana Gastaldi Sardinha. A
matemática da produção leiteira de Califórnia. 2008. Secretaria de Estado da Educação -
Programa de Desenvolvimento Educacional, PDE, Londrina, PR.
VENTURINI, Carlos Eduardo Pullis. A geografia do leite brasileiro.27 jan. 2014.
Disponível em: http://www.milkpoint.com.br/cadeia-do-leite/artigos-especiais/a-geografia-
do-leite-brasileiro-87327n.aspx Acesso em: 15 jun. 2014.
ANAIS – XXXFCMat

319
A MATEMÁTICA NA SOLIEDARIEDADE1

CANTELI, Pedro Augusto2; FLÔRES, Valentina Leicht3;


SOUZA, Tathiane Gonçalves Rodrigues4.

RESUMO: O objetivo desse projeto foi aproximar jovens e idosos e promover


romover uma grande arrecadação de
produtos para ser entregue no Lar Betânia, paralelamente, ensinar conteúdos matemáticos que envolvem nessa
mobilização. Os alunos após saberem da carência de certos produtos se motivaram a arrecadar para entregar
pessoalmente
mente ao Lar Betânia. Os alunos montaram kits para visitarem o Lar de Idosos Betânia.
Betânia Esse projeto fez
com que os alunos não só aprendessem matemática, como a importância de cada ser humano.

Palavras-chave: Solidariedade. Matemática.


Matemática Higiene Pessoal.

INTRODUÇÃO

Os Idosos muitas vezes são considerados como figuras gastas, solitários e um encargo.
Eles têm o direito de exigir o seu lugar no seio da família e em certos casos vêm-se
vêm obrigados
a mendigar o que sobra aos outros. Em algumas famílias,
famílias, os Idosos, são considerados como o
livro da sabedoria, portanto respeitados. O Idoso ao ser rejeitado acelera o processo de
envelhecimento. O objetivo desse projeto foi aproximar jovens e idosos e promoverp uma
grande arrecadação de produtos para ser entregue
entregue no Lar Betânia, paralelamente, ensinar
conteúdos matemáticos que envolvem nessa mobilização. Durante a aula de geometria,
explicando uma atividade que seria feita com os alunos do 7° ano A da Escola M. Anna Maria
Harger na próxima semana, que seria a construção de caixas de presente utilizando a técnica
de origami, os alunos tiveram a ideia de após construir, enchê-la
enchê la de chocolates e dar aos
idosos do Lar Betânia. Porém ao ligar para o Lar, nos informaram que lá está com uma
enorme carência de produtos de higiene pessoal (sabonete, shampoo, condicionador,
hidratante) e leite. Os alunos após saberem da carência desses produtos se motivaram a
arrecadar para entregar pessoalmente ao Lar Betânia. Os alunos fizeram as caixas e fizeram
kits para jogar bingo com os idosos. Os alunos ainda, calcularam o preço médio de cada cesta
e calcularam o imposto embutido nos produtos.Após a visita os alunos aprenderam a
probabilidade de cada idoso ser premiado no bingo e que a estatística pode po enganar, como
exemplo, dizer que há para cada homem duas mulheres. Com a professora de ciências,
aprenderam que existem vários animais que cuidam de outros animais até sua morte, como
XXX Feira Catarinense de Matemática

exemplo o Suricato. Com o desenho de Suricato os alunos aprenderam a fazer ampliação e


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

redução. Esse projeto fez com que os alunos não só aprendessem matemática, como a
importância de cada ser humano.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi dividido em várias etapas, como serão descritas abaixo:

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: EM Professora
Prof Anna Maria Harger – Joinville.
2
Aluno expositor,, pedro.canteli@yahoo.com.br.
3
Aluno expositor,, leichtvalentina@hotmail.com.
4
Professora orientadora, EM Professora Anna Maria Harger, tathianegoncalves@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
• Na atividade da caixa, trabalhamos simetria na construção dela (origami), depois de
construída foi relembrado o que era aresta, vértice, face e calculamos a área da base,
área total, diagonal e volume da caixa.

• Na atividade da malha, utilizamos o papel quadriculado para os alunos terem noção de


área e sequência. Nessa atividade era obrigatório na sequência de cores, utilizar o
verde pois representa esperança.
• Na atividade de ampliação e redução com o papel quadriculado, o aluno ampliou o
símbolo do projeto que é o suricato.
• Na atividade de dos impostos, os alunos discutiram sobre os impostos e para o que
eles servem pois o tributo é um instrumento que pode e deve ser utilizado para
promover as mudanças e reduzir as desigualdades sociais. O cidadão, consciente da
função social do tributo como forma de redistribuição da Renda Nacional e elemento
de justiça social, é capaz de participar do processo de arrecadação, aplicação e
fiscalização do dinheiro público. Após a discussão, os alunos calcularam o preço
embutido em cada produto arrecadado para o Lar de Idosos Betânia.
• Em conjunto com o professor de geografia, foi ensinada a pirâmide etária brasileira, e
com ela, trabalhamos as estatísticas, como exemplo, as proporções de homem x
mulher. Logo após foi entregue o Xerox com o seguinte texto para discussão :
ANAIS – XXXFCMat

321
A Estatística é muito frequentemente pretexto para anedotas e caricaturas. Mas, tal
como na primeira metade do século XX se pretendeu responsabilizar os físicos atómicos e
nucleares pelas decisões políticas da utilização destes conhecimentos para efeitos de guerra, é
a utilização abusiva e não a própria Estatística que gera absurdos e enganos frequentes. Uma
acusação que frequentemente se faz à Estatística é a de induzir em erro, não só porque
apresenta dadoss obtidos por procedimentos que podem ser questionados no seu rigor, mas
também porque, apesar de serem correctos e obtidos por métodos válidos, esses dados podem
ser apresentados de maneira a induzir confusão a quem não está especialmente familiarizado
comm esta linguagem. Desta forma, parece de extrema importância a capacidade de se detectar
este tipo de confusões e, consequentemente, é imprescindível conhecê-las.
conhecê las. Por outro lado, a
análise e a procura de erros, desenvolvem a capacidade de observação e fomentam
fome o sentido
crítico. Apresentamos, seguidamente, alguns exemplos de como a Estatística nos pode induzir
em erro :
Amostras inadequadas :As As frases publicitárias do género "8 em cada 10 pessoas prefere o
detergente X" podem muito bem ser baseadas em amostras amostras de 10 pessoas cuidadosamente
seleccionadas para dar aquele resultado.
Relatividade dos conceitos: A apresentação de percentagens sem clarificar a base de
referência pode ser fortemente enganadora. Frases como “houve uma melhoria de 100%
nos nossos serviços” procuram transmitir a ideia de qualidade, quando melhorar 100% sobre
um serviço de péssima qualidade não é lá grande coisa.
Variáveis “enganadoras” :Se Se quisermos investigar se determinados insectos são mais
atraídos por umas cores que por outras, colocando armadilhas com funis de diversa cores em
diversos pontos de árvores onde se encontram esses insectos, sem haver o cuidado de colocar
as armadilhas de um modo aleatório e de proceder a experiências repetidas, com um
planeamento apropriado, chegamos ao fim e não sabemos se o que atrai os insectos é a cor ou
a exposição ao sol, a temperatura ou os diferentes odores que a coloração diferente dá às
várias armadilhas.
Uso de conjunções e de diferentes tipos de expressões: Surpreendente! Finalmente Finalmen a
solução para os seus problemas capilares: de todos os compradores do tónico capilar JUBA
DE LEÃO, apenas 3% ficaram insatisfeitos e pediram o reembolso do dinheiro.Este problema
é um exemplo da utilização proveitosa da conjunção “e”. O anúncio pode ser se totalmente
correcto, mas dá a impressão de que só existiram 3% de insatisfeitos, quando na realidade,
essa percentagem reflecte o número de pessoas que, para além de estarem satisfeitas também
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

efectuaram a respectiva reclamação.


Representação gráfica É preciso
reciso ter particular atenção às representações gráficas, há vários
tipos de erros : erros nas escalas através de intervalos desiguais;erros nas escalas através de
deformação;não começar no zero e não o indicar; eliminação de dados especialmente
reveladores; pictogramas com figuras não equivalentes.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

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MATEM
Figura 1. Na sala de aula, construindo as caixas de papel com a técnica do origami.

Figura 2. Kits prontos com os produtos para serem entregues no Lar de Idosos.

O objetivo dessa atividade (figura 1 e 2) era compreender propriedades básicas dos


sólidos geométricos, conhecer o nome de alguns sólidos, ensinar sobre a arte do origami,
utilizar a caixa para colocar os produtos arrecadados para o brinde do bingo que será realizado
com os idosos no lar.Logo após a construção dos bingos os alunos calcularam o preço médio
de cada kit e os impostos embutidos em cada produto.

Figura 3. Caminhada até o Lar de Idosa Betânia.

Os alunos foram a pé para o Lar de Idosos Betânia ( 2,6 km) pois os alunos queriam
que todo dinheiro que eles arrecadassem fosse exclusivamente para o projeto. Durante toda a
caminhada os agentes de trânsito de Joinville os acompanharam

Figura 4. No Lar de Idosos Betânia.


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323
Figura 5. Pirâmide etária do Brasil para análise de proporções.

O objetivo na atividade do gráfico era Ensinar erros matemáticos na estatística, como


exemplo, dizer que há mais mulheres do que homens no Brasil, esse fato só acontece a partir
dos 35 anos até essa idade a quantidade de mulheres é menor ou igual.

CONCLUSÕES

O envolvimento dos estudantes no projeto cumpre o duplo objetivo de desenvolver na


escola a cultura da solidariedade e de promover o conhecimento matemático. Há expressivos
benefícios sociais e educacionais resultantes da experiência. O benefício auferido pelas
pessoas assistidas, evidentemente é enorme. Parece, porém, ser bem maior o benefício que os
estudantes alcançam, pois, muito provavelmente, eles recebem mais do que oferecem e podem
dar. Existem muitos depoimentos a confirmar esta assertiva. O Estado tem o dever
constitucional de prover os cidadãos com alguns serviços básicos, mas a realidade cruel do
país demonstra que essa situação está ainda muito longe de ser uma realidade. A escola pode
po
complementar algumas funções específicas do Estado. Enquanto alguns formuladores de
políticas públicas ainda travam batalhas entre teorias apelidadas de velha e nova esquerda, ou
de velha e nova direita, as iniciativas práticas e bem intencionadas na educação
educação podem ajudar
a criar uma sociedade dinâmica com oportunidades também para as minorias excluídas.

REFERÊNCIAS

BARONE, Rosa. L. S.; NOBRE, Sérgio R. Pesquisa em Educação Matemática e suas relações
XXX Feira Catarinense de Matemática

com a Educação Matemática. In: BICUDO, M. A. V. (Org.). (Org.). Pesquisa em Educação


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Matemática: concepções e perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999. p. 129-136.


136.

BIANCHINI, E.; MIANI, M. Construindo conhecimentos em Matemática.


Matemática 6ª série. São
Paulo: Moderna, 2000. p.141-152.
152.

BIGODE, Antônio J. L. Matemática hoje é feita assim. 6ª série. São Paulo; FTD, 2000. p.213-
p.213
228.

BOYER, Carl. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.

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324
MATEMÁTICA NO ESPORTE1

SANTOS, Maria Clara dos2; MACEDO, João Victor do Nascimento3;


PEREIRA, Renata Rodrigues Maes4.

RESUMO:: O presente trabalho teve inicio no primeiro bimestre do ano letivo de 2014, sendo realizado com os
alunos do 6° ano das Séries Finais da EEB. ¨Marcos Konder¨ de Ilhota SC. O projeto ¨ A Matemática no Esporte
pretende aumentar a consciência crítica e o incentivo da atividade física, e assim a auto estima e o desempenho
dos educandos. No esporte a criança está em contato com a matemática, pois ela está presente na elaboração de
tabelas, táticas de jogos, linhas de marcação de quadra/campo, na geometria do campo entre outros. Sem
perceber os jogadores fazem cálculos mentais para estimar a distância em que está o companheiro e a força que
precisa ter o chute para a bola alcançá-lo.
alcançá lo. Objetivamos com o presente trabalho unir a atividade esportiva ao
desenvolvimento
imento psicomotor e cognitivo em sua vida escolar. Assim, os educandos puderam calcular sua
velocidade média,seu índice de massa corporal, o teorema da quadra de esporte, a área do campo de futebol, a
área do círculo central, o perímetro do campo, a diferença
diferença em prol da defesa, as transformações de unidades,
táticas de jogos e o reconhecimento das figuras geométricas.

Palavras-chave:: Esporte. Matemática. Desenvolvimento.

INTRODUÇÃO

Boa parte da população não se dá conta que a matemática está presente em todos os
lugares, inclusive no esporte. Hoje não podemos ensinar matemática apenas baseando-se
baseando nas
teorias de livros, das apostilas ou mesmo do quadro. O contexto atual exige uma educação
mais ampla, ou seja, uma educação globalizada e aplicada.
Esse projeto
jeto busca uma maneira de ensinar o conteúdo de forma interdisciplinar, onde
o cotidiano do aluno está presente na prática de esportes gerando um conhecimento cientifico.
O papel do educador é fazer com que as crianças e adolescentes tenham curiosidade e vontade
v
de aprender utilizando seus dados, seus limites e marcas. A atividade esportiva atende aos
objetivos psicomotores relacionados ao desenvolvimento físico e incluem objetivos de
aprendizagem que facilitam o desenvolvimento cognitivo. Aprender é mais benéfico
b quando é
mais divertido para os estudantes (DEFRANCHESCO, 2004).
Hoje sabemos que a matemática não é um conhecimento absoluto e imutável. A escola
deve procurar ensiná-la la de maneira interessante, onde o aluno possa desenvolver seu
raciocínio
nio aritmético e geométrico voltados para a vida prática. O raciocínio aritmético pode
desenvolver o conhecimento a respeito de números, grandezas e é fundamental para a
XXX Feira Catarinense de Matemática

produção de cálculos. Já o raciocínio geométrico trabalha noções de espaço, localização,


localizaç
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ocupação do espaço, formas presentes, corpos sólidos e formas planas. São raciocínios
presentes no cotidiano de vários profissionais como, por exemplo, os jogadores e os pedreiros.
A escola também pode desenvolver pensamentos matemáticos de forma prática
práti lidando com a
geometria as habilidades de medida, estimativa, proporcionalidade e raciocínio algébrico.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instuição:: EEB Marcos Konder – Ilhota.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EEB Marcos Konder, rrmaes@terra.com.br.

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MATERIAL E MÉTODOS

O projeto teve início neste ano letivo envolvendo alunos do 6° ano dos Anos Finais da
EEB Marcos Konder, Ilhota/SC, com debates e planejamento das seguintes atividades:
Envolvendo as aulas de Educação Física, juntamente com a professora de matemática
os alunos percorreram cinqüenta metros e foi marcado o tempo de cada aluno. De volta para à
sala todos puderam calcular sua velocidade média e elaborar um gráfico de barras para saber a
média geral da turma.
Após esta atividade foram utilizadas as unidades de medidas e transformamos m/s em
Km/h, valendo-se se da regra de três.
Em seguida ao cálculo das velocidades pudemos calcular a aceleração de cada aluno,
utilizando
ando a formula de aceleração (am( = ∆ V / ∆T ). Com os cálculos prontos fizemos um
Gráfico de Barras para observar a aceleração média da turma.
Todos os alunos foram medidos e pesados e com com os dados em mãos, foi calculado
com auxílio da calculadora o índice de massa corporal (IMC). Após o cálculo, cada aluno se
classificou na tabela de IMC e convertida em um gráfico de coluna.
O IMC levou a uma discussão sobre a importância de ter uma alimentação
alime saudável e
a prática de exercícios físicos durante toda as fases da vida.
O passo seguinte foi fazer uma pesquisa de qual o esporte preferido pela turma. Com o
resultado, foi elaborado um o gráfico de setorial. Como o esporte preferido foi o futebol,
futebo e
estamos vivendo o período de Copa do Mundo no Brasil ele passou a ser usado como tema
central para a aplicação dos seguintes cálculos:
-Construção
Construção de uma maquete de campo de futebol em isopor pelos alunos
-Cálculo
Cálculo da área da maquete. Área = Comprimento
Comprime x Largura
-Calculo
Calculo da diagonal utilizando o teorema de Pitágoras. a²= b² +c²
-Calculo
Calculo o perímetro da maquete. P1 = 2 x largura + 2 x comprimento
-Conforme
Conforme o goleiro se adianta em relação ao jogador, o tamanho da área que ele tem
que defender diminui o que faz aumentar as chances de segurar a bola. Para calcular essa nova
proporção de defesa, é possível lançar mão da semelhança de triangulo. Assim, em vez de
7,32m, o goleiro irá cobrir 4,96m, o equivalente a uma diminuição de 32,2%.
-Calculo a área do circulo central. ൌ ߨ‫ ݎ‬ଶ
irculo central.‫ܣ‬
-Reconhecimento
Reconhecimento das figuras geométricas nas táticas de jogos como trapézio, triangulo
eqüilátero, triângulo isósceles entre outras.
XXX Feira Catarinense de Matemática
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-Construção
Construção de uma bola de papel utilizando as figuras geométricas do pentágono e o
hexágono.
-Estudo
do da bola da copa do mundo, analisando as várias transformações nas bolas
utilizadas nos mundiais e o material utilizado que a fazem ficar mais e resistente e leve.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com esse trabalho, foi possível perceber a importância do esporte


esp na vida das
crianças tornando o conhecimento mais prazeroso. Pôde-se
Pôde se observar também que quando o
conteúdo é ensinado de forma prática a aprendizagem fica facilitada e assim não pensam na
matemática como um obstáculo e sim de uma forma empolgante onde ele pode criar, inovar,

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326
usar e abusar da criatividade. O que não causou espanto foi a preferência dos alunos pelo
futebol, principalmente em um ano de Copa do Mundo no Brasil, o que tornou ainda mais
fácil trabalhar os vários cálculos e táticas de jogos. Toda a discussão em torno do
financiamento das construções e despesas da Copa do Mundo também foram abordadas e
discutidas em classe analisando os dados apresentados pela mídia.
Não podemos deixar de lembrar que o desinteresse sobre a Matemática e a Geometria
Geomet
vem da falta de significado para o conteúdo que está sendo ensinado. Ensinar um conteúdo do
qual ele tem interesse, onde aplicá-lo
aplicá lo e o que ele vai fazer com isso leva o aluno a gostar e
participar mais atentamente das aulas levando-o
levando a pensar na matemática tica não como um
obstáculo, mais como uma ferramenta facilitadora para a suas experiências cotidianas.
Nas táticas dos jogos a matemática também está presente e foi possível perceber que
no simples esquema de WM ou três zagueiros, dois jogadores de meio campocampo mais defensivo
, dois jogadores de meio campo mais ofensivos e três atacantes são possíveis vários cálculos
matemáticos e é bem visível a formação de dois trapézios isósceles, e em cada trapézio
visualizamos três triângulos eqüiláteros. Reforçando a geometria no dia a dia.
Promover o desenvolvimento exige práticas pedagógicas que completem experiências
diversificadas e que tenham eixos norteadores as interações e as brincadeiras. Para tanto, foi
importante planejar situações com intencionalidade, que trabalhassem aspectos como o
conhecimento que os mesmos possuíam sobre o assunto. A aproximação com o esporte fez
com que o educando através da prática de atividades físicas, melhorasse sua autoestima, seus
limites e procurasse treinar para superar suas limitações.
limitações. Com o esporte a criança está tendo
contato com a matemática com tabelas, construindo gráficos e estudando linhas de marcação
de quadra e aprendendo a cada aula.

CONCLUSÕES

Com esse trabalho foi possível aliar o ensino da matemática ao esporte e a outras áreas
de conhecimento através de objetivos claros e critérios bem definidos. Foi muito importante
que o aluno obtivesse uma nova forma de aprender e gostar do que estava acontecendo em
sala. Após ás praticas e cálculos em sala e nas quadras a média
média geral da turma foi muito boa.
Houve uma melhora significativa da aprendizagem e raciocínio rápido e lógico.
Além dos progressos em termos da avaliação onde houve um grande avanço os relatos
dos alunos que após o projeto são capazes de visualizar o esquema
esquema tático em uma partida
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

assistida pela televisão provam que a assimilação do conteúdo de geometria está interiorizada
nos educandos. Importante também considerar que não devemos apenas valorizar o
conhecimento científico, mas sim o conhecimento popular dos dos alunos em relação ao futebol
que mudou após as analises dos esquemas táticos, e as várias possibilidades matemáticas que
os permitem a vitória.

REFERÊNCIAS

DEFRANCHESCO, C ; CASAS,B. Elementary Physical Education and Math Skill


Development. Pro Quest Education Journals, Nov/dec 2004.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
ANAIS – XXX FCMat

327
SALLA, F. Aula Show de Bola. Nova escola. Editora Abril Fev 2014.

TEIXEIRA, L. Por dentro da Bola. Nova escola. Editora Abril. Mar2014.

Matemática. 6º ano1ª ed. São Paulo: Ed. Ática.


DANTE, Luiz Roberto. Projeto Teláris Matemática.
2012.

Radix: Raiz do conhecimento.6º ano. 1ª ed São Paulo . Ed.


RIBEIRO, Jackson. Projeto Radix:
Scipione. 2011.

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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
APRENDENDO MATEMÁTICA COM O “CONTIG 60”1

PUNTEL, Angelo Henrique2; ZAMBONI, Suelen Eduarda3; MINOSSO, Anderson4.

RESUMO: Este presente trabalho foi desenvolvido na turma do 7° Ano do Ensino Fundamental, com a
finalidade de ensinar a Matemática de uma maneira diferenciada da forma tradicional, através de uma nova
metodologia de ensino.Tem-se como objetivo desenvolver o processo de ensino aprendizagem entre aluno e
professor, com a utilização do jogo matemático “Contig 60”, com a intenção de ensinar as quatro operações
básicas da Matemática. Este projeto foi realizado durante as aulas, com o auxílio do professor como mediador
para a construção do material didático utilizado pelos alunos, a fim de construir este jogo para ser usado como
uma ferramenta de ensino.

Palavras-chave: Matemática. Metodologia. Processo. Ensino. Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

A Matemática ao longo dos tempos vem sendo considerada como um “Monstro” pelos
alunos, por ser abstrata, com cálculos longos e sem aplicabilidade no seu cotidiano. Baseado
nesses fatos, e a escola tendo como meta ‘A construção do conhecimento científico através da
cooperação’, teve-se a necessidade de desenvolver este trabalho com os alunos do 7° ano do
Ensino Fundamental, por virtude destes apresentarem muitas dificuldades nas operações
básicas.
Baseado nessa situação teve-se ai o objetivo de desenvolver uma nova estratégia
pedagógica para sanar esta dificuldade apresentada. A partir desta percepção,procurou-se uma
nova metodologia a ser adotada para que ocorresse o processo ensino e aprendizagem entre os
alunos e o professor.
Na busca de nova estratégia, optou-se em utilizar jogos matemáticos, pois estes
possibilitam suavizar o ambiente da sala de aula, tornando-a mais agradável,atraente e
auxiliando os alunos a desenvolver suas atividades diárias com maior facilidade. Contudo, os
jogos didáticos são ferramentas essências para iniciar ou amadurecer um conteúdo e ainda
aprofundar conceitos já ensinados.
Neste contexto utilizamos o jogo “Contig 60”, que tem como finalidade realizar
operações matemáticas mentalmente com o auxílio de 3 dados, marcadores e um tabuleiro
específico para o jogo. Posterior à construção e manipulação do jogo, com o auxílio do
professor como um mediador seguiram orientações para jogar.
Ainda podemos acrescentar, que os jogos matemáticos utilizados surgem como uma
oportunidade de demonstrar a aplicação dos cálculos mentais na resolução de situações-
problemas do cotidiano dos alunos, assim como permite desenvolver competências,
habilidades e a criatividade fundamental para o processo ensino aprendizagem.

MATERIAL E MÉTODOS

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: EEB
José Pierezan – Concórdia.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor.
4
Professor Orientador, EEB José Pierezan, andersonminosso@gmail.com.
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329
Este projeto foi desenvolvido na Escola de Educação Básica José Pierezan, localizada
no Distrito de Engenho Velho - Concórdia/SC, durante as aulas de matemática com a turma
de 7º Ano.
O trabalhoo ocorreu durante os meses de junho, julho e agosto. Nesse período os alunos
confeccionaram as tabelas do jogo, com a utilização de conceitos geométricos de unidade de
medida, para medir, desenhar e colar a tabela no papel cartão. Posterior a isso os alunos
aluno
plastificaram o material para adquirir mais resistência para seu manuseio.
Ao término da construção, os alunos já em duplas utilizaram o tabuleiro onde neste,
contém 64 números de 0 à 180 distribuídos ordenadamente no tabuleiro dispostos em
espiral,sendo utilizado também três dados e marcadores (Figura 1).O
1).O motivo pela ausência de
alguns números conforme GRANDO (2000) “é porque não se poderia obtê-los,obtê nas condições
determinadas de jogo ou por se tratar de números muito difíceis de serem obtidos”.

Figura 1. Jogo Didático "Contig 60".

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A explicação dos números estarem ordenados desta forma no tabuleiro, é em virtude


de deixar os números menores próximos aos maiores, como afirma Sá.

A justificativa para essa disposição baseia-se


bas se no argumento que deixando os
números menores próximos aos maiores, os alunos precisam operar com números
pequenos e grandes, uma vez que o principal objetivo do jogo é cobrir números
(2013).

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Após os alunos terem terminado a confecção dos tabuleiros, iniciou-se a experiência
com o jogo didático. Primeiramente, deixou-se um tempo para os alunos manipularem o
material na tentativa de descobrir as regras de como jogar. Posterior a este tempo, foram
dadas pequenas dicas das regras e de como proceder para que pudessem jogar e ter um
ganhador no final.
Seguindo as orientações, os alunos começaram a jogar utilizando as quatro operações
(adição, subtração, multiplicação e divisão), sendo que, estas operações podem ser iguais ou
não, mas deve-se sempre formar uma expressão numérica para encontrar um resultado no
tabuleiro, conforme afirma o Portal:

[...] a dupla joga os três dados e constrói uma sentença numérica usando uma ou
duas operações diferentes com os números obtidos nos dados. Por exemplo, com os
números 2, 3 e 4 construir (2+3) x 4 = 20. A dupla, neste caso cobrirá o espaço
marcado com o 20 usando um marcador de sua cor. Só é permitido utilizar as quatro
operações básicas (2009).

Foi estabelecido como regra, que o componente da dupla que marcar primeiro quatro
números consecutivos, podendo ser em linhas ou colunas será o ganhador do jogo. A
vantagem deste jogo didático, é que permite adaptar regras segundo a especificidade de cada
turma.
Além de despertar, desenvolver e incentivar o raciocínio lógico, o professor
desenvolveu em seus alunos o espírito de competitividade entre os grupos, além disso, os
mesmos desenvolveram as operações básicas sem utilizar a calculadora. Como afirma
Follador:
É comum encontrarmos profissionais da educação céticos da educação em relação
ao uso da calculadora. Seus argumentos estão na ideia de que as pessoas ficarão
dependentes da tecnologia e perderão capacidades e conhecimentos com papéis
importantes na Matemática como, por exemplo, a manipulação de algoritmos com
lápis e papel e a capacidade de relacionar cálculos mentais (FOLLADOR, 2007,
p.21).

Pelas afirmativas de autores, os cálculos mentais provem de operações realizadas sem


registros escritos, ou equipamentos para efetuar uma operação, somente utilizando-se de
estratégias e criatividade a fim de resolver uma equação. Segundo o PCN de matemática:
O cálculo mental apoia-se no fato de que existem diferentes maneiras de calcular e
pode-se escolher a que melhor se adapta a uma determinada situação, em função dos
números e das operações envolvidas. Assim, cada situação de cálculo constitui-se
um problema aberto que pode ser solucionado de diferentes maneiras, recorrendo-se
a procedimentos originais para chegar ao resultado (BRASIL, 2011, p. 117).

Esta estratégia visa estimular um pensamento independente, onde o aluno terá de


pensar quais operações são necessárias para obter o resultado desejado, para isso, é
fundamental que os mesmos tenham o conhecimento da tabuada, assim como estratégias de
como chegar ao resultado de uma multiplicação.
Com este projeto o professor explorou no cotidiano escolar o incentivo do raciocínio
lógico matemático mediante aos momentos proporcionado com o jogo. Os alunos construíram
expressões numéricas explorando as quatro operações, com situações estratégicas, realizando
ANAIS – XXXFCMat

331
simulações e ou tentativas para obter números próximos uns dos outros no tabuleiro para ser o
ganhador do jogo.
Durante as partidas, pode-se
pode se observar que a competitividade e a vontade de vencer o
jogo era maior que a dificuldade matemática apresentada pelos alunos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Posteriormente a aplicação da nova metodologia de jogos matemáticos, pode-se pode


observar que houve uma maior participação da turma durante as aulas, criando maior
intimidade com a disciplina através da prática.
Ao relacionarmos o uso do jogo didático no ensino da Matemática, podemos afirmar
que foi de fundamental importância, pois os alunos aplicaram conceitos matemáticos já
conhecidos. O jogo contribuiu para uma aprendizagem mais eficaz além disso, conseguiram
aprender a matemática de uma forma lúdica, divertida e cooperativa.
As aulas de matemática com a aplicação da nova metodologia, propôs enriquecer a
aprendizagem através do lúdico no cotidiano escolar, também permitiu possibilidades de
realizar cálculos mentais, cooperação aos educandos durante o jogo, ampliando assim os
conhecimentos matemáticos e as relações interpessoais.
Sendo assim quando o professor estabelece um ambiente propicio ao aprendizado o
aluno é estimulado a criar, comparar, discutir,
discutir, pensar e refletir, questionar e ampliar ideias do
conteúdo proposto.
Conhecer as contribuições da utilização dos jogos enquanto recurso didático para o
ensino e aprendizagem dessa disciplina, possibilita ao aluno chegar a uma nova estrutura de
pensamento, aproximando o aluno do conhecimento científico, a partir da ocasião de
descontração, informalidade e cooperação.

CONCLUSÕES

Com a exploração dos jogos matemáticos no âmbito escolar, houve a construção do


conhecimento matemático durante a realização das atividades, pois os alunos efetuaram o
calculo mental com isso percebeu-se
percebeu se que o uso diversificado do jogo não foi “perca de
tempo”.
Evidenciou-se
se no projeto, que houve aprendizagem significativa das operações da
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

matemática de uma maneira diferente da tradicional, e além de desenvolver o processo de


ensino aprendizagem entre aluno e professor através do jogo Contig 60.
Por meio deste trabalho, os alunos foram capazes de aprender, e estabelecer relações
significativas por meio do jogo por processos mentais
mentais de análise, competências e habilidades.
Sendo assim, aprender com novas estratégias é construir novos conceitos, e ensinar é
permitir a cooperação para a construção de novos conhecimentos.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Escola de Educação Básica José Pierezan, juntamente com a direção,


coordenação pedagógica e demais colegas pelo auxilio e cooperação na elaboração do
trabalho.
Aos alunos 7° Ano pela participação, na elaboração do trabalho desenvolvido durante
as aulas.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática. Brasília. 2001. Volume 3. 3ª


Edição.

Contig 60 – Regras, Disponível em:


<http://www.matematica.seed.pr.gov.br/arquivos/File/contig_60_regras.pdf>, Secretaria de
Estado da Educação do Paraná, Portal Dia-a-dia Educação - 2009, Acesso em: 04 de junho de
2014.

FOLLADOR, Dolores, Tópicos Especiais no ensino de Matemática: Tecnologia e tratamento


de informação, V.7, ed. IBPEX Curitiba, 2007.

GRANDO Regina Célia, O conhecimento matemático e o uso de jogos na sala de aula. 2000.
Disponível em
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000223718&fd=y . Acesso em
de 27 de Maio de 2014.

SÁ Lauro Chagas e, Experiências Promovidas Pelos Jogos “Cubra 12”e “Contig 60” para
Abordagem de Cálculos Mentais e Expressões Numéricas no Programa Mais Educação,
Disponível em: http://sbem.esquiro.kinghost.net/anais/XIENEM/pdf/197_1746_ID.pdf,
Acesso em 30 de Maio de 2014.
ANAIS – XXXFCMat

333
ARQUIMEDES, O PENSADOR DE SIRACUSA1

GRETTER, Christopher Porath2; SASSE, Leopoldo Alfredo3;


MEIER, Elisângela Luciane Modjewski4.

Arquimedes foi um importante filósofo, físico, engenheiro e o maior matemático


grego da Antiguidade. Nasceu em Siracusa, na ilha da Sicília, atual Itália em 287 a.C. Filho
de um astrônomo, estudou em Alexandria, onde teve provável contato com o filósofo grego gr
Euclides, que o incentivou a buscar o conhecimento. Voltou à sua terra natal a pedido do rei
Hierão II (na época, Sicília fazia parte da Grécia, e era constantemente ataca pelos romanos).
Viveu lá até a sua morte, em 212 a.C., quando Sicília fora finalmente
finalmente invadida pelo Império
Romano. Arquimedes estava trabalhando com circunferências quando um soldado romano o
encontrou e o matou. Dizem que suas últimas palavras foram: “Noli turbare círculos meos”,
“Não perturbe os meus círculos”, em grego. As maiores contribuições de Arquimedes para a
Matemática estão no âmbito da Geometria. Seus métodos anteciparam o cálculo integral
2.000 anos antes de Newton e Leibniz. Arquimedes é famoso pelas máquinas simples que
adaptou: a alavanca e a polia. Também é famoso pela pel frase: “Dê-meme um ponto de apoio, que
eu levantarei o mundo!”, que recitou em frente ao rei Hierão II. Duvidando disso, ele propôs
um desafio: tirar um de seus maiores navios da água e levar para a terra sem encostar nele.
Assim, Arquimedes criou um complexo
complexo sistema de roldanas com cordas presas a elas e ao
navio, esse sistema dava a um homem uma força titânica. Hierão apenas puxou a corda e
trouxe o enorme navio da água carregado com pessoas. Apesar de não tê-las tê inventado,
conseguiu descobrir diversos usos
usos para elas, criar vários sistemas para diversos usos e calcular
como essas máquinas reduziam a força necessária para erguer pesos. Hierão ficou
impressionado e pediu que inventasse defesas para a segurança da cidade. Durante a sua vida,
Arquimedes criou várias armas para defender sua cidade dos romanos, como a “sacudidora de
navios” (uma garra pendurada em uma alavanca gigante que a prendia nos navios e os virava
no mar) e “o raio da morte” (uma série de espelhos côncavos que direcionavam a luz do sol
incendiar
endiar um navio, apesar de que hoje os cientistas consideram isso uma lenda). Grandes
espelhos côncavos faziam parte das armas concebidas por Arquimedes. O objetivo dos
mesmos era fazer convergir os raios solares sobre determinados pontos (no caso sobre os
navios da esquadra romana), concentrando a luz solar nesses pontos e causando uma grande
elevação de temperatura de consequências pirotécnicas nada agradáveis aos navios inimigos.
Assim teria Arquimedes incendiado parte da esquadra romana que ousou atacar Siracusa. Em
XXX Feira Catarinense de Matemática
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1973, um engenheiro grego resolveu reproduzir a façanha de Arquimedes. O objetivo era


confirmar a possibilidade de ter mesmo ocorrido o episódio do incêndio dos navios. Colocou
70 espelhos planos [de 1,5 m x 1,0 m], dispostos em semi-círculo,
semi de modo a fazerem
convergir os raios solares sobre um barco de madeira situado a 50 metros da costa. Em um dia
ensolarado, o engenheiro conseguiu, em poucos minutos, incendiar o barco. Nota: Os

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: Colégio Sinodal Doutor Blumenau – Pomerode.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor.
4
Professor Orientador, Colégio Sinodal Doutor Blumenau, patrícia@colegiodoutor.com.br.

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
espelhos planos dispostos em semi-círculo atuavam como um espelho convergente.
Arquimedes também criou dois princípios muito importantes: “O princípio da alavanca” e “O
princípio do empuxo”. O princípio da alavanca se aplica a todo tipo de alavanca,
interpotentes, inter-resistente e interfixa. No caso da inter-resistente, o princípio diz que a
força potente vezes o braço de potência é igual a força de resistência vezes o braço de
resistência. Então, um objeto mais pesado e mais próximo do ponto de apoio pode equilibrar
um objeto menos pesado e mais longe do ponto de apoio. Demonstrou que um pequeno peso
situado a certa distância do ponto de apoio de uma alavanca pode balancear um peso maior
situado mais perto, ou seja, a força potente vezes o braço de potência é igual à força resistente
vezes o braço de resistência (Fp x Bp = Fr x Br). Polias (roldanas) servem para mudar a
direção e/ou o sentido de forças aplicadas em corda, fios ou cabos. Uma adequada disposição
de polias pode auxiliar de duas formas: conferir mais comodidade para quem puxa um corpo
ou diminuir a intensidade da força necessária para fazê-lo. Para manter o equilíbrio da
roldana, o módulo da força aplicada em seu centro equivale ao dobro do módulo da tração
aplicada na corda. O princípio do empuxo diz que, um objeto é mergulhado na água (ou em
qualquer líquido), ela gera uma força contrária que “empurra” o objeto para cima, “deixando-
o mais leve”, porque duas matérias não podem ocupar um mesmo espaço ao mesmo tempo
(impenetrabilidade). É por causa desse princípio que os barcos podem navegar tranquilamente
pelo mar sem afundar. Arquimedes descobriu que todo o corpo imerso em um fluido em
equilíbrio, dentro de um campo gravitacional, fica sob a ação de uma força vertical, com
sentido oposto à este campo, aplicada pelo fluido, cuja intensidade é igual a intensidade do
Peso do fluido que é ocupado pelo corpo. Quando um corpo está totalmente imerso em um
líquido, podemos ter as seguintes condições: se ele permanece parado no ponto onde foi
colocado, a intensidade da força de empuxo é igual à intensidade da força peso (E = P); se ele
afundar, a intensidade da força de empuxo é menor do que a intensidade da força peso (E <
P); se ele for levado para a superfície, a intensidade da força de empuxo é maior do que a
intensidade da força peso (E > P). Para saber qual das três situações irá ocorrer, devemos
enunciar o princípio de Arquimedes: todo corpo mergulhado num fluido (líquido ou gás)
sofre, por parte do fluido, uma força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do
fluido deslocado pelo corpo. Seja Vf o volume de fluido deslocado pelo corpo. Então a massa
do fluido deslocado é dada por: mf = dfVf. A intensidade do empuxo é igual à do peso dessa
massa deslocada: E = mfg = dfVfg. Para corpos totalmente imersos, o volume de fluido
deslocado é igual ao próprio volume do corpo. Neste caso, a intensidade do peso do corpo e
do empuxo são dadas por: P = dcVcg e E = dfVcg. Comparando-se as duas expressões
observamos que: se dc > df , o corpo desce em movimento acelerado (FR = P – E); se dc < df
, o corpo sobe em movimento acelerado (FR = E – P); se dc = df , o corpo encontra-se em
equilíbrio. Quando um corpo mais denso que um líquido é totalmente imerso nesse líquido,
observamos que o valor do seu peso, dentro desse líquido, é aparentemente menor do que no
ar. A diferença entre o valor do peso real e do peso aparente corresponde ao empuxo exercido
pelo líquido: Paparente = Preal – E. Arquimedes criou também um engenhoso método de
bombeamento de líquidos para satisfazer as necessidades de sua cidade Siracusa: “o parafuso
de Arquimedes”. Que consiste em um parafuso giratório dentro de um cilindro. Era girada a
mão para bombear água de rios e canais para sistemas de irrigação e reservatórios da cidade e
para tirar a água que se acumulava no fundo dos navios. É usado até hoje para bombear
ANAIS – XXXFCMat

335
líquidos e sólidos granulados, como carvão e cereais. Atribui-se
Atribui se a Arquimedes a invenção do
parafuso sem fim, da espiral ou parafuso de Arquimedes (aparelho para elevar água por meio
de um tubo enrolado em hélice à volta de um cilindro giratório
giratório sobre o seu eixo), de diversas
combinações de roldanas para levantar pesos, da roda dentada. Arquimedes conseguiu
também descobrir, incrivelmente, uma aproximação bastante exata do número ߨ, obtido pela
divisão C/D2, sendo C o perímetro
rímetro da circunferência e D o diâmetro da circunferência. Ele
usou o método da exaustão, que consiste em inserir polígonos numa circunferência que
possuíam cada vez mais lados para que o seu perímetro ficasse cada vez mais parecido com o
da circunferência.a. Ele chegou a um valor impressionantemente exato: 3,14. Arquimedes
descobriu um método para calcular o valor do número pi, o prodigioso número que relaciona
o diâmetro e o perímetro de uma circunferência. Usando polígonos regulares com 96 lados
inscritos e circunscritos a uma circunferência, Arquimedes mostrou que o número pi tem um
valor entre 3+10/71 e 3+1/7. Muitos cientistas concordam que, se Arquimedes não tivesse
sido morto tão cedo e se seus livros não tivessem sido perdidos, a humanidade estaria muitom
mais avançada cientificamente. Arquimedes determinou o modo de calcular a área do círculo
e a área e o volume de sólidos não poliedros, como a esfera e o cilindro. Achou isso tão
importante que pediu que lhe gravassem uma esfera e um cilindro no seu túmulo, t quando
morresse. Arquimedes mergulhou uma esfera num cilindro raio e verificou que o volume de
uma esfera é dois terços do volume do cilindro circunscrito. Vesfera= 2/3 Vcilindro. Ao redor
da vida de Arquimedes existem muitas lendas e até hoje não se se sabe, de forma certa, como ele
morreu. Uma das varias versões da sua morte: “Durante a conquista da Siracusa, na Segunda
Guerra Púnica, foi assassinado por um soldado romano que o encontrou desenhando um
diagrama matemático na areia. Conta-se
Conta que Arquimedesdes estava tão absorto em suas
operações que ofendeu o intruso ao dizer-lhe:dizer lhe: “Não desmanche meus diagramas”.
Arquimedes contribuiu para a matemática através dos seus estudos sobre matemática pura e
calculo integral. Destacou-sese também na geometria estudando
estudando áreas e volumes de figuras
sólidas curvas e sobre as áreas de figuras planas. Na Física Arquimedes também realizou
estudos importantes. Em mecânica, definiu a lei da alavanca e é considerado o inventor da
polia composta. Durante a sua permanência no Egito, Egito, inventou o “parafuso sem fim” para
elevar o nível da água, porém é conhecido principalmente por ter enunciado a lei da
hidrostática, o chamado Principio de Arquimedes. Felizmente muitas das suas obras sobre
matemática e mecânica foram preservadas, entre elas o Tratado dos Corpos Flutuantes,
Arenario e Sobre o Equilíbrio dos Planos.
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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
ARQUITEMÁTICA1

PEREIRA, Emanuelle Bazo2; FILIPPIN, Maiara Lopes Duarte3;


PEREIRA, Juvane Elena Bazo4.

RESUMO: Arquitemática fundamentou-se no estudo de conceitos matemáticos relacionando-os à construção


civil e dando ênfase ao relevo da nossa cidade, trazendo para a sala de aula situações vivenciadas pelos alunos.
Trabalhamos com situações ligadas ao plano diretor do município de Capinzal no que se refere ao grau de
declividade dos terrenos para a construção de residências e as normas ambientais que hoje devem ser respeitadas
para que a obra possa ser realizada. Durante a realização das atividades percebemos a importância de conceitos
matemáticos simples desde medidas de comprimento até o cálculo de volume de cilindros e como esta disciplina
auxilia na resolução de problemas. Assim, os resultados e o envolvimento dos alunos foram bem significativos e
a aplicação e contextualização dos conceitos matemáticos tiveram muita relevância social.

Palavras-chave: Aplicação de conceitos. Relevância Social. Pesquisa.

INTRODUÇÃO

Nos dias de hoje a matemática não pode mais ser o “bicho papão” das disciplinas
escolares. É fundamental que os alunos não tenham medo nem antipatia pela disciplina e que
os professores tenham entusiasmo ao ensinar. Por isso questiona-se: De que forma podemos
tornar a matemática mais atrativa e interessante para o aluno?
Partindo desse pressuposto fica claro que a matemática deve sempre estar relacionada
a situações que possibilitem ao aluno a aplicabilidade dos conceitos, que os mesmos estejam
relacionados com situações do seu cotidiano e que a partir de conhecimentos prévios trazidos
pelos alunos, estes possam ser ampliados e transformados em conhecimento científico.
É importante que os alunos tenham claro que a matemática está presente diariamente
em suas vidas e que os conceitos trabalhados em sala de aula são importantes para que
possam entender determinados assuntos como o grau de inclinação de um terreno, por que
determinada obra é interditada e os desenhos de plantas baixas e escalas que também são
utilizados em outras disciplinas como, por exemplo, a geografia.
Assim, identificar conteúdos matemáticos em determinadas situações, muitas vezes
imperceptíveis, que estimulem o interesse, a curiosidade e o espírito de investigação por parte
do aluno e procurar envolver a matemática em situações do seu cotidiano é importante para
que a aprendizagem seja verdadeira e significativa. Nos dias de hoje fica muito difícil
acompanhar todo o processo de desenvolvimento nos vários setores da sociedade e isso ocorre
de forma tão rápida que nós, nas escolas, temos que dar oportunidade aos nossos alunos de,
no mínimo perceberem a evolução das coisas e tentar da melhor forma possível prepará-los
para que possam sobreviver de forma sustentável em uma sociedade tão competitiva como a
nossa.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Pura; Instituição: EEB Belisário Pena
– Capinzal.
2
Aluno expositor, emanuellebp9@hotmail.com.
3
Aluno expositor, maia.ldf@hotmail.com.
4
Professor Orientador, EEB Belisário Pena, juvaneebp@yahoo.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

337
Entender que o conhecimento é a melhor forma de alcançar os objetivos traçados e que
a matemática é uma disciplina que pode abrir as portas para uma profissão conceituada, pois
sabemos que direta ou indiretamente ela está presente em tudo o que fazemos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Para que os alunos pudessem entender o envolvimento da matemática e relacioná-la


relacioná
com o relevo de nossa cidade e com os problemas que muitas vezes ocorrem nas construções
de casas e edifícios, estes inicialmente fizeram uma entrevista com engenheiros e fiscais de
obras da prefeitura de nossa cidade buscando entender as normas que estão no plano diretor
do município e o que é necessário para que se tenha o alvará de licença no momento da
construção de uma residênciaa até a sua finalização. Em seguida visitaram um escritório de
engenharia civil e tiveram a oportunidade de ter uma visão geral de como são confeccionadas
as plantas baixas de uma residência e a evolução que esse setor teve nos últimos anos.
A partir dos dados ados coletados realizamos um debate e levantamos os conceitos
matemáticos necessários para resolver as situações relatadas, entre elas cálculo de
porcentagem para sabermos o grau de inclinação do terreno, onde o permitido pela lei é de
30%, o estudos de triângulos
iângulos e sua classificação, escala, transformação de medidas de
comprimento, área, perímetro e volume. Confeccionamos uma maquete mostrando o aclive e
declive de um terreno como forma de representar que este estava fora do plano diretor do
município e posteriormente
steriormente fizemos o levantamento das possíveis alternativas para que a
construção fosse liberada nesses locais.
Analisamos também a distância permitida para a construção em relação aos rios que
banham nossa cidade, o Rio Capinzal e o Rio do Peixe, faixa faixa essa que deve ter 30 m de
distância pela lei municipal e que deve ser respeitada, caso contrário a obra é embargada.
Na sequência verificamos como deve ser o saneamento básico dessas residências, fator
esse que antigamente não se levava em consideração, hoje devido à preocupação relacionada
com as condições ambientais o alvará de licença só é liberado se as residências estiverem
cumprindo com as normas. Ficou muito claro também que o esgoto da residência não pode
mais ser lançado diretamente no ambiente e para isso é obrigatória a utilização de fossas.
Partindo desse ponto desenvolvemos os conteúdos de área, volume e capacidade desses
reservatórios.
Para o desenvolvimento das atividades foram utilizados materiais como papel, isopor,
XXX Feira Catarinense de Matemática
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cola, tinta, escalímetro,


ro, régua, livros e quadro branco. Os custos ficaram sob responsabilidade
da escola, professores e familiares dos alunos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A matemática é uma disciplina que tem muito peso nos bancos escolares devido a
relevância que a mesma apresenta
aprese e por isso hoje busca-se
se uma forma de auxiliar todos os
alunos na aprendizagem da mesma, ela não pode mais ser considerada o filtro nas salas de
aula como encontramos nos Parâmetros Curriculares Nacionais : Matemática / Secretaria de
Educação Fundamental. – Brasília: (MEC/SEF, 1998, p. 23):

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Os obstáculos apontados explicam em grande parte o desenvolvimento insatisfatório
dos alunos revelado pelas elevadas taxas de retenção em Matemática, o que faz atuar
como filtro social no Ensino Fundamental, selecionando os que terão oportunidade
ou não de concluir esse segmento de ensino.

Precisamos entender que muitas vezes o aluno já tem conhecimentos prévios de


conceitos matemáticos e esses precisam ser valorizados e utilizados durante as aulas fazendo
com que ele mesmo perceba que está inserido no processo e que não é um mero receptor de
informações. Também é importante relacionar os conhecimentos matemáticos com outras
ciências, fazendo assim com que o aluno perceba que pode utilizá-los como ferramentas na
resolução de problemas e que a matemática é importante e está presente nas mais diversas
atividades humanas, por mais que tentemos desviar, sempre nos deparamos com situações das
mais simples às mais complexas em que conhecimentos matemáticos são necessários.
Ensinar os conceitos matemáticos a partir de situações que possam ser vivenciadas
pelos alunos torna o conhecimento mais significativo.
Assim,
O conhecimento socialmente relevante para o aluno é aquele que é capaz de
desenvolver suas capacidades cognitivas, que permite produzir significados,
estabelecer relações, justificar, analisar e criar. Estes são requisitos básicos para a
formação da cidadania no sentido de que possibilitam ao Homem: ler, compreender
e transformar a realidade em sua dimensão física e social. (SANTA CATARINA,
1998, p.107).

Portanto é importante que se desenvolvam atividades que façam com que o aluno
tenha maior envolvimento no processo ensino-aprendizagem e que perceba que o que é
trabalhando em sala de aula tem grande relevância.

CONCLUSÃO

Com a realização do projeto comprovamos mais uma vez que a participação dos
alunos e o envolvimento destes no processo ensino-aprendizagem é fundamental para termos
bons resultados. Percebeu-se que os alunos tiveram iniciativa em pesquisar e se aprofundar no
assunto que é muito significativo nos dias de hoje, pois sabe-seque muitas vezes os problemas
sociais ocorrem principalmente porque as pessoas envolvidas não respeitam as leis ou tentam
burlá-las. Também foi possível verificar o envolvimento dos mesmos no momento da
aplicação dos conceitos matemáticos que naquele momento estavam sendo trabalhados com
significado e aplicabilidade.
Desde o momento da entrevista realizada pelos alunos com os engenheiros da
prefeitura de Capinzal e visitas que os mesmos fizeram até o escritório de engenharia civil da
empresa SERTREX até o desenvolvimento das atividades, percebeu-se que os alunos foram
se envolvendo e se interessando cada vez mais ao ponto do trabalho ter tomado maiores
dimensões das estabelecidas no início.
Chegou-se ainda à conclusão de que é possível fazer com que o aluno tenha prazer em
aprender e para que essa aprendizagem seja significativa basta que esteja motivado e consiga
fazer as relações entre os conceitos científicos trabalhados em sala de aula e as situações
vivenciadas pelos mesmos no seu cotidiano. Para que isso ocorra é muito importante também
que o professor consiga ser mediador durante a realização das atividades.
ANAIS – XXXFCMat

339
REFERÊNCIAS

SANTA CATARINA, Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina: Educação


Infantil, Ensino Fundamental e Médio: Disciplinas Curriculares. COGEN, 1998.

LOPES (Bigode), Antônio, Matemática, Ensino Fundamental. São Paulo: Scipione,


Scip 2012.
(Projeto Velear).

Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática: Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino


Fundamental. Brasília, 1998.

IMENES E LELLIS. Matemática para todos – 7° Ano. 2ª Edição. São Paulo: Scipione,
2002.

GIOVANE JÚNIOR. José Ruy; CASTRUCCI, Benedicto. A conquista da Matemática-7º


Matemática
Ano. Edição Renovada. São Paulo: FTD, 2009. (Coleção A Conquista da Matemática).

XXX Feira Catarinense de Matemática


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ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
BIODECOMPOSITOR ORGÂNICO: TECNOLOGIA ALTERNATIVA
PARA OS RESÍDUOS ORGÂNICOS DOMICILIARES1

SILVA, Andressa Fernandes da2; VEZARO, Bruna3; PREIS, Rosemar Junkes4.

RESUMO: O presente trabalho foi realizado com o objetivo de demonstrar os custos e benefícios para o
município de Taió e para as famílias taioenses a partir da prática de separação dos resíduos sólidos domiciliares
orgânicos e evidenciar o biodecompositor orgânico como uma tecnologia alternativa para a reciclagem do lixo
orgânico domiciliar. Para isto, fez-se um estudo a partir de dados coletados na internet e com engenheiros
agrônomos que trabalham com este tipo de compostagem, possibilitando determinar a relação percentual
existente entre a quantidade de resíduos orgânicos fibrosos e de resíduos orgânicos não fibrosos para a obtenção
de um adubo de qualidade a partir da compostagem. A partir dos dados foi avaliada a economia que o município
obteria se essa tecnologia fosse implementada nas residências das famílias beneficiadas pela coleta. O
desenvolvimento deste trabalho permitiu-nos concluir que se do montante de lixo recolhido mensalmente em
Taió fosse retirado o orgânico o município economizaria em torno de 50% e se fosse mandado para o aterro só o
rejeito isso representaria uma economia de 80%. A avaliação dos dados sugere-nos que o ideal seria que uma
família de 6 pessoas que tem disciplina contra o desperdício tivesse dois biodecompositores com capacidade de
200 l para armazenar todo o resíduo orgânico produzido ao longo do ano. O produto final oriundo da
compostagem feita nesse instrumento pode trazer uma renda média anual de R$284,00 a uma família de 6
pessoas.

Palavras-chave: Biodecompositor. Lixo Orgânico. Economia Municipal. Economia Familiar.

INTRODUÇÃO
A problemática do grande volume de resíduos gerados diariamente torna a reciclagem
cada vez mais importante e necessária. E como a fração orgânica representa grande parte
desses resíduos, uma das alternativas viáveis é a biodecomposição. A biodecomposição
doméstica pode ser realizada por qualquer pessoa, em sua própria casa, com custos mínimos.
Através dela, cada cidadão pode transformar os resíduos orgânicos gerados em sua residência
em adubo orgânico que poderá ser utilizado para consumo próprio ou comercializado,
reduzindo uma média de 50% do lixo domiciliar, facilitando a coleta seletiva para a
reciclagem.
O objetivo desse trabalho é evidenciar os custos e benefícios para o município de Taió
e para as famílias taioenses a partir da prática de separação dos resíduos sólidos domiciliares
orgânicos e evidenciar o biodecompositor orgânico como uma tecnologia alternativa para a
reciclagem do lixo orgânico domiciliar. O experimento foi realizado na E.E.F Adele Heidrich
em Alto Ribeirão da Vargem III, Taió. O resultado do biodecompositor é um adubo de cor
preta e sem cheiro, que não atrai bichos indesejáveis. No fim do processo, tem-se uma terra de
boa qualidade, que deixa a planta mais resistente e livre de pragas. Esta solução pode ser
adotada nas residências, pois os resíduos orgânicos diários podem ser aproveitados nas
plantas que normalmente são cultivadas em casa, por motivos ornamentais ou alimentação.

MATERIAL E MÉTODOS

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-Relação com
outras Disciplinas; Instituição: EEF Adele Heidrich – Taió.
2
Aluna expositora, andressa-fernandes1960@hotmail.com.
3
Aluna expositora.
4
Professor Orientador, EEF Adele Heidrich, rosejunkes@yahoo.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

341
De acordo com a Secretaria Municipal de Agricultura de Saudades (2011), o processo
de decomposição no biodecompositor origina o adubo sólido e o chorume (adubo líquido). O
chorume é retirado a cada 15 dias e para utilizá-lo
utilizá lo nas plantas é necessário diluí-lo
diluí em água
(para cada litro de chorume são necessários 4 litros de água). Já o húmus que sair do
biodecompositor pode ser usado de 3 a 6 meses após a bombona ter ficado cheia.
Ilhane, engenheira agrônoma de Navegantes explica que em uma residência com cinco
a seis pessoas e onde houver disciplina contra o desperdício, um biodecompositor com
capacidade para 200litros, levará cerca de cinco a seis meses para atingir sua cota máxima,
neste período será colocado de 400litros a 450 litros de materiais orgânicos,
orgâni que com a
decomposição resultará em média 120 a 160 litros ou 100 a 150 kg de adubo orgânico e em
média 94 litros de adubo líquido orgânico (chorume) de excelente qualidade.
A engenheira agrônoma em entrevista colocou-nos
colocou nos que cada 2 litros de resíduos
resíduo
orgânicos constituídos de chuchu, cenoura, e tomates, produz 0,25ml de biossólido e 1,5litro
de chorume. E cada 2 litros de resíduos orgânicos constituídos de alimentos fibrosos como
cascas de frutas, arroz, feijão, mandioca, batata, resíduos de corte de grama, capim, etc.,
produz cerca de 1,25 litros de biossólido e 0,5ml de chorume.
De acordo com Geo-Conceição
Conceição o lixo domiciliar produzido todos os dias no nosso
país tem aproximadamente a seguinte composição em peso: 50% orgânico; 30% recicláveis e
20% rejeitos.
O estado de Santa Catarina tem 6.634.254habitantes e de acordo com Barbosa (2013)
gera em média 4.613toneladas de lixo por dia.
O município de Taió tem 17.856 habitantes. E de acordo com as informações
coletadas na Prefeitura Municipal de Taió, o município recolhe mensalmente em média 190
toneladas de lixo que são levadas para o aterro em Otacílio Costa. E, para o depósito deste
lixo a prefeitura paga R$227,00 a tonelada.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em Santa Catarina a média de lixo por habitante é de de 0,695kg, se 50% é orgânico
então cada catarinense produz 0,347kg de lixo orgânico por dia.
Considerando a média de 0,695kg de lixo por dia para cada habitante do município de
Taió, nosso município gera diariamente aproximadamente 12409,92kg de lixo e destes de 6
204,96kg são resíduos orgânicos. Logo o montante de lixo ao mês em Taió é de 372 297,6kg,
dos quais 186148,8kg é resíduo orgânico.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Se fosse dado um incentivo aos taioenses beneficiados pela coleta para construírem seu
próprio biodecompositor, o município
município teria uma economia de 50% o que representaria R$21
565,00 ao mês. Com isso, o gasto do município em função da quantidade de lixo destinada ao
aterro poderia ser dado pela relação y=113,5x.
A economia do município poderia ser ainda maior se fossem destinar ao aterro somente
o rejeito. Como o rejeito representa 20% do lixo produzido, o município iria gastar 20% do
valor que está gastando o que daria R$8 626,00. Essa relação pode se expressa pela sentença
matemática y=45,4x.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Mas, atualmente todo o lixo é depositado no aterro, logo a função que relaciona o gasto
do município em função da quantidade de lixo é dada pela relação y=227.x
Figura 1. Gasto da Prefeitura Municipal de Taió em Função da Quantidade de Lixo Depositado no Aterro
em Otacílio Costa.

Fonte: Alunos do 8 ano da E.E.F Adele Heidrich em Junho de 2014.

Para que em um biodecompositor de 200 litros, os 425 litros de lixo orgânico


necessários para encher o tonel resultem em 140 litros de adubo orgânico, a quantidade de
resíduos orgânicos fibrosos e não fibrosos a serem depositados no biodecompositor é dado
pelo sistema:

Figura 2. Quantidade de Resíduos Orgânicos Fibrosos e Não Fibrosos a ser Depositados no


Biodecompositor de 200l para que o Biossólido Tenha um Peso Médio Final de 140l.

Fonte: Alunos do 8 ano da E.E.F Adele Heidrich em Junho de 2014.

Resolvendo o sistema encontramos que dos 425 litros de lixo orgânico a serem
depositados para encher o biodecompositor para resultar em 140 litros de adubo são
necessários colocar 224l de resíduos fibrosos e 201 l de resíduos não fibrosos.
De acordo com experimentos realizados pela Epagrios resíduos orgânicos no processo
de decomposição têm uma perda de massa de 67%. Logo a relação existente entre o peso final

e o peso original é dado pela função: y=x-0,67.x y=0,33.x.


ANAIS – XXXFCMat

343
Figura 3. Relação Entre o Peso Final do Adubo Orgânico e Peso Inicial dos Resíduos Orgânicos.

Fonte:
onte: Alunos do 8 ano da E.E.F Adele Heidrich em Junho de 2014.

A decomposição de 425l de lixo orgânico origina 94l de chorume e considerando que


a razão entre a quantidade de água e a quantidade de chorume para a produção de fertilizante
orgânico é ¼. A partir dos 94l de chorume daria para se produzir 470 litros de adubo folhar.
Tabela 1. Preço do Fertilizante Orgânico no Comércio.
Marca Preço em R$ Conteúdo em l
Flavon 89,00 1
Indu-Max 38,00 1
Fonte: Agropecuária Ouroverde – Rio do Campo em Junho de 2014.

Cada 100ml do fertilizante orgânico comprado deve ser diluído em 100l de água. Logo,
como o preço médio por L é 63,5 reais, o preço médio por L depois da solução pronta ficaria:
R$0,063. Então, uma família de 6 pessoas em 6 meses poderia lucrar R$28,2 se fosse vender
vende
o chorume proveniente da decomposição.
A função que relaciona a lucratividade em função da quantidade de chorume é expressa
através da função y=0,3x.
Figura 4.Lucratividade Que Uma Família Pode Obter a Partir da Venda do Chorume.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Fonte: Alunos do 8 ano da E.E.F Adele Heidrich em Junho de 2014.

Tabela 2. Preço do Adubo Orgânico no Comércio.


Marca Preço em R$ Peso em Kg Preço por Kg
Ferticel 24,50 40 0,61
Adubo Orgânico de Peru 30,00 25 1,20
Fonte: Agropecuária Ouro Verde – Rio do Campo em Junho de 2014.

Assim o preço médio do kg de adubo orgânico é R$0,91


Logo em 6 meses uma família de 6 pessoas poderia lucrar R$ 113,75 com o biossólido
proveniente da decomposição. A função que poderia expressar a relação entre a quantidade de
biossólido e lucratividade pode ser dada pela função: y=0,91.x.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Figura 5. Lucratividade que Uma família pode Obter Com a Venda do Adubo Orgânico Proveniente da
Compostagem de Resíduos Orgânicos.

Fonte: Alunos do 8 ano da E.E.F Adele Heidrich em Junho de 2014.

Logo, em um ano essa família faria um lucro líquido de R$284,00. E, o mais


importante, estaria tendo lucro sobre uma atitude simples de contribuir com a preservação do
meio ambiente.

CONCLUSÕES
O projeto apresenta soluções simples e práticas para a destinação adequada do lixo
orgânico caseiro, transformando-o em adubo natural, por meio de compostagem. O uso do
adubo e do biofertilizante é capaz de melhorar a fertilidade do solo, aumentando a capacidade
de retenção das plantas para absorver nutrientes e contribuir para a reprodução de
microorganismos benéficos à plantação.
Visando obter economia nos gastos públicos, a Prefeitura Municipal de Taió deveria
dar incentivo financeiro para as famílias beneficiadas pela coleta de lixo construírem seu
próprio biodecompositor para reciclarem os resíduos orgânicos de sua residência.
Para reciclar todo o lixo orgânico domiciliar obtido ao longo do ano, o ideal seria que
uma família de seis pessoas tivesse em sua residência dois biodecompositores de 200 litros.
Pois após encher o biodecompositor se faz necessário esperar um período de seis meses para
poder retirar o adubo.
A implementação desse projeto pelo município com o tempo se reverteria em lucro
para o município, para as famílias, além é claro de trazer benefícios ambientais.

REFERÊNCIAS
BARBOSA, Vanessa. Quanto lixo os brasileiros geram por dia em cada estado.
Disponível em:<http://info.abril.com.br/noticias/tecnologias-verdes/fotonoticias/quanto-lixo-
os-brasileiros-geram-por-dia-em-cada-estado.shtml>.2013. Acesso em: 27 jun.2014.
CONCEIÇÃO, Geo. Problemas e soluções com o destino do lixo. Disponível em:
http://geoconceicao.blogspot.com.br/2011/03/problema-e-solucoes-com-o-destino-do.html.
Acesso em: 06 jun. 2014.
IBGE. http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=sc.Acesso em:27.06.14
MARCON, Ilhane T. Biodecompositor Orgânico. Entrevista por Telefone a Rosemar Junkes
Preis. 17 jun.2014. INFORMAÇÃO VERBAL.
SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA DE SAUDADES. Secretaria Municipal
da Agricultura e EPAGRI de Saudades instalam biodecompositor orgânico. Disponível
em:http://www.saudades.sc.gov.br/noticias/index/ver/codMapaItem/8565/codNoticia/16121#.
U7L7AJRdXfJ . 2011. Acesso em: 22 maio.2014.
ANAIS – XXXFCMat

345
BIOMÁTICA DAS AVES1

CARVALHO, Paulo Roberto de2; LIZ, Lucas Matheus Rosa de3; GRIPPA, Rafael4.

RESUMO:: O projeto “Biomática das Aves” teve início em 2014 e foi idealizado pelos alunos Paulo Roberto de
Carvalho e Lucas Matheus Rosa de Liz. Eles viam no tema uma riqueza de conteúdos matemáticos à serem
explorados e uma grande oportunidades de conscientização da comunidade escolar à respeito dos cuidados com
as aves. A turma do 6º ano participou ativamente do projeto fazendo parte desse processo de conscientização em
que foi proporcionado através do trabalho. O projeto é desenvolvido de maneira interdisciplinar, tornando as
aulas dinâmicas,
micas, interessantes e com ótimos resultados. O projeto despertou nos alunos pensamentos e atitudes
mais conscientes, tendo a percepção de que cuidar dos animais é de muita importância para a natureza, mas
ainda precisa-se
se de uma longa caminhada para a preservação
preservação de nosso meio ambiente como um todo.

Palavras-chave:: Matemática. Aves. Tráfico Ilegal.

INTRODUÇÃO

O projeto “Biomática das Aves” realizado pela E.E.B. Bruno Hoeltgebaum teve início
em meados de Março de 2014através dos alunos Paulo Roberto de Carvalho
Carvalho e Lucas Matheus
Rosa de Liz. Ambos os alunos pertencem à turma do 6º ano 04 do ensino fundamental. Sua
relevância é conscientizar a comunidade escolar com os cuidados que se deve ter com as aves,
além de detalhar temas como o tráfico ilegal de animais.
animais. Também tem um objetivo voltado
para a consciência ecológica e busca promover a integração entre as disciplinas de
Matemática e Ciências.
O projeto ressalta e comprova a importância da matemática apoiada em outras ciências
desenvolvendo nas pessoas o exercício
exercício da cidadania e contribuindo assim para a construção
de um mundo mais consciente em relação à natureza.
Um dos componentes do grupo tem uma ave de estimação e a ideia do tema para a
feira interna de matemática surgiu em uma conversa durante o recreio,
recreio, segundo o relato da
equipe. A partir daí começaram a explorar o tema, pesquisando sua relevância para a nossa
sociedade e também verificando quais conteúdos matemáticos fariam parte deste projeto.
Essa geração de hoje que faz um trabalho de “formiguinha”
“formiguinha” conscientizando a sua
comunidade escolar a respeito dos cuidados com os animais, no futuro os mesmos já terão
incorporado essa consciência, na certeza de que todo o seu empenho valeu a pena.

MATERIAL E MÉTODOS
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

A equipe iniciou o seu projeto pesquisando


pesquisando informações sobre o crescimento
descontrolado dos centros urbanos e como isso afeta a vida das aves. Também pesquisaram
sobre as aves extintas e qual o número de espécies sob a ameaça de extinção.
Além disso, pesquisaram sobre a questão do tráfico ilegal
ilegal de aves pois devido a sua
grande diversidade o Brasil é um dos principais alvos dos traficantes da fauna silvestre. Esses

1
Categoria: Ensino Fundamental; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Bruno Hoeltgebaum - Blumenau.
2
Aluno expositor. eebbhoeltgebaum@sed.sc.gov.br.
eebbhoeltgebaum@sed.sc.gov.br
3
Aluno expositor. eebbhoeltgebaum@sed.sc.gov.br.
eebbhoeltgebaum@sed.sc.gov.br
4
Professor Orientador, EEB Bruno Hoeltgebaum, grippa@pop.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
traficantes movimentam cerca de 10 a 20 bilhões de dólares em todo o mundo, colocando o
comércio ilegal de animais silvestres na terceira maior atividade ilícita, perdendo apenas para
o tráfico de drogas e de armas. O Brasil participa com 15% desse valor, aproximadamente
900 milhões de dólares.
O grupo buscou informações detalhadas a respeito de como obter uma ave de
estimação dentro da legalidade. Fizeram pesquisas de preço em várias agropecuárias da
cidade no intuito de buscar a diferença de preço dos itens necessários para mantê-la como
animal de estimação.
Na sala informatizada pesquisou-se sobre nutrição das aves, onde fizeram um vídeo
mostrando como fazer uma receita caseira para uma ave, trabalhando assim conceitos
matemáticos de proporcionalidade, razão e custos de manutenção. Também se pesquisou
sobre a anatomia, mostrando a estrutura e o formato dos ossos, das penas, os órgãos internos
bem como o sistema reprodutor, fazendo comparações entre os ovos de diversas aves.. O
grupo pesquisou sobre a capacidade de voar da grande maioria das aves, sendo que neste item
abordaram-se conceitos matemáticos como a velocidade e a distância. Foi realizada na turma
do 6º ano 04 uma palestra com a participação da polícia militar ambiental para tratar a questão
do tráfico ilegal desses animais.
Os registros do projeto foram feitos em murais, cartazes, álbum seriado e notebook. A
primeira apresentação do grupo aconteceu em sala de aula durante a seletiva de trabalhos para
a apresentação na feira interna de matemática. Depois a segunda apresentação ocorreu na
Feira interna de Matemática onde o grupo foi selecionado para a Feira Regional.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A equipe fez uma pesquisa de preço que foi realizada em 8 agropecuárias da cidade de
Blumenau. Segue abaixo alguns desses resultados:

PESQUISA DE PREÇO
Agropecuária Produto Marca Preço (R$) Quantidade
Arco-Íris Ração Nutrópica 16,50 300g
Arco-Íris Ração Alcon Club para calopsita e periquito 9,70 310g
Arco-Íris Ração Alconclub para calopsita 10,50 310g
Arco-Íris Calopsita mansa 150,00
Arco-Íris Calopsita arisca 80,00 á 150,00
Arco-Íris Vermífugo Avitrin 9,90 10ml
Arco-Íris Mistura de sementes Agranel 4,50 1kg
Arco-Íris Gaiola Gaiolas Londrina 62,90 1
Arco-Íris Viveiro Bragança 301,90 1

Agropecuária Produto Marca Preço (R$) Quantidade


Agro Aves Ração Nutrópica 20,40 300g
Agro Aves Ração Alcon Club para Periquitos e calopsitas 7,35 150g
Agro Aves Gaiola Gaiolas Londrina 151,90
Agro Aves Vermifugos Avitrin 12,35 10ml
Agro Aves Bebedouro MeS 1,65
Agro Aves Calopsita mansa 200,00
Agro Aves Calopsita arisca 100,00
ANAIS – XXXFCMat

347
Agropecuária Produto Marca Preço (R$) Quantidade
Agro Blu Ração Alconclub para calopitas e periquitos 10,50 300g
Agro Blu Ração Alconclub para calopsita 7,50 150g
Agro Blu Gaiola Gaiolas Londrina 88,90
Agro Blu Gaiola Redonda 105,00
Agro Blu Vermífugos Avitrin 12,50 10ml
Agro Blu Bebedouro Cristino 2,50
Agro Blu Comedouro Jelplast 2,90
Agro Blu Ração ThreeBirds 8,50 300g
Agro Blu Mistura de sementes Agranel 4,50 1kg

Agropecuária Produto Marca Preço (R$) Quantidade


Agro avícola Gaiola Gaiola londrina 82,00
Agro avícola Gaiola Gaiola londrina 435,00
Agro avícola Ração Nutrópica 18,50 300g
Agro avícola Vermífugo Avitrin 11,00 10ml
Agro avícola Ração Alcon eco club 14,00 310g
Agro avícola Mistura de sementes Agranel 8,00 1kg
Agro avícola Bebedouro 3,00
Agro avícola Comedouro Avipel 8,00
Agro avícola Calopsita mansa 250,00
Agro avícola Calopsita arisca 100,00

Nesta parte foram utilizadas regra de três para calcular a porcentagem de diferença de
preço dessas agropecuárias em alguns itens.
1º: Alconclub para periquitos e calopitas – 150g 8,00 . x = 350
Agro comercil penas, pelos e patas x Agro aves x = 350 : 8,00
Diferença de preço: 8,50 – 7,35 = 1,15 x = 43,75% de diferença
R$ % 4º: Vermífugo Avitrin – 10ml
8,50 100 Agro Blu x Arco-Íris
1,15 x Diferença de preço: 12,50 – 9,90 = 2,60
8,50 . x = 1,15 . 100 R$ %
8,50 . x = 115 12,50 100
x = 115 : 8,50 2,60 x
x = 13,52% de diferença 12,50 . x = 2,60 . 100
12,50 . x = 260
2º: Alconclub para calopsitas – 310g x = 260 : 12,50
Agro comercialal penas, pelos e patas x Arco Íris x = 20,80% de diferença
Diferença de preço: 10,90 – 10,50 = 0,40 5º: Ração nutrópica – 300g
R$ % Agro aves x Arco Íris
10,90 100 Diferença de preço: 20,40 – 16,50 = 3,90
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

0,40 x R$ %
10,90 . x = 0,40 . 100 20,40 100
10,90 . x = 40 3,90 x
x = 40 : 10,90 20,40 . x = 3,90 . 100
x = 3,6% de diferença 20,40 . x = 390
x = 390 : 20,40
20
3º: Mistura de sementes agranel – 1kg x = 19,11% de diferença
Agro avícola x Arco íris 6º; Bebedouro
Diferença de preço: 8,00 – 4,50 = 3,50 São Bernardo x Agro aves
R$ % Diferença de preço: 4,50 – 1,65 = 2,85
8,00 100 R$ %
3,50 x 4,50 100
8,00 . x = 3,50 . 100 2,85 x

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
4,50 . x = 2,85 . 100
4,50 . x = 285
x = 285 : 4,50
x = 63,33% de diferença
7º: Comedouro
Agro avícola x Agro blu
Diferença de preço: 8,00 – 2,90 = 5,10
R$ %
8,00 100
5,10 x
8,00 . x = 5,10 . 100
8,00 . x = 510
x = 510 : 8,00
x = 63,75% de diferença
8º: Gaiolas (variam de acordo com o tamanho, modelo, marca e a cor.
Agro avícola x Arco – Íris
Diferença de preço: 435,00 – 62,90 = 372,10
R$ %
435,00 100
372,10 x
435,00 . x = 372,10 . 100
435,00.x= 37 210x=37210:435,00 = 85,54% de diferença.

Somatória geral dos 8 itens mais caros e baratos:


+ Baratos: 7,35 + 10,50 + 4,50 + 9,90 + 16,50 + 1,65 + 2,90 + 62,90 = 116,20+ Caros: 8,50 + 10,90 + 8,00 +
12,50 + 20,40 + 4,50 + 8,00 + 435,00 = 507,80 Diferença: 507,80 – 116,20 = 391,60
R$ %
507,80 100
391,60 x
507,80 . x = 391,60 . 100 17cm
507,80 . x = 39 160
x = 39 160 : 507,80
x = 77,11% de diferença

O grupo também calculou a área de uma gaiola: 39cm


A = 2 . π .r . h + 2 . π .r2
A = 2 .3,14 .17,5 . 39 + 2 .3,14 . 17,52
A = 6,28 . 663 + 6,28 . 306,25
43cm
A = 4 163,64 + 1 923,25
A = 6 086,89cm2

CONCLUSÃO

Esse trabalho proporcionou aos alunos e a comunidade escolar a conscientização dos


cuidados que se deve ter com as aves e também uma maior conscientização ecológica. Foi
possível perceber a relevância da interdisciplinaridade e também como trabalhar os conteúdos
matemáticos de forma lúdica e aplicada na nossa vida cotidiana.
ANAIS – XXXFCMat

349
Embora o tráfico ilegal de animais ser lucrativo essa atividade
atividade prejudica a natureza
além de trazer sérios danos ao animal traficado muitas vezes o levando a morte por falta de
uma estrutura básica para a sua sobrevivência.
É importante desenvolver trabalhos e projetos de conscientização junto a comunidade
escolar para
ara que tais atividades como o tráfico de animais sejam cada vez menos frequentes e
banidas de nossa sociedade.

REFERÊNCIAS

GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: A vida na Terra.. 4ed. São Paulo: ed. Ática,
2011.

CARVALHO, Washington; GUIMARÃES, Márcio. Ciências para nosso tempo.


tempo 1ed.
Curitiba. ed. Positivo, 2011.

IMENES, Luiz Márcio, LELLIS, Marcelo. Matemática..ed.Moderna, 2013.

RIBEIRO, Marcelo. Tráfico de animais silvestres.


silvestres. São Paulo, 2011. Disponível
em:<http://ambientes.ambientebrasil.com.br/fauna/trafico_de_animais_silvestres/trafico_de_a
em:<http://ambientes.ambientebrasil.com.br/fauna/trafico_de_animais_silvestres/trafico_de_a
nimais_silvestres.html>.Acesso em: 13 maio de2014.

NUNES, Luiz Eduardo de Castro. IBAMA: Notícias ambientais.. Brasilia, 1990. Disponível
em: <http://www.ibama.gov.br/servicos/perguntas-frequentes>
<http://www.ibama.gov.br/servicos/perguntas frequentes> Acesso em: 13 maio de 2014.

YOUTUBE. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=S_MuNoGBH9I

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
BRINCANDO E MULTIPLICANDO VOCÊ VAI VER É MAIS FÁCIL
DE APRENDER1

CASSUL, Lizandro Jardim2; PEICHÓ, Yaçanã Hahn3; SOUZA, Lucélia Oliveira de4.

RESUMO: Nosso trabalho quer influenciar as pessoas em geral a estudarem e aprender melhor a multiplicação,
com jogos educativos matemáticos, como: bingo matemático, multiplicando com o dominó, quebrando a cuca,
dominó maluco, multiplicando por 100. A matemática e a matéria que mais reprova no Brasil. “Na matemática
sempre a um jeito de aprender mais fácil, e esse jeito é Brincando com a multiplicação”. Pesquisas comprovam
que brincando agente aprende mais rápido e melhor. Se agente brincar com jogos educativos matemáticos as
pessoas vão se interessar pela matemática sendo também mais fácil de aprender. Esse trabalho teve como
objetivo contribuir para formação de atitudes aliando atividade lúdica com aprendizagem, despertando interesse
pelo assunto, enfrentando desafios, levando-se á buscar soluções desenvolvendo a critica. Levando ao
desenvolvendo de habilidades específicas para resolução de problemas e os modos típicos do pensamento
matemático. Identificar o conhecimento matemático como meio de compreender e transformar o mundo em sua
volta e perceber o caráter do jogo intelectual, característico da matemática, como aspectos que estimula o
interesse, a curiosidade e o espirito da investigação na capacidade de resolver problemas. Para tantos foram
realizados encontros para discutir e pensar de uma forma criativa para o desenvolvimento do trabalho e como
estimular o interesse na brincadeira e como aprender os conhecimentos matemáticos fazendo que a
aprendizagem seja vivenciada como experiência progressiva, interessante e informativa, apoiada na formação, na
descoberta, na reflexão, na comunicação. O jogo é uma opção metodológica que favorece a interação
considerando conhecimento matemático como um produto cultural, socialmente construída. A participação em
jogo em grupo também representa uma conquista cognitiva, emocional, moral e social para o estudante e um
estimulam para o desenvolvimento de sua competência matemática. Os resultados apontaram que os jogos
matemáticos são bastante eficazes, pois permitem que muitos alunos realizem as operações de multiplicação com
mais segurança e habilidades. Indicam que e possível o uso de jogos em sala de aula como recurso para o ensino
da matemática, considera-se o trabalho em grupos e que podem ser atendidos pelo professor, em diferentes
momentos. Portanto concluímos que em relação à aprendizagem das operações da multiplicação, pode se afirmar
que os jogos permitem que os alunos desenvolvam o raciocínio. Deve envolver os alunos com as atividades,
demonstrando um maior interesse e segurança das operações, solicitando os alunos o relato sobre os jogos.

Palavras-chave: Jogos Matemáticos. Ensino Aprendizagem. Multiplicação.

INTRODUÇÃO

Este projeto vem mostrar a importância do lúdico no ensino de matemática para os


alunos, pois a falta de interesse dos alunos pela Matemática. O jogo pode desempenhar um
importante papel no processo ensino aprendizagem; o gosto pela atividade lúdica é inerente
ao ser humano e por ele passam grande parte dos contatos sociais que a criança/adolescente
estabelece ao longo de sua vida. Assim, o professor deve procurar organizar curso tornando-
se orientador ou facilitador da aprendizagem, deve ver o aluno como centro da aprendizagem
e deve organizar atividades em pequenos grupos, com rico material didático e em ambiente
estimulante que permita a realização de jogos com o contato com materiais manipulativos.
Podemos entender que o lúdico é um ingrediente indispensável no relacionamento
entre as pessoas, bem como uma possibilidade para afetividade, prazer, autoconhecimento,
cooperação, autonomia, imaginação e criatividade cresçam, permitindo que o outro construa
por meio da alegria e do prazer de querer fazer e construir.
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: EEB
Professor Argeu Furtado – São Cristóvão do Sul.
2
Aluno expositor, lizandrojc12@hotmail.com.
3
Aluno expositor, yacana2002@outlook.com.
4
Professora orientadora, EEB Professor Argeu Furtado, lucélia_los@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

351
Sendo que uma das maiores dificuldades em aprender alguns conteúdos de
matemática, apresentada por mim Yaçanã, pois meu colega é muito bom. Fez se necessário à
pesquisa, confecção e aplicação dos jogos. Nossa professora levava os jogos para jogarmos,
demonstramos prazer e alegria em aprender. E a curiosidade que nos movia para participar
dos jogos com certo sentido, onde acontecia a aprendizagem daquele conteúdo. Dessa forma é
desejável buscar conciliar a alegria de aprender com o lúdico, sendo mais uma ferramenta
para o ensino da Matemática e também das demais disciplinas.

MATERIAL E MÉTODOS

O presente projeto serviu para observar e desenvolver habilidades de raciocínio


através dos jogos com os alunos, os quais são: organização, atenção e concentração. Os
alunos com os quais trabalhamos nesta pesquisa eram do 7º ano do Ensino Fundamental da
Escola de Educação Básica Professor Argeu Furtado, situada a Rua Afonso Faedo, s/n. A sala
é composta por 18 alunos, sendo 7 meninas e 11 meninos; na atividade lúdica todos
participaram; mas quando aplicamos o questionário somente 10 alunos participaram, pois o
professor disse que não era obrigado
obrigado a responder. A escolha da escola onde foi realizada a
pesquisa de dados para este trabalho foi feita por que estudamos nela e sentimos que há
muitos alunos que tem dificuldade na aprendizagem de Matemática.
Para aplicar o projeto de pesquisa foram utilizadas
utilizadas duas atividades diferentes que
proporcionaram resultados significativos.
A primeira atividade foi realizada a atividade lúdica, com os seguintes jogos: Bingo
Matemático, Multiplicando com Dominó, Quebra Cuca, Fecha Caixa, Cinco em Linha –
Multiplicação;Bingo
o;Bingo com Números Inteiros Positivos e Negativos; . Neste momento, os
alunos relembraram alguns conteúdos em que a professora já tinha trabalhado em sala de aula.
Posteriormente foi entregue uma folha com 10 questões para que fosse respondido;
mas apenas 10 alunos responderam.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Durante o desenvolvimento de todo nosso projeto, nos reunimos durante muitas


manhãs, noites para leitura, programar com seria realizado este trabalho. Confeccionamos
nossos jogos com EVA, tampinhas de garrafas
garrafas PETI, bandejas de isopor HAM2, tecido TNT,
feltro; cartolina, caneta permanente, tinta guache; onde chegam ao total de 10 jogos. Para
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

todos foram elaboradas, escritas e anexadas ao jogo, suas regras. Todos os jogos que
confeccionamos, aplicamos com os os alunos e observamos que alguns casos tivemos que
aplicar sanções, para com aqueles que não observaram corretamente as regras estabelecidas e
que todos são submetidos ao seu cumprimento.
Observamos que no inicio dos jogos alguns alunos não demonstravam interesse
in pelo
jogo; mas a medida em que se desenvolvia, o interesse despertou e a boa convivência dentro
dos grupos, como houve o desenvolvimento de pensamentos divergentes, a capacidade de
trabalhar em equipe, a disposição para aceitar criticas, desenvolvimento
desenvolvimento do pensamento critico
e do saber comunicar-se.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Percebemos que o lúdico é uma ferramenta muito poderosa para estimular e
desenvolver vários aspectos da aprendizagem e em nosso comportamento. Desta maneira
acreditamos em uma postura de mudança do ensino e aprendizagem da Matemática e
contribuindo para uma escola de qualidade.
A partir das respostas obtidas, observa-se que boa parte dos discentes caracteriza o jogo
pelo brincar, passatempo, diversão. Isso porque é através do brincar que as constroem sua
aprendizagem acerca do mundo em que vive da cultura em que está inserida.

Respostas Questionário Alunos


1º Pergunta
4% 10% 2º Pergunta
11%
3º Pergunta
14% 4º Pergunta
10%
5º Pergunta
6º Pergunta
10% 10%
7º Pergunta
8º Pergunta
12% 13%
6% 9º Pergunta
10º Pergunta

Fonte: Respostas dos alunos do 7º ano 2 da Escola de Educação Básica Profº Argeu Furtado.

Gráfico Geral

Perguntas Respondidas Não Respondidas


90

15 18
10

Questionário Participação No Jogo


Fonte: Participação dos alunos nos jogos e nas respostas do questionário.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste projeto procuramos analisar e refletir o lúdico como contribuição para a


construção do saber nas aulas de Matemática e o mais relevante, para os alunos participantes
ANAIS – XXXFCMat

353
do processo educativo. Procuramos ao longo do escrito nos deter
deter ao nosso objetivo principal,
mostrar que os jogos podem ser uma ferramenta no ensino e aprendizagem da Matemática.
O aluno colocado diante de situações lúdicas apreende a estrutura dos conteúdos
culturais e sociais. É educativo e tem como característica seu uso de modo intencional, sendo
assim requer um plano de ação que permita a aprendizagem de conceitos de uma maneira
geral. Nesta perspectiva, assume a finalidade de desenvolver habilidades, possibilitando ao
aluno a oportunidade de estabelecer planos de de ação para atingir objetivos, avaliar e obter
resultados.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que me deu sabedoria e força para terminar esse
trabalho, a minha mãe que me incentivou e me apoiou. Agradeço a minha professora de
matemática e de português,
rtuguês, pela paciência, carinho e respeito com que corrigiu o texto desse
trabalho. Aos meus amigos e colegas da escola, por confiarem em mim. Ao diretor Adinan
pelo apoio, incentivo, disposição, para tudo acontecesse na escola.A todos, meu profundo
agradecimento.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação Lúdica: Técnica e Jogos Pedagógicos. Disponível


em:<http://books.google.com.br/books>. Acesso em: 12 de maio de 2014.

ARANÃO, Ivana V. D. A matemática através de brincadeiras e jogos. Disponível


em<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/>Acesso
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/>Acesso em: 14 de maio de 2014.

CARDIA, Joyce Aparecida Pires. Revista Eletrônica de Educação. Ano V. No. 09, jul./dez.
2011. Acesso em 20 de junho de 2014.

D’AMBRÓSIO, Beatriz. Como ensinar Matemática hoje? Temas e Debates,


Debates, SBEM, n. 2.
Acesso em: 16 de junho de 2014.

GRANDO, R. C. O conhecimento matemático e uso de jogos na sala de aula. Disponível em:


http://pedagogiaaopedaletra.s3.amazonaws.com/. Acesso em: 13 de junho de 2014.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

GROENWALD, C. L. O.: TIMM, U. T. Utilizando curiosidades e jogos matemáticos em sala


de aula. Disponível em: <http://www.somatematica.com.br>. Acesso em: 03 junho de 2014.

LARA, Isabel Cristina Machado de. Jogando com a Matemática de 5ª a 8ª Série. Disponível
em: <. http://www.miltonborba.org>.
ba.org>. Acesso em: 14 de maio de 2014.

SILVA, Elizabeth. “Recreação com jogos de matemática”. Disponível


em:<http://www.mundojovem.com.br/projetos
<http://www.mundojovem.com.br/projetos-pedagogicos/projeto-ludico
ludico-motivacao-aulas-
matematica>. Acesso em: 12 de maio de 2014.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
BRINCANDO, TROCANDO E APRENDENDO1

NARDINI, Dionimar2; SANTUCHES, Marcelo3; GIOTTO, Eni Mariani4.

RESUMO: O Projeto Brincando, Trocando e Aprendendo, contribui para assimilar e memorizar as atividades
matemáticas do dia a dia. Ele é composto por formas geométricas onde cada cor e forma corresponde a valores
diferentes, sendo estes confeccionados com EVA. Usa-se uma roleta que contém as mesmas cores e valores das
peças soltas compostas por; 1 quadrado grande, 2 retângulos, 4 quadrados menores e 8 triângulos. Fazendo
trocas e agrupamentos entre as peças, fechando 160 pontos. Com o veriteck tendo o tabuleiro dividido em 2
linhas e 5 colunas, contendo os mesmos valores das peças soltas, também seguem essa sequência (5,5,10, 20,
40) Esse mesmo valor fica estabelecido nas fichas soltas, que deve seguir uma sequência de números de 1 a10
formam imagens no verso das fichas, quando estas são viradas, registra-se com cédulas. O painel do percurso
complementa e auxilia uma sequência de atividades diferentes, mas ligadas entre elas.

Palavras-chave: Jogo. Trocas. Valores.

INTRODUÇÃO

Este projeto do jogo como tema “Brincando, trocando e aprendendo,” foi


desenvolvido na Escola de Educação Básica Raimundo Corrêa, com os alunos que
frequentam o SAEDE MISTO no contra turno escolar. Usando este recurso de trabalho foi
possível aliar atividades lúdicas com a aprendizagem, despertando o interesse dos alunos pelo
assunto. Estes Jogos Matemáticos proporcionaram a confecção de materiais, que deram
suporte no desenvolvimento do trabalho, formando assim o conhecimento para
posteriormente avançar na aprendizagem, sanando as dificuldades apresentadas, pois a
matemática está presente, de maneira direta ou indireta, em quase todos os momentos da vida.
Apesar de ser utilizada praticamente em todas as áreas do conhecimento, nem sempre
é fácil mostrar aos alunos, aplicações que despertem seu interesse ou que possam motivá-los
através de problemas contextualizados. De acordo com as Diretrizes para o Ensino da
Matemática (MEC, 2006), um dos desafios do ensino da matemática é a abordagem de
conteúdos para resolução de problemas. Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante
tem oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de
modo a resolver a questão proposta.
Dentro da resolução de problemas, a introdução de jogos como estratégia de ensino-
aprendizagem na sala de aula é um recurso pedagógico que apresenta excelentes resultados,
pois cria situações que permitem ao aluno desenvolver métodos de resolução de problemas,
estimula a sua criatividade num ambiente desafiador e ao mesmo tempo gerador de
motivação, que é um dos grandes desafios ao professor que procura dar significado aos
conteúdos desenvolvidos. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p. 38):

[...] tem-se buscado, sem sucesso, uma aprendizagemem Matemática pelo caminho
da reprodução de procedimentos e da acumulação de informações; nem mesmo a
exploração de materiais didáticos tem contribuído para uma aprendizagem mais

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: EEB
Raimundo Corrêa – Seara.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor.
4
Professor orientador, EEB Raimundo Corrêa, enigiotto@yahoo.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

355
eficaz, por ser realizada em contextos pouco significativos e de forma muitas vezes
v
artificial.

Assim, também o jogo é um processo, no qual o aluno necessita de conhecimentos


prévios, interpretação de regras e raciocínio, o que representa constantes desafios, pois a cada
nova jogada são abertos espaços para a elaboração de novas estratégias,
estratégias, desencadeando
situações-problema
problema que, ao serem resolvidas, permitem a evolução do pensamento abstrato
para o conhecimento efetivo, construído durante a atividade.
Além disso, atividades com jogos matemáticos permitem a vivência das situações pelo pe
aluno, sendo este sujeito em seu processo de aprendizagem, como mostra Grando (2004, p.
29) quando afirma que o jogo permite:

“[...] a exploração do conceito por meio da estrutura matemática subjacente ao jogo


que pode ser vivenciada pelo aluno quando ele joga, elaborando estratégias e
testando as a fim de vencer o jogo.” Sendo assim, percebe-se
testando-as percebe que o jogo
matemático, quando utilizado de forma correta, com objetivos pré-estabelecidos
pré e
inseridos no planejamento do professor com intencionalidade, configura-se
configu como
um objeto de construção de saberes, podendo auxiliar tanto os professores na
dinamização de sua prática,quanto os alunos que tornar-se-ão
tornar ão capazes de atuar como
sujeitos na construção de seus conhecimentos.

Para explicar a necessidade de uma reflexão


reflexão para o uso de jogos no processo de ensino
aprendizagem da matemática, Moura (2007) vai buscar nas teorias da aprendizagem de Piaget
e Vygotsky a fundamentação teórica para sua proposta pedagógica: numa abordagem
Interacionista onde o jogo é instrumento
instrumento para o desenvolvimento cognitivo,já que para Piaget
não há aprendizagem sem o desenvolvimento.
Dessa forma o professor deve utilizar o jogo como desafio aos alunos. A abordagem
sócio interacionista considera que a criança ao lidar com jogo de regras consegue
con entender
melhor o conjunto de conhecimentos sociais e desenvolve-se se cognitivamente porque para elas
o jogo está impregnado de aprendizagem. A criança, colocada diante de situações lúdicas,
aprende a estrutura lógica da brincadeira e deste modo, aprende aprende também a estrutura
matemática presente. Antunes (2002) complementa dizendo que o professor deve suscitar a
curiosidade do aluno (estimular) de forma que este busque o conhecimento.
Quando o processo do jogo se apresenta como um gerador de situações problemapro
(conflitos), que desafiam o aluno a desencadearem sua aprendizagem. E é através das
discussões matemáticas que ocorre o processo de criação e construção dos conceitos. Para
Marco (2007), existe também a questão de que o jogo envolve o desejo e o interesse
inte do
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

jogador pela própria ação do jogo, e mais, envolve a competição e o desafio que motivam o
jogador a conhecer seus limites e suas possibilidades de superação, na busca da vitória,
adquirindo confiança e coragem para se arriscar. Para arrematar a importância
importância do jogo Silva e
Kodama (2007), afirmam que o jogo como é um recurso pedagógico eficaz para a construção
do conhecimento matemático.
Vygotsky afirma que através do brinquedo a criança aprende a agir numa esfera
cognitiva, sendo livre para determinar
determinar suas próprias ações. Segundo ele o brinquedo estimula
a curiosidade e a autoconfiança, proporcionando desenvolvimento da linguagem, do
pensamento, da concentração e atenção. Para Piaget Na visão de Smole, Diniz e Milani
(2007), o trabalho com jogos é um um dos recursos que favorece o desenvolvimento da

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
linguagem, diferentes processos de raciocínio e de interação entre os alunos, uma vez que
durante um jogo, cada jogador tem a possibilidade de acompanhar o trabalho de todos os
outros, defender pontos de vista e aprender a ser crítico e confiante em si mesmo.
À medida que os alunos vão jogando, estes percebem que o jogo não tem apenas o
caráter lúdico e que deve ser levado a sério e não encarado como brincadeira. Ao analisar as
regras do jogo, certas habilidades se desenvolvem no aluno, e suas reflexões o levam a
relacionar aspectos desse jogo com determinados conceitos matemáticos. Para as Diretrizes
(MEC, 2006), os jogos são eficientes para a memorização e sugerem que há vários tipos de
jogos que podem ser utilizados para instigar a memorização.
Além desse fato, os PCNs (MEC, 1997) enfatizam que os jogos são um aspecto que
leva a criança a se interessar, se estimular, e a se desenvolver para resolver dificuldades ou
problemas. Também informam que, além de ser um objeto sociocultural em que a matemática
está presente, o jogo é uma atividade natural no desenvolvimento dos processos psicológicos
básicos e supõe um “fazer sem obrigação externa e imposta”, embora demande exigências,
normas e controle.
No jogo, mediante a articulação entre o conhecido e o imaginado, desenvolve-se o
autoconhecimento e o conhecimento dos outros. Por meio dos jogos as crianças não apenas
vivenciam situações que se repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por
analogia (jogos simbólicos): os significados das coisas passam a ser imaginado por elas.

MATERIAIS E MÉTODOS

A primeira atividade do jogo foi quando os alunos participaram da confecção dos


materiais facilitando assim a compreensão dos mesmos e suas regas. Após foi efetuado o
trabalho completando o quadrado maior, onde possibilitou fazer troca das formas para ele ser
completado. Em seguida calcular o valor obtido de cada participante. Nele foram explorados
conceitos de formas, cores, trocas e valores das peças.
Na sequência usou-se o Veritek, onde possibilitou observar que o tabuleiro e as peças
soltas continham os mesmos valores e que seguindo sequências diferentes formava-se a
possibilidades de novas imagens, incentivando também o cálculo com uso de cédulas ou
mesmo mental. A última atividade foi o jogo de percurso que auxiliou no desenvolvimento da
habilidade da observação também explorou o conceito de número, cálculo e trocas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a realização das etapas dos jogos, efetuou-se novamente a sondagem do nível de
aprendizagem dos alunos com os conceitos utilizados. Os mesmos mostraram-se muito
eficazes, pois permitiram que os alunos realizassem as sequências com mais segurança e
habilidade. Serviu para identificar os conhecimentos anteriores que os alunos apresentavam
sobre as formas, trocas e os cálculos.
Os jogos foram motivadores e interessantes na melhoria da assimilação dos conceitos,
respeitando as regras e os desafios de cada participante que alcançou os resultados propostos.
ANAIS – XXXFCMat

357
CONCLUSÕES

Podemos considerar que os jogos foram uns incentivadores, facilitando o ensino da


matemática, onde a aprendizagem com estes materiais usados nos jogos de trocas e cálculos
permitiram que os alunos desenvolvessem o raciocínio e buscassem alternativas para resolver
situações desafiadoras.
Ao analisar o desenvolvimento e a conclusão deste projeto, tem-se
tem se a convicção de que,
enquanto recurso didático, os jogos matemáticos podem dar efetivas contribuições ao
processo de ensino-aprendizagem
aprendizagem da matemática, auxiliando
auxiliando o trabalho do professor, que têm
em suas mãos um recurso didático que lhe permite o trabalho com diversos conteúdos, de
acordo com a sua necessidade, podendo tornar o seu planejamento mais dinâmico e atrativo,
além de contribuir para a aprendizagem dos
d alunos.
Os mesmos se sentem mais motivados a aprender matemática e podem construir seus
conhecimentos de uma forma mais interativa e prazerosa, encontrando nas aulas de
matemática a oportunidade de adquirir saberes, desenvolver habilidades de resolução de
problemas, de cooperação e trabalho em equipe.

REFERÊNCIAS

GRANDO, Regina Célia. O jogo e a matemática no contexto da sala de aula. São Paulo:
Paulus, 2004. p. 29.

MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais (1ª a 4ª série): matemática. 2006. Parâmetros


Curriculares Nacionais. Apresentação dos temas transversais / Secretaria de Educação
Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998, p. 38.

PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e


representação.. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar
Zah Editores, 1975.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
CARTESIANOS DA MATEMÁTICA1

ANDRADE, Paloma Eduarda de2; FRUTUOSO, Letícia Aparecida3; KOHLER, Daiana4.

RESUMO: Quando a Matemática surgiu com o intuito de ser entendida não só pela teoria, juntou-se com a
Geografia e a Arte, discernindo sobre o sistema cartesiano e as funções do primeiro e segundo grau na oitava
série do Ensino Fundamental. Os conceitos, história e construção de sistemas cartesianos e das funções
estudaram-se em Matemática. A localização e as coordenadas geográficas trabalharam-seem Geografia. A
ampliação e redução de figuras desenvolveram-se em Arte. Resultou no cumprimento do objetivo de lecionar a
Matemática de forma lúdica, aguçando o senso de pesquisa e estudo nos alunos. Houve aumento de interesse,
visto que a prática fica impregnada nos pensamentos de quem a aplica e estuda. Como a Matemática está
presente em todos os lugares, não se valoriza a suaimportância. Portanto, quanto à aplicação da Matemática em
relação ao projeto, mostra-se que pode ser explorada por vários ramos, abrindo espaço para melhor rendimento
escolar.

Palavras-chave: Matemática. Geografia. Arte. Sistema Cartesiano. Funções.

INTRODUÇÃO

Através do estudo da história e epistemologia da Matemática, em conjunto com as


formas de ensino e aprendizagem de Matemática, inicia-se este projeto sobre o plano
cartesiano e as funções numa turma de oitava série do ensino fundamental, trabalhando
interdisciplinarmente.
A ideia partiu da produção para a feira de Matemática trazendo o interesse dos
professores das disciplinas de Matemática, Arte e Geografia. Cada professor realizou as
atividades de acordo com a matriz curricular: Geografia focou na localização mundial e
regional; Arte trabalhou a ampliação e a redução de figuras; Matemática trabalhou a história,
o conceito e a construção do plano cartesiano, através do produto cartesiano e as funções.
O projeto foi realizado na Escola Básica Municipal Professora Anna Othília
Schlindwein, localizada na Rua Paulo Westarb, nº 180, Barro Guabiruba Sul no Município de
Guabiruba. A escola possui muitos recursos como: DVDs, datashow, retro projetor,
televisores, ótimas instalações e material escolar necessário. As salas são arejadas e há grande
espaço para todos os estudantes, além de sala de informática, refeitório, quadra poliesportiva e
biblioteca. Nas salas de aula há carteiras, cadeiras, livros, quadros branco, marcadores,
condicionadores de ar e ventiladores. O turno de estudo da turma da oitava série é matutino.
Os objetivos do presente projeto “Cartesianos da Matemática” foram despertar nos
alunos o interesse por uma Matemática que pode ser encontrada em qualquer lugar. Esse tipo
de Matemática que está diante de nossos olhos e não nos permite percebê-la, é muito mais
fácil de ser trabalhada e compreendida, quando se torna real e “palpável” ao conhecimento
cotidiano e de pesquisa diária. Procurou-se ainda relacionar a Matemática com a Geografia e a
Arte, tornando-a um pouco mais lúdica. Destaca-se ainda o objetivo de instigar os alunos à
pesquisa e a dedicação aos estudos, contribuindo na formação de criticidade.
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EBM Professora Anna Othília Sclindwein – Guabiruba.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor.
4
Professora Orientadora, EBM Professora Anna OthíliaSchlindwein, daiana_kohler@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

359
Quanto à especificidade do projeto, pretendem-se
pretendem se apreender conhecimento sobre os
conceitos básicos,
sicos, história e utilização do sistema cartesiano e das funções numa profissão
futura (aviação, navegação, localização, arte) ou como uma sabedoria adquirida com
diferencial.
se do pressuposto de que é preciso estar em constante aprendizagem para o
Parte-se
entendimento de qualquer conteúdo e constrói-se
constrói se conhecimento sobre o sistema cartesiano e
as funções.
MATERIAL E MÉTODOS

O projeto “Cartesianos da Matemática” foi realizado juntamente por três professores:


Daiana Kohler (Matemática), Josiane Cordeiro Pickler
Pickler (Geografia) e Willian Soares (Artes)
em suas respectivas disciplinas. Em seguida relatos de cada professor sobre o
desenvolvimento do projeto e sua respectiva metodologia:

a) Relato de Matemática: Surgiu a ideia de se trabalhar o sistema cartesiano nas três


disciplinas, mas em Matemática adicionar as funções. Na Matemática desenvolveu-se
desenvolveu o tema
do sistema cartesiano através do conceito primitivo, de vários desenhos gráficos do assunto,
detalhando produtos, pontos, desenhos
desenhos gráficos e produções. Para Chácon (2003), em relação
ao ensino de Matemática, “a Matemática serve como ferramenta, corpo estático e unificado de
conhecimento, campo de criação humana, portanto um campo aberto de verdades
provisórias”. Durante as aulas foram feitas várias observações da utilização do sistema
cartesiano, na localização geográfica, nas navegações, na aviação, na engenharia, na arte e nos
próprios conceitos e história dentro da epistemologia da Matemática. Foram realizados
trabalhos em cartazes
artazes sobre os subtemas acima listados e os mesmos foram apresentados e
ficarão no estande na feira de Matemática. Durante os exercícios teóricos, foram feitas várias
perguntas e análises por parte dos alunos, o que mostrou interesse e vontade em participar
partici do
trabalho proposto. Os alunos perceberam que o sistema cartesiano pode fazer parte dos seus
planos futuros e já fazem parte do seu presente, na vida escolar e também na localização. Com
as novas tecnologias, muitas pessoas não sabem de onde “saem” certas
certas coisas na Matemática,
e esse projeto fez descobrirem a utilização do sistema cartesiano e das funções. (Professora
Daiana Kohler).

Para que a diversidade nas práticas educativas se efetive, faz-


faz-se necessário um clima
global sensível que possibilite melhorar
melhorar a relação de cada membro da comunidade
XXX Feira Catarinense de Matemática

educativa, pautada no compromisso e nas atitudes, em que aluno e professor se


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

percebam participes de uma comunidade na qual possa encontrar apoio mutuo.


(MANTOAN, 2011)

b) Relato de Geografia: Saber orientar-se


orientar não basta para localizar com precisão qualquer
ponto na superfície da Terra. Para localização precisa de um ponto é necessário fornecer sua
coordenada geográfica, ou seja, o cruzamento ou o encontro entre um paralelo e um
meridiano. Iniciamos as aulas com o que são paralelos e meridianos para depois chegarmos
aos conceitos de latitude e longitude. Foram feitas atividades desafiando os alunos a
determinar a coordenada geográfica de vários lugares espalhados pelo mundo. Esse projeto
mereceu atividades auxiliares,
res, pois o conteúdo requer conhecimento matemático. Foi
planejado um trabalho em parceria com a professora de Matemática, destacando o principal

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
objetivo de compreender a existência de linhas imaginarias sobre a superfície do planeta e a
importância delas para a orientação e localização. No auxilio aos alunos foram feitos jogos e
trabalhos manuais. (Professora Josiane Cordeiro Pickler).

c) Relato de Arte: Nas aulas, trabalhou-se da seguinte forma: primeiro com desenhos
manuais sem quadriculados, e depois se passou a técnica do quadriculado. (Professor Willian
Soares S. Junior)

Uma das formas de treinar a observação é através do uso do quadriculado. Este


método foi desenvolvido no Renascimento para facilitar o desenho. Albrecht Dürer,
desenhista e pintor alemão, criou alguns artifícios para resolver o problema das
proporções dos desenhos que desenvolvia. Uma dessas técnicas consistia em
quadricular um cristal fixando-o posteriormente em uma moldura e colocando entre
o artista e o modelo. O artista trabalhava com um quadriculado meticulosamente
desenhado no papel, nas mesmas proporções do quadriculado do cristal. Procurando
manter sempre o mesmo ponto de vista, transferia os traços do modelo para o papel
ajudado pelo quadriculado. Esse método permite além de cópias em diversas
escalas, também permite fazer um planejamento mais elaborado, de forma que o
tema sempre caiba no papel. Atualmente com o advento da fotografia fica bem mais
fácil de trabalhar com o quadriculado. (SILVA, 2014).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Segundo esses relatos percebe-se que o interesse quanto ao sistema cartesiano e as


funções por parte dos alunos sofreu grande influencia quanto aos modos práticos de se
aprender tanto a Matemática quanto a Geografia e a Arte.
Com assuntos práticos as crianças aprendem ludicamente, mostrando que os objetivos
se cumprem a cada aula, através de uma aprendizagem diária e impressionante a partir das
coisas, novas descobertas. Para Nacarato, Mengali e Passos (2009, p.49), “ os registros são
muito importantes para analisar e avaliar os avanços dos alunos e para que esses alunos
possam discutir estratégias e soluções sem ser as dadas pelo professor.”
Mesmo a turma da aplicação do projeto sendo muito difícil no quesito aprendizagem,
o projeto resultou em uma maior satisfação em aprender mais, se tornando mais críticos e
humildes quanto ao respeito aos colegas e aos professores.
A facilidade também veio, pois vários alunos têm gostos diferentes. Alguns alunos
gostam das matérias exatas, outros de explorar as artes, outros de mapas, desenhos ou teorias,
assim Geografia, Matemática e Arte, se complementaram durante esse projeto.

CONCLUSÕES

Por meio de grande experiência entre vários aspectos trabalhados, seguindo a linha
temática da Matemática aplicada ou inter-relacionadacom a Geografia e a Arte, utilizando o
planejamento da oitava série do ensino fundamental sobre o plano cartesiano e as funções,
trabalhou-se nesse projeto também a localização, ampliação e redução de figuras.
Faz-se uma ressalva ao desenvolvimento do senso crítico dos estudantes quanto ao
entender o seu próprio cotidiano e as coisas que servem para a vida de pesquisas e estudos
que estarão trilhando a partir do ensino médio, até optarem por uma profissão.
ANAIS – XXXFCMat

361
Quando induzidos a um estudo prático, em relação à Matemática, a mesma se torna
um assunto mais acessível, menos complexo. O presente projeto tratou, portanto de que os
alunos aprendessem a se localizar, usar o sistema cartesiano, aplicar as funções do primeiro e
segundo grau, ampliar ou reduzir figuras, um pouco da história da Matemática, e talvez um
dia escolher alguma profissão que seja relacionada com este tema ou algo estudado no
projeto.
Não tendo tratado de forma conclusiva esse tema, o mesmo fica aberto para a
continuidade e aprofundamento
rofundamento julgados necessários aqui não explicitados, de forma que se
complementem os estudos já realizados.

REFERÊNCIAS

ANDRINI, Alvaro; VASCONCELLOS, Maria José. Praticando Matemática. São Paulo:


Editora do Brasil, 2012.

BRASIL, Leis, decretos, etc.. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº9394/96.
Brasilia: MEC,1996.

CHACON, I.M.G. Matemática emocional: os afetos na aprendizagem matemática.


Tradução de Daisy Vaz de Moraes. Porto Alegre: Artmed, 2003.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. O desafio das diferenças nas escolas. Petrópolis: Vozes,
2011.

NACARATO, Adair Mendes; MENGALI, Brenda leme da Silva; PASSOS, Carmen Lucia
Brancaglion. A Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Fundamental Belo Horizonte:
Autentica, 2009.

Proposta Curricular
ular de Santa Catarina: Disciplinas Curriculares. Florianópolis: COGEN,
1998.

SILVA, Renato. Técnicas de ampliação. Disponível em:


<desenhistasautodidatas.blogspot.com/2008/02/tcnicas
<desenhistasautodidatas.blogspot.com/2008/02/tcnicas-de-ampliao.html.>
ampliao.html.> Acesso em:
07/08/14.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
CHOCOLATE EM NÚMEROS1

KLEMANN, Byanca Karoline2; SILVA, Gabriela Hutter da3;


SCURATO, Andréa Cristina Rota4.

RESUMO: Esse trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo através de
entrevista ao público sobre preferência do tipo de chocolates disponíveis no comércio. A abordagem do tema
aflorou a partir das orientações sobre nutrição, recebidas nas aulas de ciências na turma do 8º ano, onde as alunas
expositoras se sentiram motivadas a prosseguirem nas pesquisas, sanando curiosidades e aprofundando
conhecimentos, que posteriormente foram compartilhados com os demais alunos da escola na Feira Interna da
Escola Básica Municipal Almirante Barroso, classificando-se para a Feira Municipal de Matemática de
Pomerode, para serem premiadas com o DESTAQUE, que levou o trabalho a ser classificado para a Feira
Regional de Matemática.

Palavras-chave: Chocolate. Representação gráfica. Estatística.

INTRODUÇÃO

Esse trabalho foi desenvolvido com o principal objetivo de mostrar que a matemática
pode abranger todos os assuntos, até os mais comuns do dia a dia, como o chocolate.
Chocolate é um alimento que todos gostamos e por isso desperta nossa curiosidade. Além de
mostrarmos a composição, a história e a origem do chocolate, abordaremos vários conceitos,
gráficos e pesquisas que comprovarão as nossas teorias. Esse trabalho explica e aborda os
conteúdos mais distintos sobre o chocolate e mostra que ele pode não ser o vilão
desencadeador de problemas de doenças e problemas de saúde e as teorias sobre ele podem
não serem totalmente verdadeiras.
Além de ser um alimento muito gostoso, ele tem várias funções que pode nos ajudar,
ele previne doenças, serve de estímulo nos esportes e pode até deixar as crianças mais felizes
durante a gestação.
O chocolate é alvo de várias críticas na medicina. Muitas delas têm um fundamento.
Ele tem proteínas, cálcio, vitaminas, mas não se pode sair comendo a vontade, ele também
pode prejudicar se não consumido em quantidade adequada. Esse trabalho pode também
servir de alerta a todos os riscos que o chocolate branco trás ao nosso coração.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho de pesquisa desenvolvido pela dupla de alunas expositoras foi proposto


para todos os alunos das turmas de 8º anos da escola em questão, onde houve a liberdade na
escolha do tema e na formação das duplas.
No processo de formação das duplas, a professora de ciência argumentou o conteúdo a
ser abordado pela dupla de alunos, buscando conhecer a motivação dos mesmos pelo tema, a

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EBM Almirante Barroso – Pomerode.
2
Aluno expositor, byancakarolineklemann@gmail.com.
3
Aluna expositora, gabrielahutter@hotmail.com.
4
Professora Orientadora, EBM Almirante Barroso, andrea.scurato@uol.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

363
possibilidade de ser um trabalho com enfoque matemático e relevância social, para posterior
orientação nas pesquisas e elaboração
elaboração de relatórios e resumos dentro das normas da ABNT.
Os questionamentos direcionaram a pesquisa, promovendo o seu sucesso perante as
dúvidas e curiosidades saciadas através da pesquisa.
Em seguida, os alunos da turma utilizaram o laboratório de informática
inform e a biblioteca
escolar na busca de fontes a serem pesquisadas e o material a ser digitado na estruturação do
trabalho de pesquisa. Ao longo do processo foram orientados pela professora em todas as
etapas que envolveram a conclusão da pesquisa, sempre com datas no cumprimento de cada
uma delas.
As alunas expositoras fizeram uma pesquisa, entrevistando os amigos, vizinhos e
familiares, utilizando as redes sociais, telefone e presença física, na busca de conhecerem a
preferência dos entrevistados e terem material quantitativo para desenvolverem a construção
dos gráficos usados no trabalho, para o desenvolvimento da parte matemática do trabalho.
Dentro dos conteúdos matemáticos abordados, as pesquisas envolveram os conteúdos:
coleta e organização de dados; Tabela de Frequência; Representação Gráfica; Gráfico de
Segmentos ou Cartesiano; Gráfico de Linha ou Curva; Gráfico de Barras; Gráfico de Barras
Múltiplas; Gráfico de Setores; Pictograma; Porcentagem; Medidas de Tendência Central;
Moda; Mediana; Média Aritmética;
tmética; Análise Combinatória; Princípios da multiplicação ou
princípio fundamental da contagem; Procedimentos Matemáticos; Pesquisa estatística; Árvore
de Possibilidades ou Diagrama de Árvore.
Um dos pontos altos do trabalho foi a exposição do mesmo na Feira Fe Interna de
Matemática e de Projetos Pedagógicos da Escola Básica Almirante Barroso, momento em que
cada dupla apresentou para a comunidade escolar o material de pesquisa, com os cartazes e
maquetes que foram planejados e elaborados durante as aulas semanais
semanais durante o período de
abril a julho.
Após essa exposição interna dos trabalhos, houve a seleção de temas e duplas com
melhor desempenho para prosseguirem para a etapa municipal da Feira de Matemática.
As alunas expositoras do trabalho CHOCOLATE EM NÚMEROS NÚMEROS foram classificadas
e passaram a ter encontros no contra turno com a professora orientadora, para aprimoramento
do trabalho e da apresentação do mesmo na etapa municipal, onde foram novamente
classificadas. A partir desse resultado os trabalhos se intensificaram
intensificaram e aprofundaram,
buscando novos conceitos para enriquecerem o tema.
Em um trabalho conjunto, entre as alunas expositoras e as professoras de ciências e
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

matemática, novas ideias surgiram e novos tópicos foram desenvolvidos, como por exemplo,
definição
inição de estatísticas, análise e montagem de vários tipos de gráficos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Essa pesquisa foi desenvolvida com base bibliográfica e análise quantitativa de dados
obtidos com a pesquisa abaixo:
Oi. Eu estou fazendo uma pesquisa para saber
saber qual é a preferência das pessoas na hora
de comprar e consumir chocolate, pois estou desenvolvendo trabalho escolar com o tema
“Chocolate em Números", com a proposta de levá-lo
levá lo a Feira de Matemática de Pomerode e

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
com as respostas obtidas farei gráficos relacionados a esse tema. Responda as duas questões
abaixo e agradeço desde já!

1- Qual é sua idade?


( ) até 17 anos. ( ) de 18 a 59 anos. ( ) mais de 59 anos.

2- Qual é seu chocolate favorito?


( ) Chocolate Preto (amargo, ao leite). ( ) Chocolate Branco.
( ) Chocolate Trufado/Crocante. ( ) Outros/Indiferente.

Com as informações obtidas os cálculos foram feitos e os gráficos construídos. Veja


abaixo:
* Cálculo de Graus *Cálculo de Porcentagem
• Chocolate Preto
Nº de Pessoas Graus Graus %
ସ଻ ௫ ଵ଺ସ ௫
ଵ଴ଷ ଷ଺଴ ଷ଺଴ ଵ଴଴
103. ‫ = ݔ‬360 . 47 360. ‫ = ݔ‬164.100
103‫ = ݔ‬16920 360‫ = ݔ‬16400
ଵ଺ଽଶ଴ ଵ଺ସ଴଴
‫=ݔ‬ ‫=ݔ‬
ଵ଴ଷ ଷ଺଴
‫ = ݔ‬164,2 ‫ = ݔ‬45,5
‫ = ݔ‬164o ‫ = ݔ‬46%

• Chocolate Branco
Nº de pessoas Graus Graus %
ଶଵ ௫ ଻ଷ ௫
ଵ଴ଷ ଷ଺଴ ଷ଺଴ ଵ଴଴
103. ‫ = ݔ‬360.21 360. ‫ = ݔ‬100.73
103‫ = ݔ‬7560 360‫ = ݔ‬7300
଻ହ଺଴ ଻ଷ଴଴
‫=ݔ‬ ‫=ݔ‬
ଵ଴ଷ ଷ଺଴
‫ = ݔ‬73,3 ‫ = ݔ‬20,2
‫ = ݔ‬73o ‫ = ݔ‬20%

• Chocolate Trufado/Crocante
Nº de Pessoas Graus Graus %
ଷଶ ௫ ଵଵଶ ௫
ଵ଴ଷ ଷ଺଴ ଷ଺଴ ଵ଴଴
103. ‫ = ݔ‬360.32 360. ‫ = ݔ‬112.100
103‫ = ݔ‬11520 360‫ = ݔ‬11200
ଵଵହଶ଴ ଵଵଶ଴଴
‫=ݔ‬ ‫=ݔ‬
ଵ଴ଷ ଷ଺଴
‫ = ݔ‬111.8 ‫ = ݔ‬31,1
‫ = ݔ‬112o ‫ = ݔ‬31%

• Outros/Indiferente
Nº de pessoas Graus Graus %
ANAIS – XXXFCMat

365
ଷ ௫ ଵ଴ ௫
ଵ଴ଷ ଷ଺଴ ଷ଺଴ ଵ଴଴
103. ‫ = ݔ‬360.3 360. ‫ = ݔ‬100.10
103‫ = ݔ‬1080 360‫ = ݔ‬1000
ଵ଴଼଴ ଵ଴଴଴
‫=ݔ‬ ‫=ݔ‬
ଵ଴ଷ ଷ଺଴
‫ = ݔ‬10,4 ‫ = ݔ‬2,7
‫ = ݔ‬10o ‫ = ݔ‬3%
Tabela 1. Demonstração dos valores obtidos nas entrevistas
entrevi convertidos para const. do gráfico de setores.
POSSIBILIDADES Número de Pessoas Graus (º) Porcentagem (%)
entrevistadas
Chocolate Preto 47 164º 46%
Chocolate Branco 21 73º 20%
Chocolate 32 112º 31%
Trufado/Crocante
Outros/Indiferente 3 10º 3%
TOTAL 103 359º (a variação acontece pela 100%
mudança de decimais no
arredondamento)

Tabela 2. Representativa de Montagem do Gráfico de Setores.


TIPOS Nº de pessoas entrevistadas até Graus (º) Porcentagem (%)
17 anos
Chocolate Preto 47 164º 46%
Chocolate Branco 21 73º 20%
Chocolate Trufado/Crocante 32 112º 31%
Outros/Indiferente 3 10º 3%
TOTAL: 103 359º 100%

Tabela 3. Indicação de frequência absoluta e relativa dos dados obtidos.


Tipos FA FR

Chocolate Preto 47 46%


Chocolate Branco 21 20%
Chocolate Trufado ou Crocante 32 31%
Outros ou Indiferente 3 3%
Total: 103 100%

A partir dos valores obtidos nas entrevistas e transformados em graus e porcentagem,


as alunas pesquisadoras construíram os gráficos a seguir:
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Figura 1. Gráfico de linha ou curva. Figura 2. Gráfico de barras.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Figura 3. Gráfico de barras múltiplas. Figura 4. Gráfico de setores.

CONCLUSÕES

Nesse trabalho buscou-se a abordagem do assunto Chocolate, sua fórmula, suas


propriedades, e concluímos que ele, além de um grande aliado da medicina, pode ajudar-nos
em várias coisas, como cálculos matemáticos, no desempenho esportivo, através do
fornecimento de energia, e até no desenvolvimento feliz de um embrião, quando a mãe ingere
esse alimento durante e gestação.
Foi possível concluir que além de ser um pedaço saboroso de alimento, o chocolate faz
muito bem ao nosso corpo se for consumido na quantidade ideal. Ele pode ajudar na
prevenção de várias doenças.
Com esse trabalho, cumprimos nossos objetivos e aprendemos bastante sobre esse
tema. Além de abordar a matemática, foi possível envolver outras matérias como: História,
Geografia e Ciências.
E assim, com essas informações, que se transformaram em conhecimentos ao longo do
processo de pesquisa e de apresentações do trabalho desenvolvido. Concluímos que
aprendemos muito mais do que o esperado.

REFERÊNCIAS

Chocolate. 17 de maio de 2012. Disponível em <pt.wikipédia.org> Acesso em: 24/04/2014.


Composição química do chocolate. Disponível em <www.brasilescola.com>. Acesso em:
15/05/2014
DANTE, Luís Roberto. Tudo é matemática: matemática 7ª série. São Paulo: Ática, 2004.
DANTE, Luís Roberto. Matemática. São Paulo: Ática, 2008.
EDIPE: enciclopédia didática de informação e pesquisa educacional. 5ª Edição. São Paulo:
Iracema LTDA., 1989.
ROMANZOTI, Natasha. Porque o chocolate é bom para a saúde. Disponível em <
www.Hypescience.com>. Acesso em: 24/04/2014.
VIANA, Vinícius. Truque do chocolate infinito. 21 de março de 2013. Disponível em
<www.infomaroto.com>. Acesso em: 09/06/2014.
ANAIS – XXXFCMat

367
COMPRAS À VISTA E A PRAZO1

DEMARCHI, Amanda Cristina2; BENNERT, Gabriele3; VENDRAMIN JUNIOR, Gilberto4.

RESUMO:: Atualmente, muitas lojas utilizam os termos à vista e a prazo como propaganda para atrair o cliente.
No entanto, nem todas as pessoas sabem calcular qual dessas alternativas é mais viável. O trabalho objetivou
conhecer e calcular a taxa de juros presente em produtos comprados a prazo. Pretendeu-se
Pretendeu verificar através de
cálculos
culos de produtos encontrados em panfletos, qual é a taxa de juros que pagamos quando compramos um
produto no crediário. O trabalho foi realizado com os alunos do 8º ano da Escola Municipal Alto Mosquitinho,
de Agronômica, onde os resultados dos cálculos foram
foram apresentados em forma de tabelas e gráficos. Verificou-se
Verificou
que o pagamento à vista é sempre mais viável, porém em muitos casos é inevitável a escolha pelo parcelamento
e nestas situações deve-se
se analisar e saber escolher o produto com a menor taxa de juros.
j

Palavras-chave:: Taxa de juro. Forma de pagamento. Produtos.

INTRODUÇÃO

Administrar melhor as despesas pessoais, ser agente multiplicador de uma atitude


financeira saudável, construir uma planilha de gastos, são atitudes que formam um cidadão
com umm comportamento financeiro organizado.
De acordo com a Agência Brasil (2013):

O momento pede que o cidadão brasileiro saiba tomar decisões conscientes quanto à
tomada de crédito e quanto ao planejamento do seu futuro. Historicamente, somos
uma nação que toma
toma decisões pautadas pelo presente. A educação financeira permite
que tenhamos capacidade de colocar os aprimoramentos que o sistema financeiro
oferece a nosso favor e não contra.

Hoje, mais do que nunca, o consumidor precisa ser orientado no momento de realizar
uma compra e optar pela forma de pagamento a prazo. No Brasil a grande oferta de produtos
disponíveis com a possibilidade de pagamento em longo prazo, faz com que cada dia mais os
brasileiros se endividem, principalmente pelo fato de não perceberem
perceberem ou desconhecerem o
valor do juro pago.
Atualmente, o país possui muitas pessoas endividadas, sejam pelo uso sem
planejamento do cartão de crédito ou acumulo de parcelas mensais e ainda pela falta de
analisar o comprometimento da sua renda mensal antes de uma compra a prazo.
As pessoas que conseguem ter uma boa administração financeira são aquelas que
realizam um planejamento, observando e realizando um controle do orçamento familiar por
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

meio de anotações, planilhas de gastos e sempre observando e comparando


comparando o total de despesas
com a renda, tendo consciência de que em alguns momentos será necessário deixar de adquirir
algum bem ou produto, que possa ser adquirido futuramente para não comprometer sua
situação financeira.
É importante que os alunos do ensino fundamental compreendam e apreendam a
organizar seus gastos para futuramente não se tornarem consumistas compulsivos e saibam

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: EM Alto Mosquitinho – Agronômica.
2
Acadêmica do 8º ano do ensino fundamental.
3
Acadêmica do 8º ano do ensino fundamental.
fundamental
4
Professor Orientador, EM Alto Mosquitinho,, gilbertovjunior@gmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
analisar suas finanças e tomar decisões conscientes. Principalmente pelo fato de todos os
alunos do 8º ano, da Escola Municipal Alto Mosquitinho, morar na zona rural e a maioria
trabalhar na agricultura e receberem o pagamento da safra anualmente.
É por isso que esse trabalho objetivou conhecer e calcular a taxa de juro de produtos
comprados a prazo, possibilitando a compreensão e entendimento por parte dos alunos sobre a
importância de saber a diferença paga dependendo da forma de pagamento.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido na Escola Municipal Alto Mosquitinho, localizada na


zona rural do município de Agronômica, com 17 alunos da turma do 8º ano, matutino, durante
o primeiro semestre de 2014. A análise foi baseada em produtos encontrados em panfletos de
lojas do centro da cidade.
Em conversa com os alunos durante a aula de matemática, questionou-se sobre a
diferença de preço de um mesmo produto. Observou-se então que tal diferença estava
relacionada com a forma de pagamento, dependendo das condições do mesmo. Ao analisar
determinado produto citado por um aluno, foi identificado que o valor se alterava quando o
consumidor realizava o pagamento em prestações. A partir dessa constatação foi decidido
trabalhar este tema em sala de aula.
Inicialmente foi explicada a forma para calcular a porcentagem utilizando a regra de
três simples, após foi demonstrado como apresentar os valores em forma de tabelas e em
gráficos e depois foi realizado atividades em sala de aula.
Em seguida foi pedido aos alunos que pesquisassem valores de produtos em panfletos
de lojas do município de Agronômica, nas diferentes condições de pagamento.
Em sala de aula, dividiu-se a turma em equipes, podendo ser duplas ou trios e cada
equipe ficou responsável por realizar o cálculo para determinar a taxa de juros nas compras a
prazo de determinado produto, em uma mesma condição de crediário, sendo que os produtos
escolhidos foram TVs, tablets, mesas, celulares e notebook.Para se analisar, avaliar e validar
os dados em busca dos resultados construiu-se tabelas e gráficos, permitindo assim uma
melhor compreensão da diferença dos valores na compra à vista e a prazo e a respectiva taxa
de juros.
Realizou-se também o cálculo da média da taxa de juros, para comparar a diferença
dessa taxa entre os diferentes produtos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Através das análises e cálculos realizados em sala de aula, pelos grupos, foi observado
que a taxa de juros aplicada varia de acordo com a marca do produto, podendo ser observado
na figura 1, onde foram comparados cinco marcas de tablet diferentes com características
semelhantes e alguns com preços à vista aproximados e ao relacionar a taxa de juro com o
número de parcelas foi constatado que quanto mais parcelas, maior será a taxa de juros
cobradas, como foi o caso dos tablets da marca LG e SAMSUNG onde o preço a vista é igual
porém a quantidade de parcelas se altera.
ANAIS – XXXFCMat

369
Figura 1: Tabela comparação do Tablet

Fonte: Alunos do 8º ano da E. M. Alto Mosquitinho

Levando em conta que a marca do produto influência na taxa de juro foi realizado uma
comparação entre os produtos escolhidos.
No caso da compra de um celular foi possível encontrar
encontrar produtos com 20% de juro até
um produto com 83% de juro, em relação ao preço à vista.

Figura 2: Tabela comparação de celular

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Fonte: Alunos do 8º ano da E. M. Alto Mosquitinho

Observou-se os valores encontrados na aquisição de uma televisão de 32 polegadas e


constatou-se
se que uma televisão da marca LG possui uma taxa de juro de 87,38% e as outras
são de 52,9% no caso da marcaSamsung,42,4%
marca ,42,4% no caso das marcas SempToshiba e
Panasonic, e a com menor taxa de juro foi a da marca Philips com 20,1%.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Tabela 3: Tabela comparação de TVs

Fonte: Alunos do 8º ano da E. M. Alto Mosquitinho

Foi comparada a taxa de juros de jogos de mesas de modelos diferentes com 4, 6 e 8


cadeiras, que apresentou taxa de juro muito semelhante.
Levando em conta que todos os produtos escolhidos possuem condições de pagamento
variadas, verificou-se que o produto com maior média da taxa de juro foi os Notebook com
70,89% o segundo produto foi as TVs com 49,05% de média da taxa de juro, na sequência
estão os Tablets com 48,89%, as mesas com 44,2% e com a menor média de taxa de juro
estão os celulares com 38,4%.
Após a socialização das tabelas e gráficos, os alunos verificaram que a compra à vista
sempre será mais viável, desde que se tenha o valor necessário para a aquisição de um
produto. No entanto perceberam que se a compra é inevitável, o consumidor deve estar ciente
do valor que pagará de juro, na compra no crediário, sendo assim deve-se optar pela melhor
relação entre marca/modelo, preço, quantidade de parcelas e taxa de juro.

CONCLUSÕES

Através da representação da taxa de juro de produtos em tabela e gráficos, foi possível


analisar a diferença do valor cobrado na compra a prazo, por um mesmo produto. A
construção de tabelas e gráficos foi o mais indicado para a compreensão dos resultados para
os alunos do 8º ano, permitindo a comparação da porcentagem de juro cobrada em uma
determinada loja por produtos similares.
Ao comparar os valores e relacionar a quantidade de parcelas e a taxa de juro foi
percebido que existe uma relação entre o número de parcelas e a taxa de juro, pois entre os
produtos analisados muitos possuíam o mesmo valor à vista, porém alterava a quantidade de
parcelas e consequentemente a taxa de juro e o preço a prazo.
Verificou-se que a compra à vista é vantajosa quando se possui reservas para pagar o
valor total do produto. Entretanto, a compra parcelada é uma boa opção para comprar um
produto sendo que sua aquisição é mais que necessária, ou quando não desiquilibra o quanto
você ganha em relação a quanto você gasta.
ANAIS – XXXFCMat

371
REFERÊNCIAS

BRASIL, Agência. Entidade defende educação financeira no ensino fundamental do país.


2013. Disponível em: <www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2013/05/19/
internas_economia,366785/entidade
785/entidade-defende-educacao-financeira-no-ensino
ensino-fundamental-do-
pais.shtml>. Acesso em: 01 jul. 2014.

CORREIA, Carlos. À vista ou a prazo? Disponível em: <www.cadadia.net/secao/boa-dica/a-


<www.cadadia.net/secao/boa
vista-ou-a-prazo-255>.
255>. Acesso em: 23 jun. 2014.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
DA GEOMETRIA EUCLIDIANA À FRACTAL1

SOUZA, Thais Miguel de2; ROSA, Miriã de Oliveira da3;


MROTSKOSKI, Karine Luiz Calegari4.

RESUMO: Fractais são figuras geométricas que sofrem iterações obedecendo a um padrão algébrico. Por serem
figuras dinâmicas que contém diferentes conceitos matemáticos estudados nos anos finais do ensino fundamental
e pela caracterização da própria geometria fractal, que possibilita um vislumbre do que é o infinito, das idéias de
limite e dimensão não-euclidiana, as aulas de matemática deixam de apresentar conteúdos com aparência de
"acabados", desconexos. O aprendizado do que é teoria tem maior significado quando é construída no concreto,
experiência possível até mesmo quando estudados conceitos bastante abstratos.

Palavras-chave: Figuras geométricas. Iterações. Padrão algébrico.

INTRODUÇÃO

É difícil compreender conceitos abstratos de Geometria Euclidiana, mais ainda,


quando estudados em conjunto com outros conceitos matemáticos. A Geometria Fractal
permite que o aluno aplique na própria matemática as ideias de sequência, potenciação,
geometria, infinito, limite, de forma dinâmica e unificada. O resultado é uma compreensão
mais efetiva desses conceitos. Além disso, num trabalho de experimentação, análise e
observação do concreto, o aluno participa do processo de aprendizagem e se sente construtor,
não expectador.
Dispor-se ao desafio de uma atividade de aprendizagem não-tradicional certamente
provoca a necessidade da busca pelo conhecimento, sendo esse o suporte teórico que
permitirá sanar as dúvidas conceituais que surgem. O trabalho em equipe e as discussões
sobre as idéias matemáticas que envolvem a Geometria Fractal também contribuem para esse
tipo de aprendizagem, favorecendo o pensamento crítico.
Em suma, “DA GEOMETRIA EUCLIDIANA À FRACTAL” é o resultado de um
trabalho desenvolvido durante o primeiro semestre deste ano, pelos alunos do oitavo ano do
Ensino Fundamental da escola estadual Dimer Pizzetti. Mais importante que os objetos
construídos pelos alunos durante este trabalho, no objetivo de representar as figuras fractais,
estão os conceitos matemáticos, estudados como descrito, de forma dinâmica e unificada. O
trabalho prova ainda que é possível, mesmo com poucos recursos, realizar uma atividade de
aprendizagem participativa, que motive os estudantes à buscar o entendimento dos conceitos e
não sua reprodução.

MATERIAL E MÉTODOS

Para desenvolver este projeto, além do conhecimento prévio dos elementos da


Geometria Euclidiana e sequência numérica, o trabalho iniciou pela observação e
interpretação, registrada por meio de argumentos matemáticos, de algumas sequências de

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EEF Dimer Pizzetti – Içara.
2
Aluna expositora.
3
Aluna expositora.
4
Professora Orientadora, EEF Dimer Pizzetti, karine.lc@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

373
imagens que sofrem uma mudança padronizada a cada iteração. Em grupos de quatro ou cinco
integrantes, os alunos recebem uma sequência de figuras. A cada iteração, as figuras sofrem
uma mudança se comparadas a sua versão anterior e, nessas mudanças, pode ser observado
um padrão. É pedido aos alunos que registrem
registrem quais mudanças são visualmente percebidas e
qual padrão havia na sequência apresentada. Além disso, pede-se
pede se que descubra uma relação
entre a sequência de figuras e o conceito de potenciação (ambos já estudados em
representações pictóricas de números quadrados e situações similares de sequência). As
imagens são bastante famosas na matemática; o Triângulo de Sierpinski, Tapete de Sierpinski,
Sierpinski
Curva de Koch, Conjunto de Cantor e a Árvore Fractal.
Já nos primeiros registros é possível enumerar as mudanças observadas nas figuras,
por exemplo, a quantidade de segmentos após cada iteração, o total de imagens similares.
Esses registros numéricos formam sequências, posteriormente representadas de forma
generalizada, quase sempre em forma de potência.
A pesquisa sobre a história do surgimento e a matemática por trás das imagens
motivou os alunos a realizar uma pesquisa mais aprofundada do tema. Para melhorar a
compreensão do tema, conversamos sobre as três características que definem os fractais: a
autossimilaridade,
ade, a complexidade infinita (iteração) e a dimensão fracionária. Os alunos lêem
o artigo UMA PROPOSTA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE GEOMETRIA FRACTAL EM
SALA DE AULA NA EDUCAÇÃO BÁSICA 4 do ano de 2012, publicado na internet, que trata
os Fractais de maneira mais didática, apresentando suas principais características, surgimento
e mostrando alguns Fractais mais famosos. As dúvidas dúvidas que surgiram nesta leitura foram
apresentadas e discutidas em aula. Os alunos perceberam que não só existiam estudos sobre
cada sequência de imagens, mas que também elas eram bastante famosas.
Inicia-se,
se, então, o estudo do Fractal. Foram feitas pesquisas na internet
(principalmente em artigos e revistas), encontros extraclasse, estudo das imagens, registros de
cada novo conceito matemático percebido. Seguimos um cronograma, buscando informações
sobre a biografia do autor da imagem estudada, sua dimensão não-inteira,
não inteira, a quantidade dos
lados ou pedaços da figura a cada iteração. Os sites para pesquisa foram previamente
selecionados e todos esses registros auxiliaram na construção de um texto organizado,
organiz feito
pelos alunos nas suas respectivas equipes. Concomitante a essas pesquisas foi sendo
construído o trabalho prático.
As etapas foram sendo concluídas conforme os alunos compreendiam alguns conceitos
que serviam para melhor visualizar, na GeometriaGeometria Fractal, um ou outro aspecto ou
característica. Foram necessárias 7 aulas de 45 minutos (não seqüenciais) para que se
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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

conseguisse conhecimento suficiente para iniciar o trabalho prático. Como a maior parte dos
objetos matemáticos foi criada a partir de trabalhos
trabalhos que já foram desenvolvidos por outros
estudantes e cujos vídeos estão disponibilizados na rede, a dificuldade foi menor. Esta parte
de produção foi muito rica, principalmente pelo fato de trabalhar a matemática com algo
diferente dos registros em papel.
Com o texto digitalizado e os objetos finalizados cada aluno recebe, via e-mail,
e cópias
de todos os textos feitos pelos grupos. O texto de seu grupo foi estudado para posterior
apresentação em sala, juntamente com os objetos produzidos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Para representar as imagens fractais os alunos criaram ou reproduziram trabalhos já
feitos por outros estudantes. Durante a construção desses objetos matemáticos foi possível
relacionar os conceitos estudados em aula com o concreto que estava sendo produzido. Além
disso, a produção do texto final possibilitou aos alunos organizar o que foi aprendido de
forma clara e coesa. O trabalho final desse material, bem como os registros das observações
feitas a partir das imagens está registrado a seguir.

Experimento do Triângulo de Sierpinski

Experimento do Conjunto de Cantor

Experimento da Curva de Koch


ANAIS – XXXFCMat

375
Experimento da árvore Fractal

O material utilizado na elaboração dos trabalhos ou é reciclável ou que os alunos


tinham em casa. Todos aprenderam na construção dos objetos, essa etapa foi fundamental. Foi
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aí que as dúvidas conceituais dos conteúdos estudados em aula se tornaram evidentes.


evidente Isso foi
de suma importância porque, uma vez conhecidas as faltas na aprendizagem, puderam-se
puderam
buscar alternativas para supri-las.
supri las. O estudo da Potenciação, das Sequências e da própria
Geometria Euclidiana teve, então, mais significado.
Para concretizar o trabalho de pesquisa foi necessário bastante desempenho das partes
envolvidas, buscando alternativas quando as ferramentas que disponíveis não eram suficientes
para finalizar cada etapa. Tudo isso foi feito pela iniciativa da professora e com o apoio da
escola
scola na disponibilização de espaço, de busca de material, incentivando e oportunizando
esses momentos de estudos durante as aulas e nas tarefas extraclasse.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
CONCLUSÕES

O trabalho de pesquisa e experimentação feito pelos alunos foi bastante produtivo.


Deu-lhes maior clareza sobre os conteúdos estudados em aula porque, de modo similar a uma
escultura lapidada pelo artífice, o conceito foi sendo construído com as ferramentas
matemáticas assimiladas pelos alunos no decorrer das aulas. Os materiais simples usados na
elaboração dos objetos, aliados à abstração de conceitos mais complexos, permitiu o
entendimento de uma geometria para além dos moldes da Geometria Euclidiana, a Geometria
Fractal.
Pode-se pensar que as idéias de limite e infinito são muito complexas para serem
compreendidas por alunos que estão neste nível de escolaridade, mas, observando as iterações
das figuras fractais e sabendo que essas iterações são infinitas, se tem um caminho para
compreender, por exemplo, o que é o limite. Aliado à essas formas, o raciocínio lógico
também é aperfeiçoado uma vez que se estuda elementos de geometria em diferentes
situações e se observa bastante os padrões.
Por fim, uma atividade de experimentação em sala de aula sempre é um desafio, tanto
para o aluno quanto para o professor. Neste trabalho, o resultado da aprendizagem foi bastante
positivo embora muito mais pode ser explorado na Geometria Fractal e do que foi estudado,
aperfeiçoado.

REFERÊNCIAS

Fractais e a Geometria da Natureza, A curva do Floco de Neve. Disponível em:


http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo2/modulo4/topico3.php. Acesso em: 2014,
15 de agosto.

Souza, D., George Cartor. Disponível em: http://www.ebah.com.br/conten


t/ABAAAfZNsAH/george-cantor. Acesso em: 2014, 15 de agosto.

Guia do Professor, Conteúdos Digitais. Disponível em: http://webeduc.mec.gov.br/portaldop


rofessor/matematica/condigital1/guias/guia_audiovisual_5.pdf.Acesso em:2014, 15 de agosto.

Mundo Educação, Árvore Genealógica. Disponível em: http://www.mundoeducacao.com


/curiosidades/arvore-genealogica.htm. Acesso em: 2014, 15 de agosto.

NUNES, R. S. R.. Geometria Fractal e Aplicações. Dissertação - Faculdade de Ciências da


Universidade do Porto - Portugal, janeiro de 2006.
4
NASCIMENTO, M.; SILVA, S. C. R.; MACIEL, N. A. Uma proposta didática para o
ensino da Geometria Fractal em sala de aula na educação básica, VIDYA, f. v. 32, n. 2, p.113-
132, Santa Maria, jul./dez. 2012.

CABRAL, MARCELO. Benoit Mandelbrot: Os fractais descrevem as formas da natureza, o


sobe-e-desce dos mercados e a sua mente. Seu criador explica como eles podem mudar o
mundo. Revista Super Interessante, SUPER 002a, novembro de 1987. Disponível em:
http://super.abril.com.br/cotidiano/benoit-mandelbrot-445222.shtml.
ANAIS – XXXFCMat

377
DESVENDANDO O ࣊( Pi)1

DUTRA, André João2; COSTA, Rafael De Oliveira3; PEREIRA, Juvane Elena Bazo4.

RESUMO: Desvendando o ߨ (Pi) baseou-sebaseou se na preocupação de demonstrar aos alunos que os conceitos
matemáticos referentes aos conjuntos numéricos são significativos, em especial os números irracionais e sua
aplicabilidade. Partindo desse pressuposto, por meio de atividades envolvendo
envolvendo o quociente entre o comprimento
da circunferência e o diâmetro de diversos cilindros trazidos pelos alunos, os mesmos chegaram a conclusão do
valor do número Pi. Partindo disso, foram realizadas atividades envolvendo a circunferência das rodas das
bicicletas
cletas dos alunos, do aro da cesta de basquete, da cadeira de rodas do aluno cadeirante da turma, do número
de voltas que uma circunferência faz num determinado espaço, além de aplicar esse famoso número no cálculo
da área do círculo, volume do cilindro e capacidade. Com isso foi possível convencer os alunos de que a
matemática é fundamental, indispensável e está presente nas atividades que desenvolvemos diretamente ou
indiretamente em nossas vidas.

Palavras-chave:: Acessibilidade. Aplicação de conceitos. Educação Matemática.

INTRODUÇÃO

Trabalhar os conceitos matemáticos através de situações vivenciadas pelos alunos ou


que estão presentes na sua vida diária é uma tarefa que exige dedicação e renovação na
disciplina de matemática. É preciso que os conteúdos
conteúdos matemáticos tenham significado para o
aluno. Diante disso questionou-se:
questionou se: Como podemos saber o comprimento de uma
circunferência? Quantas voltas uma circunferência percorre para completar um determinado
espaço? Que conceitos matemáticos estão envolvidos nasnas questões anteriores?
Relacionar conteúdos matemáticos como meio para compreender e transformar o
mundo ao nosso redor a partir do senso empírico é uma tarefa que exige muito envolvimento
e depende muito do professor para mediar essas atividades. Entendemos
Entendemos que a partir de
questionamentos simples podemos desenvolver muitas atividades e chegarmos a situações
mais complexas que exijam conceitos matemáticos mais complexos e aprofundados é uma
tarefa que requer muito trabalho.
Quando o aluno chega à escola eleele já traz em sua bagagem muitos conceitos nas
diferentes áreas do conhecimento, que geralmente não são levados em consideração mas são
muitas vezes ignorados. Esses conceitos foram construídos nas suas relações sociais e com o
passar dos anos, durante suaa caminhada escolar, o aluno deve ampliare adquirir uma bagagem
maior à qual devemos dar continuidade, buscando métodos e processos significativos para
consolidar esses conhecimentos, esse é o papel da escola.
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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Com o projeto Desvendando o π (Pi) buscou-se


buscou dar significado aos conceitos
envolvendo os conjuntos numéricos e aálgebra, além do estudo da importância das fórmulas
que são vistas, mas nem sempre entendidas na escola, principalmente na disciplina de
matemática, física e química. Procuramos não ficar somente em situações onde o aluno tenha
compreensão das regras, mas sim que perceba a aplicabilidade desses conceitos e que através
dos mesmos possa resolver problemas, fazendo a aproximação dos cálculos com a sua própria

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Pura;; Instituição: EEB Belisário Pena
– Capinzal.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor, costa-rafa1@hotmail.com.
rafa1@hotmail.com.
4
Professor Orientador. EEB Belisário Pena, juvaneebp@yahoo.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
realidade, papel esse fundamental da escola e que muitas vezes ocorre de forma inversa, ou
seja, se desenvolvem os conceitos utilizando somente regras e macetes sem buscar um
significado que possa dar sentido às situações e conceitos desenvolvidos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Para realização deste projeto partimos de situações que o aluno pudesse chegar às
próprias conclusões através da discussão e levantamento de hipóteses, dentre elas: como
determinarmos o comprimento da circunferência da roda maior e menor de uma cadeira de
rodas; como saber sem utilizar barbante ou fita métrica o comprimento de uma circunferência;
como podemos determinar o número de voltas que uma circunferência dá em um determinado
espaço percorrido e qual a diferença entre circunferência e círculo.
Para isso os alunos inicialmente precisavam entender o valor do número irracional π(Pi) e por
que esse número é assim chamado. Então com um barbante e uma régua descobriram o
comprimento da circunferência de diversos objetos cilíndricos trazidos por eles. Em seguida,
com a régua, mediram o diâmetro e encontraram o quociente entre essas medidas.
Aproveitamos nesse momento para trabalharmos os conceitos de raio e diâmetro e depois
compararam os valores encontrados com os dos colegas, percebendo que o valor da
razãoentre o comprimento e o diâmetro dos vários objetos era muito próximo. De posse destes
dados fizemos a generalização e os alunos entenderam o valor do número Pi e conseguiram
deduzir que para encontrar o comprimento da circunferência bastava multiplicar esse valor
pelo diâmetro da circunferência.
A partir disso desenvolvemos os conceitos referentes ao comprimento da
circunferência, área do círculo, superfície de um cilindro, volume do cilindro e utilizamos a
roda metro para medirmos determinadas distâncias na escola trabalhando assim as medidas de
comprimento. Através do cálculo de volume trabalhamos medidas de massa e capacidade das
embalagens, estabelecemos a relação entre o dm³ e o litro e realizamos atividades envolvendo
volume.
A resolução de problemas foi um pré requisito muito utilizado durante o
desenvolvimento das atividades, pois muitas vezes os alunos entendem os termos e os
conceitos da Matemática, mas não sabem como utilizá-los nas várias situações que surgem
devido a falta de interpretação, fator esse fundamental para que o aluno consiga aplicar os
conceitos, pois de nada adianta saber as fórmulas, ou conceitos, se na hora de aplicá-los não
está claro para eles a pergunta devido a falta de uma boa leitura e interpretação.
Para o desenvolvimento das atividades utilizaram-se objetos na forma cilíndrica,
régua, trena, barbante, bicicletas, cadeira de rodas, roda metro, papel e quadro branco. Os
custos necessários para realização das atividades ficaram sob a responsabilidade da escola,
professores e familiares. Todas as atividades foram registradas através fotos e relatórios.

RESULTADO E DISCUSSÃO

Ainda hoje, apesar de muitos estudos e discussões sobre o ensino da Matemática ela
ainda é vista e muitas vezes trabalhada como uma disciplina de memorização ou de repetições
mecânicas. Mas abordando a matemática dessa forma hoje não se tem grandes resultados.
ANAIS – XXXFCMat

379
Assim,
A matemática caracteriza-se
caracteriza se como uma forma de compreender e atuar no mundo e o
conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção humana na
interação constante com o contexto natural, social e cultural. (PARÂMETROS
CURRICULARES NACIONAIS. Matemática: Ensino de quinta a oitava séries,
1998, p.24).

Fazer com que o aluno tenha vontade de aprender conceitos


conceitos matemáticos sem fazer a
relação com situações do cotidiano e muitas vezes abstratas, como os que tratam o
pensamento algébrico, é um trabalho bastante difícil e que muitas vezes requer muita
paciência, pois sabemos o quanto esses conceitos matemáticos são importantes. Por isso a
importância da sua aplicabilidade.

O desenvolvimento do pensamento algébrico e de sua linguagem exige atividades


ricas em significados que permitam ao aluno pensar genericamente e estabelecer
relações entre grandezas variáveis.
variáveis. A Álgebra, portanto contribui com uma forma
especial de pensamento e de leitura da realidade. (SANTA CATARINA, 1998,
p.111).

A matemática não pode mais estar desvinculada de outras áreas, mesmo sabendo que o
ensino desta disciplina muitas vezes é tradicional,
tradicional, apesar de não podermos abolir essa forma
de se trabalhar completamente, mas limitar seu emprego nos momentos em que a mesma seja
cabível. Com isso muitas vezes a disciplina de matemática acaba se isolando, mas na
concepção defendida pelos PCNs o ensinoensino da matemática deve estar ligado a aspectos da
realidade.
Portanto, a partir das atividades desenvolvidas observou-se
observou se o interesse da turma e
envolvimento durante todo o trabalho, pois o mesmo vem de encontro com o que hoje é muito
discutido, que a matemática
emática seja trabalhada de forma significativa e problematizada. Percebe-
Percebe
se que houve um grande entendimento dos conceitos trabalhados e que ocorreu uma grande
motivação no processo de aprendizagem.

CONCLUSÃO

Com a realização desse projeto fica cada vez mais visível que a matemática se torna
uma disciplina prazerosa e de melhor entendimento quando o aluno consegue perceber a
finalidade dos conceitos matemáticos. Percebeu-se
Percebeu se que a partir das questões propostas os
XXX Feira Catarinense de Matemática

alunos ficaram curiosos e tiveram interesse


inte em buscar as soluções.
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Chegou-se
se ainda à conclusão de que o sucesso das atividades se deu em função do
grande envolvimento dos alunos damotivação que tiveram em não receber os conceitos
prontos, mas sim através de experiências chegaram à generalização
generalização dos mesmos.
Mais uma vez fica comprovado o que os estudos afirmam, de que a participação dos
alunos é fundamental para o processo de aprendizagem e que muitas vezes os mesmos
nãoobtém êxito devido à falta de interesse e envolvimento. Outro fator muito relevante foi os
alunos perceberem que muitas fórmulas que no início não tinham significado algum passaram
a ter e eram fundamentais na resolução dos problemas além de ser um meio mais fácil e
muitas vezes mais acessível na resolução de problemas.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
REFERÊNCIAS

GUELLI OSCAR, A invenção dos números (Coleção Contando a História da Matemática)


São Paulo: Ática, 1998.

MATEMÁTICA (Projeto Araribá). 3ª Edição. São Paulo: Moderna: 2013.

Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática: Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino


Fundamental. Brasília, 1998.

SANTA CATARINA, Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina: Educação


Infantil, Ensino Fundamental e Médio: Disciplinas Curriculares. COGEN, 1998.

LOPES (Bigode), Antonio. Matemática. Ensino Fundamental. São Paulo: Scipione, 2012.
(projeto Velear).

.
ANAIS – XXXFCMat

381
DIFERENTES MÉTODOS DE MULTIPLICAR1

OLIVEIRA, Fernanda Cerino Vargas de 2; PIAIA, Caroline Patuzzi 3;


MAGEDANS, Rosangela4.

RESUMO: Durante as aulas de matemática muitos alunos enfrentam dificuldades em resolver situações- situações
problema que envolvam a multiplicação. Assim, pesquisou-se
pesquisou se métodos de multiplicar utilizados por povos
antigos e aplicou-se
se na resolução de situações-problema
situações contextualizadas com a vida do campo devido à maioria
dos alunos da turma serem da zona rural com o intuito de amenizar a dificuldade na resolução desta operação. O
trabalho acrescentou conhecimento sobre multiplicação e durante as atividades verificou-se
verificou que o homem no
decorrer
correr da história elaborou métodos para solucionar problemas de multiplicação de acordo com suas
necessidades e recursos acessíveis na sua época. Estudar esses diferentes métodos auxiliou de forma positiva a
turma e diminui as dificuldades de vários alunosalunos na resolução de problemas envolvendo multiplicação
possibilitando cada um utilizar a forma que mais se identificou.

Palavras-chave: Situações-problema.
problema. Dificuldades. Povos antigos. Diferentes Métodos. Multiplicação.

INTRODUÇÃO

Ao lado da adição, da divisão


divisão e da subtração, a multiplicação é uma das quatro
operações fundamentais da aritmética. Aprender multiplicação é fundamental, pois, a
utilizamos para resolvermos problemas no nosso dia-a-dia
dia dia e em algumas situações poderemos
não ter acesso a calculadoras
ras surgindo à necessidade de fazermos cálculos mentais ou escritos
assim como faziam antigamente antes de surgir máquinas que calculam.
É importante que professor, assim como a escola, questione sobre a utilização da
matemática nas atividades diárias de uma pessoa refletindo e mostrando aos alunos, através
dos conteúdos, onde se encontra a matemática e também contextualizá-la
contextualizá la no cotidiano da vida
familiar e social.
Com esse intuito desenvolveu-se
desenvolveu se o presente projeto para investigarmos como ao longo
dos tempos,
empos, em diferentes lugares e diferentes povos, desenvolveram os seus métodos para
multiplicar para resolução de problemas e voltados às suas necessidades no dia-a-dia.
dia Assim,
buscar outras maneiras para auxiliar nos cálculos de multiplicação, além da forma
for tradicional
ensinada no dia-a-dia
dia na sala de aula, a fim de amenizar as dificuldades encontradas na
resolução desta operação.

MATERIAL E MÉTODOS
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Para início do trabalho desenvolveu-se


desenvolveu se pesquisas bibliográficas em livros e internet
sobre métodos de multiplicar
tiplicar dos povos ao longo da história. Em seguida, entre os métodos
pesquisados, escolheu-se
se os seguintes:
• O método de multiplicar dos camponeses russos onde eles calculavam apenas
dobros e metades dos fatores;

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Ruth Lebarbechon – Água Doce.
2
Aluna expositora, fernandacerino17@gmail.com.
3
Aluna expositora, carolinepatuzzipiaia@gmail.com.
4
Professora Orientadora, EEB Ruth Lebarbechon, rmagedans@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
• O método de multiplicar dos egípcios baseado no processo de duplicação dos
fatores e distribuídos em duas colunas;
• O método de multiplicar dos chineses baseado num sistema de varetas onde se faz a
contabilidade dos pontos formados pela intersecção das linhas horizontais traçadas
para representar um dos fatores e verticais para representar o segundo fator, sendo
que se dá a separação de linhas para representar cada classe e ordem dos números,
obtendo assim o valor da multiplicação desejada;
• O método da gelosia que era usado pelos árabes e que, provavelmente, o
aprenderam com os hindus. Este método também chamado de multiplicação em
grade é bastante parecido com o que usamos hoje.
Em seguida, estudou-se o procedimento de cada método. Na sequência elaborou-se
com os alunos problemas de multiplicação envolvendo situações da vida no campo devido à
maioria dos alunos da turma ser da zona rural e aplicou-se os diferentes métodos de
multiplicar pesquisados na resolução dos mesmos.
Posteriormente, comparou-se os métodos de multiplicação dos povos antigos ao
método utilizado na aritmética no nosso dia-a-dia e analisou-se as facilidades e dificuldades
encontradas na aplicação de cada um.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Entender como o indivíduo aprende mantém-se como um dos grandes desafios da


educação, da escola e do professor. Por isso, muitas vezes ensinar a matemática ainda se
resume a uma tarefa difícil para o professor e dolorosa para a maioria dos alunos que
precisam aprender como participantes do processo formal de educação e não conseguem.
É importante colocar o aluno entrar em contato com a história da Matemática, e neste
caso a história da multiplicação, para que entenda como, onde e porque surgiram os conceitos
que são levados para a sala de aula. Segundo D’ Ambrosio (2008, p. 22), “O que chamamos
de Matemática é uma resposta à busca de sobrevivência e de transcendência, acumulada e
transmitida ao longo de gerações, desde a pré-história.”
Muitos professores de matemática ainda não fazem a ligação histórica do conteúdo
quando iniciam seu estudo em sala de aula, como propõem os PCN e a PCSC. A História da
Matemática ajuda o aluno a entender a razão de tais conceitos estarem diante dele, e, a
evolução em torno destes até chegar a ele. Conhecendo porque, onde e em que circunstâncias
se desenvolveram tais conceitos matemáticos, o aluno se tornará mais crítico e reflexivo
diante do objeto em estudo.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais Séries Finais (1998, p. 42):

A História da Matemática pode oferecer uma importante contribuição ao processo


de ensino e aprendizagem dessa área do conhecimento. Ao revelar a Matemática
como uma criação humana, ao mostrar necessidades e preocupações de diferentes
culturas, em diferentes momentos históricos, ao estabelecer comparações entre os
conceitos e processos matemáticos do passado e do presente, o professor cria
condições para que o aluno desenvolva atitudes e valores mais favoráveis diante
desse conhecimento.

Incentivar o aluno a pesquisar sobre a história matemática, sobre conceitos torna-o


agente principal na construção do seu conhecimento.
ANAIS – XXXFCMat

383
A função do professor, enquanto mediador no processo ensino-aprendizagem,
ensino
comprometido com a construção da cidadania do aluno, consiste em criar, em sala
de aula, situações que permitam estabelecer uma postura crítica e reflexiva
r perante o
conhecimento historicamente situado dentro e fora da Matemática. Isto se dá num
processo de produção de significados, de trabalhos interativos e de pesquisa.
(BRASIL, 2000, p.100).

Mas, abordar a matemática como algo distante da realidaderealidade do aluno tem-se


tem
comprovado, pelos estudos já realizados, como algo inócuo e improdutivo para o
desenvolvimento. A contextualização possibilita a matemática deixar de ser abstrata fazendo
com que o aluno veja significado em estudar o determinado conteúdo.
conteúdo. Quando a Matemática
é contextualizada com o cotidiano se tornará mais próxima da realidade do aluno e deixará de
assustar e ser a disciplina tão temida pelos alunos.
Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p. 37):
As necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam capacidades de
natureza prática para lidar com a atividade matemática, o que lhes permite
reconhecer problemas, buscar e selecionar informações, tomar decisões. Quando
essa capacidade é potencializada pela escola,
escola, a aprendizagem apresenta melhor
resultado [...]. O significado da atividade matemática para o aluno também resulta
das conexões que ele estabelece entre os diferentes temas matemáticos e também
entre estes e as demais áreas do conhecimento e as situações
situações do cotidiano.

Ensinar sobre a multiplicação relacionando-a


relacionando a com o cotidiano dos alunos, faz com que
eles assemelhem a teoria com a prática, mostrando ao aluno que a matemática é bem mais que
coincidência e sim uma ferramenta poderosa nas mãos de quem a domina. Levar o aluno
resolver situações-problemas
problemas que envolva a multiplicação de forma contextualizada com seu
cotidiano instiga-oo a buscar caminhos para soluções dos mesmos.
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p. 40):
“A situação-problema
situação lema é o ponto de partida da atividade matemática e não a
definição. No processo de ensino e aprendizagem, conceitos, ideias e métodos
matemáticos devem ser abordados mediante a exploração de problemas, ou seja, de
situações em que os alunos precisem desenvolver
desenvolver algum tipo de estratégia para
resolvê--las.”

Tem-se,
se, portanto na resolução de situações-problema
situações problema um recurso altamente
estruturado para o desenvolvimento do ensino, quando utilizado pelo professor e caminho
estratégico para a aprendizagem, quando resolvido
resolvido pelo aluno. É muito importante que a
matemática esteja presente nas escolas como uma disciplina mais próxima do indivíduo, que
exerça papel de transformadora nas suas relações sociais e que ele, o aluno, utilize-as
utilize nas mais
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

variadas situações do cotidiano.


otidiano.

CONCLUSÕES

A realização do projeto vem comprovar mais uma vez a importância da participação


dos alunos e de seu envolvimento no desenvolvimento de atividades que geram interesse e
curiosidade.
O homem no decorrer da história elaborou métodos para solucionar problemas de
multiplicação de acordo com suas necessidades e recursos acessíveis na sua época. Ao
explorar esses diferentes métodos de multiplicar criados por diversos povos em épocas

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
distintas auxiliou de forma positiva e diminuiu as dificuldades de vários alunos na resolução
de problemas possibilitando vários caminhos para encontrar a solução dos mesmos.
Percebeu-se ainda que ao trabalhar com situações problemas contextualizadas com o
cotidiano dos alunos aumenta o interesse dos mesmos em saber mais sobre a matemática e a
importância que ela tem em nossas vidas.
Concluiu-se ainda de que tudo o que tem uma aplicabilidade, que se mostra o
significado, para o que serve e onde pode ser utilizado fica mais fácil de os alunos
assimilarem, prova disso são os depoimentos dos alunos durante a execução das atividades.
Essa observação reforça a ideia de que a formação matemática em qualquer nível propicia ao
ser humano maior facilidade em elaborar estratégias para encontrar as soluções ou vislumbrar
diferentes caminhos para a resolução de problemas, quer seja na escola ou no seu dia-a-dia.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. 5ª a 8ª séries. Secretaria da


Educação Fundamental. Brasília, DF: MEC, 1998.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Ensino Médio. Secretaria de
Educação Média e Tecnológica, Brasília, DF: MEC, 2000.
DANTE, Luiz Roberto. Projeto Teláris: Matemática. 1 ed. 6º ano. SP: Ática, 2012.
DANTE, Luiz Roberto. Projeto Teláris: Matemática. 1 ed. 7º ano. SP: Ática, 2012.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação matemática: da teoria à prática. Campinas: Papirus,
1996.
KAMINSKI, Walkiria. Multiplicação. Disponível em: <
http://www.dicionarioinformal.com.br/multiplica%C3%A7%C3%A3o/ > Acessado em:
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LOPES, Antonio. Matemática. Ensino Fundamental. São Paulo: Scipione, 2012.
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ANAIS – XXXFCMat

385
DOS ALUNOS PARA OS ALUNOS: UM LABORATÓRIO DE
MATEMÁTICA1

SANTOS, Isabela dos2; HENKEL, Ketlin Cristhine3; SANTOS, Edvana Taborda4.

RESUMO:: O presente projeto tem como objetivo geral construir materiais manipuláveis para formar o
laboratório de Matemática da escola; bem como, produzir projetos de ensino com os alunos do nono ano do
ensino fundamental, preparando-os
os para os demais anos de estudo
estudo e trabalhar diferentes e diversos conteúdos de
Matemática. O início se deu com o lançamento da ideia por parte da professora, solicitando que os estudantes
pensassem e pesquisassem o que seria possível fazer para formar um laboratório de Matemática na escola, para
que todos os estudantes pudessem utilizá-lo.
utilizá lo. Ficou estipulado que o projeto seria desenvolvido todas as terças-
terças
feiras, nas aulas de Matemática e, que seria desenvolvido por todos os alunos do nono ano desta instituição,
formando, em cada sala, três equipes de cinco alunos e duas equipes de seis alunos.

Palavras-chave:: Laboratório de Matemática. Conteúdo matemático. Construção de conhecimentos.

INTRODUÇÃO

Podemos observar que a matemática se encontra entre as disciplinas com maior índice
de reclamações, tanto na dificuldade de assimilar a matéria quanto na forma como ela é
apresentada; o que converge para o alto índice de reprovações e desgosto dos alunos pela
matéria. Assim como coloca Deheinzelin (1994, p.90), “tradicionalmente vista como a mais
difícil das disciplinas escolares, a matemática tem sido considerada difícil de ensinar e difícil
de aprender”.
Para tentar mudar esse quadro e encontrar uma estratégia de ensino que tornasse as
aulas um tanto mais atrativas e participativas, trazendo
trazendo para dentro da sala de aula maior
interação com os conteúdos, vimos a necessidade de aplicar um projeto de ensino.
Ao encontro dessa ideia, nossa escola possui um laboratório de Matemática que está
vazio, sendo usado para clube de mães, aulas de Artes e em outros momentos que os
professores precisem de sala. Dessa forma, percebemos que este laboratório, de Matemática
não tem nada.
Em função disso, o projeto surgiu com o intuito de transformar aquela sala vazia em um
local de aprendizagem de Matemática, onde todos os alunos e professores dessa escola
possam utilizá-lo,
lo, melhorando suas aulas e ajudando no aprendizado. Ainda, um espaço onde
vemos que a Matemática não são só fórmulas prontas e cálculos maçantes, mas sim, que ela
está em diversas situações e pode ser divertida de se aprender.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Buscando uma forma de fazer com que o laboratório de Matemática da Escola


Municipal Prefeito Geraldo Wetzel torne-se
torne se realmente um espaço de aprendizagem de
Matemática, onde o conhecimento esteja presente nos momentos nesse nesse ambiente, este projeto
foi realizado com as três turmas de nono ano do ensino fundamental.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: EM
Prefeito Geraldo Wetzel – Joinville.
2
Aluna do nono ano do ensino fundamental.
3
Aluna do nono ano do ensino
nsino fundamental.
4
Professora Orientadora, EM Prefeito Geraldo Wetzel, edvana@correioweb.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Ainda, tentando trazer para os alunos a vivência de escrita de projetos, realizando
coisas maiores do que estão acostumados, como deixar um legado para os demais alunos da
instituição.
Todas as etapas foram realizadas pelos alunos em sala de aula, com orientação da
professora. Cada etapa consiste em um degrau a ser subido na escada do aprendizado, o que
acontece de forma gradativa, simples e sem muitas dificuldades.

MATERIAL E MÉTODOS

A ideia desse projeto surgiu do questionamento dos alunos quanto àquele laboratório
dito de Matemática que a escola possui mas que não se usa em Matemática. No responder
para os alunos o motivo pelo qual o laboratório não é usado com Matemática, a professora viu
a possibilidade de desenvolver um projeto para mudar tal situação.
O início se deu com o lançamento da ideia por parte da professora, solicitando que os
estudantes pensassem e pesquisassem o que seria possível fazer para formar um laboratório de
Matemática na escola, para que todos os estudantes pudessem utilizá-lo. Foram para casa
pensar, pesquisar, estudar possibilidades, relembrar formas de aprendizado que deram certo
ou não para iniciarem seus projetos.
Ficou estipulado que o projeto seria desenvolvido todas as terças-feiras, nas aulas de
Matemática e, que seria desenvolvido por todos os alunos do nono ano desta instituição,
formando, em cada sala, três equipes de cinco alunos e duas equipes de seis alunos.
Na semana seguinte, as equipes foram formadas e os alunos apresentaram as ideias
para a professora e foram realizadas discussões e considerações individuais com a equipe a
respeito de cada projeto apresentado.
Percebendo que ainda existia uma certa dificuldade de visualização ou concretização
das ideias, a professora apresentou exemplos de materiais e atividades desenvolvidos por ela
juntamente com alunos de anos anteriores, para mostrar que é possível construir e fazer coisas
bem interessantes e úteis para ficar na escola e auxiliar outros colegas. Nesse momento,
diversas dúvidas foram respondidas.
Durante as próximas 8 semanas, os estudantes foram confeccionando os trabalhos,
sempre com o auxílio e orientação da professora. Concomitante a isso, foram colocando as
etapas e seu desenvolvimento no papel, realizando assim, a escrita do projeto.
No decorrer do desenvolvimento do projeto, cada equipe desenvolveu sua ideia da
forma que acreditou ser a melhor mas, sempre pensando que este deveria ser um material
manipulável; por isso, durável.
Projetos que trataram de frações utilizaram madeira, lixa, pincel e tinta. As peças cruas
foram confeccionadas por marceneiros contratados pelos alunos. Em um dos projetos que
abrange frações, foi utilizado, além dos citados anteriormente, velcro para fazer a ligação das
peças fracionadas.
Projetos que abrangem jogos, em geral, utilizaram papelão, papel sulfite, cola, papel
autocolante transparente, tesoura, marcador permanente e cartolina. Um dos projetos que
apresenta jogo da memória foi criado com madeira e recoberto com papel sulfite e cola,
escritos com marcador permanente.
ANAIS – XXXFCMat

387
No projeto que trata de adição e subtração de números inteiros, aos alunos compraram
de marceneiros, cinco peças quadradas
quadradas de mdf, cortadas no tamanho que eles solicitaram. Foi
feita a pintura dessas peças com tinta óleo vermelha e verde, da forma que era a ideia do
projeto. Os contornos e sinais de positivo e negativo foram feitos com pincel preto. No final,
as bordas do tabuleiro
abuleiro foram pregadas com vistas de portas cortadas no tamanho correto.
Apareceu um projeto de realização de cálculos de área e perímetro, onde os alunos
construíram a maquete de uma casa. A casa foi toda feita com palitos de picolé, cola quente e
copos descartáveis.
O trabalho envolvendo equações do primeiro grau foi confeccionado a partir de um
jogo já existente chamado cara a cara. Os alunos substituíram as partes do jogo por peças
referentes ao jogo deles. Isso foi feito com cartolina, cola, papel autocolante,
autocolante, tesoura e
marcador permanente.
Próximo da data de entrega do projeto, foi solicitado que realizassem a confecção de
embalagem para seus projetos, bem como, a escrita e digitação destes nas normas da ABNT.
As embalagens foram fabricadas em papelão e cada equipe deu seu toque especial utilizando
desde marcador até colagens de frases e imagens.
As paredes externas do laboratório da escola estão sendo revitalizadas e, internamente,
um marceneiro está providenciando o projeto de prateleiras e afins. Concomitante
Concomitante a isso, os
projetos dos alunos estão sendo aplicados com as turmas da escola. O laboratório entrará
definitivamente em uso para fins matemáticos no ano que vem.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No decorrer do processo, pode-se


pode perceber que algumas situações
ções apresentaram-se
apresentaram
mais surpreendentes do que se imaginava anteriormente à aplicação do projeto, como
exemplo, das equipes utilizando seus espaços e tempo de aula para construir os trabalhos, sem
tumulto, sem agito, nem interferência da professora. Que as as equipes se formavam antes
mesmo da chegada da professora na sala, por organização dos próprios alunos. Apresentaram-
Apresentaram
se trabalhos belíssimos, o que nos leva a pensar que os alunos tiveram satisfação em construí-
construí
los. A demonstração é de sentir que a sala de
de aula se tornou algo da vida deles, sem conceitos,
fórmulas prontas ou demais situações “tradicionais” da escola. Ainda, que eles próprios
estavam construindo algo para que toda a escola pudesse utilizar.
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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Figura 1. Construção dos trabalhos pelos alunos dos nonos anos.

Figura 2. Utilizando os materiais manipuláveis criados pelos alunos com turmas da série respectiva para a
qual foi desenvolvido o material.

CONCLUSÕES

Após o desenvolvimento do trabalho, não podemos deixar de retornar aos nossos


objetivos iniciais: construir materiais manipuláveis para o laboratório de Matemática da
escola, bem como fazer com que os alunos vivenciem a escrita e desenvolvimento de projetos
de ensino. Diante disso, podemos dizer que conseguimos atingir nossos objetivos, uma vez
que surgiram materiais manipuláveis interessantíssimos, que o laboratório da escola está
sendo desenvolvido para que toda a escola possa utilizar e que os alunos conseguiram realizar
as tarefas de acordo com o solicitado.
ANAIS – XXXFCMat

389
Os materiais dos alunos estão sendo testados com turmas das séries
séries para as quais
foram criados e, diante do que podemos observar, estão trazendo bons resultados para os
alunos desta instituição.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:


Matemática. v.3. Brasília; MEC,
EC, 1998.

DEHEINZELIN, Monique. A Fome com a Vontade de Comer. 3.ed. Petrópolis; Vozes,


1994.

DOHME, Vânia. Atividades Lúdicas na Educação. 2.ed. Petrópolis, 2004.

UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE – UNIVILLE. Guia para Apresentação


Joinville, Pró reitoria de Ensino, 2005.
de Trabalhos Acadêmicos.Joinville,

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

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FALANDO MATEMATICAMENTE DE LIXO ELETRONICO1

FIGENIO, Eduarda Muller2; FROENDEL, Elisa 3; DAY, Laercio4.

RESUMO: Falar de lixo eletrônico é de extrema relevância, porque a evolução tecnológica apresenta-se em
constante avanço, gerando um ciclo onde o descarte de produtos por parte da população cresce de forma
alarmante e ninguém mais se preocupa com o meio ambiente. O objetivo do trabalho é de levar à nossa
comunidade escolar mais informações sobre o lixo eletrônico, buscar alternativas para conscientizar e amenizar
os descartes de lixo dessa natureza, também conhecer os efeitos desse tipo de lixo no meio ambiente, assim
como explorar esse contexto matematicamente esse contexto. Concluindo devemos dizer que o lixo eletrônico é
uma excelente ferramenta de sensibilização de nós alunos, e da comunidade tanto para questões ambientais
quanto para perceber a importância da sua reciclagem adequada.

Palavras-chave: Lixo Eletrônico. Tecnologia. Aprendizagem. Matemática.

INTRODUÇÃO

Falar de lixo eletrônico é de extrema relevância, porque a evolução tecnológica


apresenta-se em constante avanço, gerando um ciclo onde o descarte de produtos por parte da
população cresce de forma alarmante e ninguém mais se preocupa com o meio ambiente.
Desenvolvemos este trabalho com o objetivo de levar à nossa comunidade escolar
mais informações sobre o lixo eletrônico, buscar alternativas para conscientizar e amenizar os
descartes de lixo dessa natureza, também conhecer os efeitos desse tipo de lixo no meio
ambiente, assim como explorar esse contexto matematicamente.
“LIXO ELETRÔNICO é tudo o que é proveniente de equipamentos eletro-eletrônicos,
incluindo pilhas, baterias, aparelhos celulares, computadores, impressoras e periféricos.”No
meio-ambiente, os resíduos do lixo eletrônico, ao serem encaminhados para os aterros
sanitários, podem causar danos à saúde. Esses resíduos, quando entram em contato com o
solo, podem contaminar o lençol freático e, quando submetidos à combustão, acabam
poluindo o ar. Produtos presentes nesses materiais podem desencadear sérios problemas à
saúde humana, que pode ser agravado pelo processo de reciclagem bruta, pois muitos
poluentes orgânicos persistentes e metais pesados são liberados, podendo se acumular
facilmente no organismo por inalação do ar contaminado.
No Brasil O Projeto de Lei 203/1991, que consolida a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS), foi aprovado através da Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010, foi
normatizada pelo Decreto 7.404/201.

MATERIAL E MÉTODOS

Iniciamos o trabalho fazendo um levantamento bibliográfico sobre o que é lixo


eletrônico, quais os seus componentes, danos que causam a saúde e se existe alguma
legislação no Brasil que normatiza a reciclagem do lixo eletrônico.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EEF Prefeita Erna Heidrich – Taió.
2
Aluna – 8º Ano do ensino Fundamental
3
Aluna – 8º Ano do ensino Fundamental
4
Professor Orientador, EEF Prefeita Erna Heidrich, laercio.day@bol.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

391
Depois dessa parte inicial dividimos o trabalho em duas partes essenciais. A primeira
parte é a aplicação de uma pesquisa estatística
estatística e a segunda matematizar o processo de venda
de eletrônicos, coleta e reciclagem do lixo eletrônico.
Na primeira parte elaboramos um questionário que foi aplicado a 360 alunos da escola
aleatoriamente com o objetivo de coletar informações sobre o nível de conhecimento que
nossa comunidade escolar tem sobre lixo eletrônico. Nesse questionário estavam as seguintes
perguntas: Você sabe o que é lixo eletrônico? O que você pensa a respeito do lixo eletrônico?
O que você faz com o seu lixo eletrônico? Que tipos tipos de lixo eletrônico você tem em sua casa?
Você sabe se há algum serviço de coleta de lixo eletrônico em nossa cidade? De quem você
considera que é a responsabilidade de coleta do lixo eletrônico de nossa cidade?
Na segunda etapa do trabalho desenvolvemos cálculos relacionados à área, volume
envolvendo o lixo eletrônico. Nesses cálculos foram relacionados conteúdos como
porcentagem, equação de 2º grau, funções de 1º grau. Outro assunto abordado nesse trabalho
foi a estatística através da representação de gráficos.
gr

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com o resultado obtido da entrevista com a comunidade escolar, construímos gráficos de


setores para analisar a opinião e o conhecimento sobre lixo eletrônico. Todos os resultados
apresentados nos gráficos a seguir foram coletados
coletados pelos alunos da 8ª série 1.Foram feitas as
seguintes perguntas e os resultados a seguir , sendo apresentados nas tabelas:

1- Você sabe o que é lixo eletrônico


Item analisado Frequência absoluta Frequência relativa
Sim, sei o que é 43 30%
Não, mas imagino o que seja 38 27%
Não sei o que é 57 40%
Nunca ouvi falar 5 3%

2- O que você pensa a respeito do lixo eletrônico


Item analisado Frequência absoluta Frequência relativa
É um problema grave que podemos amenizar 106 41%
É um problema grave que não podemos amenizar 3 1%
Representa grande risco ao meio ambiente e a saúde 152 58%
Frescura e modismo 0 0%
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3- O que você faz com seu lixo eletrônico


Item analisado Frequência absoluta Frequência relativa
Coloco no lixo comum 36 22%
Faço a separação em casa antes de colocar no lixo 45 28%
Guardo em casa mesmo 38 23%
Procuro encaminhar a um posto de coleta adequado 39 24%
Jogo em terrenos abandonados 5 3%

4- Que tipo de lixo eletrônico você tem em sua casa


Item analisado Frequência absoluta Frequência relativa
Pilhas, baterias de celular 149 42%
Celular 113 32%

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Computador 25 7%
TV, rádio ou outros 70 19%

5- Você sabe se há algum serviço de coleta de lixo eletrônico em nossa cidade


Item analisado Frequência absoluta Frequência relativa
Sim 85 61%
Penso que sim 41 30%
Não 12 9%

6- De quem você considera que é a responsabilidade da coleta do lixo eletrônico em nossa cidade
Item analisado Frequência absoluta Frequência relativa
Do governo 63 42%
Da empresa que fabrica 7 5%
Da empresa que coleta o lixo comum 11 7%
Do próprio consumidor 70 46%

1- Você sabe o que é 3- O que você faz com


lixo eletrônico? seu lixo eletrônico?

40% 3% Sim, sei o 3% 22%


30% 24%
que é Coloco no
lixo
Não, mas 28% comum
27% 23%
imagino o
que seja

4- Que tipo de lixo 6- De quem você considera


que é a responsabilidade
eletrônico você tem
da coleta do lixo eletrônico
em sua casa? em nossa cidade?
Pilhas, b
19% aterias
de 46% 42% Do
7% 42% celular governo
Celular
32% 7% 5%

Fonte: Dados coletados pela 8ª série 1 na EEF Pref. Erna Heidrich – Taió

Continuando exploramos os contextos de coleta e reciclagem de lixo eletrônico na


cidade de Taió e para isso iniciamos
niciamos entrando em contato com a ACIAT, para disponibilizar
na escola uma caixa para coletar pilhas, baterias e celulares. Primeiro medimos as dimensões
dessa caixa para obter o seu volume como podemos ver na figura as medidas estão indicadas
em centímetros.
A caixa de coleta tem a forma de um paralelepípedo retângulo cujo volume é dado
pela multiplicação de suas dimensões, ou seja, pela fórmula matemática V = a × b × c , onde
“a” representa o comprimento, “b” representa a largura e “c” representa a altura.
ANAIS – XXXFCMat

393
V = a×b×c
V = 40 × 30 × 35
V = 42000cm 3

Porém com a campanha feita na escola nos dias combinados a caixa não foi suficiente,
pois enchemos a caixa duas vezes e meia, isso significa que precisaríamos de uma caixa com
um volume 2,5 vezes maior para que a caixa não precisasse ser substituída. Para isso
volum aproximadamente de 4200 × 2,5 = 105000cm 3 .
precisaríamos de uma caixa com volume
Como não sabemos quanto precisa ser aumentado no comprimento e na largura,
usamos “x” para representar, assim o comprimento seria 40 + x e a largura 30 + x cm. Para
determinar essas dimensões usamos a formula do volume como podemos ver:
V = a×b×c
0 = −63000 + 2450 x + 35 x 2

− b ± b 2 − 4ac
x=
2a
0 = −63000 + 2450 x + 35 x 2 − 70 ± 70 2 − 4 × 1 × ( −1800)
x=
a = 35 ÷ 35 = 1 2 ×1
b = 2450 ÷ 35 = 70 − 70 ± 4900 + 7200
x=
c = −63000 ÷ 35 = −1800 2
 40
 x = 2 = 20
I
− 70 ± 12100 − 70 ± 110
x= ⇒ ⇒
2 2 − 180
 x II = = −90
 2
V = a×b×c
V = 60 × 50 × 35
V = 105000 cm 3

Assim percebemos que para coletar todo o lixo eletrônico na escola Erna Heidrich, de
uma só vez, precisaríamos de uma caixa com 60 cm de comprimento, 50 cm de largura e 35
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

cm de altura.
Depois explorando a informação
informação obtida por uma pesquisa bibliográfica que cada
pessoa produz 2,6 kg de lixo eletrônico por habitante ano é possível explorar o conceito de
função de 1º grau. Essa função pode ser expressa pela seguinte lei: f ( x) = 2,6 x .
Entrando em contato com a Prefeitura que nos informou que o preço pago pela coleta
de todos os tipos de lixo é de uma taxa fixa de R$ 227,00 por tonelada de lixo coletado. A
partir desses valores podemos escrever a lei de formação da função função custo de coleta e
reciclagem expressa pela seguinte lei: F(x) = 227.180.. Com a lei da função definida
calculamos quanto se paga pela coleta do lixo da população taioense em um mês. Para isso
substituímos o valor de x da função pelo valor das toneladas conforme o cálculo a seguir:

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
F(x) = 227x
F(180) = 227.180
F(180) = 40 860

Um dos instrumentos que mais evolui é o celular, que hoje reúne num só aparelho
telefone, câmera de vídeo e foto, mp3, acesso a internet e TV. Por isso passamos pelo
comercio, especificamente onde se vende celulares e obtivemos a quantidade de aparelhos e
marcas mais vendidos no mês de julho de 2014. Os dados estão no seguinte gráfico:

Comparação de vendas mensais Marcas de celulares mais


das marcas de celulares mais vendidas
vendidas
50
Quantidade mensal
30 40
30
Quantidade mensal

20 20
10 10
0 0
Oi
Berlanda

Marcas Marcas

Fonte: Dados obtidos pela pesquisa de campo nas lojas OI e Berlanda em Taió.

CONCLUSÕES

Para concluir devemos dizer que O lixo eletrônico é uma excelente


excelente ferramenta de
sensibilização de nós alunos, e da comunidade tanto para questões ambientais quanto para
perceber a importância da sua reciclagem adequada. Devemos considerar também que pela
pesquisa feita, verificamos que O Brasil é o mercado emergente que gera o maior volume de
lixo eletrônico per capita a cada ano. Por outro lado, encontra-se
encontra se entre os países mais
preparados para enfrentar o desafio do lixo eletrônico, principalmente diante do volume
relativamente baixo de comércio ilegal do lixo em comparação a outros mercados. Nesse
contexto também nos possibilita a exploração da abordagem do tema da sustentabilidade e de
conteúdos matemáticos estudados em sala de aula aplicados no cotidiano.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos


Sólidos.

CARVALHO TMB et al. Projeto de Criação de Cadeia de Transformação de Lixo Eletrônico


da Universidade de São Paulo.. Prêmio Mário Covas, USP: São Paulo – SP. 2008.

MOREIRA D. Lixo eletrônico tem substâncias perigosas para a saúde humana. 2007.
ANAIS – XXXFCMat

395
FUNGOMÁTICA1

ANDREAZZA, Victor Farias2; MARTINS, Vinícius Manuel3; STRUTZ, Emerson4.

RESUMO: Nossa alimentação é voltada na grande maioria para o consumo de carnes para a obtenção de
proteína, porém desconhecemos importantes fontes de proteínas mais saudáveis, ainda não disseminada na
cultura brasileira. Os fungos possuem diversas finalidades, sejam elas na indústria farmacêutica, de inseticidas e
até mesmo na alimentação. O presente trabalho buscou se aprofundar em duas espécies de fungos, o Shiitake e o
Champignon, popularmente conhecido como cogumelo. Apresentamos a forma de cultivo, custos operacionais e
receitas esperadas na montagem de uma plantação destas espécies. Também realizamos um comparativo
nutricional entre o champignon com a carne vermelha, demonstrando seus benefícios para a alimentação.

Palavras-chave:: Fungos. Alimentação. Cálculo.

INTRODUÇÃO

Os fungos
ngos são organismos eucariontes sendo importantes agentes na cadeia trófica.
Caracterizam-sese por não realizarem fotossíntese mas participam ativamente na diminuição em
partes menores através da decomposição. São formados por hifas, que são filamentos de
células
lulas chamadas de micélio, que por sua vez é o responsável pela absorção de nutrientes.
Possui formas filamentosas até grandes corpos de frutificação. Distribuem-se
Distribuem desde florestas
úmidas até o interior de nossas casas e jardins. São economicamente importantes
importa na medida
que suas propriedades medicinais foram largamente descobertas na indústria farmacológica,
indústria alimentícia e derivados. Atualmente são também utilizados no controle biológico de
lavouras ou inseticidas biológicos. No setor alimentício foram timidamente inseridos na
culinária nobre e em curto espaço de tempo ganhou a preferência mais popular através do
consumo dos queijos roquefort, gorgonzola tofu, shitake e o cogumelo champignon. Neste
sentido, este último por sua vez, tem atraído de maneira
maneira considerável o interesse da indústria
na produção em larga escala para consumo alimentício. Com base na vasta possibilidades de
utilização dos fungos, e para fins deste trabalho, o objetivo deste trabalho baseou-se
baseou no
cultivo de cogumelos champignon Agaricusbisporus, como fonte de renda e de
desenvolvimento de uma empresa, conhecendo as particularidades, as oportunidades e as
possíveis espécies cultivadas bem como o período de desenvolvimento e dados estatísticos de
empresas com essa finalidade, O consumoconsumo de cogumelos está aumentando na cultura
ocidental, envolvendo um grande número de espécies além do popular “champignon”. Um
grande crescimento pode ser atestado pelos seguintes números: em 1995, a produção anual
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

mundial foi de 2,0 milhões de toneladas


toneladas e, em 2005, aumentou para 3,3 milhões de toneladas,
ou seja, mais de 60% em 10 anos. A produção no Brasil deve chegar em torno de três mil
toneladas anuais ou 0,12% da produção mundial quase a totalidade de champignon. A
eficácia do cogumelo para o sistema
sistema imunológico está comprovada. Ele substitui oito a dez
complexos vitamínicos e age na eliminação das "células erradas" e com o passar dos anos está

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: Colégio Menino Jesus – Blumenau.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor.
4
Professor Orientador, Colégio Menino Jesus, emersonstrutz@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
caindo no gosto do consumidor brasileiro que vem conhecendo todos os benefícios oferecidos
pelo fungo.

MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho busca exemplificar o cultivo de fungos do tipo champignon para o


consumo na alimentação, através de plantação realizada e expectativas de produção para uma
área de 120 metros quadrados. Surgindo também a curiosidade de saber o quanto os alunos do
sétimo e oitavo ano do ensino fundamental, totalizando 56 estudantes, conseguiram fixar
referente ao conteúdo de fungos nas aulas de ciências.
Para entender melhor, cogumelos do gênero Agaricus possuem enzimas hidrolíticas da
lignina (lacase), celulose e hemicelulose (GERRITS et al., 1988), a lignina é o segundo
polímero mais abundante na natureza, proporciona ao tecido vegetal rigidez e resistência.
Atualmente são conhecidos aproximadamente 73 mil espécies de fungos. Especialistas
em fungos acreditam que possa existir cerca de 1,4 milhões de espécies de fungos
perpetuando em nosso planeta.
A produção do champignon é feita em composto orgânico formado por capins, bagaço
de cana, palhas de arroz e/ou trigo e/ou soja e/ou milho. Primeiro é realizado uma hidratação
da mistura e a correção do pH por meio de calcário, em seguida é feita uma compostagem
para transformação da celulose e lignocelulose em proteínas e outros nutrientes que serão
digeridos pelo fungo e por fim é feita a pasteurização do composto e a “semeadura” do fungo.
Após semeado o fungo é necessário aguardar o período de incubação que dura em média de
20 a 30 dias é colocada uma camada de turfa (terra vegetal) sobre o composto. Após outro
período de incubação (da turfa) é iniciado o dito "rebaixamento" para induzir o surgimento
dos corpos de frutificação. O produto fica em repouso entre 10 e 15 dias em local climatizado
até o aparecimento dos corpos de frutificação e sua colheita.
As condições climáticas são essenciais em cada fase do cultivo, sendo nas fases de
incubação do composto e da terra de cobertura em torno de 23 graus celsius e 92% de
umidade relativa e no período de crescimento dos cogumelos (corpos de frutificação) de 16
graus celsius e 85% de umidade relativa do ar. É também necessária a circulação de ar para
ocorrer a evapo-transpiração nos cogumelos o que é fundamental para o crescimento dos
mesmos.
Vale salientar que há a possibilidade de comprar o composto pronto ou fabricá-lo,
sendo que os custos para realizar tais possibilidades são:

Opção 01 - Comprando composto pronto


5000 kg x R$ 0,90/kg (preço médio) =R$ 4.500,00
Gastos com o composto = R$ 4.500,00

Opção 02 - Fabricando o próprio composto


5000 kg x R$ 0,60/kg (custo médio) = R$ 3.000,00
Custo com o composto = R$ 3.000,00
ANAIS – XXXFCMat

397
Portanto o produtor deve levar em consideração os custos e qual melhor opção para
iniciar o cultivo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para saber quanto será a produção de cogumelo já seco, é feito o cálculo em virtude da
quantidade
idade de composto utilizado no cultivo.

A Estufa
Para se plantar uma quantidade de 5000 kg de composto é necessário uma estufa ou
barracão de 10m x 12m ou 6m x 20m. Um barracão desativado pode ser adaptado para o
cultivo do cogumelo Agaricus. O investimento
investimento Inicial para uma estufa de 120m² pode ser
dado a partir dos seguintes valores:

Material Valor em Real


1 Estufa de 6x20 ou 10x12 4.000,00
1 Secadora 4.000,00
1 Seladora 400,00
1 Lavadora 900,00
1 Utensílios 700,00
5 Toneladas de Composto Orgânico 4.500,00
Total 14.500,00

A área é a multiplicação dos lados do galpão retangular, a fórmula para o cálculo da


área é:
(S) = b . h

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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

O Cultivo
Ao realizar o cultivo, podemos obter 3 níveis médios de produtividade num período
médio de 5 meses divididos em 4 a 5 colheitas. Veja:
Média (Máxima): 2,8%, então 5000 kg x 2,8% = 140 kg de cogumelo seco, com lucro
bruto de R$70.000,00.
Média (Intermediária): 1,5%, então 5000 kg x 1,5% = 75 kg de cogumelo seco, com
lucro bruto de R$37.500,00.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Média (mínima): 0,5%, então 5000 kg x 0,5% = 25 kg de cogumelo seco, com a renda
R$12.500,00.

Faturamento:
Vamos considerar uma produtividade de 25 kg de cogumelos secos (0,5%) vendidos
aos preço médio de R$ 500,00/kg vamos obter um valor total de 12.500,00 (doze mil e
quintos reais, conforme cálculo abaixo:

25kg x R$ 500,00 = R$ 12.500,00

Para realizar essa produção temos que levar em conta algumas despesas que para o
cultivo de 5000 kg de composto as despesas giram em torno de R$ 1.000,00. Estas despesas
são basicamente: irrigação, mão-de-obra, secagem (gás e eletricidade) e embalagem.
O lucro líquido então se dá descontando o custo do composto e o valor das despesas,
como temos duas opções (comprando o composto e fabricando o próprio composto) podemos
obter os seguintes resultados:

Para quem compra composto


Lucro Bruto = R$ 12.500
Gasto com composto =R$ 4.500,00
Outras despesas = R$ 1.000,00
Portanto: R$ 12.500,00 - (R$ 4.500,00 + R$ 1.000,00) = R$ 7.000,00
Lucro líquido
R$ 7.000,00 / 5 meses = 1.400 por mês

Para quem fabrica o próprio composto:


Lucro Bruto = R$ 12.500,00
Gasto com composto = R$3.000,00
Outras despesas = R$1.000,00
Então: R$ 12.500,00 - (R$ 3.000,00+ R$ 1.000,00) = R$ 8.500,00
Lucro líquido
R$ 8.500,00 / 5 meses = 1.700,00 por mês

É possível produzir esta quantidade de cogumelos em apenas uma estufa de 120m² em


canteiros de solo. Uma estufa de 10x12 da para fazer aproximadamente 60m² de canteiros
onde caberá 5.000 quilos de composto.

CONCLUSÕES

Os fungos são importantes em diversos meios, é uma ótima oportunidade para abertura
de um negócio voltado ao cultivo de espécies utilizadas principalmente para a alimentação.
Tendo em vista que cada vez mais pratos da gastronomia brasileira começam a receber esse
ingrediente difundido nos países orientais.
ANAIS – XXXFCMat

399
Ele é uma fonte de proteínas saudáveis, comparado
comparado com outros tipos de fontes com a
carne vermelha, é através do cogumelo que temos uma grande fonte de proteínas com valor
calórico pequeno.
Os fungos por sua vez, possuem um custo baixo no seu cultivo, tendo a necessidade
apenas de ser irrigado na medida
medida correta, para garantir a qualidade e fonte de energia. O
mercado brasileiro vem descobrindo esse reino e sua produção vem aumentando
gradativamente ano a ano.
É importante verificar que em um pequeno espaço há a possibilidade de produção com
um retornoo de investimento certo devido a procura das espécies abordadas no trabalho.
Podemos perceber a grande variedade de assuntos matemáticos que o tema nos trás,
desde a equação do primeiro grau, com a função custo e receita, a árvore das possibilidades,
área, regras de três e dados estatísticos, além de trabalhar a interdisciplinaridade colaborando
para a aprendizagem fixando o conteúdo com exemplos práticos.

REFERÊNCIAS

BRUM, A.A.. Perfil enzimático e degradação lignocelulósica durante o crescimento


vegetativo substratos. 2005. 91f. Dissertação
tivo de Agaricus brasiliensis em diferentes substratos.
(Mestrado em biotecnologia) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.

CAZORLA, I. e SANTANA, E. Tratamento da informação para o ensino fundamental e


médio. Itabuna, BA: Via Litterarum, 2006.

GERRITS, J.P.G. Nutrition and compost. In: The Cultivation of mushrooms.


mushrooms
FirstEnglishedition, 1988, 29-72
72

COGUBRAS. Passo a passo de como cultivar seu kit.


kit. Disponível em:
<http://cogubras.com.br/>. Acessado em: 01 set. 2014.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
GEOMETRIA X FUTEBOL1

INÁCIO, Agne2; OCHNER, Vinícius Gabriel3; SILVA, Cristiane Pohl de Souza Pinto e4.

RESUMO: Podemos observar no campo de futebol várias figuras geométricas, vários ângulos, segmentos de
retas, pontos, circunferências, raio, diâmetro, podemos trabalhar com medidas e suas transformações. O objetivo
do trabalho é construir uma maquete de um campo de futebol proporcional à medida real e no mesmo representar
o desenho tático formado por diversas figuras geométricas como triângulos e quadriláteros e identificar também
seus ângulos para melhor compreendê-los. Foi necessária a utilização de régua para medir de maneira
proporcional as medidas do campo e os polígonos, compasso para calcular o raio da circunferência e transferidor
para identificar as medidas dos ângulos dos polígonos. Cada grupo representou um país e falou sobre sua
participação na copa, explicou a tática na maquete, os polígonos formados e os ângulos de cada um. Dessa
maneira houve a culminância do trabalho onde conheceram um pouco sobre cada país, sua tática de jogo com
seus polígonos e ângulos.

Palavras-chave: Ângulos. Triângulos. Quadriláteros. Medidas. Escala.

INTRODUÇÃO

Para mudarmos a visão dos alunos sobre a Matemática, considerada por eles uma
disciplina chata, difícil, desinteressante, é preciso torná-la prazerosa, útil e interessante.
Segundo D’AMBRÓSIO (2001), o grande desafio que nós, educadores matemáticos,
encontramos é tornar a Matemática interessante, isto é, atrativa, relevante, isto é útil e atual,
isto é, integrada no mundo de hoje.
Só conseguiremos alcançar o nosso objetivo de tornar a Matemática uma ciência
gostosa e interessante quando torná-la aplicada, mostrando suas aplicações principalmente
fora da escola, na vida real do aluno. Hershkowitz citado por Fainguelernt (1999), diz que a
Geometria é o ponto de encontro entre a Matemática como teoria e a Matemática como um
recurso, ou seja, a Geometria é a ponte, a ligação do conteúdo teórico e o conteúdo prático.
Podemos considerar também que a Geometria está sempre presente em nossas vidas, é
só olharmos nosso cotidiano, sempre tem uma figura geométrica, um ângulo, uma área, um
volume para ser calculado, uma medida para ser transformada e um espaço para ser inovado.
Isso é possível com a ajuda da Geometria.
Para tornar o ensino mais aplicado, mais acessível para o aluno, de forma que ele
consiga usar a Matemática e a Geometria como uma ferramenta que irá ajudá-lo na sua
caminhada, a linguagem desempenha um papel importante na constituição deste
conhecimento.
O objetivo é mostrar uma Geometria mais aplicada, mais prática, mostrando que se
pode ensinar Geometria plana em parceria com um esporte que é paixão nacional, o
futebol. Segundo (FILLOS, 2006), a Geometria está em todos os lugares, principalmente nos
campos e nas quadras de futebol. Silva (2004), fala sobre a Geometria aplicada no campo de
futebol e algumas curiosidades interessantes, como área do campo de jogo, área do círculo

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EM Valentim João da Rocha – Joinville.
2
Aluno do Ensino Fundamental Séries Finais – 6º ano.
3
Aluno do Ensino Fundamental Séries Finais – 6º ano.
4
Professor Orientador, EM Valentim João da Rocha, cristiane.pohl@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

401
central, ass figuras geométricas encontradas no campo, e ainda mostra vários esquemas de
times de todo o mundo e as figuras geométricas formadas por estes esquemas.
Desta forma, podemos tornar o ensino da Matemática, ou seja, da Geometria mais
atraente, mais útil, mais
is interessante e instigante ao aluno. Aprendendo Geometria e ao
mesmo tempo descobrindo os encantos de um esporte que é a paixão da maioria dos
brasileiros.

MATERIAL E MÉTODOS

Durante o desenvolvimento do projeto foi utilizada a indução para que os alunosalun


concluíssem cada uma das etapas propostas e conteúdos, passo a passo. Os alunos fizeram
parte da construção do conhecimento.
Primeiramente foi pedido aos alunos que pesquisassem o tamanho real de um campo
de futebol e os mesmos descobriram que o tamanho é de cento e dez metros de comprimento
por cinquenta e cinco metros de largura. Da mesma maneira, foi questionado o tamanho que
poderíamos construir um campo de futebol com maquetes. Primeiramente os alunos falaram
um metro e dez por cinquenta e cinco centímetros,
centímetros, mas através da régua de um metro eles
concluíram que o tamanho seria inviável. Então se argumentou quantas vezes poderíamos
reduzir a área do campo e sugeriu-se
sugeriu pela metade.
Os conteúdos trabalhados primeiramente foram medidos de comprimento e escala.
Pela transformação de medidas de comprimento precisamos multiplicar por cem o valor,
então de cento e dez metros o valor se transformou em onze mil centímetros e cinquenta e
cincoo metros se tornou cinco mil e quinhentos. O valor foi muito maior do que os alunos
esperavam, o valor aumentou ao invés de diminuir como era o objetivo inicial. O objetivo da
escala é reduzir, primeiramente o que aumentou pela transformação: cem vezes e depois
d pela
metade, ou seja, resultou na escala um por duzentos.
Depois de todos os valores do desenho transformados pela escala, os alunos deveriam
montar um esboço da maquete em uma cartolina, mas para isso tiveram dificuldade com o
raio da circunferência,, no qual foi utilizado o compasso para auxiliá-los.
auxiliá los. Do mesmo modo o
transferidor foi usado na construção dos polígonos, pois se ele precisava construir, por
exemplo, um triângulo equilátero, seus ângulos devem medir sessenta graus.
Após a construção matemática,
matemática, foi trabalhado juntamente com a professora de artes os
materiais mais adequados para a construção da maquete e a maneira correta da pintura. Com o
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

professor de educação física foi discutido as diversas formações de táticas de futebol e


trabalhadas com
om os alunos, assim aplicando a matemática nas demais matérias.
Prontas as maquetes, os alunos precisavam explicar cada um dos polígonos designados
e falar um pouco da tática de jogo do país que representava. Os alunos encontraram respostas
que não esperavamam descobrir sozinhos e construíram maquetes de papelão e tinta guache que
superaram suas expectativas. O conhecimento adquirido foi surpreendente em duas semanas
de aula (dez aulas) e se o mesmo conteúdo houvesse realizado com aulas expositivas, levaria
mais
ais tempo e não impactaria da mesma forma.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Primeiramente foram estudadas as medidas oficiais de um campo de futebol para
encontrarmos as medidas proporcionais que utilizaríamos na maquete. A figura abaixo
demonstra o modelo entregue aos alunos no momento na discussão dos conteúdos de
transformação e escala, após obter a resposta da pesquisa do tamanho do campo.

Figura 1. O campo e suas medidas oficiais.

Os alunos trabalharam juntamente com a professora de artes para a pintura correta das
linhas para que as medidas não fossem alteradas por motivo de falta de instrução. Resultando
em trabalhos geometricamente mais corretos.

Figura 2. Construção da maquete.

Juntamente com o professor de educação física, observou-se que até os dias de hoje, as
táticas que foram aplicadas antigamente e estudadas através das maquetes são utilizadas por
ANAIS – XXXFCMat

403
muitos times, ou seja, as formas geométricas: triângulos, losangos e quadrados ainda fazem
parte das táticas mais atuais.
Segundo Lobo (2003) nos idosi anos 50, tempo do WM, impôs-se se o lendário quadrado
do meio campo. Hoje, a geometria mudou. Ao lado do idolatrado losango com rombo,
destaca-se,
se, o jogo de triângulos que faz a alma de muitas grandes equipas da atualidade.

CONCLUSÕES

Juntamente com os alunos obtive um resultado além do esperado, no qual houve


envolvimento interdisciplinar. Vivemos um ano de copa de mundo em que todos pensamos no
futebol e assistimos os jogos, então a aplicabilidade do trabalho foi adequada ao momento.
Cada uma das etapass desenvolvidas juntos obteve êxito, pois houve participação e
interesse dos alunos. Todos os grupos compostos de apenas três alunos trabalharam juntos
para que cada processo estivesse correto, um aluno corrigindo o outro se algum ângulo,
medida ou uso de algum instrumento estivesse incorreta.
Como é grande a paixão pelo futebol no nosso país percebi que foi realizada essa
transferência para que a maquete ficasse perfeita, onde houve equipes que fizeram até três
vezes o trabalho, para que sua maquete ficasse
ficass perfeita.
Os alunos conseguiram vivenciar a geometria e repassá-la
repassá la ao seu dia-a-dia,
dia atingindo o
objetivo do trabalho. Ao confrontá-los
confrontá los quais eram os triângulos e quadriláteros estudados nas
apresentações das equipes os mesmos conseguiram apresentar cada cada um corretamente e com
facilidade.
A Matemática, em particular a Geometria é uma ferramenta para interpretação da
nossa vida. E para se chegar aos resultados esperados de uma aprendizagem satisfatória, é
necessário tornar a Matemática uma ciência prática, útil, interessante e principalmente
aplicada ao cotidiano. Através de uma partida de futebol e de suas características, todas estas
associadas à Geometria, conseguimos tornar o ensino da Matemática mais interessante.

REFERÊNCIAS

D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Desafio


Desafio da Educação Matemática no novo milênio. Revista da
Sociedade Brasileira de Matemática, São Paulo, ano 8, n. 11, p. 14-17,
14 17, dez. 2001
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

FAINGUELERNT, E. K.; Educação Matemática: Representação e Construção em geometria.


Porto Alegre: Artmed, 1999.

FILLOS, S, Leoni Malinoski. O ensino da geometria: depoimentos de professores que fizeram


história. Disponível em: <http://www.fae.ufmg.br/>. Acesso em: 23 mar. 2007.

LOBO, Luis Freitas. A Geometria do Futebol. Planeta do Futebol, 2003. Disponível em: <
http://www.planetadofutebol.com/artigos/a
ww.planetadofutebol.com/artigos/a-geometria-do-futebol>.
futebol>. Acesso em: 17 abr. 2014.

SILVA, G. Esquemas táticos. Disponível em: http://cev.ucb.br/qq/gilson/esquemast.html.


Acesso em: 24 fev 2008.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
GRANDEZAS E SUAS RELAÇÕES MATEMÁTICAS1

GOMES, Higor Ronaldo2; CARVALHO, Thaina Heidrich3; MACIEL, Jonas Pereira4.

RESUMO: Estando na grade curricular a introdução ao tema de relações e funções, onde as grandezas
matemáticas utilizadas como base de trabalho pedagógico são genéricas e descontextualizadas, buscou-se a partir
da observação do ambiente escolar identificar grandezas que estariam inseridas no contexto e analisar suas
relações e comportamentos quando comparadas entre si. Exemplos variados surgiram de grandezas que se
modificam a partir de alterações em outras grandezas comprovando o fato de estarem relacionados, logo traçou-
se o objetivo principal compartilhar essas relações e mostrar a partir de situações simples que algumas relações
podem ser generalizadas e estudas a partir do plano cartesiano fundamentando assim a importância do tema no
currículo, demonstrações de relação entre grandezas, uso do Excel para gerar os coeficientes das funções e uma
explanação objetiva são a proposta desse trabalho.

Palavras-chave: Grandezas Matemáticas. Relação. Função.

INTRODUÇÃO

A Matemática é uma ciência que relaciona o entendimento coerente e pensativo com


situações práticas habituais. Ela compreende uma constante busca pela veracidade dos fatos
através de técnicas precisas e exatas. Ao longo da história, a Matemática foi sendo construída
e aperfeiçoada, organizada em teorias válidas e utilizadas atualmente. Ela prossegue em sua
constante evolução, investigando novas situações e estabelecendo relações com os
acontecimentos cotidianos.
É considerada uma das ciências mais aplicadas em nosso cotidiano. Um simples olhar
ao nosso redor e notamos a sua presença nas formas, nos contornos, nas medidas. As
operações básicas são utilizadas constantemente, e os cálculos mais complexos são concluídos
de forma prática e adequada de acordo com os princípios matemáticos postulados.
Possui uma estreita relação com as outras ciências, que buscam nos fundamentos
matemáticos explicações práticas para suas teorias. Dizemos que a Matemática é a ciência das
ciências.
Determinados assuntos ligados à Química, Física, Biologia, Administração, Contabilidade,
Economia, Finanças, entre outras áreas de ensino e pesquisa, utilizam das bases matemáticas
para estabelecerem resultados concretos e objetivos
Numa época em que o aprender supera a necessidade de memorizar conceitos e regras,
onde o saber utilizar e bem utilizar uma definição é essencialmente a raiz de um aprendizado
significativo, o tema proposto de introdução as funções matemáticas se fortaleceu a partir de
situações cotidianas e do ambiente escolar, instrumentalizando as diversas habilidades
inserida no contexto contribuindo para uma maior eficácia das competências a serem
consolidadas. Resgatar a prática investigativa do educando no objetivo de encontrar grandezas
e reconhecer suas relações e a utilizar a tecnologia a favor do aprendizado justifica toda a

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Pura; Instituição: Escola Monteiro
Lobato – Balneário Piçarras.
2
Aluno expositor, igor@hotmail.com.br.
3
Aluna expositora, thaina@hotmail.com.br
4
Professor Orientador, Escola Monteiro Lobato , jonas@hotmail.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

405
ação
ção desenvolvida durante o terceiro bimestre com a turma do 9° ano 2 da Escola Monteiro
Lobato. A turma possui 20 alunos com idades entre 13 e 16 anos.
Focando nos objetivos a serem alcançados, como o de compreender o significado de
grandezas matemáticas; bem como identificar as grandezas matemáticas em situações
cotidianas e determinar relações entre si, estabelecendo comportamentos diretos e inversos
expressando algebricamente essas relações a partir de funções polinomiais do 1º e 2º grau
norteiam todo trabalho
rabalho desenvolvido e que será apresentado a fim de estimular novas ações
resgatando não só a importância mas principalmente o prazer em aprender matemática
Assim, por convivermos cercados por grandezas matemáticas, nas mais diversas
situações, tocamos e somos tocados, dependemos delas para viver e não a reconhecemos,
mudar essa realidade foi nosso ponto de partida.

MATERIAL E MÉTODOS

A partir de uma conversa sobre o significado da palavra grandeza e seu uso em


diversos contextos, se delimitou dentro do contexto matemático e em grupos pré estabelecidos
iniciou-se
se uma vistoria no prédio escolar identificando e registrando em cadernos todas as
grandezas matemáticas encontradas para que após pudessem ser expostas ao grande grupo
para socializar as descobertas e identificar grandezas comuns entre os grupos.
Segue abaixo a lista de algumas grandezas observadas:

• Comprimento, largura, altura, área, volume, quantidade de objetos (lajotas, azulejos,


carteiras em um local, velocidade, tempo na execução de uma determinada ação, número
de alunos e funcionários.

Após a primeira triagem, um bate papo coordenado pelo professor teve como objetivo
levá-los
los a reflexão sobres as relações que determinadas grandezas estabelecia com outras e
instigar um estudo maiss minucioso.
Na leitura do volume de objetos quaisquer, verificamos que um bloco retangular tinha
seu volume dependente de suas dimensões, realizada diversas simulações de objetos sendo
submergidos dentro dos blocos com água se oportunizou a calcular os volumes
volumes e perceber que
comprimento, largura e profundidade são grandezas que se relacionam diretamente entre si.
Uma vez que foi exposto que o volume do bloco retangular se fundamenta na
igualdade:
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

V= a.b.c, onde a representa o comprimento, b a largura e c altura do bloco retangular.

E a alteração na altura do nível da água dentro do bloco sendo provocado pela


submersão do objeto se concluir que ao calcularmos o volume antes e depois de ter
submergido o objeto e encontrarmos a diferença dos volumes isolaríamos
isolaríamos aproximadamente o
volume do objeto em questão.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Com tampas de garrafas pets com um furo central de diâmetros diferentes estabeleceu-
estabeleceu
se a observação do tempo de esvaziamento das garrafas podendo assim reconhecer a relação
inversa entre as grandezas analisadas.

Diâmetro utilizados (3mm, 6mm e 9mm) e uma garrafa de 500ml e o tempo se


mostrou inverso ao diâmetro utilizado em cada momento, ou seja, quando maior o diâmetro
menor foi o tempo que levou para o esvaziamento da garrafa com água.

eguida o estudo das rodas e das catracas das bicicletas também contribuíram
Logo em seguida
para o alcance do objetivo proposto, onde as variações dos tamanhos das rodas de bicicleta
foramdetalhados em suas dimensões e aplicados nas equações:

. A trajetória de uma bola que em queda demonstrou relação entre o tempo de queda e a
trajetória parabólica que descrevia, bem como as relações métricas entre as dimensões de
figuras planas e suas respectivas áreas.Que a partir do uso do programa Excel pode se
conhecer os coeficientes das funções que ao simularmos desenhavas a linha gráfica que
descrevia aproximadamente a trajetória da bola
bo no experimento.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Quando se identificou que a área de uma figura retangular estava diretamente


relacionada as suas dimensões, se registrou dimensões de figuras retangulares quaisquer:

Descrição med (comprimento) med( largura) med (área)


sala de aula 8m 6m 48 m²
tampo da mesa do 0,7 m 0,50 m 0,35 m²
aluno
quadro de giz 3m 1,2m 3,6 m²
refeitório 12m 9m 108m²

Comprovando que ao aumentarmos as dimensões da forma retangular ocorre um


aumento proporcional de sua área, bem como de seu perímetro. Estendendo essa constatação
para outras figuras planas, como por exemplo triângulos e em especial os triângulos
retângulos que além da relação da área com seus lados o tamanho da hipotenusa também varia
de acordo com a medida dos catetos, ficando evidente em algumas observações feitas no
ambiente escolar.
Já no outro momento ocorreu a observação do tempo de escoamento da água na
garrafa de 500ml com a variação
variação do tamanho do furo da tampa que levou a comprovar a
relação inversa que essas grandezas em questão se comportam:
ANAIS – XXXFCMat

407
Recipiente volume de água Diâmetro do Tempo(s)
(ml) orifício
garrafa pet 200ml 3mm 120 s
500ml
garrafa pet 200ml 6mm 75 s
500ml

O experimento da bola que era solta de uma determinada inclinação e ao se chocar


com o solo desenvolvia uma trajetória parabólica foi executada e a partir dos dados numéricos
o uso do programa Excel a fim de identificar os coeficientes da função tanto do 1° grau
quanto do 2° grau, para que simulando valores fosse possível estudar o comportamento das
grandezas e a partir de sua linha gráfica identificar particularidades e o intervalo de validade
da função.
Enfim a observação, registro dos dados numéricos e sua generalização com a ajuda do
programa Excel desenvolveram não só as habilidades matemáticas mas principalmente a
sensibilidade dos alunos e alunas para o que está ao seu redor.

CONCLUSÕES

Ao fim das observações e intervenções na rotina escolar evidenciou-se


evidenciou um gradativo
interesse pelo ensino matemático, bem como o aumento da sensibilidade em não só identificar
as grandezas matemáticas envolvidas no dia a dia deles, mas também o domínio entre eles,
uns partilhavam com o outro suas descobertas, suas dúvidas, a interatividade foi o ponto forte
do trabalho e sem exceção o entendimento da proposta da ação que buscava compreender as
grandezas matemáticas, relacionar entre si e identificar
identificar suas particularizadas.
As experimentações fundamentaram as hipóteses demonstradas pelos alunos e
fomentaram a discussão sobre as variações que poderiam acontecer e as suas causas. Logo, a
independência cognitiva começou a se evidenciar uma vez que cada cada um já buscava por si
respostas para as diversas situações que aconteciam durante as experimentações.
Diante disso, pode-se
se afirmar que os resultados obtidos vieram de encontro àquilo que
almejávamos e que a descoberta e redescoberta da matemática aconteceu
aconteceu de forma natural e
prazerosa.
XXX Feira Catarinense de Matemática

REFERÊNCIAS
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Projeto Araribá: matemática / organizadora Editora Moderna; obra coletiva concebida,


desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editor responsável Fabio Martins de
Leonardo - 3 ed. - São Paulo: Moderna 2010.

Imenes, Luiz Márcio. Matemática: Imenes&Lellis/ Luiz Marcio, Imenes, Marcelo Lellis 1 3d.
São Paulo, Moderna, 2009.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
IMPOSTOS: UM QUESTIONAMENTO MATEMÁTICO1

LEITEMPERGHER, Bruna Laila2; SPECKORT, Leandro Rafael3;


FIAMONCINI, Andreia Sheila Zatelli4.

RESUMO: O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo e todos são atingidos em maior ou menor
grau. O cidadão brasileiro trabalha em média, cinco meses no ano só para pagar impostos. Sem
percebermos,pagamos impostos que em cada produto que compramos e até mesmo em cada conta que pagamos.
Sabemos que precisamos pagar impostos, pois são com eles que o governo investe em saúde, educação e
segurança ou, pelo menos, deveria investir. O problema é que nem sempre temos esse retorno. O governo
arrecada muito, em contrapartida não devolve na mesma proporção para a população, o que podemos ver é
professores mal remunerados, hospitais sem remédios e sem médicos, policiais desmotivados, greves em todos
os setores de nosso país e, por fim, uma população cansada de tanta corrupção por parte de governantes, de tanto
dinheiro mal aplicado e de tantos impostos pagos sem reflexos positivos para a população brasileira.

Palavras-chave: Impostos. Dinheiro. Reflexos.

INTRODUÇÃO

O projeto Impostos: um questionamento matemático; foi desenvolvido com alunos do


7ºano, da Escola Municipal Maurício Germer, tendo como objetivo conscientizar a todos
sobre o seu papel de cidadão no mundo, bem como a compreensão de que todos, indiferente
de sua renda pagam impostos, são atingidos pela carga tributária e portanto, devem lutar pelos
seus direitos básicos. A escola tem como função social englobar os assuntos acerca do mundo,
ser humano, sociedade e educação, conforme está escrito nos Proposta Curricular do
Município de Timbó “... compreende-se a escola, enquanto instituição educativa, a partir de
suas dimensões ideológicas, políticas, filosóficas, pedagógicas, culturais e sociais, englobando
as dimensões do ser humano em sua totalidade. Historicamente entendida como transmissora
de conhecimentos e difusora de valores ideológicos, a escola, assim como toda a sociedade,
vem passando por profundas transformações. Se antes limitada por um modelo estático,
caminha agora para a consolidação de um paradigma dinâmico, no qual a educação não se
apresenta como instrumento de elitização, mas como promotora de formação humana, com
práticas estratégicas no convívio dos diversos grupamentos sociais” ( Proposta Curricular da
Rede Municipal de Ensino de Timbó, 2008, p. 33). Nessa perspectiva, cabe também ao
educador criar e desenvolver formas de promover esse saber. “Cabe ao ensino integrar
informação, conhecimento e saber. Dificuldades relativas a essa integração comprometem o
cumprimento de uma das principais funções da escola - a de promover a socialização do
saber” (Bicudo, 1999, p. 156). O aluno já vem de casa com algum saber, algum conhecimento
a cerca do mundo, portanto, para que o aluno tenha uma aprendizagem significativa, o
professor precisa fazer uma relação com aquilo que o aluno conhece e o conteúdo a ser
estudado. Encontra-se muita resistência por parte dos alunos em aceitar a Matemática como

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EM Maurício Germer – Timbó.
2
Aluno expositor. brunalaila19@gmail.com.
3
Aluno expositor. leandrole1810@gmail.com.
4
Professor Orientador, EM Maurício Germer, aszatelli@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

409
sendo parte presente em todas as situações vivenciadas por cada um. A Matemática, durante
décadas, vem sendo encarada pelos alunos como sendo um “bicho de sete
sete cabeças”, algo sem
sentido, pois os alunos não conseguem fazer essa ligação entre a teoria com a prática, e o
professor torna-se,
se, portanto, peça fundamental nessa relação.

MATERIAL E MÉTODOS

Trabalhando a relação teoria/prática e os impostos que nos cercam, inicialmente


fizemos uma visita ao depósito de um supermercado da cidade de Timbó, onde pudemos ver a
preparação das cestas básicas, com os alimentos que a compõem. São dois tipos de cestas
básicas, classificadas como Sacolão A e Sacolão B. Em seguida, fomos ao supermercado onde
realizamos a pesquisa de preços dos produtos e com a coleta desses dados, fizemos a
comparação de preços entre as cestas básicas tipos A e B, e a diferença de preço comprando a
cesta pronta, ou os produtos
produtos separadamente. Estes dados foram transformados em
porcentagens. Com os dados da cesta Sacolão A, pesquisamos no site
https://www.ibpt.org.br/,, no linklupa no imposto, a porcentagem de impostos que pagamos
em cada produto. Esses dados foram colocados em uma tabela e consequentemente
transmitidos em uma gráfico de colunas para uma melhor interpretação. Utilizamos conceitos
como proporção e regra de três simples, porcentagem e Estatística na construção e
interpretação de tabelas e gráficos. Os alunos trouxeram cupons fiscais para a sala de aula,
onde estudamos e interpretamos as informações contidas em cada cupom, e pudemos analisar
os tributos os quais pagamos por cada produto, relacionando a porcentagem com o valor
correspondente
orrespondente em dinheiro. Analisamos também a carga tributária embutida no preço da
gasolina e, com isso, criamos uma situação-problema,
situação problema, relacionando a quilometragem que um
carro faz com um litro de gasolina, e quanto iria se gastar para vir todos os dias de carro para
a escola. Também trabalhamos com vários tipos de carros, bem como fizemos a comparação
em economia, além de trabalhar conceitos como razão e proporção, operações com números
decimais, comparação do gasto com o imposto imbutido e sem o imposto
imposto e consumo mensal .
Fizemos um gráfico de setores para analisarmos as porcentagens correspondente à gasolina e
ao imposto pago sobre a mesma e fizemos uma comparação com os valores obtidos e com
algum bem de consumo que os alunos gostariam de comprar. TambémTambém relacionamos questões
sobre saúde, exercício físico, renda familiar. Trabalhando a saúde, pesquisamos sobre
impostos de medicamentos populares, como remédios para dor de cabeça, ou para o estômago
que não precisam de prescrição médica para a sua compra.
compra. Porém, no decorrer do trabalho,
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

conhecemos o site https://www.cuidadoscomavida.com.br/,


https://www.cuidadoscomavida.com.br/, onde há o programa “cuidados
pela vida”. Esse programa oferece descontos na compra de dermocosméticos e medicamentos
medicamen
prescritos pelos médicos com a qualidade Aché, além de informações e materiais sobre saúde
que vão auxiliar no dia a dia dos participantes. O participante faz o cadastro e pode ganhar o
desconto do imposto sobre o medicamento. Realizamos um trabalho interdisciplinar
interdisciplinar com a
disciplina de Inglês e Artes, na confecção de uma maquete representando uma casa e os
móveis que a compõem. Os alunos estudaram os nomes dos móveis em Inglês, materiais e
técnicas para a construção da maquete em Artes, e trabalharam na Matemática a escala, para
reproduzir as medidas reais da casa, a área e as porcentagens de impostos sobre cada item,
relacionando essas porcentagens com os valores em dinheiro. Para esse trabalho

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
interdisciplinar os alunos trouxeram folders de lojas diversas. Para finalizar, juntamente com
as disciplinas de Informática e Português, produzimos algumas cartilhas de conscientização
sobre os impostos.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Desenvolver este projeto nos proporcionou um aprendizado de forma interdisciplinar,


além de cada aluno perceber que todos somos cidadãos atuantes no meio em que vivemos, e
que todos pagamos impostos de forma direta ou indireta. Na construção das tabelas e dos
gráficos, transmitimos os dados com clareza e objetividade, e com o uso fazermos uma
melhor interpretação dos mesmos, sejam notícias veiculadas em jornais, revistas, livros,
internet ou na TV. Usamos diversos gráficos, sejam eles de setores, (popularmente conhecido
gráfico de pizza), gráfico de barras, e gráfico de segmentos. Cada tipo de gráfico tem as suas
indicações, como por exemplo, o gráfico de coluna é muito usado para comparar quantidades.
Já o gráfico de setores é usado quando se quer mostrar quantas partes algo ocupa de um todo,
e, seu resultado é sempre apresentado na forma de porcentagem. Mesmo que o termo
porcentagem seja muito utilizado no cotidiano, muitas vezes os alunos não têm essa clareza.
Então para uma melhor compreensão, fizemos o cálculo da porcentagem de impostos sobre os
produtos da cesta básica, da gasolina, de alguns medicamentos e sobre os móveis,
eletrodomésticos e eletrônicos que compõem uma casa. Todos esses dados foram
transformados em valores, assim fazendo a comparação da porcentagem e do dinheiro pode-se
esclarecer melhor esse conteúdo. Trabalhamos uma situação problema criada pela professora
orientadora do trabalho, onde os alunos trouxeram os dados referentes ao carro da família e
com isso calculamos quantos reais por mês o aluno gastaria vindo todos os dias de carro para
a escola, em seguida esse valor foi comparado com e sem o imposto cobrado e por fim,
pudemos relacionar com outros temas, como saúde, e diversão. Exatamente no quesito
diversão e o que os alunos gostariam de adquirir com estes valores, despertou grande
curiosidade por parte dos alunos. Trabalhando noções de medidas, os alunos puderam na
prática, realizar medições com a construção da maquete da casa e transformá-las, utilizaram
régua e trabalharam a área da casa. Por fim, confeccionamos cartilhas de conscientização,
trabalhando a interpretação de textos diversos, envolvendo a tecnologia. Concluindo, foi um
trabalho produtivo, interessante e reflexivo.

CONCLUSÕES

Desenvolver este projeto contribuiu de forma significativa para todos, pois


aprendemos na prática e de forma produtiva, conceitos matemáticos, num trabalho
interdisciplinar. Pudemos ver que a Matemática está presente em todos os setores, as
atividades desenvolvidas durante a realização deste trabalho, nos mostraram justamente isso.
Todos pagamos impostos direta ou indiretamente Somos cidadãos que têm, portanto, o
direito de cobrar o devido retorno em serviços públicos de qualidade, bens de uso público que
elevam a qualidade de vida para todos.
ANAIS – XXXFCMat

411
No decorrer do trabalho, notamos o interesse pelo tema, bem como a relação do
mesmo com a Matemática e aprendendo, portanto, de forma interdisciplinar conteúdos de
suma importância.

REFERÊNCIAS

Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática/Ministério da Educação.


Educação Secretaria da
Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

SOUZA, Joamir Roberto de; PATARO, Patricia Rosana Moreno. Vontade de saber
Matemática.. São Paulo: FTD, 2ª edição, 2012.

BICUDO, Maria Aparecida Viggiani. Pesquisa em matemática: Concepções e


perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999.

Proposta Curricular da Rede de Ensino


E de Timbó.. Timbó: Secretaria Municipal de
Educação, 2008.

INSTITUTO BRASILEIRO DE PLANEJAMENTO E TRIBUTAÇÃO. Lupa no Imposto.


Disponível em: <https://www.ibpt.org.br/
https://www.ibpt.org.br/>. Acessado em 22/05/2014.

IMPOSTOS. A Sombra do Imposto. Disponível em:


<http://www.fiepr.org.br/sombradoimposto/
http://www.fiepr.org.br/sombradoimposto/>. Acessado em: 27/05/2014.

IMPOSTOS. Descubra a carga tributária do produto ou serviço. Disponível em:


<https://www.balancos.com/home/paginaInicial.brcont
https://www.balancos.com/home/paginaInicial.brcont>.
>. Acessado em: 03/06/2014.

CUIDADOS PELA VIDA. Cuidados pela vida: Benefícios para uma vida melhor. melhor
Disponível em: <http://www.cuidadospelavida.com.br/cadastro.aspx
http://www.cuidadospelavida.com.br/cadastro.aspx>.
>. Acessado em
18/06/2014.
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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
KANDINSKY, DO BIDIMENSIONAL AO TRIDIMENSIONAL1

HAFEMANN, Bianca2; FREYN, Jaine Cristina de3;


HOLOVATY, Marize Inez Gulanowski.4.

RESUMO: Este projeto foi desenvolvido com os alunos do 7° ano da EMEF Antônio Estanislau Ayroso, de
Jaraguá do Sul, SC. O projeto teve como ponto de partida a apreciação de obras de Wassili Kandinsky, precursor
da arte abstrata, que retrata num combinado harmonioso formas geométricas elementares que serviram de base
para o estudo da Geometria. Como produto final, obteve-se a releitura feita pelos alunos da obra Composição
VIII do artista, incluindo na mesma, sólidos geométricos, criados a partir da figura plana encontrada na obra de
Kandinsky.

Palavras-chave: Kandinsky. Arte. Geometria plana. Geometria Espacial.

INTRODUÇÃO

A arte disponibiliza inúmeras possibilidades de aprendizagem, e se associada à


matemática, o aluno terá a oportunidade de adquirir conhecimentos de forma leve e
consistente, através de aulas mais atrativas e dinâmicas em abordagem fora do tradicional.
Partindo das obras do artista russo Wassily Kandinsky, cuja beleza das obras é
extremamente representativa e ressalta-se no abstracionismo geométrico, estruturou-se uma
sequência de estudos referentes à vida e obra do artista, bem como ao abstracionismo
geométrico enfatizando o estudo da geometria plana (bidimensional) e espacial
(tridimensional) a fim de propiciar uma aproximação da arte com a matemática no ensino de
conteúdos pré-estabelecidos no currículo escolar para tais disciplinas.
Os conceitos geométricos constituem parte importante do currículo de Matemática, e
por meio deles, o aluno se desenvolve para compreender, descrever e representar, de forma
organizada, o mundo em que vive. A geometria permite o uso dos conceitos elementares para
construir outros objetos mais complexos, e tem o objetivo de levar os alunos a uma percepção
de que a matemática como um todo, se apresenta nas suas mais variadas formas no cotidiano
de cada um. Wassily Kandinsky é apenas um dos muitos artistas que retrata na sua obra
formas geométricas elementares, que quando combinadas formam um todo harmonioso e
equilibrado. É um pouco deste maravilhoso mundo, em que a Matemática e a Arte se fundem
buscou-se explorar, na expectativa de que a realização de atividades unindo as disciplinas
constitua um desafio interessante e contribua para enriquecer o conhecimento sobre Arte e
Geometria.

MATERIAL E MÉTODOS

O ponto de partida para o desenvolvimento do projeto foi na disciplina de Arte, com a


apreciação, das obras Composição VIII de 1923 (Figura 01), e Amarelo-Vermelho, Azul de
1925 (Figura 02), por meio da observação e descrição dos elementos compositivos.
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática aplicada e/ou Inter-relação com outras
Disciplinas; Instituição: EMEF Antônio Estanislau Ayroso – Jaraguá do Sul.
2
Aluna expositora.
3
Aluna expositora.
4
Professora orientadora, EMEF Antônio Estanislau Ayroso, escolaantonioayroso@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

413
Figura 01. Composição VIII, 1923. Óleo sobre tela, 140 x 201 cm.

arelo – Vermelho – Azul, 1925. Óleo sobre tela, 127 x 200 cm.
Figura 02. Amarelo

Foi utilizado o programa Libre Office Impress1 pelos alunos para criar slides com as
definições de arte figurativa e arte abstrata, explorando o programa de modo a fazer uso de
todas as funções como, por exemplo, animação personalizada. Em seguida, os alunos criaram
desenhos figurativos e abstratos utilizando o programa Tuxpaint. As imagens criadas foram
inseridas nos slides desenvolvidos anteriormente, colocando cada uma na sua respectiva
definição: figurativo ou abstrato.
O processo de releitura da obra começou de um esboço com tinta guache utilizando as
cores do círculo cromático: cores primárias, secundárias e terciárias, distribuídas em doze
partes, que serviu como base para a releitura (Figura 03). Concomitantemente, foram
exploradas, na disciplina de Matemática, os conceitos e a construção das formas geométricas
como ângulos, pontos e linhas, fazendo o uso da régua e transferidor,
transferidor, além de muita
imaginação.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Figura 03. Alunos do 7° ano criando a base para a releitura das obras de Kandinsky.

1
A atividade foi desenvolvida em sala de aula, utilizando os netbooks distribuídos no início do ano para cada
aluno dos anos finais, a partir do 7° ano.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Foram estudados os elementos geométricos presentes nas obras, começando pelas
linhas fechadas e abertas, círculos, retas coplanares (que estão em um mesmo plano), entre
elas as retas paralelas, retas concorrentes – perpendiculares e oblíquas – e ângulos agudos,
retos, obtusos.
Os estudos avançaram para as regiões planas ou bidimensionais, baseando-se nos
polígonos, destacando seus elementos – vértices, lados e ângulos internos. Os alunos
utilizaram o netbook (Figura 04) como um recurso no estudo das formas geométricas e
usando o programa Colourpaint ou Tuxpaint, fizeram um esboço da releitura da obra
Composição VIII, do artista, para depois reproduzi-la no papel. Os polígonos que receberam
maior atenção durante os estudos foram os triângulos e os quadriláteros, os quais podem ser
identificados com facilidade nas obras de Kandinsky. Foram construídos polígonos regulares
e traçadas as diagonais com a utilização da régua e do transferidor na base da releitura da
obra.

Figura 04. Alunos do 7° ano planejando a releitura da obra.

Dando sequência ao estudo da geometria e utilizando o livro didático, avançou-se para


o estudo das figuras geométricas espaciais ou sólidos geométricos, que também são chamadas
tridimensionais por terem três dimensões. Nesse estudo foram abordados conteúdos como a
classificação geral dos sólidos (corpos redondos e poliedros), tendo maior ênfase o estudo dos
poliedros (prismas e pirâmides), seguido dos sólidos platônicos, conhecidos como poliedros
regulares, e da Relação de Euler, com a história da Matemática permeando cada assunto
abordado. Essa etapa foi concretizada com a construção de esqueletos de poliedros (Figura
05) com palitos e pedaços de isopor, ou ainda, canudos plásticos e barbante, para a melhor
identificação e visualização dos elementos de alguns sólidos.

Figura 05. Esqueletos de poliedros construídos pelos alunos do 7° ano.

Após estudar sobre as formas geométricas espaciais, e suas características, foi


construído com os alunos obras de colagem em canson A4 (na base criada anteriormente na
ANAIS – XXXFCMat

415
aula de arte) e alguns sólidos geométricos construídos, foram utilizados para substituir as
formas
as geométricas planas que foram identificadas na obra de Kandinsky (Figura 06) onde,
por exemplo, um quadrado serviu de base para um cubo ou uma pirâmide de base quadrada;
um círculo, serviu de base para uma esfera, um cone ou cilindro, e assim por diante. O
trabalho foi sendo desenvolvido na dimensão da arte em conjunto com a matemática visando
boa estética e significação.

igura 06. Releitura espacial da Obra


Figura Obra Composição III, de Kandinsky.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Desde a época Grécia antiga, a Geometria


Geometria vem evoluindo e sendo utilizada como uma
excelente ferramenta para estudo e compreensão do universo. Bem por isso, por si só ela já é
“um
um campo fértil para trabalhar com situações-problemas
situações problemas e é um tema pelo qual os alunos
costumam se interessar naturalmente.”
naturalme (BRASIL, SEF, p. 55). Ao trabalhar a Geometria com
os alunos, o professor deve buscar explorar situações em que sejam necessárias algumas
construções geométricas que permitam ao aluno, uma visualização e a aplicação das
propriedades e conceitos estudados.
estud
Com o estudo da Geometria, o aluno deve desenvolver habilidades que permitam-lhe
permitam
perceber e localizar-se
se no espaço. Diante disso, surge a necessidade de envolvimento de
outras áreas do conhecimento, conforme ressaltam os PCN's:

O trabalho com noções geométricas contribui para a aprendizagem de números e


medidas pois estimula a criança a observar, perceber semelhanças e diferenças,
identificar regularidades e vice-versa.
vice
Além disso, se esse trabalho for feito a partir da exploração dos objetos do mundo
físico, das obras de arte, pinturas, desenhos, esculturas e artesanato, ele permitirá ao
aluno estabelecer conexões entre a Matemática e outras áreas do conhecimento.
(BRASIL, SEF, p.51)
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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

No desenvolvimento da releitura da obra de Kandinsky


Kan pode-se
se verificar que os alunos
tiveram a possibilidade de ampliar os conhecimentos matemáticos – polígonos, sólidos
geométricos, ângulos, perímetro, área e volume – além de explorar sua criatividade e suas
habilidades artísticas e manuais. Os momentos
momentos de construção a partir das planificações dos
sólidos e corpos redondos (cilindro e cone), bem como a construção dos sólidos (tetraedro e
octaedro) com barbante e canudos, foram as que geraram maior inquietação entre os alunos,
pois alguns duvidaram de qual seria o resultado após a montagem dos sólidos. Finalizadas as
construções, era notória a satisfação e o entusiasmo dos alunos com os resultados obtidos.
Durante a construção da releitura, o aluno criou relações entre o estudo dos polígonos
com sua construção,
strução, tornando-se
tornando se capaz de identificar os elementos básicos dos mesmos,

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
classificar os polígonos que construía e ainda aplicar alguns dos teoremas associados a eles.
Como as formas e também as medidas foram exploradas, foram trabalhados conceitos
envolvendo perímetro, área e também volume do cubo e do paralelepípedo, que se destacaram
na releitura feita pelos alunos quando ela passou do bidimensional ao tridimensional.
Além disso, buscou-se utilizar a história da Matemática como um meio de contribuir com a
compreensão dos alunos em torno dos conceitos abordados, tendo em vista que, de acordo
com os PCN's:

[…] conceitos abordados em conexão com sua história constituem-se veículos de


informação cultural, sociológica e antropológica de grande valor formativo. A
História da Matemática é, nesse sentido, um instrumento de resgate da própria
identidade cultural.

Embora não tenha sido o objeto principal de estudos, a história da Matemática


permeou os temas abordados, o que permitiu perceber que a história da Matemática contribuiu
para dar mais significado aos estudos, convidando os alunos a buscar conexões entre os
conceitos e a sua história, e compreender a importância dos avanços nessa área.

CONCLUSÃO

A criatividade, a beleza, o dinamismo e a simetria são qualidades presentes tanto na


Arte quanto na Matemática. Ambas possuem notável potencial de mostrar as estruturas e
padrões que possibilitam a compreensão do mundo que nos rodeia. Assim, foi possível criar,
no processo de releitura das obras de Kandinsky, um diálogo harmonioso entre essas
disciplinas, deixando evidentes a imaginação e o interesse por parte dos alunos pelos estudos
e aplicação das formas geométricas nas obras de Arte.
Não se pode afirmar que todos os alunos desenvolveram pleno domínio da Geometria,
mas, certamente, cada um foi instigado em algum momento, haja vista que as aulas
desenvolvidas durante o processo de releitura, tiveram diferentes formatos, fugindo da
metodologia tradicional de exposição de conteúdos.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Educação – Secretaria da Educação. Parâmetros Curriculares


Nacionais. – 3 ed. V.3 – Brasília: A Secretaria, 2001.

BALL. Johnny. Pense em um número. São Paulo: Caramelo, 2009.

DANTE, Luiz Roberto. Projeto Teláris: Matemática – 1 ed. – São Paulo: Ática, 2012.
ANAIS – XXXFCMat

417
MATEMÁTICA AO CUBO1

SUAVI, Rafaela Fernanda2; SCALZAVARA, Ruan Carlos3; LOTÉRIO, Jaison Fernando4.

RESUMO:: Matemática ao cubo é um trabalho desenvolvido em sala de aula, com os alunos do ensino
fundamental, anos final, onde os mesmos desenvolvem a coordenação motora no desenvolvimento de cubos,
desde o desenho da sua planificação, recorte e colagem. Antes de construir os cubos, os alunos devem ter em
mente o que pretendem montar a fim de montar as quantidades necessárias para o projeto. Após construir os
cubos em seus diversos tamanhos, os mesmos são agrupados a fim de montar figuras, de animais e objetos, o
mais próximo a realidade,, cuidando com os detalhes e características principais. Durante todo o trabalho, o grupo
analisa e reanalisa o trabalho a fim de identificar os erros e observar os detalhes. Por final, o grupo faz a
contagem dos cubos e suas medidas de cada um, com o objetivo
objetivo de calcular a área e o volume individual e total
da figura além de observar as curiosidades encontradas, ou seja, o que aqueles valores representam.

Palavras-chave:: Cubos. Volume. Área.

INTRODUÇÃO

A Matemática ao Cubo é uma atividade aplicada aos alunos alunos para que os mesmos
entendam melhor os cálculos de área e volume de um cubo com mais facilidade, bem como a
construção de objetos e figuras.
O grupo, com o passar da construção do pré-projeto,
pré projeto, vai fazendo modificações
conforme a necessidade, aonde o mesmo
mesmo inclui ou retira cubos, modifica seu tamanho, tudo
para que esse pré-projeto
projeto vire um projeto propriamente dito.
É importante o grupo definir qual é o objeto a ser construído a fim determinar o
tamanho e a quantidade de cubos a serem projetados.
O calculo
ulo da área e do volume, bem como as relações e curiosidades referente aos
mesmos deve ser avaliado no final do trabalho.
Ao propor a atividade, o professor cria na sala, verdadeiras comunidades de
investigações, definidas por Lipman (2011) como um espaço de construção desse pensamento
excelente, onde se aprende em conjunto, de maneira colaborativa, participativa, corretiva e
autocorretiva, sendo o diálogo disciplinado pela lógica o veículo mediador de todos os
processos. É um lugar seguro para o estudante pensar, escutar, dividir opiniões com respeito,
desenvolver questões a partir das ideias de outros, desafiar a si e aos outros para fornecer
razões a opiniões até então não apoiadas, auxiliar uns aos outros ao fazer inferências daquilo
que foi afirmado e buscar
uscar identificar as suposições de cada um. O que me ocorre neste
momento é que uma comunidade com essas características pode tranquilamente contribuir
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

com uma sociedade mais igualitária e democrática, pois vejo que a participação e o
envolvimento de todos é uma necessidade. A Comunidade de Investigação fornece um núcleo
que tanto representa quanto antecipa uma sociedade composta de comunidades participativas -
uma sociedade que é uma comunidade destas comunidades, ou seja, a comunidade em sala de
aula pode desempenhar um papel mediador entre família e a sociedade; entre a formação

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: EEB
Adelaide Konder – Navegantes.
2
Aluna expositora.
3
Aluno expositor.
4
Professor Orientador, EEB Adelaide Konder, profjaison15@gmail.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
cultural ou étnica específica de cada indivíduo e da sociedade como um todo; também é um
mediador entre pressões para solucionar problemas sociais através do consenso democrático,
da investigação científica ou mesmo do poder econômico. Portanto, a comunidade de
investigação pode ser um espaço de construção da democracia sim, desde que a capacidade de
julgar e refletir sejam devidamente desenvolvidos.
O pensamento que deve ser desenvolvido na Comunidade de Investigação deve ter
lógica, padrões, critérios e normas que sejam estabelecidos no diálogo, na relação de
internalização dos comunicados, cuidando para que os valores éticos e morais não sejam
ignorados, por isso que é crítico, criativo e cuidadoso.

MATERIAL E MÉTODOS

A atividade consiste na confecção e criação de cubos, de diversas cores, tamanhos e


texturas e de posse dos mesmos, os alunos se reúnem em grupos e criam seus objetos e figuras
conforme o que a imaginação mandar.
Mais para que o objeto ou a figura crie forma, é necessária que o grupo projete o que
pensa em fazer, criando assim o pré-projeto de seu trabalho. De posse do mesmo o grupo
precisa observar, quantos e de que tamanho os cubos devem ser construídos para que esses
possam ser juntados e começarem a formar o objeto ou a figura previamente projetada.
Observar os detalhes, definir e redefinir as estratégias devem ser levados em
consideração durante todo o trabalho. Organizar a planificação dos cubos de forma para
melhor aproveitar a cartolina além de facilitar o corte, também deve ser levado em
consideração.
Para que tal modelo de educação possa ser efetivo dentro da sala de aula e não se
mantenha apenas como discurso, Lipman diz que é necessário “[...] converter a sala de aula
em uma comunidade de investigação [...]” (2001, p.31). A retenção de informações é, então,
substituída pelo diálogo investigativo em sala de aula, que almeja ser uma efetiva educação
para o pensar. Para Lipman (2001, p.331) estamos diante de uma nova proposta de paradigma
educacional, o paradigma da comunidade de investigação.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após o projeto e o objeto ou figura estarem concluídos, cabe ao grupo, verificar e


cálculos o total da área somada de todos os cubos ali utilizados, bem como seu volume, para a
melhor compreensão e clareza dessas grandezas.
É de fundamental importância, que o grupo, a medida de vai elaborando seu projeto,
faça as devidas anotações, afim de no final, fazer os cálculos necessários para a conclusão do
trabalho.
Segundo Hamson e Lynch (1998), a atividade investigativa destaca a essência do
projeto. Essência esta que consiste na arte de proporcionar ao estudante pesquisador a
oportunidade de desenvolver pesquisa sobre algum tema que é de seu interesse. Dessa forma,
possibilita levá-los a apreciar as estratégias variadas para a solução de um problema de seu
contexto, a aprender a traduzir as relações entre as variáveis do problema de volume, a
exercitar a habilidade de traduzir os resultados e modelos em linguagens adequadas para a
ANAIS – XXXFCMat

419
compreensão geral e a desenvolver competências na expressão escrita e oral de seus
resultados.

A pesquisa em sala de aula precisa do envolvimento ativo e reflexivo permanente de


seus participantes. A partir do questionamento é fundamental pôr em movimento
todo um conjunto de ações, de construção de argumentos que possibilitem superar o
estado atual e atingir novos patamares do ser, do fazer e do conhecer. (MORAES;
GALIAZZI; RAMOS, 2012, p. 15).

CONCLUSÕES

Após o projeto e o objeto ou figura estarem concluídos, cabe ao grupo, verificar e


cálculos o total da área somada de todos os cubos ali utilizados, bem como seu volume, para a
melhor compreensão e clareza dessas grandezas.
É de fundamental importância, que o grupo, a medida
medida de vai elaborando seu projeto,
faça as devidas anotações, afim de no final, fazer os cálculos necessários para a conclusão do
trabalho.
A Matemática ao Cubo é uma atividade que tem como principal objetivo o de
despertar nos alunos que, utilizando apenas um tipo de forma geométrica, conseguimos
construir inúmeros objetos ou figuras e que, se com apenas uma formam conseguimos tudo
isso, podemos compreender melhor do que o nosso mundo é composto, de inúmeras formas
geométricas. Além disso, o mesmo pode e deve deve ser aproveitado como um trabalho
interdisciplinar, no caso da matéria de artes, pois desperta aos alunos todo o trabalho criação e
ilustração dos objetos ou figuras, bem como o colorido e a harmonia das cores ali utilizadas.
Pensar de maneira substantiva significa, por exemplo, pensar só o conteúdo da
matemática, não atentando intencionalmente, ou mesmo desprezando, os procedimentos. A
junção dessas duas maneiras de pensar, ou seja, o pensar relacionado ao procedimento e o
pensar substantivo, constitui, segundo
segundo Lipman, o pensamento que se deve cultivar nas escolas.
Para Lipman, portanto, o pensamento complexo ou de ordem superior se constitui na
inter-relação
relação das duas formas de pensar: o pensar que olha o procedimento e o pensar que
olha os conteúdos. Estaa sua posição supera muitos mal-entendidos
mal entendidos a respeito de um discurso
derivado de certo pensamento escola na vista que muitos males trouxe à educação brasileira e
de outros países, um deles foi o descrédito em relação ao trabalho com os conteúdos. Se havia
uma falta de atenção nas escolas à maneira de pensar dos alunos e a única preocupação era
com o transferir conteúdos, a correção disso não poderia ser feita com as proposições de
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

apenas cuidar do pensar. Os alunos devem, sim, aprender a pensar, e aprender a pensar por si
mesmos, mas isto não pode significar que eles não devam aprender conteúdos, que são a
matéria do pensar. Devem, sim, aprender também a pensar bem, isto é, aprender
procedimentos que os ajudem a pensar cada vez de melhor maneira os conteúdos,
conteúdos ou seja, a
própria realidade, a própria vida.

REFERÊNCIAS

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MORAES, R.; GALIAZZI, M. C.; RAMOS, M. G. Pesquisa em sala de aula: fundamentos e
pressupostos. In: MORAES, Roque; LIMA, Valderez M. do R. Pesquisa em sala de aula:
tendências para a educação em novos tempos. 3. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012.

HAMSON, M. J.; LYNCH, M.A.M. Studente perceptions of large Systems Modelling


Projects. In: GALBRAITH, P. et al. Mathematical Modelling: Teaching and Assessment in a
Techonology – Rich World. England: Horwood Series in Mathematics & Applications, 1998.
p. 55-62.

LIPMAN, Matthew. O pensar na educação. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

RONES, Aureliano de Sousa. Como Fazer da Aula Uma Comunidade de Investigação?:


Uberlândia – MG, 2011. Disponível em:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=37712>. Acesso em: 25
set. 2014.
ANAIS – XXXFCMat

421
MATEMÁTICA APLICADA NA MÁQUINA DE FUMAÇA1

BETTIO, Augusto Romão2; RIBEIRO, Elizete Maria Possamai3.

RESUMO:: Neste equipamento não há fogo onde esse tipo de fumaça aparece. Usam-se
Usam se três tipos de produto. O
mais comum é o gelo seco, que nada mais é um gás carbônico congelado a 72 graus Celsius negativos. Quando
liberado, forma gotículas que parecem fumaça. Não faz mal para o ser humano, mas pode provocar em lugares
fechados um miniefeito estufa.
stufa. O que motivou a construção deste equipamento é que hoje em dias as festas são
amimadas com vários tipos de decorações, animações e equipamentos pirotécnicos, no entanto os preços não são
acessíveis. Este equipamento pode animar as festas sem muitos equipamentos pirotécnicos e com pouco
dinheiro. Na montagem dessa máquina você vai precisar de materiais elétricos novos e reciclados. Para que a
máquina funcione é necessário à velha e boa criatividade e uma pequena quantidade de dinheiro, de
aproximadamente
ente R$40.00. Use a máquina de fumaça com o uso da matemática aplicada, para que sua festa seja
inesquecível aos seus convidados.

Palavras-chave:: Matemática aplicada. Máquina de fumaça. Glicerina.

INTRODUÇÃO

Uma máquina de fumaça produz o efeito de névoa forçando uma solução à base de
água por meio de aquecimento. Quando o líquido é aquecido a uma temperatura específica,
ele vaporiza produzindo uma fumaça inofensiva.
inofensiva
Neste equipamento não há fogo onde esse tipo de fumaça aparece. Pode-se
Pode usar três
tipos
pos de produto. O mais comum é o gelo seco, que nada mais é que gás carbônico congelado
a 72 graus Celsius negativos. Quando liberado, forma gotículas que parecem fumaça. Não faz
mal para o organismo, mas pode provocar um miniefeito estufa em lugar fechado.fechado “O gás
carbônico absorve muito o calor e esquenta o local”, diz o químico (VANIN, ( 2014) da
Universidade de São Paulo.
Outro método, frequente no teatro, é a mistura de água e glicerina. Esquentada, ela
condensa. O único inconveniente é que a fumaça, quando
quando depositada em algum lugar, fica
grudenta.
Como se sabe que a Matemática está presente em várias situações de nossa vida, se
olhar ao nosso redor pode-se se notar sua presença, nos formatos dos objetos, nas medidas de
comprimento, volume, na escola, em casa, no lazer e nas brincadeiras. Seu desenvolvimento
está ligado à pesquisa, ao argumento, ao interesse por descobrir o novo, investigar situações, é
a ciência do raciocínio lógico.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Desde a Antiguidade, a necessidade do homem de relacionar os acontecimentos


naturais ao seu cotidiano despertou o interesse pelos cálculos e números. O surgimento do
sistema de numeração decimal provocou um enorme avanço no desenvolvimento da
Matemática, pois as teorias matemáticas e a suas aplicações pode-se pode montar este
equipamento, intitulado máquina de fazer fumaça.
Este trabalho tem por objetivo fazer uma máquina de vapor para alegrar a festa de
pessoas que não tem dinheiro para alugar uma simples maquina de fumaça.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: IFC Campus Sombrio – Sombrio.
2
Aluno da Escola Servos de Maria, augustoromaodebettio@hotmail.com.
augustoromaodebettio@hotma
3
Professora Orientadora, IFC – Campus Avançado Sombrio, elizete@ifc-sombrio.edu.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
MATERIAL E MÉTODOS

Para a montagem da máquina de fumaça é necessário à compra de materiais, como


também se pode utilizar materiais reciclados para que o custo da produção não terne inviável.
Primeiramente listam-se os materiais para a montagem da máquina e no segundo momento
listam-se os ingredientes para fazer a fumaça.
Para fazer essa máquina você necessita-se de materiais conforme descrito a baixo:
- Um metro e meio de fio 0,75 mm paralelo pp.
- Um metro de fio 2,5 mm paralelo (4X!) pp.
- Dois metros de cano de cobre.
- Quatro interruptores.
- Uma resistência.
- Bomba de água (essa bomba pode ser aquela que joga água no para-brisa de carro).
- Dois transformadores de 12 volts.
- Um chicote com duas entradas.
- Uma caixa de madeira.
- Três lâmpadas de led.
- Um dimer controlador de tempo.
- Lã de vidro
Componente (ingredientes) para fazer o líquido que gera fumaça:
- Glicerina líquida- Álcool normal (álcool 92°)- Água A mistura deverá ser em proporções
iguais, por exemplo: 100 ml de Glicerina + 100 ml de Álcool+ 100 ml de Água você poderá
colocar perfumes e sucos, os perfumes para darem cheiro e os sucos para darem cor. Como
também se pode comprar o liquida pronto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram necessários os cálculos de proporção, operações com números inteiros,


fracionários, sistemas de medidas, cálculo de área e a primeira lei da termodinâmica, para
obter os resultados desejados.
A montagem da máquina é necessária primeiramente fazer o levantamento dos
materiais reciclados para que o custo da produção fique em torno de aproximadamente R$
40,00.
Caso tenha que comprar todos os materiais gera em torno de R$ 132,20. Na tabela 1
descrevem-se os materiais utilizados com os seus respectivos preços, porem nesta máquina
aqui descrita reutilizou grande parte dos materiais.

Tabela 1: Cálculo de gostos para a montagem e no funcionamento do equipamento.


Materiais utilizados Quantidade Preso
Fio 0,75 mm paralelo pp Um metro e meio 1,05
Fio 2,5 mm paralelo PP (4X1) Um metro 1,15
Cano de cobre Dois metros 16,00
Interruptores Quatro 6,00
Resistência Uma 25,00
ANAIS – XXXFCMat

423
Bomba de água (essa bomba pode ser aquela que Uma 17,00
joga água no para-brisa
brisa de carro)
Transformadores de 12 volts Dois 13,00
Chicote com duas entradas Um 10,00
Caixa de madeira Uma 10,00
Lâmpadas de led Três 10,00
Dimer controlador de tempo Um 20,00
Lã de vidro Três metros 3,00
Total (R$) 133,20

Na figura 1 e 2 está representada a máquina de fazer fumaça com o auxilio da


matemática. Esta máquina para ficar pronta com os testes, foram gastos em média de um mês.
A dificuldade encontrada foi aplicação da glicerina que misturada com a gelatina
ficava um liquido aderente.
Para cada 200 ml de glicerina observou-se
observou se que a máquina libera fumaça durante 3 h.

Figura 1: Máquina de fazer fumaça

Fonte: Autores, 2014

Figura 2:: A máquina de fazer fumaça na posição frontal.


frontal

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Fonte: Autores, 2014

Você fazendo a glicerina para gerar a fumaça em casa se gasta para cada 100 ml
R$ 4,00. Um litro de glicerina pronta custa em média de R$ 15,00.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
A gelatina e sucos foram utilizados para dar cor como diz a teoria, mas nesta
máquina de fazer fumaça observou-se que só serviram para dar cheiro.
A mistura da água, gelatina e o álcool com a glicerina, após um mês a glicerina
perde a validade, cria um cheiro ruim, como se fosse um cheiro de azedo. Este cheiro fica
encravado nos canos da máquina e quando libera a fumaça o cheiro sai junto com a fumaça
tornando o ambiente desagradável.
Misture e armazene o seu líquido para máquina de fumaça caseira em recipientes de
plástico ou de vidro que estejam impecavelmente limpos. Ferva os recipientes antes de usá-
los: a sujeira ou microrganismo podem danificar a sua máquina.
O uso da Primeira Lei da Termodinâmica foi importante nesta máquina, pois se pode
relaciona o conceito de Trabalho ao de Calor através de sua expressão que define o conceito
de Energia Interna:
∆U = Q +W (1)
Assim: representa as trocas de Energia do sistema termodinâmico que caminha para um
estado de equilíbrio como resultado de uma interação entre o sistema e suas vizinhanças; Q é
a quantidade de Calor fornecida ou retirada do corpo e W é a quantidade de Trabalho
realizado pelo sistema. Observou por meio da primeira lei da termodinâmica o tempo de
soltar a fumaça nesta máquina não deve passar de 40 segundo, pois soltando muito tempo a
fumaça, ela esfria o cano e com isso libera água liquida e não mais vapor, isso se chama
evaporação que transfere calor vaporizando moléculas de água, o que deixa a temperatura da
superfície mais fria do que o normal.

CONCLUSÕES

Foram necessários os cálculos de proporção, operações com números inteiros e


fracionários, sistemas de medidas e de transferência de calor para obter os resultados
desejados.
Para que a máquina funcione é necessário à velha e boa criatividade e uma pequena
quantidade de aproximadamente R$ 40,00 para que sua festa seja inesquecível para seus
amigos, convidado e familiar. Observou também que a máquina de fumaça é um fator
importante para as festas, deixando sua festa mais animada com um efeito de fumaça incrível
tornando mais divertida.
Conclui-se que o tempo de liberação de fumaça não pode se exceder a 40 segundo.
Para fazer esta máquina foram gastos cinco dias na fabricação da máquina e 25 dias
para testes, mas o mais importante é ter criatividade e persistência.
Deve-se cuidar da fumaça da máquina, pois quando muito grossa ou muito leve pode
reduzir a vida útil de sua máquina. Depois de 40 horas de uso, limpe a sua máquina de fumaça
para que sua vida útil tenha mais durabilidade.
É uma máquina que não polui o meio ambiente, pois além de você estar utilizando
materiais reciclados estarão alegrando show e festas de aniversários e outros ambientes.
ANAIS – XXXFCMat

425
REFERÊNCIAS

VANIN, Atílio.. Fumaça artificial é uma nuvem de gases. Super 188, Julho 1997.
Disponível em:<http://super.abril.com.br/cotidiano/fumaca artificial-nuvem-gases-
em:<http://super.abril.com.br/cotidiano/fumaca-artificial
437069.shtml>. Acesso em: 27 maio de 2014.

nível em: <http://brtuto.blogspot.com.br/2012/03/fazer-


Disponível <http://brtuto.blogspot.com.br/2012/03/fazer maquina
maquina-fumaca-festa-
caseira.html>.. Acesso em: 13 Julho de 2014.

CASTRO, Reginaldo. Segunda lei da termodinâmica: um estudo de seu entendimento por


médio Disponível em: < http://www.modelab.ufes.br
professores do ensino médio. //www.modelab.ufes.br >. Acesso em:
13 de julho. 2014.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
A MATEMÁTICA CABELUDA1

FIGUEIRA Jennifer Ariela2; KOHLER, Kennedy3; SEUBERT, Eliane Mafra4.

RESUMO: Este projeto interdisciplinar, buscou a o ensino de cálculos e conhecimentos matemáticos, na sua
aplicação com o universo profissional, na administração de um salão de beleza hipotético. Deste modo, inter
relacionando conhecimentos das áreas, como Matemática, Língua Portuguesa, Arte, Informática, História, e
Geografia, além de temas transversais, trabalhamos conceitos como: produtos para pele, noções básicas de
contabilidade, tabelas e gráficos, o marketing, montou propaganda textual, criação de slogan e logotipo do salão
fictício. Nossa metodologia valeu-se de palestras nos temas relacionados ao universo profissional, trabalhos em
equipes para planejamento das ações, aulas expositivas, para citar alguns. Preços, quantidades, conversões,
fração, fluxo de caixa, foram alguns dos conhecimentos trabalhados e debatidos em sala, que apresentaram os
resultados em forma de gráficos e tabelas. Espera-se também como resultados obtidos, que a relação da
matemática com o cotidiano, e interdisciplinar, contribui para a aprendizagem da matemática, possibilitando, o
ensino contextualizado e com significado.

Palavras-chave: Ensino da Matemática. EJA. Conhecimentos Matemáticos. Educação Profissional.

INTRODUÇÃO

Os conhecimentos matemáticos são importantes e sempre que possível, devemos


tentar uma aproximação entre o que propomos para o ensino de matemática, bem como, entre
a realidade dos alunos da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Assim, nosso objetivo passou a se definir almejando o proposto que guiou todo o
projeto, ou seja, procuramos manter o faço na idéia de promover o intercambio de
experiências pedagógicas na inter-relação da matemática com as demais disciplinas. Em
outras palavras, apresentamos nosso objetivo geral que passou a ser: Propiciar, com o auxílio
do conhecimento matemático o desenvolvimento das múltiplas habilidades cognitivas do
aluno, preparando-o como pessoa capaz de exercer conscientemente a cidadania e de
progredir profissionalmente. Em complemento, propomos os seguintes objetivos específicos:
Conceituar funções e representar estas, por meio de tabelas e gráficos; identificar e utilizar
situações hipotéticas de administração cotidiana de um salão de beleza, para apropriação e
compreensão de problemas e regras matemáticas, além de construir e interpretar gráficos.

MATERIAL E MÉTODOS

As aulas diferenciadas, associadas a reflexão com os alunos sobre os temas debatidos,


foram o carro chefe de nosso projeto interdisciplinar. Aulas expositivas também foram
realizadas de modo, a ampliar o repertório de conhecimentos acerca do que pretendíamos com
todas as equipes envolvidas, embora cada uma delas, focassem em algo diferente das demais.
Citamos como exemplo, a equipe de Marketing, a contabilidade, o setor financeiro, que foi
criado para este projeto, foram algumas das frentes de trabalho nos qual os alunos foram
divididos.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras
Disciplinas; Instituição: EBM Profª Adelaide Starke – Blumenau.
2
Aluna expositora.
3
Aluno expositor.
4
Professora Orientadora, EBM Profª Adelaide Starke, ponciogilberto@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

427
Com este pensamento, passamos a apresentar para os alunos da EJA, nosso objetivo de
trabalharmos este ano, um novo projeto que pretendíamos levar para a edição anual da Feira
de matemática.ca. Como sempre, as primeiras dúvidas foram sanadas e a adesão do grupo
aconteceu. Precisávamos então, passar a etapa de planejamento das ações do projeto e claro,
uma questão fundamental.
O coordenador pedagógico e a diretora da Escola, fizeram algumas rodas
r de conversa
com os alunos para coletar informações que seriam a base do projeto. Deste modo, surge uma
aluna com a frase, que a exemplo de outras edições, acabou se tornando o titulo do trabalho.
“Não sei porque aprender matemática. A matemática é uma coisa cabeluda”. Passados o riso
da espontaneidade, o coordenador passou a chamar o projeto de matemática cabeluda,
identificando assim, um dos eixos deste projeto.
Com este pensamento então, que convidados a contribuir neste universo “cabeludo” da
matemática,
ática, o professor Mestre Jovino Aragão, da rede municipal de Blumenau nos deu total
apoio e abordou diversas possibilidades de desenvolvimento dos conteúdos.
Como já se faz tradição, os professores participaram, elencando possibilidades de
aprendizagem. Montaram tabelas com diferentes preços de corte de cabelo, dividindo em
valores, locais, regionais e nacionais com dados coletados na pesquisa feita pelo uso de
questionários. A linha do tempo também foi uma técnica pedagógica utilizada par ampliar os
conteúdos
eúdos abordados. Esta questão se faz importante, pois a realidade da EJA atualmente, é
de sujeitos dos diversos estados do Brasil, inseridos na unidade escolar e que permite esta
riqueza na coleta e comparação dos dados. O consumismo foi trabalhado na disciplina
disc de
história, que também realizou um debate sobre o luxo e o lixo; a disciplina de geografia, com
base no mapa desenvolvido sobre a região de origem dos alunos, discutiu e refletiu sobre,
migração e imigração, bem como escala e demais requisitos da cartografia
cartografia associados a
matemática; também foi realizada uma oficina de limpeza de pele, como forma de incentivar
o empreendedorismo. Os dados específicos trabalhados na disciplina de matemática e que
estiveram em tempo integral associados aos conteúdos, serão
serão apresentados na seqüência.

Figura 1. Bairro 8º ano (EJA). Figura 2. Bairro 9º ano (EJA).

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Fonte: professores e alunos da EJA - 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Figura3. Custo médio por mês. Figura4: periodicidade que corta cabelo.

Fonte: professores e alunos da EJA – 2014.

Figura 5. Preço médio de corte de cabelo nas cidades e capitais.


Preço corte de cabelo
BRASILIA -SCSC VALOR NO CENTRO VALOR NO BAIRRO
CORTE FEMININO R$ 40,00 R$ 30,00
CORTE MASCULINO R$ 25,00 R$ 20,00
FLORIANOPOLIS-SC SC VALOR NO CENTRO VALOR NO BAIRRO
CORTE FEMININO R$ 35,00 R$ 25,00
CORTE MASCULINO R$ 20,00 R$ 18,00
BLUMENAU -SC SC VALOR NO CENTRO VALOR NO BAIRRO
CORTE FEMININO R$$ 30,00 R$ 20,00
CORTE MASCULINO R$ 18,00 R$ 15,00
Fonte: Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Qual é o gasto mensal de uma família que faz um corte feminino e três cortes masculinos?

Blumenau: Florianópolis: Brasília:

y = 30 + 3x y = 35 + 3x y = 40 + 3x

y = 30 + 3 . 18 y = 35 + 3 . 20 y = 40 + 3 . 25

y = 30 + 54 y = 35 + 60 y = 40 + 75

y = 84 y = 95 y = 115

Qual foi a porcentagem de aumento do gasto da Família de Blumenau em relação a Família de


Florianópolis ?
84 ------------- 100 % 84x = 1.100
11--------------- X X = 1.100 / 84
X = 13,09

CURIOSIDADES
1 – ) Você sabe quantos Centímetros o cabelo cresce em um mês?
R: De 1 a 2 centímetros.
2 – ) Tenho 15 anos, caso eu não tivesse cortado meu cabelo qual seria o tamanho do meu
cabelo hoje?
ANAIS – XXXFCMat

429
12 Cm ---------- 1 ano
X ----------------- 15 Anos
X = 180 cm
24 Cm ---------- 1 ano
X ----------------- 15 Anos
X = 360 cm
3 - ) Qual a Funcionalidade do Cabelo dos Animais?
R: Crina do Cavalo – Corda Violino e Pincéis de Maquiar
4 - ) Desafio:
Meio careca tem 500 fios de cabelo, quanto tem uma careca inteira?
Fonte: Educação de Jovens e Adultos (EJA).

LUCRO

Qual o lucro que teremos em um alisamento, onde o litro do produto utilizado


custa R$ 350,00 e a quantidade utilizada em cada procedimento é de 100 ml?
V = Valor do Procedimento
DF = Despesas Fixas (agua, luz, telefone, aluguel, etc)
DV = Despesas Variáveis (fornecedores)
C = Comissão
DADOS:
V = R$ 150,00
DF = R$ 20,00
DV = R$ 350,00 / 1000 x 100 = R$ 35,00
Formula L = V – ( DF – DV + C)
Resolução:
L = V – ( DF – DV + C)
L = 150 – (20 + 35 + 50)
L = 150 – 105
L = 45
Resposta: Nosso lucro neste procedimento será de R$ 45,00
Fonte: Educação de Jovens e Adultos (EJA).
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nossa adesão teórica ao preconizado por Freire (2014), nos mostra que todos
aprendemos com todos, e que o movimento do aprendizado, senão coletivo, precisa da
interrelação entre os sujeitos. Mizukami (2002) é um dos autores que mostram a importância
de se analisar no processo de ensino aprendizagem,
aprendizagem, a relação entre o que o autor chama de
primazia da interação sujeito–objeto.
sujeito objeto. Em outras palavras, a relação do que se pretende
ensinar, com o contexto sócio--ambiental de quem se espera que aprenda.
Concluímos que é a partir da motivação dos alunos neste
neste universo, e que questões de
composição e custos, preço dos serviços, preocupação com valores de hipotéticos aluguéis,

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
bem como, a compra e reposição dos produtos utilizados como base para o desenvolvimento
das atividades de um salão passaram a fazer parte das preocupações dos alunos. Cabe destacar
também que, o humor foi um dos norteadores elencados para fundamentar a apresentação do
trabalho, o que em uma ultima etapa, contribui para que na língua portuguesa fosse trabalhado
algumas possibilidades de gêneros textuais, e que resultou na coleta de curiosidades.

Figura 6. Modelo de material publicitário criado pelos alunos para o projeto.


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Fonte: Educação de Jovens e Adultos (EJA).

CONCLUSÕES

Uma das principais características de iniciativas como esta, é a interdisciplinaridade, e


mais, a interação entre os alunos como um todo, entre os alunos e seus professores, e até
mesmo com a equipe gestora da unidade escolar. Isto porque, ao propormos aos alunos
conhecimentos que são compreendidos por eles, os mesmos passam imediatamente a se
considerar como pertencentes ao espaço escolar. Longe de propormos discussões referente a
identidade de estudante (reconstrução importante para alunos da EJA), a auto estima, é fator
preponderante no processo ensino aprendizagem (CHARLOT, 2000; PONCIO, 2010). E a
pratica pedagógica por projetos, se mostra um caminho de sucesso para estes fins.

REFERÊNCIAS

CHARLOT, Bernard. Ensinar com significado para mobilizar os alunos. Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/bernard-charlot-ensinar-significado-mobilizar-
alunos-476454.shtml. Acesso em: 15 Ago. 2014.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido.56. ed. Rio de Janeiro : Paz e Terra, 2014. 253 p
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti; REALI, Aline Maria de Medeiros Rodrigues.
Formação de professores, práticas pedagógicas e escola. São Carlos, SP : Editora da UFSCar;
Brasília : INEP : COMPED, 2002.

PONCIO, Gilberto Valdemiro. Relação familia-escola na EJA: estratégias educativas


familiares e trajetórias escolares em camadas populares. 2010. 143 f, il. Dissertação
(Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Centro de Ciências da
Educação, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 2010.
ANAIS – XXXFCMat

431
MATEMÁTICA DAS ABELHAS1

LONGO, Nicole Laís2; REINERT, Julia3; REINERT, Scheila Priscila Rosa4.

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo apresentar um estudo realizado pelas turmas do 6º ano da E.E.B
Paulo Cordeiro sobre a matemática presente nos favos de mel construídos pelas abelhas. O tema surgiu durante a
abordagem sobre as formas geométricas espaciais, onde os alunos demonstraram curiosidade em relação aos
alvéolos das abelhas, que são construídos na forma de um prisma hexagonal. Através de pesquisas e de várias
experiências propostas, os alunos conseguiram analisar os motivos que fazem com que estes alvéolos tenham o
formato hexagonal, e concluíram que, comparado com outros prismas estudados, o de base hexagonal permite as
abelhas, armazenarem uma quantidade maior de mel dentro dele.

Palavras-chave: Matemática. Alvéolos. Abelhas. Prismas.

INTRODUÇÃO

Ao estudar as formas geométricas espaciais, nos deparamos com a presença das


mesmas em diversas situações do nosso cotidiano como na natureza, na arte, na arquitetura e
nos mais variados objetos que utilizamos diariamente.
Durante o estudo destas formas, enquanto estávamos organizando um mural com
imagens para expor na sala, os alunos do 6º ano observaram que entre as diferentes situações
apresentadas, encontrava-se o favo de mel construído pelas abelhas, e neste momento, surgiu
uma curiosidade por parte de alguns a respeito do tema. Eles questionaram porque as abelhas
utilizam justamente o prisma hexagonal para construir os alvéolos, que na opinião deles, não é
o poliedro mais fácil de ser construído, comparado com tantos outros.
Este questionamento fez com que todos ficassem interessados em saber o motivo da
escolha por parte das abelhas e portanto, foi proposto aos alunos, que durante o estudo das
formas geométricas espaciais, estudássemos também os alvéolos das abelhas para tentarmos
descobrir o verdadeiro motivo que as leva a construírem os mesmos na forma de um prisma
hexagonal.
Para iniciar o estudo, realizamos uma pesquisa com o objetivo de levantar informações
sobre as abelhas,, para nos auxiliar no projeto.
projeto Durante este processo, os alunos encontraram
vários sites de pesquisa, que afirmavam que os alvéolos eram construídos na forma de
hexágonos, pois desta maneira, as abelhas conseguiam armazenar uma quantidade maior de
mel dentro deles.
Portanto, o objetivo deste trabalho, é utilizar os conhecimentos matemáticos, e através
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

de diferentes experiências e observações, demonstrar que a forma de prisma hexagonal


realmente é capaz de armazenar uma quantia superior de mel do que os demais prismas.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com outras
Disciplinas; Instituição: EEB Paulo Cordeiro – Rio do Sul.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor.
4
Professora Orientadora, EEB Paulo Cordeiro, scheila_rsl@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATERIAL E MÉTODOS

Para iniciar o projeto, houve aprofundamento sobre o tema a ser estudado, que neste
caso, foi a vida das abelhas. As turmas do 6º ano foram divididas em pequenos grupos que,
orientados pela professora receberam temas diferentes para serem pesquisados na internet,
com posterior socialização e elaboração de um livro coletivo.
Foram então iniciadas nossas experiências para descobrir porque as abelhas preferem
construir seus alvéolos na forma de prisma hexagonal. A primeira experiência foi o
ladrilhamento de polígonos. Organizados em pequenos grupos, os alunos receberam vários
polígonos regulares cortados de mesmo tamanho para tentar encaixá-los lado a lado com o
objetivo de não deixar nenhum espaço vazio entre eles. Com esta experiência, pudemos
selecionar apenas alguns prismas para dar continuidade ao nosso estudo: o prisma de base
quadrada, de base triangular e de base hexagonal.
Problematizamos: entre estes três prismas, qual consegue armazenar uma quantidade
maior de mel? Para isto, cada grupo, recebeu três retângulos de mesmo tamanho (36cm x
10cm), porém deveriam dividir estes retângulos em partes diferentes: o primeiro em três
partes, o segundo em quatro partes e o terceiro em seis partes iguais, obtendo assim, os três
prismas em questão.
Ao observar os três prismas, percebemos que aparentemente o de base hexagonal,
apresentava um “espaço” maior dentro dele do que os demais, porém, não conseguimos afirmar com
precisão.
Portanto, decidimos calcular o volume destes três prismas para descobrir se realmente
o hexagonal apresenta capacidade maior que os outros dois. Para a realização desta atividade,
os alunos precisariam saber primeiramente o conceito de área e perímetro.
Iniciamos com o cálculo da área do retângulo e do quadrado, utilizando o papel
quadriculado para auxiliar. Cada aluno ganhou um retângulo de tamanho diferente e teve que
contar quantos quadradinhos seu polígono apresentava. Em seguida, eles tiveram que
observar quantos quadradinhos seus retângulos apresentavam de largura e também de
comprimento. Diante disso, tentamos identificar juntos, se existia alguma relação entre estas
medidas e a quantidade de quadradinhos que os retângulos apresentavam.
Para descobrir a área de um triângulo, pegamos um dos retângulos utilizados na
atividade anterior, e cortamos sobre a linha da diagonal da figura, dividindo assim o
retângulo, em duas partes iguais. Desta maneira, percebemos que a área do triângulo é a
metade da área do quadrado.
E por fim, para descobrir a área do hexágono, utilizamos a ideia de que o mesmo pode
ser dividido em seis triângulos de mesmo tamanho. Portanto, se calcularmos a área de um dos
triângulos e multiplicarmos por seis, teremos a área total do hexágono.
Depois de calcular a área da base dos prismas estudados, finalmente chegamos a parte
de descobrir o volume dos mesmos. Bastou pegarmos as áreas encontradas e multiplicá-las
pela altura dos prismas que eram as mesmas para os três (10 cm). Desta forma encontramos o
volume de cada um e conseguimos comparar qual deles apresentava um espaço maior para
depositar o mel produzido pelas abelhas.
ANAIS – XXXFCMat

433
RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com Batschelet (1978), o “mundo” das abelhas é rico em situações que
permitem explorar conceitos matemáticos.
Já no início do projeto, durante a pesquisa realizada pelos alunos, eles conseguiram
observar que a matemática estástá presente na vida das abelhas mais do que imaginamos. Além
de estar relacionada a construção dos alvéolos, também encontramos sua presença em
situações diárias das abelhas como: a quantidade de néctar que ela consegue carregar em cada
viagem, a temperatura ideal para produção do mel, a quantidade de flores que é preciso visitar
para produzir um litro de mel, quantos quilômetros em média percorre uma abelha por dia,
além de diversas outras situações que nos deparamos através de nosso estudo.
No que se refere aos alvéolos, todas as experiências realizadas foram essenciais para
entender porque as abelhas optam em construí-los na forma de prisma hexagonal. Este
problema dos alvéolos das abelhas despertou a curiosidade dos sábios desde a antiguidade. O
primeiro a se interessar por esse estudo parece ter sido Pappus de Alexandria, matemático
grego (290 - 350), cujo pensamento a respeito do tema afirmava que existindo, então, três
figuras que possam preencher o espaço ao redor de um ponto: o triângulo, o quadrado e o
hexágono, as abelhas têm sabiamente selecionado para a sua estrutura aquela que contém
mais ângulos, suspeitando de fato que ela poderia acondicionar mais mel do que qualquer das
outras duas.
Já na primeira experiência, os alunos puderam perceber que nem todas as formas
utilizadas podem ser unidas sem deixar espaço vazio entre elas, portanto para formar os favos
de mel, os alvéolos não podem adquirir qualquer formato.

Figura 1 - Ladrilhamento de alguns polígonos regulares para observar quais deles preenchem uma
superfície sem deixar espaço entre eles.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Através do ladrilhamento, os alunos concluíram que os possíveis prismas para a


construção dos alvéolos poderiam ser: prisma triangular, prisma quadrangular ou prisma
hexagonal.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Na sequência, através da segunda experiência, conseguimos observar que utilizando a
mesma quantia de material na construção dos três prismas, o de base hexagonal aparentava ser
capaz de armazenar uma quantidade maior de mel.

Figura 2 – Construção dos prismas estudados utilizando a mesma quantia de material em cada um, para
observar qual deles possui área maior.

Porém ainda precisávamos realizar a última etapa do projeto que era o cálculo do
volume dos prismas para verificar se realmente ele possui um espaço maior que os outros
dois. E neste momento, houve a necessidade de descobrir primeiramente a medida da área da
base dos três prismas.
Através das experiências descritas anteriormente, os alunos conseguiram compreender
e elaborar as fórmulas necessárias para o cálculo da área do triângulo, do quadrado e do
hexágono.
Em seguida, utilizando as fórmulas descobertas, conseguimos determinar a área da
base dos três prismas que construímos. Para que os alunos conseguissem comparar a área dos
três polígonos foi necessário manter o perímetro dos mesmos exatamente iguais.

Área do triângulo = b x h Área do quadrado = b x h Área do hexágono = 6 (b x h)


2 =9x9 2
= 12 x 10,4 = 81 cm² = 6 x (6 x 5,2)
2 2
= 62,4 cm² = 93,6 cm²

Analisando os cálculos da área da base dos três prismas, conseguimos verificar que a
base hexagonal apresenta a maior área. Em seguida, calculamos o volume dos três prismas
multiplicando os valores obtidos na área da base pela altura dos mesmos (10 cm). Os
resultados obtidos estão apresentados na tabela a seguir que permite comparar o volume final
de cada um dos prismas estudados.
ANAIS – XXXFCMat

435
Tabela 1 – comparação do volume dos prismas estudados através do cálculo da área das bases dos
mesmos.
Medida dos Perímetro da Volume do
Nome do prisma Área da base
lados da base base prisma
Prisma de base
12 cm 36 cm 62,4 cm² 624 cm³
triangular
Prisma de base
9 cm 36 cm 81cm² 810 cm³
quadrangular
Prisma de base
6 cm 36 cm 93,6 cm² 936 cm³
hexagonal

CONCLUSÕES

Após realizarmos as pesquisas e experiências propostas, podemos concluir que o


prisma mais econômico de todos é o prisma de base hexagonal, pois permite armazenar um
volume maior de mel, utilizando a mesma quantidade de material que seria necessário para a
construção dos outros prismas: o de base triangular e o de base quadrada.
Além disso, esta forma, é uma das poucas que permite no momento da construção, que
um alvéolo, sirva de parede para outro, evitando que haja espaços vazios entre eles.
Este projeto, nos fez refletir sobre a importância de observarmos a natureza, pois a
partir dela podemos compreender inúmeras aplicações da matemática e perceber que nas mais
simples situações, ela se torna presente para nos auxiliar.

REFERÊNCIAS

BASSANEZI, Rodney Carlos. Ensino-aprendizagem


aprendizagem com modelagem matemática: uma
nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002. 389p

BATSCHELET, Edward. Introdução à matematica para biocientistas.


biocientistas. Rio de Janeiro:
Interciência; São Paulo: USP, 1978. 596p.

CRANE, Eva. O livro do mel.


mel São Paulo: Nobel, 1983. 226 p

MARTINS, Dominique Miranda. A geometria das abelhas.. 2009. Monografia


XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

(Especialização em Matemática para Professores do Ensino Básico) - Universidade Federal de


Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E SAÚDE1

EMMERICH, Giorgio Floriani2; FIORENTIM, Natália Piseta3;


CECONELLO, Sérgio Antônio4.

RESUMO: O projeto Matemática e Saúde, foi desenvolvido com os alunos de 6º anos das séries finais do
Ensino Fundamental, tendo como principal objetivo interpretar dados estatísticos, coletados pelos alunos,
relacionados ao IMC. Sabemos que muitos problemas de saúde são ocasionados pela obesidade, para fazer o
diagnóstico preciso são usados vários instrumentos, um deles é o IMC, que determina a faixa de peso
considerada ideal para a altura, idade e sexo do indivíduo. É um instrumento de fácil compreensão, tornando
possível ao educando fazer uma avaliação da sua qualidade de vida, conscientizando-o da importância dos bons
hábitos alimentares e da prática de atividades físicas para ter uma vida saudável. Durante o processo de pesquisa
e compilação de dados percebeu-se uma significativa relevância relacionada ao tema em estudo e na mudança de
hábitos alimentares e reflexões relacionada ao seu IMC e ao sedentarismo.

Palavras-chave: Matemática. Saúde. Massa Corporal.

INTRODUÇÃO

O presente projeto tem como principal meta na prática educativa de matemática,


explorar situações que propiciem aos educandos, além dos conteúdos, a conscientização da
importância de bons hábitos alimentares para uma vida saudável.
Uma vez que a globalização; a velocidade da informação; a significativa
industrialização de alimentos processados; a falta de tempo para preparar alimentação caseira;
as mudanças nos hábitos alimentares; entre outros aspectos, padronizam modos de vida, e
influenciam a população mundial, com semelhanças em todo o mundo, levando a um
comportamento alimentar inadequado associado à inatividade física cada vez maior. Esse
aspecto além de resultar no aumento de peso da população, pode provocar diversas doenças.
Vale reforçar que o aumento de peso já mostra índices significativos atingindo a
população em geral e sobremaneira as crianças.
Após palestras e leitura de artigos relacionados ao tema, os alunos de 6º anos
demonstraram profundo interesse em relação ao assunto. Partimos do entusiasmo e
curiosidade dos alunos para realizar um trabalho de identificação da realidade da Escola
Municipal de Ensino Fundamental Cristina Marcatto. Portanto, o projeto prevê a aplicação de
conteúdos matemáticos, a fim de que o aluno possa compreendê-los a partir de situações de
sua própria realidade, tirando assim, conclusões que impactam em sua vida, além de pesquisar
temas relacionados às doenças provenientes e possíveis doenças associadas, assim como
destacar a importância de atividades físicas.
Dessa forma, intitulou-se o projeto “Matemática e Saúde”, pois estes termos
sintetizam o objetivo do trabalho.
Estabelecer dados conforme conteúdos de maneira significativa, alarga e diversifica o
processo de ensino e aprendizagem visando conscientizar o aluno, assim como retrata a
missão escolar da EMEF Cristina Marcatto.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Pura; Instituição: EMEF Cristina
Marcatto – Jaraguá do Sul.
2
Aluno expositor.
3
Aluna expositora.
4
Professor Orientador, EMEF Cristina Marcatto , sceconello@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

437
MATERIAL E MÉTODOS
Após palestra relacionada ao tema alimentação saudável, ministrada pelo biólogo
Juliano Cristofolini,, percebeu-se
percebeu se um enorme interesse em relação ao assunto abordado.
Partindo do entusiasmo, foi proposto aos alunos a elaboração de um projeto de ensino
aprendizagem.
O primeiro passo para a elaboração do projeto foi a escolha do tema, onde os alunos
deram sugestões
ugestões e através de votação optaram por Matemática e Saúde.. O passo seguinte foi
o registro em grupos da questão norteadora, certezas provisórias e dúvidas temporárias, e a
justificativa do projeto, com auxílio da professora de língua portuguesa, que disponibilizou
dis
aos alunos textos para leitura, reflexão e discussão dos diversos temas relacionados ao
projeto, resultando em ideias que foram apresentadas através de cartazes em sala de aula,
socializando as descobertas.
De acordo com os resultados das pesquisas,
pesq passou-se
se a aplicação na prática da
medição da massa e altura dos alunos da turma, que orientados pelo professor de matemática
pesquisaram e utilizaram a fórmula para o cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal). Na
sequência os alunos realizaram a tabulação
tabulação dos dados coletados, passando assim à construção
de um gráfico de barras em papel quadriculado. Com a intervenção do professor foi calculado
o porcentual de alunos com baixo peso, peso normal, sobrepeso e obesidade. A partir dos
resultando obtidos exploramos os conhecimentos adquiridos para a determinação de ângulos
centrais, resultando na construção do gráfico de setores circulares. Para melhor compreensão
e aplicação do conteúdo, foram utilizados materiais concretos como: régua, transferidor,
compasso,
passo, calculadora. Com o propósito de enriquecer o projeto foram incluídas pesquisas no
campo da prática dos exercícios físicos, demonstrando sua importância e benefícios a saúde
aliados a uma alimentação saudável. Contamos com a colaboração da nutricionista
nutricioni Carolina
Kneipp em uma palestra sobre o assunto. O produto final do projeto foi a apresentação de
informações obtidas durante todo o processo de pesquisa através de slides, divulgação no site
da escola e participação na Feira Municipal de Matemática.
Tabela 1. Classificação do IMC.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Fonte: FERREIRA, Andreza Cristina. Trabalhos Escolares – IMC – Índice se Massa Corporal – Disponível em:
http://www.trabalhosescolares.net/veiewtopic.php?t=824 Acesso em: 15/09/2014.
http://www.trabalhosescolares.net/veiewtopic.php?t=824.
Tabela 2. Compilação de dados colet. no 6º ano 01. Tabela 3. Compilação de dados colet. no 6º ano 02.
02

Fonte: Projeto Matemática e Saúde - 2014/04. Sérgio Antônio Ceconello – Tabela – 6º 01 e 6º 02.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Tabela 4. Compilação dos dados coletados nas duas turmas de 6º ano.

Fonte: Projeto Matemática e Saúde - 2014/04. Sérgio Antonio Ceconello – Tabela – 6º 01 e 02.

Tabela 5. Gráfico do IMC dos alunos do 6º ano 01. Tabela 6. Gráfico do IMC dos alunos do 6º ano 02.

Fonte: Projeto Matemática e Saúde - 2014/04. Sérgio Antonio Ceconello – Tabela – 6º 01 e 02.

Tabela 5. Gráfico do IMC dos alunos do 6º ano 01 e 02.

Fonte: Projeto Matemática e Saúde - 2014/04. Sérgio Antonio Ceconello – Tabela – 6º 01 e 02.

Tabela 6. Gráfico do IMC dos alunos do 6º ano 01. Tabela 7. Gráfico do IMC dos alunos do 6º ano 02.

Fonte: Projeto Matemática e Saúde - 2014/04. Sérgio Antonio Ceconello – Tabela – 6º 01 e 02.
ANAIS – XXXFCMat

439
Tabela 8. Gráfico do IMC dos alunos do 6º ano 01 e 02.

Fonte: Projeto Matemática e Saúde - 2014/04. Sérgio Antonio Ceconello – Tabela – 6º 01 e 02.

Depois de feitos os gráficos foi amplamente discutido com os alunos sobre os mesmos,
no que tange a facilidade e a dificuldade de interpretá-los
interpretá los e a forma como deve ser feita a
leitura de gráficos de barras e de setores, para melhor compreensão posterior. No caso
específico desse projeto os ganhos foram significativos tanto no debate sobre as questões
matemáticas do levantamento do IMC; cálculo de porcentagem e a partir destes d a
determinação dos ângulos; a construção de gráficos, bem como sobre a questão da saúde do
ponto de vista de classificação do IMC por faixas etárias dos alunos. Foi obtida, junto com os
alunos, a constatação de que, dos alunos dos 6ºs anos da EMEF Cristina Cristina Marcatto, 28%
encontram-se
se em situação entre Sobrepeso e Obesidade e que 35% encontram-se
encontram Abaixo do
Peso Ideal, o que também deve servir de alerta. Num sentido mais amplo pode-sepode dizer que
mesmo os 37% que se encontram dentro do peso Normal, estão mais mais atentos às suas escolhas
alimentares e de atividades físicas, uma vez que podem preservar e até mesmo melhorar a sua
condição geral de saúde.

CONCLUSÃO

Consideramos que, de acordo com a questão norteadora, Matemática e Saúde,


observando a hipótese com certezas provisórias de que dentre os alunos dos 6ºs anos há
sobrepeso e obesidade, e das dúvidas temporárias de quantos efetivamente estão nessa
condição, foram alcançados plenamente. Vale citar que se teve ainda uma surpresa no sentido
de constatar um percentual considerável de alunos abaixo do peso ideal, o que também, de
certa forma, demonstra a necessidade do equilíbrio entre a questão alimentar e atividade
ativid
física. O que, por exemplo, de acordo com a nutricionista convidada para realizar palestra
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

dentro do projeto, pressupõem que atividade física mais intensa envolve maior gasto de
energia e que este deve reposto através da alimentação equilibrada, contendo
conten alimentos de
todos os grupos da pirâmide alimentar, com equilíbrio, moderação e necessidade específica
(idade, peso, estatura, atividade física).
Do ponto de vista dos objetivos de desenvolvimento de habilidades com cálculos
matemáticos e construção de gráficos entendemos que as habilidades propostas foram
alcançadas em sua quase totalidade, pois a participação dos alunos na elaboração e
desenvolvimento do projeto foi significativa fazendo utilização de recursos e estratégias do
cotidiano da sala de aula e da vida diária destes. Considera-se
Considera se alcance quase na totalidade,
pois alguns poucos alunos ainda que envolvidos, podem não ter construído todas as

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
habilidades desejadas. No geral, as duas turmas indicam empenho no trabalho, esclarecendo
dúvidas com o professor ao longo de todo o projeto e acertando os erros, bem como vibrando
com os acertos e em muitas situações demonstrando o impacto da percepção dos seus próprios
resultados de IMC.
No que tange a adoção de princípios mais adequados sobre a busca da saúde, os alunos
participam ativamente nas palestras, fazendo diversos questionamentos e compartilhando as
suas realidades individuais no grande grupo e por vezes, até espantando-se com a falta dos
adequados princípios alimentares inexistentes na sua rotina. Observa-se que a partir desse
intenso debate e incorporação de novas ideias e princípios, os alunos envolvem suas famílias
no contexto. Assim, nota-se significativa mudança de comportamento, inclusive com a
participação da família que por influência do seu filho (a) participante do projeto, mudou
consideravelmente o plano alimentar familiar, principalmente nos casos em que há sobrepeso
ou obesidade.
O projeto em sua totalidade traz benefícios em muitos campos, como: a constatação da
importância da matemática na obtenção de dados numéricos que podem expressar a sua
realidade no que tange a saúde; o desenvolvimento da expressão verbal nos trabalhos em
grupo, nos debates dos resultados e nas participações com perguntas e comentários nas
palestras, o que muitas vezes surpreende por, alguns, se mostrarem naturalmente mais
reservados na sala de aula; incorporação de princípios mais saudáveis em suas vidas com a
melhoria da alimentação e da prática de atividade física, bem como no envolvimento da
família a partir da sua própria iniciativa. Esses resultados de evolução dos alunos, reforçam
que, além de ser interessante, existe a real necessidade de se abrir espaço para o debate de
temas através da multidisciplinaridade e que envolvam aspectos de relevância para a vida dos
alunos e com impacto no campo social.

REFERÊNCIAS

ALENCAR, Marina Senti de. Segurança Alimentar. (qual) Ed. (local): Alvart Editorial,
2009.
BESSELER, Lucille. Em Resumão de BARROS, Fischer & Associados. Saúde: Obesidade
Crianças. Rio de Janeiro, ISBN: 978-85-7711-152-7, 6 páginas, (mês.ano).
KUMAGAI, Thieko. Atleta Brasileiro - Alimentação Saudável: Pirâmide Alimentar.
07.abril.2013. Disponível em: <HTTP:atletabrasileiro.com.br/alimentação-saudavel/pirâmide-
alimentar/>. Acesso em: 22.julho.2014.
KNEIPP, Carolina. Alimentação Saudável, palestra apostilada. 2014. 43 f. Estudo
(graduação em Nutrição) Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, SC. 2014.
PINHO, Leila. Diversidades, Vida, Saúde: Obesidade Infantil, IMC segundo
OMS/WHO/2006 – Ministério da Saúde (MS), 09/09/2013.
Disponível em: <HTTP:www.divercidades.com/vida/saúde/Obesidade-infantil>. Acesso em:
23.06.2014. RONDINELLI, Paula. Colaboradora Brasil Escola. Índice de Massa Corporal
(IMC). São Paulo, 2013. Disponível em: <HTTP.www.brasilescola.com/educação-
fisica/Indice-massa-corporal-imc.htm>. Acesso em 23.06.2014
ANAIS – XXXFCMat

441
MATEMÁTICA ENGARRAFADA1

NUNES, Maria Eduarda Nichele2; SPERANZINI, Sara3; SPERANZINI, Maria Aparecida4.

RESUMO: O trabalho Matemática Engarrafada tem como tema a lâmpada de garrafa pet e seu objetivo é reduzir
o consumo de energia elétrica que é um problema social muito comum hoje em dia. Essa lâmpada funciona com
a luz solar. Ela é feita para usar durante o dia, pois quando a luz passa pela garrafa pet, se refraciona iluminando
todo o ambiente. Dessa forma pode ser observado no fim do mês uma redução significativa na conta da energia
elétrica e reduzir o uso de hidrelétricas. Os resultados desse sistema são a economia de energia ener elétrica e a
economia financeira, preservação do meio ambiente e redução de lixo.

Palavras-chave: Garrafa pet. Luz. Matemática. Física. Economia.

INTRODUÇÃO

Iluminação é um fator importante nas construções, pois ela é responsável pelo


conforto visual
ual do ambiente. Se utilizada corretamente, resulta em uma economia de recursos
e seu melhor aproveitamento. Com a evolução da tecnologia, aumentou o consumo de energia
elétrica nas cidades brasileiras. Como a principal fonte de energia elétrica no Brasil são as
hidrelétricas e com a falta das chuvas, em determinadas épocas do ano, pode acontecer o
racionamento e até a falta dessa energia, se busca, continuamente, soluções para desenvolver
e melhorar aplicações de energias renováveis e limpas. O uso de luz natural é uma opção para
diminuir esse problema e iluminar o ambiente, evitando gastos desnecessários de energia. A
partir de uma curiosidade criada por conta da queda de um avião, uma ideia ultrapassou as
fronteiras de Uberaba e se tornou uma fonte barata e sustentável de energia. Assim pode ser
definida a evolução da invenção do mecânico Alfredo Moser, que era de usar garrafas pet
cheias de água para iluminar cômodos escuros durante o dia, sem usar energia elétrica. Outra
justificativa para a aplicação dos
dos resultados da pesquisa se relaciona com a redução de
resíduos (garrafas PET), trazendo benefícios para o meio ambiente.

MATERIAL E MÉTODOS

Primeiramente foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre o mecânico mineiro


Alfredo Moser, que a partir do conhecimento
conhecimento obtido por conta da queda de um avião em 1975
e com o risco eminente de um apagão em 2001, criou a lâmpada de garrafa PET. Este invento
constitui-se
se basicamente em uma garrafa de dois litros, cheia de água misturada com duas
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

tampas de água sanitária


ária para poder conservá-la.
conservá
Para saber como a lâmpada ecológica funciona, vamos entender alguns conceitos
matemáticos e físicos. Sabemos que a luz possui características próprias, como a velocidade
de 300.000 Km/s, se propaga em linha reta, sofre refração
refração e pode ser refletida. A refração da
luz é o fenômeno que ocorre com ela quando passa de um meio homogêneo e transparente

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Francisco Mazzola
Mazzol – Nova Trento.
2
Aluna do 7º ano.
3
Aluna do 7º ano.
4
Professora Orientadora, EEB Francisco Mazzola, tida_nt@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
para outro meio também homogêneo e transparente, porém diferente do primeiro. Nessa
mudança de meio, podem ocorrer mudanças na velocidade e na direção da propagação da luz.
O meio homogêneo é o meio no qual todos os pontos apresentam as mesmas propriedades
físicas, como densidade, pressão e temperatura. O índice de refração da luz é a razão entre a
velocidade da luz no vácuo pela velocidade da luz de determinado meio. No vácuo a luz não
encontra dificuldade para se propagar e seu índice de refração é igual a um. No ar a
dificuldade da luz para se propagar é baixa e seu índice de refração também pode ser
considerado a igual a um. Nos demais meios a luz tem dificuldade para se propagar, por isso
o índice de refração nesses casos é maior que um. Uma observação entre dois meios
considerados é que aquele que apresentar maior índice de refração será dito mais refringente e
o que apresentar menor índice de refração será o menos refringente. Podemos dizer então que
o meio mais refringente tem menor velocidade da luz em seu meio e vice versa. Outra
observação importante deve ser feita quando a luz, propagando-se num meio, passa para
outro. Se ela passa de um meio mais refringente para outro meio menos refringente aproxima-
se da reta normal. Caso contrário, a luz afasta-se da reta normal. No caso da garrafa pet que
tem formato cilíndrico a iluminação é mais eficiente, pois quando a luz penetra na garrafa a
refração a faz se aproximar da normal e quando a luz sai da garrafa, ela se afasta da normal
dispersando-se em todas as direções. Além das características da luz.
Devemos também conhecer suas grandezas que são o fluxo luminoso, a eficiência
energética, a intensidade luminosa, a iluminância e a luminância. Fluxo luminoso é a
quantidade de energia radiante capaz de sensibilizar o olho humano durante um determinado
tempo. A eficiência energética é a razão entre o fluxo emitido por uma fonte de luz e a
potência elétrica consumida no processo. Em outras palavras, uma maior eficiência energética
significa mais luz com menor consumo de energia. Intensidade luminosa é o fluxo luminoso
emitido numa dada direção. Iluminância (ou iluminação) é a razão entre o fluxo luminoso
emitido por uma fonte e a superfície iluminada a certa distância da fonte. Luminância é a
razão entre a intensidade luminosa e a superfície iluminada para o observador. A percepção da
luz na realidade é a percepção de diferenças de luminâncias.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Queremos mostrar por meio de cálculos matemáticos como calcular a economia na


fatura da energia elétrica em uma casa. Esse tipo de lâmpada produz um fluxo luminoso que
podemos comparar com uma lâmpada de 60 claros. Sendo assim, vamos calcular o gasto de
uma lâmpada que fica ligada durante 8 horas ao longo de um mês. Multiplicando a potência
da lâmpada pelas 8 horas diárias e 30 dias mensais e dividindo por 1000 temos o gasto de
14,4 kwh.
Iremos agora multiplicar o valor cobrado pela concessionária (R$ 0,50 por kWh) para
manter nossa energia. Esse valor, por lâmpada, é aproximadamente de R$ 7,20. Quando uma
família decide instalar lâmpadas desse tipo em sua casa deve ter outros conhecimentos, pois
precisa calcular quantas lâmpadas deve colocar para que o ambiente seja agradável. Os
conceitos fluxo luminoso e eficiência energética foram usados pelo aluno Francisco Ferreira
dos Santos, em seu trabalho de conclusão de curso na Universidade Tecnológica Federal do
Paraná. Segundo a NBR 5410/2004 (Instalações elétricas de baixa tensão), a instalação
ANAIS – XXXFCMat

443
mínima a ser feita nos primeiros 6m² é de 100 watts. No restante da área do cômodo, a cada
4m² instala-se
se uma lâmpada de 60 watts. Como uma garrafa PET com água praticamente
ultrapassa uma lâmpada de 60 watts no verão com céu claro, para essa época, uma garrafa é
suficiente para cada 4m² de área interna. No entanto, para o período de inverno, seriam
necessárias 1, 863 garrafas para sese atingir a iluminância de referência (60 watts), já que neste
período alcança 999 lux às 8h da manhã. Assim, para se obter a mesma iluminância obtida no
período de verão seria necessário dobrar a quantidade de garrafas utilizadas. O método de
cálculo da quantidade de garrafas PET necessárias pode ser simplificado na equação N =
[S(m²)/4]x1,9, onde N é o número de garrafas com água e S é a área do ambiente a ser
iluminado em m². Nesse trabalho ele determinou, por meio de experimentos, que para
iluminar uma área de 4m2 seriam necessárias 1,9 lâmpadas pet. Assim, para determinar a
1,9 ⋅ S
quantidade em um cômodo usar-se-ia
usar a seguinte fórmula N = , onde N é o número de
4
lâmpadas e S é a área em questão.
O uso da garrafa PET na iluminação pode gerar uma economia de energia elétrica
considerável, sendo que qualquer morador ou indústria pode adotar o sistema. Cabe ainda
citar que a luz proveniente das garrafas PET instalada de forma zenital em um ambiente é
isenta da radiação ultravioleta que poderia trazer riscos à saúde dos usuários destes ambientes.
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a “Rio+20”, foi
realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. A “Rio+20” “Rio+2 foi assim
conhecida porque marcou os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Os principais temas debatidos na “Rio+20” foram
erradicação da pobreza e a
a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável, da erradicação
estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.

CONCLUSÃO

O surgimento de iniciativas que buscam cuidar da natureza é uma resposta a uma série
de problemas existentes no mundo: desmatamento de florestas e matas atlânticas,
atlântica poluição
das cidades, do ar e de recursos hídricos como rios, lagos, lagoas e oceanos, além de
atividades como a caça e a pesca predatória. Para reduzir os danos causados pelos crimes
ao meio ambiente,, organizamos quatro passos simples para que cada um possa fazer a sua
parte e adquirir hábitos sustentáveis simples e eficientes no dia-a-dia.
dia O primeiro passo é
realizar a separação correta do lixo orgânico e reciclável; o segundo passo, evitar e o
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

energia e por fim diminuir o uso de


desperdício de água; o terceiro, evitar o desperdício de energia
meios de transporte poluentes. Com sua invenção, Alfredo Moser poderia ser considerado um
Thomas Edison da atualidade. Além de reaproveitar as garrafas pet e não utilizar energia, as
lâmpadas sustentáveis também não emitememitem CO2 enquanto funcionam, ao contrário das
lâmpadas convencionais. O valor gasto com lâmpadas no Brasil representa de 15% a 25% do
valor da conta de energia, conforme informações da CPFL. O gasto médio em energia de
resulta em uma despesa em torno de R$ 120 por mês.
uma residência é de 250 kWh, o que resulta
Dessa forma, levando em conta a porcentagem de gasto das lâmpadas, a luz representa entre
R$ 18 e R$ 30 reais nas cobranças de energia que chegam às nossas casas mensalmente.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
REFERÊNCIAS

BORGES, Tiago. Alfredo Moser: inventor de ‘luz engarrafada’ tem ideia espalhada pelo
mundo, 2013. Disponível em http://www.osensato.com.br. Acesso em 08 de maio de 2014.

MARQUES, Domiciano. A Refração da Luz. Disponível em


http://www.brasilescola.com/fisica. Acesso em 06 de maio de 2014.

SANTOS, Francisco Ferreira dos. Estudo de Iluminação Solar Zenital com Garrafas Pet,
2013. Disponível em
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/1047/1/CT_EPC_2012_2_08.PDF.
Acesso em 05 de junho de 2014.

Disponível em
http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Material_de_Apo
io/03_-_Ia._Conceito_Fundamentais_(grandezas_Luminosas).pdf. Acesso em 02 de junho de
2014.

http://bapigoiania.com.br/blog/category/faz-bem-pra-voce-faz-bem-pro-mundo/

http://porummeioambienteinteiro.blogspot.com.br/2012/01/brasileiro-cria-lampada-ecologica-
com.html
ANAIS – XXXFCMat

445
MATEMÁTICA MAIS TECNOLOGIA, PROTEGENDO VIDAS1

SPRICIGO, Brendha Luana2; PERIN, Carlos Eduardo Nesi3; PERIN, Silvana Rita Nesi4.

RESUMO: Em inúmeras cidades brasileiras, podemos encontrar equinos tracionando carroças. A observação
mais superficial aponta para uma utilização imprópria, considerando o estado do veículo, a condição do animal e
a direção do condutor. Acidentes de trânsito, inclusive
inclusive com mortes de pessoas e de animais, acontecem.
Mediante este problema projetou-se se e construiu-se
construiu se um carrinho elétrico para substituir os animais de tração.
Aplicando-se
se conhecimentos da matemática comprovou-se
comprovou se que o carrinho pode ser construído e utilizado
ut com
um custo menor, garantindo, assim mais lucro ao trabalhador e proporcionando também maior segurança. Com a
utilização do carrinho elétrico conseguiu-se
conseguiu se resolver o problema do sofrimento animal, sem, no entanto
prejudicar o catador de lixo, ao contrário,
ontrário, beneficiá-lo
beneficiá lo com a redução de custos, com a agilidade e segurança, que
o carrinho proporciona.

Palavras-chave: Sobrevivência. Bem estar. Tecnologia. Matemática.

INTRODUÇÃO

Devido ao grande desemprego e alta necessidade de qualificação, para o ingresso no


mercado empregatício, aumentou cada vez mais os subempregos como carroceiros. Os meios
de transportes para a coleta deste lixo pelos catadores são, os mais diversos, mas um que nos
chamou muito a atenção é a utilização de cavalos. Nestas condiçõescondições tem-se
tem empregado
animais como força de tração, que por muitas vezes, trabalham em condições precárias tais
como: maus tratos, falta de alimentação, trabalho exaustivo e enfermidades. Acidentes de
trânsito, inclusive com mortes, de pessoas e de animais, acontecem continuamente.
Então surge o problema, como continuar a coleta de lixo, sem utilizar cavalos para
fazer a tração do carrinho e não prejudicar a renda familiar do catador?
Pensando nisso estamos propondo, fundamentados em cálculos matemáticos, uma um
nova tecnologia ecologicamente correta para fazer a coleta do lixo sem prejuízos ao ser
humano, ao meio ambiente e aos animais, construindo um carrinho elétrico para substituir os
animais nesta tarefa e proporcionar mais dignidade e segurança aos trabalhadores
trabalh que fazem a
coleta seletiva.

METODOLOGIA

Para o inicio de nosso trabalho buscamos conhecer a rotina de um catador de lixo e


verificar as condições de vida que ele tem, bem como os meios de transporte que ele utiliza
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

para fazer a coleta.


Após buscamos através de pesquisa e visitas em propriedades rurais que possuem
cavalos conhecer como ele deve ser alimentado, os cuidados para ter saúde e bem estar
desejado.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Governador Bornhausen – Arroio Trinta.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor.
4
Professora Orientadora, EEB Governador Bornhausen, silperin0612@gmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Concluído este estudo buscamos fabricar uma carrocinha utilizando peças usadas de
bicicletas, usando engrenagens para reduzir a ação de força humana e a utilização de energia
elétrica acondicionada em baterias para auxiliar o motorista em subidas.
Para verificar se o projeto era viável, através da matemática foram calculados os
gastos necessários para manter um cavalo com necessidades nutricionais diárias garantidas e o
custo para o carregamento das baterias.

RESULTADOS

Conforme pesquisa realizada há uma regra básica para calcular a quantidade máxima
diária de alimento que o cavalo deve receber, fica entre 2% e 2,5% de seu peso corporal total.
Para nosso estudo vamos utilizar a égua Mulita, que pesa 300 kg, e descobrir qual é a
quantidade diária que deve receber de alimento.

300 kg x 2% = 300 x 2:100 = 6 kg de alimentos diários.

Se essa égua fosse desempenhar um serviço forçado como puxar uma carrocinha de
lixo, estaria com nível médio de atividade e deveria receber uma proporção em torno de 50%
de ração e 50% de fibra.

6 Kg x 50% = 3 kg de ração e 3 kg de forragem.

A partir desses dados procuramos calcular o custo para manter um cavalo que trabalha
na tração de uma carrocinha. Ao irmos a uma agropecuária pesquisamos que um saco de 25
Kg de ração custa R$ 30,00, então quanto é gasto diário para alimentar um cavalo que tem
atividade diária intensa? 30,00 reais: 25kg = 1,20 ao kg.
Se o cavalo deve consumir 3Kg por dia teremos1,20 x 3 = 3,60 por dia
Em um mês 3,6x30 = 108,00
As fibras podem ser adquiridas em pastagens ou compradas. Como a maioria dos
catadores de lixo moram em lugares que não é possível plantar pastagens, pesquisamos o
preço do fardo de alfafa.
Usando como exemplo um fardo de alfafa tem com 15 Kg e custa 14,00 reais.
Logo 14 reais:15 kg = 0,93 ao kg x 3 = 2,80 reais por dia
2,80 reais x 30 dias = 84,00 reais em um mês.
Então para alimentar um cavalo durante um mês seria gasto 108,00 + 84,00 = 192,00
Para verificarmos os custos para carregar o carrinho vamos pegar o kit de 48 v –
associação de4 baterias de 12 v. O consumo máximo desse kit é de 800W por hora.
Já que queremos descobrir o consumo, precisaremos converter watts em quilowatts.

800 / 1.000 = 0,8 kW/hora.

O valor do kW por hora varia de acordo com a concessionária de energia elétrica de


cada cidade. Pegaremos como referência o valor de Santa Catarina, que gira em torno de
ANAIS – XXXFCMat

447
R$0,30 por kW/h. Assim sendo, para obtermos o consumo total, multiplicaremos 0,8 kW por
6 horas (a bateria leva seis horas para uma carga completa).
O custo aproximado para uma carga completa das baterias aterias da sua será de
aproximadamente R$ 1,44 por dia. Logo RS 43,20 por mês. Muito mais barato do que
alimentar um cavalo. Com uma carga completa você poderá rodar aproximadamente 40 km.
Com isso o preço do quilômetro rodado fica em R$ 1,44:40 = 0,036 reais.
re
Através de uma função afim verificamos o custo para manter um cavalo fornecendo 1
(uma) vacina contra o garrotilho (influenza) que é obrigatório ser aplicada anualmente e
dando a alimentação necessária.

Vacina contra influenza R$ 35,00


Custo com alimentação:
limentação: ração + alfafa = R$ 108,00 + R$ 84,00 = R$ 192,00
Lei da função: y = 35 + 192 . x

Mês
Cálculo Custo Y
X
1 35 + 192.1 227
2 35 + 192. 2 419
3 35 + 192. 3 611
4 35 + 192. 4 803
5 35 + 192. 5 995
6 35 + 192. 6 1187
7 35 + 192. 7 1379
8 35 + 192. 8 1571
9 35 + 192. 9 1763
10 35 + 192. 10 1955
11 35 + 192. 11 2147
12 35 + 192. 12 2339

Supondo que a carrocinha percorra 10 km por dia, o gasto durante 1 ano será de
129,60. Podemos verificar através do gráfico da função y = 10,8 . X

X 10, 8, X Y
1 10,8 .1 10,80
2 10,8 .2 21,60
3 10,8 .3 32,40
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

4 10,8 .4 43,20
5 10,8 .5 54,00
6 10,8 .6 64,80
7 10,8 .7 75,60
8 10,8 .8 86,40
9 10,8 .9 97,20
10 10,8 . 10 108,00
11 10,8 . 11 118,80
12 10,8 . 12 129,60

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Através das funções podemos verificar que a economia gerada pelo carrinho em
porcentagem é de 1804,78 %.
Verificado que o projeto era viável construímos um protótipo do carrinho.
Inicialmente foi montado a estrutura do carrinho com cantoneiras de ferro com 1 metro de
comprimento e 50 cm de largura. Após foram acrescentados a barra de direção, volante,
engrenagens e motor.
Com a base pronta confeccionou-se a carrocerria co arestas laterais 47 cm de
comprimento, 50 cm de largura e 40 cm de altura.
O protótipo foi construído na escala de 1: 3 e as medidas reais serão:
Comprimento E= 1: 3 D = 1 m = 100 cm r=?

ௗ ଵ ଵ଴଴
e= ௥ = r = 300 cm ou 3 m
ଷ ௥

Largura: E=1:3 D = 0,50 m = 50 cm r=?

ௗ ଵ ହ଴
e= ௥ ଷ= ௥ r = 150 cm ou 1,50m

Usando o mesmo procedimento teriamos como medidas para a carrocinha:


Comprimento: 47 cm x 3 = 141 cm ou 1,47 m
Largura : 50 cm x 3 = 150 cm ou 1,50 m
Altura: 40 cm x 3 = 120 cm ou 1,20 m

CONCLUSÃO

Cavalos que puxam charretes costumam enfrentar intenso e diário sofrimento, com
sérias implicações para seu bem-estar do ponto de vista físico, mental e comportamental. Os
motivos para que esses animais vivam em tal situação são diversos, sua força de trabalho é
utilizada pela camada mais pobre da população, sem recursos para atender às suas
necessidades básicas, inclusive alimentares e de assistência veterinária, e sem acesso à
orientação devida, boa parte da população não é sensível em relação aos animais nem
consciente de seu dever para com eles, principalmente no caso de animais explorados para o
trabalho, em localidades onde as pessoas sobrevivem com recursos muito precários, em
condições onde prevalece a injustiça social e a ausência de atendimento às próprias
necessidades básicas humanas, tratar os animais da forma descrita pode parecer uma conduta
natural e por fim as autoridades responsáveis por preservar a vida e o bem-estar desses
animais são omissas e não tomam as medidas que lhes compete regulando e fiscalizando a
atividade.
Promover a melhoria das condições de vida de equinos de trabalho e lhes garantir o
bem-estar exige um grande e imediato esforço conjunto. Com certeza não serão apenas os
animais que vão ganhar com essas medidas, mas, também, toda a sociedade.
Com a utilização do carrinho elétrico conseguimos resolver o problema do sofrimento
animal, sem com isso prejudicar o catador de lixo. O catador terá melhores condições para
fazer a coleta pois o carrinho tem um desempenho melhor e um custo menor.
ANAIS – XXXFCMat

449
REFERÊNCIAS

BROOM, D. Animal
mal Welfare: the concept and the issues in Attitudes to Animals: Views
in Animal Welfare. Ed. F. L. Dolins, Cambridge University Press, 1999.

COSTA, L. A. P. C. Manual de hipologia. Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro,


1997.

SPEEDING, C. Animal Welfare.Earthscan


Welfare. Publications Ltd., 2000.

Universidade de Bristol (UK) / World Society for theProtectionof Animal (WSPA) –


Estar Animal” – CD desenvolvido para professores de faculdades de
“Conceitos em Bem-Estar
medicina veterinária, 2004.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEMÁTICA NA COPA1

DOGNINI, William2; NUNES, Vitória Correa3; VOSS, Ana Paula4.

RESUMO: Este trabalho, Matemática na Copa, tem como objetivo estudo é levar para a sala de aula um tema
atual e interessante e efervescência cultural, social e econômica pela qual o Brasil passa por ser sede do mundial
faz com que crianças e jovens sejam bombardeados com informações que, na escola, se tornam úteis na
construção de novos saberes. O Brasil neste ano de 2014 realizou um dos maiores eventos esportivo do planeta,
de 12 de junho a 13 de julho, A copa do mundo é um grade acontecimento para nossa população e pode ser um
excelente tema gerador, porque possibilita desencadear reflexões e discussões pertinentes relacionadas aos
conteúdos curriculares. Conclui-se que este estudo demonstrou como podemos transformar a matemática muito
mais divertida levando temas atuais para sala de aula, deixando que os alunos participem da construção do
conhecimento através de pesquisas, discussões no grande grupo, ou seja, trucando informações. Ressalta-se
porque é muito importante utilizar estes recursos e a diferença que isso faz no desenvolvimento intelectual do
aluno, tornando pessoas autônomas, contribuindo para sua formação como cidadão, consciente de suas ações.

Palavras-chave: Futebol. Matemática. Copa. Brasil.

INTRODUÇÃO

O Brasil neste ano de 2014 realizou um dos maiores eventos esportivo do planeta, de
12 de junho a 13 de julho, A copa do mundo é um grade acontecimento para nossa população
e pode ser um excelente tema gerador, porque possibilita desencadear reflexões e discussões
pertinentes relacionadas aos conteúdos curriculares.
Este estudo se justifica pelo fato que o Brasil é um país do futebol e nossos alunos
encontram dificuldades de trabalhar com informações e na falta de interesse dos nossos
estudantes com relação à matemática, que em geral, é considerada uma disciplina difícil,
fechada, enigmática, destinada a uns poucos que nascem com talentos especiais. Sendo assim
cabe ao professor cativar seus alunos para quebrar este paradigma e ajudá-los a vivenciar
experiências matemáticas criadoras e prazerosas, através de recursos como jogos, origami,
problemas, desafios, gráficos e até mesmo o futebol.
Como a beleza é subjetiva, o ser humano procura demonstrar sua harmonia a partir de
medidas comparativas, estabelecidas como proporções. Que ultrapassaram os limites da arte e
da arquitetura, tendo aplicações em diversas áreas do conhecimento.

OBJETIVO

O objetivo de estudo é levar para a sala de aula um tema atual e interessante e


efervescência cultural, social e econômica pela qual o Brasil passa por ser sede do mundial
faz com que crianças e jovens sejam bombardeados com informações que, na escola, se
tornam úteis na construção de novos saberes.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-Relação com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Dom João Becker - Brusque.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor.
4
Professor Orientador, EEB Dom João Becker, ana.paula_voss@hotmail.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

451
METODOLOGIA

Este Planejamento que estimula as crianças no trabalho com estimativas a partir dos
dados da capacidade
pacidade dos estádios de futebol do Brasil para a copa de 2014. Proporciona
trabalhar o conteúdo área de figuras planas, através da criação de figuras geométricas e do uso
de fórmulas matemáticas desenvolvendo operações e conceitos sobre medidas.

Conteúdos Conceituais:
• Medidas
• Grandezas
• Estimativas
• Probabilidades
• Espaço e forma
• Construção de figuras geométricas
• Operações básicas
• Circunferência
• Ângulos
• Área e perímetro

Competência:Utilizar-sese do conhecimento matemático no sentido de gerenciar


informações para que se possa construir e defender pontos de vista por meio da utilização de
argumentação coerente.
Habilidade:Realizar
Realizar estimativas que envolvam medidas (por exemplo: quantos passos
são necessários para chegar a um determinado local, quantos copos de água são necessários
para encher um recipiente).
Sequência Didática: Iniciar a aula com o vídeo que trata do planejamento de
construções dos estádios de futebol para a copa do Mundo que será no Brasil em 2014. No
vídeo além
lém do design das futuras arquiteturas, há também a informação da capacidade de
torcedores que cada estádio comporta.
Enquanto passa o vídeo o docente vai registrando essas informações no quadro, com o
nome da cidade e a capacidade que o estádio comportará.
Ao final do vídeo o docente deverá projetar a imagem do mapa político do Brasil, ocultando o
nome dos estados e suas capitais.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

O exercício seguinte será encontrar no mapa onde estarão os estádios. Ao mesmo


tempo, o docente deverá estimular as crianças
crianças a compararem as quantidades para analisar as
informações.
• Qual estádio comporta mais pessoas? Por que será?
• Qual comporta menos pessoas?
• Qual é a forma dos estádios? Essa forma influencia em alguma coisa? Por que?
• Vocês imaginam ou sabem a estimativa
estimativa dada para a população de Belo Horizonte?

Em seguida o docente deverá propor aos discentes a análise do espaço da sala de aula
em relação à quantidade de pessoas que estão nela.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
• Quantas pessoas têm nossa sala de aula?
• Caberiam mais estudantes? E carteiras?

Para auxiliar na construção do pensamento por estimativas o docente deverá desenhar


no chão da sala de aula um quadrado e levantar as seguintes questões. Atenção as crianças vão
estimar valores sem ainda preencher o quadrado:
• Que forma tem esse objeto?
• Quantas crianças cabem em pé nesse quadrado?
• Quantas crianças serão necessárias para preencher o espaço do quadrado?
• Quantas crianças cabem deitadas?
• Quantas crianças cabem sentadas?

É importante fazer uma pergunta de cada vez e, ao mesmo tempo, registrar as


respostas das crianças no quadro.
As questões se mostram como recursos que mobilizam conhecimentos prévios
(conhecimentos construídos anteriormente pelas crianças). O fazer ou experimentar é a ação
que ajuda as crianças a refletir sobre a estimativa para reelaborá-la.

Logo após, as crianças vão vivenciar as quantidades estipuladas, ou seja, entram no


quadrado o número de crianças em pé que foi estimado e o docente faz o encaminhamento:
• O espaço foi preenchido. Cabem mais crianças dentro desse quadrado?Faz a mesma
situação com as muitas estimativas realizadas pelas crianças.
• Quantas ficaram de fora?
• Se na sala de aula tem vinte e duas crianças e uma ficou de fora, quantas couberam
dentro do quadrado?
• Em quais condições podemos dizer que as crianças cabem no quadrado com folga?
• Em quais condições podemos dizer que número de crianças é suficiente para lotar o
espaço?

Durante cada situação que expressa a estimativa das crianças o docente propicia a
análise dos educando sobre a relação espaço e quantidade.
Agora serão as crianças deitadas. A problemática esta em pensar a ocupação do
espaço, de modo que, toda sua área fique ocupada e que as crianças façam essa estimativa
pensando nos seus corpos deitados. As crianças observam o mesmo espaço do quadrado
desenhado no chão e imaginam-se deitados e fazem a estimativa. Com essa estimativa um
grupo experimenta o outro observa. Se a estimativa ultrapassa ou deixa folga na ocupação do
quadrado elas fazem nova estimativa e experimentam novamente e assim vão avaliando cada
possibilidade que pensaram.
• Quantas crianças deitadas são necessárias para ocupar todo o espaço do quadrado?
• Será que é a mesma quantidade de crianças em pé?
• Quantas crianças em pé lotaram o quadrado?
• Quantas crianças deitadas lotaram o quadrado?
ANAIS – XXXFCMat

453
É importante que o docente discuta com as crianças sobre as duas situações
vivenciadas, considerando que a atividade no plano da linguagem é um momento importante
para a assimilação do conhecimento. Essa é uma etapa etapa importante para em um momento
posterior as crianças individualmente construam essa possibilidade de fazer estimativas.
De acordo com dados do Ministério do Esporte, o estádio tem capacidade para quase
79 mil pessoas. Veja qual!
Palco da final da Copa das Confederações da FIFA - Brasil 2013, o Estádio Jornalista
Mário Filho, mais conhecido como Maracanã ou Maraca, é o maior estádio de futebol do
Brasil.
Após a reforma, o Maracanã está com capacidade de 78.838 pessoas; são 124 mil
metros quadrados de área ea construída, com o campo com dimensões de 105 metros de
comprimento por 68 metros de largura. Você sabe o motivo deste apelido: Maracanã?
Segundo a Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro), a
origem do nome Maracanã vem do tupi-guarani
tupi guarani e significa "semelhante a um chocalho".
Antes da construção do estádio, existia no local uma grande quantidade de aves, vindas do
norte do país, chamadas Maracanã-guaçu,
Maracanã guaçu, que emitiam sons semelhantes ao de um chocalho.
Por isso, o local ficou conhecido
conhecido como Maracanã, em alusão aos pássaros que viviam neste
local.
RESULTADO

O docente deverá identificar se seus discentes estão colocando em prática as


suposições formuladas a partir de análises de situações-problema,
situações problema, resultando em estimativas,
em independente
endente dos resultados, ou seja, os discentes deverão construir a habilidade de
comparar espaço e quantidade através da observação e da análise da relação espaço x
quantidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que este estudo demonstrou como podemos transformar a matemática


muito mais divertida levando temas atuais para sala de aula, deixando que os alunos
participem da construção do conhecimento através de pesquisas, discussões no grande grupo
ou seja trucando informações.
Ressalta-se
se porque é muito importante utilizar estes recursos e a diferença que isso faz
no desenvolvimento intelectual do aluno, tornando pessoas autônomas, contribuindo para sua
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

formação como cidadão, consciente de suas ações.


A sociedade ainda tem o pensamento que a matemática é repetir procedimentos
mecânicos e memorizar resultados e fatos. Os conteúdos são passados, para os alunos, um de
cada vez e em capítulos isto é são obstáculos a serem superados. A compreensão das idéias
matemáticass pelos alunos exige do professor atenção especial, devem-se
devem se trabalhar atividades
do cotidiano, com outras disciplinas e levar para a sala temas que interessem os alunos,
trabalhando também o lúdico da criança.
Compreende-sese que introduzindo estes métodos tornamos a aula muito mais divertida
e prazerosa, e com certeza atraímos a atenção do aluno para uma disciplina que possui ainda
muito preconceito, sem contar na integração dos alunos.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
REFERÊNCIAS

NOVA ESCOLA. Editora Abril, nº 269, fevereiro de 2014

YOUTUBE. Disponível em:http://www.youtube.com/watch?v=sV92Wkx1sdU&feature=fvst.


Acessado em 26/03/2014.

Disponível em: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brazil_Political_Map.svg. Acessado


em 26/03/2014.

YOUTUBE. Disponível em:


http://www.youtube.com/watch?v=97golfAFaC0&feature=related. Acessado em 26/03/2014.
ANAIS – XXXFCMat

455
MATEMÁTICA NO CORAÇÃO1

MORO, Bárbara2; MACEDO, Nathalia Cemin3; SCURATO, Andréa Cristina Rota4.

RESUMO: O presente trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica sobre as questões biológico
do coração humano, assim como sua relação com os sólidos geométricos, da matemática. O ponto de partida
para o tema foram as aulas de ciências sobre sistema digestório,
digestório, onde as alunas expositoras se sentiram
motivadas a prosseguirem nas pesquisas, sanando curiosidades e aprofundando conhecimentos, que
posteriormente foram compartilhados com os demais alunos da escola na Feira Interna da Escola Básica
Municipal Almirante Barroso, classificando-se
classificando se para a Feira Municipal de Matemática de Pomerode.

Palavras-chave: Sistema Cardiovascular. Coração Humano. Sólidos Geométricos.

INTRODUÇÃO

A ideia de se trabalhar o tema coração, vinculando as aulas de matemática e ciências


ciê
o
surgiu do interesse da aluna Bárbara Moro, que frequenta o 8 ano B da Escola Básica
Municipal Almirante Barroso, localizada em Pomerode, no estado de Santa Catarina, que
motivou a aluna Nathalia Cemin Macedo na formação de uma dupla para pesquisarem sobre o
funcionamento do coração, esse órgão tão importante do corpo do ser humano. As alunas
expositoras se preocuparam em conhecerem os cuidados que o ser humano deve ter para
manter esse órgão fundamental ao nosso corpo saudável, prevenindo assim possíveis possí
problemas cardíacos no futuro. As alunas buscaram auxílios nas aulas de ciências e de
matemática, onde foram feitas pesquisas em livros didáticos, enciclopédias, em vídeos e na
internet. O objetivo deste trabalho é compreender e compartilhar o envolvimento
envolvi da
matemática com a disciplina de ciências. Ficou bem compreensivo que tudo envolve
matemática e que sem ela muitos problemas do nosso dia a dia não seriam resolvidos.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho de pesquisa desenvolvido pela dupla de alunas expositoras


exp foi
proposto para todos os alunos das turmas de 8º anos da escola em questão, onde houve a
liberdade na escolha do tema e na formação das duplas.
No processo de formação das duplas, a professora de ciência argumentou o
conteúdo a ser abordado pelala dupla de alunos, buscando conhecer a motivação dos mesmos
pelo tema, a possibilidade de ser um trabalho com enfoque matemático e relevância social,
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

para posterior orientação nas pesquisas e elaboração de relatórios e resumos dentro das
normas da ABNT.
Os questionamentos direcionaram a pesquisa, promovendo o seu sucesso
perante as dúvidas e curiosidades saciadas através da pesquisa. Muitas perguntas foram feita
durante as aulas, mas novas surgiram, como por exemplo: Qual é o formato do coração? Por

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição:
ão: EBM “Almirante Barroso” – Pomerode.
2
Aluna expositora.
3
Aluna expositora.
4
Professora Orientadora, EBM Almirante Barroso, andrea.scurato@uol.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
que a pressão arterial de um adulto e diferente de uma pessoa idosa? Quais são as principais
doenças do coração? Qual a diferença de um coração de um atleta para uma pessoa
sedentária? Qual a influência da alimentação diária na saúde do coração humano? Quais
exames de faz nesse órgão para identificação de doenças? Como é feita a interpretação de um
eletrocardiograma?
Em seguida, os alunos utilizaram o laboratório de informática e a biblioteca
escolar na busca de fontes a serem pesquisadas e o material a ser digitado na estruturação do
trabalho de pesquisa. Ao longo do processo foram orientados em todas as etapas que
envolveram a conclusão da pesquisa, sempre com datas no cumprimento de cada uma delas.
Um dos pontos altos do trabalho foi a exposição do mesmo na Feira Interna de
matemática e de Projetos pedagógicos da Escola Básica Almirante Barroso, momento em que
cada dupla apresentou para a comunidade escolar o material de pesquisa, com os cartazes e
maquetes que foram planejados e elaborados durante as aulas semanais durante o período de
abril a julho.
Após essa exposição interna dos trabalhos, houve a seleção de temas e duplas com
melhor desempenho para prosseguirem para a etapa municipal da Feira de Matemática.
As alunas do trabalho MATEMÁTICA NO CORAÇÃO foram classificadas e
passaram a ter encontros no contra turno com a professora orientadora, para aprimoramento
do trabalho e da apresentação do mesmo na etapa municipal, onde foram novamente
classificadas. A partir desse resultado os trabalhos se intensificaram e aprofundaram,
buscando novos conceitos para enriquecerem o tema.
Em um trabalho conjunto, entre as alunas expositoras e as professoras de ciências e
matemática, novas ideias surgiram e novos tópicos foram desenvolvidos, como por exemplo,
a influência do consumo excessivo de sal de cozinha e o aumento de chances do
desenvolvimento de problemas cardíacos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao longo do trabalho desenvolvido pelas alunas, o uso de dedução de fórmulas e de


situações-problemas contextualizados ao coração e sistema circulatório auxiliaram na melhor
compreensão de seu funcionamento e importância. Analisemos alguns exemplos:

1- Em repouso, uma pessoa tem o sangue bombeado pelo coração por todo corpo, em
aproximadamente 60 segundos, considerando que a pessoa tenha 5 L de sangue em seu corpo,
calcule:
a) Quantos litros de sangue o coração bombeia em uma hora? (1h = 60min = 3600s).

Tempo(s) Volume (L) 60 x = 3 600 . 5


60 5 60x = 18 000
3 600 x x = 300 L
R: São 300 litros de sangue bombeados em 1 hora.

b) E em 1 dia? (1 dia = 24h = 1440min = 86400s).

Tempo(s) Volume (L)


60 5 60 x = 86 400 . 5
86 400 x 60x = 432 000
x = 7 200
ANAIS – XXXFCMat

457
R: Serão 7200 litros de sangue bombeados em 1 dia.

2- O coração de uma pessoa adulta em estado de repouso realiza de 70 a 85 batimentos


por minuto.
a) Por dia, o coração humano de um adulto, bate cerca de quantas vezes, considerando
75 batimentos por minuto?
(1dia = 24h = 1440 min)

Batimentos Tempo (min)


75 1 1 x = 75 . 1 440
x 1 440 1 x = 108 000
x = 108 000
R: Em um dia, o coração
oração bate cerca de 108.000 vezes, nessas condições.

3- Cálculo da área do Cone Reto


• Área da base: (Ab)
A área de um círculo de raio “r” denomina-se
denomina se área da base.
2
Ab = π r (Anexo 7)
• Área Lateral (AL)
Área Lateralal é a área de um setor circular.
AL = π rg (Anexo 8)

• Área total (AT)

A superfície (área) total de um cone é a reunião da superfície lateral com o


círculo da base.
AT = AL + Ab

Substituindo:
AL = π rg
Ab =π r2, temos: AT = π rg + π r2
AT = π r (g+r)

4- Cálculo do Volume
O volume de um cone é obtido da mesma forma que se obtém o volume da
pirâmide:
V = 1/3 . Ab . h
XXX Feira Catarinense de Matemática

Vejamos os exemplos abaixo:


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Um cone reto tem 10 cm de altura e raio da base igual a 4 cm. Vamos calcular:

a) a medida da sua geratriz


g2 = r2 + h2
g2 = 42 + 102
g2 = 16 + 100
g = 116
g ~ 10,7 cm

b) a área lateral
AL = π rg

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
AL = 3,14 . 4 . 10,7
AL = 134,4 cm2

c) a área da base
Ab = π r2
Ab = 3,14 . 42
Ab = 50,24 cm2

d) a área total
AT = AL + Ab
AT = 134,4 + 50,24
AT = 184,64 cm2

e) o volume do cone
V = 1/3 . Ab . h
V = 1/3 . 50,24 . 10
V = 502,4/3
V ~ 167,5 cm3

CONCLUSÕES

A pesquisa é uma forma autônoma e prazerosa de aquisição de novos conhecimentos,


sanando dúvidas e estimulando a autoformação intelectual. Pesquisou-se muito e o
aprendizado foi enorme, onde, a principal ideia era falar sobre a função do coração e a cada
vez que o tema era aprofundado em nossas pesquisas, mais íamos descobrindo coisas novas.
Como todos sabemos o coração é um órgão que a maioria dos animais possuem,
existem corações de diversos tamanhos, diretamente relacionado ao porte do animal.
Antes de começar nosso projeto, olhávamos para um eletrocardiograma e não
entendíamos nada, mais depois de fazer nossas pesquisas descobrimos que é muito simples
interpretá-lo. Tiramos nossas dúvidas iniciais e acessamos várias outras informações valiosas
sobre o coração, sua formação e importância.
O coração tem a forma cônica, ou seja, a forma de um cone, o que nos possibilitou
desenvolver a matemática através da análise dos sólidos geométricos, calculando a sua área e
volume.
Descobrimos também que um atleta tem o coração maior do que o de uma pessoa
sedentária, mais se ficar sem fazer exercícios, com o tempo, o coração vai diminuindo seu
tamanho.
Gostamos muito de fazer esse projeto, pois saímos com mais conhecimento do que o
esperado.

REFERÊNCIAS

BARBANTI, Valdir J. Dicionário de Educação Física e do Esporte, São Paulo, Manole, 1994.

GANERI, Anita. A caixa do corpo: veja como seu corpo funciona, com encéfalo, ossos e
muito mais. São Paulo. Ciranda Cultural, 2008.

PARKER, Steve. O Corpo Humano: um guia interativo das funções internas do corpo um
livro pop-up cheios de surpresas. São Paulo. Ciranda Cultural.
ANAIS – XXXFCMat

459
Sólido Geométricos - Área e Volume do Cone Circular. Disponível em
http://www.matematicadidatica.com.br/Solidos
http://www.matematicadidatica.com.br/Solidos-Geometricos-Area-Volume
Volume-Cone.aspx.
Acesso em: 31 jul. 2014.

WAJNGARTEN, Mauricio. Curiosidades sobre o Coração Humano. TodaBiologia.com.


Disponível em: <http://www.todabiologia.com/anatomia/curiosi
http://www.todabiologia.com/anatomia/curiosi dades_coracao.htm.>.
dades_coracao.htm
Acesso em: 14 abr. 2014.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEMÁTICA X INDÍGENAS: APRENDENDO COM A CULTURA
GUARANI MBYA1

SANTOS, Allan Jonathan da Cruz2; SANTOS, Elisson de Oliveira dos3;


SOUZA, Divina Rosa4.

RESUMO: O projeto Matemática X Indígenas: aprendendo com a cultura Guarani Mbya, foi realizado com
alunos do 6º ano, na EMEF Jonas Alves de Souza. A contribuição da matemática para a cidadania requer que
questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos e, ao mesmo tempo,
oportunizando-os a aprender a escrever fórmulas, fazer cálculos e aprender conceitos de forma significativa.
Atendendo à lei 11.645/08 e, objetivando discutir junto à comunidade escolar aspectos culturais e sociais sobre a
temática indígena, os alunos visitaram a comunidade indígena Guarani Mbya de Biguaçu e, a partir do grafismo
de seu artesanato, aprenderam conceitos de geometria, medidas, áreas perímetros, volumes e pesquisaram sobre
etnias indígenas no Brasil e sobre as principais, existentes no estado de Santa Catarina atualmente.

Palavras-chave: Etnomatemática. Indígenas. Grafismo e geometria.

INTRODUÇAO

A contribuição da matemática na educação para a cidadania requer que questões


sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos. É preciso deixar de
considerar que o ensino da matemática deva ser direcionado a levar o aluno a escrever
fórmulas e a fazer cálculos desprovidos de quaisquer significados. O fundamental é capacitar
esse aluno a tomar decisões conscientemente e saber argumentar, expressando com lógica o
seu pensamento a fim de torná-lo um cidadão crítico, criativo e autônomo.
Atendendo à lei 11.645/208, que torna obrigatório o ensino dos conteúdos de
matemática sobre a história e cultura das comunidades indígenas no Brasil, foi desenvolvido o
projeto envolvendo alunos de sexto ano na EMEF Jonas Alves de Souza, localizada em
Jaraguá do Sul. A finalidade do projeto foi discutir junto à comunidade escolar aspectos
culturais e sociais que envolvem as etnias indígenas que vivem, atualmente, em Santa
Catarina, principalmente na região norte do estado.
Foi escolhida a etnia Guarani Mbya, da Aldeia Yynn Moroti Wherá, localizada na
cidade de Biguaçu, Santa Catarina, onde foi realizada uma visita a aldeia para conhecer a
população indígena, seu modo de vida, seus costumes, suas práticas religiosas, principalmente
o artesanato, que foi usado como suporte para explorar conceitos de geometria e medidas nas
aulas de matemática no decorrer do projeto.

MATERIAL E MÉTODOS

A partir de uma pesquisa realizada no ambiente tecnológico da escola, com recurso de


internet, os alunos obtiveram dados sobre etnias indígenas no Brasil e sobre as principais
etnias que vivem atualmente no estado de Santa Catarina, na região norte do Estado. Foram

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras disciplinas Instituição: EMEF Jonas Alves de Souza – Jaraguá do Sul.
2
Aluno do 6º ano do Ensino Fundamental.
3
Aluno do 6º ano do Ensino Fundamental.
4
Professora Orientadora, EMEF Jonas Alves de Souza , divinajgs@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

461
selecionadas três etnias: Guarani, Kaigang e Xokleng. A etnia Guarani Mbya foi selecionada
para aprofundar os conhecimentos sobre os aspectos culturais, sociais e sobre o artesanato.
Com o grafismo encontrado ado na pesquisa sobre o artesanato da etnia guarani, os alunos
desenvolveram conceitos de geometria, como: retas, pontos, planos, principais figuras
geométricas planas, conceitos de polígonos, cálculos de área de perímetro e medidas.
Após a visitação na aldeia,
ldeia, os alunos adquiriram objetos de artesanato, tais como: mini
cestos, pau de chuva, objetos ornamentais e também conheceram a escola que as crianças
indígenas frequentam, a casa da reza e trilhas. Com os objetos adquiridos na aldeia os alunos
do 6º anoo exploraram conceitos e cálculos de volume, área, planificação de um cilindro de
base reta e fórmulas.
As atividades foram realizadas, conforme a sequência: pesquisa com recurso da
internet, discussão sobre a situação que se encontram as populações indígenas
indíg nas diversas
regiões do País, a população estimada de acordo com dados do IBGE, FUNAI, FUNASA e
outras fontes; interpretação de gráficos sobre o número de indígenas que vivem no meio rural
e urbano no Brasil, as regiões onde se encontram a maior população
população indígena, e o número de
indígenas das etnias Guarani, Kaigang e Xoklens em Santa Catarina. Dados da FUNASA,
2010, indicam a existência de 9.437 indígenas das três etnias, citadas anteriormente, vivendo
em Santa Catarina.
Com o grafismo da etnia GuaraniGuarani foram iniciados a parte de geometria, áreas,
perímetros e fórmulas.
Geometria no Grafismo – Após identificar as formas geométricas no grafismo, os
alunos desenharam no caderno o polígono, identificaram o número de lados, vértice e, com
recurso do transferidor, efetuaram a medida dos ângulos e, a seguir, calcularam a área, o
perímetro e identificaram o tipo de ângulo que cada polígono apresentava. Os principais
polígonos encontrados dos no grafismo foram triângulos e quadriláteros. As fórmulas gerais
utilizadas para o cálculo de área foram:
Triângulo A = (b x a): 2
Quadrado A = L x L
Retângulo A = c x L
Losango A = (D x d): 2
Trapézio A = [(B + b) x a]: 2
Com o objetoo pau de chuva, foram explorados os conceitos de planificação de um
cilindro, comprimento e área de um círculo, volume de um cilindro de base reta e as fórmulas.
Os alunos confeccionaram, utilizando embalagem de papelão, um cilindro de base reta e,
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

nesse cilindro,
ilindro, aplicaram desenhos semelhantes ao grafismo.
Conceitos matemáticos
Pau de chuva – corpo redondo
Cilindro de base reta
Base circular – Área e comprimento da base
A = π.r²
C = 2.π.r
V = π.r².a ou área da base multiplicada pela altura
Elementos de um círculo – diâmetro, centro, raio, circunferência
Planificação do cilindro

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Base formada por um círculo
Parte lateral retangular
Durante a visita na aldeia foi possível observar a importância do círculo para a etnia
Guarani, na casa da reza, na trilha que leva ao centro da aldeia e quando o grupo se reúne para
conversar, durante a prática religiosa e nas danças. Para introduzir os conceitos e cálculos
sobre o círculo e para ressaltar a importância do mesmo para a cultura indígena, foi utilizado
um poema sobre o simbolismo do círculo de Hehaka Sapa (Alce Negro).
O grupo, acompanhado por um guia da aldeia, percorreu uma trilha, de
aproximadamente um quilômetro, onde foi possível conhecer plantas medicinais usadas pelos
indígenas e conhecer a maior árvore localizada no centro da Aldeia em um local reservado
para meditação e decisões importantes, pelo cacique e demais moradores.
Depois da exploração dos conteúdos matemáticos, os alunos receberam, na escola, a
visita de uma professora, de descendência indígena, a qual abordou aspectos a trajetória de
seus antepassados desde sua saída da aldeia, onde foram criados, vindo a fixar-se no meio
rural e, mais tarde, no meio urbano, onde passaram a viver de acordo com a cultura do homem
branco.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A população indígena no Brasil atual é de 897 mil habitantes (dados do Censo de 2010
– IBGE), correspondendo a 0,47% da população brasileira, mas de acordo com o gráfico,
constam somente 817.963 indígenas autodeclarados por domicílio. O gráfico analisado aponta
os dados dos anos de 1991 ao ano de 2010. No decorrer do projeto foram analisados também
percentuais da população indígena no Brasil por região, obtendo-se os dados onde a maior
concentração se encontra na região norte e a menor concentração na região sul. Nessa etapa
do projeto, os alunos aprenderam a ler interpretar e a construir um gráfico de colunas com
dados numéricos e de porcentagem.

Em Santa Catarina os dados são de 9437 indígenas pertencentes as etnias Kaingang,


Guarani e Xokleng (FUNASA, 2010) sendo que os Kaingang são maioria num total de 6397.
O objeto principal da nossa pesquisa foi conhecer a etnia Guarani Mbya,
principalmente o grafismo nos objetos do artesanato e na pintura corporal que retratam
elementos da natureza, apresentando significados especiais nas formas e nas cores. A aldeia
com aproximadamente 130 habitantes, segundo um dos responsáveis que recebeu o grupo de
ANAIS – XXXFCMat

463
alunos, conta com aproximadamente 60 hectares às margens da BR 101. Outro ponto
importante do trabalho foi a visita à casa da reza, ao lado da escola, construída pelos alunos da
aldeia, para o desenvolverem o aprendizado
aprendizado de conteúdos da disciplina de matemática, na
prática, de acordo com os seus costumes. A partir dos dados obtidos na visita à aldeia e na
pesquisa, foram estudados em sala de aula os conteúdos de geometria, porcentagem medidas e
operações básicas,, bem como a abordagem histórica dos indígenas nas regiões do País.

CONCLUSÃO

As considerações sobre o trabalho são muito significativas, pelo empenho dos alunos,
demonstrando interesse e envolvimento em todas as etapas e também na realização dos
objetivos
tivos propostos, na abordagem e no aprofundamento dos conteúdos. Um dos fatores mais
importantes é o depoimento de cada aluno em relação ao que cada um deles pensava sobre os
povos indígenas no início do trabalho e o que pensam após essa interação, bem como c a
possibilidade de aprender matemática a partir de uma prática diferente de padrões mais
tradicionais.

REFERÊNCIAS

DANTE, Luiz Roberto. Projeto Teláris: Matemática.


Matemática. 1ed. São Paulo: Ática, volume 1, 2012.

http://www.cpisp.org.br/indios/html/uf.aspx
http://www.cpisp.org.br/indios/html/uf.aspx?ID=SC.

http://www.funai.gov.br/index.
http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/sons-indigenas/684-ww
ww

http://noticias.terra.com.br/brasil/indios-criam-trilha-quotmedicinalquot-em
http://noticias.terra.com.br/brasil/indios em-aldeia-para-gerar-
renda,34794999eed4b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=26715
ldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=26715

h2010-poblacao-indigena-896
896-9-mil-tem-305-etnias-fala-
274&view=noticiattp://censo2010.ibge.gov.br/noticias
ttp://censo2010.ibge.gov.br/noticias-
censo?busca=1&id=3&idnoticia=2194&t=censo
id=3&idnoticia=2194&t=censo-
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
PROJETO MATEMATIZANDO O TRANSITO1

SCHONS, Maria Eduarda2; BERNARDI, Taís3; TROMBETTA, Raquel Pedron4.

RESUMO: O dia a dia das pessoas tem sido marcado por grandes e rápidas transformações nas áreas científicas
e tecnológicas e, em meio a tantas informações, vê-se o homem obrigado a acompanhar uma modernidade
muitas vezes desconhecida por ele. E, para acompanhá-la acaba por perder valores imprescindíveis a sua
qualidade de vida. Esta perda é plenamente visível nas cenas do cotidiano das cidades, que na sua grande
maioria, são influenciadas pela miséria, pela fome, pela violência e tantas outras situações que desafiam o
homem na busca incessante de soluções poucas vezes encontradas. Bem antes da invenção dos meios de
transporte, as pessoas já se locomoviam: Iam de um lugar para outro, apesar de não conseguiam chegar muito
longe. Com o passar do tempo, as pessoas inventaram veículos, construíram ruas e estradas. Assim, os lugares
foram se organizando de tal forma a permitir a locomoção e a circulação das pessoas e dos veículos. Neste
projeto esperamos sensibilizar e conscientizar os alunos e seus pais quanto a importância de obedecer as regras e
sinalizações do transito, sendo condutor ou pedestre. Ao considerar o aumento de veículos e população nos
últimos anos, observou-se que o índice de acidentes de trânsito cresceu consideravelmente. Preocupados com
este índice, os professores da escola decidiram dar uma atenção maior a este projeto. Todas as disciplinas estão
envolvidas e cada professor está aprofundando o assunto em suas aulas. A disciplina de matemática vai trabalhar
com área e perímetro das placas de trânsito e os índices de acidentes ocorridos desde 2009 a 2014. Também foi
feita uma pesquisa com os pais dos alunos para a opinião deles em relação ao aumento de acidentes ocorridos em
Seara.

Palavras-chave: Trânsito. Sinalização. Condutores.

INTRODUÇÃO

Vive-se num mundo, onde a atualidade tem sido marcada por grandes e rápidas
transformações nas áreas científicas e tecnológicas e em meio a tantas informações, vê-se o
homem obrigado a acompanhar uma modernidade, que muitas vezes desconhece. E, para
acompanhá-la acaba por perder valores imprescindíveis a sua qualidade de vida. Esta perda é
plenamente visível nas cenas do cotidiano das cidades, que na sua grande maioria são
influenciadas pela miséria, pela fome, pela violência e tantas outras situações que desafiam o
homem na busca incessante de soluções poucas vezes encontradas. A segurança no trânsito no
âmbito escolar não é uma disciplina específica, mas um tema transversal a ser trabalhado em
conjunto com outras disciplinas, pois os parâmetros curriculares deixam claro que a
transversalidade diz respeito à possibilidade de se estabelecer, na prática educativa, uma
relação entre aprender na realidade e da realidade de conhecimento teoricamente
sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real (aprender na realidade e
da realidade).Assim a segurança no trânsito e seu ensino implicam em incutir no aluno um
comportamento responsável, onde ele saiba decodificar situações, fazer escolhas, saber dos
perigos e administrar os riscos. Neste sentido, a Escola de Ensino Fundamental Batista
Paludo, juntamente com os alunos do 6º ano à 9º ano, desenvolveram um estudo dos aspectos
estatísticos, suas porcentagens e formas geométricas inseridos no trânsito em geral e
principalmente do município de Seara-SC. E a partir desse estudo, pretende-se conscientizar

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EEF Batista Paludo – Seara.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor.
4
Professora Orientadora, EEF Batista Paludo, raquel.trombetta@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

465
os alunos de que para transformar o mundo, é necessário passar por um processo de
alfabetização no trânsito, pois necessitamos aprender a ler nossa cidade, nossas ruas e nosso
trânsito para que possamos agir com Consciência e Responsabilidade
Responsabilidade em nosso dia-a-dia.
dia

MATERIAL E MÉTODOS

O presente “Projeto Matematizando o Trânsito” está sendo trabalhado ao longo de


todo ano letivo com alunos do 6º ao9º ano da E. E. F. Batista Paludo, os mesmos
desenvolveram durante este ano, leituras, pesquisas,
pesquisas, debates, análises e construção de
conceitos. Inicialmente iremos diagnosticar nas turmas, alguns conceitos relacionados ao
trânsito, levantaram ideias e termos relacionados ao tema. Na sequência será repassado o texto
“Circulação Humana”, para leitura, e em seguida os alunos deveram interpretar e discutir os
dados matemáticos presentes no texto (ANEXO 1).Dando continuidade no projeto, será
apresentado através do Data Show, diversas sinalizações utilizadas no trânsito, que pedestres
e condutores precisam conhecer para poder circular com segurança. As placas de trânsito
serão analisadas e classificadas de acordo com o desenho, tipo de sinalização e a sua forma
geométrica, no qual cada alunos organizará uma tabela em seu caderno com as fórmulas de
área e perímetro
ímetro de cada placa.Outro ponto a ser discutido será sobre os acidentes, que nada
mais são do que uma consequência do desrespeito às leis de trânsito que podem ser
provocados por diversos fatores. Buscou-se,
Buscou se, junto à Polícia Militar, o número dos acidentes
ocorridos em nosso município, e a partir desses dados os alunos deverão analisar e comparar
com os dados estaduais obtidos no DETRAN e estes deveram ser representados através de
gráficos para posteriores comparações.Durante o desenvolvimento será aplicado trabalhos de
pesquisas em revistas, jornais, bem como na internet relacionadas ao tema, para que os alunos
possam compreender a importância da legislação em nosso dia-a-dia,
dia dia, principalmente para que
possam se portar como pedestres educados e futuramente condutores
condutores responsáveis.E para
finalizar, será convidado um representante da Polícia Militar, para que aplique uma palestra
de conscientização e reflexão aos temas trabalhos no geral sobre o assunto
Trânsito.Esperamos que a partir desses trabalhos e demais dados dados que serão repassados, os
alunos percebam os elevados níveis de violência que se instala a cada dia no trânsito
brasileiro e de que forma a instituição escola pode interferir e colaborar para que haja grandes
melhoras.
RESULTADO E DISCUSSÕES
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Os professores envolvidos neste projeto deverão observar e avaliar a mudança de


comportamentos, de atitudes, de postura ética e moral nos educandos e demais segmentos da
escola. Isso será observado na convivência social, no contexto do trânsito enquanto pedestres,
pe
ciclistas, passageiros e futuros condutores.Trabalhos envolvendo os tipos de placas e suas
medições calculando nas aulas de matemática a área e o perímetro que cada placa ocupa,
adquirir através da Polícia Militar os índices de acidentes de trânsito
trânsito ocorridos na região,
representando esses dados em gráficos e tabelas.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Gráfico 01 – Gráfico representando acidentes de trânsito 2009

Gráfico 02 – Gráfico representando acidentes de trânsito 2013

Gráfico 03 – Gráfico representando acidentes de transito até 06/2014

Com todos estes trabalhos e discussões sobre o assunto (trânsito), esperamos


realmente atingir positivamente estes alunos, que hoje são pedestres, mas que num futuro
próximo também serão condutores.
ANAIS – XXXFCMat

467
CONCLUSÕES

Diante de dados estatísticos tão assustadores somos obrigados a concordar que muitos
condutores e pedestres não usam o bom senso na direção e no transitar pelas ruas e mostram
que apesar de serem inteligentes, acabam demonstrando um lado inconsequente que pode
levá-los
los a enfrentar sérios problemas.Pensando nisso, é importante investir na criança e no
adolescente, durante
rante o período escolar, para que possam incorporar comportamentos
responsáveis, de respeito à vida. Assim teremos mais segurança nas ruas e nas estradas
através de um trânsito mais disciplinado e coerente, uma vez que sejam proporcionados aos
alunos os conhecimentos
hecimentos referentes à educação para o trânsito para que eles próprios possam
orientar os adultos em benefício de sua segurança e futuramente de sua família.Neste sentido
acreditamos que a escola viabiliza o conhecimento do ser humano, bem como aprimora seu s
comportamento social, dentro de uma consciência que venha reduzir drasticamente toda e
qualquer forma de violência no trânsito, e que a matemática ao apresentar os dados
estatísticos atuais, possa promover uma ampla discussão, projetando para o futuro do d país,
maior segurança e paz na qualidade de vida dos cidadãos.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por nos dar a vida para ser possível a realização deste trabalho.
A todos os professores, direção, funcionários, alunos e pais que participaram ativamente
ativament para
realização do projeto. Em especial a Policia militar por fornecer os dados de acidentes de
trânsito e a quantidade de veículos registrados na cidade de Seara.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
ANEXO 1 – TEXTO: CIRCULAÇÃO HUMANA

CIRCULAÇÃO HUMANA

Os problemas da circulação humana são tão antigos como a invenção da roda, mas foi no ano
de 1886 quando se realizou um acontecimento de vital importância para o transporte rodado e
à humanidade. Em 26 de janeiro daquele ano, Karls Benz patenteava, na Alemanha, o
primeiro veículo propulsado por um motor à explosão.
Esse fato haveria de se converter em um dos feitos mais significativos da sociedade do século
XX. O uso generalizado e massivo de veículos automotores serviu para multiplicar as
possibilidades de intercâmbio comercial, como consequente aumento de riqueza; difundira
cultura de maneira rápida, contribuindo para o progresso da sociedade e dos povos e acabar
definitivamente com o isolamento em que se encontravam os seres humanos.
Hoje podemos afirmar que a massificação do uso de veículos automotores influenciou na
mudança de valores culturais, no conceito de distância, entre espaço e tempo, cidades e
países, nas relações humanas, nos padrões de comportamento social e nos avanços
tecnológicos e científicos. Entretanto, com essas importantes e evidentes mudanças
desenvolvimentistas, os veículos também trouxeram uma série de graves problemas, que
ainda requerem soluções; alterações ecológicas e contaminação do meio ambiente natural,
ruídos, redução do espaço destinado aos pedestres e, principalmente, os acidentes.
No universo das vítimas de acidentes de trânsito, seres humanos acabam tornando-se números
estatísticos. Números que possuem idade, sexo, parentes, amigos e nomes: Vítimas Fatais.
Unidas, num único número, as vítimas de acidentes de trânsito perdem seus rostos, suas
histórias, suas profissões, seus bens. O trânsito só não mata mais do que as doenças do
coração, do aparelho respiratório e do que o câncer. Estes ocupam as três primeiras posições
nos índices de mortalidade do país. O trânsito, porém, pula para primeiro lugar, quanto é
tratado como fator de diminuição da expectativa de vida da população brasileira.
A média nacional de vítimas fatais em acidentes de trânsito é de 12,5 mortes para cada grupo
de 100 mil pessoas.
Esses problemas colocam a sociedade hoje, mais do que nunca diante da necessidade de
priorizar a segurança da circulação humana, que significa a liberdade motorizada e de
movimentos, na tentativa de diminuir o risco à integridade física e psicológica das pessoas. A
mobilização da sociedade para enfrentar os problemas dos acidentes e dos riscos no trânsito é
inevitável, tornando-se questões não somente de sobrevivência, mas de qualidade de vida e de
humanização da sociedade.

Juliana Slovinski Kowacicz


Instrutora de Trânsito
ANAIS – XXXFCMat

469
MATHCITY1

NEZZI, Julia2; VICENTIN, Mainara3; HEINECK, Nilso4.

RESUMO: Nesse trabalho foi abordado o tema sobre cidades. Tendo como objetivo desenvolver as práticas que
são aplicadas em algumas cidades. Práticas essas que vão de encontro aos problemas ambientais e sociais que
estão presentes na maioria das cidades. Primeiramente foi realizado
realizado um diagnostico na forma de questionário
para poder listar os principais problemas de uma cidade. Através da mesma foi feita uma pesquisa bibliográfica
sobre problemas e soluções relacionadas ao lixo, a água, a poluição e o transito, para obter os resultados
result
pretendidos. Esses problemas existem em todas as cidades em maior ou menor proporção.Cidades sustentáveis,
práticas adotadas por essas cidades, consumo de água, descarte de lixo, poluição causada pelo trânsito e Curitiba,
que é um exemplo de sustentabilidade.
ilidade.

Palavras-chave: Cidade. Sustentabilidade. Práticas sustentáveis.

INTRODUÇÃO

A história das cidades começa na pré-história,


pré história, quando os homens eram primariamente
nômades, e movimentavam-se se de uma região para outra constantemente, em busca de água e
alimentos. Há 10.000 anos, várias civilizações começaram a dominar a técnica
da agricultura e da pecuária. As civilizações que dominaram estas técnicas passaram a criar
centros mais densamente habitados. Assim, as primeiras vilas apareceram quase sempre em
torno de rios e lagos. Este processo foi mais acelerado na Mesopotâmia, onde as primeiras
vilas e áreas urbanas foram criadas. Entre 8000 a.C e 3500 a.C, algumas destas vilas haviam
prosperado, tendo evoluído em pequenas áreas urbanas com alguns milhares
milhares de habitantes. As
primeiras cidades desenvolveram-se
desenvolveram na Mesopotâmia, em torno de 3500 a.C.. Estas cidades
surgiram inicialmente como vilas. Este processo tornou-setornou se possível graças ao domínio
da agricultura. Em torno de 2000 a.C, as primeiras cidades começaram
começaram a desenvolver-se
desenvolver em
torno do Rio Nilo e na China. Tais cidades eram maiores que as vilas. Estas cidades também
dispunham de estruturas mais complexas, inexistentes nestas vilas, como grandes depósitos
para estoque de alimentos e templos religiosos. Cidade é uma área densamente povoada onde
se agrupam zonas residenciais, comerciais e industriais. Uma cidade caracteriza-se
caracteriza por um
estilo de vida particular dos seus habitantes, pela urbanização, pela concentração de atividades
econômicas dos setores secundário,
ndário, terciário etc. Existem três tipos de cidades que são elas:
cidade histórica; cidade universitária e cidade digital. Definimos cidade histórica como a parte
preservada da cidade onde se concentram os edifícios e monumentos mais antigos, a cidade
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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

universitária é um conjunto de prédios destinados ao estudo, esporte e lazer, residência e


outros serviços para os estudantes enquanto a cidade digital é onde há implantação de
recursos tecnológicos, para promover o desenvolvimento social e econômico de uma
comunidade.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas;; Instituição: EEF João Bayer Sobrinho – Nova Trento.
2
Aluno expositor, micheleklann@gmail.com.
3
Aluno expositor, tomasfwilcke@gmail.com.
4
Professor Orientador, EEF João Bayer Sobrinho, profcida.mtm66@gmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATERIAIS E MÉTODOS

Hoje as cidades têm muitos problemas sociais e ambientais. No que diz respeito ao
meio ambiente os maiores problemas são: o lixo, a água, a poluição atmosférica, a erosão
entre outros.As pessoas não têm consciência do lixo que produzem, e muito menos o de sua
cidade. O lixo sempre foi um problema de difícil solução, a sua produção está sempre
aumentando, ele é uma das principais fontes de degradação ambiental, grande parte tem
destino incorreto, sendo acumulados nas ruas, terrenos vazios e levados pela água. Desses
processos são originados fenômenos naturais como inundações, pois o lixo acumulado em
bocas de lobo, rios e encostas não permite a vazão das águas da chuva. O interesse desse
trabalho é mostrar para a população o quanto cada pessoa produz de lixo e consequentemente,
sua cidade. Com todo esse lixo, a água corre risco de contaminação, e uma cidade sem água é
uma cidade morta. O tratamento da água é muito importante para a vida na cidade, porém, a
população deve ter a consciência de fazer a sua parte, pois rios e lagos poluído também são
prejudiciais a nossa saúde. Através de pesquisas, serão construídos tabelas e gráficos, onde
apresentaremos os principais problemas e algumas soluções viáveis para esses problemas
ambientais. Uma estratégia seria a de reflorestar a mata ciliar de rios e lagos, pois além de
evitar a erosão, serve como filtro natural e retêm a umidade do solo. Não apenas a mata ciliar,
como toda a área verde é importante numa cidade, pois além da fauna e da flora ajuda na
limpeza do ar e solo. Uma iniciativa para a população e poder público, é a de plantar árvores
frutíferas, sombreiros, flores, entre outras qualidades. Além de problemas ambientais as
cidades também apresentam os problemas sociais. Alguns desses problemas são: falta de
moradia, trânsito, falta de qualidade de vida, entre outros. Algumas cidades estão em estado
caótico, o trânsito sofre constantes congestionamentos, cidades superlotadas e sujas, falta de
áreas de lazer, enfim cidades com baixa qualidade de vida. Com o fácil acesso de
financiamentos de carros e a falta de planejamento das estradas das cidades, ocorrem alguns
problemas no trânsito da cidade como o congestionamento, acidentes, falta de
estacionamento, poluição do ar e sonora, entre outros. Uma sugestão seria o transporte
público, maior uso de bicicletas e caminhadas. Outro fator observado é a migração da
população de pequenas cidades para maiores centros em busca de emprego. Esse fator trás
outro tipo de problema, pois enquanto as cidades menores diminuem, acontece uma
superlotação nas grandes cidades que não estão preparadas. O contrario destas cidades
caóticas são as cidades sustentáveis, que são aquelas que adotam uma série de práticas
eficientes voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população, desenvolvimento
econômico e preservação do meio ambiente. Algumas das práticas utilizadas pelas cidades
sustentáveis são: ações efetivas voltadas para a diminuição da emissão de gases do efeito
estufa, visando o combate ao aquecimento global; medidas que visam à manutenção dos bens
naturais comuns; planejamento e qualidade nos serviços de transporte público, principalmente
utilizando fontes de energia limpa; incentivo e ações de planejamento para o uso de meios de
transporte não poluentes como, por exemplo, bicicletas; ações para melhorar a mobilidade
urbana, diminuindo consideravelmente o tráfego de veículos; promoção de justiça social;
destino adequado para o lixo e criação de sistemas eficientes voltados para a reciclagem de
lixo e uso de sistema de aterro sanitário para o lixo que não é reciclável; aplicação de
programas educacionais voltados para o desenvolvimento sustentável; investimentos em
ANAIS – XXXFCMat

471
educação de qualidade; planejamento urbano eficiente, principalmente levando em
consideração
nsideração em longo prazo; favorecimento de uma economia local dinâmica e sustentável;
adoção de práticas voltadas para o consumo consciente da população; ações que visem o uso
racional da água e seu reaproveitamento; práticas de programas que visem à melhoria
melh da
saúde da população; criação de espaços verdes (parques, praças) voltados para o lazer da
população; programas voltados para a arborização das ruas e espaços públicos.

CONCLUSÃO

Algumas cidades brasileiras adotam sistemas de sustentabilidade, e Curitiba


C é um
exemplo desse sistema. Curitiba é um município brasileiro, capital do estado do Paraná. É
a oitava cidade mais populosa do Brasil e a maior do sul do país, com uma população de
1.848.946 habitantes. A capital do Paraná ao longo dos últimos anos
anos tem se consolidado como
a cidade mais rica do Sul do país e a 4ª em nível nacional. Curitiba pode ser considerada uma
das pioneiras no Brasil e no mundo na instalação de corredores inteligentes para o transporte
público e no uso dos veículos Bus Rapid Transit
Transit (BRT), modelo de serviço de baixo custo,
utilizado por mais de 2 milhões de pessoas por dia. Desde a década de 1970, a capital do
Paraná tem vias exclusivas para ônibus articulados e biarticulados e uma inteligente rede
integrada de transportes. De 1990
1990 até hoje, o foco principal do planejamento da cidade foi o
desenvolvimento sustentável e a integração de toda a Região Metropolitana de Curitiba. Além
dessas, existem outras importantes ações que fazem de Curitiba um exemplo de planejamento
orientado pela
ela sustentabilidade no Brasil. Desde 1989, a cidade possui um programa de
reciclagem atualmente reconhecido. Os moradores da cidade separam os materiais, os quais
são coletados na cidade três vezes por semana. Desde 2009, a Secretaria Municipal do Meio
Ambiente
biente tem conduzido um estudo sobre o nível de absorção de CO2 obtido pelas áreas
verdes, assim como avaliado o total de emissões de CO2 da cidade, como parte de um plano
local para o controle das emissões.Mostramos
emissões.Mostramos no trabalho que é possível transformar qualquer
cidade em uma cidade sustentável, adotando iniciativas como: separar o lixo, trocar o carro
por bicicletas ou caminhadas, transportes coletivos, evitar desperdícios, entre outras práticas.
Lembramos que as cidades são formadas por pessoas, e secada secada um fizer a sua parte, tornar
uma cidade sustentável fica mais fácil. É do conhecimento de todos que cada cidade deve
desenvolver seu plano diretor. Cabe a cada cidadão participar, colaborar e opinar na
construção do projeto pois vai servir como norteador para as práticas do poder público. As
cidades podem aderir a essas praticas com pequenos investimentos, que em muitas vezes são
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

mais baratos que investimentos em áreas que adotam o sistema insustentável.

REFERÊNCIAS

WIKIPÉDIA.Curitiba.. Agosto de 2014. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Curitiba


Acesso em: 06 ago. 2014.

WIKIPÉDIA.Cidades.. Agosto de 2014. Disponível em:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade#mw navigation Acesso em: 06 ago. 2014.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade#mw-navigation

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
WIKIPÉDIA.História das cidades.Julho de 2014. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_das_cidades#mw-navigation Acesso em: 06
ago. 2014.

SUA PESQUISA. Cidades Sustentáveis. Disponível em:


http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/cidades_sustentaveis.htm Acesso em: 06 ago.
2014.

BELING, Helena Maria. Problemas Sociais e Ambientais das Áreas Urbanas. 15 de


dezembro de 2012. Disponível em:
http://gestaoambientalufsm.blogspot.com.br/2012/12/problemas-sociais-e-ambientais-
das.html Acesso em: 06 ago. 2014.

CIDADES SUSTENTAVEIS. Planejamento Urbano Orientado pela Sustentabilidade.


Abril de 2013. Disponível em:
http://www.cidadessustentaveis.org.br/boaspr%C3%A1ticas/planejamento-urbano-orientado-
pela-sustentabilidade Acesso em: 06 ago. 2014.
ANAIS – XXXFCMat

473
BEM ESTAR1
MULTIPLICANDO SABERES E BEM-ESTAR

GEREMIAS, Matheus Soppa2; PANICIO, Paloma Pucholobek3; SOPPA, Giselle Cristiane4.

RESUMO:: Nas reuniões iniciais do primeiro trimestre as professoras de História, Língua Portuguesa e
Matemática, investiram em um planejamento interdisciplinar para propor a reforma do bicicletário,
transformando-oo em uma área de estudos alternativa. Para tanto, essa proposta foi desenvolvida em sequências
didáticas que privilegiaram conteúdos programáticos relacionados aos temas: Língua Portuguesa (características
e estruturas de poesias), História (Segunda Guerra Mundial) e Matemática (cálculos: geometria, álgebraálgeb e
sistema financeiro). Nesse contexto, buscou-se
buscou se que o aluno fosse parte ativa de todo o processo, que fosse
responsável pela própria construção do seu saber. Os levantamentos de hipóteses, as pesquisas e as discussões e
cálculos, mostraram a possibilidade
ade de implantação desse novo ambiente e devido à qualidade dos registros foi
possível convencer a Unidade Escolar a efetivar a construção dessa nova área.

Palavras–chave:: Planejamento. Reforma. Cálculos. Interdisciplinaridade.

INTRODUÇÃO

No início do ano letivo, a equipe da EM Professora Karin Barkemeyer foi desafiada a


escolher, de maneira individual ou em equipes, um dos espaços externos do prédio, para
planejar uma reforma. Motivadas a realizar com sucesso a proposta, as professoras de Língua
Portuguesa, História e Matemática incluíram em seus planejamentos, sequências didáticas que
contribuíssem para o alcance dos objetivos propostos. O ambiente escolhido foi um dos
bicicletários e, para dar início, levaram a ideia para os alunos do nono
nono ano, que em conjunto
discutiram as possibilidades de melhorias. Em seguida, agrupou-se
agrupou se as diferentes ideias em um
único projeto de reestruturação. Com o desenho técnico idealizado e elaborado, partiu-se
partiu para
a escolha do nome, nesse momento os alunos participaram
participaram sugerindo e os professores
elegendo. As próximas etapas privilegiaram os cálculos de cada elemento escolhido e o
desenvolvimento e a organização dos poemas e dos mensageiros da paz.

MATERIAL E MÉTODOS

Em Língua Portuguesa, os alunos estudaram as características e a estrutura das poesias


para que pudessem desenvolver a oralidade que é uma das habilidades que se espera com o
trabalho, pois dessa forma elas ampliaram a possibilidade de expressão e comunicação,
promovendo o interesse pelos vários gêneros
gêneros orais e escritos. A sequência proporcionou a eles
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

a leitura de várias poesias, assim como, o conhecimento da vida e obra de grandes poetas,
como por exemplo: Mário Quintana, Vinícius de Morais, Cecília Meireles, Fernando Pessoa
entre outros. Após esta
ta etapa, os mesmos passaram à produção de suas próprias poesias.
Em História para desenvolver o conhecimento sobre a Segunda Guerra Mundial (onde
surgem os mensageiros do som), os alunos realizaram a leitura e o levantamento do texto
proposto no livro didático
idático Vontade de Saber História no Capítulo 7, em seguida foi proposto a

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas;
isciplinas; Instituição: EM Profª Karin Barkemeyer – Joinville.
2
Aluno expositor, matheussoppa@hotmail.com.
matheussoppa@hotmail.com
3
Aluno expositor, palomap30@hotmail.com.
palomap30@hotmail.com
4
Professora Orientadora, EM Profª Karin Barkemeyer, calculo_poesia@yahoo.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
realização de uma pesquisa em diferentes meios de comunicação e ainda, durante a visita ao
Museu da Paz (em Jaraguá do Sul), os alunos realizaram uma entrevista com o Diretor do
Museu e com um convidado especial (filho de um ex-combatente da guerra) e reuniram-se em
equipe para a elaboração de um trabalho. As atividades dessa disciplina foram encerradas com
a construção de murais com materiais recicláveis e sua exposição no Cantinho da Paz (espaço
reformado).
Em Matemática, primeiramente realizamos o estudo do ambiente: nivelamento do
chão - reforçou-se as ideias de perímetro e área, e ainda, desenvolveram-se as noções de
volume de sólidos,
Vp = c .l. h Vc = ab . h
de acordo com o Capítulo 10 do livro didático Vontade de Saber Matemática, após essa
sequência, estudamos a fonte e seus acessórios: piso na parede de fundo - aprofundou-se o
conhecimento de simetria: axial e central, Capítulo 4 do livro didático Vontade de Saber
Matemática, quedas de água - estudou-se as curvas provenientes do estudo gráfico da equação
de 2º grau, estudo do coeficiente a, mais, o cálculo das raízes
±√    ∆
= xv = - yv = -  ,
conforme os Capítulos 2 e 5 do livro didático Vontade de Saber Matemática e mais, a vida e
as obras de Oscar Niemayer, seguimos para o reaproveitamento da árvore: mesas e bancos ao
seu redor - na vista de cima foi possível verificar as relações entre circunferências e realizar o
cálculo da coroa circular,
A = ( −  )
de acordo com o Capítulo 9 do livro didático Vontade de Saber Matemática, o próximo passo
foi analisar os acessórios: para maior conforto, acrescentou-se itens de ordem e decoração-
lixeira vertical, bebedouro vertical, bancos laterais, luzes térreas, mensageiros do som,
floreiras e cercado, e por último, desenvolvemos noções de sistema financeiro: para uma
proposta eficiente, procurou-se estimar seu gasto, e posteriormente realizou-se orçamentos
reais e calculou-se a média simples entre os mesmos, seguiu-se para uma simulação de
empréstimo bancário (onde foi possível incluir os estudos de porcentagem, acréscimo,
desconto, juros simples
J = C .i . t M=C+J
e juros compostos conforme o Capítulo 3 do livro didático Vontade de Saber Matemática).
Vale ressaltar que durante todo o processo de conceituação e atividades foi utilizado como
material complementar o livro didático Ideias e Desafios.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para que a discussão e o levantamento de hipóteses fosse o mais próximo do real, os


alunos realizaram a observação do espaço seguinte:
ANAIS – XXXFCMat

475
Durante a aula uma das primeiras considerações realizada foi a importância da
permanência da árvore, visto que

“a contemporaneidade é marcada por estudo e reflexão sobre as providências a


serem tomadas com o intuito de evitar maiores danos ao ambiente natural e à sua
dinâmica. Esses estudos têm trazido à tona novas ferramentas e metodologias que
podem revolucionar o processo educativo e a compreensão da relação entre a
humanidade e a natureza, num caminho em busca do respeito pela mesma.
(FALCÃO NETO, C. M.; FONSECA, E. M.; MELO E SILVA, S. C. S.)

Em seguida, ao reunir todas as informações fornecidas por cada grupo, foi possível
obter o desenho do projeto arquitetônico:

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Com todos os dados relacionados, os alunos estimaram um intervalo de R$ 4.500,00 a


R$ 7.000,00 e em seguida, providenciaram um orçamento (ver tabela 1) para verificaram a
veracidade ou não dos valores citados. Durante a socialização das informações colhidas,
calcularam a média desses orçamentos.

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MATEM
Tabela 1 – Coleta de Dados (orçamentos de materiais)
ITEM 9ºA (R$) 9º B (R$) 9ºC (R$) MÉDIA (R$)
380 300
910
Banco de Jardim 2900 303 775,75
667
299 447
815
494 674 512,9
579 597 494,10
Bebedouro 200 870 692,55 609,4
780 688 549
630 707,25 494
583
330 1856
Fonte 253 903,8
580 1500
160
13,9 22 (10 l)
13
Lixeira 29,9 40 (60 l) 67,58
80
43 219 (120 l)
55
2 312
11 (m )
Pisos 2 420 315 194
76 (m )
30 (m2)
189 100
Plantas 184,75
420 30
44,73
15 27 28,90
Refletores 68 13,9 33 50,88
59,2 89 139
42
250
80 (5 cúbicos)
Terraplanagem 282,75 100 264,62
500
375
Total 3.050,78
Fonte: Nono ano (2014)

Desconsiderando material, tamanho e forma de pagamento, encontramos o valor total


de R$ 3.050,78; e baseados nisso, foi possível motivar uma discussão se esse seria realmente
o valor gasto ou não, visto que a estimativa (baseada em experiências anteriores) era bem
maior, portanto por hipótese, colocou-se a necessidade de se ter um capital de giro maior e as
turmas envolvidas optaram por acrescentar aproximadamente 15% do valor, finalizando o
valor em R$ 3.500,00. O próximo passo foi os alunos simularem em diferentes bancos um
empréstimo bancário e calcularem a média das diferentes taxas e suas respectivas parcelas
(ver tabela 2).

Tabela 2 – Média das taxas de juros bancárias pesquisadas e consequente valor das mensalidades
MÉDIA DA TAXA DE JUROS MÉDIA DO VALOR MENSAL
4,41 % R$ 267
Fonte: Nono ano (2014)

CONCLUSÃO

Segundo o depoimento da aluna GHS,

“foram dias de muitas pesquisas e de muitos cálculos e empenho de toda a turma


buscando uma melhora, algo novo, um lugar que inspirasse coisas novas, para se ter
ANAIS – XXXFCMat

477
bons momentos de ensino e qualidade, um lugar que nos daria mais liberdade.
Depois da teoria pronta,
pronta, posso dizer que pode ser que tudo fique pronto logo, ou
demore um pouco, se não estivermos aqui para ver como tudo ficou, de uma coisa
tenho certeza: que deixamos um pouco de cada um de nós, deixamos mais
oportunidades, mais expectativas, um ambiente
ambiente capaz de acolher novas ideias e criar
uma nova esperança no coração de cada um.”

É possível afirmar que, quando colocamos os alunos como agentes transformadores do


seu próprio meio, permitimos que os mesmos desenvolvam a maturidade, respeito e cuidado,
e ainda, ao realizarmos a interrelação entre as disciplinas, proporcionamos uma aprendizagem
mais prazerosa e significativa, que com certeza será lembrada e comentada com alegria e
conhecimento.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Carlos Drumond de. O Melhor da Poesia Brasileira.. 10ª ed. Rio de Janeiro:
José Olympio, 2005.

BOULOS JUNIOR. Alfredo. História: Sociedade e Cidadania – 9º ano. Edição


Reformulada. 2ª ed. São Paulo: FTD, 2012.

BRAICK. Patricia Ramos. Estudar História: da Origem dos Homens à Era Digital.
Digital 1ª ed.
São Paulo: Moderna, 2011.

FALCÃO NETO, C. M.; FONSECA, E. M.; MELO E SILVA, S. C. S.Educação


S.Educação ao ar livre:
um estudo sobre as contribuições da educação experiencial ao ar livre para o processo
de educação ambiental - Dialogando no Turismo. Disponível
em:<HTTP://files.lucianoaventura.webnode.>
<HTTP://files.lucianoaventura.webnode.> Acesso em: 16 de set. 2014.

JOSÉ, Elias. A Poesia Pede Passagem: Um Guia Para Levar a Poesia às Escolas. São
Paulo: Paulus, 2003.

LYRA, Pedro. Conceito de Poesia.


Poesia São Paulo: Ática, 1986.

MORI, Iracema; ONAGA, Dulce


Dulc Satiko. Matemática: Ideias e Desafios – 9º ano. 17º ed.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

São Paulo: Saraiva, 2012.

PELLEGRINI, M.C.; DIAS, A.M.; GRINBERG,K. Vontade de Saber História – 9º ano. 2ª


ed. São Paulo: FTD, 2012.

QUINTANA, Mário. Melhores Poemas - Seleção Fausto Cunha. São Paulo:


ulo: Global, 2003.

SOUZA, Joamir; PATARO, Patricia Moreno.


Moreno. Vontade de SaberMatemática – 9º ano. 2ª ed.
São Paulo: FTD, 2012.

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
NOSSO BAIRRO E A MATEMÁTICA DE TODOS NÓS1

ALVES, Mayara2; SILVA, Meline Alana da3; OLIVEIRA, Caroline Maria Wagner de4.

RESUMO: O bairro Nossa Senhora Aparecida é o tema de estudo em nosso projeto. O objetivo é trabalhar a
matemática relacionando-a no meio em que se vivem e observar as mudanças ocorridas durante o tempo,
visualizando aspectos do passado que interferem no presente. Para ampliar o conhecimento sobre o bairro, foram
realizadas entrevistas com pessoas idosas para resgatar a história. Foi pesquisado junto à prefeitura dados sobre
investimentos para compreender as melhorias. Quanto aos aspectos sociais foi feita uma pesquisa de campo para
traçar o perfil das famílias e obter informações relacionadas à renda, atividades profissionais e tempo que moram
no bairro utilizando á estatística e as porcentagens. Os resultados mostram a transformação do bairro. Muito se
fala em associar a matemática á fatos da realidade, portanto o estudo do seu bairro é fundamental para cumprir
esse papel e trazer a percepção que eles também fazem parte da história.

Palavras-chave: Nosso Bairro. Pesquisa de campo. Estatística. Porcentagem.

INTRODUÇÃO

A história é feita por cada um e o dia a dia de todos nós. A diversidade submete um
estudo de relevância na releitura das características do bairro Aparecida – Campos Novos/SC.
A fim de alcançar o sucesso na aprendizagem dos alunos e ainda levá-los a entender
que a matemática está associada a tudo que fazemos, e a fundamental importância, associada
às demais disciplinas, uma vez que se complementam. Este projeto foi desenvolvido como
forma de integração escola/vida cotidiana através do estudo do bairro onde eles vivem.
As mudanças da sociedade e o ambiente fazem com que os alunos aprendam a
observar e interpretar a realidade, e assim interferir nela. Esse amplo estudo abrange além de
recordações em uma linha do tempo as mudanças físicas e sociais ocorridas, e a amplitude de
possibilidades em visualizar conceitos científicos relacionados à prática do dia a dia.
È necessário entender fatos e transformá-los em um composto de dados matemáticos,
e nessa estrutura estudar as bases do desenvolvimento da população do bairro.
A abordagem matemática está relacionada á análise de dados, gráficos, utilização de
regras de três, porcentagem, unidades de medidas relacionadas ao tempo e espaço, questões
econômicas, atividades físicas e externas. O projeto desenvolveu-se durante o primeiro
semestre de 2014, aplicado nas diversas áreas da matemática ao buscar a interdisciplinaridade
como eixo norteador. Realizado com alunos do 7º ano do ensino fundamental.

MATERIAL E MÉTODOS

A primeira atividade foi pesquisar sobre a história e entrevistar as pessoas que moram
a mais tempo no bairro para verificar as mudanças ocorridas e foi realizado em forma de
documentário com algumas entrevistas escritas, em seguida com base nos relatos demonstrou-
se através de fotos como eram os pontos mais importantes do bairro e como está hoje. Em
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras
Disciplinas; Instituição: EMEF Santa Júlia Billiart – Campos Novos.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor. meme_alana@hotmail.com.
4
Professor Orientador, EMEF Santa Júlia Billiart, caromwo@yahoo.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

479
seguida foram obtidos dados junto à prefeitura para verificar as implantações e investimentos
do poder público no bairro e conseqüentemente observar as melhorias melhorias realizadas. Como
próxima etapa analisou-se se aspectos sociais com uma pesquisa de campo através de
questionário entregue aos anos finais do ensino fundamental a fim de verificar o perfil das
famílias no que se refere a vínculo empregatício, renda média, tempo tempo que reside no bairro
qual o uso da matemática na profissão dos pais e utilizando a estatística tabular os dados
obtidos e representá-los
los através de gráficos e porcentagens e utilização das variáveis.
Utilizando a praça que fica localizada próxima da escolaescola e onde há uma pista de
caminhada realizou-se se uma corrida com os alunos na qual foi cronometrado o tempo de cada
um e conhecendo o espaço foi possível o cálculo da velocidade média de cada um obteve.
VM= S/T (Velocidade Média é igual ao espaço dividido
dividid pelo tempo).
Através de um debate foram sugeridas pela comunidade e pelos alunos outras
melhorias que podem ser feitas no bairro.
Utilizando o IDH como pesquisa, verificamos o índice de nosso município e de outros
comparados ao nacional, e foi realizado um breve estudo sobre estes indicadores que compõe
o índice.
O papel da Matemática no ensino fundamental pela proposição de objetivos que
evidenciam a importância de o aluno valorizá-lo
valorizá lo como instrumental para compreender o
mundo à sua volta e de vê--la como área do conhecimento que estimula o interesse, a
curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver
problemas. Destacam a importância de o aluno desenvolver atitudes de segurança com relação
à própria capacidade de construir
struir conhecimentos matemáticos, de cultivar a auto-estima,
auto de
respeitar o trabalho dos colegas e de perseverar na busca de soluções. Adotam como critérios
para seleção dos conteúdos sua relevância social e sua contribuição para o desenvolvimento
intelectual do aluno.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram entrevistadas algumas pessoas para descrever o bairro Nossa Senhora


Aparecida no seu início para comparar como é hoje. O bairro Aparecida é o maior bairro de
Campos Novos com 5600 habitantes, ruas pavimentadas, saneamento básico, lazer, educação
da creche ao ensino fundamental, área para esporte e a maior romaria do estado diferente do
que era há alguns anos como relatam os próprios moradores com bastante entusiasmo. De
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

acordo com dados repassados pela prefeitura,


prefeitura, foram investidos nos últimos anos 4,5 milhões
em pavimentação, drenagem e complementares (4400 m2 em asfalto) e mais 600 mil reais em
rede de esgoto. A praça da lagoa hoje completamente restaurada e onde inclusive realizamos
atividades para este projeto, teve um investimento em torno de 265 mil reais e a nossa romaria
atrai visitantes de várias cidades e vários estados do Brasil.
Considerando aspectos sociais e humanos, realizamos uma pesquisa para traçar um
perfil das famílias do bairro Aparecida e representá-los
repr los em forma de gráficos e utilizando a
porcentagem. Foi distribuído um questionário para os anos finais do ensino fundamental da
escola Santa Júlia Billiart para os pais ou responsáveis responderem sobre suas profissões,
tipo de vínculo empregatício, o, á quanto tempo está no trabalho atual, renda familiar, á quanto
tempo mora no bairro Aparecida e qual a utilização da matemática em suas profissões.

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Na tabulação da pesquisa, devolveram o questionário 122 alunos e o resultado é o
seguinte:

Tabela 1 – Percentual do tipo de vínculo empregatício dos moradores do bairro Aparecida (pesquisa
realizada com os pais dos alunos).
Trabalho Quantidade %
Empresa Privada 72 59
Funcionário Público 13 11
Aposentado 07 06
Autônomo 30 24
Total 122 100

Com relação ao vínculo empregatício dos pais dos alunos 59% trabalham em empresa
privada, 11% são funcionários públicos, 6% aposentados e 24% autônomos. Portanto
observamos que mais da metade dos pais trabalham com carteira assinada em empresas
privadas.

Tabela 2 – Percentual do tempo de permanência no trabalho atual (pesquisa realizada com os pais dos
alunos).
Tempo de permanência Quantidade %
Menos de 1 ano 26 21
De 1 a 2 anos 31 25
De 2 a 5 anos 19 16
Mais de 5 anos 46 38
Total 122 100

Assim observamos o tempo de permanência em suas atividades profissionais, onde


percebemos que a maioria, 38 % estão a mais de cinco anos em seus trabalhos atuais.

Tabela 3 – Percentual da renda familiar aproximada (pesquisa realizada com os pais dos alunos).
Valor Quantidade %
Até R$ 800 22 18
Entre R$ 800 e 1500 57 47
De R$ 1500 e 2500 27 22
Mais de R$ 2500 16 13
Total 122 100

Figura 1 - Percentual da renda familiar aproximada (pesquisa realizada com os pais dos alunos).
50
40
30
20
10
0
Até R$ 800 Entre R$ 800 e 1500 De R$ 1500 a 2500 Mais de R$ 2500
ANAIS – XXXFCMat

481
Em relação a renda familiar aproximada, realizando as porcentagens, percebemos que
18% ganham até 800 reais, 47% entre 800 e 1500 reais, 22 % de 1500 a 2500 reais e 13%
acima de 2500 reais.
Dando seqüência, foram obtidas informações relacionadas ao questionamento,
questionament á
quanto tempo você mora no bairro Aparecida? As informações são as seguintes: 20% moram
a menos de cinco anos, entre cinco e dez anos 15%, entre dez e quinze anos 13% e a grande
maioria 52% a mais de quinze anos.
Com esses dados e na comparação que nos foi relatado em entrevista aos moradores
do bairro, a renda foi aumentando e as condições de vida também. Este dado nos leva a
comentar sobre o IDH de nosso município que é de 0,742 que apesar de estar um pouco
abaixo do estadual que é de 0,840 está acima do nacional divulgado pela ONU em 2010 e que
é de 0,699, sabendo que quanto mais se aproxima de 1.0, melhor é as condições de vida de um
povo.

A vitalidade da Matemática deve-se


deve se também ao fato de que, apesar de seu caráter
abstrato, seus conceitos e resultados têm origem no mundo real e encontram muitas
aplicações em outras ciências e em inúmeros aspectos práticos da vida diária: na
indústria, no comércio e na área tecnológica. (PARÂMETROS CURRICULARES
NACIONAIS, 1997, p. 23).

CONCLUSÕES

Na matemática,
ica, os números fazem parte da construção do conhecimento, assim como
histórias e vivências, que explica o crescimento e desenvolvimento do bairro em seus aspectos
sociais.
Nesse aspecto, a interação com os componentes curriculares propostos, possibilitou a
ampliação da matemática em relação á outras disciplinas. Mais do que conteúdos, a escola
deve levar os alunos a olhar o que ocorre na sociedade e no ambiente, permitindo assim novas
opiniões sobre o que os rodeia. Muito se fala em associar a matemática com fatos da realidade
e olhar crítico, portanto o estudo do bairro proporciona esse olhar no passado para o presente
e faz perceber que todos fazem parte da história, inclusive eles mesmos, e a história não se
constrói pela decisão de um único indivíduo, são conjuntos de interesses e necessidades que
vão impulsionando as mudanças.
Este trabalho resulta de aplicações indispensáveis no dia a dia. Os dados pesquisados
XXX Feira Catarinense de Matemática

permitem interpretar fatos com a utilização das próprias vivências do bairro e relacionar
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

atividades
ividades com a matemática a fim de melhor entender os conteúdos propostos.
Ensinar Estatística na escola é a parte mais divertida e cidadã da Matemática. A
Estatística, por fornecer os procedimentos de coleta e sistematização de informações, permite
fazer a interdisciplinaridade entre a Matemática e as demais ciências, tornando-se
tornando o fio
condutor dos projetos, possibilitando a transversalidade do conhecimento.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros


culares Nacionais: Matemática (5ª a 8ª séries). Brasília: MEC; SEF, 1997.
Curriculares

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. 3ªed. 4 vols. São Paulo: Ática, 2008.

PAIVA, Manoel. Matemática – Paiva. 1ª Ed. 3 vols. São Paulo: Moderna, 2009.

REVISTA NOVA ESCOLA. São Paulo: Fundação Victor Civita.

EXATAS. Disponível em: http://www.exatas.mat.br.

SÓ MATEMÁTICA. Disponível em: http://www.somatematica.com.br.

BRASIL ESCOLA. Disponível em: http://www.brasilescola.com.br.

MEC. Disponível em: http://www.mec.gov.br.


ANAIS – XXXFCMat

483
NÚMEROS, EQUAÇÕES E INTERAÇÃO NA COPA DO MUNDO –
BRASIL / 20141

LIMA, Ana Flávia2; LONGEN, Vinícius Testoni3; DALABENETA, Margaret4.

RESUMO: Os Números Racionais e Irracionais fazem parte do nosso dia a dia muito mais do que podemos
imaginar. Matematicamente, dizemos que o Conjunto dos Números Racionais (Q) é formado por todos os
números que podem ser escritos na forma de fração com numerador e denominador
denominador inteiros e denominador
diferente de zero. Mas, afinal, o que difere um número Racional de um número Irracional? Em nosso trabalho
temos como objetivo mostrar a aplicação desses números e de como eles surgiram nos erros das marcações da
planificação de um campo de futebol que representa um dos estádios brasileiros que recebeu jogos da Copa do
Mundo da FIFA no Brasil / 2014, feita pelos alunos do 8º ano. Trabalhando os erros nas demarcações dessa
planificação percebemos o quanto os números irracionais são reais
reais em nosso cotidiano e que, graças à ampliação
do conjunto numérico é possível efetuarmos infinitos cálculos.

Palavras-chave:: Cálculos. Equações. Regra de três.

INTRODUÇÃO

O Conjunto dos Números Racionais (Q) é formado por todos os números que podem
ser escritos na forma de fração com numerador e denominador inteiros e denominador
diferente de zero. Mas, afinal, o que difere um número Racional de um número Irracional?
Um número é dito racional se sua representação decimal for finita ou infinita periódica
periód e, um
número é dito Irracional (I), quando sua representação decimal é infinita e não periódica.
Entre os números Irracionais temos o mais notável deles, o número pi (π).
Com este trabalho pretendemos mostrar como esses números se fazem presente na
planificação
nificação de um campo de futebol a partir das medidas oficiais de um dos estádios
brasileiros que recebeu jogos da Copa do Mundo da FIFA no Brasil / 2014, demonstrando
assim, a aplicação dos números Racionais e Irracionais e de como eles estão presente nosso
nos
cotidiano, mesmo em situações antes não percebidas, como, por exemplo, na planificação do
campo de futebol.
A realização desse trabalho nos mostrou que muitos dos cálculos que efetuamos só se
tornaram possíveis de se realizar a partir da ampliação do conjunto
conjunto numérico.
Nosso trabalho teve início quando recebemos da professora um pedaço de papel sem
medida definida para fazer a planificação de um campo de futebol. Era preciso medir o papel
e fazer as divisões da planificação do campo o mais real possível. Cada grupo representou
neste campo duas seleções que disputaram entre si, uma vaga para as oitavas de final da Copa
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

do Mundo. Além de representar a chave dos jogos também foi feita uma pesquisa sobre a
cultura dessas seleções. Depois o campo que estava planificado
planificado no papel foi quadriculado em
quadrinhos com dois centímetros de lado e aí começaram os problemas... Como na primeira
etapa nem todos os grupos levaram a sério as medidas das laterais e as marcações dentro do
campo, quadricular essa planificação foi
f muito difícil.
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Dr. Frederico Rolla – Atalanta.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor.
4
Professora Orientadora, EEB. Dr. Frederico Rolla, dalabeneta@yahoo.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
O trabalho foi realizado com muito empenho por todos os grupos e socializado em sala
de aula, onde cada grupo pode explicar seus cálculos, trabalhar os erros de medida e falar um
pouco sobre a cultura das seleções que pesquisaram.

MATERIAL E MÉTODOS

Com a realização desse trabalho utilizamos ‘papel pardo’, tesoura, lápis, régua,
compasso e a sala de informática. Ampliamos nosso conhecimento sobre o conjunto numérico
e desenvolvemos muitos cálculos envolvendo área, perímetro e regra de trêstr para relacionar
os cálculos das medidas reais para a representação no papel.
Além desses, os conteúdos de razão e proporção, probabilidade e estatística se fizeram
presente no desenvolvimento do trabalho conforme demonstramos a seguir.
Escala:É a razão entre o comprimento do desenho e o comprimento real.
Razão: É toda relação entre duas grandezas, ou seja, é o quociente obtido pela divisão
da primeira grandeza pela segunda, sendo a segunda diferente de zero. Em uma razão os
termos utilizados são:
= antecedente (ou numerador)
A=
= consequente (ou denominador).
B=
A palavra razão vem do latimratio,
latim e significa "divisão".
Proporção: É a razão entre a medida da altura pelo comprimento do desenho e do
real, obtendo-se
se assim, duas frações equivalentes:
Altura do desenho = Altura do real
Comprimento do desenho Comprimento do real
Equação: é umaigualdade que tem pelo menos uma incógnita (letra que representa a
resposta a uma pergunta). Uma equação nos ajuda a resolver problemas. A solução de uma
equação é dada por um elemento que transforma a equação em uma afirmação verdadeira.
Para resolver uma equação precisamos descobrir o valor da incógnita que torna a igualdade
igua
verdadeira. A esse valor chamamos de raiz ou solução da equação.
Área: É a quantidade de espaço bidimensional, ou seja, de superfície. Saber a área
de certa superfície é essencial para muitos cálculos, sejam eles simples ou mais complexos.
Assim, nosso
so primeiro passo é determinar a área real de um campo oficial de futebol e área do
campo representado no papel milimétrico.
Cálculo da área do campo oficial:A
oficial: = b . h,onde: b
= 110 meh = 75 m

Assim temos: A =110 . 75 A = 8250 m²

Cálculo da área da representação no papel milimétrico:


A = b . h, onde: b = 110 cm = 1,10 m eh = 75 cm = 0,75 m
Assim temos:A =1,10
1,10 . 0,75 A = 0,825 m²
Ou, então: A = 110 . 75 A = 8250 cm²
Área do Círculo:
ANAIS – XXXFCMat

485
A área de um círculo é dada pelo produto do valor π pelo valor do
raio (R) ao quadrado.

Circunferência: Dividindo o comprimento de uma circunferência (C) pela medida


do seu diâmetro (D), encontramos sempre um valor aproximadamente igual a 3,14.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Determinando a escala: Como Escala é a razão entre o comprimento do desenho e o


comprimento do real, temos que:
Comprimento do desenho = 110 cm = 1,10 m
Comprimento do real = 110 m
Escala = 1,10 Escala = 0,01
110
Isso quer dizer que um centímetro no papel milimétrico representa cem centímetros no
comprimento real. Matematicamente, Escala = 1 : 100
Buscando a proporção entre as medidas da representação no papel milimétrico
milimétr e as
medidas reais de um campo de futebol oficial, temos:
(Desenho) 110 cm 110 m (real)
75 cm 75 m
Proporção: 110 . 75 = 75.110
8250 = 8250
Determinando as áreas das marcações internas do campo de futebol oficial e a sua
representação no papel milimétrico, temos:
Área da grande área:
b(R) = 40 m A = b . h A = 40 . 16,5 A(R) = 660 m²
h(R) = 16,5 m A(P) = b . h A(P) = 40 . 16,5 A(P) = 660 cm²
Transformando a área da representação no papel para metros, temos:
b = 40 cm = 0,40 m A = 0,40 . 0,165 A = 0,066 m²
h = 16,5 cm = 0,165 m
O que significa dizer que precisamos de 10000 pedaços de papel com dimensões de 40
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

cm x 16,5 cm para cobrir uma área de 40 m x 16,5 m.


Ou seja, 0,40 .0,165 .100 . 100 =40 . 16,5 660 m²=660 m²
Área da pequena área:
b(R) = 18 m A = b . h A = 18 . 5A(R) = 90 m²
h(R) = 5 m A(P) = b . h A(P) = 18 . 5A(P) = 90 cm²
Transformando a área da representação no papel para metros, temos:
b = 18 cm = 0,18 m A = 0,18 . 0,05 A = 0,009 m²
h = 5 cm = 0,05 m
Da mesma forma que os cálculos da Grande Área, precisamos 10000 pedaços de papel
com dimensões de 18 cm x 5 cm para cobrir uma área de 18 m x 5 m.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Ou seja,
0,18 .0,05 .100 . 100 =18 . 5 90 m²=90 m²
Determinando a área do meio de campo (círculo central) – no real:
A = 3,14 . (9,15)² Área do grande círculo no papel milimétrico:
A = 3,14 . 83,7225 A = 3,14 . (9,15)²
9,15 m
A = 262,88865 m² A = 3,14 . 83,7225
A = 262,88865 cm²
Determinando a circunferência do meio de campo (círculo central) – no real:
C = 2. π .R C = 2 . 3,14 . 9,15 C = 57,462 m
Para representar essa medida no papel milimétrico basta dividir o valor do raio por
100. Sabendo que o nº 2 representa o dobro e o valor de π (pi) é um número irracional puro, a
circunferência representa o perímetro de uma figura geométrica e perímetro é o contorno.
Assim, temos: 9,15 m : 100 = 0,0915 cm ou seja,
C = 2 .3,14 . 0,0915 C = 57,462 : 100 C = 57,462 cm C = 0,57462 m

CONCLUSÃO

O trabalho com construções geométricas permite-nos explorar e identificar, utilizando


os instrumentos clássicos da geometria, como por exemplo, a régua, esquadro, compasso e
transferidor, as propriedades das figuras que nos rodeiam e que fazem parte do nosso
cotidiano.
Arsac (1992), et. al., ITZCOVICH, (2012, p. 7), “propõe que a prática geométrica
consiste em ir e vir constante entre texto e desenho”. Assim, analisar os dados com os quais
construímos a figura do campo de futebol; determinar se esta construção é possível ou não e
estabelecer relações entre os dados conhecidos e o desenho obtido, resultaram, a partir da
execução do nosso trabalho, em uma experiência útil para a contextualização da teoria que
fundamenta as propriedades e conceitos de geometria e a prática por nós realizada.
Trabalhando os erros nas marcações da planificação do campo de futebol e
determinando as áreas dessas marcações percebemos o quanto os números irracionais são
reais em nosso cotidiano e que, graças à ampliação do conjunto numérico, hoje é possível
efetuarmos infinitos cálculos.

REFERÊNCIAS

DANTE, Luiz Roberto. Projeto Teláris: Matemática 8º e 9º Ano. 1. ed. – São Paulo: Ática,
2012.

GIOVANNI, José Ruy. A conquista da Matemática. São Paulo: FTD, 1998. 8ª Série.

ITZCOVICH, Horacio. Iniciação ao estudo didático da geometria: das construções às


demonstrações. Tradução RominaAmorebieta, Luciano Ismael Barrionuevo Guillermo Segú.
– 1. ed. – São Paulo: Anglo, 2012.
ANAIS – XXXFCMat

487
EDUCAÇÃO UOL. A matemática e o futebol. Disponível em:
educacao.uol.com.br/matematica
matematica/futebol-e-matematica.jhtm Acesso em: 10 de agosto 2014.

SLIDE SHARE. Copa do mundo da matemática. Disponível em: pt.slideshare.net/.../copa-do-


pt.slideshare.net/.../copa
mundo-da-matemtica-geometria
geometria-plana. Acesso em: 10 de agosto de 2014.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
O HOMEM QUE CALCULAVA DE MALBA TAHAN: CINEMINHA
LAMBE-LAMBE1

GONÇALVES, Vitória Macon2; RAMOS, Alessandra Menegais3;


SANTOS, Roni Carlos Silveira dos4.

RESUMO: Nosso trabalho tem por tema: O Homem que Calculava, do autor brasileiro Júlio César de Melo e
Souza, sob o pseudônimo de Malba Tahan, tendo por principal objetivo incentivar a leitura, explorando
matematicamente tal obra. Para o desenvolvimento do projeto os alunos leram a obra, pesquisaram a biografia do
autor, selecionaram os principais problemas, dividiram-se em pequenos grupos e trabalharam a obra por
capítulos, criando vídeos de curta duração para apresentação em forma de cinema lambe-lambe, para socializar o
problema mais curioso contido no seu capítulo. Incentivando a leitura e tendo por pano de fundo a matemática, o
projeto aponta uma excelente estratégia para agregar a utilização de obras literárias no cotidiano das aulas de
Matemática.

Palavras-chave: O Homem que Calculava. Malba Tahan. Problemas Curiosos. Leitura.

INTRODUÇÃO

Incentivar a leitura é papel de toda a comunidade escolar, não apenas da disciplina de


Língua Portuguesa ou de responsabilidade apenas do setor da Biblioteca Escolar. A
Matemática também pode contribuir, proporcionando momentos e atividades de exploração
de materiais paradidáticos ou obras literárias.
O HOMEM QUE CALCULAVA de Malba Tahan: Cineminha Lambe-Lambe” foi
idealizado para contribuir com o projeto de Incentivo à Leitura, desenvolvido em todas as
escolas da rede municipal de ensino. É um projeto que ocorre paralelamente aos conteúdos do
planejamento das aulas em todas as turmas da escola, ficando a cargo do professor de cada
disciplina, a melhor forma de contribuir.
Envolvendo pesquisa da biografia do autor, leitura da obra, exploração dos problemas
contidos no livro e socialização em forma de “cineminha lambe-lambe”, nosso projeto aponta
uma excelente estratégia para agregar a utilização de obras não somente didáticas ao cotidiano
das aulas de Matemática.

MATERIAL E MÉTODOS

Para o desenvolvimento do projeto foram mobilizados conhecimentos de outras áreas


do conhecimento e, portanto,estabelecidas parcerias com professores de outras disciplinas.
Tivemos o apoio da auxiliar de biblioteca disponibilizando mais exemplares da obra, tanto
física como arquivo em e-book, e da professora da disciplina de geografia, que desenvolveu
estudos sobre os aspectos significantes da região da Arábia Saudita para viabilizar a
construção dos cenários para a gravação dos “curtas”.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras
Disciplinas; Instituição: EMEF Max Schubert – Jaraguá do Sul.
2
Aluno expositor, vitoria2001mg@hotmail.com.
3
Aluno expositor, alessandramenegaisramos@hotmail.com.
4
Professor Orientador, EMEF Max Schubert, ronidossantos@brturbo.com.br
ANAIS – XXXFCMat

489
O livro selecionado foi escrito por Júlio Cesar de Melo e Souza (figura1), professor
brasileiro, que para poder ter suas obras publicadas criou um pseudônimo: Malba Tahan.
Como Tahan publicou muitas obras, sendo O Homem Que Calculava sua obras mais
conhecida
da e famosa. Tratasse de um romance infanto-juvenil
infanto juvenil que narra a viagem de Beremiz
Samir e seu amigo bagdaliHankTade
HankTade-Maiá, pela Arábia medieval. Beremiz, um calculista
persa fantástico, resolve muitos problemas curiosos e enigmas ao longo da narrativa do autor.
au
Esta obra foi publicada em vários idiomas e teve 74 edições.

Figura 1: Júlio César de Melo e Sousa (Rio de Janeiro, 6 de maio de 1895 — Recife, 18 de junho de 1974,
mais conhecido pelo heterônimo de Malba Tahan)

Fonte: www.profcardy.com – acesso em


e 13 de setembro de 2014.

Destacamos as principais ações metodológicas que utilizamos como sequência


didática:
• Apresentação do projeto e levantamento das concepções prévias (certezas e
dúvidas) sobre o autor e obra escolhida
• Pesquisa sobre a biografia de Julio César de Melo e Souza, o Malba Tahan, bem
como responder as dúvidas levantadas durante a ação anterior. Esta ação foi
desenvolvida no ATE – Ambiente de Tecnologia Educacional, que compreende a
biblioteca e laboratório de informática.
• Leitura do livro.ro. Os alunos foram organizados em pequenos grupos para os quais
distribuímos um capítulo do livro (esta obra está disponibilizada gratuitamente na
internet para “download” e reprodução no endereço:
ftp://ftp.unilins.edu.br/formigoni/Utilitarios/O_Homem_que_Calculava.pdf
ftp://ftp.unilins.edu.br/formigoni/Utilitarios/O_Homem_que_Calculava.pdf
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

• Participação de uma apresentação teatral envolvendo a técnica lambe-lambe.


lambe A
Companhia Teatral Lamparina
Lamparina apresentou em nossa escola, para os alunos do 8º
ano, a peça "Baús do Tesouro", que engloba três mini espetáculos de teatro lambe-
lambe
lambe:: "A Ilha", "A Sereia" e "O Tesouro". Os atores também proporcionaram uma
palestra discursando sobre essa técnica.
• Estudos sobre o reino da Arábia Saudita, região que ambienta a obra O Homem que
Calculava. Esta ação foi desenvolvida na disciplina de Geografia e tem importante
papel para o planejamento e construção do cenário, roupas e toda a atmosfera dos
vídeos que os alunos realizaram para o cineminha lambe-lambe,
lambe lambe, bem como a
estrutura do próprio cineminha.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
• Estudo dos problemas contidos no livro. Cada equipe desenvolveu ações para
compreender, resolver e apresentar para a turma o problema abordado no capítulo
que receberam. O professor de matemática ficou responsável pela apresentação dos
demais problemas que não foram contemplados pela divisão do livro em capítulos.
• Cada equipe deve elaborou um roteiro rápido para uma peça teatral lambe-lambe
sobre o capítulo do livro que recebeu. Também construíram um cenário onde a
trama se desenrolou. Nesta etapa utilizamos o programa Google SketchUp para
projetar os cenários e também a estrutura do próprio cineminha lambe-lambe.
• Gravação das peças. Os alunos utilizaram máquina fotográfica digital e filmadora,
para produzir os vídeos, utilizando diversos recursos como bonecos, material
reciclável, marionetes, fantoches, entre outros exemplos. Os vídeos serão editados
com os programas “MovieMaker” do MS Windows ou “KDEnlive” do Linux, e
apresentados no Cineminha Lambe-Lambe.
• Socialização do projeto na escola: a Cineminha Lambe-Lambe, por tratar-se de
apresentações individuais, ficou durante uma semana exposta na escola,para todos
assistirem as apresentações.

Um dos problemas que selecionamos para trabalhar com toda a turma foi “ As pérolas
do Rajá”. Este foi proposto no capítulo XXIII do livro e o Beremiz (o calculista que
protagoniza a obra) nos dá a solução, mas não descreve que procedimentos utilizou.
Recorremos à álgebra para podermos não só solucioná-lo, mas demonstrar ou provar sua
resolução.
“Um rajá deixou às suas filhas certo número de pérolas e determinou que a divisão
se fizesse do seguinte modo: a filha mais velha tiraria 1 pérola e um sétimo do que
restasse; viria, depois, a segunda e tomaria para si 2 pérolas e um sétimo do restante;
a seguir a terceira jovem receberia 3 pérolas e um sétimo do que restasse. E assim
sucessivamente. As filhas mais moças apresentaram queixa a um juiz, alegando que,
por esse sistema complicado de partilha, elas seriam fatalmente prejudicadas. O juiz,
que - reza a tradição - era hábil na resolução de problemas, respondeu prontamente
que as reclamantes estavam enganadas e que a divisão proposta pelo velho rajá era
justa e perfeita. E tinha razão. Feita a partilha, cada uma das herdeiras recebeu o
mesmo número de pérolas.”
Pergunta-se: Qual o número de pérolas? Quantas as filhas do rajá? (TAHAN, 1991,
p. 130)

Ao número de pérolas atribuímos x ficando nosso raciocínio conforme a tabela abaixo:

Proposição Linguagem algébrica


1ª filha pega uma pérola mais um sétimo do restante
O que sobra para as outras filhas

2ª filha pega duas pérola mais um sétimo do restante


Como as filhas receberam a mesma quantidade de pérolas,
igualamos as duas expressões
ANAIS – XXXFCMat

491
Resolvendo a equação temos: x = 36, e substituindo na expressão da primeira filha
teremos:

Como havia 36 pérolas, a primeira filha recebeu 6 pérolas e cada uma recebeu a
mesma quantidade, concluímos que eram 6 filha.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O projeto oportunizou aos alunos contato com a obra seleciona, despertando nos
mesmos o gosto pela leitura, conhecimento sobre uma forma diferente de teatro (lambe-(lambe
lambe) e explorar a matemática de forma prazerosa e significativa..
É importante também conversar com os alunos sobre o autor, demais obras que
publicou para que ampliemos os sua compreensão e plantar uma semente para que busquem por
conta própria, ler mais e com maior apropriação das ideias em suas leituras.
Muitos alunos emprestaram o livro na biblioteca da escola ou baixaram o arquivo do
livro disponível na internet, para
pa ler a obra inteira.
Durante as aulas de matemática, percebo que os alunos estão mais atentos ao enredo
que dos problemas ou atividades, resolvendo com um pouco mais de autonomia, sem esperar
que o professor os ajude com a interpretação ou explicação, o que não ocorria anteriormente,
pois muitos não começavam suas resoluções por não conseguirem interpretar as informações
trazidas na forma de textos, ou terem insegurança de o fazer sozinhos, esperando ou pedindo
o auxílio do professor.

CONCLUSÕES

A leitura
tura é importante para todas as disciplinas escolares e para a vida. A matemática
também contribui para a formação do leitor e, ao contrário do que alguns ainda pensam,
possui muita leitura. Aparecem textos nos enredos dos problemas, história da disciplina,
disciplina
livros paradidáticos e requer também a leitura de gráficos ou tabelas, esquemas ou
informações em pictogramas ou em formas geométricas. Porém não é incomum durante as
aulas de matemática, deixar de lado a leitura e interpretação para explorar apenas algoritmos
algo
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

usuais em exercícios, muitas vezes repetitivos.


Percebemos que os alunos precisam que o professor incremente as ações referentes ao
incentivo à leitura, pois ler em grupos, compartilhar a leitura, discutir o que o autor nos traz,
questionar, problematizar
matizar e, principalmente, socializar suas ideias de maneira criativa
contribui para a aprendizagem significativa e formação do leitor. Essa criatividade não é nada
fácil, mas se envolvermos os professores, pais e demais parceiros nas tomadas de decisões ou o
planejamentos dos nossos projetos, surgirá ideias maravilhosas que abrilhantarão a prática
escolar. Exercitando essa parceria e cooperação nos projetos da escola, faremos o mesmo com
nossos projetos de vida.
Os alunos precisam percebem que a matemática oferece mais de uma linguagem para
a resolução de problemas. Nosso trabalho possibilitou experiências para essa constatação,

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
pois utilizamos álgebra, geometria aritmética, lógica, estimativa e tentativas para solucionar
as questões propostas no livro e maravilhosamente solvidas pelo Beremiz Samir –
personagem principal da obra.
Então a leitura de paradidáticos e textos jornalísticos, ou até mesmo explorar outras
obras literárias, agrega significado às aulas de matemática, contribuindo para a formação de
um bom leitor. Isso ajuda de maneira direta, para a resolução de problemas, que constitui o
papel fundamental desta disciplina.

REFERÊNCIAS

MEIER, Cardy. Malba Tahan - O genial ator em sala de aulas. Disponível em:
<http://www.profcardy.com/professor-cardy.php>. Acesso em 10 de junho de 2014.

POLYA, George. A arte de resolver problemas: um novo aspecto do método matemático.


Tradução e adaptação Heitor Lisboa de Araújo. 2. Reimpressão. Rio de Janeiro: Interciência,
1995.

SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez (Orgs.). Ler, escrever e resolver problemas:
Habilidades básicas para aprender matemática. Porto Alegre: Artmed, 2001.

TAHAN, Malba. O Homem Que Calculava. 36 ed. Rio de Janeiro: Record, 1991.

TAHAN, Malba. Matemática Divertida e Curiosa. 15 ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.
ANAIS – XXXFCMat

493
O PLANO CARTESIANO DO DIA A DIA1

PIEHOWIAK, Cristian2; GAERTNER, Marianne3; CAMPREGHER, Luis Carlos4.

RESUMO: Podemos observar que o plano faz parte do cotidiano das grandes tecnologias tais como os Drones, o
quadro digital, a localização geográfica no GPS, na representação de gráficos e tabelas, no Google Maps além de
outras situações. O trabalho busca relacionar o uso do plano cartesiano e sua utilização, o quanto ele é
fundamental para várias situações do nosso dia. Para isso foi realizada uma pesquisa em livros internet, foi
verificado o uso do plano em alguns materiais da escola como a lousa digital e o mapa mundo. Antes de iniciar o
estudo, aprendemos os conceitos básicos do plano cartesiano. O restante do trabalho foi realizado em contra
turno, onde após o término dos estudos foi socializado com a classe para poder levar ao conhecimento deles a
importância do uso do plano cartesiano. Assim podemos observar que a utilização do plano cartesiano não está
associada somente ao seu uso em matemática, mas é fundamental nos dias de hoje em várias tecnologias e
principalmente em equipamentos de localização.

Palavras-chave: Plano cartesiano. Tecnologias e o plano. Localização com o plano.

INTRODUÇÃO

O professor começou a trabalhar em sala de aula o plano cartesiano. Ao ouvir a ideia


de quadrantes, eixos, coordenadas, surgiu uma grande dúvida, que se faz presente em quase
todos os conteúdos de matemática propostos: para que e onde utilizaremos isso um dia na
nossa vida? Onde é utilizado o plano cartesiano? Realmente, tem alguma utilização no dia a
dia ou é somente para se construir matemática com ele e mais nada? Foi a partir destes
questionamentos feitos por nós e estimulados pelo professor que fomos a busca das respostas
para essas indagações.
Para responder nossa curiosidade esse trabalho tem como objetivo relacionar o uso do
plano cartesiano em situações cotidianas que fazem parte do nosso dia
Primeiro precisamos saber o que é plano cartesiano para dar continuidade ao nosso
trabalho. A ideia de plano cartesiano foi desenvolvida pelo filósofo, físico e matemático Rene
Descartes, alguns pesquisadores dizem que a ideia inicial de construir o plano surgiu pelo fato
de Descartes ter servido o exercito e pensou em desenvolver algo que tornasse a mira dos
canhões mais precisa. Plano cartesiano é um sistema utilizado para identificar pontos em um
determinado “espaço”, ele é formado por basicamente duas retas numéricas que serve como
referencia para o plano, essas duas retas são perpendiculares, ou seja, formam um ângulo de
90º entre elas e o ponto em comum das duas retas é chamado de origem ou ponto (0,0). Os
eixos ficam na posição horizontal e vertical, a horizontal é chamada de eixo das abscissas e a
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vertical é chamada de eixo das ordenadas. Este plano fica dividido pelos eixos em quatro
partes chamados de quadrantes. É justamente essa a ideia principal do plano cartesiano, levar
a localização de algum tipo ponto no “espaço”, esses pontos são chamados de pares
ordenados.
Até o momento sabemos o que é um plano e como marcar um ponto sobre ele, mas é
muito mais que isso a sua utilização: nas aplicações como nos mapas e GPS, que é uma
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas;
isciplinas; Instituição: Colégio Dom Bosco – Rio do Sul.
2
Aluno de 7° ano, Colégio Dom Bosco, Rio do Sul/SC.
3
Aluno de 7° ano, Colégio Dom Bosco, Rio do Sul/SC.
4
Professor orientador, Colégio Dom Bosco, ??

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
ferramenta que auxilia na localização de cidades, lugares, do mundo todo, ele toma como
referencia justamente o plano cartesiano formado pelo meridiano e pela linha do equador. O
Drone também se utiliza das coordenadas e é um aparelho conhecido como veículo aéreo não
tripulado, que serve desde utilização militar à fotógrafos, resgates limpezas de lixos tóxicos
entre outras atividades no ar.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado no Colégio Dom Bosco, turma 7º ano, nos meses de março a
julho de 2014.
Iniciamos a partir da busca de informações em internet e consultas via e-mail com
pessoas que conhecem da área das tecnologias, assim como professores de geografia,
matemática, professor da sala Luis Carlos.
Uma das ideias iniciais era construir um drone na sala de robótica, porém faltou
tempo. Na continuidade a este projeto pretendemos realizar a construção de um drone.
Foram analisados os mapas, buscando entender o funcionamento do mapa com as
coordenadas geográficas, como os navios, os aviões fazem para se localizar no lugar onde
estão. O funcionamento do GPS foi outra curiosidade, por isso contatamos pessoas que
trabalham com Programação para poder conhecer de que forma funciona o GPS.
Dessa maneira a pesquisa foi focada em fazer a junção da realidade com o conteúdo
matemático em sala, como dizia Bassanezi:

Quando procuramos agir/refletir sobre uma porção da realidade, na tentativa de


explicar, compreender ou modificá-la, o processo usual é selecionar no sistema, em
estudo, argumentos ou parâmetros considerados essenciais, formalizando-os por
meio de um processo artificial denominado modelo (Bassanezi, 1999, p.11).

Verificamos que o drone, do ponto onde ele parte, onde ele levanta o voo, é o
chamado ponto zero com relação ao plano e dependendo do lado onde a pessoa envia o
comando para ele, ele esta indo para uma determinada coordenada no plano.
No caso dos aviões e navios eles utilizam as chamadas coordenadas universais, ou
seja, um plano cartesiano que tem como eixos o Meridiano de Greenwich e a linha do
equador, como a terra é representada por um globo as coordenadas são associadas a ângulos e
relacionadas aos sentidos norte, sul, leste e oeste, assim o GPS (sistema de posicionamento
global) obtém a localização de qualquer lugar no espaço através de 24 satélites, os satélites
são posicionados de tal forma que permitem visualizar qualquer lugar no globo terrestre,
assim o satélite é direcionado para determinado lugar quando o aparelho de GPS envia uma
informação para os satélites com uma determinada coordenada e este então direciona a
imagem do lugar para o aparelho levando assim a ver o que se deseja.
Além do estudo do uso do plano cartesiano nas tecnologias e no dia a dia
compreendemos como foi desenvolvido o plano cartesiano, sua história e a utilidade de cada
um dos objetos utilizados na pesquisa. Assim foi trabalhado em sala os pontos no plano, ou
seja representado por coordenadas cartesianas, o que utilizamos na nossa rotina mesmo que
inconsciente.
ANAIS – XXXFCMat

495
RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa surgiu a partir de uma das várias dúvidas que surge na sala de aula, onde
utilizamos o plano cartesiano, onde está o seu uso no dia a dia e através de muitas pesquisa
conseguimos obter algumas dessas informações.
Iniciamos um estudo sobre o que é o plano cartesiano, sua utilização como meio de
localização num determinado espaço.
O plano cartesiano foi desenvolvido por Rene Descartes. O qual seguiu a carreira
militar e se questionou sobre a possibilidade de desenvolver algum método que auxiliasse na
mira dos canhões, para maior precisão dos tiros. O plano cartesiano é constituído por duas
retas perpendiculares que fazem a divisão do plano em quatro quadrantes. A reta horizontal é
chamada de eixo das abcissas, e a outra reta a vertical é chamada de eixo das ordenadas. como
mostra a figura abaixo.

Nos quadrantes os valores da abscissa e ordenadas são respectivamente: Primeiro


Quadrante (positivo, positivo); Segundo Quadrante (negativo, positivo); Terceiro Quadrante:
(negativo, negativo) e Quarto quadrante (positivo, negativo). Com base nesses conhecimentos
foi realizado um estudo sobre a utilização contemporânea do plano no cotidiano. A princípio
o estudo focou o drone, que é um veículo aéreo não tripulado, controlados por controles
remotos, computadores e supervisionados por uma pessoa. Foi desenvolvido para fins
militares ou missões que eram de grande risco para ser realizado por seres humanos. São uma
das principais estratégias militares são usados em câmeras para filmagens e localização de
pessoas desaparecidas em locais de difícil acesso. Os satélites também são considerados
drone. Há drone submarinos para atingir profundidades impossíveis de serem exploradas. que
XXX Feira Catarinense de Matemática
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são controlados por controles ou computadores. Para os deslocamentos ele precisa de um


ponto de referencia e para se deslocar nesse caso o ponto de referencia do drone é o plano
cartesiano.
Outro lugar onde a utilização do plano cartesiano é na geografia, mais precisamente na
cartografia. No globo terrestre há um sistema de coordenadas imaginárias que forma um plano
cartesiano para poder ser localizar no mesmo, sendo ele eixo horizontal (abscissas) a linha do
Equador e o eixo vertical (ordenadas) o Meridiano de Greenwichn. o que fica claro na
planificação do mapa.
A partir do uso do plano cartesiano no globo terrestre foram desenvolvidos
equipamentos para auxiliar as pessoas na localização. Dentre eles temos o GPS que é um

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
sistema orientado 24 por satélites dispostos na atmosfera terrestre e levam a imagem de todo o
planeta para um aparelho. O aparelho envia uma mensagem para os satélites que identificada
retorna novamente para o aparelho, a coordenada do local onde a pessoa deseja ir.
O plano cartesiano é também de extrema importância no estudo da matemática para a
representação gráfica e em tabelas. Muitas aplicações existem e precisam ser exploradas.

CONCLUSÕES

Através desse trabalho podemos observar que o plano cartesiano além de ser muito
importante para a matemática está presente no nosso dia a dia. Esse é o caso dos mapas e dos
GPS que são utilizadas pelas pessoas, também como uma ferramenta de trabalho. Além disso,
auxiliam na localização durante as viagens, como por exemplo, lugares e ruas desconhecidas.
Outra utilização não muito divulgada é o drone, importante nas táticas militares, nas
gravações e agora a possibilidade de salvar vidas graças ao seu uso. É fundamental conhecer
os vários conceitos matemáticos que após um grande estudo podemos ver sua utilidade e ver
que realmente a matemática num todo está presente em nosso dia a dia. Essas foram algumas
das ideias da utilização do plano cartesiano em nosso dia a dia, cada um desses lugares onde
se utiliza o plano cartesiano será ampliado de forma mais clara, mostrando a utilização desses
itens juntamente com o plano cartesiano, que é algo fenomenal, incrivelmente interessante e
que muitas vezes passa despercebido ao olho humano.

REFERÊNCIAS

http://www.youtube.com/watch?v=r1t_2fgjM6U.

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=0CCYQFj
AB&url=http%3A%2F%2Fwww.techtudo.com.br%2Fnoticias%2Fnoticia%2F2013%2F10%
2Fo-que-sao-e-para-que-servem-os-drones-tecnologia-invade-o-espaco-
aereo.html&ei=WwrIU4CdG8rfsATW8ICoBA&usg=AFQjCNFqteahZ_LTeDRogx2ZThgxjx
_JMg

http://www.significados.com.br/gps/

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=5&ved=0CEEQFj
AE&url=http%3A%2F%2Fwww.oficinadanet.com.br%2Fpost%2F12406-como-funciona-o-
gps&ei=-ArIU7zyHIvmsAShkoHQCw&usg=AFQjCNGZP-YishzIUf4eNTnlZEpFTcLszg

http://tecnologia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2008/01/15/entenda-como-funciona-o-
sistema-de-gps.jhtm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cartografia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_posicionamento_global

http://www.suapesquisa.com/geografia/cartografia.htm
ANAIS – XXXFCMat

497
O SÉTIMO ANO EM BUSCA DA CAMISA 101

SILVA, Brendha Carolaine2; SILVA, Helen Cristina3; SOPPA, Giselle Cristiane4.

RESUMO:: Considerando o momento histórico da Copa do Mundo do Brasil 2014, buscou-se


buscou uma metodologia
que privilegiasse a melhora do comportamento disciplinar de nossos alunos e ainda, oportunizasse o
desenvolvimento dos conteúdos programáticos do 7º ano do Ensino Fundamental. Os professores das disciplinas
de Língua Portuguesa, História e Matemática planejaram sequências que, interrelacionadas na forma de
interdisciplinaridade, contribuíram para a construção de uma crítica bem argumentada sobre a valia da Copa do
Mundo ser no Brasil (contribuições e consequências), levaram a uma reflexão sobre o contexto sócio-cultural
sócio das
violências nos estádios e ainda, compreensão dos números negativos e suas operações, além de conceitos
geométricos presentes na Bandeira do Brasil.
Brasil. Por termos obtido resultados tão significativos, finalizou-se
finalizou e
socializou-se
se com toda a Escola numa Cerimônia de entrega de uma Camisa 10 Brasileira para os alunos que
foram destaques da competição. E ainda, a equipe de professores concluiu que mesmo fora do momento tão
importante como este, Copa do Mundo, tema gerador do projeto, fosse investido tempo suficiente para replanejar
e reaplicar esta sequência didática.

Palavras–chave:: Copa do Mundo. Comportamento. Números Negativos. Geometria.

INTRODUÇÃO

Em busca de minimizar, ou ainda, eliminar conflitos comportamentais que


prejudicavam o processo de ensino aprendizagem que ocorriam durante as aulas, procurou-se
procurou
desenvolver práticas alternativas que somassem os conteúdos curriculares do 7º ano ao
momentoo histórico brasileiro: A Copa do Mundo 2014, desenvolvendo, competências
pedagógicas nas áreas: social, intelectual, política e cultural. Durante as etapas esperou-se
esperou que
os alunos: realizassem suas tarefas, mantivessem os pais informados do seu desempenhodesempenh
escolar, organizassem o caderno, respeitassem os professores, os colegas e as regras escolares,
obtivessem nota acima da média, entregassem trabalhos e tarefas nas datas e participassem
ativamente das aulas. Cada turma foi relacionada em um Pictograma, no n qual seriam
atribuídos cartões em forma de camiseta de cores verde, amarela e vermelha para o
cumprimento ou não, das regras pré-estabelecidas.
pré estabelecidas. No final do 1º Trimestre, tanto corpo
docente como corpo discente, puderam analisar a refletir sobre os dados obtidos.

MATERIAL E MÉTODOS

Nas aulas de Língua Portuguesa do primeiro trimestre com os 7os anos A e D, além das
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atribuições das camisetas, houve também trabalho com leitura, análise e produção textual.
Antes de ser feita a leitura sobre a Copa do Mundo,
Mundo, a turma trabalhou com frase período e
oração, a fim de discernir, de acordo com os elementos estudados (quando há ou não verbo), o
propósito comunicativo. Para a leitura em questão, de um artigo de opinião publicado em
2013 (quando estimativas de investimentos
investimentos para a Copa 2014 começavam a ser feitas), foi

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas;
isciplinas; Instituição: EM Profª Karin Barkemeyer – Joinville.
2
Aluno expositor, brendha_carol@hotmail.com.
brendha_carol@hotmail.com
3
Aluno expositor, neusademorais@bol.com.br.
neusademorais@bol.com.br
4
Professora Orientadora, EM Profª Karin Barkemeyer, calculo_poesia@yahoo.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
iniciado o trabalho com as conjunções, que contribuíram na construção do sentido (têm como
função ligar orações de sentido completo e independente).
Nesse momento cada aluno teve a oportunidade de expressar sua opinião e após as
discussões realizadas, puderam se posicionar, contra ou a favor do Brasil ser sede da Copa do
Mundo da FIFA 2014.
Na sequência, foram trabalhadas, as orações coordenadas assindéticas (sem
conjunção) e sindéticas (com conjunção e função aditiva, adversativa, alternativa, explicativa
ou conclusiva). Depois da leitura e da análise textual, os alunos pesquisaram dados atuais
sobre a Copa do Mundo com o intuito de formar opinião para a produção de um artigo de
opinião sobre a importância da Copa do Mundo, pensando culturalmente e politicamente, sem
deixar de levar em consideração as polêmicas em torno desse grandioso acontecimento.
Nas aulas de História os alunos foram levados a conhecer as lutas entre os gladiadores
no Coliseu da Antiga Roma.
Para ELIAS apud OLIVEIRA E FERRIANI, “com o passar dos séculos, as bases da
violência se deslocaram da luta contra animais, como meio de sobrevivência humana, para
fixar-se entre os homens, tornando o confronto físico entre os sujeitos, quase que inerente, na
luta por maiores conquistas econômicas, territoriais, e, portanto mais poder nas sociedades.”
Mais tarde foi proposto que os alunos relacionassem, através de desenhos, o processo
histórico com a violência atual nos estádios.
Em Matemática, iniciou-se o trabalho com o Jogo de Futebol de Botão, onde
elaboramos a tabela de saldo de gols foi elaborada, e, através disso, realizou-se a
sistematização do conceito de números negativos, através do texto proposto no livro didático
Vontade de Saber Matemática no Capítulo 4. Em seguida, foi apresentado o Jogo da Batalha
Naval, e neste momento, construído um comparativo com a ideia de localização em mapas
geo-políticos. Logo depois, os alunos conheceram a Teoria do Plano Cartesiano e a vida e as
obras do seu precursor René Descartes. Dando sequência aos jogos, os alunos seguiram para o
Jogo Vai-e-Vem, e durante todas as aulas foram discutindo e analisando pontos ganhos e
perdidos, isto os levou a criar a hipótese de que o comportamento da sala de aula também
pudesse ser representado através de cartões coloridos, então, inspirando-nos no futebol,
formamos um pictograma, com camisetas verdes, amarelas e vermelhas que mostravam e
pontuavam comportamentos positivos e comportamentos negativos durante o primeiro
trimestre. Com os dados registrados, os alunos tiveram a oportunidade de aprender as quatro
operações com os números negativos, ainda conforme o livro didático Vontade de Saber
Matemática no Capítulo 4. Os próximos passos privilegiaram a geometria de sólidos,
estudando poliedros e não poliedros, que teve como ápice a construção de uma bola de
futebol, para essa sequência utilizamos o livro didático Vontade de Saber Matemática no
Capítulo 3. Durante a aplicação das etapas, devido uma reestruturação de salas (o 7º ano
vespertino, passou a ocupar a mesma sala do 7º ano matutino) foi possível o estudo de média
aritmética e média ponderada, pois foi preciso reorganizar as pontuações de cada sala, para
tanto utilizamos o livro didático Vontade de Saber Matemática no Capítulo 5. Para
finalizarmos, realizamos uma exploração na Bandeira Brasileira, calculando: perímetro e área,
verificando: polígonos e não polígonos, medindo e somando os ângulos internos dos
polígonos.
ANAIS – XXXFCMat

499
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para que fosse possível


possível a realização dos passos já mencionados, cada turma
participante do projeto definiu suas regras e, a partir desse acordo das mesmas, deu-se
deu início à
construção do pictograma diário comportamental.
Logo abaixo, é possível perceber um dos momentos da turma 7º A, e pode-se
pode levantar
por hipótese que existia uma preocupação em não obter uma camiseta vermelha, pois é
notória que a maior distribuição concentrou-se
concentrou se nas camisetas de cores amarelas e verdes.

É válido ressaltar ainda que as demais disciplinas puderam colaborar na construção do


pictograma, respeitando as regras estabelecidas para a turma em qualquer disciplina e, além
disso, acrescentar conhecimentos gerais sobre A Copa do Mundo, o que tornou os resultados
melhores do que o esperado,
perado, porque esta ação valorizou as situações-problemas
situações com a
construção de argumentos e hipóteses fiéis às experiências diárias.
Os gráficos de setores construídos pelos alunos indicaram um bom andamento das
aulas, visto que a maior concentração de pontuação
pon é positiva.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Série1
Estudo de Pontuação Pictograma - 7ºA Série1
12,1 a 18 -6 a 0
3 6
10% 20%

Série1
0,1 a 6
13 -6 a 0
43%
0,1 a 6
Série1
6,1 a 12 6,1 a 12
8 12,1 a 18
27%

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Série1 Série1
Estudo de Pontuação Pictograma - 7ºB
8,1 a 15 -6 a 0
10 5
35% 17%

-6 a 0
Série1 0,1 a 4
4,1 a 8
4,1 a 8
9
31% 8,1 a 15
Série1
0,1 a 4
5
17%

Estudo de Pontuação Pictograma - 7ºDSérie1


0a6
3
13%

Série1 0a6
6,1 a 20
6,1 a 20
20
87%

Num primeiro momento, os alunos tiveram apenas a intenção de não receber um


cartão vermelho ou amarelo, mas com o passar das aulas, essa motivação transformou-se
transformou em
causa de aprendizagem, pois estavam cada dia mais comprometidos.
Para BIANCHI (2011) “a motivação intrínseca se dá por meio da interação com os
ambientes, essa motivação começa a partir de incentivos externos e depois o indivíduo vai
transferindo o controle para o interno”.
Quanto ao conhecimento desenvolvido, por meio da média do trimestre foi possível
verificar que a equipe de professores conseguiu aumentar a média geral de seus alunos, o que
por hipótese, comprova maior conhecimento, ou seja, foi alcançado os objetivos propostos em
cada disciplina.

CONCLUSÃO

Segundo o depoimento da aluna ISP, o trabalho realizado:


“envolveu muita dedicação, esforço, responsabilidade e respeito, tanto por parte dos
professores como dos alunos. Nós estávamos bem empolgados para escrever e seguir as
regras. Os alunos, que tiveram o desempenho maior receberam por mérito serem os Alunos
Nota 10 e ganharam uma camiseta do Brasil, isso foi muito bacana. Isso mostrou que
devemos estar preparados para ganhar e perder.
ANAIS – XXXFCMat

501
É possível afirmar que, quando colocamos
colocamos os alunos como agentes transformadores do
seu próprio meio, permitimos que os mesmos desenvolvam a maturidade, respeito e cuidado,
e ainda, ao realizarmos a interrelação entre as disciplinas, proporcionamos uma aprendizagem
mais prazerosa e significativa,
a, que com certeza será lembrada e comentada com alegria e
conhecimento.

REFERÊNCIAS

BIANCHI. Sara Rebecca. A Importância da Motivação na Aprendizagem no Ensino


Fundamental. Em www.ufscar.br/~pedagogia/novo/files/tcc_turma_2008/313653.pdf.
Acesso em 22/09/2014.

BOULOS JUNIOR. Alfredo. História: Sociedade e Cidadania – 7º ano. Edição


Reformulada. 2ª ed. São Paulo: FTD, 2012.

BRAICK. Patricia Ramos. Estudar História: da Origem dos Homens à Era Digital.
Digital 1ª ed.
São Paulo: Moderna, 2011.

CARA, Daniel. E se todo dinheiro da Copa fosse investido em educação pública?


Disponível em: <http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/blog-daniel/e-se
<http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/blog se-todo-dinheiro-da-
copa-do-mundo-de-2014-291203
291203-1.asp>. Acesso em: 14/04/2014.

MORI, Iracema; ONAGA, Dulce Satiko. Matemática:


a: Ideias e Desafios – 7º ano. 17º ed.
São Paulo: Saraiva, 2012.

SOUZA, Joamir; PATARO, Patricia Moreno.


Moreno. Vontade de SaberMatemática – 7º ano. 2ª ed.
São Paulo: FTD, 2012.

PELLEGRINI, M.C.; DIAS, A.M.; GRINBERG,K. Vontade de Saber História – 7º ano. 2ª


ed. São Paulo: FTD, 2012.

OLIVEIRA, José Eduardo Costa de. FERRIANI, Maria das Graças Carvalho. Esporte e
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Violência. Disponível em www.efdeportes.com. Acesso em 29/09/2014.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
O TEMPO1

OLIVEIRA, Luana de2; WOLFFENBÜTTEL, Lauane Vanessa3;


REICHERT, Rose Michelson4.

RESUMO: O tema “O Tempo” foi escolhido tendo em vista a dificuldade dos alunos do 6º ano na localização
temporal. Os objetivos foram organizar acontecimentos ao longo dos séculos até o seu dia a dia, identificar
século, década, ano, mês, dia, hora, minuto e segundo, reconhecer as possibilidades de atuação dentro de cada
medida de tempo, interpretar e resolver problemas envolvendo contagem e medidas de tempo. Em cada etapa do
trabalho, houve pesquisa em livros, revistas, jornais ou no Ambiente Tecnológico, registro de todos os dados
coletados, confecção de materiais usando recursos tecnológicos e artísticos, a resolução de atividades e
problemas relacionando o tema ao conteúdo da disciplina. A culminância foi a socialização de todo o material
registrado e produzido, como a linha do tempo, livreto das décadas, calendário do ano 2013 e do mês de junho de
2014, apresentação de slides e os diários de bordo de cada equipe.

Palavras- Chave: Educação Matemática. Tempo. Localização temporal.

INTRODUÇÃO

Toda a história da humanidade está registrada respeitando-se uma ordem cronológica


na sucessão dos acontecimentos. A contagem e as diversas medidas de tempo são muito
importantes para estabelecer essa organização, tanto em fatos que já passaram como no nosso
dia a dia. Relacionar acontecimentos quanto à duração e época não seria possível sem essa
cronologia. Ao longo da história sempre houve preocupação em como medir o tempo e
diversos foram os instrumentos usados para esse fim. Vivemos numa sociedade que vive em
função de cumprir agendas e horários e, definitivamente, o tempo tornou-se escasso e cada
segundo é importante.
Com base no que foi citado e percebendo que os alunos do 6º ano do Ensino
Fundamental apresentavam muita dificuldade com relação a localização temporal foi
escolhido o tema “O Tempo” para sanar essas dúvidas.
Uma preocupação também foi a interdisciplinaridade, envolvendo outras disciplinas
como História e Artes.
Os principais objetivos do trabalho são organizar acontecimentos ao longo dos séculos
até o seu dia a dia, identificar século, década, ano, mês, dia, hora, minuto e segundo,
reconhecer as possibilidades de atuação dentro de cada medida de tempo, interpretar e
resolver problemas envolvendo contagem e medidas de tempo.

MATERIAL E MÉTODOS

Após observação da dificuldade dos alunos e em conversa com os mesmos, o trabalho


foi iniciado com a leitura do livro “Joca e o Túnel do Tempo” da autora Leoni Cimardi. Após

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EMEF Professor Francisco Solamon – Jaraguá do Sul.
2
Aluna expositora.
3
Aluna expositora.
4
Professora orientadora, EMEF Professor Francisco Solamon, rose.michelson@yahoo.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

503
a leitura, cada aluno fez um resgate dos acontecimentos da sua vida, os fatos foram coletados
com a família e registrados num baú de papel.
Resgatado
tado o aspecto histórico dos alunos e com intenção de incentivar a pesquisa
sobre século, os alunos assistiram ao filme “Viagem no Tempo” da Turma da Mônica,
aproveitando o momento para uma discussão sobre as passagens de tempo que aconteciam no
decorrer doo filme. Algumas questões sobre o filme, então, foram respondidas pelos alunos.
O passo seguinte foi a formação de equipes. Combinou-se
Combinou se que todas as atividades de
pesquisa ou cálculos seriam registradas, por cada uma delas, em seu Diário de Bordo.
Cada equipe ficou responsável por dois ou mais séculos. Os alunos fizeram suas
pesquisas no ATE (Ambiente Tecnológico de Educação), também em livros, revistas e com
professores da área correspondente. Os temas foram organizados da seguinte forma: 6º ano 1:
Um acontecimento histórico de cada século e um vestuário predominante da época; 6º ano 2:
Um acontecimento histórico e uma descoberta; 6º ano 3: Um acontecimento histórico e uma
invenção. Com o material pesquisado, os alunos construíram a linha do tempo no n papel kraft,
respeitando a ordem dos séculos e a divisão a.C. e d.C. Na linha do tempo foi colado o texto
com o conteúdo pesquisado e a gravura do vestuário, da descoberta ou da invenção referente a
cada século.
Em seguida, houve o resgate das décadas do século XX, cada equipe ficou responsável
por uma década e a pesquisa realizada no ATE (ambiente tecnológico de educação), seguindo
a mesma organização estabelecida na pesquisa anterior sobre os séculos. Com esse material,
os alunos compuseram um pequeno livro livro com os textos sobre os acontecimentos históricos e
ilustrado com gravuras ou desenhos relativos a cada década.
A etapa seguinte foi referente ao ano, para isso, houve, também no ATE, a pesquisa
sobre a primeira década do século XXI (2000 a 2009). Cada
Cada equipe ficou responsável por um
ano. Nessa fase foram apenas registrados no diário de bordo os acontecimentos, descobertas
ou invenções pesquisadas.
Na intenção de trabalhar os meses que compõem um ano, foi realizado o resgate dos
acontecimentos do últimoo ano completo. Confeccionaram no programa Tux Paint um
calendário com uma notícia que foi destaque em cada mês do ano de 2013. Esse calendário foi
impresso e montado pelos alunos.
Usando como recursos, jornais, revistas e sites fizeram a pesquisa sobre o mês de
junho de 2014 e com esses dados confeccionaram um calendário ilustrado do referido mês.
Usaram a tabela no programa LibreOficce para a criação do calendário e ilustraram com
captura de tela do Tux Paint ou imagens.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Cada aluno recebeu um formulário contendo as vinte e quatro horas do dia,


devidamente organizado como uma agenda. Levaram o formulário para casa, escolheram um
dia e fizeram breves anotações, de hora em hora, dos acontecimentos de seu cotidiano.
Fizeram, também, uma pesquisa sobre os maismais variados e interessantes instrumentos
utilizados para medir o tempo antes da invenção do relógio. Quanto a esse, coletaram imagens
quanto ao tipo, como: mais antigo, mais raro, maior, engraçado, digital, de corda, raro e
outros. Com o resultado dessa pesquisa
pesquisa produziram slides utilizando o LibreOffice Impress,
inclusive fazendo animação personalizada da apresentação.
Com ajuda de um cronômetro, foram realizadas atividades variadas envolvendo
minutos e segundos, como empilhar cubos, desenho coletivo (o desenho
desenho passa adiante depois

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
de um tempo determinado), completar frases, fazer cálculos rápidos, enfim, atividades que
podiam ser realizadas em poucos minutos ou até mesmo segundos. Também foram utilizados
jogos no site <www.escolovar.org> para fixação de horas, minutos e segundos.
Nessa etapa, uma turma confeccionou relógios no papel cartão, usando conhecimento
básico de ângulos, compasso e transferidor para distribuir corretamente na circunferência as
horas e os minutos. Os ponteiros eram móveis para que fosse possível manusear o relógio.
Durante todo o projeto foram realizadas atividades e propostos problemas
relacionando conteúdos matemáticos ao tema pesquisado, todos devidamente registrados no
diário de bordo de cada equipe. Os conteúdos em questão são problemas envolvendo as
quatro operações com números naturais, algarismos romanos, contagem e medida de tempo,
fração de quantidade, também foi abordado circunferência e ângulo para a construção dos
relógios, bem como a existência de números antes do zero e medida de comprimento na
confecção da linha do tempo.
Houve a socialização do projeto com exposição do diário de bordo de cada equipe,
linha do tempo, livreto das décadas, calendário de 2013, calendário do mês de junho de 2014,
slides dos relógios e instrumentos de medida de tempo.
O projeto foi desenvolvido durante o primeiro semestre de 2014, principalmente nas
aulas de matemática.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em cada etapa foram observados o empenho, o interesse, o envolvimento e a produção


de cada aluno.
A construção da linha do tempo e do livreto deram ao aluno a noção da evolução
gradativa dos costumes, moda e tecnologia ao longo da história. Os alunos conseguiram
relacionar acontecimentos e fatos que tem a duração de um século, uma década, um ano, um
mês, um dia, uma hora, um minuto e até mesmo um segundo. Perceberam a importância das
medidas de tempo na organização do nosso dia a dia. Usaram os recursos tecnológicos com
alguma dificuldade, mas sem comprometer a elaboração do que foi proposto.
Com a resolução das atividades e problemas propostos envolvendo as quatro
operações com números naturais, algarismos romanos, contagem e medida de tempo, fração
de quantidade, também foi abordado circunferência e ângulo, a existência de números antes
do zero e medida de comprimento, ficou demonstrado que a maioria teve compreensão no que
diz respeito à contagem e medidas de tempo, fazendo cálculos, associações, leitura,
interpretação e relação entre elas.

CONCLUSÕES

A experiência foi muito produtiva, todas as ações propostas foram cumpridas pela
maioria das equipes. Além dos conteúdos das disciplinas Matemática e História, os alunos
foram bem sucedidos no uso das ferramentas tecnológicas. Com esse trabalho os alunos
puderam perceber, mais uma vez, que a Matemática não é uma disciplina isolada, mas faz
parte da história e do nosso cotidiano. É uma ferramenta importante para a compreensão de
vários temas, como esse que abordamos. O trabalho, apesar de ter se estendido além do
ANAIS – XXXFCMat

505
previsto, mostrou aos alunos que aprender matemática
matemática não se resume apenas a cálculos, mas
também envolve leitura, interpretação, organização e principalmente curiosidade e
criatividade.

REFERÊNCIAS

Revista 160 Séculos de Ciência, Duetto Editorial, São Paulo – SP, 2010 – volume 1.

Revistas História viva – Enciclopédia Ilustrada de História Duetto Editorial, São Paulo – SP,–
2010 volumes 1, 2 e 3.

Jornal A Noticia- RBS - exemplares do mês de junho 2014.

DOMINGUES, Joelza Esther. História em Documento. São Paulo: FTD, 2007.

BOULOS Júnior, Alfredo. História Sociedade e Cidadania. São Paulo: FTD 2009.

BRAICK, Patricia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História das Cavernas ao Terceiro
Milênio. 2ª Edição. São Pulo – MODERNA, 2006.

TOLEDO, Eliete; DREGUER, Ricardo. História – Conceitos e Procedimentos.


ocedimentos. 2ª Edição. São
Paulo: Editora Saraiva 2009.
CAMPOS, Flávio de; CLARO, Regina e DOLHNIKOFF, Miriam São Paulo. Leya 2012.

<Pt.wikipédia.org>. Acesso em: 7 abril 2014.

<www.escolakids.com>. Acesso em: 7 abril 2014.

<www1.uol.com.br/bibliot/linhadotempo/index3.htm>.
nhadotempo/index3.htm>. Acesso em: 9 abril 2014.

<www.correiodopovo.com.br/>. Acesso em: 9 abril 2014.

<anoticia.clicrbs.com.br/>. Acesso em : 11 abril 2014.


XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

www.escolovar.org/mat_tempo_relogiossswwff.htm> Acesso em: 11 abril 2014.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
OCEANOMÁTICA: DIMENSÕES, IMPORTÂNCIA E PROBLEMAS
QUE AFETAM O OCEANO1

NEZZI, Julia2; VICENTIN, Mainara3; HEINECK, Nilso4.

RESUMO: OCEANOMÀTICA: DIMENSÕES, IMPORTÂNCIA E PROBLEMAS QUE AFETAM O


OCEANO: Assunto que causa curiosidades e preocupações. O presente trabalho tem por objetivo conscientizar
as pessoas sobre as dimensões a importância e problemas que afetam o Oceano. Conteúdos de Geografia foram
estudados para posterior abordagem matemática. Ocupam área de 374.767.000 km2. 73% da área do planeta.
ultrapassando volume 1.368 bilhão de Km3, salinidade de 35%. Profundidade média de 3.900 m. 35 milhões de
pessoas depende da pesca. Produz70% do oxigênio da atmosfera. Abriga 80% das espécies de vida na terra.
Seus principais problemas são: A pesca excessiva, desaparecimento de predadores, acidificação dos oceanos,
morte do recife de corais, zonas oceânicas mortas, poluição de mercúrio do carvão, plástico. Conhecendo melhor
as dimensões, a importância e os problemas do oceano, o homem tem obrigação de tomar medidas que garantam
a sustentabilidade do meio oceânico.

Palavras-chave: Dimensões. Meio Oceânico. Problemas.

INTRODUÇÃO

Oceanos são grandes extensões de água salgada que ocupam depressões da superfície
da Terra. Dados de dimensões de área, volume de água e densidade são constantemente
estudados. Possui extrema importância no aspecto de criação e manutenção da vida do
planeta. Fornece recursos para que os seres humanos se desenvolvam tanto no aspecto
econômico, político e social. Porém o homem ao explorá-lo cria problemas que prejudicam a
manutenção da vida dos seres vivos que habitam os oceanos. Suas Dimensões, Importância e
Problemas são assuntos abordados por todos, pois causam curiosidades e preocupações.
Como sabemos que não podemos esperar por ações imediatas dos órgãos competentes e, da
mesma maneira, sabemos que ninguém tem tempo para se dedicar a mudar uma cultura ou
ignorância de degradação, conscientizar as pessoas sobre as Dimensões a Importância e
Problemas que afetam o Oceano é o objetivo deste trabalho.

MATERIAL E MÉTODOS

A interdisciplinaridade Geografia/ Matemática foi necessária. Para efetivação do


trabalho foram feitos estudo geográfico sobre os principais oceanos e posterior levantamento
de dados sobre área, volume, e densidade, levantamento de dados sobre a importância dos
Oceanos para a vida do homem e sobre os principais problemas que os atingem.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O planeta Terra possui extensão territorial de aproximadamente 500 milhões de


quilômetros quadrados, dos quais 73,5% são ocupados pelos oceanos. Essa grande massa de
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: CMEB Vereador Avelino Biscaro – Salto Veloso.
2
Aluna Expositora.
3
Aluna Expositora.
4
Professor Orientador, CMEB Vereador Avelino Biscaro, nilsoh@formatto.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

507
água foi formada há cerca de quatro bilhões de anos, através da condensação de vapores
d’água da atmosfera que atingiram a superfície terrestre em forma de chuva. OCEANO
ANTÁRTICO: Também conhecido como Oceano Austral é o nome dado ao conjunto das
águas que banham o Continente Antártico. O oceano Antártico
Antártico é o único que circunda o globo
terrestre de forma completa. Possui uma superfície de 20.327.000 km². OCEANO ÁRTICO: ÁRTICO
Corresponde ao conjunto de águas congeladas localizadas nas proximidades do círculo Polar
Ártico no extremo norte do planeta e ocupaocupa uma área de aproximadamente 21 milhões de
quilômetros quadrados. OCEANO ATLÂNTICO: É o segundo maior oceano do mundo em
extensão, superado somente pelo Pacífico. O Atlântico abrange uma área de aproximadamente
80 milhões de quilômetros. OCEANO ÍNDICO: É o terceiro maior oceano do mundo. Possui
uma extensão de 73.440.000 km². OCEANO PACÍFICO: É a maior e mais antiga massa
marítima do planeta. Com 180 milhões de km². A profundidade varia de local para local.
Oceano Antártico 4.000 m. Oceano ártico 4.000 m. Oceano Atlântico 3.600 m. Oceano
Pacífico 4.282 m. Oceano Índico 4.000 m. sendo que a média de profundidade é de
aproximadamente 3.900 m. Os pontos de maior profundidade estão no Pacífico com (Fossa
das Ilhas Marianas) 11.500 m. Oceano Índico (Fossa de Java) Java) 7.725 m. Atlântico (Fossa de
Porto Rico 8.648 m. Oceano Glacial Ártico (Litke Deep, Bacia Eurásia)5.450 m. Antártico
(Fossa Sandwich do Sul)7.235 m. A área total dos oceanos é de 374.767.000 km2. Para
compararmos a área da superfície da terra com a área área do oceano precisamos saber que
perímetro é a medida do contorno de um objeto, o diâmetro de uma circunferência é dado por
qualquer corda que passe pelo centro da figura. O raio é o diâmetro dividido por dois, dois e o
número Pi é o tamanho do perímetro dividido pelo diâmetro que é sempre igual a 3, 14. O raio
terrestre é a distância entre o centro da Terra e sua superfície. Devido ao fato de que a Terra
não é uma esfera perfeita, não há um único valor que sirva como seu raio natural. Ao invés
disso, sendo quase esférica, vários valores, desde o raio polar (de 6 357 km) ao raio equatorial
(6 378 km) são utilizados de acordo com a necessidade e modelos da Terra, assumindo esta
como uma esfera, geram um raio médio de 6 371 km. Usando a fórmula de área da esfera:
A= 4 π r² A= 4.3.14.6.3712 A = 509.805.891 Km2
ÁREA DA SUPERFICIE DA TERRA 509.805.891 Km2 100%
2
ÁREA QUE ABRANGE O OCEANO 374.767.000 Km X = 73.51%
Isso corresponde a aproximadamente 3/4 da área total do planeta. O volume das águas dos
oceanos é de 1, 368 bilhão de quilômetros cúbicos entre os cinco oceanos existentes, sendo
Índico 291, Antártico 28,8, Ártico 17 milhões de Km3. A
Pacífico 707,6, Atlântico 323,6 Índico
densidade da água do mar varia com a salinidade e a temperatura. A temperatura de
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

congelação da água do mar decresce em função da salinidade sendo de -2ºC 2ºC para a salinidade
35%. A salinidade média da água do mar é 35%. Os oceanos são importantes porque desde a
origem da vida humana, desempenham papel imprescindível não somente para o homem, mas
para todo o planeta. Temos como exemplo o fato de que a sua existência foi um dos fatores
que permitiram que a vida da se originasse na terra a cerca de 4,5 bilhões de anos. Os oceanos
representam 97% dos recursos hídricos do planeta. Abriga 99% de toda a biosfera, ou seja,
todos os locais e espaços nos quais existe vida! Em contrapartida, para que você possa
comparar a soma de todos os lugares habitáveis no mundo emerso juntos, incluindo os
próprios continentes, representa apenas o 1% restante. As maiores estruturas geológicas do
planeta também se encontram “ocultas” pelas águas, como a dorsal oceânica, por exemplo,

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
com cerca de 65.000 quilômetros de extensão, ou seja, 10 vezes mais longa do que a maior
cadeia montanhosa da superfície, os Andes. A montanha mais alta do mundo também se
encontra no oceano! E não pense que estamos falando do “Montinho” Everest. Na verdade, o
vulcão Mauna Kea — que forma uma das ilhas do Havaí — conta com pouco mais de 4.200
metros de altura acima do nível do mar. Contudo, ainda existem outros 5.800 metros que se
encontram submersos, o que significa que essa formação conta com aproximadamente 10 mil
metros de altura no total. 40% da população mundial vivem num raio de 60 km. da costa e 35
milhões de pessoas dependem da pesca. Anualmente, cerca de 100 milhões de toneladas de
pescado é a principal fonte de proteína para 2.000 milhões de pessoas. Do fundo do mar são
extraídos minerais, como o magnésio que é utilizado em ligas metálicas, especialmente com o
alumínio. O bromo é utilizado na indústria alimentar, farmacêutica e fotográfica. O sal de
cozinha (cloreto de sódio) é o mineral mais importante obtido diretamente a partir da água do
mar. A começar pela manutenção da vida do planeta, os oceanos são os responsáveis pelo
regulamento da temperatura, produção de grande parte do oxigênio (O2) existente,
caracterização dos diversos tipos de clima, "abrigo" para cerca de 80% das espécies de vida
existentes no planeta terra. Do ponto de vista econômico, os oceanos estão presentes na pesca
(alimentação, que ultimamente tem sido um problema devido à grande demanda de alimentos
provocada pelo aumento da população mundial), extração de minerais em geral, de navios e
barcos menores (importação e exportação), desempenhando também atração turística. Do
ponto de vista político, os oceanos também têm como função separar fronteiras para os
continentes e países. Países que se encontram no litoral, ficam dependentes de outros em
relação à produção destinada à exportação e importação. Uma gota de água permanece, em
média, nove dias numa nuvem, 2 horas num rio e 5000 anos no oceano antes de se evaporar
novamente. A energia da água do mar é aproveitada de diversos modos. Em alguns locais, a
força das marés é convertida em energia elétrica, em outros, a água fria é utilizada para
arrefecer as turbinas de centrais térmicas. Muitas algas e animais marinhos são utilizados para
os mais variados fins. As algas são utilizadas na indústria de papel, fotográfica, alimentar,
farmacêutica e vinícola. Da carapaça dos crustáceos retira-se quitina, que é utilizada no
tratamento de queimaduras e reconstrução de vasos sanguíneos. Do peixe retiram-se diversos
compostos, com múltiplas aplicações desde a pintura, lubrificantes e indústria da borracha. O
oceano é fundamental para o equilíbrio ecológico do planeta, pois cerca de 70% do oxigênio
liberado para a atmosfera é produzido pelo fito plâncton durante o processo fotossintético. Os
problemas que afetam o oceano são pesca excessiva, metade da captura mundial de peixes
destinada ao consumo humano (cerca de 30 milhões de toneladas) é feita por frotas
industriais. A outra metade da captura global de peixes é feita por pescadores artesanais em
pequena escala. Com o desaparecimento dos principais predadores, dezenas de milhões de
tubarões são mortos a cada ano, costuma-se caçar os tubarões, cortar as barbatanas e lançá-los
de volta ao mar, onde morrem à míngua. Acidificação dos Oceanos, o mar absorve CO2
através de processos naturais através da combustão de combustíveis fósseis, o equilíbrio de
PH do oceano caiu tanto que vidas marinhas não conseguem suportar. Temos que retroceder
35 milhões de anos para encontrar valores equivalentes de acidez (tamanha a acidificação).
Morte dos recifes de coral, os recifes de corais têm um papel fundamental para os oceanos,
estima-se que sirvam de abrigo para dois milhões de espécies de peixes, moluscos, algas e
crustáceos. Zonas oceânicas mortas estão crescendo num ritmo alarmante, são regiões do
ANAIS – XXXFCMat

509
oceano que não suportam vida, devido à falta de oxigênio. O aquecimento global é o principal
suspeito por detrás das mudanças no comportamento do oceano que geram estas est zonas. Há
200 áreas completamente desprovidas de vida no oceano, devido à falta de oxigênio por causa
da poluição, e este número está dobrando a cada 10 anos desde 1960. Devido a essa poluição,
há mais de 250 milhões de casos de doença gastrointestinal ou respiratório, causada por
banhos em cada ano inadequado, enquanto marisco contaminado consumido causa cerca de
100.000 mortes anuais. Plásticos afetam seriamente as plantas e animais marinhos, estima-se
estima
que 50% do lixo dos oceanos são compostos por plásticos
plásticos de degradação muito lenta. Se
parássemos de jogar plástico no mar, ainda assim, o problema pode durar mil anos por causa
da degradação.

CONCLUSÕES

A acelerada deterioração dos oceanos, pelo aumento da poluição e o desaparecimento


de milhares
ilhares de espécies marinhas, coloca em perigo a vida no planeta. É preciso tomar
consciência do que se está fazendo. Costumamos pensar que os alimentos que chegam a nossa
mesa sempre estarão aí, que o clima não mudará e que se algo acontecer pode-se
pode remediar,
mas com a deterioração dos oceanos o que está em jogo é a nossa sobrevivência. O ser
humano destrói a natureza na justificativa de sobreviver, porém a natureza garante a sua
existência. Conhecendo melhor as dimensões, a importância e os problemas, o homem
h tem
obrigação de tomar medidas que garantam a sustentabilidade do meio oceânico.

REFERÊNCIAS

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<http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/saude/conteudo_263086.shtml>. Acesso: 25
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CASTRO.Eduardo.O O ceano sem Perigo


Perigo.Disponível
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ago.2014

CASTRO. Eduardo. Volume de Água dos Oceanos. Oceanos. Disponível em: <http://www.educ-
<http://www.educ
astro.net.br/2010/03/quantos-litro
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MOURA, Patrícia. Um Peixe Fora D’água.


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SILQUER, João. A Importância dos Oceanos. Disponível em:


<http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/oceanos>Acesso: 08 ago.2014

TAVARES, Fernando. Mundo dos Oceanos. Disponível em:


<http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/oceanos/> Acesso: 08 ago.2014

VIEIRA. Tereza. Profundidade Média dos Oceanos. Disponível em:


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ANAIS – XXXFCMat

511
PIROLISEMÁTICA1

HEIDRICH, Wachholz Gabriela2; KRAEMER, Lima Eduarda Maria3;


KINDEL, Guido4.

RESUMO: Os plásticos representam um grave passivo ambiental, cujo descarte incorreto atulha rios, mares, e
esgotos. Trata-se
se de um material de difícil degeneração, razão pela qual permanece intacto na natureza,
geralmente por mais de um século. Com o presente trabalho,
trabalho, queremos refletir sobre um novo modo de
reciclagem do plástico, que consiste basicamente no recolhimento dos plásticos em aterros sanitários, onde o
dano ambiental é exponencial. A pirólise é um processo de craqueamento, onde as cadeias químicas são
quebradas resultando em um processo reverso, onde o plástico se transforma em betume, diesel, querosene,
gasolina e gases.Este trabalho possui grande relevância social, pois, o plástico é derivado do petróleo, assim
como o óleo diesel, com o processo da pirólise
pirólise o óleo seria feito através do plástico, economizando assim
petróleo.O plástico está presente em embalagens, que por sua vez, estão presentes na vida das pessoas, causando
um grande acúmulo dessa matéria.

Palavras-chave: Pirólise. Craqueamento. Petróleo.


P Plástico. Matemática.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo incentivar um novo método de reciclagem de


plástico por meio da pirólise. Ao invés de descartar o plástico em aterros sanitários, o novo
método propõe a instalação de uma máquina
máquina que irá transformar plástico em óleo e gás, visto
que o plástico quando queimado neste processo não gera poluição. Neste sentido, se faz
necessário apresentar as diferenças entre o descarte atual do plástico e a transformação dele
em uma nova matéria prima.
A nova forma de descarte do plástico consiste em um melhor resultado ambiental e
na produção do óleo, assim para produzi-lo
produzi lo não será necessário utilizar mais petróleo, o que é
mais uma vantagem da máquina chamada de pirólise.
A máquina tem como objetivo
objetivo principal transformar o plástico em óleo diesel e gases
não poluentes a fim de gerar energia renovável, reduzindo os impactos ambientais.

MATERIAIS E MÉTODOS

Processo da pirólise é um processo de craqueamento,


craqueamento, onde as cadeias químicas são
quebradas resultando em um processo reverso, o plástico se transforma em: betume, diesel,
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

querosene, gasolina e gases.

A pirólise é o processo onde a matéria orgânica é decomposta após ser submetida a


condições de altas temperaturas e ambiente desprovido de oxigênio. “Apesar de sua
definição esclarecer a necessidade da inexistência de oxigênio, vários processos
ocorrem com uma pequena
pequena quantidade dele” (INFOESCOLA.com).

1
Categoria: Ensino Fundamental - Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com outras
Disciplinas; Instituição: Colégio Cenecista Nossa Senhora de Fátima – Taió.
2
Aluna expositora.
3
Aluna expositora.
4
Professor orientador, Colégio Cenecista Nossa Senhora de Fátima, guido.kindel@sesisc.org.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Neste contexto, máquina utilizada no processo da pirólise a que se refere o presente
trabalho possui três partes principais:
Corpo de Craqueamento- realiza a quebra da cadeia química do plástico, não contém
fogo, somente calor, possui a ausência de oxigênio.

A palavra craqueamento catalítico vem do fato de que esta quebra é feita por meio
de catalisadores e térmico ou pirólise, quando a quebra é feita pela ação do calor.
Desta forma, o craqueamento é um processo químico que transforma frações mais
pesadas em outras mais leves através da quebra das moléculas dos reagentes, pela
ação de catalisadores ou de calor. (http://www.ebah.com.br/).

Resfriamento de gases impede a saída de gases da máquina, impede também o


sobreaquecimento.
Área de queima- onde os gases são expelidos e onde eles são queimados, é revestido
com sílica. Nessa área é produzido calor, que pode chegar a 1200ºC na parte interna e 70ºC na
parte externa, por causa de seu revestimento, a chama na área de queima é de em média 4
metros.O plástico é levado até a parte superior do corpo de craqueamento por um elevador. É
onde começa o processo da pirólise: as cadeias químicas do plástico são quebradas e resultam
no processo reverso: a matéria prima (plástico) se transforma nas outras matérias que também
originam-se do petróleo, são elas: betume, diesel, querosene, gasolina e gases.
Assim, uma empresa X utiliza papel reciclado para produzir papelão, mas juntamente
com ele vem plástico. Durante um dia é coletado em média 6 toneladas de plástico entre eles:
polietileno, polipotileno, poliestileno, poliéster.
Importância social:O plástico é derivado do petróleo, assim como o óleo diesel. Com o
processo da pirólise o óleo seria feito a partir do plástico, economizando petróleo.
O plástico está presente principalmente nas embalagens, que por sua vez, estão
presentes na vida de todas as pessoas, isso causa uma grande quantidade de acumulo dessa
matéria.
O plástico é um tipo de polímero sintético, similar em muitos aspectos às resinas
naturais encontradas em árvores e outras plantas. A palavra polímero tem origem no
grego: poli significa muitas e mero significa parte ou unidade. Os plásticos são
produzidos a partir de monômeros, a unidade química básica que forma os
polímeros. Mono significa um, o que explica a definição de monômero como
unidade, ou parte fundamental para a existência de um polímero. Para se sintetizar
um polímero é necessário combinar muitos monômeros.
(http://www.crq4.org.br/quimicaviva_plasticos).

Mas a máquina da pirólise resolveria este problema: em vez do plástico ser


depositado em aterros sanitários ele será reaproveitado pelo processo de pirólise.

RESULTADO E DISCUSSÕES

1. A cada tonelada de plástico é necessário 2 horas para ele ser transformado em óleo e
gases. Então se a máquina é completada com 12 toneladas de plástico quantas horas será
necessário para ocorrer o processo total da pirólise?
ANAIS – XXXFCMat

513
1 tonelada = 2 horas
12 toneladas = X
X.1 = 12.2
X = 24:1
X = 24 horas.

2. Como vimos anteriormente, quando a máquina está cheia o processo demora 24 horas.
Agora, iremos calcular quanto plástico será necessário para suprir a necessidade da máquina
respectivamente em: 7 dias, 30 dias e 313 dias.

7 dias: 30 dias: 313 dias:


1 dia = 12000 Kg 1 dia = 12000 Kg 1 dia = 12000 Kg
7 dias = X 30 dias = X 313 dias = X
X.1 = 7.12 000 X.1 = 30.12000 X.1 = 313.12 000
X = 84000:1 X = 360000:1 X = 3756000:1
X = 84000 Kg X = 360000 Kg X = 3756000 Kg

3. A cada quilograma de plástico é produzido 1 litro de óleo. Agora iremos calcular a


quantidade de óleo produzido nos períodos acima.

1 dia: 30 dias:
12000 Kg de plástico = 360000 Kg de plástico =
12000 litros de óleo 360000 litros de óleo
7 dias: 313 dias:
84000 Kg de plástico = 3756000 Kg de plástico =
84000 litros de óleo 3756000 litros de óleo

4. Uma pesquisa feita em alguns mercados taioenses indica a quantidade de sacolas


plásticas que posteriormente serão descartadas pelos consumidores, mas
mas que poderiam ser
reaproveitadas no processo de pirólise.

Tabela 1.Quantidade de Sacolas Distribuídas Pelos Mercados A, B e C.

Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade


XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Mercado de sacolas de sacolas de sacolas de sacolas


por dia por semana por mês por ano
A 714 5000 20000 240000
B 928 6500 26000 312000
C 50 350 1400 16800
Fonte: Autoras.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Tabela 2. Indica o Total de Sacolas Distribuídas Pelos Mercados A, B e C Para Seus Clientes.
Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
Total de
de sacolas de sacolas de sacolas de sacolas
sacolas
por dia por semana por mês por ano
1692 X
11850 X
47400 X
568800 X
Fonte: Autoras.

5. Agora mostraremos quanto tempo estes mercados demorariam para completar a


máquina.
1 sacola = 1g
1 sacola = 0,001 Kg
1000 sacolas = 1 Kg
12000000 sacolas = 12000 Kg

Como já vimos, em 1 mês seriam descartadas um total de 47400 sacolas plásticas nos
mercados que utilizamos como base. Então quantos meses seriam necessários para completar
a máquina da pirólise?
12000000(sacolas):47400(gerado por mês) = 253 meses
253 meses:12 meses = 21anos
Ou seja, com as sacolas distribuídas pelos mercados A, B e C seriam necessários 21
anos para completar a máquina de pirólise.

6. A empresa Y utiliza uma caldeira, pois precisa de calor na produção de sua matéria.
Para abastecer essa caldeira, é necessário usar cavaco. A máquina da pirólise foi instalada e os
resultados foram surpreendentes.
A caldeira consome cerca de 83m³ de cavaco por dia, o que custa para a empresa R$ 2553,57.

Esta empresa investiu R$ 500000,00 na máquina. Calcularemos agora o tempo que


será necessário para ela ter o retorno do investimento.

Tabela 3: Indica a Economia de Cavaco Economizado se Utilizar como fonte energética o Óleo reciclado.
Quantidade de cavaco Quantidade de tempo Economia de cavaco
83m³ Dia R$ 2553,57
581m³ Semana R$ 17875,00
2324m³ Mês R$ 71500,00
27888m³ Ano R$ 858000,00
Fonte: Autoras.

Percebemos assim que o retorno do investimento virá em 7 meses do uso da máquina,


já que:
R$ 71500,00.7 = R$500500,00
ANAIS – XXXFCMat

515
7. Veremos agora a quantidade de resíduo no final da pirólise.
12000 Kg de plástico=2% de cinza
2%=240 Kg
Então cada máquina completa de plástico será gerado 240 Kg de cinza.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O plástico é tão utilizado, mas nunca foi pensado em como diluí-lo


diluí lo de forma correta e
menos prejudicial. Agora com essa nova técnica além de ajudar o meio ambiente seria
também economizado petróleo. Essa matéria tão importante para a qualidade e praticidade da
vida, é também muito importante na produção de: plástico, óleo diesel, gasolina, borracha,
entre outros, e esse é mais um motivo para ele ser economizado.
A biomassa
omassa (cavaco) que antes era utilizado em uma empresa agora poderá ser
substituída pelo gás gerado pela máquina.
Os aterros sanitários, tão prejudiciais, que antes eram muito comuns, atualmente
poderão ser substituídos por esta máquina, e atender toda uma região.
A máquina da pirólise foi criada na China com o objetivo de diminuir o impacto
ambiental causado pelo plástico, mas ela é muito importante para o mundo todo.
A pirólise futuramente poderá ser responsável por diluir todo o plástico utilizado por
todos
dos nós, por isso devemos incentivar esse investimento e auxiliar na facilidade que ela nos
proporciona.

REFERÊNCIAS

http://www.infoescola.com/reacoes quimicas/pirolise/. Acesso em: 04/06/2014.


http://www.infoescola.com/reacoes-quimicas/pirolise/.

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAyfcAF/processo-craqueamento--petroleo.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAyfcAF/processo Acesso
em: 26/05/2014.

http://www.crq4.org.br/quimicaviva_plasticos. Acesso em: 13/06/2014. XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
PROBABILIDADE1

CRUZ, Giovana da2; SOUZA, Tainara3; CARDOZO, Cinara Aparecida4

RESUMO: Ao começarmos o estudo da probabilidade, normalmente a primeira ideia que nos vem à mente é a
da sua utilização em jogos, mas podemos utilizá-lo em muitas outras áreas. Um bom exemplo é na área
comercial, onde um site de comércio eletrônico pode dela se utilizar, para prever a possibilidade de fraude por
parte de um possível comprador.As atividades desenvolvidas e descritas nesse trabalho tiveram como objetivo
maior o de despertar o interesse dos alunos pela Matemática, fazer com que eles percebessem que esta ciência
está presente em tudo, que diversos fenômenos no nosso cotidiano podem ser previstos por cálculos
matemáticos. O conhecimento das probabilidades nos dá essa preciosa ferramenta.Surpreendê-los com a
descoberta de serem capazes de controlar melhor os resultados dos eventos em suas vidas.

Palavras-chave: Conhecimento. Cálculos. Possibilidades.

INTRODUÇÃO

Algumas vezes nos questionamos o porquê de estudarmos algumas disciplinas. Essas


indagações são muito frequentes quando se trata de conteúdos matemáticos, na qual muitos
alunos não enxergam seu sentido ou significado, ou ainda não conseguem ver os fenômenos
que são regidos por essa ciência. Muitos alunos estudam a matemática pela matemática, isto
é, apenas para passar de ano.Contudo neste trabalho queremos mudar essa visão míope do
aluno, queremos dar significado e sentido para eles estudarem matemática, e também mostrar
o quão a matemática está presente em nossas vidas.
O estudo da probabilidade vem da necessidade de em certas situações, prevermos a
possibilidade de ocorrência de determinados fatos.Ao começarmos o estudo da probabilidade,
normalmente a primeira idéia que nos vem à mente é a da sua utilização em jogos, mas
podemos utilizá-lo em muitas outras áreas. Um bom exemplo é na área comercial, onde um
site de comércio eletrônico pode dela se utilizar, para prever a possibilidade de fraude por
parte de um possível comprador.
O cálculo das probabilidades pertence ao campo da Matemática, entretanto a maioria
dos fenômenos de que trata a Estatística são de natureza aleatória ou probabilística. O
conhecimento dos aspectos fundamentais do cálculo das probabilidades é uma necessidade
essencial para o estudo da Estatística Indutiva ou Inferência.As atividades desenvolvidas e
descritas nesse trabalho tiveram como objetivo maior o de despertar o interesse dos alunos
pela Matemática, fazer com que eles percebessem que esta ciência está presente em tudo, que
diversos fenômenos no nosso cotidiano podem ser previstos por cálculos matemáticos. O
conhecimento das probabilidades nos dá essa preciosa ferramenta.
O cálculo de probabilidades é utilizado em muitos ramos do conhecimento, mas
principalmente na estatística, quando se deseja fazer inferências a respeito de uma população
a partir de dados coletados numa amostra. O estudo das probabilidades despertou interesse

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Pura; Instituição: EEF Prof. Rodolfo
Fink – Vidal Ramos.
2
Aluna expositora.
3
Aluna expositora.
4
Professor Orientador, EEF Prof. Rodolfo Fink, ca_cinara@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

517
nos alunos, pois perceberam que esta parte da matemática tem aplicações notáveis em outras
ciências, além dos jogos de azar.

MATERIAL E MÉTODOS

Planejamento-Distribuição
Distribuição das equipes de trabalho e definição de normas para o bom
andamento das atividades, características dos jogos, atribuições individuais e coletivas. A
classe foi dividida em dois grupos para que observassem e manipulassem o baralho. Cada
grupo deveria embaralhar suas cartas,
cartas, retirar as bolinhas, lançar o dado e retirar uma delas
aleatoriamente. Sendo assim dada a definição de experimento aleatório e espaço amostral.
Utilizar como metodologia a concepção das sequências didáticas, agregada ao enfoque
na resolução de problemas,, envolvendo o conteúdo de probabilidade, constitui a forma de
abordagem que utilizaremos neste trabalho, pois possibilita propor tarefas e atividades que
propiciem os alunos envolvidos, a aquisição dos conhecimentos acerca do tema proposto a
partir dos pontos-chaves
chaves e, ainda, permite que os envolvidos desenvolvam habilidades
inerentes ao tema, como o entendimento da importância de cada etapa da resolução de um
problema probabilístico, desde a coleta, o tratamento dos dados, a análise, a interpretação das
informações
nformações adquiridas através da experimentação ou mesmo da observação de eventos
parecidos, a escolha da estratégia de resolução adequada, a interpretação da solução
encontrada e a tomada de decisões a partir das soluções.
Além disso, escolhemos trabalhartrabalhar neste projeto com situações-problema
situações
contextualizados, em sua maioria, uma vez que a resolução de problemas é uma importante
estratégia de ensino. A probabilidade é uma área da matemática que estuda as chances de algo
ou fenômeno acontecer ou se repetir.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A palavra probabilidade deriva do Latim probare (provar ou testar). Informalmente,


provável é uma das muitas palavras utilizadas para eventos incertos ou conhecidos, sendo
também substituída por algumas palavras como “sorte”, “risco”, “azar”, “incerteza”,
“duvidoso”, dependendo do contexto. A história da teoria das probabilidades, teve início com
os jogos de cartas, dados e de roleta. Esse é o motivo da grande existência de exemplos de
jogos de azar
ar no estudo da probabilidade. A teoria da probabilidade permite que se calcule a
chance de ocorrência de um número em um experimento aleatório.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

A probabilidade é o ato de atribuirmos pesos aos eventos. Entretanto, para que cada
um não defina probabilidade de sua forma, vamos exigir que esta função peso tenha algumas
propriedades intuitivas. Quando lançamos uma moeda não hesitamos em associar
probabilidade para o evento "cara" e também para o evento "coroa". Da mesma
forma, quando lançamos moeda vezes todos os possíveis resultados deste experimento
tem a mesma probabilidade.
Espaço Amostral: É o conjunto de todos todos os resultados possíveis de ocorrer neste
experimento.No
No experimento aleatório "lançamento de uma moeda" temos o espaço
amostral{cara, coroa}; No experimento aleatório "lançamento de um dado" temos o espaço

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
amostral {1, 2, 3, 4, 5, 6}; No experimento aleatório "dois lançamentos sucessivos de uma
moeda" temos o espaço amostral :
Evento: A ocorrência de um fato de um espaço amostral é um evento.
Experimento Aleatório: Constituem situações onde os acontecimentos possuem
variabilidade de ocorrência.
Atividades feitas em sala.
1) Uma caixa contém 3 bolas azuis, 5 bolas vermelhas e 2 bolas amarelas. Retirando ao
acaso, qual é a probabilidade?
a) Ser bola azul? c) Não ser bola amarela?
3 = 30% 4 = 80%
10 5
b) Não ser bola azul? d) Ser bola amarela ou vermelha?
7 = 70% 7 = 70%
10 10

2) Qual é a probabilidade de retirar uma carta de um baralho de 52 cartas e obter:


a) Uma carta de copas? c) Um ás de copas?
13 = 1= 25% 1 = 1,9%
52 4 52
b) Um ás? d) Uma carta com naipe vermelho?
4 = 1 = 7,7% 26 = 1 = 50%
52 13 52 2

3) No lançamento de um dado perfeito, qual é a probabilidade de que o resultado seja um


numero:
a) Ser um número par? c) Menor que 3?
3 = 1 = 50% 2 = 1 = 33,33%
6 2 6 3
b) Um número primo? d) Divisor de 6?
3 = 1 = 50% 4 = 2 = 50%
6 2 6 3

Tabela 1. Alguns possíveis resultados estudados em sala.


ESCOLHAS POSSVEIS
BOLAS AZUIS VERMELHAS AMARELAS
SER 3/10 = 30% 5/10 = ½ = 50% 2/10 = 1/5 = 20%
NÃO SER 7/10 = 70% 5/10 = ½ = 50% 8/10 = 4/5 = 80%
TOTAL 10/10 = 1 = 100% 10/10 = 1 = 100% 10/10 = 1 = 100%

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo das probabilidades despertou interesse nos alunos, pois perceberam que esta
parte da matemática tem aplicações notáveis em outras ciências, além dos jogos de azar que
historicamente impulsionaram o desenvolvimento da Teoria das probabilidades. O ensino de
Matemática apresenta ter mais significado do que aquele ensino caracterizado como
ANAIS – XXXFCMat

519
"matemática pela matemática". Quando um objeto de estudo apresenta um significado ou seu
aprendizado passa a fazer sentido, há uma maior motivação por parte dos alunos em estudá-lo.
estudá
O aluno pode perceber que as disciplinas, ou em um âmbito mais geral, as ciências se
relacionam. Dessa maneira conseguimos perceber que podemos criar situações de
aprendizagem que superaram aquele ensino tradicional-clássico
tradicional clássico caracterizado por ser
segmentado que inibe a visão dos
dos alunos a tornando míope, onde eles conseguem enxergar as
partes, mas não o todo formado por elas.
Optamos por trabalhar com as situações didáticas, entendendo-as
entendendo como uma
modalidade de ensino na qual o percurso que nos conduz a definição dos conceitos de
probabilidade é desenvolvido utilizando-se
utilizando de atividades ou situações-problema
problema em torno do
objeto do saber e de condições cotidianas.A
cotidianas.A probabilidade vem da necessidade de em certas
situações, prevermos a possibilidade
possibilidad de ocorrência de determinados fatos.
Dessa maneira, as atividades que aqui foram desenvolvidas caracterizam uma
sequência de ensino, em que o professor conduz as etapas em conjunto com os alunos, ora
reagindo como observador, ora como mediador e ainda, em em alguns momentos, como
personagem central, do qual se extrairá o conhecimento necessário.

REFERÊNCIAS

http://idmaaapereira.blogspot.com.br/2013/11/projeto-jogos-e-probabilidade.html:>
http://idmaaapereira.blogspot.com.br/2013/11/projeto probabilidade.html:> acesso
em 04 agosto de 2014.

http://www.matematicadidatica.com.br/ProbabilidadeConceitos.aspx:>
http://www.matematicadidatica.com.br/ProbabilidadeConceitos.aspx:> acesso em 04 agosto
de 2014.

http://www.brasilescola.com/matematica/probabilidade-um-evento-complementar.htm
http://www.brasilescola.com/matematica/probabilidade complementar.htm:>
acesso em 04 agosto de 2014.

http://www.somatematica.com.br/emedio/probabilidade.php :> acesso em 04 agosto de 2014.


201

http://pt.wikipedia.org/wiki/Probabilidade :> acesso em 04 agosto de 2014.

http://www.matematicadidatica.com.br/ProbabilidadeConceitos.aspx :> acesso em 04 agosto


de 2014.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

http://www.brasilescola.com/matematica/probabilidade.htm acesso em 04 agosto de 2014.


http://www.brasilescola.com/matematica/probabilidade.htm:>

DANTE, Luiz Roberto; Tudo é Matemática. São Paulo: Ática, 2011.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
PROBABILIDADE: CONSIDERANDO O ACASO NA TOMADA DE
DECISÕES1

RAULINO, Nathali2; WESOLOWSKI, Nathália3; SANTOS, Roni Carlos Silveira dos4.

RESUMO: Nosso projeto aborda atividades significativas para o estudo da Probabilidade, com o objetivo de
compreender sua importância, relacionando eventos aleatórios, acaso e raciocínio lógico para tomadas de
decisões cotidianas. Para seu desenvolvimento mobilizamos pesquisa da história e curiosidades, determinação da
probabilidade de alguns eventos e comprovação por experimentação, elaboração de gráficos, estudo da Curva
Normal, elaboração de sínteses e socialização das aprendizagens. Com esse trabalho houve maior compreensão
sobre eventos aleatórios, espaço amostral e probabilidade. Para a determinação do número do espaço amostral os
alunos perceberam a importância dos procedimentos de princípios fundamentais de contagem. Percebemos que o
estudo da estatística como forma de registrar resultados dos experimentos, bem como explicar distribuições a
partir de médias de resultados, aconteceu de forma significativa. Portanto nosso trabalho contribuiu para a
aprendizagem matemática, repensando a prática e apontando algumas sugestões metodológicas para o estudo da
probabilidade em sala de aula no ensino fundamental.

Palavras-chave: Probabilidade. Curva de Gaüss. Estatística.

INTRODUÇÃO

Ao analisar o risco ou a chance de certos eventos acontecerem, poderemos nos


posicionar com maior segurança na tomada de decisões. Decisões estas que aparecem em
nosso cotidiano, em políticas públicas, na área da saúde, indústria e em muitas outras
situações onde saber a possibilidade de ocorrência é imprescindível para avaliarmos nossas
atitudes e planejamentos.
Conhecendo a probabilidade de um evento ocorrer poderemos mudar nossa postura ou
recorrer a métodos que aumentem a chance de algo bom acontecer ou diminuam a chance de
algo ruim afetar nossa vida, seja do ponto de vista individual ou coletivo. Compreender que
resultados aleatórios obedecem ao acaso e podem ser antecipados mas não garantidos, é um
ganho importante para a formação do aluno. As inferências que nos permitem este estudo
colaboram para a aprendizagem.
Em nosso trabalho estudaremos a probabilidade e testaremos os resultados
experimentando diversas situações como: jogos com dados, jogos de cartas, dominó,
levantamento de dados em nossa escola e os tradicionais jogos de loteria que temos em nossa
sociedade. Também analisaremos algumas probabilidades curiosas como a chance de
ocorrência de alguns acidentes, desenvolver alguma doença ou incidência de descargas
elétricas (relâmpagos).
Para uma aprendizagem significativa trabalharemos com pesquisa, linguagem gráfica
para demonstrar ou analisar dados e testaremos a teoria com a prática, através da
experimentação e simulação, usando equipamentos como calculadoras e planilhas eletrônicas.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EMEF Max Schubert – Jaraguá do Sul.
2
Aluna do 9º ano – Ensino Fundamental da EMEF Max Schubert, esc.maxs@terra.com.br.
3
Aluna do 9º ano – Ensino Fundamental da EMEF Max Schubert, nathywsl@gmail.com.
4
Professor Orientador, EMEF Max Schubert, ronidossantos@brturbo.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

521
MATERIAL E MÉTODOS

Nosso trabalho seguirá uma sequência didática abaixo descrita, pensada para favorecer
e agregar significado no ensino e na aprendizagem do conteúdo “Probabilidade”.
• Introdução e motivação para o projeto: apresentação dos objetivos e leitura
sobre curiosidades envolvendo probabilidades.
xperimento, Evento e Probabilidade: explorar atividades práticas
• Estudo sobre Experimento,
para lançamento de moedas e dados, nas quais os alunos anotarão o resultado da
experiência e confrontarão com a teoria.
• Compreensão do princípio fundamental da contagem e determinação do
númeroro do espaço amostral: desenvolvimento de atividades envolvendo
determinação do número de combinações, anagramas, senhas, entre outros, para a
compreensão e utilização do princípio fundamental da contagem, mais
especificamente, o uso do método multiplicativo.
multiplicati
• Estudo de probabilidades: resolução de problemas e determinação de
probabilidades discutindo-se,
discutindo em cada caso, o tipo de evento.
• Estudo de probabilidade de subtemas em pequenos grupos: grupos: os alunos divididos
em pequenos grupos e escolherão um jogo ou situação
situação para estudar de maneira
mais específica e criteriosa, as probabilidades envolvidas. Esta atividade será
desenvolvida com pesquisa e construção de maquetes ou instalações que promovam
a melhor apresentação das ideias relevantes ao tema.
• Pesquisa sobre a história do desenvolvimento da Probabilidade: levantamento
de informações sobre a história da probabilidade, bem como seus principais
personagens e desenvolvimento matemático.
Gauss:estudo das concepções básicas sobre a Curva de
• Estudo sobre a Curva de Gauss:estudo
Gauss,
auss, construiremos uma plataforma utilizando chapa de madeira com pregos para
simulação da curva e aplicaremos tais conhecimentos para conclusões nos dados
obtidos em levantamento da massa das mochilas e dos alunos (parceria com a
disciplina de Educação Física).
F
• Apresentação e socialização: cada equipe organizará um espaço com suas
maquetes ou instalação e apresentará aos demais alunos sua aprendizagem.

Um momento muito rico deste trabalho, citado no quinto item descrito acima,
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

caracteriza-se por pesquisaa e experimentação em pequenos grupos. A turma será dividida em


equipes, com no máximo quatro alunos, que deverão pesquisar história, curiosidades, regras e
montar um estudo probabilístico que deverá ser posto à prova executando o evento um
número “grande” de vezes e comparando-o
comparando o ao resultado da razão entre o número do evento e
o número do espaço amostral, sendo n um número “grande” de experimento.
Os subtemas estudados serão os seguintes: baralho; dominó; dado; Mega Sena;
Paradoxo de Monty Hall; Curva de Gauss.
Os alunos deverão pesquisar e produzir textos sobre: história, curiosidade e regras
sobre seus subtemas. Também deverão verificar as principais probabilidades, testando na
prática os eventos envolvidos.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Desta atividade será organizada uma socialização em forma de estandes. Cada equipe
deverá planejar um espaço de apresentação incluindo maquete ou instalação que favoreça a
demonstração e relação entre teoria, prática e acaso do seu subtema.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para alcançarmos os objetivos do trabalho, é importante nos apoiarmos em


fundamentação teórica, passando por história e contexto, definições importantes e
determinação da probabilidade.
A história aponta o desenvolvimento da probabilidade com os jogos de azar na idade
média. Os jogos eram muito comuns entre a alta sociedade da época e constituíam-se de
apostas.O desenvolvimento da probabilidade é atribuido a vários matemáticos, como aos
algebristas italianos Pacioli, Cardano e Tartaglia, no século XVI . Outros matemáticos
contribuíram para o aprimoramento desta área da matemática, entre os quais podemos citar:
Blaise Pascal (1623 – 1662), Pierre de Fermat (1601 – 1655), Jacob Bernoulli (1654 – 1705),
Pierre Simon Laplace (1749 – 1827), Carl Friedrich Gauss (1777 – 1855) e Lenis Poisson
(1781 – 1840).
Segundo Noé, da Equipe Brasil Escola, as teorias do cálculo das probabilidades e da
análise combinatória foram estabelecidas por Pascal e Fermat, estudando as situações de
apostas nos jogos de dados. Os avanços destes dois matemáticos marcou o início da teoria das
probabilidades como Ciências. As contribuições de Bernoulli enfatizaram os grandes
números, abordando as Combinações, Permutações e a Classificação Binomial. Laplace
formulou a regra de sucessão e Gauss estabelecia o método dos mínimos quadrados e a Lei
das Distribuições das Probabilidades.
Atualmente, os estudos relacionados às probabilidades são utilizados em diversas
situações, pois possuem axiomas, teoremas e definições bem contundentes. Sua principal
aplicação diz respeito ao estudo da equidade dos jogos e dos respectivos prêmios, sendo sua
principal aplicação destinada à Estatística Indutiva, na acepção de amostra, extensão dos
resultados à população e na previsão de acontecimentos futuros.
Abaixo citamos definições importantes para o estudo da probabilidade.

Experimentos aleatórios: São experimentos que, ocorrendo nas mesmas condições


ou em condições semelhantes, podem apresentar resultados diferentes a cada ocorrência,
mesmo previsíveis, obedecendo ao acaso.

Espaço amostral: é o conjunto de todos os resultados possíveis em um experimento


aleatório.Representamos um espaço amostral, ou espaço amostral universal como também é
chamado, pela letra S. No exemplo do lançamento de um dado o espaço amostral pode ser
descrito por: S= {1; 2; 3; 4; 5; 6}.
Evento: é um subconjunto do espaço amostral, um fato ou dos resultados em um
experimento aleatório.No exemplo do lançamento do dado, cujo espaço amostral é S = {1; 2;
3; 4; 5; 6}, podemos citar um evento A: resultado par. Então o evento seria A = {2; 4;
6}.Classificamos os eventos, de acordo com sua natureza, em: simples; certo; impossível;
ANAIS – XXXFCMat

523
união; intersecção; mutuamente exclusivos e complementar. Na tabela a seguir
identificaremos suas diferenças.

EVENTO SIMPLES Quando o evento é formado


ormado por apenas um elemento do espaço amostral.
Quando um evento representa todos os elementos do espaço amostral
EVENTOCERTO
dizemos que é certo, pois a chance de sair tal resultado é de 100%.
Quando o evento é representado por conjunto vazio, ou seja, não pode
EVENTO MPOSSÍVEL
acontecer, classificamos como impossível.
Quando temos dois eventos de um mesmo espaço amostral ligados pelo
EVENTOUNIÃO
conetivo “ou” temos a situação de evento união.
Quando temos dois eventos de um mesmo espaço amostral ligados pelo
EVENTO INTERSECÇÃO conetivo “e” temos a situação de evento intersecção com apenas os
elementos comuns a estes dois eventos.
Quando dois eventos de um mesmo espaço amostral não possuem
EVENTOS MUTUAMENTE
elementos em comum em seus conjuntos dizemos que são mutuamente
EXCLUSIVOS
exclusivos.
Esse tipo de evento ocorre quanto os elementos de seu conjunto junto aos
EVENTO COMPLEMENTAR
elementos de outro evento formam o conjunto do espaço amostral.

A probabilidade de ocorrer um evento é dada pela razão entre o número do evento e o


número do espaço amostral. A probabilidade sempre será um número entre zero e um, ou
seja: será um número entre nenhuma e sempre.
Sendo um evento A, podemos determinar a probabilidade de sua ocorrência pela
fórmula a seguir:

Representamos probabilidades por frações, mas também podemos representá-las


representá por
números decimais, ou até mesmo por porcentagens.

CONCLUSÕES

O conteúdo de probabilidade tem importante papel no desenvolvimento do raciocínio


lógico. Atualmente não podemos admitir apenas o estudo de gráficos como objetivo e ação
didática. É imprescindível trabalhar estatística e probabilidade, pois esta última contribui
con de
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

maneira significativa para a estatística indutiva proporcionando tomadas de decisões ao


analisar o erro e a chance de um evento ocorrer.
Inferir na linguagem estatística é generalizar. Para tanto se faz importante o papel da
probabilidade, bem como omo os princípios fundamentais da contagem e análise combinatória para
compreender fenômenos com respostas previsíveis, mas não certas.
Percebemos que deveriam ser proporcionados maiores momentos para o estudo
estatístico e probabilístico nas escolas. Em muitos casos isto se deve a falta de materiais,
sejam eles didáticos prontos ou criados pelo professor.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Assim nosso trabalho contribui para a aprendizagem matemática repensando a prática
e apontando algumas sugestões metodológicas para o estudo da probabilidade em sala de aula
no ensino fundamental.

REFERÊNCIAS

DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contextos e aplicações. São Paulo: Ática, 2010.

Marcos Noé. História da Probabilidade. Disponível em:


http://www.brasilescola.com/matematica/historia-probabilidade.htm. Acesso em 12 de março
de 2014.

PAIVA, Manoel. Matemática, volume único. São Paulo: Moderna, 2005.

SCHERER, Suely. Estatística Aplicada à Educação. Centro Universitário de Jaraguá do Sul


– Jaraguá do Sul: UNERJ, 2004.

Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática /


Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998.

SOUZA, Joamir Roberto de. Novo olhar matemática. São Paulo: FTD, 2010.
ANAIS – XXXFCMat

525
PROPORÇÃO DE RESÍDUOS1

BORTOLOTI, Amanda Müller2; FERREIRA, Daniela Campregher3; DEUCHER, Osvaldo4.

RESUMO:: A matemática é uma ciência muito utilizada no nosso cotidiano. Em suas diversas atividades, os
seres humanos produzem grande quantidade de lixo e na atualidade é indispensável que o ser humano tenha
consciência dessa quantidade de lixo que produz, bem como
como o destino adequado a dar a ele. Nosso trabalho tem
como objetivo introduzir a matemática com problemas de nosso dia-dia,
dia dia, como os resíduos. Utilizando em sua
base a proporção, coletamos dados de nossa escola e de nosso município sobre a coleta de materiais
materia recicláveis,
chegando a conclusão de que ainda está pouco o arrecadamento e a colaboração das pessoas. Além da proporção,
adicionamos gráficos, porcentagens e cálculos simples para mostrar a quantidade de resíduos arrecadados.
Trabalhamos com tampinhas para dinamizar e demonstrar de forma impactante o quão pouco é colaborado com
o projeto de nosso município e de nossa escola. Nosso objetivo final é a conscientização para com o meio
ambiente e o destino certo de nossos resíduos.

Palavras-chave: Proporçãoo de materiais recicláveis. Conceitos de fatores.

INTRODUÇÃO

Para facilitar a compreensão dos fatos que se sucedem, ao longo de nossas vidas é a
compreensão de muitas coisas relacionadas a natureza é que precisamos fazer uso da
matemática como ferramentaa de trabalho para solucionar problemas do dia a dia.
A Matemática é uma ciência que pode facilitar o ser humano a adicionar, diminuir,
multiplicar e dividir elementos. E dentre as áreas diversas de ensino ela permite que se
aprenda, lendo, escrevendo em diversos momentos de aprendizagem, resolvendo cálculo.
Em suas diversas atividades, os seres humanos produzem grande quantidade de lixo. O
destino do lixo, seja urbano, agrícola, industrial entre outros representa um dos graves
problemas do mundo atual. Existem
Existem soluções para dispor o lixo de maneira mais adequada,
mas que dependem do engajamento das pessoas e das políticas públicas.
De acordo com a afirmação de D'Ambrósio “Essa visão da dimensão educacional não
tem como proposta anular a Matemática científica,
científica, muito menos menosprezá-la.
menosprezá A
Etnomatemática não substitui conhecimentos produzidos por gerações de pensadores, mas
incorpora a esses valores legados à humanidade significados práticos (D ‘AMBROSIO,
2005a).
Para se trabalhar a Etnomatemática como ação ação pedagógica, é essencial ― […]
libertar-se
se do padrão eurocêntrico e procurar entender, dentro do próprio contexto cultural do
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

indivíduo, seus processos de pensamento e seus modos de explicar, de entender e de se


desempenhar na sua realidade. (D ‘AMBROSIO, 2002, p. 11).
Nossa escola possui o projeto Troque, Ganhe e Ajude onde a comunidade escolar é
convidada quinzenalmente a trazer resíduos de suas casas. Na escola o mesmo é separado e
vendido. O dinheiro arrecadado é utilizado para andamento dos projetos escolares, mas o foco
principal é fazer com que as famílias adquiram o hábito de reciclar dando destino correto ao
lixo.
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com outras
Disciplinas; Instituição: EMEF Anna Töwe Nagel – Jaraguá do Sul.
2
Aluna expositora, annatn@terra.com.br.
3
Aluna expositora, annatn@terra.com.br.
4
Professor Orientador, EMEF Anna Töwe Nagel, odeucher@terra.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Em nosso município acontece o projeto Recicla Jaraguá, realizado pela Prefeitura de
Jaraguá do Sul e Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (FUJAMA) que visa: reduzir as
despesas com a logística da reciclagem revertendo os recursos em benefícios a população;
reduzir a exploração de novos recursos naturais, diminuindo o impacto ambiental; aumentar a
vida útil dos aterros sanitários entre outros objetivos.
Começamos a realizar as pesquisas e reunir dados sobre os projetos “Troque, Ganhe e
Ajude” e “Recicla Jaraguá”. Após a coleta de dados passamos a confrontá-los, sendo que após
a análise dos mesmos decidimos, com os dados em mãos aplicar as proporções matemáticas.
A síntese dos dados coletados foi distribuída na produção de gráficos com a utilização
do editor Libre OfficeCálc., dando continuidade ao nosso trabalho arrecadamos tampinha de
garrafa pet e elaboramos um cartaz representando a proporção.
Visamos definir métodos matemáticos e demonstrar de uma forma peculiar as
proporções apresentadas, enfatizando também a porcentagem.
Com o estudo realizado sobre os projetos “Troque, Ganhe e Ajude” da escola e
“Recicla Jaraguá” da prefeitura municipal constatamos com o auxílio das proporções
matemáticas a importância de mostrar a comunidade o quanto eles podem ajudar trazendo
seus resíduos contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida.

MATERIAL E MÉTODOS

Nossa escola desenvolve constantemente projetos de ensino e de aprendizagem e


participa de feiras escolares. Naquela semana acontecia o projeto de reciclagem da escola,
observamos muitas famílias trazendo reciclagem, então tivemos a ideia proporção x resíduos.
Iniciamos o trabalho coletando dados na secretaria da escola como: quantidade de
quilos, número de alunos que trazem resíduos, quanto é pago por quilo ou peça, enfim, tudo o
que envolvia o projeto. Da mesma forma fizemos a pesquisa com o que acontecia no
município de Jaraguá do Sul, sobre o projeto Recicla Jaraguá.
Com essa coleta de dados foi aplicado com os alunos os cálculos de
proporcionalidade, razão, porcentagem e média aritmética e construção de tabelas e gráficos.
Utilizando o net no programa Libre OfficeCálc. elaboramos os gráficos referente aos dados
coletados.
Fizemos uso de cartolinas, diversos papéis, tampinhas de garrafas pet, tintas e
montamos os gráficos para análise, trabalhamos porcentagem, tabelas e usamos bastante os
computadores para tabelar as informações.
No dia 20 de agosto de dois mil e catorze um grupo de alunos foi até a Prefeitura
Municipal de Jaraguá do Sul, conhecer o FUJAMA (Fundação Jaraguaense do Meio
Ambiente) órgão responsável pela reciclagem do município e pesquisar o projeto Recicla
Jaraguá. No retorno em sala de aula usamos os dados coletados para aperfeiçoar nossos
gráficos e tabelas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para facilitar a compreensão da matemática utilizada ao longo de nossa vida, se faz


necessário relacioná-la com situações deparadas constantemente no cotidiano. Poucos
ANAIS – XXXFCMat

527
argumentos são necessários para convencer as pessoas sobre a importância fundamental da
compreensão dos conceitos matemáticos, para solucionar problemas do dia a dia. É
importante que o indivíduo perceba que como ele necessita da linguística
linguística para falar o idioma,
ele necessita da matemática para relacionar-se
relacionar se não somente com conteúdos formais da escola,
mas também como questões práticas do meio em que vive. Temos como simples, mas grande
exemplo o lixo.
Pois, é sabido por todos que o destino
destino do lixo seja urbano, industrial, representa um
dos graves problemas para a sociedade contemporânea. Porém para resolver o problema,
depende do envolvimento da comunidade em bem das políticas públicas. É com esse intuito
que a EMEF Anna Töwe Nagel há anos desenvolve o projeto “Troque, Ganhe e Ajude” nesse
projeto a comunidade escolar participa quinzenalmente, selecionando os tipos de lixos. Na
escola o mesmo é separado (papéis, vidros, plásticos, alumínio, ferro) e vendido para a
empresa: Jordan Sucata.. O dinheiro arrecadado é utilizado para desenvolver outros projetos
em benefício da escola. Porém, o foco idealizado é oportunizar as famílias a se conscientizar e
tornar hábito reciclar o seu lixo dando um destino final correto para o mesmo.
Durante essese processo analisamos como as pessoas ainda tem dificuldade e falta de
conhecimento em relação a preservação do meio ambiente. A matemática é vista como vilão e
a grande maioria não consegue relacioná-la
relacioná com o dia a dia.
Os gráficos nos mostram como é pequena
pequena a quantidade de resíduos arrecadadas em
relação ao número de pessoas. O valor pago pelos resíduos é pouco o que também desmotiva
as pessoas a reciclarem.
Ao fazermos a leitura dos gráficos elaborados constatamos que ainda é pequena a
quantidade de resíduos
esíduos arrecadadas em nossa comunidade escolar em relação ao número de
pessoas que trazem material reciclável.
Um outro fator que demonstra é o pouco valor pago pelos resíduos.
Percebemos que existem formas fáceis de aprender a matemática, que é possível
relacionar com tudo o que fizemos então precisamos usar mais, fazer mais e tentar torná-latorná
acessível para todos.

Gráfico em toneladas - Jaraguá do Sul


XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Gráfico em preço - Empresa pagante

CONCLUSÕES

Este trabalho mostra como é importante o uso da matemática para cálculos do nosso
cotidiano. Como através de pesquisas, gráficos e cálculo simples podemos mostrar e
convencer as pessoas a terem mudanças de hábitos.
Ao término deste trabalho constatou-se que a maioria das pessoas ainda tem
dificuldade e falta de consciência da necessidade de reciclar. Percebeu-se a falta de
conhecimento em relação a necessidade de reciclar, como uma forma de preservar o meio
ambiente. Durante a Feira de Matemática Municipal, os alunos constataram que a matemática
é vista como um vilão e a grande maioria desconhece a aplicação da matemática no meio em
que vive.
A leitura do gráfico demonstrou aos alunos, que ainda é muito pequena a quantidade
de família que faz essa reciclagem, comparada ao número de alunos matriculados nessa
escola.
No final do trabalho consideramos que a matemática é útil, indispensável e esta
inserida no contexto econômico, social e político do indivíduo.
O trabalho também mostra que a proporção pessoas x produção de resíduos ainda é
muito grande. Precisamos com urgência investir em mais conscientização e busca de parcerias
com as famílias e empresas da comunidade, bem como do aperfeiçoamento das ações das
políticas públicas, melhorando assim a qualidade de vida, consequentemente preservando o
meio ambiente.

REFERÊNCIAS

D'ANBRÓSIO, Nicolau; D'ANBRÓSIO Ubiratan. Matemática Comercial. Companhia


Editorial Nacional. São Paulo, SP, 1980.

DANTE, Roberto Luiz. Projeto Telaris: Matemática 1. ed. São Paulo: Ática, 2012.

http://alexandria.ppgect.ufsc.br/files/2012/03/Eliane.pdf
ANAIS – XXXFCMat

529
REGULARIDADES E IRREGULARIDADES NA CONSTRUÇÃO DE
SEGMENTOS DE RETA NA ROBÓTICA1

GONÇALVES, Andrei Durval2; OLIVEIRA de, Jean3; ARAGÃO, Franciella4.

RESUMO: O presente trabalho objetivou determinar a existência de regularidades e irregularidades entre os


segmentos de retas traçados com os RCXs e NXTs na construção dos Buggys e robôs NXTs verificando a
relação entre os espaços e trajetórias percorridos. Para isto fez-se
se estudos da 2ª Lei de Newton, geometria
analítica, cinemática e tecnologia na programação dos robôs, utilizando os sistemas Linux, Windows e Android
dos aparelhos de tablets, celulares, notebooks e computadores da escola, calculando e registrando
regi os segmentos
de reta programados em determinados tempos e espaços, observando que existem irregularidades na
programação do RCXs, como complemento foram construídos Tiranossauros Rex e outros, para provar
irregularidades, enquanto que na programação
programação dos NXTs, desconsiderando os fatores de influência externa pode-
pode
se afirmar que existem regularidades no programa com sensores infra-vermelho
infra vermelho provando através de cálculos e
experiências as variáveis analisadas.

Palavras-chave:: Tecnologia. Robótica. Segmentos


Se de reta.

INTRODUÇÃO

O crescente aumento das tecnologias vem chamando a atenção de todos que estão
inseridos nesta realidade, nos proporcionando novos horizontes, nós seres humanos estamos
vivendo na era digital, fazendo parte de um mundo pós-moderno,
pós derno, sendo indispensável a
tecnologia no cotidiano: como nos bancos, indústrias, mercados, escolas. Para isso, é preciso
aceitar as mudanças, entender e descobrir o funcionamento dos objetos de aprendizagem e a
relação com o mundo real. O projeto regularidades
regularidades e irregularidades na construção de
segmentos de retas na robótica desenvolvido na disciplina de Matemática em parceria com o
Laboratório de Informática trás para nós, métodos diferentes de aprender a matemática no
cotidiano, trabalhando a prática e buscando soluções tanto na matemática, quanto na vida real.
O projeto foi realizado em equipes com quatro alunos cada, havendo assim interação de todos
os membros: líder, programador, construtor e organizador.
O Projeto analisou desafios e buscou práticas para solucionar problemas como adaptar
peças do Lego ou programar de um outro modo o robô, para buscar o objetivo que se quer
alcançar, as equipes tiveram que repensar sua prática e construir novas formas de ação que
permitiram não só lidar com essa nova realidade, como também construí--la, “... não se trata,
portanto, de fazer alunos especialistas em informática, mas de criar condições para que se
apropriem dentro do processo de construção de sua competência, da utilização gradativa dos
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

referidos recursos informatizados...” (Fróes, acesso in 2008).

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Regente Feijó – Lontras.
2
Aluno Expositor, andreidgoncalves@gmail.com.
3
Aluno Expositor, jeeandeoliveira@hotmail.com.
4
Professora Orientadora, EEB Regente Feijó, franciellathiago@hotmail.com.
franciellathiago@hotma

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Figura 1 – Ilustração das maletas dos RCXs e Nxts do LEGO ZOOM

Fonte: 8ª séries 1 e 2. E.E.B. “Regente Feijó” - Lontras/SC. (2014)

Os mindstorms for schools nada mais são do que caixas contendo 833 peças (caixa
verde) e 437 peças (caixa branca). A caixa verde contém uma peça chamada RCX (1.0), que
faz a conexão com o programa do Linux educacional, são necessários 6 pilhas AA
recarregáveis com uma potência total de 9v. A caixa branca contém uma peça chamada NXT
(2.0), esta funciona com 6 pilhas AA recarregáveis ou bateria de 10v, contém sensores de
toque, luz, som, infra vermelho reconhece as cores branco e preto, pode ser usado no
Windows (via blutoo) ou em tablets, celulares desde que seja baixado no programa Android
NXT remote Control, através do aplicativo play store, controlando-se os movimentos do robô.
Programa-se também no próprio robô ou em programas do NXT.
A robótica está cada vez mais presente em nosso cotidiano, tem sido utilizada nas
escolas, em cursos de automação, favorecendo o entendimento do concreto, da realidade,
através do objeto de aprendizagem, instigando a criatividade, o desenvolvimento intelectual e
o trabalho em equipe.

A robótica educacional é uma excelente ferramenta para a escola promover a


integração de conhecimentos, criando um ambiente, de aprendizagem em que o
conhecimento surge da necessidade de resolver desafios e situações-problemas. E o
robolab é a melhor maneira de se entrar no maravilhoso mundo da robótica. (LEGO
ZOOM, 2008).

Segundo a revista LEGO ZOOM, o robolab é um novo desafio para nós enquanto seres
humanos, pois está cada vez mais presente em nossas vidas. Para nós o desafio maior foi
buscar regularidades nos espaços percorridos que foram medidos, uma vez que as
irregularidades são mais notáveis, provando através da prática e de experimentos.

Acredito que o filme cinematográfico destina-se a revolucionar nosso sistema


educacional e que em poucos anos suplantará ampla, se não inteiramente, o uso dos
livros didáticos. A educação do futuro será conduzida através do filme
cinematográfico, uma educação visual, em que deveria ser possível obter cem por
cento de eficiência.( Thomas Edison. 1922).

O inventor americano Thomas Edison exaltou em termos grandiosos, mas muito


familiares, o potencial educacional da nova tecnologia da mídia de seu tempo. Os
historiadores educacionais Tyack e Cuban (1986), também escreveram sobre a tecnologia nas
escolas afirmando mudanças.
ANAIS – XXXFCMat

531
MATERIAL E MÉTODOS

O projeto foi aplicado com as 8ª séries 1 e 2, a última turma da grade série, no


períodos matutino e vespertino. São equipes formadas no início por afinidades, com quatro
integrantes
ntegrantes por equipes que trocavam suas funções a cada aula, inclusive houve a troca de
algumas equipes. Para a realização da prática as equipes foram compostas com 4 integrantes:
Líder, Construtor, Programador e Organizador.
Para a prática das aulas utilizou–se
uti se caixas conhecidas como maletas verdes e brancas,
revistas de montagem da LEGO ZOOM, CDs de instalação, cópia da programação do RCX,
celulares com Sistema Andróid, Tablets, Computadores com os programas do Linux,
aplicativos com play store pra baixar
baixar programas, pilhas e baterias recarregáveis com potência
de 9v. Primeiramente os educandos receberam orientação do manuseio e cuidado do material
do LEGO, conferência das peças, revista de montagem dos modelos construídos e utilizados
no decorrer do projeto
eto e preenchimento de fichas. Num segundo momento assistiram a um
vídeo “Acima dos Limites” em parceria com outros professores, em sala de aula tivemos uma
conversa sobre pequenas intenções, simples gestos e esforços, que fazem a diferença na vida,
principalmente
ipalmente quando acreditamos que é possível. Tornou–se
Tornou se familiar o contato com as
peças, o manuseio e o conhecimento científico de identificação dos mesmos.
As aulas de Robótica envolveram a disciplina de matemática e o laboratório de
informática na análise específica de retas e segmentos de retas, geometria analítica e Vm dos
Buggys, gráficos SxT. Foram realizadas medições com programas no Linux com os Buggys
nas oito (8) marchas e tempos de um (1) a três (3) segundos, medindo o percurso do carrinho
e anotando as observações, provou-se
provou se que existem irregularidades nos segmentos de retas dos
RCXs conforme a figura 2.

Figura 2 –Ilustração
Ilustração dos testes realizados na comprovação de irregularidades dos segmentos de retas.

Fonte: 8ª séries 1 e 2. E.E.B. “Regente Feijó” - Lontras/SC. (2014)


XXX Feira Catarinense de Matemática

Foram demarcados com fitas isolante os segmentos de retas com medidas de 30cm,
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

60cm, 90 cm, 120cm, 240cm


40cm e assim por diante, utilizou-se
utilizou se os NXTs com a programação dos
sensores infra vermelhos com o objetivo de buscar regularidades conforme a figura 3.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Figura 3 – Ilustração dos testes realizados na comprovação de regularidades dos sensores infra-vermelho
nos NXTs.

Fonte: 8ª séries 1 e 2. E.E.B. “Regente Feijó” - Lontras/SC. (2014).

Os Plotters foram construídos com os NXTs e os RCXs. Na construção dos Plotters


utilizou-se papel pardo com tamanhos consideráveis, de aproximadamente 1m x 1,5m.
Calculou-se a distância entre os pontos, o ponto médio dos segmentos e se eles estão
alinhados, provando graficamente. Houve competições de Velocidade Média, com o objetivo
de reafirmar irregularidades com os RCXs, na construção de Tiranossauros Rex e outros.
Já as irregularidades provadas no RCXs conforme pesquisas apontam para alguns
casos como no filme dos “Velozes e Furiosos”, quando se observa a olho nú o que parece ser
tão fascinante numa mesma sincronia e velocidade, fazendo curvas aparentemente iguais, não
se percebe essa irregularidade por causa da pressão do ar, do vento, da condição do solo,
inclusive da energia contínua que não é sempre na mesma proporção, quando está sendo
desgastada a potência é menor a cada vez que é medida. Envolve também a proporção da
roda, cálculo do raio, a oscilação das pilhas e baterias, pois funcionam através da corrente
elétrica (I) que por sua vez é corrente contínua (CC), que vai se desgastando conforme a
utilização e perdendo a potência (W), dependendo também da pessoa que está manuseando, o
instante que ela aperta no botão iniciar, refere-se inclusive a 2ª Lei de Newton, a massa, força
e aceleração (Lei da Dinâmica). Como complementos foram construídos Tiranossauros Rex,
brinquedos radicais, caixa de marcha, para melhor entendimento e comprovação de algumas
irregularidades existentes nos RCXs.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Observou-se que existem irregularidades nos RCXs (1.0), cada equipe calculou e
provou geometricamente através de gráficos SxT, fizeram vários testes e compararam com
outras equipes.
Já na experiência dos NXTs (2.0), provou-se que ao utilizar pilhas recarregáveis,
desconsiderando inclusive as influências externas, conseguimos regularidades nas
experiências, formando uma Função Linear. A constatação da experiência observada e
analisada está no quadro I, no qual serve de subsídio para tal afirmação.

Tabela 1 Regularidades nos segmentos de reta dos sensores infra-vermelho dos NXTs
∆t ( xi) ∆s ( yi) xi. Yi xi² yi²
1 0,3 0,3 1 0,09
2 0,6 1,2 4 0,36
3 0,9 2,7 9 0,81
4 1,2 4,8 16 1,44
∑=10 ∑=3 ∑=9 ∑=30 ∑=2,7
Fonte: 8ª série 1 e 2. E.E.B. “Regente Feijó” – Lontras/SC (2014).
ANAIS – XXXFCMat

533
 ∑ ∑ .∑
a=
r = n . ∑xiyi - (∑xi) . (∑yi)  ∑  ∑ ²

. ∑ ∑  . ∑ ∑ ∑ ² a =


..
.²
x=2,5
r = 4.9 – 10 .3

.    . . ,    a =

 y = 0,75
a =
r = 36 - 30 
  . ,   a = 0,3

r=6  y– ax.̅
b= 
√. , l b= 0,75 – 0,3.2,5
b= o

r=
 y = a.x + b
y = 0,3.x + 0
r = 1 . 100%
r = 100% y = 0,3. x

Fontes: Os Autores ( 2014)

Figura 1- Gráfico da Função Linear dos sensores infra-vermelho


infra vermelho dos NXTs
s (m)

1,2

0,9

0,6

0,3

1 2 3 4 t(s)

Fonte: 8ª série 1 e 2. E.E.B.”Regente


.B.”Regente Feijó”-
Feijó” Lontras/SC

CONCLUSÕES

A busca por regularidades nos segmentos de retas formadas, foi possível através da
curiosidade em provar que os robôs construídos do LEGO, apesar de possuírem os mesmos
padrões não possuem as mesmas massas, a curiosidade em saber que os robôs percorriam
maiores espaços e outros menores. Buscamos compreender e provar através de cálculos a
existência de regularidades.

REFERÊNCIAS
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Cinematografia educativa - Maxwell - PUC-Rio - http://www.maxwell.vrac.puc


http://www.maxwell.vrac.puc-
rio.br/11699/11699_6.PDF .
David Tyack e Larry Cuban.Tinkering Utopia: Acentury of Public School Reform.
Tinkering Toward Utopia:
Cambridge, MA: Harvard University Press, 1995.
FRÓES, Jorge R. M. Educação e Informática: A relação Homem/Máquina e a Questão da
Cognição – HTTP://www.proinfo.gov.br/biblioteca/textos/txtie4doc.pdf
ZOOM EDITORA EDUCACIONAL LTDA, Manual do Professor.. Curitba: LEGO ZOOM,
2008.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
SOMANDO INFORMAÇÕES1

DALCASTAGNE, Maisa2; SCHUBERT, Richard Kaue3; BONA, Monique Vieira4.

RESUMO: O referido trabalho aborda questões sobre as diferentes formas do desenvolvimento no processo de
construção da leitura e interpretação nos anos finais na Escola Municipal Maurício Germer, através do 6º ano 01,
na disciplina de matemática, orientados pela Professora Monique Vieira Bona, apresenta o trabalho Informações
ocultas, sendo este justificado pela importância de se reconhecer conceitos e conteúdos matemáticos que se
fazem presentes dentro da boa leitura e compreensão de livros de diversos gêneros e que nem sempre são
notados pelos leitores.

Palavras-chave: Educação Matemática. Importância da Leitura. Livros Procurados. Biblioteca Modelo.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho partiu da ideia dos alunos que, sendo ávidos leitores,
principalmente de literatura juvenil, buscam apreender conceitos e conteúdos matemáticos.
Neste sentido, para entendermose solucionarmos situações-problemas que nos são
apresentados em nossa vida cotidiana, os conteúdos matemáticos que serão estudados são:
números romanos, vértices, faces, e arestas, área e perímetro, massa, situação monetária,
divisão com números racionais não inteiros, números negativos, juros simples, gráficos e
tabelas.
O objetivo do trabalho, em suma, é que o aluno entenda que a matemática está
presente em diversos gêneros literários e, que a própria matemática vem para colaborar na
resolução de problemas do nosso cotidiano.
Usamos como material principal, o livro de literatura, de nossa biblioteca escolar. O
método de trabalho inicial será a coleta de dados nas bibliotecas das escolas municipais,
estaduais e particular e na biblioteca municipal de Timbó.
Podendo assim fazer com que nossos alunos do 6 ano possam entender que ler é um
ato valioso para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional. É uma forma de ter acesso às
informações e, com elas, buscar melhorias para você e para o mundo. Livros, inclusive os
romances, nos ajudam a entender o mundo e nós mesmos. Além de ser envolvente, a leitura
expande nossas referências e nossa capacidade de comunicação graças aos livros,
descobrimos novas palavras e novos usos para as que já conhecemos ler é fundamental para
soltar a imaginação. Por meio dos livros, criamos lugares, personagens, histórias quem já se
sentiu triste (ou feliz) ao fim de um romance sabe o poder que um bom livro tem. Quem lê
desde cedo está muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida ler é um
hábito que se reflete no domínio da escrita. Ou seja, quem lê mais escreve melhor.
A Escola Municipal Maurício Germer tem o privilégio de ter catalogado em sua
biblioteca a quantidadede 7.319 livros, sendo que, no ano anterior, através do Consórcio do
Livro, foram adquiridos 130 livros , sendo investidos aproximadamente R$3.000,00. Neste

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EM Maurício Germer – Timbó.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor.
4
Professor Orientador, EM Maurício Germer, kuko13@ibest.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

535
ano, até a data de hoje, adquirimos 71 livros e investimentos na na ordem de R$ 1.485,00.
Conforme pesquisa realizada neste município, nossa escola é a segunda com maior número de
livros de literatura. Nossa média de leitura é de 6 livros/ano por aluno.
A aquisição de livros é vista como investimento de suma importância importânci e,
consequentemente a leitura de bons livros só vem acrescentar ao nosso intelecto, levando-nos
levando
a conhecer lugares, culturas e assuntos diversos.
Com relação à matemática, especificamente, o interesse pelos conceitos e conteúdos se
apresenta de maneira dinâmica
inâmica e atrativa.
Ao trabalharmos matemática, conforme a Proposta Curricular da Rede Municipal de
Ensino de Timbó, observamos que “o conceito de números , medidas , geometria e estatística
está diretamente ligado ao fazer do aluno, ou seja, construindo conhecimento
conhecimento através do que
ele já traz de casa e aperfeiçoando-a
aperfeiçoando a na escola. Nos parâmetros Curriculares observamos que a
matemática pode e deve ser uma disciplina abrangente, fazendo elos com outras disciplinas ,
alargando os horizontes e levando o aluno a resolver situações problemas diários. Estudar
matemática é envolver as pessoas em um campo abrangente, propiciando tomadas de decisões
coerentes.

MATERIAL E MÉTODOS

Existem várias maneiras de aplicar atividades de leitura e interpretação nas séries


finais
ais este trabalho foi desenvolvido durante o segundo bimestre do ano letivo de 2014,
devido a necessidade de interpretação e dificuldades apresentadas pela grande maioria dos
alunos, assim para que todos os professores das diversas disciplinas possam obter melhores
resultados, desenvolvemos um trabalho interdisciplinar, assim conscientizando nossos alunos
da importância da leitura.
Usamos como material principal, o livro de literatura, de nossa biblioteca escolar. Mas
tínhamos que saber como envolver a grande maioria dos nossos alunos, assim surgiu algumas
duvidas, sendo uma delas como escolher um livro para adolescentes?
Assim conseguimos concluir com as pesquisas feitas pelos alunos que para os alunos
de séries finais, vale a pluralidade de gêneros literários e finalidades - livros para divertir, para
imaginar, para conhecer outras culturas, para estudar; livros que abordem valores e boas
atitudes, que tenham personagens com os quais eles se identifiquem.
Todos os conteúdos matemáticos estudados, foram seguidos da necessidade dos alunos
para que conseguissem desenvolver esse trabalho, de maneira em que a turma tomava a frente
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

com as pesquisas relacionadas as curiosidades do grande grupo, e para conseguir obter uma
resposta os alunos já citados acima pesquisavam outros alunos, sendo de ano e turmas
diferentes, as estagiárias responsáveis pela biblioteca, todas as escola do nosso município e
inclusive a biblioteca municipal.
Usamos todas as pesquisas desenvolvidas pelos alunos para desenvolver trabalho em
equipes, com elaboração de gráficos, atividades manuais, uso de materiais como multimídia,
maquetes, trenas, cartolinas entre outros. Mas como principal matéria os livros.

Biblioteca é por excelência o lugar de acesso a livros, coleções, periódicos, jornais,


gibis. Enfim, aos mais variados tipos e alternativas de materiais impressos. Além
disso, espaço com lápis e papel, para que um leitor inspirado tenha chance de fazer

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
seus registros, copiar um poema que o fascinou, um titulo de romance para recordar
a um amigo, ou simplesmente para escrever algo de seu interesse (VIEIRA, 2006, p.
8).

VIEIRA (2006) define a o espaço da biblioteca como sendo um lugar onde o


aluno pode ter acesso a vários tipos de livros de todos os tamanhos, cores e formas, bem como
pode manter contato com o lápis e o papel desenvolvendo assim a escrita. Com isso, a
biblioteca também pode trazer para os alunos momentos coletivos de leitura, não só para nos
aproximar dos textos, mas sobre tudo para aprofundar a sua compreensão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O livro didático adotado pela escola é um importante aliado para os professores


durante as aulas, porém alguns professores também buscam outras fontes restringindo o seu
uso nas aulas de leitura e escrita.
Outro dado diz respeito às aulas de leitura e interpretação onde se faz necessário que o
professor busque métodos didáticos que estimulem a leitura dos alunos, aplicando atividades
em que os alunos possam participar de forma ativa, fazendo leituras individuais, coletivas, em
formar debates e etc. As atividades de leitura e interpretação devem ser estratégias didáticas
desenvolvidas diariamente durante as aulas, para que os aluno tenham um contato direto com
situações que possibilitem a aquisição de novos livros.
Através dos dados coletados verificamos que os professores em suas aulas de leitura e
interpretação procuram diversificar os métodos conforme os títulos escolhidos pelos alunos,
desenvolvendo suas atividades e explanando os conteúdos em diferentes disciplinas. Além de
utilizarem o livro didático adotado pela escola os professores buscam atividades em outros
livros inclusive didáticos, sites, entre outras fontes ampliando assim o conhecimento dos
alunos.
Outro ponto bastante importante foi saber que os professores acham que participar de
capacitações na área de literaturas os ajudam a melhorar suas aula, pois ele precisam estar em
um processo de constante aprendizado.
No que se refere à realização das atividades interpretação em sala de aula, foi possível
detectar que os docentes têm uma preocupação e também muita dificuldade em interpretar
situações para poder resolver, jogar, contar entre outros, utilizando a explanação dos
conteúdos.
CONCLUSÕES

Enquanto as bibliotecas funcionam como um importante espaço de formação, a escola


e a família também têm peso significativo nesse processo. As instituições de ensino precisam
renovar a aprendizagem da leitura, de forma a parar de provocar a exclusão dos alunos que
não se apropriam corretamente da língua e das formas de escrita. "As escolas devem renovar a
aprendizagem, desenvolvendo um novo ensino de leitura baseado sobre uma pedagogia da
compreensão da escrita". Já a família deve apoiar o aluno nessa formação independente de sua
escolaridade: "ajuda muito o aluno se a família torce pelo leitor, qualquer que seja a formação
dos pais".
ANAIS – XXXFCMat

537
Por meio deste trabalho pode-se
pode se verificar que é preciso que o professor conheça a
turma e suas dificuldades, em especial quando há a necessidade
necessidade de interpretar para resolver,
jogar ou ate mesmo discutir sobre um determina conteúdo em que esta sendo trabalhado
naquele momento.
No desenvolver do trabalho o grande grupo pode perceber que alunos em que são
estimulados a ler desde sua infância, são alunos em que tem maior facilidade em
compreender, interpretar e melhor desenvolvimento na escola e muitas vezes se sobressaem
na vida profissional.

REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. 22


ed. São Paulo: Cortez, 1988. 80

ELIAS, Marisa Del Cioppo. De Emílio e Emilia: A trajetória da alfabetização. São Paulo:
Scipione, 2000.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo:
Cortez, 2003.

VIGOTSKI, Lev Semenovick. A formação social da mente: O desenvolvimento dos


processos psicológicos superiores. 6 ed, São Paulo: Martins Fontes, 1998.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
UM JEITO DOCE DE APRENDER SOBRE POLIEDROS1

TOMBINI, Ana Paula2; VERZA, Eduarda G.3; BUTH, Nelsinho Leopoldo4.

RESUMO: A Geometria favorece um tipo particular de pensamento que está ligado as relações espaciais e a
capacidade de síntese. Deste modo, buscando situações, sendo sensível aos seus impactos visuais e interrogando
sobre eles, o aluno vai construindo e desenvolvendo suas capacidades geométricas. Manipular objetos do
cotidiano do aluno: um dado, uma bola e uma caixa, por exemplo, contribuiu para identificar sólidos geométricos
e observar neles semelhanças e diferenças, assim como classificá-los em poliedros e não poliedros. A construção
de prismas e pirâmides a partir de formas planificadas, além da construção de esqueletos de poliedros com
gomas e palitos de dente permitiu que todos os alunos se apropriassem do conceito de número de arestas, de
vértices e de faces. Com essa atividade prática os alunos também compreenderam a relação de Euler, dada pela
equação V+F=A+2. O que mais chamou a atenção foi o envolvimento dos alunos do 7º ano em todas as
atividades desenvolvidas sobre sólidos geométricos. As pesquisas que os alunos desenvolveram sobre as
pirâmides do Egito e sobre a vida e obra de Oscar Niemeyer contribuíram significativamente para o aluno
compreender como o ser humano é capaz de projetar e construir monumentos fantásticos.

Palavras-chave: Sólidos geométricos. Prismas. Pirâmides.

OBJETIVO GERAL
Compreender as formas geométricas espaciais através de atividades, de pesquisa, práticas e
lúdicas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Estabelecer relações entre objetos do cotidiano e formas geométricas espaciais;
• Construir formas geométricas espaciais, utilizando folhas com as planificações;
• Construir esqueleto de sólidos geométricos com palitos e gomas;
• Identificar a planificação e os elementos de formas geométricas espaciais;
• Nomear poliedros de acordo com o número de faces;
• Classificar poliedros em prisma ou pirâmide;
• Estabelecer relações entre o número de vértices, faces e arestas de um poliedro;
• Fazer uma abordagem histórica sobre as formas geométricas;
• Conhecer a vida e a obra de Oscar Niemeyer;
• Conhecer um pouco da história das pirâmides do Egito.

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Rosina Nardi – Seara.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professor Orientador, EEB Rosina Nardi.
ANAIS – XXXFCMat

539
INTRODUÇÃO

Desde a antiguidade, o ser humano constrói objetos baseados em figuras geométricas,


mas não é possível saber quando elas surgiram com exatidão, pois não existem registros.
Os mais fabulososs sólidos geométricos já construídos pelo ser humano são as
pirâmides do Egito. Esses importantes monumentos foram erguidos há cerca de 4.500 anos e
foram construídos em memória dos faraós já mortos, servindo-lhes
servindo lhes de tumbas.
A primeira pirâmide egípcia foi a de Sacara, construída em 2.630 a.C para servir de
tumba do faraó Djoses. O arquiteto responsável pelo projeto foi Imhotes, indivíduo que
acabou se tornando mais famoso do que o próprio faraó.
As pirâmides de faces lisas ou pirâmides verdadeiras só apareceram
apareceram após o reinado do
faraó Snefru (2.613 a.C a 2.589 a.C). A partir da construção dessas pirâmides, ocorreu um
grande avanço no conhecimento de engenharia no Egito. As maiores pirâmides construídas
foram as de Gisé. A maior delas é a do faraó Queóps, que que mede 147 metros de altura e foi
construída com cerca de 2 milhões e 300 mil blocos de pedra. Como podemos notar, as
pirâmides são monumentos que revelam a grandeza da civilização egípcia antiga, tendo
resistido ao tempo e às condições climáticas do deserto.
deserto. Diz um provérbio árabe que “o
homem teme o tempo, mas o tempo teme as pirâmides”.
Apresentar à alunos de 7º ano conceitos como poliedros e não poliedros, número de
faces, de arestas e vértices, de prismas e pirâmides; além de classificá-los
classificá los conforme o número
de faces requer a utilização de material prático. A construção e manipulação de cones,
cilindros, pirâmides e prismas pode contribuir significativamente para que o aluno seja capaz
de estabelecer relações entre objetos que ele utiliza no cotidiano e formas geométricas
espaciais, além de nomear poliedros de acordo com o número der faces. Permite também que
o aluno estabeleça relações entre o número de vértices, faces e arestas de um poliedro.
As pesquisas sobre as pirâmides do Egito e sobre a vida e obra de Oscar Niemeyer,
tem como objetivo demonstrar que a mente humana é capaz de sonhar, projetar e construir
obras maravilhosas, além de mostrar ao aluno que o ser humano utiliza conhecimentos
geométricos desde a antiguidade e que estes são fundamentais
fundamentais até hoje. A construção de
casas, edifícios, pontes, rodovias, máquinas entre outros, dependem da Geometria.

MATERIAL E MÉTODOS

As atividades do projeto serão desenvolvidas em várias etapas. Inicialmente os alunos


XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

desenvolverão uma pesquisa bibliográfica sobre os sólidos geométricos e também sobre as


pirâmides do Egito. Após a socialização da pesquisa, no grande grupo, cada aluno receberá
folhas de ofício com figuras que representam planificação de cilindros, cones, prismas e
pirâmides.
es. Cada aluno construirá os seus sólidos geométricos a partir desse material. Após
construí-los, manipulá-los
los e compará-los,
compará los, serão desafiados a diferenciar poliedros de não
poliedros, além de identificar o número de vértices, arestas e faces nos poliedros.
poliedros
Dependendo de certas características, alguns poliedros recebem nomes especiais.
Nessa atividade vamos nos ater aos prismas e as pirâmides. A partir de prismas e pirâmides
planificados, cada aluno construirá um cubo, um bloco retangular (paralelepípedo), um prisma
de base pentagonal, triangular, quadrangular e hexagonal, além de pirâmides de base

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
triangular, quadrada e hexagonal. Serão construídos também, os sólidos não poliedros como
os cones e cilindros. A partir destas construções os alunos serão desafiados a comparar estes
sólidos geométricos com objetos que ele utiliza no cotidiano e também com fotos de
construções como: edifícios de órgãos públicos do Distrito Federal, Ginásio Amadeu Teixeira
(AM), Pentágono nos Estados Unidos e as Pirâmides do Egito. A associação de construções
realizadas pelo homem às formas geométricas espaciais valorizam o conhecimento prévio do
aluno, e estabelece relações entre o saber matemático e a realidade.
Para trabalhar a relação de Euler V+F=A+2, descrita pelo matemático suíço Leonhard
Euler (1707-1783), que descobriu a relação entre o número de vértices (V), de faces (F) e de
arestas (A) em prismas e pirâmides será desenvolvida outra atividade prática. Cada dupla de
alunos receberá gomas e palitos de dente. Com esse material, construirão esqueletos de
poliedros (pirâmides e prismas). Pirâmides de bases triangular, quadrada e pentagonal, além
de prismas de bases triangular, quadrada, pentagonal e hexagonal. Com essas construções os
alunos devem completar a tabela abaixo:

Número de Número de Número de


vértices (V) faces (F) Arestas (A)
Bloco retangular ou 8 6 12
paralelepípedo
Prisma de base
pentagonal
Prisma de base
triangular

Pirâmide de base
triangular
Pirâmide de base
quadrada

Para concluir o trabalho serão desenvolvidas atividades sobre os riscos do consumo


excessivo de doces, sendo que os esqueletos dos poliedros serão construídos com gomas.

RESULTADOS

O envolvimento dos alunos em todas as atividades foi extraordinário, inclusive


solicitaram para que algumas fossem repetidas. A construção de sólidos geométricos, o estudo
das pirâmides do Egito, e a pesquisa da vida e obra do arquiteto Oscar Niemeyer contribuíram
de forma significativa no sentido do aluno compreender a importância de apropriar-se do
conhecimento sobre geometria. Comparar a arquitetura egípcia antiga com as obras modernas
de Niemeyer mostrou aos estudantes a genialidade e a criatividade da mente humana, que é
capaz de sonhar, projetar e construir monumentos fantásticos, os quais são marcos históricos
de diferentes épocas da civilização.
ANAIS – XXXFCMat

541
A construção e o manuseio dos poliedros fez com que os alunos se apropriassem da
ideia de vértice, aresta e face, bem como identificar o número de cada um desses elementos. A
avaliação escrita realizada pelos alunos comprovou esse fato, pois todos acertaram entre 70%
e 100% das questões propostas.

CONCLUSÃO

As atividades práticas nas aulas de Matemática configuram uma ótima alternativa para
estimular a aprendizagem, desenvolvendo habilidades como a autoconfiança, a organização, a
concentração, a atenção e o raciocínio lógico. Essas habilidades são muito importantes na
aprendizagem da Matemática,, mas também de outras disciplinas.
A construção de conceitos matemáticos está intimamente ligada às distintas maneiras
que se busca essa construção, ou seja, por meio de situações-problema
situações problema relacionadas a
realidade do aluno, atividades práticas, textos envolvendo
envolvendo a história da Matemática, pesquisas
e o uso dos recursos tecnológicos.
O desenvolvimento de atividades com a Geometria permite ao aluno interpretar e
compreender melhor as formas que o cercam e o mundo em que vivem. O conhecimento
geométrico tem papel fundamental para a compreensão de conceitos matemáticos e de outras
áreas de conhecimento.
O estudo da geometria possibilita a visualização e a percepção do espaço, o
reconhecimento e a abstração de formas, além de desenvolver a capacidade de representar
repres
estas formas por meio de desenhos e construções. Também contribui para a aprendizagem de
números e medidas, leva o aluno a identificar regularidades e a observar semelhanças e
diferenças.
A abordagem interdisciplinar envolvendo conteúdos da Geometria
Geometri permite ao aluno
conhecer a história da arquitetura desde a construção das Pirâmides do Egito até as modernas
obras projetadas pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer. A construção de esqueletos de
poliedros com gomas (doces) abre espaço para debater e entender que o consumo excessivo
de açúcar causa sérios problemas à saúde, tais como: cáries, obesidade e diabetes, entre
outros.

REFERÊNCIAS

BIANCHINI, Edwaldo. Matemática.


Matemática Editora Moderna, São Paulo, 2011.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

DANTE, Luiz Roberto. Projeto Teláris:


Teláris matemática.
ica. Editora Ática, São Paulo, 2012.
FUNDAÇÃO OSCAR NIEMEYER. Disponível em: <www.niemeyer.org.br
<www.niemeyer.org.br>.
NATIONAL GEOGRAPHIC. Disponível em: <http://www.nationalgeographic.com/
< graphic.com/>.
PAIVA, Manoel. Matemática.
Matemática Editora Moderna, São Paulo, 2009.
SCIPIONE, Di Pierro Neto e Soares, Elisabeth. Matemática em Atividades.
Atividades Editora
Scipione, São Paulo, 2002.
SOUZA, Joamir Roberto de. Vontade de Saber Matemática.
Matemática. Editora FTD, São
S Paulo, 2012.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
VAMOS CALCULAR A NOSSA CONTA DE LUZ1

TORMENA, Anelise2; GUCKERT, Lara3; SOUZA, Vivian Alves de4.

RESUMO: Como atualmente o mundo está vivendo uma crise energética, é importante que todos conheçam o
funcionamento de um aparelho eletro-eletrônico, em termos do consumo de energia. Um dos objetivos desse
trabalho é mostrar que através de uma fórmula podemos calcular o quanto um equipamento elétrico consome de
energia num intervalo de tempo, e, sabendo o custo do quilowatt-hora (kWh) do estado, podemos determinar
também o valor gasto em reais. Nesse trabalho foram escolhidos 10 aparelhos elétricos e determinado o consumo
de cada um, em kWh e, em reais. Como o problema de geração de energia elétrica tende a se agravar no planeta
é importante que cada indivíduo dê a sua parcela de contribuição, tendo um retorno imediato que é uma
economia financeira e zelando por um bem comum que é protegendo o Meio Ambiente.

Palavras-chave: Energia. Quilowatt-hora. Potência. Consumo.

INTRODUÇÃO

Energia é a capacidade que os corpos têm de desenvolver uma força e como


consequência produzir trabalho. Por esse motivo a energia é a base da vida, sem energia não
haveria nenhuma forma de vida. Um país que possui um grande potencial de energia se torna
bastante atrativo para os investidores e isso gera, muitas vezes, uma necessidade grande de
mão de obra básica e qualificada, alterando o nível sócio econômico de um município ou
região. Outra razão que gera interesse de uma determinada indústria de se instalar num
determinado país são as formas de obtenção da energia, ou seja, se é oriunda de uma
hidrelétrica, termoelétrica, energia solar, energia nuclear ou outras. Em função da crise
energética que está acontecendo no mundo todo, é necessário que todos conheçam de onde
vem a energia que consomem, quanto consomem de energia e qual é o gasto gerado.
Um dos objetivos desse trabalho é mostrar a todos os interessados, que através de uma
simples fórmula matemática pode-se calcular o quanto um determinado equipamento elétrico
consome de energia num determinado intervalo de tempo, e, sabendo o custo do quilowatt-
hora (kWh) cobrado pelo Estado e dos impostos embutidos, é possível determinar também o
valor gasto em reais (R$). A conta de luz que cada família recebe da companhia de
distribuição de energia elétrica é calculada com base no número de quilowatt-hora de
eletricidade que esta família consome durante um mês. Um quilowatt é igual a 1 000 watts.
Um watt é a unidade usual de energia elétrica. Um quilowatt-hora (kWh) é a quantidade de
eletricidade consumida em 1 hora por um aparelho de 1 000 watts.

A fórmula utilizada é: k =t . W
1.000

1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-Relação com
outras Disciplinas; Instituição: EEF Mont’Alverne – Ituporanga.
2
Aluna Expositora, lisetormena@gmail.com.
3
Aluna Expositora, roseguckert@hotmail.com.
4
Professor Orientador, EEF Mont’Alverne, vivian_a_souza@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

543
MATERIAL E MÉTODOS

Em um primeiro momento, foram trabalhadas fontes de energia mais comuns


utilizadas pelo homem. Foram pesquisados benefícios e prejuízos de cada tipo de energia e
também o valor cobrado por kW-h
kW h em cada caso. No Brasil é de conhecimento que a maior
forma de produzir energia é através de hidroelétrica, em função de o relevo favorecer esta
modalidade. Um exemplo disto e a usina binacional denominada Itaipu, construída entre os
países do Brasil e Paraguai. A segunda forma de obter energia é através das termoelétricas,
termoelé
que são usinas produtoras de energia através da queima de combustíveis fósseis. Também,
temos no estado do Rio de Janeiro, uma usina nuclear que produz uma pequena parcela da
energia consumida pelos brasileiros. Hoje, tem-se
tem se voltado fortemente para a produção de
outra modalidade de energia que é a eólica, pois esta energia produzida tem as suas vantagens
que não inundar grandes extensões de terras, não alterando desta forma, o ecossistema, não
produz gases poluentes e nem tem o risco de vazar substâncias
substâncias radioativas. Logo depois
foram escolhidos 10 aparelhos elétricos comuns em nossas casas e determinado o consumo de
cada um, em kWh e, em reais.
Escolhemos para efeito de cálculos demonstrativos, que cada aparelho fique ligado5
ligado
horas diárias um mesmo período, durante um mês (30 ( dias) e, considerando um consumo
máximo de uma residência que consuma até150 kW-h, kW h, pois os preços sofrem majorações de
acordo como aumento do consumo.

Aparelho 1 – Televisor 21” - Potência = 90 W

k =t . W k = 5 horas . 30 dias . 90 W k= 13,5 kW-h


1 000 1 000

Cálculo em reais (R$) = 13,5 kW-h


kW . 0,42=5,60

Aparelho 2 – Máquina de lavar roupas-


roupas Potência =1.0 90 W

k =t . W k = 5 horas . 30 dias .10 90 W k= 163,5 kW-h


1 000 1 000
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Cálculo em reais (R$) = 163,5 kW-h


kW . 0,42=68,67

Aparelho 3 – Geladeira - Potência = 225 W

k =t . W k = 5 horas . 30 dias .225 W k= 33,75 kW-h


1 000 1 000

Cálculo em reais (R$) = 33,75 .kW-h


.kW . 0,42=14,17

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA
FE CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Aparelho 4 – Forno Elétrico - Potência = 1800 W

k =t . W k = 5 horas . 30 dias . 1.8000 W k = 270 kW-h


1 000 1 000
Cálculo em reais (R$) = 270. kW-h . 0,42=113,40

Aparelho 5 – Ar Condicionado - Potência = 1.400 W


k =t . W k = 5 horas . 30 dias . 1.400 W k = 210kW-h
1 000 1 000

Cálculo em reais (R$) = 210 kW-h . 0,42=88,20

Aparelho 6 – Liquidificador - Potência = 600 W

k =t . W k = 5 horas . 30 dias . 600 W k= 90kW-h


1 000 1 000

Cálculo em reais (R$) = 90kW-h . 0,42=37,80

Aparelho 7 – Fonte notebook - Potência = 65 W

k =t . W k = 5 horas . 30 dias . 65 W k= 9,75kW-h


1 000 1 000

Cálculo em reais (R$) = 9,75kW-h . 0,42= .4,09

Aparelho 8 – Chuveiro elétrico - Potência = 5.500 W

k =t . W k = 5 horas . 30 dias . 5.500 W k= 825 kW-h


1 000 1 000

Cálculo em reais (R$) = 825kW-h . 0,42=346,50

Aparelho 9 – Ferro elétrico - Potência = 90 W

k =t . W k = 5 horas . 30 dias . 1.000 W k= 150 kW-h


1 000 1 000

Cálculo em reais (R$) = 150 kW-h . 0,42=63,00


ANAIS – XXXFCMat

545
Aparelho 10 – Fogão elétrico – 4 bocas - Potência = 6.000W

k =t . W k = 5 horas . 30 dias . 6.000 W k= 900kW-h


1 000 1 000

Cálculo em reais (R$) =900


=9 kW-h . 0,42=378,00

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após realizarem os cálculos, os alunos tabularam e analisaram os dados obtidos, a fim


de constatar quais eram os aparelhos que mais consumiam energia.
Para uma melhor visualização, os dados obtidos foram utilizados na construção de um
gráfico de colunas na sala de informática com a ajuda do professor responsável.

900 CONSUMO DE ENERGIA DOS APARELHOS ELÉTRICOS


850
800
750
700
650
600
550
500
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
TEVELI MAQUI GELAD FORNO AR LIQUIDI FONTE CHUVEI FERRO FOGÃO
SOR NHA EIRA ELÉTRI CONDI FICADO NOTEB RO ELÉTRI ELÉTRI
"21" DE CO CIONA R OOK ELÉTRI CO CO
LAVAR DO CO
ROUPA
KM-H 13,2 163,5 33,75 270 210 90 9,75 825 150 900
GASTO EM REAIS R$ 5,6 R$ 68, R$ 14, R$ 113 R$ 88, R$ 37, R$ 4,0 R$ 346 R$ 63, R$ 378

Através da observação do gráfico, com um simples olhar consegue-se,


consegue de imediato,
concluir qual é o aparelho mais econômico. Nos aparelhos escolhidos
escolhidos como exemplos,
constatamos que o de menor consumo foi a fonte do notebook e o de maior energia foi o
fogão elétrico de 4 bocas. Em conversas, percebeu-se
percebeu se a necessidade de mudar de atitude em
XXX Feira Catarinense de Matemática

relação ao tempo de uso de determinados aparelhos, como por exemplo,


exemplo, diminuir o tempo de
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

banho, visto que o chuveiro é um dos aparelhos que mais consome energia.

CONCLUSÃO

As fábricas de muitos aparelhos elétricos já vêm alertando os seus clientes, em relação


ao consume de energia elétrica com etiquetas que vem colada colada nos seus produtos. As
informações variam de A até D e informa o quanto aquele aparelho irá consumir, em média
durante um mês.
Pensando no meio ambiente e também nos aumentos constantes nos gastos com
energia elétrica (uso de termoelétricas, quando as hidrelétricas não conseguem suprir as

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA
FE CATARINENSE DE MATEMÁTICA
demandas de energia, geram mais gastos), esse trabalho mostra as possibilidades de produção
de energia elétrica, seus benefícios e prejuízos ao homem e ao meio ambiente e faz pensar no
que queremos enquanto população mundial. Como este problema de geração de energia
elétrica tende a se agravar no planeta é importante que cada indivíduo dê a sua parcela de
contribuição, tendo um retorno imediato que é uma economia financeira e zelando por um
bem comum que é protegendo o Meio Ambiente. É necessário também, buscar fontes
renováveis de energia e que sejam menos poluentes e mais baratas. Conhecer o consumo de
cada produto, permite aos futuros consumidores, escolher produtos mais econômicos, não só
para economizar dinheiro, mas também diminuir o consumo de recursos elétricos, naturais ou
não.

REFERÊNCIAS

DANTE, Luiz Roberto,Tudo é Matemática. São Paulo, Ática, 2008.

www.ednataw.com.br/roberto/energia/ener4.htm Acesso em 21/07/2014

www.google.com.br/search?q=origem+da+energia+splar&source 24/04/4–Operador Nacional


do Sistema Elétrico - produzida energia em termelétricas?,Perguntas e Respostas, Como é
produzida energia em hidrelétricas?–Linha do Tempo, 1883, Usina termelétrica . Acesso em
10 julho 2014

http://www2.inmetro.gov.br/pbe/pdf/folder_pbe.pdf. Acesso em 24 julho 2014

http://www.portal-energia.com/vantagens-e-desvantagens-da-energia-solar/ Acesso em 27
julho 2014

www.celesc.com.br. Acesso em julho 2014.


ANAIS – XXXFCMat

547
VOANDO NA MATEMÁTICA DAS PIPAS1

SCHIMDT, Lucas 2; GALDINO, Thiago 3; BÍSSIGO, Denise Nones4.

RESUMO: A história das pipas é recheada de mistérios, de lendas, símbolos e mitos, mas principalmente de
muita magia, beleza e encantamento. Aparentemente quando homem primitivo se deu conta de sua limitação
diante da capacidade de voar dos pássaros, surgiram as primeiras pipas. Pipas são
são a grande paixão de Thiago,
que é surdo e participa deste trabalho escolar juntamente com um aluno ouvinte. Desde Desde pequeno Thiago é
apaixonado por pipas e cresceu descobrindo e brincando com elas. Ele possui um amplo conhecimento e
vivência com elas, o quee fez com que esta brincadeira de soltar Pipas se tornasse este atual trabalho. Propomo-
Propomo
nos a desvendar a matemática das pipas, tendo como objetivo principal observar suas formas geométricas e
calcular suas áreas, para descobrir sua área total. Abordamos conhecimentos
conhecimentos gerais como também um pouco da
história da pipa; pesquisamos os nomes e alguns tipos de Pipas existentes no Brasil e confeccionamos algumas
Pipas.

Palavras-chave:: Pipas. Área total. Figuras geométricas.

INTRODUÇÃO

Thiago é um garoto surdo que que tem 18 anos e está no oitavo ano do Ensino
Fundamental. Nasceu em São Paulo e mudou-se
mudou se para Santa Catarina a pouco mais de um ano.
Quando começou a ir à escola, em São Paulo, por ser um aluno surdo precisava de Intérprete
de Libras, e não teve esse acesso
acesso porque há muita falta desses profissionais. Ou seja, ele teve
uma carência nos primeiros anos escolares e perdeu toda a base de alfabetização. Ao decorrer
dos anos, teve duas reprovações e um desenvolvimento precário nas matérias, principalmente
na língua
gua portuguesa. Esta situação acarretou a grande dificuldade de leitura e escrita,
originando em outros fatores: Irritação e nervosismo por não compreender o que o professor
escreve no quadro e não entender textos dos livros didáticos; falta de autoestima, pois Thiago
sabe que não tem deficiências mentais então sabe que é capaz de ler, mas não consegue
porque não teve a base necessária; falta de vontade de vir à escola, afinal para Thiago, ler e
escrever não é algo prazeroso então estudar também não é.
Observando
ervando todos estes fatores, buscamos encontrar algo que conciliasse algo
divertido que agregasse conhecimento. Desde que Thiago veio a Santa Catarina falava vez e
outra de Pipas, mas não soltava mais porque aqui na região não é cultural então ele também se s
desanimava ao “brincar sozinho”. Começamos a conversar com ele sobre Pipas e buscamos
ouvir suas histórias relacionadas a elas. E então este atual projeto, que une uma brincadeira a
matemática, começou a ser idealizado e será explicitado a seguir.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Sabe-se
se que a história das Pipas é recheada de mistérios, de lendas, símbolos e mitos,
mas principalmente de muita magia, beleza e encantamento. Tudo parece ter começado
quando o homem primitivo se deu conta de sua limitação diante da capacidade de voar dos
pássaros.
ssaros. Teorias, lendas e suposições tendem a demonstrar que o primeiro voo de uma Pipa
ocorreu em tempos e em várias civilizações diferentes, mas, a data aproximada gira em torno
de 200 anos antes de Cristo, tendo como local de criação a China.
1
Categoria: Ensino Fundamental – Anos Finais; Modalidade:lidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter com
outras Disciplinas; Instituição: EEB Teófilo Nolasco de Almeida – Benedito Novo.
2
Aluno expositor, lucasschmidt2011@hotmail.com.
3
Aluno expositor, thiagoabiel2012@gmail.com.
4
Professora Orientadora, EEBTeófilo Nolasco de Almeida, deni.nones@gmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
É muito interessante
nteressante perceber que aqui no Brasil, em cada região a Pipa recebe nomes
diferentes, como por exemplo: Região Sul: Raia, Pandorga; Região Sudeste: Estilão e Pião;
Região Nordeste: Barril e Bolacha; entre outros nomes.
Este trabalho é formado por um alunoaluno ouvinte e um aluno surdo. Thiago desde
pequeno é apaixonado por pipas. Cresceu descobrindo, brincando, e tendo dia a dia contato
com elas.
nos a desvendar a matemática das pipas, tendo como objetivo principal
Propomo-nos
observar suas formas geométricas e calcular suas áreas, para descobrir sua área total.
Abordamos conhecimentos gerais como também um pouco da história da pipa; pesquisamos
os nomes e alguns tipos de Pipas existentes no Brasil e também seus modos de confecção;
confeccionamos algumas Pipas; planejamos
planejamos e executamos uma pesquisa em forma de
questionário quantitativo em nossa Escola, para observar o nível de conhecimentos gerais que
os alunos possuem em relação à Pipa; também soltamos (e ensinamos a quem pedia para
aprender) pipas durante as aulas
aulas de Educação Física, encantando professores e alunos. Os
conteúdos matemáticos de área do cone, área do trapézio e área do triângulo, nós ainda não
tivemos em sala de aula. Mas com o auxílio de nossa professora de matemática tivemos
acesso a esses conhecimentos.
imentos.
E para finalizar o trabalho, foi escolhida uma turma da escola para colocarmos em
prática nosso projeto.

MATERIAL E MÉTODOS

• O principal objetivo é desvendar a matemática nas pipas.


• O trabalho foi auxiliado pelas professoras de Matemática e Intérprete do aluno
Thiago.
• Projeto realizado em nossa escola durante as aulas de matemática e aulas de
educação física a partir do segundo bimestre letivo.
• Pesquisa sobre o surgimento da pipa e seus variados nomes, dependendo da
região.
• Estudo
do da Pipa Carioca: formas geométricas e sua área total.
• Finalização do projeto com aplicação com a turma do 5º ano Vespertino.
• Pesquisa quantitativa em forma de questionário na sala informatizada.

Figura1. Modelos de Pipas Cariocas (imagens ilustrativas):


ilustrativas)

Fonte: Algumas coisas para a fabricação de Pipas. http://ederpipas.blogspot.com.br/ (2011).


ANAIS – XXXFCMat

549
Um Triângulo Isósceles, um Trapézio e um Cone são as figuras que compõe a pipa
Carioca. A partir disso a professora de matemática nos auxiliou
auxiliou nos ensinando como se
calcula a área total de uma pipa: “Primeiramente calcula-se
calcula se a área total de cada figura
geométrica encontrada, em seguida somamos todas as áreas para termos a área total da Pipa”.
Ela nos mostrou as seguintes fórmulas:
Fórmula doo Triângulo Isósceles: A= b.h/2
Fórmulas do Cone: Área da Superfície Lateral do Cone: A= π.r.g
Área da base do Cone: A= π.rª
Fórmula do Trapézio: A=(B+b)/2

Há alguns assuntos relacionados às áreas destas figuras geométricas que são conteúdos
do Ensino Médio e não estávamos vendo em sala de aula, pois somos alunos do oitavo ano, e
isso foi uma atividade desafiadora.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após entendermos as fórmulas, o Thiago nos ensinou a fazer uma pipa Carioca, que é
sua especialidade,
ialidade, e ao terminá-la
terminá la aplicamos as fórmulas. Para fazermos os cálculos não
utilizamos calculadora, estimulando nosso raciocínio.
Quando calculamos todas as áreas, percebemos que a base do cone era calculada duas
vezes, tanto no trapézio quanto na base do cone. Veja a figura ilustrativa abaixo:

Figura 2. Área do Trapézio e área do Cone.

Fonte: Caio Nunes, 2010. Disponível em: http:saopaulopipas.wordpress.com/2010/08/13/medidas-pipas-


http:saopaulopipas.wordpress.com/2010/08/13/medidas
tamanho-pipa-distancia-vareta.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Sendo assim, percebemos que precisávamos tirar esta diferença, entre as duas figuras
citadas acima.
Após termos entendido e aplicado as fórmulas e termos conseguido encontrar o
resultado da área total, tivemos a ideia de fazer uma pesquisa. Esta pesquisa iria ter como
objetivo observar os conhecimentos gerais sobre pipas que os alunos de nossa escola
possuem.
Fizemos uma pesquisa com 08 questões, na plataforma do Google Docs.
Docs Reservamos a
sala de informática de nossa escola e convidamos alguns alunos de diversas turmas para
responder ao questionário.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
O Google Docs, após as respostas nos fornece gráficos para análise dos dados.
Gráficos é o assunto já trabalhado em sala de aula, sendo assim é um conteúdo que
dominamos e sabes encontrar: gráfico de barras com suas medidas e gráfico de setores com
seus ângulos e porcentagens. Seguem abaixo prints dos resultados da Pesquisa realizada, com
09 questões e 80 respostas de alunos de nossa escola:

Figura 3: Pesquisas.

Fonte: Pesquisa Realizada dia 21 de agosto de 2014. Dispovivel em: https://docs.google.com/forms/d/1e-


HGGnDJtE-7Wv6gVjT0tW8SRcoi3thGlPrN11xU/viewanalytics.

Observou-se em relação a pesquisa que os alunos de nossa escola têm pouco contato
com pipas. Porém tem noções básicas de segurança ao soltar pipas.
ANAIS – XXXFCMat

551
Apresentado este trabalho na Feira da escola muitos alunos ficaram empolgados com a
ideia de construir e soltar pipas. Pensamos então, em envolver o 5º ano vespertino
ve - Séries
Iniciais, por serem crianças de 10 a 11anos de idade, pois demonstraram bastante curiosidade
no dia da apresentação.
Organizamos uma aula com o aluno Thiago (e intérprete), seu colega Lucas e a
professora de matemática. Houve grande interação
interação entre alunos/mediadores e alunos da classe
com os demais professores.
A aula baseou-sese na explicação da história da pipa, sua confecção, tipos de materiais
usados, cuidados com os fios utilizados, cuidados ao soltar as pipas. Em seguida foram
apresentadas
tadas as formas geométricas que compõe uma pipa. Em seguida, confeccionaram suas
próprias pipas e posteriormente empinaram as pipas no pátio da escola.
Lembramos que o Thiago tem muita dificuldade nos cálculos e dificuldade em
relacionar a matemática mentalmente.
mentalmente. Por isso a parte da resolução de cálculos ficará com o
aluno ouvinte.

CONCLUSÕES

Observamos que aqui no Sul do Brasil a Pipa não é uma brincadeira tão comum
quanto no Sudeste e Nordeste de nosso país. A pesquisa feita em nossa escola revelou
também
ém que não faz parte do cotidiano de nossos colegas soltar pipas.
Gostamos muito de conhecer mais sobre a pipa e de poder dar espaço a todos os
conhecimentos que Thiago tinha sobre esse tema. A maioria dos assuntos que estudamos aqui,
nós ainda não vimos em sala de aula (como área do cone, trapézio e triângulos). Então além
de nos divertirmos descobrindo mais sobre a Pipa nós aprendemos assuntos de matemática de
outros anos e percebemos que somos capazes disso. Além do mais também pudemos
proporcionar aos alunos do 5º ano uma aula diferente, misturando matemática, diversão e
nossa meta principal a inclusão do aluno Thiago.

REFERÊNCIAS

Historia das Pipas. Disponível em: http://www.pipas.com.br/html/historia_das_pipas.htm


Acesso em:: 1º de outubro de 2014.

Eder Pipas. Algumas coisas para a fabricação de Pipas. 2011.Disponível em: http://ederpi
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

pas.blogspot.com.br Acesso em: 1º de outubro de 2014

Caio Nunes. Blog das Pipas. Medidas: Pipas de tamanhos variados com medidas, mande sua
medida! 2010. Disponível em: <http://saopaulopipas.wordpress.com/2010/08/ 13/medidas-
13/medidas
pipas-tamanho-pipa-distancia--vareta/> Acesso em: 1º de outubro de 2014.

Pesquisa Google Docs. Voando na Matemática das Pipas. Disponível em:


<https://docs.google.c
https://docs.google.c om/forms/d/1e
om/forms/d/1e-HGGnDJtE-F7Wv6gVjT0tW8SRc
8SRcoi3thGlPrN11xU
/viewanalytics>. Acesso em: 1º de outubro de 2014.

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
RESUMOS ESTENDIDOS
ENSINO MÉDIO
ANAIS – XXXFCMat

553
A APLICAÇÃO DA MATEMÁTICA E ELETROMAGNETISMO NA
MANIPULAÇÃO DO ROBÔ HIDRÁULICO1

FRANÇA, João Henrique Gerhardt2; CARAFFA, Luana3; SANTOS, Daniely Dos4.

RESUMO:: O trabalho sobre eletromagnetismo e manipulação do robô hidráulico vem ao encontro com as
necessidades de debater e fazer a assimilação prática do uso da matemática no desenvolvimento de meios
facilitadores do trabalho humano. Com base nesse objetivo pretende-se
pre se solucionar a problemática definida neste
trabalho, para que haja um resultado positivo dentro da complexidade da construção e a aplicação de cálculos
necessários para que o funcionamento alcance o resultado esperado. É preciso analisar diversos fatores,
fa sendo
fundamental a pesquisa e os cálculos de forma minuciosa para construção que se pretende. Pode se salientar que
o desafio que envolve a matemática todos os dias na vida dos alunos pode ser trabalhado de tal forma em que os
mesmos não sofram por não entender e seus professores por não conseguir passar o conhecimento. O presente
trabalho tem objetivo principal demonstrar como funciona o Robô Hidráulico e o Braço Hidráulico com a
associação do eletroímã buscando compreender os movimentos a pressão e aplicação do Principio de Pascal na
manipulação dos mesmos.

Palavras-chave:: Matemática. Robô Hidráulico. Princípio de Pascal. Eletromagnetismo.

INTRODUÇÃO

Vivemos na era do conhecimento, na busca constante por novas tecnologias e novos


meios de facilitar
tar a vida do homem. O trabalho sobre eletromagnetismo e manipulação do
robô hidráulico vem ao encontro com as necessidades de debater e fazer a assimilação prática
do uso da matemática no desenvolvimento de meios facilitadores do trabalho humano.
Despertar
tar a curiosidade na busca constante pelo conhecimento científico é de extrema
importância, levando em consideração a relevância do tema abordado. O uso de medidas
básicas como área e volume, peso e distribuição, são de uso cotidiano das pessoas por mais
simples
imples e remota que seja sua vivência. A escola em conjunto com os professores tem o dever
de incentivar e cultivar o espírito de descoberta que há em cada aluno, partindo do principio
de que há varias formas de saberes e várias formas de se aprender.
O presente
resente trabalho tem objetivo principal demonstrar como funciona o Robô
Hidráulico e o Braço Hidráulico com a associação do eletroímã buscando compreender os
movimentos a pressão e aplicação do Principio de Pascal na manipulação dos mesmos.
Com base nesse objetivo pretende-se
pretende se solucionar a problemática definida neste
trabalho, para que haja um resultado positivo dentro da complexidade da construção e a
XXX Feira Catarinense de Matemática

aplicação de cálculos necessários para que o funcionamento alcance o resultado esperado. É


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

preciso analisarr diversos fatores, sendo fundamental a pesquisa e os cálculos de forma


minuciosa para construção que se pretende.

MATERIAL E MÉTODOS

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Prefeito Agenor Piovezan – Erval Velho.
2
Aluno expositor, jhgerhardt@hotmail.com.
jhgerhardt@hotmail.com
3
Aluna expositor, luanacaraffa@hotmail.com.
luanacaraffa@hotmail.com
4
Professora Orientadora, EEB Prefeito Agenor Piovezan,
Piovezan danyelydossantos@yahoo.com.br
o.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Observando a necessidade de assimilação dos conteúdos matemáticos em relação a
aplicação prática da matemática no desenvolvimento de projetos e construções que visem
facilitar o trabalho humano. A professora de matemática propôs que os alunos
desenvolvessem trabalhos em grupo, que buscassem relacionar os cálculos como facilitadores
do cotidiano do homem.
Após a conclusão dos trabalhos dos quais varias idéias surgiram na tentativa de
demonstrar a aplicabilidade dos cálculos, os mesmos foram apresentados na feira interna do
colégio Agenor Piovezan, sendo que o trabalho que mais se destacou foi o da Aplicação da
matemática e eletromagnetismo na manipulação do robô hidráulico.
O trabalho da Aplicação da matemática e eletromagnetismo na manipulação do robô
hidráulico baseou-se principalmente no Princípio de Pascal que diz o acréscimo de pressão
produzido num líquido em equilíbrio transmite-se integralmente a todos os pontos do
líquido, para o desenvolvimento completo do trabalho também foram utilizadas medidas de
área, peso e volume. Além desses cálculos também fez se necessário um estudo aprofundado
sobre o eletromagnetismo o qual teve a ajuda de um professor de física que explicou para os
alunos o que é um campo magnético, como funciona e os cálculos relacionados necessários
para o desenvolvimento do eletroímã. Alguns cálculos também precisaram ser estudados
como, por exemplo, a força magnética de um solenóide o qual se da por meio dos seguintes
parâmetros: Força = carga x velocidade da carga x (constante magnética x número de voltas
no solenóide x corrente).
Os materiais utilizados para a montagem do Robô guindaste foram:
• Três pedaços de madeiras de 20 cm, 15 cm, 12 cm.
• Cubos de madeira de 6,5cm de comprimento, 4,5cm de largura e 4 cm de altura.
• Uma Tabua de 35 cm de comprimento por 30 cm de largura
• Seringas duas de 20 ml e quatro de 10 ml.
• Duas dobradiças pequenas
• Dois pedaços de canos PVC de 25 mm e cinco cm de mangueira de soro
• Eletroímã
• Parafusos
• Garrafa pet
• Cola quente
• Fita adesiva
• Água
• Corantes
O processo de montagem foi caseiro sendo que apenas as peças da maquete foram
feitas por um marceneiro. O primeiro passo foi fixar as madeiras de 20 cm e 15 cm com uma
dobradiça pequena, o mesmo foi feito ente as madeiras de 15 cm e a de 12 cm. A tampa da
garrafa pet foi parafusada na madeira de 20 cm (deixando giratória) em seguida fixado na
tabua o gargalo da garrafa através de cinco pequenos parafusos. Na madeira de 20 cm
prendemos uma seringa de 20 ml com fita adesiva. Em seguida um cano de PVC foi
parafusado na lateral da madeira de 15 cm, fixando uma seringa de 10 ml com cola quente. O
cubo de madeira parafusado na tabua, em seguida o cano PVC foi parafusado no cubo de
madeira fixando uma seringa de 10 ml com cola quente. Na madeira de 12 cm foi colocado o
ANAIS – XXXFCMat

555
eletroímã. Cada uma das seringas que estão presas nas madeiras é colocada uma mangueira se
soro com água e corante, na ponta de cada mangueira coloca-se
coloca se as outras seringas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Compreender a necessidade que os alunos têm de entender a dinâmica e a


complexidade da matemática só reforça a idéia da importância de se usar alternativas que
permita
ita observar a teoria sendo aplicada. “O valor da técnica e a concepção mecanicista de
mundo propiciaram estudos que se concentraram, principalmente, no que hoje chamamos
Matemática Aplicada (STRUIK, 1997, p. 158).”
A partir do trabalho desenvolvido foi possível observar o funcionamento dos robôs
hidráulicos onde à aplicação da força no embolo das seringas gera pressão interna nos caninho
onde é transmitida essa pressão para todas as demais seringas que estão interligadas
interlig fazendo
com que haja o movimento no corpo do robô. Esse princípio é muito utilizado pela Física para
explicar o funcionamento hidráulico envolvendo força, movimento e pressão, porem envolve
muitos cálculos o que nos permite agregar o trabalho na categoria
categoria de matemática.
Segundo o princípio de Pascal, que fora enunciado em 1652 por Blaise Pascal (1623-
(1623
1662), demonstra que uma variação na pressão aplicada em um fluído ideal (incompressível)
confinado é transmitida integralmente para todas as posições do fluído e para as paredes do
recipiente que o contém. O sistema explica os Princípios de Pascal e Stevin e simula o
funcionamento de qualquer dispositivo hidráulico, como freios de automóveis, direção
hidráulica e braço mecânico hidráulico, por exemplo.

A figura 01 Movimento de rotação.

Fonte: Publicada na revista Mecatrônica Fácil; Ano: 4; N° 25; Nov / Dez – 2005
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

A figura 01 mostra a simulação do funcionamento do braço hidráulico, que possibilita


a verificação dos movimentos de rotação e do ângulo que se forma com o movimento.
Outro importante elemento do trabalho é o braço hidráulico com eletroímã acoplado.
Oeletroímã
roímã é uma ferramenta preciosa de uso dos ferros velhos por exemplo. Os mesmo são
utilizados para é a elevação industrial. Eletroímãs são muito utilizados em lixões e ferros
velhos para mover grandes quantidades de metal. Esses eletroímãs são compostos de uma
placa de ferro gigante ligada a um guindaste. Uma corrente elétrica é enviada para a placa,
criando um ímã poderoso o suficiente para elevar toneladas de metal. O material pode então
ser transportado para uma localização diferente para processamento.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Alem do uso nos ferro velho os eletroímãs também são utilizados nos equipamentos de
fazem ressonância magnéticas e em trens que utilizam o método de levitação magnética.
Observando todo contexto que envolve a problemática do trabalho é possível afirmar
que falar em formação básica para a cidadania significa refletir sobre as condições humanas
de sobrevivência, sobre a inserção das pessoas no mundo do trabalho, das relações sociais e
da cultura e sobre o desenvolvimento da crítica e do posicionamento diante das questões
sociais. Logo, é importante refletir a respeito da colaboração que a Matemática tem a oferecer
com vistas à formação da cidadania.
Nesse aspecto, a Matemática pode dar sua contribuição à formação do cidadão ao
desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias, a comprovação e
justificativa de resultados, a criatividade, a iniciativa pessoal, o trabalho coletivo e a
autonomia advinda da confiança na própria capacidade para enfrentar desafios.

CONCLUSÕES

Conclui-se que o uso do robô guindaste e do eletroímã hidráulico é um facilitador no


carregamento de peso e separação de materiais. Pesquisar sobre um eletroímã e como o
mesmo funciona quais as aplicações praticas nos faz refletir em como é fácil desenvolver
objetos caseiros que possam auxiliar nos trabalhos simples do cotidiano. A busca pelo
conhecimento e interpretação da problemática citada fez desenvolver a criatividade para a
criação de meios facilitadores que possam nos auxiliar no dia a dia, isso utilizando muitas
vezes materiais que já foram descartados no uso de outras finalidades.
Pode se salientar que o desafio que envolve a matemática todos os dias na vida dos
alunos pode ser trabalhado de tal forma em que os mesmos não sofram por não entender e
seus professores por não conseguir passar o conhecimento. O trabalho desenvolvido
mobilizou uma turma de dezesseis alunos em prol de interpretar e utilizar a matemática de
forma criativa agregada à outra disciplina e o desenvolvimento de projetos que permite uma
compreensão clara e precisa.
O estudo da matemática engloba vários saberes, nesse contexto é importante citar que
a inter-relação com outras disciplinas agregam o conhecimento e despertam a curiosidade pois
sai do quadrado da disciplina em si para ter uma visão inovadora, desafiante e mais ampla da
importância de se estudar a matemática e saber aplicá-la nas mais diversas formas.

REFERÊNCIAS

Braço Mecânico Hidráulico (Fluído Água). Disponível em:


<http://user3169.websitewizard.com/files/unprotected/TCC/Trabalho-TCC-Wesley.pdf>.
Acesso em: 20 jul. 2014.

CATO, Jeremy. Três usos do eletroímã. Disponível em: http://www.ehow.com.br/tres-usos-


eletroimas-info_3432/. Acesso em: 28 ago. 2014.

OLIMPÍADA Brasileira de Matemática. Qual a importância da matemática? Disponível


em: <http://www.supermatematica.com.br/importancia.php>. Acesso em: 02 set. 2014.
ANAIS – XXXFCMat

557
Principio de Pascal. Disponível em: http://www.algosobre.com.br/fisica/principio-de-
http://www.algosobre.com.br/fisica/principio
pascal.html.. acesso em: 05 ago. 2014.

Robô Hidráulico. Publicada na revista Mecatrônica Fácil; Ano: 4; N° 25; Nov / Dez – 2005.
Disponível em: http://www.mecatronicaatual.com.br/artigos/1611-rob-hidrulico
http://www.mecatronicaatual.com.br/artigos/1611 hidrulico. Acesso em:
08 set. 2014.

SILVA, Josué Graciliano da. et. al. Principio de Pascal. Disponível em:
http://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/2/23/Elevadorpascal1.swf
//wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/2/23/Elevadorpascal1.swf.. Acesso em: 10 ago. 2014.

Matemática: sobre a sociologia da matemática. Série Cadernos


STRUIK, D.J. Sociologia da Matemática:
de Educação e Matemática. Lisboa, n.3, p. 21-31,
21 31, out. 1998 Apud. PARANA. Diretrizes de
educação básica. Disponível em
em:
http://www.nre.seed.pr.gov.br/irati/arquivos/File/matematica.pdf. Acesso em: 05 set. 2014.
http://www.nre.seed.pr.gov.br/irati/arquivos/File/matematica.pdf.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
A IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA NO CONSUMO DA ENERGIA
ELÉTRICA1

SILVA, Maria Júlia Franzói da2; COMPER, Taíze Gabrielli3; OENNING, Micheli Chiquetti4.

RESUMO: Os avanços tecnológicos dos últimos séculos se mostram de extrema importância para a sociedade
moderna. A eletricidade é uma forma de energia baseada na geração de diferença de potencial elétrico entre dois
pontos, que permitem estabelecer uma corrente elétrica entre ambos equipamentos eletroeletrônicos, como
computador, chuveiro, televisão, e diversos outros equipamentos que só existem graças à energia elétrica.Neste
contexto, o presente trabalho tem como principal objetivo refletir sobre a real situação do consumo de energia
elétrica nas residências, comércios e empresas da região, visando identificar se o horário de verão economiza ou
não energia. A pesquisa baseou-se em uma abordagem quantitativa através de um levantamento do consumo de
energia elétrica em kWh no ano de 2013 na região do município de Taió. Diante dos fatos levantados, observa-se
que á uma diferença mínima entre a mudança de horário, sendo que na zona rural isso não é fato, pois, nesta
época o consumo de energia aumenta.

Palavras-chave: Energia Elétrica. Consumo. Potência.

INTRODUÇÃO

Os avanços tecnológicos dos últimos séculos se mostram de extrema importância


para a sociedade moderna. Equipamentos eletroeletrônicos, como computador, chuveiro,
televisão, aparelhos de som, condicionadores de ar, aquecedores, e diversos outros
equipamentos que só existem graças à energia elétrica.
A eletricidade é uma forma de energia baseada na geração de diferença de potencial
elétrico entre dois pontos, que permitem estabelecer uma corrente elétrica entre ambos, pois é
uma das formas de energia que a humanidade mais utiliza na atualidade graças a sua
facilidade de transporte e produção feita através de turbinas geradoras, sendo essa
fundamental sua importância para o desenvolvimento das sociedades atuais.
Ela pode ser convertida para gerar luz, força, movimentar motores, alimentar
máquinas industriais e fazer funcionar diversos produtos elétricos e eletrônicos que há em
casas e no comércio. Produzida através de recursos naturais como água, sol, e vento e sendo
considerada uma forma de energia limpa, pois apresenta baixos índices de produção de
poluentes em todas as fases de produção, distribuição e consumo. Além disso, é uma fonte
renovável, pois nunca ira se esgotar. Com exceção da energia nuclear e a produzida a partir da
queima de combustível fóssil, que já não é tão utilizada por ter grandes índices de poluição,
sendo substituída pelas citadas acima. As companhias energéticas utilizam o KWh para a
medição do consumo de energia elétrica de um determinado estabelecimento.
Sendo que os estágios de desenvolvimento da humanidade podem ser relacionados,
respectivamente, com sua necessidade de consumo de energia.

MATERIAIS E MÉTODOS

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Luiz Bértoli – Taió.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EEB Luiz Bértoli, michiquetti@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

559
Energia elétrica é uma forma de energia baseada na geração de diferenças de
potencialelétrico entre dois pontos, que permitem estabelecer uma corrente elétrica entre
ambos. Mediante a transformação adequada é possível obter que tal energia mostre-se
mostre em
outras formas finais de uso direto, em forma de luz, movimento ou calor, segundo os
elementos da conservação da energia.

Energia é a propriedade de sistema que lhe permite realizar um trabalho. Pode ter
várias formas: potencial, mecânica, química, eletromagnética, elétrica, entre outras.
Estas várias formas de energia podem ser transformadas uma nas outras.
(www.edp.com.br).

A energia elétrica como forma intermediária, é forte colaboradora do processo


tecnológico. É muito mais eficiente converter grandes blocos de energia mecânica,
mecânic eólica ou
nuclear em elétrica nas estações de geração para, depois, usando linhas de transmissão, enviá-
enviá
la aos usuários, que, com seus aparelhos, a convertam nas diversas formas de uso: calor, som,
luz e imagem.
Ao ser gerada, a energia elétrica é conduzida
conduzida por cabos até a subestação elevadora. Lá,
transformadores elevam o valor da tensão elétrica (voltagem). Em alta voltagem, a
eletricidade pode percorrer longas distâncias. Ao chegar próximo onde será consumida, a
voltagem da energia é reduzida novamente,
novament através de transformadores.
O consumo de energia elétrica depende da potência do aparelho utilizado e do tempo
de utilização. Os aparelhos elétricos possuem diferentes potências, consumindo mais ou
menos energia. Essa potência é expressa em watts (W) e deverá estar mencionada na placa de
identificação afixada no próprio aparelho.
É o medidor de energia elétrica (relógio de luz) que registra o consumo de
eletricidade. Mensalmente a EDP no Brasil realiza a leitura do consumo, para que seja emitida
a faturaa (conta) de energia elétrica. O consumo do mês é calculado com base na diferença
entre a leitura obtida no mês em curso e a do mês anterior.
Na área ambiental, o quilowatt mais eficiente é o que não consumimos. Para uma
matriz elétrica sustentável, não basta
basta boa vontade, ideologia ecológica ou visão ambiental
estratégica. É inegável a importância das fontes alternativas e renováveis sob o aspecto de
alternativa para a matriz energética nacional.
A sustentabilidade necessita de uma abordagem interdisciplinar,
interdisciplin pois, para a
sustentabilidade existem vários critérios: o social, cultural, ecológico, ambiental, econômico,
político, entre outros. A sustentabilidade busca o equilíbrio e adequação entre estes critérios.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Seria fazer com que todos, de forma planejada, se desenvolvam de forma linear e continua
sem grandes perdas em alguns dos critérios. Consumo é aquilo que o indivíduo adquire para
satisfazer suas necessidades habituais.
Consumismo faria parte desta realidade imposta aos indivíduos por esta “sociedade
de consumo”. Seria esta necessidade de consumo exacerbado, buscando incessantemente por
produtos cada vez mais descartáveis. A vida toda girará em torno de adquirir e descartar
produtos para adquirir novamente. Os indivíduos terão a suas diferentes valorações
valoraç dentro da
sociedade determinada pelo seu poder de compra. Criando uma batalha intrínseca para a
busca do poder do consumo.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
A partir de recursos naturais, da energia é necessária para crias bens, bem como para
o fornecimento de grande parte dos serviços destinados ao benefício das pessoas.
(http://www.pucrs.br).

Com isso este trabalho tem objetivo de conhecer a realidade sobre o consumo de
energia elétrica dos 1° anos do Ensino Médio Inovador da Escola de Educação Básica Luiz
Bertoli e de suas famílias, juntamente com o comércio e empresas da cidade de Taió,
analisando alguns critérios como habitação, número de pessoas por família, gasto com o
consumo de energia elétrica, métodos de economia, consumo mensal e a quantidade de KWh
consumidos.

RESULTADO E DISCUSSÕES

1. Pesquisa realizada com os alunos dos 1º anos do ensino médio da Escola de Educação
Básica Luiz Bertoli.

Tabela 1: Onde você mora? Zona urbana ou zona rural?


Zona Frequência Frequência Frequência
absoluta relativa Percentual
Rural 73 0,41 41%
Urbana 105 0,59 59%
Total 178 1 100%
Fonte: Autoras.

Tabela 2: número de pessoas por residência?


Número de Frequência Frequência Frequência
pessoas Absoluta Relativa Percentual
Até três pessoas 58 0,33 33%
Quatro pessoas 60 0,34 34%
Cinco pessoas 36 0,20 20%
Mais de cinco 24 0,13 13%
pessoas
Total 178 1 100%
Fonte: Autoras.

Tabela 3: Na sua casa, qual é o aparelho que gasta mais energia elétrica?
Aparelho Frequência absoluta Frequência percentual
Lâmpadas 16 9%
Chuveiro 67 37,7%
Ferro de passar roupas 2 1,1%
Rádio, Televisão e Computador 60 33,7%
Freezer 20 11,2%
Outros 13 7,3%
Total 178 100%
Fonte: Autoras.
ANAIS – XXXFCMat

561
Tabela 4: Em sua casa, você e sua família utilizam algum método para economizar energia?
Respostas Frequência absoluta Frequência percentual
Sim 110 61,8%
Não 68 38,2%
total 178 100%
Fonte:Autoras.

Dos 178 alunos que dizem economizar energia elétrica de alguma forma, os métodos
mais utilizados são no banho e com as lâmpadas.

2. Para a coleta de dados,cada aluno teria que trazer o número de kWs gasto durante os meses do
ano de 2013, presentes nas faturas de energia elétrica para fazer uma análise no período de um
ano, tendo uma média de consumo do meio urbano e do meio rural, com o objetivo dever se o
horário de verão influência de alguma forma na economia de energia no nosso município e
quais são os períodos do ano que o consumo é maior ou menor e os fatores que influenciam.
influenciam

Tabela 5: Zona rural


Zona
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez média
rural
Ana
2600 2287 1199 736 880 739 842 823 833 777 1721 1701 1261,5
Maria
Fonte: Autoras.

Tabela 6: Zona urbana


Zona
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez média
Urbana
Tiago 191 181 173 188 219 200 230 201 222 240 200 202 203,9
Fonte:Autoras.

3. Outra pesquisa realizada, foi sobre o valor médio pago por mês de energia elétrica.

Tabela 7: Valor médio pago por mês de energia elétrica.


Valor (R$) Frequência absoluta Frequência percentual
[0---50[ 10 5,7%
[50---100[ 75 42,1%
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

[100---150[ 51 28,6%
[150---200[ 26 14,6%
[200---250[ 16 9%
Total 178 100%
Fonte: Autoras.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tão importante quanto à definição do que seja energia, é o fato de termos


consciência de que a energia existe em grande quantidade no universo e que ela não aumenta
nem diminui, mas passa por inúmeras transformações, sendo uma hora energia de um tipo e

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
outra hora de outro, e nós seres humanos, que com a nossa inteligência, conseguimos
transformá-las de acordo com as nossas necessidades e interesses, temos a responsabilidade
de cuidar para que ela não seja desperdiçada e mal utilizada.
Percebendo assim que o consumo de energia independe do horário de verão, sendo
que o mesmo foi comprovado que não à diferença com a mudança, esse tendo como principal
objetivo o melhor aproveitamento da luz natural ao entardecer, o que deveria proporcionar
substancial redução na geração da energia elétrica que se destina à iluminação artificial.
Com isso combater o desperdício de energia elétrica não significa abrir mão do
conforto. Pode-se aproveitar todos os benefícios que a energia oferece na medida certa, sem
desperdiça.

REFERÊNCIAS

CAVALCANTE, Kleber. Energia Elétrica. Disponível em:<http//www.brasilescola.com>.


Acesso em 10 de julho de 2014.

SILVA, Marcelo S. da. Energia Elétrica. Saiba o que é, fontes de energia elétrica, produção,
usinas hidroelétricas, transmissão. Disponível em<http//www.suapesquisa.com. Acesso em 12
de julho de 2014.
ANAIS – XXXFCMat

563
A MATEMÁTICA CONTRIBUI E COMPROVA AS VANTAGENS DO
USO DO BIODIGESTOR ANAERÓBICO1

HINCKEL, Athos2; SARDÁ, Matheus3; FILHO, Osvaldi Olavo da Silva4.

RESUMO: O presente projeto tem como principal objetivo demonstrar a importância do uso de tecnologias
alternativas em propriedades da zona rural da região de Ituporanga, em especial no município de Petrolândia-SC.
Petrolândia
Na atualidade, o mundo tem se mobilizado em busca de tecnologias alternativas para substituir os combustíveis
fósseis na produção de energia. O principal objetivo deste trabalho é apresentar as tecnologias limpas, renováveis
e baratas como opções para a minimização dos efeitos nocivos ao meio ambiente dos combustíveis fósseis e
como contribuem para a melhoria da qualidade de vida no e do planeta. O biodigestor é utilizado na produção de
biogás e biofertilizantes, esses ricos em metano e dióxido de carbono. Ele é composto por uma câmara,
totalmente vedada, exceto pelos tubos de entrada e de saída dos materiais e dejetos. Os biodigestores favorecem
a fermentação dos dejetos através do processo anaeróbico, graças ao ambiente fechado que impede a entrada de
ar no sistema. O biogás produzido é uma fonte de energia
energia renovável e limpa, já que, o biogás não desprende
fuligem quando é queimado, liberando uma quantidade mínima de poluição.

Palavras-chave: Biodigestor. Energia limpa. Tecnologia Alternativa.

INTRODUÇÃO

Com o aumento da demanda energética no atual contexto mundial, a implantação de


fontes alternativas de energia torna-se
torna se cada vez mais necessária. Entretanto, é preciso analisar
tanto os seus impactos ambientais, bem como sua viabilidade econômica e financeira.finance Sob
esta ótica, um setor que tem demonstrado possuir um grande potencial para a produção de
energia elétrica é através do uso de biodigestores. Este sistema de geração de energia
apresenta inúmeras vantagens, tanto técnicas quanto econômicas, destacando-se
destacan a mitigação
do impacto ambiental associado ao interesse de empresas estrangeiras no financiamento deste
método, visando o direito de exclusividade na obtenção do crédito carbono durante um
período de tempo pré-estabelecido.
estabelecido.
O presente trabalho propõe-se
propõe se a avaliar o potencial de produção de energia elétrica e a
viabilidade econômica da utilização dos biodigestores anaeróbicos em uma granja de
codornas localizada no município de Petrolândia – Santa Catarina. desenvolvimento do
trabalho, sendo que, durante te a visita percebemos que o biogás desta granja é obtido de
excrementos de codornas. O Biogás é um combustível gasoso com um conteúdo energético
elevado, semelhante ao gás natural, composto, principalmente, por hidrocarbonetos de cadeia
XXX Feira Catarinense de Matemática

curta e linear. Elee pode ser utilizado para geração de energia elétrica, térmica ou mecânica em
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

uma propriedade rural, contribuindo para a redução dos custos de produção. Por exemplo, no
Brasil, os biodigestores rurais vêm sendo utilizados, principalmente, para saneamento rural, r
tendo como subprodutos o biogás e o biofertilizante.
A energia do Biogás pode ser produzida artificialmente com o uso de um
equipamento chamado biodigestor anaeróbico.

1
Categoria: Ensino Médio;; Modalidade:
Modalidade Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Roberto Moritz - Ituporanga.
Ituporanga
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor.
4
Professor Orientador, EEB Roberto Moritz de Ituporanga, vide.geo@bol.com.br.
vide.geo@bol.com.br

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Percebendo a importância desse sistema, procuramos aprofundar nosso
conhecimento sobre o sistema, entendemos que a implantação dessas tecnologias nas
pequenas propriedades rurais é viabilizada pelos baixos custos dos materiais usados em sua
construção. Com o envolvimento e o interesse das próprias comunidades ao implementar esse
tipo de tecnologia nas pequenas propriedades, o produtor desfrutará de fonte de energia
barata, de economia com fertilizantes, a diminuição do consumo, sua manutenção no campo e
na preservação ambiental. O desenvolvimento do trabalho se fez através da revisão
bibliográfica de artigos e manuais de capacitação, esses abordando a construção e os
benefícios do uso de tecnologias alternativas como os biodigestores e uma visita de campo.

MATERIAL E MÉTODOS

Nesse contexto, os alunos do 3º Ano do Ensino Médio da Escola de Educação Básica


Roberto Moritz confeccionaram uma réplica de um biodigestor para apresentar o uso e seus
benefícios, sendo que, em parceria com a professora de matemática foram elaboradas pela
turma algumas questões de matemática para enriquecer o trabalho e demonstrar
matematicamente o uso e benefícios do biogestor construído pelos próprios alunos. Todos se
empenharam e participaram ativamente nas atividades durante todo o processo de
desenvolvimento do trabalho.
Na visita, os alunos, observaram o funcionamento do biodigestor, como o gás produz a
energia elétrica e, como os dejetos das aves que são depositadas no biodigestor, evitam a
poluição da atmosfera. E depois de algum tempo os dejetos servem de esterco orgânico que
pode ser usado na agricultura.
Nesse momento os alunos fotografaram, mediram espaços, comprimento, largura, altura
e observaram detalhadamente o funcionamento do biodigestor. Realizaram várias perguntas
sobre as vantagens e desvantagens de se produzir um sistema deste em uma propriedade rural.
Os alunos para confeccionar a réplica do biodigestor usaram vários tipos de material,
como:isopor, arame, lona, papelão entre outros.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A análise feita na visita técnica resultou na obtenção de dados operacionais que


forneceram base para discutir a viabilidade do processo implantado. Com um porte de 1.500
aproximadamente, obtém-se em média, uma produção de 206 m3 de dejetos por dia, os quais
produzem aproximadamente 2.000 m3 de biogás. Com a utilização de um gerador de
aproximadamente 70kVA, consome-se cerca de 36m3 de gás por hora. Observa-se que a
produção de biogás é excedente, sendo aproveitados apenas 30% da produção total, a fim de
suprir a demanda de consumo diária, tornando o sistema autossuficiente. Atualmente, a
economia mensal na fazenda, considerando que o gerador opera somente 10 h diárias, é de
cerca de 50% na fatura de energia elétrica. Adicionalmente, o processo fornece como
subproduto o biofertilizante, o qual possui grande potencial para uso na engorda das aves.
A biodigestão anaeróbia é bastante exigente e necessita de controle de alguns fatores
para que haja um melhor aproveitamento do sistema de digestor:
ANAIS – XXXFCMat

565
1. Temperatura: a temperatura dentro dos biodigestores deve ser controlada para que se atinja
a produção desejada. As bactérias responsáveis
responsáveis pela biodigestão são bastante sensíveis a
variações bruscas de temperatura (variações de 3ºC já são suficientes para provocar a morte
da maioria das bactérias digestoras), por isso, em locais onde a amplitude térmica seja elevada
deve-se dispor de sistemas de aquecimento ou resfriamento auxiliares.
2. Tipo de resíduos: o tipo de matéria orgânica utilizada também é fundamental uma vez que é
necessário manter uma relação carbono/nitrogênio
carbono/ favorável e a quantidade de sólidos
voláteis deve ser grande o suficiente para garantir uma boa produtividade (estes fatores
dependem do tipo de matéria orgânica utilizada).
3. Tempo de retenção: o tempo de retenção também influi no rendimento do biodigestor. Isso,
porque a retirada precoce do substrato do biodigestor
biodigestor resulta em ineficiência pela não
utilização de todo o potencial da matéria orgânica, enquanto que a retirada tardia significa
ineficiência por perda de tempo desnecessária.
4. Presença de substâncias tóxicas: a presença de substâncias tóxicas no substrato sub é
extremamente nociva ao processo uma vez que pode eliminar as bactérias decompositoras
comprometendo o processo de produção do biogás.
5. PH: o pH também deve ser controlado. Se o pH estiver muito ácido as bactérias
metanogênicas (que transformam os o ácidos orgânicos em biogás) são eliminadas.
6. Relação carbono / nitrogênio: a relação entre a quantidade de carbono e nitrogênio do
substrato é fundamental para haja a formação dos ácidos orgânicos que serão transformados
pelas bactérias metanogênicas em biogás. A proporção ideal está em torno de 1:30 ou 1:20.
Muito mais ou menos do que isso, ocasionará perdas significativas ao processo de
biodigestão.
7. Quantidade dee água: o biodigestor funciona por carga hidráulica e, portanto, necessita de
certa quantidade de água para funcionar. Por isso, matérias orgânicas com baixa
umidade necessitam de um acréscimo de água (de acordo com o tipo de matéria) para que se
atinja uma relação propícia. O esterco bovino, por exemplo, apresenta em média 85% de água
necessita de 100% do seu volume de água (proporção de d 1:1).
A lona que cobre o Biodigestor estudado tema forma de uma parábola. Comprove a
largura e a altura da lona, sabendo-se
sabendo se que o buraco tem 9m de comprimento e 5m de largura.
A (0;2) B(2,5;0) C(-2,5;0)
2,5;0) Y=a²X+bX+C=0
A 2=0² +0x +1
B 0=2,5²x +2,5x +1
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

C 0=(-2,5)²x -2,5x +1

0 0 1 0 0
6,25 2,5 1 6,25 - 2,5
6,25- 2,5 1 6,25 - 25

D= -15,625-15,625=
15,625= D= -31,25

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MATEM
DA = 2 0 1 2 0
0 2,5 1 0 2,5
0 - 2,5 1 0 -2,5

5+ 5 = 10
DB = 0 0 1 0 0
6.25 2,5 16 25 2,5
6,25 - 2,5 1 625 - 2,5

DA 12,5 – 12,5 =0

DC = 0 0 2 0
6.25 2,5 0 625 2,5
6,25 - 2,5 0 625 - 2,5

DC = -31,25 – 3,25= 62,5




CONCLUSÃO

Mesmo com a desvantagem de possuir um elevado custo inicial e a falta de incentivo


governamental, o processo de biodigestão anaeróbico, é considerado viável, pois possui um
retorno financeiro em curto prazo, dado as altas constantes na tarifa de energia elétrica. A
baixa necessidade de manutenção e a geração de energia elétrica associada a um processo que
mitiga o impacto ambiental de uma atividade considerada pelos órgãos ambientais como
sendo potencialmente causadora da degradação ambiental, gera um grande interesse ao setor
de energias alternativas.
ANAIS – XXXFCMat

567
Acrescente-se
se ainda, que o Brasil não possui um forte incentivo nesta área. Conclui-
Conclui
se, então, que a implantação de um sistema de biodigestores na granja é altamente viável e
vantajosa dentro de seu limite de espaço e produção.

REFERÊNCIAS

DANTE, Luis Roberto. Matemática.


Matemática São Paulo: Ática,2012.

MARCONDES, Gentil Sérgio – Matemática Novo Ensino Médio – Volume único. 2002.
Editora Ática.

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MATEM
A MATEMÁTICA DA BOLA1

MACEDO, Leticia Dalla Costa2; ANSILIERO, Stefani3; BURGEL, Karine4.

RESUMO: 2014 o Brasil como sendo o ano da copa então, os alunos da 2 série do ensino médio foram
incumbidos de desvendar a matemática da bola, entender suas dimensões, suas formas geométricas ,
compreender os aspectos históricos, químicos e físicos desse objeto tão simples capaz de mover multidões . Na
pesquisa descobriu-se que a bola é um objeto histórico. Na matemática a geometria está totalmente envolvida
com a fabricação e o entendimento sobre as bolas, como o teorema de Euler, que o problema apresentado pela
bola Jabulani. A ligação da bola e a química onde três químicos descobriram uma nova forma alotrópica de
carbono, o fulereno. Aos olhos da Matemática, a molécula recém-descoberta é um icosaedro truncado, base
geradora das formas da bola. Criar essa relação entre a bola e conceitos matemáticos, históricos e físicos foi uma
grande descoberta e conseguiu concretizar a interdisciplinaridade.

INTRODUÇÃO

O ano de 2014 marca a história do Brasil como sendo o ano da copa em casa. O
mundo moveu seus olhos para nós, o país parou, fomos durante um mês o templo do futebol.
A princípio procurava-se conceitos matemáticos, contudo, no desenvolvimento da
pesquisa descobrimos que a bola é também um objeto histórico pois existem relatos de
desenhos realizados em cavernas há mais de 3.0000 anos retratando homens segurando
objetos esféricos feitos com pedras.
Desse início até que a bola aterrissasse em solo brasileiro passou-se muito tempo. Ela
foi trazida por Charles Miller, jogador de extrema habilidade, com uma vasta experiência e
perfeito domínio das regras do futebol, no ano de 1894 se transformando em protagonista de
alegrias e comemorações.
Na matemática a geometria está totalmente envolvida com a fabricação e o próprio
entendimento sobre as bolas, como é o caso do teorema de Euler e o problema apresentado
pela bola Jabulani na Copa de 2010. Tal problemática surgiu basicamente pelo fato da bola
não ser “arqui mediana".
De outro lado, a ligação da bola e a química, por assim dizer, deu-se em 1985, quando
a comunidade científica foi surpreendida por um artigo da revista Nature, no qual três
químicos anunciavam a descoberta de uma nova forma alotrópica de carbono, o fulereno -
molécula com 60 átomos de carbono, cada um ligado a outros três. Aos olhos da Matemática,
a molécula recém-descoberta é um icosaedro truncado, base geradora das formas da bola.
Curiosamente, a partida final da primeira Copa do Mundo, disputada entre Uruguai e
Argentina, foi marcada por uma polêmica relacionada à bola. Os jogadores de cada time
queriam disputar a partida com sua própria bola, sendo a argentina ligeiramente menor e mais
leve do que a uruguaia. Depois de muita discussão, decidiu-se que cada tempo seria disputado
com uma das bolas. O sorteio indicou a bola argentina no primeiro tempo e a do Uruguai no
segundo. Coincidência ou não, o primeiro tempo do jogo terminou 2 a 1 para os argentinos,
placar que foi revertido no 2° tempo pelos uruguaios para 4 a 2.

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Frei Evaristo – Iomerê.
2
Aluno Expositor, leticiamdallac@gmail.com.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EEB Frei Evaristo, koreburgel@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

569
A bola da Copa do Uruguai era constituída, internamente, por um balão de borracha e
externamente por 12 gomos
mos de couro.

MATERIAIS E MÉTODOS

Criar essa relação entre um objeto tão simples, o amor que ele é capaz de desenvolver
e conceitos matemáticos, históricos e físicos foi uma grande descoberta e conseguiu realizar
com méritos o que chamamos de interdisciplinaridade.
interdiscip
A bola de futebol pode ser vista como modelo de um sólido geométrico. Para poder
entender a geometria na bola de futebol é necessário entender alguns significados de formas
geométricas presentes na estrutura interna das bolas.
Começaremos pelos conceitos iniciais que darão forma a esse solido geométrico. O
pentágono é um polígono com cinco lados, a soma de seus ângulos internos é 540º 540 , ou seja,
num pentágono regular cada ângulo interno tem a medida de 180º e seu ângulo central é de
72º.
O hexágono é um polígono com seis lados,sendo regular com todos os lados do
mesmo tamanho,pode ser decomposto de seis triângulos equiláteros, com os três trê lados
iguais,cada triangulo possui três ângulos de 60º.O pentágono e o hexágono por assim são a
base da origem do icosaedrotruncadoque
icosaedrotruncadoque é um dos treze poliedros conhecidos como sólidos
de Arquimedes.
Essa foi a estrutura geométrica da bola de 1970:

O icosaedro truncado pode ser obtido a partir do icosaedro.É formado por 20 faces
triangulares regulares, com 12 vértices, sendo
sendo que em cada vértice incidem 5 arestas.

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Planificação do Icosaedro:

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Para se obter o icosaedro truncado tomamos um icosaedro sólido e "cortamos" suas
"pontas". Assim a cada vértice
ice do icosaedro corresponde uma pequena pirâmide regular de
base pentagonal que é retirada do icosaedro. A seguir o icosaedro truncado inserido no
esqueleto do icosaedro:

Podemos utilizar um teorema da Geometria Espacial


Espacial para determinar o número de
arestas (lados costurados) e vértices (onde costuras distintas devem ser juntadas) do icosaedro
truncado.
O Teorema de Euler relaciona o número V de vértices, o número A de arestas e o
número F de faces de um poliedro convexo qualquer (como é o caso de nosso icosaedro
truncado) através da fórmula:

.
Esta fórmula na verdade nos dá uma informação sobre a estrutura topológica da
superfície, sendo que o número 2é a característica de Euler do poliedro.Em
poliedro. nossa bola de
futebol existem 12 faces pentagonais e 20 hexagonais, assim:

Segue do Teorema de Euler que:

Ou seja,

Observe que cada aresta é aresta de exatamente duas faces. Então, contando-se
contando as
arestas de todas as faces e somando, tem-se:
tem

Temos . Segue que .


Em resumo, o icosaedro truncado tem 32 faces (sendo 12 pentagonais e 20
hexagonais), 90 arestas e 60 vértices.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Em 1985, a comunidade científica foi surpreendida por um artigo da revista Nature, em


que três químicos anunciavam a descoberta de uma nova forma alotrópica de carbono, o
fulereno, molécula com 60 átomos de carbono, cada um ligado a outros três.
ANAIS – XXXFCMat

571
Estrutura do fulereno:

Aos olhos da Matemática, a molécula recém-descoberta


recém descoberta é um icosaedro truncado. A
natureza tem especial predileção por estruturas estáveis e, como o fulereno tem a mesma
estrutura geométrica da tradicional bola de futebol, é razoável supor que o enorme êxito desse
formato de bola se deva à rigidez e estabilidade do icosaedro truncado.
Os anos passaram e as alterações aconteceram na estrutura da bola, em 2010, na África
Á
do Sul chega a revolucionária a Jabulani, uma bola com 8 gomos , o que era anunciado como
garantia de melhor aerodinâmica.
Não demorou muito e vieram as críticas dos jogadores: a bola tinha uma especial
predileção por desvios. Com exceção dos patrocinados
patrocinados pela Adidas, a maioria dos jogadores
não poupou críticas à Jabulani.
Na ocasião, as explicações concentravam esforços na busca de uma relação entre essa
trajetória irregular e sua superfície externa de 8 gomos. Até que a Adidas colocou no ar o
vídeoo de divulgação da bola e foi possível levantar outra hipótese: a estrutura interna da
Jabulani é formada por um poliedro regular de 12 faces pentagonais, o dodecaedro.
Que tipo de influência pode exercer a mudança de um icosaedro truncado para um
dodecaedro?
ro? É difícil responder. O que podemos dizer, ao analisar as planificações dos
ângulos poliédricos, é que a “folga” gerada no caso do icosaedro truncado é menor do que a
gerada no caso do dodecaedro.
Em última análise, podemos conjecturar que uma esfera gerada gerada a partir de um
icosaedro truncado é “mais esférica” do que aquela gerada por um dodecaedro.
comparando as planificações:
Jabulani: Tradicionais:
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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Desde os anos 70, portanto, a fabricação da bola tradicional de futebol é feita inflando-
inflando
se um icosaedro truncado de faces flexíveis até se obter um sólido "suavemente" esférico.
A novidade introduzida pela Jabulani é o fato de que o poliedro de material flexível
flexív
inflável nela utilizado é composto apenas por pentágonos regulares. Para entendermos por que

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
uma bola como a Jabulani implica uma trajetória mais irregular do que a da bola tradicional, é
razoável olhar para a planificação das faces a partir de um dos vértices do poliedro e compará-
la com a da bola tradicional.
Observe que o "ângulo de folga" com relação a 360 é menor na bola tradicional do que
na Jabulani, o que, em última análise, implica dizer que, quando inflada, a bola clássica irá
gerar uma superfície mais suave e menos suscetível à trajetória irregular- do que a Jabulani.
Não só nossos jogadores estão "matematicamente" corretos em reclamar da Jabulani,
como também podemos dar um novo apelido a ela: Jabulani, a "bola não arquimediana".

CONCLUSÃO

Considerando as informações expostas podemos dizer que estudar a matemática da


bola nos levou além de nossos objetivos, pois através dela passeamos pela historia, revisamos
e ampliamos conceitos geométricos, descobrimos que moléculas químicas tendem a manter
uma estrutura geométrica sólida e que as considerações da física podem explicar a
peculiaridades da Jabulani.
Nosso projeto abre possibilidades para aperfeiçoar o ensino e a aprendizagem, visto
que um tema tão simplesfoi capaz de nos levar a conectar diversas disciplinas, tornando
alguns conceitos acessíveis e possibilitando o entendimento que o que aprendemos na escola
faz parte da nossa vida , que eles existem estão no nosso dia a dia.

REFERÊNCIAS

Jabulani: El terror em Sudafrica. Disponível em:


http://fisicaconamor.blogspot.com.br/2010/06/jabulani-el-terror-en-sudafrica-2010.html

Jabulani a bola da Copa desvendada pela física. Disponível em:


http://12dimensao.wordpress.com/2010/06/15/jabulani-a-bola-da-copa-desvendada-pela-
fisica/

Bola de futebol. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bola_de_futebol

Noticia. Disponível em: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.

Bola das bolas. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/blogues/bussola/2014/07/bola-


das-bolas

Bolas oficiais Copa do Mundo. Disponível em: http://gizmodo.uol.com.br/bolas-oficiais-


copa-do-mundo/
ANAIS – XXXFCMat

573
A MATEMÁTICA DAS ELEIÇÕES1

RAMOS, Beatriz2; RAIMUNDI, Marciane Elautério da Luz3; BERNARDI, Maiane4.

RESUMO: O presente trabalho foi desenvolvido objetivando a compreensão do Sistema Eleitoral Brasileiro e da
Matemática presente neste. Além disso, outro propósito foi o desenvolvimento de uma pesquisa com os pais dos
alunos do Ensino Médio a fim de obter um diagnóstico referente ao conhecimento
conhecimento destes a respeito do sistema
eleitoral. O trabalho foi realizado pelos alunos da terceira série do Ensino Médio da Escola de Educação Básica
Orides Rovani. Como resultado, os alunos perceberam a importância da matemática e a aplicação desta aos
fenômenos cotidianos, principalmente no Sistema Eleitoral. Perceberam que para chegar ao nome dos candidatos
eleitos, é necessário efetuar vários cálculos e aplicar a matemática estudada por eles em sala de aula. Além disso,
constatou-se que mais de 90% dos os pais dos alunos não conhecem o sistema eleitoral a que confiam seu voto
revelando uma estatística extremamente preocupante.

Palavras-chave:: Sistema Eleitoral. Matemática.

INTRODUÇÃO

Buscando relacionar a matemática com a formação do aluno como um indivíduo in


participativo e consciente do contexto em que se insere, desenvolveu-se
desenvolveu se o presente trabalho
com a temática “eleições”. Este foi edificado a fim de entender o Sistema Eleitoral Brasileiro,
bem como identificar e compreender a matemática existente nessenesse contexto.
Justifica-se
se a importância deste trabalho, pois enquanto membros de uma sociedade
democrática, os atos eleitorais se fazem presença constante, e inclusive obrigatória. Abordar a
democracia e o Sistema Eleitoral Brasileiro na escola implica em dar subsídios para que os
alunos compreendam o direito de participação de todos em todas as decisões que favoreçam a
qualidade de vida em sociedade.
Além disso, o presente trabalho permite que os conhecimentos matemáticos não sejam
estudados de maneira restrita,
strita, mas analisados dentro de um contexto amplo permitindo ao
educando a percepção de que a matemática está intimamente ligada a fenômenos naturais,
fatos e acontecimentos.
O referido trabalho foi desenvolvido com os alunos da terceira série do Ensino Médio,
já que os mesmos encontram--se se na faixa etária de 16 anos em média e, desta forma, aptos a
exercerem o direito de voto para a escolha de representantes políticos. Objetivou-se
Objetivou
principalmente a utilização de conteúdos matemáticos básicos como, regra de d três simples,
porcentagem, números decimais e fracionários e operações fundamentais para a compreensão
do Sistema Eleitoral Brasileiro. Além disso, outro objetivo norteador consistiu na aplicação
XXX Feira Catarinense de Matemática
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do conteúdo de estatística para o desenvolvimento e interpretação


interpretação de uma pesquisa realizada
com os pais dos alunos do Ensino Médio da Escola de Educação Básica Orides Rovani a
respeito do Sistema Eleitoral Brasileiro. Com tal pesquisa pretendeu-se
pretendeu construir um

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Orides Rovani – Ipumirim.
2
Aluno expositor, beatrizraamos@gmail.com.
3
Aluno expositor, marcianeraimundi@hotmail.com.
4
Professora Orientadora,
ra, EEB Orides Rovani, maiane_bernardi@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
diagnóstico referente ao nível de conhecimento dos pais dos alunos, eleitores, acerca do
Sistema Eleitoral de nosso país.

MATERIAL E MÉTODOS

Este trabalho foi desenvolvido durante as aulas de Matemática no período


eleitoral/2014 durante os meses de junho a agosto. Como pretendeu-se compreender o
Sistema Eleitoral e a matemática nele envolvida, a primeira ação do trabalho foi a proposta de
uma pesquisa, que seguiu a seguinte sequência didática:
A tabela abaixo apresenta os cargos disputados nas eleições de 2014 e as respectivas
vagas disponíveis em todo o país:

Tabela 1: Cargos e vagas


Cargo Vagas
Presidente da República 1
Deputado Federal 513
Senador 54
Governador 27
Deputado Estadual 1081
Fonte: as autoras (2014)

1) Referente aos cargos apresentados na tabela, quais são disputados no sistema de


eleições majoritárias? Quais são disputados por meio de eleições proporcionais? Explique os
sistemas de eleições majoritário e proporcional.
2) Nestas eleições, 3 coligações concorrem à presidência da república: Coligação A,
Coligação B e coligação C. Supomos que, no primeiro turno, o candidato da coligação A
obtenha 50.500.300 votos, o candidato da coligação B some 45.500.002 votos e o candidato
da coligação C consiga o total de 45.696.020 votos. Obteve-se ainda um total de 1802 votos
brancos e 1008 votos nulos. Nesta situação, o candidato da coligação A que obteve maior
votação, conseguiu eleger-se no primeiro turno? Explique.
3) Das 513 vagas para Deputado Federal listados na tabela, 16 vagas são destinadas à
Santa Catarina e das 1081 vagas para Deputado Estadual, 40 são para Santa Catarina.
Supondo que no estado há 4 coligações: D, E, F, e G que disputam tais vagas e que cada
coligação receba a quantidade de votos dispostos na tabela a seguir que também apresenta a
quantidade de votos brancos e nulos, responda:

Tabela 2: Coligações e votos


Coligação Votos
D 2.621.775
E 1.998.976
F 93.256
G 50.299
Brancos 1.325
Nulos 1.200
Total 4.766.831
Fonte: as autoras (2014)
ANAIS – XXXFCMat

575
a) A partir dos dados apresentados, qual o valor do quociente eleitoral e do quociente
partidário para os cargos de Deputado Estadual e para Deputado Federal? Calcule o número
de candidatos de cada partido que serão eleitos e explique com foram realizados os cálculos.
A quantidade de vagas foi exata? Como efetuar os cálculos para preencher as vagas que
sobraram?
b) Consideremos que a coligação D tenha 27 candidatos ao cargo de deputado federal
e a coligação F tem 22 candidatos. José, pertence à coligação D e somou 5.456 votos. Pedro
pertence à coligação F e somou 13.234 votos. Considerando esta quantidade de votos e os
dados apresentados, existe alguma possibilidade de Pedro ser eleito e José não conseguir se
eleger? Explique.
se laboratório de informática da escola para efetuar a pesquisa, sendo que esta
Utilizou-se
foi mediada pela professora de Matemática envolvida com o projeto. Cabe ressaltar que os
alunos
unos possuíam um conhecimento prévio de todos os conteúdos matemáticos envolvidos
com a problemática. Posterior à pesquisa, foram propostos momentos de discussão em grupo
e em seguida, a socialização dos resultados obtidos pelos alunos. Alguns questionamentos
questionamen não
foram totalmente comtemplados pelos educandos. Assim, ocorreu a intervenção da professora
com o objetivo de orientar o que não havia sido totalmente compreendido.
Após os alunos compreenderem os cálculos envolvidos no sistema eleitoral Brasileiro
e responderem a sequência didática proposta, realizou-se
realizou se uma pesquisa com os pais dos
alunos do Ensino Médio de nossa escola, com o objetivo de saber o que estes, eleitores,
conheciam a respeito desse sistema. Para esta pesquisa foi utilizado o questionário
questionári como
ferramenta, sendo que este foi desenvolvido pelos alunos envolvidos no trabalho. Por fim, os
discentes analisaram os dados obtidos e elaboraram gráficos estatísticos a partir das respostas
dos pais.
Os materiais utilizados foram basicamente folhas de de papel ofício, lápis, canetas,
borrachas, calculadoras e o laboratório de informática.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir da proposta de trabalho desenvolvida, os alunos chegaram a várias


constatações importantes. Inicialmente compreenderam que o Sistema Eleitoral
Eleitoral Brasileiro é
composto pelo sistema majoritário e pelo sistema proporcional.
Pelo sistema Majoritário são disputados os cargos de presidente, governador, senador
e prefeito. Para que a eleição de um candidato a estas vagas ocorra, é necessário obter obt a
XXX Feira Catarinense de Matemática
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maioria simples ou relativa dos votos. A maioria simples ocorre nos casos em que é eleito
aquele que obtiver a maioria dos votos apurados. Nessa situação, o número de eleitores deve
ser de até 200 mil. Caso o número de eleitores seja superior a este número,
número, exige-se
exige a maioria
absoluta, ou seja, o candidato deve obter, no mínimo, 50% dos votos mais um dos votos
válidos. Quando isso não ocorre, se faz necessário segundo turno.
Já o sistema proporcional é utilizado para os cargos de deputado (federal, estadual
est e
distrital) e para vereador. Neste sistema, há a exigência da realização de alguns cálculos a
mais para se chegar aos candidatos eleitos. Inicialmente é necessário o cálculo do coeficiente
eleitoral para definir os partidos e/ou coligações que tem direito
direito a ocupar as vagas em disputa.
O quociente eleitoral é calculado dividindo-se
dividindo se o número de votos válidos pelo número de

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a
meio, equivalente a um, se superior.
Os partidos que obtiverem votação igual ou superior ao quociente eleitoral têm direito
a eleger candidatos. Para chegar aos nomes dos candidatos eleitos, é preciso ainda determinar
o quociente partidário, dividindo-se a votação obtida por cada partido (votos nominais + votos
na legenda) pelo quociente eleitoral. Neste caso, despreza-se a fração, qualquer que seja. O
número obtido dessa divisão é o número de deputados que ocuparão, em nome do
partido/coligação, as cadeiras do Poder Legislativo.
O quociente desta divisão por vezes apresenta-se de forma fracionária, e assim, ainda
têm-se uma sobra de vagas, visto que não pode eleger-se 1,7 candidatos por exemplo. Assim,
desenvolve-se um novo cálculo para o preenchimento das vagas remanescentes. Para isso,
divide-se o número de votos válidos atribuídos a cada partido pelo número de lugares por ele
obtido, mais um, cabendo ao partido que apresentar a maior média um dos lugares a
preencher. Este procedimento deve ser repetido para a distribuição de cada um dos lugares.
Todas essas conclusões foram obtidas pelos alunos a partir dos cálculos que
desenvolveram na sequência didática proposta e pela pesquisa efetuada. Os resultados não se
consolidaram de maneira simples. Conforme Neto (2009, p. 48): “Em resumo, vale ressaltar
mais uma vez a complexidade do sistema eleitoral proporcional vigente em nosso País, sendo
que a grande maioria de eleitores não o conhece em sua totalidade”, o que também se
comprovou na pesquisa realizada com os pais. Ainda segundo Cardoso (2009. p.7):
“Enquanto membros de sociedades democráticas, os atos eleitorais são para nós uma presença
constante, não existindo o hábito de questionar a sua pertinência ou validade.” E esta
realidade precisa ser mudada, precisamos compreender como funciona nosso Sistema
Eleitoral, para ter o mínimo de criticidade ao exercer o direito do voto.
Com relação à pesquisa com os pais os resultados obtidos foram preocupantes. Eles
foram indagados se conheciam o sistema majoritário e o sistema proporcional e como
resultado, 100% dos pais responderam que não conheciam, dado que muito nos preocupou.
Quando questionados se compreendiam quando há necessidade de segundo turno nas
eleições para presidência da república, 56% responderam que não e 44% apontaram que sim.
Porém desses 44%, apenas 43% explicaram corretamente, o restante, apesar de ter afirmado
saber, responderam com argumentos incorretos. Os alunos fizeram a coleta dos dados do
questionário e desenvolveram gráficos para expressar a pesquisa.

CONCLUSÕES

Por fim, ressalta-se que o trabalho se apresentou relevante tanto para os alunos que o
desenvolveram, quanto para a comunidade escolar como um todo. Isso porque, devido à
maioria não conhecer o funcionamento do sistema Eleitoral Brasileiro, o referido trabalho
contribuiu para que estes conhecimentos fossem difundidos, e desta forma, também cooperou
para o pleno exercício da cidadania. Além disso, compreendeu-se a matemática, como uma
ciência intrínseca aos segmentos da sociedade, e necessária à compreensão da realidade no
contexto em que encontramo-nos inseridos.
ANAIS – XXXFCMat

577
REFERÊNCIAS

CARDOSO, C. G. S. A matemática das eleições. 2009. 187f. Dissertação (Mestrado em


Matemática para professores, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, departamento
de Matemática).

SILVA NETO, M. S. O sistema eleitoral proporcional no Brasil. 2009. 80f. Monografia


(Pós-Graduação
Graduação Lato Sensu em Direito Constitucional, 1º semestre de 2008, do Instituto
Brasiliense de Direito Público - IDP).

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
A MATEMÁTICA DOS FRACTAIS1

CADORE, Gabrielli2; CUNHA, Mariana Luciele3; SCHMITZ, Ana Flávia Batilani4.

RESUMO: O presente trabalho teve como objetivo inserir os conceitos da Geometria Fractal no ensino médio,
sendo esta pertencente à matemática contemporânea criada por Benoit Mandelbrot a partir do século XX. O tema
foi abordado com alunos da primeira série do ensino médio, da escola EEM Yvonne Olinger Appel tendo como
foco: definição, construção e aplicação. Para isso foram escolhidos alguns fractais, dentre eles o triângulo e o
tapete de Sierpinski, e relacionou-os com conteúdos matemáticos presentes no currículo escolar: geometria
euclidiana, dimensão, progressão geométrica, área, logaritmos, entre outros. Além dos fractais com padrões
geométricos pode-se encontrar na natureza, alguns fractais com auto-semelhança na sua fragmentação,
exemplos: o brócolis, a couve-flor, os vasos sanguíneos, ramificações de árvores, raios. O tema tem conexões
com várias ciências e possui aplicações no avanço da tecnologia. Os alunos aprenderam matemática de forma
mais prazerosa e compreenderam a importância da pesquisa na construção do conhecimento.

Palavras-chave: Geometria Fractal. Ensino Médio. Matemática.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho teve como tema a geometria fractal. Segundo o dicionário Aurélio
online sobre o conceito de fractal: Fractal é “um objeto matemático cuja criação ou forma só
encontra regras na irregularidade ou na fragmentação”. Neste sentido fractais são figuras que
podem ser quebradas e representadas em infinitas dimensões de cópias de si próprias. Difere
da geometria euclidiana que busca aproximar estruturas físicas com os elementos: o ponto, a
reta, o plano e suas combinações.
Criada no século XX pelo matemático francês Benoit Mandelbrot, a geometria fractal
surgiu com a necessidade de representar em outras dimensões os fenômenos da natureza. Na
geometria euclidiana as dimensões são números inteiros, exemplo: um ponto (dimensão zero),
uma reta (dimensão 1), um quadrado (dimensão 2), um cubo (dimensão 3), já a geometria
fractal apresenta uma dimensão que não se pode representar com números inteiros, pois tem
intuitivamente a noção de preenchimento de espaço.
Destacando alguns tipos de fractais temos, os geométricos que são construídos com
modelos matemáticos e progressões geométricas, os aleatórios construídos com o uso de
softwares e os fractais encontrados na natureza.
Os fractais geométricos mais conhecidos que vamos abordarmos em nosso trabalho
são: triângulo e o tapete de Sierpinski.
Os fractais encontrados na natureza são de auto-similaridade. Levam essa definição,
por terem semelhança nas suas cópias em outras dimensões, como por exemplo: o brócolis, a
couve-flor, os vasos sanguíneos, ramificações de árvores, raios, entre outros.
O objetivo principal do projeto é inserir os conceitos da Geometria Fractal na primeira
série do ensino médio da EEM Yvonne Olinger Appel, abordando os conteúdos presentes da
proposta curricular e trabalhando com a interdisciplina. Buscamos mostrar que os fractais é
uma metodologia muito importante na matemática, pois através do conteúdo presente nela
1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEM Yvonne Olinger Appel – Brusque.
2
Aluna do Curso de Ensino Médio, gabriellicadore.gc50@gmail.com.
3
Aluna do Curso de Ensino Médio, mari_vasco14@hotmail.com.
4
Professor Orientador, EEM Yvonne Olinger Appel, anafbschmitz@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

579
podemos estudar conceitos como: geometria euclidiana, dimensão, progressão geométrica,
perímetro, área, conjuntos numéricos, logaritmos, entre outros.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido através de pesquisas na internet sobre o assunto


“Geometria Fractal”. Conhecendo o assunto os alunos construíram os fractais de Sierpinski
utilizando régua, compasso, transferidor e lapiseira.
Os alunos procuraram na natureza
natureza exemplos de fractais e utilizaram câmera digital
para fotografar as imagens. Através de pesquisas na internet os estudantes encontraram
aplicações da geometria fractal. Uma das aplicações que os alunos tiveram curiosidade em
pesquisar e aplicar o conhecimento
onhecimento se refere ao avanço tecnológico na construção de antenas
fractais de celulares e HDTV.
Os estudantes construíram uma antena fractal artesanal para mostrar a aplicação dos
fractais na tecnologia.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao longo desse texto detalharemos


detalharemos os objetos estudados da Geometria Fractal pelos
alunos da primeira série do ensino médio.

2.1 O TRIÂNGULO DE SIERPINSKI

O procedimento para obter o triângulo de Sierpinski consiste em dividir um triângulo


equilátero em quatro triângulos semelhantes,
semelhantes, sendo um destes triângulos invertido em relação
ao original. Este triângulo invertido é retirado, sobrando apenas os outros três triângulos. O
próximo passo segue da mesma forma, a cada triângulo é executado o mesmo processo, até
infinitas interações.

Figura 1 – Triângulo de Sierpinski até a quarta iteração.


XXX Feira Catarinense de Matemática
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2.2 O TAPETE DE SIERPINSKI

Neste fractal partimos de um quadrado, dividindo-o


dividindo o em nove pequenos quadrados
iguais, e eliminando o central. Em seguida, vamos aplicando esse mesmo processo em cada
um dos oito quadrados restantes, até infinitas interações.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Figura 2 – Tapete de Sierpinki até a quarta interação.

Os alunos reproduziram em sala de aula cartazes com alguns fractais: Triângulo e


Tapete de Sierpinski, a Curva de Koch e o Conjunto
Conjunto de Cantor. Além disso utilizamos o
software Fractal Tool online para adquirir mais conhecimentos na construção e na tabela de
dados de um fractal.

2.3 FRACTAIS NA NATUREZA

Além dos objetos citados acima podemos encontrar fractais na natureza com auto- au
semelhança na sua fragmentação, exemplos: a couve-flor,
couve flor, o brócolis, os raios, a costa
brasileira, ramificações de árvores e vasos sanguíneos.
Esses fractais não podem ser descritos apenas com a geometria euclidiana, pois
possuem irregularidades e complexidades
complexidades na sua formação. A necessidade de estruturar essas
formas na natureza levou a extensão da geometria euclidiana a geometria fractal buscando
estruturar um padrão geométrico para essas formas.
Devido a essas necessidades foram criadas fórmulas como como o cálculo da dimensão
desses fractais, a mais conhecida é de Hausdorff-Besicovitch
Hausdorff Besicovitch ou dimensão de auto-auto
similaridade. A equação para obter D é dada por: D = log(N)/log(1/S). Onde N é o número de
cópias idênticas da original e S é o fator de redução, ou seja, ja, é o tamanho das partes
subdivididas a partir da original.
Vejamos alguns exemplos de fractais encontrados na natureza:

Figura 3 – Fractais na natureza.

2.4 APLICAÇÕES DOS FRACTAIS

Uma das aplicações mais interessantes da geometria fractal é na construção de antenas


para celulares e para TV de alta tecnologia.
Preencher espaços é uma característica forte no estudo de desenvolvimento de antenas
com o uso de fractais para celulares, isso
isso porque possuem tamanho menor e aumenta o
desempenho de frequências. Segundo o texto Fractais e a Geometria da Natureza do site
ANAIS – XXXFCMat

581
Prisma os fabricantes de celulares Motorola desenvolveu estudos para implementação dessas
antenas em seus celulares e o resultado
resultado foi satisfatório, a fabricante Motorola afirma que o
desempenho das antenas fractais são 25% mais eficientes do que as tradições. Além das
demais aplicações da geometria fractal, a sua beleza visual é um convite ao estudo
geométrico.

Figura 5 – Celular com antena fractal.

Na foto do celular com antena fractal podemos perceber que o fractal utilizado neste
produto é o Tapete de Sierpinski. Existem antenas com outras formas fractais, utilizando a
curva de Koch, o conjunto de Cantor entre outros.

2.4.1
.1 CONSTRUÇÃO DE UMA ANTENA FRACTAL

Os alunos da primeira série do ensino médio construíram uma antena fractal artesanal
utilizando a Curva de Koch para compreender como a matemática é aplicada nessa
tecnologia. A experiência foi positiva, os alunos se sentiram desafiados com essa tarefa e a
construção do objeto possibilitou reflexões sobre o avanço da tecnologia. Convém deixar
claro que a antena construída
struída pelos alunos não tem finalidade de funcionamento, para tal
necessita-se
se de um profissional elétrico preparado.

Figura 6. A construção da antena fractal pelos alunos da 1ª série.

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ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
CONCLUSÕES

O fracasso na matemática é um problema que temos enfrentado por muitos anos.


Estudar a matemática sem levar em consideração a construção do conhecimento e aplicação
dos conteúdos, são motivos que fazem da matemática uma disciplina que ainda é vista pelos
alunos como desinteressante. Nosso projeto buscou inovação na metodologia de ensino em
matemática e obteve resultados satisfatórios. Buscamos informações na internet através de
sites, software online, artigos e blogs sempre orientados.
Os objetivos do projeto foram alcançados, trabalhamos com a geometria fractal
explorando os conteúdos presentes na proposta curricular e relacionamos a matemática com
outras áreas como: artes, física, tecnologia e história, aplicando a interdisciplina. Além disso,
a maioria dos alunos não sabiam manipular certos materiais como: régua, compasso e
transferidor, e com o projeto tiveram a oportunidade de aprender a utilizá-los.
O estudo da Geometria Fractal possibilitou uma metodologia diferente ao relacionar
conteúdos de matemática. Aprender matemática com a geometria contemporânea mostrou um
vasto campo de conceitos e aplicações e tornou-se mais prazeroso para os alunos. O assunto
despertou a curiosidade e o senso crítico tornando estudantes mais produtivos no
desenvolvimento de projetos. O tema ainda oportunizou-os o conhecimento de uso de
softwares e outras ferramentas tecnológicas importantes na construção do conhecimento.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, R.M. Descobrindo a Geometria Fractal para a sala de aula. Belo Horizonte:
Autentica Editora, 3 ed., 2005.

BEMFICA, Andrios; ALVES, Cassiana. Fractais: progressão e série geométrica. Uma


metodologia de ensino. FACOS 2010.

DICIONÁRIO AURÉLIO ONLINE. Disponível em


http://www.dicionariodoaurelio.com/Fractal.html. Acesso em 10 de junho de 2014.

Fractais e a geometria da natureza. Disponível em


http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo2/modulo4/topico9.php. Acesso em 10 de
junho de 2014.

FRACAL TOOL – Software online. Disponível em


http://illuminations.nctm.org/Activity.aspx?id=3513. Acesso em 10 de junho de 2014.

KRINDGES, Eliana Einsfeld. Geometria Fractal no Ensino Fundamental: Inserindo


Matemática Contemporânea nos Conteúdos do Currículo Escolar. Blumenau-SC, 2012.
ANAIS – XXXFCMat

583
A MATEMÁTICA DE ISOLANTES TERMICOS1

LUIZ, Djonathan Norberto Caviglia2; SERAFIM, Douglas Emanuel 3; DAY, Laercio4.

RESUMO: Este trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho térmico do ar no interior de residências
utilizando embalagens de leite como isolante térmico, pois, por conterem alumínio em sua composição, as
embalagens são ótimas refletoras da radiação solar. Para isto, construímos, uma persiana e uma subcobertura
com as embalagens. A persiana foi utilizada em uma residência cuja janela fica exposta ao sol na maior parte do
dia. A subcobertura foi utilizada na maquete de uma casa medindo 1,22m X 0,78m X 0,72m coberta com telhas
de cimento -amianto
amianto exposta ao sol. As temperaturas foram medidas de hora em hora, das 10h até às 15h.
Obteve-se
se uma temperatura média 3,8% menor no interior do ambiente utilizando persiana em relação ao
ambiente sem persiana. Com o uso da subcobertura
subcober obteve-se
se uma temperatura média 17,5% menor em relação
ao telhado sem subcobertura. Dessa forma, as embalagens tornam-se
tornam se um isolante térmico eficiente e de baixo
custo para diminuir a temperatura interna de residências.

Palavras-chave: Modelo Matemático,


tico, Reflexão da Radiação Solar ,Embalagens Tetra Pak.
Pak

INTRODUÇÃO

No Brasil, milhões de famílias de baixa renda, tem suas habitações cobertas com
telhas de cimento-amianto,
amianto, que se caracterizam por aquecer-se
aquecer se facilmente a altas temperaturas
(60 a 70° C) sob a incidência da luz solar, e irradiando seu calor na forma de raios
infravermelhos para o interior das residências, tornando o ambiente interno insuportável. Tal
desconforto tem graves consequências para a saúde, afetando gravemente a disposição para par o
trabalho e muito mais ainda para o estudo.
As embalagens de leite Tetra Pak ®, constituídas por 75% de papelão, 20% de
polietileno e 5% de alumínio, são 100% recicláveis. Uma das técnicas utilizadas permite o uso
da mistura de plástico e alumínio na fabricação
fabricação de placas, telhas e outros objetos. Para
diminuir os custos, a utilização destas embalagens pode ser feita de forma artesanal, pelo
próprio morador. O alumínio ajuda a diminuir significativamente a temperatura ambiente ,
pois é capaz de refletir mais
ais de 95% da radiação solar.
Além de diminuir a temperatura no interior das residências, a utilização das
embalagens Tetra Pak tem benefício ecológico pelo fato de que a maior parte destas
embalagens não são biodegradáveis e representam cerca de 1% do total tot de resíduos
produzidos no Brasil, também reduz o consumo de energia, pois o desconforto causado tanto
por temperaturas elevadas (ou baixas) quanto pelas más condições de iluminação é resolvido
pelo usuário através de sistemas artificiais de iluminação e de condicionamento do ar [1].
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Visando avaliar o desempenho térmico do ar no interior do ambiente utilizando caixas


de leite Tetra Pak como isolante térmico, utilizou-se
utilizou se duas situações: 1ª) formando uma
persiana e 2ª) como subcobertura para telhados com telhas
te de cimento-amianto.
amianto.

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada
Aplic e inter-relação
relação c m outras disciplinas; Instituição:
EEB Luiz Bertoli.
2
Aluno, 2º Ano Ensino Médio, djonathannc@hotmail.com.
3
Aluno, 2º Ano Ensino Médio, dougserafim_95@hotmail.com.
4
Professor Orientador, EEB Luiz Bertoli,laercio.day@bol.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATERIAL E MÉTODOS

Iniciamos fazendo a pesquisa bibliográfica a cerca das formas de transmissão de calor


entre os corpos e as formas de reflexão de luz e calor. Assim determinamos que seriam feitos
três experimentos utilizando a parte de alumínio como fonte refletora de calor viradas para a
luz do sol. O primeiro experimento é a confecção de uma persiana colocada numa janela de
uma casa. A segunda experiência a construção de uma casinha com uma subcobertura feita de
caixa de leite. E a ultima experiência uma proteção para painel de automóveis. Para a
confecção da persiana, utilizou-se 20 caixas de leite abertas e desinfetadas unidas com fita
adesiva. A persiana, com a face aluminada voltada para o sol, foi fixada distante 5cm do vidro
em uma janela de dimensões 1,20m X 1,00m, na parte interna de uma residência de 40m². A
residência utilizada situa-se em um condomínio, cujo solo ao redor da mesma é
impermeabilizado por calçada de concreto. A parte frontal da residência, a qual fica exposta
ao sol na maior parte do dia, contém uma janela e uma porta, a qual se manteve fechada
durante os testes. As medições de temperatura foram feitas entre 10h e 15 h, utilizando-se
dois termômetros digitais, um situado na parte externa da parede e outro situado no interior da
residência. As medições de temperatura no interior do ambiente foram feitas a cada hora
durante um dia.
Para a fabricação da subcobertura foram utilizadas 21 caixas de leite abertas e
desinfetadas, unidas com fita adesiva, fixadas em uma estrutura de madeira. Para a realização
dos testes utilizou-se a maquete de uma casa de madeira de dimensões 1,22m X 0,78m X
0,72m, coberta com telhas d e cimento-amianto de 4 mm de espessura, sem forro, exposta
diretamente ao sol, sob um gramado onde foi medida a temperatura a cada hora durante um
dia .
O mesmo método foi aplicado a placa de proteção do painel de veículo também foi
feita a medição a cada hora durante um dia inteiro com o veículo exposto ao Sol. Em todos os
experimentos foi observada a temperatura interna e externa para comparação.
As medições de temperatura diretamente externa e na interna do ambiente foram
feitas, utilizando-se um termômetro laser da marca Minipa modelo MT-350. No primeiro
teste, utilizou-se a subcobertura; no segundo, as medições de temperatura foram feitas sem a
utilização da mesma. Na medição de temperatura do terceiro experimento foram utilizados
dois veículos estacionados no mesmo local um com a proteção no painel e outro sem.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após as medições de temperatura nos três experimentos conforme já citado


anteriormente construímos tabelas para a comparação das temperaturas interna e externa e
com auxilio da planilha eletrônica Excel Construímos gráficos onde estabelecemos a linha de
tendência polinomial afim de expressar essa comparação por meio da declividade de funções
polinomiais de 1º grau.
Os gráficos obtidos por cada experimento serão apresentados a seguir, sendo que em
cada um dos gráficos aparecem duas retas. Uma reta indicando o aumento da temperatura no
interior do ambiente e a outra no exterior do ambiente.
ANAIS – XXXFCMat

585
35 35
y = 0,260x + 22,66 y = 0,223x +
30 30
y =24,67
0,141x +
y = 0,181x + 22,22 23,67 Linear (A
25 25
(Com
20 20 isolame
nto))
15 15
Linear
10 (B(sem
10 Isolame
5 nto))
5
0
0
1 5 9 13 17 21 25
1 4 7 10 13 16 19 22 25

45
40 y = 0,574x +
26,74
35
y = 0,246x +
Linear (A
30 24,69 (Com
25 Isolame
nto))
20
Linear
15 (B(sem
10 Isolame
nto))
5
0
1 5 9 13 17 21 25

Com base nos resultados obtidos nas funções conseguimos descrever o modelo físico o
– matemático que descreve a taxa de transferência de calor q, em W, foi obtido relacionando-
relacionando
se as equações apresentadas por Incropera et al (1998) conhecidas pela lei de Fourier e pela
equação de resfriamento de Newton, e pode ser descrito
descri como:
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Fazendo a aplicação desse modelo matemático calculamos a taxa de transferência da


quantidade de calor em cada um dos experimentos, onde apresentamos o cálculo a seguir
refere-se
se ao experimento feito com a persiana:
persi

27,81 − 24,58
q = 1,293.1.43,5.
0,004 1
+
0,72 ⋅ 1,2 3,83 ⋅ 1,2
q = 70,79W

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
O gráfico da figura 1 apresenta os resultados da variação da temperatura externa e da
temperatura interna do ambiente, durante todo o dia, dando ênfase ao período das 10horas da
manha às 15 horas da tarde período em que a intensidade solar é maior com o uso da persiana
e sem o uso da mesma.

Na figura 1 pode-se observar que os modelos com e sem persiana apresentaram uma
variação de temperatura pouco significativa.
O gráfico da figura 2 apresenta os resultados obtidos das medições de temperatura do
ambiente e do interior da maquete sem o uso de subcobertura.

O gráfico da figura 3 apresenta o comportamento da temperatura externa ao ambiente e da


temperatura interna da maquete com o uso da subcobertura de embalagens.
ANAIS – XXXFCMat

587
Os valores médios de temperatura, obtidos na parte interna do modelo, após 300
minutos de ensaio, estão listados na Tabela 1.
Tabela 1 – Valores médios de temperatura, em ºC, na parte interna do modelo, aos
300 minutos de ensaio e suas diferenças em relação ao modelo referência.

Pode-se observar,
ervar, com os dados da tabela 1 , que a utilização de subcobertura
diminuiu a temperatura interna do ambiente em 6,92ºC , isto corresponde a 17,5%; a
utilização de persiana diminuiu em 1,19ºC a temperatura interna do ambiente , ou seja, 3,8%.
Com os dados de temperatura obtidos nos ensaios, e empregando-se
empregando se a equação (1) calculou-se
calculou
a taxa de transferência de calor (q).

CONCLUSÕES

Analisando-sese os dados obtidos experimentalmente, pode-se


pode se verificar que o modelo no
qual realizou-se
se os testes utilizando-se
utilizando a persiana de embalagens Tetra Pak® apresentou uma
diminuição de 3,8% na temperatura interna do ambiente, comparado ao modelo sem a
persiana , a qual considerou-se se pouco significativa. O modelo no qual se realizou os testes
com o uso das embalagens Tetra Pak Pak ® como subcobertura apresentou uma temperatura
17,5% inferior comparado ao modelo sem subcobertura. A taxa de transferência de calor
apresentou-se
se ligeiramente maior nos modelos sem o uso de persiana e sem o uso da
subcobertura.
Os resultados experimentais,
experimentais, mesmo realizados sob condições adversas, apontam as
embalagens como boas refletoras da radiação solar e, também, como uma alternativa prática e
de baixo custo para ser utilizada como isolante térmico por famílias de baixa renda.
renda

REFERÊNCIAS
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

M. P. ALUCCI, Inadequação climática da edificação: do excessivo consumo de


energia ao comprometimento da saúde do usuário. Tecnologia de Edificações.
S.P. IPT/PINI, p.486-499,
499, 1998.

F. VECCHIA, Isolamento por reflexão.


reflexão 3º Encontro Latino-Americano
Americano sobre
Conforto no Ambiente Construído. Anais do ENCAC 2001. São Pedro, SP. 2001.

F. P. INCROPERA, D. P. DeWITT. Fundamentos de Transferência de Calor e de


Massa. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
A MATEMÁTICA QUER SABER:
O QUE ACONTECE ENQUANTO VOCÊ DORME?1

OLIVEIRA, Gabriel José Goetten de2; PAZ, Letícia Farias3; LOVISA, Ana Rosiclei Rambo4.

RESUMO: Para o homem das cavernas, dormir poderia significar nunca mais acordar, pois a chance de ser
atacado por um predador era grande. E mesmo hoje em que esse risco é muito menor, o sono continua sendo
meio paradoxal, porque nos faz desperdiçar um terço do nosso tempo de vida consciente. Mas não dormir, ou
dormir mal, pode estar na raiz de doenças neurológicas gravíssimas. Num estudo recém-publicado,
pesquisadores da Universidade de Rochester, em Nova York, mostram que o cérebro aproveita o sono para fazer
uma limpeza - descartando células mortas e moléculas da proteína beta-amiloide, cujo acúmulo impede as
conexões entre neurônios e provoca Alzhaimer, doença incurável que leva à perda de memória. O que nos leva à
terceira função do sono: gravar - e destruir - as suas memórias. O problema é que o mundo moderno, e em
especial a tecnologia, está bagunçando essa ordem. Depois que anoitece, continuamos a ver televisão e usar
celular, computador, tablets, etc. A humanidade vive rodeada por telas que emitem luz. E isso desregula o ritmo
do organismo. "Como o cérebro não sabe qual a diferença entre a luz artificial e a do sol, ele pensa que ainda é
de dia ". Com isso, o corpo reduz a produção de melatonina, e a pessoa não consegue dormir bem. É necessário
saber a função do sono em nossas vidas como também ter uma boa noite de sono. Além de ser eficaz ele previne
doenças como Tumores, Alzhaimer , envelhecimento precoce, mau humor dentre outros fatores. Para analisar
esta situação o nosso principal objetivo foi mostrar um conhecimento mais amplo sobre o sono, mostrando que
ele é fundamental e essencial na vida de qualquer ser vivo. Seus gastos, riscos e tratamento com medicamentos
que eles podem nos oferecer. Realizamos uma pesquisa para observarmos quantas horas de sono por dia essas
pessoas tem, e se fazem uso de algum medicamento e seus gastos, para analisar esses dados usamos os
conhecimentos estatísticos. Os resultados são preocupantes a maioria das pessoas dormem em torno de seis horas
por dia e tomam medicamentos para dormir, pois tem insônia.

Palavras-chave: Sono. Medicamentos. Insônia.

INTRODUÇÃO

É necessário saber a função do sono em nossas vidas como também ter uma boa
noite de sono. Além de ser eficaz ele previne doenças como Tumores, Alzhaimer,
envelhecimento precoce, mau humor dentre outros fatores.
Para o homem das cavernas, dormir poderia significar nunca mais acordar, pois
a chance de ser atacado por um predador era grande. E mesmo hoje, em que esse risco é muito
menor,o sono continua sendo meio paradoxal, porque nos faz desperdiçar um terço do nosso
tempo de vida consciente. Mas não dormir, ou dormir mal, pode estar na raiz de doenças
neurológicas gravíssimas. Num estudo recém-publicado, pesquisadores da Universidade de
Rochester, em Nova York,mostram que o cérebro aproveita o sono para fazer uma limpeza -
descartando células mortas e moléculas da proteína beta-amiloide,cujo acúmulo impede as
conexões entre neurônios e provoca Alzhaimer, doença incurável que leva à perda de
memória.O que nos leva à terceira função do sono: gravar - e destruir - as suas memórias.
O problema é que o mundo moderno, e em especial a tecnologia, está bagunçando essa
ordem. Depois que anoitece, continuamos a ver televisão e usar celular, computador, tablets,
etc. A humanidade vive rodeada por telas que emitem luz. E isso desregula o ritmo do

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Irmã Irene – Santa Cecília.
2
Aluno expositor.
3
Aluna expositor.
4
Professora orientadora, EEB Irmã Irene, anarrambo@yahoo.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

589
organismo. "Como
Como o cérebro não sabe qual a diferença entre a luz artificial e a do sol,
so ele
pensa que ainda é de dia".
". Com isso, o corpo reduz a produção de melatonina, e a pessoa
pess não
consegue dormir bem.
Os objetivos do projeto são:
Mostrar um conhecimento mais amplo sobre o sono, mostrando que ele é fundamental e
essencial na vida de qualquer ser vivo. Seus gastos, riscos e tratamento que ele pode nos
oferecer.
* Realizar uma pesquisa bibliográfica em livros, revistas e na internet sobre a
importância do sono, doenças causadas por não dormir e medicamentos usados para
dormir.
* Pesquisar os medicamentos mais usados para dormir nas farmácias da cidade.
* Entrevistar os adolescentes
adolescentes da EEB Irmã Irene sobre o número de horas que dormem
por noite.
* Identificar quanto uma pessoa gasta em média com medicamentos para dormir.
* Calcular o quanto esta pessoa economizaria em um ano se não gastasse com esses
medicamento.

MATERIAL E MÉTODOS

O presente projeto contará com uma fundamentação teórica e pesquisa bibliográfica,


por proporcionar a investigação, conclusão e análise da realidade do tema abordado.
O projeto será aplicado na Escola Educação Básica Irmã Irene, pertencente a 11a
GEREI (Gerência Regional de Educação e Inovação) e integra a Rede Estadual de Educação,
localizada à Rua Pedro Driessen, 166, centro, do município de Santa Cecília, estado de Santa
Catarina.
A Escola de Educação Básica Irmã Irene oferece a educação básica básic composta pelo
Ensino Fundamental e Ensino Médio Atende 1244 alunos matriculados na educação básica,
que são distribuídos em 42 turmas, sendo destas 18 turmas de Ensino Médio, Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Curso de Magistério com funcionamento em três trê turnos:
matutino, vespertino e noturno. A clientela é oriunda de classes sociais diversificadas, onde a
domina a classe média e alguns necessitam de transporte escolar, pois, residem no interior.
O projeto será baseado na realidade da escola, serão entrevistados
entrevistados alunos, professores
e pais de alunos. Essa escolha será aleatória.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Tendo em mãos as pesquisas e os dados coletados com a entrevista aos alunos,


professores e pais somados as posições da escola em relação ao nosso tema, serão analisados
profundamente te os resultados obtidos, para então elaborar as estatísticas, para alcançar mais
um dos objetivos, o de apresentar aos alunos nossos resultados em relação aos vícios virtuais.
Os alunos entrevistados são de primordial importância, pois, sem eles não se poderá
po conseguir
dados reais, nem um panorama que se encaixe a nossa realidade. Consequentemente, os dados
conseguidos são resultados concretos

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após realizado as entrevistas foi tabulados os as e os resultados são os seguintes:

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Horas Dormidas Por Dia

30% 20% 6 horas


7 horas

23% 8 horas

27% 9 horas

Fonte: Alunos 3º ano EM da EEBII

Observou que a maioria dos adolescentes entrevistados dorme menos que q o


recomendado pela OMS (Organização
(Organização Mundial da Saúde), influenciados pelas tecnologias,
onde o adolescente fica na internet até mais tarde.
Outro dado importante que uma pessoa gasta em média cinquenta reais por mês em
medicamentos, sendo que por ano isso da um valor de seiscentos reais, se essa pessoa
economizasse e aplicasse na poupança ela teria um rendimento de seis reais etrinta e quatro
centavos por
or mês. Realizando os cálculos:
Por mês R$ 50,00 em um ano R$ 600,00
50 x 12 =600 reais
Calculando o juros por mês:
Juro Simples Juro Composto

J =C . i . t M = C .( i + 1 ) ¹²
J =50 . 0.01 .12 M = 50 . ( 0,01 + 1 ) ¹²
J =50 . 0.12 M = 50 . 1.1268...
J =6,00 M = 56,34
Os medicamentos vendidos e os valores nas farmácia
f são:
Rivotril - R$ 17,42
Rivotril em gotas - R$ 15,69
Zolpidem - R$ 29,58( vicia )
LORAZEPAM -R$ 11,50
Alprazolam - R$ 21,33( vicia )
ANAIS – XXXFCMat

591
Representando estes valores por mês e por ano
17,42 34,84 418,08
15,69 31,39 376,56
29,58 59,16 709,92
11,50 23 276
21,33 42,66 511,92

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se
se que a partir da pesquisa não dormir mata, pois a pesquisa mostrou que os
jovens dormem cada vez menos, menos, e uma grande parte de dormir cada vez menos está
relacionado com a tecnologia, ao uso dos celulares e as chances de doenças neurológicas
tende a aumentar. A partir disso serão dependentes de remédios para dormir cada vez mais
cedo. E aumentando as chances
chances de mais doenças e gastando o dinheiro que poderia ser
investido de outra forma. E esta situação está causando inúmeros problemas de saúde para
muitas pessoas, pois estão dormindo cada vez menos. E um dos fatores q está influenciando é
o acesso a internet
et até altas horas da noite. Os remédios para dormir estão sendo usados cada
vez mais, muitas vezes as pessoas não pensam em mudar de hábitos, só no medicamento, e
não observam os efeitos colaterais que esses medicamentos podem causar. O importante seria
mudar
udar certos hábitos, como praticar uma atividade física, usar menos o celular e a internet,
principalmente a noite, para poder descansar melhor.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, por nunca ter nos abandonado nesta caminhada.
A professora Ana Rosiclei Rambo Lovisa pela sua orientação e paciência, que foram de
grande importância para a realização deste trabalho e a nossa família por nos ter nos permitido
a realizar este trabalho.

REFERÊNCIAS

RODRIGUES, Anna Carolina. O que acontece enquanto você dorme. SUPER


INTERESSANTE, São Paulo, Ed. 326, p.46-50,
p.46 Dez. 2013.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Nunca dormimos tão pouco.


pouco. Disponível em:
<http://www.capesesp.com.br/web/guest/nunca
<http://www.capesesp.com.br/web/guest/nunca-dormimos-tao-pouco>,
pouco>, acesso em 10 de jun.
2013.

Jovens conectados pelas artes. Disponível em:


http://www.jornallotusbemestar.com.br/menu/tecnologia
http://www.jornallotusbemestar.com.br/menu/tecnologia-social/jovens-conectados
conectados-pela-
arte/?searchterm=%20internet

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
AMPLIANDO A VISÃO COM A MATEMÁTICA1

GÖDEL, Letícia2; FILHO, Wilson Primon3; MORESCO, Daiane4.

RESUMO: A visão é o principal e mais complexo sentido dos seres humanos. Para facilitar a compreensão dos
fenômenos relacionados à formação de imagens, suas causas e efeitos e identificar os principais sintomas da
Síndrome da Visão do Computador procuramos apresentar com a aplicação da geometria os fenômenos
luminosos. A ótica geométrica com a biofísica da visão nos possibilita entender e articular fenômenos e
princípios óticos, explicar, reproduzir, variar ou controlar imagens produzidas conforme características dos
sistemas óticos. Considerando os processos de interação da luz com diferentes meios em que ela se propaga
exploramos os conceitos de raio, feixe e propagação de luz, câmera de orifício, reflexão, refração e absorção de
luz, instrumentos óticos e ilusão de óptica para aplicar cálculos de ângulos, funções trigonométricas e geometria
espacial para calcular a relação entre esfera e o globo ocular. A vida eletrônica pode acarretar em malefícios que
a informação auxilia na prevenção.

Palavras-chave: Visão. Ótica geométrica. Fenômenos luminosos.

INTRODUÇÃO

O conhecimento construído sobre os fenômenos luminosos deu sustentação ao


desenvolvimento de importantes tecnologias e também subsídio para que o amadurecimento e
desenvolvimento científico atingissem o grau em que se encontram atualmente. Perceber a luz
pode ter uma importância enorme na sobrevivência do ser humano.
Com o desenvolvimento das tecnologias e uso cada vez mais frequente das mídias
digitais percebemos que as pessoas alteraram seu ritmo de vida e que o tempo que passamos
em frente aos aparelhos eletrônicos é significativo. A visão é o principal e mais complexo
sentido dos seres humanos, pois quatro quintos de todas as informações recebidas pelo
cérebro chegam-nos através dos olhos.
Para facilitar a compreensão dos fenômenos relacionados à formação de imagens, suas
causas e efeitos e identificar os principais sintomas da Síndrome da Visão do Computador
procuramos apresentar com a aplicação da geometria os fenômenos luminosos. A ótica
geométrica com a biofísica da visão nos possibilita entender e articular fenômenos e
princípios óticos e explicar, reproduzir, variar ou controlar diferentes imagens produzidas
conforme as características dos sistemas óticos. Através de estudos das propriedades das
lentes podemos explicar como ocorrem os problemas de visão e a Síndrome da Visão do
Computador e a forma com que esses problemas podem ser corrigidos ou mesmo prevenidos
e facilitar a vida das pessoas.

MATERIAL E MÉTODOS

Compreender o funcionamento da visão, a importância das discussões históricas no


estabelecimento de teorias aceitáveis e a aproximação com as bases do desenvolvimento
tecnológico que se amplia em larga escala não é uma atividade recente. Vários séculos foram
1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: Instituto Auxiliadora – Campos Novos.
2
Aluno expositor, leticiagodel@hotmail.com.
3
Aluno expositor, wilsinho.max@hotmail.com.
4
Professora Orientadora, Instituto Auxiliadora, colégio@cnauxiliadora.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

593
necessários para que o desenvolvimento científico alcançasse
alcançasse o grau em que se encontra
atualmente. A partir do século XVI, o caminho de desenvolvimento do método científico
apresenta uma trajetória sendo que os principais nomes considerados os pais da ciência
moderna: Galileu Galilei, Descartes, Nicolau Copérnico
Copérnico e Isaac Newton assinaram suas
participações na História. Enfatizamos estudando tanto na disciplina de História como na de
Geografia a importância que a visão desempenha no método científico dentro da relação
sujeito/objeto.
Para a aplicação dos avanços
avanços da ciência e da tecnologia, cientistas e interessados
necessitam conhecer como ocorre à formação das imagens, quais órgãos e partes e suas
funções. Através da dissecação de olho de boi em Biologia estudamos a anatomia e fisiologia
para identificar padrõess em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção
do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente. A visão é considerada um dos sentidos
que permitem que os seres vivos (a maioria deles) aprimorem suas percepções do mundo.
Por exemplo,lo, o conhecimento do diâmetro do Globo ocular nos permite identificar
muitos problemas visuais.(ENEM – 2010) (Alterado):
No monte de Cerro Armazones, no deserto de Atacama, no Chile, ficará o maior telescóp
io da superfície terrestre, o Telescópio Europeu Extremamente Grande (E-ELT). O E-
ELT terá um espelho primário de 42 m de diâmetro, “o maior olho do mundo voltado pa
ra o céu”. Disponível em: http://www.estadao.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010.
Ao ler esse texto em uma sala de aula, uma professora fez uma suposição de que o diâm
etro do olho humano mede aproximadamente 2,1 cm. Qual a razão entre o diâmetro aproxi
mado do olho humano, suposto pela professora, e o diâmetro do espelho primário do tel
escópio citado,
o, e ainda determinar a área e o volume do globo ocular.
â
   ,
Razão do olho: = = 0,0005 =
â
    

Área do olho = Cálculo da esfera


A = 4πr2 A = 4π. (1,05)2 A = 12,56.1,1025 A = 13,8474 cm2
Volume
³ . ,  ,
Ѵ Ѵ= Ѵ= Ѵ= 4,85653 cm³

Muitas teorias existiram para tentar explicar a natureza de propagação da luz e o


sentido da visão. Interpretar a teoria relativística possibilita-nos
possibilita nos reconhecer a interferência do
campo gravitacional sobre a trajetória da luz. A ótica geométrica com a biofísica da visão nos
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

possibilita entender
der e articular fenômenos e princípios óticos e explicar, reproduzir, variar ou
controlar diferentes imagens produzidas conforme as características dos sistemas óticos.
Representação Geométrica

Reflexão difusa
Reflexão regular
Refração
Absorção
Índice de Refração

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
!
Índice Absoluto: n=
"
Ex: Calcule o índice de refração absoluto de um corpo x, sabendo que a luz se propaga
nesse corpo à 150 000 000 m/s
  
n= =2
  
#
Índice relativo: n= #$
%
Ex: Calcule o índice de refração relativo de dois corpos. Sabendo que índice absoluto
do corpo x é 1 e o índice absoluto do corpo y é de 1,5
&'( = ,
= 0,666
Hoje, com a aplicação da geometria conseguimos descrever com propriedade os
fenômenos luminosos. Naturalmente sabemos que para ver os objetos eles precisam emitir luz
na direção de nossos olhos. Com a elaboração e estudo da câmera escura de orifício
conhecemos os princípios da ótica geométrica, com argumentos que dão base à compreensão
dos fenômenos óticos.
 
Câmara Escura: ) = (i= imagem; O= objeto; d= distância do orifício a imagem; p= distância
do objeto ao orifício)
Ex.: Uma câmara escura tem profundidade de 40cm. A que distância p da câmara esta
uma árvore de 3,5m de altura, se sua imagem tem 3,5 cm.
d=40cm p=? O=3,5m 350cm i= 3,5 cm
,  .

= 
p= ,
= 4000cm = 40m
A visão também se faz presente em Arte com a expressão “opart”. Esta foi usada pela
primeira vez no outono de 1964, pela revista Time, para descrever um novo estilo de arte.
Arte que usa a ilusão e efeito ópticos, exercendo um efeito psicofisiológico sobre o
observador. O observador vê uma imagem que se move que muda de perspectiva ou deixa
uma pós-imagem. Com base nos trabalhos de alguns artistas foram feitas produções.
Na Física, quando pensamos em visão, nos reportamos primeiramente para a luz, um
fenômeno da natureza que tem por característica ser onda (energia radiante que se propaga
por meio de ondas eletromagnéticas) e partícula (feixe de partículas emitidas por uma fonte de
luz). A luz incidente nos corpos reflete nos olhos dos organismos vivos para desenvolverem
uma de suas capacidades de perceber o meio ambiente: a VISÃO.
Nem todos os seres humanos enxergam adequadamente. Encontramos pessoas ao
nosso redor com diferentes problemas de visão. Os mais frequentes são: miopia,
hipermetropia e astigmatismo. No caso da Miopia podemos considerar que é um vício de
refração da luz no qual a imagem é formada na frente da retina. Pode ser hereditária ou
causada por fatores ambientais como medicamentos, alimentos e telas de equipamentos.
Para nos certificar da presença desses problemas de visão fizemos um levantamento de
caso envolvendo 160 alunos do Instituto Auxiliadora com idade entre 11 anos e 17 anos.
Também com base de dados levantados e testados fizemos comparação de números de
piscadas do olho ideal para um minuto e quando se está em frente ao comutador e cálculos
estatísticos de desenvolvimento de problemas visuais decorrentes da excessiva exposição.
ANAIS – XXXFCMat

595
PROBABILIDADE
S={Miopia; Hipermetropia; Astigmatismo; 2 ou mais; Outros; Normal}
 *
P(M) = 
= 0,09 = 9% P(H) = = 0,018 = 1,8% P(A) = = 0,04 = 4%
 
 
P(2M) = = 0,056 = 5,6% P(O) = = 0,087 = 8,7% P(N) = = 0,076 = 76%
  
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com os dados levantados percebemos que há um grande número de pessoas, cerca de
30 % apresentando algum tipo de problema visual.
Gráfico de
Problemas Visuais Porcetagem
uantidade Setores
Miopia 15 9,375 % 33,75°
Hipermetropia 3 1,875 % 6,75°
Astigmatismo 7 4,375 % 15,75°
2 ou mais 9 5,625 % 20,25°
Outros 14 8,75% 31,50°
Normal 112 70 % 252°
Total 160 100% 360°

Miopia
Problemas Visuais Hipermetropia
9% 2% 4% Astigmatismo
2 ou mais
6%
Outros
9% Normal
70%

O conhecimento da fisiologia e dos fenômenos relacionados à visão possibilita que


busquemos maiores informações e cuidados. Segundo a OMS (Organização Mundial da
Saúde) nos últimos anos os casos
casos de miopia dobraram, o que se tornou uma preocupação de
saúde pública mundial na atualidade. A exposição excessiva a telas de equipamentos, cada
vez menores é um dos fatores principais de aumento nos casos. Utilizar de medidas que são
simples, mas que ajudarão
darão na prevenção de possíveis problemas visuais é a melhor forma de
manter a saúde.

CONCLUSÃO
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

A inserção da história da Ciência deu um maior significado aos estudos da Visão,


revelando aspectos histórico-sociais
sociais importantes para o desenvolvimento e encontro de muitas
respostas.
Utilizando-se
se de materiais básicos como a luz e a lente, a arte de observação científica
cada vez mais amplia o mundo visível. Entender como ocorre a formação da imagem permite-
p
nos encontrar soluções para as aberrações que ocorrem entre nossa imagem realmente obtida e
aquela que consideramos ideais.
Nossa visão é um dos sentidos mais importantes e, portanto, devemos cuidar e garantir
o seu bem-estar.
estar. Podemos continuar utilizando
utilizando os meios tecnológicos digitais, mas

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
precisamos descobrir maneiras de prevenir a Síndrome da Visão do Computador. Maior
cuidado e atenção com excessiva exposição aos equipamentos devem ser apresentados pelos
pais sobre seus filhos e de cada um em relaçãoao tempo e descanso paraconsiderar a saúde em
primeiro lugar.

REFERÊNCIAS

SOUZA, Ana Mari de. Biologia: ensino médio, 2º ano. Rede Salesiana de escolas. 1ª edição.
Brasília: Cisbrasil- CIB, 2010.

ARAGÃO, Heliete Meira Coelho Arruda. Física: ensino médio, 2º ano. 2ª edição. Brasília:
Cisbrasil- CIB, 2010.

UOL. Como Tudo Funciona. Disponível em: <http://saude.hsw.uol.com.br/visao10.htm>.

SEARA DA CIÊNCIA. Visão. Disponível em:


<http://www.searadaciencia.ufc.br/tintim/fisica/visao/tintim4-5.htm>

Youtube. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=0OpLBFiThu4>

ENSINO DE FISICA. Molduras. Disponível em:


<http://www.ensinodefisica.net/1_THs/molduras/index_ths.htm>.
ANAIS – XXXFCMat

597
APLICANDO A MATEMÁTICA NA GENÉTICA1

LOPES, Larissa de Mattos Ribeiro2; VIEIRA, Bruna Cristina Nunes3; MELEGARI, Rosiane4.

RESUMO: A busca constante pelo conhecimento torna-setorna se necessário nos dias atuais. O projeto aborda assuntos
ligados ao meio da genética relacionado com a matemática. Neste sentido o projeto visa analisar a importância
do conhecimento genético para a humanidade contextualizando
contextualizando os conteúdos matemáticos para torná-los
torná
significativos. Mostrar a desenvoltura das pesquisas científicas voltadas ao tema do projeto; demonstrar os
plausíveis processos de confirmação de paternidade; analisar como ocorre o método de hereditariedade
recorrente
corrente das gerações filiais; esclarecer questões polêmicas que conduzem a humanidade; aplicar problemas
matemáticos envolvendo os conceitos genéticos. Neste sentido, este este projeto, além de ter por finalidade
esclarecer as especulações genéticas, justifica-se
justific se pela relevância de um olhar crítico do aluno perante os fatos
que norteiam humanidade. Para desenvolver este projeto primeiramente fez-se fez se um estudo sobre o tema, em
seguida buscou-sese informações no qual satisfizessem os objetivos propostos. Os resultados
resulta mais expressivos
denotam da transmissão de caracteres através do material genético (DNA), a probabilidade de normalidades e
anormalidades proveniente gerações filiais. A partir do desenvolvimento do projeto percebe-se
percebe que com a
utilização da matemática nos dados genéticos é possível torná-los
torná mais concretos.

Palavras-chave: Genética. Humanidade. Interdisciplinaridade.

INTRODUÇÃO

Ao longo de toda a história da humanidade, a ciência, em geral, teve um papel


imprescindível na construção e concretização da descoberta de fatos que, de toda forma,
seriam, em particular, importantes marcos para a sociedade. Diante disso, justifica-se
justifica a razão
por ter-se
se optado por abordar, essencialmente, a área genética na elaboração deste projeto.
Ademais, com o embasamento em questões ligadas ao cotidiano do aluno, e dos que de
qualquer forma norteiam este projeto, torna-se
torna se mais fácil e mais interessante conhecê-lo,
conhecê uma
vez que isso influenciará e estará presente constantemente durante sua vivência.
Assim faz-se
se necessária sua compreensão e conscientização do funcionamento do seu
corpo e do seu material genético. O projeto esmiuçará alguns temas relacionados à
transmissão de caracteres por via do DNA, associados às suas consequências, além de
algumas aplicações matemáticas relativas aos alelos que determinam as tipagens sanguíneas,
bem como o fator Rh.

MATERIAL E MÉTODOS

PESQUISAS
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

A presente pesquisa é de natureza qualitativa e quantitativa, pois tem caráter


exploratório. Caracteriza-se
se como uma pesquisa indutiva, onde o pesquisador
pesquisador desenvolve
conceitos, ideias, ou seja, o entendimento a respeito do assunto, a partir de informações
encontradas nos matérias pesquisados.
A pesquisa foi realizada na escola de EEB. Carlos Chagas com temas referentes a: cor
de cabelo, tipagem sanguínea,
guínea, doença chamada galactosemia, predominância referente a cor
1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter relação com outras Disciplinas.
Instituição: EEB Carlos Chagas - Piratuba.
2
Aluno expositor, larissa_mrl@hotmail.com.
3
Aluno expositor, brunacristina.nv@hotmail.com.
4
Professor Orientador, EEB Carlos Chagas, rosianemelegari@bol.com.br.

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
ANAIS – XXXFCMat

598
dos olhos, miopia e predominância de sexo. Ressaltando que todos os casos abaixo citados
são exemplos de alunos da 3ªI do período matutino.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Pesquisa 1: Considerando conceitos genéticos que afirmam que as características são


determinadas pelos genótipos, e que genes dominantes impedem a manifestação fenotípica de
seu alelo, sabendo ainda que a cor de cabelo é determinada através de um cruzamento de
alelos que não expressam dominância um sobre o outro, determine sobre a cor do cabelo de
um grupo de 28 alunos da E.E.B. Carlos Chagas.
a) 13 alunos = AA = cabelos pretos
b) 10 alunos = Aa = cabelos castanhos
c) 05 alunos = aa = cabelos loiros
Tabela de dados
xi fi Fac xi.fi Fr%
Loiro 5 5 5 17,85%
Castanho 10 15 10 35,71%
Preto 13 28 13 46,42%
∑ 28 100%
• De acordo com os dados já dispostos anteriormente, deseja-se
deseja se saber qual a média
de alunos para cada fenótipo de cor do cabelo.
X = ∑xi.fi X = 28 X = 9,3
∑fi3
• A mediana para cor do cabelo dos 28 alunos:
Md = n28 14ºt
2 2
Md = n + 1 28 + 1 14 + 1 15ºt
2 2
Md = Castanho
• A moda:
Unimodal 13 = preto
Análise;
Tabela de Dados
xi fi Fac xi.fi
Loiro 5 5 5
XXX Feira Catarinense de Matemática

Castanho 10 15 10
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Preto 13 28 13
∑ 28
• Variança de acordo com os dados para cada fenótipo.

• Desvio Padrão

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599
• Intervalo de normalidade?

• Coeficiente de variação:

• Desvio médio:

TESTE DE TIPAGEM SANGUÍNEA


O princípio básico do teste é a aglutinação observada a olho nu. Hemácias que
possuem antígeno A aglutinam-se
aglutinam em presença de anti-A; A; hemácias que possuem antígeno B,
aglutinam-se
se em presença de reagente anti-B.
anti B. Caso ocorra aglutinação para anti-A
anti e anti-B o
sangue será AB e se não aglutinar
agluti na presença dos dois é O.
Pesquisa 2: Com base nas informações obtidas nas aulas de biologia foi realizada uma
pesquisa sobre grupos sanguíneos ABO com a turma da 3º série I - matutino, na qual foram
testados 24 alunos de uma mesma raça, revelou que 14 têm o antígeno A, 10 o antígeno B e 5
não têm nenhum antígeno. Nessas condições, qual é a probabilidade de que uma dessas
pessoas, escolhida aleatoriamente, tenha os dois antígenos?
14 – x + x + 10 – x + 5 = 24
-2x
2x + x + 29 = 24
-x = 24-29
-x = -5
x=5

x = ଶଽ
x =0,1724137931
x = 0,17%
Pesquisa 3: A galactosemia é uma doença que leva a problemas na metabolização da
galactose e é causada por um gene autossômico recessivo.Um homem heterozigoto casou-se
casou
com uma mulher também ém heterozigota. Desta forma deseja-se
deseja saber:
• Qual a representação genotípica e fenotípica do casal?
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Homem > Heterozigoto = Gg| Mulher > heterozigota = G


F1 G g
G GG Gg
g Gg gg
• Qual a porcentagem de chance de os filhos serem normais e/ou
galactosêmicos?
De acordo com o cruzamento acima descrito, conclui-se
conclui se que a chance de os
descendentes serem normais ou galactosêmicos é:

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600
Genótipo Fenótipo
25% GG 25% normais
25% gg 75%
50% Gg galactosêmicos
Pesquisa 4 : A cor dos olhos é herdada, sendo os olhos escuros devidos a um fator
dominante e olhos claros ao seu recessivo. O que é mais provável, dois pais de olhos escuros
terem um filho de olhos claros ou terem um filho de olhos escuros?
escuro> claro33 possibilidades:
possibilida AA x AA, AA x Aa e Aa x Aa

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Genótipos A A

A A AA
A
A A AA
A

Genótipos A A

A AA AA
a Aa Aa

Genótipos A a

A AA Aa
a Aa Aa

Nos dois primeiros 100% da descendência é normal, fenotipicamente. Apenas no


terceiro existe possibilidade de haver criança de olhos claros, mas seu valor é de 25%.
Portanto, é muito mais provável pais de olhos escuros terem
terem filhos de olhos escuros que terem
filhos de olhos claros.
Genótipos da Fenótipos da prole
Prole
AA x AA 100% AA 100% escuro
AA x Aa 50% AA 100% escuro
50% Aa
Aa x Aa 75% AA/Aa 75% escuro
25% aa 25% claro
Pesquisa 5: Suponhamos que a cor dos olhos seja estabelecida por pares de genes,
onde C seja dominante para olho escuro e c recessivo para olho claro. Um homem que possua
os olhos escuros, mas com mãe de olhos claros, casou-se
casou se com uma mulher de olhos claros
cujo pai possui olhos escuros. Determine a probabilidade de nascer uma menina de olhos
claros.
• Os pares de genes do homem são: C (dominante) e c (recessivo), pois ele
possui olhos escuros, mas a mãe era de olhos claros. Portanto, olho escuro (Cc).
XXX Feira Catarinense de Matemática

H C c
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

M
c Cc cc
c Cc cc
• A probabilidade de nascer de olhos claros é de 2 em 2:
2/4 =1/2 = 50%
• A probabilidade de nascer menina é de 1 em 2:
½ = 50%
• A probabilidade de nascer menina e de olhos claro é de:
½ + ½ = ¼ = 0,25 = 25%

ISSN 2447-7427
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ANAIS – XXXFCMat

602
Pesquisa 6:Tendo em vista que a miopia é considerada uma doença recessiva, um
homem normal, porém sua mãe era míope, casou-se com um a mulher normal, sabendo que
seu pai era míope, determine a probabilidade de nascer uma criança míope desse casal:
X = dominante e x = recessivo
H X x
M
X XX Xx
x xX xx
Temos que, para cada criança ser míope precisa ter o gene xx. Portanto, a chance de a
criança nascer míope é de 1 em 4, então:
¼ = 0,25 = 25%

Pesquisa 7: Supondo que a probabilidade de um casal ter um filho do sexo masculino


é 0,25. Então a probabilidade de o casal ter dois filhos de sexos diferentes.
Se a chance de ter filho do sexo masculino é de 0,25%, então a chance de ter um filho
do sexo feminino será:
• Feminino = 1 – 0,75 = 0,75 = 75%
• Masculino = 0,25 = 25%
Filhos de sexos diferentes:
• Masculino x Feminino = 0,25 x 0,75 = 0,1875
• Feminino x Masculino = 0,75 x 0,25 = 0,1875
A chance de ter dois filhos de sexos diferentes é:
• Masculino x Feminino ou Feminino x Masculino =2 x 0,1875 = 0,375 =
37,5%.

CONCLUSÕES

De forma mais restrita, é possível compreendermos a importância da


interdisciplinaridade, considerando que, nas diversas situações apresentadas, ela permite uma
visão mais ampla dos acontecimentos, bem como facilita compreensão, aproximando o aluno
da sua realidade e das decorrências observadas pela mídia e no mundo.
Outrossim, observando os eventos cotidianos que envolvem matemática e genética,
faz-se necessário mostrar a sociedade como funciona o corpo humano, e a relativa ligação
com a hereditariedade, uma vez que, em todas as gerações filiais, o DNA transmite
informações/informações do genitor para o descendente.

AGRADECIMENTOS

• Leonir Nied, professor de Biologia;


• Giovani Ribeiro Lopes, pai da expositora Larissa de Mattos Ribeiro Lopes;
• Lessandra Teresa de Mattos, mãe da expositora Larissa de Mattos Ribeiro Lopes;
• Vanusa Vieira, mãe da expositora Bruna Vieira;
• Rogério Vieira, pai da expositora Bruna Vieira;
• Secretaria Municipal de Saúde Piratuba;
• Laboratório de Análises Clínicas Vanz e Pedde – Laboratório Dr. Rodolpho;
ANAIS – XXXFCMat

603
• Professores e Direção da E.E.B. Carlos Chagas.

REFERÊNCIAS

BIOLOGIA. www.ufpa.br . Disponível em: http://www.ufpa.br/dicas/biome/bioexe2r.htm.


http://www.ufpa.br/dicas/biome/bioexe2r.htm
Acesso em: 12. Ago. 2014.

BIOLOGIA MOLECULAR: www.biologia-molecular.info.. Disponível em: http://biologia-


molecular.info/mos/view/Gen%C3%A9tica_/ Acesso em: 18. Jul. 2014.
molecular.info/mos/view/Gen%C3%A9tica_/.

GENÉTICA. www.brasilescola.com . Disponível em:


http://www.brasilescola.com/biologia/
http://www.brasilescola.com/biologia/genetica.htm.
. Acesso em: 12. Abr. 2014.

HISTÓRIA DA GENÉTICA: www.news-medical.net .Dispoível em: http://www.news-


medical.net/health/History-of--Genetics-%28Portuguese%29.aspx.. Acesso em: 23 ago. 2014.

LEISMENDEL. www.sobiologia.com.br .Disponívl em:


http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel.php
om.br/conteudos/Genetica/leismendel.php.. Acesso em: 15. Jun. 2014.

PROBABILIDADE. www.brasilescola.com. Disponível em:


http://exercicios.brasilescola.com/matematica/exercicios
http://exercicios.brasilescola.com/matematica/exercicios-sobre-probabilidade
probabilidade-
genetica.htm#resposta-2238.. Acesso em: 12. Ago. 2014

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
AS VANTAGENS DA ECONOMIA ELÉTRICA EM MOTORES1

JOCHEM, Alessandra2; COELHO, Dara Pabline3; FREITAG, Anderson Fabiano Ko4.

RESUMO: O presente trabalho teve como objetivo a análise de resultados obtidos com melhorias teóricas
realizadas em motores elétricos, apresentando ideias através de cálculos matemáticos de como se pode
economizar energia e preservar o meio ambiente, através da eficiência energética. Eficiência energética é um
termo que possui um conceito amplo. Consiste em realizar o mesmo serviço, com a mesma qualidade,
consumindo menos energia. Em nosso caso aplicamos este conceito em motores de indução assíncronos do tipo
gaiola de esquilo, pois mais de 97% dos motores existentes no mercado pertencem a este grupo e também não
escolhemos motores por acaso. Elaboramos este trabalho sabendo que 40% de toda a energia do mundo e cerca
de 65% da energia da indústria é consumida por motores, não é difícil imaginar o benefício global gerado com
ações de conservação de energia nesses equipamentos. Sabendo que a cada 1000kwh consumidos, são lançados
504g de CO2 (dióxido de carbono, principal causador do efeito estufa) na natureza. Os impactos que a geração da
energia causa vão muito além de gases. Segundo pesquisas do grupo WEG, nas últimas décadas o consumo de
energia aumentou em 50%, com previsões de se acentuar ainda mais nas próximas décadas. Estamos cientes de
que nossas hidrelétricas não suportarão suprir esta demanda e nem nossos recursos naturais, fazendo-se
obrigatório a construção de usinas nucleares que geram resíduos radioativos e medo constante à população.
Pretendemos melhorar a utilização do que já nos é disponível, visando à continuidade do crescimento econômico
de forma responsável, consciente e sustentável.

Palavras-chave: Eficiência energética. Motores elétricos. Sustentabilidade e Matemática aplicada.

INTRODUÇÃO

Há tempos no Brasil, observamos o aumento do consumo da energia elétrica. Ciente


disto o governo criou algumas maneiras de conter estes gastos, como por exemplo, a lei do
rendimento mínimo para motores (Lei de eficiência energética – Portaria MME/MCT/MDCI
Nº 533 de 08 de dezembro de 2005) e criou o selo Procel e Conpet.
Temos clareza que não é a falta de incentivo que leva nosso país a desperdiçar tanta
energia, é a falta de conscientização e informação. Como por exemplo: a compra de uma
geladeira nova, em virtude de uma mais antiga, muitas vezes só com o valor da energia
economizada mensalmente, seria possível pagar uma mensalidade de uma nova. Porém o
símbolo Procel em geladeiras virou Marketing para alguns produtos. E como fica o
consumidor diante disso? Foi com este objetivo que elaboramos o trabalho, voltado a
motores, como dito anteriormente, são os principais consumidores de energia.
A metodologia utilizada foi à utilização da pesquisa bibliográfica, enriquecida com
comparações matemáticas e cálculos aplicados a práticas que potencializam o uso da energia,
mostrando os benefícios sociais, econômicos e ambientais.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido na E. E. B. Pedro Américo, situada no município de


Agrolândia, no período de junho a setembro de 2014. Os dados utilizados foram obtidos em
materiais fornecidos pelo grupo WEG e em livros com publicações referentes ao tema.
1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Padre Américo – Agrolândia.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professor Orientador, EEB Padre Américo, anderson_fkf@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

605
O principal método desenvolvido durante o trabalho foi realizar uma análise
comparativa de resultados obtidos através de cálculos matemáticos aplicados a diferentes
casos onde
nde se compara motores com auto e baixo rendimento, motores com ou sem inversores
de frequência, com o objetivo de ressaltar a diferença numérica representada durante o
percurso do trabalho.
Relacionamos a necessidade ambiental da redução do impacto causado
causa pela sociedade,
com a viabilidade econômica da economia de energia. Será mostrado o princípio de
funcionamento de um inversor de frequência e como que, aplicado em motores ele consegue
reduzir seu consumo, trazendo também outras informações importantes de como não
transformar a energia elétrica em outras formas de energia, traduzindo-se
traduzindo se em perdas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A cada 1000 kWh gastos são lançados 504 kg de CO2 na natureza. Atualmente são
despejados cerca de 5 bilhões de toneladas de CO2 por ano na natureza . No passado, cerca
de 100 anos atrás foi despejado na natureza cerca de 60 milhões de CO2, representando um
aumento de mais de oito mil vezes em relação ao ano de 2013 onde o Brasil jogou na
atmosfera 233 704,8 toneladas de CO2, pois o consumo
c chegou a 463,7 GWh.
Os motores consomem 40% da produção mundial de eletricidade, considerando os
valores anteriores, podemos afirmar que foram consumidos um total de 185480000 kWh e
gerados mais de 93 mil toneladas de CO2, só por motores. Cientes disto,
disto, podemos dizer que
investir em melhorias nos motores traria uma rápida redução de custos e de emissão de CO2.
Existe uma série de fatores que leva o motor a consumir mais ou menos, a mais
importante é o rendimento. O motor possui três tipos de potência:
potência: Pt, Pd e Pu. Pd a potência
perdida de um motor, Pu a que efetivamente se utiliza e por fim Pt é potência máxima, sendo
a soma das anteriores. Sendo necessárias estas para que se calcule o rendimento.

Quando se fala em economia de energia é muito muito importante que se observe o


rendimento, pois ele é a porcentagem da energia que o motor consome que realmente esta
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

sendo transformada em trabalho. Quanto maior o rendimento menor são as perdas. O


rendimento é informado nos dados da placa de qualquer motor.
moto
Segundo a Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos as instalações
elétricas industriais e motores do nosso país têm a idade média de 17 anos. O rendimento dos
motores da época estava em torno de 90,2%.
Para demonstrar a importância do rendimento
rendimento em um motor, será feito um cálculo,
hipotético, onde uma empresa que possui um motor de 50 CV, de dois pólos, irá comparar
este motor com dois outros motores, de mesmas características diferindo-se
diferindo apenas no
rendimento. Um motor terá o valor de rendimento
rendimento mínimo estabelecido por norma da ABNT
e o outro um motor de alto rendimento. Valores teóricos apenas para demonstração.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Comparativo entre os motores de 50 Motor da Motor ABNT Motor alto
CV II pólos empresa rendimento
Rendimento % 90,2 92,4 94,5
Custo de aquisição R$ 00 000,00 10 150,00 14 210,00
Consumo kWh 40, 798 39, 826 38, 941
Consumo em 10 anos kWh 3 573 904,8 3 488 757,6 3 411 231,6
Consumo em 10 anos R$ 1 107 910,4 1 081 514,8 1 057 481,7
Retorno de investimento - 3 anos e 10 2 anos e 10 meses
meses
Redução de CO2 a cada ano - 4 247,26 kg 8 706,45 kg
Economia anual R$ - 8 462,16 16 188,48

Foi considerado que o custo do kWh é de R$ 0,31, onde o motor de alto rendimento
custa 40% a mais do que o comum e que nosso motor trabalha 24 horas, 365 dias por ano.
Utilizou-se
se o seguinte formulário para obtermos os valores acima:

O inversor de frequência é um meio muito eficiente de e poupar energia. Segundo o


grupo WEG, um inversor economiza cerca de 40% da energia consumida pelo motor. Para
entendermos melhor o que é e como economiza energia, será demonstrado matematicamente,
como ocorre este processo e quais são os resultados quando aplicados a motores de alto
rendimento ou mesmo a motores comuns.
O torque na ponta do eixo de um motor e a corrente gerada no estator será sempre a
mesma, pois a força que será requisitada de um motor será constante. Sendo a sim, o fluxo
magnético também terá um valor constante que irá acontecer é que a tensão e a frequência
sempre irão variar para que se feche
f a constante do fluxo magnético.
Se fluxo magnético é igual a 6, tenho uma frequência de 70Hz, vou precisar de uma
tensão de 420V para que o fluxo permaneça constante e para que não se altere o torque do
motor. Podemos pensar em porque seria interessante
interessante alternar a frequência de um motor? A
frequência é um dos elementos principais para se calcular a velocidade de um motor
assíncrono, veja:
ANAIS – XXXFCMat

607
Analisando as fórmulas, concluímos que quanto maior a frequência maior será a
rotação de um motor. r. Quanto menor a frequência, menor o RPM, a potência, e por
consequência o consumo, ou seja, são valores diretamente proporcionais, tudo isto é
explicado nas fórmulas:

Para realizarmos a demonstração de como a aquisição de um inversor é interessante,


será
rá feita a demonstração de consumo com dois motores o que a empresa já possui e o de alto
rendimento ambos utilizando o inversor. Um inversor para controlar aquele mesmo motor de
50cv II polos, custa em média R$ 7. 800,00.

Comparativo de motores com inversores


inver de M. empresa + M. alto rendimento +
frequência inversor inversor
Custo de aquisição R$ 7 800,00 22 010,00
Consumo por kWh c/ inversor 24,478 23,364
Consumo em 10 anos kWh 2 144 272,8 2 046 686,4
Consumo em 10 anos R$ 664 724,56 634 472,78
Retorno de investimento 2 meses 6 meses
Economia anual R$ 44 343,77 47 343,77
Redução de CO2 a cada ano 72,053 76,971

Para o cálculo de retorno de investimento Vga = 40,798kWh, que era o valor gasto
pelo motor da empresa, pois o objetivo era fazer uma comparação das melhorias obtidas com
as mudanças, tanto na compra de um motor, quanto na de um inversor.
Se dividíssemos o valor da economia anual de um inversor de frequência
frequência com o motor
de alto rendimento por 12, obteríamos o valor da economia mensal deste conjunto que seria
de R$ 3 945,314. Esta empresa poderia adquirir o conjunto sem botar a mão no bolso, poderia
pagar em seis vezes (R$ 22 010,00/6= R$ 3 668,33) sem sem entrada com o dinheiro que
economizaria em energia mensalmente que ainda lhe sobraria (3 945,314 - 3 668,333) R$
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

276,98 mensalmente.
É importante também lembrarmos que um motor só fornece os rendimentos máximos
quando trabalha com 100% da carga que suporta.
supor
Existem também outros fatores que intervém para que o motor consiga executar
corretamente sua função como, por exemplo, o alinhamento, rebobinamento, vibrações e
ruídos, lubrificação incorreta de mancais, variações nas tensões no motor... São cuidados que
garantem o bom funcionamento de um motor.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
CONCLUSÕES

Ao final deste trabalho podemos observar a importância da informação para o melhor


uso de nossas fontes, não adianta termos o melhor motor com um inversor de frequência
trabalhando desalinhado que desperdiçará energia do mesmo modo.
Através do uso de dados e de cálculos simples de matemática básica é possível ver
grandes resultados econômicos e ambientais, surgidos apenas com a mudança de um motor. E
se ampliássemos estes números? E se levássemos estas informações adiante, imagine o
resultado em uma empresa, um município, um estado, um país! O que nos falta é a
informação e conhecimento e com isso podemos garantir um desenvolvimento sustentável ou
a possibilidade de crescimento

REFERÊNCIAS

WEG S.A. Uso eficiente da energia elétrica. Jaraguá do Sul: WEG, 2014. 24 p.

WEG S.A. W22 Motor Elétrico Trifásico – Catalogo Técnico Mercado Brasil. Jaraguá do Sul:
WEG, 2014. 50 p.

FILIPPO FILHO, Guilherme. Motor de indução. São Paulo: Érica, 1957.

WEG S.A. Inversor de frequência. Jaraguá do Sul: WEG, 1997. 124 p.

FREITG, Anderson Fabiano Ko; GAUER, Ademar Jacob. . do R. Guia de eletromagnetismo


II: Força eletromotriz e máquinas elétricas estáticas e girantes – conceitos e aplicações. Santa
Catarina: Rio do Sul IFC – Instituto Federal Catarinense. Agosto, 2012.

LINO, Lucas. O que é um inversor de frequência?.DiegelElétrica LTDA, 2014. Disponível


em:
<http://www.digel.com.br/novosite/index.php?option=com_content&view=article&id=70:co
mo-funciona-um-inversor-de-frequencia >. Acesso em: 24 jul. 2014.
ANAIS – XXXFCMat

609
CONHECENDO A FRANÇA ATRAVÉS DA MATEMÁTICA1

CARVALHO, Fernando Augusto Alves de2; LAMB, Ghesnina Catharina3; BULLA, Mariza4.

RESUMO: O projeto “Conhecendo a França através da Matemática” iniciou-se


iniciou se a partir de situação vivenciada
na escola, aonde naquele momento foi desenvolvido um trabalho interdisciplinar sobre os países participantes da
Copa 2014. Trabalhou-sese então com a França, buscando
buscando pesquisar pontos turísticos, economia, indústria e
também as principais contribuições deixadas pelos matemáticos franceses. Assim, durante as atividades
percebeu-se
se que a matemática está presente na maioria das ações humanas, visto que vivemos cercados
cercad de
números, gráficos, tabelas e máquinas que tornam nossa vida mais fácil. Deste modo, a partir de tais
considerações, foram analisados os conteúdos relacionados aos matemáticos pesquisados ressaltando René
Descartes, que criou Plano Cartesiano e a Estatística
Estatística e sem tais contribuições não seria possível o
reconhecimento e avanços vivenciados na atualidade.

Palavras-chave: Pesquisa. Alunos. Gráficos. Profissões.

INTRODUÇÃO

O estudo da matemática busca despertar no aluno seu lado critico e investigativo.


Visto que, a matemática está inserida em nosso cotidiano e a sala de aula é apenas um dos
espaços utilizados para o seu desenvolvimento. Assim, ela deve ser vista como uma ciência
viva, significativa, prazerosa e útil à sociedade.
Vale lembrar que são muitos os campos de atuação dentro da matemática e o presente
trabalho pretende destacar a Estatística, definida como: “ciência
ciência que se dedica à coleta,
análise e interpretação de dados. Preocupa-se
Preocupa com os métodos de recolha,
ecolha, organização,
resumo, apresentação e interpretação dos dados, assim como tirar conclusões sobre as
características das fontes donde estes foram retirados, para melhor compreender as
situações”. Desta forma, é fato que tanto para um cientista que pesquisa
pesquisa novos medicamentos,
como para um estudante que busca saber ler, interpretar gráficos e tabelas em texto a
aplicação da estatística é essencial e indispensável.
De forma a tornar o conhecimento significativo para os educandos, foram pesquisados
os principais
ncipais fatores socioeconômicos, pontos turísticos, Torre Eiffel, a Ponte dos Cadeados,
relacionados a França.
A partir desta pesquisa os educandos desejaram fazer a Torre para que a mesma fosse
um símbolo do trabalho, da pesquisa, conhecer a altura, tempo de construção, tinta utilizada
para manutenção, peso dos cadeados, risco de queda da ponte, ângulos, raio e área ocupada
pela Torre, quantidade de luzes, monumento mais pago do mundo, valor para visitação.
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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Constatado todos esses pontos, iniciou-se


iniciou o estudoo sobre de René Descartes,
aprofundando o conhecimento sobre Estatística, verificando que o conteúdo tornou-se tornou
significativo e prazeroso.
Valendo-sese dos dados obtidos estatisticamente o presente projeto analisou as
diferentes atividades que os pais de nossos
nossos alunos escolheram como profissão. A partir desta

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Eugênio Marchetti – Herval d´Oeste.
2
Aluno do Ensino Médio, fernandoaugustovmm@gmail.com.
fernandoaugust
3
Aluna do Ensino Médio, ghesnina@hotmail.com.
4
Professora Orientadora, EEB Eugênio Marchetti, mariza40_bulla@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
pesquisa realizada com os alunos buscou-se conhecer a profissão dos pais e por meio das
informações obtidas verificando-se os diferentes trabalhos bem como se pesquisou entre os
estudantes suas opções enquanto futuros profissionais.

MATERIAL E MÉTODOS

Partindo da necessidade de fazer com que os alunos conhecessem características gerais


da França (pais participante da Copa- 2014), foram pesquisados aspectos turísticos,
geográficos, históricos e elencaram-se os principais pensadores e matemáticos. De posse das
informações coletadas fez-se a discussão e debate em sala de aula, onde ficaram evidenciadas
as contribuições do matemático e filósofo René Descartes, bem como a Torre Eiffel,
monumento turístico mais visitado do mundo.
Tendo como base as informações coletadas buscou-se aplicar a estatística de René
Descartes, enfatizando sua aplicação e relacionando o conhecimento cientifico á verificação
de quais eram as profissões dos pais participantes da comunidade escolar e quantos desses
alunos iriam seguir a mesma profissão de seus genitores.
Organizou-se com os alunos uma tabela elencando as principais profissões (conforme
tabela 1) e a partir disso, fez-se o estudo da estatística destacando as variáveis estatísticas
utilizadas para organizar os dados coletados. Após os dados coletados, organizou-se o estudo
de gráficos e tabelas, distribuição de frequência intervalo de classes, moda, mediana, medidas
de tendência central e medidas de dispersão. Aplicou-se o gráfico de setores e de barras para
melhor compreensão dos dados coletados.
As atividades foram realizadas em grupos na sala de aula e todo material foi custeado
pelos educandos e pela instituição escolar. Desenvolveu-se também o interesse em
confeccionar a Torre Eiffel como ponto determinante para a realização do trabalho, e os
materiais utilizados foram palitos de xixo, cola quente, mapas, livros, multimídias e pesquisas
bibliográficas.
Tabela 1
Profissões dos Pais dos Alunos da Escola Educação Básica Professor
Eugênio Marchetti
Tipo de Serviço Frequencia FA FR FAR
Indústria 137 137 14,44% 14,44%
Comércio 160 297 16,86% 31,30%
Agricultura 80 377 7,43% 38,73%
Prestação de Serviços 209 586 22,02% 60,75%
Funcionário Público 47 633 4,95% 65,70%
Aposentado e Encostados 118 751 12,43% 78,30%
Área da Saúde 53 804 5,58% 83,71%
Segurança 16 820 1,69% 85,40%
Educação 47 867 4,95% 90,35%
Do Lar 82 949 8,64% 100%
Total: 949 100%
Fonte: As autoras (2014)
ANAIS – XXXFCMat

611
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Olhar o mundo a nossa volta compreendê-lo,


compreendê lo, interagir e participar criticamente dos
rumos de nossa sociedade é uma tarefa difícil para o professor e árdua para a maioria dos
alunos.
Segundo Stephen Kanitz: “aa escolha profissional e o casamento são as decisões mais
importantes às quais tomamos em nossas vidas, pois dividiremos nossas rotinas com ambos,
porém perdemosmos mais tempo escolhendo cônjuges do que escolhendo cursos que faremos, e
no final de tudo, passamos mais tempo na companhia de nossas profissões do que com nossos
cônjuge”...
Após esta análise, verificamos que a escolha profissional não é tão simples e para p
muitos adolescentes parece distante. Então na maioria das vezes deixamos para pensar sobre
ela quando já estamos em vias do vestibular, e também existem muitos fatores que
contribuem de forma significativa para a formação de uma opinião concreta a respeito
resp de uma
escolha profissional, mas o fator decisivo é sempre a aptidão natural, que se descobre ao
longo de uma caminhada de conhecimento próprio.
Através das constatações matemáticas e estatísticas observadas no projeto vimos a
relevância para futuras escolhas profissionais dos educandos, ressaltando que os mesmos
possuem inúmeras dúvidas relacionadas ao seu futuro e para tanto precisam adquirir
conhecimento e entendimento e a partir da aprendizagem realizar a construção dos próprios
conceitos. Ler e interpretar
terpretar criticamente os gráficos das profissões exercidas pelos pais e fazer
com que o aluno tomasse conhecimento da pesquisa realizada, foi um dos principais objetivos
da pesquisa.
Num primeiro momento foram realizadas pesquisas e após levou-se levou a sala para
trabalhar conteúdos relacionados a estatística. E através dessa pesquisa percebeu-se
percebeu que o ser
humano se tornou Homem através do trabalho e este é o eixo norteador da vida de cada
individuo presente em nossa sociedade e para tanto a educação deve ser pautada no universo
de nossos alunos e o trabalho não deve ser separado da esfera educacional, pois a cada ano
percebe-se
se que o estudante é inserido cada vez mais cedo no mundo do trabalho.
Com base nos gráficos confeccionados
confecciona (tabela 2) constatou-se
se que a maioria dos pais
são prestadores de serviços e seus filhos não querem seguir a mesma profissão.
Os estudantes muitas vezes chegam ao Ensino Médio sem noção da diversidade do
mundo profissional, conhecem as profissões mais disputadas do ranking dos vestibulares.
É importante que a escola dê condições para que os mesmos possam ir formando seus
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

conceitos. Pautada nisso, o SEBRAE, disponibilizou-se


disponibilizou se a fazer palestras sobre Profissões e
levou-se
se os educandos até a UNOESC (Universidade
(Universidade do Oeste de Santa Catarina), para
conhecer melhor os cursos oferecidos por esta instituição. Também se buscou palestras com
diferentes áreas de modo a conscientizar e demonstrar as inúmeras opções profissionais até
então desconhecidas tecnicamente, de maneira a esclarecer e orientar numa futura escolha
profissional.
Com base na pesquisa realizada, nas palestras, visitas, os educandos conseguem ir
delimitando quais áreas possuem mais afinidade, as disciplinas escolares ligadas às mesmas, a
fim de construir
truir as primeiras apreciações sobre as profissões, tornando o processo de escolha
mais tranquilo, com segurança e menos impreciso.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Assim, analisando a profissão dos pais, os filhos puderam construir e socializar
conhecimentos relacionados às profissões de maneira significativa, e que futuramente poderá
ser concretizada na sua própria escolha profissional, considerando suas vivencias,
observações e interpretações.

Tabela 2
CARREIRA PROFISSIONAL DOS ALUNOS
Trabalha? Passos do Pais Frequenta algum curso
Respostas
Quantidade Porcentagem Quantidade Porcentagem Quantidade Porcentagem
Sim 95 45,23% 30 14,28% 110 52,38%
Não 115 54,77% 180 85,72% 100 47,62%
Total de
Alunos 210
Fonte: As autoras (2014)

CONCLUSÕES

A realização do referido projeto vem confirmar a importância da participação do aluno


na construção e desenvolvimento do seu conhecimento, tendo o professor como articulador e
mediador do processo ensino-aprendizagem.
A família neste contexto assume papel fundamental no desenvolvimento de um
indivíduo responsável, na busca do seu saber, servindo como base para seus projetos futuros.
A presente pesquisa sobre seus anseios profissionais, mostrou que a maioria dos
concluintes do Ensino Médio não pretendem seguir a mesma profissão dos pais e que esta
decisão cabe somente a eles, ficando de fora a interferência da família. Os dados também
assumiram características vivenciadas no cotidiano dos educandos, tornando-se assim mais
significativas para suas escolhas.
Conclui-se, portanto, para que o processo ensino-aprendizagem, seja significativo e
amplo o educando deve deixar de ser o expectador e tornar-se o protagonista da ação, sem
decorar definições e regras de procedimentos, apropriando-se do senso comum e também do
saber cientifico.

REFERÊNCIAS

Proposta Curricular de Santa Catarina: Estudos Temáticos. Florianópolis: IOESC, 2005.

Souza, Joamir Roberto de, Novo olhar matemática -1ª Ed. São Paulo: FTD, 2010 ( Coleção
Novo Olhar, volume 3).
ANAIS – XXXFCMat

613
CONHECENDO MEUS COLEGAS1

CONTINI, Miguel2; RECHE, Maristela3; CONTE, Inês Ribeiro4.

RESUMO: A pesquisa teve por objetivo identificar a realidade sociocultural e econômica dos estudantes, do
Ensino Médio Inovador da Escola de Educação Básica Padre Izidoro Benjamin Moro. Através de diagnóstico de
levantamento de dados realizado pelos estudantes e suas famílias, constatou-se
co se que em sua maioria residem no
meio rural e com moradia própria, mas necessitam utilizar o transporte escolar para chegar até a escola. Há um
número significativo de famílias com acesso à mídias eletrônicas. As famílias na sua maioria são de origem orig
italiana e oriundas do interior do Rio Grande do Sul, litoral sul de Santa Catarina e outra parte da região do
Contestado. A renda familiar é proveniente da agropecuária e a maioria frequenta a igreja católica. Após a
análise dos dados, estes foram tabulados,
tabulados, discutidos e registrados em atividades de sala de aula de maneira
interdisciplinar nas diferentes áreas de estudo, para integração do currículo escolar.

Palavras-chave:: Pesquisa. Realidade. Integração. Família.

INTRODUÇÃO

O Ensino Médio Inovador – E.M.I. é um programa novo na Escola de Educação


Básica Padre Izidoro Benjamin Moro, no qual os estudantes vivenciam os estudos em tempo
integral, ocupando diversos espaços e interagindo com professores de diversas áreas de
conhecimento e em atividades e momentos diferenciados.
A matriz curricular do E.M.I. e as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio
preveem que se valorize a realidade juvenil: o estudante com seu conhecimento prévio, sua
identidade familiar, o espaço onde vive e interagecomo cotidiano
c escolar.

Temos de levar em conta que as representações sobre a juventude, os sentidos que se


atribuem a esta fase da vida, a posição social dos jovens e o tratamento que lhes é
dado pela sociedade ganham contornos particulares em contextos históricos,
histór sociais
e culturais distintos. (BRASIL; Secretaria de Educação Básica, 2013,p. 13).

Torna-se
se então significativo um estudo da realidade sociocultural e econômica dos
estudantes do Ensino Médio Inovador, o território e os projetos de vida somadas aos seus
próprios conhecimentos podem contribuir para elaborarmos, juntos, conhecimentos a respeito
dos jovens que frequentam a escola e a socialização dos mesmos.
A proposta de trabalho buscou garantir a interação
interação entre os espaços de vivência e as
referências históricas no espaço escolar, enfocando conhecer o seu próprio local de vivência
para a partir daí ampliar o seu conhecimento de mundo e aprender a interagir com os espaços
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

em estudo, a partir do conhecimento,


conhecimento, de forma a estabelecer diálogos capazes de construir
significados, juízos de valor e apreciações.

MATERIAL E MÉTODOS

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Padre Izidoro Benjamin Moro – Lindóia do Sul.
2
Aluno expositor, miguelcontini2014@gmail.com.
ontini2014@gmail.com.
3
Aluno expositor, mari.rechee@gmail.com.
4
Professor Orientador, EEB Padre Izidoro Benjamin Moro, inesconte@ig.com.br.

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
A coleta de dados foi realizada através de um diagnóstico que cada estudante do
Ensino Médio Inovador – E.M.I. da Escola de Educação Básica Padre Izidoro Benjamin Moro
levou
para sua família e com isso buscou-se conhecer melhor os estudantes e suas famílias,
identificar a realidade sociocultural e econômica dos mesmos, bem como o meio em que
vivem, a origem e a ascendências das famílias, o acesso a escola, a fonte de renda familiar, o
acesso às mídias, alimentação, a vida social e religiosa, a saúde familiar e a aspiração
profissional.

A pesquisa em sala de aula precisa do envolvimento ativo e reflexivo permanente de


seus participantes. A partir do questionamento é fundamental pôr em movimentoto
do um conjunto de ações, de construção de argumentos que possibilitem superar o
estado atual e atingir novos patamares do ser, do fazer e do conhecer. (MORAES;
GALIAZZI; RAMOS, 2012, p. 15).

Após a coleta de dados, os mesmos foram tabulados e registrados em gráficos


comparativos para identificar as diferentes realidades sociocultural e econômica dos
estudantes envolvidos, também realizaram-se discussões e registros com atividades de sala de
aula de maneira interdisciplinar nas diferentes áreas de estudo, para que ocorresse a
socialização com todos os estudantes da escola.
Para representar os dados coletados realizamos cálculos matemáticos envolvendo
conteúdos estatísticos, análise gráfica, plano cartesiano e porcentagem.
Na realização das atividades interdisciplinares aplicamos os seguintes conteúdos
matemáticos: tratamento de dados coletados, tabelas, gráficos, porcentagem, plano cartesiano,
pares ordenados, função do 1ª grau, classificação das funções, intervalos numéricos, reta
numérica, representação por compreensão, teoria dos conjuntos, progressão aritmética,
circulo, circunferência, reta, ponto, plano, dimensões, ponto médio, ângulo, arco, setores,
formas geométricas planas e espaciais,retas paralelas concorrentes e perpendiculares, fusos
horários, escalas e sistema de medidas, de maneira interligada nas diferentes áreas do
conhecimento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Partindo-se dos resultados coletados constatou-se que os estudantesdo E.M.I. somam


um total de 54 alunos na faixa etária entre 13 á 17 anos, sendo 59% do sexo masculino e 41%
feminino. Destes 59% são famílias que residem no meio rural e 41% residem no meio urbano.
Verificou-se que83% dessas famílias possuem moradia própria e que 54% dos alunos
necessitam utilizar o transporte escolar para chegar até a escola. A distância entre a escola e as
residências dos alunos do EMI, variam de 500m á 24000m.
ANAIS – XXXFCMat

615
Distância da Escola
Série1; 1km;
Série1;
19%
0,5km; 17%

Série1; 12km;
Série1; 3km; Série1; 8km; 9%
8% Série1; 8% Série1; 17km;
Série1; 4km; Série1;
7km;
Série1;
9km; Série1; 14km; Série1; 20km;
10km;
5% Série1;
Série1;
4% 5km;4% 4% 4%Série1; Série1;
13km; 15km;
4% Série1; 4% 24km;
18km;
2% 2% 2% 2% 2%

Fonte: Os autores (2014)

Há um número significativo de famílias com acesso à mídias eletrônicas, como acesso


a internet, celular, ondas de rádio, telefonia e sinal de televisão.
Verificou-sese através do diagnóstico que 44,5% de pessoas integrantes das famílias
pesquisadas fazem uso de medicação contínua para doenças do sistema nervoso e endócrino,
doenças cardiovasculares e imunológicas.
A ascendência das famílias na sua grande maioria é de origem italiana e oriundos do
interior do Rio Grande do Sul, litoral sul de Santa Catarina e outra parte da região do
Contestado. A renda da maioria dasfamílias vem da agropecuária sendo distribuídas nos
setores da avicultura, suinocultura, produção de grãos e leite.
O abastecimento de água nas residências ocorre nas seguintes formas: 46% fonte de
água superficial; 21% poço tubular profundo e 33% pelo sistema de abastecimento –CASAN.
Acredita-se
se que a fonte de água superficial está relacionado com a grande incidência de
famílias residentes
tes no meio rural.
Água que Abastece as Residências
poço tubular profundo
21%

46%
sistema de abastecimento -
CASAN

33%
poço/fonte de água superficial
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Fonte: Os autores (2014)

Em sua grande maioria (80%) as famílias frequentam a igreja católica. Entre as


famílias pesquisadas 74% participam na comunidade em entidades associativas
assoc como: 35%
em diretorias comunitárias; 50% em esporte; 22% em clube de mãese 25% em associações
comunitárias.
Ao serem questionados sobre as perspectivas para o futuro, 55,5% dos estudantes
pretendem ingressar na faculdade; 20,5% pretendem ingressar um curso técnico, 24%
pretendem trabalhar em empresas; 7,4% querem continuar projetos dos pais na área
empresarial ou na propriedade rurale 7,4% querem ser autônomos.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
CONCLUSÕES

Perceber como os jovens estudantes constroem o seu modo próprio de ser é um passo
para compreender suas experiências, necessidades e expectativas. O desafio é entender essas
dimensões como eixo integrador das atividades escolares a serem proporcionadas.
A partir disso, as disciplinas são projetados para trabalhar o contexto sociocultural e
econômica dos estudantes integrantes do E.M.I., através de um currículo integrado e
inovador.
O diagnóstico apresenta a realidade sociocultural e econômica dos estudantes,
contribuindo para a ampliação no desenvolvimento no trabalho pedagógico integrado a partir
dos dados que apresentaram.
O trabalho desenvolvido através do diagnóstico é uma atividade interdisciplinar e com
duração indeterminada, com o objetivo de ser explorado no decorrer dos anos até a formação
desses estudantes que fazem parte do E.M.I., pois o mesmo retrata o perfil dessa turma.

REFERÊNCIAS

BAZZO, W. A. Ciência, tecnologia e sociedade e o contexto da educação tecnológica.3ª


ed. rev. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2011.

BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, etapa


I - caderno II : o jovem como sujeito do ensino médio / Ministério da Educação, Secretaria
de Educação Básica; organizadores : Paulo Carrano, Juarez Dayrell. – Curitiba : UFPR/Setor
de Educação, 2013.

BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, etapa


I - caderno IV: áreas de conhecimento e integração curricular / Ministério da
Educação,Secretaria de Educação Básica; autores :Marise Nogueira Ramos, Denise de Freitas,
Alice Helena Campos Pierson. – Curitiba : UFPR/Setor deEducação, 2013.

CARRANO, P. C. R. O ensino médio na transição da juventude para a vida adulta. In:


FERREIRA, C. A. Juventude e iniciação científica. Políticas públicas para o ensino médio.
Rio de Janeiro: EPSJV/ UFRJ, 2010.

CRESPO, A.A .Estatística fácil. 19ª ed. São Paulo,Editora Saraiva:2009.

DANTE, L. R .Matemática: contexto e aplicações. São Paulo. Editora Ática: 2010.

GADOTTI, M. Pedagogia da práxis.São Paulo: Cortez, Instituto Paulo Freire, 1995.

MORAES, R.; GALIAZZI, M. C.; RAMOS, M. G. Pesquisa em sala de aula: fundamentos e


pressupostos. In: MORAES, Roque; LIMA, Valderez M. do R. Pesquisa em sala de aula:
tendências para a educação em novos tempos. 3. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para o


Ensino Médio. Parecer CNE/CEB 05/2011. Disponível em: <http://portal.mec.gov. br/índex.
php?option=com_content&id=12992:diretrizes-para-a-educacaobasica>. Acesso em:
24/07/14.
ANAIS – XXXFCMat

617
DESAFIANDO A MATEMÁTICA1

VISENTAINER, Júlia Gabriela2; IOMES, Júlio Thadeu3; PETRY, Vanderlei4.

RESUMO:: Este trabalho visa desvendar uma dúvida peculiar de quantas vezes é possível dobrar um papel ao
meio. Esta ideia se originou após ler uma reportagem divulgada por uma norte-americana,
norte americana, sobre o desafio de
dobrar uma folha de papel e pelos vários desafios lançados
lançados nas redes sociais sobre o mesmo assunto. A pesquisa
feita foibaseada na reportagem de Britney Gallivan que fez todo o desenvolvimento matemático acerca do tema
em questão, ajudando e muito no desenvolvimento do trabalho. Mas por que ela fez isso? Ela
E aceitou um desafio
de dobrar uma folha “apenas” 12 vezes. Assim, ela receberia uma nota extra em Matemática. Depois de falhar
bastante, Britney decidiu usar um material extremamente fino: uma folha de ouro de apenas 0,28 milionésimo de
um metro de espessura.
sura. Britney criou duas fórmulas para conseguir dobrar o papel, e uma dela é a usada para o
trabalho. No fim, ela concluiu que é preciso 1200 metros de papel para dobrar 12 vezes e para conseguir o feito,
ela demorou 7 horas.

Palavras-chave: Desafio. Espessura.


essura. Papel.

INTRODUÇÃO

O trabalho realizado por dois alunos da segunda série do ensino médio do Colégio
Galileu, junto ao auxílio do professor de matemática Vanderlei Petry, visa desvendar quantas
vezes é possível dobrar um papel ao meio.
Esta ideia originou após ler uma reportagem divulgada por uma americana, sobre o
desafio de dobrar uma folha de papel e pelos vários desafios lançados nas redes sociais sobre
o mesmo assunto. A pesquisa feita baseada na reportagem de Britney Gallivan que fez f todo o
desenvolvimento matemático acerca do tema em questão, ajudando e muito no
desenvolvimento do trabalho.
Após várias experiências e cálculos, ela concluiu queL
que é o comprimento mínimo do
material; t é a espessura da folha, e n é o número de dobras possíveis na mesma direção. Isso
baseado na fórmula que ela criou. Mas por que ela fez isso?Ela aceitou um desafio de dobrar
uma folha “apenas” 12 vezes. Assim, ela receberia uma nota extra em Matemática. Depois de
falhar bastante, Britney
itney decidiu usar um material extremamente fino: uma folha de ouro de
apenas 0,28 milionésimo de um metro de espessura. Um quadrado de 10 cm por 10 cm, muita
paciência e determinação foram suficientes para que a garota terminasse com um quadrado
microscópico
ico de ouro. A questão é: ninguém tinha falado em ouro. O material usado deveria
ser papel.Britney criou duas fórmulas para conseguir dobrar o papel, e uma dela é a usada
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

para o trabalho.
Pode-se
se observar que o desafio enfrentado por Britney é uma situação-problema,
situaçã para
a qual foi desafiada e que está presente nas redes sociais, Situação esta que motivou os alunos
a buscarem maneiras diferenciadas de resolver o desafio, trazendo também para o público
presente na Feira.
No fim, ela concluiu que é preciso 1200 metros de papel para dobrar 12 vezes e para
conseguir o feito, ela demorou 7 horas.A exposição atiçou os ânimos para expor essa situação
1
Categoria: Ensino Médio;
édio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter elação com outras Disciplinas;
Instituição: Colégio Galileu – Ituporanga.
2
Aluna expositor, julia.visentainer18@gmail.com.
julia.visentainer18@gmail.com
3
Aluno expositor, julioiomes@gmail.com.
julioiomes@gmail.com
4
Professor Orientador, Colégio Galileu,
Galileu vandipetry@yahoo.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
alheia que é totalmente interessante é diferente, mostrando que é possível criar ou tirar ideias
diferentes de um papel, ou seja, o papel envolve muitas áreas da matemática que podem ser
calculadas no cotidiano. Quantas vezes dobra-se um papel é uma delas.

MATERIAL E MÉTODOS

Após aceitar o desafio de dobrar uma folha 12 vezes para receber uma nota extra em
Matemática,a garota usou uma folha de ouro de apenas 0,28 milionésimo de um metro de
espessura. Um quadrado de 10 cm por 10 cm e ela terminou com um quadrado microscópico
de ouro. O problema foi que o material usado deveria ser papel. A estudante então criou uma
fórmula, que será desenvolvida no decorrer da pesquisa, que a permitisse calcular o tamanho
do papel necessário para realizar tal proeza.

L é o comprimento mínimo do material;


t é a espessura da folha;
n é o número de dobras possíveis na mesma direção;
Usando essa fórmula ela concluiu que para dobrar uma folha ao meio 12 vezes,
precisaria de 1,2 km de papel que ela encontrou em uma marca de papel higiênico e então
conseguiu a nota extra que precisava. Foram precisas sete horas para dobrar todo aquele papel
11 vezes. O “rolinho” media 40 cm de altura e 80 cm de comprimento.
Para a realização do trabalho, foram desenvolvidas vários cálculos (equação do
segundo grau, exponencial, logaritmo, progressão geométrica), tabelas e gráficos, baseadas
nos estudos de Britney e outras pesquisas na internet sobre o tema.
Para sua apresentação será desafiado os visitantes a dobrar um pedaço de papel toalha,
em que é lançado o desafio de quem consegue dobrar mais vezes. Porém o desafio termina na
sétima dobra.
O maior objetivo do trabalho é informar as pessoas do quanto a matemática está
presente no cotidiano, inclusive no papel, onde muitas vezes passa despercebido aos olhos
humanos. Muitas pessoas não percebem que é impossível dobrar uma folha de papel A4, no
meio, mais de sete (7) vezes, até porque, quem pensou que existiria um número máximo de
vezes que pode se dobrar uma folha? Mas quantas? Devido a esta curiosidade, o trabalho foi
criado para esclarecer estas dúvidas que, até hoje, muitos têm, mas não procuram as respostas.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao desenvolver a pesquisa resolvemos aplicar a fórmula criada por Britney, para


descobrir o comprimento, usando os dados de um papel A4.
L é o comprimento mínimo do material; t é a espessura da folha;n é o número de dobras
possíveis na mesma direção;
Desenvolveremos a fórmula criada por Britney, substituindo a variável n por 7, pois este é o
números máximo de dobras que possível obter com um papel comum.
.
L= * (2n + 4) * (2n – 1)

ANAIS – XXXFCMat

619
,. ,
L= * (27 + 4) * (27 – 1)

L = 0,26 * (128 + 4) * (128 – 1)
L = 0,26 * 132 * 127
L = 438,88 mm
L = 43,9 cm
Chegamos a medida de 43,9 cm, consideramos isto um quadrado de 43,9 cm de lado.
Agora, usando a informação de 43,9 cm, faremos a prova real da fórmula para ver sua
veracidade.. Transformamos a medida em milímetros e efetuamos:

,. ,
438,88 = * (2n + 4) * (2n – 1)

Façamos uma mudança de variável, substituindo 2n por x
438,88*6 = (3,14*0,05) * (x + 4) * (x – 1)
,
= x² + 4x – x – 4
,∗ ,
16764 = x² + 3x – 4
- x² - 3x + 4 + 16764 = 0(-1)
x² + 3x – 16768 = 0
Neste ponto chegamos a uma equação do 2º grau, para resolvê-la
resolvê la aplicaremos a fórmula de
Bháskara.
a = 1 b = 3 c = 16768
∆ =   4
∆ = 3² - 4*1*16768
∆ = 9 + 67072
∆ = 67081
  √∆

2
3  √67081

2∗1
3  259

2
!" # 
 

= = 128
!! # ! 
"  = = - 131(não
(não convém)
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Temos como soluções 128 e – 131. Como representa uma medida, consideramos
apenas o valor positivo e montamos uma equação exponencial, neste caso é possível resolver
pela equação exponencial,
cial, pois é possível obter a mesma base, caso contrário utilizaremos a
mudança de base que temos no logarítmo.
2n = x
2n = 128
2n = 27
N = 7 dobras possíveis.
Chegamos ao valor pretendido, 7 dobras, o mesmo aplicado no início do experimento.
Ainda podemos citar como curiosidade que segundo Nikola Slavkovic,
Slavkovic é possível
dobrar uma folha muito mais do que apenas 7 vezes, e inclusive ultrapassar o recorde de 12

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
vezes — basta saber como é que faria isso.Se a folha for grande o suficiente – e se você usar
bastante energia – é possível dobrá-la quantas vezes quiser. Se quiséssemos que o papel
dobrado alcançasse 93 bilhões de anos-luz, ou seja, a medida do diâmetro do Universo
observável, teríamos que dobrar a folha um total de 103 vezes. O problema é que a cada dobra
a espessura duplica e a área cai pela metade. Portanto, para conseguir mais dobras precisa-se
usar um papel muito fino ou extenso e, de preferência, bastante maleável.
Como pode um papel com 0,1 mm de espessura vir a ser tão grosso quanto o universo?
A resposta é simples: crescimento exponencial. Afinal, se você dobrar perfeitamente o papel
ao meio, você vai dobrar sua espessura.

CONCLUSÕES

Após o desenvolvimento do trabalho conclui-se que há certo limite quanto às dobras


de um papel, que depende da área e da espessura, sem contar a maleabilidade que é necessária
dependendo do material usado para tal experiência. Também foi possível observar o quanto
há de matemática em lugares/ações e raramente percebe-se, como no caso do papel, mesmo
sem se preocupar com sua produção, explicado durante o trabalho. Sendo assim, ficou “claro”
o quanto a matemática é importante e o quanto a usa-se involuntariamente.
Outro ponto que podemos ressaltar é a persistência das pessoas em tentar dobrar o
papel, tentando superar as sete dobras.

REFERÊNCIAS

Imagem. Disponível em:


http://a.disquscdn.com/uploads/mediaembed/images/1171/2924/original.jpg Acesso agosto de
2014.

Dobrar papel ao meio. Disponível em: http://gizmodo.uol.com.br/dobrar-papel-ao-meio/.


Acesso agosto de 2014.

Por que não da para dobrar uma folha ao meio mais de seis vezes. Disponível em:
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-nao-da-para-dobrar-uma-folha-de-papel-
ao-meio-mais-de-seis-vezes. Acesso agosto de 2014.

Quanto teriamos que dobrar um papel até ele ter a espessura do universo. Disponível
em: http://www.megacurioso.com.br/experiencias/44997-quanto-teriamos-que-dobrar-um-
papel-ate-ele-ter-a-espessura-do-universo.htm. Acesso agosto de 2014.

Incrível quantas vezes você acha que consegue dobrar um papel ao meio. Disponível em:
http://www.megacurioso.com.br/matematica-e-estatistica/39635-incrivel-quantas-vezes-voce-
acha-que-consegue-dobrar-um-papel-ao-meio-.htm. Acesso agosto de 2014.
ANAIS – XXXFCMat

621
DESAFIOS MATEMÁTICOS1

LOVATEL, Caroline Aparecida2; MASSON, Taline3; FACCIN, Emerson Luiz4.

RESUMO:: O uso de atividades lúdicas na sala de aula vem de encontro à necessidade de uma forma alternativa
de ensino. Quando se trata do ensino da matemática, diversas são as possibilidades. A solução de desafios que
envolvam alguns conceitos e raciocínio lógico matemático é uma delas. Este trabalho relata algumas atividades
com esse enfoque. Foi proposto aos alunos a construção de algum desafio ou jogo que envolvesse conceitos,
definições e/ou raciocínio matemático em sua resolução. O resultado foi bem produtivo,
produtivo, superando inclusive as
expectativas. Houve um engajamento exemplar por parte de cada educando, tanto no processo de construção,
quanto na apresentação e resolução. Ficou comprovada a eficácia da utilização de materiais alternativos no
ensino da matemática,a, tornando o aprendizado simples, divertido e empolgante.

Palavras-chave: Jogos Lúdicos. Matemática Divertida. Ensino da Matemática.

INTRODUÇÃO

Que a matemática vem sendo a disciplina que mais assusta e atormenta a vida escolar
da maioria dos estudantes, ninguém discute. Há um consenso entre quase todos os educandos
que ela é o componente curricular que agrega maiores dificuldades para sua compreensão.
compree
Contudo, o que ninguém discute, é a importância dela tanto dentro quanto fora do ambiente
escolar.
Diante desse conflito entre a importância dos conhecimentos matemáticos e a
dificuldade para alcançá-los,
los, surge um desafio: Como tornar o ensino e a aprendizagem
a mais
simples e atraente?
As crianças e jovens, em geral, têm interesse em resolver problemas que lhe despertem
curiosidade, que os desafie. Surge aqui uma oportunidade. São inúmeros os jogos e desafios
que necessitam de raciocínio lógico, de uma uma seqüência ordenada de movimentos, de uma
estratégia de resolução. Estes estão intimamente ligados a matemática. Por que não fazer uso
destes artifícios na sala de aula?
Este é o objetivo deste trabalho: Introduzir, de forma planejada e orientada, desafios
desafio e
jogos lúdicos, tornando a aula e a aprendizagem mais prazerosa e divertida, porém não menos
produtiva e conceitual.

MATERIAL E MÉTODOS
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

A proposta do trabalho foi que cada aluno da terceira série do Ensino Médio
construísse, utilizando ou reutilizando apenas restos de materiais, um jogo ou desafio, que,
quer seja em sua construção, seja na sua resolução ou estratégia de jogo, fizesse uso de d
conceitos ou raciocínios matemáticos.
Como parte do processo de pesquisa e estudo foi realizada uma “Viagem de Estudos”
à Capital do Estado com os alunos do Ensino Médio, inclusive com a turma da 3ª série. Um
dos locais visitados foi o laboratório de Matemática
Ma da UFSC – Lemat. Lá os alunos puderam

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: EEB Frei Crespim – Ouro.
2
Aluno expositor, talinemasson18@outlook.com.
3
Aluno expositor, carollovatel@hotmail.com.
4
Professor Orientador, EEB Frei Crespim, elfaccin@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
observar e manipular alguns jogos e desafios, desenvolver atividades usando materiais
concretos, conduzidos e orientados por bolsistas e professores do Departamento de
Matemática. Durante a visita, além do conhecimento adquirido foi possível obter informações
sobre a aplicabilidade das atividades lúdicas em sala de aula.
Outra sugestão de ambiente para pesquisa deixado foi o site
http://www.sjsartefatosdemadeira.com.br, que disponibiliza uma série de materiais para
venda. No entanto, como já citado, cada aluno deveria construir seu jogo/desafio, usando o
site apenas para encontrar algum que lhe despertasse interesse.
Após o trabalho de estudos, pesquisa e visitação, chegou o momento do retorno, da
prova do que realmente foi construído enquanto conhecimento: a socialização dos projetos.
As atividades foram socializadas na turma e na sequência, também expostas na VI Mostra
Humana Cultural e Científica da Escola de Educação Básica Frei Crespim, no início do
segundo semestre letivo. Em razão do destaque obtido no evento, o trabalho foi indicado para
participar da XV Feira Regional de Matemática na cidade de Erval Velho, SC, sendo então
classificada para a etapa estadual, na cidade de Jaraguá do Sul, SC. Em virtude do impacto
positivo percebido no espaço da escola, os alunos assumiram papel de multiplicadores
socializando e auxiliando os educandos das turmas de Anos Finais do Ensino Fundamental da
escola.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Atendendo ao desafio lançado, cada aluno desenvolveu a sua atividade, destes alguns
foram registrados e contemplam o conjunto dos objetos relacionados no presente trabalho.
Alguns alunos optaram por construir um jogo, enquanto a maioria construiu um desafio.
Alguns dos desafios construídos têm por objetivo retirar ou movimentar uma argola,
aparentemente presa por hastes e barbantes. São eles: Navegador (Figura 1 (a)), Obelisco I
(Figura 1 (b)), Anel Prisioneiro (Figura 1 (c)) e Enigma da Argola (Figura 1 (d)). Para
construção e solução, são necessários conhecimentos geométricos: noção de comprimento,
distância, formas geométricas. Para solucionar o desafio, também é necessário raciocínio
lógico para traçar uma seqüência ordenada de movimentos.

Figura 1: (a) Navegador; (b) Obelisco I; (c) Anel Prisioneiro; (d) Enigma da Argola.

(a) (b) (c) (d)


Fonte: As autoras (2014)

Um desafio que envolve especialmente medida de volume é a chamada Caixinha


(Figura 2). Trata-se de uma caixa e nove paralelepípedos. A soma do volume dos nove
paralelepípedos é igual ao volume interno da caixa, porém, as peças devem ser encaixadas de
ANAIS – XXXFCMat

623
forma estratégica para não sobrar parte de alguma delas fora da caixa e espaço vazio dentro
dela. No caso de restar parte de um paralelepípedo fora da caixa, pode-se
pode trabalhar a
conservação do volume, pois será facilmente verificado que o volume da parte que “sobra”
“s
fora das dimensões de caixa é exatamente igual ao do espaço vazio dentro dela.

Figura 2: Caixinha.

Fonte: As autoras (2014)

Também foram construídos dois desafios envolvendo tópicos de áreas e ângulos:


Mistério Geométrico (Figura 3 (a) e (b)) e Que Buraco é Esse? (Figura 3 (c) e (d)). O Mistério
Geométrico é composto por quatro polígonos que, se encaixados de uma forma, geram um
retângulo de 65 unidades de área e, se encaixados de outra forma, a figura resultante é um
quadrado de área 64 unidades. es. O objetivo é explicar como ocorre essa diferença na área do
polígono resultante, sendo ele formado pelas mesmas peças. O que acontece, na verdade, é
que quando a união dos quatro polígonos forma o quadrado, as peças se encaixam
perfeitamente, o que não ocorre no retângulo. Resta uma pequena distância entra as peças.
Somos induzidos a pensar que esta imperfeição deve-se
deve se a má colocação da peças, mas, no
entanto, justifica-se
se pela pequena diferença entre os ângulos. A área desse espaço vazio
corresponde a uma unidade de área.
Ideia semelhante ocorre no desafio Que Buraco é Esse? O desafio é composto por seis
peças que formam dois triângulos muito parecidos, no entanto em uma das formações surge
um misterioso buraco. Isso se justifica, pois os ângulos são ligeiramente
ligeiramente diferentes. Como
essa diferença é muito pequena, ilusoriamente somos induzidos a pensar que ambos são
triângulos perfeitos, o que de fato não ocorre.

Figura 3: (a) e (b) Mistério Geométrico; (c) e (d) Que Buraco é Esse?
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

(a) (b)

(c) (d)
Fonte: As autoras (2014)

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Envolvendo o sistema numérico e ângulos, um quebra-cabeça construído foi o Soma
Oito (Figura 4). Com os números de zero a nove, objetiva-se encaixá-los de tal modo que
sejam formados dez números oito.

Figura 4: Soma Oito.

Fonte: As autoras (2014)

Dentre as atividades, também foi elaborada a denominada Tetraedro (Figura 5), cujo
objetivo é construir um tetraedro usando quatro peças. Tal material possibilita o trabalho de
vários tópicos de geometria plana, como o desenvolvimento das fórmulas da altura e área de
triângulos, além é claro, de geometria espacial, como definição de tetraedro, arestas, área da
face, área lateral, área total e volume.
A expressão matemática que representa a altura e a área de um triângulo eqüilátero de aresta
a são, respectivamente:
a 3 a2 3
h= eS = .
2 4
A área lateral total e o volume do tetraedro são dados respectivamente por:
2 a3 2
St = a 3 ev = .
12
Figura 5: Pirâmide tetraedro.

Fonte: As autoras (2014)

Dois jogos também foram construídos: Resta Um (Figura 6 (a)) e Torre de Hanói
(Figura 6 (b)). No Resta Um, além de trabalhar com medidas na construção, é necessário
traçar uma estratégia para o jogo, com o objetivo de deixar apenas uma peça no tabuleiro ao
final do jogo. A Torre de Hanói objetiva mover todos os discos para outra torre
movimentando apenas um por vez e sem nunca posicionar um disco maior sobre um menor.
Este jogo envolve tópicos de área e diâmetro na construção e também durante jogo, além é
claro, de raciocínio lógico. Outro quesito matemático envolvido neste jogo diz respeito a
equações exponenciais. Sendo n o número de discos, a expressão matemática que determina
o número mínimo de movimentos M necessários para a resolução será
ANAIS – XXXFCMat

625
M = 2n − 1

Figura 6: (a) Resta Um; (b) Torre de Hanói.

(a) (b)
Fonte: As autoras (2014)

CONCLUSÕES

A realização deste trabalho evidência que é possível tornar o ensino da matemática


mais prazeroso e divertido, quebrando o paradigma que tem sido criado sobre ela. Desafios e
jogos lúdicos trazem muitos benefícios na aprendizagem, instigando o conhecimento,
fortalecendo os laços entre os alunos e deles com o professor, além de tornar mais comum
com o
raciocínio matemático.
Responsável por ampliar os conhecimentos de forma lúdica e prazerosa, a proposta
engajou os estudantes a resolver situações problemas durante construção e resolução dos
desafios e jogos. Ela proporcionou o estudo, a pesquisa, a reflexão entre outras habilidades.
Cada aluno, utilizando raciocínio lógico e em alguns casos fórmulas, após tentativas e erros,
foi capaz de resolver os mais diversos problemas por méritos próprios, auxiliando assim, na
sua autonomia e persistência cotidiana.
cotidi
É notado que se pode abolir o receio da temida matemática das salas de aula,
trabalhando ela de uma forma mais natural, compreendendo que ela é uma ferramenta para
resolver problemas, e não um deles.

REFERÊNCIAS

Jogos de desafio. Disponível em:<http://www.sjsartefatosdemadeira.com.br


em:< tp://www.sjsartefatosdemadeira.com.br>. Acesso em: 04
ago. 2014.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
EMPREENDEDORISMO PARA MICRO-EMPRESAS DE
TRANSFORMAÇÃO1

RUBINI, Camilla Nardino2; LUPATO, Daniela3; PIOVEZAN, Paulo Afonso4.

RESUMO: O projeto foi aplicado nas terceiras séries do ensino médio da E.E.B. São João Batista de La Salle
com o intuito de motivar os discentes a buscar um empreendimento próprio, como também, auxiliar na escolha
do curso de graduação com melhor êxito. Os conteúdos aplicados na disciplina de matemática foram à estatística
e a matemática financeira, utilizando os conceitos básicos para a formação de tabelas e gráficos, o que
demonstrou os desvios de erros das amostras catalogadas, bem como, empregando os juros simples, juros
compostos, valor futuro e valor presente, com base na tabela Price. Trata-se de um projeto que além da
Matemática foi necessário o conhecimento das disciplinas de: Língua Portuguesa, produção textual; Artes,
logomarcas e designer; Física e Química, composição do produto; Geografia e História, localização de espaço e
tempo para incluir novos nichos de mercado; Educação Física, expressão corporal utilizada nas apresentações.

Palavras-chave: Empreendedorismo. Micro-empresa. Desenvolvimento.

INTRODUÇÃO

Empreendedorismo é uma livre tradução da palavra de origem francesa


entrepreneurship, que contém as ideias de iniciativa e inovação. É um termo que implica uma
forma de ser e de ver o mundo, uma forma de se relacionar. O empreendedorismo é um
fenômeno cultural, isto é, nasce por influência do meio. Empreender é fundamentalmente
encarar a realidade como um conjunto de oportunidades de mudança e de inovação,
assumindo o desejo e mobilizando a energia necessária para a sua transformação.
Sendo assim, para acompanhar a realidade da dinâmica de mercado é imprescindível
que os gestores ofereçam produtos renovados e sustentáveis, propondo alternativas que
venham a satisfazer as necessidades do novo perfil de cliente que está
cada vez mais exigente. Não basta apenas ter uma boa ideia, é preciso entender o mercado
para que o empreendimento tenha sucesso e possa prosperar.
As principais características de um empreendedor deve ser coragem, determinação,
criatividade e não ter medo de reinventar, sendo um conjunto importante de hábitos e
comportamentos diários.
O conhecimento da matemática através da estatística e da matemática financeira é
importante para entender o mercado e ter uma gestão financeira de qualidade, ou seja, para
que a economia cresça.
A inserção do jovem no mercado de trabalho, bem como a escolha de uma profissão
são assuntos inerentes do dia a dia do adolescente próximo ao término do ensino médio. Esta
escolha requer além de maturidade o conhecimento em várias áreas profissionais, não sendo
tarefa fácil e gerando muitas dúvidas.

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB São João Batista de La Salle – Concórdia.
2
Aluno expositor, camillarubini@outlook.com.
3
Aluno expositor, daani_lup@hotmail.com.
4
Professor Orientador, EEB São João Batista de La Salle, pap_cc@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

627
O mundo globalizado está exigindo que, cada vez mais cedo, os adolescentes/jovens
façam sua opção profissional e a escola como um todo deve colaborar ativamente neste
processo de escolha e busca de informações.
O presente trabalho tem por objetivo instigar nos discentes a curiosidade na busca da
capacitação e conhecimento para o desenvolvimento no empreendedorismo e que no futuro os
mesmos tenham condições reais de criar suas empresas gerando riquezas e novos empregos
empre
ao país.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizados os seguintes materiais: quadro, giz, multimídia (data show), tela de
projeção, programas operacionais (Windows, Excel, Power Point), equipamento de som
(caixa de som, microfone sem fio), câmera fotográfica digital e mesas expositoras.
1º Formou-sese grupos com número indefinido de componentes nas terceiras séries do
ensino médio. Salientando que todos deviam demonstrar viabilidade econômica no seu
empreendimento.
2º A partir da escolha do produto a ser produzido,
produzido, os discentes, utilizando o conteúdo
de estatística, elaboraram planilhas de pesquisa para fazer consulta junto à população local,
estabelecendo a necessidade fisiológica do produto. Na sequência, todos os dados foram
organizados devidamente em planilha planilha e elaborados os gráficos com as amostras,
estabelecendo os desvios de erros padrões, levando-se
levando se em conta a moda e as medianas. Com
a análise foi visualizado a possibilidade de venda, fundamentando a necessidade de criação da
empresa.
3º Após, os grupos elaboraram tabelas que demonstravam o custo unitário da
produção, relação de imobilizado, relação de despesas mensais, relação de capital financeiro
necessário para aquisição do imobilizado e demonstração dos cálculos referentes ao
financiamento. Comprovando ndo assim a economicidade da sua proposta de empresa.
Para desenvolver esta proposta de trabalho, os grupos utilizaram os conhecimentos
adquiridos durante as aulas. Iniciando com o levantamento do material necessário para o
funcionamento de uma empresa e definiram
definiram um valor a ser financiado junto a uma instituição
financeira (BNDS), aplicando o uso da tabela price, para a definição do montante final como
sendo custo de empréstimo.
4º Na sequência, os grupos elaboraram uma planilha mensal de custos o que definiu
defi o
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

mínimo a ser produzido para que a empresa não trabalhe com prejuízo.
5º Também elaboraram uma planilha de custo unitário para visualizar a viabilidade
econômica de cada unidade produzida.
6º Posteriormente juntou-se
juntou todos os valores a partir da mão-de-obra
obra de cada situação,
definiu-se
se o máximo a ser produzido podendo então determinar o lucro máximo do
empreendimento na estrutura desenvolvida.
7º Cada grupo simulou estratégias de marketing para atrair novos clientes junto ao
quadro de discentes da Unidade
ade Escolar.
Com os dados catalogados e organizados, foi possível criar uma visão parcial de três
momentos específicos onde determinou-se
determinou se a rentabilidade da produção; com estas devidas
informações, utilizando dos conceitos de matriz e funções pode se estabelecer
estabelecer a curva de

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
crescimento da rentabilidade pela quantidade produzida, esta curva visualizada apresentou-se
como sendo uma função de 2° grau, que teve grande serventia para estabelecer limites de
investimento na relação custo beneficio. Vale salientar que, para se chegar a esta curva, foi
inerente utilizar do conhecimento de matrizes, na sua totalidade, indo da regra de Cramer ao
calculo das determinantes para se chegar aos coeficientes a,b e c da referida função, cálculos
estes que permitiram utilizar das funções já programadas do excel, tanto para obtenção das
determinantes com elaboração das funções.
8º Houve a socialização com outros alunos de turmas distintas da escola, utilizando
recursos tecnológicos para esse fim.
9º Após a dinâmica com as demais turmas de Ensino Médio, foi aberto espaço para
debate e questionamentos.
10º Os discentes participantes e avaliaram os trabalhos observando os seguintes
critérios: apresentação verbal e expressão corporal, elaboração do trabalho físico e viabilidade
econômica para a proposta apresentada por cada grupo.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O projeto envolvendo os alunos da 3ª série do ensino médio resultou na aplicação dos


conteúdos da disciplina de Matemática, como: estatística (moda, média, mediana, variância,
somatório, desvio padrão e somatório ao quadrado), para constatar nichos de mercados
promissores e capacitar o discente a construir e ler diversas formas de gráficos; matemática
financeira (juro simples, juro composto, consórcio, empréstimo, juro e taxa, tabela price,
imposto de renda, taxas empresariais), para elaborar e avaliar os empréstimos de curto e longo
prazo, definição de investimentos e empréstimos ou aquisição de imobilizados para o bom
andamento do empreendimento.
As simulações de empresas que foram criadas pelos alunos, compreenderam os
seguintes setores econômicos: vestuário e calçados, informática, construção civil, cosmético,
bebidas, alimentação, material esportivo e higiene pessoal.
O mesmo oportunizou o uso da informática, através do programa Excel para a
elaboração de fórmulas, tabelas e gráficos, conhecimento este que resultou na melhor
organização dos trabalhos, bem como a interação com as demais turmas.
Após as apresentações dos grupos, foi aberto espaço para debate. Os discentes
relataram as dificuldades em construir as tabelas devido ao pouco conhecimento sobre o setor
econômico escolhido. Assim como as dificuldades em criar um produto que tenha grande
aceitação no mercado e por consequência grande lucratividade. Outros, no entanto,
consideraram o projeto uma boa experiência, pois assim terão uma base para quando entrarem
no mercado de trabalho.
Por fim, o projeto resultou em interação multidisciplinar entre as turmas com série/ano
diferentes e oportunizou o desenvolvimento da pesquisa, produção textual, expressão
corporal, oratória e persuasão.
Todos os projetos foram encadernados e disponibilizados ao acervo da biblioteca da
escola para pesquisa dos demais alunos.
ANAIS – XXXFCMat

629
CONCLUSÃO

Ao concluir este projeto, observamos que a maioria dos discentes di adquiriu


conhecimento com relação ao empreendedorismo, bem como o entendimento da economia
local e nacional.
Além da matemática, foram de suma importância o conhecimento e utilização das
disciplinas de Língua Portuguesa em relação à produção textual
textual e oratória; Artes com as
logomarcas e designer; Física e Química com a composição do produto; geografia e história
com a localização de espaço e tempo para incluir novos nichos de mercado; e a educação
física pela expressão corporal utilizada nas apresentações.
apresen
Este trabalho também despertou a motivação, curiosidade e competitividade para que
o jovem ao tornar-sese um empreendedor vislumbre seu futuro, almejando de forma concreta e
centrada determinados valores fundamentais para sua vida profissional.
Constatou-se
se que para ser um empreendedor de sucesso é necessário ter iniciativa na
busca de novas oportunidades de negócios, ter perseverança, coragem para correr riscos, saber
criar planos e ações, bem como, capacidade de planejar, ter eficiência e qualidade
quali para
conquistar o cliente. E além de tudo ter liderança.
Ser empreendedor não é só conhecimento, mas sim, um estilo de vida a ser seguido.

REFERÊNCIAS

DANTE, Luiz Roberto. Matemática Contexto e Aplicações. 1.ed. São Paulo: Ática, 2010.

DORNELAS, José sé Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios.


5.ed. Rio de Janeiro: Empreende/LTC, 2014.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo na Prática: Mitos e verdades do


empreendedor de sucesso. 1.ed. São Paulo: Elsevier, 2007.

DORNELAS,
AS, J.; SPINELLI, S.; ADAMS, R. Criação de Novos Negócios:
Empreendedorismo para o século XXI. 2.ed. São Paulo: Campus, 2014.

SABBAG, Paulo Yazigi. Gerenciamento de Projetos e Empreendedorismo. 2.ed. São


XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Paulo: Saraiva, 2013.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
ENIGMA DAS FUNÇÕES1

RODRIGUES, Chaline2; SUTILLI, Patricia Barufke3; LASSEN, Daniela4.

RESUMO: A utilização de jogos na escola não é algo novo, assim como é bastante conhecido o seu potencial
para o ensino e a aprendizagem em muitas áreas do conhecimento. Em se tratando de aulas de matemática, o uso
de jogos implica uma mudança significativa nos processos de ensino aprendizagem principalmente no Ensino
Médio. Para esse projeto denominado Enigma das Funções aplicado na 1º série do Ensino Médio Inovador o
conhecimento ocorre por meio da troca de ideias em situação de cooperação, onde o aluno passa a pensar sob
outra perspectiva, ser coerente e racional. Este jogo tem como objetivo que os alunos relacionem as funções
quadráticas apresentadas na forma gráfica e algébrica com as suas respectivas características. Para a realização
do trabalho foram confeccionados todo o material em cartolina, sejam os cartazes e as cartas com as funções a
serem relacionadas, durante o jogo com a participação de toda a turma do 1º ano 1 do Ensino Médio Inovador,
após a confecção do material os alunos divididos em grupos e jogaram, afim de consolidar a aprendizagem,
notavelmente a dificuldade em relacionar conceitos em um primeiro momento ocorreu, mas como prevíamos o
jogo só veio a somar com resultados qualitativos positivos quanto aos objetivos buscados.

Palavras-chave: Jogos. Enigmas. Ensino da Matemática.

INTRODUÇÃO

Uma das fases escolares que menos utiliza jogos nas aulas de matemática é, sem
dúvida, o ensino médio. De fato, o sistema educativo de modo geral oferece resistência a esse
recurso devido a uma crença bastante difundida na sociedade de que a matemática constitui-se
em uma disciplina séria, enquanto a utilização de jogos supõe introduzir nas aulas dessa
disciplina um componente divertido, o que comprometeria tal seriedade.
Todo jogo por natureza desafia, encanta, traz movimento, barulho e uma certa alegria
para o espaço no qual normalmente entram apenas o livro, o caderno e o lápis. Essa dimensão
não pode ser perdida apenas porque os jogos envolvem conceitos da matemática.
Por sua dimensão lúdica, o jogar pode ser visto como uma das bases sobre a qual se
desenvolve o espírito construtivo, a imaginação, a capacidade de sistematizar e abstrair e a
capacidade de interagir socialmente. Isso ocorre porque entende-se que a dimensão lúdica
envolve desafio, surpresa, possibilidade de fazer de novo.
A perspectiva metodológica deste projeto baseia- se na resolução de situações
problemas, a qual exige que o resolvedor combine seus conhecimentos e decida- se da
maneira como usá-lo em busca do resultado, pois este tipo de metodologia busca a
conceituação de resolução de problemas com uma simples metodologia com orientações
didáticas e uso de estratégias.
Uma das preocupações atuais das escolas e dos professores de ensino médio é com o
desenvolvimento de competências. Uma competência, de acordo com Perrenoud (1999), pode
ser entendida como uma capacidade de agir de modo eficaz em determinado tipo de situação,
apoiada em conhecimento, mas sem estar limitada a eles.

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: EEB Francisco Maciel
Bageston – PAIAL.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professor Orientador, EEB Francisco Maciel Bageston, dani_lassen@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

631
As atividades lúdicas (jogos, brincadeiras, brinquedos...) devem ser vivenciadas pelos
educadores. É um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, bem como
uma possibilidade para que afetividade, prazer, autoconhecimento, cooperação, autonomia,
imaginação e criatividade cresçam, permitindo que o outro construa por meio da alegria e do
prazer de querer fazer e construir.
Quando crianças ou jovens brincam, demonstram prazer e alegria em aprender. Eles
têm oportunidade de lidar com suas energias em busca da satisfação de seus desejos. E a
curiosidadee que os move para participar da brincadeira é, em certo sentido, a mesma que
move os cientistas em suas pesquisas. Dessa forma é desejável buscar conciliar a alegria da
brincadeira com a aprendizagem escolar.
Ensinar Matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento
independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Nós, como educadores
matemáticos, devemos procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem,
desenvolver a autoconfiança, a organização, a concentração,
concentração, estimulando a socialização e
aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas.
O uso de jogos e curiosidades no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com
que os alunos gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe
clas e despertando o
interesse do aluno envolvido. A aprendizagem através de jogos, como dominó, quebra- quebra
cabeça, palavras cruzadas, memória, enigmas e outros permite que o aluno faça da
aprendizagem um processo interessante e divertido.
Analisando as possibilidades
possibilidades do jogo no ensino da Matemática, percebemos vários
momentos em que crianças e jovens, de maneira geral, exercem atividades com jogos em seu
dia a dia, fora das salas de aula. Muitos desses jogos culturais e espontâneos, apresentam
impregnados de noções
ções matemáticas que são simplesmente vivenciadas durante sua ação no
jogo.
Na atualidade existem discussões em todo mundo no objetivo de procurar adequar o
trabalho escolar a uma nova realidade, marcada pela crescente presença da matemática em
diversos campos
mpos da atividade humana. Recursos didáticos como jogos, livros, vídeos,
calculadoras, computadores e outros materiais tem um papel importante no processo de
ensino e aprendizagem. Contudo, eles precisam estar integrados a situações que levem ao
exercício da análise e da reflexão, em última instância, a base da atividade matemática. Cabe
à escola propiciar ao aluno a capacidade de desenvolvimento intelectual, permitindo que este
possa assimilar os conhecimentos acumulados, não se restringindo à transmissão de
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

conteúdos, ensinando-osos a pensar e tomar posse do conhecimento elaborado para praticá-lo


praticá
por constância de vida

MATERIAL E MÉTODOS

Este jogo tem como objetivo que os alunos relacionem as funções quadráticas
apresentadas na forma gráfica e algébrica com com as suas respectivas características,
desenvolvam a linguagem matemática própria e funções e gráficos e aprimorem o raciocínio
lógico- dedutivo.
O material a ser utilizado no jogo foi de confecção própria dos alunos, com material de
uso coletivo da escola como cartolina e pincéis. Os recursos necessários são dois baralhos de

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
funções com (24 cartas cada baralho) em duas cores distintas e um baralho de perguntas e
respostas de cor distinta dos outros baralhos (20 cartas), como recursos opcionais cartazetes
com todas as funções (gráfico de forma algébrica).
A partir deste jogo os alunos iram desenvolver as habilidades de leitura e interpretação
de gráficos, além de possibilitar o levantamento de hipóteses e a resolução de problemas a
partir das relações estabelecidas entre as diferentes funções e suas características.
Regras do jogo:
1.Cada grupo de jogadores recebe um conjunto de funções que devem estar visíveis e
organizadas á sua frente.
2. As cartas de perguntas são embaralhadas e colocadas no centro da mesa voltadas
para baixo.
3. O cartazetes é colocado de modo que os jogadores possam vê-lo durante o jogo.
4. Os jogadores escolhem uma função do cartazetes, sem que seu oponente saiba qual
é, e registram a forma algébrica da função escolhida.
5.O objetivo de cada jogador é descobrir a função de seu oponente.
6. Decide-se quem começa e, a partir daí, os participantes ou as duplas jogam
alternadamente.
7. Na sua vez, o jogador retira uma carta do baralho e pergunta a seu oponente se a
função escolhida por ele tem aquela característica. O oponente deve responder apenas
sim ou não. O jogador deve excluir as funções que não lhe interessam.
8. Ganha o jogo o primeiro jogador que identificar a função escolhida por seu
oponente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O jogo aplicado a partir do projeto é uma exploração coletiva de cartas com regras
distribuídas entre os alunos, a cada jogada uma discussão acerca de aspectos como de que
maneira proceder a partir das respostas. Com o auxílio da professora na primeira jogada com
intervenções e esclarecimentos.
A partir dos relatos dos alunos: “em um jogo se aprende a ter um raciocínio lógico e
mais centralizado em certos pontos”. Relatando ainda os alunos disseram “não encontrar
nenhuma dificuldade específica devida a ajuda mútua e o trabalho em grupo, as diferenças
encontradas estavam nas linhas de raciocínio que cada membro do grupo desenvolvia de
maneira diferente.
O objetivo principal do jogo era a utilização de um recurso que possibilitasse aos
alunos a mobilização de seus conhecimentos e o trabalho pela resolução de problemas. Cada
jogo proposto foi bastante explorado e produtivo de maneira geral.
ANAIS – XXXFCMat

633
Gráfico representando a participação dos grupos em partidas realizadas em sala, com porcentagem de
acertos

GRUPO 1

GRUPO 2

CONCLUSÕES

Concluímos após realizadas todas as etapas, que foi nítido o envolvimento dos alunos,
o quanto se encantaram com o projeto e, especialmente, a evolução na aprendizagem
matemática de todos. Uma importante conclusão foi tirada pelos alunos, sempre sempr há tempo
para aprender e que diversificar as estratégias é fundamental, no jogo, as regras são
parâmetros de decisão, uma vez que ao iniciar uma partida, ao aceitar jogar, cada um dos
jogadores concorda com as regras que passam a valer para todos, como um u acordo, um
propósito que é de responsabilidade de todos.
Nos jogos de estratégias, o fator sorte tem pouca ou nenhuma interferência, uma vez
que para conseguir vencer, o jogador depende exclusivamente das escolhas e decisões que
realiza durante o jogo, ficando
icando livre escolher qualquer opção nos limites das regras do jogo.

REFERÊNCIAS

PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola.


escola. Porto Alegre: Artmed, 1999.
1999

.; DINIZ,M.I.V.S. Matemática no Ensino Médio.. São Paulo: Saraiva, 2004.3v.


SMOLE, K. S.;

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
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EQUOTERAPIA E MATEMÁTICA VISANDO A QUALIDADE DE
VIDA1

SANTOS, Caroline Pacheco dos2; PEDRUSSI, Viviane3; MELEGARI, Rosiane4.

RESUMO: A equoterapia vem sendo uma prática fundamental para pessoas com deficiência física e mental.
Neste sentido o projeto visa compreender como o cavalo pode ser um aliado na busca por melhores condições de
vida a pessoas com deficiência. Ela une as técnicas de equitação e atividades equestres com a finalidade de
reabilitar e educar as pessoas com deficiência. “Os principais ganhos são os motores e os psicológicos”. Desta
forma surgiu-nos a necessidade de saber informações detalhadas sobre o assunto. Isso implica em divulgar a
importância desta prática, até então desconhecida por muitos membros de nossa sociedade. De início foi
realizado uma pesquisa na EEB Carlos Chagas para saber o nível de entendimento dos educandos sobre o
assunto e em seguida realizou-se outra pesquisa na Apae de Ipira, pois nesta instituição está sendo desenvolvida
esta prática. Analisando os dados da pesquisa é possível afirmar a importância desta atividade para as pessoas
com deficiência, pois as mesmas já apresentam melhoras no quadro clínico e psicológico. Com isso, pode-se
dizer que há pessoas engajadas num projeto que visa a melhoria da qualidade de vida de pessoas com
deficiência, e principalmente saber que está havendo resultado positivo é de suma importância para a nossa
sociedade.

Palavras-chave: Equoterapia. Amor. Qualidade de Vida.

INTRODUÇÃO

O projeto busca a partir de cálculos, demonstrar que as famílias de hoje têm uma
aceitação muito grande ao falar de um animal, sendo a grande maioria, cavalos que conviva
diretamente com a criança ou adulto que tem algum tipo de paralisia. Esse animal tem um
papel muito importante, sendo considerado um membro da família, que ganha além de muitos
carinhos, uma alimentação saudável e muito conforto. Em troca esse animal ajuda no
desenvolvimento do sentido de responsabilidade, diminuindo a ansiedade, tédio, medo,
melhora a autoestima e a concentração na escola. Uma das terapias que fazem uso de animais
é a equoterapia, que como o próprio nome diz, trabalha com cavalos. E por assim ser, o
projeto visa aprofundar os conhecimentos sobre equoterapia, e relacionar o tema proposto
com a matemática a partir de situações-problema e posteriormente analisar o resultado da
pesquisa.

MATERIAL E MÉTODOS

Na E.E.B Carlos Chagas foi realizada uma pesquisa a respeito de animais de


estimação, em especial ao cavalo, foco da pesquisa. Teve como público os alunos da 1ª I, 1ª
III, 2ª I e 3ª I, do turno matutino:
1ª Pergunta: Dentre os animais citados: cavalo, cachorro e gato, qual é de sua
preferência ter como animal de estimação? Os dados da pesquisa estão presentes na tabela
abaixo:

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Carlos Chagas – Piratuba.
2
Aluno expositor, carol_piratuba@hotmail.com.
3
Aluno expositor, vivi.pedrussi@hotmail.com.
4
Professor Orientador, EEB Carlos Chagas, rosianemelegari@bol.com.br.
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635
ANIMAIS PREFERENCIA DE ENTREVISTADOS
Cavalos 43
Cachorros 38
Gatos 19
Cavalos e Cachorros 10
Cavalos e Gatos 8
Cachorro e Gatos 6
Cavalo, Cachorro e gato 3
Diagrama de VENN:
Qual o total de entrevistados?

8 + 43 + 25 + 5+ 3 + 3 +7 = 94

O total de entrevistados foi de


94, sendo cavalos a prioridade.

2ª Pergunta: A pergunta é referente ao conhecimento sobre equoterapia:


A:: Sabe o que é equoterapia e de sua importância:15 alunos.
B = Não sabe o que é, e não tem interesse em saber: 5 alunos.
C = Não sabe o que é, mas tem interesse em saber: 46 alunos.
D = Sabe, mas não vê importância neste método: 28 alunos

94___________ 100% 94____________ 100% 94__________


94__________ 100%
94_________100%
46____________x 28______________ x 15_________ x 5________
x
94x = 4 600 94x = 2 800 94x = 1 500 94x = 500
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x = 4 600 x = 2 800 x = 1 500 x = 500


94 94 94 94
x = 48, 94% x = 29,79% x = 15,95% x = 5,32%
Média aritmética: X = 46 + 28 + 15 + 5 = 94 = 23 entrevistados por pergunta
4 4
Moda: Mo = Não a moda, pois não tem perguntas com o mesmo número de pessoas.
Mediana: Md = n= 94 = 47º termo
2 2
Md = 94+ 1 = 48º termo , otermo
termo central está na pergunta D .
2

EQUOTERAPIA – CAVALO AMIGO

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
A equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem
interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento
biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais.
A partir desta definição,
o, no qual ressalta-se
ressalta se mais uma vez a importância deste método,
esta etapa do projeto abrange a pesquisa realizada na Escola Semente da Esperança –
ApaeIpira Responsável pelo projeto de equoterapia: Psicóloga FrancieliBenjamini. Nela
consta:
• Quantas pessoass praticam a Equoterapia: total de 21 alunos
• Finalidade da Equoterapia: reabilitação; melhora no comportamento, na
aprendizagem e autoestima.
• Procedimento realizado na Equoterapia: primeiramente é feito aproximação com o
cavalo, em seguida montam no cavalo e por fim andam.
• Tempo de cada sessão: em média meia hora
• Quais deficiências que são tratadas: Síndrome de Down; Autismo; Parkinson;
Cadeirantes; Sequela de encefalopatia; Síndrome de Williams e Paralisia cerebral.
• Estimativa de melhora (tempo que progridem
progrid no tratamento):
A função f(x) = 4x, mostra as etapas em média que os pacientes apresentam uma
considerável melhora, nos quesitos: alunos que não apresentava equilíbrio, começam a
apresentar melhoras.
Dentro da área da psicologia: começam a adquirir mais autonomia, atenção e
concentração.

• Área (espaço
ço ocupado): A equoterapia é feita no Piquete Estância da Tradição,
localizada em Ipira.
11 m 55m
Ar = b .h
10 m Ar = (11 + 55) . (10 + 4)
Ar = 66 .14
Ar = 924 m²
4m

• Patrocínio (custo para manter o animal). Não à patrocínio


• Aluguel: 1 000 reais por mês; 2 anos: 24 000 mil
Sabendo que a Apae atende 21 alunos e, cada aluno custa em média 200 reais
podemos afirmar que: Para manter a instituição é preciso 200.21 = 4.200 reais
r ao mês, ou
seja:
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637
4 200______________100%
1 000______________x
4 200x = 100 000
x = 100 000
4 200
x = 23,81%
Caso a Apae tivesse um patrocinador, não precisando destinar R$1 000,00 mensais
para o aluguel do CTG. Quanto ela teria hoje se tivesse aplicado este dinheiro na poupança,
com juro de 0,65 a.m., sendo que já fazem dois anos que é realizado este projeto.
Dados: M = 1 000. (1 + 0,0065)24- 1
t: 24 meses; 0,0065
c: 1 000 reais M = 1 000. (1,0065)²4-1
i: 0,65:100
65:100 = 0,0065 a.m.; 0,0065
M = 1 000. (0,168236312)
0,0065
M = 1 000.25,8825
M = 25 882, 50 reais

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante a pesquisa realizada na EEB Carlos Chagas com os alunos do turno matutino
é possível perceber a preferência pelo cavalo como animal de estimação, algo que faz com
que a pesquisa tenha mais relevância.

O que tornou a pesquisa mais significativa foi demonstrar a partir deste gráfico, o qual
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mostra o grau de conhecimento dos educandos sobre a equoterapia e sua respectiva


importância. Em virtude disso buscou-se
buscou se ter maior embasamento sobre o assunto.

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Já com dados da pesquisarealizada na Escola Semente da Esperança – Apae Ipira
tendo como responsável pelo projeto de equoterapia, no qual forneceu os dados da pesquisa:
Psicóloga Francieli Benjamini ressalta a estimativa de melhora (tempo que progridem no
tratamento):
A função f(x) = 4x, mostra as etapas em média que os pacientes apresentam uma
considerável melhora, nos quesitos:
Alunos que não apresentava equilíbrio, começam a apresentar melhoras.
Dentro da área da psicologia: começam a adquirir mais autonomia, atenção e
concentração.

A partir do gráfico é possível perceber os resultados até a 6ª etapa, pois conforme


afirma à psicóloga, a maioria dos pacientes fica em média 24 meses, após este período tem
alta. Exceto alguns pacientes com problemas mais graves permanecem no tratamento.

CONCLUSÕES

Pesquisar o tema equoterapia foi de grande valia para perceber o importante papel que
a mesma desempenha na ajuda a reabilitação de pessoas com deficiência.
Em virtude dos fatos mencionados a equoterapia une as técnicas de equitação e
atividades equestres com a finalidade de reabilitar e educar as pessoas com deficiência. “Os
principais ganhos são os motores e os psicológicos”. É necessário que as pessoas reconheçam
que os deficientes também são pessoas normais.

REFERÊNCIAS

DANTE, Luiz Roberto. Matemática. São Paulo: Àtica, 2009.

EQUOTERAPIA. www.equoterapia.org.br. Disponível


em:http://www.equoterapia.org.br/site/. Acesso em: 12. jun. 2014

GIOVANNI, José Ruy. BONJORNO, José Roberto. Matemática Completa. São Paulo:
FTD, 2005
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639
ESTUDO DE POLIEDROS POR MEIO DE ORIGAMI E DO
SOFTWARE GEOGEBRA1

ALVES, Karissa Rodrigues2; SERVO, Laura Tavares3; MELZ, Elisângela Regina Selli4;
BLAUTH, Ivanete F.5, KONRAD, Moacir6; KRACKEKER, Liana7.

RESUMO: Este trabalho objetiva relatar uma proposta realizada com alunos do terceiro ano do Ensino Médio.
Tal proposta foi planejada pela professora e teve o apoio do PIBID – Matemática do Instituto Federal
Catarinense – Campus Concórdia. A finalidade da atividade consistiu em construir poliedros por meio de
origami e do software Geogebra. A intervenção ocorreu após a professora regente ter abordado os conteúdos de
geometria plana e espacial. Assim, trabalhou-se
trabalhou a história do origami
igami e com dobraduras construiu-se
construiu o cubo, o
tetraedro, o icosaedro e o icosaedro estrelado. Após, os discentes trabalharam com o software Geogebra e
fizeram a construção de um cubo. Isso proporcionou aos alunos manipular várias ferramentas do software, tais t
como, medir ângulos, segmentos e cálculo de área. Por último, os alunos utilizaram a criatividade para fazer uma
obra de arte. Estas atividades possibilitaram o aprendizado, demonstrando que podem despertar maior interesse
nas aulas e uma aprendizagem mais significativa.

Palavras-chave: Aprendizagem. Poliedros. Dobraduras. Software Geogebra.

INTRODUÇÃO

Diante da necessidade de tornar as aulas de Matemática mais interessantes e


significativas aos alunos e considerando a curiosidade por eles apresentada
apresentad em realizar as
construções dos poliedros trabalhados em sala de aula, o projeto ocorreu durante o primeiro
semestre de 2014. Com continuidade durante o mês de agosto. Além disso, teve o apoio dos
acadêmicos pertencentes ao grupo do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a
Docência – PIBID do Instituto Federal Catarinense – Campus Concórdia.
A intervenção do PIBID durante as aulas de Matemática sucedeu as atividades da
professora regente da turma, que abordou os conteúdos de geometria plana e espacial. espacia
Trabalhou-sese a história do origami, construiu-se
construiu se por meio deste o cubo, o tetraedro, o
icosaedro e o icosaedro estrelado. Em seguida, os alunos calcularam a área total e o volume
das referidas construções. Para se familiarizarem com o software Geogebra, fizeram a
construção orientada de um cubo, que proporcionou a manipulação de várias ferramentas, tais
como, medir ângulos, segmentos e cálculo de área. Assim, os alunos utilizaram as ferramentas
matemáticas que o referido software disponibiliza e a criatividade
criatividade para fazer uma obra de arte.
Portanto, estas atividades propostas, associadas aos conhecimentos da diversidade de
XXX Feira Catarinense de Matemática
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poliedros existentes no cotidiano, demonstraram que os alunos possuem muita criatividade, e


que o uso da técnica de dobraduras e a diversidadediversidade de ferramentas do software,
possibilitamtornar as aulas de Matemática mais dinâmicas e motivam os alunos para criar as
mais diferentes obras de arte.

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Pura; Instituição: EEB Professor Olavo Cecco Rigon –
Concórdia.
2
Aluno expositor, karissa.jeff@hotmail.com.
karissa.jeff@hotmail.com
3
Aluno expositor, lauraservo@hotmail.com.
lauraservo@hotmail.com
4
Professora e Coordenadora do Projeto,
Projeto elisangela.melz@ifc-concordia.edu.br.
5
Acadêmica, Bolsista do PIBID e Colaboradora do Projeto,
Projeto ivanetefatima@hotmail.com.
6
Acadêmico, Bolsista do PIBID e Colaborador do Projeto,
Projeto moacirkonrad@yahoo.com.br.
7
Acadêmica, Bolsista do PIBID e Colaboradora do Projeto,
Projeto lia_krake@hotmail.com.

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MATEM
Diante do exposto, o objetivo deste projeto foi a construção de poliedros por meio de
origami para que os alunos pudessem visualizá-los, bem como compreender os conceitos de
área total e volume. E ainda, através da manipulação e visualização do software Geogebra,
facilitar aos alunos do 3º ano do Ensino Médio a compreensão de alguns conceitos
matemáticos ali empregados.

MATERIAL E MÉTODOS

As atividades do projeto ocorreram em quatro momentos, surgiram a partir de ideias


de alunos e foram planejadas pela professora regente da turma, bem como mediadas pelo
grupo de acadêmicos do curso de Matemática – Licenciatura do Instituto Federal Catarinense,
bolsistas do PIBID. A proposta aconteceu com uma turma de alunos do 3º ano do curso de
Administração matutino da Escola de Educação Básica Professor Olavo Cecco Rigon nas
aulas de Matemática, durante os meses de Julho e Agosto de 2014.
No primeiro encontro, no Laboratório de Matemática, os alunos foram incentivados a
construir algumas figuras geométricas. Inicialmente, houve uma breve introdução à história
dos Origami e sua importância para a Matemática. Em seguida, os alunos começaram as
dobraduras. A partir de alguns vídeos, seguiram as orientações para montar as figuras
previamente estabelecidas. Ressalta-se que as construções foram orientadas de modo que os
objetivos iniciais da proposta fossem atingidos. Desta forma, conforme se faziam as dobras,
os alunos eram incentivados a pensar e a deduzir as fórmulas pretendidas.
No segundo momento, com os poliedros construídos, foi realizada uma breve revisão
de alguns conceitos matemáticos utilizados nas figuras geométricas e algumas fórmulas para
cálculo de área e volume destas. Em seguida, através das medidas de cada figura, os alunos
fizeram os cálculos no caderno a partir das construções que haviam feito. E com essa
atividade, puderam relembrar alguns conteúdos que haviam estudado ainda no início do
semestre, e verificar a utilização de conceitos matemáticos.
Neste momento, trabalhou-se com os conceitos de área, perímetro, aresta, segmento de
reta, ponto, vértice, face e a demonstração da área do quadrado e do triângulo, bem como o a
do volume do cubo, do tetraedro e do icosaedro.

‫ܣ‬ி௔௖௘ = ܽଶ ‫்ܣ‬௢௧௔௟ =6ܽଶ / Volume= ܽଷ

No terceiro momento, no Laboratório de Informática, foi apresentado aos alunos o


software Geogebra, com referência a alguns fatos históricos, mas principalmente, a
importância que ele tem e suas ferramentas matemáticas. Em seguida, através de uma
atividade orientada, os alunos construíram um cubo, manipularam várias ferramentas, cores e
movimento desse software. Por meio deste último, foi possível trabalhar a visualização de:
ponto, segmento, reta, retas paralelas, retas concorrentes, vetor, ângulo, área, perímetro,
plano, dentre outros.
E no quarto momento de interação com essa turma de 3º ano, os alunos foram
motivados a utilizar a criatividade e fazer uma obra de arte, que podia ser com a técnica de
ANAIS – XXXFCMat

641
origami, ou através da manipulação das diversas ferramentas matemáticas que o software
disponibiliza.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Diante da realidade das aulas de Matemática, em que se veem cada vez mais alunos
desmotivados e sem interesse para aprender, acredita-se
acredita se que seja necessário mudar alguns
métodos de ensino para auxiliar no resgate da motivação dos alunos quanto a essa disciplina e
assim, fazê-los
los interagir durante as aulas e também aprender os conteúdos estudados.
Pensando nisso, este projeto vai ao encontro das ideias de Candeias quando diz que:

[...] trabalhar em diversos contextos é essencial para situar e aprofundar a


aprendizagem da Matemática, tornando-a
tornando a mais significativa do que a conseguida
através de processos centrados na exposição e aplicação de conceitos previamente
definidos. (CANDEIAS,
(CANDEIA 2010, p.14)

Para isso foi utilizada a técnica do origami, que favorece aos alunos o entendimento e
o reconhecimento das figuras e/ou formas geométricas, e o software Geogebra, o qual é um
software livre, que facilita a visualização de muitas propriedades matemáticas.
Desta forma, buscou--se se associar o estudo das figuras geométricas ao lúdico que
segundo Cunha:

[...] é sem dúvida uma grande oportunidade que o professor de Matemática possui
para desenvolver outras habilidades e competências no aluno. aluno. Assim, o lúdico
deverá ser utilizado como motivação no ensino da Matemática, objetivando deixar
as aulas mais atrativas e estimulantes, [...]. (CUNHA, 2012, p.4).

E assim, através do origami (dobradura), que exige a concentração e a atenção,


proporcionou-se
se aos alunos um momento de experimentação, de descoberta e de criação em
que eles puderam desenvolver seu raciocínio lógico e sua criatividade. Ao manipular e ao
visualizar os poliedros estudados, os alunos puderam compreender alguns conceitos
matemáticos
máticos e, também, se preparar para enfrentar algumas situações-problema
situações problema no cotidiano.

Figura 01: Alunos construindo o cubo através de origami


XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Fonte: Os autores (2014)

No decorrer do projeto os alunos puderam ao manipular as figuras feitas através de


origami, medir suas arestas e calcular a área e o volume das construções geométricas.
E, para inserir tecnologias durante as aulas de Matemática associando conceitos
matemáticos
ticos aos conteúdos estudados em sala de aula – Geometria Plana e Espacial – neste
projeto apresentou-se
se aos alunos o software Geogebra, que é um software livre, de fácil

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
instalação e que disponibiliza de várias ferramentas matemáticas, facilitando a visualização
visua e
compreensão de alguns conceitos.
Neste sentido, e por concordar com as ideias de Borba e Penteado (2002, p. 245)
quando dizem que “é preciso pensar em propostas pedagógicas que usufruam o potencial que
as mídias informáticas oferecem ao serem integradas
integradas ao cenário educacional” é que este
projeto quer associar a criatividade dos alunos com as tecnologias, buscando despertar a
curiosidade, e fazer com que os mesmos manipulem as suas ferramentas de visualização. Pois
segundo Gravina e Basso (2012, p.24)
p.24) “as mídias digitais se tornam realmente interessantes
quando elas nos ajudam a mudar a dinâmica da sala de aula na direção de valorizar o
desenvolvimento de habilidades cognitivas com a concomitante aprendizagem da
Matemática.”.
Desta forma, durante as as aulas no Laboratório de Informática, os alunos foram
orientados a manipular as ferramentas do software e visualizar algumas propriedades
matemáticas como: segmento de reta, perímetro e área. Em seguida, para conhecer melhor o
software e sua interatividade,e, os alunos foram motivados através de sua criatividade a
desenvolver nele uma obra de arte.

Figura 02: Obras de arte feitas pelos alunos no Geogebra

Fonte: Os autores (2014)

CONCLUSÕES

Após a realização das atividades com esta turma de alunos, pôde-se


pôde perceber que
atividades diferenciadas vêm para auxiliar o professor a dinamizar suas aulas. Que técnicas
como as dobraduras em papel, podem facilitar o aprendizado, pois possibilitam que, ao a
mesmo tempo em que os alunos manipulam as criações, percebam vários conceitos
matemáticos envolvidos nessas formas geométricas.
E ainda, que as tecnologias auxiliaram nas atividades, pois estavam presentes em todos
os momentos do projeto. Assim, além de dinâmicas e educativas, as atividades que envolvem
algumas tecnologias, tais como vídeos, calculadora e softwares durante as aulas de
Matemática, podem tornar alguns conteúdos mais interessantes.
Enfim, estas atividades realizadas durante as aulas de Matemática
Matemática possibilitaram além
de aprendizado, momentos de descontração e inspiração, pois os alunos empenharam-se
empenharam em
todas as atividades, demonstrando que possuem um potencial de criatividade muito avançado,
ANAIS – XXXFCMat

643
e que atividades como estas podem despertar maior interesse
interesse nas aulas e uma aprendizagem
mais significativa.

REFERÊNCIAS

BORBA M.; PENTEADO, M.G. Pesquisa em Informática e Educação Matemática.


Educação em Revista. Belo Horizonte, UFMG, n. 36, 2002, p. 239-251. 239 Disponível
em<http://educa.fcc.org.br/pdf/edur/n36/n36a14.pdf>
http://educa.fcc.org.br/pdf/edur/n36/n36a14.pdf> Acesso em 12 de out. de 2013.

CANDEIAS, Anabela Fernandes Ferreira. Aprendizagem das funções no 8º com o auxílio


do software Geogebra.. Dissertação de mestrado. Universidade de Lisboa, 2010. Disponível
em <repositorio.ul.pt/bitstream/10451/2551/1/ulfp035771_tm.pdf>
epositorio.ul.pt/bitstream/10451/2551/1/ulfp035771_tm.pdf> Acesso em 28 de out. de
2013.

CUNHA, Jussileno Souza Da. SILVA, José Adgerson Victor Da. A importância das
matemática 2012. Disponível em:
atividades lúdicas no ensino da matemática.
<http://w3.ufsm.br/ceem/eiemat/Anais_ed_3/arquivos/RE/RE_Cunha_Jussileno.pdf>
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em: 01 jun. 2014.

GRAVINA, M. A.; BASSO, M. V. de A..Mídias


A..Mídias Digitais na Educação Matemática
In Matemática, mídias digitais e didática - tripé para formação de professores de
matemática. Disponível em
<http://www6.ufrgs.br/espmat/livros/livro2matematica_midiasdigitais_didatica.pdf>Acesso
http://www6.ufrgs.br/espmat/livros/livro2matematica_midiasdigitais_didatica.pdf>Acesso
em 15 de out. de 2013.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
FIQUE ALERTA: O SEU PESO É O IDEAL?1

FUSINATO, Natasha1; LEHMKUHL, Willian Eduardo da Luz2;


CIPRIANI, Raquel Eskelsen3.

RESUMO: Este trabalho foi realizado nas aulas de Matemática e Esporte na 1ª Série Inovador. O objetivo foi
pesquisar se alunos e familiares, incluem-se na estatística crescente de pessoas que apresentam excesso de peso.
Iniciamos com uma pesquisa investigando peso e altura de cada membro familiar e calculamos o IMC ,
destacando em tabelas o estado nutricional de cada pessoa. Os resultados foram representados em gráficos de
colunas e setores. Sua análise permitiu perceber que na faixa de 6 a 15 anos há muitas pessoas com baixo
peso. Na faixa de 16 a 25 anos, a maioria apresenta índice normal. Entre 26 a 40 anos percebeu-se que há uma
divisão entre pessoas com índice normal e sobrepeso, havendo aumento de pessoas com obesidade. No grupo
acima de 40 anos verificou-ser elevado número de pessoas com sobrepeso e obesidade. De modo geral, o
estudo é um alerta a todos, pois o sobrepeso e a obesidade são fatores de risco para doenças.

Palavras-chave: IMC. Pesquisa. Tabelas. Gráficos.

INTRODUÇÃO

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou, em agosto


de 2010, os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008–09), indicando que o
peso dos brasileiros vem aumentando nos últimos anos. O excesso de peso em homens
adultos saltou de 18,5% para 50,1% — ou seja, metade dos homens adultos já estava acima
do peso e ultrapassou, em 2008–09, o excesso em mulheres, que foi de 28,7% para 48%.
O excesso de peso e a obesidade são encontrados com grande frequência, a partir de 5
anos de idade, em todos os grupos de renda e em todas as regiões brasileiras. O IBGE e o
Ministério da Saúde entrevistaram e tomaram medidas de 188 mil pessoas de todas as idades
em 55.970 domicílios em todos os estados brasileiros.
A obesidade é considerada uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura
no organismo com desproporção na distribuição da gordura pelo corpo. O sobrepeso é
estabelecido quando o índice de massa corporal (IMC), relação entre peso e altura, é de 25 até
29,9. A partir de 30 de IMC a pessoa é considerada obesa. O IMC é calculado dividindo o
peso pela altura elevada ao quadrado.
O excesso de gordura visceral (intra-abdominal) é considerado um fator de risco maior
que o excesso de peso total, pois envolve os órgãos do abdômen é está correlacionado com
diabetes, pressão alta, colesterol alto, doenças cardiovasculares e síndromes metabólicas. A
obesidade também aumenta o risco de incidência de alguns tipos de câncer, como mama,
intestino, estômago e próstata.
O presente trabalho foi realizado nas aulas de Matemática e esporte com a 1ª Série do
Ensino Médio Inovador, dentro do Projeto Corpo São, Mente Sã, com o objetivo de pesquisar
senós, alunos e familiares, estamos incluídos na estatística do aumento das pessoas que estão
com excesso de peso.

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB José Clemente Pereira – José Boiteux.
2
Aluno Expositor, nfusinato@hotmail.com.
3
Aluno Expositor, willian4daluz@gmail.com.
4
Professor Orientador, EEB José Clemente Pereira, raquelecipriani@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

645
METODOLOGIA

O interesse pelo tema surgiu quando foi assistida a palestra com uma nutricionista que
explicou sobre a alimentação adequada. Durante essa palestra foi apresentado o IMC (Índice
de Massa Corporal) que é a medida usada para calcularmosa obesidade utilizada pela OMS
(Organização Mundial da Saúde) onde percebemos que a obesidade é um problema cada vez
mais frequente no mundo. Para isso, iniciamos com uma pesquisa investigando o peso e a
altura de cada membro de nossa família. A partir a coleta dos dados, elaboramos
elab tabelas
separadas por faixa de idades e calculamos o IMC de cada pessoa. Uma vezcalculado o IMC,
destacamos nessas tabelas, usando cores diferenciadas o estado nutricional de cada pessoa,
ou seja, azul para quem estava abaixo do peso, verde para estavaestava com o peso adequado,
amarelo para quem estava com sobrepeso e vermelho para quem já estava obeso. Esses
resultados foram representados em gráficos de colunas para facilitar a visualização. Também
foram calculadas as porcentagens e feita a sua representação
representação usando o gráfico de setores.

RESULTADOS

Tabela 1:Indíces usados pela OMS(organização Mundial da Saúde) para indicar a obesidade
IMC (Kg/m2) Estado Nutricional
Menor que 18,5 Baixo peso
18,5 a 24,99 Peso adequado
25 a 29,99 Alerta: sobrepeso
Maior que 30 Alerta: obesidade

Tabela 2: Índices utilizados para o cálculo do IMC infantil para meninos com menos de 15 anos
Idade Normal Sobrepeso Obesidade
6 14,5 Mais de 16,6 Mais de 18,0
7 15 Mais de 17,3 Mais de 19,1
8 15,6 Mais de 16,7 Mais de 20,3
9 16,1 Mais de 18,8 Mais de 21,4
10 16,7 Mais de 19,6 Mais de 22,5
11 17,2 Mais de 20,3 Mais de 23,7
12 17,8 Mais de 21,1 Mais de 24,8
13 18,5 Mais de 21,9 Mais de 25,9
14 19,2 Mais de 22,7 Mais de 26,9
15 19,9 Mais de 23,6 Mais de 27,7
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Tabela 3: Índices utilizados para o cálculo do IMC infantil para meninas com menos de 15 anos
Idade Normal Sobrepeso Obesidade
6 14,3 Mais de 16,1 Mais de 17,4
7 14,9 Mais de 17,1 Mais de 18,9
8 15,6 Mais de 18,1 Mais de 20,3
9 16,3 Mais de 19,1 Mais de 21,7
10 17 Mais de 20,1 Mais de 23,2
11 17,6 Mais de 21,1 Mais de 24,5
12 18,3 Mais de 22,1 Mais de 25,9
13 18,9 Mais de 23 Mais de 27,7
14 19,3 Mais de 23,8 Mais de 27,9
15 19,6 Mais de 24,2 Mais de 28,8

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Tabela 4: Exemplo da tabela usada para destacar o estado nutricional dos entrevistados na faixa de 16 a
25 anos
IMC 16 a 25 anos.
Nome Idade Peso Altura IMC
Evandro 22 100 1,83 29,9
Janete 16 59 1,52 25,5
Tainá 16 65 1,59 25,7
Maicon 21 95 1,80 29,3
Deise 20 75 1,74 24,8
Luana 15 61 1,48 27,8
Priscila 15 50 1,63 18,8
José 15 77 1,74 25,4
Virgínia 15 48 1,58 19,2
Luis Eduardo 19 68 1,70 23,5
Felipe 15 58 1,65 21,3
Fabiano 21 61 1,65 22,4
Ruan 21 65 1,66 23,6
Ketily 17 55 1,62 21,00

Figura1: Gráficos de coluna e setor do estado nutricional das pessoas entre 6 a 15 anos.

Fonte : os autores

Analisando os gráficos podemos perceber que na faixa de 6 a 15 anos houve muitas


pessoas que ficaram com o índice abaixo do peso. Lembrando que para classificar as crianças
de 6 a 15 anos é usada uma tabela especial, conforme apresentada nas tabelas 2 e 3. Estes
resultados provavelmente foram obtidos pelo fato de muitos não terem uma alimentação
adequada, observando-sese que muitos deles nem sempre consomem os nutrientes
nutrient necessários
nessa fase de desenvolvimento.
Figura 2: Gráficos de coluna e setor do estado nutricional das pessoas entrevistadas entre16 e 25 anos

Fonte: os autores
ANAIS – XXXFCMat

647
Analisando os gráficos podemos perceber que nesta faixa de idade, ou seja, de 16 a
25 anos, a maioria das pessoas estavam com o índice normal, mas que já há um aumento no
número de pessoas que estão no sobrepeso. Não chegando a apresentar pessoas abaixo do
peso normal nem na obesidade.

Figura3: Gráfico de coluna e setor do estado nutricional das pessoas entre 26 e 40 anos.
anos

Fonte : os autores

Já na faixa de 26 a 40 anos podemos perceber que há uma divisão entre as pessoas


que estão no índice normal e as que já estão com sobrepeso, e começa a apresentar o
aumento das pessoas que estão na obesidade.

Figura 4: Gráfico de coluna e setor doestado nutricionaldas pessoas acima de 40 anos.

Fonte: Os autores

Na faixa acima de 40 anos podemos perceber um elevado número de pessoas com


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sobrepeso e já na obesidade, sendo que a minoria está na faixa normal de peso.


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

CONCLUSÕES

A obesidade é considerada uma doença crônica caracterizada pelo excesso


exces de gordura
no organismo com desproporção na distribuição da gordura pelo corpo. Cerca de 250 milhões
de pessoas no mundo apresentam sobrepeso ou obesidade, sendo que quase todos os países
sofrem dessa epidemia, inclusive o Brasil.
A obesidade é um problema
problema que além de provocar problemas de índole estética,
costuma ter graves repercussões na saúde, já que favorecem o desenvolvimento da doença

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
coronária, hipertensão arterial, níveis elevados de gordura no sangue, diabetes e cálculos na
vesícula, entre outras doenças.
Esse trabalho deve servir de alerta a todos, pois o sobrepeso e a obesidade, indicados
pelo IMC, são fatores de risco paratais doenças. Queremos também deixar claro, que o IMC
elevado não indica necessariamente que a pessoa tenha essas doenças, mas que ela deva ficar
alerta e adotar hábitos que favoreça a sua saúde, como por exemplo, uma alimentação
composta por todos os nutrientes necessários para o corpoe a prática de exercícios físicos
diários.

REFERÊNCIAS

RIBEIRO, Jackson. Matemática: Ciência, linguagem e tecnologia,1: ensino médio/São Paulo :


Scipione, 2010.

Cálculo IMC – Tabela, ImC ideal, disponível


em:<https://www.google.com.br/#q=c%C3%A1lculo+do+imc. >Acessado em: 20 maio de
2014.

STECK, Juliana. Obesidade cresce rapidamente no Brasil e no Mundo. Disponível em:


http://www12.senado.gov.br/jornal/edicoes/2013/03/12/obesidade-cresce-rapidamente-no-
brasil-e-no-mundo. Acesso em: 20 de maio de 2014.
ANAIS – XXXFCMat

649
GASOLINA NA MATEMÁTICA1

KAUN, Lara Eloisa2; BIGHETTI, Bárbara Trombolto3; BRANDT, Fabiula Grasiela4.

RESUMO:: Este presente trabalho foi desenvolvido com o tema “Gasolina”, com o objetivo de calcular e
analisar o teor do álcool na gasolina, bem como seus benefícios e relações, para isso usando ensinos da sala de
aula de Matemática, que é função do primeiro grau, regra de três, gráfico e etc. Então, se utilizou de um
experimento que é adicionando
nando água a gasolina, proporcionalmente, e podemos observar o nível de álcool
presente na gasolina. Após o experimento realizado, com o uso da regra de três, podemos analisar a porcentagem
do teor de álcool da gasolina e verificando assim que a mesma não estava adulterada, ou seja, em perfeitas
condições de uso como determina a ANP – Agencia Nacional do Petróleo. Usando da Matemática como aliada
nas questões do dia-a-dia,
dia, pois adulterar combustível é crime e precisamos ficar de olho nessa prática.

Palavras-chave: Água. Poluição. Conscientização. Progressão.

INTRODUÇÃO

"Fraude" ou "Adulteração" em combustíveis é a adição de qualquer produto que


modifique suas características originais do produto. Quando o refinador formula a gasolina, o
faz de forma a atender
nder às especificações vigentes em lei regulamentada pela ANP que é a
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis,
Biocombustíveis, criada em 1997 pela lei n º
9.478,, é o órgão regulador das atividades que integram as indústrias de petróleo e gás natural
e de biocombustíveis no Brasil,
Brasil e as outras propriedades também necessárias ao perfeito
funcionamento do motor. Desta forma, ele garante o desempenho da gasolina. Na adulteração,
a ausência destes critérios impede o desempenho adequado. O álcool etílico, umas das
substâncias adicionadas à gasolina tem um papel importante para o bom funcionamento da
mesma. Além disso, propicia uma redução na taxa de produção de CO (Gás Carbônico).
Diante disso tudo nota-sese a importância para a frota automotiva brasileira e para o meio
ambiente, o rigoroso controle dessa porcentagem. A porcentagem permitida é de 22% 22 a 26%,
porem essa porcentagem pode alterar ao longo dos anos. Sabendo que quanto mais álcool na
gasolina será mais lucro para o revendedor é ai que ocorre às adulterações, pois o álcool é
mais barato que a gasolina. Por isso objetivando desenvolver um senso critico se desenvolveu
na prática um experimento simples para determinar qual o teor de álcool na gasolina, para
saber se ha ou não adulteração. Com objetivo de pesquisa de calcular e analisar o teor de
álcool na gasolina como também benefícios e relações entres esses produtos.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 28 a 30 de outubro de 2014

MATERIAL E MÉTODOS
Materiais:
• Proveta de 100ml - é um instrumento cilíndrico de medida para líquidos. Possui
uma escala de volumes razoavelmente rigorosa;
• Duas provetas de 50ml, para medição;

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Gertrud Aichinger – Ibirama.
2
Aluno expositor.
3
Aluno expositor.
4
Professora Orientadora,, EEB Gertrud Aichinger, fabygrasi@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
• 50 ml de gasolina – derivado de petróleo mais popular no nosso país, é um
combustível constituído basicamente por hidrocarbonetos (composto químico
constituído unicamente por átomos de carbono e de hidrogênio) e, em menor
quantidade, por produtos oxigenados.
• 50ml de água - substância química cujas moléculas são formadas por dois átomos
de hidrogênio e um de oxigênio. É abundante no Universo, inclusive na Terra, onde
cobre grande parte de sua superfície.
• Bastão de vidro - instrumento feito em vidroalcalino, maciço, utilizado em
transportes de líquidos e agitação de soluções.
Vamos descrever um pouco mais sobre o nosso principal material: A GASOLINA.
Métodos:
Etapa1: Com uma proveta de 100 mL é adicionado 50 mL de gasolina;
Etapa 2: Em seguida, é acrescentado 50ml de água e agitado bem;
Etapa 3: Então deixar em repouso por alguns minutos para observar o que ocorre, nesse
intervalo de tempo é quando o álcool e a gasolina se separam.
Etapa 4: Ler o volume de ambas as fases.
Etapa 5:Denominar o volume da solução aquosa (água+ álcool).
Subtrair da solução aquosa 50 mL e denominar este novo volume como apenas o volume do
álcool, conforme a seguinte equação:
Álcool = solução aquosa - 50 mL
Essa equação corresponderá à quantidade de álcool presente em 50 mL da amostra de
gasolina.
Etapa 6: Calcular a % de álcool na gasolina, através da seguinte relação:
50 mL — 100%
Álcool — x%
Etapa 7:Determinar a massa da gasolina expressa a %.
Etapa 8: Analisar o teor do álcool na gasolina conforme os parâmetros da ANT (Agência
Nacional do Petróleo).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Podemos notar que a água irá retirar o álcool que estava misturado na gasolina. Isso
acontece porque o etanol possui uma parte polar e outra apolar, sendo que sua parte apolar é
atraída pelas moléculas da gasolina. Como a gasolina é mais densa, ela ficará na parte inferior
e a água na parte superior. Para sabermos então se a quantidade de etanol que tinha na
gasolina estava dentro dos parâmetros estabelecidos por lei, basta ver quanto de álcool foi
retirado dela. Por exemplo, depois que as camadas se separaram, o volume da parte aquosa
passou de 50 mL para 61 mL e a da gasolina ficou 39 mL. Então teremos que 11mL de álcool
foram extraídos da gasolina. Baseado nisso, faz-se a seguinte regra de três para saber quanto
isso representa em porcentagem: 61-50=11 mL de álcool

Água adicionada na gasolina
50 mL → 100%
11mL → x%
ANAIS – XXXFCMat

651
50 . x = 11 . 100
x = 11.100/50
x = 1100/50
x = 22% de álcool na gasolina
E assim utilizamos outros valores de ml de álcool para
pa criar um gráfico:
• 12 ml de álcool:
50 mL → 100%
12mL → x%
50 . x = 12 . 100
x = 12.100/50
x = 1200/50
x = 24% de álcool na gasolina
• 13ml de álcool:
50 mL → 100%
13mL → x%
50 . x = 13 . 100
x = 13.100/50
x = 1300/50
x = 26% de álcool na gasolina

Tabela Teor do Álcool Na Gasolina


Álcool Encontrado na Gasolina Porcentagem
11ml 22%
12ml 24%
13ml 26%
Fonte:: Experiência realizada pelos alunos da 1ª série 1

Gráfico Álcool X Porcentagem

Teor do Álcool na
Gasolina XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 28 a 30 de outubro de 2014

26
24
22

1 2 3

Fonte: Experimento Realizado

Como o gráfico formou uma reta percebemos que esse problema é uma função do
primeiro grau. E podemos dizer que a porcentagem sempre dobra em relação ao ml, então
escrevemos assim % = 2vezes os ml de álcool.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
E a regra de três que usamos é um tipo dessa função onde se tem três valores
conhecidos e tenta-se encontrar o quarto valor. Ou seja, que no nosso caso é a porcentagem
proporcional ao tanto de ml que tem de álcool. Temos os 50ml, os 100%, 11ml, e precisamos
descobrir a porcentagem de álcool proporcional aos ml. Então para cada valor de ml vou ter
um único valor de porcentagem.
Gasolina é essencialmente um produto de petróleo cru. É produzida pelo processo de
destilação. Formada principalmente de carbono e hidrogênio. Quando devidamente queimado,
o carbono forma gás de ácido carbônico (gás d’água) e o hidrogênio queima transformando-se
em água, o que se pode verificar algumas vezes no inverno com o vapor condensado quando
expelido pela descarga.
Qualidades Essenciais de uma Boa Gasolina:
• Volatilidade - A principal propriedade da boa gasolina é a sua facilidade de
transformar-se rapidamente de líquido em vapor, isto é conhecido por
volatilidade. A partida do motor depende inteiramente da volatilidade da gasolina
a temperatura do ar – que é algumas vezes abaixo de zero.
• Força calorífica: é produzida pelo calor. A explosão da mistura de vapor de
gasolina com ar atmosférico no cilindro desenvolve uma temperatura
elevadíssima que atinge até 1700º centígrados. Explosão quer dizer combustão
instantânea.O calor é o elemento que movimenta o carro.
• Pureza: A gasolina para ser aceita como pura deve não conter ácidos, enxofre,
água, sedimento algum, nem outro corpo que não seja hidro-carbono. Os ácidos
perfuram e corroem o metal do carburador, das válvulas e do sistema que produz
o vácuo. Os produtos de combustão do enxofre, teoricamente, são ácidos e de
cheiro desagradável quando aparecem em grande quantidade. Geralmente,
entretanto, as gasolinas usadas atualmente são livres de ácidos e de enxofre.A
gasolina não se mistura com a água, e quando a gasolina do motor contém água o
carburador não funciona. Todo reservatório ou tanque de gasolina nas garagens
deve ser conservado completamente livre do contato com a água.
• Refinação: A gasolina deve ser completamente isenta das substâncias nocivas
contidas no petróleo cru e que podem ser eliminadas pelo processo da
refinação.Todos os petróleos crus contem certa quantidade de compostos, como os
da classe dos asfaltos. Quando esses compostos não são removidos, os produtos
restantes da combustão constituem corpos aglutinantes que encrostam as válvulas.
(FONTE: Gasolina e Outros Combustíveis).

CONSIDERAÇÕES

Com esse trabalho podemos concluir que o posto determinado aqui não tem a gasolina
adulterada, ou seja, esta em plenas condições de uso. E mostrar que é fácil ficar de olho se a
gasolina que nossos pais usam esta dentro dos padrões permitidos. E a matemática é uma
grande aliada para isso. Afinal, adulterar combustível é crime, precisamos ficar de olho nessa
pratica, gasolina de boa qualidade é um direito do consumidor.
ANAIS – XXXFCMat

653
REFERÊNCIAS

Gasolina e outros combustíveis. Disponível em:


<http://www.carroantigo.com/portugues/conteudo/curio_gasolina.htm>. Acesso em: 20 mai.
2014.

SILVA, Fernando. Teor de Álcool em Gasolina. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/


contente /ABAAAAUQMAJ/relatório –teor –alcool –gasolina>.
gasolina>. Acesso em: 20 mai 2014.

FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. Teor do Álcool na Gasolina. Disponível em:


<http://www.alunosonline.com.br/quimica/teor
<http://www.alunosonline.com.br/quimica/teor-alcool-na-gasolina.html>.
lina.html>. Acesso em: 20 mai.
2014.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 28 a 30 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
GRANDES, DISTANTES E VELOZES1

FRANZOI MAZZOLA, Adrian2; MOREIRA, Marcos3; SPERANZINI, Maria Aparecida4.

RESUMO: No começo era a escuridão, depois, uma explosão deu origem à sistemas em constante expansão de
tempo, espaço e matéria, a cada dia novas descobertas desvendam os enigmáticos e admiráveis segredos de um
lugar que chamamos de o universo, também conhecido como Cosmos. Desde a antiguidade o homem procurou
entender o surgimento do universo. Vários pensadores dedicaram suas vidas a entender o que está ao seu redor,
desenvolvendo, portanto, muitas teorias e hipóteses que possibilitaram o mapeamento do Cosmos. Ter um
entendimento básico do que acontece ao nosso redor é de suma importância. Portanto, de forma sucinta, serão
abordadas algumas curiosidades sobre o Cosmos, bem como noções de tamanho, velocidade e distância entre os
astros.

Palavras-chave: Cosmos. Astros. Sistema Solar. Ano-luz.

INTRODUÇÃO

Todas as noites, olhando para o céu, podemos contemplar a grandeza do universo. No


entanto, apenas algumas pessoas possuem algum conhecimento sobre as maravilhas do
cosmos. É por esse motivo, que decidiu-se trazer neste trabalho, informações, análises e
curiosidades sobre a imensidão do universo. Para início, podemos falar dos números do
cosmos, que são tão grandes que chegam a ser incompreensíveis. Afinal, apenas na parte
observável do universo existem cerca cem milhões de galáxias, e cada galáxia com bilhões de
estrelas. Sendo que esses astros estão muito distantes uns dos outros. Por exemplo, a galáxia
mais próxima da nossa está a dois milhões e meio de anos luz.
Os Números do cosmos realmente estão fora de compreensão, a lua é um exemplo, ela
está a pouco menos de quatrocentos mil quilômetros da Terra trazendo esses números a uma
escala terrestre, pode-se transformar a terra em uma bola de basquete, assim a lua teria o
tamanho de uma bola de tênis, ela estaria a surpreendentes seis metros e meio.Agora imagine
quanto tempo lavaríamos para cruzar nossa galáxia. Imagine chegar as estrelas mais distantes
do cosmos, a maioria está tão distante que não sabe-se quase nada sobre elas. Mas há uma
estrela que está bem perto, e tudo que sabemos sobre estrelas, aprendemos com ela, o sol. As
estrelas geram luz e calor durante bilhões de anos, uma estrela é uma bomba de hidrogênio
gigante, só não explode porque a gravidade a esta comprimindo, durante toda a vida da estrela
acontece esse choque de forças entre a fusão tentando explodir a estrela e a gravidade
comprimindo-a.

MATERIAS E MÉTODOS

O trabalho inicialmente foi desenvolvido por meio de uma minuciosa pesquisa em


livros, documentários, e principalmente sites sobre o assunto em questão. Foi realizada uma
pesquisa sobre o nosso sistema solar, nosso sol, planetas, galáxias, buracos negros. Após o

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Francisco Mazzola – Nova Trento.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professor Orientador, EEB Francisco Mazzola, profcida.mtm66@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

655
conteúdo abordado ser escolhido, o trabalho teórico foi montado. A partir disso, começamos a
montagem de nosso sistema solar, em escala proporcional
proporcional de tamanho. Primeiramente foi
escolhido o sol, afinal, é partir dele que podemos construir a escala.
Decidimos que o sol da nossa escala teria o diâmetro de quinhentos milímetros, assim
vamos imaginar que o sol, tenha um diâmetro de 50 centímetros (meio (meio metro), então agora
que temos nosso sol, iremos também reduzir os planetas para essa escala assim temos,
mercúrio com um diâmetro de quatro mil e oitocentos quilômetros nessa escala teria apenas
1,7 milímetros, Vênus com doze mil e cem quilômetros teria 4,3 milímetros, a Terra com
doze mil e setecentos teria 4,5 milímetros, marte com seis mil e setecentos 2,4 milímetros,
júpiter com cento e quarenta mil quilômetros 50,1 milímetros, saturno com cento e dezesseis
mil teria 41,8 milímetros, urano com quarenta
quarenta e sete mil teria 16,8 milímetros, netuno com
quarenta e seis mil 16,3 milímetros. E por fim, Plutão com apenas 0,8 milímetros. Nessa
escala que tomamos, a velocidade da luz seria reduzida de trezentos mil quilômetros por
segundo, para apenas 107,6 milímetros
milímetros por segundo, e um ano luz seria aproximadamente
3400 quilômetros.
Agora que já temos o sol e os planetas em escala, temos que deixar em escala a
distância entre eles, nessa escala, 58 centímetros representam um milhão e seiscentos mil
quilômetros na distância entre os planetas. O primeiro planeta se encontra nessa escala a 21
metros do sol, cerca de cinquenta e oito milhões de quilômetros, em seguida temos vênus, que
nessa escala está a 39 metros do sol, cento e sete milhões de quilômetros, a 54 metros
metr temos a
Terra, cento e cinquenta milhões de quilômetros, a 87 metros temos marte, duzentos e vinte e
oito milhões de quilômetros, a 283 metros temos júpiter, cerca de setecentos e setenta e oito
milhões de quilômetros, a 519 metros temos saturno, com cerca cerca de um bilhão e meio de
quilômetros de distância do sol, a seguir temos urano, a 1058 metros, cerca de três bilhões de
quilômetros, por fim chegamos a netuno, o ultimo planeta situado a incríveis 1616 metros,
cerca de quatro bilhões e meio de quilômetros,
quilômetros, resumindo, apenas montamos a escala, que é
de 1 mm, para 2800 km, e aplicamos nos demais astros. O sol e os demais astros e planetas
foram confeccionados em bolas de isopor, e posteriormente foram pintados, cada um com um
com sua respectiva cor. Em seguida,seguida, montamos uma plataforma para colocarmos cada
miniatura, confeccionas em papel sulfite e papelão e os prendemos com alfinetes e fita
adesiva. Montado o sistema fizemos a checagem dos tamanhos para termos certeza da
proporcionalidade estar correta, utilizando
utilizando instrumentos de precisão, como paquímetros, por
exemplo.
XXX Feira Catarinense de Matemática
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RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir dos dados coletados temos como resultado principal de nossa pesquisa, a
montagem de um sistema solar e escala proporcional de tamanho, podendo assim, trazer
nosso vasto sistema, para uma escala que possamos compreender. Assim temos todo o
sistema solar em escala. Temos alguns fatos interessantes sobre alguns planetas, por exemplo,
o planeta netuno é tão distante de
de nosso sol, que leva cerca de 165 anos terrestres para realizar
o movimento de translação, desse que ele foi descoberto só se passou um ano netuniano.
Outro fato curioso é que o planeta netuno, composto apenas de hidrogênio e hélio, é menos
denso do que a água, ou seja, ele flutuaria se fosse posto em uma espécie de piscina gigante.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Outra curiosidade, marte, planeta vermelho, realiza seu movimento de translação em
24 horas e 37 minutos, ou seja, é o mais parecido com a Terra nesse aspecto, além de ser o
mais próximo em termos de movimento de translação e temperatura, é por isso que Marte é
cogitado para ser o próximo planeta a ser habitado pela espécie humana. Podemos citar
também, o consumo de energia do sol, nosso sol usa a energia contida dentro dos átomos,
pelo método a fusão, a famosa teoria da relatividade de Einstein, temos que: E=mc², ou seja,
energia é igual a massa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado. Nosso sol queima
cerca de 600 toneladas de hidrogênio por segundo, aplicando: E=600,000.300,000², então
nosso sol gera cerca de 540,000,000,000 J por segundo. Outro fato muito interessante sobre a
fusão, é que, é nela que todos os 92 elementos naturais da tabela periódica são criados, é
muito simples, fazendo a fusão do hidrogênio, a estrela vai fabricando elementos cada vez
maiores, primeiro hidrogênio, depois hélio, lítio, e assim por diante. É por esse motivo que o
outro, a prata e platina são metais tão caros, porque eles precisam de uma pressão tão grande,
que eles criados apenas segundos antes da estrela se destruir que é quando há um ápice de
temperatura e pressão.

Tabela 1 – Escala de nosso sistema solar

CONCLUSÕES

A vastidão do cosmos realmente é incompreensível, talvez em uma vida de estudo,


ainda não conseguiríamos compreendê-lo em sua real essência. Até nosso pequeno sistema
solar é incrivelmente grande. No entanto, o trouxemos para uma escala terrestre para sua
melhor compreensão. Há muito a dizer e entender, o que fica claramente explícito é que nós
humanos, não passamos de um insignificante grão de poeira comparados a imensidão do
universo. Os números do cosmos chegam facilmente a bilhões e trilhões, números difíceis de
entender, afinal, a maioria dos seres humanos não possuem milhões, ou bilhões de nada. Mas
sejamos otimistas, estamos vivendo os anos dourados do universo, em milhões e bilhões de
anos, tudo estará mudado, afinal o universo está em constante movimento, e
consequentemente, mudança. Com o passar do tempo, todas as estrelas irão se apagar,
ANAIS – XXXFCMat

657
restando apenas a escuridão, o lindo céu que observamos toda as noites, será muito diferente.
Olhando pelo lado bom, nós seres humanos, tão pequenos, somos os únicos seres inteligentes,
conhecidos e curiosos o suficiente para descobrir o que está ao nosso redor, de certa forma,
somos a maneira que o universo encontrou para se conhecer.

REFERÊNCIAS

Build a Solar System. In: Exploratorium. Disponível em


<http://www.exploratorium.edu/ronh/solar_system/>.

Costa, J. R. V. Construindo um Sistema Solar em miniatura. Tribuna de Santos,


Santos Santos, 15
set. 2008. Caderno de Ciência e Meio Ambiente, p. D-4
D

OLIVEIRA, Marcio. O Sistema Solar e suas características.


<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Universo/sistemasolar7.php> Acesso em 15 ago.
<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Universo/sistemasolar7.php>
2014.

TEIXEIRA, Aloísio. O Universo. <http://pt.wikipedia.org/wiki/Universo> Acesso em 20 ago.


2014.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
HIDROPOMÁTICA1

BIAVA, Joice2; SILVA Juliana Fátima da 3; VIECELI, Ismael4; HAUWETTER, Nailde5.

RESUMO: A Hidroponia é a ciência de cultivar plantas sem terra, em soluções nutritivas.Esta ciência não é
nova nos seus princípios, mas sim no seu desenvolvimento. A ideia em trabalhar este assunto surgiu quando na
escola, encontramos problemas com a produção de algumas hortaliças durante um dos projetos envolvendo os
alunos do Ensino Médio Inovador, devido à falta de um local ideal para a montagem de uma horta tradicional e
das condições do terreno encontradas. O presente trabalho apresentado pelas alunas da 2ª série do Ensino Médio
Inovador, da Escola de Educação Básica “Cecília Vivan” de Salto Veloso, tem como principal objetivo,
demonstrar a viabilidade do sistema hidropônico em comparação ao sistema em solo, bem como, orientar sobre a
implantação da técnica hidropônica de uma forma simples e objetiva para os interessados em iniciar um cultivo
em casa mesmo, como também para aqueles apenas curiosos pelo assunto.

Palavras-chave: Hidropônica. Matemática. Solução nutritiva. Rendimento. Custo-benefício.

INTRODUÇÃO

Sabe-se que, atualmente com o crescimento da população a nível mundial, há escassez


de espaços ideais para agricultura, além de uma grande preocupação, com o excesso de
agrotóxicos usados nas hortaliças e com as doenças transmitidas pelas raizes dos alimentos
produzidos em solo. Analisando estes entre outros fatores, percebeu-se que a Hidroponia
éuma boa aposta a fim de produzir mais em menos espaço, podendo assim, proteger o
ambiente reutilizando água sem destruir florestas e se alimentendo de forma mais saudável.A
Hidroponia ou a ciência de cultivar plantas sem terra, em soluções nutritivas não é
nova nos seus princípios, mas sim o seu desenvolvimento. Esta ciência tem mais de 300 anos.
Foi utilizada nas ilhas do Pacífico para fornecer verduras frescas ao exército Americano,
durante a guerra. O cultivo é feito em ambientes fechados e fica menos sujeito a variações
climáticas. Hoje em dia, já encontramos muitos alimentos hidropônicos nos supermercados,
principalmente vegetais. Quando a técnica é usada de forma correta, os nutrientes e outras
propriedades do alimento são semelhantes aos dos cultivados de maneira tradicional.
Contudo, queremos através deste trabalho, apresentar a relação custo/benefício entre a
hidroponia e o método convencional. A ideia em trabalhar com este assunto surgiu quando na
escola, tivemos problemas com a produção de algumas hortaliças, devido à falta de um local
ideal para a montagem de uma horta tradicional. Optamos então por um sistema diferente – a
Hidroponia. Antes de colocar a ideia em prática, foi necessária muita pesquisa. Decidimos
também, reaproveitar o material existente na escola, como: mangueiras, canos, arames e
madeiras. Para um melhor entendimento do assunto, construímos um sistema hidropônico
funcional e também a maquete do sistema em escala. Para realização deste trabalho, fez-se
necessário a compreensão e aplicação de muitos conteúdos matemáticos, entre eles: área e
perímetro; razão e proporção, porcentagem, regra de três simples; multiplicação de matrizes;
o volume de sólidos geométricos; progressão aritmética; função do 1º grau e gráficos;
1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Cecília Vivan – Salto Veloso.
2
Aluno expositor, joice.biava05@gmail.com.
3
Aluno expositor, juuh_silva07@hotmail.com.
4
Professor Orientador, EEB Cecília Vivan, ismaelvieceli.professor@gmailcom.
5
Professor Orientador, EEB Cecília Vivan, nadi_lau@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

659
estatística para determinar as vantagens de construir um sistema hidropônico em relação à
produção em solo. Ao final da pesquisa percebeu-se
percebeu se o desenvolvimento de vários conteúdos
matemáticos aplicados de formaorma atrativa, consciente, inteligente e inter-relacionados
inter aos
conteúdos de Química e Física, Os alunos puderam notar a relação de situações do dia-a-dia
dia
com as fórmulas matemáticas, químicas e físicas. O presente trabalho apresentado pelas
alunas da 2ª série
érie do Ensino Médio Inovador, da Escola de Educação Básica “Cecília Vivan”
de Salto Veloso, tem como principal objetivo, demonstrar a viabilidade do sistema
hidropônico em comparação ao sistema em solo, bem como, orientar sobre a implantação da
técnica hidropônica
dropônica de uma forma simples e objetiva para os interessados em iniciar um
cultivo em casa mesmo, como também para aqueles apenas curiosos pelo assunto.

MATERIAL E MÉTODOS

Para iniciar nossos trabalhos práticos, depois de muita pesquisa, construímos a


maquete de uma casa de vegetação e de um sistema Hidropônico, basicamente a estrutura,
parte de madeira, colocação dos perfis, do plástico para a estufa, entre outros itens
importantes. Para isso foi necessário entender o conceito de escala. Construímos a maquete
numa escala de 1 m/4 cm,, ou seja, para cada metro no real, representamos quatro cm na
maquete. Depois de um breve estudo e muita análise, optamos por construir o sistema do tipo
NFT (Técnica de Filme Nutriente, sigla em Inglês), com o objetivo de entender e
primeiramente o funcionamento desse sistema. A escolha do local para a implantação da
estufa com a hidroponia não foi fácil, pois como já citado, na nossa escola, há falta de um
local adequado para qualquer tipo de horta. Acabamos por construir próxima pró a horta
convencional, no pé do morro. Um espaço pequeno, mas com bastante disposição da luz solar,
onde facilitou também o aproveitamento da água da cisterna, também construída por alunos e
professores. Para a construção das mesmas, reaproveitemos o material
material existente na escola,
como: mangueiras, canos, arames, madeiras, pregos, parafusos, plásticos, entre outros,
visando sempre, o menor custo possível. Antes de colocarmos o sistema em funcionamento,
foi necessária a produção das mudas de alface. Adquirimos
Adquirimos então as sementes e os nutrientes
e depois de alguns dias colocadas na espuma floral e expostas ao sol, foi possível a
visualização das sementes germinarem. Esperamos a maioria das mudas atingirem um número
médio de quatro folhas, para daí transplantarmos
transplantarmos parte para a hidroponia e parte para o
canteiro em solo. Depois de transplantadas, acompanhamos o desenvolvimento das mudas nos
dois sistemas e realizamos a analise de dados através de P.A e consequente construção de sua
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

respectiva equação, determinando


determinando um padrão para o tratamento de dados para possíveis
repetições experimentais. Para realização deste trabalho, foi necessária a compreensão e
aplicação de muitos conteúdos matemáticos, entre eles: área e perímetro de figuras
geométricas, principalmente na construção da maquete da estufa bem como na própria estufa;
as razões trigonométricas para calcular alguns ângulos na construção da maquete da
hidroponia; razão e proporção, porcentagem, regra de três simples; multiplicação de matrizes
para calcular o gasto para produzir as hortaliças na nossa hidroponia; o volume dos sólidos
geométricos: cilindro e tronco de cone; progressão aritmética ao analisar o crescimento das
mudas na espuma floral e na hidroponia em relação a horta convencional, bem como deduzir
uma função do 1º grau e construção dos gráficos que traduzem o crescimento das mudas nos

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
dois sistemas; estatística para determinar as vantagens de construir um sistema hidropônico
em relação à produção em solo. Dentro da química, foi extremamente necessário
necess conhecer as
relações de Soluto, solvente e solução, cálculos de concentração, molaridade, e título em
porcentagem de soluções, forças de Ionização, relação entre a condutibilidade elétrica e a
quantidade de íons livre em uma solução, conhecimento dos elementos químicos necessário
para o desenvolvimento das plantas, bem como a sua manipulação, fracionamento,
acondicionamento ideais. Em física vimos à relação da estufa –calor,
calor, temperatura-com
temperatura a
produção das hortaliças além de poder relacionar o movimento da solução nutritiva dentro da
hidroponia com a mecânica dos fluídos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Comparativo crescimento Hidropônico X Convencional


Observando o crescimento dos pés de alface na hidroponia em relação o crescimento
em solo, percebemos que a cada semana a muda ganha em média 1,5 folhas. Com tudo
podemos escrever uma P.A de razão 1,5 e o primeiro termo - a1 = 4 (número de folhas da
muda quando transplantada). Então:
PA (4; 5,5,...................18) r = 5,5 – 4 = 1,5
Quantas semanas n,, um pé de alface leva para atingir o número médio de folhas?
an = a1+(n-1).r
18 = 4+ (n-1).1,5
18 = 4+1,5n - 1,5
18 = 2,5 + 1,5n
,
 n = 10 semanas = 2 meses e 10 dias
,
E pelo sistema
stema convencional a muda tem um ganho de uma folha/semana. Então:
PA ( 4 ; 5,...................18)an = a1+(n-1).r
18 = 4+(n-1).1
18 = 4+1n -1
18- 3 = nn=15
n=15 semanas = 3,5 meses.
É possível deduzir que o ganho de tempo com a produção hidropônica é bastante
basta
significativo, pois é de 1,5 meses, aproximadamente.
Deduzimos também a função do 1º grau de cada sistema, onde o número de folhas (y)
depende do número de semanas (x).
*Hidropônico: y = 4 + 1,5x*Convencional: y = 4+x

Gráfico 1: Crescimento entre Alface Hidropônica X Alface Convencional segundo as equações deduzidas.

Fonte: Os autores (2014)


ANAIS – XXXFCMat

661
Pelo gráfico podemos também perceber que o crescimento da alface no sitema
hidroponico é maiss rápido que no convencional.

CONCLUSÕES

Todo consumo causa impacto positivo ou negativo na economia, na natureza e no


próprio indivíduo. Ter consciência desses impactos na hora de escolher o que comprar, de
quem comprar e ao definir a maneira de usar e como descartar ou ainda decidir por comprar
ou produzir, o consumidor pode maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos.
Isso é consumo consciente e não apenas o gesto mecânico de saciar a fome.
fome
Depois de pesquisar e aprender sobre o funcionamento, o custo e a importância de
uma horta hidropônica, concluímos que as hortaliças cultivadas hidroponicamente, certamente
auxiliam na promoção da saúde de forma mais eficaz do que quando cultivadas em solo.
sol
Acreditamos que será possível colocar em prática a ideia de construí-la
construí na escola com
o objetivo de conscientizar a comunidade escolar sobre como se alimentar de forma saudável
sem gastar horrores. Além de desenvolver bons hábitos,como o de alimentação e de
preservação, a mesma servirá como um laboratório vivo para diferentes atividades didáticas.
Outra grande vantagem para a escola e comunidade, é a variedade de hortaliças que
poderão ser produzidas no ano a baixo custo.

REFERÊNCIAS

Hidrogood - Horticultura
ticultura moderna. Sobre Hidroponia. Disponível em:
<http://hidrogood.com.br/11a/sobreHidroponia.asp
http://hidrogood.com.br/11a/sobreHidroponia.asp>.
>. Acesso em: 02 ago. 2014.

FURLANI, P.R. Cultivo de Alface Pela Técnica de Hidroponia.


Hidroponia. Campinas: Instituto
Agronômico, 1995.

CASTELLANE, P.D.; ARAUJO, J.A.C. Cultivo Sem Solo – Hidroponia. 2ª ed. Jaboticabal:
Funesp, 1995. 43p.

TEIXEIRA, N. T. Hidroponia: Uma Alternativa Para Pequenas Áreas. Guaíba: Agropecuária,


1996.86p.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

FAQUIM,
IM, Valdema; FURTINI NETO, Antonio E.; VILELA, Luis Artur A. Produção de
Alface em Hidroponia. Universidade Federal de Lavras.

FURLANI, Pedro Roberto; SILVEIRA, Luis C. P.; BORONHEZI, Denizart; FAQUIM,


Valdemar. Boletim técnico 180 IAC.

HONÓRIO, Sylvio; BLISKA, Antonio. Apostila Unicamp. São Paulo: Unicamp, 2014.

MEHL, Heroy Ótilo. Apostila Alface em NFT.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
INTERPRETANDO USINAS HIDRELÉTRICAS PELA MATEMÁTICA1

WILHELM, Júlia H2; ZECHNER, Yan E.3; CORNELIUS, Juliana4.

RESUMO: As usinas hidrelétricas são a principal fonte energética do país, porém não as mais ecológicas.
Analisando os valores de produção de energia, entendendo como funciona uma hidrelétrica e construindo um
modelo de tamanho limitado torna possível averiguar o mau uso do potencial hidrelétrico brasileiro. Por simples
proporções já se compreende que usinas com imensos reservatórios não são o melhor método, e que é necessário
uma extrema quantidade de medidas e cálculos exatos para perfeito planejamento da instalação. Ressalta-se a
importância da produção eficiente de energia balanceada com a preservação do meio ambiente, além de alinhá-
los com os impactos sociais causados pela construção de barragens.

Palavras-chave: Matemática. Usinas Hidrelétricas. Sustentabilidade.

INTRODUÇÃO

Imaginar o mundo atual sem energia é quase impossível. Em meio à sociedade, a


energia é indispensável. A maioria dos avanços da humanidade, desde os primórdios até a
atualidade, se deve ao fato da existência de energia elétrica. Quando fazemos algo simples
como carregar o celular, nem percebemos o número de componentes, tecnologia e cálculos
empregados na geração proveniente dessa energia para funcionamento desse equipamento.
Para a produção desta magnífica facilidade, diversas etapas são necessárias até que
seja obtido o produto final. Existem inúmeras maneiras de produzi-la, por exemplo, turbinas
eólicas, usinas nucleares, biomassa, gás natural... Porém, analisando a geografia brasileira,
especificamente o potencial hídrico do país, apontamos a Usina Hidrelétrica como uma das
maneiras mais eficientes para a produção.
Em nosso país, mais de 80% da energia é produzida por Usinas Hidrelétricas, porém
nem sempre são empregadas da forma mais efetiva. Para o desenvolvimento da pesquisa foi
comparado os dados da Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo, localizada
na divisa entre Brasil e Paraguai, e os dados da Usina Hidrelétrica de Salto Pilão, localizada
no município de Apiúna, Santa Catarina, na qual realizamos uma visita e observamos de perto
a produção de energia. Assim possibilitando apontamentos de possíveis falhas, vistas de um
modo geral.

MATERIAL E MÉTODOS

Para uma compreensão mais abrangente sobre o assunto, foram necessárias inúmeras
pesquisas, das quais foram analisados vários dados a fim de obter-se resultados conclusivos
sobre o assunto.
Impreterivelmente foram analisadas e deduzidas fórmulas, como por exemplo, a
fórmula da vazão, cuja dedução surtiu da fórmula da potência.

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: Escola Barão do Rio Branco – Blumenau.
2
Aluno expositor, julia.wilhelm@hotmail.com.
3
Aluno expositor, yanzechner@hotmail.com.
4
Professor Orientador, Escola Barão do Rio Branco, julianak@escolabarao.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

663
Figura 1- Fórmula para cálculo da vazão de uma Usina Hidrelétrica.


∙∙
Figura 2- Modelo cuja forma serviu de base para nossa maquete.

A imagem representa uma esquematização de polias ligadas à roda d’água sendo a


chave da geração de energia do modelo.

Figura 3- Representação da área alagada da Usina Hidrelétrica de Itaipú.

Usinas com reservatório são geralmente construídas em áreas remotas, para minimizar
o dano à população e porque é necessário determinar um local apropriado, sendo essas áreas
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

menos habitadas, há um alto índice de árvores, que tornam uma usina hidrelétrica um grande
problema ambiental.
Uma vez alagada a área total, as árvores se afogam e morrem, se decompondo no
fundo do lago lentamente. Na decomposição, além de nitrogênio e gás carbônico, as árvores
liberam metano, que é o único dentre os três que não é absorvido pela natureza e causa 20
vezes mais danos à atmosfera do que o gás carbônico. Para exemplificar se usará Itaipu, que
tem uma área alagada de 1350 km², da qual se estima 90% ser de árvores, ou seja, 1214 km².
Considerando uma árvore de tamanho considerável se separar 2 metros de outra árvore, por
regra de três se chega a 607.500 árvores submersas.
Para experimentar formas de produzir energia por meio da água menos danosas ao
meio ambiente, montamos nossa própria “maquete”, que gera uma quantidade extremamente

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
pequena de energia (cerca de 1w) ao custo de 50 litros de água mantidos integralmente no
reservatório por meio de uma circuito fechado operado por uma bomba submersa a qual leva a
água de volta ao reservatório inicial.
inicial

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O potencial energético brasileiro é pouco aproveitado, existem várias áreas onde pode
haver expansão do setor hidrelétrico, muitas são pequenas e médias usinas, como Salto Pilão,
mas muitas ainda estão somente no papel.
A geração de energia por usinas hidrelétricas cai a cada ano, por falta de alternativas
para produção da mesma. Existem várias bacias hidrográficas que são pouquíssimo
exploradas, mas oferecem grande potencial e com bom planejamento, pode-se pode utilizar bem
todo o potencial da região.
Uma usina grande tem demasiados custos e impactos com que lidar, embora ofereça
uma grande quantidade de energia em troca, deixa os princípios de energia limpa de lado,
voltando ao problema da poluição, onde também se gera grande quantidade de energia em e
troca de poluição direta da atmosfera.
Usinas a fio d’água não possuem reservatório e são eficientes, porém não é possível
criá-las
las em todos os lugares, onde então é preferível uma usina com barragem, considerando
então a maior vazão possível com os menores impactos possíveis.

Figura 4 – Esquema mostrando o potencial total (amarelo) e o utilizado (verde)


ANAIS – XXXFCMat

665
Figura 5- Eficiência das maiores usinas brasileiras comparando energia gerada ( mil MW) e a área
alagada ( mil km²).

O esquema mostra como o tamanho não é documento. A usina de Sobradinho, com um


lago de 4,1mil km² produz 1,1mil MW, 10% da energia produzida (calculada, pois não está
em operação) por Belo Monte, que tem 12% da área alagada da primeira. É possível tirar
grande
ande proveito dos rios sem ocupar grandes áreas. Um bom exemplo de empreendimento
pequeno, porém adequado é a Usina Hidrelétrica de Salto Pilão, que gera 190MW (9% da
energia de Sobradinho), mas não represa o rio, sendo que essa energia gerada tem potencial
potencia
para abastecer a cidade de Florianópolis.
Salto Pilão também tem a vantagem da queda, que compensa a baixa vazão, sendo
uma queda de 194m, a água tem muito mais força para mover as duas turbinas, efeito que
pode ser alcançado também com grande vazão d’água.
d’água. O método onde se usa a altura como
principal recurso para minimizar os custos com barragem e reservatório economiza materiais,
dinheiro e ajuda o meio ambiente, pois causa menos danos na superfície onde se localiza a
tomada d’água.

CONCLUSÃO

Existem
m infinitas maneiras de se construir usinas hidrelétricas, cada uma utilizando
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

diferentes modos de construção e diferentes equipamentos. É de suma importância uma


avaliação criteriosa do terreno e vazão do rio para determinar qual seria a maneira mais
eficiente
iente e ecologicamente menos prejudicial. Outro fator importante a ser avaliado é a
questão social, onde é preferível deslocar o mínimo de pessoas possível.
Com a construção de nossa maquete foi possível identificar facilmente vários dos
aspectos das usinass hidrelétricas, o reservatório, o conduto forçado, a casa-de-força,
casa com a
turbina e o gerador e até mesmo uma pequena linha de transmissão.
Constatamos que quanto maior a usina, maiores os problemas. Geralmente usinas de
grande porte possuem maior área alagada,
alagada, e mais pessoas terão de ser deslocadas. Por outro
lado terá uma geração de energia significativa.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Para minimizar os efeitos negativos, foram analisadas usinas menores, estas
favorecem o meio ambiente e geram a energia necessária para alimentar a região local. Sendo
mais viáveis e menos custosas.
Também é preciso estudar os impactos ambientais para minimizá-los, e remediá-los
conforme a necessidade, porém deve-se sempre buscar evitá-los totalmente.
Concluímos que Salto Pilão é um exemplo de usina mais sustentável, pois além de
desenvolver projetos ambientais, não prejudicou muito o meio ambiente na sua construção e
operação, diferente de Itaipu, que necessitou todo um projeto para resgatar o maior número de
exemplares por espécies da região, além de alagar uma área grande, causando impactos
ambientais irreversíveis.

REFÊRENCIAS

ALMEIDA, P. E. M.Otimização da metodologia de controle conjunto de tensão e potência


na geração de energia elétrica aplicável a área de projetos com emprego de técnicas de
inteligência artificial. Proposta PROGRAMA ANUAL DE PESQUISA E
DESENVOLVIMENTO CEMIG / ANEEL - CICLO 2007/2008. 2007.

ARCE, A. S. Um modelo de otimização do despacho de máquinas em usinas hidrelétricas.


Dissertação (Mestrado) — UNICAMP, 1999.

ARAÚJO, R. Modelagem e Otimização na geração hidrelétrica de energia: uma abordagem


com emprego de sistemas inteligentes. Dissertação (mestrado). CEFET, 2010.

DA SILVA FILHO, D. Dimensionamento de Usinas Hidrelétricas através de Técnicas de


Otimização Evolutiva. Dissertação (mestrado). Escola de Engenharia São Carlos, São Paulo,
2003.

TOLEDO, R. Os Fundamentos da Física, Volume 1, Parte II. MODERNA, 2009.

UFERSA – Universidade Federal Rural do Semiárido. Disponível em:


http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/111/APRESENTA%C3%87%C3%83
O%20VERTEDORES.pdf

FEARNSIDE, P.M. 2004. Greenhouse, gas emissions from hydroelectric dams:


controversies provide a springboard for rethinking a supposedly “clean” energy source,
Climatic Change 66(2-1): 1-8. Doi: 10.1023/B:CLIM.00000043174.02841.23 (Traduzido),
disponível em: http://philip.inpa.gov.br

ANEEL-Agência Nacional de Energia Elétrica. Disponível em :http://www.aneel.gov.br

ITAIPU BINACIONAL. Disponível em: http://www.itaipu.gov.br

UHE SALTO PILÃO. Disponível em: http://www.usinasaltopilao.com.br

COSTA, A. S., Turbinas Hidráulicas e Condutos Forçados. Universidade Federal


de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil, 2003.
ANAIS – XXXFCMat

667
JOGANDO COM A MEMÓRIA1

VANELI, Ana Paula2; NUNES, Marta de Freitas3; PEREIRA, Jacqueline Souza Cassul4.

RESUMO: Nosso cérebro é mesmo o órgão mais fascinante do corpo humano, é ele o responsável pelo
comando de todas as funções realizadas pelo nosso organismo. Sem ele não seríamos capazes de realizar
nenhuma das funções que realizamos, e nem mesmo existir, pois é o cérebro que manda os impulsos nervosos
para bombear sangue para o coração. Existem várias formas de estimular esse fascinante órgão, como através da
leitura, realização de cálculos e até mesmo o exercício físico pode ser um forte aliado. Mas as pessoas não
conhecem a fundo o funcionamento do cérebro, até mesmo porque duvida- duvida se que até os cientistas saibam tudo
sobre ele, mas é muito importante conhecermos um pouco do que nos constitui. Devido a isso, e influenciados
principalmente pela curiosidade e interesse
interesse no assunto, voltamos o projeto para descoberta de questões que
interessam a toda a população, porém são poucos os que algum dia pararam para pensar como funciona nosso
cérebro, nossa memória, entre outras dezenas de incógnitas que sequer alguém já conseguiucons resolver. Nosso
objetivo principal foi então passar o interesse que tivemos pelo assunto para mais pessoas, começando pela nossa
escola. Para a realização do projeto foram feitas diversas pesquisas e alguns testes com pessoas, para
comprovarmos se realmente
almente eram verdade as informações as quais tivemos acesso, e comprovar se o interesse
que tivemos pelo tema poderia ser expandido para as outras pessoas. Os resultados que tivemos apontaram que, a
maioria das pessoas não tinha idéia de como atividades simplessimples podem realmente estimular nosso cérebro e
consequentemente nossa memória, as pessoas ficaram também surpresas ao saber do que suas mentes são
capazes de fazer sem elas sentirem, ou seja, involuntariamente, e ainda mais surpresas de saberem que não são sã
tão únicas como sempre pensaram. Através do projeto, tivemos oportunidades de pesquisar, entender, conhecer e
refletir sobre truques que nosso cérebro faz- faz nos cair, e saber como resolver alguns problemas que nossa
memória nos dá. Objetivando uma visão diferente
diferente da que tínhamos antes, a respeito do assunto.

Palavras-chave: Cérebro. Memória.


Memória Estímulos.

INTRODUÇÃO

A memória humana é uma função cognitiva complexa cujo papel é armazenar,


manipular e recuperar informação. Entendemos que a memorização é imensamente imen
importante no aprendizado não só da matemática quanto das outras demais disciplinas
escolares. Sendo que se não houver memorização praticamente não há aprendizado, pois é
necessário que o aluno, após visualizar a informação recebida pelo professor, memorize para
depois considerar que aprendeu. Levando em consideração essas e outras questões fomos
motivadas a aprofundar nossos conhecimentos na área da memória seguindo alguns princípios
matemáticos.
Tivemos como objetivo melhorar a qualidade do ensinoensino da matemática e de outras
disciplinas, instigando a curiosidade das outras pessoas em relação ao tema.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

MATERIAL E MÉTODOS

No primeiro momento foi realizada a escolha do tema, então aprofundamos nossas


pesquisas sobre o assunto “memória” se deu através de conversas do cotidiano, onde diversas
vezes ouvimos pessoas falando que se esqueceu de algo, que se lembrou de outra coisa. Então
1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Sólon Rosa – Curitibanos.
2
Aluno expositor, anapaulavaneli@gmail.com
3
Aluno expositor.
4
Professor Orientador, EEB Sólon Rosa, jacky.cassul@gmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
iniciamos com pesquisas teóricas, depois realizados testes e coleta de dados. Foram utilizados
recursos que nos foram dispostos: internet, revistas e materiais do laboratório de ciências de
nossa escola.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Existem vários tipos de memória:


• A memória sensorial, que é o primeiro contato com a informação, através dos
sentidos (visão, olfato, paladar, tato e audição);
• A memória de curto prazo, onde o cérebro faz a seleção das informações que
considera importante para armazenar na memória de longo prazo;
• As memórias de espécie já nasceram conosco (os mamíferos que já nascem
sabendo mamar).
O local onde nossas memórias são geradas chama-se
chama se hipocampo. Nosso cérebro pesa
em média 1,4 kg, utiliza 25% do ar que respiramos, e se esticássemos
esticássemos ele mediria até 2 metros
e teria o tamanho de uma almofada se não fosse enrugado.

Quantidade de ar que o cérebro utiliza


25%

cérebro
restante do corpo

75%

Uma razão para não nos lembrarmos do nosso período de infância é a perda de
memória devido à alta taxa de neurogênese do cérebro em desenvolvimento. Neurogênese
Neurogên éo
processo de surgimento de novos neurônios e acontece continuamente durante toda a vida dos
organismos. Entretanto há um decaimento severo da neurogênese ao longo dos anos, com isso
a memória para de mudar tanto e começa a ser retida em nossas mentes.
mente
O local do cérebro em que a neurogênese ocorre com maior intensidade e durante boa
parte da vida é o hipocampo, região importante para a produção e armazenamento de novas
memórias.
Dentre as teorias para os sonhos, a primeira que foi a de Sigmund Freud no século XX,
o primeiro a estudar cientificamente os sonhos. Os cinco sonhos mais frequentes entre toda a
população mundial:
ANAIS – XXXFCMat

669
• 5º Ter a sensação de dentes caindo, que significa preocupações
preocupações na vida.
• 4º Estar desesperado para fazer algo e não conseguir de forma alguma, esse tipo de
sonho quer dizer que está com ansiedade em alta.
• 3º A sensação de estar caindo de uma grande altura, dizem que significa ter medo
de perder o controle.
• 2º Estarr preso em algum local e estar sem saída, quer dizer escolhas erradas na
vida.
• 1º É a nudez em público, diz-
diz se que é vulnerabilidade e medo de ser descoberto
por algo que fez de errado.

Existem, sete tipos de inteligências, são elas:


• Inteligência Linguística
Possuem grande facilidade de se expressar tanto oralmente, como escrita. Possuem grande
expressividade, alto grau de atenção e alta sensibilidade para entender pontos de vista alheios.
É uma inteligência relacionada ao lado esquerda do cérebro sendo uma das inteligências mais
comuns, onde abrange 20% da população.
• Inteligência Lógica
Possuem alta capacidade de memória e um grande talento para lidar com matemática e lógica
em geral. Facilidade para encontrar solução de problemas complexos, tendo a capacidade de
dividir estes problemas em problemas menores e ir os resolvendo até chegar à resposta final.
Pessoas organizadas e disciplinadas. É uma inteligência fortemente relacionada ao lado direito
do cérebro. Representa também 29 % das pessoas.
• Inteligência Motora
Possuem um grande talento em expressão corporal e tendo noção de espaço, distância e
profundidade. Controle sobre o corpo maior que o normal, sendo capazes de realizar
movimentos complexos, graciosos ou então fortes com enorme precisão e facilidade.
Inteligência relacionada ao cerebelo que é a porção do cérebro que controla os movimentos
voluntários do corpo. Presente em esportistas olímpicos e de alto desempenho. Inteligência
diretamente relacionado à coordenação e capacidade motora. Abrange 16 % da população.
• Inteligência Espacial
Possuem enorme facilidade para criar,criar, imaginar e desenhar imagens 2D e 3D. Têm uma
grande capacidade de criação em geral, enorme talento para a arte gráfica. Suas principais
XXX Feira Catarinense de Matemática

características: a criatividade e a sensibilidade, sendo capazes de imaginar, criar e enxergar


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

coisas que quem não tem em este tipo de inteligência desenvolvido, em geral, não consegue.
Representa 14 % da população.
• Inteligência Musical
Tipo raro de inteligência. Possuem grande facilidade para escutar músicas ou sons em geral e
identificar diferentes padrões e notas musicais.
musicais. Conseguem ouvir e processar sons, sendo
capazes de criar novas músicas e harmonias inéditas. Algumas pessoas são capazes de
aprender a tocar instrumentos musicais sozinhas. Assim como a inteligência espacial, este é
fortemente relacionado à criatividade.
criatividad Representa 6 % da população.
• Inteligência Interpessoal

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Possui uma inteligência ligada a capacidade natural de liderança. Pessoas são extremamente
ativas e em geral causam uma grande admiração nas outras pessoas. Líderes práticos, aqueles
que chamam a responsabilidade
ponsabilidade para si. São calmos, diretos e tem uma enorme capacidade
para convencer as pessoas a fazer tudo o que ele achar conveniente. Identificam as qualidades
das pessoas e extrai o melhor delas organizando equipes e coordenando trabalho em conjunto.
Abrange 4 % das pessoas.
• Inteligência Intrapessoal
Relacionado à liderança. Possui facilidade em entender o que as pessoas pensam, sentem e
desejam. Ao contrário dos lideres interpessoais que são ativos, os lideres intrapessoais são
mais reservados, exercendo
endo a liderança de um modo mais indireto, através do carisma e
influenciando as pessoas através de idéias e não de ações. Entre os tipos de inteligência, este é
considerado o mais raro representa apenas 2 % da população.

INTELIGÊNCIAS
linguística
lógica
motora
espacial
musiical
interpessoal
intrapessoal

Até 99% das informações que vão para a memória somem alguns segundos ou
minutos depois. Isso é um mecanismo de limpeza que ajuda a aperfeiçoar o trabalho do
cérebro. Se tudo ficasse na cabeça para sempre, ele viraria um depósito de entulho. Isso nos
tornaria incapazes de focar em qualquer
qualqu coisa e atrapalharia bastante o dia--a-dia.
A doença neurodegenerativa (Mal de Alzheimer) compromete a memória, movimentos
e pode levar o enfermo a ter problemas para conviver com outras pessoas e que com a idade é
comum aparecerem dores e doenças, sinais
sinais no nosso corpo e mente que mostra que o tempo
passou, que atinge a população de idosos. De acordo com a Associação Brasileira de
Alzheimer,(Abraz) o país apresenta cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de
idade, destas 6% sofrem com a doença neurodegenerativa.
Aproximadamente 1 em cada 20 idosos com 65 ou mais anos de idade é acometido
pela doença. Quanto mais avançada a idade, maiores as chances de surgir a demência. Um
estudo mostrou que 47% dos idosos com mais de 85 anos de idade sofrem de demência de
Alzheimer.
Isso gera uma proporção onde 1 esta para 2, 20 esta para 40.
1 20
=
2 40
Assim se eu quiser saber em um grupo de 15 milhões de idosos quantos que sofrem de
demência,devo fazer:
ANAIS – XXXFCMat

671
1 20
= Ou seja 750.000 idosos sofrem da doença.
x 15000000
20 x = 15000000
15000000
x =
20
x = 750000
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A memória deve ser levada a sério, pois é ela que nos ajuda a lembrar, e isso é muito
importante. Trabalhar a memória para que ela esteja em constante processo de armazenagem
de dados e querendo despertar cada vez mais o interesse das pessoas para que façam uso
saudável de suas vidas, pois assim só estarão contribuindo para um bom funcionamento de
seu cérebro. Com satisfação que conseguimos alcançar resultados satisfatórios, pois o inicio
do trabalho despertou na nossa curiosidade e também a dos nossos nossos colegas pelo assunto. A
matemática ajuda muito na memorização consequentemente na aprendizagem dos alunos,
com isso em sala de aula o professor pode trabalhar com jogos de memorização de todos os
tipos, o que atrai os alunos para a disciplina que é vista
vista como uma disciplina difícil.

REFERÊNCIAS

SANTANA, Ana Lucia <http://www.infoescola.com/neurologia/tipos-de


<http://www.infoescola.com/neurologia/tipos de-memoria>Acesso
em 19 maio. 2014.

Disponível em <http://ahduvido.com.br/10-teorias-que-explicam-porque-
<http://ahduvido.com.br/10 -sonhamos Acesso
em 11 julho 2014.

Disponível
onível em <http://www.brasilescola.com/psicologia/memoria-1.htm>Acesso
<http://www.brasilescola.com/psicologia/memoria 1.htm>Acesso em 23 julho
2014.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Disponível em <http://sites.unicentro.br/jornalagora/terceira-idade-mal-de
<http://sites.unicentro.br/jornalagora/terceira de-alzheimer-atinge-
6-da-populacao-idosa-no-brasil/>Acesso
brasil/>Acesso em 22 Agosto de 2014.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
JUVENTUDE E O MERCADO DE TRABALHO1

MAESTRI, Gabriela2; RITA, Thayla Katswinchel da Silva3; SILVA, Marilsa Aparecida da4.

RESUMO: O tema é um dos grandes desafios da política de emprego nos dias atuais, temos como objetivo
contribuir para que alunos do ensino médio tenham clareza das oportunidades existentes no mercado de trabalho,
cursos técnicos, vagas em empresas, estágios, ingresso na faculdade através do ENEM, as possibilidades das
vagas e bolsas na universidade pelo Prouni e Sisu e cursos técnicos, oferecendo também os cálculos das medidas
de tendência central ou posição e medidas de dispersão ou variância e facilitando saber sua média aos inscrever-
se. Optamos por fazer a coleta de dados (pesquisa quantitativa discreta) em nossa escola, sendo utilizada uma
amostra de 81 alunos (2º/3º anos do ensino médio). Realizamos pesquisas pela internet buscando dados sobre o
desemprego, a escolaridade, incentivo do governo federal, as profissões mais bem pagas e procuradas, também
um comparativo sobre os alunos matriculados e a evasão ocorrida, principalmente no ensino médio.

Palavras-chave: Profissões. Jovens. Educação. Mercado de trabalho.

INTRODUÇÃO

A inserção dos jovens no mercado de trabalho é um dos grandes desafios da política


de emprego nos dias atuais. Nosso objetivo é incentivar nossos alunos a ter uma perspectiva
de vida melhor, preparar-se para o mercado de trabalho. É um momento de busca de
identidade onde o jovem precisa fazer uma escolha profissional objetivando o seu sucesso no
mercado de trabalho. Por se tratar de um público mais vulnerável, que enfrenta grandes
dificuldades de inserção no mercado de trabalho e acaba-se encontrando ocupações mais
precárias, situação agravada, em países como o Brasil, pela baixa escolaridade e pela
fragilidade da formação educacional de grande parte da população. Mostrar aos jovens que,
através de pesquisa bibliográfica e dados estatísticos publicado ao longo dos anos, que os
conseguem terminar o ensino médio e assegurar uma vaga na graduação, como também os
cursos oferecidos para os que desejam se profissionalizar como técnico possuem maiores
oportunidades para iniciarem sua vida profissional. Por outro lado, incentiva-los com os
resultados do Enem e a vagas disponibilizadas pelo ProUni das Universidades Federais e pelo
Sisu das universidades Privadas. As profissões mais procuradas e também as dez mais
rentáveis.

JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento deste projeto tem como objetivo a motivação dos alunos a


investirem em seus conhecimentos, mostrando as vantagens que poderão obter através deste
investimento. Sábio é que estão adentrando na etapa do trabalho e optar para uma vida
profissional que o satisfaça, trás incertezas, duvidas e que muitas vezes a opção de desistir é
maior que a de lutar, essa relação entre juventude e trabalho é bastante complexa. O destino
dos jovens, na sociedade moderna, é o trabalho. Sabemos que a entrada dos jovens brasileiros
no mundo do trabalho é, muitas vezes, marcada por dificuldades relativas à oferta e

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Paulo Bauer - Itajaí.
2
Aluno expositor, gaabi_maestri@hotmail.com.
3
Aluno expositor, thayla.mannes@hotmail.com.
4
Professora Orientadora, EEB Paulo Bauer, m_a_s46@yahoo.com.br .
ANAIS – XXXFCMat

673
qualificação. Sendo, uma das maiores preocupações dos jovens, que em geral, deixam a
escola por volta dos 18 anos, independentemente do grau de escolaridade alcançado,
resultando em altas taxas de desemprego juvenil e imprecisas ofertas de empregos oferecidas
aos jovens. Sabemos que a adolescência é um período de transição no desenvolvimento
humano e a escolha da profissão faz parte dessa transição, pois significa “entrar
“entra no mundo dos
adultos”. Essa escolha, porém, é motivo de muitos conflitos para o adolescente, pois este sofre
com a pressão da família, dos amigos, da mídia e com suas próprias dúvidas. No Brasil os
adolescentes escolhem a profissão muito cedo (com 16, 17 anos), antes mesmo de entrarem na
idade adulta. As escolas também não ajudam muito, pois dificilmente fornecem informações e
propiciam que os jovens reflitam sobre aspectos importantes para essa definição. Estaremos
aqui, oferecendo suporte para que os jovens
jovens possam tomar conhecimento das oportunidades e
fazerem sua escolha profissional.

MATERIAL E MÉTODOS

Estaremos ofertando informações sobre o ENEM, Programas do Governo Federal ao


acesso a Universidade através do Sisu, ProUni, Fies, Sisutec e Ciência sem Fronteiras, Cursos
Técnicos Profissionalizantes, as profissões
profissõe mais bem pagas e procuradas,também um
comparativos sobre os alunos matriculados e a evasão ocorrida, principalmente no ensino
médio.
O número de inscritos
os no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014 superou a
expectativa do Ministério da Educação (MEC). Os 8.721.946 participantes confirmados nesta
edição representam crescimento de 21,6% em relação ao ano passado, com 7,17 milhões de
candidatos confirmados. A nota do Enem 2014 será requisito principal na participação de
programas do Governo Federal que garantem acesso e permanência no ensino superior. O
exame será realizado nos dias 8 e 9/11/14.

Tabela 1 – Aumento das Inscrições do Enem entre 2009 e 2014.


ENEM Inscrições confirmadas
2009 4.148.721
2010 4.626.094
2011 5.380.857
2012 5.791.332
XXX Feira Catarinense de Matemática

2013 7.173.574
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

2014 8.721.946
Fonte: Ministério da Educação (2014).

• 4.986.864 (57,17%) – candidatos que declararam carência e foram isentos do


pagamento da taxa, representando 73% dos candidatos.
• 1.424.906 (16,33%) – candidatos isentos por estudarem na rede pública de ensino;
• 2.310.176 (26,48%) – candidatos que pagaram a taxa dentro do prazo, 26,48% total
de candidatos pagantes.
• 58,11% dos inscritos são mulheres e 41,88% são homens.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Tabela 2- Número de inscrição do Enem por região.

Região Candidatos Percentual


Sudeste 3.076.697 35,27%
Nordeste 2.877.673 32,99%
Sul 1.044.673. 11,97%
Norte 950.245 10,89%
Centro oeste 772.658 8,85%
Fonte: Ministério da Educação, (2014)

Tabela 3 - Classificação por Estado.


Estado Candidatos Percentual
São Paulo 1.324.486 16%
Minas Gerais 979.259 23%
Amapá 62.304 33%.
Fonte: Ministério da Educação, (2014).

Tabela 4 – Necessidades Especiais.


Inscritos por cor e raça Lei 2014 2013
de Cotas 5.051.206 4.006.415
15 mil estudantes solicitaram 6.768 pediram provas super
Pedidos de atendimento
salas de fácil acesso ampliadas
especializado
3.330 necessitam de um intérprete 3. 239 candidatos solicitaram
de libras apoio para pernas
Fonte: Ministério da Educação, (2014).

Tabela 5 -Evolução das matrículas na rede pública (escolas estaduais e municipais) de 2010 a 2013
Educação Ensino Ensino
Ano EJA TOTAL
infantil Fundamental Médio
2010 4.934.439 27.976.191 7.268.564 3.687.621 42.986.815
2011 5.024.023 26.280.885 7.264.251 3.484.912 42.054.071
2012 5.190.791 25.451.815 7.184.497 3.292.250 41.119.253
2013 5.374.997 24.742.062 7.090.714 3.158.303 40.366.236
Obs.: Os números somam as matrículas nas escolas regulares e nas escolas especiais.
Fonte: Mec./Inep, (2014).

Apresentamos a lista das 10 profissões que estão em alta no mercado de trabalho do Brasil.
1. Engenheiro de Petróleo (R$ 14 mil de média salarial)
2. Engenheiro de mobilidade (R$ 12 mil)
3. Engenheiro ambiental e sanitário (R$ 8 mil a R$ 12 mil)
4. Médico do Trabalho (R$ 10 mil a R$ 14 mil)
5. Gerente de Recursos Humanos (R$ 8.000 a R$ 14.000)
6. Controller (R$ 10 mil a R$ 20 mil)
7. Advogado de contratos (R$ 10 mil a R$ 14 mil)
8. Gerente comercial/vendas (R$ 8 mil a R$ 18 mil)
9. Biotecnologistas (R$ 4 mil a R$ 5 mil)
10. Técnico em Sistemas de Informação (R$ 2 mil a R$ 3 mil)
ANAIS – XXXFCMat

675
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em um universo estatístico de 130 alunos foram coletadas informações por


amostragem o qual garantiu 81 alunos pesquisados.

Tabela 6 - Perspectivas para o mercado de trabalho do jovem adolescente.


Você vai fazer o Enem? 75% disseram sim
Você faz algum curso? Se sim, qual? 53% não fazem cursos
Você pretende entrar para a Universidade? 91 % desejam entrar na Universidade
Você sabe a profissão que pretende buscar 79% sabem a profissão que irão seguir
Você possui as habilidades necessárias para 71% garantem que tem habilidades para
abraçar a carreira pretendida? desenvolver está profissão
50% acham que é importante ter uma profissão
Quando penso numa profissão, o mais importante
que gostem, porém 38% dizem que o retorno
para mim é:
financeiro é mais importante.
Você trabalha, ou já trabalhou, ganhando algum 71% trabalham ou trabalharam paralelamente ao
salário ou rendimento? ensino médio.
52% afirmam não estarem trabalhando, Enquanto
Quantas
tas horas você trabalha durante seus
os que trabalham 27% dizem que está há menos
estudos?
de um ano exercendo está profissão,
21% trabalham de 11 a 20 horas semanais, 18%
Há quanto tempo você trabalha?
de 21 a 30 horas semanais.
33% afirmam que estudam menos de 1 hora
Quantas horas você se dedica aos estudos?
diariamente.
Fonte: As autoras (2014).

Nos dados coletados pela internet percebemos que ano a ano os alunos estão em busca
de aprimorar-se
se e as alternativas estão abrindo as portas para a universidade e facilitando o
acesso a uma graduação. Percebeu-se
Percebeu se também o crescimento do número de alunos
matriculados no nível técnico, no entanto
entanto menos de 3% estão em estágio em uma empresa.
Mais da metade dos jovens brasileiros estão desempregados, mas ainda assim mostram
otimismo. No Brasil, apenas 36% dos jovens entre 15 e 24 anos têm emprego, outros 22% já
trabalharam, mas estão desempregados
desempregados atualmente; na média, os jovens demoram 15 meses
para conseguir o primeiro emprego ou uma nova ocupação, nas regiões metropolitanas. No
total, 66% deles precisam trabalhar porque todo o seu ganho, ou parte dele, complementa a
renda familiar.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

CONCLUSÕES

A partir dos resultados obtidos constatou-se


constatou se que com as informações que trouxemos na
maioria dos alunos uma maior sensibilização quanto a problemática profissional dos jovens.
Observou-sese um bom aproveitamento dos mesmos nas apresentações e maior interesse
inter pelas
informações coletadas, principalmente no acesso a Universidade através do Enem e dos
cursos técnicos oferecidos pelo governo federal. Foi grande a contribuição, pois poderão
repensar sobre seus objetivos e passarem a adquirirem mais informações que poderão
contribuir para suas incertezas e que possam trazer mudanças em seus hábitos em relação ao
estudo. Os jovens precisam conciliar estudo e trabalho. A formação profissional de nível médio é

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
insuficiente e pouco sintonizada com o novo mundo do trabalho. Os currículos privilegiam a cultura
acadêmica. Os jovens estão cada vez mais desinteressados pela escola. No Brasil, a situação geral da
educação de nível médio é de altos índices de abandono e reprovação e de distorção idade-série.
Como consequência, é um público mais propenso à situação de desemprego e de
desemprego em longo prazo, sendo objeto de políticas específicas em muitos países. Mais da
metade dos jovens brasileiros estão desempregados, mas ainda assim mostram otimismo.

REFERÊNCIAS

BOCK, Silvio Duarte. Orientação profissional: a abordagem sócia histórica. São Paulo:
Cortez, 2002.

BRASIL,Portal. Cidadania e Justiça: Programas capacitam e dão acesso ao mercado de


trabalho. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2014/04/programas-
capacitam-e-dao-acesso-ao-mercado-de-trabalho>. Acesso em 15 mai 2014.

BRASIL, Portal. Educação: Enem 2014 tem mais de 8,7 milhões de participantes
confirmados. Disponível em <http://www.brasil.gov.br/educacao/2014/06/enem-2014-tem-
mais-de-8-7-milhoes-de-participantse-confirmados> Acesso em 18 jun 2014.

CONCURSEIRO, Clube do. Divulgado o número oficial de inscritos no Enem 2014.


Disponível em:<http://clubedoconcurseiro.com.br/2014/06/18/divulgado-o-numero-oficial-
de-inscritos-no-enem/>. Acesso em 19 jun 2014.

ENEM 2014. Inscrições, Exame Nacional do Ensino Médio, provas, gabarito, resultado e
apostilas do Enem 2014. Disponível em: <http://www.enem2014.org/category/inscricoes>
Acesso em 23 set 2014.

ESTÁGIOS, Associação Brasileira de. Estatísticas. Disponível em:


<http://www.abres.org.br/v01/stats/>. Acesso em 14 mai 2014.

G1, Educação. Brasil tem 40,3 milhões de estudantes na rede pública, diz Censo Escolar.
Disponível em: <http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/09/brasil-tem-403-milhoes-de-
estudantes-na-rede-publica-diz-censo-escolar.html>. Acesso em 25 set 2014.

PUBLICA, Agenda. Projetos: Juventude e Trabalho, Escola Cidade Sustentável. Disponível


em <http://agendapublica.org.br/projetos/juventude-e-trabalho-escola-cidade-sustentavel/>.
Acesso em15 mai 2014.

PSICOLOGADO. O Jovem Adolescente e a Escolha Profissional. Disponível em:


<http://psicologado.com/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/o-jovem-adolescente-e-a-
escolha-profissional>. Acesso em 25 set 2014.
ANAIS – XXXFCMat

677
MATEMÁTICA DA DENSIDADE1

FACHINI, Amábille Paola Sivaeir2; PETRY, Vanderlei3.

RESUMO: No decorrer desta exposição falaremos sobre densidade, a quantidade de algo existente em um
espaço delimitado, que pode ser uma superfície, uma unidade de volume ou um comprimento. Com objetivos
diretos e claros, temos em mente por em prática uma explicação breve e completa.
completa. Explicaremos o porquê certo
objeto afunda em determinada solução e outro não. Para atingir o determinado fim de nosso trabalho, usamos a
medição de algum objeto, pois assim, poderemos designar sua densidade. Fazendo também, cálculos e
experimentos. Buscamos um maior entendimento de nosso público por ser algo interativo, fazer com que todos
participem. Por fim, nosso objetivo maior consiste em fazer com que o público interaja para que ocorra maior
entendimento do que está sendo tratado. Criar dúvidas e respondê-las.
las. Compreensão de todos que a densidade
está presente em nossas vidas.

Palavras-chave: Densidade. Experimento. Cálculos.

INTRODUÇÃO

Você certamente já ouviu a expressão Eureka, Eureka. Mas sabe o que isso quer dizer?
E qual a razão?
medes era um sábio que vivia na cidade de Siracusa, na Grécia Antiga. Siracusa
Arquimedes
era governada por um rei chamado Hierão. Conta-se
Conta se que Hierão mandou fazer uma coroa de
ouro puro, mas ao receber sua coroa pronta, desconfiou que Ourives tinha misturado algum
outro
utro metal ao ouro. Como Arquimedes era famoso por resolver problemas complicados, o rei
o chamou para ajudá-lo lo a tirar essa dúvida. Mas fez uma exigência: a coroa não poderia ser
desmanchada. Arquimedes começou a pensar e estudar. Então, um dia quando tomavatom banho,
notou que ao entrar na banheira cheia de água, esta transbordou e seu corpo ficou mais leve.
Neste momento descobriu como resolver o problema do rei. Diz a lenda que ficou tão
eufórico que, completamente nu, saiu correndo e gritando Eureka, Eureka,
Eure "que em grego
significa: achei, achei".
Usando esse conhecimento, ele poderia verificar se a coroa era de ouro puro ou não.
Para isso, fez o seguinte: arranjou um pedaço de outro pura com a mesma massa da coroa. Em
seguida, mergulhou o pedaço de ouro na água e depois a coroa, recolhendo o volume de água
que cada um deslocou. Se a coroa e o pedaço de ouro deslocassem o mesmo volume de água,
pensou Arquimedes, isso significa que tinha a mesma densidade. Assim, com segurança,
resolveu a dúvida do rei. Como
Como a história de Arquimedes está envolta de lendas, não se sabe
ao certo se a coroa era de ouro puro ou não. Mas o certo é que o sábio grego descobriu uma
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

lei de grande importância para a Ciência, o princípio de Arquimedes. Dentro deste


experimento o que na realidade Arquimedes realizou foi a densidade.
Densidade é o resultado da quantidade de matéria de uma substância, dividida pelo
volume que esta quantidade de matéria ocupa. Portanto, podemos calcular a densidade

aplicando a seguinte fórmula: d = 

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade:
Moda Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
relação com outras Disciplinas;
Instituição: Colégio Galileu – Ituporanga.
2
Aluna Expositora, amabille.fachini@hotmail.com.
3
Professor Orientador, Colégio Galileu, vandipetry@yahoo.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Cada substância tem a sua densidade, isso quer dizer que é uma propriedade específica
da matéria (propriedade física).
Dentre nossos objetivos, pretende-se mostrar o comportamento de um corpo em
soluções de concentração diferentes e diferentes densidades, bem como calcular a densidade
de blocos cujas áreas temos condições de calcular seu volume e corpos irregulares onde seus
volumes não conseguiram calcular sua área.

MATERIAL E MÉTODOS

A apresentação do trabalho começa indagando as pessoas sobre o que é densidade,


pois muito se ouve, principalmente em programas de TV sobre o comportamento dos corpos
dentro de um recipiente com água, mas na realidade a única resposta dada as pessoas é que
um corpo boia ou afunda porque é mais ou menos denso do que outra substância, mas afinal o
que ocorre.
Então resolvemos tentar explicar isto buscando respostas dentro da física, calculando a
densidade dos objetos. Para isto buscamos na matemática todos os cálculos de volume e
massa dos mais variados objetos e comprovamos através dos cálculos porque os corpos boiam
ou afundam.
Ao final da apresentação a aluna expositora desafia os visitantes a adivinhar se os
corpos, no caso morangos, afundam ou boiam em soluções diversas. A experiência será a
seguinte: em quatro (4) recipientes (béquers), temos líquidos, dos quais são: água pura, água
saturada, óleo de cozinha, álcool. E para cada um destes, temos uma matéria, que esta será
medida e utilizada no decorrer do experimento. Com estes materiais, realizaremos a dinâmica
"Afunda ou Boia?", colocando-os dentro do Béquer com a ajuda de um pegador. Este
experimento tem o objetivo de explicação da densidade da matéria. E buscamos também um
maior entendimento de nosso público por ser algo interativo, fazer com que todos participem.
De certa forma, ainda retrataremos uma suposta separação de misturas, tratando da densidade
das soluções utilizadas.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com base na fundamentação teórica, vamos verificar com cálculos se um corpo boia
ou afunda quando mergulhado em água, cuja densidade é 1 g/cm³, este valor é porque 1 litro
de água potável corresponde a exatamente 1 quilograma. Tomamos como exemplos a bolinha
de ping pong, ovo, moeda, dado e pirâmide. Vamos aos cálculos:

BOLINHA DE PING PONG


ANAIS – XXXFCMat

679
Comprimento da circunferência igual a 12,7cm (medida encontrada utilizando uma
fita métrica)
Massa igual a 10g
.. ³
V=
"
C = 2. .  ..# ,$ %³ 
12,7 = 2.3,14.  V=
"
 
, .", ., 
= V= 10
,  "
$",
 
 ≅ 2,02 V= 62
34,62
"   0,28 (/³
V ≅ 34,62 cm³

Encontramos o raio através do comprimento da circunferência, calculamos o volume


pela fórmula da esfera e a densidade que é de 0,28 g/cm³. Como o valor é menor do que 1,
portanto ela boia.
OVO

Massa igual a 80g 1ml = 1cm³


Volume igual a 50cm³ (para medir seu volume colocamos um copo cheio de água
dentro de um recipiente, após o ovo e a água que transbordou é o seu volume. O volume de
água foi medido e verificou 50ml, que equivale a 50cm³, pois 1 mililitro equivale a 1
centímetro cúbico)
 80
      1,6(//³
 50
Calculando a densidade, chegamos a 1,6 g/cm³. Como o valor é maior do que 1, ele
afunda.

MOEDA

Massa igual a: 5g
Espessura igual a: 2mm = 0,2cm

  . ²  
  .  
  3,14. #1,25%² 5
  4,91.0,2
XXX Feira Catarinense de Matemática

  3,14.1,5625  
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

  0,98³ 0,98
  4,91²   5,09((/²
Com o auxilio de uma régua medimos o seu raio, encontramos a área da base pela
fórmula da área de um círculo, calculamos o volume e a densidade encontrada foi de 5,09
g/cm³. Como o valor é maior do que 1, portanto ela afunda.

ISSN 2447-7427
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DADO (cubo)

Massa igual a: 4g

 
V = l³ 
V = 1,5³ 4
 
V = 3,375cm³ 3,375
+  ,, ,-.//01³

Medindo o seu lado encontramos uma medida equivalente a 1,5 cm então calculamos
seu volume e a sua densidade que foi de 1,185 g/cm³. Como o valor é maior do que 1,
portanto ele afunda.
PIRÂMIDE

Lado igual a: 4,7cm


d² = l² + l² d = l√2
d² = 2l² d = 4,7√2
d = √23² d = 4,7.1,41
d = 6,627cm

(4,5)² = (3,3135)² + h²
20,25 = 10,98 + h²
20,25 - 10,98 = h²
9,27 = h²
h = √9,27 40
h = 3,07cm  
.45.6 22,42
V= "   1,78(/³
.#, %².",$
V=
"
. ,$7.",$
V=
"
,
V= "
V = 22,42cm³

Primeiro encontramos a medida do lado da base para calcular sua diagonal. Após foi
aplicado novamente o teorema de Pitágoras para encontrar a altura e por fim seu volume,
podendo assim determinar a densidade de 1,78 g/cm³. Como o valor é maior do que 1,
portanto ela afunda.
ANAIS – XXXFCMat

681
CONCLUSÕES

Concluímos, a partir de nossos experimentos e cálculos, que um objeto flutua quando


sua massa é menor que a quantidade de líquido deslocado, e afunda quando sua massa é maior
que do líquido que desloca, ou seja, sua massa depende do volume.
Cada substância tem a sua densidade, isso quer dizer que é uma propriedade específica
da matéria (propriedade física).
Muitos não sabem o quanto a densidade está presente em nosso dia a dia. Para melhor
entendimento, a densidade está presente, mas não são todos que a utilizam.
Por exemplo, a densidade pode ser utilizada para saber se um alimento está bom ou
não para consumo, neste caso, utilizamos o ovo. Se este afundar, está bom. Mas caso boie,
está choco, o que não seria bom consumir.
Por fim, a densidade é uma medição de total importância, embora não muito utilizada.
É uma característica
ca física importante da matéria. Os efeitos da densidade são importantes
para os trabalhos do universo e para nossas vidas diárias.

REFERÊNCIAS

F219Farago, Jorge Luiz. Ensino médio: 1ª série / Jorge Luiz Farago ... [et al.]. Curitiba:
Positivo, 2010 2v : il.

Cálculo densidade dos sólidos irregulares. Disponível em:


http://www.brasilescola.com/quimica/calculo
http://www.brasilescola.com/quimica/calculo-densidade-solidos-irregulares.htm
irregulares.htm

Densidade. Disponível em: http://www.brasilescola.com/quimica/densidade.htm

CRUZ, Daniel.. Ciência e Educação Ambiental. Editora Ática, 1997. São Paulo.

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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
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MATEMÁTICA E OS JOGOS MENTAIS1

BUYNO, João Antonio Vedovatto2; JUSTIMIANO, Dener Claudinei3;


BORBA, Barbara Cristiana dos Santos4.

RESUMO: O cérebro é o órgão que comanda todas as funções biológicas do nosso organismo, também é o
responsável por processar todas as informações e estímulos que recebemos do meio externo. No entanto,
algumas vezes ele nos prega algumas peças, fazendo com que acreditemos em coisas que não existem ou
tenhamos sensações que não deveríamos ter. O cérebro pode ser enganado por meio de truques, mágica,
pegadinhas, e até mesmo por drogas. Neste trabalho queremos tratar sobre os jogos mentais matemáticos e dicas
para a mente conseguir identificar estes enganos mantendo o raciocínio lógico. O jogo é uma atividade física ou
intelectual que integra um sistema de regras, sendo que os jogos mentais são testes para o nosso cérebro os quais
tiram o cérebro da zona de conforto e o colocam digamos de modo comum para trabalhar, não podemos o deixar
ficar parado se faz necessário que este esteja em constante atividade. O engano acontece quando supomos que
um jogo seja tão fácil, mas ao buscarmos uma resposta não conseguimos encontra-la. Neste universo de lógica e
raciocínio, queremos desafiar seu cérebro a não cometer mais enganos.

Palavras-chave: Matemática. Jogos e Raciocínio Lógico. Cérebro.

INTRODUÇÃO

O cérebro é considerado o principal órgão do corpo humano e a central de comando de


todo o sistema nervoso. Por sua complexidade, pouco ainda se sabe sobre as reais capacidades
e as infinitas possibilidades que ele esconde. Apesar das novas descobertas, dia após dia
médicos e pesquisadores se vêem diante de novidades, e alguns mistérios permanecem
insolúveis. Possuímos cinco sentidos, olfato, tato, paladar, audição, e visão. Cada um possui
sua importância, pois eles estão presentes em órgãos do corpo humano que nos ajudam a
entender e interagir com o mundo que nos cerca. São como funções de uma máquina, cada
sentido faz sua parte e manda suas informações para que o cérebro as interprete e as processe.
Mas algumas vezes alguns fenômenos são interpretados de forma erradas, e assim são
processadas de maneira a fazer com que ocorram erros nas interpretações.
Um órgão tão complexo só poderia gerar patologias complexas. Muitas vezes ocorrem
erros, pensamentos comuns, que muitas vezes passam quase imperceptíveis. O cérebro é o
centro de controle do movimento, do sono, da fome, da sede e de quase todas as atividades
vitais necessárias à sobrevivência. E com todos os avanços recentes da neurociência e dos
processos cognitivos, ainda há muito sobre o cérebro humano que não sabemos. A
consciência é o mais surpreendente aspecto do cérebro humano. E isso, basicamente, que nos
faz criaturas únicas e diferentes de todas as outras que habitam o planeta. No entanto ainda
estamos distantes de compreender como o cérebro produz a experiência dos fenômenos. Não
se explica como as sensações são recebidas. Não se sabe também como podemos recuperar
uma imagem mental em nosso cérebro quando quisermos. O cérebro não consegue analisar as
situações de forma completamente, racional, avaliando todas as situações envolvidas. O
cérebro tem dois tipos de pensamento, o primeiro é rápido e intuitivo e confia na experiência,

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: EEB Professora Virgínia P.
da Silva Gonçalves – Monte Carlo.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EEB Professora Virgínia P. da Silva Gonçalves, barbarac.borba@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

683
na memória e nos sentimentos para tomar decisões. O segundo é lento e analítico e serve
como um guardião do primeiro. Todas as emoções, como o amor, o ódio, o medo, a ira, a
alegria e a tristeza, também são controladas pelo cérebro. Ele está encarregado ainda de
receber e interpretar os inúmeros sinais enviados pelo organismo e pelo exterior. Ainda
controla a temperatura corpórea, a pressão arterial, a frequência cardíaca e a respiração. No
entanto, algumas vezes ele nos prega
prega algumas peças, fazendo com que acreditemos em coisas
que não existem ou tenhamos sensações que não deveríamos ter. Ilusionistas compreendem a
psicologia da mente humana tão bem como qualquer cientista, e usam seu conhecimento
sobre a mente humana para fazerem
azerem seus números. O canal de atenção que filtra a corrente de
estímulos que entram no cérebro é tão limitado que não percebemos certos acontecimentos.
Será que os seus ouvidos ouvem realmente mensagens escondidas em músicas quando ao
ouvirmos de trás praa frente? Será possível criar a sensação de que estamos a ser tocados ao
vermos televisão? Será que um cego pode ver como um morcego? Uma das funções do
cérebro é a memória, as coisas nem sempre são o que parecem e há detalhes que escapam. As
lembranças mudamdam e chegamos mesmo a conclusão que o cérebro cria memórias que são
falsas. O cérebro pode ser enganado por meio de truques, mágica, pegadinhas, e até mesmo
por drogas. Neste trabalho queremos tratar sobre os jogos mentais e sobre dicas para a mente.
O jogo
go é uma atividade física ou intelectual que integra um sistema de regras e define um
indivíduo. Os jogos mentais são testes para o nosso cérebro, muitas vezes achamos tão fáceis,
mas não sabemos a resposta, para evitar esses tipos de erros temos algumas sugestões.
s
Exercita-lo,
lo, o exercício começa pelo corpo, e vão para a mente, com jogos de raciocínio,
leituras, mas ler algo que te traga conhecimento, não ler por ler. Não podemos deixar nossos
neurônios ficaram descansando temos que colocá-lo
colocá para funcionar, r, então precisamos fazer
jogos que o desafiem e assim termos como não deixar que ele aos poucos acabe por ter lapsos
de esquecimento ou até mesmo comece a falhar, sabemos que o nosso cérebro é o comandante
de todo o resto do corpo se ele não enviar mensagens
mensagens de estímulos estaremos a mercê de um
colapso. Neste universo de lógica e raciocínio, queremos desafiar seu cérebro a não ser
enganado mais.

MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório em


livros, artigos, e sites para aprofundar o tema e obter o maior conhecimento sobre o mesmo. A
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princípio o interesse pelo assunto surgiu a partir de discussões, vídeos e atividades


a sobre a
lógica e sobre jogos, notamos uma crescente reclamação pela falta de memória, pessoas que
esquecem coisas de seu cotidiano então após conversas com alguns professores perceberam o
quanto nosso cérebro pode estar nos pregando peças, que muitasmuitas vezes são inofensivas, mas
com o passar do tempo podem se tornar prejudiciais ao nosso rendimento seja nos estudos
como em nossas atividades rotineiras. Despertado o interesse pelo assunto, aprofundamos o
trabalho e descobrimos curiosidades que desejamos
desejamos compartilhar e demonstrar os enganos
que somos levados a cometer pela falta do uso do raciocínio lógico, precisamos utilizar deste
recurso como ferramenta para o desenvolvimento intelectual e um cérebro sempre ativo. Os
materiais utilizados foram: recursos
recursos tecnológicos, pesquisas sobre jogos diversos, síntese do
assunto, jogos diversos impressos para demonstração.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após verificação feita sobre o raciocínio lógico e aplicação de algumas pegadinhas e


jogos entre os próprios colegas percebemos que o engano é algo comum entre os seres
humanos, sendo possível verificar na prática que o cérebro comete enganos quando não se
permite usar o raciocínio lógico. A desatenção do ser humano é um dos fatores que nos levam
a cometer enganos que após raciocinarmos um pouco percebemos quão ingênuos fomos.

CONCLUSÕES

Após leitura e discussão dos dados conclui-se que o cérebro é o principal órgão e
centro do sistema nervoso em todos os animais invertebrados e vertebrados. Conclui-se
aindaque a nossa ignorância sobre o mesmo é enorme e longe de ser canalizado a ponto de
compreendermos dificuldades e patologias. Percebemos que nossa capacidade intelectual é
fruto de nossa carga genética, nossas influencias ambientais durante a vida e nosso ritmo de
vida.
Muitas pessoas reclamam que seu cérebro não anda mais o mesmo, está desatento,
esquecido, com redução da capacidade de raciocínio e da criatividade. A verdade é que o
ritmo moderno de vida não propicia contexto adequado para o melhor rendimento cerebral, a
queda do rendimento cerebral se dá por alguns fatores sendo que a sobrecarga de estímulos,
pessoas que fazem várias coisas ao mesmo tempo, dormem menos do que deveriam, estão
sempre correndo, muito stress, e principalmente a falta de treinamento cerebral, muitas
pessoas caem na rotina e automatizam boa parte das atividades mentais. O cérebro precisa de
desafios, ser tirado da zona de conforto, criar soluções, testar hipóteses, errar, acertar enfim,
aprender durante toda a vida. Isto é conseguido no dia a dia buscando sempre atividades
intelectuais novas ou mesmo fazendo coisas da rotina de um jeito criativo e diferente. Outro
jeito de estimular o cérebro é com jogos e brincadeiras intelectuais que cumprem de maneira
divertida e lúdica, o papel de desafiar, testar e treinar algumas habilidades cerebrais.
Percebemos ainda que existe grande necessidade de exercitar nosso cérebro, pois as questões
mais simples podem tornam se complicadas. Bons hábitos para nosso cérebro consistem em
realizar atividades que exercitam o mesmo tais como: leitura, jogos de atenção, caça palavras,
atividades manuais e atividades físicas além de uma boa noite de sono.

REFERÊNCIAS

VERNON, Felipe. Como funciona o cérebro? Disponível em:


http://felipevernon.wordpress.com/2008/09/16/sou-felipe-vernon/. 2011. Acessado
em08/07/2014

CARTER, Rita. O livro do cérebro. Um Guia Ilustrado de Sua Estrutura,


Funcionamento e Transtornos. Editora Agir. São Paulo. 2013.

POTY, Clarissa. Revista Seleções. 2007

FREUDENRICH, Craig. Disponível em http://saude.hsw.uol.com.br/cerebro.htm.


ANAIS – XXXFCMat

685
MATEMÁTICA NA AHE: A ENERGIA QUE CHEGA ATÉ VOCÊ1

MARTINELLI, Gabriel2; VOSS, Odilon3; PETRY, Vanderlei4.

RESUMO:: A Usina Salto Pilão foi inaugurada em dezembro de 2009, e trata-se trata se do maior aproveitamento
hidrelétrico do Rio Itajaí-Açu
Açu e uma das maiores usinas subterrâneas do país O presente trabalho desenvolverá
uma série de cálculos sobre esse AHE (aproveitamento hidrelétrico) e tentar trazer presente à população do Alto
Vale do Itajaí,
í, de onde vem à energia que é consumida nos estabelecimentos da região, após uma visita a usina,
onde recebemos instruções a partir de palestras e panfletos, o que proporcionou um acréscimo e uma ansiedade
para escrever e apresentar esse projeto. Os resultados
resultados foram surpreendentes, aprendemos novos cálculos e locais
novos, deste modo não ficamos presos somente a cálculos referentes à usina, mas resolvemos ir além, como
qualquer estudante dedicado e em busca de conhecimento. Decidimos de mostrar também, apropriando-nos
apr dos
cálculos utilizados e da infraestrutura que se encontra no local. O nosso objetivo foi alcançado, pois aprendemos
mais sobre a matemática e a sua aplicação nas diversas áreas e obras.

Palavras-chave:: Usina Salto Pilão. Infraestrutura. Matemática.


M

INTRODUÇÃO

Nas cidades de Lontras, Apiúna e Ibirama, no Alto Vale do Itajaí, há construído uma
hidroelétrica, que se difere das usinas tradicionais por não agredir de forma destrutiva o meio
ambiente, tanto com inundações quanto pela própria poluição causada por lixo e/ou
substâncias.
A população da região não está tão a par de onde vem sua energia, que é desse AHE
muito próximo de suas casas, o que é um déficit, pois, se pagamos as contas de energia, no
mínimo deveríamos saber de onde e de qual qual distância essa eletricidade se desloca até chegar
ao nosso consumo.
Certamente com auxílio de várias fontes, do nosso professor e das instituições que
representamos, chegaremos com êxito aos objetivos previstos e despertaremos na população
uma curiosidadede para conhecer melhor esse local e seu funcionamento.

MATERIAL E MÉTODOS

Para desenvolver e entender melhor o trabalho em questão exige-se exige alguns


conhecimentos prévios sobre história e a própria matemática apresentada, que são:
• História da Usina Salto Pilão;
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• Conhecimento sobre usinas e áreas alagadas;


• Conhecimento, no mínimo superficial, sobre as Usinas de Itá e Belo Monte;
• Equação da reta e circunferência;
• Trigonometria;
• Física e eletricidade;
• Interpretação de imagens e dados.

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relaçãoelação com outras Disciplinas;
Instituição: EEM São Francisco de Assis – Ituporanga.
2
Aluno Expositor, gabrielluizmartinelli@hormail.com.
gabrielluizmartinelli@hormail.com
3
Aluno Expositor,
xpositor, odilonvoss@hotmail.com.br.
odilonvoss@hotmail.com.br
4
Professor orientador, EEM São Francisco de Assis, vandipetry@yahoo.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
No início do trabalho, fala-se sobre os problemas das áreas que são alagadas pela
construção de hidroelétricas, expondo exemplos. Em seguida, um apanhado histórico a Usina
Salto Pilão e o quanto ela é importante para o Alto e Médio Vale do Itajaí. Partindo então para
os cálculos onde ocorre o uso da trigonometria, equações de reta e circunferência, volume e
cálculos relacionados à física. E para encerrar o trabalho, tenta-se iniciar uma pequena
discussão sobre a construção e propósitos da Usina de Belo Monte, no Pará, expondo alguns
dados e incentivando a participação dos visitantes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O conceito base da energia limpa é que não transgrida o meio-ambiente, porém muitas
usinas hidrelétricas acabam inundando grandes áreas com o fim de armazenar água para
mover as turbinas, assim acionando o(s) gerador (es).
As usinas hidrelétricas costumam provocar outro tipo de impacto ambiental: as
represas artificiais formadas pelas barragens dos rios ocasionam a expulsão de algumas
cidades, povoados e florestas, e até a perda de solos cultiváveis e de material arqueológico, de
riquezas pré-históricas que podem existir no subsolo da área alagada.
Contudo, neste trabalho, falaremos de uma usina diferente, que não possui grande
acúmulo de água, e na qual sua barragem/vertedouro não tem nada além de 3 (três) metros de
altura, o suficiente para desviar o volume útil de água necessário para a movimentação das
turbinas.

Como tudo funciona


A usina Salto Pilão é o maior aproveitamento hidroelétrico do Rio Itajaí-Açu e uma
das maiores usinas subterrâneas do Brasil. Sua concepção consiste na captação de parte das
águas do rio nas proximidades da localidade de Riachuelo, no município de Lontras, e seu
desvio, através um túnel adutor, para a localidade de Subida, no município de Apiúna,
utilizando-se de um desnível de aproximadamente 200 metros.
Uma barragem/vertedouro, com 3 metros da altura (como citado anteriormente) desvia
o volume útil de água necessário para a movimentação das turbinas. O restante da água escoa
pela crista da barragem. Este sistema de barragem é denominado “a fio d’água”, pois, não
possui reservatório para o acúmulo de água e nem exerce controle sobre o fluxo do rio.
O túnel de adução representa o principal trecho do sistema de canalização subterrânea.
Tem 6.628 metros de comprimento e atravessa o maciço rochoso das encostas do Rio Itajaí-
Açu. Os condutos forçados têm cerca de 295 metros de extensão. A caverna da Casa de Força,
encravada dentro da montanha, abriga, além das turbinas e geradores, as dependências e
equipamentos necessários para a operação e manutenção da Usina.
Depois da passagem pelas turbinas, as águas são reconduzidas ao mesmo Rio Itajaí-
Açu através de um túnel de fuga.
Os dois geradores contam potência total de 191,89 MW (95,95 MW cada). A energia
assegurada do aproveitamento é de 109 MW, o que garante uma geração de cerca de 954,840
MW médios/ano.
ANAIS – XXXFCMat

687
Para garantir a transferência da energia gerada para o sistema elétrico interligado, a
tensão é elevada para 138 KV (quilovolts) pelos transformadores elevadores
elevadores e conduzida
pelas linhas de transmissão, na mesma tensão, operadas pela CELESC.
O Edifício de Controle da Usina localiza-se
localiza se em área externa, próxima da Subestação e
abriga todos os equipamentos necessários à operação da usina.

Localização e Desenvolvimento regional


A usina Hidrelétrica Salto Pilão situa-se
situa na região Centro-Leste
Leste de Santa Catarina, na
interseção entre o Médio e o Alto Vale do Itajaí.
A captação das águas ocorre próximo das localidades de Salto Pilão (Ibirama) e
Riachuelo (Lontras),
ras), no Alto Vale. A casa de força e a devolução das águas situam-se
situam na
localidade de Subida (Apiúna), no Médio Vale.
Com a instalação dessa usina, esses municípios, ganharam um forte impulso
econômico, com o aumento de receitas.
Com um apoio as cidades envolvidas,
envolvidas, na fase de construção, o CESAP destinou a
quantia de R$ 2 milhões para cada um, cujos valores permitiram contemplá-los
contemplá com obras
essenciais e compra de equipamentos.
Durante a fase de construção da usina e nos primeiros quatro anos de operação, estes
municípios receberam cerca de R$ 8,3 milhões em ISSQN (Imposto Sobre Serviço de
Qualquer Natureza). Outros R$ 7,5 milhões foram repassado às mesmas municipalidades,
como compensação financeira pelo uso de recursos hídricos, os chamados royalties.
royalties

AHE?
Decifrando a sigla AHE significa Aproveitamento Hidrelétrico. Ou seja, quando uma
usina somente aproveita a própria força da natureza, neste caso o Rio Itajaí-Açu,
Itajaí não
necessitando construir grandes barragens. Devido à matéria prima (a água) ser proveniente
prove de
um rio, está sempre se renovando, assim não necessitando de enorme acúmulo.
Existem outras usinas que usufruem do mesmo sistema como a Usina Hidrelétrica
Henry Borden, localizada em Cubatão, que é subterrânea e também aproveita a força dos rios
sem
em grandes acúmulos. Mas esta usina, devido à escassez de água em São Paulo, corre
enorme risco de paralização total.
Em vista de outras grandes usinas, Salto Pilão é considerada pequena, mas aos olhos
da ecologia é considerado um gigante, pois possui uma área alagada de somente 0,15
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

quilômetros quadrados distante dos 1 350 quilômetros quadrados de grandes usinas como a de
Itaipu.

CONCLUSÕES

Realmente, após todo o empenho realizado para desenvolver o presente trabalho, nós
cremos que alcançamos as metas estipuladas
estipuladas e consequentemente aprendemos mais com essa
experiência enriquecedora, que era nossa principal intenção. Não viemos para essa feira com
o objetivo da maioria dos trabalhos: tentar ganhar a qualquer custo. Mas sim, viemos para
aprender e ensinar, e ganhar seria somente uma consequência que nosso trabalho foi bem
desenvolvido e explicado.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
A partir disso, por meio deste, viemos com o propósito maior de agradecer, e eis a
nossa gratidão:
• Agradecemos, primeiramente, ao Seminário São Francisco de Assis, berço de uma
ótima educação e que nos proporcionou representá-lo a partir desse
trabalho/projeto;
• Agradecemos de forma especial a Usina Salto Pilão, por nos fornecer dados
essenciais para o desenvolvimento e também por nos apoiar desde o início em
nossas ideias a cerca de representá-la numa feira com tal caráter;
• Agradecemos e congratulamos o nosso professor orientador Vanderlei Petry, por
nos ajudar e, principalmente, orientar em suas aulas, além de proporcionar encaixar
nossas ideias em sua matéria e desenvolver o trabalho já citado;
• Também agradecemos a todos os envolvidos na construção e organização dessa
feira e desejamos nossos mais calorosos parabéns;
• E por fim, agradecemos todos os outros envolvidos indiretamente e diretamente em
nosso trabalho, alunos de nossa escola e professores de outras disciplinas, que nos
apoiaram e prestigiaram nosso trabalho, realmente, isso é motivo de orgulho para
nós.
Já estamos realizados por estar aqui...

REFERÊNCIAS

Matemática/ Edwaldo Bianchini, Herval Paccola; Ilustradores Adilson Secco, Paulo Manzi e
Mário Azevedo Matsuda – 1. Ed – São Paulo: Moderna, 2004.

Matemática/ ciências e aplicações, 3ª série; ensino médio, matemática/ Gelson Iezzi... [et al.];
ilustrador Izomar, Alexandre Argozino. – 2 ed. – São Paulo: Atual, 2004. – (Coleção
matemática: ciência e aplicações).

Física: volume único/ José Luiz Sampaio, Caio Sérgio Calçada. – 2 ed. – São Paulo; Atual,
2005. – (Coleção ensino médio Atual).

http://www.usinasaltopilao.com.br/
https://www.facebook.com/rioitajaipedenossaajuda?ref=ts&fref=ts
http://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_hidrel%C3%A9trica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_Hidrel%C3%A9trica_Henry_Borden
http://projetononame.blogspot.com.br/
Acessos em todo mês de agosto de 2014
ANAIS – XXXFCMat

689
MATEMÁTICA NO USO DA INTERNET1

SILVA, Letícia Mota da2; SOUZA, Sheila Mara3; SOUZA, Flávia4.

RESUMO: O tema do projeto é “Matemática no uso da internet”, pois, após observar e perceber o quanto o uso
da internet vem crescendo no nosso país, surgiu então a duvida: será que na escola onde estudamos também
houve esse aumento e mais, será que os jovens sabem usar a internet com segurança? Com o propósito de
mostrar como os jovens com faixa etária entre 12 á 17 anos utilizam a internet, em que utilizam, quanto tempo
do seu dia ficam em prol disso. Através da pesquisa de campo feito em nossa escola ficou evidente
evident que grande
parte dos entrevistados são jovens “hiperconectados” e que pré-adolescentes
pré adolescentes estão utilizando a internet cada vez
mais cedo, porém, a maioria dos pais não esta ciente da situação. Concluímos então que se esse percentual
continuar aumentando em breve teremos um país onde os jovens serão totalmente dependentes do mau uso da
internet.

Palavras-chave: Internet. Jovens. Matemática. Vicio.

INTRODUÇÃO

O projeto “Matemática no uso da internet” teve inicio no dia 05 de junho de 2014 na


instituição E.E.B “Irmã Irene”, após observar e perceber o quanto o uso da internet vem
crescendo no nosso país, surgiu então a dúvida: será que na escola onde estudamos também
houve esse aumento e mais, será que os jovens da E.E.B “Irmã Irene” sabem usar a internet
com segurança? .Tendo consciência de que a internet é o meio de comunicação mais utilizado
pelos jovens e sabendo os riscos que a mesma pode causar, nós alunas do segundo ano do
Ensino Médio nos aprofundamos mais no assunto.
Com o tempo, o uso da internet vem aumentando cada vez mais, principalmente em
nosso país. Percebe-se se então que ela vem tomando conta do nosso dia-a-dia,
dia dia, tanto é que nos
dias atuais é difícil encontrarmos uma pessoa que não tenha utilizado a internet ao menos uma
vez. O mundo virtual vem m ocupando mais espaço no nosso dia-a-dia
dia dia expandindo-se
expandindo tão
rapidamente a ponto de poder ser comparado com um “vírus”.
O brasileiro com acesso á internet passa mais tempo na web todos os dias do que em
qualquer outro meio de comunicação, porém, sabemos que nem todos os usuários a utilizam
com segurança.
É preciso garantir que mais pessoas tenham acesso com confiança, é preciso garantir
também que os pais de pré-adolescentes
adolescentes saibam o que seus filhos fazem na internet.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

MATERIAL E MÉTODOS

Na América Latina, nenhum país gasta mais tempo online que o Brasil. Os brasileiros
passam em média 27 horas na internet por mês. Ainda no Brasil 95% dos jovens brasileiros se
dizem viciados em tecnologia, A Internet oferece uma gama de possibilidades que vai do lazer
e pesquisa escolar à interligação das redes terroristas. Portanto, o usuário faz a todo instante
1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Irmã Irene – Santa Cecília.
2
Aluno Expositor, leletucia@gmail.com.
leletucia@gmail.com
3
Aluno Expositor, sheilamara01@hotmail.com.
sheilamara01@hotmail.com
4
Professor Orientador, Universidade do Contestado, Campus de Caçador, flaviafisc@yahoo.com.br.
flaviafisc@yahoo.com.br

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
escolhas a respeito de quais conteúdos são acessados e quais não são. É isso que não vai
permitir responder a questões como: a Internet é boa ou ruim em si mesma? Ou ainda: ela é
neutra? O quanto? Que consequências ela traz para os jovens? Os “assuntos particulares”
liderarem o ranking. Só depois é que vêm as pesquisas escolares, as atividades remuneradas e
profissionais e, por último, as de voluntariado. Pesquisas mostram que 70% dos jovens entre 9
e 16 anos têm perfis em redes sociais e 68% usam a internet para navegar em redes sociais. E
de acordo comum levantamento, a maioria das crianças também afirma mentir a idade nas
redes sociais. O cenário digital brasileiro teve mudanças ocasionadas pela forte emergência
das redes sociais, juntamente com o aumento do consumo de vídeos e publicidade online.
Jornais, revistas, programas de TV, entre outros, já foram ultrapassados pelo uso da internet,
tanto é que nos dias atuais quase não se vê mais pessoas lendo jornais, livros ou assistindo
programas de TV.
Segundo uma pesquisa 53% dos pais dizem não saber usar a internet e 75% dos filhos
entrevistados dizem saber mais de internet do que os pais. Ao mesmo tempo que a internet é
usada por um número muito maior de pessoas, ela conta com baixo grau de confiança dos
usuários, enquanto que o jornal impresso conta com menos leitores, mas mantém sua
credibilidade histórica, ou seja, quando você coloca qual é a informação mais confiável, os
jornais sobem e a internet cai.
LAN house, cyber café, e-mails, Orkut®, MSN®, MORPG's, Skype®, Power
scrap®... Nunca antes o brasileiro foi tão familiarizado a tantas palavras estrangeiras. O que
possibilita isso é a informática e a Internet na era da globalização. É já fato conhecido que
esta forma de intercâmbio de informações – a Internet – chegou para ficar.
Sabendo disso fomos em busca de mais informações através de uma pesquisa de
campo feita em nossa escola, para podermos realizar essa etapa fizemos o uso do laboratório
de informática de nossa escola para os alunos poderem responder um questionário online feito
através do “Google Docs”. Também foram realizadas palestras em nossa escola com
advogados e policiais, alertando os alunos sobre o que o mau uso da internet pode causar, o
que postar ou não em redes sociais,já que quando você vai para uma entrevista de emprego
eles checam suas redes sociais, e explicando o que é o cyberbully.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Assim como nas pesquisas bibliográficas a nível nacional, em nossa pesquisa de


campo os números também aumentaram. A maior porcentagem de alunos que responderam
nossa pesquisa foram alunos de 12 anos e nessa mesma pesquisa comprovamos que 75% dos
pais não estão cientes dos sites que seus filhos acessam. Será que um pré-adolescente de 12
anos tem consciência do que é ou não seguro na internet? É por conta desses dados que os
números de assedio pela internet, cyberbully entre tantos outros crimes vem aumentando em
nosso país. Comprávamos também que 65% dos jovens passam mais tempo em redes sociais
enquanto apenas 5% dos jovens utilizam a internet para fazer pesquisas e que 20% de pré-
adolescentes e adolescentes ficam de 5 á 6 horas do seu tempo online navegando em redes
sociais. Quando perguntamos: O que eles já deixaram de fazer para ficar na internet? 35%
deixaram de estudar, 15% deixaram de dormir e 20% deixaram de comer, os outros 30%
deixaram de fazer outras coisas.
ANAIS – XXXFCMat

691
Já pensou em ter um carro que comunica o fabricante em caso de defeito? Ou uma
geladeira que faz a lista de compras da semana e indica o preço? Não duvide, pois tudo isso
existira nos próximos anos, a internet vai ser cada vez menos ligada aos computadores e mais
a objetos do cotidiano.

Tabela 1- Seus pais ou responsáveis sabem o que você acessa na internet?

- FA FR

Sim 39 25%

Não 117 75%

Total 156 100%

Tabela 2- O que você já deixou de fazer para ficar na internet?

- FA FR

Estudar 55 35%

Comer 31 20%

Dormir 23 15%

Outros 47 30%

Total 156 100%

CONCLUSÕES

Ficou evidente que grande parte dos entrevistados são jovens “hiperconectados” e que
pré-adolescentes
adolescentes estão utilizando a internet cada vez mais cedo, porém, a maioria dos pais não
esta ciente da situação. Concluímos então que se esse percentual continuar aumentando em
breve teremos um país onde os jovens serão
serão totalmente dependentes do mau uso da internet.
Por conta disso as pessoas estão lendo jornais, livros e revistas cada vez menos,
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

tornando-sese assim “analfabetos funcionais”.


Desafios como esse tem tornado crescente o movimento em prol da matemática; Não é
difícil perceber que o futuro da civilização e a própria qualidade, da imaginação criadora dos
homens do nosso tempo e das futuras gerações. A internet conecta milhões de pessoas, isso
não é novidade. E desses milhões, há muitos que estão apenas procurando
procurando por computadores
vulneráveis a ataques. O pior é que grande parte desses ataques não são feitos de maneira
direta pelos crackers, mas são realizados porque usuários acessam links maliciosos e abrem as
portas para invasões.
E a matemática,, por sua vez alicerce
a de quase todas as áreas do conhecimento e dotada
de uma arquitetura que permite desenvolver os níveis cognitivo e criativo tem sua utilização
defendida, nos mais diversos graus e esteve presente em todos os passos do projeto como

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
meio para fazer emergir a habilidade de criar, resolver problemas desenvolver e modelar.Nos
últimos anos a tecnologia causou uma revolução que teve um profundo efeito em nos jovens.
Por exemplo, em muitos países o celular e o computador tornaram-se indispensáveis na vida
social principalmente na nossa. É claro que não negamos os benefícios do celular e da
internet, pois através deles podemos ter dados valiosos, nos comunicar e poupar nosso tempo
para muitos, entretanto, essas ferramentas se tornaram um vício.No entanto, o desenrolar do
nosso trabalho ajudou muitos jovens a aprenderem como usar a internet de modo sadio e
prazeroso.

REFERÊNCIAS

Brasileiros gastam 27 horas online por mês maior média da américa latina. Disponível
em: http://blogs.estadao.com.br/radar-tecnologico/2013/03/08/brasileiros-gastam-27-horas-
online-por-mes-maior-media-da-america-latina/ acesso em: 25/06/2014 ás: 21h00min.

Brasileiro passa mais tempo na internet do que na TV diz pesquisa. Disponível em:
http://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/brasileiro-passa-mais-tempo-na-internet-que-
na-tv-diz-pesquisa-11810499 acesso em: 25/06/2014 ás 21h30min horas.

Olhar digital. Disponível em: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/36517/36517 acesso em:


25/06/2014 ás 22h00min.

Pesquisa tickids online Brasil. Disponível em:


http://www.ebc.com.br/tecnologia/2012/10/pesquisa-tic-kids-online-brasil acesso em:
24/06/2014 ás 22h03min.

A internet na vida jovem brasileiro. Disponível em:


http://meuartigo.brasilescola.com/atualidades/a-internet-na-vida-jovem-brasileiro.htm acesso
em: 23/04/2014 ás 20h15min.
ANAIS – XXXFCMat

693
MATEMÁTICA O MOMENTO DA BELEZA1

XAVIER, Heloisa Grah2; TELES, Júlia Mees3; LAURETT, Andresa4.

RESUMO:: Para muitas pessoas matemática é sinônimo de complexidade e, por esse motivo deixam de apreciar
a sua beleza e importância para a sociedade. Partindo desse pressuposto, resolvemos identificar o momento em
que notamos o quão bela pode ser a matemática. Durante a nossa vida escolar obtemos muitas informações, mas,
lembramos facilmente do teorema
orema de Pitágoras, e isso nos faz refletir sobre quais fatores nos fazem lembrá-lo,
lembrá
buscar informações suficientes para considerá-lo
considerá lo belo e essencial para a sociedade. Através de pesquisas,
investigamos sua história e suas aplicações em diferentes áreas da
da matemática. Percebemos que o teorema vai
além de calcular a medida de um dos lados do triângulo retângulo, aplica-se
aplica se em um triângulo qualquer através da
lei dos cossenos, no cálculo da distância entre dois pontos num plano cartesiano, determina a equação de uma
circunferência e é a base das coordenadas geográficas hoje determinadas rapidamente pelo GPS.

Palavras-chave:: Beleza. Triângulo. Pitágoras.

INTRODUÇÃO

A matemática é base para todas as ciências e artes, pois ela é o alicerce para que elas
evoluam.
m. Através de seus padrões e regularidades encontrados na natureza e em operações
matemáticas, podemos perceber o quanto ela pode ser bela, além de se trazer respostas para a
maioria das dúvidas humanas. A partir dessa ideia relembramos o teorema de Pitágoras,Pitágo
devido a facilidade em compreender seu significado, buscamos descrever sua beleza e como
ele é capaz de exercer um papel fundamental em áreas diferentes da matemática e contribuir
para a evolução da tecnologia.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido


nvolvido no Instituto Maria Auxiliadora, durante o ano de 2014
entre os meses de abril e julho. Durante os encontros do Clube da Matemática, discutimos
como a Matemática é vista pelos alunos em geral, e quais seriam seus atrativos, pensando
desta forma, definimos
finimos nosso tema a ser pesquisado, os objetivos a serem alcançados e, a
partir daí, assistimos vídeos relacionados ao assunto, pesquisamos a história, suas aplicações e
analisamos as demonstrações do teorema de Pitágoras por meio de livros, revistas
especializadas e internet.
Para analisar e avaliar os dados obtidos, realizamos as demonstrações em cada etapa
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

estudada, reflexão sobre a importância, relevância social e, principalmente, sua beleza do


tema abordado.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Pitágoras foi um filósofo grego e matemático de muita importância. Acredita-se que


durante uma visita ao Egito, ficou impressionado com as pirâmides, assim, desenvolveu o

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Pura; Instituição:: Instituto Maria Auxiliadora – Rio do Sul.
2
Aluno Expositor, heloisagrah@hotmail.com.
heloisagrah@hotmail.com
3
Aluno Expositor, juliamees@hotmail.com.
juliamees@hotmail.com
4
Professor Orientador, Instituto Maria Auxiliadora, andresa@ima-rs.com.br.
andresa@ima

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
famoso Teorema de Pitágoras. Criou a Escola Pitagórica onde seus discípulos seguiam sua
filosofia e costumes como vegetarianismo e a recusa em vestir panos feitos de pele de
animais.Em sua escola estudava-se sobre astronomia, matemática, música e filosofia.Sua
principal contribuição na área de Matemática foi provar que havia uma relação matemática
entre as medidas dos lados de um triângulo retângulo, no qual a soma dos catetos ao quadrado
é igual à hipotenusa ao quadrado, esta relação ficou conhecida como Teorema de Pitágoras,
embora existem tabletes de barro do período de 1800 a 1600 a.C que evidenciam que os
antigos babilônios e chineses já conheciam o teorema muito antes de Pitágoras, entretanto,
não sabiam da possibilidade de aplicá-lo a todo triângulo retângulo.
Através do teorema de Pitágoras descobriu-se o primeiro número irracional, após a
aplicação do teorema em um triângulo de catetos medindo um, seria necessário a 2 para
descobrir a medida da hipotenusa, foi então que a filosofia da escola pitagórica entrou em
conflito porque defendiam a ideia de que tudo é número, ou seja, tudo no mundo poderia ser
expresso por número, sendo que para eles e qualquer outra pessoa da época os números
existentes eram apenas os naturais.
O teorema é utilizado basicamente para determinar a medida de um dos lados de
qualquer triângulo retângulo simplesmente aplicando o teorema descrito pela equação a² = b²
+ c² onde a significa a medida da hipotenusa, b e c as medidas dos catetos que são os nomes
atribuídos aos lados que formam o ângulo de 90°.
Inicialmente, o teorema ficaria restrito apenas a situações como descritas no parágrafo
anterior, mas é possível perceber através das pesquisas que o triângulo retângulo é uma figura
geométrica de extrema importância, pois a partir dela, atribuíssem as funções trigonométricas
seno, cosseno e tangente. Pode-se dizer que a trigonometria surgiu da necessidade de calcular
distância e alturas, na história encontramos vestígios de que a ideia de associar sombras
projetadas por uma vara vertical a sequências numéricas, relacionando seus comprimentos
com horas do dia (relógios de sol) seria aplicações da tangente. Sendo assim, a trigonometria
é base para astronomia, navegação e agrimensura.
As funções trigonométricas não se restringem apenas ao triângulo retângulo, é possível
aplicá-lo em um triângulo qualquer, para isso, precisamos do teorema de Pitágoras para
encontrar outras relações entre os lados e o ângulo de um triângulo qualquer.

Figura 01 – Lei dos cossenos


ANAIS – XXXFCMat

695
Utilizando a Figura 01, com duas aplicações do teorema de Pitágoras, comparando a
altura dos triângulos I e II formados, podemos provar a lei dos cossenos que diz:''o
diz: quadrado
de um lado de um triângulo qualquer é igual à soma dos quadrados dos outros dois menos
duas vezes o produto desses dois lados pelo cosseno do ângulo que eles formam''
formam'', ou seja, se
conhecermos dois lados de um triângulo e o ângulo compreendido entre eles é possível
através da lei dos cossenos, determinar a medida do outro lado. Nessa aplicação são
perceptíveis as raízes do teorema de Pitágoras.
Os triângulos são tão importantes, pois através dele, aplica-se
aplica o método da
triangulação, é uma forma de calcular distâncias usando ângulos. Método este que serviu
como meio de construção do levantamento cartográfico da Grã-Bretanha
Grã Bretanha e que levou 70 anos
para ser concluído. Atualmente, utilizam-se
utilizam se fotografias de satélites e GPS (Sistema de
Posicionamento Global) para tal atividade, onde todo este conhecimento utilizado muitos anos
atrás fica apenas nos bastidores.
Quando falamos na construção de mapas, ou da importância da trigonometria
trigonometria para a
astronomia, percebemos que estamos falando do espaço, e que precisamos de algo além da
geometria euclidiana que estuda as formas, fundamentada na ideia intuitiva de ponto, reta e
plano, o que nos remete a geometria analítica, a qual se baseia nos estudo da geometria
através da álgebra, capaz de explicar situações relacionadas ao espaço. Precisamos então do
plano cartesiano, nele representamos pontos coordenados (x,y), o conjunto de pontos
representados neste plano podem determinar uma reta, reta, uma parábola, uma circunferência,
enfim, nessas análises, percebemos que quando temos dois pontos num plano cartesiano, para
calcularmos a distância entre eles basta aplicar a fórmula d ( A, B ) = ( x B − x A )² + ( y B − y A )² , já
que é possível projetar um triângulo retângulo
retângulo com estes dois pontos, no qual a distância entre
eles é exatamente a medida da hipotenusa do triângulo retângulo formado (Figura 02).

Figura 02 – Distância entre dois pontos no plano cartesiano

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

De forma análoga, podemos deduzir a equação que determina determina uma circunferência já
que todos os pontos estão equidistantes do centro, sendo assim, esta equação pode ser
representada por ( x − a )² + ( y − b)² = r ² sendo r o raio da circunferência (Figura 03).

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Figura 03 – Circunferência no plano cartesiano

Podemos expandir para o sistema tridimensional, relacionando o uso do GPS como


meio de determinar as coordenas geográficas de um determinado lugar (latitude, longitude e a
elevação), que são determinadas a partir de um sistema ortogonal de coordenadas (x,y,z) com
origem O no centro da Terra, o eixo Oz positivo tem direção do Pólo Norte, Ox positivo
cortando o meridiano de Greenwich e o eixo Oy positivo cortando o meridiano de longitude
90º E (Figura 04).

Figura 04 – GPS e o sistema de ortogonal de coordenadas

A partir daí podemos determinar as coordenadas geográficas de um ponto P de


coordenadas cartesianas (x,y,z) aplicando a função trigonométrica seno temos:
y z
senϕ = , senθ = correspondendo a longitude e latitude,
x² + y ² x² + y ² + z ²
respectivamente. A diferença entre OP = d ( O , P ) = x ² + y ² + z ² e o raio da Terra é a chamada
elevação (ou altitude) do ponto P.
O ponto P pode representar a localização de uma pessoa ou um objeto na superfície
terrestre, esse ponto é determinado pelo GPS através da intersecção de quatro superfícies
esféricas imaginárias. Qualquer pessoa que precisa determinar as coordenadas geográficas de
ANAIS – XXXFCMat

697
um determinado local não precisará realizar todos estes cálculos já que temos a nossa
disposição tecnologia suficiente para isto,
isto, o próprio GPS como também sites em internet
fornecem estes dados, com isto queremos provar apenas que o teorema serve como base para
toda esta evolução.

CONCLUSÕES

Após análise dos resultados obtidos nas pesquisas, compreendemos que a Matemática
é bela
ela por nos conceder a resposta para muitos problemas das ciências e por estar em todas as
coisas e lugares, ou pelo simples fato de proporcionar vastos conhecimentos às pessoas que
são transmitidos de geração em geração.
Sua beleza também é mérito de vários
vários matemáticos que dedicaram toda sua vida a
descobertas que impulsionaram a nossa modernidade, sendo que viviam em uma época sem
tecnologia alguma, onde simplesmente o cérebro era seu principal instrumento.
Pitágoras foi um desses matemáticos que indiretamente
indiretamente impulsionaram grandes
avanços, que através de seu simples teorema que relaciona as medidas dos lados de um
triângulo retângulo obtemos a trigonometria importante para a navegação, astronomia,
agrimensura, que basicamente seria calcular distâncias inacessíveis,
inacessíveis, nos levando ao sistema de
coordenadas, no cálculo da distância entre dois pontos e consequentemente chegamos ao
GPS.
Observando as consequências do teorema de Pitágoras, toda sua matemática
envolvida, concluímos que ele é belo por quatro fatores:
fatores: a facilidade em compreender o que o
teorema diz; a simplicidade do teorema traduzida na equação a² = b² + c²; suas contribuições
para a evolução da geometria e por fim, a evolução da tecnologia, permitindo que o trabalho
das pessoas seja mais prático, preciso
pr e seguro.
Qualquer pessoa pode perceber e admirar a beleza em uma obra de arte ou música seja
ela, experiente ou não no assunto, basta ela querer. Nesta mesma linha de pensamento, a
beleza da matemática não precisa ser restrita aos matemáticos, basta que o ser humano
simplesmente esteja receptivo a isto.

REFERÊNCIAS

ALVES, S. A Matemática do GPS. Revista do professor de Matemática 59, SBM, 2006.


XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

BICUDO, F., O momento da Beleza. Cálculo, São Paulo, v.37, n. 4, p. 22-27,


27, fev. 2014.

PAIVA, Manoel. Matemática


temática:: Ensino Médio. 1ed. São Paulo: Moderna, 2004.

PINHO, C.; INAFUCO, J. K. Matemática.. 1. ed. Brasília: Edebe Brasil, 2013. p.312-313.
p.312

SAMPAIO, João Carlos Vieira. Pitágoras.. Disponível em:


<http://www.dm.ufscar.br/hp/hp0/hp0.html>. Acesso em: 13 maio. 2014.

STEWART, I. Dezessete equações que mudaram o mundo. In: STEWART, Ian. A índia da
hipopótama:: Teorema de Pitágoras. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.

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MATEMATICANDO: FINANCIAMENTO E SUAS VERDADES1

VAZ, Douglas Rufino2; CAVALHEIRO, Mateus da Silva3; SOUZA, Lucélia Oliveira de4.

RESUMO: A falta de conhecimento da população referente aos financiamentos foi um dos principais fatores
para a escolha do tema, em várias situações de nossas vidas, nos vemos reféns dos bancos, isso não é diferente
em nossa cidade, pois a maior parte das pessoas acaba se envolvendo nessas armadilhas, devido a grande
influência bancária histórica e a grande propaganda. Este trabalho tem por objetivo mostrar as pessoas de
maneira simples e de fácil compreensão como funciona “o famoso jogo bancário”. Para tanto foram realizadas
pesquisas em vários sites, para além de se informar, obter um conhecimento melhor referente ao assunto, foram
realizadas simulações bancárias e se obteve a comprovação de toda ilusão criada pelos bancos, em vários
momentos ouvimos pessoas de nosso convívio relatando sobre o prejuízo proporcionado pelo não conhecimento,
sobre o assunto. Os resultados apontaram que uma determinada parcela de nossa população não contém
conhecimento algum sobre isso, e os poucos que contém, não apresentam poder econômico suficiente para se
ausentar de sua ajuda, até mesmo nós, que já imaginávamos a taxa de lucro dos bancos, nos surpreendemos com
os determinados valores, pois a quantidade obtida pelos bancos, devido aos seus juros, além de absurdas é
imensa. Portanto concluímos que todo o material comprado em parcelas acaba se tornando bem mais caro do que
o material comprado à vista, e também devido à cultura brasileira de não manter o controle sobre seu dinheiro,
acaba os tornando vulnerável a teia bancária.

Palavras-chave: Bancos. População. Influência. Conhecimento.

INTRODUÇÃO

O tema referente a financiamento abrange uma área muito grande para discussões,
pois em nossa sociedade quem nunca necessitou do auxílio bancário, infelizmente nossas
condições econômicas não são das mais favoráveis para não precisar de sua ajuda. O trabalho
foi relacionado com o nosso dia a dia, pois o que nos levou a escolha do tema, foi o fato do
não conhecimento das pessoas, relacionado a sua estrutura principal, os juros, que é a
principal fonte de lucro dos bancos.
Para a realização do trabalho buscamos uma forma para podermos, encaixar as
matérias que mais se destacamos no nosso cotidiano escolar, além de matemática, a história
foi uma das matérias destacadas em nosso projeto. Iniciamos a apresentação com um breve
resumo sobre juros simples, pois para uma fácil interpretação do tema, necessitamos desse
conhecimento, em seguida entramos com o contexto histórico, que vem de muito tempo atrás,
e com isso iniciamos os assuntos referentes ao nosso tema, que gira em torno do
financiamento, destacamos o financiamento imobiliário, (Programa Minha Casa, Minha
Vida), e logo após o financiamento automotivo, e com isso buscamos o diálogo com o nosso
público, pois quem passou, ou conhece alguém que passou por uma determinada situação em
que se viu preso em meio às armadilhas bancárias.
O projeto é de suma importância, pois ele é destinado para todo o tipo de público, pois
o seu conhecimento é necessário em diversas áreas, idades, pois de um carro a uma simples
bala, os juros estão presentes. Fatores de nosso cotidiano.

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Professor Argeu Furtado – São Cristóvão do Sul.
2
Aluno Expositor, douglasrufinovaz@hotmail.com.
3
Aluno Expositor.
4
Professor Orientador, EEB Professor Argeu Furtado, lucelia_los@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

699
MATERIAL E MÉTODOS

No primeiro momento, buscamos um maior conhecimento relacionado ao assunto,


realizamos pesquisas em vários sites, pois a questão de juros altera de um determinado site
para outro, então buscamos haver uma concordância entre eles e chegar
chegar a nossas conclusões,
obtemos os principais dados através de programas e sites próprios para simulações de
financiamentos, encontrados principalmente na Internet.
Após obtermos os dados e o conhecimento necessário para debater sobre o tema,
começamos primeiro dentro de nossas casas, para ver como anda o conhecimento de nossos
familiares referente ao tema, após isso saímos de nossas casas e iniciamos uma pesquisa de
campo em nossa cidade, e o não conhecimento do assunto, nos levou a escolha de nosso tema.
tem
O projeto surgiu em uma conversa na sala com nossa orientadora, e acabamos
entrando no assunto relacionado a juros, e ai foi o marco principal para a introdução do tema
em nosso projeto, pois o interesse sobre o relacionado tema só aumentou.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados foram incríveis, pois até mesmo nós, que já imaginávamos a taxa de
lucro dos bancos, nos surpreendemos com os determinados valores, pois a quantidade obtida
pelos bancos, devido aos seus juros, além de absurdas é imensa. Para a aquisição de um carro,
mais da sua metade é juros, exatos 53,2%. Isso gerou vantajosas discussões durante a nossa
apresentação, pois buscávamos a todo o momento, a participação de nosso ouvinte, pois além
de passar nosso conhecimento do tema, adquirimos um um imenso aprendizado também. Fazendo
assim um intercâmbio de conhecimento, e nos deixando felizes a cada debate que acontecia
relacionado sobre nosso tema.
Os impostos sobre veículos no Brasil contêm juros extremamente elevados, pois pelo
simples fato do carro
arro ser importado, o IPI sobe mais 30 pontos percentuais, chegando á marca
de 53,2% do valor de fabricação do carro Fiat Uno 1.0 Fire. Segue tabela abaixo com melhor
entendimento do assunto.

30%

25% IPI Nacional


XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ICMS
20%
Cofins
15%
PIS
10% Revendedora

5% IPI Importado
IPVA
0%
Anuais

Não muito diferente, a grande maioria dos juros do financiamento imobiliário


representam 5% ao ano, a primeira vista não se torna uma margem muito grande de juros,

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MATEM
mais alguns fatores acabam prejudicando o financiador. Pois para o financiamento de uma
casa no valor de R$ 75.000, o individuo no final acaba gastando R$ 103.137,37. Segue abaixo
tabela explicativa.

120.000 Custo final


503 Parcela R$
100.000 Custo Financiado
Valor de Entrada
80.000
103.140,0
75.000,00 0
60.000

40.000

20.000
27.633
0
Programa Minha Casa Minha Vida Total a
pagar
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Além de obtermos o alcance de nossas expectativas, ultrapassamos o mesmo, pois


além de alunos, professores, pessoas de grande influência de nosso município e região, se
viram presos ao assunto, debatendo não apenas em nossa apresentação, mas sim fora dela, o
que gerou interesse sobre nosso tema em outras pessoas. Até mesmo em nossa apresentação
destacávamos que o intuito do nosso trabalho é, haver essa discussão dos apresentadores com
o ouvinte, e o que mais nos motivou, foi o fato de olhar para cada pessoa ali presente, e ver o
brilho nos olhos de cada um, em busca do conhecimento, em poucas palavras nos sentimos
como professores.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, por nunca ter nos abandonado nesta caminhada.
A professora Lucélia Oliveira de Souza nossa orientadora, agradecer a ela principalmente pela
sua orientação e opiniões, que foram de grande importância para a realização deste trabalho, e
dizer que se não fosse sua opinião esse trabalho, com esse tema não teria saído, pois o nosso
trabalho estava pronto com um determinado tema, e com sua ajuda, entramos em consenso e
iniciamos a realização do trabalho, que além de interessante foi extremamente vantajoso para
nosso conhecimento.
ANAIS – XXXFCMat

701
REFERÊNCIAS

Wikipédia, Porcentagem.
Porcentagem. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Porcentagem>.Acesso em: 09/07/14.
09/07/14
NOÉ, Marcos. Porcentagem. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com/matematica/porcentagem.htm>.
http://www.brasilescola.com/matematica/porcentagem.htm>. Acesso em: 09/07/14.
09/07/14
NOÉ, Marcos. Juros simples. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com/matematica/juros simples.htm>. Acesso em: 09/07/14.
<http://www.brasilescola.com/matematica/juros-simples.htm>. 09/07/14
ECONOMIA, Brasil Escola. Bancos. Disponível
em:<http://www.brasilescola.com/economia/bancos.htm>.
://www.brasilescola.com/economia/bancos.htm>. Acesso em: 11/07/14.
11/07/14

Creative Commons Atribuição-NãoComercial


Atribuição 4.0 Internacional, O monopólio bancário.
bancário
Disponível em: <http://www.umquedemarx.com.br/2014/02/o
http://www.umquedemarx.com.br/2014/02/o-monopolio
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11/07/14

FEIRÃO, Caixa. Financiamento: (Programa Minha Casa, Minha Vida). Disponível em:
<http://www.feiraodacaixa2013br.com.br/cadastro
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vida-2013>. Acesso
em: 08/07/14.

COHABRA. Cohabra (Minha Casa Minha Vida).. Disponível em:


<http://www.cohabra.com.br/>.
tp://www.cohabra.com.br/>. Acesso em: 08/07/14.
08/07/14

Terra. Tabela SACxPRICE. Disponível em: <http://www.terra.com.br/economia/juros-


<http://www.terra.com.br/economia/juros
bancos/sac-x-price.htm>.
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08/07/14

CAIXA. Simulador do programa minha casa minha vida. vida. Disponível em:
<http://www8.caixa.gov.br/siopiinternet/simulaOperacaoInternet.do?method=enquadrarProdu
caixa.gov.br/siopiinternet/simulaOperacaoInternet.do?method=enquadrarProdu
tos>. Acesso em: 08/07/14.

LIVRE, Mercado. Preço Fiat uno 1.0 fire.


fire Disponível em: <www.mercadolivre.com>.
www.mercadolivre.com>.
Acesso em: 12/07/14.

ECONOMIA, Dinheiro. Impostos automotivos . Disponível em:


<http://www.perguntaria.com.br/quais
<http://www.perguntaria.com.br/quais-os-impostos-de-automoveis-sao-pagos
pagos-
anualmente.aspx>. Acesso em: 12/08/14.
12/08/14
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

MAGMA, Rafaella. Impostos anuais automotivos. Disponível em:


<http://correiobraziliense.vrum.com.br/app/306,19/2012/01/01/interna_noticias,44381/e-
<http://correiobraziliense.vrum.com.br/app/306,19/2012/01/01/interna_noticias,44381/e
preciso-preparar-o-bolso-para--os-impostos-do-carro-no-inicio-do-ano.shtml>.
ano.shtml>. Acesso em:
12/07/14.

PRESTAÇÃO, Cálculo. Simulador de financiamento automotivo. Disponível em:


<http://www.simuladorfinanciamento.com/outros/calcular
<http://www.simuladorfinanciamento.com/outros/calcular-prestacao>.Acesso
>.Acesso em: 12/07/14.
12/07/14

MORENO, Thiago. Você sabe quanto paga de imposto dos carros. carros Disponível em:
<http://www.icarros.com.br/noticias/mercado/quanto
<http://www.icarros.com.br/noticias/mercado/quanto-de-imposto-voce-paga
paga-no-carro-
/14740.html>. Acesso em: 12/07/14.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
MATRIZES: DA TEORIA À PRÁTICA1

RODRIGUES, Caila Paola2; LEHMKUHL, Wesley Antônio3;


DA CUNHA, Carla Fernanda Raitz4.

RESUMO: O projeto foi desenvolvido por alunos do 2º ano da EEB Roberto Moritz de Ituporanga. No trabalho
foram desenvolvidas situações-problema envolvendo o estudo de matrizes e determinantes, através da
metodologia da modelagem matemática. Os conteúdos de matrizes podem ser utilizados em situações reais e
constituem-se em tabelas que designam com clareza certas situações, representando um grupo ordenado de
números que se apresentam em linhas e colunas. Estas ordenam e simplificam os problemas, contribuindo para
resolução de vários tipos de questões: Estatística, Física atômica, Engenharia, Administração, Economia, enfim,
na matemática pura e aplicada. As questões desenvolvidas foram feitas para fornecer conteúdo contextualizado e
interdisciplinar. Conclui-se que a metodologia da modelagem matemática, além de servir como motivação para
introduzir novas ideias propicia também, a compreensão e a interpretação de problemas reais.

Palavras-chave: Modelagem matemática. Matrizes. Situações-problemas.

INTRODUÇÃO

A Modelagem Matemática como uma metodologia de ensino, vem ao encontro da


nova visão de educação matemática que valoriza adquirir conhecimentos e desenvolvimento
de capacidades, atitudes e valores, relacionando a matemática com o mundo.

Segundo Bassenezi (2002), o uso da modelagem conduz ao ensino de conteúdos


matemáticos conectados a outras formas de conhecimento.

O tema abordado para o desenvolvimento dessa experiência foi a perda de peso em um


programa de dieta, com exercícios pré-estabelecidos, determinando as calorias que vão
queimar e a aplicação das matrizes na computação desde sua programação e definição das
imagens.
Segundo D’ Ambrósio (1998) devemos contemplar os alunos com problemas
significativos ao invés de situações artificiais e repetitivas. A matemática na Educação Básica
deve ter conexões com o meio social dos alunos.
Tendo em vista a qualidade de vida desses adolescentes, abordamos o conteúdo de
matrizes num programa que relacione atividades físicas e calorias que irão perder,
estimulando a atividade física entre os adolescentes. Pesquisas mostram que pessoas que
incluem atividades físicas no seu programa de emagrecimento têm menor chance de recuperar
o peso perdido.
Além de promover o controle de peso, a atividade física melhora sua força e
flexibilidade, diminui o risco de enfermidade cardíaca, ajuda a controlar a pressão sanguínea e
diabetes, podendo melhorar a sensação de bem-estar e diminuir o estresse.

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas.
Instituição: EEB Roberto Moritz – Ituporanga.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professor Orientador, EEB Roberto Moritz, carla_frc@yahoo.com.br.
ANAIS – XXXFCMat

703
MATERIAL E MÉTODOS

No presente trabalho
ho foram desenvolvidas situações problemas envolvendo o estudo
de matrizes e determinantes para alunos do Ensino Médio, através da metodologia da
Modelagem Matemática. Descrevemos aqui experiências de sala de aula.
Os educadores de Matemática encontram dificuldades
dificuldades em desenvolver conteúdos
matemáticos mostrando a aplicação dos mesmos para os alunos. Trabalhamos com este tema
durante todo o segundo bimestre deste ano letivo. Num primeiro momento, momento com aulas
tradicionais, onde foram apresentados conceitos básicos
bási de:
• Matrizes e determinantes;
• Definição e classificação de matrizes;
• Denominações especiais;
• Operações envolvendo matrizes: adição, subtração, multiplicação por um número
real, multiplicação de uma matriz real por outra;
• Determinantes de matrizes: ordem 1, 2, 3 pelo Teorema de Laplace e Regra de
Sarrus;
As aplicações, neste caso, ficaram por conta das atividades trazidas no livro didático
(no nosso caso, Dante), onde encontramos vários exemplos de dietas, deste a alimentação até
os valores finais quando
ando realizado todas as tarefas estabelecidas pela dieta.
E, num segundo momento, utilizando as habilidades que eles têm com a computação:
• Números binários;
• Noções básicas de informática e projeção de imagens;
• Atividades de problemática;
Foi a parte mais interessante do trabalho porque foram empregados muitos conceitos
matemáticos paralelos aos conceitos de computação, que na maioria das vezes, mudam apenas
de nomenclatura, mas constroem o mesmo entendimento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Situação Problema 1:
Fernando é um aluno que pesa 73 Kg. Ele quer perder peso por meio de um programa de dieta
e de exercícios. Após consultar a tabela 1, montou os exercícios na tabela 2. Quantas calorias
ele vai queimar por dia se seguir o programa?
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Tabela 1-
1 Calorias queimadas por hora
Andar de
Caminhar a 3 Correr a 9
Peso bicicleta a 9 Jogar Futebol
km/h km/h
km/h
69 213 651 304 420
73 225 688 321 441
77 237 726 338 468
81 249 764 356 492

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Suponhamos um acompanhamento deste aluno através de um programa de exercícios
ao longo da semana.

Tabela 2- Horas por dia para cada atividade.


Andar de
Caminhar Correr Jogar Futebol
Bicicleta
segunda-feira 1,0 0,0 1,0 0,0
terça-feira 0,0 0,0 0,0 2,0
quarta-feira 0,4 0,5 0,0 0,0
quinta-feira 0,0 0,0 0,5 2,0
sexta-feira 0,4 0,5 0,0 0,0

Após este levantamento vamos cruzar informações:


As informações do aluno Fernando estão localizadas na tabela 1, segunda linha.
Essa informação de uma matriz A 5 x 4. Então, por meio dessa informação podemos dizer
quantas calorias Fernando vai queimar após cada dia de exercício físico, simplesmente

1,0 0,0 1,0 0,0


calculando A. X:
225
‫ۇ‬0,0 0,0 0,0 2,0‫ ۊ‬688
‫ۈ‬0,4 0,5 0,0 0,0‫ۋ‬. ൮321൲
0,0 0,0 0,5 2,0
441
‫ۉ‬0,4 0,5 0,0 0,0‫ی‬

Se formamos o produto AX, a primeira linha de A.X vai representar as calorias que ele vai
queimar na segunda-feira:
1,0 . 225 + 0,0 . 688 + 1,0 . 321 + 0,0 . 441 = 546
O produto da segunda linha de A.X representam as calorias para terça-feira:
0,0 . 225 + 0,0 . 688 + 0,0 . 321 + 2,0 . 441 = 882
O produto da terceira linha de A.X representam as calorias para quarta-feira:
0,4 . 225 + 0,5 . 688 + 0,0 . 321 + 0,0 . 441 = 434
O produto da quarta linha de A.X representam as calorias para quinta-feira:
0,0 . 225 + 0,0 . 688 + 0,5 . 321 + 2,0 . 441 = 1024,5
O produto da quinta linha de A.X representam as calorias para sexta-feira:
0,4 . 225 + 0,5 . 688 + 0,0 . 321 + 0,0 . 441 = 434
A matriz A é de ordem 5 x 4, e a matriz X é de ordem 4 x 1 e a matriz – produto A.X é de
ordem 5 x 1. Podemos, então perceber que a multiplicação de duas matrizes somente é

‫ܣ‬௠ . ௡ . ‫ܺܣ‬௡ . ௣ = ‫ܺܣ‬௠ . ௣


possível se o número de colunas da primeira for o mesmo que o número de linhas da segunda.

546
‫ ۇ‬882 ‫ۊ‬
A . X =‫ ۈ‬434 ‫ۋ‬
1042,5
‫ ۉ‬434 ‫ی‬
ANAIS – XXXFCMat

705
Logo, Fernando vai queimar 546 calorias na segunda-feira,
segunda feira, 882 calorias na terça-feira,
terça
434 calorias na quarta-feira,
feira, 1024,5
1 calorias na quinta-feira
feira e 434 calorias na sexta-feira
sexta com
este programa de dieta e exercícios.

RESOLUÇÃO E TAMANHO DE PIXEL

Toda imagem pode ser representada por um conjunto de elementos, denominados


“pixels”, dispostos em uma matriz formada por linhas e colunas. Que cada pixel tem uma cor
homogênea que pode ser inconfundivelmente identificada por um número e que, conhecido
este número, a cor pode ser reproduzida fielmente na tela de um computador.
computador.
Mas este critério (número de cores) é apenas um dos fatores que influem no realismo
da imagem. Há outros, como qualidade do monitor de vídeo, número de vezes que a imagem
da tela é renovada em cada segundo (monitores de má qualidade em que este número é
pequeno produzem imagens “tremidas”) e outros como a “definição” da imagem. Que
depende do número de pontos (ou pixels) em que é dividida: para um dado tamanho do
monitor, quanto maior este número de pixels melhor será a definição
definição da imagem.
Considerando que o pixel é um minúsculo ponto circular em sua tela, certamente
descobrirá que seu diâmetro não deverá ser menor que um quinto de milímetro (0,2 mm) e
dificilmente será maior que um terço de milímetro (0,33mm). Porque estes são os valores que
lhe permitem apreciar a imagem confortavelmente em um nível de detalhes aceitável nos
monitores usuais dos computadores modernos de mesa, ou “desktops”,
“ ”, não aos pequenos “net

books”,”, tabletes, telefones espertos e similares.
Por padrão, monitores são medidos em polegadas (uma polegada vale 25,4 mm). E,
para facilitar, a medida foi reduzida a uma única grandeza: a diagonal da tela. O que fazia
todo sentido há alguns anos, quando as proporções da tela eram padronizadas em 4:3 (ou seja,
a altura era sempre igual a 3/4 da largura). Hoje, com o formato “tela larga” (“widescreen”)
(“ e,
pior, sem uma proporção fixa (embora a maioria delas obedeçam à relação 16:10), o uso
apenas da diagonal causa uma certa confusão. Não obstante, o padrão não mudou e monitores
ainda são avaliados pelo comprimento de sua diagonal expresso em polegadas.
Para se perceber uma imagem com uma qualidade aceitável, o tamanho do pixel deve
ser proporcional às dimensões da tela. O que leva a uma conclusão interessante: como, para p
cada área de tela, o tamanho do pixel em uma dada resolução é proporcional a esta resolução,
cada tamanho de monitor tem sua “resolução ideal”, ou seja, aquela que permite apreciar as
imagens (e os caracteres, e os ícones, em suma, tudo o que é exibido na tela) com o nível de
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

conforto ideal.
Por exemplo: um monitor de 17” formato tela larga (relação 16:10) recomenda operar
com uma resolução de 1440 x 900 pixels (1.269 milhões de pixels). Nela, o diâmetro de cada
pixel será de 0,255 mm, o que permite uma um visão confortável.
Já mantendo o mesmo formato 16:10 e trabalhando com um monitor de 24” você
disporá do dobro de área de tela, e a resolução recomendada para trabalhar confortavelmente
será de 1920×1200 pixels.
Conclui-se que mantendo o número de cores no no máximo, quanto maior a resolução,
melhor a qualidade da imagem – desde que não se esqueça de levar em conta o tamanho da
tela. Se estiver trabalhando com um monitor de tela pequena, uma resolução demasiadamente

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
grande atrapalhará em vez de ajudar já que o reduzido tamanho dos pixels fará com que os
objetos nela exibidos fiquem pequenos para serem apreciados com conforto.

CONCLUSÕES

Abordar estas situações-problema nas aulas de matemática possibilita conhecimento


matemático significativo, pois o aluno fará parte do levantamento de dados para o
desenvolvimento da aplicação viabilizando um maior interesse, entusiasmo e motivação pelas
aulas e observando que a matemática está presente no cotidiano.
Os conteúdos possuem diferentes aplicabilidades, como forma de contribuir para a
formação integral do aluno para a vida e para o trabalho.
Conclui-se que, esta metodologia nas aulas de matemática serve como motivação para
introduzir novas ideias e propicia a compreensão e interpretação de um problema real onde o
aluno está inserido e faz parte deste processo como cidadão.
Desta forma, o ensino da matemática cumpre sua função de contribuir na formação do
indivíduo, tratando de assuntos do dia-a-dia, visando mostrar, conhecer e alertar.

REFERÊNCIAS

BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com Modelagem Matemática: uma nova


estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.

SOUZA, A. F. de. RAFFA, I. SOUZA, S. S.F. de. MATEMÁTICA PRIMEIROS PASSOS.


Ed. Giracor São Paulo, 2008.

DANTE, L. R., Matemática: Contexto e Aplicações. Ed. Ática, São Paulo, 2011.

SÓ MATEMÁTICA. Disponível em: http://www.somatematica.com.br.


ANAIS – XXXFCMat

707
MODA À MATEMÁTICA1

VICENTE, Camila2; SCHNEIDER, Araceli Gonçalves3.

RESUMO: Esta pesquisa surgiu do interesse em buscar a matemática das figuras geométricas que estavam
presentes nas estampas de coleções. Foram feitos diversos estudos, integrando as disciplinas de Matemática,
Desenho e Modelagem. Inicialmente, fez-se
fez uma pesquisa bibliográfica e coleta de material. Percebeu-se
Percebeu que
esta pesquisa é singular, pois pouco se encontrou a respeito deste olhar da moda por um viés matemático. De
posse destas informações, elaboraram-se
elaboraram se diversas atividades, buscando o envolvimento do maior número nú
possível de alunas da turma Vestuário 2013. Até o presente momento, foram utilizados os seguintes conteúdos
matemáticos: equação da reta dados dois pontos; posição relativa de duas retas no plano; função de primeiro
grau; sistemas lineares; determinantes;
tes; equação da circunferência; matemática financeira e estatística. Por fim,
recriou-se
se o vestido de Yves em novos desenhos de moda, tendo como inspiração o quadro de Piet Mondrian e
fazemos uma réplica do vestido original.

Palavras-chave: Matemática. Moda. Estampas. Integração.

INTRODUÇÃO

A matemática é uma disciplina que, na maioria das vezes, não é a preferida das alunas
que escolhem o curso Técnico em Vestuário no Instituto Federal Catarinense, Campus
Ibirama. Acredito que uma das causas desse não não gostar seja o fato de algumas alunas não
perceberem a utilização dos conteúdos matemáticos no campo da Moda. Frente ao exposto,
decidiu-se
se elaborar um projeto de pesquisa que buscasse mostrar como a matemática está
presente em diversos contextos relacionados
relacion a Moda.
Optou-se
se por pesquisar sobre três coleções que utilizaram estampas com elementos
geométricos: uma de Yves Saint Laurent, outra da Prada e outra da Colcci. Abaixo um
resumo sobre as mesmas.
A Yves Saint Laurent foi fundada pelo argelino Yves na década de 50 e realizou uma
performance revolucionária a partir de então, graças a parceria do estilista com Pierre Bergé.A
grife passou a ditar tendências e focava a praticidade sem abrir mão da sofisticação. Uma de
suas surpreendentes criações foi o vestido tubinho inspirado na pintura de Piet Mondrian,
marcada por cores puras e linhas verticais e horizontais. O ar de simplicidade e ordem
aplicado conceitualmente por YSL em sua criação transformou essa peça em um emblemático
emblemá
ícone da moda. Em 2002, despediu-se
despediu se das passarelas produzindo uma gloriosa retrospectiva
dos 40 anos de carreira.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Miuccia Prada herdou a posse da Maison de Mario Prada na década de 80, e iniciou
sua posse inspirando-sese em estilistas como Chanel e Saintt Laurent, além da moda vintage.
Prada virou sinônimo de luxo e status e não ditava simplesmente tendências, mas sim
“conceitos” de moda, visando atrair mulheres ousadas e inteligentes. A coleção geométrica
lançada pela grife explorou as estampas e aplicações
aplicações em formatos geométricos, assim como as
silhuetas retas em suas composições. O foco foram os conjuntinhos estampados que incluíam
características típicas da indumentária masculina e pela inovação conquistaram o público.

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
relação com outras Disciplinas;
Instituição: IFC Campus Ibirama – Ibirama.
2
Aluno Expositor, camilavicente@gmail.com.
camilavicente@gmail.com
3
Professora Orientadora, IFC - Campus
mpus Ibirama, araceli.goncalves@ibirama.ifc.edu.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Recebeu inúmeros prêmios graças a sua carreira gloriosa e hoje dita para os quatro cantos do
mundo o que realmente migra dos holofotes das passarelas para as ruas da vida real.
A marca catarinense Colcci, nasceu por volta dos anos 80graças a estilista Lila Colzani
e hoje é um dos maiores nomes da moda nacional. Depois de uma longa jornada marcada por
inúmeras reformulações, começou a ganhar espaço e credibilidade para crescer no mundo da
moda. Vendo a precariedade da moda destinada ao público jovem, alterou seu foco de venda
para tal e se tornou símbolo do mesmo. Atualmente, é conhecida pelos trabalhos em jeans,
principalmente no estilo streetwear tendo seus produtos presentes em mais de 31 países por
todo o mundo.
Depois desta pesquisa teórica, iniciou-se o tratamento das informações coletadas,
elaborando situações-problema que envolvessem os conteúdos matemáticos vistos em sala de
aula e tais estampas.
Percebe-se que a Matemática está muito presente, e que a partir destas coleções,
podemos envolver conteúdos tais como geometria, determinantes, sistemas lineares,
estatística, matemática financeira, entre outros.

MATERIAL E MÉTODOS

Com as informações coletadas na pesquisa bibliográfica, elaborou-se algumas


situações-problema:

1- As clássicas estampas de listras (navy) assim como os demais prints geométricos que
apresentam formas continuas e organizadas como as listras tem sido tendência nas últimas
estações e podemos observar que a peça Prada esbanja delas. Aparentemente as retas R1 e R2
marcadas no plano cartesiano são paralelas. Mas como poderia provar matematicamente?
Considere que R1 cruze os pontos A (18,7;9.5) e B (20,2;10,5) enquanto R2 passa pelos
pontos (18,6;8,4) e (21, 10)e calcule.

Calculando R1: 9 ⋅ 5 x + 20,2 y + 196,35 − 18,7 y − 10,5 x − 191,9 = 0


Ponto A: (18,7;9,5)Ponto B: (20,2;10,5) − x + 1,5 y + 4,45 = 0
1,5 y = x − 4,45
X Y 1 X Y
x − 4,45
18,7 9.5 1 18,7 9.5 y=
1,5
20,2 10,5 1 20,2 10,5 y = 0,7 x − 2,97
m1 = 0,7

Calculando R2:
Ponto C: (18,6;8,4) Ponto B: (21, 10)
ANAIS – XXXFCMat

709
8,4 x + 21 y + 186 = 18,6 − 10 x − 176,4
− 1,6 x + 2,4 y + 9,6 X Y 1 X Y
2,4 y = 1,6 x − 9,6 8,6 8,6 1 18,6 8,6
1,6 x − 9,6 21 10 1 21 10
y=
2,4
y = 0,7 x − 4
m2 = 0,7

Constatamos que m1 = m2, ou seja, as retas obrigatoriamente são paralelas.

2 - A coleção “Geometric Garden” byColcci abusa da estampa de poá, organizada em


padrões de cores harmoniosas. Devido ao tamanho pequeno dos círculos presentes na
estampa, podemos observar desde enormes até mínimas distâncias entre eles. Dadas
Dada as
circunferências no plano cartesiano, calcule:

a) A distância entre a circunferência C1 (4;6,5) e C2 (10,14).


d (C1, C 2) = (a 2 − a1 ) 2 + (b2 − b1 ) 2 → d (C1, C 2) = (10 − 4) 2 + (14 − 6,5) 2
d (C1, C 2) = 6 2 + 7.5 2 → d (C1, C 2) = 36 + 56,25 → d (C1, C 2) = 92,25 → d (C1, C 2) ≅ 9,6cm
b) Agora, calcule o valor do raio da circunferência C1 dado o ponto P (3,8;6,7).:
d (C , P) = ( x − a ) 2 + ( y − b) 2 → R = ( x − a ) 2 + ( y − b) 2 → R = (3,8 − 4) 2 + (6,7 − 6,5) 2
R = (−0,2) 2 + 0,2 2 → R = 0,04 + 0,04 → R = 0,08 → R ≅ 0,3

3 - Assim como no ramo da moda, onde grandes grifes disputam pelo mercado consumidor,
no mundo das retas você também pode encontrar inúmeras concorrentes, porém nesta
situação, ter uma concorrente significa apenas que as determinadas retas se cruzam em algum
momento.. Comprove que a reta R3, a qual passa pelos pontos E (20,7;8,1) e F (21,9;7,1) é
concorrente a R1 do exercício anterior e descubra se ao mesmo tempo elas são
perpendiculares ou não.

Calculando R3: Ponto E (20,7; 8,1) Ponto F (21,9; 7,1)


8,1x + 21,9 y + 146,97 − 20,7 y − 7,1x − 177,39 = 0
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

x + 1,2 y − 30,42 = 0
X Y 1 x Y 1,2 y = − x + 30,42
20,7 8,1 1 20,7 8,1
− x + 30,42
21,9 7,1 1 21,9 7,1 y=
1,2
y = −0,83x + 25,35
m3 = −0,83
m1 ≠ m3, ou seja, R1 e R3 são
ão concorrentes! Calculando perpendicularidade:
−1 −1
m1 = → 0,7 = → 0,7 ≠ 1,2 ou seja, R1 e R3 não são perpendiculares!
m3 − 0,83

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
4 - Depois de aberta uma confecção, contratou-se um administrador que prometeu na
entrevista de emprego, aumentar em 2% o lucro mensal da confecção. Sabendo que neste mês,
o lucro foi de R$5 000,00, em quanto tempo, trabalhando nesta perspectiva, teremos um lucro
dobrado?
10000
M = C . (1+i)t 10 000= 5000 . (1+0,02)t = 1,02 t
5000
2 = 1,02t log 2= log 1,02t 0,301= t. log 1,02t
0,301
=t
0,301= t. 0,0086 0,0086 t= 35 meses

5 - Para customizar três camisetas, dispomos de botões, taxas e pérolas. Sabendo que não há
variação de preço entre o mesmo produto, foram utilizados para a primeira camiseta 3 botões,
10 taxas e 8 pérolas; para a segunda 5 botões, 4 taxas e 2 pérolas e para a terceira 1 botão, 12
taxas e 4 pérolas. O custo com o material para a customização de cada uma das camisetas foi
respectivamente, R$7,90, R$5,00 e R$7,90. Determine o valor de cada produto utilizado.

Utilizando b para botões, t para taxas e p para pérolas, podemos representar a situação acima
descrita da seguinte forma:
3b + 10t + 8 p = 7,9

5b + 4t + 2 p = 5
b + 12t + 4 p = 7,9

Resolvendo esse sistema pelo método da substituição, temos:
b= 7,9 – 12t – 4p
Substituindo nas outras duas equações:
3(7,9 − 12t − 4 p) + 10t + 8 p = 7,9 23,7 − 36t − 12 p + 10t + 8 p = 7,9
 →
5(7,9 − 12t − 4 p ) + 4t + 2 p = 5 39,5 − 60t − 20 p + 4t + 2 p = 5
− 26t − 4 p = −15,8 (−26t − 4 p = −15,8).9 − 234t − 36 p = −142,2
 → →
− 56t − 18 p = 34,5 (−56t − 18 p = 34,5). − 2 112t + 36 p = 69
− 73,2
− 122t = −73,2 → t = → t = 0,6
− 122
Substituindo, temos:
− 26.0,6 − 4 p = −15,8 → −15,6 − 4 p = −15,8 → −4 p = −15,8 + 15,6
− 0,2
−´4 p = −0,2 → p = → p = 0,05
−4
b = 7,9 − 12.0,6 − 4.0,05
b = 0,5
Assim, podemos dizer que o botão custa R$0,50, a pérola R$0,05 e a taxa R$0,60.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Até o presente momento, nossa maior descoberta foi que há muito pouco no âmbito
acadêmico sobre uma prática integrada envolvendo moda e matemática. Logo, a ideia de
ANAIS – XXXFCMat

711
buscar elementos que possam convergir estes dois universos nos parece interessante e
desafiadora. Nesses quatro meses de pesquisa, coletou-se
coletou se um rico material que ainda pode
po ser
muito explorado. Há vários elementos na estampa, que nos permitiram a criação de algumas
situações-problema
problema que consideramos interessantes, pois abordam ao mesmo tempo os
conteúdos matemáticos a serem estudados e um tema que é de interesse da maioria
maiori das alunas
do curso de Vestuário.
Sendo assim, pode-sese relatar que esta pesquisa configura-se
configura se como uma prática que
vem se destacando no Campus, e chamando a atenção das demais colegas da sala, por
apresentar a matemática de uma forma diferente da habitual.
habitua

CONCLUSÕES

Inicialmente, cabe ressaltar que este projeto de pesquisa ainda está no início. A cada
nova pesquisa, percebesse mais e mais possibilidades tanto de aplicação da Matemática em
elementos estudados no curso de vestuário, quando na própria integração entre as disciplinas.
A prática da pesquisa mostrou-se
mostrou se uma excelente ferramenta para a motivação para o
gosto, não só pela matemática, mais por querer saber mais.
Até o momento, pode-se
pode se dizer que não houveram grandes dificuldades nem na
pesquisa
sa bibliográfica, nem na elaboração das questões. Porém, pode-se
pode se constatar que há
pouco material quando se busca por pesquisas que relacionaram esses dois temas: moda e
matemática. Daí a importância de se incentivar mais pessoas a pesquisarem e buscarem
mostrar
strar que esta integração não só é possível, mas que também pode ser algo muito agradável
e prazeroso.

REFERÊNCIAS

BIO.Yves Saint Laurent Biography.Disponível


Biography.Disponível em:
<http://www.thebiographychannel.co.uk/biographies/yves
<http://www.thebiographychannel.co.uk/biographies/yves-saint-laurent.html?>.
laurent.html?>. Acesso em:
20 maio 2014.

FELITTI, Chico. Estilista que criou a Colcci ao acaso volta ao mercado com marca infantil.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/serafina/2014/03/1431276-
<http://www1.folha.uol.com.br/serafina/2014/03/1431276-estilista-que-criou-
a-colcci-ao-acaso-volta-ao-mercado
mercado-com-marca-infantil.shtml>. Acesso em: 10 jun. 2014.

KALIL, Glória. AMC Têxtil reformula a Colcci, principal marca do grupo catarinense, e
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

promete mudanças na passarela do SPFW. Disponível em:


<<http://chic.ig.com.br/moda/noticia/amc
http://chic.ig.com.br/moda/noticia/amc-textil-reformula-a-colcci-principal
principal-marca-do-
grupo-catarinense-e-promete-mudancas
mudancas-na-passarela-do-spfw>.
spfw>. Acesso em: 10 jun. 2014.

MODA, Portais da. Biografia De Miuccia Prada. Disponível em:


<http://www.portaisdamoda.com.br/glossario
.com.br/glossario-moda~biografia+de+miuccia+prada.htm>.
moda~biografia+de+miuccia+prada.htm>.
Acesso em: 19 maio 2014.

SUISSO, André. SPFW: Colcci apresenta "Geometric Garden" no Verão 2014. Disponível
em: <<http://www.puretrend.com.br/secao/fresquinhas_r11/spfw-colcci-apresenta
<<http://www.puretrend.com.br/secao/fresquinhas_r11/spfw apresenta-geometric-
garden-no-verao-2014_a10278/1>.
2014_a10278/1>. Acesso em: 10 jun. 2014.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
NÚMEROS E AS EMBALAGENS1

MALTAURO, Vinicius Luis2; SCHIOCHET, Lucas Risso3; COSTA, Ivonei Luiz da4.

RESUMO: O respectivo trabalho tem como principal objetivo informar e alertar as pessoas quanto ao consumo
de produtos industrializados, enfocando no consumo de açúcares e gorduras. Sabe-se que uma alimentação
errada compromete o funcionamento do organismo, inclusive causando inúmeras doenças crônicas. Para a
elaboração deste trabalho, foi realizada coleta dados referente ao consumo de industrializados com os alunos do
ensino regular da Escola de Educação Básica Teixeira de Freitas, visando observar e analisar a freqüência com
que esses alimentos são consumidos, tanto em ambiente familiar como na sociedade. Para a triagem desses dados
e relacionarmos a quantidade de açúcares e gorduras presentes nas embalagens dos produtos, foram utilizados
conceitos simples de matemática, como a Regra de Três Simples e a porcentagem. Serão apresentadas palestras
nas escolas municipais de Alto Bela Vista para levar a pesquisa aos alunos de todas as idades e através de
panfletos informativos para divulgar o projeto aos familiares dos alunos. A realização desta pesquisa foi de suma
importância para que os alunos e docentes percebam a importância de manter uma alimentação equilibrada,
visando evitar o consumo de açúcar e gordura em excesso.

Palavras-chave: Industrializados. Quantidades. Alimentação Saudável.

INTRODUÇÃO

Há muito tempo, os cientistas descobriram as substâncias essenciais dos alimentos


(vitaminas e minerais), que curavam doenças nutricionais comuns e mantinham boa saúde.
Eles descobriram que, se o corpo não recebesse os nutrientes adequados, seu funcionamento
poderia ficar prejudicado.
No Brasil, a proporção de crianças e adolescentes com excesso de peso cresceu de
aproximadamente 4,1% para 13,9% (CAVALCANTI, et al. 2010).

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) ela é considerada um problema de


saúde pública pelo fato de sua alta incidência na população. Dos seis bilhões de
habitantes do planeta 23,4% estão com excesso de peso. No Brasil, calcula-se que
40% da população estejam acima do peso normal. Scarsi (2010, 1-73).

Alimentar-se de forma saudável é comer bem e de forma equilibrada, para que os


adultos de amanhã também sejam saudáveis.
A alimentação saudável é considerada uma dieta composta de proteínas, carboidratos,
gorduras, fibras, cálcio e outros minerais e vitaminas. A dieta variada, possui todos os tipos de
alimentos, mas, sem abusos.

Segundo (CARVALHO, Aurelânia; SILVA, Luana, 2011, p,06) “O aparecimento


das indústrias alimentares foi possível graças à Revolução Industrial, que teve
origem na Inglaterra em meados do século XVIII, expandindo-se para o mundo a
partir do século XIX. Foi nesse contexto que a agricultura passou por um processo
de transformação e em poucas décadas houve uma ampliação no mercado
agroalimentar (HERNÁNDEZ, 2005). Segundo Botelho (2006), essas
transformações trouxeram a mudança na alimentação contemporânea, visto que a

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Teixeira de Freitas – Alto Bela Vista.
2
Aluno Expositor, vinimaltauro100@hotmail.com.
3
Aluno Expositor, lucass.risso@gmail.com.
4
Professor Orientador, EEB Teixeira de Freitas, ivoneilcosta@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

713
migração do homem rural para a cidade gerou uma diminuição no consumo de grãos
integrais e consequentemente uma maior oferta de alimentos industrializados.”
industrializados.

Ainda, segundo a OMS, outro indicador que preocupa é o consumo excessivo de


gordura saturada: 31,5% da população não dispensam a carne gordurosa e mais da metade
(53,8%) consome leite integral regularmente. Os refrigerantes também têm consumidores fiéis
– 26% dos brasileiros tomam esse
esse tipo de bebida ao menos cinco vezes por semana.
Analisando nos dias de hoje o consumo excessivo dos produtos industrializados na
sociedade moderna, muitas vezes causado pelo Marketing e a agilidade no preparo e na
ingestão dos mesmos, pode desencadear uma série de doenças crônicas como a diabetes,
hipertensão, colesterol elevado, obesidade, gastrite, perda da massa muscular, descalcificação
óssea e problemas na arcada dentária.
A diabete é causada pela produção insuficiente de insulina, levando a aumentar a taxa
de glicose no sangue. A hipertensão ocorre quando o nível da pressão arterial é elevado,
tomando como referência o nível padrão da sociedade, que acarreta síndrome metabólica. O
colesterol é proveniente da ingestão de alimentos de origem animal e industrial que possuem
gorduras trans. A obesidade é causada pelo acúmulo de gordura corporal, devido a uma
alimentação desequilibrada. Gastrite é a inflamação da mucosa do estômago, causada
principalmente pela má alimentação e descalcificação óssea.

“[...] O crescente desenvolvimento da tecnologia e a intensificação do comércio, são


fatores que veem contribuindo decisivamente para as mudanças dos padrões
alimentares e nutricionais da população brasileira. Percebe-se
Percebe cada vez mais a
presença marcante dos alimentos industrializados nas dietas adotadas no País [...]”
Silva (2000, p. 1-45).
1

De acordo com SILVA (2000), devido sua praticidade, ocasionada pela falta de tempo
no dia a dia, as pessoas optam pelo consumo de produtos industrializados. Observando o
elevado crescimento do consumo de alimentos industrializados no mundo, sente-se necessário
a elaboração de programas para incentivar, informar e conscientizar os alunos sobre educação
alimentar, para que estes não venham a desenvolver sérias doenças, devido ao consumo
excessivo de alimentos industrializados.

“Gordura saturada é o tipo de gordura encontrada em alimentos de origem animal,


como carnes e aves, e em laticínios integrais, como manteiga e leite. Óleos de
cozinha, como o do coco, também são fontes de gordura saturada, que é o principal
fator alimentar associado à doença cardiovascular. Já a gordura abundante em
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

muitos vegetais é monoinsaturada, saudável para o coração.”( Reader’s Digest,


2005)

Para isso foi desenvolvido este projeto com o intuito de mostrar para todos os alunos
da Escola de Educação Básica Teixeira de Freitas e a comunidade, a composição nutricional
de alguns dos alimentos que nossas crianças e adolescentes mais consomem permissivamente
por seus pais que em grande
rande maioria não têm conhecimentos suficientes para orientá-los,
orientá
trazendo assim, uma melhor qualidade de vida no amanhã. Projeto desenvolvido focando
principalmente na quantidade de açúcares e gorduras presentes em alguns alimentos, dessa
forma passando uma nova visão para que possam analisar e reverem os seus conceitos diante
dessa alimentação descontrolada.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE
CATARIN DE MATEMÁTICA
MATERIAL E MÉTODOS

Opta-se pelo desenvolvimento deste trabalho, pois o novo cenário mundial voltado
para a alimentação saudável está muito precário, precisa-se que sejam desenvolvidos novos
métodos visando diminuir o consumo destes industrializados, para que desse modo as pessoas
comecem a se preocupar mais com a alimentação e a qualidade de vida. O método utilizado
para a elaboração do trabalho foi a análise dos rótulos dos produtos costumeiramente
consumidos por alunos, enfocando em uma análise quantitativa da presença, principalmente,
do açúcar e da gordura, encontradas nas embalagens desses produtos e relacionando-os com
algumas doenças que podem desencadear.
Utilizando-se de conceitos matemáticos, como grandezas proporcionais, porcentagens,
regra de três simples, transformações de unidades de massa, frações e números decimais,
funções crescentes e decrescentes, progressões aritméticas e progressões geométricas, e
analisando os rótulos, relacionamos a quantidade de açúcar e gordura distribuídos em porções
de cada produto para uma dieta diária mínima e proporcionalmente em quantidades maiores,
com o consumo diário, mensal, etc. de alguns produtos.
Divulgamos esse projeto nas escolas municipais de Alto Bela Vista, visando mostrar
aos adolescentes os males que pode causar, expandindo este trabalho aos alunos de todas as
idades, e também confeccionamos panfletos informativos para que os familiares dos alunos
tenham conhecimento deste projeto.
Projeto este desenvolvido principalmente com os dados fornecidos por um
questionário elaborado e aplicado a todos as turmas do ensino fundamental final e do ensino
médio da escola.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O questionário foi elaborado com o objetivo de analisar a frequência com que esses
produtos são consumidos pelos alunos do ensino regular da Escola de Educação Básica
Teixeira de Freitas. A pesquisa foi realizada com 125 alunos matriculados na escola.
O intuito do questionário foi observar a quantidade de alunos que tem ciência das
consequências que o consumo excessivo desses produtos pode causar, e os que, mesmo
sabendo dos males causados pelo consumo excessivo ainda manteriam o consumo.
ANAIS – XXXFCMat

715
Das análises obtidas, percebe-se
percebe se que a maior parte dos alunos entrevistados conhecem
os malefícios causados pelo consumo excessivo de produtos industrializados e evitam o
consumo dos mesmos.

CONCLUSÕES

Com a realização deste trabalho, conseguimos atingir nossos objetivos de informar e


alertar a nossos colegas e a comunidade dos riscos de se manter uma alimentação baseada em
alimentos industrializados. Percebemos a falta de informações das pessoas quando se trata do
assunto saúde, e sua despreocupação com a mesma, e a falta de conhecimento e capacidade de
poder interpretar as informações contidas em letras minúsculas nos rótulos
rótulos das embalagens de
alguns produtos industrializados e principalmente a relação da quantidade total desses
componentes em relação ao todo, desse modo se as informações nos rótulos fossem mais
esclarecedoras e informativas, a consciência das pessoas também mudaria em relação ao
consumo de alguns produtos.
Com isso, não queremos difamar ou prejudicar algumas marcas que optamos por
mostrar, mas temos a certeza que ampliamos os nossos conhecimentos matemáticos,
conhecimentos estes presentes em tudo o que somos e que tanto faz falta em nossa vida diária.
E, finalmente, temos a certeza de que o conhecimento construído a respeito de uma
alimentação saudável poderá contribuir com nossa qualidade de vida.

REFERÊNCIAS

SILVA, M.V. da. Consumo de Alimentos, programas de suplementação e estado nutricional


escolares. In: SILVA, M.V. da (org)., PIPITONE, MAP STURION, G.L, PHILIPPI, S.T.
Curso de atualização em alimentação e nutrição para professores da rede pública de
ensino. Piracicaba: ESALQ-Departamento
Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição/FAPESP.
Cap.1,2000.p.1-45.

VIEIRA, V.C.R.; PRIORE, S.E.; SABRY, M.O.F.; FERREIRA, A.L.R.; SAMPAIO,H.A.C.;


SILVA, M.G.C. da. Hábitos alimentares e consumo de lanches. Nutrição em Pauta. São
Paulo. V.9, n.46, p.14-20, jan--fev. 2001.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

SCARSI, Karine. Estado nutricional e consumo alimentar de um grupo de adolescentes


(SC) 2010. Trabalho
de uma escola pública e uma privada do município de Forquilhinha (SC).
de Conclusão de Curso (Bacharelado em Nutrição) – Universidade do Extremo Sul
Catarinense (UNESC).

PORTO, Alda; ALVA, Rodrigo; VENTURA, Rafaela,,P.G. A cura pela comida. Rio de
Janeiro: Reader”s Digest, 2005.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE
CATARIN DE MATEMÁTICA
O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA E SUAS FUNCÕES
MATEMÁTICAS1

RABELO, Teyllor2; FERREIRA, Carlos Eduardo A.3; MONTEIRO, Tauany dos Santos4;
PESCADOR, Andresa5.

RESUMO: Este trabalho trata da modelagem do consumo de energia elétrica analisando as faturas de algumas
residências do sul de Santa Catarina. Duas situações foram estudadas, a primeira modelando a função do
consumo de energia elétrica versus preço, e a segunda modelando o consumo anual de energia elétrica versus
tempo. Para o primeiro caso a diferenciação na taxa para faixas de consumo diferentes além da diferenciação nas
taxas para residências urbanas e rurais foram destacadas. Para o segundo caso, buscou-se modelar a característica
anual de algumas residências e, com o auxílio do software Excel fez-se o gráfico de dispersão, escolheu-se a
linha de tendência mais adequada e fez-se o ajuste de curvas para funções polinomiais de até quarto grau.

Palavras-chave: Modelagem. Funções Polinomiais. Energia Elétrica.

INTRODUÇÃO

Este trabalho se desenvolve com o objetivo de estudar funções, suas


características e suas aplicações em problemas do dia a dia. Desta forma, os alunos dos
primeiros anos do curso técnico em informática do Instituto Federal Catarinense, Campus
Avançado Sombrio foram convidados a trazer uma fatura de energia elétrica de cada uma de
suas residências. Com as faturas em mãos passou-se a analisar os consumos, valores, taxas
aplicadas, e quais funções estariam presentes neste material.
Após a observação das faturas, percebeu-se que havia duas faixas com
diferenciação no valor da taxa de consumo, percebeu-se ainda que esta faixa de valores se
diferencia pelo tipo e localização do consumidor, tais como, residências urbanas ou rurais, e
ainda indústrias ou órgãos públicos. Desta forma, os alunos decidiram trabalhar esta
aplicação de funções de duas formas, a primeira, modelando a função do consumo de energia
elétrica versus preço (pago em Reais num mês de consumo) observando que esta função é
dada de forma linear por duas ou mais sentenças com diferentes taxas de crescimento
dependendo da localização da residência (rural ou urbana). E a segunda, modelando o
consumo de energia elétrica versus tempo (dado em meses) das residências que tinham
diferentes características de consumo.
Para a primeira situação fez-se a modelagem do gasto em função do consumo (em
Kwh) para um dado mês para as residências com taxas variando em faixas de preços, para os
casos de consumo urbano e também consumo rural. Os gráficos destas funções foram feitos
com o auxílio do software graph.
No caso da segunda situação descrita usou-se o ajuste de curvas, que é um método
numérico que expressa uma tendência entre as variáveis dependentes e a variável
independente. Sabe-se que no ajuste de curvas, o polinômio gerado passa pelo melhor

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: IFC - Campus Sombrio – Sombrio.
2
Aluno expositor, teyllor.guasseli@hotmail.com.
3
Aluno expositor, caduceaf08@gmail.com.
4
Aluno expositor, tauanymonteiro123@hotmail.com.
5
Professor Orientador, IFC – Campus Sombrio, andresa.pescador@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

717
caminho entre os pontos de uma dada tabela. Em nosso trabalho, essa tabela é dada dad pelo
consumo de cada mês durante o período de um ano; de modo que a curva ajustada represente,
o mais próximo possível, o fenômeno estudado. O ajuste foi feito com o auxílio do software
Excel digitando os pontos coletados nas faturas de energia, em seguida,
seguida, fazendo o gráfico de
dispersão e buscando a linha de tendência. Os gráficos de dispersão encontrados aproximam-
aproximam
se de funções polinomiais, para tanto, fez-se
fez se a escolha do polinômio que tem o melhor
coeficiente de correlação, representando quão bom é o ajuste,
ajuste, para polinômios de segundo até
quarto graus.
Segundo Gretschmann (2009), o ajuste de curvas é muito utilizado para, a partir de
dados conhecidos, determinar algum parâmetro, ou mesmo fazer previsão acerca do
comportamento da variável resposta.

MATERIAL E MÉTODOS

Para o desenvolvimento desse trabalho fez-se


fez se a análise das contas de energia elétrica
recebidas de nossos colegas de classe, dos anos de 2013/2014 observando um ano de
consumo. Foram escolhidas 15 faturas, exatamente aquelas que dispunham
dispunh de diferentes
características de consumo. Fez-se
Fez se a representação de cada uma das residências pelas letras
A,B,C,D,...,M,N,O.
Com relação ao consumo das três residências (classificadas aqui pelas letras A, B e C)
escolhidas para estudo detalhado das funções
funções seguem valores para o ano de 2013 na tabela
(1).
Tabela 1: Dados do consumo de energia das residências A, B e C no ano de 2013.

Mês Consumo (kWh)


Residência A Residência B Residência C
Janeiro 389 213 408
Fevereiro 386 120 184
Março 304 55 192
Abril 276 30 152
Maio 242 40 44
Junho 275 30 87
Julho 287 30 84
Agosto 326 30 53
Setembro 298 30 41
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Outubro 297 36 35
Novembro 333 96 110
Dezembro 315 160 261
Fonte: Os autores, 2014.

Na tabela (2) tem-se os dados referentes ao valor das tarifas aplicadas para os casos
residenciais dependendo da localização, seja ela urbana ou rural.
Na tabela (3) mostra--se
se a diferença na taxa de ICMS de acordo com a faixa de
consumo para cada uma das duas situações residenciais
resid analisadas.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Tabela 2: Valores das tarifas de acordo com a localização da residência.

Tipo de Localização Valor da Tarifa em R$/kW


Residencial Urbana 0,3534900
Residencial Rural 0,2368400
Fonte: Celesc Distribuição S.A
Tabela 3: Diferenciação nos valores de ICMS de acordo com a faixa de consumo.

Residências Faixa de consumo ICMS


Urbana Primeiros 150 kWh
12 %
Acima de 150 kWh 25%
Rural Primeiros 500 kWh 12%
Acima de 500 kWh 25%
Fonte: Celesc Distribuição S.A
A partir destes dados os alunos iniciaram o estudo das funções e a construção dos
gráficos para cada uma das situações descritas e seus resultados são apresentados na seção
seguinte.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para a modelagem do consumo de energia versus preço inicialmente fez-se uma


análise gráfica, analisando qual seria o preço de determinados valores de consumo, percebeu-
se que nas faturas escolhidas havia a troca de faixa, e assim, a mudança na inclinação da reta.

Figura 1: Gráfico do consumo de uma residência urbana apresentando a mudança de taxa.

Fonte: Os autores, 2014.

Os resultados, dados pelos gráficos das funções lineares definidas por duas sentenças
estão apresentados nas figuras (1) e (2) juntamente com suas respectivas funções, domínio e
imagem, dadas pelas equações (1) e (2) referentes aos dois tipos de residências, urbana e
rural, respectivamente.
 7, 03 + 0,3415 x se x < 150  Domf = +
f ( x) =   (1)
58, 255 + 0, 4037( x − 150) se x ≥ 150 Im f = { y ∈ / y ≥ 7, 03}
ANAIS – XXXFCMat

719
Figura 2: Gráfico do consumo de uma residência rural apresentando a mudança de taxa.

Fonte: Os autores, 2014.

 16,57 + 0, 2237 x se x < 500  Domf = +


f ( x) =   (2)
128, 42 + 0, 2642( x − 500) se x ≥ 500 Im f = { y ∈ / y ≥ 16,57}

Para a modelagem do consumo de energia versus tempo fez-se se o gráfico discreto para
os doze meses de um ano, e observou-se
observou se a linha de tendência para estes pontos. Através do
método de ajuste de curvas, escolheu-se
escolheu a linha de tendênciaa que tem o melhor coeficiente de
correlação para cada caso.

Figura 3: Consumo de energia elétrica das residências


residências A, B e C no período de um ano

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Fonte: Os autores, 2014.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
De acordo com Bassanezi (2011), o ajuste de curvas é um método numérico que
expressa uma tendência entre as variáveis dependentes e a variável independente. Os valores
que uma variável pode assumir estão associados, além de erros experimentais, a outras
variáveis cujos valores se alteram durante o experimento.
Fez-se a escolha de três residências para apresentação neste trabalho. Para o caso das
residências A, B e C o consumo anual ajustado está descrito nas equações (3), (4) e (5)
respectivamente, funções polinomiais, dados pelos gráficos da figura (3).
y = 496,1 − 100 x + 13,87 x 2 − 0, 565 x 3 R 2 = 0, 779 (3)

y = 390,1 − 220, 67 x + 50, 413 x 2 − 5, 0784 x3 + 0,1899 x 4 R 2 = 0,9886 (4)

y = 471,16 − 118, 53 x + 8, 0652 x 2 R 2 = 0,8374 (5)

Neste trabalho não se fez consideração dos eletrodomésticos existentes em cada


residência, porém observou-se com os gráficos das funções polinomiais dos consumos anuais
em quais meses o consumo dado é maior e/ou menor. Analisando os gráficos das três
residências escolhidas percebe-se que os maiores picos de consumo são na temporada de
verão, onde claramente aparecem os picos de consumo nos meses de dezembro, janeiro e
fevereiro, meses de verão e calor intenso em Santa Catarina.

CONCLUSÕES

Através deste trabalho podem-se perceber os diferentes perfis residenciais, analisando


os picos de consumo para alguns casos, sendo que, em geral, no verão o consumo é maior, ou
devido ao uso de mais eletroeletrônicos ou devido as férias escolares, e até mesmo visitas, ou
seja, mais pessoas consumindo.
Com este trabalho, visualiza-se a oportunidade de estudar e ampliar o estudo sobre
funções de forma mais aplicada, com a realização de atividades que tratam de situações do dia
a dia. O uso das ferramentas gráficas tais como os softwares graph e Microsoft Excel
facilitaram a construção dos gráficos para melhor percepção e entendimento das funções.
Por fim, conseguiram-se atingir os objetivos da atividade proposta que era entender
melhor os conceitos relacionados ao assunto estudado em classe, tais como, domínio,
imagem, coeficientes e gráficos de funções de uma maneira geral, que são assuntos abordados
nesta fase escolar.
REFERÊNCIAS

PAIVA, MANOEL. (2009) Matemática - Paiva. 1a ed. 3 vols. São Paulo: Moderna.
Celesc Distribuição S.A . Disponível em: <http:// novoportal.celesc.com.br/portal/ >Acesso
em: 10 jul. 2014.

BASSANEZI, Rodney Carlos. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática. São


Paulo: Contexto, 2011.
GRETSCHMANN, Andréia Simone. Ajuste de Curvas na Produção de Etanol num
Processo em Batelada. X Encontro Gaúcho de Educação Matemática, Ijuí/RS, jun/2009.
ANAIS – XXXFCMat

721
O NÚMERO DE OURO1

KROENKE, Gabrielle Sabrine Ferrari2; BONA, Thiago Augusto3;


PELLIZZARO, Michely de Melo4.

RESUMO:: Este trabalho tem como objetivo à melhor compreensão da relação da matemática com a nossa vida,
tendo em vista que muitas vezes os alunos aprendem diversos conteúdos matemáticos sem saber para que os
utilizarão. Trata-se
se de uma pesquisa bibliográfica em que o conteúdo abordado envolve resolução de equações
do segundo grau e aplicação do respectivo conteúdo matemático. Primeiramente, mostra-se
mostra se como obter a base do
nosso projeto, o número de ouro. Com isso, chega-se
chega se à Sequência de Fibonacci onde o número de ouro também é
encontrado. Após, com base nas pesquisas, são mostradas utilizações do retângulo áureo, medindo proporções e
chegando ao número de ouro. Têm--se se também as aplicações na natureza que sempre, independente do homem,
terá ligação com a matemática.. Assim tem-se
tem se a certeza que descobertas matemáticas ocorridas há milhares de
anos, trazem benefícios até hoje, e também são aplicadas de forma espontânea na natureza e no corpo humano.

Palavras-chave:: Número de Ouro. Sequência de Fibonacci. Retângulo Áureo.


Áur

INTRODUÇÃO

O tema deste trabalho foi selecionado entre vários outros como o mais interessante
para ser apresentado. A parte inicial do desenvolvimento do projeto, voltada à pesquisa e
compreensão do conteúdo em si, foi de extrema importância para relacionar os conteúdos
conteú com
a prática, onde a análise e síntese de conteúdos foi o primeiro passo para iniciação do
trabalho.

MATERIAL E MÉTODOS

Primeiramente, iniciaram-se
iniciaram se através de pesquisas nas mais variadas fontes, a coleta de
dados para o conhecimento do tema em pauta. Após o entendimento de cada parte matemática
do conteúdo, realizou-sese a relação do conteúdo matemático abordado em sala de aula
au ao tema
abordado pelo trabalho. Assim, baseando-se
baseando se nos conteúdos em mãos, e na aplicação
matemática que caberia, foram colocados em relevância os pontos de maior importância,
curiosidades, e, sobretudo, de maior interesse social, como, por exemplo, as aplicações
a
básicas em fotografia e objetos que são utilizados diariamente. O foco inicial foi a sequência
de Fibonacci, pois ela será aplicada em todo o conteúdo seguinte. Essa sequência tem uma lei
de formação simples: cada elemento, a partir do terceiro, é obtido somando-se
somando os dois
XXX Feira Catarinense de Matemática

anteriores. Veja: 1+1=2, 2+1=3, 3+2=5 e assim por diante. Desde o século XIII, muitos
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

matemáticos, além do próprio Fibonacci, dedicaram-se


dedicaram se ao estudo da seqüência que foi
proposta, e foram encontradas inúmeras aplicações para ela no desenvolvimento de modelos
explicativos de fenômenos naturais. A partir disso, é chegado ao retângulo áureo.
Em geometria, o retângulo de ouro surge do processo de divisão em média e extrema razão, razão
de Euclides.. Ele é assim chamado porque ao dividir-se
divi a base desse retângulo pela sua altura,
obtêm-se o número de ouro.. Será
S mostrado como obtê-lo,
lo, e também suas diversas aplicações

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Teófilo Nolasco de Almeida – Benedito Novo.
2
Aluna do primeiro ano do ensino médio
3
Aluno do primeiro ano do ensino médio
4
Professora Orientadora, EEB Teófilo Nolasco de Almeida, michy_pz@yahoo.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
em vastos ramos da história e do nosso presente dia-a-dia. Por exemplo, com a insistente
busca pela beleza e perfeição em suas obras, renomados artistas como Piet Mondrian,
Cândido Portinari, Michelangelo, Salvador Dalí, Albrech Dürer, Leonardo da Vinci, entre
outros, usaram o número áureo, através do retângulo de ouro, em suas criações artísticas para
lhes conferir harmonia. Poderíamos nos estender a todos os célebres artistas acima citados,
mas, com veemência, ressaltaremos o notável artista italiano Leonardo da Vinci (1452 –
1519), um dos mestres do Renascimento, que valia-se de conceitos matemáticos para a
confecção de suas telas. Dos seus famosos trabalhos, daremos destaque à Mona Lisa.
Objetivando sempre a perfeição em seus quadros, da Vinci não poupou harmonia através de
retângulos áureos a sua mais famosa criação. Ao observar atentamente o retângulo inserido
entorno do rosto de Madona Lisa Gherardini, com dimensões 4,1 cm por 2,533 cm, obteremos
como razão o número 1,618, sendo, portanto, um retângulo áureo. Ainda no mesmo retângulo,
podemos traçar uma linha horizontal na altura do eixo dos olhos da imagem, subdividindo-a
em um quadrado e um retângulo áureo. Podemos perceber proporções áureas em outras partes
do corpo de Mona Lisa, como da altura do pescoço até o final do busto, e da altura deste, até o
umbigo, além das próprias dimensões da tela, que também formam um retângulo de ouro.
Foram realizadas pesquisas em nossa turma para sabermos quais aplicações eram mais
interessantes para serem apresentadas, já que o conteúdo em si era extenso demais para ser
inteiramente e detalhadamente apresentado. Todos ficaram muito interessados nas diversas
aplicações, e se envolveram de uma forma muito satisfatória, onde buscaram aplicar estes
novos conhecimentos no seu cotidiano, tornando o trabalho ainda mais interessante. Foi
trazido o máximo possível do conteúdo para a realidade, sempre com o objetivo de, através
destas demonstrações práticas, trazer a tona algum fato inserido no tema escolhido que seja de
extrema importância quanto à passagem de informações ao ouvinte.
Busca-se também ao longo do trabalho elaborá-lo em fácil compreensão de forma a
não ser monótono, sempre em direção à algo que traga o interesse das pessoas para a
matemática, de forma que esta não seja vista como obrigação ou como uma área complicada.
Organizando os dados para materiais de exposição, como cartazes, material
multimídia, desenvolvimento de cálculos e utilização de meios criativos para apresentação do
projeto, procurou-se tornar a socialização do trabalho o mais dinâmica possível, assim, fez-se
uso da criatividade para determinar a prática do trabalho. Também, foi perceptível como a
aprendizagem da matemática é relevante em assuntos de interesse global e como está presente
de forma harmoniosa nas mais diferentes formas em lugares inesperados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Além de promover o estudo de forma prazerosa, tornando o processo de ensino-


aprendizagem mais produtivo, é também parte importante dos objetivos a utilização da
matemática em conteúdos do cotidiano, provando o quão vasto é o campo da mesma em
lugares inimagináveis. Como já é de conhecimento, a matemática é importante e necessária.
Com isso pretende-se mostrar que ela está presente em diversos setores que o homem estuda e
pesquisa. O número de ouro, por exemplo, é um número especial na matemática. Simbolizado
pela letra grega fi, o número 1,618034 apresenta algumas características fascinantes. Este
número é o resultado de uma divisão considerada a mais harmoniosa a partir de um segmento.
ANAIS – XXXFCMat

723
A seção áurea como é conhecida, foi usada por pintores e arquitetos no passado sendo
considerada por muitos com uma oferta de Deus ao mundo e aparece também na natureza
sobre diversos aspectos. A história deste enigmático número perde-se
perde se na antiguidade. No
Egipto as pirâmides de Gizé foram construídas tendo em conta a razão áurea: A razão entre a
altura de um face e metade do lado da base da grande pirâmide é igual ao número de ouro. O
Papiro de Rhind (Egípcio) refere-se
refere se a uma razão sagrada que se crê ser o número de ouro.
Esta razão ou secção áurea surge em muitas estátuas da antiguidade. Construído muitas
centenas de anos depois entre 447 e 433 a. C. , o Partenon Grego , templo
templo representativo do
século de Péricles contém a razão de Ouro no retângulo que contêm a fachada (Largura /
Altura), o que revela a preocupação de realizar uma obra bela e harmoniosa. O escultor e
arquiteto encarregado da construção deste templo foi Fídias.
Fídias. A designação adoptada para o
número de ouro é a inicial do nome deste arquitecto - a letra grega f (Phi maiúsculo). Os
Pitagóricos usaram também a secção de ouro na construção da estrela pentagonal. Não
conseguiram exprimir como quociente entre dois números
números inteiros, a razão existente entre o
lado do pentágono regular estrelado (pentáculo) e o lado do pentágono regular inscritos numa
circunferência. Quando chegaram a esta conclusão ficaram muito espantados, pois tudo isto
era muito contrário a toda a lógica
lógica que conheciam e defendiam que lhe chamaram irracional.
Foi o primeiro número irracional de que se teve consciência que o era. Este número era o
número ou secção de ouro apesar deste nome só lhe ser atribuído uns dois mil anos depois.
Posteriormente, ainda
inda os gregos consideraram que o retângulo cujos lados apresentavam esta
relação apresentava uma especial harmonia estética que lhe chamaram retângulo áureo ou
retângulo de ouro, considerando esta harmonia como uma virtude excepcional. Endoxus foi
um matemático
mático grego que se tornou conhecido devido à sua teoria das proporções e ao
método da exaustão, criou uma série de teoremas gerais de geometria e aplicou o método de
análise para estudar a secção que se acredita ser a secção de ouro. Uma contribuição que não
pode ser deixada de referir foi a contribuição de Leonardo Da Vinci (1452-1519)
(1452 . A
excelência dos seus desenhos revela os seus conhecimentos matemáticos bem como a
utilização da razão áurea como garante de uma perfeição, beleza e harmonia únicas. É
lembrado
embrado como matemático apesar da sua mente irrequieta não se concentrar na aritmética,
álgebra ou geometria o tempo suficiente para fazer uma contribuição significativa. Representa
bem o homem tipo da renascença que fazia de tudo um pouco sem se fixar em nada. Leonardo
era um gênio de pensamento original que usou exaustivamente os seus conhecimentos de
matemática, nomeadamente o número de ouro, nas suas obras de arte. Um exemplo é a
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

tradicional representação do homem em forma de estrela de cinco pontas de Leonardo, que foi
baseada nos pentágonos, estrelado e regular, inscritos na circunferência.

CONCLUSÕES

A idealização do trabalho permitiu a percepção da maneira harmônica que o


conhecimento matemático encontra-se
encontra se em nossas vidas, de como ele é útil em diversas áreas.
Assim tem-sese a certeza que descobertas matemáticas ocorridas há milhares de anos, traz
benefícios
fícios até hoje, e também são aplicadas de forma espontânea na natureza e no corpo
humano.

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
É importante ressaltar que, todas as conclusões sobre o tema, foram obtidas de forma
independente, através da própria discussão, comprovações e análises dos alunos.
O estudo aprofundado entre a matemática e a beleza, certamente contribuiu de forma
significativa para todos, pois as conclusões obtidas modificaram a maneira de enxergar as
aplicações matemáticas, onde a maiorias das pessoas sempre pensam ser inúteis. Além disso,
foi possível estar muito mais consciente sobre a importância da Razão Áurea nas mais
diferentes áreas.
Todas as atividades foram desenvolvidas com sucesso, onde a compreensão necessária
foi atingida, acontecendo à ampliação de conhecimentos, interesse, e ainda, a utilização de
habilidades motoras e senso de organização de dados de maneira criativa, e também
desenvolvendo a lógica e a percepção para poder aplicar o conteúdo ao cotidiano.
Ao longo da concretização do trabalho, vivenciou-se o interesse pelo tema, e,
sobretudo, a importância que esta Razão Áurea tem com a harmonia e a beleza. Depois deste
trabalho, todos veremos qualquer objeto de forma diferente, pensando se este foi feito sobre
tais proporções para ser perfeito, e agora temos em mente que a matemática também é
símbolo de beleza, e que, utilizando dela, podemos tornar os objetos ainda mais agradáveis à
vista.
REFERÊNCIAS

Proporção Áurea. Disponível em:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Raz%C3%A3o_%C3%A1urea. Acesso em: 27/06/2014.

Curso de Fotografia: Aula 4 – A proporção áurea. Disponível em:


http://www.entreculturas.com.br/2011/03/curso-de-fotografia-aula-4/. Acesso em 02/07/2014.

Sequência de Fibonacci – Proporção Áurea. Disponível em:


http://www.youtube.com/watch?v=yFDDRScdj00&feature=fvwrel. Acesso em 02/07/2014.

Matemática por toda a parte – Artes/Proporção Áurea e Da Vinci. Disponível em:


http://www.youtube.com/watch?v=gRr0SZigvwo. Acesso em 02/07/2014.

Apresentação Razão Aurea. Disponível em: http://stoa.usp.br/franklinpda/files/-


1/5834/ApresentacaoRazaoAurea.ppt. Acesso em 06/07/2014.

Alegria matemática: Sequência de Fibonacci: Aplicações. Disponível em:


http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/alegria/fibonacci/seqfib2.htm. Acesso em
07/07/2014.

Número de Fibonacci. Disponível em:


http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_de_Fibonacci. Acesso em 07/07/2014.

Matemática Curiosa. Disponível em: http://matcuriosa.blogspot.com.br/2009/05/o-


retangulo-aureo.html. Acesso em 07/07/2014.
O retângulo Áureo. Disponível em:
http://www.matematicahoje.com.br/telas/mat_hoje/livro/oitava.asp?aux=B. Acesso em
07/07/2014.
ANAIS – XXXFCMat

725
O NÚMERO DE OURO1

CONSTANTINI, Marina Isolde2; SANTOS, Taimara Antunes dos3;


BORTOLOZO, Ana Barbara Zago4.

RESUMO: O trabalho desenvolvido apresenta o Número de Ouro como objeto para nossos estudos, onde é
possível fazer uma análise histórica contextual da Geometria no que tange a Proporção Áurea. O objetivo
proposto é apresentar o cálculo matemático da proporção áurea através do retângulo de ouro e encontrar o
número de ouro em nosso meio: natureza, arquitetura, música, corpo humano, artes e ainda as percepções da
máscara de ouro, que estuda a simetria do rosto humano. Para alcançar os objetivos deste trabalho fez-se fez
necessário efetuar
fetuar pesquisas de cunho bibliográfico em seguida socializar as pesquisas entre os alunos da classe
que se propôs trabalhar o assunto. Realizando medições no próprio corpo e no meio em que vivemos, efetuando
os cálculos estatísticos e de proporção. Através
Através da matéria em estudo os números deixam de serem apenas
ferramentas matemáticas e tornam-sese parte integrante de nossas vidas.

Palavras- chave:: Proporção Áurea. Retângulo de Ouro. Corpo Humano. Cálculos.

INTRODUÇÃO

Sendo o número de ouro, 1, 6180..., tendo


t como símbolo ϕ,, um dos mais enigmáticos
números conhecidos até hoje, nos propomos no trabalho a desmistificá-lo,
desmistificá lo, demonstrando sua
origem e suas aplicações, muitas das quais nos passam despercebidas no dia-a-dia.
dia
A escolha do tema deu-se
deu pela relevância cia do estudo em questão, sua aplicabilidade em
sala de aula e o despertar da curiosidade dos alunos com relação ao quanto à arte, arquitetura,
natureza e o corpo humano podem estar relacionados com o número de ouro.
No meio científico ϕ é conhecido por proporcionar
oporcionar harmonia e a beleza às formas,
tornando-se
se agradável aos olhos humanos. Não esquecendo, porém, do rigor matemático
envolvido em sua utilização.
Tendo estes aspectos como norteadores para a evolução dos estudos, o objetivo geral
baseia-se em apresentar
sentar o cálculo matemático da proporção áurea através do retângulo de
ouro e encontrar o número de ouro em nosso meio.

MATERIAL E MÉTODOS

Para o desenvolvimento do estudo foram necessárias pesquisas de cunho


bibliográfico sobre o número de ouro e suasua ligação à descoberta de Leonardo Fibonacci,
denominada de Sequência de Fibonacci.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Inicialmente observamos a Sequência de Fibonacci, onde cada número posterior é


obtido através da soma dos dois termos anteriores.
Leonardo Fibonacci descobriu esta série matemática enquanto estudava o
crescimento na população de coelhos.

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Pura; Instituição: EEB Professora Adelina Regis – Videira.
2
Aluno Expositor, mconstantini@outlook.com.
onstantini@outlook.com.
3
Aluno Expositor, tayantunes_027@hotmail.com.
4
Professora Orientadora, EEB Professora Adelina Regis, anabzagob@gmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Conforme os números aumentam, a razão entre eles fica cada vez mais parecida,
aproximando-se de 1, 6180. Percebemos a presença de números muito semelhantes ao número
de ouro, na soma e na divisão dos elementos da sequência.
Partimos agora para o cálculo matemático do retângulo de ouro. Através deste
cálculo podemos observar o surgimento do número 1, 6180.
Em um seguimento de reta qualquer AB, encontramos em ponto em AC.

O mesmo segmento de reta é maior em AC do que em CB, matematicamente


podemos escrever a relação anterior da seguinte forma:
Se dividirmos a medida de AC pela medida de CB se obterá o número de ouro, ou
seja 1,6180.
Vejamos como isso ocorre nos retângulos áureos.
Inicialmente obtemos um quadrado de medida qualquer, com vértices A, B, C, D,
conforme figura abaixo.

A partir do quadrado, obtemos o ponto médio entre o segmento CD e traçamos uma


reta até o vértice B.

Em seguida criamos uma circunferência com o raio da reta criada formando o


retângulo de ouro.

Se continuarmos com a divisão dos retângulos, os outros retângulos formados


também serão de ouro.

Para efeitos de cálculo consideramos o seguinte retângulo áureo:


ANAIS – XXXFCMat

727
Consideramos os retângulos
retângulos proporcionais, desta forma matematicamente podemos
representá-los:
a+b = a
a b
Já que estamos falando de proporção, podemos multiplicar cruzado.
a+b a
a b
Calculando temos : (a+b).b = a.a
Aplicando a propriedade distributiva da multiplicação teremos: ab + b² = a²
Agora vamos passar o a² para o outro lado da igualdade: -a²+ab+b²=0
a²+ab+b²=0
Como nós queremos saber o valor da proporção do retângulo menor, vamos
conseguir isso dividindo a equação por b².
-a²+ab+b²=0
b²b²b²b²
Realizando a divisão temos ² 1  0

Vamos, a partir deste momento representar como ϕ (Phi),, desta maneira fica mais
agradável aos olhos e mais fácil de visualizar o cálculo.
Substituindo:-ϕ²+ϕ+1=0
+1=0 . Temos, então, uma equação
equação do 2º grau.
Delimitando os coeficientes temos:a= -1 1 b=1 c=1 que utilizaremos para efeitos de
cálculo, através da fórmula de Bháskara.
  √ 4
ϕ
2
1  1 4.  1. 1
ϕ
2.  1
1  √5
ϕ
2
Neste momento temos duas respostas, que vamos chamar de ϕ`` e ϕ``. Para o ϕ`
iremos calcular com o sinal positivo entre o 1 e a raiz e para o ϕ``
`` iremos calcular com o sinal
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

negativo entre o 1 e a raiz.


√  , !"#
 , !"#
ϕ`  ϕ`  ϕ`   ϕ`  0,6180 …
 
√ 
 , !"# !, !"#
ϕ``   ϕ``  ϕ``   '``  (, )(*+ …

Como estamos trabalhando com proporção entre medidas, teremos que eliminar os
resultados negativos, visto que não existem proporções negativas. Assim o resultado obtido
para o cálculo acima é ϕ`` 6180 seja, o número de ouro.
`` = 1, 6180,ou

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a resolução do cálculo matemático, buscamos encontrar o número de ouro em


nosso meio. Surpreendeu-nos o fato de encontrá-lo em tantos lugares e também, o fato de
passar despercebido por nossos olhos.
Na arquitetura, ϕ esteve presente deste os tempos antigos, na construção das pirâmides
do Egito, do Parthenon grego, no monumento pré-inca chamado Porta do Sol, na Catedral de
Notre Dame, entre outros. Atualmente os arquitetos continuam utilizando esta proporção para
incorporar harmonia e beleza à suas obras; um exemplo é a Sede das Nações Unidas, que
possui elementos arquitetônicos na forma do retângulo de ouro.
Na manifestação artística podemos destacar as obras de Leonardo da Vinci, em
especial a obra Mona Lisa, onde o autor distribuiu retângulos áureos por toda a extensão do
quadro. Percebemos também a proporção nas esculturas gregas. Atualmente destacamos o
artista Piet Mondrian, que utiliza o retângulo de ouro em suas pinturas modernas.
Na música, conforme afirmam estudiosos, o número de ouro pode ser encontrado nas
famosas 5ª e 9ª sinfonia de Beethoven.
Através dos estudos realizados, visualizamos que a natureza mantém um padrão de
proporção, onde o número de ouro aparece com maior frequência na forma de espiral de ouro,
como na posição das sementes do girassol, na carapaça do molusco marinho nautilus, na
formação das tempestades e das galáxias, entre outros incontáveis elementos da natureza.
Descobrimos, através de nossas pesquisas, a máscara de ouro, criada pela combinação
de pentágonos, triângulos e retângulos áureos. Essa máscara tem a finalidade de medir a
simetria do rosto humano, servindo como base para pesquisas de cunho investigativo sobre a
aplicação do número de ouro no corpo humano além de ser utilizada em programas de foto
shop e cirurgias de reconstrução facial.
Para a aplicação prática, utilizamos uma cópia da máscara em uma transparência, e
comparamos com as fotografias do rosto dos alunos, fotografias estas que fizemos em sala de
aula com os participantes da pesquisa. Pudemos perceber que alguns alunos possuem maior
simetria, enquanto outros possuem alguns desvios de simetria no formato do rosto, dos olhos,
sobrancelhas, cada um com sua particularidade. Esse assunto em particular instigou a
curiosidade e chamou a atenção de todos. Segundo pesquisas, quanto mais simétrico é o rosto
de uma pessoa, mais bela ela é.
Podemos encontrar o número de ouro, não somente em nosso rosto, mas sim no corpo
todo. Para comprovar esta afirmação, utilizamos as razões citadas abaixo para realizar o
levantamento de dados estatísticos, quanto à proporção do corpo humano. Este trabalho foi
desenvolvido com todos os alunos do terceiro ano do ensino médio inovador, sala 302, da
Escola de Educação Básica Professora Adelina Regis. Desta forma incluímos o assunto
pesquisado com o conteúdo trabalhado no ano letivo.
• Medimos a sua altura total e depois dividimos pela altura do umbigo até no chão.
• Medimos a braço inteiro e depois dividimos pelo tamanho do cotovelo até o dedo.
• Medimos a perna inteira e posteriormente dividimos o tamanho do joelho até o
chão.
• Medimos o dedo inteiro e dividimos pela medida da dobra central.
ANAIS – XXXFCMat

729
Através destas, e outras medidas, podemos encontrar a razão do número de ouro no
corpo humano.
Após a coleta das medidas com todos os alunos, calculamos as medidas de tendência
central: média, moda e mediana e as medidas de dispersão: desvio médio, variância e desvio
padrão, para os dados de cada aluno. Lembrando que para efeito de cálculo
cálculo consideramos
proporcionais os corpos com medidas entre 1,5 e 1,8.
Os valores encontrados são muito próximos à ϕ,, o que torna verdadeiro o nosso
estudo.

CONCLUSÕES

O número de ouro representa harmonia, beleza e proporção, instiga a curiosidade e nos


n
aproxima da matemática.
Ao concluir o trabalho, podemos observar que os objetivos foram alcançados.
Observamos a natureza, a arte, a música e os seres humanos. No entanto essa maravilhosa
técnica não agrada tanto aos profissionais que o utilizam, devido
devido à eminente complexidade
dos cálculos que o envolvem, dos quais desvendamos no decorrer do estudo.
A realização do trabalho é envolvente, sentimo-nos
sentimo nos atraídos pelo assunto e encantados
pela matemática e pelo estudo do número de ouro.

REFERÊNCIAS

CROOVE. Como usar a proporção áurea.áurea. Disponível em: http://croove.com.br/crie/como-


http://croove.com.br/crie/como
usar-a-proporcao-aurea/
aurea/ Acesso em: 24 jul. 2014.

OLIVEIRA, E.; FERREIRA, T. E. O número de ouro e suas manifestações na natureza e


na arte.. Ano 1, n. 2, p. 64-81,
81, set. 2010. Disponível em:
http://engenho.info/revista/ed02/dartigos/5
http://engenho.info/revista/ed02/dartigos/5-Artigop64-81.pdf

HYPENESS. A proporção áurea esta em tudo na natureza na vida e em você. Disponível


em: http://www.hypeness.com.br/2014/02/a-proporcao-aurea-esta-em-tudo
http://www.hypeness.com.br/2014/02/a tudo-na-natureza-na-
vida- e-em-voce/:
voce/: Acesso em: 02 ago. 2014.

EDUC FC. Número ouro.. Disponível em:


XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm33/num_ouro.htm: Acesso em: 24 jul. 2014.

PASCAL. Ex
Expresso. Disponível em:
http://pascal.iseg.utl.pt/~ncrato/Expresso/FiFibonacci_Expresso_20041009.htm: Acesso em:
10 jul. 2014.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
ÓPTICA: DESCOBRINDO OS ESPELHOS1

BRITO, Stephani 2; HINSCHING, Natacha3; BÍSSIGO, Denise Nones4.

RESUMO: A primeira vez que um ser humano viu seu reflexo foi na água, atualmente região do Irã, essa é a
hipótese mais provável. Após este acontecimento povos começaram a construir espelhos, utilizando areia, metais
e pedras. Os espelhos que ali surgiram, são hoje para nós praticamente indispensáveis. Há diversos tipos de
espelhos: Convexos, Parabólicos, Acústicos, Côncavos, Planos entre outros. Nosso principal objetivo neste
trabalho é estudar com mais afinco os espelhos Planos, contidos na Óptica Geométrica. Gostaríamos de
despertar o interesse do público para o aprendizado físico e matemático, pois há muitos cálculos para explicar o
porquê de vermos nosso reflexo no espelho. Percebemos que ver nossa imagem refletida no espelho é algo
extremamente rápido. Porém esse processo é algo complexo e com diversos cálculos matemáticos. É prazeroso
perceber que a matemática está presente em nosso cotidiano e que ver nossa imagem refletida no espelho não é
tão simples quanto imaginávamos.

Palavras-chave: Óptica. Espelhos Planos. Reflexão.

INTRODUÇÃO

Tudo indica que a primeira vez que o ser humano viu o seu reflexo foi na água. A
partir disso, povos da atual região do Irã, passaram a usar areia para polir metais e vidros, os
espelhos, que ali surgiram, são objetos muitos comuns, de grande utilidade e que estão
presentes no nosso dia-a-dia, mas nem sempre isso foi assim.
Antigamente, os espelhos eram objetos raros e caros, de difícil acesso, que chegavam a
ser mais valiosos que navios de guerra e Pinturas da Renascença. A democratização dos
espelhos iniciou em 1660, quando o rei da França Luís XIV, ordenou que um de seus
ministros subordinasse artesãos venezianos para obter o segredo da fabricação dos espelhos.
Foi assim, que esses objetos tornaram-se tão comuns e populares, de várias formas e
tamanhos. Mas afinal, como eles conseguem refletir nossa imagem tão nitidamente? Esta foi a
pergunta inicial, que nos motivou a escolha e desenvolvimento deste trabalho e que nos levou
a um campo de aprendizado físico e matemático muito abrangente.
Há diversos tipos de espelhos: Convexos, Parabólicos, Acústicos, Côncavos, entre
outros. Contudo neste trabalho, abordaremos com mais afinco como funcionam os espelhos
planos, revelando sua importância na Sociedade moderna. Para isso, é necessário
conhecermos sobre a Óptica, ou popularmente chamada de Ótica, ramo da física que estuda a
luz e os fenômenos a ela associados, bem como seus princípios básicos. O ramo da Óptica se
divide em três partes: A Óptica Física – que trata dos movimentos ondulatórios da luz; a
Óptica Fisiológica – que se refere às anomalias presentes em nossa visão e a Óptica
Geométrica, especificamente abordada em nosso trabalho, que se refere diretamente aos
fenômenos associados à luz.
Temos como principal objetivo, estudar os espelhos planos contidos na óptica
geométrica. Seguido de objetivos específicos: Explicar o funcionamento dos espelhos;
despertar o interesse público para o aprendizado físico com a utilização dos espelhos;

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Teófilo Nolasco de Almeida – Benedito Novo.
2
Aluno Expositor, fefibrito@gmail.com.
3
Aluno Expositor, nhinsching@gmail.com.
4
Professora Intérprete de LIBRAS da EEB Teófilo Nolasco de Almeida, deni.nones@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

731
desenvolver cálculos que de forma mais clara, permitam compreender a relação dos espelhos
e a reflexão da luz; verificar as leis e princípios contidos nos estudos da óptica; abordar
a os
assuntos referentes a esse tipo de espelho: associação de espelhos, imagens virtuais e reais,
leis de reflexão e como as imagens se formam; aplicar em nossos cálculos: Fórmula de
Báskara, Trigonometria e Ângulos.

MATERIAL E MÉTODOS

• O principal objetivo é estudar os espelhos planos contidos na Óptica Geométrica.


• O projeto foi realizado em nossa escola a partir do Segundo Bimestre desse ano
letivo.
• Efetuado durante algumas aulas cedidas pelos professores de diferentes disciplinas
e em tempo livre.
• A pesquisa está baseada na Óptica, seu conceito e as diferentes aplicações
necessárias, para o estudo sobre os espelhos.
• A investigação sobre conceitos e significados importantes para o trabalho.
• Realização
lização de pesquisa sobre o surgimento dos Espelhos, sua aplicação e
importância na sociedade.
• A recapitulação da Matemática Básica – Regra de Três diretamente proporcional,
Fórmula de Báskara e Trigonometria.
• O estudo dos Espelhos Planos: Cálculos de Distância,
Distância, Altura, e Número de Objetos
formados pela Associação de Espelhos.
• A confecção de uma pequena maquete e produção de cartazes para melhor
compreensão sobre o tema.
• A criação do material visual (Slides) para a apresentação deste trabalho.
• A realização de uma pesquisa quantitativa em forma de questionário na sala
informatizada.
• A finalização do projeto com a aplicação à turma do 3º ano de Ensino Médio.
Abaixo uma representação Espelhos Planos (Imagem Ilustrativa):
Imagem 1:
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

(PERRUSI, Artur.2008)
CÁLCULOS

Para acrescentar a matemática e a física em nosso conteúdo, de uma forma mais


descontraída, decidimos procurar a ajuda de nossa professora orientadora, juntamente com o
nosso professor de física, para colocarmos exemplos de cálculos que façam parte
part do nosso dia

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE
CA DE MATEMÁTICA
a dia e assim, se tornando de fácil compreensão a todos. Desta forma, o nosso professor, nos
mostrou as seguintes fórmulas:
Fórmula da Distância: x = d +d¹ + d²
Fórmula da Tangente: Tg = CO / CA
Fórmula da Associação de Espelhos: n = 360º /α -1
Fórmula de Bhaskara:∆ =  −  ; = − − √∆ / 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Depois de termos entendido e analisado as fórmulas anteriores, o nosso professor de


física, nos mostrou alguns cálculos que achamos interessante e de fácil entendimento.
O primeiro exemplo, é de um garoto que vai até o cabeleireiro e lá, se depara com um
espelho. Dessa forma, nós buscamos descobrir qual seria a distância dele até a imagem
refletida do barbeiro no espelho.
No segundo cálculo, gostaríamos de descobrir qual a altura de uma menina, através de
um raio de luz, que parte de uma estrela, que bate na água, e assim forma um ângulo.
Para o restante dos cálculos, resolvemos usar a associação de espelhos, que seria usar
mais de um espelho para obtermos várias imagens através de um ângulo x. Na primeira conta,
descobrimos quantas imagens refletidas teremos, se colocarmos um único objeto no meio de
dois espelhos.
No desenvolvimento de um último cálculo, usamos os mesmos passos e a mesma
fórmula do exemplo anterior, mas agora, adicionando um pouco mais de dificuldade, pois não
temos o ângulo x e temos que descobrir, por isso ainda usamos o auxílio da fórmula de
Báskara.
Para uma conclusão final do trabalho, fizemos uma breve pesquisa, com 47 alunos de
nossa escola. Tanto de nossa sala de aula quanto outros alunos do Ensino Médio, para analisar
a o nível de conhecimento que os alunos tem sobre Espelhos e suas funções.
Logo abaixo, temos os prints de nossa pesquisa, realizada pela plataforma Google
Docs, com o total de 08 questões e 47 respostas.

Pesquisa 1:
ANAIS – XXXFCMat

733
Fonte: https://docs.google.com/forms/d/1DSIWVd33-WXcIRWr-kS6sfFXgRDFi4Wjcb4x
https://docs.google.com/forms/d/1DSIWVd33 kS6sfFXgRDFi4Wjcb4x-
kAxiYw/viewanalytics

CONCLUSÕES

Como este tema não foi abordado em sala de aula, ele foi um pouco desafiador para
nós, mas como gostaríamos de aprender mais sobre esse assunto, conseguimos o auxílio de
professores e assim, podendo entender esse objeto que é de importante uso para as pessoas.
pess
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Percebemos que ver nossa imagem refletida no espelho é algo extremamente rápido.
Porém esse processo é algo complexo e com diversos cálculos matemáticos. É prazeroso
perceber que a matemática está presente em nosso dia a dia e que ver nossa imagem refletida
refle
no espelho não é tão simples quanto imaginávamos.

REFERÊNCIAS

DA SILVA, Domiciano Correa Marques. Imagens de um Objeto Entre Dois Espelhos


Planos.. Associação de Espelhos. Disponível em: www.brasilescola.com/fisica/imagens-um-
www.brasilescola.com/fisica/imagens
objeto-entre-dois-espelhos-planos.htm;
planos.htm; acesso em: 9 de julho de 2014.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE
CA DE MATEMÁTICA
CAVALCANTE, Kleber G. Associação de Espelhos Planos. Exemplos de contas
matemáticas. Disponível em: www.mundoeducacao.com/fisica/associacao-espelhos-
planos.htm; acesso em: 9 de julho de 2014.
LAUTEN, Daniel Sannum. Para ter a luz do sol, cidade norueguesa inaugura espelhos
gigantes. Imagem. Disponível em: www.noticias.bol.uol.com.br/fotos/imagens-do-
dia/2013/10/31/para-ter-a-luz-do-sol-cidade-norueguesa-inaugura-espelhos-gigantes.htm;
acesso em: 9 de julho de 2014.
BENETI, Alysson Cristiano. Óptica Geométrica- Espelhos Planos e Esféricos. Imagem.
Disponível em: www.slideplayer.com.br/slide/1240819/; acesso em: 9 de julho de 2014.
COLA DA WEB. Espelhos Planos. Exemplos de contas matemáticas. Disponível em:
www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-fisica/espelhos-planos;
acesso em: 9 de julho de 2014.
SÓ FÍSICA. Associação de dois Espelhos Planos. Fórmula da Associação de Espelhos
Planos. Disponível em:
www.sofisica.com.br/conteudos/Otica/Reflexaodaluz/espelhoplano2.php; acesso em: 9 de
julho de 2014.
WIKIPÉDIA. Espelho. Imagem. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Espelho; acesso
em: 9 de julho de 2014.
MACHADO, Nuno. A Reflexão da Luz. Imagem. Disponível em: www.aulas-fisica-
quimica.com/8f_15.html; acesso em: 9 de julho de 2014.
WIKIPÉDIA. Espelhos Planos. Associação de espelhos. Disponível em:
ww.pt.wikipedia.org/wiki/Espelhos_planos; acesso em: 9 de julho de 2014.
DA SILVA, Marco Aurélio. Reflexão da Luz. Leis de reflexão. Disponível em:
www.brasilescola.com/fisica/reflexao-luz.htm; acesso em: 9 de julho de 2014.
DA SILVA, Domiciano Correa Marques. Óptica. Princípios da óptica. Disponível
em:www.mundoeducacao.com/fisica/optica.htm; acesso em: 9 de julho de 2014.
COSTA, Elismar. Espelho Plano: Propriedades de um espelho. Disponível em:
www.elimarcs.blogspot.com.br/2011/09/espelho-plano.html; acesso em: 9 de julho de 2014.
PÚBLICO. Rjukan é uma vila norueguesa que vai ser iluminada por espelhos. Utilização
de espelhos no Vilarejo. Disponível em: www.publico.pt/ciencia/noticia/rjukan-e-uma-vila-
norueguesa-iluminada-por-espelhos-1610450; acesso em: 9 de julho de 2014.
AURÉLIO, dicionário. Significado da palavra óptica. Disponível em:
www.dicionariodoaurelio.com/óptica; acesso em: 9 de julho de 2014.
DELL'ARCIPRETE, Nicolangelo; GRANADO, Nélson Vilhena. Física 2: Termologia,
Óptica e Ondulatória. 5. ed. São Paulo: Atica, 1981. p. 183.
BONJORNO, Regina A.; BONJORNO, José R.; BONJORNO, Valter; RAMOS, Clinton M.
Física Completa. 2. ed. São Paulo: FTD. S.A., 2001. p. 288.
STANISLAWCZYK, Helena. 30 październikaRjukanzobaczysłońce. Imagem. Disponível
em: www.mojanorwegia.pl/czytelnia/31_pazdziernika_rjukan_zobaczy _slonce.html;acesso
em: 9 de julho de 2014.
ANAIS – XXXFCMat

735
MEROS DO CIRCUITO RESIDENCIAL1
OS NÚMEROS

GUARDA, Ian Paulo M.2; WILPERT, Milena3; MATOS, Jean Carlo de4.

RESUMO: este trabalho baseou-se se na coleta de informações com os alunos do ensino médio noturno, num total
de 500 famílias, deste grupo foi selecionada uma amostra de 44 elementos, para aplicar a moda, mediana, desvio
padrão e funções, nos valores obtidos através da da fatura mensal de consumo elétrico. Selecionamos a menor
fatura e a maior fatura por pessoa, para descobrir quais eram os valores que mais repetiam a mesma frequência.
Através deste trabalho foi possível apresentar os dados aos alunos de uma forma mais didática,
di sendo possível
criar classes de consumo.

Palavras-chave: Consumo. Informações. Frequência.

INTRODUÇÃO

A eletricidade faz parte da sociedade moderna e é uma característica marcante da


geração atual. O seu principal aspecto positivo é a quantidade de aparelhos elétricos que nos
facilitam o acesso ao conhecimento e à informação, alem de melhorar a qualidade de vida das
pessoas. Entretanto
ntretanto a maioria das pessoas não faz ideia do consumo de energia que é gasta
realizando atividades simples. Em
Em nosso trabalho foi realizado uma pesquisa com os alunos
do ensino médio noturno sobre o consumo mensal das famílias. Refletir sobre o consumo e a
organização dos dados permitem entendê-los
entendê los e ter uma postura crítica sobre o que é divulgado
pelas empresas que fornecem e produzem energia elétrica.
A energia elétrica é uma das formas de energia mais utilizadas no mundo. Ela é
gerada, principalmente, nas usinas hidrelétricas, usando o potencial energético da água. Porém
ela pode ser produzida também em usinas eólicas, termoelétricas, solares, nucleares entre
outras.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido nas turmas pertencentes ao Ensino Médio Noturno, com
aproximadamente 500 alunos, onde foi coletado o consumo médio de cada família dos alunos.
Deste total pegou - se uma amostra de 44 alunos para aplicar a estatística de consumo.
A partir desta amostra separamos as informações em faixas de consumo que foram
transformadas em classes com intervalos de dez, conseguimos identificar o ponto com maior
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

frequência
ncia de consumo. Calculamos a moda, mediana, desvio padrão, determinamos o ponto
de distancia, criamos uma função através das matrizes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Estatística é a ciência que se utiliza das teorias probabilísticas para explicar a


frequência daa ocorrência de eventos, tanto em estudos observacionais quanto em experimento

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Paulo Blasi – Campos Novos.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professor Orientador, EEB Paulo Blasi, jean_carlo35@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
modelar a aleatoriedade e a incerteza de forma a estimar ou possibilitar a previsão de
fenômenos futuros, conforme o caso. A estatística é uma ciência que se dedica à coleta,
análise
álise e interpretação de dados. Preocupa-se
Preocupa se com os métodos de recolha, organização,
resumo, apresentação e interpretação dos dados, assim como tirar conclusões sobre as
características das fontes donde estes foram retirados, para melhor compreender as situações.
situ
A estatística não é uma ferramenta matemática que nos informa sobre o quanto de erro nossas
observações apresentam sobre a realidade pesquisada. A estatística baseia-se
baseia na medição do
erro que existe entre a estimativa de quanto uma amostra representa
representa adequadamente a
população da qual foi extraída. Assim o conhecimento de teoria de conjuntos, análise
combinatória e cálculo são indispensáveis para compreender como o erro se comporta e a
magnitude do mesmo. É o erro (erro amostral) que define a qualidade
qualidade da observação e do
delineamento experimental.

Média aritmética ( x ) A média aritmética é considerada uma medida de tendência


central e é muito utilizada no cotidiano. Surge do resultado da divisão do somatório dos
números dados pela quantidade de números
números somados. Esse tipo de cálculo é muito utilizado
em campeonatos de futebol no intuito de determinar a média de gols da rodada, nas escolas
calculando a média final dos alunos, também é utilizado nas pesquisas estatísticas, pois a
média dos resultados determina
termina o direcionamento das ideias expressas pelas pessoas
pesquisadas.
X = ∑ xi fi Onde : ∑ - soma
∑ fi Xi – ponto médio
fi – freqüência

Média ( x ) A média é o valor que aponta para onde mais se concentram


concentr os dados de
uma distribuição. Pode ser considerado o ponto de equilíbrio das frequências. Média é um
valor significativo de uma lista de valores. Se todos os números da lista são os mesmos, então
este número será a média dos valores. Caso contrário, um modo simples de representar os
números da lista é escolher de forma aleatória algum número da lista. Contudo, a palavra
'média' é usualmente reservada para métodos mais sofisticados. Em último caso, a média é
calculada através da combinação de valores de um um conjunto de um modo específico e gerando
um valor, a média do conjunto.
ANAIS – XXXFCMat

737
X = 1 140
44
X ~ 25,9

Moda (Mo) É o valor que ocorre com maior frequência em uma distribuição de
valores. Em estatística descritiva, a moda é o valor que detém o maior número de
observações, ou seja, o valor ou valores mais frequentes, ou ainda "o valor que ocorre com
maior frequência num conjunto de dados, isto é, o valor mais comum”. O termo moda foi
utilizado primeiramente em 1895 por Karl Pearson, sob influência do termo moda referindo-
referindo
se ao uso popular com o significado de objeto que se está usando muito no tempo presente. A
moda não é necessariamente única, ao contrário da média ou da mediana. É especialmente útil
quando os valores ou observações
servações não são numéricos, uma vez que a média e a mediana
podem não ser bem definidas.

Mo = (l inf+ L sup)
2
Mo = (20 + 30)
2
Mo = 25
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Mediana (Md) É o número que se encontra no centro de uma série de números,


estando
do dispostos segundo uma ordem. Na estatística e teoria da probabilidade, a mediana é o
valor numérico que separa a metade superior de uma amostra de dados, uma população ou
uma distribuição de probabilidade, a partir da metade inferior. A mediana de uma lista
l finita
de números pode ser encontrada por providenciar todas as observações do valor mais baixo
para o valor mais elevado e colheita do meio. Se houver um número par de observações, então
não existe um valor médio único, a mediana é, então, geralmente definida como a média dos
dois valores médios.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
n = 44 = 22
2 2  n  
  2  − fac ANT 
Md = l inf +    ⋅h
Md = 20 + (22 – 15) .10  fi 
14  
Md = 25

Variância (V) A Variância e o Desvio Padrão são considerados medidas de dispersão


e utilizadas nas situações em que grupos com médias de valores iguais, possuem
características diferentes. A Variância estabelece os desvios em relação à média aritmética e o
Desvio Padrão analisa a regularidade dos valores. Vamos através de um exemplo prático,
demonstrar uma aplicação básica envolvendo as duas medidas.

V = (25,9 -5)² 3 + (25,9 - 15)² 12 + (25,9 - 25)² 14 + (25,9 - 35)²9 + (25,9 - 45)² 5+ (25,9 – 55)² 1
44
V ~ 140.082

Desvio padrão (Dp) O desvio padrão é a medida mais comum da dispersão estatística
(representado pelo símbolo sigma, σ). Ele mostra o quanto de variação
ção ou "dispersão" existe
em relação à média (ou valor
or esperado). Um baixo desvio padrão indica que os dados tendem
a estar próximos da média; um desvio padrão alto indica que os dados estão espalhados por
uma gama de valores.
Dp ~ √ v
Dp ~ √ 140.082
Dp ~ 11.83

1 0,29 1 1 0,29 D = 0,58 + 0,87 + 1,74 – 0,( 1,74 + 0,87 + 0,58 )


2 0,58 1 2 0,58 =0 D = 0,58 + 0,87 + 1,74 – 1,74 – 0,87 – 0,58
D=0
3 0,87 1 3 0,87
x y 1 x y
1 0,29 1 1 0,29 =0
2 0,58 1 2 0,58 Dab = √(Xb – Xa)² + (Yb – Ya)²
Dab = √ (3 – 0)² + (0,87 – 0)²
0,29x + 2y + 0,58 – ( 0,58 + 0,58x + y ) = 0 Dab = √ 3² + 0,87²
0,29x + 2y + 0,58 – 0,58 – 0,58x – y = 0 Dab = √ 9 + 0,7569
– 0,29x + y = 0 Dab = √ 9,7569
y = 0,29x Dab = 3,123
y = ax + b
ANAIS – XXXFCMat

739
0,29x + 2y + 0,58 – 0,58 – 0,58x – y = 0 Tgα = CO Sen α = O
– 0,29x + y = 0 CA H
Tgα = 0,87 Sen α = 0,87
y = 0,29x
3 3,123
y = ax + b Tgα = 0,29 Sen α = 0,278

α = 16,17° α = 16,17°

CONCLUSÕES

Ao fim deste trabalho foi possível estabelecer quais faixas de consumo foram mais
frequentes dentre os alunos pesquisados. Foi possível identificar a menor faixa de consumo e
a maior. Também conseguimos descobrir o desvio padrão dentre as faixas de consumo. E
podemos estabelecer padrões no consumo dentro de classes sociais.

REFERÊNCIAS
IOVANNI Júnior, José Ruy. A conquista da matemática, 8º ano/ José Ruy Giovanni Júnior,
Benedicto Castrucci. - Ed. renovada.

DANTE, L. R. Matemática Contexto & Aplicações. Ensino Médio e Preparação para a


Educação Superior. 2ª Edição. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Estat%C3%ADstica

http://www.somatematica.com.br/estatistica.php

http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/moda-media-mediana-quando
http://revistaescola.abril.com.br/fundamental quando-usar-como-
interpretar-resultados-732318.shtml#ad
732318.shtml#ad-image-0

http://revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica-pedagogica/estatisticas
http://revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica pedagogica/estatisticas-bem-trabalhadas-
matematica-dados-graficos-trat
tratamento-informacao-555423.shtml

http://pt.wikipedia.org/wiki/Desvio_padr%C3%A3o

http://www.mundoeducacao.com/matematica/variancia
http://www.mundoeducacao.com/matematica/variancia-desvio-padrao.htm
padrao.htm

http://stat2.med.up.pt/cursop/glossario/dpadrao.html
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

http://www.infoescola.com/matematica/trigonometr
http://www.infoescola.com/matematica/trigonometria/

http://www.infoescola.com/matematica/razoes
http://www.infoescola.com/matematica/razoes-trigonometricas/

http://www.infoescola.com/matematica/secante
http://www.infoescola.com/matematica/secante-cossecante-e-cotangente/

http://www.brasilescola.com/matematica/trigonometria.htm

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
PONTEMÁTICA1

CARMESINI, Lidia2; DECAMPI, Magali3; SPERANZINI, Maria Aparecida4.

RESUMO: O trabalho tem como tema a matemática aplicada na construção de pontes. O objetivo é demonstrar
que a variação de tipos de material e do formato estrutural usado na construção de pontes, interfere na resistência
delas, determinando a qualidade de suas funções (travessia de pessoas, automóveis, objetos entre outras cargas).

Palavras-chave: Ponte. Tração. Compressão.

INTRODUÇÃO

Pontes são recursos de engenharia que as cidades dispõem para permitir a


acessibilidade rápida e prática de seus cidadãos. Nossa cidade, Nova Trento, é cortada por um
rio principal e vários afluentes e por isso possui muitas pontes. Este fato despertou a
curiosidade de conhecer e entender melhor como essas construções se sustentam. Desde
tempos mais remotos o homem necessita ultrapassar obstáculos em busca de suprimentos para
as suas necessidades. As primeiras pontes teriam surgido naturalmente pela queda de troncos
sobre rios, dando passagem de uma margem à outra. Com o surgimento da Idade do Bronze e
a predominância da vida sedentária, tornou-se importante a construção de estruturas
duradouras. Há vestígios de pontes “em arco” desde cerca de 4000 a.C., na Mesopotâmia, no
Egito, e mais tarde, cerca de 500 a.C., na Pérsia e na Grécia. A mais antiga estrutura chegada
aos nossos dias é uma ponte de pedra ‘em arco’’, situada no Rio Meles, na região de Esmirna,
na Turquia, e datada do século IX a.C. No século XVIII durante a Revolução Industrial surge
a primeira ponte em ferro fundido, naGrã-Bretanha, na qual foram desenvolvidos sistemas de
armações em ferro-forjado para pontes mais largas. Com o advento das locomotivas a vapor o
ferro tornou-se insuficiente para suportar a força de tensãodas grandes cargas carregadas por
esses trens. Pontes suspensas modernas fazem a sua apariçãona Revolução Industrial, com
correntes metálicas e depois com fios de aço entrelaçados permitindo vãos cada vez mais
extensos. Após a Segunda Guerra Mundial muitas das infra-estruturas rodoviárias tiveram que
ser reconstruídas. O exemplo mais claro é o da ponte suspensa de Akashi-Kaikyo no Japão,
com um vão de 1.995 metros, sendo o maior vão do mundo. Ou seja, a mobilidade do homem,
principalmente para seu desenvolvimento, é essencial, porém os obstáculos como águas e
vãos impediam a passagem de informação e mercadorias. A história do macarrão se confunde
com a evolução da humanidade. Há mais de seis mil anos o homem descobriu que podia moer
alguns cereais e misturar com água e desde então as massas alimentícias tiveram ampla
aceitação e a demanda só cresceu. Do antigo Egito às travessias árabes, das viagens de Marco
Polo às tradições italianas, esses alimentos sempre atenderam às necessidades de
abastecimento de alimentos e de confortoda população. No Brasil, com a forte imigração
italiana no começo do século XX o macarrão foi difundido e atualmente está entre os pratos

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas,
Instituição: EEB Francisco Mazzola – Nova Trento.
2
Aluna do 3º ano.
3
Aluna do 3º ano.
4
Professora Orientadora, EEB Francisco Mazzola, profcida.mtm66@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

741
preferidos dos brasileiros. Curiosidade: A massa, considerada a “avó” do espaguete apareceu
pela primeira vez na Itália, no século XIII, trazida pelos árabes. Eram compridos tubos ocos
de massa leve, que secavam enrolados em fios de palha. No século XVIII o espaguete já era
tão popular em toda a Europa que os aristocratas ingleses eram capazes de viajar até Nápoles
só para se refestelar com a massa, servida em populares barracas no meio da rua. O nome
espaguete significa barbante. É um aportuguesamento de “spaghetti”, que em italiano é o
diminutivo de spago, corda. O objetivo deste trabalho é construir uma ponte para suportar um
determinado peso com um material aparentemente frágil, neste caso usaremos o macarrão.
Após as pesquisas realizadas pelo nosso grupo, descobrimos que além do material, uma ponte
depende de forças físicas para manter-se
manter se estável e em uso. O material usado nas construções
das pontes é somente percebido pela durabilidade
durabilidade e força da ponte (tendo em vista que deve
ser considerado que uma ponte de macarrão não deve ser utilizada para carros ou pedestres,
este material foi escolhido somente para exemplificar a ação das forças que serão
apresentadas a seguir). Uma maneira
maneira de compreender melhor o comportamento de sistemas
estruturais pode ser feita através da observação de modelos reduzidos de estruturas, como por
exemplo, podem-se se citar sistemas estruturais confeccionados com materiais flexíveis como o
silicone, a borracha
ha e o elástico. Aqui utilizaremos o macarrão. Um sistema estrutural bastante
utilizado na engenharia são as chamadas treliças. Uma treliça é uma estrutura reticulada que
tem todas as ligações entre barras articuladas. Na análise de uma treliça as cargas atuantes
a são
transferidas para os seus nós. A consequência disso, em conjunto com a hipótese de ligações
articuladas, é que uma treliça apresenta apenas esforços axiais (esforços normais de tração e
compressão).

MATERIAL E MÉTODO

Cada tipo de ponte lida com duas forças importantes, chamadas de compressão e
tração. Compressão: é uma força que age para comprimir ou diminuir o objeto sobre a qual
está agindo; Tração: por sua vez, é uma força que age para expandir ou aumentar o objeto
sobre a qual está agindo. A compressão e a tração estão presentes em todas as pontes, e é
trabalho do projeto da ponte lidar com essas forças sem o risco de que a ponte entorte ou
rache. Entortar é o que acontece quando a força de compressão ultrapassa a habilidade
h de um
objeto em lidar com essa compressão, e rachar é o resultado do excesso de tração sobre o
objeto. A melhor maneira de lidar com essas forças é dissipá-las
dissipá las ou transferi-las.
transferi Dissipar
força é espalhá-la
la sobre uma grande área, fazendo com que nenhum
nenhum ponto tenha de suportar o
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

impacto da força concentrada. Transferir força é mudá-la


mudá la de uma área de fraqueza para uma
área de força; uma área projetada para suportar a força. O tamanho da viga e especialmente
sua altura, controla a distância que essa viga
viga pode atingir sem precisar de uma nova coluna.
Ao aumentar a altura da viga, há mais material para dissipar a tração. Para criar vigas bem
altas, os projetistas de pontes adicionam redes de apoio, ou tesouras, à viga da ponte. Essa
tesoura de suporte adiciona
iciona rigidez à viga existente, aumentando bastante sua capacidade de
dissipar tanto a compressão como a tração. Assim que a viga começar a comprimir, a força
será dissipada por meio da tesoura. Dentre inúmeros modelos de tesouras que existem, para
que nosso
sso protótipo ficasse rígido e com boa resistência, escolhemos o modelo de tesoura
proposto por Warren (Figura 1). modelo de tesoura proposto por Warren

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Modelo de tesoura proposto por Warren. (Figura 1).

Dimensionamentos das barras


Com conhecimento dos conceitos de tração e compressão, e a geometria da ponte já
definida, o segundo passo foi dimensionar cada uma das barras que formariam nossa ponte.
Queríamos descobrir a tamanho e o tipo de força que cada uma dessas barras estava sofrendo.
Para isso nos aprofundamos aos conceitos desta tesoura que iríamos construir e assim
caminhamos até o estudo das treliças. Dois métodos de dimensionamento podem ser
utilizados para as treliças: Método dos Nós ou Método de Cremona, Método de Ritter ou
Método das Seções (analíticos e usados com maior frequência). A seguir temos um
exemplo simples dôo cálculo de uma treliça utilizando o método das seções: Consideramos
um peso de 10 kg aplicado no meio da estrutura, como 10 kg equivale a 98.1N então
subdividindo os pesos temosa seguinte configuração:

0,10m
24,53N 24,53N 49,5N 49,5N

0,50m

Dimensionamentos das barras em nós.

49,5N 49,5N
0,10m
24,53N 24,53N

0,50m

Dimensionamentos das barras em nós.

∑Fx=0
Ax=0

∑Fy=0
Ay+Iy=49,05

∑Ma = 0
Iy (0,50)-(0,20).24.53-(0,30).24,53=0
Iy12,27 = 24,53N
0,50
Ay= 24,53N
ANAIS – XXXFCMat

743
No método das seções é feito um corte na treliça e são analisadas as forcas que agem
internamente:

Fab

Ax
Fac
Ângulo usado nos métodos das seções.
Ay
∑Fy = 0 ∑Fy = 0
Ay+Fabsen(45)=0 Fab cos(45) + Fac=0
Fab= - 24,53 -34,70.(0,707) +Fac=0
Sen(45) Fac= 24,53N ( T )
Fab = -24,53= 34,70N (C)
0,707

Quando se faz os cálculos às respostas obtidas já nos dizem se é tração ou compressão


dependendo do sentido que adotamos. Tração: Para barras submetidas à tração utilizamos a
seguinte equação:
n de fios = carga(N)
42,67N
Assim definimos
nimos quantos fios de macarrão deve conter na barra. Então como visto a
barra AC sofre uma carga de 24,53N na tração:
n = 24,53 = 0,5
42,67
É claro que é impossível utilizar 0,5 de um fio de macarrão, então para isso utilizamos
um numero mínimo de macarrão carrão para manter a estabilidade da ponte, ou seja, 01 fio de
macarrão. Compressão; Para barras submetidas a compressão utilizaremos a seguinte
equação:
N de fios=√carga(N)l²(mm)
27906 r4
Onde l – comprimento a barra
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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

r – raio do macarrão (no nosso caso 0,90)


Temos a barra AB que suporta uma carga de 34,70N (compressão) e seu comprimento
é de 150mm, logo:
N de fios = √(34,70).(150)²
27906.(0,9)4
N de fios = √(34,70).(22500,00)
(34,70).(22500,00)
27906.(0,66)
N de fios = √780750,00
18417,96
N de fios = √42,39

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
N de fios = 6,51
Como é inviável utilizar 6,51 fios de macarrão utilizamos 7 fios.

CONCLUSÃO

Para que as treliças das pontes sejam fortes o suficiente para suportar o peso a que são
submetidas, o principal conteúdo físico-matemático utilizado é o da força de tração e de
compressão. Conforme pesquisamos, o fio de macarrão tem mais resistência à tração, e assim
as barras tracionadas precisam de menos fios que as comprimidas, desta forma pudemos
reforçar as barras mais solicitadas e conseguimos uma maior eficiência no teste do protótipo.

REFERÊNCIAS

SIBUYA, Clayton et al. Ponte de Macarrão- Passo a Passo – Cálculos e Construção.


Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfnxUAF/ponte-macarrao-passo-a-
passo-calculos-construcao> Acesso: 15/set/2014
ANAIS – XXXFCMat

745
SECÇÕES CÔNICAS: APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA1

VALENTINI, Larissa2; DALLAZEN, Silviana Franco3; SANTOS, Elenice Busch dos4.

RESUMO:: Nosso projeto aborda atividades significativas para o estudo das Secções Cônicas com o objetivo de
compreender tais curvas geometricamente, algebricamente e através de simulações utilizando planilhas
eletrônicas. Para seu desenvolvimento mobilizamos pesquisa
pesquisa da história e aplicações, fizemos o estudo das
curvas como: circunferência, elipse, parábola e hipérbole, construção e análise de gráficos manualmente e nas
planilhas e a socialização das aprendizagens. Com esse trabalho houve maior compreensão sobre as curvas
cônicas, gráficos e planilhas. Percebemos que o estudo da geometria analítica como forma de analisar as curvas
nos gráficos, bem como identificar as fórmulas, aconteceu de forma significativa. Portanto nosso trabalho
contribuiu para a aprendizagem m matemática, repensando a prática e apontando algumas sugestões metodológicas
para o estudo das secções cônicas em sala de aula no ensino médio.

Palavras-chave:: Secções Cônicas. Planilhas Eletrônicas. Geometria Analítica.

INTRODUÇÃO

O Estudo de geometriaetria analítica no Ensino Médio complementa a geometria


euclidiana abordada pela Matemática desde as séries iniciais do Ensino Fundamental, sendo
este estudo de importante papel para a formação do aluno, desde que estabeleça e compreenda
as relações entre a geometria e a álgebra. É importante que consiga interpretar as expressões
algébricas das fórmulas, bem como desenhar graficamente as curvas no Plano Cartesiano.
Também é necessário que o aluno perceba o mundo que o cerca pela geometria, utilizando a
Matemática
mática como a linguagem para fazer tais decodificações.
Tais conexões com o mundo que o cerca, bem como as relações entre o estudo
analítico da geometria citados, não acontece sem a intencionalidade e planejamento do
professor. Secções Cônicas: Aprendizagem
Aprendizagem Significativa foi pensado para dar suporte ao fazer
matemático que compreende ensinar e aprender agregando significado com atividades que
possibilitem transitar entre teoria e constatação, seja deduzindo fórmulas ou fazendo
simulações com as mesmas através
atra de planilhas eletrônicas.
Dessa forma tal estudo se dá não só na teoria, ou com o livro didático como único
recurso, mas com a prática, de modo concreto e permitindo inferências, analogias e
simulações.

MATERIAL E MÉTODOS
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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Nosso trabalho foi desenvolvido


desenvolvido planejando e seguindo a sequência didática abaixo
descrita, pensada para favorecer e agregar significado no ensino e aprendizagem do conteúdo
Secções Cônicas.

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-Relação com outras Disciplinas;
Disciplinas
Instituição: EEB Julius Karsten – Jaraguá do Sul.
2
Aluno Expositor, juliuskarsten@sed.sc.gov.br.
3
Aluno Expositor, juliuskarsten@sed.sc.gov.br.
4
Professora Orientadora, EEB Julius Karsten, nicebusch@gmail.com.

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
• Introdução e motivação para o projeto: apresentação de um material feito pela
professora que consiste em um cone duplo sendo seccionado por um plano,
formando as curvas cônicas.
• Estudo das secções cônicas: explorar atividades práticas como o uso de uma
lanterna para identificação das curvas projetadas na parede. Bem como traçar as
curvas, utilizando instrumentos de geometria, como régua, barbante, compasso e
transferidor.
• Estudo de aplicações das curvas cônicas de subtemas em pequenos grupos: os
alunos divididos em pequenos grupos escolherão algumas áreas de aplicações das
curvas cônicas, na arte de artistas como: Kandinsky e Vasarely , na arquitetura de
Oscar Niemeyer, nas construções de pontes, igrejas e nas órbitas. Esta atividade
será desenvolvida com pesquisa pra que promovam a melhor apresentação das
ideias relevantes ao tema.
• Atividade extraclasse: os alunos postaram em redes sociais imagens de curvas
cônicas que identificaram no seu cotidiano.
• Estudo das cônicas: estudo analítico da circunferência, elipse, hipérbole e parábola
com resolução de problemas e construção manual de gráficos no plano cartesiano
usando papel quadriculado.
• Estudo das secções cônicas na planilha eletrônica: cada aluno programou uma
planilha, seguindo um tutorial fornecido pela professora. Após terem construído a
planilha, os alunos exploraram analiticamente concepções básicas da
circunferência, elipse, hipérbole e parábola.
• Apresentação e socialização: cada equipe se organizou para apresentar aos demais
alunos da classe e da escola sua aprendizagem. Esta é uma ação muito importante
pois favorece o exercício de síntese e definição de elementos essenciais para a
comunicação do conteúdo. Também possibilita a avaliação para possíveis
retomadas ou orientação aos alunos.
Um momento muito rico deste trabalho, citado no sexto objetivo/conteúdo acima,
caracteriza-se pela importância de utilizar recursos eletrônicos como calculadora e planilha
eletrônica para aperfeiçoar o estudo e agilizar os cálculos, possibilitando assim simulações um
número maior de simulações, o que possibilita a identificação das modificações sofridas nas
curvas de acordo com alterações em coeficientes das fórmulas ou funções. Nesta etapa os
alunos são convidados a pensar tais alterações, justificar as modificações e suas consequentes
implicações na posição ou dimensões das curvas cônicas no plano cartesiano.
Também se faz oportuno o estudo da relação das curvas com obras de Kandinsky,
Vasarely e Oscar Niemeyer, bem como Órbitas e Leis de Kepler. Os alunos devem
contextualizar pesquisando e organizar textos sobre: história, curiosidades e regras sobre seus
subtemas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
ANAIS – XXXFCMat

747
Para alcançar os objetivos do trabalho é importante apoiarmos em fundamentação
teórica, passando por história e contexto, definições importantes das Secções Cônicas e
aplicação prática.
O período de 225 a.C. foi denominado
denominado “Idade Áurea” da matemática por se
destacarem nessa época três grandes nomes: Euclides de Alexandria, Arquimedes de Siracusa
e Apolônio de Perga.
Apolônio se destacou pelo desenvolvimento dos conceitos das secções cônicas,
mostrando como obter todas as secções cônicas de um mesmo cone e dando-lhes
dando nomes
apropriados, como mostra a figura abaixo.

Figura 1: Seções Cônicas (disponível em: http://www.matematicasdigitales.com)

As Secções Cônicas são curvas obtidas a partir de secções (cortes) da superfície de um


cone duplo. Portanto são curvas planas que destacamos a seguir:
Elipse: obtido seccionando superfície de um cone por um plano obliquamente à sua
base.
Circunferência: obtido pela secção da superfície de um cone por um plano paralelo à
sua base.
Parábola: secciona a superfície de um cone por um plano paralelo a uma das
geratrizes e também à circunferência da base.
Hipérbole: secciona a superfície dos dois cones paralelos ao seu eixo e não passa pelo
vértice.
As curvas descritas pela interceptação plana dos cones podem ser representadas
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algebricamente por equações. Tais expressões são obtidas obtidas através de suas definições,
características e propriedades.
As relações que são estabelecidas entre a fórmula e representação gráfica das cônicas,
bem como demais funções matemáticas, permitem transitar entre essas linguagens, obtendo
uma a partir da outra,
utra, ou seja: tendo a fórmula obtemos o gráfico ou o analisando seu gráfico
podemos determinar a fórmula.
A seguir apresentamos uma tabela com as fórmulas das Secções Cônicas.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Cônica Fórmula
Parábola

Circunferência

Elipse - caso1

Elipse - caso 2

Hipérbole - caso 1

Hipérbole - caso 2

Apesar de ser um assunto que geralmente não desperta o interesse dos alunos, quando
souberam que uma das etapas deste projeto envolveria o uso dos computadores, ficaram
empolgados com a proposta do trabalho.
A representação gráfica da parábola foi a mais fácil de entender e aplicar, segundo os
alunos, por já terem estudado Função Quadrática em outro momento. Com o auxílio do
tutorial orientando o passo a passo, não tiveram problemas nem dificuldades quanto aos
recursos da planilha, mesmo quando era necessário usar um fator multiplicativo negativo. A
utilização de um tutorial foi uma escolha muito feliz, pois os alunos tiveram poucas dúvidas
ao criar as planilhas, e, aqueles que trouxeram seus computadores, disseram que gostaram
muito dessa atividade.
O estudo das secções cônicas foi compreendido com facilidade pelos alunos. Como
eles mesmos disseram: “depois que a planilha está pronta fica mais fácil e rápido analisar os
dados e o gráfico”. Alguns alunos que já haviam realizado algumas atividades envolvendo
planilhas eletrônicas, tiveram facilidade e “rapidez” no desenvolvimento da planilha para o
estudo das curvas cônicas, auxiliando os demais para também terem êxito.
Todas as etapas deste projeto foram muito importantes e ricas em aprendizagens,
porém a mais importante, e que os alunos puderam entender o trabalho como um todo, foi o
uso das planilhas. Pois eles até pensaram que com a planilha resolvendo as equações e
representando os gráficos, eles não precisariam mais de esforços neste assunto.

CONCLUSÕES

Os objetivos planejados foram alcançados e, em algumas etapas, pudemos ir além pois


os alunos envolveram-se no projeto e contribuíram para enriquecê-lo.
O grande diferencial deste trabalho foi utilização do computador como ferramenta,
auxiliando no ensino e na aprendizagem significativa, contribuindo para o êxito em
alcançarmos os objetivos propostos. Pois utilizando as planilhas eletrônicas, além do trabalho
cognitivo envolvido, percebemos que houve dedicação e interesse por parte da maioria dos
alunos, o que facilitou a aprendizagem.
ANAIS – XXXFCMat

749
O aspecto mais importante, utilizando o computador, foi o de simular e testar
alterações nas equações para analisar ou obter os resultados.
Observamos
vamos que a maioria dos alunos tem facilidade com a utilização de algumas das
ferramentas eletrônicas. Especificamente aos aplicativos e programas de computador, seja no
sistema operacional pago ou livre, possuem um bom domínio nos editores de texto ou
navegadores
egadores da web, porém, se tratando de planilhas, demonstraram, por falta de contato ou
utilização, certa dificuldade inicial que, com este trabalho, pode ser superada. Portanto, o
uso dos computadores se mostrou uma ferramenta muito útil para o professor de matemática.
Pois traz dinamismo e aprendizagem prazerosa nas aulas.
Desenvolvendo “Secções Cônicas: Aprendizagem Significativa” pudemos ir além do
planejado ou esperado para a turma, conquistando a atenção e dedicação dos alunos, os tendo
como parceiros
ros e instrumentalizando o estudo deste importante conteúdo da matemática do
Ensino Médio.

REFERÊNCIAS

BARRETO FILHO, Benigno. Matemática aula por aula.. São Paulo : FTD, 2003.

DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contextos e aplicações.


aplicações. São Paulo : Ática, 2010.

Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática /


Fundamental Brasília : MEC / SEF, 1998.
Secretaria de Educação Fundamental.

SOUZA, Joamir Roberto de. Novo olhar matemática.


matemática. São Paulo : FTD, 2010.

SECÇÕES S CÔNICAS. Disponível em: <http://www.matematicasdigitales.com>. Acesso em:


02 de julho de 2014.

KANDINSKY, Wassily.Circles
Circles. Disponível em: <http://www.ionaconversations.org>.
www.ionaconversations.org>.
Acesso em: 03 de julho de 2014.

VASARELY,Victor. Vega 200.


200 Disponível em: <http://www.wikiart.org>.
www.wikiart.org>. Acesso em: 03 de
julho de 2014.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
SOB A ÓPTICA DA MATEMÁTICA1

KRUEGER, Eduarda2; DALLMANN, Luísa3; MEIER, Elisângela Luciane Modjewski4.

O conteúdo de Física do primeiro ano do ensino médio aborda o estudo da luz


enquanto onda, sendo abordado em óptica geométrica. Os princípios básicos de propagação
da luz nos levaram ao estudo dos espelhos e lentes, durante o qual, observando instrumentos
ópticos que funcionam pela reflexão e pela refração da luz, percebemos que as curvas planas
estavam muito presentes. A óptica fisiológica, que estuda o comportamento óptico do olho
(especificamente, em nossos estudos, do olho humano) permite fazer uma análise, através da
geometria, dos raios de luz incidentes e de como se comportam ao serem refratados pelo
conjunto córnea/cristalino. A imagem formada na retina é invertida e menor que o objeto
observado, analogamente ao que acontece na câmara escura de orifício (fotografia pinhole) e
na máquina fotográfica. O globo ocular está situado dentro de uma cavidade óssea e possui
aproximadamente 24mm de diâmetro anteroposterior e 12mm de largura. O aparelho visual é
composto por um conjunto sensorial constituído pelo olho, via óptica e centros visuais, e um
conjunto não sensorial, representado pelos vasos e nervos. A órbita, pálpebras, conjuntiva e o
aparelho lacrimal são responsáveis pela proteção do olho, enquanto que os músculos
oculomotores asseguram sua mobilidade. O olho é uma esfera que mede cerca de 24mm de
diâmetro antero-posterior, localiza-se na parte anterior da órbita e é formado por três
camadas: externa, média e interna. Funciona como uma câmera fotográfica que capta as
imagens e as envia, por meio do nervo óptico, para a região posterior (occipital) do cérebro,
onde os estímulos visuais são transformados nas imagens como nós as vimos. Por isso os
traumatismos da região posterior da cabeça (nuca) podem causar distúrbios visuais e até
cegueira. O cristalino é a "lente" do olho, responsável pela projeção nítida da imagem na
retina. É um citosistema altamente organizado que se localiza entre a íris e o humor vítreo.
Ele atua na participação dos meios refrativos do olho, sendo capaz de aumentar o grau, para
focalização das imagens de perto (acomodação). Alterações em sua estrutura e tamanho, perto
dos quarenta anos de idade, levam a dificuldades para enxergar de perto (presbiopia), situação
que pode ser corrigida com uso de óculos. A estrutura do cristalino é biconvexa, avascular e
incolor. Constituído por células organizadas longitudinalmente, como uma casca de cebola
que perdem as suas organelas durante a formação. Desta forma é assumida a transparência de
sua estrutura. Tem de 7 a 9 mm de comprimento no seu maior eixo e 2 a 4 mm de espessura,
com formato parecido com uma lentilha. O cristalino cresce continuamente durante a vida do
indivíduo. Com o envelhecimento, o cristalino pode perder sua transparência, causando
borramento da visão. É a chamada catarata, cujo tratamento consiste na sua remoção cirúrgica
e na colocação de uma lente artificial em seu lugar. A propagação retilínea da luz na formação
das imagens na retina pode ser entendida pelo Teorema de Tales. O Teorema de Tales é
determinado pela intersecção entre retas paralelas e transversais, que formam segmentos

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: Colégio Sinodal Doutor Blumenau – Pomerode.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, Colégio Sinodal Doutor Blumenau.
ANAIS – XXXFCMat

751
proporcionais. Foi estabelecido por Tales de Mileto, que defendia a tese tes de que os raios
solares que chegavam à Terra estavam na posição inclinados. Partindo desse principio básico
observado na natureza, intitulou uma situação de proporcionalidade que relaciona as retas
paralelas e as transversais. Retas paralelas cortadas por
por retas transversais formam segmentos
proporcionais. O Teorema de Tales pode ser determinado pela seguinte lei de
correspondência: “feixes de retas paralelas cortadas ou intersectadas por segmentos
transversais, formam segmentos de reta, proporcionalmente correspondentes”. O Teorema de
Tales possui inúmeras aplicações nas diversas situações envolvendo cálculo de distâncias
inacessíveis e possui grande aplicabilidade nas questões relacionadas à Astronomia. Também
foi possível observar a presença de instrumentos
instrumentos ópticos esféricos ao estudar a fisiologia da
visão, que foi abordada nas aulas de Biologia e de Física. Os instrumentos ópticos baseiam-se
baseiam
em princípios da óptica e têm a finalidade de facilitar a visualização de determinados objetos.
s instrumentos ópticos
ticos são utilizados no nosso cotidiano e baseiam-se
baseiam se nos princípios da óptica
para permitir, facilitar ou aperfeiçoar a visualização de determinados objetos, que vão desde
seres minúsculos, como alguns tipos de bactérias, até enormes planetas e estrelas. Existe
E uma
infinidade de instrumentos ópticos, podemos citar: microscópio, telescópio, projetores, lupa,
câmera fotográfica, óculos, lentes. A correção das ametropias (miopia, hipermetropia e
presbiopia) pode ser feita com o uso de lentes, que têm seu funcionamento
funcionamento justificado pelos
raios de luz que se propagam segundo as propriedades das curvas planas. Dentre todas as
aplicações da óptica geométrica, a que mais se destaca pelo seu uso no cotidiano é o estudo
das lentes esféricas, seja em sofisticados equipamentos
equipamentos de pesquisa astronômica, ou em
câmeras digitais comuns, seja em lentes de óculos ou lupas. Chamamos lente esférica o
sistema óptico constituído de três meios homogêneos e transparentes, sendo que as fronteiras
entre cada par sejam duas superfícies esféricas
esféricas ou uma superfície esférica e uma superfície
plana, as quais chamamos faces da lente. Dentre as lentes esféricas que são utilizadas, seis
delas são de maior importância no estudo de óptica, sendo elas: lente biconvexa, lente plano-
plano
convexa, lente côncavo-convexa,
convexa, lente bicôncava, lente plano-côncava,
plano côncava, lente convexo-
convexo
côncava. Para seguir um padrão na nomenclatura das lentes é convencionado usar como
primeiro nome o da face de maior raio de curvatura seguido do menor raio, já que a mesma
lente pode ter umm lado côncavo e outro convexo. Em uma lente esférica com comportamento
convergente, a luz que incide paralelamente entre si é refratada, tomando direções que
convergem a um único ponto. Tanto lentes de bordas finas como de bordas espessas podem
ser convergentes,
gentes, dependendo do seu índice de refração em relação ao do meio externo. Em
uma lente esférica com comportamento divergente, a luz que incide paralelamente entre si é
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

refratada, tomando direções que divergem a partir de um único ponto.


Tanto lentes de bordas espessas como de bordas finas podem ser divergentes,
dependendo do seu índice de refração em relação ao do meio externo. Os espelhos esféricos
são constituídos de uma superfície lisa e polida com formato esférico.Se a parte refletora for
interna à superfície,
uperfície, o espelho recebe o nome de espelho côncavo; se for externa, é
denominado convexo. A imagem formada por esses espelhos não é muito nítida. Para
estudarmos essas imagens recorremos às condições de Gauss (1777-1855),
(1777 1855), um matemático,
astrônomo e físicoco alemão: o ângulo de abertura deve ser pequeno, no máximo 10 graus. Os
raios de luz incidentes devem estar próximos do eixo principal e pouco inclinados em relação
a ele. A posição e o tamanho das imagens formadas pelos espelhos esféricos também podem

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
ser determinados geometricamente pelo comportamento dos raios de luz que partem do objeto
e são refletidos após incidirem sobre o espelho. Embora sejam muitos os raios que contribuem
para a formação das imagens, podemos selecionar três raios que nos auxiliam a determinar
mais simplificadamente suas características: 1) os raios de luz que incidem no espelho
passando pelo seu centro de curvatura (C) refletem-se sobre si mesmos, pois possuem
incidência normal (perpendicular) à superfície; 2) quando os raios de luz incidem no vértice
(V) do espelho são refletidos simetricamente em relação ao seu eixo principal (î = r); 3) nos
espelhos côncavos, os raios de luz que incidem paralelamente e próximos ao eixo principal
são refletidos passando por uma região sobre o eixo denominada foco(F). A elipse, a parábola
e a hipérbole são curvas que possuem propriedades na reflexão e na refração, o que justifica
seu uso em inúmeros instrumentos ópticos presentes no cotidiano. As cônicas são curvas
obtidas a partir de intersecções de um plano com um cone reto. Curvas cônicas são curvas
resultantes de secções no cone reto circular. Cone reto circular é aquele cuja base é uma
circunferência e a projeção do vértice sobre o plano da base é o centro da circunferência.
Conforme a posição do plano secante, em relação ao eixo do cone. Quando o plano secante é
oblíquo ao eixo, mas o ângulo dele com o plano da base é menor do que o ângulo entre a
geratriz do cone e o plano da base, a curva resultante chama-se Elipse. A elipse é o conjunto
dos pontos do plano que satisfazem a seguinte condição:PF + PF´ = AA´ Onde AA´ = eixo
maior P é um ponto qualquer da curva F e F´ são os focos BB´ = eixo menor FF´ = distância
Focal O = centro da curva. Hipérbole: quando o plano secante é paralelo ou oblíquo ao eixo
mas o ângulo dele com o plano da base é maior do que o ângulo entre a geratriz do cone e o
plano da base. A hipérbole é o conjunto dos planos do plano que satisfazem a seguinte
condição: PF - PF´ = AA´Onde AA´ = eixo real P é um ponto qualquer da curva F e F´ são os
focos BB´ = eixo imaginário FF´ = distância Focal O = centro da curva. Parábola: quando o
plano secante é obliquo ao eixo, mas sua inclinação é igual ao ângulo entre a geratriz do cone
e o plano da base. A parábola é o conjunto de pontos do plano que satisfazem a seguinte
condição: PF = Pd onde P é um ponto qualquer da curva F é o foco d = diretriz V = vértice. A
distância OF é o parâmetro da curva. O vértice da curva é, por definição, o ponto médio do
parâmetro. Como a luz se propaga em linha reta, os focos dessas curvas têm papel importante
na trajetória desses raios, o que permite a aplicação desse conhecimento em diversos setores.
Restringimos nossa pesquisa à óptica, porém é de grande relevância a aplicação das cônicas
em diferentes áreas do conhecimento. Grandes avanços científicos e tecnológicos decorrem da
compreensão do comportamento da luz ao ser refletida ou refratada por instrumentos ópticos.
Os instrumentos ópticos, em constante aperfeiçoamento desde que Galileu, há mais de quatro
séculos, observou crateras lunares e luas de Júpiter, são ferramentas importantes para
conhecer melhor o mundo em que vivemos, desde o macro até o microcosmo.
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753
SÓLIDOS DE PLATÃO1

CARDOSO DE SALES, Fernando2; DUARTE FORTALEZA, Paloma3;


DE MATTOS, Arnoldo4.

RESUMO: Platão (350 a.C) foi o primeiro a demonstrar que existem apenas cinco poliedros regulares: o cubo, o
tetraedro, o octaedro, o dodecaedro e o icosaedro. Junto com seus seguidores ele estudou esses sólidos
intensamente, ficando conhecidos como “poliedros de Platão”.
Platão”. O conhecimento destes sólidos teria sido
desencadeado com Arquitas, que em viagem à Cecília, sul da Itália, encontraria Platão. Para este, o Universo era
formado por corpo, alma e inteligência. Na matéria havia porções limitadas por triângulos ou quadrados,
quadrad
formando-sese elementos que diferiam entre si pela natureza da forma de suas superfícies periféricas. Platão,
misticamente, associa os quatro sólidos mais fáceis de construir – tetraedro, octaedro, icosaedro e o hexaedro –
com os quatro “elementos” primordiais
rdiais empedoclianos de todos os corpos materiais – fogo, ar, água e terra.
Contornava-sese a dificuldade embaraçosa em explicar o quinto sólido, o dodecaedro, associando-o
associando ao Universo
que nos cerca.

Palavras-chave: Platão. Sólidos. Universo.

INTRODUÇÃO

Aoo associar os quatro sólidos mais fáceis de construir –tetraedro,


tetraedro, octaedro, icosaedro e
o hexaedro – com os quatro elementos primordiais empedoclianos de todos os corpos
materiais – fogo, ar, água e terra, Platão, contorna a dificuldade em explicar o quinto
quint sólido, o
dodecaedro, associando-oo ao Universo que nos cerca. Após pesquisar a história da
matemática, em particular Platão, e, abordando o conteúdo Sólidos Geométricos, tais como:
número de faces, vértices, arestas e fórmula de Euler, os alunos do EnsinoEnsin Médio estarão
aptos a apresentar a Oficina, falando sobre a biografia de Platão e sua importância na
matemática. A Oficina será dividida em alguns momentos: introduziremos o assunto dos
Sólidos de Platão através de uma apresentação em Power Point, contendo
contendo ideias sobre alguns
tópicos significativos da Geometria. Entregaremos materiais aos participantes, divididos em
grupos, que serão utilizados para montar os poliedros através de dobraduras. Explicaremos a
atividade que será desenvolvida com o material entregue entregue anteriormente. Em seguida
entregaremos aos participantes uma tabela, que deverá ser preenchida a partir da contagem de
número de faces, arestas e vértices de cada Poliedro de Platão, trabalhando, intuitivamente, a
Relação de Euler, definindo-a.a. Acreditamos
Acreditamos que ao trabalhar com material concreto, os alunos
compreendam melhor a geometria e percebam que a matemática vai além dos números, e
conheçam um pouco mais sobre Platão.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

MATERIAL E MÉTODOS
POLIEDROS:
Definições Preliminares:
• Sólidos: Figuras geométricas
tricas que tem três dimensões e são limitadas por superfícies
fechadas.
1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Deputado Nilton Kucker – Itajaí.
2
Aluno Expositor, fernando.cardoso396@gmail.com.
3
Aluno Expositor, paloma_fortaleza@hotmail.com.
4
Professor Orientador, EEB Deputado Nilton Kucker, arnoldomattos@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
• Poliedros: São sólidos que possuem todas as faces planas e poligonais.
• Poliedros Convexos: Um poliedro é convexo se o segmento de reta que liga dois
quaisquer de seus pontos sempre está inteiramente contido nesse poliedro.

(figura 1) (figura 2)

O Poliedro da figura 1 é convexo. O Poliedro da figura 2 não é convexo porque o segmento


PT não está inteiramente contido nesse poliedro. Quando o poliedro não é convexo dizemos
que ele é um poliedro côncavo. Leia atentamente o texto retirado do mesmo livro de Chico
Nery e José Jakubovic:“Os poliedros de Platão não precisam ter como faces polígonos
regulares, mas isso também pode acontecer. Os poliedros de Platão que têm como faces
polígonos regulares são chamados de POLIEDROS REGULARES. Essa dupla exigência, de
que o poliedro seja de Platão e tenha como faces polígonos regulares, limita o número de
poliedros a cinco”

1. Preencha a tabela abaixo


Figura Nome Vértices Faces Arestas

2. Na tabela anterior indique em quais delas se verifica:


a) V=F
b) V + F = A +2
c) 2.V=A+2

Material:Tesouro - Papel cartão - Papel de presente - Papel Canson


- Papel Criativo Fluorescente
Métodos: Pesquisa na internet – Vídeos - Tabela
ANAIS – XXXFCMat

755
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Platão foi um filósofo (homem que estuda os problemas da existência humana) e


matemático do período clássico da Grécia Antiga (cerca 350 a.C.), fundador da primeira
Academia de ensino superior do mundo ocidental. Pensa-se
Pensa se que o seu nome verdadeiro tenha
sido Arístocles Platão era um nome que, provavelmente, fazia referência às suas
característicass físicas, como o porte atlético ou os ombros largos, ou ainda a sua excelente
capacidade intelectual para tratar diferentes temas.Platão nasceu em Atenas, provavelmente
em 427 a.C., e morreu em 347 a.C.. Quando tinha cerca de 20 anos, conheceu o filósofo
Sócrates e tornou-se se seu aluno até ele morrer. A sua vida foi dedicada a estudar e a pensar
questões filosóficas e tornou se também ele um mestre o que o levou a fundar uma Academia
em Atenas. Escreveu textos (diálogos) que eram usados como ferramenta de ensino e nas mais
diversas disciplinas, como a filosofia, a lógica, a retórica (arte de usar a linguagem para
comunicar) e a matemática, entre outras. De entre estes textos, destaca-se
destaca se Timeu, obra escrita
por volta do ano de 350 a.C., na qual Platão demonstra a existência dos chamados sólidos
platónicos. Com o desenvolvimento introduziremos o assunto dos sólidos de Platão através de
uma apresentação em Power Point, contendo ideias sobre alguns tópicos significativos da
geometria, entregaremos material onde serão serão utilizados para montar os poliedros através de
dobraduras. Há um número infinito de diferentes tipos de poliedros (sólidos com faces
planas), mas existem apenas cinco que são regulares e que são chamados sólidos platónicos.
A sua designação foi atribuída
atribuída por Platão, que os descobriu cerca de 400 a.C.. Os sólidos
platónicos são poliedros – sólidos cujas faces têm a forma de polígonos – regulares – todas as
faces são polígonos geometricamente iguais (chamam-se
(chamam se congruentes) – e todos os seus
ângulos são também bém congruentes. Assim, um poliedro regular tem todas as suas faces
congruentes, todas as suas arestas idênticas e todos os seus ângulos iguais. A existência destes
sólidos já era conhecida anteriormente pelos pitagóricos (da escola de Pitágoras de Samos queq
foi um filósofo e matemático grego que nasceu em Samos, entre cerca de 570 a.C. e 571 a.C.)
e os egípcios utilizaram alguns deles na arquitectura e noutros objectos que construíram, mas
foi Platão quem observou melhor esta característica. Por isso se chamam
chamam platónicos. Platão
estudou estes sólidos e demonstrou que eram os únicos sólidos com as faces todas iguais. Os
sólidos platónicos são apenas cinco: o tetraedro, o cubo, o octaedro, o dodecaedro e o
icosaedro.

CONCLUSÕES
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

A terra, o elemento mais imóvel,


imóvel, Platão associou ao cubo, o único poliedro com faces
quadradas e dessa forma, o mais apto a garantir estabilidade. O tetraedro o fogo é o poliedro
mais pontudo e de maior mobilidade. O icosaedro e octaedro água e o ar são de mobilidade
crescente e intermediária
rmediária entre a terra e o fogo. O dodecaedro Platão explicita suas ideias
sobre o quinto elemento o cosmo, que segundo ele seria a alma do mundo. Por isso, podemos
verificar que são apenas cinco os sólidos que se podem construir a partir de polígonos
geometricamente
etricamente iguais: o tetraedro, o octaedro, o icosaedro, o cubo e o dodecaedro. São
precisamente cinco, como se queria demonstrar.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Platão tentou encontrar um significado para esta curiosidade e por isso desenvolveu
uma teoria segundo a qual os quatro "elementos" - o fogo, o ar, a água e a terra - eram todos
sólidos minúsculos. Platão defendia que, uma vez que o mundo só poderia ter sido feito a
partir de corpos perfeitos, estes elementos deveriam ter a forma de sólidos regulares. O fogo
era o mais leve e o mais violento dos elementos, por isso deveria ser um tetraedro; a terra era
o elemento mais estável, deveria ser o cubo; a água, o elemento mais inconstante e fluído, era
um icosaedro, o sólido regular capaz de rolar mais facilmente; quanto ao ar, Platão observou
que "o ar é para a água o que a água é para o ar," e concluiu, de forma um pouco misteriosa,
que o ar deve ser um octaedro; por último e para incluir o quinto sólido regular, atribuiu ao
dodecaedro a representação da forma de todo o universo. Neste trabalho estudei os sólidos
platónicos e descobri como são geometricamente iguais. Estes sólidos, que são apenas cinco,
têm todas as suas faces congruentes, todas as suas arestas idênticas e todos os seus ângulos
iguais. Platão, que foi um importante filósofo grego, descobriu estes sólidos e demonstrou que
eram apenas cinco os que tinham estas características. Por isso, Platão tentou explicar uma
teoria através dos elementos da Natureza. Fiquei também a conhecer outros importantes
matemáticos e como estudaram os sólidos platónicos, encontrando regras matemáticas e
fórmulas para explicar a sua forma.Gostei de encontrar a explicação da existência entre a
Natureza e estes sólidos e de ficar a saber um pouco da história de Platão, como por exemplo,
a Academia que ele fundou e que foi a primeira escola de ensino superior e que tinha escrito
na entrada“não entre ninguém que não saiba geometria”.

“Geometria é ‘compreender o espaço’. Compreender o espaço em que a criança,


respira, se move. O espaço que a criança deve aprender a conhecer, explorar,
conquistar, de modo a poder aí viver, respirar e mover-se melhor.(...)A geometria
presta-se, mais do que outros temas, para a aprendizagem da matematização da
realidade e para a realização de descobertas, que sendo feitas também “com os
próprios olhos e mãos, são mais convincentes e surpreendentes.”
Hans Freudenthal – ‘The Case of Geometry’
inMathematics as na Educational Task

REFERÊNCIAS

Sólidos Platônicos.Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm43/sol_plat.htm


Sólidos Platônicos. Disponível em:
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm21/solidos_platonicos.htm

Platônico. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3lido_plat%C3%B3nico

Os sólidos platão. Disponível em: http://www.brasilescola.com/matematica/os-solidos-


platao.htm

10 sólidos platônicos. Disponível em:


http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/matematica/10_solidos_platonicos_d.htm

Filosofia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia


ANAIS – XXXFCMat

757
Johannes Kepler. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Johannes_Kepler

Pitágoras. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pitágoras

Platão. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Platão

Sólidos Geométricos. Disponível em:


http://sempreamathematicarcommusica.blogspot.c
http://sempreamathematicarcommusica.blogspot.com/2010/10/solidos-geometricos.html
geometricos.html

XXX Feira Catarinense de Matemática


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ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
SUPERMERCADOS DESCARTES – EM FUNÇÃO AFIM DE BEM
ATENDÊ-LOS1

VAZ, Graziela Elias2, BORGONOVO, Nicolas Vitor3, GALBI, Kátia Regina4.

RESUMO: O Supermercado Descartes é um trabalho que tem como objetivo transmitir o conteúdo de Funções
Afins por uma metodologia diferenciada que representam situações cotidianas de compras de produtos e serviços
em um Supermercado. Dividido em duas etapas, o trabalho na primeira parte aplica-se a definição de Função,
uma exemplificação dinâmica para melhor compreensão desse conceito, o Domínio, Contra Domínio e Imagem
da Função e o Plano Cartesiano. Na segunda etapase desenvolve diversas situações em um Supermercado, onde
é possível interpretar essas problemáticas, identificar as funções, calculá-las e aplicá-las no Plano. Os conteúdos
trabalhados são: Função Crescente, Decrescente, Constante, Identidade, Sentenças de Funções e funções com
porcentagens e Números Racionais. Esse trabalho possibilita aos receptores uma compreensão menos abstrata do
conteúdo, pois cria-se sentido e aplicabilidade aos conteúdos estudados.

Palavras-chave: Função Afim. Metodologia Aplicabilidade.

INTRODUÇÃO

Quando um professor de matemática entre em uma sala no começo de ano, geralmente


sente a repulsa dos alunos pela matéria, muitas vezes declaradas, sem ao menos conhecê-los e
conhecer seus métodos de ensino, isso ocorre por diversos motivos, dentre esses, o fato do
aluno durante toda sua história escolar não identificar em alguns conteúdos a aplicabilidade
em sua vida, não criando sentido a esse estudo. Portanto, O supermercados Descartes em
Função Afim de bem atendê-los é um trabalho que procura atender um pouco essa
expectativa. Construir uma representação de Supermercado que possibilita em uma história
desenvolvida por diversas situações cotidianas referentes a compras e serviços em
Supermercado a interpretações e a identificação desse conteúdo nessas situações e a também
permite exercitar os cálculos e aplicar esses dados no Plano Cartesiano. Com essa
aplicabilidade entende -se que se é possível compreender a matéria de maneira mais lúdica e
menos abstrata, facilitando a aprendizagem. Em duas etapas o trabalho se divide em
conceitualização de funções, referente a definições, estudo de Domínio, Contra Domínio e
Imagem da Função e estudo do Plano Cartesiano. O conceito de Função é exemplificado por
uma história criada envolvendo a relação entre uma criança e uma mulher ou mãe, com a
aplicação de uma dinâmica utilizando bambolês. A segunda, o corpo do trabalho,se
desenvolve a aplicabilidade de casos de Funções Afins em situações cotidianas em compras a
um Supermercado.
O objetivo desse trabalho é possibilitar aos visitantes a percepção da importância da
matemática, a sua aplicabilidade em situações simples de nossas vidas e fazer olhar um
mundo por uma perspectiva diferenciada, além de compreender os conceitos e cálculos
matemáticas sobre Funções Afins por uma metodologia diferenciada.

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas,
Instituição: EEB Nereu Ramos – Itajaí.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora Orientadora, EEB Nereu Ramos, katiaregina@hotmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

759
MATERIAIS E MÉTODOS

O trabalho Supermercado Descartes se divide em duas partes. A primeira parte trata-se


trata
da Conceitualização de Funções. A definição é dada e depois disso se é trabalhada em uma
atividade diferenciada que compõe:
compõe: Dois bambolês, dez exemplos de Números Reais
quaisquer elaborado em cartolinas de recortes 2x2 cm que são desenhados
desenhado com pincel
atômico e também oito pedaços de barbantes de 40 cm cada. O bambolê é colocado no chão e
dentro deles são colocados alguns desses
desses números, ligados ou não pelo(s) barbantes a outros
números que estão ou não em outro bambolê ao lado. A partir daí conta-seconta uma história
envolvendo a relação de uma criança e uma mulher ou mãe. Sabendo que os termos do
Diagrama A representam
entam as crianças
crianç e os termos do diagrama B representam as mulheres,
trabalhamos a ligação entre eles que são feitas pelos barbantes. Todo termo de A, ou seja a
criança, tem que ter ligação e apenas uma com os termos do diagrama B, que é a mulher, pois
toda criança nasceuu de uma mãe e apenas uma. Já em contrapartida nem todos os termos de
bem precisam estar ligados em A, e os termos de B, também podem estar ligados a mais de
um termo de A, justificando que, nem toda mulher precisa ser mãe e que uma mulher pode ter
mais dee um filho. Também pode-se
pode se através desses bambolês que representam Diagramas A e
B trabalhar os conceitos de Domínio, Imagem e Conta Domínio da Função.
E a primeira parte se conclui com a explicação do Plano Cartesiano e seu criador René
Descartes.
Na segunda parte, são apresentadas situações cotidianas de ida ao Supermercado para
compras de produtos e serviços, portanto é necessário objetos que representam pacote
pequeno de bolacha salgada, limões, bombons e também é necessário três tipos de camisas
quaisquer
aisquer e uma balança pequena. Deve ser elaborado em fichas 15x10 cm de papel cartão
com pincel atômico, de preferência feita com letra de cartazista, os seguintes cartazes com as
funções:
• Y= 1,2 x que corresponderá a situação de hipótese de compra de pacote de bolacha
salgada. Relacionando o valor monetário em função da unidade de biscoitos, ou
seja y em função de x respectivamente.
• Y= 7,5 x que corresponderá a situação de hipóteses de compras de limões. Essa
função possibilita trabalhar Números Racionais. Relacionando o valor monetário
em função do kg comprado, ou seja y em função de x respectivamente.
• Y= x que corresponderá a situação de compra de bombom, trabalhando função
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

constante. Relacionando o valor monetário em função da quantidade de bombons,


ou seja y em função de x respectivamente.
• Y= 30 x e Y = (30 x) – 25% que trabalhará sentença de Funções, com a situação de
hipóteses de compras de camisas sendo o preço de cada 30 reais e acima da quarta,
desconto de 25%5% no valor total de camisas. Essa função possibilita trabalhar
porcentagens. Relacionando o valor monetário em função da quantidade de
camisas.
• Y= f(x)que corresponderá a situação de hipóteses da taxa de entrega antiga.
Relacionando o valor monetário em função do km rodado, y em função de x

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
respectivamente. Nesse caso o valor pago é único de oito reais independente da
distância que se mora, justificando a função constante.
• Y = f(x) e Y= 5 + (0.5 X) que corresponderá a taxa de entrega atual, justificada pela
mudança no sistema do supermercado .Trabalha-se Sentenças de Funções com o
valor da taxa de cinco reais até o décimo km rodado, e acima disso a cobrança de
cinquenta centavos por cada Km rodado. Relacionando o valor monetário em
função do Km, ou seja y em função de x respectivamente.
• Y=X+10 que corresponde ao uso do cartão Descartes, no qual se paga uma taxa de
dez reais de manutenção mensais, independente do uso ou não deste cartão.
Relacionando o valor de compras feita no mês em função do valor monetário final
da fatura com os dez reais.
Também é citado um exemplo de Funções com reta decrescente que não compõe a essa
aplicabilidade mas que é relevante ressaltar.
A sequência dessas situações é lógica, seguidas de quaisquer situações de compras de
produtos, logo após, situações de entregas e por fim a situação do cartão Descartes.
Para cada situação, ao identificar a função e expô-la é necessário demonstrar em papel
cartão feito por pincel atômico a representação gráfica de cada função, detalhando suas
características e ressaltando suas diferenças, inclusive da função com reta decrescente
relatando a dificuldade de se identificar em situações essa aplicabilidade.

DISCUSSÕES E RESULTADOS

Quando se trata de qualquer conteúdos conceitualizados, geralmente temos muitas


dificuldade de compreensão e são diversos fatores que contribuem para esse raciocínio sendo
um deles no que se refere ao fato de muitas vezes não identificar sentido no que está
estudando.
O trabalho de representar um Supermercado possibilita deixar o conteúdo de Funções
Afins menos abstrato, atendendo assim essa expectativa. Os resultados positivos que essa
atividade trás são relevantes e significativos. Quando uma pessoa conhece o básico da
conceitualização de Funções e que já tenha exercitado um pouco cálculos desse conteúdo,
quando se depara com essa atividade e essa metodologia aplicada, provavelmente percebe o
quão a matemática está presente em nosso dia a dia, de forma emplícita e explícitamente,
percebendo que em situações simples como essas a matemática pode ser aplicada.
Propositadamente essa é uma atividade que possibilita desenvolver um novo olhar do mundo
em relação a matemática fazendo desse trabalho servir como uma conexão da teoria
associada a prática contribuindo para o conhecimento científico de forma mais efetiva.

CONCLUSÃO

A matemática é aplicada pelo ser humano em seu cotidiano e está em todos lugares,
então apresentar exemplo disso é o que demonstra esse trabalho. O Supermercado Descartes,
apresenta de forma objetiva como podemos identificar a matemática, especificamente
Funções Afins, em nossas vidas, possibilitando existir a percepção do sentido do estudo desse
conteúdo. Quando se tem um conhecimento teórico básico sobre esse assunto é inevitável a
ANAIS – XXXFCMat

761
assimilaçãoo dessas práticas, desenvolvendo o raciocínio lógico, as interpretações das
situações, identificando a matemática implícita nelas e trabalhando conceitos e cálculos
relacionados a esse conteúdo. Isso desenvolve o conhecimento científico por métodos lúdicos
e cognitivos de quem quer que seja que acompanhe esse trabalho.

REFERÊNCIAS

DANTE, Luis Roberto. Tudo é matemática 9ºano. 3ed.São Paulo.

DANTE, Luis Roberto. Matemática, Aplicação e Conexão. São Paulo.

FREITAS, Glauco da Silva.Usando a matemática no cotidiano. Minas Gerais, 2013.


Disponível em: http:// infoescola.com/matemática.Acesso em 26 de setembro de 2014.

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ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
USO DE JOGOS E MATERIAIS CONCRETOS NO PROCESSO DE
ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA1

RUCKS, Ana Paula2; GOLLO, Jéssica3; MELZ, Elisângela4;


SCHNEIDER, Cintia5; BELLÉ, Dândara6.

RESUMO: Projeto desenvolvido com a turma 301 Magistério da E.E.B. Professor Olavo Cecco Rigon, sob
orientação da professora Elisângela Melz e com auxílio direto de duas acadêmicas do curso de Matemática-
Licenciatura, do IFC, inseridas nessa instituição através do PIBID. Este teve por objetivo desenvolver jogos
matemáticos envolvendo cálculo mental/raciocínio lógico para serem aplicados com séries iniciais do Ensino
Fundamental, bem como o uso de materiais didáticos, motivando os alunos do magistério a utilizar esta
metodologia de ensino em sua docência. Para a execução do projeto foram utilizados jogos que podem ser
adaptados para todas as turmas do Ensino Fundamental. Tudo aconteceu na forma de oficinas ministradas pelas
acadêmicas do IFC. Na turma há uma aluna cega e foi necessário adaptar alguns jogos visando sua inclusão.
Após apresentados os jogos, foi proposto que estes fossem construídos e adaptados. Foi unânime a resposta de
que jogos facilitam o aprendizado, tornando-o significativo.

Palavras-chave: Jogos. Matemática. Ensino e Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

A Matemática vem sendo caracterizada como a vilã do currículo escolar. Os alunos


não demonstram interesse, por falta de motivação dos professores. Sabe-se que a educação
escolar à décadas continua a mesma, com a chamada metodologia tradicional. Ela funciona,
mas ao mesmo tempo, funciona para poucos. Visando trazer novas propostas para o ensino de
Matemática, é que buscou-se jogos para o ensino nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental.
Segundo Piaget, as crianças de 0 à 6 anos aprendem com o lúdico, com o concreto.
Dessa forma, os jogos contribuem para que a criança aprenda brincando e ao mesmo tempo,
visualizando e desenvolvendo seu cognitivo.
Sendo assim, o trabalho foi desenvolvido pela turma 301 – Magistério, da Escola de
Educação Básica Professor Olavo Cecco Rigon, do município de Concórdia/SC. O projeto
está sendo supervisionado pela professora de matemática Elisangela Melz e tem o apoio de
duas acadêmicas do curso de Matemática – Licenciatura do Instituto Federal Catarinense –
Campus Concórdia, também bolsistas do PIBID.
O objetivo do presente projeto, é conhecer as possibilidades para trabalhar-se
Matemática nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, como jogos e materiais didáticos.

MATERIAIS E MÉTODOS

O projeto começou a ser desenvolvido em Junho de 2014, ocorrendo em duas aulas


semanais. Inicialmente, contou-se com minicursos das acadêmicas bolsistas do PIBID,
1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: EEB Professor Olavo Cecco
Rigon – Concórdia.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professora e Coordenadora do Projeto na EEB Professor Olavo Cecco Rigon, elisangela.melz@ifc-
concordia.edu.br;
5
Acadêmica, Bolsista do PIBID e Colaboradora do Projeto.
6
Acadêmica, Bolsista do PIBID e Colaboradora do Projeto.
ANAIS – XXXFCMat

763
conversando com a turma sobre a importância da Matemática sem ensinada da forma correta
nos anos
nos iniciais, para que as dificuldades não se acumulem posteriormente. Após, foram
quatro encontros, onde foram apresentados alguns jogos, dentre eles, o Jogo do Dado,
Cartolebre, Palmabuada, Contig 60, detetive matemático, entre outros. Todos os jogos foram for
testados em sala de aula. Ainda, em dois momentos posteriores, ensinou-se
ensinou a manusear o
ábaco e o material dourado. Estes materiais são de suma importância para a visualização dos
alunos quanto a quantidades e também para entender o que se está fazendo.
Após aprender sobre os jogos e materiais, teve-se
teve se um momento para adaptação dos
jogos. Com materiais como cartolina, papel cartão, cola, tesoura, fita, contactil, criou-se
criou jogos
que auxiliarão a futura prática docente, além dos estágios dos alunos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A escolha da temática do trabalho foi pelo fato de a própria turma de magistério não
ter motivações frente a matemática. Dentre eles, são poucos os que tinham bom entendimento
sobre a disciplina.
A fim de fortalecer o ensino da Matemática, buscou-se
buscou se embasamento na teoria de
jogos, pois faz com que o aluno veja a disciplina de forma positiva, divertida, contextualizada,
consequentemente despertando seu interesse pela mesma. Os benefícios são inúmeros,inúmero ao
trabalhar com os jogos, percebe-se
percebe que os alunos tornam-se se mais autônomos, críticos, além de
desenvolverem inúmeras habilidades, dentre elas a do cálculo mental. Smole aponta que o
jogo:

...quando bem planejado e orientado, auxilia o desenvolvimento


desenvolviment de habilidades
como observações, análises, levantamentos de hipóteses, busca de suposições,
reflexão, tomada de decisões, argumentações e organização, as quais estão
estreitamente relacionadas ao assim chamado raciocínio lógico. (2007, p. 09)

Tratando-se
se das séries iniciais do Ensino Fundamental, sabe-se
sabe se que a ludicidade é um
fator decisivo para que consolide-se
consolide se o processo de ensino e aprendizagem. Assim como
defendido por Pinto: “A aplicação de jogos nas séries iniciais do Ensino Fundamental, possui
o objetivo de desenvolver nos alunos, o gosto pela disciplina, motivação para o conteúdo, o
raciocínio lógico e o interesse por desafios, dessa forma promovendo e facilitando,
aprendizagem.” (2008, p. 08).
Mas e o que são atividades lúdicas e jogos? Estes sãosão entendidos como meios para
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

superar problemas que professores e alunos enfrentam em sala de aula. Alguns discursos,
remetem à reclamações sobre o ensino da matemática entre os dois segmentos, tal como
afirma Reisdoefer (2006):

A fala geral da maioria dos professores é de que os alunos têm dificuldade em


aprender, são desatentos, lentos, vivem “no mundo da lua”, não prestam atenção em
nada, só falam bobagem. E, por outro lado, a fala dos alunos é a de que os
professores estão sempre irritados, mal-humorados
mal s e não trazem atrativos para as
aulas.

As atividades do projeto iniciaram-se


iniciaram com discussões pautadas na importância dos
anos iniciais do Ensino Fundamental, pois é onde a criança começa a desenvolver-se
desenvolver

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MA
cognitivamente, e essa fase vai delimitar todo seu futuro escolar e acadêmico. Se ela for
“traumatizada” com certa situação/disciplina/conteúdo, será passível de desencadear um não- não
aprendizado, piorando durante os anos conseguintes. Para que isso não ocorra, é
imprescindível o professor gostar do que faz, não apenas fazer por obrigação.
O primeiro jogo apresentado foi o Jogo do Dado. Este, iniciou-se iniciou com um
representante do primeiro grupo lançando o dado. Conferindo o número obtido com o
assunto, o aluno deveria retirar uma ficha correspondente, aonde deveria
deveria responder o que a
mesma lhe pedia. Se ele conseguisse responder sozinho, dois pontos para o grupo e, caso
quisesse ajuda de seus colegas e acertasse apenas um ponto. Trabalharam-se
Trabalharam conteúdos de
operações matemáticas básicas, operações com números inteiros,
inteiros, além de geometria.
Tal jogo, possibilita a adaptação para diversas disciplinas, indo além da matemática,
como português, geografia, história, artes, além dos temas transversais. A tarefa com esse
jogo, foi a elaboração dos cartões utilizados nos jogos. Cada aluno teve de desenvolver as
fichas relacionadas a algum conteúdo, devendo após, compartilhar com os demais colegas.
Dentre os assuntos elaborados, elenca-se
elenca se os animais, separação de lixo, estações do anoan e
horas.
Posteriormente, apresentou-se
apresentou se o Contig 60, onde cada grupo recebia uma tabela,
marcadores e 3 dados. O aluno jogava os dados simultaneamente e, com os resultados,
aplicava até duas operações: adição, subtração, multiplicação e divisão. As operações
operaç eram
escolhidas de acordo com os resultados já obtidos pois, não poderia haver dois resultados
semelhantes. Caso houvesse, eles deveriam mudar as suas operações. Com o resultado obtido,
ele marcava na tabela.

Neste jogo, há a possibilidade de adaptação


adaptação para todas as idades. Para as séries
iniciais, pode reduzir a tabela do jogo para o número 20, por exemplo. Ainda, pode-se
pode limitar
as operações a serem utilizadas para definir-se
definir se o número a ser marcado na tabela, assim como
aumentar a quantidade de dados os lançados.
Outro jogo aplicado foi o Detetive Matemático, na qual pretendia-se
pretendia com que os
alunos se movimentassem, indo atrás dos resultados/sequência do seu desafio. O jogo foi
aplicado no pátio ao lado do Laboratório de Matemática, onde foram dispostas disposta fichas
espalhadas aleatoriamente pelo ambiente. Cada grupo recebeu uma letra inicial para começar
o jogo. Para completar, o grupo deveria seguir a sequência de pistas, resolvendo o que lhe é
pedido, para achar a próxima ficha. Vence quem termino primeiro.
primeiro. Os conteúdos trabalhados
foram de raciocínio lógico associado a operações básicas.
ANAIS – XXXFCMat

765
A atividade seguinte foi a chamada “cartolebre”. Consistindo um jogo em grupos onde
é apresentado para o aluno o total da soma entre sua carta e de seu oponente, ele deve fazer a
operação inversa, levando em conta a carta de seu adversário, para descobrir qual a sua carta.
Outro jogo apresentado, foi “palmabuada”. Tal jogo desenvolve-se
desenvolve no contar dos
números e em determinados números, múltiplos de um algarismo escolhido previamente,
pre não
se fala, bate-se
se palma. Este jogo mostrou-se
mostrou se muito dinâmico, animando toda a turma.
Mostrou-se
se ótimo para o ensino e aprendizado da tabuada, assim evitando as famosas
“decorebas” e propiciando o entendimento de onde vem os múltiplos.
Também, trabalhou-se se com o ábaco. Tal instrumento pode (e deve) ser utilizado para o
ensino de cálculos de adição e subtração. Essa ação facilita a compreensão por parte dos
alunos, pois eles estarão vendo o que representa cada unidade e cada dezena, não apenas
reproduzindo
eproduzindo um algoritmo. Ao término da aplicação dos jogos, os alunos tiveram a tarefa de
reproduzir os materiais utilizados nos jogos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação é o pilar central da sociedade. Sem ela, não haveriam médicos, arquitetos,
engenheiros,s, entre outros. Os responsáveis por fazer acontecer, é o professor. Diversas vezes,
infelizmente, o professor não tem o merecido respeito.
O professor das séries iniciais é o primeiro responsável por estimular a criança. Não
basta apenas saber o conteúdo, o, deve-se
deve se saber como a criança aprende e como ensiná-la.
ensiná Ser
professor, não é transmitir conhecimentos, é dar suporte para que o aluno desenvolva seus
conhecimentos. Em outras palavras, é ser mediador.
Quando a criança é forçada a realizar algo sem atrativo
atrativo e que ele não entende o
porquê, irá criar uma aversão a disciplina. Caso isso ocorra, ele irá sofrer durante toda sua
vida escolar e acadêmica.
O professor tem papel fundamental no processo de ensino e aprendizagem. A questão,
é como ensinar Matemática. a. Os jogos são belos artifícios que auxiliam a prática docente e
facilitam o aprendizado do aluno.
Após a execução do presente projeto, pode-se
pode se dizer que os ganhos foram imensos.
Além de já criar materiais para usar futuramente, obteve-se
obteve se algo que ninguém
ningué poderá tirar: o
conhecimento. É este que irá fazer a diferença.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

REFERÊNCIAS

PIAGET, J. Seis estudos de psicologia.


psicologia Editora Forense.

PINTO, Cardoso Andréia. Aplicação de jogos nas séries iniciais do ensino fundamental
operações Jussara- Go: Universidade Federal de Goiás. 2008.
envolvendo as quatro operações.

REISDOEFER, Deise Nívia. A evolução dos possíveis e a construção do conhecimento


Lógico-matemático
matemático via jogo de regras em alunos com dificuldades de aprendizagem.
aprendizagem
Dissertação (mestrado). Ponta Grossa, 2006.
20

SMOLE, Kátia Cristina Stocco; DINIZ, Maria Inez de Souza Vieira; MILANI, Estela. Jogos
ano Porto Alegre: Artmed, 2007.
de matemática de 6º a 9º ano.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MA
VOANDO COM A MATEMÁTICA1

ZUCHI, Gabriel de Jesus2; SOUZA, Maria Eduarda de3; VOLTOLINI, Vili José4.

RESUMO: O objetivo desta pesquisa parte da analise e construção de uma pipa tetraédrica, com aplicação
prática de cálculos matemáticos, proporcionando a aproximação dos conhecimentos teóricos e práticos. Após
pesquisa bibliográfica, destaca-se a pipa tetraédrica de Alexander Graham Bell, inventor do telefone. O modelo
de pipa desenvolvido em 1903, com 3.393 células, denominada de Cygnet, inspirou novos inventores a
desenvolver projetos que resultaram na criação dos aviões. O conhecimento deste estudo despertou o interesse de
aprofundar a pesquisa sobre o projeto de Bell e construir uma pipa similar a original (com a utilização de
canudos plásticos, ressaltando que todo material utilizado neste projeto será reaproveitado na própria escola).
Destaca-se no projeto a realização dos cálculos geométricos como: área e altura da base, volume e altura do
tetraedro, ocupação do octaedro (do qual também calculou-se o volume e a altura), e outros que proporcionaram
estudos sobre os triângulos equilátero, isósceles e escaleno.

Palavras-chave: Alexandre Graham Bell. Pipa. Sólidos. Triângulos.

INTRODUÇÃO

Este trabalho consiste em analisar e construir uma pipa tetraédrica, com aplicação
prática de cálculos matemáticos, semelhante a que foi desenvolvida por Alexander Graham
Bell, grande inventor do século XX, conhecido mundialmente como criador do telefone, no
entanto, foi a sua observação dos voos dos pássaros que alavancou os estudos para criação da
pipa, sendo que este modelo inspirou novos inventores a desenvolverem projetos que
resultaram na criação da aviação mundial.
Baseando-se em modelos similares, foi realizado estudo sobre figuras geométricas
planas triangulares, seus principais elementos, capacidade volumétrica do tetraedro e
octaedro, elementos principais e classificação das pirâmides regulares, presentes na pipa
tetraédrica. Para representar estas figuras planas, os sólidos e efetuar os cálculos foram
construídos três protótipos de pipa com alturas diferentes. Além de aprimorar e aprofundar os
conhecimentos em cálculos matemáticos possibilitou conhecer parte da história de Alexander
Graham Bell, criador do telefone e iniciante de projetos aéreos.

MATERIAL E MÉTODOS

Para que se possa entender de maneira clara o processo de montagem da pipa formada
por tetraedros regulares, decidiu-se nomeá-los em: tetraedro 1(formado por uma célula),
tetraedro 2 (formado por quatro células) e tetraedro 3 (formado por dezesseis células).
Os materiais necessários para a construção dos modelos das pipas tetraédricas foram:
canudos plásticos, tesoura e um carretel de fio. Separaram-se cento e vinte e seis canudos
plásticos, cada um com 15 cm de comprimento, e aproximadamente vinte metros de fio.
Passo 1: Com seis canudos plásticos e cerca de um metro de fio montou-se um
triângulo equilátero passando o fio pelo interior de três dos seis canudos e amarrando as
1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas;
Instituição: EEB Professora Jandira D’Ávila – Joinville.
2
Aluno Expositor, gabrielzuuchi@gmail.com.
3
Aluno Expositor, desouzam40@gmail.com.
4
Professor Orientador, Universidade Univille – Campus Joinville, voltolinivili@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

767
pontas do fio. Em um dos vértices deste triângulo foi presa uma ponta de fio atravessando o
interior de outros dois canudos ligando-o
ligando o ao outro vértice do triângulo e formando assim uma
figura geométrica
rica plana denominada losango. Em um dos vértices da diagonal maior
amarrou-sese uma ponta de fio e colocou-se
colocou se um canudo, logo após juntou-se
juntou este canudo ao
lado oposto do losango, formando assim o tetraedro 1, com uma célula.
Passo 2: Na confecção do tetraedro
tetra 2, repetiu-se
se o processo anterior quatro vezes, e os
tetraedros foram interligados com um fio por suas extremidades, totalizando quatro células.
Passo 3: Para a montagem do tetraedro 3 foram utilizados quatro tetraedros 2, sendo
também interligados porr suas extremidades através de um fio, totalizando dezesseis células.
Desta forma conseguiu-se
conseguiu se montar três etapas de um modelo similar ao de Graham
Bell. Após a conclusão da montagem dos tetraedros, observou-se
observou se que no interior dos modelos
2 e 3 se encontrava um octaedro regular, um dos cinco sólidos platônicos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A possibilidade de desvendar o mundo da aviação através dos cálculos matemáticos do


tetraedro tornou palpável o pensamento de Bell (1899), de que ninguém ao observar com
atenção o voo de pássaros possa duvidar por um momento do voo aéreo de corpos
especificamente mais pesados do que o ar.
Esta percepção de Bell serviu como ponto de partida para a construção de uma pipa
formada por tetraedros regulares. Com a reprodução
reprodução de uma pipa semelhante a essa, que
utilizou as figuras geométricas planas e os sólidos, foi possível rever e aprofundar os
conhecimentos no estudo da geometria.
Estudaram-se:
se: a classificação dos triângulos quanto aos lados e quanto aos ângulos, a
aplicação
ão do teorema de Pitágoras para o cálculo da altura de um triângulo eqüilátero e o
cálculo da área de um triângulo.
No tetraedro regular, um dos cinco sólidos platônicos, formado por quatro triângulos
equiláteros, quatro vértices, quatro faces e seis arestas,
arestas, foram realizados vários cálculos como
a altura de uma das faces, a altura do tetraedro, a área de uma face, a área total e o volume.
No octaedro regular, um poliedro de oito faces, seis vértices e doze arestas presente na
construção da pipa, os objetos
objetos de estudo foram os elementos principais, faces, arestas,
vértices, o cálculo da altura da face, altura do sólido, área de uma face, área total e volume.
No estudo do octaedro regular verificou-se
verificou se que a divisão do mesmo resulta em duas
pirâmides de base quadrada e faces laterais formadas por quatro triângulos equiláteros, desta
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

forma sendo possível comparar o volume do octaedro ao cálculo do volume da pirâmide


multiplicado por dois.
Quanto às pirâmides, estas são classificadas de acordo com o formato do polígono
p da
base, pirâmide de base triangular, pirâmide de base quadrangular, pirâmide de base
pentagonal, etc. tendo como principais elementos: base, faces, aresta da base, aresta da face,
vértices, apótema da base e apótema da face.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Tabela 1: Fórmulas utilizadas nos cálculos para o desenvolvimento do projeto.
FÓRMULAS

Altura da Base a² = b² + c²

Área da Base A = b.hb= base


2 h= altura

Altura do Tetraedro H = a√6


3

Volume V =1 Ab.hAb= área da base


3 h= altura
Razões
Trigonométricas tg α = CA (cateto adjacentes)
(Tangente) CO (cateto oposto)

Fonte: Iezziet al (2010)

Tabela 2: Valores obtidos nos cálculos realizados


Tetraedro 1(1 célula) Tetraedro 2 (4 células) Tetraedro 3 (16 células)

Altura da Base: 12,99cm Altura da Base: 25,9cm Altura da Base: 51,96cm


Área da Base: 97,42cm² Área da Base: 338,7cm² Área da Base: 1558,8cm²
Altura do Tetraedro: 5√6 Altura do Tetraedro: 10√6 Altura do Tetraedro: 20√6
Volume:390 cm³ :0,39L Volume: 3180 cm³ :3,18L Volume: 25450 cm³ : 25,45L
Fonte Imagens: Bortolossi (2009)

Figura 1: Alunos: Maria Eduarda de Souza e Gabriel de Jesus Zuchi observando o tetraedro com 16
células e um octaedro no seu interior.

Fonte: Os autores (2014)


ANAIS – XXXFCMat

769
CONCLUSÕES

Este trabalho apresenta como resultados a aproximação da teoria com a prática dos
conhecimentos sobre as distintas formas de figuras geométricas planas, a aplicação das
diferentes fórmulas para o cálculo das respectivas áreas e a identificação dos seus principais
elementos.
vel conhecer e classificar os sólidos platônicos, sendo que dois deles, o
Foi possível
tetraedro e o octaedro, foram estudados detalhadamente. O estudo da geometria se tornou
mais atraente e o grau de dificuldade de entendimento foi facilitado em muito quando se teve
ass figuras planas, os sólidos e os seus principais elementos visíveis, concretos, palpáveis.
A escolha correta das fórmulas para o cálculo da área e do volume, a aplicação do
teorema de Pitágoras para o cálculo da altura, a divisão de um triângulo equilátero
equiláter em dois
triângulos retângulos para a aplicação de razões trigonométricas foi verificada através dos
elementos presentes.
Pode-se
se afirmar que valeram a pena todas as discussões a respeito dos diferentes tipos
de materiais, da montagem e desmontagem das pipas pipas para obter o tamanho e forma desejada,
da escolha da cor, do tamanho e do diâmetro dos canudos. Estes resultados foram possíveis
através da dedicação, da persistência, de muita pesquisa e das medidas exatas dos materiais
utilizados na confecção das pipas.
pipa
Assim obteve-sese a noção do quão difícil foi chegar ao primeiro protótipo de avião sem
os conhecimentos necessários e básicos da matemática, enfrentando o julgamento da
sociedade que desconhecia a capacidade do ser humano. Todos os avanços tecnológicos da d
antiguidade foram e são importantes para o desenvolvimento de novos inventos, afinal, os
projetos novos usam como exemplo projetos antigos, analisando erros e acertos, aspectos
positivos e negativos que possibilitaram o êxito ou não da proposta de invenção.
invenç

REFERÊNCIAS

ALVEZ, Nuno. Trabalhos de Matemática- Matemática 10º ano,, 2011. Disponível em:
<http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/matematica/10_solidos_platonicos_d.htm>. Acesso
em: 29 de ago. de 2014.

CAMPBELLDOLLAGHAN,
DOLLAGHAN, Kelsey. Uma máquina voadora fracassadafracassa de Alexander
flutuante, 2013. Disponível em:
Graham Bell foi revivida na forma de uma estrutura flutuante,
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

<http://gizmodo.uol.com.br/maquina
<http://gizmodo.uol.com.br/maquina-voadora-graham-bell/>.
bell/>. Acesso em: 08 de ago.de 2014.

IEZZI, Gelson; et al. O triângulo retângulo: Aplicações notáveis do teorema de Pitágoras.


Pitágoras
5. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 256p.

IEZZI, Gerson; et al. Razões trigonométricas: Tangente de um ângulo.


ângulo 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 2010. 263p.

total. 6. Ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 205p.


IEZZI, Gerson; et al. Tetraedro regular: Área total.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
NOÉ, Marcos. Os Sólidos de Platão, 2014. Disponível em:
<http://www.solucaomatematica.com.br/?p=3181> Acesso em: 28 de agosto de 2014.
PACIEVITCH, Thais. Alexander Graham Bell. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/biografias/alexander-graham-bell/>. Acesso em: 08 de agosto de
2014.

QUEIROZ, João. e VIANA, Mayara. A Pipa Tetraédrica de Alexander Graham Bell,


2009. Disponível em: < http://www.uff.br/cdme/pgb/pgb-html/pgb-br.html>. Acesso em: 08
de agosto de 2014.
ANAIS – XXXFCMat

771
VOCÊ SABE QUAL É A RELAÇÃO DA MATEMÁTICA COM OS
FONES DE OUVIDO?1

POMIANOSKI, Beatriz Westphalen2; MURAKAMI, Nadine Marmitt3;


MENDES, Cleberson de Lima4.

RESUMO: A Matemática sempre esteve presente ao longo da história da humanidade, isto é, faz parte
integrante da evolução da humanidade. Porém, muitas vezes a matemática ensinada na escola se traduz em um
conjunto de fórmulas e passos a serem repetidos através de um processo mecanizado
mecanizado e exato. Dessa forma, é
necessário que a sala de aula seja um espaço que possa contribuir para atender as necessidades da sociedade e
possibilite aos alunos uma formação articulada ao conhecimento matemático que permita atuarem como
cidadãos conscientes em uma sociedade permeada pela expansão da ciência e tecnologia. O presente trabalho
teve como objetivo aproximar o conteúdo de função exponencial por meio de uma atividade de modelagem
matemática de interesse dos alunos do ensino médio, com um tema que faz
faz parte do seu cotidiano. Os resultados
se mostraram eficazes e como uma metodologia dinâmica para o desenvolvimento das aulas.

Palavras-chave:: Funções. Modelagem Matemática. Fones de Ouvido.

INTRODUÇÃO

Atualmente andamos na rua, de ônibus, na escola e em diversos outros lugares, vemos


pessoas com fones de ouvido e muitas vezes, com volumes altíssimos. Com avanços da
tecnologia as pessoas não precisam ouvir mais músicas utilizando toca discos ou rádios, basta
ter um celular, baixar as músicas e se pode ouvir
ouvir em qualquer lugar, mas será que as pessoas
sabem por quanto tempo uma pessoa pode utilizar o fone de ouvido sem prejudicar sua
audição?
Segundo pesquisas feitas pelo New York Departamento ofHelth, foi revelado que um
quarto de pessoas entre 18 e 44 anos tem perda de audição e dessa população, 23% fazem o
uso de fones de ouvido em 5 dias por semana, em cerca de 4 horas por dia em alto volume.
Com isso, a pesquisa americana concluiu que esses indivíduos
indivíduos têm mais que o dobro de
chance de ter perda de audição.
Um dos grandes problemas do uso dos fones de ouvido é que a maioria das pessoas
que fazem uso não tem ideia de como pode ser prejudicial à saúde ao longo do tempo. Diante
disso, nosso projeto tem como objetivo apresentar uma função matemática que relacionada a
quantidade de horas que uma pessoa pode fazer uso do fone de ouvido em um determinado
volume e com isso, fazer um alerta as pessoas que fazem uso desse acessório para o uso
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

correto, sem prejudicar


dicar a sua saúde.

MATERIAL E MÉTODOS

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade:
dalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
ção com outras Disciplinas;
Instituição: IFC – Campus Araquari – Araquari.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professor Orientador, IFC - Campus
mpus Araquari, cleberson.mendes@ifc-araquari.edu.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Segundo Carvalho (1991, p. 22), “a matemática não é um conjunto de algoritmos
formais ou informais para resolver problemas ‘práticos’; é necessário que se entenda como se
chegou aquele algoritmo”.
A Modelagem Matemática, segundo Biembengut e Hein (2000), é um conjunto de
símbolos e relações matemáticas que buscam traduzir de alguma forma uma, um fenômeno
em uma questão ou problema de situação real. Pode ser uma metodologia para o ensino da
matemática utilizada em sala de aula, para mostrar a importância da Matemática para o
conhecimento e compreensão da sociedade onde se vive.
Segundo Biembengut e Hein (2000), a modelagem segue alguns procedimentos que
podem ser reunidos em três etapas: Interação, Matematização e Modelo Matemático.
A interação surge como uma busca do reconhecimento da situação problema através
de um referencial teórico, a matematização, umas das etapas mais complexas, é a formulação
e resolução do problema expresso matematicamente e por fim, a o modelo matemático que
consiste em interpretar e verificar se o modelo corresponde em atender as necessidades que o
geraram.
Iniciamos o trabalho realizando uma pesquisa nas turmas do primeiro ano do curso
Técnico em Informática, da modalidade integrada ao ensino médio, totalizando um universo
de 72 alunos entrevistados. As perguntas tiveram como objetivo investigar informações sobre
a utilização de fones de ouvido e o conhecimento de seus dados a saúde.
Em seguida, foram coletados dados para descrição da função matemática. Os dados
referenciais considerados foram os da NR 15 (norma regulamentadora) que determina os
limites de ruídos, para descrição do modelo. A função foi calculada a partir dos limites de
tolerância para ruídos contínuos ou intermitentes, tendo como base a NR 15. Tais dados foram
tabulados na planilha eletrônica, do sistema operacional Windows inserido em gráfico e com
auxílio do Excel e da calculadora pudemos determinar a função que melhor ajusta a
representação obtida. Além disso, foi pesquisado os efeitos do uso do fone de ouvido sobre a
saúde, em específico, e os danos causados à audição.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados do presente estudo mostram que 96 % dos alunos entrevistados fazem o


uso do fone de ouvido. Também apresenta a resposta dos entrevistados quanto o número de
horas que utilizam o fone de ouvido por dia, na qual podemos perceber que grande parte dos
entrevistados utilizam o fone de ouvido por mais de quatro horas por dia (22%), sendo que 29
% utilizam o fone de ouvido entre 3 a 4 horas por dia. Os que utilizam o fone de ouvido e
entre 1 a 2 horas por dia são a grande maioria, chegando a 35 % dos entrevistados.
ANAIS – XXXFCMat

773
Figura 1. Respostas dos entrevistados quanto ao número de horas para utilização de fones de ouvido.

Fonte: POMIANOSKI, B. W.; MURAKAMI, N. M; MENDES, C. D. L.

Ao serem questionados sobre a quantidade de horas que uma pessoa pode utilizar o
fone de ouvido em um determinado volume, sem prejudicar sua audição, apenas 21 %, das 72
pessoas entrevistadas, têm conhecimento sobre o tempo adequado para a utilização de fones
de ouvido sem prejudicar audição (Figura 2). Também demonstra que 37 % consideram que
ouvem em volume alto, quando questionados sobre o volume costumeiramente utilizável dos
fones de ouvido, tendo como referência a NR 15 do Ministério do Trabalho e Emprego.

Figura 2. Respostas dos entrevistados quanto ao número de horas para utilização de fones de ouvido e
volume de utilização.

Fonte: POMIANOSKI, B. W.; MURAKAMI, N. M; MENDES, C. D. L.


XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Na Tabela 1 é possível verificar os limites de tolerância para ruído contínuo ou


intermitente, segundo NR 15 do Ministério do Trabalho e Emprego, o que possibilita ao
usuário de fone de ouvido estabelecer o seu limite individual visando a conservação das
funções auditivas. A exemplo podemos supor que uma pessoa poderia de forma segura,
utilizar o fone de ouvido por 3 horas por dia em nível de ruído (volume) máximo de 92 dB.
Acima desse volume causaria danos a audição do usuário dos fones de ouvido.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Tabela 1. Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente para utilização de fones de ouvido
sem causar danos auditivos.
MÁXIMA EXPOSIÇÃO
MÁXIMA EXPOSIÇÃO
Nível de Ruído Nível de Ruído DIÁRIA
DIÁRIA PERMISSÍVEL
(dB) (dB) PERMISSÍVEL
(HORAS)
(HORAS)
85 8
86 7 98 1,28
87 6 100 0,96
88 5,2 102 0,72
89 4,5 104 0,55
90 3,9 105 0,47
91 3,4 106 0,41
92 3 108 0,31
93 2,6 110 0,23
94 2,25 112 0,17
95 1,96 114 0,13
96 1,7 115 0,11
FONTE: BRASIL, NR 15 (1978).

No Gráfico 1, foi possível entender a relação da intensidade sonora, medido em


decibéis (dB), com o tempo de uso, em horas (h) que resulta em função matemática
exponencial de y = 1E+06e-0142x, com R2 = 0,99.

Gráfico 1. Função exponencial de utilização dos fones de ouvido, segundo a NR 16.


9
8
7
6
5 y = 1E+06e-0,142x
Horas (h)

R² = 0,9999
4
3
2
1
0
84 89 94 99 104 109 114 119
Decibéis (dB)

De acordo com os dados apresentados para a modelagem matemática para a situação


estudada, resultou em uma função exponencial, concluímos que foi possível determinar o
tempo máximo do uso desse acessório para um aparelho com volume máximo de 115 dB, sem
que acarrete danos irreversível para audição a médio e longo prazo, dentro do intervalo
proposto na NR 15.
ANAIS – XXXFCMat

775
CONCLUSÕES

Foi possível estabelecer uma relação matemática (função exponencial) analisando o


tempo e o volume correto para utilizar fones de ouvido sem danos à audição. Portanto
dependendo do volume (medido em decibéis), tem um tempo máximo de exposição a tal
intensidade sem danos auditivos dentro da situação e intervalo estudado.
Ainda, pode-se
se afirmar que a inserção de um tema transversal e da modelagem
model
matemática na pode ser uma estratégia metodológica eficaz para o desafio de compreender a
matemática, pois as aulas podem torna-se
torna se mais dinâmicas e práticas favorecem o raciocínio
do aluno e mostram como a Matemática é importante por sua universalidade de quantificação
e expressão, como linguagem, é a Ciência que ocupa uma posição de destaque.

REFERÊNCIAS

BIEMBENGUT, M. S.; HEIN, N. Modelagem Matemática no Ensino.. São Paulo: Contexto,


2000.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 15 -ATIVIDADES S E OPERAÇÕES


INSALUBRES. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 1978. Disponível em:
< http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A47594D040147D14EAE840951/NR-
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A47594D040147D14EAE840951/NR
15%20(atualizada%202014).pdf Acesso em: 29 Julho 2014.
15%20(atualizada%202014).pdf>.

CARVALHO, J. B. P. de. O que é Educação Matemática? Temas & Debates, anp IV, n. 3,
1991.

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<http://www.institutobrasileirodosono.com.br/index.php?option=com_content&view=article
www.institutobrasileirodosono.com.br/index.php?option=com_content&view=article
&id=120&Itemid=194>Acesso
>Acesso em :29 Julho.2014,17:00.

MACHADO, D. Viver Bem.. 2014. Disponível em


<http://www.gaz.com.br/_conteudo/2014/04/canais/blogs/viver_bem/18780
conteudo/2014/04/canais/blogs/viver_bem/18780
conteudo/2014/04/canais/blogs/viver_bem/18780-uso-de-fone-de-
ouvido-pode-ser-causa-de-perda
perda-auditiva-precoce.html>
> Acesso em:29 Julho, 2014, 17:00.

PORTAL
RTAL G1. Jornal Nacional. Uso ruim de fone de ouvido colabora para perda auditiva
precoce no Brasil.. Disponível em <http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/04/uso
< nacional/noticia/2013/04/uso-
ruim-de-fone-de-ouvido-colabora
colabora-para-perda-auditiva-precoce-no-brasil.html
brasil.html>Acesso em :29
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Julho, 2014, 17:00.

UFRGS, Escola de enfermagem. Fone de ouvido pode causar danos ao sistema auditivo.
Disponível em http: //www.ufrgs.br/bibenf/news/fone-de-ouvido-pode
//www.ufrgs.br/bibenf/news/fone pode-causar-danos-ao-
sistema-auditivoAcesso
Acesso em 29 de Julho, 2014, 17:00.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
RESUMOS ESTENDIDOS
ENSINO SUPERIOR
ANAIS – XXXFCMat

777
MATEMÁTICA FINANCEIRA E AS REDES SOCIAS1

CHAVES, Andressa Pessoa de2; CAON, Gabriela3.

RESUMO: Os avanços tecnológicos têm acontecido de forma muito rápida e estão sendo utilizados
praticamente por todos os ramos do conhecimento. Estes avanços vieram para ampliar o nosso conhecimento
neste mundo tão moderno, que nem sempre são fáceis e exigem comprometimento e dedicação. São os desafios
enfrentados por todos nós, pois a tecnologia esta
esta invadindo o nosso cotidiano. Eles foram criados pelos homens,
para poder ter mais conhecimento, aprender mais e ir à busca de melhores condições de vida. As novas
tecnologias avançaram muito depressa e trouxeram muitas informações, alterando a nossa forma for de viver e
aprender, facilitando o nosso trabalho diário. A educação incluída num processo de inovação precisa
acompanhar as novas tendências tecnológicas. O que é mais fascinante nas novas tecnologias disponíveis hoje,
em especial na internet é o fato delas nos ajudarem a criar ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem
nos quais as pessoas interessadas e motivadas podem aprender quase qualquer coisa sem ter que se tornarem
vítimas de um processo formal e deliberado de ensino. A aprendizagem, neste neste caso é mediada apenas pela
tecnologia Sabe-se
se que a matemática sofre muito preconceito dos alunos comprometendo o ensino-aprendizado.
ensino
Além disso, através de levantamentos efetuados foi constatado que os alunos finalizam o Ensino Médio sem
possuir noçõess básicas de matemática financeira. O presente projeto propõe aliar teorias e práticas através das
redes sociais (Facebook) e seus aplicativos (Café Mania) com o intuito de aumentar a motivação dos alunos a
participarem mais ativamente das aulas. Esta estratégia
estratégia visa auxiliar de forma lúdica e interativa o Ensino da
matemática, a partir da utilização do aplicativo computacional Café Mania, aliando os conhecimentos
financeiros e administrativos com o cotidiano do aluno.

Palavras-chave: Tecnologia. Educação.


Educação Controles.

INTRODUÇÃO

Com o passar dos tempos chega a modernização, a globalização, e em consequência o


avanço tecnológico às escolas. Em contrapartida nossos alunos estão cada vez mais inseridos
nesse mundo globalizado, aumentado consideravelmente os espaços
espaços de debate sobre o uso das
novas tecnologias no processo ensino aprendizagem. A educação incluída num processo de
inovação precisa acompanhar as novas tendências tecnológicas, apesar da resistência de
alguns profissionais em utilizar esses recursos em sala de aula. Nesse contexto o professor
continua sendo peça fundamental e os avanços tecnológicos podem auxiliar a eficácia da
atuação do profissional, fortalecendo o ensino e proporcionando melhores resultados na
aprendizagem. Em meio a estas questões e aos diversos problemas que a educação enfrenta, o
ensino de matemática no Brasil e no mundo é o que mais sofre crises, exigindo dos
professores a reformulação de suas práticas, a redefinição das estratégias e a inclusão de
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

novas ferramentas de ensino, a fim


fim de acabar com o preconceito dos alunos a respeito das
dificuldades na compreensão da matemática. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’S)
já direcionam para a importância do ensino da matemática junto às novas tecnologias de
comunicação e informação,, principalmente, com o uso dos computadores. Apesar dos nossos
alunos já terem nascido no ambiente do mundo digital, é notório que há pouco
aproveitamento desses recursos em nossas salas de aula.

1
Categoria: Ensino Superior; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter relação com outras Disciplinas;
Instituição: Universidade do Contestado – Concórdia.
2
Licenciatura em Matemática, andressachaves87@yahoo.com.br.
3
Licenciatura em Matemática gabrielacaon@hotmail.com.
gabrielac

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
MATERIAIS E MÉTODOS

Em um mundo tecnológico, integrar novas tecnologias à sala de aula ainda é pouco


frequente e um desafio para docentes. Em muitos casos, a formação não considera essas
tecnologias, e se restringe ao teórico, ou seja, o professor precisa buscar esse conhecimento
em outros espaços.
Embora alguns ainda se sintam inseguros e despreparados, muitos educadores já
perceberam o potencial dessas ferramentas e procuram levar novidades para a sala de aula,
seja com uma atividade prática no computador, com videogame, tablets e até mesmo com o
celular. O fato é que o uso dessas tecnologias pode aproximar alunos e professores, além de
ser útil na exploração dos conteúdos de forma mais interativa. O aluno passa de mero
receptor, que só observa e nem sempre compreende, para um sujeito mais ativo e
participativo. Tratamos também no projeto de alguns controles tais como:
• Controle financeiro: um poderoso instrumento, que consiste de um conjunto de
medidas que pessoas e empresas adotam ao longo do tempo com objetivo de
controlar e analisar o seu “fluxo de caixa”, que nada mais é que o montante de
recursos financeiros recebidos ou gastos num determinado período.
• Controle de estoque: é um processo que deve ser bem gerenciado, pois, quando
não administrado adequadamente pode trazer sérios problemas, colocando em risco
a saúde financeira de uma empresa.
• Controle de Caixa: é uma ferramenta que controla a movimentação financeira
(as entradas e saídas de recursos financeiros), em um período determinado, de
uma empresa. Ela facilita a gestão de uma empresa no sentido de saber exatamente
qual o valor a pagar com as obrigações assumidas, quais os valores a receber e qual
será o saldo disponível naquele momento. Denomina-se saldo a diferença entre os
recebimentos e os pagamentos.

RESULTADOS ESPERADOS E DISCUSSÕES

Buscando nos aproximar da realidade do aluno e das tecnologias que ele tem acesso,
surge a ideia de trabalhar o ensino da matemática financeira com o auxílio do aplicativo Café
Mania. O aplicativo foi estudado pela Vostu, promotora de jogos que também é criadora de
outros aplicativos como a Mini Fazenda e o Joga Craque. Ele surgiu de uma enquete criada na
comunidade oficial da Mini Fazenda perguntando aos jogadores qual o tipo de aplicativo/jogo
eles gostariam de ter, e o mais votado foi o Café Mania (35% dos votos) onde o usuário
administra um pequeno restaurante, da forma que julgar mais conveniente. O Café Mania é
um jogo eletrônico de simulação de restaurante em tempo real onde o aluno é o responsável
por um estabelecimento no qual o usuário deve preparar pratos e servi-los, gerando desta
forma um “LUCRO”, que poderá ser utilizado para o aumento da infraestrutura do
restaurante. Além de poder contratar garçons que são seus próprios amigos da rede social e
colocá-los para trabalhar no Café Mania e demiti-los se quiser. Ao completar certa quantidade
de bônus recebido o jogador irá subir de nível, você ganha mais dinheiro, podendo contratar
mais garçons, preparar pratos novos, comprar novos balcões de comidas e fogões, além de
mesas e máquinas de café, suco, sobremesas entre outras; poderá também decorar o ambiente
ANAIS – XXXFCMat

779
além de ampliar o seu negócio, resumidamente poderá investir em seu restaurante, sempre
com cautela, uma vez que um investimento efetuado de maneira
maneira errada ou precipitada poderá
levar o empreendimento a decretar falência. Mas como nem sempre tudo ocorre da forma em
que desejamos, a comida poderá estragar e teremos assim uma ideia de “PREJUÍZO”, caso
isso venha a acontecer o jogador tem duas opções,
opções, sendo a primeira delas a aquisição de um
tempero que faz com que a comida fique ideal para a venda novamente, o que fará com que
seu lucro diminua; e a segunda opção onde a comida estragada será simplesmente descartada,
o que gera um prejuízo total relacionado
relacionado aos pratos que poderiam ter servido caso tivesse
administrado adequadamente seu empreendimento comercial .Com estas informações os
alunos devem preencher algumas tabelas pré-determinadas.
pré determinadas. A primeira tabela servirá para o
aluno retirar dados do jogo como, quantidades produzidas, valores de compra e venda de cada
“prato” servido pelo restaurante, e o tempo necessário para que cada prato seja produzido
(calculando assim o tempo de produção que será muito importante para a criação da estratégia
de administração)
stração) além da quantidade de bônus que cada ganhará ao produzir cada prato. O
Café Mania está disponível gratuitamente na rede social Facebook, que foi criada para fins de
contato entre alunos de uma universidade de Boston, Estados Unidos. Hoje a rede social
so conta
com cerca 500 milhões de membros ativos. Outra ferramenta de grande importância para o
desenvolvimento do projeto é o Excel sendo ele,um software de planilha eletrônica, e permite
criar tabelas, calcular e analisar dados, sempre mantendo um fácil fácil entendimento do
funcionamento do programa. Estas tabelas conseguem calcular automaticamente os totais de
valores numéricos inseridos, serem impressas em layouts organizados e criar gráficos
simples.O Excel é uma parte do "Office", um conjunto de produtos combinando vários tipos
de softwares para criar documentos, planilhas e apresentações, e para o gerenciamento de e- e
mail.Sabemos que quando o assunto é acesso informática, os alunos estão sempre em nossa
frente, por esse motivo se não tivermos um controle rígido referente aos acessos dos alunos a
rede social, nosso projeto poderá não alcançar os objetivos estabelecidos, pois o acesso dos
alunos a rede social não se dará único e exclusivamente durante o horário escolar, algumas
atividades deverão ser efetuadas
efetuadas em horário extraclasse. Para isso ao criar o projeto foi
adotado alguns cuidados, como por exemplo, o controle do que realmente o aluno fará durante
o acesso a rede. Para ter acesso ao aplicativo utilizado (Café Mania), o aluno terá uma conta
na rede social
cial (Facebook) esta conta será criada pela coordenação do projeto, sendo que cada
aluno receberá sua conta e sua senha previamente criadas e não será permitido que alterações
sejam efetuadas nas configurações da conta durante o decorrer do projeto, caso isso
i ocorra o
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

aluno será retirado do projeto. Além disso, os alunos participarão de um grupo fechado na
rede social, no qual poderão trocar informações e experiências a respeito do jogo, neste grupo
participará também a coordenação do projeto, que poderá auxiliarauxiliar no esclarecimento de
dúvidas e postando dicas de administração e matemática; esta medida foi adotada para que
nós nos mantenhamos informados a respeito do desenvolvimento de cada jogo. A avaliação
do participante se dará mediante apresentação das tabelas
tabelas formadas pelo aluno no decorrer do
trabalho.

AGRADECIMENTOS

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
Agradecemos a Universidade do Contestado, Campus Concórdia, ao nosso orientador,
o professor Greyson Alberto Rech, por todo o apoio e também por ter nos ajudado durante
todo o desenvolvimento do projeto. Outro agradecimento em especial para a coordenadora do
Curso de Licenciatura em Matemática, professora Rosemar Aparecida Guerini Fiorentin,
mestre em Educação em Matemática, que nos deu grandes oportunidades de pesquisa e por
todo o apoio oferecido para concluir nosso trabalho. Também gostaríamos de agradecer a
nossos familiares, por tudo aquilo que nos ensinaram e pelos nossos momentos de ausência,
do qual eles souberam compreender, respeitar e acima de tudo nos apoiar. Por último,
agradecemos a Deus por todas as alegrias, pela saúde e pela força que nos concedeu, para que
conseguíssemos chegar até aqui.

REFERÊNCIAS

A importância do controle de estoques. Disponível em


:<http://logisticaepatrimonial.blogspot.com.br/2012/05/importancia-do-controle-de-
estoques.html>. Acesso em 05 de setembro de 2014.

CHAVES, Eduardo O C. Tecnologia na Educação. Disponível


em:<http://flaviobarros.tk/disciplinas/ifpi/tec-na-educacao-lic_fisica/seminario/artigos-
leitura/Tecnologia%20na%20Educa%E7%E3o.pdf>. Acesso em 02 de agosto de 2014.
História do Facebook. Disponível em:< http://www.infoescola.com/internet/historia-do-
facebook/ >. Acesso em 23 de julho de 2014.

RAMOS, Edla Maria Faust Ramos & ARRIADA, Mônica Carapeços & FIORENTINI, Leda
Maria Rangearo; Introdução à Educação Digital, Guia do Cursista. Segunda Edição.
Ministério da Educação, Secretaria de Educação à Distância, 2009.
ANAIS – XXXFCMat

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RESUMOS ESTENDIDOS
PROFESSOR

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATEM
A HISTÓRIA DO LOBINHO SAUDÁVEL COM A MATEMÁTICA1

FRANCO, Josiane2; ROBERTI, Aucely Maria Otto3; POMPILIO, Marilze Eliane Mattos4 .

RESUMO: Sabendo da importância do desenvolvimento de uma alimentação saudável para crianças e a relação
da brincadeira como forma de esclarecimento e desenvolvimento cognitivo o presente trabalho desponta neste
ínterim. Objetivou-se neste projeto desenvolver habilidades na resolução de problemas matemáticos a partir da
interpretação da história O lobinho saudável (BEDFORD, 2013). A Matemática é parte do aprendizado e esteve
presente em diversas atividades realizadas pelas crianças, tais como números com texturas, jogo de dominó, jogo
de memória, roleta de números, bingo, entre outros. De modo que os jogos possibilitaram o desenvolvimento do
raciocínio lógico, e junto conseguimos ativar a criatividade e a capacidade de todas as crianças para resolver
problemas.

Palavras-chave: Educação Matemática. Jogos. Problemas. Construção.

INTRODUÇÃO

Através de observação percebemos na turma do Jardim a dificuldade no período das


refeições, sendo que a grande maioria não gostava de frutas e legumes. As mesmas se
negavam até mesmo a experimentar. A partir dessa observação surgiu a proposta de
desenvolvermos um projeto que contemplasse números, frutas e legumes. Para tanto
objetivou-se desenvolver habilidades na resolução de problemas matemáticos a partir da
interpretação da história O lobinho saudável (BEDFORD, 2013). Esta literatura foi escolhida,
justamente por apresentar situações que levaram o personagem a questionar a própria
realidade; Partindo disto surgiu a ideia de propor a resolução de problemas juntamente com a
Educação Infantil, pois é remeter-se a um espaço de ideias, de raciocínio, assim a criança
poderá mostrar o saber adquirido na sala de aula e a ampliar a confiança em suas capacidades
de aprendizagem.
O presente projeto foi realizado com a turma do Jardim de Infância, do Centro
Educacional Ruth Schroeder Ofh, com 20 alunos de 4 a 5 anos de idade. Para construção de
conhecimento com o grupo, foi realizado um levantamento de hipóteses, através da roda de
conversa sobre conceitos matemáticos, sendo que ocorreu através de questionamentos sobre
alimentação saudável com interpretações de situações a partir da literatura. Para isto,
questionou-se o que é alimentação saudável, porque o lobinho não podia nem correr, entre
outros. Tendo estas identificações e também o conhecimento dos personagens, partiu-se para
o reconhecimento de problemas e situações apresentadas no decorrer da história.
Neste processo percebemos que a interpretação da literatura foi muito importante para
resolução de problemáticas apresentadas com as crianças, pois descobrimos a quantidade de
crianças que não gostam de frutas, verduras e legumes, através da construção de um gráfico.
Posteriormente, construíram-se jogos, onde as crianças mostraram-se muito animadas nas
atividades que possibilitaram questionamentos e investigações. Criamos situações em que

1
Categoria: Professor; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: CEI Ruth Schroeder Ofh – Rio
do Sul.
2
Expositor, profe3josiane@gmail.com.
3
Expositor, aucelyrobert@yahoo.com.
4
Professor Orientador, Diretora do CEI Ruth Schroeder Ofh, ce.ruthschroeder@riodosul.sc.gov.br.
ANAIS – XXXFCMat

783
poderíamos trabalhar a alimentação saudável juntamente com a matemática. Isto fez com que
as crianças começassem a ter noções práticas de resoluções de problemas.
A problematização da própria realidade vivenciada entre
entre colegas na hora das refeições
e sala de aula levou a turma a demonstrar interesse sobre alimentação saudável e matemática.
Deste modo percebeu-se se que o lúdico na Educação Infantil é muito importante na rotina da
criança.

MATERIAIS E MÉTODOS

A metodologia utilizada ocorreu através do levantamento de dados em um gráfico,


onde se pode perceber que eram poucas as crianças que se alimentavam de frutas e verduras
sendo que: oito crianças gostavam de frutas, doze crianças não gostavam e não comiam
frutas;
rutas; seis crianças que gostavam de legumes e quatorze crianças que não comiam e nem
experimentam qualquer tipo de legumes; treze crianças não comiam saladas e somente sete
comiam e diziam que gostavam de saladas.

Figura 1. Pirâmide alimentar.


alim Figura 2. Quebra cabeça.

Sugerir resolução de problemas, na Educação Infantil é ressaltar investigações,


relações e interpretações de hipóteses da própria realidade. Pode-se Pode ressaltar que,
inicialmente, um dos fatores colocados para a pesquisa foi as relações entre as crianças na
própria sala de aula e a construção de regras que ajudaram no convívio escolar.
A questão de comer ou não frutas, legumes e saladas na hora das refeições, pode po ser
resolvida, incentivando as crianças a experimentarem falando todos os dias na hora das
refeições a importância de se ter uma alimentação saudável, porém não foi o suficiente para a
resolução de problemas. Para tal, foi explorada a literatura do O Lobinho Lo Saudável
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

(BEDFORD, 2013), esta foi realizada através da pesquisa em livros, internet e vídeo e
posteriormente a distinção de características lúdicas para a construção de jogos.
Como estratégias de aprendizagem construímos um “Bingo de frutas e números”.númer O
jogo foi feito com cartelas previamente confeccionas e pedras para marcar com tampas e
refrigerante. O modo para a criança relacionar era de duas formas: primeiro com o número de
frutas e depois com a denominação da fruta. Na hora em que realizavam-se
realizavam as jogadas
sempre questionamos os números, para que quem preenchesse a cartela primeiro recebe uma
fruta como prêmio.
Com o grupo criamos uma roleta. A roleta feita em madeira e com números de EVA,
era girada e a partir do numero selecionado na roleta, a criança marcava em uma tabela o

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
numero. O jogo era realizado em quatro rodadas, sendo que ao final somava-se os números
que estavam relacionados com os alimentos, cada um tendo um valor numérico, de acordo
com o acerto temos a quantidade de tampinhas para no final contar os pontos.
Outros jogos foram confeccionados e explorados: “Jogo de Memória” com tabela para
marcar mais pontos, “Quebra cabeça com figuras” de frutas e palitos de picolé com a
identificação dos números, “Jogo de Dominó” com caixas de leite com números e figuras.
Com as crianças criamos números com diversas texturas e cores, onde foi realizado vários
desenhos livre com lápis preto, pintura com giz de cera, recorte e colagem em papel a4. Como
brincadeiras, jogaram amarelinhas com números quem queimava em qual numero, quantos
números tinha o jogo, dança da cadeira se somos vinte, quantas cadeiras temos para a
brincadeira, se sair um quantas fica, assim até o final, sempre relacionando os numerais.
A história O Lobinho Saudável, (BEDFORD, 2013), abordava como o personagem
alimentava-se mal, e o encaminhamento em relação a turma foi de como seria bom se nós
também tivéssemos uma alimentação saudável e adequada. Construído a pirâmide alimentar,
feita com rótulos e figuras de alimentos trazidos pelas crianças. Para fixar ainda mais o
conhecimento usamos como principal ferramenta a matemática: classificação dos alimentos
(frutas, legumes, leite, óleo, cereais, carnes, ovos e legumes). Estas quantidades foram
representadas através da escrita dos números e também através de recorte e colagem, para a
construção da pirâmide alimentar, com o auxílio de lápis de cor e tesoura.
Na sequência ocorreu a plantação de 20 mudas de alface na horta da escola. Como
estratégia de aprendizagem a criança utilizou-se de suas próprias mãos para medir a distância
de um pé de alface e de outro, (uma mão, duas mãos) também recorte de números, colagem,
distância sendo representada por o desenho de suas mãos.
Foi trabalhado o calendário para quantificar o número de dias para poder colher a
alface onde se utilizou lápis de cor vermelho para pintar o sábado e domingo pintamos de
verde, número 2 que era o dia que foi realizado a plantação, todos os dias vamos à horta e
acrescentamos em nosso calendário a pintura de mais um dia.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Em todas as atividades realizadas, pode-se observar que o reconhecimento dos


números foi um pouco difícil no início, pois o grupo tinha pouco conhecimento do que é uma
atividade com números e principalmente o que é uma alimentação saudável, com o passar dos
dias e muito repetição as crianças começaram a entender e reconhecer os numerais, sempre
utilizando o lúdico juntamente com a alimentação.
Verificou-se que à medida que registravam as situações vivenciadas tais como:
plantação da alface, salada de frutas, fazer a sopa, a resolução de problemas práticos se fazia
presente, tanto na escolha da quantidade das verduras, como quantas frutas de cada tipo
utilizamos para fazer a salada. Utilizamos vários desenhos para que as crianças pudessem
representar o que elas aprenderam. Esta atividade de desenho serviu como registro de tudo
que aprendemos em nosso projeto. A interpretação desta literatura levou a turma a
desenvolver pensamentos e identificar as situações vivenciadas pela personagem.
Os jogos necessitaram ser construídos e vivenciados em diversas etapas, pois
oportunizaram um tempo de concentração menor em relação às crianças de quatro e cinco
ANAIS – XXXFCMat

785
anos. A resolução de problemas, realizada por meio de simulações e dos jogos, propiciou
propici
situações de formulação de hipóteses, podendo-se
podendo se perceber as diferentes possibilidades de
resolução, mesmo havendo regras a serem cumpridos, fato que tornou rico e desafiador o
cumprimento e o resultado das mesmas.
Figura 03. Jogo de bingo. Figura 04. Prêmio.

No “Jogo do Bingo”, a problematização foi referente a contagem de frutas, pois as


crianças ainda não reconhecem os valores dos números nas cartelas individuais. Já o “Jogo de
Memória” foi realizado com facilidade, o qual possibilitou estimular procedimentos de
cálculo mental, visto que a identificação
identificação de números e quantidades estava presentes nas regras
do mesmo. O “Jogo de Dominó”, jogo das tampinhas as crianças de quatro anos
demonstraram dificuldade em identificar quantidades como 13, 14... Porém as crianças de
cinco anos não tiveram tanta dificuldade.
d
Figura 5. Roleta de números. Figura 6. Memória com frutas e frutas.

Figura 7. Jogo de dominó. Figura 8. Dominó pronto.


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ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
CONCLUSÕES

Ao final deste projeto pode-se observar que a grande maioria das crianças alimenta-
se de frutas e legumes, juntamente com isto todos puderam conhecer os numerais até dez.
Entre atividades realizadas observou-se que a aplicação da estratégia matemática de resolução
de problemas, surtiu grande efeito na sala do Jardim I B.
Observou-se que é preciso dar maior ênfase aos pequenos desafios encontrados em
sala, pois através de um pequeno problema pode ser o ponto de partida para a construção de
novos conhecimentos. Conclui-se que é a partir da realidade da criança que se pode buscar e
perceber a utilidade da Matemática.

REFERÊNCIAS

BEDFORD, David. O Lobinho Saudável. Rio de Janeiro: Ciranda Cultural, 2013.

REANE, Eliane, et. al. Matemática no dia a dia da Educação infantil: Rodas, Cantos,
Brincadeiras e histórias. São Paulo: Livraria Saraiva, 2012.

ZUNINO, Delia Lerner de. A Matemática na Escola: aqui e agora.2.ed.Porto Alegre: Artes
Médicas 1995.
ANAIS – XXXFCMat

787
A MATEMÁTICA DAS CHAVES MÁGICAS1

LEMOS, Andréa Corrêa2; BARRETO, Juliana Mena3; MORESCO, Daiane4.

RESUMO:: A Educação Infantil do Colégio Auxiliadora trabalhou o “Projeto Chaves Mágicas”


Mágicas com o objetivo
de unir ludicidade, literatura e matemática. Realizado com o livro de Mara Ligia Biancardi, “As chaves
mágicas”, unindo brincadeira e valores ao jogo. O jogo-
jogo O participante jogará primeiro o dado das cores, verde-
verde
Desculpe-me, amarelo; Boaa tarde, azul; Com licença, vermelho: Por favor; laranja: Obrigada. Jogará o dado com
os números de 0 a 5 verá a quantidade de chaves daquela cor. Fixa no painel e joga novamente os dois dados
fazendo o mesmo procedimento. Soma as chaves e dá o resultado em em chaves douradas de Criança bem educada.
Com a repetição a criança consegue definir a relação quantidade e número (0 a 10) e noções de adição de uma
maneira agradável significativa e interdisciplinar. Para as demais turmas utilizamos um dado com as quatro
operações. Fazendo a relação com quantidade, número e abstração.

Palavras-chave:: Matemática. Chaves Mágicas. Literatura Infantil. Jogos.

INTRODUÇÃO

Educar! Tarefa das mais difíceis! Como se preparar na vida e para a vida? Vivemos
em um mundo cada vez mais ais competitivo, no qual prevalece a cada um por si. O ser humano
está perdendo seu valor... e parece não perceber. Hoje, na maioria dos países, os povos são
influenciados pela ideologia materialista que cria uma cultura de acúmulo, posse, egoísmo e
ganância.
ia. A escola enquanto instituição sofre inevitavelmente com esta realidade, perderam-
perderam
se os valores essenciais para vida. Desta forma desde a educação infantil os verdadeiros
valores precisam ser abordados. Não no sentido da imposição, mas no da construção. A
criança deve ter oportunidade de vivenciar situações ricas e desafiadoras, as quais são
proporcionadas pela utilização dos jogos como recurso pedagógico. Nesta perspectiva as
atividades lúdicas (jogos, brincadeiras, brinquedos...) são vivenciadas pelos nossos alunos no
cotidiano escolar. Ensinar é estimular a curiosidade e a expressão dos sentimentos da criança,
bem como oferecer e mediar à multiplicidade de interações entre o conhecimento de mundo,
as novas possibilidades dee desenvolvimento e aprendizagem trazidas pela escola, ampliando
as possibilidades dos alunos de compreender e transformar a realidade. Toda pessoa está em
processo de constante aprendizagem, porém, ela será um ser privilegiado e mais seguro se a
bagagem dee conhecimento for de soma, ano a ano, em sua existência. Sabemos que a essência
da vida de Dom Bosco nos trás ao encontro de uma educação evangelizadora adotamos seu
Lema “Educar Evangelizando e Evangelizar educando, para isso propomos um projeto
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

envolvendo
ndo atividades de resgate aos valores e aliar a matemática de forma mais atraente e
integrada.

MATERIAL E MÉTODOS

Com relação às disciplinas trabalhadas no Infantil II e infantil III na disciplina de


matemática foram abordados os seguintes conteúdos:
1
Categoria: Professor; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: Instituto Auxiliadora – Campos
Novos.
2
Professora Educação Infantil, andrea_correa_lemos@hotmail.com.
3
Professora Educação Infantil, ju_mennabarreto@hotmail.com.
4
Professora Orientadora, Instituto
to Auxiliadora, colegio@cnauxiliadora.com.br.

ISSN 2447-7427
ANAIS
IS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
• Contagem convencional;
• Sequência numérica;
• Reconhecimento de quantidades;
• Reconhecimento da forma gráfica dos números associando-os as quantidades
correspondentes;
• Organização da equipe, pelo número de componentes.
• Em relação à Língua Portuguesa, os conteúdos abordados foram:
• Leitura coletiva e interpretação das regras do jogo;
• Roda de conversa ao final de cada rodada para verificar quais foram às
dificuldades e as descobertas durante a atividade;
• Anotações no diário do grupo das palavras mais pronunciadas pelas crianças,
sendo a professora a escriba;
• Reconhecimento das letras dos nomes das chaves mágicas
• Em relação às Artes Visuais:
• Registro por meio de desenho do jogo realizado, oportunizando as crianças
manifestar suas dúvidas, opiniões e impressões a respeito da atividade.
• Dramatização da História.
• Em relação ao Ensino Religioso:
• Trabalho em equipe, visando à integração da turma;
• Respeito às regras do jogo e aos colegas:
• Socialização com a família- Boa Tarde Apresentando o Projeto.
Confecção das chaves mágicas, relacionadas com as palavras e cores que iremos
utilizá-las. Fazer no caderno uma legenda utilizando um quadrado com a cor e a palavra
mágica ao lado.
Utilização de varias técnicas de pintura e colagem para enfeitar as chaves que cada
criança vai receber em folha.
Confecção de um livro, relacionando a palavra e cor a uma ilustração a qual a chave
significa.
Presentear as crianças com uma chave, que será retirada da caixa surpresa, sendo que a
palavra que a criança pegar devera ser a palavra mágica que devera guiar suas atitudes com
todos.
Confecção de uma chave grande, com todas as palavras registradas para ficar
pendurada na sala.
Jogo A Matemática das chaves mágicas com painel de atividades, 50 chaves coloridas
com as palavras mágicas, 3 dados sendo um com as chaves, um com os números e outro com
os sinais.
Trazer outras historia relacionadas às palavras mágicas como:
O jacaré egoísta. - Anita Boca dura; - Rita não grita.
Trabalhar muito sobre o que é o FALAR e o ESCUTAR em sala.
Atividades de rimas em sala.
Adivinhas usando as palavras mágicas.
Atividades envolvendo os símbolos relacionados às palavras mágicas e sentimentos.
ANAIS – XXXFCMat

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Hora da novidade atividades envolvendo a exploração das formas, tamanhos, cores,
quantidades de chaves, e sua
ua classificação.
Brincadeiras diversas envolvendo os valores trabalhados.
Ao trabalhar com os jogos é fundamental que o professor apresente as regras do
mesmo e que estas estejam claras para que as crianças possam aprender com facilidade. Neste
sentido foii apresentado o que segue à turma:
Mas, como funciona o jogo?
Para jogar a turma é organizada em cinco equipes, cada uma representando um a cor e
palavra mágica que na sua vez joga o dado e resolve a operação.
Mas como a criança pode participar?
parti E quais são as regras do jogo?
Ao jogar a criança tem a oportunidade de resolver problemas, investigar e descobrir o
resultado podendo ter a interação do grupo para achar a resposta.
1. Organizar a turma em equipes com quatro ou cinco jogadores.
jogado
2. Cada jogador representa uma cor e chave mágica: verde- Desculpe-me, me, amarelo; Boa
tarde, azul; Com licença, vermelho: Por favor; laranja: Obrigada.
3. Cada equipe terá apenas uma chance para acertar o resultado caso erre o ponto irá para a
chave da cor que teve o maior número de chaves colocada no painel.
4. Deve ser estabelecido pelo grupo quem jogará primeiro e os que jogarão a seguir.
5. Cada jogador, na sua vez, joga o dado das chaves e o dado dos números, posteriormente
apanha as chaves do baú e fixa no painel depois joga novamente e faz o mesmo procedimento
e por último faz a adição dos números e dá o resultado com chaves douradas de Criança Bem
Educada. (No caso das series iniciais joga o dado das operações e faz o cálculo que se pede)
6. Vencee quem tiver o maior número de pontos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A avaliação será processual e contínua, realizada através de observação, relatórios e


portfólio durante o desenvolvimento do projeto. Ao terminar de jogar com as crianças é
importante que haja momento de conversa sobre o jogo, verificando, quais foram às
dificuldades e as descobertas que os mesmos encontraram ao realizar o jogo. É fundamental
ouvir as crianças, para saber quais são suas dicas, sugestões, analisar suas posturas, se
conseguiram cumprir
umprir as regras ou, se houve divergências entre os alunos, anotando tudo no
diário do grupo. Sendo assim a avaliação será contínua e processual.
XXX Feira Catarinense de Matemática
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Após essa conversa com a turma é o momento de registrar através de desenhos sobre o
jogo, manifestando suas aprendizagens,
rendizagens, suas dúvidas, suas opiniões e suas impressões.
Os registros auxiliam a criança a aprender a matemática presente no jogo e também
para o professor analisar, observar as aprendizagens de seus alunos, o que eles realmente
aprenderam e o que aindaa precisam aprender.
Uma sugestão importante para se trabalhar com jogos é problematizar no ato do jogo,
pois só assim é possível ter a percepção das aprendizagens, dúvidas, confusões,
envolvimentos dos alunos na própria ação de jogar.
Este projeto será trabalhado durante todo o ano de 2014, na Caminhada da Cidadania
esperando que cada criança o carregue para sua convivência no dia- dia-a-dia aprimorando
Também os seus saberes matemáticos.

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ANAIS
IS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
CONCLUSÕES

Neste trabalho aborda-se o resgate de valores essenciais para a vida em sociedade e


a matemática aliado a ludicidade. O projeto está em fase de desenvolvimento e espera-se que
com a conclusão os alunos possam interagir relacionando matemática com os valores
estudados. Percebe-se o interesse das crianças pelos cálculos através de uma brincadeira
saudável e descontraída.

REFERÊNCIAS

SMOLE, K. S. DINIZ, M.I. CÂNDIDO, P. Cadernos do Mathema: jogos de matemática.


Porto Alegre: Atmed, 2007. v1.

KAMLL, Constance; VRIES, Rheta. Jogos em grupo na educação infantil: implicações da


teoria de Piaget. São Paulo: Trejetória Cultural, 1991.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O Jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Pioneira, 2003.
ANAIS – XXXFCMat

791
A MATEMÁTICA DO TEMPO NA VIDA1

REIS, Isabel Cristiny2.

RESUMO: Desde o início do ano percebeu-se


percebeu se na turma do 1º ano do ensino fundamental constantes
inquietações e conflitos decorrentes da falta de noção com relação a como ocorre a passagem do tempo. Ciente
de que este é um conceito abstrato e complexo e de que o calendário
calendário pode contribuir para a compreensão de sua
passagem, desenvolveu-se se o referido projeto, objetivando aprender a utilizar este mecanismo para organizar
nossas atividades diárias. Tivemos como instrumento principal o calendário e a literatura relacionada.
relacionad Através da
consulta e marcação diária para localizar acontecimentos importantes, de leituras de livros infantis que tratam da
questão do tempo e outras atividades envolvendo os dias da semana e meses do ano os alunos obtiveram
subsídios que os possibilitaram
taram compreender como contamos o tempo que passa e como organizar ações futuras
através deste mecanismo. Além disso, adquiriram vocabulário suficiente para expressar suas ideias e dúvidas a
este respeito.

Palavras-chave: Tempo. Calendário. Organização.

INTRODUÇÃO

Utilizar o calendário diariamente é uma prática comum nas séries iniciais, pois há
clareza de que a compreensão da passagem do tempo é um longo processo na vida da criança,
um conceito abstrato e complexo. Ao realizar tal atividade diariamente com os alunos
aluno desde o
primeiro dia de aula percebeu-se
percebeu se uma grande dificuldade da maioria em compreender o
calendário e a passagem do tempo, falta de vocabulário relacionado, além de conflitos
decorrentes de dúvidas, tais como: “Se eu tenho sete anos e você também então
entã nenhum de
nós é mais velho.” Outra problemática relacionada ao tempo evidente na turma eram os
constantes atrasos para as aulas e a falta de compreensão de quê atividades seriam realizadas
em cada dia da semana. Com isto, iniciou-se
iniciou o projeto:“A Matemática ca do Tempo na Vida”,
objetivando oferecer subsídios que favorecessem a compreensão da passagem do tempo e do
uso do calendário como auxiliar neste processo, desenvolvendo a capacidade de identificar
ordem de eventos em programações diárias, usando palavras
palavras como antes, depois, ontem, hoje
e amanhã, entendendo os conceitos de dia, semana, mês, e ano, familiarizando-se
familiarizando com
gráficos através de leitura e produção com dados coletados na turma e suas famílias e
ampliação do vocabulário.

METODOLOGIA
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Para ampliar o contato diário com o calendário, passou-se


passou se a fazer a marcação das datas
de aniversário e de outros acontecimentos escolares importantes, não só no calendário
coletivo mas também num individual mensal, o que permitiu que os alunos pudessem registrar
datass importantes não só para o grupo mas também para suas famílias, como um passeio
especial ou uma visita que receberam. A partir deste momento percebeu-
percebeu-se que a prática de
contar quantos dias faltavam para determinados acontecimentos, tornou-se
tornou se habitual. Passou-se
Pa

1
Categoria: Professor; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter relação com outras Disciplinas; Instituição:
EEB Osvaldo Reis – Brusque.
2
Expositora, EEB Osvaldo Reis.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA
F CATARINENSE DE MATEMÁTICA
a realizar contagem regressiva para tudo: iniciamos contando os dias faltantes para a Copa do
Mundo, festa junina da escola e para as férias escolares.
Visto que as questões relacionadas ao que é um mês e a compreensão de que este ciclo
se repete a cada 30 ou 31 dias, quando retirávamos a folha do calendário e partíamos para
uma nova, parecia claro aos alunos, passou-se então ao estudo da semana. Sendo um conceito
abstrato, necessitávamos fazer isto, baseados em tudo o que ocorria durante uma semana na
vida do aluno. Ouvimos e aprendemos a recitar a parlenda: “Não há sábado sem sol, domingo
sem missa nem segunda sem preguiça.” A partir dela, questionamos: Para você, não há
domingo sem o quê? As respostas variaram, entre elas: não existe domingo sem coca-cola,
sem comer maionese, sem brincar com os amigos. Assim fizemos para cada dia da semana,
para depois propor a criação de um livrinho com ilustrações do que seria, na visão dos
alunos,ideal fazer em cada dia da semana. Folheando revistas encontraram muitas imagens
que deram asas à imaginação, como: “Não há segunda sem comprar brinquedo” e “Não há
sexta sem ir à Disney”. Junto às famílias, os alunos registraram suas atividades reais de cada
semana, incluindo o dia de ir à igreja, de visitar os avós e de sair para passear.
O calendário também é um instrumento útil para organizar a rotina escolar como as
aulas de: Educação Física, Artes, Sala Informatizada, dia do brinquedo, da maleta da leitura e
ida ao parque. Confeccionamos um cartaz coletivo, colorindo imagens relacionadas e
organizando de acordo com cada dia da semana. Com isto os alunos constataram quantas
aulas e atividades tinham por semana. Surgiu a indagação: qual o primeiro dia da semana?
Logicamente a resposta da maioria foi: segunda-feira! Para esclarecer esta questão recorremos
a uma poesia que, em parte, diz: “Domingo é o começo da próxima semana ou é o fim da
semana passada?”
Diante de tudo, os alunos passaram a observar os colegas que chegavam atrasados à
escola. Lemos, então, o livro “O lugar das coisas”, de Silvana Tavano, que chama atenção
para o fato de que cada coisa tem seu lugar. Conversamos sobre a organização de nossas
atividades diárias e seus horários junto com a importância de observar o seu cumprimento e
obtermos sucesso. Junto com a família os alunos registraram o horário em que acordavam,
chegavam e saíam da escola, almoçavam, faziam as tarefas e dormiam. Observou-se que
muitos não possuem essa organização e por isso acabavam chegando atrasados ou mesmo
deixando de fazer tarefas. A história “Gabi, perdi a hora”, de João Basílio nos fez refletir a
este respeito. Falou-se sobre o fato de que os estabelecimentos comerciais também têm dias e
horas em que estão abertos, e que se “perdermos a hora”, ao chegar até eles não seremos
atendidos. Para maior compreensão, fomos até a padaria próximo da escola conversar com a
atendente e perguntar horários de atendimento.
O livro “Tempo, tempo, tempo: quem pode com ele?”, de Vitória Rodrigues e Silva,
nos estimulou a confeccionar uma linha do tempo do nosso dia, com as atividades mais
importantes. Para isto utilizamos as informações obtidas na tarefa de casa acima citada. O
livro aborda os temas data de nascimento, idade e certidão de nascimento. Cada aluno teve a
tarefa de trazer uma cópia de sua certidão para que analisássemos algumas informações, como
o dia, mês, ano, hora e local em que cada um nasceu. A primeira informação a que dirigimos
nossa atenção foi o ano de nascimento, que variou entre 2007 e 2008. Cada aluno que nasceu
em 2007 recebeu uma ficha azul e os que nasceram em 2008 receberam a ficha amarela. Cada
um fixou sua ficha num cartaz, formando um gráfico de pizza com os anos de nascimento.
ANAIS – XXXFCMat

793
Fizeram então a leitura do gráfico, levantando questões como: a maioria da turma nasceu
na em
que ano? Em que ano nasceram os alunos mais velhos? E os mais novos? Que relação o ano
em que nascemos tem com a idade que temos hoje?Outra questão trabalhada foi o mês de
nascimento de cada um. Construímos outro gráfico com objetivo de visualizar em que meses
os alunos nasceram. Muitas questões surgiram, tais como: “Se nascemos no mesmo mês então
temos a mesma idade!” Através de conversas e observações no gráfico dos anos de
nascimento, pudemos compreender que isto só seria verdade se as crianças tivessem
t nascido
também no mesmo ano. Escrevemos uma lista dos meses do ano e fomos para a sala
informatizada brincar de forca, tarefa que foi significativa para a alfabetização visto que os
alunos possuíam uma lista dos meses e faziam comparação entre o número nú de letras da
palavra a ser descoberta e das palavras que tinham anotadas. Uma linha do tempo comparando
as idades dos alunos também foi construída coletivamente. A atividade de “leitura” da
certidão de nascimento foi muito proveitosa visto que a maioria
maioria das crianças nem mesmo
conhecia este documento tão importante. Todos demonstraram grande satisfação em
identificar na certidão os seus nomes, tema amplamente trabalhado na alfabetização, bem
como os nomes de seus pais e suas datas de nascimento.
Para problematizar
oblematizar estas questões, exibiu-se
exibiu no data-show um “e-mail” mail” supostamente
enviado por um menino que dizia:
“OLÁ, MEU NOME É CARLOS EDUARDO!” TENHO 6 ANOS. MEU
ANIVERSÁRIO É DIA 12 DE JULHO. AJUDE-ME AJUDE ME A DESCOBRIR AS RESPOSTAS:
QUANTOS DIAS FALTAM PARA O MEU MEU ANIVERSÁRIO? EM QUE DIA DA
SEMANA SERÁ O MEU ANIVERSÁRIO?”
Recorreu-se
se ao calendário deste ano para descobrir as respostas e responder ao e-mail
e
do menino. Criamos outras problemáticas envolvendo o calendário e o nascimento do menino,
como: “Quem faz aniversário
iversário próximo à data em que faz aniversário o menino?” e “Quem da
turma tem mais ou menos idade que o menino?”Para incluir o lúdico no processo de
compreensão do tempo, brincamos com uma trilha divertida com perguntas relacionadas ao
tema. Também brincamos amos com o jogo da memória dos dias da semana e jogos de
alfabetização. Diversas atividades do projeto serão atividades permanentes até o final do ano,
como a marcação do calendário e as constantes problematizações com respeito a datas e
organização da rotina
ina diária e semanal.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

O objetivo principal deste trabalho será obtido ao longo do tempo, contudo, vários
avanços significativos já foram observados, como aquisição de vocabulário relacionado,
incorporação da prática de uso do calendário
calendá para organizar-se se e planejar ações futuras, uso
constante do calendário para fins diversos na sala aula, melhor organização das atividades
diárias e semanais, sentimento de segurança com relação ao que ocorrerá em cada dia durante
a aula e entendimento dos conceitos de ontem, hoje e amanhã.
Embora a compreensão da passagem do tempo seja algo natural na vida de uma
pessoa, ocorrendo junto com o crescimento e o amadurecimento do ser, é fundamental
trabalhar esta temática nos primeiros anos de escolarização.
escolarização. De forma lúdica e coletiva a
criança começa a construir tais conceitos e desde cedo pode tratar a questão com

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F CATARINENSE DE MATEMÁTICA
responsabilidade, desenvolvendo hábitos úteis para a vida, tais como organizar-se, planejar-
se, chegar no horário aos compromissos, entre outros. Embora seja comum nas salas de aula a
marcação do calendário, é preciso ampliar o contato com este instrumento e variar as
experiências que o incluem para que as crianças possam ver sentido em sua utilização.

REFERÊNCIAS

BASÍLIO, João. GABI, PERDI A HORA! 1.ed. Belo Horizonte: lê, 2009.

Medida de tempo no calendário.Disponível em:


http://revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica-pedagogica/medida-tempo-calendario-
619501.shtml. Acesso em 09/08/2014.

QUANDO O ALUNO AJUSTA OS PONTEIROS E DESCOBRE O TEMPO. Disponível


em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/quando-aluno-ajusta-ponteiros-497827.shtml.
Acesso em: 23/07/2014.

SILVA, Mariane Ellen da. De que forma o calendário pode favorecer a compreensão da
passagem do tempo, dias, meses, anos,bem como sua utilização em outras culturas?Disponível
em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=36883. Acesso em:
23/07/2014.

SILVA, Vitória Rodrigues e. Tempo, tempo, tempo: Quem pode com ele? 1.ed. Curitiba:
Positivo, 2011. p. 4-7; 24-25.

TAVANO, Silvana. O lugar das coisas. 1.ed. São Paulo: callis, 2011.
ANAIS – XXXFCMat

795
ESTUDO ANTROPOMÉTRICO INFANTIL DAS CIDADES DE
IBIRAMA E RIO DO SUL1

VIELMO, Ana Silvia de Lima2; SCHEFFER, Rose Mari Klepa3.

RESUMO: O trabalho surgiu através de uma conversa entre professoras do IFC sobre a dificuldade de comprar
roupas ergonomicamente adequadas para crianças. A partir deste momento, tratou-se
tratou se de pensar em uma forma de
ajudar as empresas têxteis e de confecção industrial
industrial da região. Após eu ter participado de um grupo de pesquisa
antropométrica construiu-sese um material teórico e procurou-se
procurou se contatar com as Secretarias Municipais de
Educação de Ibirama e Rio do Sul, a fim de expor o projeto e verificar a possibilidade de ser aplicado com
crianças de 6, 8, 10 e 12 anos de idade de escolas públicas municipais. Escolheram-se
Escolheram se as referidas cidades visto
que conforme o SINFIATEC, 2014 as mesmas exercem como principal atividade econômica a confecção do
vestuário, sendo muitas do ramo infantil.
infantil O objetivo principal desta pesquisa é discutir, analisar e mostrar a
importância de estudos antropométricos de padronização de modelagem da população. Os resultados desse
estudo permitirão a padronização das medidas de modelagem auxiliando as empresas da região na busca da
satisfação completa dos clientes, pois estes estarão mais confortáveis e seguros ao adquirir um produto de
vestuário ergonomicamente correto e aumentar a competitividade das empresas devido estar respaldados por um
Estudo Antropométrico.
tropométrico. A necessidade da tabela de medidas do corpo humano surge da decisão estratégica de
uma produção em massa, ou seja, quando o artigo de vestuário deixa de ser confeccionado sob medida e a
referência para sua construção passa a ser um biótipo representativo
representativo de uma determinada população, ou parte da
mesma. Diversos países, tais como França, Alemanha e Estados Unidos, possuem seus próprios sistemas de
padronização de tamanhos, criados a partir de levantamentos antropométricos de parte de suas populações.
popul A
consequência do tratamento estatístico dos dados coletados será uma tabela de medidas para a revisão de
modelagens e quando se fala em construção modelagem de vestuário, a principal e única ferramenta de trabalho
é a matemática. A partir dessa constatação
con resolveu-se
se mostrar o emprego de cálculos e situações-problemas,
situações
envolvendo conteúdos tais como: Desenvolvimento da modelagem, Custo de matéria prima, Encaixe, Risco e
Corte, Tempos de métodos de Produção, função de primeiro grau, equação exponencial
exponencial e logarítmica, juros
compostos, geometria analítica, entre outros. Os resultados obtidos com a pesquisa foram bons, já que se pode
perceber a presença constante da referida disciplina em todo o processo de fabricação do vestuário, desde a
concepção da modelagem até mesmo sua comercialização.Com a apresentação desta pesquisa, pretende-se pretende
também estimular demais colegas à prática da pesquisa, bem como o entendimento da importância da
matemática no cotidiano.

Palavras-chave: Antropometria. Modelagem e vestuário.


ves Matemática.

INTRODUÇÃO

Por Trabalhar em Ibirama e conforme o SINFIATEC, 2014, as cidades de Ibirama e


Rio do Sul exercem como principal atividade econômica a confecção do vestuário, sendo
muitas do ramo infantil viu--se a necessidade de um Estudo Antropométrico nas escolas
municipais das referidas cidades. Em seguida, os dados serão tratados estatisticamente e após,
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

elaborada uma tabela de medidas, dando subsídio ao desenvolvimento de modelagens


ergonomicamente corretas. Para a confecção das modelagens
modelagens a ferramenta indispensável é a
matemática, além de todos os cálculos de custos, desperdícios, tempos e métodos em uma
empresa de confecção.
Em suma, o que se pretende apresentar são os processos que envolvem desde a criação
de um modelo, sua confecção,, beneficiamento e custos envolvidos, e apresentar estes dados à
comunidade, buscando motivar mais colegas e alunos à prática da pesquisa.

1
Categoria: Professor; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter relação com outras Disciplinas; Instituição
IFC – Campus Ibirama – Ibirama.
2
Expositor, IFC – Campus Ibirama, ana.silvia@ibirama.ifc.edu.br.
3
Expositor.

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MA
MATERIAL E MÉTODOS

Conforme os dados do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e Confecção do


Vestuário (SINFIATEC), 2014, a região do Alto Vale do Itajaí conta com 700 empresas
cadastradas no ramo do vestuário, onde muitas são do ramo infantil.
De acordo com SABRÁ (2009), não há registros de estudos antropométricos no Brasil,
fato este que ocasiona a falta de padronização de modelagem.
Há vários aspectos envolvidos na confecção de um produto de vestuário: elaboração
do modelo, modelagem, escolha do tecido adequado, costura, aviamentos, beneficiamento,
custo, tempo padrão de produção, entre outros. Por isso, implementar uma empresa de
confecção de vestuário requer a contratação de profissionais das mais diversas áreas.
A fim de mostrar o quanto a matemática é importante escolheram-se algumas
informações que foram utilizadas na elaboração de situações-problema, tais como:

1. Ao traçar uma modelagem de um cós, perna da calça, frente de saia, manga de camisa,
gola, parte-se sempre de uma figura geométrica. Qual é essa figura?
O retângulo

2. Sabendo que devemos considerar o percentual de alongamento do tecido para fazer a


modelagem e que o casaco de moletom tenha 80 cm de diâmetro e o punho deve ser 75%
da referida medida. Qual o comprimento em cm do molde?
80 -------------------100%
x -------------------75%
x= 60 cm

3. Sabendo que devemos considerar o percentual de encolhimento do tecido para fazer a


modelagem e que o tecido não deve apresentar mais que 3% de encolhimento, qual
percentual da variável em questão que o substrato têxtil apresentou?
(Ci-Cf) x100
Ci
(50-46)x100 = 8% de encolhimento no urdume, ou seja, o produto de vestuário
50
encolherá no sentido do comprimento.
(50-48) x 100 = 4% de encolhimento na trama, ou seja, o produto encolherá no sentido
50 da largura.

4. Para fabricação de um lote com 100 peças, a empresa tem os seguintes custos: R$20,00 da
peça piloto, R$ 27 400,00 com funcionários e custo com matéria prima. Sabendo que cada
calça de moletom desse lote é vendida por R$69,90, podemos dizer que este lote deu lucro
ou prejuízo?
L(x) = R(x) – C(x) L(x)= 69,90.x – (20+27 400)
L(x) = 69,90x – 27 420 L(100) = 69,90 . 100 – 27 420
L(100) = 6990 – 27 420 L(100) = -20 430
Terá prejuízo de R$20 430,00
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797
5. Tenho uma confecção de jeans, onde gasto R$64,40 para produzir o jeans bruto (sem
beneficiamento). Sabendo que o custo do beneficiamento é de R$6,00 por peça, e que
deseja obter uma margem de lucro de 90%, qual deverá ser o valor de venda?
Gasto= 64,40+ 6= 70,40 por peça.
Para obter um lucro de 90%=
R$ %
70,40 100
x 190

x . 100 = 70,40 . 190 100x = 13 376 x= x =


133,76

6. Em análise de Tempos e Métodos a fim de descobrir o tempo de produção de um produto


de vestuário precisa-se
se calcular o tempo padrão utilizando as seguintes abaixo,
considerando 90% de ritmo, frequência =1 e 18,5% de concessões.

Leituras

0,13 0,14 0,1 0,11 0,09 0,12 0,08 0,11 0,12 0,1 0,11 0,12 0,13 0,13 0,12 0,13

Tempo Total= Soma das leituras = 1,84 minutos


Tempo Médio= (soma das leituras /número de leituras) = 0,115 minutos
Tempo normal = (Tempo médio x o percentual de ritmo) = 0,104 minutos
Tempo normal ajustado = (Tempo normal x freqüência) = 0,104 minutos
Tempo padrão = (Tempo normal ajustado *(1+ % de concessões)= 0,123 minutos.

Tabela de Medidas
Busto 72 cm Cintura 63 cm Quadril 76 cm Comprimento 43 cm

Costas 32 cm Ombro 10 cm Profundidade decote Comprimento braço


costas 2 cm 50 cm

Manga longa(boca) Largura punho cós Largura da gola % de encolhimento


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2 cm deste tecido 2%
11 cm 6 cm

FRENTE e COSTAS
Esquadrar – vértice do ângulo reto
1 a 2 - ¼ do busto + 3cm de folga movimento + costura
1 a 3 – comprimento da blusa + costura para fechar o ombro + costura para o cós +
encolhimento
4 – Surge do esquadramento de 2 e 3 – fechando retângulo
5 a 6 – 1/6 da medida entre 1 à 5
6 à 7 – medida do ombro + costura para costurar a gola + costura para pregar mangas

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MA
1 à 8 = Igual medida entre 1 à 7 + 1 cm
1 a 9 – medida conforme tabela
6 à 10 – (cava) – metade do costado + 2cm
11 – esquadramento do ponto 10
12 – metade entre 6 e 10
12 à 13 – 0,5 cm
Ligar os pontos 6, 13 e 11
MANGA
Esquadrar – vértice do ângulo reto
1 a 2 – comprimento da manga longa – largura do punho + costuras para costurar o punho +
encolhimento
1 a 3 – 1/3 de costado ( cabeça da manga)
1 a 4 – a mesma medida da cava da blusa (pontos 6, 13 a 11) + costura para fechar a manga
2 a 5 – metade da medida da boca da manga + costura
6 e 7 – 1/3 da medida entre 1 a 4
6 à 8 – subir 1 cm
9 - metade entre o ponto 7 e 4
9 à 10 – descer 1 cm
PUNHO – A largura na tabela x 2 + costuras. Comprimento: Aplicar 75% da circunferência
da boca da manga + costuras.
CÓS – A largura na tabela x 2 + costuras; Comprimento: Aplicar 85% da circunferência
dividido por 2 + costuras.
GOLA – A largura da tabela x 2 + costuras, Comprimento: 80% da medida da circunferência
do decote + costuras.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Esta pesquisa trouxe a oportunidade de vivenciar o cotidiano da elaboração de moldes


de produtos de vestuário, sua confecção, beneficiamento e gerenciamento de custos. Foi
muito importante para a equipe, pois sempre se desenvolvem as operações e acaba-se não
percebendo que a Matemática é a ferramenta indispensável para o crescimento das empresas
têxteis e de Confecção Industrial. São muitos fatores que influenciam na confecção de
produtos de vestuário, e cabe aos administradores das empresas gerenciarem bem estes para
que haja uma boa relação entre o custo e o lucro.

CONCLUSÕES

Ao chegar nesta etapa da pesquisa, não se tem considerações finais, pois a pesquisa
ainda está em fase inicial. Almeja-se ainda complementar a tabela de medidas e apresentar
esta pesquisa para mais pessoas, a fim de incentivar mais estudantes a prática da pesquisa e a
busca de recursos matemáticos para entender e simular situações que fazem parte do
cotidiano.
ANAIS – XXXFCMat

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REFERÊNCIAS

ROSA, Lucas;; MORAES, Anamaria de. Vestuário industrializado: uso da ergonomia nas
fases de gerência de produto, criação, modelagem e prototipagem. Rio de Janeiro, 2011. 175p.
Tese de Doutorado – Departamento de Artes e Design, Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro.

CANDIDO, A. P. C. et al. Anthropometric methods for obesity screening in


schoolchildren: the OuroPreto Study.Nutr. Hosp. [online]. 2012, vol.27, n.1, pp. 146-153.
146
ISSN 0212-1611.

BATEN, J. e CARSON, S. Latin American anthropometrics, past and present—An


present overview
Economics & Human Biology, Volume 8, Issue 2, July 2010, Pages 141-144.
144.

produção Editora Edgard Blücher, 2ª edição, 2005.


IIDA, Itiro. Ergonomia projeto e produção,

JONES, Sue Jenkyn. Fashiondesign: manual do estilista,


estilista, São Paulo, Cosac Naify, 2005.

SABRÁ, Flavio. Modelagem: Tecnologia em Produção do Vestuário. Estação das Letras,


2009.

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MA
EXPLORANDO CONCEITOS MATEMÁTICOS COM BRINQUEDOS1

VOIGT, Joice Mara Goede.2

RESUMO: Este projeto “Explorando conceitos matemáticos com brinquedos” teve como objetivo trabalhar de
uma forma diferente e prazerosa os diversos conceitos matemáticos que constam na proposta do município de
Pomerode. Os materiais utilizados neste projeto foram diversos brinquedos industrializados como potes de
diferentes tamanhos, peças de lego, urso, centopéia e base com formas, animais de plástico, e também
brinquedos artesanais, como bolas feitas de papel, cones de linha, tampas de diferentes tamanhos e uma mesa
com formas coladas com fita colorida. Encontrei brinquedos que fazem parte do desenvolvimento das crianças
de 2 a 3 anos e que contemplam os conceitos matemáticos conforme proposta do nosso município. Várias foram
as oportunidades oferecidas nas quais as crianças tiveram oportunidade de ampliar os diversos conceitos
matemáticos descritos neste projeto. Foi brincando e se divertindo que mesmo não sabendo, crianças pequenas
aprenderam “Matemática”.

Palavras-chave: Brinquedos. Conceitos matemáticos. Ludicidade.

INTRODUÇÃO

Desde muito pequenas, as crianças entram em contato com grande quantidade e


variedade de noções matemáticas, ouvem e falam sobre números, comparam, agrupam,
separam, ordenam e resolvem pequenos problemas envolvendo operações, acompanham a
marcação do tempo feito pelos adultos, exploram diferentes espaços e distâncias, etc.
Este projeto “Explorando conceitos matemáticos com brinquedos” teve como objetivo
trabalhar de uma forma diferente e prazerosa os diversos conceitos matemáticos entre eles a
classificação, forma, medida, quantidade, número e espaço que constam na proposta do
município de Pomerode.
DANTE (1996) nos lembra de que a Matemática é, em especial, um modo de pensar.
Por isso, faz-se necessário trabalhar o quanto antes, esse pensar com as crianças, para que
ocorra um fortalecimento mais eficaz nos alicerces da aprendizagem dessa disciplina.

MATERIAL E MÉTODO

O brincar é atividade fundamental para crianças pequenas, é brincando que elas


descobrem o mundo, se comunicam e se inserem em um contexto social. Brincar é um direito
da criança, além de ser suma importância para seu desenvolvimento.
Num belo dia na área da natureza observei que alguns alunos estavam comparando a
quantidade de pás e peneiras quando brincavam.
Em outro momento, na área da goiabeira, sem a minha intervenção, observei Gustavo
e Rayane encaixando as formas, num brinquedo velho que estava jogado neste espaço.
Todas estas situações contribuíram ainda mais para tentar encontrar brinquedos que
fazem parte do desenvolvimento das crianças de 2 a 3 anos e que contemplam os conceitos
matemáticos conforme proposta do nosso município.

1
Categoria: Professor; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: CEI Municipal Rosa Borck –
Pomerode.
2
Professora, CEI Municipal Rosa Borck , joicekauaandre@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

801
A matemática está presente em todos os momentos da nossa vida, precisamos dar a
oportunidade para que as crianças construam e utilizem
utilizem adequadamente conceitos, para
compreender e fazer uso dos mesmos no seu dia a dia. Atenta ao centro de interesse das
crianças pelos brinquedos surge uma maravilhosa oportunidade de trabalhar a linguagem
matemática, com valor significativo as mesmas.
Assim procurei outros brinquedos que fossem desafiadores para a turma, e que
abrangessem vários conceitos matemáticos. EMERIQUE(2003) diz que:

“O que é fundamental é a valorização dos brinquedos industrializados e artesanais


como suportes para a realização
realização do brincar, como apoio ao imaginário, à fantasia e,
assim, à capacidade criadora. Seu valor está na reação que provoca na criança, na
sua possibilidade de transformação e nas suas potencialidades para revelar os
desejos infantis”.

O brinquedo é um objeto
objeto que deve servir como facilitador da brincadeira. Além disso,
deve favorecer a imaginação e a criatividade.
Brinquedos e brincadeiras compõe o dia a dia de nossa turma. Os quais nos dão
oportunidade de explorar as diversas linguagens de nossa proposta.
Tendo
ndo como principal objetivo trabalhar a linguagem matemática, serão elencadas a
seguir as diferentes propostas realizadas com esta turma:
Na sala brincando em pequenos grupos, separamos as peças de lego conforme sua cor,
trabalhando assim o conceito de classificação
cla e pigmentação.
Outro dia trouxe para a sala um cesto cheio de cones, estes usados nas empresas
têxteis com linha. Um material simples, mas que foi muito significativo para as crianças. Com
os cones eles empilharam um em cima de outro, construindo
construindo uma torre, depois através de
minha mediação comparamos quem tinha feito a torre maior e a menor. Com este brinquedo
foi trabalhado o conceito de medida.
Em outra oportunidade com as crianças montamos na sala um cantinho, “o cantinho
dos animais”. Neste espaço,
spaço, em pequenos grupos, cada criança teve a oportunidade de brincar
com os animais de plástico. Para criar situações desafiadoras, colei no chão da sala, perto
deste cantinho, algumas fotos de animais. Durante a atividade pedi para as crianças agruparem
os animais conforme sua foto, explorando o conceito de classificação.
Para trabalhar o conceito de forma, trouxe para sala alguns brinquedos de encaixe, um
urso, uma centopéia e uma base onde a criança tinha que encaixar cada forma no seu
respectivo lugar,, colocando em jogo noções de espaço associados às formas. Entre várias
tentativas e erros as peças eram encaixadas.
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

Hora de arremessar as bolas no cesto. Ofereci para cada criança 5 bolas feitas com
papel. Assim começamos a brincar, a criança deveria acertar
acertar as bolas no cesto. E no final
nosso objetivo era contar com as crianças quantas bolas cada uma conseguiu acertar.
Trabalhei sequência numérica e quantidade.
Em outro momento trouxe um brinquedo novo para turma, diferentes potes com vários
tamanhos.
Comm este brinquedo foi trabalhado o conceito de medida, pois a criança tinha que
empilhar os potes um em cima de outro, sempre conforme seu tamanho (do maior para
menor).

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Uma maneira de integrar o aprendizado da matemática e dar sentido aos conceitos
espaciais e quantitativos é usar medidas. Elas permitem que as crianças usem seu
conhecimento crescente de matemática para pensarem sobre o seu mundo imediato.
Dando continuidade criamos na sala um novo cantinho, “o cantinho das tampas”.
Neste cantinho a criança deve associar a tampa a sua respectiva base tentando rosqueá-la.
Vários tamanhos e formas de tampas e bases estavam à disposição para serem exploradas
pelas crianças.
Medida, espaço, forma foram conceitos trabalhados neste cantinho desafiador.
Considera-se que as experiências das crianças, nessa faixa etária, 2 á 3 anos, ocorrem,
prioritariamente, na sua relação com a estruturação do espaço e não em relação à geometria
propriamente dita, que representa uma maneira de conceituar o espaço, por meio de
construção de modelo teórico. Nesse sentido, o trabalho na Educação Infantil deve colocar
desafios que dizem respeito às relações habituais das crianças com o espaço, como construir,
comparar, deslocar-se, etc, e à comunicação destas ações.
Num outro momento, montamos na sala uma mesa para explorar diversas formas
feitas de madeira. O objeto de madeira foi contornado com fita colorida. A criança deve
localizar o local correto e colocar a forma de madeira na base certa.
Neste brinquedo trabalhamos o conceito de medida, espaço e forma.
As crianças exploram o espaço ao seu redor e, progressivamente, por meio da
percepção e da maior coordenação de movimentos, descobrem profundidades, analisam
objetos, formas, dimensões, organizam mentalmente seus deslocamentos.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nitidamente observou-se que através de brinquedos a linguagem matemática


conseguiu ser trabalhada com crianças desta faixa etária.
A matemática tinha “vida”, era lúdica. Vinha ao encontro do desenvolvimento das
crianças associado a nossa proposta.
Várias foram os desafios oferecidas nos quais as crianças tiveram oportunidade de
ampliar os diversos conceitos matemáticos descritos neste projeto.
Meu papel como educadora mediadora foi fundamental neste processo de ampliação
de conhecimentos.
De acordo com Vygotsky (1987, p.101), “O aprendizado adequadamente
organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de
desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer”.
Cada criança já traz consigo uma bagagem de conhecimentos que neste projeto através
do “brinquedo” e de muita mediação e problematização pode ser ampliado.
Foi brincando e se divertindo que mesmo não sabendo crianças pequenas aprenderam
“Matemática”.

CONCLUSÕES

Como educadora sempre acreditei que mesmo pequenas elas aprendem matemática.
ANAIS – XXXFCMat

803
Estudar os conceitos matemáticos fazem parte de um processo contínuo da vida das
crianças. Por isso, é fundamental considerar os aspectos afetivos, cognitivos, simbólicos
necessários
rios para que a criança possa pensar, sentir, agir, interagindo com o meio. Mas cabe a
nós, professores criarmos condições para que a troca de experiências, os significados e as
ideias sejam compartilhadas e construídas entre todos.
Para Kátia Smole (2003,p.62),
(2003,p.62), "uma proposta de trabalho de matemática para a escola
infantil deve encorajar a exploração de uma grande variedade de ideias matemáticas relativas
a números, medidas, geometria e noções rudimentares de estatística, de forma que as crianças
desenvolvam am e conservem um prazer e uma curiosidade acerca da matemática. Uma proposta
assim incorpora contextos do mundo real, as experiências e a linguagem natural da criança no
desenvolvimento das noções matemáticas, sem, no entanto, esquecer que a escola deve fazer
f o
aluno ir além do que parece saber, deve tentar compreender como ele pensa e fazer as
interferências no sentido de levar cada aluno a ampliar progressivamente suas noções
matemáticas ".
Uma criança aprende muito de matemática, sem que o adulto precise precis ensiná-la.
Descobrem coisas iguais e diferentes, organizam, classificam e criam conjuntos, estabelecem
relações, observam os tamanhos das coisas, brincam com as formas, ocupam um espaço e
assim, vivem e descobrem a matemática.

REFERÊNCIAS

DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. 12. Ed. São
Paulo: Ática, Série Educação, 2003.

EMERIQUE, P.S. Brincaprende:


Brincaprende: dicas lúdicas para pais e professores. Campinas: Papirus,
2003.

SMOLE, Kátia. A matemática na educação infantil: a teoria


ia e as inteligências múltiplas na
prática escolar. Porto Alegre: Artmed, 2003.

VIGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem.São


Linguagem São Paulo, Martins Fontes, 1987. XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
FOLCLOREANDO COM A MATEMÁTICA1

SCHMITT, Sandra Regina Dallabona2.

RESUMO: Enquanto professora da Educação Infantil, estou refletindo constantemente o meu fazer pedagógico.
Tenho buscado inúmeras alternativas em sala de aula, para que as crianças aprendam sempre mais, de maneira
mais prazerosa e significativa. Destas alternativas já aplicadas, a brincadeira destaca-se como uma das maneiras
mais eficazes de envolver o aluno nas atividades realizadas. A criança aprende melhor brincando e todos os
conteúdos podem ser ensinados através de brincadeiras, em atividades predominantemente lúdicas. O projeto
FOLCLOREANDO COM A MATEMÁTICA, foi escolhido pela professora, pois as crianças estão perdendo
suas origens, tradições e costumes. Estamos passando por um período de valorização da memória histórica
brasileira, onde há um interesse cada vez maior pelo resgate da cidadania e dos valores culturais do passado.
Como o tema envolve muito as atividades lúdicas foram criados muitos jogos que trabalham vários conceitos
matemáticos, pois o “ensino” matemático deve acontecer de maneira interdisciplinar para que o educando
perceba que a matemática é um assunto prático e útil na resolução de seus conflitos no dia-a-dia. O professor
educador matemático precisa oferecer um ambiente de busca, de construção e encorajar o educando a aplicar
suas ideias. O presente projeto tem por objetivo resgatar, vivenciar e valorizar as manifestações da cultura
popular timboense e catarinense, além de desenvolver conceitos matemáticos e enfatizar a importância da
atividade lúdica na Educação Infantil.

Palavras-chave: Criança. Tradições Culturais. Conceitos Matemáticos. Ludicidade.

INTRODUÇÃO

A criança aprende melhor brincando e todos os conteúdos podem ser ensinados através
de brincadeiras em atividades predominantemente lúdicas. A atividade lúdica permite ao
professor construir uma relação muito mais íntima e interativa. É preciso que o professor
aproveite o que é mais importante na fase em que a criança está vivendo, a brincadeira, onde
as regras podem ser fixas ou elaboradas em conjunto. Este trabalho tem por objetivo enfatizar
a importância da atividade lúdica na educação infantil, e responder o problema foco: (Como
resgatar, vivenciar e valorizar as manifestações da cultura local e regional e desenvolver
conceitos matemáticos de forma prazerosa e significativa com auxílio de atividades lúdicas e
do folclore?). Quero mostrar que brincar deve fazer parte do cotidiano da Pré-Escola, pois a
atividade lúdica além de elevar a auto-estima da criança, ainda estimula a imaginação e a
criatividade, exercitando o raciocínio lógico. Pretendo através deste projeto, resgatar,
vivenciar e valorizar as manifestações da cultura popular timboense e catarinense e despertar
nas crianças o interesse pelo ensino da matemática, criando situações-problema do seu dia-a-
dia, levando-os a desenvolver o raciocínio e a autonomia.

MATERIAIS E MÉTODOS

O projeto FOLCLOREANDO COM A MATEMÁTICA, foi aplicado de forma


lúdica, interdisciplinar, que procurou regatar a cultura catarinense (Boi de Mamão) e tradições
da cultura timboense (Rei e Rainha do Bolão), além de desenvolver conceitos matemáticos
com auxílios do folclore e de atividades lúdicas.

1
Categoria: Professor; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com outras Disciplinas; Instituição:
Unidade Pré-Escolar Girassol – Timbó.
2
Professora da Unidade Pré-Escolar Girassol, sandraolska@gmail.com.
ANAIS – XXXFCMat

805
Durante a realização do projeto foram confeccionados e utilizados muitos jogos,
atividades em grupo, atividades individuais, histórias, atividades físicas e artísticas:
(releituras, dobraduras, gravuras, painéis, molduras com argila e maquete construída pela
criança), estimativas, interpretações de histórias, desafios, leituras, descrições, gráficos,
pesquisas, passeios, entrevistas,
stas, criação de situações-problemas,
situações problemas, encenação da dança do Boi
do Mamão, Rei e Rainha do Boliche e outros.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Mariano Suassuna certa vez falou: “Saudamos todos aqueles que sabem que não
cultuamos as cinzas dos nossos antepassados, mas a chama imortal que os animava.”
Ao ingressar na Instituição de Educação Infantil a criança começa a se relacionar com
as outras crianças e adultos A troca de informações que uns fornecem aos outros pode atuar
como facilitador ao entendimento das atitudes
atitudes da criança e o seu desenvolvimento. Por isso,
os pais e seus familiares foram convidados a prestigiarem o II MOMENTO CULTURAL DA
UNIDADE PRÉ-ESCOLAR
ESCOLAR GIRASSOL, no dia 14 de junho de 2014, que visou incentivar a
expressão cultural das crianças, através da encenação do Boi de Mamão, recitação de
parlendas e outras variações folclóricas.
Partindo da premissa que a escola deve estar comprometida com nossa cultura,
resgatando nossos valores, tradições e costumes, além de ser um espaço de circulação de
culturas, esse momento cultural teve por objetivos resgatar, vivenciar e valorizar as
manifestações da cultura popular catarinense e timboense, ampliar as possibilidades do
aprender nas brincadeiras, nos jogos, na dança, no cantar e demais situações através das
múltiplas linguagens.
Após as encenações trabalhamos várias obras de artistas catarinenses anônimos e
fizemos a releitura de algumas obras, da Bernunça, usando a técnica do recorte e colagem,
fantoches e massinha de modelar.
No segundo momento, as crianças assistiram
assistiram um vídeo que mostrava como é
organizada a Festa do Rei e Rainha do Bolão em Timbó. Após assistir o vídeo convidamos
um integrante da Sociedade Duque de Caxias, para falar desta tradição as crianças e também
responder e tirar as dúvidas.Passada a parte
parte de pesquisa realizamos a Festa do Rei e Rainha
do Boliche da Sociedade Girassol.
As crianças jogaram Boliche para ver quem fazia mais pontos e assim se tornava a
Rainha e o Rei. Na semana seguinte, foi organizada uma festa para a busca e coroação do ReiR
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

e Rainha do Boliche da Sociedade Girassol. O Baile foi ao som de bandas alemães da região.
Após partimos para a confecção de jogos, onde as crianças com auxílio da professora
confeccionaram todos.

Todas as crianças devem estudar a matemática, pelo menos no grau elementar,


introduzindo desde o início atrativos em forma de jogo. (HESSEN, 1999, p.75).
p.75

Segundo Referencial Curricular da Educação Infantil (1998, p.23):


p.23): Educar significa,
portanto, propiciar situações de brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e
que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação
interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito
re e

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e
cultural.
Foram confeccionados os seguintes jogos com as crianças: Jogo do “Pega – 10,
Somando e Subtraindo Bois, Boi Colorido, Enchendo o Curral, Jogo do Cinco, Desencontro
dos Personagens do Boi de Mamão, Papa Formas, Encenando o Boi de Mamão, Jogo da
Velha, Jogo da Memória, Construindo o Boi com Figuras, Corrida dos Personagens do Boi de
Mamão e o Boliche do Boi.
Constatei na prática que é possível trabalhar o lúdico interdisciplinarmente e é muito
gratificante, pois como disse a Bruna “Professora que legal esse jogo do Boi colorida. A
gente aprendeu as cores, as quantidades... fazendo o jogo e também jogando ele. “
As atividades lúdicas proporcionadas estão livres de pressões e avaliações, criando um
clima de liberdade proporcionando a aprendizagem, estimulando o interesse, a descoberta e a
reflexão, além de ajudar as crianças com dificuldade de aprendizagem a se tornarem mais
pensantes, participantes e principalmente felizes. As atividades desenvolvidas foram
significativas e estavam associadas a satisfação e ao êxito, sendo a origem da auto-estima,
muito importante no processo de construção do conhecimento.
Durante a aplicação do lúdico interdisciplinar trabalhei muito o pensar, instiguei,
provoquei, levei o educando a pensar, a criar hipóteses, solicitando muito a sua participação
principalmente oralmente. Através das experiências concretas que proporcionei aos alunos
como passeios, experiências, vídeos, jogos, dramatizações, desenhos, a construção de letras,
palavras com o corpo, em argila, massa de biscoito, efetivei uma aprendizagem mais
significativa e próxima da sua realidade, pois conforme Piaget (1975) aprende-se
participando, vivenciando, sentindo, tomando atitudes diante de fatos, escolhendo
procedimentos para atingir determinados objetivos.

Os jogos não são apenas uma forma de entretenimento para gastar energias das
crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual.
(PIAGET, 1975, p.67).

Pude verificar na prática que os jogos são um ótimo recurso pedagógico e que
deveriam ser mais utilizados pelos educadores. Os jogos foram muito legais e altamente
motivadores para as crianças, com eles conseguimos envolver o corpo da criança, desenvolver
a atenção, a concentração, a percepção, a memória, a coordenação motora, a construir
conhecimentos...
Apresento agora algumas falas das crianças com relação aos jogos que apliquei.
“Gostei muito do jogo Pega 10, pois ele é muito divertido e a gente aprende os
números e a colocar e a tirar.” (Layla))
“Professora com o jogo do cinco eu consegui aprender vários números e todos lá em
casa jogam este jogo comigo. “(Rafaela)
O Jogo fica mais divertido quando é a gente quem faz ele. (Gustavo)

CONCLUSÕES

Quero demonstrar que trabalhando ludicamente não estou abandonando a seriedade e


importância dos conteúdos a serem apresentados a criança, pelo contrário ela encontra
ANAIS – XXXFCMat

807
situações para se valorizar e igualar as demais. Pude constatar
constatar através das experiências
vivenciadas em sala de aula, a importância do lúdico no processo ensino - aprendizagem. As
crianças aprenderam com muito mais facilidade, pois tinham os olhos brilhando de felicidade,
alegria e constatava a cada dia que passava,
passava, através de relatos, como as crianças tinham prazer
de vir para a escola, de querer aprender, pesquisar e construir conhecimentos. O trabalho
apresentado contribuiu para promover o desenvolvimento integral das crianças, dentro de um
ambiente com propostas
stas lúdicas e de cunho educativo, regatando a cultura de um povo que é
um bem precioso que deve ser cultivado. As crianças experimentaram o prazer de encenar a
competição e a marcha do Rei e Rainha do Bolão, a morte e ressurreição do Boi,de pensar, de
jogar
ar e fizeram realmente a construção de conceitos matemáticos e culturais de forma
significativa e prazerosa.O brincar deve fazer parte do cotidiano da Pré-Escola,
Pré pois a
atividade lúdica e o regate da cultura local e estadual além de elevar a auto-estima
auto da criança,
ainda estimulou a imaginação e a criatividade, exercitando o raciocínio lógico e favorecendo
desta forma a interdisciplinaridade.

REFERÊNCIAS

conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 1999.


HESSEN, Johannes. Teoria do conhecimento.

KAMII, Constance. A criança e o número.


número 24.ed. Campinas, 1998.

PIAGET, Jean. A construção do real na criança.


criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL/


Ministério da Educação e do desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:
B
MEC/SEF, 1998.

SUASSUNA, Mariano. Presença Pedagógica: Tradição e cultura.


cultura. Belo Horizonte, v.20,
p.34, 2013.

XXX Feira Catarinense de Matemática


Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
O PRINCÍPIO DA UTILIZAÇÃO DO MATERIAL DOURADO
NO RACIOCÍNIO DA CRIANÇA1

DAMBROS, Isadora Trindade2; SOUZA, Nathan3; BORGES, Josiane Souza4.

RESUMO: A utilização do material dourado na elaboração e resolução de problemas e formas matemáticas,


objetiva oportunizar a criança aprendizagens significativas com material concreto, onde ela seja capaz de
perceber a troca do sistema decimal de maneira pedagógica e lúdica. Esse material, permite a criança computar
as unidades, dezenas, centenas e milhar através de unidades organizadas em madeira denominados como:
cubinhos, barra, placa e bloco. O material concreto denominado, material dourado, é indicado como ferramenta
capaz de tornar mais instigante e prazerosa a aprendizagem da matemática, oportunizando por meio de jogos de
fácil produção, o entendimento do sistema de numeração decimal. Criação da médica e educadora Maria
Montessori, o material dourado se tornou ferramenta importante para o ensino e para a aprendizagem das
crianças do 2º e 3º amo do ensino fundamental da Escola de Educação Básica Inspetor Eurico Rauen, onde a
professora utilizou-se dessa ferramenta para significar a aprendizagem matemática.

Palavras-chave: Matemática. Maria Montessori. Material Dourado. Jogos.

INTRODUÇÃO

O material dourado é uma ferramenta de aprendizagem da matemática diferenciado


que proporciona ao educando a manipulação do concreto, isso motiva e instiga a curiosidade,
da criança que consegue formar seus esquemas de representação mental e posteriormente
promove a consolidação do conhecimento. Sendo assim porque muitos professores
simplesmente esquecem-se do uso e das possibilidades que esse recurso oferece? Partindo da
realidade escolar onde muitas crianças passam pelas séries iniciais e não conhecem o material
dourado, optou-se por resgatá-lo, trazendo-o para a sala de aula e aplicando-o na elaboração e
resolução de problemas.
Juntamente com as crianças, foram criados diferentes jogos que oportunizaram através
da prática organizar mentalmente unidade, dezena, centena e milhar.
O projeto objetivou resgatar e oportunizar as crianças, aprendizagens significativas
com o material dourado, onde ela seja capaz de estabelecer a relação existente entre as peças e
compreenda a troca no sistema de numeração decimal de maneira pedagógica e lúdica.

MATERIAIS E MÉTODOS

O material Dourado é formado por cubinhos que simboliza a unidade, barras que é
formada por 10 cubinhos e representa a dezena, a placa que é formada por 10 barras e
representa a centena e o cubo que é formado por 10 placas e representa o milhar. Esse
material possibilita a exploração do Sistema de Numeração Decimal, tais como a base 10, a
composição aditiva e multiplicativa, explorar trocas e composição/decomposição de números
em unidade, dezenas e centenas.

1
Categoria: Professor; Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos; Instituição: EEB Inspetor Eurico Rauen –
Videira.
2
Aluno Expositor.
3
Aluno Expositor.
4
Professor Orientador, EEB Inspetor Eurico Rauen, eebeuricorauen@sed.sc.gov.br.
ANAIS – XXXFCMat

809
O material que utilizou-se
utilizou se nesse projeto foi de madeira, porém pode-se
pode fazer
adaptação e confeccioná-lo
lo com papel quadriculado.

Figura 1. Jogos utilizando o material dourado. Figura 2. Jogo nunca dez.

Este jogo é de grande utilidade quando pretendemos iniciar o estudo do sistema de


numeração decimal, pois auxilia na realização agrupamentos e trocas.
Conteúdo: Sistema de numeração decimal
Objetivo: Contribuir para a compreensão de agrupamento e troca.
Modo de jogar: Cada aluno, na sua vez de jogar, lança o(s) dado(s) e retira a quantidade de
cubinhos ou quadradinhos conforme a quantidade que saiu no dado.
Quando o jogador conseguir mais do que dez cubinhos (unidades) ou quadradinhos, deve
trocá-los
los por uma barra que equivale á uma dezena.
Quando o jogador conseguir dez barras (dezena) deve trocá-las
trocá las por uma placa que equivale a
uma centena.
Vence o jogador que conseguir primeiras dez placas ou um número de placas,
antecipadamente, combinado.

Figura 3. Criando outros jogos utilizando o Material Dourado: Tampinhas douradas.

XXX Feira Catarinense de Matemática


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MATERIAL UTILIZADO: Material Dourado; Dado; Uma cartela de ovos; 14 Tampinhas de


pet 2 cores; 2 Cartela das classificações
assificações numerais.
NÚMERO DE JOGADORES: 2
ESTRATÉGIA DO JOGO:Cada jogador escolhe uma cor de tampinha para marcar seu
domínio nas casas da cartela, depois joga o dado, o número que cair no dado será marcado
após ir pulando a quantidade referente, então o jogador irá marcar o valor da casa ocupada na
cartela das classificações numerais utilizando o material dourado e fazendo as trocas

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
necessárias de unidades para dezenas e centenas, cada casa completada não poderá ser
preenchida mais que uma vez, então ela deverá ser ignorada na próxima jogada. O jogo só
termina quando todas as casas da cartela estiverem completas, o vencedor será o jogador que
obtiver maior quantidade de pontos na cartela das classificações numerais, quando faltar
somente uma casa a ser dominada, o jogo estará próximo a seu final, porém só poderá ocorrer
quando o dado cair na quantidade um.

Figura 4. Caixinhas douradas.

MATERIAL UTILIZADO: Material Dourado; 2 Cartelas das classificações numerais;


Caixinhas de fósforos personalizadas com imagens do material dourado e numerais.
NÚMERO DE JOGADORES: 2
ESTRATÉGIA DO JOGO: As caixinhas devem ficar todas viradas com a representação
numeral para baixo, depois de embaralhadas cada jogador vira uma caixinha e representa na
cartela das classificações numerais utilizando o material dourado e fazendo as trocas
necessárias de unidades para dezenas e centenas, após representar na cartela a caixinha deverá
ser aberta pelo jogador para conferir se acertou, caso ele tenha errado ele não marcará pontos
e terá que devolver a caixinha fechada junto as outras ainda não viradas O jogo só termina
quando todas as caixinhas forem viradas, mais tomem cuidado pois entre elas existe uma
denominado como bruxa, e quem vira-la perde toda a pontuação já conquistada.

Figura 5. Vagões dourados.

MATERIAL UTILIZADO: Material Dourado; 2 Cartelas das classificações numerais, dado, 2


tampinhas para marcação de cores diferentes. Trenzinho de E.V.A personalizado com
material dourado e sua classificação decimal (unidade, dezena e centena).
NÚMERO DE JOGADORES: 2
ESTRATÉGIA DO JOGO: Cada jogador joga o dado, o número que cair no dado será
marcado, após evoluir conforme quantidade referente, o jogador irá marcar o valor do vagão
ANAIS – XXXFCMat

811
ocupado, na cartela das classificações numerais,
numerais, utilizando o material dourado e fazendo as
trocas necessárias do sistema n unidades para dezenas e centenas, O jogo termina quando um
jogador chegar ao último vagão, que está representado por uma centena, o vencedor será o
jogador que obtiver maior quantidade
uantidade de pontos na cartela das classificações numerais.

Figura 6. Bingo dourado.

MATERIAL UTILIZADO: Material Dourado; 2 Cartelas das classificações numerais;


Cartelas de bingo com numerais; Fichas das classes numerais;
numerais; Milho ou feijão.
NÚMERO DE JOGADORES: Toda a turma, equipes ou duplas.
ESTRATÉGIA DO JOGO: Cada equipe irá receber uma cartela do bingo com os numerais,
bem como o material dourado e a cartela das classificações numerais. A professora irá sortear
umaa ficha e ler para os alunos, eles deverão representar na cartela das classificações numerais
e depois que descobrirem o número que se refere, verificar se o mesmo está presente em sua
cartela marcando com um milho ou feijão. Será vencedor do jogo a equipe que completar
corretamente toda a cartela, levantar a mão e falar “bingo dourado”.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O material dourado oportunizou aos alunos do 2º e 3º ano do ensino fundamental, o


entendimento do sistema de numeração decimal através de uma didática
didática lúdica e prazerosa.
Conseguiu-se
se com essa ferramenta, focar na ideia de que a matemática é simples e que pode-
pode
se aprende-la
la sem medo, com atividades interessantes, diferentes arrumações em sala de aula,
trabalhos em dupla e grupos, executando jogos e brincadeiras.
b
Que a utilização de material dourado, quando planejada e inserida em uma proposta de
trabalho desafiadora, levou a criança a fazer mentalmente elaboração e construção de
XXX Feira Catarinense de Matemática
Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

conceitos fundamentais dentro da matemática, e que após as aulas práticas, prática houve
entendimento de como se dá a organização de unidade, dezena, centena e milhar. Porém é
importante ressaltar, que outras didáticas como jogos, brincadeiras e a história do material
dourado contribuíram para a motivação, aceitação e encantamento com o material.
Observou-se-,, que o professor é um importante mediador e que ao intervir nas
atividades, oportunizou que juntos, os alunos chegassem a denominadores comuns a
matemática, estimulados pelo debate, pela elaboração e resolução de situações problemas
proble e
pela percepção da aplicabilidade ao que se aprendeu.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
O material dourado é sim, um recurso didático importante e eficiente para o
entendimento e aprendizagem da troca do sistema de numeração decimal, que permite a
criança, computar as unidades, dezenas, centenas e milhar através de unidades organizadas

CONCLUSÕES

Ao final desse projeto, conclui-se que o material dourado é um dos recursos


pedagógicos que estimula o raciocínio lógico da criança, e que merece uso comum por todos
os professores que trabalham nos anos iniciais do ensino fundamental.
Material criado por Maria Montessori desperta o interesse e facilita a aprendizagem e
quando agregado a outras didáticas, desperta o gosto pela matemática, possibilitando o
aprender de maneira organizada, criativa, e desafiadora já que permite a intervenção do aluno
nas situações problemas e nas resoluções. As crianças ao conhecer a inventora do material
dourado, Maria Montessori, se apaixonarão por sua história e entenderão suas contribuições
para o desenvolvimento da infância, em um tempo em que não se dava importância a criança.
Conclui-se ainda que, o primeiro contato da criança com o material dourado, deve
acontecer de forma lúdica, para que ela perceba a forma, a constituição, os tipos de peças do
material e as possibilidades existentes entre o material dourado e a matemática.
O uso do Material Dourado estreita a relação numérica abstrata com a concreta,
facilitando a compreensão, o desenvolvimento do raciocínio lógico e um aprendizado
eficiente. Com sua utilização em sala de aula, os alunos do 2º e 3ºano do ensino fundamental,
conseguiram entender melhor as operações de adição com trocas e a subtração com
agrupamento, conquista muito importante, visto que muitos alunos ainda tinham certa
dificuldade de entender a passagem do abstrato para o concreto.
Em nenhum momento os alunos reclamaram de ter que jogar, e a cada aula eles
demonstravam maior curiosidade, solicitando novos jogos. É com muita satisfação que venho
desenvolvendo esse projeto com os alunos do 2° e 3º ano, e o mais gratificante, é perceber o
quanto é possível ensinar, utilizando um material rico e significativo para o aluno.

REFERÊNCIAS

NASCIMENTO, C. V. F.; MORAES, M. A. S. Montessori e as “casas das crianças”.


Disponível em: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/

ZOIA, Elvenice Tatiana. O jogo nunca dez e a mediação do professor: a contribuição da


psicologia histórico-cultural. Disponível em:
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2007/anaisEvento/arquivos/CI-319-05.pdf

MONTESSORI, Maria: Pedagogia científica: São Paulo: Flamboyant, 1965.

SALOMÃO, Gabriel. A vida de Maria Montessori. Disponível em:


http://larmontessori.com/2013/07/30/a-vida-de-maria-montessori/ Publicado em
30/julho/2013.
ANAIS – XXXFCMat

813
PRÁTICAS MATEMÁTICAS POR MÉTODOS LÚDICOS E
INOVADORES1

GALBI, Ricardo2.

RESUMO: Práticas Matemáticas por métodos Lúdicos e Inovadores é um trabalho que tem como objetivo
demonstrar a outros professores da área alternativas diferenciadas de trabalhar matemática de maneira mais
prática, afim de que esses possam desenvolver em suas aulas. Essas práticas
práticas foram aplicadas com alunos do
primeiro ano do Ensino Médio e que teve como objetivo principal desenvolver o interesse do aluno com a
disciplina, fazendo com que ele aprenda de forma participativa e colaborativa, e que eles consigam criar sentido
e aplicar os conteúdos matemáticos estudados em seu cotidiano. Essas práticas foram divididas em Atividades e
Avaliação. Das atividades foram trabalhados os conteúdos de Intervalos Reais, Conceitos de Funções e Funções
Afins, e da Avaliação foi trabalhado Geometria
Geometria Plana. Os resultados podem ser analisados no gráfico que
correspondem as médias gerais das turmas nos três bimestres.

Palavras-chave: Práticas. Metodologia. Aplicabilidade.

INTRODUÇÃO

Muito se discute em relação a criação de novos métodos pedagógicos


pedagógicos diferenciados
para o ensino da matemática e geralmente as alternativas criadas têm como intuito conquistar
os alunos, fazendo-os os aprender de maneira mais efetiva o conteúdo proposto. Práticas
Matemáticas por Métodos Lúdicos e Inovadores é um trabalho trabalho desenvolvido com alunos do
primeiro ano do Ensino Médio Integral, na EEB Nereu Ramos, localizada em Itajaí-SC, Itajaí no
decorrer do aluno letivo de 2014, com o objetivo de aproximar o aluno da disciplina,
possibilitando inserir neles um interesse pela matéria.
matéria
A aprendizagem nessas práticas é desenvolvida de forma participativa e colaborativa,
na qual o aluno se torna sujeito protagonista do seu próprio processo de aprendizagem.
Também é possível observar em algumas dessas práticas a aplicabilidade dos conteúdosconteú em
problemas e situações cotidianas, tornando o conteúdo menos abstrato e atribuindo sentido ao
que se está estudando.
Essas práticas foram divididas em atividades e avaliações. Das atividades, foram
realizados no pátio da escola métodos simples que aplicam
aplicam o conteúdo de Intervalos Reais
para que os alunos possam aprender e entender a lógica do conteúdo por uma nova
representação, diferente dos métodos conservadores de quadro e giz. Os conteúdos de
Conceitos de Funções e Funções Afins, além de serem trabalhados trabalhados de forma lúdica em
práticas fora de sala e com outras representações, foram trabalhados também a aplicabilidade
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dos conteúdos em situações cotidianas para compreensão dos mesmos.


Da avaliação, trabalhou-se
trabalhou se de maneira diferenciada a Geometria PlanaPlan desenvolvendo
seus conceitos, classificações e cálculos.
Além dos objetivos trabalhados e alcançados por essas práticas, o objetivo principal
desse trabalho é demonstrar seus processos de construção, desenvolvimento e resultados a
outros professores da área,
rea, afim de que os mesmos possam aplicá-las
aplicá las em suas aulas.

1
Categoria: Professor; Modalidade: Matemática Aplicada e/ou Inter-relação
Inter relação com outras Disciplinas; Instituição:
EEB Nereu Ramos – Itajaí.
2
Expositor, EEB Nereu Ramos, ricardogalbbi@gmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
MATERIAIS E METODOLOGIAS

Da atividade prática referente ao primeiro conteúdo trabalhado, Intervalos Reais, foi


aplicada uma nova representação que torna o conteúdo menos abstrato. Para o processo de
construção, precisou-se elaborar números inteiros de -10 a 10 em quadradinhos 2x2 cm feito
por pincel atômico e utilizou-se também fita isolante e doze cubos de 2 cm de aresta, seis
vermelhos e seis verdes.
Após as aulas em sala sobre o conteúdo, os alunos foram conduzidos até o pátio da
Escola e foi sugerido para que dois alunos colassem a fita de aproximadamente dois metros
no chão. Esses mesmos alunos colocaram sequencialmente os números inteiros, enquanto isso
os outros alunos observavam a atividade. Foi citando a existência dos Números Racionais e
Irracionais nessa parte construída do Eixo Numérico.
Após isso, todos os alunos contribuíram para a construção de mais dois desse mesmo
Eixo, um abaixo do outro e assim começou-se a atividade que se trabalha os Intervalos Reais.
Pediu-se a um aluno a sugestão de um intervalo para o primeiro Eixo construído. O aluno
trabalhou com bloquinho de cubo verde que representava intervalo aberto e vermelho, que
representava intervalo fechado. Outro aluno era convidado a sugerir os intervalos do segundo
Eixo, também trabalhados com blocos similares. Por fim, com apenas esses dois intervalos
construídos, pôde-se trabalhar União, Intersecção, Adição e Subtração de Intervalos.
Para a construção da atividade de Conceitos de Funções foram necessários dois
bambolês, alguns exemplos de números Reais elaborados em cartolinas no tamanho 2x2cm
feitos com pincel atômico e alguns pedaços de barbantes de 40 cm. Os alunos foram
conduzidos até o pátio da Escola, após terem estudados esse conteúdo em sala, onde são
expostos a eles várias situações com números dentro desses bambolês colocados no chão, que
podem ou não ser ligados pelos barbantes.
Os alunos ficam a vontade, a todo momento sugerem-se situações e assim avalia-se se
é ou não uma Função. Uma estória também é contada pelo professor como macete para
melhor identificação da Função. Os termos do diagrama A são dados como a(s) criança(s), e
os termos do Diagrama B como a(s) mulher(es). Toda criança tem que ter mãe, e apenas uma,
portanto, todo termo de A tem que estar ligado ao termo de B e com apenas uma ligação. Já a
mulher não precisa necessariamente ter filhos, podendo não estar ligada a nenhum termo de
B, e as mulheres podem ter mais de um filho, estando ligadas a vários termos de A. Também
são trabalhados conceitos de Domínio, Contra Domínio e Imagem da Função, também
representados nesses bambolês.
Para se trabalhar Funções Afins, foi necessário construir no laboratório de matemática
uma representação de supermercado, o “Supermercado Descartes”. Nele os próprios materiais
da escola serviram como produtos, foi necessário elaborar cartazes de preços de diversos
produtos de um supermercado, usando sulfites e pincel atômico. Utilizou-se também uma
balança para que se pudesse pesar produtos por kg onde foram trabalhadas funções com
números Racionais. A cada situação questionava-se qual seria a função que a representasse,
das diversas, pode-se trabalhar exemplos de funções com reta crescente e identidade.
A função constante foi trabalhada em um problema de taxa de entrega, onde as
grandezas relacionadas eram o km rodado e o valor pago de oito reais para qualquer distância
percorrida. Também foi identificada a função f(x)= x+10, na problematização do uso do
ANAIS – XXXFCMat

815
cartão do mercado, onde x era os valores gastos pelo cartão e dez a manutenção do cartão
pago com ou sem seu uso e y o valor total da fatura do cartão. Era solicitado no começa da
encenação um aluno para trabalhar de caixa e este ajudava o professor
professor em todas as situações
enquanto os outros alunos sugeriam compras de produtos e solucionavam as problemáticas. A
função decrescente nessa representação foi só citada, calculando-a
calculando a fora da aplicabilidade.
As Funções Afins também podem ser trabalhadas em uma representação de uma
camisaria, a “Camisaria Galbi”, para isso foi necessário elaborar cartazes feitos em sulfite
com pincel atômico, com o preço de trinta reais por camisa, e a promoção, no qual descrevia
que a partir da quarta peça se tinha um desconto
desconto de vinte e cinco por cento no valor total da
compra de camisas. Foram necessárias diversas camisas para serem expostas e a montagem da
Camisaria foi no laboratório de matemática. Os alunos foram conduzidos até o local onde foi
trabalhada a questão da sentença
entença de funções com porcentagens. Os alunos sugeriam
quantidades de camisa e ajudavam no desenvolvimento de todo processo.
A avaliação foi trabalhada em Geometria Plana, que foi dividida em duas partes. Para
essa avaliação é necessário que sejam produzidas
produzidas em cartolinas de 30x10 cm e com pincel
atômico as descrições das palavras: quadrado, retângulo, trapézio, triângulo, Isósceles,
Escaleno, Equilátero, Acutângulo, Obtusângulo e Retângulo. Também foram feitas as
fórmulas da soma dos Ângulos, das áreas e o recorte de cada um desses polígonos.
Na primeira parte, enquanto os alunos exercitam cálculos de Geometria Plana com a
professora de laboratório em sala, recurso exclusivo do período Integral, um aluno após outro
desce ao pátio para construir um esquema de conceitos e classificações de geometria com
todas essas palavras e fórmulas. Esse esquema inicia-se
inicia se com todos nomes dos polígonos.
Na segunda parte, após todos serem avaliados é feita então, em sala, a avaliação de cálculos e
classificações sobre esse conteúdo. O peso da nota ficou três para a prática e sete para a
segunda parte.

DISCUSSÕES E RESULTADOS

Comprovar o desenvolvimento adquirido em um processo de aprendizagem é


muito complexo. É difícil expressar a evolução de cada aluno em aspectos cognitivos,
cog sociais
e afetivos nesse processo sem ao menos conhecê-los
conhecê los e conviver. O que se permite é poder
relatar os benefícios que essas práticas contribuem para esses fatores e comparar as médias
(notas) que fazem parte desse processo de avaliação e que, de forma numérica, representa e
comprova esses benefícios.
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Essas práticas foram desenvolvidas com conteúdo e aplicadas nos dois primeiros
bimestres, tanto as atividades que contribuem com o processo de aprendizagem quanto a
avaliação, que de forma efetiva
efetiva resulta em nota. Vale ressaltar que a avaliação foi aplicada no
segundo bimestre. Ao comparar as médias nos gráficos abaixo nota-se nota se a relevância da
aplicação das práticas desenvolvidas, através dos resultados das médias dos dois primeiros
bimestres, comparado
arado ao resultado da média do terceiro bimestre, no qual se trabalhou apenas
de forma conservadora.

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Isso serve de base para comprovar que as práticas em sala de aula, quando associadas a
sua teoria, são diferenciais que colaboram para todo o processo de aprendizagem do aluno.
Mizukami (2001) que defende a aplicação das práticas associadas as teorias, afirma:

"O papel da teoria é, muitas vezes, limitado. Para alguns aspectos de fenômenos
educativos, a explicação das relações envolvidas pode não ser suficientes,
desenvolvida ou abrangente, e sua incompletude pode, inclusive, servir de guia ou
flexão. Não há teoria que, por sua própria natureza, fins e prioridades, seja elaborada
e resista a mudanças sociais, filosóficas e psicológicas, pelo menos do ponto de vista
do ser humano que a examina, a utiliza e participa do mundo que o cerca."
(MIZUKAMI,2001:p.106).

A conexão entre a teoria e a prática amplia as possibilidades de melhor compreensão


de quaisquer conteúdos.

CONCLUSÃO

Com base nesse entendimento se conclui que ensinar teoria e conteúdos matemáticos
de forma conservadora é essencial, mas ensinar por métodos diferenciados, simples e
inovadores, de forma lúdica, como alternativa associando a essas teorias, atende muitas das
vezes as expectativas de evolução no processo de aprendizagem do aluno. `
Buscar maneiras de fazer o aluno compreender a mensagem, seja por uma diferente
representação do conteúdo, ou com atividades com aplicabilidades onde eles possam
interagir, socializar, se desenvolver, questionar, mostra que o conhecimento não para e que
tudo isso é válido pelo maior incentivo do ser professor, a realização de um trabalho bem
desenvolvido.
ANAIS – XXXFCMat

817
REFERÊNCIAS

NASCIMENTO, Sebastião Vieira. A matemática no Ensino Fundamental e Médio Aplicada a


Vida.1ed.São Paulo:Contexto,2012.

MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino - As abordagens


dagens do processo. 1ed. São Paulo:
Contexto,1986.

MIZUKAMI, M.G.A .A prática como fonte de aprendizagem e o saber da experiência - O que


dizem os professores de ciências e biologia.2001.Dissertação
biologia.2001.Dissertação ( Doutorado em Educação)-
Educação)
Faculdade da Educação da USP, São Paulo,2001.

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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

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ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
RESUMOS ESTENDIDOS
COMUNIDADE
ANAIS – XXXFCMat

819
A MATEMATICA E OS FATORES DE RISCO PARA DOENÇA
CARDIOVASCULAR NOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE
MEJOR GERCINO E BOTUVERÁ1

ROSINI, Nilton2.

RESUMO:: Demonstrar a importância da matemática nas dosagens bioquímicas e análise estatística do perfil
lipídico, glicose e ácido úrico, fatores de risco para doenças cardiovasculares. Verificar o melhor parâmetro para
identificar dislipidemias. Participaram 67 professores (Major Gercino {41}, Botuverá {26}). Coletada amostra
sangüínea (jejum 12–14h)
14h) e quantificada bioquimicamente: colesterol total (CT), lipoproteína de alta densidade-
densidade
colesterol (HDL-c),c), triglicérides (TG), glicose e ácido úrico. Utilizado cálculo
cálculo para lipoproteína de baixa
densidade-colesterol (LDL-c), c), não-HDL-colesterol
não (n-HDL-c),
c), Castelli I e II. Aplicada função linear de
proporcionalidade direta, médias, desvio padrão e prevalências. As médias dos parâmetros analisados
permaneceram de acordo com om o preconizado. Nas prevalências os professores de Major Gercino foram
superiores em CT, LDL-c, HDL-cc e n-HDL-c n c (P < 0,031). Observada elevada prevalência nos parâmetros
bioquímicos avaliados com possível interação entre eles. A utilização de índices (n-HDL
(n DL-c e Castelli II) sugere
maior identificação de indivíduos com dislipidemias. A matemática contribuiu para obtenção dos resultados, e
permitiu a análise estatística dos participantes.

Palavras-chave:: Função linear de proporcionalidade direta. Médias. Desvio


Desvio padrão. Análise estatística. Doença
cardiovascular.

INTRODUÇÃO

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2030 serão 23,6 milhões de


mortes anuais ocasionados por doenças cardiovasculares (DCVs). As DCVs compreendem
principalmente doenças do coração
coração (destacando o infarto agudo do miocárdio) e doença
cerebrovascular (acidente vascular cerebral)1. Instituições ligadas à prevenção e tratamento
das DCVs, tendo como causa a arteriosclerose, recomendam a necessidade de identificação
es de risco (FR) envolvidos na gênese do processo2,3.
precoce dos fatores
Neste contexto os lipídios (colesterol total {CT}, lipoproteína de baixa densidade-
densidade
colesterol {LDL-c},
c}, lipoproteína de alta densidade-colesterol
densidade {HDL-c}c} e triglicérides {TG})
desenvolvem papel importante
importante na ateriosclerose, além de outros FR como hiperglicemia e
valores séricos elevados de ácido úrico3. Os parâmetros laboratoriais citados, além das
reações químicas, dependem diretamente da matemática para o conhecimento da concentração
no sangue dos indivíduos.
íduos. Além disso, realizar a análise estatística de determinadas
populações é fundamental para execução de ações em saúde pública.
Assim o presente estudo verificou a utilização da matemática para o conhecimento da
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concentração sérica do perfil lipídico, glicose e ácido úrico, análise estatística e verificar o
melhor parâmetro para identificar dislipidemias (CT, LDL-c LDL c e TG elevados e HDL-c HDL
diminuído) nos professores da rede pública de Major Gercino e Botuverá.

MATERIAL E MÉTODOS
População de estudo

1
Categoria: Comunidade; Modalidade: Matemática
Mate Aplicada e/ou Inter-relação
relação com outras Disciplinas;
Instituição: Gerência de Saúde – 16ª SDR – Brusque.
2
Expositor, Gerência de Saúde – 16ª SDR, niltonrosini@hotmail.com.

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Os participantes são professores da rede pública dos municípios de Major Gercino e
Botuverá, cuja participação se deu de forma voluntária. Foram orientados a permanecer em
jejum de 12 – 14 h para coleta de amostra sangüínea. Em seguida as amostras foram
centrifugadas (750 x g, 10min) para obtenção de soro e quantificação bioquímica de: CT,
HDL-c, TG, glicose e ácido úrico.
Metodologia analítica
As dosagens bioquímicas foram realizadas por meio de metodologia enzimática,
colorimétrica (reação química de cada um dos parâmetros com enzimas específicas para
obtenção de cor). No estudo a cor obtida foi medida em equipamento denominado de
fotômetro que consiste na medição da energia radiante (luz) transmitida e absorvida, sob
condições controladas. A absorbância ou densidade ótica (DO), obtida (medida utilizada e
numérica), é inversamente proporcional ao logaritmo da luz transmitida {Abs = log(I0/I)}, na
prática para uma DO igual a zero a concentração do parâmetro é zero, relação conhecida
como Lei de Beer4.
Paralelo a reação com as amostras (soros), foram realizadas reações com soluções de
concentração conhecida denominada de padrão ou calibrador, obtendo-se assim as respectivas
DO. A concentração final em mg/dL é obtida na comparação das DOs (padrão e
desconhecido) aplicando a função linear de proporcionalidade direta:
DOp--------------[P] = Y mg/dL
DOt-------------- X mg/dLouX(mg/dL) = (DOt/DOp) x [P].
Aonde:
DOp = densidade ótica do padrão (concentração conhecida); [P] = valor em mg/dL do padrão
ou calibrador. Os valores para essas unidades são constantes.
DOt = densidade ótica do teste (diferente para cada reação); “x”mg/dL = concentração final
na amostra é dependente e proporcional a variável “y”.
Exemplo: DOt = 0,290; DOp = 0,345; [P] = 200,0 mg/dL;
“x”mg/dL = (0,290/0,345) x 200,0; “x”mg/dL = 168,0 mg/dL.
Como os parâmetros analisados seguem a Lei de Beer (função linear de proporcionalidade
direta), é possível utilizar um fator de calibração (FC), ou seja: FC = [P]/DOp, em seguida:
“x”mg/dL = FC x DOt.
Exemplo:
F = 200/0,345 F = 580 CTmg/dL = 580 x 0,290 = 168,0 mg/dL.
A LDL-c foi estimado pela fórmula de Friedwald: LDL-c = CT- (TG/5 + HDL-c)4
Aonde: CT = concentração de colesterol total em mg/dL; TG/5 = concentração de
triglicérides em mg/dL dividido por 5, correspondendo a fração de lipoproteína de muito
baixa densidade (VLDL); HDL-c = concentração de HDL-colesterol em mg/dL.
Cálculos de índices
O não-HDL-colesterol (n-HDL-c) foi estimado pela diferença entre CT e HDL-c (n-
HDL-c = CT – HDL-c)3. Índice de Castelli I pela razão CT/HDL-c e índice de Castelli II
LDL-c/HDL-c6.
Cálculos estatísticos
Para a análise estatística dos parâmetros bioquímicos, foi utilizada a média (teste t de
Student) e respectivo desvio padrão (DP) (desvio padrão mostra o quanto de variação ou
ANAIS – XXXFCMat

821
"dispersão" existe em relação à média ou valor esperado, assim um baixo desvio padrão
indica que os dados tendem a estar próximos da média). média). Considerado estatisticamente
estatisticament
significativo quando P < 0,05 (a probabilidade menor do que 5% como o valor limite
considera que um efeito é real, portanto não decorrente do acaso e dito “com significância
estatística”).
Verificada a prevalência (percentual) de professores que se encontravam
encontravam com valores
além do recomendado (todo o grupo e de acordo com o município de origem). Aplicado o
teste Qui-Quadrado
Quadrado (χ2) (teste de χ2 compara as proporções
proporções entre os dois grupos) e
significativo quando P < 0,05.
Valores de Referência
Visando a identificação
dentificação de alterações nos parâmetros pesquisados, foram considerados
os valores classificados como “desejáveis” daV Diretriz Brasileira de Dislipidemias e
Prevenção da Aterosclerose3.

RESULTADOS

Participaram do estudo 67 professores (61 do sexo feminino),


feminino), sendo 41 de Major
Gercino e 26 de Botuverá. Os resultados de todo o grupo bem como de acordo com a origem
dos professores estão expressos em médias e desvio padrão na Tabela 1.
Tabela 1 – Médias das concentrações séricas dos parâmetros bioquímicos dos professores da rede pública
de Botuverá e Major Gercino.
Parâmetros Geral(DP) Botuverá(DP) Major Gercino(DP) P
Glicose (mg/dL) 87,5(±13,4) 89,3(±13,7) 86,4(±13,2) 0,35
CT(mg/dL) 192,6(±29,2) 193,1(±25,9) 192,3(±31,5) 0,90
LDL-c(mg/dL) 118,1(±26,6) 116,0(±22,6) 119,4(±29,0) 0,62
HDL-c(mg/dL) 48,6(±11,3) 49,9(±11,8) 47,8(±11,0) 0,55
n-HDL-c(mg/dL) 144,0(±29,2) 143,1(±27,3) 144,5(±30,7) 0,76
TG(mg/dL) 129,4(±52,4) 135,6(±43,9) 125,6(±57,4) 0,18

Ác. úrico(mg/dL) 4,01(±1,23) 4,56(±1,5) 3,66(±0,9) 0,017*


Castelli I 4,14(±1,05) 4,06(±1,0) 4,20(±1,1) 0,61
Castelli II 2,57(±0,87) 2,47(±0,8) 2,63(±0,9) O,61
Os dados estão apresentados como média ± desvio-padrão.
desvio padrão. * P < 0,05 na comparação entre professores de
Botuverá e Major Gercino (Teste t de Student).

Os professores de Botuverá foram superiores nas prevalências de TG, Castelli I, II,


glicose e ácido úrico. Nos demais a superioridade coube aos professores de Major Gercino.
(CT, LDL-c, HDL-c e n-HDL--c = P < 0,031) – Figuras 1 e 2.
XXX Feira Catarinense de Matemática
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70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
Todos
20,00% Botuverá
10,00% Major Gercino
0,00%
CT LDL-c HDL-c n-HDL-c TG
Todos 40,30% 32,80% 25,40% 49,30% 32,80%
Botuverá 38,50% 26,90% 19,20% 30,80% 42,30%
Major Gercino 41,50% 36,60% 29,30% 61,00% 26,80%

ISSN 2447-7427
ANAIS DA FEIRA CATARINENSE DE MATEMÁTICA
Figura 1 – Prevalência de professores de Botuverá e Major Gercino com valores não recomendados no
colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade (LDL-c); lipoproteína de alta densidade (HDL-c);
não-HDL-c (n-HDL-c) e triglicérides (TG). P < 0,05 na comparação de n-HDL-c entre os professores de
Botuverá e Major Gercino (teste Qui-Quadrado).

50,00%

40,00%

30,00%

20,00% Todos

10,00% Botuverá
Major Gercino
0,00%
Glicose Ác úrico Castelli I Castelli II
Todos 14,90% 4,50% 22,40% 41,80%
Botuverá 15,40% 11,50% 23,10% 42,30%
Major Gercino 14,60% 0,00% 22,00% 41,50%

Figura 2 – Prevalência de professores Botuverá e Major Gercino com valores não recomendados nos
parâmetros de glicose, ácido úrico, Castelli I e Castelli II. Não houve diferença estatística -Teste Qui-
Quadrado (P > 0,05).

No grupo analisado os índices, n-HDL-c e Castelli II, foram superiores na


identificação de indivíduos com dislipidemias (Figura 1 e 2).
Observado o DP, o parâmetro bioquímico de TG apresentou os maiores valores (±43,9
e ±57,4, professores de Botuverá e Major Gercino, respectivamente), cujo gráfico de
dispersão está demonstrado na Figuras 3.

300

250

200
Botuverá
150
Major Gerc
135,6* 100
125,6**
50

0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43

Figura 3 – Gráfico da dispersão dos valores de triglicérides dos professores avaliados. *Média da
concentração de TG dos professores de Botuverá. **Média da concentração de TG dos professores de
Major Gercino.

DISCUSSÃO
Os estudos bioquímicos aliados aos conhecimentos das áreas de química e física e que
possuem na matemática importante alicerce, permitiram o desenvolvimento de técnicas e
metodologias analíticas que foram difundidas aos laboratórios4. Na prática esses
conhecimentos permitem a quantificação laboratorial de parâmetros lipídicos, glicose e ácido
úrico, importantes ferramentas para estabelecer medidas preventivas para as DCVs, quando o
valor encontra-se em não conformidade3.
No grupo analisado foram encontrados diferentes percentuais de alterações nos
parâmetros pesquisados, constituindo em alguns dos participantes, em múltiplos FR. A
ANAIS – XXXFCMat

823
redução da morbidade e mortalidade das DCVs continua
continua sendo meta a ser atingida, no entanto
sua complexidade aumenta na presença de múltiplos FR3.
Por outro lado determinados índices, obtidos matematicamente a partir de parâmetros
lipídicos quantificados, permitem a identificação de indivíduos com alterações
alteraç metabólicas
não visualizadas nas dosagens de seus componentes de forma isolada. Assim o n-HDL-c n
identificou 49,3%, enquanto Castelli II 41,8%, de indivíduos com valor além do
recomendado, percentual superior ao CT, LDL-c
LDL e HDL-c. c. Lembrando que os índices
índic citados
são FR importantes para a aterosclerose, pois o n-HDL-c
n c representa a concentração sérica das
7
lipoproteínas potencialmente aterogênicas , enquanto Castelli II avalia a lipoproteína
aterogênica (LDL-c) (HDL 6.
c) em relação a não aterogênica (HDL-c)
Em estudo
tudo descritivo a variabilidade ou dispersão (desvio padrão) dos dados é
relevante e a média constitui na medida de localização na qual a dispersão é observada. No
estudo, a dosagem de triglicérides apresentou maior DP, nas duas populações pesquisadas e
fatores
tores diversos podem ter contribuído.

CONCLUSÕES

Os professores da rede pública de Botuverá e Major Gercino apresentaram


prevalências elevadas nos parâmetros bioquímicos analisados com possível interação entre
eles. A utilização de índices (n-HDL-c
(n e Castelli
stelli II) sugere uma melhor identificação de
indivíduos com dislipidemias. A matemática contribuiu em várias fases do estudo para que os
resultados fossem obtidos, e permitiu a realização da análise estatística dos participantes.

REFERÊNCIAS

WHO www.who.int/publication/2011Acessado em janeiro, 2012.


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Experimental
São Paulo: edAtheneu, 2005.
FRIEDWALD, W.T.; LEVY, R.I.; FREDRICKSON, D.S. Estimation of the concentration
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Jaraguá do Sul – SC – 22 a 24 de outubro de 2014

of low-density
nsity lipoprotein cholesterol in plasma, without use of the preparative
ultracentrifuge.. ClinChem,; v. 18, n.6, p. 499-502,
499 1972.
CASTELLI WP, ABBOTT RD, MCNAMARA PM. Summary estimates of cholesterol
used to predict coronary heart disease.Circulation,
disease v. 67, n. 4, p. 730-34,1983.
34,1983.
SRINIVASAN SR, MYERS L, BERENSON GS. Distribution and correlates of non-high- non
Study. Pediatrics, v. 110,
density lipoprotein cholesterol in children: the Bogalusa Heart Study.
n. 3, p.1-4, 2002.

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OUTROS DOCUMENTOS
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TEMPLATE DO RESUMO ESTENDIDO

TÍTULO DO TRABALHO (EM MAIÚSCULAS)1

SOBRENOME, Nome do Autor Apresentador2; SOBRENOME, Nome do Autor


Apresentador 3; SOBRENOME, Nome do Autor Orientador4

RESUMO: O título RESUMO deve ser digitado em maiúsculo, negrito e colocado à esquerda seguido de dois
pontos, iniciando-se então o texto. Este texto do resumo deve digitado em fonte Times New Roman tamanho 10,
justificado. O texto deve ter no máximo 150 palavras, frases curtas, completas e com conexão entre si. Não deve
apresentar citações bibliográficas. Em um parágrafo único, o resumo deve iniciar com frase inicial abordando o
tema do trabalho, o objetivo da pesquisa de forma clara e concisa, material e métodos, os resultados mais
relevantes e conclusões/considerações finais, para o leitor ter acesso às informações básicas do trabalho.

Palavras-chave: Educação Matemática. Bem estar animal. Camas de aviário.


(De três a cinco palavras, elas devem iniciar com maiúsculas, separadas por ponto e finalizadas por ponto.
Podem-se utilizar palavras compostas).

INTRODUÇÃO

O título do trabalho deve refletir o conteúdo do trabalho e não deve conter


abreviações, fórmulas ou símbolos. Deve ser centralizado e digitado em fonte Times New
Roman tamanho 14. Em nota de rodapé, indicar categoria, modalidade e instituição de ensino.
Os nomes dos autores e coautores devem ser centralizados, deixando-se um espaço
livre após o título, fonte Times New Roman tamanho 12, conforme exemplo (SILVA, João
da1; TEXEIRA, Renato2). A identificação dos autores (1Vínculo institucional, e-mail,
2
Vínculo institucional, e-mail) deve ser na mesma ordem, indicado na nota de rodapé (Deve
ser digitado em fonte em Times New Roman, tamanho 10, justificado).
O resumo estendido do trabalho, ao fim, deverá apresentar no mínimo 1 500 e no
máximo 1 800 palavras, limitado a 05 páginas, digitado em programa Word (Microsoft). Ele
deve possuir: folha formato A4; todas as margens com 2,5 cm; espaçamento 1,15 entre linhas;
texto justificado; parágrafo com 1,25 cm; fonte Times New Roman, tamanho 12; sem
paginação, segundo as normas da ABNT.

As principais divisões do texto: INTRODUÇÃO, MATERIAL E MÉTODOS,


RESULTADOS E DISCUSSÃO, e CONCLUSÕES devem ser em maiúsculo, negrito, e
colocados centralizados conforme o modelo deste texto. Um espaço antes e após cada divisão.
A introdução do trabalho deve conter a justificativa para a realização do trabalho,
situando a importância do problema científico a ser solucionado, curiosidade investigado ou
dúvidas a serem comprovadas. A informação contida na Introdução deve ser suficiente para o

1
Categoria: Ensino Médio; Modalidade: Matemática pura; Instituição: IFC Câmpus Rio do Sul
2
Acadêmica do Curso de Licenciatura de Matemática, astei@hotmail.com
3
Acadêmica do Curso de Licenciatura de Matemática, asteiasi@hotmail.com
4
Professor Orientador, Instituto Federal Catarinense, Câmpus Rio do Sul, morgana@ifc-riodosul.edu.br
ANAIS – XXXFCMat

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estabelecimento da justificativa/problemática/objetivo do trabalho.
trabalho. Também pode-se
pode registrar
as hipóteses (caso existam) e no último parágrafo da Introdução, os autores devem apresentar
o objetivo do estudo.

MATERIAL E MÉTODOS

Nesta parte do trabalho se deve apresentar a descrição das condições de


desenvolvimento do trabalho e dos métodos utilizados, de tal forma que haja informação
suficiente e detalhada para que o trabalho seja repetido por outrem. Fórmulas, expressões ou
equações matemáticas devem ser iniciadas à margem esquerda da página. Incluir referências à
análise quantitativa e/ou qualitativa utilizada e informar a respeito do tratamento dos dados.
Consta de uma descrição detalhada dos materiais utilizados e a forma como foram
empregados. Apresentação dos procedimentos técnicos, do material, dos métodos utilizados
ut
para a análise dos dados. Procura responder perguntas: o que foi utilizado? Onde? Quando?
Como? Quais foram os procedimentos de análise dos dados? (compara-se
(compara se ao modo de preparo
de uma receita).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nesta parte consta uma discussão


discussão detalhada dos dados obtidos na fase experimental e
de levantamento de dados. Explicita os dados coletados e os analisa a luz da teoria. Trata-se
Trata
da parte inédita do trabalho. Os autores devem apresentar os resultados da pesquisa e discutí-
discutí
los no sentido
ido de relacionar as variáveis analisadas com os objetivos do estudo.
NOTA: A comparação dos resultados com os dados apresentados por outros autores
não caracteriza a discussão dos mesmos.
Para a apresentação dos resultados geralmente são utilizados tabelas tabe ou
figuras/ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas,
organogramas, plantas, quadros, retratos e outras figuras). As tabelas ou ilustrações devem ser
inseridas centralizadas ao corpo do texto, conforme vão sendo comentadas,
comentadas, sendo sua legenda
autoexplicativa, sem necessidade de recorrer ao texto para sua compreensão (deve responder
O que, onde e quando?). A legenda deve: estar localizada acima da mesma; numeradas
sequencialmente; ser escrita em fonte Times New Roman, negrito, to, tamanho 10 e com
espaçamento simples entre linhas. Já sua fonte deve ser informada na parte inferior.
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Tabela 1 - Valores de precipitação anual e de perdas anuais de água e solo em Cambissolo Húmico
submetido a diferentes sistemas de uso e manejo do solo (média de 14 anos de cultivo).

Tratamentos Precipitação Perda de água Perda de solo

---------------------- mm --------------------- Mg ha-1


Solo sem cultivo 1.372 568 a ± 9,1† 92,18 a ± 1,09
Preparo convencional 1.372 368 b ± 1,1 7,21 b ± 0,25
Cultivo mínimo 1.372 223 c ± 13,2 1,90 c ± 0,22
Semeadura direta 1.372 126 d ± 11,9 0,78 c ± 0,03
Valor F 738** 12.300**
Fonte: As autoras (2014)

Figura 1- Percentual de perdas de água e solo em Cambissolo Húmico submetido a diferentes sistemas de
uso e manejo do solo (média de 14 anos de cultivo).

Fonte: Silva (2003)

No decorrer da discussão pode-se utilizar de aporte teórico para melhor analisar os


dados coletados. As citações de autores, no texto, devem ser em caixa alta apenas quando
estiver entre parentêses e da seguinte forma:
Segundo Hamson e Lynch (1998), a atividade investigativa destaca a essência do
projeto. Essência esta que consiste na arte de proporcionar ao estudante pesquisador a
oportunidade de desenvolver pesquisa sobre algum tema que é de seu interesse. Dessa forma,
possibilita levá-los a apreciar as estratégias variadas para a solução de um problema de seu
contexto, a aprender a traduzir as relações entre as variáveis do problema em equações, a
exercitar a habilidade de traduzir os resultados e modelos em linguagens adequadas para a
compreensão geral e a desenvolver competências na expressão escrita e oral de seus
resultados.

A pesquisa em sala de aula precisa do envolvimento ativo e reflexivo permanente de


seus participantes. A partir do questionamento é fundamental pôr em movimento
todo um conjunto de ações, de construção de argumentos que possibilitem superar o
estado atual e atingir novos patamares do ser, do fazer e do conhecer. (MORAES;
GALIAZZI; RAMOS, 2012, p. 15).
ANAIS – XXXFCMat

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Para dois autores, usar “e”. Havendo mais de três autores, citar o sobrenome
sobren do
primeiro, seguido de et al.
Ex.: Hamson e Lynch (1998) afirmam
afirmam que ... ou (HAMSON; LYNCH, 1998). Hagg et
al. (1992) ou (HAAG et al., 1992). Mais de um artigo dos mesmos autores, no mesmo ano,
devem ser discriminados com letras minúsculas: Haag et al. (1992a).

CONCLUSÕES

Nesta etapa os autores buscam responder


responder a questão elaborada para a pesquisa,
confirmando ou não a hipótese do trabalho e estando de acordo com o objetivo. Os autores
devem ficar atentos para que as Conclusões não sejam um resumo dos principais resultados.
Redigir com o verbo no presente do indicativo.
ind

REFERÊNCIAS

Referência é o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um


documento, que permite a sua identificação individual. Devem ser elaboradas levando em
consideração a ABNT 6032/2002 Trata-se Trata se de uma lista ordenada dos documentos
do
efetivamente citados no texto, devem estar em ordem alfabética de autores e, dentro desta, em
ordem cronológica de trabalhos; havendo dois ou mais autores, separá-los
separá los por ponto e vírgula;
quando existir mais de três autores, usar o primeiro seguido
seguido da expressão et al.; os títulos dos
periódicos devem ser escritos por extenso; incluir apenas os trabalhos citados no texto, em
tabelas e/ou em figuras, na seguinte forma:

a) Periódicos
CAMARGO, C. E. O. et al. Comportamento agronômico de linhagens de trigo
tri no Estado de
São Paulo. Bragantia,, v. 60, n. 2, p. 35-44,
35 set. 2001.

b) Livros e capítulos de livros


BASSANEZI, Rodney Carlos. Ensino-Aprendizagem Matemática 3ed.
Aprendizagem com Modelagem Matemática.
São Paulo: Contexto, 2006.

STEEL, R. G. D.; TORRIE, J. H. Principles and procedures of statistics:


statistics a biometrical
approach. 2. ed. New York: McGraw-Hill,
McGraw 1980. 631p.
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MORAES, R.; GALIAZZI, M. C.; RAMOS, M. G. Pesquisa em sala de aula: fundamentos e


pressupostos. In: MORAES, Roque; LIMA, Valderez M. do R. Pesquisa em sala de aula:
tendências para a educação em novos tempos. 3. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012.

HAMSON, M. J.; LYNCH, M.A.M. Studente perceptions of large Systems Modelling


Projects. In: GALBRAITH, P. et al. Mathematical Modelling: Teaching and Assessment in
a Techonology – Rich World. England: Horwood Series in Mathematics & Applications,
1998. p. 55-62.

c) Dissertações e Teses

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OLIVEIRA, H. de. Estudo da matéria orgânica e do zinco em solos sob plantas cítricas
sadias e apresentando sintomas de declínio. 1991. 77f. Dissertação (Mestrado em
Agronomia) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista,
Jaboticabal, 1991.

d) Página na Internet
MELLO, Luiz Antonio. A Onda Maldita: como nasceu a Fluminense FM. Niterói: Arte &
Ofício, 1992. Disponível em: <http://yahoo.com.br/curiosidades>. Acesso em: 13 out. 2007.

e) CD-ROM

STRESSER, C. F.; GADOTTI, A. C.; SCHELLER, M. Curva de Crescimento de frangos de


corte e suínos. In: XIII FETEC, 2012, Rio do Sul. Anais da XIII FETEC, 2012. CD-ROM.
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MODELO PARA REVISÃO DO RESUMO ESTENDIDO POR
AVALIADORES AD HOC

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ATA DA ASSEMBLEIA GERAL
Ata da Assembléia Geral da XXX Feira Catarinense de Matemática– JARAGUÁ DO
SUL - SC – 24/10/2014 – Aos vinte e quatro dias do mês de outubro de dois mil e quatorze,
reuniram-se nas dependências da Arena Jaraguá- Jaraguá do Sul/SC, atendendo a convocação
da Comissão Permanente das Feiras de Matemática e da Comissão Central Organizadora da
XXX Feira Catarinense se Matemática. A Assembleia foi coordenada pelo professor Vilmar
José Zermiani e contou com a presença das pessoas que assinaram a lista de presença, em
anexo. A Assembleia discutiu a seguinte pauta: 1) Informes; 2) Avaliação da XXX Feira
Catarinense de Matemática; 3) XXXI Feira Catarinense de Matemática – Joinville 2015;
4) IV Feira Nacional de Matemática – Jaraguá do Sul – Julho/2015; 5) Assuntos Gerais.
Iniciando os trabalhos, o Coordenador cumprimentou a todos os presentes e iniciou
apresentando os integrantes da mesa: Iraci Müller, Ruy Piehowiak, Flavio de Carvalho e em
seguida encaminhou os itens da pauta. 1) Informes: O coordenador da assembleia passou a
palavra para professora Iraci, que agradeceu a presença de todos e informou que a IV Feira
Nacional de Matemática será em Jaraguá do Sul, na Arena Jaraguá nos dias 22 à 24 de julho
de 2015. E ressaltou que para a IV Feira Nacional terá a mesma organização apresentada
nesta feira, porém devido a participação de outros estados, principalmente no que se diz
respeito aos alojamentos terá uma organização (um cuidado) diferenciado, sem a necessidade
das escolas alojadas trazerem colchões. O professor Vilmar convidou a professor Maria
Cristina Bertineti para fazer parte da mesa. 2) Avaliação da XXX Feira Catarinense de
Matemática: O coordenador da assembleia passou a palavra para o professor Flavio que
coordenou a avaliação. A professora Elaine Martendal de Vidal Ramos, Gerência Regional de
Ituporanga, parabenizou a organização do evento, ressaltou a organização dos estandes e a
recepção. A professora Lilian de Pomerode elogiou a organização, porém disse que gostaria
que fosse reavaliado o horário da participação dos alunos da educação infantil. O professor
Jaison de Navegantes também elogiou a organização do evento e sugeriu que fosse revisto o
horário das apresentações culturais, pois desta forma como ocorreu (lanche, janta e momento
cultural) houve poucos espectadores nas últimas apresentações, que estavam belíssimas, e a
proximidade do horário do lanche com a janta. Comentou ainda que na avaliação dos
trabalhos haviam grupos com trabalhos muito bons e grupos com trabalhos razoáveis o que
dificultava bastante a indicação de trabalho para a feira nacional assim sugeriu que a comissão
de avaliação repense a distribuição dos trabalhos nos grupos. A professora Solange de
Brusque sugeriu que as apresentações da feira sejam encerradas às 17 horas e que para a
educação infantil e educação especial seja revisto o horário de apresentação, pois tiveram que
apresentar no período da noite no primeiro dia. Disse também sobre a avaliação dos trabalhos,
sugerindo que os avaliadores tivessem uma identificação e que se apresente aos alunos
evitando que durante a apresentação não sejam atrapalhados por outros espectadores. A
professora Gisele de Joinville também agradeceu a equipe de organização, principalmente na
assistência que necessitou da enfermaria e ressaltou a questão das apresentações dos alunos da
educação infantil. Ela comentou que na regional de Joinville já fizeram adaptações no horário
de exposição dos trabalhos. 3) XXXI Feira Catarinense de Matemática – Joinville 2015: O
professor Vilmar passou a palavra para professora Andreza da Gerência Regional de Joinville,
informou que a XXXI Feira Catarinense de Matemática será realizada nos dias 28 a 30 de
outubro de 2015 e o local será na Expocentro Edmundo Doubrawa. O professor Vilmar
sugeriu que os presentes cobrem a participação das Gerências Regionais e das SEMEDs nas
reuniões da Comissão Permanente. E comentou sobre alguns aspectos levantados na avaliação
desta feira disse sobre os horários de apresentação dos trabalhos que não fica bom ter
ANAIS – XXXFCMat

833
exposição com alguns estandes vazios e deixar de expor no período noturno seria uma
exclusão aos alunos deste período para a visitação. O professor Flávio falou sobre a avaliação
das feiras
iras de matemática, explicou de que maneira são organizados os grupos de avaliação, o
cuidado dos avaliadores de cada grupo não serem da mesma Regional dos trabalhos a serem
avaliados. Falou ainda que algumas questões ocorridas nesta feira devem ser discutidas
discut pela
Comissão Permanente. A professora Andreza de Joinville falou sobre a avaliação dos resumos
estendidos, e sugeriu que os resumos sejam encaminhados aos professores orientadores com
as sugestões de alteração realizadas pelo Comitê Cientifico no próprio
próprio resumo. A professora
Maria Cristina Bertineti de Florianópolis parabenizou a organização do evento, falou sobre a
rede das feiras de matemática que deve fortalecer ainda mais o movimento das feiras de
matemática e agradeceu a participação das Gerências
Gerências Regionais de Educação. Falou ainda
sobre a avaliação, observou uma evolução nos avaliadores e também nos trabalhos, e ressaltou
a importância dos comentários dos avaliadores para a melhora dos trabalhos. O professor
Flávio lembrou aos orientadores de trabalhos
trabalhos que participarão da IV Feira Nacional de
Matemática que serão orientadores a realizarem as correções observadas pelo comitê
cientifico para posterior inscrição. A Professora Ingrid Belo convidou a todos para XXXI
Feira Catarinense de Matemática em Joinville,
Joinville, falou que o IFC de Araquari realizará uma
parceria com a Gerência Regional de Joinville e que a Feira Regional de Joinville será
realizada no Câmpus Araquari. Reforçou que o local da realização da XXXI Feira Catarinense
de Matemática será no Expocentro
Expocentro Edmundo Doubrawa que fica ao lado do Centro de
Eventos Cau Hansen. O professor Vilmar falou da importância da realização de ótimas feiras
municipais e regionais, e saudou a comissão permanente das feiras. 4) IV Feira Nacional de
Matemática – Jaraguá uá do Sul – Julho/2015: Foi comentado na fala da Iraci quando expôs
no item 2 da pauta. 5) Assuntos Gerais: O Professor Vilmar agradeceu a Comissão Central
Organizadora da XXX Feira Catarinense de Matemática e a Comissão Permanente das feiras
de matemática pelo apoio. Agradeceu amplamente a comissão de avaliação e os
coordenadores de grupo de avaliação. Saudou com palmas a Comissão Central Organizadora
de Jaraguá do Sul e declarou encerrada a assembleia. Sem mais para o momento eu, Silvana
Catarine Bauer, Secretária
ecretária desta Assembleia, lavrei a presente ata que, após lida, aprovada e
assinada será arquivada no Laboratório de Matemática da FURB.

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