Você está na página 1de 32

UNIVERSIDADE XXXXXXXX

SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA


HISTÓRIA

NOME

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO: ENSINO
FUNDAMENTAL

Cidade
2021
NOME

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO: ENSINO
FUNDAMENTAL

Relatório apresentado à [inserir nome da


universidade], como requisito parcial para o
aproveitamento da disciplina de Estágio
curricular I do curso de História

Cidade
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................3
2 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS..........................................................4
3 RELATO DA ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)............9
4 RELATO DA ANÁLISE DA ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO
ACOMPANHAMENTO DA DISCIPLINA.....................................................................13
5 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC
17
6 METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS...............22
7 PLANOS DE AULA...............................................................................................25
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................30
REFERÊNCIAS...........................................................................................................31
3

1 INTRODUÇÃO

Para além de outros projetos no âmbito acadêmico que articulam a


universidade e a escola, o Estágio Supervisionado é um dos momentos mais
importantes para o graduando refletir sobre a profissão docente e os diversos
desafios e possibilidades intrínsecos a mesma. Constitui em unir teoria e prática,
colocando-nos frente a frente com a profissão que estamos nos preparando para
assumir, dando a oportunidade de refletirmos e colocarmos em prática as teorias até
aqui estudadas.
O Estágio Curricular Obrigatório no Curso de História é uma
atividade acadêmica complementar e supervisionada, que visa preparar o formando
para atuar no ensino fundamental de tal forma que promova a educação histórica
dos alunos. Esta educação histórica significa desenvolver nos estudantes, através
de estratégias adequadas, as competências necessárias para compreender e
interpretar o passado, de tal forma que a história exerça uma função prática na vida
dos indivíduos, conscientizando-os de sua identidade e fornecendo à realidade em
que vivem uma dimensão temporal.
4

2 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS

Estágio I - Artigo 1
Entre continuidades e rupturas: uma investigação sobre o ensino e
aprendizagem da História na transição do quinto para o sexto ano do Ensino
Fundamental. Marlene Rosa Cainelli
O estudo foi feito num contexto em que a transição do quinto ano
para o sexto ano do ensino fundamental significa a mudança do ensino público
municipal para o Estadual, no estado do Paraná, o objetivo do estudo foi descobrir
por qual motivo isso é feito e suas consequências, a desarticulação entre essas
duas estruturas distintas. Diante de indicadores estatísticos do INEP sobre o
rendimento dos alunos na quinta série é responsável por pelo menos 30% da
distorção idade/série na continuidade do ensino fundamental, além de uma
porcentagem grande de desistentes. Durante as entrevistas feitas percebeu-se que
trabalhos de parceria e continuidade do ensino praticamente não existem.
O processo de municipalização do ensino fundamental de 1ª à 4ª
série teve início na década de 50 do século XX, o qual se efetivou com a lei 5.692/71
e culminou com a lei 9.394/96. Durante esse processo não foi pensado em uma
forma de articulação entre município e Estado. Diante dessa situação o aluno
transita entre dois sistemas diferentes sem nenhuma preparação, ainda sofrendo
com a desconfiança dos professores acerca da educação municipal. Além disso, a
relação professor/aluno muda, nas séries iniciais o professor conhece e mantém
contato maior, e com maior afetividade, algo que muda nessa transição, muitas
vezes devido ao maior número de alunos que dificulta manter essa postura.
Foi feita uma pesquisa com 7 alunos durante esse processo de
transição, constatou-se que nas séries iniciais as aulas de história se mostravam
mais demoradas e mais instigantes, também se notou um fator a respeito da
formação profissional, nas séries iniciais os professores não tiveram contato com a
História ciência, visto sua formação em Letras e Pedagogia. Outra pesquisa feita foi
com os professores de 5ª série, formados em História, constatou-se que as aulas
desses se concretiza por aquilo que está no texto, ou seja, no livro didático. O livro
didático é responsável pelo ritmo da aula, exercícios e conhecimento a ser ensinado.
5

O livro didático é bem manipulado pelas crianças e serve de suporte


textual, o professor poucas vezes utiliza o recurso da lousa para fazer anotações
extras. Os alunos fazem cada um, sua leitura e o professor organiza as informações
do livro na lousa, colocando títulos dos tópicos, faz perguntas sobre o que foi lido,
discutindo e acrescentando informações ou reformulando as ideias de alunos que
tiveram um entendimento parcial do texto lido. A estrutura da aula toda se baseia no
livro didático, a partir dele que o professor se posiciona de acordo com a
organização feita na lousa e a discussão com os alunos. O professor determina o
conteúdo que os alunos iram reter determinando os textos para fazer a discussão
posterior sobre o mesmo. As atividades desenvolvidas quando não estão no livro
estão relacionadas à consulta do mesmo ou às anotações feitas em sala. A
dependência do livro traz à tona situações em que durante a correção de um
exercício o professor reforça que as respostas são de acordo com os textos do
mesmo e não de acordo com a cabeça do aluno. O que desconstrói a possibilidade
da formação de um pensamento histórico, ou seja, somente o livro está correto, não
é possível construir uma ideia própria a respeito do assunto estudado.
O ensino de história acontece desta forma, através de
acontecimentos que são fatos históricos, eventos localizados no tempo e no espaço.
Nesse sentido o ensino acontece através de uma narração de fatos pré-
demarcados. Com isto o professor perde a dimensão que só com o mínimo de
anterioridade ou posteridade se consegue a unidade de sentido que forma um
acontecimento a partir dos incidentes. Essa metodologia de ensino ignora a
capacidade de os alunos fazerem inferências com base nos seus conhecimentos e
nos dados fornecidos pelo texto e professor, forçando o aluno a sempre adequar a
sua ideia àquela predefinida no texto.
O professor das séries iniciais, pelo fato de não ter formação na área
também se utiliza do material didático como instrumento principal. O que remete ao
argumento de Rüsen que não vê possibilidade de uma aprendizagem histórica em
mera absorção de conhecimentos positivos sobre o passado. Outro fator a ser
levantado é que o livro é uma síntese do conteúdo a ser ensinado, às vezes
resumindo um século da história em um capítulo, ou numa página, não sendo
autossuficiente para o aprendizado de história. A autora do artigo entende que o
desenvolvimento do pensamento histórico precisa ser objeto do ensino de história
desde os anos iniciais do Ensino Fundamental.
6

A autora conclui afirmando que ensinar história como algo pronto e


acabado, com conteúdo predefinidos e sem levar em conta o contexto e os sujeitos
envolvidos no processo de ensino aprendizagem, pode levar a um ensino que não
desenvolve o que é mais importante enquanto função do ensinar história, que é
orientar os problemas da vida prática. O objetivo inicial se tratou da ruptura do
ensino da quarta série para quinta série do ensino fundamental, se destacou como
ocorreu esse processo, detalhando-se as problemáticas causadas e a influência
desse professo no aluno. Foram feitas entrevistas e pesquisas com os alunos e
professores de ambas as situações (quarta série e quinta série), foram levantas
questões sobre as diferenças de formação entre os professores e o relacionamento
dos mesmos com os alunos. Por fim a autora se deteve na metodologia de ensino
dos professores de quinta série do Paraná, focados na utilização do material didático
para o ensino.
Concluiu-se que é necessário repensar o ensino desde o início do
Ensino Fundamental para que o aluno possa formar um pensamento histórico e se
orientar para resolver problemas cotidianos a partir do mesmo.

Estágio I - Artigo 2
Memória e História em livros didáticos de História: o PNLD e perspectiva.
Fabiana Rodrigues de Almeida e Sonia Regina Miranda
O texto em análise, Memória e História em livros didáticos de
História: o PNLD em perspectiva, nos trás de uma forma geral a importância da
Memória dentro da História, e principalmente a necessidade de ser trabalhada
dentro de sala de aula com auxílio do livro didático.
Para melhor entendermos as diferenças e particularidades
existentes entre a memória e a história, vamos fazer uma análise separadamente de
cada uma: O que é História? A História é a ciência que estuda o ser humano e sua
ação no tempo e no espaço concomitantemente à análise de processos e eventos
ocorridos no passado. O que é a Memória? A Memória é a capacidade de adquirir,
armazenar e recuperar (evocar) informações disponíveis, seja internamente, no
cérebro (memória biológica), seja externamente, em dispositivos artificiais (memória
artificial). A Memória é o armazenamento de informações e fatos obtidos através de
experiências ouvidas ou vividas.
7

Como o próprio Manuel Salgado Guimarães diz, a Memória nos fala


de certezas (do sagrado e imutável) (2009, p. 43) ao passo que a História não passa
pela identificação, ela se constitui enquanto operações destinadas à análise do
passado, aberta às dúvidas e críticas. Por intermédio das práticas de Memória se
fortalecem as condições necessárias à formação de uma orientação básica no
tempo. Essa habilidade está vinculada a nossa capacidade de estabelecer diálogos
com o passado e com o futuro, sendo o tempo presente o lugar de construção dessa
inteligibilidade.
No contraponto dessa dimensão política, que não pode ser
desconsiderada, Paul Ricoeur nos mostrou que Memória é vida e atravessa a
existência humana conferindo-lhe significação, sentido, afetividade. Ao passo que a
História nada mais é do que uma representação imperfeita, porque parcial, do
passado.
O campo da História, em seu sentido procedimental, na maioria das
coleções, é secundarizado, o que abre espaço para a fixação de uma visão de
História como narrativa acontecimental e absoluta. Já a Memória, em suas
dimensões de epistemologia e potência de aprendizagem, na medida em que
permite o estabelecimento de pontes com o universo sensível do aluno, é
francamente secundarizada, senão silenciada, em boa parte das coleções, saltando
aos olhos o fato de que se verifica uma dissonância entre texto base e exercícios. O
autor nos propõe uma crítica ao estudo da Memória e da História, ou a falta deles,
dentro da maior parte de livros didáticos que são aprovados pela PNLD.
O conceito de História é tematizado em 87,50% dos livros didáticos
de História. A disparidade entre as coleções que valorizam a dimensão conceitual
como ponto de partida para a aprendizagem histórica e as que não discutem o
conceito é notória. Isso nos leva a afirmar que, hoje, é uma tendência, entre as
coleções, introduzir uma discussão do campo, mesmo que a tônica procedimental
não seja característica principal da obra. Essa atenção maior dos autores em
relação à discussão do campo tem a ver com as próprias inovações historiográficas
e o crescimento das discussões em torno do ensino de História.
Já o conceito de Memória é tematizado em 25,00% dos livros
didáticos de História. A partir dessa representação, pode-se dizer que salta aos
olhos a ausência significativa da discussão do conceito de Memória em boa parte
das coleções aprovadas em 2011. Ainda ampliando o leque de possibilidades
8

possíveis de diálogos entre os campos, é possível perceber que em 6,25% das


coleções é ignorada, por completo, a relação História e Memória. Nessa porção não
há nenhuma evidência ou possibilidade de intenção do(s) autor (es) em discutir a
Memória na relação com o saber histórico escolar. Por outro lado, fica evidentes que
50% das coleções, que possivelmente buscam essa relação, não conseguem tratar
os campos como complementares e distintos, mas sim como sinônimos. Essa
indiferença entre os campos, presente na maior parte das coleções, resulta de um
olhar específico dos seus autores sobre o campo da História e do que consideram
importante para a ação de educação histórica.
Com isso, podemos afirmar que muita editora aprovada pela PNLD
trata os campos da Memória e da História como unidades conceituais
indiferenciadas, o que implica dizer que os autores, muitas vezes, não dimensionam
o lugar de cada campo enquanto operações distintas, porém igualmente importantes
complementares e necessárias ao processo de formação do pensamento histórico.
9

3 RELATO DA ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)

A partir da leitura realizada, responda:


1. O que é o PPP e qual a importância desse documento para o
ambiente escolar?
A gestão escolar tem a função de organizar todos os elementos que,
direta ou indiretamente, influenciam no trabalho pedagógico, ou seja, os aspectos
ligados aos profissionais da educação e suas funções, aos espaços e aos recursos,
garantindo a legalidade de todas as ações e primando pelo ensino-aprendizagem de
todos os estudantes. Uma escola é formada por diversos setores, todos essenciais
para a sua manutenção. E o Projeto Político Pedagógico (PPP) é um desses
essenciais elos. A construção do Projeto Político Pedagógico é peça fundamental no
planejamento das instituições de ensino em seus vários níveis e modalidades. É
com ele que a escola irá demonstrar o que idealiza, quais suas metas e objetivos e
quais os possíveis caminhos para atingi-los. Ou seja, o Projeto Político Pedagógico
é um instrumento que reflete a proposta educacional da escola.
É através dele que a comunidade escolar pode iniciar o trabalho
coletivo focado nas responsabilidades pessoais e coletivas, que são destinadas para
alcançar os objetivos estabelecidos. Projeto Político Pedagógico é um mecanismo
eficiente e capaz de proporcionar a escola condições de se planejar, buscar meios,
reunir pessoas e recursos para a estabilidade de sua aplicação. Por isso é super
necessário o envolvimento das pessoas, além dos funcionários da instituição, na sua
construção e execução.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), é um documento que
traz em seu conteúdo os conhecimentos básicos a serem desenvolvidos ao longo da
Educação Básica, sua aplicabilidade curricular dar-se-á nas redes públicas e
particulares da federação brasileira, as aprendizagens essenciais citadas em seu
texto são obrigatórias, afim de diminuir as desigualdades de aprendizagem. Define
também, dez competências gerais para educação, são elas: conhecimento;
pensamento cientifico, crítico e criativo; repertório cultural; comunicação;
argumentação; cultura digital; autogestão, autoconhecimento e autocuidado; empatia
e cooperação e autonomia responsabilidade.
Assim, traz mudanças não apenas curriculares, mas na prática diária
10

do professor, propondo uma transformação na atuação do docente, a visão


tradicionalista do professor como único detentor do saber é retirado de vez de cena,
dando lugar ao mediador, tutor, aquele que guia seus alunos, os auxilia e orienta,
buscando instrumentalizá-los para que construam o conhecimento.
As professoras juntamente com a equipe gestora tem procurado se
inteirar sobre a BNCC através de encontros para discussão sobre o assunto.
Infelizmente devido ao Corona Vírus, não ocorreu mais essas reuniões pedagógicas.
O projeto Político Pedagógico do Colégio foi reestruturado para
atender a BNCC. Nesta versão da BNCC o texto introdutório de história está mais
focado na temporalidade apagando as diferentes origens sociais das quais os
sujeitos se constituem em todos os tempos históricos. A BNCC de História no Ensino
Fundamental – Anos Iniciais contempla, antes de mais nada, a construção do
sujeito. O processo tem início quando a criança toma consciência da existência de
um “Eu” e de um “Outro”. O exercício de separação dos sujeitos é um método de
conhecimento, uma maneira pela qual o indivíduo toma consciência de si,
desenvolvendo a capacidade de administrar a sua vontade de maneira autônoma,
como parte de uma família, uma comunidade e um corpo social. Esse processo de
constituição do sujeito é longo e complexo. Os indivíduos desenvolvem sua
percepção de si e do outro em meio a vivências cotidianas, identificando o seu lugar
na família, na escola e no espaço em que vivem. O aprendizado, ao longo do Ensino
Fundamental – Anos Iniciais, torna-se mais complexo à medida que o sujeito
reconhece que existe um “Outro” e que cada um apreende o mundo de forma
particular. A percepção da distância entre objeto e pensamento é um passo
necessário para a autonomia do sujeito, tomado como produtor de diferentes
linguagens. É ela que funda a relação do sujeito com a sociedade. Nesse sentido, a
História depende das linguagens com as quais os seres humanos se comunicam,
entram em conflito e negociam
No ensino de História, é tematizado os direitos de aprendizagem e
desenvolvimento alicerçados nos princípios éticos, estéticos e políticos preconizados
como alicerces da educação integral almejada pela sociedade brasileira e registrado
em distintos documentos. No Ensino Fundamental, espera-se que o conhecimento
histórico seja apresentado como instrumento de raciocínio, uma forma de indagar
sobre as coisas do passado e do presente, de construir explicações, desvendar
significados, compor e decompor interpretações que se alteram ao longo do tempo e
11

da história, enfim, transformar a história em ferramenta a serviço de um maior


discernimento sobre as experiências humanas e a sociedade em que vivemos.
Espera-se que o conhecimento histórico seja tratado como uma forma de pensar,
entre várias; uma forma de indagar sobre as coisas do passado e do presente, de
construir explicações, desvendar significados, compor e decompor interpretações,
em movimento contínuo ao longo do tempo e do espaço. Enfim, trata-se de
transformar a história em ferramenta a serviço de um discernimento maior sobre as
experiências humanas e as sociedades em que se vive.
No que diz respeito a elaboração dos currículos a BNCC prevê: a
contextualização, a conexão do que é ensinado de acordo com o tempo e espaço
nos quais estão ocorrendo as aprendizagens; a organização interdisciplinar dos
componentes curriculares, para o fortalecimento das competências pedagógicas,
adotando estratégias dinâmicas, interativas e colaborativas de ensino e
aprendizagem; adotar práticas didáticos pedagógicas que visem a complementação
curriculares, onde não haja receio em trabalhar em colaboração, unindo diversas
disciplinas.
O documento ainda traz a interdisciplinaridade em contexto geral,
onde deve estar presente no currículos e propostas pedagógicas de temas
contemporâneos que estão diretamente relacionados a vida humana, em escala
local, regional e global, preferencialmente de forma transversal e integradora.
3. A avaliação da aprendizagem é um elemento crucial no processo
de ensino e de aprendizagem, visto que oportuniza indícios dos avanços escolares e
dos pontos que precisam ser aperfeiçoados. Com base na leitura que você realizou
do PPP, de que modo a escola apresenta o processo de avaliação?
A avaliação deve ser entendida como o ato periódico de dar valor
aos resultados alcançados até aquele momento, as ações que estejam em
andamento e aquelas que não tenham sido realizadas, para determinar até que
ponto os objetivos estão sendo atingidos e para orientar a tomada de decisões.
A avaliação será realizada através de situações de aprendizagem
que forem oferecidas como: atividades de coordenação motora, recreativa,
musicalização, conversação, colagens, pinturas, entre outras. Assim, descobre-se o
que realizam ou não, possibilitando ao professor o conhecimento da potencialidade
da criança e conduzi-la sem diferenciá-la, fortalecendo e ampliando suas
possibilidades e alta estima. Assim, monitorar e avaliar são etapas que se articulam
12

continuamente em um único processo; contribuem para o alcance das metas


propostas, apontam as lacunas e eventuais mudanças necessárias no percurso e
incorporam ao Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual o caráter de
flexibilidade necessário para absorver as demandas da sociedade.
13

4 RELATO DA ANÁLISE DA ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO


ACOMPANHAMENTO DA DISCIPLINA

A partir dos vídeos, responda às perguntas:


1) A BNCC é um documento que regulamenta as aprendizagens
essenciais a serem trabalhadas nas escolas públicas e privadas para garantir os
direitos de aprendizagem e desenvolvimento aos alunos. Quais os principais
desafios da atuação do professor nos anos iniciais do Ensino Fundamental a partir
das regulamentações apresentadas na BNCC?
Um dos principais desafios das escolas será elaborar o novo
currículo, que considere as aprendizagens apontadas pela BNCC como essenciais
ao mesmo tempo em que reflete o carisma e a identidade da instituição. Nesse
processo, é importante que o currículo seja elaborado de forma colaborativa. O
indicado é que tantos membros da gestão escolar quanto professores participem da
sua construção. Afinal, é o corpo docente que será responsável por levar o currículo
à sala de aula, enquanto a coordenação e a direção exercem um papel relevante em
garantir que o documento final represente o carisma da escola. Além disso, é
interessante que especialistas e membros da comunidade escolar também
participem da equipe encarregada da elaboração - cada um pode contribuir de
maneira diferente e única com o currículo escolar.
Com a implantação de um novo currículo, a instituição de ensino
também precisará rever o seu Projeto Político Pedagógico (PPP). Isso porque o PPP
é um documento que traz a metodologia pedagógica e a proposta curricular da
instituição. Por causa disso, ele provavelmente deverá ser adaptado para se
adequar às diretrizes da BNCC e do novo currículo. Vale lembrar que o Projeto
Político Pedagógico também deve refletir a identidade da escola e que a Base
incentiva a construção de uma proposta pedagógica que contemple assuntos
relacionados à realidade e ao contexto dos estudantes.
A BNCC encoraja as instituições de ensino a incluir em seus
currículos temas relacionados à região e ao contexto em que o estudante está
inserido, contemplando assim assuntos ligados à história, à cultura e às tradições da
sua comunidade. Nesse sentido, as escolas terão o desafio de construir um currículo
que contemple não apenas as aprendizagens apontadas como essenciais, mas que
14

também trabalhe aspectos relevantes do contexto do aluno. Para isso, mais uma vez
é importante que a proposta curricular seja construída de forma colaborativa,
contando com a participação de profissionais da educação e de membros da
comunidade que ajudem a combinar todos esses aspectos ao documento.
A Base Nacional Comum Curricular também destaca a importância
de uma formação continuada dos educadores. Para o corpo docente a formação
continuada é fundamental para a constante atualização das práticas pedagógicas.
Além disso, a BNCC propõe a formação de um aluno integral, que
requer uma educação que vai muito além da simples absorção de conteúdos e que
compreende o desenvolvimento socioemocional do aluno e o uso de ferramentas
tecnológicas. Nesse contexto, os educadores se deparam com um tipo de formação
para o qual não foram preparados - o que torna a atualização de suas práticas ainda
mais importante. O grande desafio é estabelecer na escola uma cultura que tenha o
aprendizado como foco também para os professores, uma vez que eles precisam
compreender os novos padrões determinados pela BNCC e suas influências no
processo educacional.
Após criar um currículo para a instituição de ensino, é necessário
escolher o material didático que será usado em sala. Para tanto, é importante levar
em consideração as obras que contemplam e valorizam as competências abordadas
na BNCC, ao mesmo tempo em que se alinham com o Projeto Político Pedagógico
da escola.
A incorporação da tecnologia no ensino também deve ser pensada
nesse processo, já que os alunos estão cada vez mais conectados e atentos aos
assuntos disponíveis na internet. Nesse caso, o material didático que vai além do
livro e contempla Objetos Educacionais Digitais (OEDs) pode ser um grande aliado
na inclusão da tecnologia no processo pedagógico.
2) Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá
orientar o professor tendo como referência a utilização do Projeto Político
Pedagógico e da Proposta Curricular.
Existem vários aspectos do trabalho que o diretor deve fazer na
escola e que chamamos de papéis ou atribuições, entre eles que o diretor é o
representante legal da secretaria municipal de educação e de que ele representa os
alunos, a sua equipe e a comunidade, sendo o responsável por criar um ambiente
de trabalho onde haja respeito e confiança entre os membros da equipe escolar,
15

assegurando condições para o alcance dos objetivos. Por isso, é muito importante
definir e distribuir tarefas dando total apoio às pessoas que trabalham comigo e
lembrando-me sempre de que um bom relacionamento é a base para uma boa
gestão. Trabalhando desta forma, acredito que a escola está sendo bem
administrada, apresentando um ambiente de trabalho tranquilo e que propicia boas
condições de aprendizagem.
O trabalho da pedagoga é diário colaborando no desenvolvimento
pedagógico, influindo diretamente sobre o grupo de profissionais encarregados de
sua elaboração e execução.
A pedagoga trabalha auxiliando, planejando, orientando, controlando
e avaliando, também supervisionando a execução do plano pedagógico a fim de que
se processe a integração em relação aos objetivos, conteúdos programáticos,
métodos e estratégias que garantam a apreciação dos conteúdos de diversas áreas
de conhecimento. Além disso, a pedagoga acompanha o processo de ensino,
atuando junto aos professores, alunos e pais, para analisar os resultados da
aprendizagem com vista a sua melhoria. As aulas são programadas e anotadas em
um diário (caderno) antecipadamente que cada professora possui, nele contém os
conteúdos que serão aplicados dia-a-dia.
3) No que se refere às atribuições da equipe administrativa,
descreva a importância da relação da direção com a equipe pedagógica para a
qualidade dos processos educativos no contexto escolar.
Uma escola que não conta com a participação de todos os
envolvidos na educação, direta ou indiretamente, através de reuniões de pais,
conselho de classe, reuniões pedagógicas e em tantos outros momentos oportunos
como: dia de festa, de confraternização, dificilmente consegue aproximar a escola
da família e da comunidade, pois uma escola não caminha sozinha, a participação
de todos é essencial para garantir o bom desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem e do sucesso escolar na construção da escola que se quer.
O bom relacionamento é um fator que interfere no desempenho de
qualquer equipe e influência nos resultados estabelecidos por ela. Por isso, é
fundamental ter uma equipe coesa e bem liderada. Acredito ser a coesão da equipe,
um dos grandes segredos dos gestores da escola campo para o alcance dos
objetivos, onde os mesmos são traçados com qualidade e transparência.
16

Para tanto, a gestora dessa escola trabalha incansavelmente


sempre na buscando o desempenho satisfatório. É uma gestão aberta a opiniões e
sugestões da comunidade. Há reconhecimento de que todos fazem parte deste
processo. Portanto, a certeza, deque o sucesso de um é também de todos. O foco
de seu trabalho está voltado para a realização de um trabalho com determinação, a
fim de tornar a escola um centro de qualidade de ensino e principalmente, de
qualidade de vida.
Cada vez mais cresce a responsabilidade do diretor tanto na parte
burocrática como em relação aos alunos. Acredito que a maior dificuldade
encontrada é em relação às realidades de famílias que temos nas escolas, a falta de
comprometimento dos pais em relação à educação de seus filhos e a sobrecarga de
ações que são importantes para a escola desenvolver. Resumindo, cada vez mais
as escolas estão assumindo papéis que não cabem a elas desenvolver, o que
dificulta muito o trabalho do gestor numa escola.
A equipe diretiva da escola, que compreende a diretora e as
coordenadoras pedagógicas dos dois turnos, são bem preparada para exercer suas
funções diante de todas as problemáticas apresentadas.
A equipe diretiva é bastante aberta e democrática sempre consulta
os professores e o conselho escolar, sobre decisões importantes. Assim, a
coordenação figura como uma mediadora do trabalho em momento de estudos,
reflexões e ações.
É papel fundamental estar ao lado do professor nos espaços
ocupados por ele, especialmente na sala de aula, tornando-se articuladora de
aprendizagens na escola. Planejamento, reflexão, ação, proposição são palavras de
ordem na Coordenação Pedagógica da escola, visando sempre à aprendizagem dos
alunos.
17

5 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC

A partir da leitura do texto, você deverá responder às questões


listadas a seguir:
1. Como podemos entender o termo Transversalidade?
Termo que, na educação, é entendido como uma forma de organizar
o trabalho didático na qual alguns temas são integrados nas áreas convencionais de
forma a estarem presentes em todas elas. O conceito de transversalidade surgiu no
contexto dos movimentos de renovação pedagógica, quando os teóricos
conceberam que é necessário redefinir o que se entende por aprendizagem e
repensar também os conteúdos que se ensinam aos alunos. A transversalidade se
difere da interdisciplinaridade porque, apesar de ambas rejeitarem a concepção de
conhecimento que toma a realidade como um conjunto de dados estáveis, a primeira
se refere à dimensão didática e a segunda à abordagem epistemológica dos objetos
de conhecimento. Ou seja, se a interdisciplinaridade questiona a visão
compartimentada da realidade sobre a qual a escola se constituiu, mas trabalha
ainda considerando as disciplinas, a transversalidade diz respeito à compreensão
dos diferentes objetos de conhecimento, possibilitando a referência a sistemas
construídos na realidade dos alunos.
A transversalidade envolve a possibilidade de estabelecer uma
analogia entre o conhecimento teoricamente sistemático e os problemas da vida real
na prática educacional. A escola vista desta forma deve ter uma perspectiva mais
ampla e acabar com a divisão do conhecimento, pois só assim terá uma cultura
interdisciplinar. A transversalidade e interdisciplinaridade são métodos de
processamento do conhecimento que buscam a reintegração dos procedimentos
acadêmicos, disciplinas isoladas umas das outras por meio de métodos
disciplinares. O que é necessário torna-se uma compreensão mais plena e
abrangente da realidade, que muitas vezes nos é apresentada de forma dispersa.
Através desta ênfase, poderemos intervir na realidade para transformá-la. Quando
mencionamos temas transversais, os usamos como um eixo unificado de ação
educacional e organizamos as disciplinas em torno desses eixos.
A abordagem temática transversal deve ser norteada pelo processo
de vivência da sociedade, do cotidiano da comunidade, dos alunos e dos
18

educadores. A finalidade e o conteúdo do tema transversal devem estar inseridos


nos diferentes cenários de cada disciplina. A transversalidade é considerada a forma
adequada de ensino das atividades sobre esses temas.
A transversalidade só tem sentido na compreensão interdisciplinar
do conhecimento, sugestão doutrinária que permite que o conteúdo seja tratado de
forma integrada em todas as áreas do conhecimento. Conforme preconizado pelos
parâmetros curriculares, o eixo da educação transversal e interdisciplinar é uma
proposta voltada para a educação para a cidadania.
2. Qual a importância de se trabalhar com os TCTs na escola?
O papel da escola ao trabalhar Temas transversais é facilitar,
fomentar e integrar as ações de modo contextualizado, através da
interdisciplinaridade e transversalidade, buscando não fragmentar em blocos rígidos
os conhecimentos, para que a Educação realmente constitua o meio de
transformação social. Os conteúdos propostos para integrar o currículo são
organizados em forma de documentos, sendo um volume introdutório, um volume
para cada área e outros três volumes para os vários “temas transversais”. Cada
professor deve recebeu, gratuitamente, do MEC, seu material para estudo. Uma
proposta de se trabalhar com os temas transversais no ensino de História baseada
em eixos temáticos, os professores devem definir os conteúdos abordados no seu
plano de curso e devem ter amplo conhecimento dos objetivos e da problemática
abordada.
Nessa escolha de conteúdos a preocupação central é propiciar aos
alunos o dimensionamento de si mesmo e de outros indivíduos em grupos, em
temporalidades históricas elevar os alunos a entenderem que os problemas atuais e
do cotidiano não podem ser explicados a partir do presente antes requerem
questionamentos ao passado, análise e identificações relações entre vivências
sociais e o tempo sendo preciso ensinar procedimentos e incentivar atitudes nos
estudantes que sejam coerentes com os objetivos da História.
Entre os procedimentos é importante que aprendam a coletar as
informações em bibliografias e fontes documentais selecionar eventos e sujeitos
históricos e estabelecer relações entre eles no tempo observar e perceber
transformações e diferenças, identificar ritmos e durações temporais e elaborar
trabalhos individuais e coletivos, que organizem estudos pesquisas e reflexões.
Para que o aluno de posse destes conhecimentos valorize o ensino
19

de História, e busque se interessar pelas realidades sócio culturais, de seu lugar,


sua região, seu país e do mundo, buscando intervir na dinamização de atividades e
participar da busca e solução problemas da comunidade que se está inserido.
3. Dos TCTs listados, quais podem ser trabalhados de forma
transversal no seu curso de graduação?
Os temas transversais dos novos parâmetros curriculares incluem
Ética, Meio ambiente, Saúde, Pluralidade cultural e Orientação sexual. Os temas
transversais atuam como eixo unificador, em torno do qual organizam-se as
disciplinas, devendo ser trabalhados de modo coordenado e não como um assunto
descontextualizado nas aulas. O que importa é que os alunos possam construir
significados e conferir sentido àquilo que aprendem.
A proposta de um ensino baseada na transversalidade está presente
nos PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais), a partir de cinco temas transversais
para a educação nacional, são eles: ética, pluralidade cultural, saúde, orientação
sexual e meio ambiente. O principal objetivo dos temas transversais instituídos pelo
MEC (Ministério da Educação e Cultura) foi aproximar a escola da realidade vivida
pelos alunos, ou seja, trazer as disciplinas, os professores, os conteúdos escolares e
aproximá-los do mundo do estudante. Dessa maneira, os alunos teriam uma
aprendizagem significativa e seriam vistos com sujeitos históricos.
Os conteúdos de história podem ser articulados com os temas
transversais, ou seja, a história pode contribuir para a compreensão de questões
ambientais como: poluição, desmatamento, limite de uso de recursos naturais,
desperdícios, entre outros. Na forma proposta, os PCNs estabelecem que os
conteúdos do tema transversais relacionados ao Meio Ambiente ajudariam os alunos
a construírem uma consciência global das questões relativas ao meio, para que
possam assumir posições afinadas com os valores referentes à sua proteção e
melhoria. Por exemplo, em determinada turma o professor possui cinco alunos com
notas excelentes, onde só tiram nota máxima nas provas, mas infelizmente os
mesmos, ainda assim, não possuem sensibilização em relação à educação
ambiental, pois eles jogam papel na sala, jogam lixo em qualquer lugar, fazendo com
que esse ambiente fique sujo devido à sua atitude e sem nenhuma preocupação
com o futuro do planeta através desse ato. É preciso que o educador possa discutir
esses conteúdos relacionados ao Meio ambiente no decorrer das suas aulas, para
que os alunos consigam desenvolver e adotar durante o processo de
20

desenvolvimento comportamentos ambientalmente correto, solidário, responsável,


crítico e reflexivo. Os professores de História estão atrelados a dois procedimentos
mais usuais na prática escolar para trabalhar com os temas transversais. O primeiro
seria dividido por temas ou períodos históricos: História Geral, História do Brasil e
História da América. E o segundo por eixos temáticos: escravidão antiga, moderna e
contemporânea; a propriedade da terra, o mundo do trabalho, a industrialização,
entre outros. O segundo procedimento, do ensino de História dividido por eixos
temáticos, seria o mais aconselhável, pois romperia com o ensino de História
pautado na divisão cronológica tradicional.
Para uma proposta de se trabalhar com os temas transversais no
ensino de História baseada em eixos temáticos, os professores devem definir os
conteúdos abordados no seu plano de curso e devem ter amplo conhecimento dos
objetivos e da problemática abordada. Eles expressam conceitos e valores
fundamentais à democracia e à cidadania e correspondem a questões importantes e
urgentes para a sociedade brasileira de hoje, presentes sob várias formas na vida
cotidiana. São amplos o bastante para traduzir preocupações de todo País, são
questões em debate na sociedade através dos quais, o dissenso, o confronto de
opiniões se coloca.
4. O Guia apresenta uma metodologia de trabalho para o
desenvolvimento dos TCTs, baseado em quatro pilares. Quais são estes pilares?
Comente sua perspectiva sobre essa metodologia.
Os quatro pilares apresentado no Guia para desenvolvimento dos
TCTs são:
- Problematização da realidade e das situações de aprendizagem
- Superação da concepção fragmentada do conhecimento para uma
visão sistêmica
- Integração das habilidade e competências curriculares à resolução
de problemas
- Promoção de um processo educativo continuado e do
conhecimento como uma construção coletiva. Essa metodologia contribuiu para a
aplicação do conhecimento teórico adquirido pelos alunos, contribuindo para que
assimilem o conteúdo de forma prática em seus estudos. Portanto é um método de
caráter avaliativo, que visa garantir a eficácia do aluno, criando uma visão crítica e
ampla da área de atuação escolhida.
21

Ao refletirmos sobre a profissão do professor no contexto da nossa


sociedade, inúmeras representações e inquietações sobre o ser professor, surgem
de maneira significativa, ou seja, é possível identificar que a atividade docente passa
por muitas transformações sociais, políticas, econômicas, culturais e pedagógicas, e
estas acabam afetando o exercício profissional do professor já que as possibilidades
de trabalho se encontram limitadas fazendo com que o mesmo se adapte as
condições oferecidas.
Diante das complexidades relacionadas a educação e ao contexto
da sociedade atual globalizada e possuidora de inúmeras culturas, acaba exigindo
do professor que este seja um profissional polivalente preparado para atender
diferentes públicos e principalmente disposto a adaptar-se às mudanças sociais
dentro das limitações escolares.
Ao contrário das matérias obrigatórias, os conteúdos dos temas
transversais Contemporâneos não são divididos por ciclos, à medida que podem ser
tratados em qualquer etapa do trabalho pedagógico. Quando alunos e professores
se veem imersos em um ambiente cuja formação se baseia na ética, moral e no
compartilhamento e construção de princípios, valores e senso crítico, as chances de
formação de cidadãos mais responsável, abertos ao diálogo e especialmente, mais
consciente da importância do respeito mútuo no convívio em sociedade são muito
maiores. Além de serem excelentes para prepara-los para o futuro, os benefícios
têm grande chance de serem colhidos já no ambiente escolar, que tende a ficar mais
harmônico para todos.
22

6 METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS

SEQUÊNCIA DIDÁTICA: Projeto de construção de uma linha do


tempo da história da escola -Nós somos história

OBJETIVO FINAL
A presente sequência didática possui como objetivo fazer com que o
estudante se sinta parte da escola e da própria história. Muitas vezes história é vista
como uma matéria muito distante do cotidiano das crianças e dos jovens, assim o
trabalho é um esforço de aproximação. A partir do estudo da própria escola a qual
eles estudam, será feito algumas reflexões sobre o estudo, sobre fontes e sobre
análise e pesquisa. O trabalho final consiste na montagem de uma linha do tempo
história da escola a partir da perspectiva dos próprios estudantes.

REALIZAÇÃO
6º ano do ensino fundamental
Eu decidi fazer uma sequência de aulas voltada para os alunos que
estão fazendo o seu primeiro contato com a disciplina de história. A noção de tempo
será uma das principais temáticas a serem apresentadas.
A divisão em partes
Preferi dividir a sequência em partes ao invés de aulas, pois o
tempo pode variar de turma para turma. Como este conjunto de aulas depende da
participação ativa dos estudantes, não é possível determinar ao certo o número
exato de tempo que se levará para concluir.
Antes de começar as aulas propriamente dita, é interessante pedir
ao aluno para escrever a sua própria história de vida como estudante. Através
dessas memórias será realizado um trabalho que dará ensejo a discussões como os
recortes temáticos, a diversidade de narrativas históricas, memória e fontes. Além
disso as memórias servirão para complementar a linha do tempo da história da
escola. O trabalho final da sequência não consistirá em apenas expor as datas, mas
também em contar um pouco sobre o ambiente e assim deixar a própria marca
pessoal da sala que o produziu.
1ª Parte: Os diversos tempos da história e o recorte temático
23

Através da história de vida deles, é possível montar uma linha do


tempo destacando os principais eventos. É importante que o docente demonstre
como se constrói uma linha para que os alunos tenham algo como modelo. Pode
parecer algo óbvio, mas creio é algo que deve ser ressaltado e explicado na lousa
para que dê nenhuma margem de dúvida. Deve ser traçado uma linha e na parte de
cima colocado o ano em que ocorreu o evento (ou outra marcação temporal caso o
estudante tenha optado por seguir uma outra) e embaixo uma pequena descrição do
evento. Abaixo o aluno deverá fazer sua linha do tempo.
2ª Parte: Roda de Conversa
Depois que ela estiver pronta, será montada uma roda de conversa
a qual o professor deve demonstrar que existe diversos modos de se contar uma
história e que dependendo de qual será o nosso foco o resultado pode sair bem
diferente, o que não significa que esteja errado. Estabelecer uma conversa é dar voz
aos estudantes e é importante que eles cheguem a tais conclusões por eles
mesmos, afinal é a partir das concepções deles próprios que se montará o trabalho
a seguir.
Para isso foi estabelecido algumas sugestões de perguntas que o
professor pode fazer para começar o seu diálogo com a classe. – Que elementos
vocês destacaram sobre vocês? – Vocês colocaram tudo sobre a sua vida? – Vocês
não poderiam ter feito uma história da vida de vocês baseado em outras coisas?
Como os videogames que jogaram? Como os passeios que fizeram? – Como seria
uma linha do tempo desse modo? Se for possível, peça aos estudantes que eles
montem uma linha do tempo com outro enfoque da própria escolha deles. Pode ser
uma linha que privilegie a vida deles como gamer, pode ser uma que privilegie a vida
social com seus amigos, pode ser sobre as viagens que eles fizeram etc.
Ainda que se possa ter pontos em comum de uma linha para outra,
percebe-se que a maneira de se lidar com o tempo foi diferente. Esta uma reflexão a
qual os alunos devem chegar e que pode ser extrapolada para uma reflexão sobre a
própria história como disciplina acadêmica.
Sugestões de perguntas a serem feitas: – Afinal, o que é história? –
Será que é possível estudar a história do mundo inteiro e todas as coisas? – Será
que é possível escrever uma história única? Que contemple a todas as pessoas,
questões e grupos sociais do mundo? Com estas perguntas a reflexão que se quer
estabelecer é a necessidade de se realizar recortes temáticos e que ao se realizar
24

tais estudos algumas coisas são destacadas mais e outras ficam excluídas. No
entanto isso não significa uma vertente seja mais importante que a outra, elas só
possuem finalidades distintas. História não é o estudo do passado por si só, mas
também deve ser lidar com grupos sociais humanos. História é o estudo das
transformações das sociedades humanas no passado.
3ª Parte: Grupos
Após estas reflexões será montado pequenos grupos de estudantes
e para cada um destes grupos, será distribuído uma série de linhas do tempo e
algumas perguntas em fichas. Assim os alunos poderão discutir sobre como cada
linha destaca elementos específicos mesmo que às vezes represente o mesmo
espaço de tempo. Peça com que eles discutam sobre qual é tema de cada um deles
e que as compare. O importante dizer que os alunos não precisam entender todos
os termos a qual a linha do tempo está se referindo, apenas a ideia geral sobre o
que cada uma está tratando.
É importante que se explique passo a passo como fazer esta linha
do tempo para que não reste dúvidas. O trabalho pode ser feito em papel kraft ou
com diversas cartolinas coladas, pois o tamanho deve ser bastante grande já que a
responsabilidade pela montagem será de toda a classe e será exposto para que
toda a escola possa ver. Assim as aulas da parte 5 referem-se à elaboração. Se for
possível, pode-se tentar fazer alguma parceria com o professor de artes para
complementar com maior experiência e número de aulas.
25

7 PLANOS DE AULA

Plano de aula 1
Identificação Disciplina: História
Série: 6º Ano

Turma: A
Período: Matutino
Conteúdo Tempo, espaço e formas de registros: A linguagem
cinematográfica
Objetivos Objetivo geral
Reconhecer as propriedades expressivas e
construtivas de um filme.
Objetivos específicos
Identificar os significados expressivos e
comunicativos da linguagem cinematográfica.
Apropriar-se de alguns elementos técnicos da
linguagem cinematográfica.
Reconhecer as cores frias e quentes.
Metodologia Dividi os alunos em grupos e pedi que
procurassem entender a história contada: o filme deveria ser
exibido a primeira vez sem som. Após a exibição do filme, criei
uma roda de conversa com o grupo. Escolhi ou sorteei um grupo
para que contasse a história. Depois que o grupo narrou o que
entendeu, pedi para que os outros acrescentem algum dado.

Exibir novamente o filme, com som. Numa roda de


conversa, pedir aos mesmos grupos da aula anterior que
comparem as histórias com e sem som.
Exibir o filme pela 3ª vez mostrando aos alunos e
que é CLOSES e ZOOM.
Pedir aos grupos que descubram enquanto o filme
está sendo exibido, outros CLOSES e efeitos de ZOOM, propondo
26

o jogo quem descobre mais: o grupo que mais CLOSES e efeitos


do ZOOM descobrir, ganha. As cores que predominam no filme O
VAMPIRO são as cores fracas. A partir do estudo das cores numa
roda de conversa com os alunos discutir o porquê da
predominância dessas cores. Num segundo momento, exibir
novamente o filme e fazer o jogo quem descobre mais, com
relação as cores quentes.
Recursos Aparelho de reprodução de DVD. Sala de aula
organização: Organização normal para se assistir um filme.
Avaliação Atividades
Gerar uma reflexão e contribuir para que os alunos
sejam conduzidos de forma mais ou menos autônoma a uma
operação intelectual. Isso significa ultrapassar exercícios mais
comuns de identificação ou de reprodução (memorização) de um
conteúdo recebido passivamente pelo estudante.
Critérios
Avaliar o progresso intelectual do aluno: na
aquisição de conhecimentos novos, enriquecimento e
aprofundamento de noções e conceitos históricos, a capacidade
de formular problemas ou de colocar numa relação de causalidade
elementos de um saber
Referências BOULOS, Alfredo Júnior. História Sociedade e Cidadania. São
Paulo: FTD 2012
COTRIM, Gilberto. História Global. São Paulo: Saraiva, 1998.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História – Novo Ensino Médio. São
Paulo: Ática, 2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência
da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos
temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-
brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED,
2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência
da Educação. Diretrizes curriculares de História para a educação
27

básica. Curitiba: SEED, 2007.


PILETTI, Nelson e Claudino. História e Vida Integrada. São Paulo:
Àtica, 2001.
SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo: Nova
Geração, 2002.

Plano de aula 2
Identificação Disciplina: História
Série: 6º ano

Turma: B
Período: Matutino
Conteúdo A história da cidade; A formação do lugar; O Uso de tecnologias
simples.
Objetivos Objetivo geral
Fazer com que os alunos conheçam a história do
lugar onde eles vivem, a sua formação, cultura e a história do lugar
contado a partir de investigações, despertando o seu interesse da
pesquisa e tornando-o sujeito de sua própria história.
Proporcionando a valorização sua história e respeito pela
diversidade existente nelas, e do seu patrimônio cultural.
Buscando também a interdisciplinaridade entre as disciplinas de
geografia e história.
Objetivos específicos
Identificar o próprio grupo de convívio e as
relações que estabelecem com outros tempos e espaços;
Conhecer seu lugar, história e a cultura;
Entender como ocorre à formação o seu bairro ou
cidade;
Utilizar métodos de pesquisa (despertando seu
interesse pela mesma), e de produção vídeo;
Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a
diversidade;
28

Reconhecer mudanças e permanências nas


vivências humanas, presentes na sua realidade e em outras
comunidades, próximas ou distantes no tempo e no espaço;
Metodologia Exposição oral sobre o conteúdo que abrange o
tema, e vídeos com fotos sobre como era a cidade ou bairro
antigamente;
Diálogos sobre a compreensão do tema;
Será proposto para os alunos que eles
investiguem a história do lugar onde vivem e com isso construam
um documentário, usando uma filmadora ou outro recurso de
filmagem como celular, onde eles mostraram o seu conhecimento
sobre o seu lugar, a história contada pela sua família e fazendo a
comparação do que os mais velhos sabem com o que eles
conhecem, e o que existe até hoje. Em seguida os alunos irão
expor sua história através do vídeo para a sala.
Recursos Filmadora ou qualquer recurso de filmagem; DVD.
Avaliação Atividades
Trabalhar com a ideia de resolução de problemas,
trabalho comparativo; trabalhar com a ideia de situação problema
em História.
Critérios
Considerar na avaliação os conteúdos
trabalhados, como também, detectar de que forma o saber
histórico foi sendo construído na vida do aluno. Este último
envolve uma avaliação diagnóstica que permita relacionar o
pertencimento social dos indivíduos, com implicações afetivas,
com a interiorização de experiências, de práticas, de modelos, de
condutas e pensamentos socialmente inculcados ou transmitidos
pela comunicação social a qual estão ligados. Através dessa
avaliação, diagnosticar as competências e habilidades que os
alunos apresentam nas aulas, buscando detectar possíveis fatores
que possam estar interferido em suas aprendizagens, planejando
atividades que possam auxiliá-los a vencer estas dificuldades.
Referências BOULOS, Alfredo Júnior. História Sociedade e Cidadania. São
29

Paulo: FTD 2012


COTRIM, Gilberto. História Global. São Paulo: Saraiva, 1998.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História – Novo Ensino Médio. São
Paulo: Ática, 2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência
da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos
temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-
brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED,
2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência
da Educação. Diretrizes curriculares de História para a educação
básica. Curitiba: SEED, 2007.
PILETTI, Nelson e Claudino. História e Vida Integrada. São Paulo:
Ática, 2001.
SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo: Nova
Geração, 2002.
30

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio supervisionado é um momento de fundamental


importância no processo de formação profissional.
O Estágio Supervisionado tem cumprido de forma eficiente o papel
de elo entre os mundos acadêmico e profissional ao possibilitar ao estagiário a
oportunidade de conhecimento da administração, das diretrizes e do funcionamento
das organizações e suas inter-relações com a comunidade.
Este trabalho foi muito importante para a minha vida acadêmica.
Pois possibilitou vivenciar o aprendido na Faculdade, tendo como função principal do
estágio a integração das inúmeras disciplinas que compõem o currículo acadêmico,
apesar das dificuldades encontradas soube desviar com êxito e criar vínculos
profissionais que para sempre levarei comigo dando estrutura que levarei adiante,
testando meu nível de consistência e o grau de entrosamento com a comunidade
escolar.
O estágio funciona como uma “janela do futuro” através do qual o
aluno antevê seu próximo modo de viver. Deve ser uma passagem natural do “saber
sobre” para o “saber como”; um momento de validação do aprendizado teórico e
prático em confronto com a realidade. E nos ajuda a vencermos todos os obstáculos
que se puserem em nossa frente.
Diante do que vivenciei na escola durante os estágios, aprendi que
devemos usar a criatividade, novidades e modernidades para que possamos atrair a
atenção dos alunos, e também é preciso que os conteúdos teóricos estejam
vinculados com o cotidiano para minimizar as dificuldades de ensino-aprendizagem,
assim permitindo que a sala de aula se torne em um local de discussão, onde os
estudantes tornem-se ativos no processo de aprendizagem.
31

REFERÊNCIAS

BOULOS, Alfredo Júnior. História Sociedade e Cidadania. São Paulo: FTD 2012

COTRIM, Gilberto. História Global. São Paulo: Saraiva, 1998.

FIGUEIRA, Divalte Garcia. História – Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.


Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos
de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba:
SEED, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.


Diretrizes curriculares de História para a educação básica. Curitiba: SEED, 2007.

PILETTI, Nelson e Claudino. História e Vida Integrada. São Paulo: Ática, 2001.

SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2002.

Você também pode gostar