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PORTUGUÊS
Compreender um texto é mais do que reconhecer as palavras. É preciso analisar qual o significadodo que
está escrito, principalmente em textos de humor e tirinhas. Entender o sentido pretendido é imprescindível.
Há quatro efeitos de sentido essenciais a serem compreendidos para a interpretação de textos:
ambiguidade, duplo sentido, ironia e humor.
AMBIGUIDADE
Aambiguidad oe
corre quando um mesmo vocábulo ou expressão pode ser interpretado de mais de uma
maneira. Ela pode aparecer de duas formas:
A ironia (ou antífrase) é uma figura de linguagem utilizada para dizer-se algo por meio de expressões
que remetem propositalmente ao oposto do que se quis dizer. Seu uso é bastante comum, e esse jogo
de sentidos que se ligam pela inversão gera, muitas vezes, um tom de comicidade ou de deboche,
podendo ser um mero gracejo até um discurso mais sarcástico. Por sua versatilidade, é um recurso
estilístico muito comum e usado em diversas possibilidades
A palavra ironia vem do grego, eironéia, que significa “dissimulação”. A palavra antífrase também
vem do grego, antiphrasis, que significa “expressão contrária”.
EXEMPLO:
“Puxa, que bom que o elevador quebrou! Agora só teremos que subir 12 lances de escada, são bem
poucos.” Certamente, a pessoa não está feliz por ter que subir 12 lances de escada.
Disponível em: https://www.portugues.com.br/gramatica/ironia.html Acesso em: 05 set. 2020.
HUMOR
A maioria dos efeitos de sentido de textos citados até então tem um objetivo comum: o humor. Situações
cômicas ou potencialmente humorísticas compartilham da característica do efeito surpresa. O humor
reside em ocorrer algo fora do esperado numa situação.
Há as tirinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; há anedotas ou pequenos
contos; e há as crônicas, frequentemente acessadas como forma de gerar o riso.
09.289.LP
ATIVIDADES
1) Leia o texto a seguir:
OS DONOS DA COMUNICAÇÃO
Disponível em <http://www.google.com.br/images>
O humor desse texto reside:
d) no fato do tigre afirmar que estavam perdidos, mas estarem no quintal de casa.
Eu não sei como começou todo esse papo de Lobo Mau, mas está completamente errado. Talvez
seja por causa de nossa alimentação. Olha, não é culpa minha se os lobos comem bichos
engraçadinhos como coelhos e porquinhos.
É apenas nosso jeito de ser. Se os cheesburgers fossem uma gracinha, todos iam achar que você
é Mau.(...) No tempo do Era Uma Vez, eu estava fazendo um bolo de aniversário para minha querida
vovozinha. Eu estava com um resfriado terrível, espirrando muito. Fiquei sem açúcar. Então resolvi
pedir uma xícara de açúcar emprestada para o meu vizinho.
Agora, esse vizinho era um porco. E não era muito inteligente também. Ele tinha construído a sua
casa toda de palha. Dá para acreditar? Quero dizer, quem tem a cabeça no lugar não constrói uma
casa de palha.
(...).
SCIESZKA, Jon. A verdadeira história dos três porquinhos. Editora Companhia das Letrinhas.
CONSTRUÇÃO DE RODOVIA
Uma rodovia estava sendo construída em um vilarejo e um dos residentes sentou-se durante
muitas horas para assistir à realização das obras. Um homem aproximou-se dele:
- Olá, sou o engenheiro que realizou o projeto, o responsável pela obra e pelas máquinas.
- Olá, eu sou o morador do vilarejo.
- Pelo que pude notar, você nunca havia visto uma rodovia moderna ser construída. Diga-me, como
construíam estradas por aqui?
- Bem, quando queremos construir uma estrada entre um vilarejo e o seguinte, soltamos um burro
velho e o animal escolhe o caminho mais curto e mais seguro. É ali que construímos a nossa
estrada. - E o que fazem quando não há burros? - Aí, chamamos um engenheiro.
Mario Atcalá Canto, México. Seleções Reader’s Digest. Outubro 2010. p. 99.