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SIMULADO D3 ( Inferir o sentido de uma palavra ou expressão).

PROVA BRASIL LINGUA PORTUGUESA


PTOFESSORA NELMA CRISTINA 9º ANO _______ NÚMERO____
Leia o texto para responder a questão abaixo:

No trecho “Quando o peguei com o caderno naquelas mãos meladas...”, a palavra destacada se refere
(A) aos versinhos para Claudinha. (B) ao Kikinho. (C) ao diário. (D) ao chocolate melado.

Leia o texto para responder a questão a seguir:

No terceiro quadrinho da tira, observe o trecho da “fala” do personagem Verdugo – “...NÃO POSSO
COMPRAR PORQUE ME CUSTAM OS OLHOS DA CARA...”.
A expressão destacada significa que o personagem deseja coisas que são
(A) desprezíveis. (B) muito caras. (C) impossíveis de se comprar. (D) bastante populares.

Leia o texto para responder a questão a seguir:


Cadernos de João

(…) Na última laje de cimento armado, os trabalhadores cantavam a nostalgia da terra ressecada.
De um lado era a cidade grande: de outro, o mar sem jangadas.
O mensageiro subiu e gritou:
- Verdejou, pessoal!
Num átimo, os trabalhadores largaram-se das redes, desceram em debandada, acertaram as contas e
partiram.
Parada a obra.
Ao dia seguinte, o vigia solitário recolocou a tabuleta: “Precisa-se de operários”, enquanto o construtor,
de braços cruzados, amaldiçoava a chuva que devia estar caindo no Nordeste.
De acordo com o texto, a palavra “Verdejou” significa
(A) a saudade dos trabalhadores. (B) o mar sem jangadas. (C) a parada da obra. (D) a chuva caindo no
Nordeste.
Leia o texto para responder a questão a seguir:
Pã, uma divindade rural
De acordo com a mitologia greco-romana, Pã ou Pan é o deus dos bosques e dos campos, dos
rebanhos e dos pastores. Morava em grutas, vagava pelas montanhas e pelos vales e divertia-se caçando ou
dirigindo as danças das ninfas (divindades dos rios, dos bosques, das florestas e dos campos). Amante da
música, inventou a avena, uma flauta, que tocava exemplarmente.
Pã era temido por todos aqueles que tinham que atravessar as matas durante a noite, pois as trevas e a
solidão desses lugares predispunham as
pessoas a medos e superstições. Por isso, os pavores desprovidos de causas aparentes eram atribuídos a
Pã e chamados de pânico.

Em “(...) e a solidão desses lugares (...)”, a expressão em destaque” refere-se


(A) às montanhas. (B) aos vales. (C) aos bosques. (D) às matas.

Leia o texto para responder a questão a seguir:


Neologismo

Beijo pouco, falo menos ainda. Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Mas invento palavras Intransitivo
que traduzem a ternura mais funda Teadoro, Teodora.
E mais cotidiana.

O sentido da palavra do título - Neologismo - está ratificado no seguinte verso:


(A) “Beijo pouco, falo menos ainda”. (B) “Mas invento palavras”. (C) “É mais cotidiana”. (D) “Intransitivo”.
Leia o texto para responder a questão a seguir:
Quino. Mafalda

A expressão da personagem feminina - Mafalda -, no primeiro quadrinho, reforça


(A) a gravidade da doença revelada no 4° quadrinho.
(B) a objetividade da resposta do personagem feminino no 2° quadrinho .
(C) as falas dos personagens no 3° quadrinho.
(D) a preocupação da pergunta do personagem masculino no 2° quadrinho.
Leia o texto para responder a questão a seguir:
A Casa da Moeda do Brasil

Se o governo brasileiro precisa emitir dinheiro, você sabe quem se encarregará de produzi-lo? A Casa
da Moeda do Brasil. Além de cédulas e moedas, ela confecciona selos e medalhas.
A Casa da Moeda foi fundada em Salvador, em 1694, por ordem do governo português, para cunhar
moedas com o ouro extraído da mineração. Inicialmente, foram cunhadas somente moedas de ouro e prata,
mas depois se passou a produzir moedas de cobre para pequenos valores.
[...] Ela compreende quatro repartições: o Departamento de células, o de Moedas e Medalhas, a Gráfica
Geral e o Departamento de Engenharia de Produtos e o desenvolvimento de Matrizes, que é o responsável
pela concepção técnica e artística dos artigos elaborados pela instituição.
O Estado de S. Paulo. 20 fev. 2007. Estadinho. (Fragmento).

O terceiro parágrafo do texto é iniciado pela palavra “Ela...”. Esta palavra substitui o seguinte termo
(A) A Casa da Moeda. (2° parágrafo) (D) concepção técnica e artística. (3°
(B) da mineração. (2° parágrafo) parágrafo)
(C) a Gráfica Geral. (3° parágrafo)
SIMULADO D4 ( Inferir uma informação implicíta em um texto). PROVA BRASIL LINGUA PORTUGUESA
PTOFESSORA NELMA CRISTINA 9º ANO _______ NÚMERO____
D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
Homem não chora

Homem não chora Que você ganhou Nem por perder


Nem por dor Meu rosto vermelho e Lágrimas são água
Nem por amor molhado Caem do meu queixo
E antes que eu me esqueça É só dos olhos pra fora E secam sem tocar o chão
Nunca me passou pela Todo mundo sabe E só porque você me viu
cabeça Que homem não chora Cair em contradição
Lhe pedir perdão Esse meu rosto vermelho e Dormindo em sua mão
E só porque eu estou aqui molhado Não vai fazer
Ajoelhado no chão É só dos olhos pra fora A chuva passar
Com o coração na mão Todo mundo sabe O mundo ficar
Não quer dizer Que homem não chora No mesmo lugar
Que tudo mudou Homem não chora Meu rosto vermelho e
Que o tempo parou Nem por ter molhado...

Sobre o “eu” do texto 2, podemos dizer:


a) que é uma mulher apaixonada. c) que é um homem apaixonado.
b) que é uma mulher abandonada. d) que é um homem muito feliz.

A idéia principal que fundamenta o texto 2 é:


a) O amor é lindo. c) Homem não chora.
b) As mulheres ocuparam um novo lugar no d) Mulheres são sensíveis demais
mundo.
Leia o texto para responder a questão abaixo:
Vaguidão Específica
— Maria, ponha isso lá fora em qualquer parte. — Acho que já. Eu disse que podia principiar por
— Junto com as outras? onde quisesse.
— Não ponha junto com as outras, não. Senão — É bom?
pode vir alguém e querer fazer coisa com elas. — Mais ou menos. O outro parece mais capaz.
Ponha no lugar do outro dia. — Você trouxe tudo pra cima?
— Sim senhora. Olha, o homem está aí. — Não senhora, só trouxe as coisas. O resto não
— Aquele de quando choveu? trouxe porque a senhora recomendou para deixar
— Não, o que a senhora foi lá e falou com ele no até a véspera.
domingo. — Mas traga, traga. Na ocasião nós descemos
— Que é que você disse a ele? tudo de novo. É melhor, senão atravanca a entrada
— Eu disse pra ele continuar. e ele reclama como na outra noite.
— Ele já começou? — Está bem, vou ver como.
O texto é um diálogo
a) entre dois homens. c) entre um homem e uma mulher.
b) entre duas crianças. d) entre duas mulheres.

Leia o texto para responder a questão abaixo:


A expressão “Amigos de muitos carnavais” significa que os atores são
(A) diretores de peças lançadas no carnaval. (D) companheiros na missão de transformar a
(B) parceiros de trabalho há muito tempo. peça em filme.
(C) amigos em qualquer situação adaptada para
teatro.
Leia o texto para responder a questão abaixo:
A canícula
A cena aconteceu num restaurante do Flamengo. Cinco pessoas à mesa comentavam o calor que fazia
lá fora – e alguém comenta alguma outra coisa ultimamente na cidade?[...]
Desde então, não penso em outra coisa. Que fim levou o ventinho que fazia parte do verão carioca? Foi
sugado pelo aquecimento global? Escapou pelo buraco da camada de ozônio? Cadê aqueles tempos em que,
no auge do calor, a gente ia se refrescar à beira–mar? [...]
Que fim levou o cine Metro-Copacabana? Mais precisamente, que fim levou o ar refrigerado “com clima
de montanha” que tornava as matinês de quintafeira, dia em que mudava o filme em cartaz, num oásis contra
a canícula?[...]
Considerando o tema do texto e a necessidade de um oásis (3 ° parágrafo), pode-se entender que o
significado do título “A canícula” é
(A) O calor muito forte. (B) A brisa refrescante. (C) A matinê de quinta-feira. (D) O aquecimento global
Leia o texto para responder a questão a seguir:
Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos usos e costumes.
Querer que a nossa pare no século de quinhentos é um erro igual ao de afirmar que a sua transplantação
para a América não lhe inseriu riquezas novas. A este respeito a influência do povo é decisiva. Há, portanto,
certos modos de dizer, locuções novas, que de força entram no domínio do estilo e ganham direito de cidade.
Vocabulário: Transplantação - transferir de um lugar ou contexto para outro.
Ao ler o texto, concluímos que
(A) as mudanças do português da Europa para o Brasil evitaram inserir ao idioma riquezas novas.
(B) as alterações da língua estão condicionadas às necessidades dos usos e costumes e ao tempo.
(C) o português do século XVI é o mesmo de hoje, não sendo necessário parar a língua no tempo.
(D) os falantes do campo usam expressões atuais da língua mesmo sem sofrerem influência européia.
Leia o texto para responder a questão a seguir:
O Balão vai subindo
As festas de Santo Antônio, São João e São Pedro, embora um pouco esquecidas nas grandes cidades do
sul do Brasil, ainda guardam o gosto do quentão e da pipoca nas cidades do interior e até mesmo nas capitais do
norte e do nordeste do nosso país.
Nesses lugares, o povo ainda sai às ruas, bota fogo nas suas fogueiras, canta a ciranda, dança a quadrilha e
a garotada tenta subir no pau-de-sebo para apanhar alguma prenda.
Com isso, muita coisa da velha tradição junina que nos foi trazida pelos colonizadores portugueses está sendo
preservada. Até quando? Não se sabe bem.
À medida que as cidades vão-se industrializando e as suas áreas livres se reduzindo, os festejos juninos, que
exigem largos espaços e um contato maior com a natureza, deixam de ser celebrados como o eram nas suas
origens. A fogueira, transformada no próprio símbolo da festa, ficou aos poucos restrita aos lugares afastados e de
pequeno movimento; os balões, mensageiros que levavam aos santos homenageados os pedidos dos devotos,
hoje trazem perigo às indústrias, às casas e às reservas florestais.
As festas celebradas sob as noites frias do mês de junho, apesar das mudanças que foram sofrendo ao
longo do tempo, ainda preservam superstições e adivinhações muito usadas pelas moças casadeiras e um rico
repertório de música
própria e, sobretudo os quitutes à base de milho desenvolvidos ao longo de mais de quatrocentos anos de tradição
junina.
De acordo com o texto, os problemas que ameaçam as festas juninas são
(A) a redução das áreas livres e o avanço (C) a industrialização das cidades e a diminuição
tecnológico. das áreas livres.
(B) a industrialização das cidades e o avanço (D) as superstições do povo e o aumento da
tecnológico. diversidade musical.
SIMULADO D5 ( Interpretar texto com o auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, foto etc.)
). PROVA BRASIL LINGUA PORTUGUESA
PROFESSORA NELMA CRISTINA 9º ANO _______ NÚMERO____
Leia o texto para responder a questão abaixo:

Ao observar o quadro da previsão do tempo


para o final de semana, pode-se afirmar que
no sábado haverá sol com
(A) muitas nuvens durante o dia. Períodos de
nublado, com chuva a qualquer hora.
(B) algumas nuvens ao longo do dia. À noite
ocorrem pancadas de chuva.
(C) muitas nuvens. À noite não chove.
(D) pancadas de chuva ao longo do dia. À
noite, tempo aberto sem nuvens.

Leia o texto para responder a questão abaixo:

No segundo quadrinho, pode-se deduzir pela fala da personagem que


(A) não existem maridos perfeitos. (C) não há mulheres felizes.
(B) não há segredos para um casamento (D) não há homens infelizes.
perfeito.

Leia o texto para responder a questão abaixo:


Observando na charge os aspectos da linguagem verbal e da não verbal, pode-se afirmar que se
trata de uma crítica a pessoas
(A) conscientes da gravidade do problema da (C) contrárias às medidas de prevenção contra
dengue. a dengue.
(B) assustadas com a proliferação do (D) zelosas quanto ao aproveitamento da
mosquito. água.

Leia o texto para responder a questão a seguir:

Segundo o texto, o motorista brasileiro


(A) respeita com naturalidade os sinais de (C) faz exatamente o oposto das regras
trânsito. fixadas.
(B) interpreta com correção as placas de rua. (D) segue em frente quando o guarda não está
olhando.

Leia o texto para responder a questão a seguir:

Após a leitura da História em Quadrinhos, podemos afirmar que o personagem Verdugo


(A) costuma visitar o parque quase que (C) está desacostumado à pratica de
diariamente. atividades ao ar livre.
(B) tem alergia ao cheiro forte da madeira (D) engasgou-se, sem fôlego, enquanto
fresca. andava de bicicleta.

Em relação ao ponto de vista expresso no quadrinho 1, a opinião de Horácio (personagem II) é que
(A) ser solidário e generoso são características (C) devemos sempre agradecer os favores que as
incontestáveis. pessoas nos prestam.
(B) temos de parar de nos preocupar com os (D) praticar a solidariedade é forma de
outros. preservação da espécie.
Leia a tirinha da Turma da Mônica e responda.

Na seqüência dos quadrinhos, o personagem Cebolinha, por intermédio de expressões faciais, comunica ao
leitor reações de
(A) sossego e felicidade. (B) alegria e espanto. (C) raiva e tranqüilidade.(D) susto e alívio.
A compreensão dessa tirinha exige que o leitor
(A) apenas leia as palavras. (D) perceba os sons e as imagens.
(B) apenas se fixe nas imagens. (E) sinta a história através do tat
(C) associe imagens e palavras.
.
As figuras de linguagem

São recursos ligados à semântica do texto, que auxiliam no processo de construção do sentido da mensagem dos
enunciados. Depreende-se, no contexto linguístico e situacional, a funcionalidade estilística das figuras de linguagem
nas formas simbólicas de exprimir ideias, dando maior expressividade e afetividade ao enunciado.
São classificadas da seguinte maneira:
1. Figuras de palavras
2. Figuras de pensamento
3. Figuras de construção (ou de sintaxe)
4. Figuras fônicas (ou de harmonia)
1. Figuras de palavras: ligadas à significação, essas figuras desviam as palavras do sentido natural conferido a elas.

a) Metáfora: trata-se de uma nova assimilação de sentido de uma palavra, através da aproximação de campos
semânticos distintos, por meio de uma comparação implícita.

Ex.: “Seus olhos são espelhos d´água” (Patrícia Marx)

“Lua de São Jorge/ lua soberana / nobre porcelana” (Caetano Veloso)

“OS BURACOS DO ACORDO. Como a Academia Brasileira de Letras preencheu as lacunas e contradições da nova lei
ortográfica” (Revista Língua Portuguesa)

b) Metonímia: é a substituição de um elemento por outro que lhe é associado de alguma forma. A significação se dá
pela aproximação de ideias, pela contiguidade.

As associações podem ser:

Todo pela parte: O Brasil vai às urnas para escolher seu novo presidente.

A parte pelo todo: Procuravam um cantinho onde pudessem passar a noite.

“Raspe dos teus dedos minhas digitais” (Isabela Taviani)

Obs.: Essas associações também são denominadas “sinédoque”.

O continente pelo conteúdo: Bebeu duas garrafas de água.

A causa pelo efeito: “Uma velha que trazia a fome nos ombros e nos olhos / E trazia a seca no ventre e no seio.”
(Joaquim Cardozo)

O efeito pela causa: “ De repente do riso fez-se o pranto.” (Vinícius de Moraes)

O autor pela obra: “Devolva o Neruda que você me tomou e nunca leu”(Chico Buarque)

A marca pelo produto: Depois de algumas Antárticas, Andrezinho decidiu não dirigir seu velho Fusca.

c) Catacrese: é considerada a metáfora já incorporada à língua, por falta de um vocábulo na linguagem corrente que
expresse melhor um determinado significado.

Ex.: Batata da perna

Cabeça do alfinete
Céu da boca

d) Antonomásia: é considerada uma variedade da metonímia, em que ocorre a substituição do nome de um ser pelo de
sua qualidade.

Ex: O Poeta dos Escravos deveria ser lembrado nos momentos de luta.

2. Figuras de pensamento: representam a relação entre o entendimento da mensagem na realidade do enunciado e na


realidade extratextual.

a) Símile: é a comparação entre conceitos aparentemente sem correspondência, que se aproximam pela assimilação
imagística.

Ex.: “Que a saudade dói como um barco / Que aos poucos descreve um arco / E evita atracar no cais.” (Chico Buarque)

“Eu faço versos como quem chora / De desalento... de desencanto...” (Manuel Bandeira)

b) Prosopopéia: consiste em fazer seres inanimados participarem da enunciação, dando-lhes características humanas e
vontade própria.

Ex.: “Então, tu tome tento do meu coração / não deixe ele vir na solidão/ encabulado por voltar a sós” (Maria Gadú)

Balançando ao vento, as copas das árvores me acenavam de longe.

“O destino é que compôs / Esse drama de ribalta”. (Roberto Ribeiro).

c) Antítese: é a relação entre duas ideias que expressam conteúdos opostos, por meio de palavras, sintagmas,
enunciados.

Ex.: “Tira o seu sorriso do caminho / que eu quero passar com a minha dor...” (Nelson Cavaquinho)

“ Quando mentir for preciso, poder falar a verdade.” (Maria Gadú)

d) Paradoxo: é a fusão de ideias contraditórias, de modo a produzir um enunciado logicamente impossível, expressando
a falsidade do seu próprio conteúdo.

Ex.: “Quem acha vive se perdendo.” (Noel Rosa)

“Sai de si / Vem curar teu mal.” (Maria Gadú)

“Há filosofia bastante em não pensar em nada.” (Fernando Pessoa)

e) Eufemismo: é uma forma de amenizar uma mensagem desagradável, atenuando por meio de expressões amenas.

Ex.: “Quando em meu peito rebentar-se a fibra / Que o espírito enlaça à dor vivente, / Não derramem por mim
nenhuma lágrima / Em pálpebra demente.” (Álvares de Azevedo)

O Senador foi acusado de desvio de verbas.

f) Hipérbole: é o emprego de uma expressão exagerada, dando relevo a uma determinada afirmação.

Ex.: Eram rios de sangue dos heróis da guerra.

“Eu quero beijos intermináveis até que os lábios mudem de cor” (Vanessa da Mata)

g) Ironia: consiste em trazer sentido oposto àquilo que se está enunciando.

Ex.: “Deus lhe pague / Pelo prazer de chorar e pelo estamos aí / Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir / Um crime
pra comentar e o samba pra distrair / Pela cachaça, de graça, que a gente tem que engolir / Pela fumaça, desgraça, que
a gente tem que tossir / Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair.” (Chico Buarque)
h) Gradação: é a sucessão de palavras que formam uma relação semântica de progressividade.

Ex.: “ Não podia acabar de crer que essa figura esquálida, essa barba pintada de branco, esse maltrapilho avelhentado,
toda essa ruína fosse o Quincas Borba.” (Machado de Assis).

“ Oh não aguardes, que a madura idade, / Te converta essa flor, essa beleza, / Em terra, em cinza, em pó, em
sombra, em nada.” ( Gregório de Matos)

i) Sinestesia: é a associação de sensações diferentes.

Ex.: “O silêncio fresco desfolha das árvores.” (Carlos Drummond de Andrade)

Senti um cheiro doce no ar.

3. Figuras de construção ou de sintaxe: nestas figuras, ocorre um desvio na organização sintática da frase, o que
confere especial singularidade e expressão ao enunciado.

a) Hipérbato: é a construção atípica de um enunciado pela alteração da ordem sintática natural.

Ex.: “Sobre a cabeça os aviões / sob os meus pés os caminhões / aponta contra os chapadões meu nariz” (Caetano
Veloso)

Tocava a banda uma música ensurdecedora.

b) Anástrofe: consiste no deslocamento de um termo para uma posição não usual.

Ex.: “De tudo, ao meu amor serei atento / Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto[...].” (Vinícius de Moraes).

“ Amo do nauta o doloroso grito[...].” (Fagundes Varela)

c) Pleonasmo: é a repetição de um termo da oração, causando redundância no enunciado.

Ex.: “Vi claramente visto o lume vivo” (Camões)

“Ó mar salgado, quanto de teu sal são lágrimas de Portugal.” (Fernando Pessoa)

“Tuas palavras antigas / deixei-as todas, deixei-as, / junto com as minhas cantigas, desenhadas nas areias.” (Cecília
Meireles)

d) Anacoluto: é a ruptura da estrutura gramatical pela introdução de um termo, que fica deslocado e sem função
sintática.

Ex.: Aquelas terras, ninguém conseguia pôr os pés nelas.

e) Elipse: omissão de um termo subentendido na enunciação linguística.

Ex.: “No mar, (há)tanta tormenta e tanto dano” (Camões)

f) Zeugma: é a omissão de um termo anteriormente citado

Ex.: “Brindo à casa, brindo à vida, meus amores, minha família” (O Rappa)

g) Assíndeto: ausência de conectivo (normalmente aditivo) numa sequência de palavras.

Ex.: "Soltei a pena, Moisés dobrou o jornal, Pimentel roeu as unhas.” (Graciliano Ramos)

h) Polissíndeto: repetição de conectivo numa cadeia de palavras.

Ex.: "Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre, vacila e grita, luta e ensanguenta, e rola, e tomba, e se espedaça, e morre."
(Olavo Bilac)
i) Anáfora: repetição de palavra no início de frases e versos.

Ex.: "Se você gritasse / Se você gemesse, / Se você tocasse a valsa vienense / Se você dormisse, / Se você cansasse, / Se
você morresse... / Mas você não morre, / Você é duro José!" (Carlos Drummond de Andrade)

j) Hipálage: consiste na relação de um termo com outro que não seria seu complemento correspondente, por uma
transferência de significado.

Ex.: “Mas isso ainda diz pouco: / se ao menos mais cinco havia / com o nome de Severino / vivendo na mesma serra /
magra e ossuda em que eu vivia.” (João Cabral de Melo Neto)

k) Enálage: consiste em atribuir a um verbo um tempo diferente do que seria típico para determinado enunciado.

Ex.: “Se entrega a carta, não teria remorso.” (Machado de Assis)

l) Silepse: é a concordância ideológica, não gramatical entre os termos do enunciado.

Ex.: A grande e concorrida São Paulo. / Vossa excelência está cansado. (silepse de gênero)

A multidão assistia satisfeita, aplaudiam e acreditavam. (silepse de número)

“Brasileiros e latino-americanos fazemos constantemente a experiência do caráter postiço, inautêntico, imitado da


vida cultural que levamos.”(Roberto Schwarz) (silepse de pessoa)

4. Figuras fônicas ou de harmonia: explora o potencial expressivo dos fonemas, manipulando a camada sonora da
linguagem.

a) Aliteração: repetição de fonemas consonantais.

Ex.: “Esperando, parada, pregada na pedra do porto, / Com seu único velho vestido cada dia mais curto.” (Chico Buarque)
b) Assonância: repetição sistemática de vogal tônica ou sílabas idênticas.

Ex.: “Dei pra maldizer o nosso lar / Pra sujar teu nome, te humilhar / E me vingar a qualquer preço / Te adorando pelo
avesso / Pra mostrar que inda sou tua / Só pra provar que inda sou tua…” (Chico Buarque)

c) Paronomásia: consiste no emprego de vocábulos parônimos, ou seja, de termos com grafia e pronúncia bem
semelhantes e significados distintos.

Esta figura é amplamente utilizada para fazer “trocadilhos” propositais e construir ironias, dando grande expressividade
e subjetividade ao discurso.

Ex.: “Na terra da imprevidência, em que só se tomam providências depois da porta arrombada...” (Zuenir Ventura)

“ Os magnetes atraem o ferro; os magnatas o ouro.” (Pe. Antonio Vieira)

d) Onomatopeia: reprodução na escrita do som do que está sendo representado no enunciado.

Ex.: Sino de Belém, como soa bem! / Sino de Belém bate bem-bem-bem. (Manuel Bandeira)

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