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O bom texto é aquele produzido com a organização de palavras que se unem, adequadamente, umas às
outras.
Assim os termos vão se transformando em uma oração, e as orações vão constituir em períodos.
Os períodos formarão parágrafos e a organização em parágrafos formará um texto.
Essa união ou ligação entre elementos de um texto deve apresentar um sentido lógico, coerente. Para isso é
necessário observar as relações de sentido existentes entre eles.
Classes de palavras que contribuem na coesão.
• Conjunção
• Pronomes
• Preposições
Advérbios
Caso os elementos de ligação sejam mal empregados, o texto não apresentará noção de conjunto, ou ainda, sua
linguagem se tornará ambígua e incoerente.
• A mãe pediu para a menina sair do seu quarto.
•
• De quem é o quarto?
• O quarto é da mãe?
• O quarto é da menina?
.O quarto é seu? Uma terceira pessoa.
• A coesão refere-se à forma ou à superfície de um texto.
• Ela é mantida por procedimentos gramaticais, pela escolha do conectivo adequado .
Consiste na conexão dos diversos enunciados que compõem um texto.
A coesão textual é o mecanismo relacionado com elementos que asseguram a ligação entre palavras e
frases, de modo a interligar as diferentes partes de um texto para que possa transmitir sua mensagem com clareza,
fazendo sentido para o leitor e dando-lhe uma melhor fluência na sua leitura.
Está relacionada ao encadeamento das ideias dentro de texto e às referências que fazemos. É ideal que se
siga um fluxo, facilitando a leitura. Quando há a sensação de fluidez, o texto não fica cansativo. Nesse caso,
afirmamos que ele é coeso.
1. Referencial
Exemplos:
Ex.: O fogo acabou com tudo. A casa estava destruída. Da casa não sobrara nada.
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1.2.2 Sinônimo
Para Fávero, definir a Reiteração por Sinônimo é muito difícil, pois não existe um sinônimo verdadeiro, já que
todas as palavras de uma língua tem significado próprio, por mais semelhantes que sejam.
É feita quando se utiliza um sinônimo para referir-se a um termo dito anteriormente.
COESÃO SEQUENCIAL
A coesão sequencial se refere ao desenvolvimento textual propriamente dito por procedimentos de manutenção e
progressão temática. Na prática, é aquela que se estabelece por meio de conectivos, cuja função é, basicamente,
ligar as frases e estabelecer uma relação de sentido entre elas.
As frases transcritas a seguir estão articuladas por meio de conectivos que estabelecem diferentes relações de
sentido:
“Vou ao mercado e já volto.” (ADIÇÃO)
“Não abra a porta para ninguém mesmo que a pessoa insista.” (CONCESSÃO)
“E se for a felicidade?” (CONDIÇÃO)
SE LIGA!
Cuidado com conectivos que podem apresentar diferentes sentidos de acordo com o contexto em que estejam
inseridos. Observem os exemplos a seguir:
I) Como combinamos, não haverá aula amanhã. (CONFORMIDADE)
II) Os manifestantes correram como loucos após os primeiros disparos. (COMPARAÇÃO)
III) Como houve muitas reclamações, o professor anulou a prova. (CAUSA)
Notem que, apesar de o conectivo ser o mesmo nas três sentenças (“como”), as relações de sentido estabelecidas
são completamente diferentes. Nunca deixem de levar o contexto em consideração!
Leia o texto:
O jardineiro conversava com as flores, e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma
cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse
homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.
Em vão, o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o
rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca,
entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida.
O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não
fazendo coisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho.
Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a
mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. "Você o
tratava mal, agora está arrependido?" "Não", respondeu "estou triste porque agora não posso tratá-lo mal. É a
minha maneira de amar, ele sabia disso e gostava".
João Neves era um garoto que morava na cidade de Santa Bárbara. João Neves tinha o apelido de Maçaroca.
João tinha o apelido de maçaroca porque enrolava muito com a bola quando jogava futebol todos os finais de
tarde. João dois amigos. Os amigos de João se chamavam José Pedreira e Antônio Calado. José Pedreira era
muito quieto, Antônio Calado gostava de contar histórias. João Neves, José Pedreira e Antônio Calado eram muito
amigos. João Neves, José Pedreira e Antônio Calado sonhavam um dia serem jogadores de futebol em um
grande time.
2)No texto a seguir há um trecho que, se tomado literalmente (ao pé da letra), leva uma interpretação absurda.
"Um cadáver morto foi encontrado boiando em canal."(Folha de S. Paulo, 2 nov. 1990.)
a) Identifique o trecho problemático.
b) Diga qual a interpretação absurda que se pode extrair desse trecho.
c) Qual a interpretação pretendida pelo autor?
d) Reescreva o trecho de forma que deixe explícita tal interpretação.
3. Estabeleça a coesão do texto abaixo, valendo-se de expressões que substituam o excesso do emprego da palavra "golfinho".
Utilize expressões que, mesmo não-oficiais, possam servir como substitutas.
"O golfinho nada velozmente e sai da água em grandes saltos fazendo acrobacias. É mamífero e, como todos os mamíferos, só
respira fora da água. O golfinho vive em grupos e comunica-se com outros golfinhos através de gritos estranhos que são ouvidos
a quilômetros de distância. É assim que golfinho pede ajuda quando está em perigo ou avisa os golfinhos onde há comida. O
golfinho aprende facilmente os truques que o homem ensina e é por isso que muitos golfinhos são aprisionados, treinados e
exibidos em espetáculos em todo o mundo." Revista Ciência Hoje.
Em Salvador, as gangues dos meninos de rua – que roubam e auxiliam traficantes para andar com roupa e tênis da moda –
sabem que esse guarda-roupa não combina com a imundície dos locais onde dormem, chamados mocós em quase todo o país.
Contornam a dificuldade de banho nos chafarizes das praças ou se valem da
boa vontade de grupos religiosos e donos de lanchonetes que os deixam usar os chuveiros.
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Limpos, fortes e bem vestidos, não passam, porém, por garotos de classe média, como pretendem. São traídos por visíveis
erupções de pele no rosto e nos braços, provocadas por constantes intoxicações.
É esse o resultado da inalação da cola de sapateiro, do consumo de drogas mais pesadas e da alimentação suspeita que obtêm
nas ruas.
Jornal O Estado de São Paulo. Mar 1992. In: FARACO & MOURA. Linguagem nova. São Paulo: Ática. V. 8, p. 53.
B) Explicite o tipo de relação sintático-semântica que se estabelece no texto pelos seguintes itens linguísticos:
Dificilmente alguém será aclamado direito por todos os seres humanos, pois cada um pensa de
uma maneira e tem uma concepção formada do que é certo ou errado.
A pessoa ser considerada direita pelos outros é muito relativo; por exemplo:
se você roubasse algum bem de valor e desse
a seu pai, você poderia ser considerado um bom filho; todavia, perante a sociedade,
essa pessoa seria um ladrão.
Gente direita é alguém que diante do seu modo de pensar, da sua maneira de agir, de sua criação,
do lugar em que habita, tem na sua consciência que aquilo que está fazendo é certo.
Destaque do texto uma passagem em que a conjunção indique as relações lógico-semânticas de:
a) causa:
b) condição:
c) adição:
d) oposição:
À primeira vista,
parece que a chuva devia cair sempre à noite, porque é precisamente quando mais benefícios traz
e menos prejudica nossos afazeres e divertimentos; mas quer ela cais em dias de festa ou de noite, enquan
to dormimos tranqüilamente, a chuva é sempre necessária.
Seus efeitos consistem em penetrar na terra e ser absorvida pelas raízes
das plantas, que dela necessitam para viver. Se não houvesse chuva, a vida seria possível no mar.
Nas regiões onde não há chuva, não há também vida, e
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noutras onde a chuva escasseia ou só cai certas estações do ano, as populações esperam-na e desejam-na,
e até há costume de elevar preces ao céu para que a envie em tempo próprio.
Devemos ver na chuva, por consequência, um agente que limpa e purifica
o ar, alimenta a vida vegetal, da qual depende a nossa e nos fornece
a água de que necessitamos durante todo o ano, nas regiões onde chove bastante.
B) Identifique as relações de sentido que se estabelecem no texto através dos seguintes conectivos.