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Aula 04
AULA 04
SINTAXE
ORAÇÃO E PERÍODO.
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SINTAXE
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Olá, pessoal! Vamos riscar mais alguns itens desse edital??
A análise sintática é o assunto que consolida as aulas anteriores. Embora de modo indireto,
estivemos estudando análise sintática desde o início do curso: na aula de classes, em “preposições”,
vimos adjuntos adnominais e complementos nominais, na aula de verbos, vimos um pouco da
sintaxe verbal, isto é, a necessidade dos verbos terem ou não um complemento (objeto direto e
indireto); em conjunções, vimos as orações subordinadas e coordenadas; por fim, lembramos que
as classes gramaticais (assunto de morfologia) não se dissociam das funções sintáticas (assunto de
sintaxe). Esses assuntos estão totalmente interligados.
Nesta aula, vamos organizar esse conhecimento e focar naquelas funções sintáticas que sua banca
mais gosta de explorar. A aula é bem extensa, mas é completa e traz muitas questões comentadas
(muitas mesmo), porque teoria resumida sem prática apenas perpetua essa sensação de que ‘sintaxe
é muito difícil’. Optei também por não partir a aula porque todos os assuntos são interligados
(sintaxe, orações, funções do QUE e SE) e o entendimento é melhor se vistos como uma unidade.
Vamos lá!
FUNÇÕES SINTÁTICAS
A ordem natural da organização de uma sentença na nossa língua é SuVeCA:
Sujeito + Verbo + Complemento (+ Adjuntos)
Eu comprei uma bicicleta semana passada
Nós gostamos de comer em rodízios
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TERMOS ORACIONAIS:
Uma oração é simplesmente uma frase que tem verbo! As funções sintáticas também podem
aparecer em forma de oração, de modo que a sua “estrutura” será oracional, sempre com um
verbo, mas a análise que faremos será a mesma. Então, um adjetivo que desepenha função de
adjunto adnominal pode aparecer na forma de uma oração adjetiva. Nesses casos, uma oração
exerce uma função sintática na outra, de forma que são sintaticamente dependentes, subordinadas.
Ex: O menino estudioso passa / O menino que estuda passa.
Um adjunto adverbial pode aparecer na forma de uma oração adverbial.
Ex: Estudo no meu tempo livre / Estudo quando tenho tempo livre.
Um sujeito ou um complemento, por exemplo, podem aparecer na forma de oração: substantiva
subjetiva (sujeito oracional) , objetiva direta/indireta (objeto oracional), completiva nominal
(complemento nominal oracional)etc...
Ex: O estudo constante é vital / É importante que eu estude constantemente.
Ex: Anunciei a chegada do circo. / Anunciei que o circo chegaria.
Ex: Tenho medo de viagem aérea / Ex: Tenho medo de voar de avião.
Por isso, quando falarmos das funções, vamos mencionar também suas principais formas, inclusive
a forma oracional. Fique tranquilo caso não esteja familiarizado: a partir de agora, vamos ver em
detalhes cada uma das principais funções sintáticas que os termos de uma oração podem assumir.
SUJEITO E PREDICADO:
Semanticamente, o sujeito é a entidade sobre que se declara algo na oração. O predicado é, via de
regra, a declaração feita a respeito do sujeito.
Sintaticamente, ele é um termo essencial da oração, que normalmente atrai a concordância do
verbo. Então, em uma “regra prática”, o sujeito é o termo que “conjuga” o verbo, justifica o verbo
estar na primeira pessoa, no singular, no plural, etc...
O sujeito tem um núcleo, que é o termo central, mais importante. Normalmente é um substantivo
ou termo de valor substantivo (pronomes, numerais, verbo no infinitivo). Esse núcleo recebe termos
que o “especificam”, “delimitam”: são os chamados determinantes (artigos, numerais, pronomes,
adjetivos, locuções adjetivas...). Nada disso é exatamente novo, mas vamos ver melhor tais análises
nos exemplos.
Nas sentenças abaixo, o sujeito está sublinhado e seu núcleo está em negrito. Vejamos:
Ex: Douglas é um gênio sem diploma. (sujeito simples, há apenas um núcleo, um substantivo)
Ex: Mudaram as estações. (sujeito simples, há apenas um núcleo “estações”; observe que o sujeito
está invertido, isto é, posposto (após) o verbo)
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Ex: Silvério e Everton são muquiranas generosos. (sujeito composto, há mais de um núcleo, há dois
substantivos)
Ex: Nós somos capazes de tudo, se trabalharmos. (sujeito simples, há apenas um núcleo, um
pronome pessoal reto)
Ex: Dois cães ferozes brigaram na padaria. (sujeito simples, há apenas um núcleo, o substantivo
‘cães’, que tem, por sua vez, dois determinantes: o numeral “dois” e o adjetivo “ferozes”)
Ex: Duas de suas amigas foram aprovadas. (sujeito simples, há apenas um núcleo, o numeral ”duas”,
que recebeu o determinante “de suas amigas”, locução adjetiva)
Ex: Estudar diariamente demanda dedicação. (sujeito simples, tem apenas um núcleo, o verbo
“estudar”, esse é o famoso sujeito oracional)
Observe que, como regra, o verbo se flexiona para concordar em número e pessoa com o núcleo
do sujeito.
O restante da sentença foi a ‘declaração’ feita sobre o sujeito, o que chamamos de predicado. Aliás,
essa palavra ”predicado” significa exatamente isto: característica atribuída a um ser; atributo,
propriedade.
Aprofundaremos essas análises, mais a frente, no estudo de cada função sintática.
Voltando ao sujeito, faço um alerta quanto à identificação desse termo:
Em situação de prova, podemos encontrar um sujeito muito extenso, carregado de determinantes
longos, orações adjetivas, termos intercalados. Então, é importante localizar o ‘núcleo’ para então
conferir a concordância:
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do operador do
direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente— se tudo der certo— serão
votadas hoje.
Se retirarmos a “gordura” e localizarmos o núcleo desse enorme sujeito, teremos somente: leis serão
votadas.
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do operador do
direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente— se tudo der certo— serão
votadas hoje.
Então, uma boa análise sintática de período começa pelo verbo, pois ele indicará o número e pessoa
do sujeito e também sua identidade: o que será votado? As leis.
Resumindo: para fazer a análise sintática de um período.
1) Localize o verbo.
2) Identifique a pessoa (1ª, eu, nós; 2ª, tu, vós; 3ª, ele (a), eles(a)) e o número do verbo
(singular/plural)
3) Localize o sujeito (geralmente, o “quem” do verbo e que com ele concorda em pessoa e
número).
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Passaremos agora ao estudo do sujeito e suas diversas formas e classificações. Esse termo é
essencial, pois é a função sintática mais cobrada.
SUJEITO DETERMINADO:
O sujeito determinado é aquele que está identificado, visível no texto, sabemos exatamente quem
está praticando (ou recebendo) a ação verbal. Ele pode tomar diversas formas:
Ex: Ela fuma. (sujeito simples, um núcleo)
Ex: João e Maria fumam (sujeito composto; mais de um núcleo)
O sujeito pode aparecer também na forma de uma oração, isto é, o sujeito vai ser uma estrutura
com verbo:
Ex: Não é surpresa que ele tenha passado. (aqui, o sujeito é uma oração desenvolvida, com
conjunção “que”. Reduzindo essa oração, teríamos: “não é surpresa ele ter passado)
Ex: Exportar mais é preciso. (sujeito oracional do verbo “ser” (“é”), “exportar mais” é uma oração
reduzida de infinitivo, equivalente à forma desenvolvida “É preciso que se exporte mais” > [que se
exporte mais] é preciso. O núcleo desse sujeito é o verbo no infinitivo “Exportar”. Quando o sujeito
é oracional, o verbo fica no singular: [ISTO] é preciso.
IMPORTANTE: Então, temos dois verbos e duas orações. O sujeito de “é” tem forma oracional e o
sujeito de “exportar” é indeterminado, pois não sabemos “quem exporta”.)
Precisamos relembrar aqui o “sujeito passivo”, aquele que “sofre” a ação, em vez de praticá-la.
Ex: [João] foi raptado por estudantes barbudos. (“João” é sujeito, mas não pratica a ação, ele sofre
a ação de ser raptado.)
Ex: Admite-se [que o Estado não pode ajudar.]
[que o Estado não pode ajudar] admite-se/é admitido
[ISTO] admite-se/é admitido
Observe que nessa oração acima, temos voz passiva sintética (VTD+SE), então o sujeito é oracional
E paciente.
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SUJEITO OCULTO/ELÍPTICO/DESINENCIAL:
O sujeito oculto é determinado, pois podemos identificá-lo facilmente pelo contexto ou pela
terminação do verbo (desinência).
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SUJEITO INDETERMINADO:
OBS: não confunda sujeito “indeterminado” com sujeito “desinencial”! O sujeito oculto ou
desinencial é determinado, pois, mesmo que não esteja escrito ou dito na oração, ele pode ser
identificado pela terminação do verbo ou pelo contexto. Com o sujeito indeterminado, isso não
acontece, pois o contexto não é suficiente para determinar quem praticou a ação verbal, ou seja,
quem é o sujeito.
Ex: Aquele banco faliu. Roubaram mais de 20 milhões.
Observe que não está claro quem roubou. Aqui, o sujeito está “indeterminado”.
Ex: Os ladrões foram presos ontem. Roubaram mais de 20 milhões.
Agora, observe que neste caso o sujeito está oculto, porque não aparece escrito na oração. Contudo,
sabemos quem é o sujeito que praticou a ação de roubar 20 milhoes, pela desinência e pelo
contexto: o sujeito de “Roubaram” é o mesmo da oração anterior: “ladrões”. Certo?
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Muitas vezes, o sujeito indeterminado é uma forma de expressar um sujeito universal, algo que
todos fazem, mas sem individualizar um agente em específico. Veja:
Ex: Respira-se melhor no campo.
Verbo de Ligação + SE (Em geral, todos ficam nervosos durante um assalto, temos um sujeito indeterminado,
um agente universal, genérico, não específico).
Dentro dessa regra, temos uma expressão que simplesmente “DESPENCA” em prova: “tratar-se de”
(VTI+SE). Essa expressão, quando tem sentido de assunto/referência ou como uma espécie de
substituto do verbo “ser”, é sempre invariável, indica sujeito indeterminado. Observe os exemplos.
Ex: Ela recebeu uma herança estranha: trata-se de duas moedas de cobre.
Ex: Não foi por amor que ela veio. Trata-se de interesse.
Ex: Não se trata de quem é mais inteligente. Trata-se de quem persiste mais.
Lembramos que o sujeito não deve ter preposição (“de”, por exemplo) no seu início, dessa forma a
expressão que vem após “tratar-se de” jamais poderá ser um sujeito. Além do mais, a preposição
“de” é, nesse caso, exigida pelo próprio verbo “tratar”, o que indica que esse é um verbo transitivo
INDIRETO. Se o termo não é o sujeito, então não vai fazer o verbo se flexionar. Então, o verbo fica
na terceira pessoa do singular.
Por outro lado, se tivermos Verbo Transitivo DIRETO (VTD) + SE, essa estrutura vai indicar voz
passiva pronominal. Abordaremos mais à frente o assunto, mas já adiantamos que diante de VTD +
SE, o verbo vai se flexionar para concordar com o sujeito (paciente), como na frase abaixo:
Ex: Vendem-se casas > Casas são vendidas. (sujeito plural, verbo no plural)
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concordância com nenhuma pessoa, a ação verbal é descrita de maneira vaga, sem revelar o agente
que pratica a ação. Veja:
Ex: Praticar esportes regularmente é muito importante. (o agente é genérico, indefinido; não
determinamos quem vai “praticar esportes”. O sujeito do verbo “praticar” é, portanto,
indeterminado. Já o sujeito do verbo “ser” vai ser a oração sublinhada.)
Ex: Instruções: lavar as mãos com álcool... (quem lava? Agente genérico)
Se o verbo no infinitivo estiver flexionado, então está fazendo concordância com um sujeito visível
na sentença. Nesse caso, não há sujeito indeterminado.
Ex: É necessário passarmos por aquele caminho. (Aqui, a flexão do infinitivo “denuncia” o sujeito
“nós”; então, nesse caso, temos determinação do agente.)
Registre-se que as técnicas de indeterminação do sujeito são estratégias textuais para omitir o
agente de um verbo, caso não queira ou saiba precisar a “autoria” de uma ação.
SUJEITO X REFERENTE:
Sujeito é uma função sintática, tem a ver com o papel funcional e estrutural que um termo
(substantivo, pronome, etc) desempenha na oração.
Referente é um termo semântico, está relacionado à ideia e ao contexto da frase e não
necessariamente coincide com a função sintática do termo a quem se refere. Na maior parte dos
casos, o sujeito e o referente são iguais. Mas é possível o verbo ter um “sujeito” diferente do seu
“referente”. Veja:
Ex: Os meninos jogam futebol. Jogam futebol todas os dias.
(Na primeira oração, “os meninos” é o sujeito de “jogar” e também o referente de jogar, pois são
os meninos que jogam).
(Na segunda oração, “os meninos” é apenas o ‘Referente” de “jogar; sintaticamente, o sujeito está
oculto, omitido, elíptico, mas o referente, no mundo das ideias, é ainda “os meninos”). Observe o
trecho:
[Os meninos] jogam futebol. (Eles = Os meninos) Jogam futebol todas os dias.
Ex: Vi os meninos que jogam futebol.
(Agora, na oração sublinhada, “os meninos” continuam sendo o referente, pois, semanticamente,
são os meninos que jogam. Porém, o sujeito sintático é o pronome “que”. Nesse caso, referente e
sujeito não coincidem).
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sujeito do verbo “existir” (verbo pessoal, com sujeito), por isso há flexão.
IMPORTANTE: Lembre-se de que o verbo haver impessoal (ou outro impessoal que o substitua) vem
sempre no singular e “contamina” os verbos auxiliares que formam locução com ele:
Ex: Há mil pessoas aqui.
Ex: Deve haver mil pessoas aqui.
Ex: Deve fazer 3 anos que não fumo.
Ex: Deve ir para 2 meses que não fumo.
Então, na locução, o verbo auxiliar também fica em forma de singular! Se o verbo for pessoal, como
“existir”, aí o verbo auxiliar se flexiona normalmente:
Ex: Existem mil pessoas aqui.
Ex: Devem existir mil pessoas aqui.
Essa lógica é vista na aula de concordância, mas está estritamente relacionada ao tipo de verbo e à
existência ou não do sujeito.
OBS: Orações como “basta/chega de brigas!”, “era uma vez uma linda princesa” e “dói muito nas
minhas costas, Doutor” também são classificadas como orações sem sujeito.
Alguns verbos não pedem complemento nenhum, pois costumam ter seu sentido completo em si
mesmo. São chamados então de intransitivos:
Ex: Joana corre todos os dias.
Ex: O tempo passa.
Ex: O povo não vive, sobrevive.
Os verbos transitivos são aqueles que exigem um complemento. Se o verbo for transitivo direto, seu
complemento é direto, sem preposição (Vendi carros). Se for transitivo indireto, seu complemento
é indireto, pede uma preposição (Gosto de carros)
O objeto direto é o complemento verbal dos verbos transitivos diretos, sem preposição. O verbo se
liga ao seu objeto diretamente, isto é, “transita” até o complemento sem “passar” por uma
preposição.
Ex: Comprei bombons na promoção. (Comprou o quê? Comprou bombons)
Ex: Pedi ajuda logo no início. (Pediu o quê? Pediu ajuda.)
O OD também pode ter forma de uma oração:
Ex: Pedi que me ajudassem logo no início.
(Pediu o quê? Pediu algo. Pediu que o ajudassem. Pediu [ISTO])
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Nesse caso, o objeto direto será uma oração subordinada substantiva objetiva direta, ou, em
termos mais simples, um objeto direto oracional. Não se preocupe com esse nome, essas orações
são estudadas na aula de conectivos e serão detalhadas adiante nesta aula.
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Comentários:
Sim, temos dois objetos diretos; no segundo caso, veio em forma de pronome, para evitar repetição.
Intermediar [o impacto estrangeiro]
Reduzindo [o impacto estrangeiro] Questão correta.
É o complemento verbal dos verbos transitivos indiretos. O verbo se liga ao seu objeto
indiretamente, por via de uma preposição.
Ex: Não dependa de ninguém para estudar. (Quem depende, depende de algo/alguém).
Ex: Aludi ao episódio do acidente. (Quem alude, alude A algo/alguém).
Ex: Concordo com você. (Quem concorda COM algo/alguém).
O objeto indireto também pode ter forma de uma oração (oração subordinada substantiva objetiva
indireta):
Ex: Nenhum gato gosta de que puxem seu rabo. (oração desenvolvida)
Ex: Não gosto de dormir tarde. (oração reduzida)
O objeto indireto também pode vir em forma pleonástica (repetida)
Ex: “Às violetas, não lhes poupei água”.
Ex: Aos meus amigos, dou-lhes tudo que posso.
Os “pronomes” exercem função de objeto indireto pleonástico, pois apenas repetem o objeto
indireto que já estava na sentença.
Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento direto
por motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse caso, teremos um objeto direto, mas
“preposicionado”. Vejamos os casos mais relevantes para os concursos:
Principais casos:
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Ex: Encontrou o funcionário a quem tinha demitido. (“demitir” é VTD, mas o complemento “quem”
pede essa preposição “a”.)
✓ Quando o objeto direto for verbo no infinitivo, com os verbos “ensinar” e “aprender”.
Ex: Meu irmão tentou me ensinar a surfar, mas nem aprendi a nadar. (“Surfar” é objeto direto de
“ensinar”; “nadar” é o objeto direto do verbo “aprendi” e, por estar no infinitivo, a preposição “a”
também é obrigatória)
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✓ Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto direto para dar-lhe realce:
Ex: A você é que não enganam!
Obs 2: A substituição do objeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo átono, se possível,
deve ser feita com pronome “o”, “a”, “os”, “as”, não se faz com –“lhe”.
Amar a Deus -> amá-lo; convencer ao amigo -> convencê-lo.
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COMPLEMENTO NOMINAL:
ADJUNTO ADNOMINAL:
Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.
Núcleo
Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome “carros” e atribuem a ele
características como quantidade, qualidade, posse. Observe que esses termos não foram exigidos
pelo nome “carros”, mas sim acrescentados por quem fala ou escreve.
Vejamos outros exemplos de adjunto adnominal:
Ex: O pobre do rapaz atropelou o azarado do gato.
Ex: Ouro em pó/em barras.
Ex: Barco a vela/a vapor/a gasolina
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ATENÇÃO!
Semelhanças:
Essas duas funções sintáticas, CN e AA, só ficam parecidas em um caso: substantivo abstrato com
termo preposicionado (“de”). Nesse caso, teremos que ver alguns critérios de distinção.
O termo preposicionado tem sentido agente: adjunto adnominal.
O termo preposicionado pode ser substituído por uma palavra única, um adjetivo
equivalente: adjunto adnominal.
✓ O termo preposicionado tem sentido paciente, de alvo: Complemento Nominal.
✓ O termo preposicionado pode ser visto como um complemento verbal se aquele nome for
transformado numa ação: Complemento Nominal. Isso ocorre porque o complemento
nominal é “como se fosse” o objeto indireto de um nome.
Vamos analisar os termos sublinhados e aplicar essa teoria:
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O abuso000
de remédios é prejudicial à saúde da mulher.
“de remédios” se liga a substantivo abstrato (“abuso” – derivado de ação) e tem sentido passivo.
Por isso, não pode ser adjunto, é complemento nominal. “à saúde” é termo preposicionado ligado
a adjetivo (“prejudicial”). Se o termo é ligado a adjetivo ou advérbio, não há dúvida, é
complemento nominal. Para confirmar isso, observe que o sentido é passivo, pois “a saúde é
prejudicada.
Já “da mulher” se liga ao substantivo “saúde”, que é abstrato. A mulher é agente, tem a saúde e há
claro sentido de posse; então, temos um adjunto adnominal. Para confirmar isso, poderíamos
substituir a locução “da mulher” pelo adjetivo “feminina”, mantendo exatamente o mesmo sentido
e função sintática. Estamos fazendo um exercício, nem sempre todos os critérios serão satisfeitos ao
mesmo tempo. A principal distinção deve sempre ser: “sentido passivo” (CN) x sentido ativo/posse
(AA)
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A) O critério é só emotivo...
B) para gozar da plenitude de direitos...
C) Tudo caminha para que os animais de estimação se integrem...
D) um ex-marido reivindica o direito de visitação à cadela...
E) estamos condenados a agir com incoerência.
Comentários:
“mais entusiasmados” está ligado ao núcleo “militantes”, especificando seu sentido, sendo um
termo acessório. Temos então, um adjunto adnominal, na forma de um adjetivo. Em “animais de
estimação”, “de estimação” é locução adjetiva ligada ao núcleo animais, outro adjunto adnominal.
Vejamos as demais:
A) O critério é só emotivo... (predicativo do sujeito)
B) para gozar da plenitude de direitos...(objeto indireto)
D) um ex-marido reivindica o direito de visitação à cadela... (complemento nominal- observe que
temos substantivo abstrato derivado de ação e o termo “à cadela” tem sentido passivo: a cadela
será visitada)
E) estamos condenados a agir com incoerência. (adjunto adverbial— agir incoerentemente)
Gabarito letra C.
PREDICATIVO DO SUJEITO:
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Ex: João não é mau, mas Maria o é. (Predicativo na forma de pronome demonstrativo)
Atenção: Se um desses verbos aparecer com uma circunstância adverbial, e não uma qualidade do
sujeito, este vai ser um verbo intransitivo, não verbo de ligação.
Ex: O homem permaneceu no bar todo o tempo. (“no bar” é circunstância de lugar; “todo o tempo”
é circunstância de tempo. Nesse caso, “Permaneceu” é Verbo Intransitivo, não é verbo de ligação!)
Ex: A professora saiu atrasada. (O verbo “sair” é intransitivo, e, mesmo assim, o “atrasada” é
predicativo do sujeito. Não é só verbo de ligação que acompanha predicativo do sujeito! Quando
ocorre ao lado de um verbo de “ação”, o predicativo do sujeito indica o “estado/caracterização” do
sujeito no momento da prática daquela ação.)
10. (FCC / Câmara Legislativa do Distrito Federal / Técnico Legislativo / 2018)
O segmento destacado em Há livros que apenas terão isso dos seus autores exerce a mesma
função sintática do segmento destacado em:
A) eu conheço de vista e de chapéu.
B) vê se deixas essa caverna do Engenho Novo.
C) A viagem era curta.
D) – São muito bonitos.
E) a casa é a mesma da Renânia.
Comentários:
O verbo “haver” impessoal não tem sujeito, apenas objeto direto. O outro termo com essa função
está em: vê se deixas essa caverna do Engenho Novo. (deixar ALGO). Em D e E, temos predicativos
do sujeito, introduzidos pelo verbo de ligação “ser”. Em C, temos sujeito simples. Em A, temos
adjunto adverbial, pois o termo dá o modo de conhecer. Gabarito letra B.
PREDICATIVO DO OBJETO:
Qualificação/estado que se atribui ao objeto, por via de alguns verbos específicos (verbos
transobjetivos), aqueles que pedem um objeto + predicativo.
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que o adjetivo permaneceu sempre “junto ao nome”, o que confirma sua função sintática de
“adjunto adnominal”.
TIPOS DE PREDICADO:
Agora que sabemos reconhecer um predicativo, fica bem mais fácil conhecer o predicado e seus
tipos.
Os termos “essenciais” de uma oração são “sujeito” e “predicado”. Numa oração, tudo que não for
o sujeito será o PREDICADO. A depender de qual for seu núcleo, o predicado pode ser verbal,
nominal ou verbo-nominal.
O PREDICADO VERBAL tem como núcleo um verbo nocional (transitivo ou intransitivo), que indica
“ação”, “movimento”: correr, falar, pular, beber, sair, morrer, pedir.
Ex: João comprou um rifle. (predicado verbal, verbo de ação “comprar”, transitivo direto)
Ex: João gosta de música celta. (predicado verbal, verbo de ação “gostar”, transitivo indireto)
Ex: João correu. (predicado verbal “correr”, verbo de ação, intransitivo)
João é o sujeito e o restante da sentença é o predicado verbal.
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O PREDICADO NOMINAL tem como núcleo um predicativo do sujeito, termo que atribuiu uma
característica, qualidade, estado, condição ao sujeito. Essa característica vai ser ligada ao sujeito
SEMPRE por um verbo de ligação (verbos de estado: ser, estar, ficar, permanecer, parecer,
continuar, andar).
Teremos a seguinte estrutura:
Verbo de Ligação + Predicativo do Sujeito
Ex: João parece melancólico.
Ex: João tornou-se rancoroso.
Ex: João está empolgado.
Ex: João anda animadíssimo.
Ex: João é servidor público.
O predicado VERBO-NOMINAL, por sua vez, é uma mistura dos dois acima: tem verbo de ação e tem
também predicativo.
Teremos a seguinte estrutura:
Verbo (não de ligação)+ Predicativo (do sujeito ou do objeto) Para efeito didático, vamos “quebrar”
essa estrutura em duas possibilidades:
1) Verbo de ação intransitivo + Predicativo do sujeito
Ex: João saiu triste.
Ex: João sorriu desconfiado.
Ex: João, cansado, desistiu.
OBS: Aqui, temos não só a ação, mas também um estado/característica atribuído ao sujeito no
momento da ação.
Já podemos tirar algumas conclusões:
Só o predicado verbal não tem predicativo.
Predicativo pode acompanhar também verbos que não sejam de ligação.
Vamos à segunda possibilidade de predicado verbo-nominal, dessa vez com um predicativo ligado
ao objeto do verbo.
2) Verbo de ação transitivo + Predicativo do objeto
Ex: João achou a menina melancólica.
Ex: João julgou o réu culpado.
Ex: O povo elegeu o réu presidente.
Ex: Os pais tornaram os meninos atletas.
Ex: Douglas gosta da mãe animada.
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Comentários:
O segmento é “predicativo do objeto”, pois o sujeito atribui uma designação ao objeto, que aqui
veio na forma de um pronome e retoma Giordano Bruno.
A multidão (sujeito) declarava Giordano Bruno (objeto direto) herético impenitente e obstinado
(predicativo do objeto). Item incorreto.
VOCATIVO:
APOSTO:
Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da
oração, normalmente com uma relação de “equivalência” semântica .
O aposto pode ser explicativo, quando amplia, detalha, enumera, resume um termo anterior; ou
pode ser especificativo, quando especifica o referente dentro de um universo.
O aposto mais comum em prova é o explicativo, que vem na forma de expressões intercaladas,
geralmente entre vírgulas, parênteses ou travessões.
Cuidado: a aposto é diferente do adjetivo (AA), pois não traz uma qualidade, traz sim “outra forma”
de se referir ao termo. O aposto não tem valor adjetivo.
Ex: Jorge, o malandro, ainda é jovem. (substantivo>aposto)
Poderíamos dizer: O malandro ainda é jovem.
Agora, compare o exemplo anterior com o a seguir:
Ex: Jorge, malandro, ainda é jovem. (adjetivo>predicativo do sujeito)
O aposto, pela sua identidade semântica, em alguns casos, pode até substituir o termo a que se
refere, assumindo sua função sintática, ou seja, quando se refere ao sujeito, pode virar o sujeito;
quando se refere ao objeto direto, pode virar objeto direto...
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“a babá” é termo explicativo que vem entre vírgulas e pode substituir o sujeito Maria: A babá virou
empresária. É um aposto do sujeito.
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ADJUNTO ADVERBIAL:
É a função sintática do termo que se refere ao verbo para trazer uma ideia de circunstância, como
tempo, modo, causa, meio, lugar, instrumento, motivo, oposição.
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Observe que fatores como o tipo de verbo, a pontuação ou ausência dela pode influenciar na função
sintática. Veja que o mesmo adjetivo pode assumir ou participar de várias funções sintáticas:
O menino continua rico. (predicativo do sujeito – o sujeito é rico)
O menino fez o pai rico. (predicativo do objeto – o pai -objeto- ficou rico)
O menino rico tinha carros esportivos (adjunto adnominal – junto ao nome)
O menino, rico, tinha carros esportivos. (*predicativo do sujeito – separado)
Rico, o menino tinha carros esportivos. (*predicativo do sujeito – separado)
O menino, um rico, tinha carros esportivos. (aposto – O menino = um rico)
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O menino, apesar de ser rico, vivia endividado. (adjunto adverbial – indica concessão)
Menino rico, ajude-me. (vocativo – o menino rico é o ouvinte)
*Observe que nos exemplos 4 e 5, o adjetivo com função de predicativo tem sentido cumulativo de
causa (rico = porque era rico).
AGENTE DA PASSIVA:
Na voz ativa, o sujeito pratica a ação. Na voz passiva, ele sofre a ação e quem a pratica é justamente
o “agente da passiva”. Em outras palavras, é o agente de do verbo numa sentença na voz passiva.
Quando transpomos a voz ativa para a passiva analítica, o sujeito vira agente da passiva e o objeto
direto vira sujeito paciente.
Ex: Eu comprei um carro > Um carro foi comprado por mim.
Sujeito Verbo OD Sujeito Locução agente da passiva
agente Voz ativa paciente voz passiva
O agente da passiva geralmente é omitido na passiva sintética e também pode ser introduzido pela
preposição “de”.
Ex: O mocinho foi cercado de zumbis.
16. (FCC / BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande.
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato. Através dessas atividades,
consolidaram um mercado interno e desenvolveram a camada média da população. E, embora
o poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores das estâncias e charqueadas, o
poder econômico dos imigrantes foi, aos poucos, se consolidando.
Julgue o item a seguir.
É exemplo de objeto direto o termo sublinhado em fosse detido pelos grandes senhores.
Comentários:
Temos “agente da passiva”, pois, na voz passiva, este termo seria o sujeito agente:
Embora grandes senhores detivessem o poder político (voz ativa).
embora o poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores (voz passiva) Questão incorreta.
17. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA / 2018)
São exemplos de uma mesma função sintática os elementos sublinhados no segmento:
Toneladas de acontecimentos estão cimentadas pela força do lirismo.
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Comentários:
O termo pela força do lirismo é um agente da passiva, pois a voz ativa seria:
A força do lirismo cimenta toneladas de acontecimentos
O termo “de acontecimentos” é um determinante, um adjunto adnominal de “toneladas”.
Questão incorreta.
18. (FCC / MPE-PB / Analista de Sistemas / 2015)
Os elementos que exercem a mesma função sintática encontram-se sublinhados em:
a) Essa rapidez impede que os olhos desfrutem da paisagem / Um filme de Elvis Presley.
b) sem que disso as pessoas se deem conta / Passa-se em segundos por séculos de civilização...
c) Passa-se em segundos por séculos de civilização / Sensação de que se é parte de um cenário.
d) Não cabem passos lentos, olhares perdidos / ... o espaço se transforma em cenário...
e) lobbies que se comunicam / Na praia de Waikiki, os hotéis têm...
Comentários:
a) desfrutem da paisagem (objeto indireto) / Um filme de Elvis Presley (adjunto adnominal).
b) as pessoas se deem conta (sujeito) / por séculos de civilização (adjunto adverbial).
c) em segundos (adjunto adverbial)/parte de um cenário (adjunto adnominal).
d) Não cabem passos lentos (sujeito, está posposto; Caber é VI) / ... o espaço se transforma em
cenário... (sujeito). Resposta da questão.
e) que se comunicam (sujeito) / Na praia de Waikiki
Atenção aqui: a expressão inteira é um adjunto adverbial de lugar; a palavra praia é o núcleo,
modificado pelo aposto especificativo “de Waikiki”. Este termo NÃO é adjunto adnominal, é aposto
especificativo/designativo porque é um nome próprio que especifica um nome comum e não há
sentido de posse. Gabarito letra D.
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Ex: Que matéria fácil! / Fogo! / Cão Feroz / Arraial do cabo a 50km.
Se tiver verbo, será uma frase verbal, isto é, uma oração.
Ex: Comprei um cachimbo./ Ned Stark foi decapitado!
Oração é a frase verbal. A marca da oração é ter verbo. Por essa razão, nem toda frase é oração.
Ex: Cuidado com o cão.
Como não tem verbo, é frase nominal, não é oração.
Período é a frase vista como um todo, podendo conter uma ou mais orações dentro dele. Um
período com somente uma oração é um período simples e essa oração será chamada de oração
absoluta, pois é uma frase de sentido completo, com verbo e não ligada a nenhuma outra; um
período com mais de uma oração é um período composto e essas orações poderão estar ligadas por
coordenação ou subordinação.
COORDENAÇÃO X SUBORDINAÇÃO:
Na prática, o período é a unidade de texto que vai até uma pontuação definitiva, que exija um
recomeço com letras maiúsculas: um ponto final (.), uma exclamação (!), uma reticência (...) ou uma
interrogação (?). Para contarmos orações, o mais prático é contar os verbos!
O período composto pode conter orações coordenadas, subordinadas ou ambos os tipos, quando
será chamado de período misto.
Muita teoria?? Vamos ver isso tudo na prática! Observe o parágrafo abaixo:
Que dia! 1Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café. 1Assim que saí, 2percebi 3que
tinha esquecido meu celular, 4porque eu tinha deixado em cima da mesa e 5nem lembrei... 1Apesar
de ter esse contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário. Sou sortudo demais ou não?
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Vejamos agora como as ligações nos períodos compostos se relacionam. Segue abaixo um período
composto por coordenação:
1
Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café.
As orações do período acima estão unidas por coordenação, uma não depende sintaticamente da
outra, pois, ainda que separadas, ambas têm sentido completo, autonomia, ou seja, são frases.
Ex: Acordei atrasado para o trabalho. (sentido completo)
Ex: Saí sem tomar café. (sentido completo)
1
Apesar de ter esse contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário.
As orações do período acima estão unidas por subordinação, a subordinada depende sintaticamente
da principal, pois, quando separadas, a oração dependente não tem sentido completo, é
“fragmento”, ou seja, não forma frase.
Ex: Cheguei ao trabalho no horário. (sentido completo)
Ex: Apesar de ter esse contratempo... (sem sentido; fragmento; falta algo...)
O período misto é aquele que tem orações de ambos os tipos, misturadas.
1
Assim que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu tinha deixado em cima da
mesa e 5nem lembrei...
Veja a mistura de tipos de orações: A oração 1 é subordinada temporal da 2; a 3 é subordinada
substantiva objetiva direta da 2 (é OD de “perceber”); a 4 é subordinada causal em relação à 3. A
oração 5 é coordenada aditiva em relação à 2.Temos, então, coordenação e subordinação, ou seja,
um período misto.
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Essa estrutura complexa é a mais recorrente em prova, temos que treinar nosso olho para ver tais
relações.
Um outro detalhe: termos “coordenados” são termos listados, organizados, que têm a mesma
função sintática.
Ex: Comprei 1roupas, 2calçados, 3acessórios.
As orações 2 e 3 são subordinadas, pois exercem função sintática na oração principal, “quero”.
Observe que elas são Objetos Diretos do verbo “querer”. Porém, elas estão sendo “organizadas” por
uma conjunção coordenativa, o “e”. Veja bem, não é que a oração deixou de ser subordinada, ela
apenas está sendo listada, coordenada por um elemento coordenativo. Então, duas orações
subordinadas estão “coordenadas” no período.
OBS: Para contar orações, basicamente temos que contar os verbos. Contudo, em alguns casos,
teremos mais de um verbo e apenas uma oração:
1) Quando houver locução verbal: “Tentamos ser felizes”
2) Quanto tivermos um verbo expletivo, como na expressão ‘ser+que’: “Minha mãe é que manda na
casa”
É possível também haver duas orações e um verbo estar implícito. Isso ocorre com as orações
comparativas: Trabalho tanto quanto meu concorrente (trabalha).
Cuidado com verbos causativos (deixar, fazer, mandar etc) e sensitivos (ver, ouvir, sentir etc), que
formam falsas locuções verbais. As formas “deixe aborrecer”, “fez desistir”, “mandei ir” etc. NÃO
SÃO LOCUÇÕES VERBAIS, MAS DUAS ORAÇÕES EM UM PERÍODO COMPOSTO.
ORAÇÕES COORDENADAS:
Esse conteúdo é estudado na parte de “conjunções e conectivos”. Contudo, precisamos revê-lo,
agora com um olhar mais “sintático”.
Orações coordenadas são independentes, isto é, não exercem função sintática em outra, ao contrário
das subordinadas, que exercem função sintática na oração principal (funções como sujeito, objeto,
adjunto adverbial etc).
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Na prática, é como se tivéssemos duas orações principais, perfeitas e completas em seu significado.
As orações coordenadas são ligadas por conjunções coordenativas. Por terem conector (síndeto), são
chamadas de sindéticas. As que não trazem conjunção são chamadas de assindéticas.
As sindéticas podem ser Conclusivas, Explicativas, Aditivas, Adversativas e alternativas. (Mnemônico
C&A).
➢ Orações coordenadas conclusivas, introduzidas pelas conjunções logo, pois (deslocado,
depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim, sendo assim, desse modo.
Ex: Estudei pouco, por conseguinte não passei.
➢ Orações coordenadas explicativas, introduzidas pelas conjunções que, porque, pois (antes do
verbo), porquanto.
Ex: Estude muito, porquanto não vai vir fácil a prova.
➢ Orações coordenadas aditivas, introduzidas pelas conjunções e, nem (= e não), não só... mas
também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.
Ex: Comprei não só frutas, como legumes.
➢ Orações coordenadas adversativas, introduzidas pelas conjunções mas, porém, contudo,
todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Ex: Estudei pouco, não obstante passei no concurso.
➢ Orações coordenadas alternativas, introduzidas pelas conjunções ou, ou... ou, ora... ora, já...
já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
Ex: Ou você mergulha no projeto ou desiste de vez.
19. (FCC / SEFAZ-BA / AUDITOR / 2019)
Atente para o que se afirma abaixo a respeito do fragmento De tão difícil e cruel,
a vida parece impossível e no entanto o povo vive, luta, ri, não se entrega.
Na sequência de orações coordenadas, a última assinala noção de finalidade.
Comentários:
De fato, temos uma sequência de orações coordenadas, separadas por vírgulas. Contudo, essas
orações são ligadas à ideia de oposição introduzida pelo “no entanto” da primeira oração. Não há
sentido de finalidade. Questão incorreta.
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O detalhe mais relevante sobre essas orações é diferenciar uma oração subordinada adverbial
adjetiva restritiva de uma explicativa. Vejamos:
Orações adjetivas explicativas são aquelas que acrescentam uma informação sobre o antecedente,
embora já definido, ampliando os dados e detalhes sobre ele. São informações acessórias, mas são
importantes para a construção de sentido. Devem ser marcadas com vírgulas.
Vamos comparar:
Ex: Meu aluno, que mora no interior, estuda on-line.
Observe que, por ser uma informação acessória, uma explicação, uma ampliação de sentido. Meu
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aluno estuda on-line (e ele mora no interior). Temos, então, uma oração adjetiva explicativa.
Se retirarmos a vírgula, teremos uma oração restritiva e o sentido vai mudar:
Ex: Meu aluno que mora no interior estuda on-line.
Agora temos vários alunos e somente um deles estuda online, aquele aluno específico que mora no
interior.
IMPORTANTE: A banca sempre pergunta se a retirada das vírgulas vai afetar as relações de sentido.
Afeta sim, pois acarreta a passagem de explicativa para restritiva.
Ex: Meu filho, que mora em Brasília, toca violão. (explicativa, COM VÍRGULA).
Ex: Meu filho que mora em Brasília toca violão. (restritiva, SEM VÍRGULA).
A retirada das vírgulas na segunda oração muda completamente o sentido, pois poderemos
entender que há mais de um filho e especificamente aquele que mora em Brasília toca violão. Na
primeira oração, só se infere a existência de um único filho.
O mesmo raciocínio vale para um adjetivo que venha entre vírgulas.
Ex: O menino, cansado, foi dormir. (valor explicativo, de mero acréscimo).
Ex: O menino cansado foi dormir. (restringe, delimita qual “menino”).
OBS: RESTRIÇÃO IMPOSSÍVEL.
Em alguns casos, por razões semânticas, somos obrigados a usar vírgula, pois não há
possibilidade de haver oração restritiva. Isso ocorre com seres que já são individualizados,
particularizados, únicos, como os substantivos próprios.
Ex: O grande Machado de Assis, que escreveu Quincas Borba, era um gênio.
Posso suprimir as vírgulas? Não! Pois isso daria ideia de que há vários Machados de Assis e meu
comentário se restringe a um Machado de Assis específico, aquele que escreveu Quincas Borba.
Essa restrição seria absurda, pois só há um!
Esse raciocínio vale também para outros termos que particularizam o substantivo:
Ex: O romance “O Guarani”, de José de Alencar, narra as aventuras do índio Peri.
Se retirarmos essas vírgulas, teremos um sentido retritivo de que há vários romances chamados
“O Guarani” e somente o de José de Alencar narra aventuras de Peri.
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OBS: Aproveito para ressaltar que a expressão “haja vista” tem sentido de causa: equivale ao das
locuções prepositivas devido a, por conta de, por causa de.
Em alguns casos, pode haver séria dúvida ou até confusão por parte da banca quanto à diferenciação
de ‘causa e explicação’. Isso ocorre justamente porque a causa também explica. Mesmo os
gramáticos reconhecem que não há limites claros, então você também não deve perder o sono
querendo resolver essa questão, até porque a banca não pedirá isso. Nas raras questões em que a
diferença entre causa e explicação é pedida explicitamente, o aluno deve aplicar os critérios vistos
na aula de conectivos.
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Ex: Li um livro que explicava esse tema. (oração desenvolvida: verbo conjugado, no pretérito
imperfeito; pronome relativo “que”)
Vejamos agora uma reduzida de particípio:
Ex: Terminado o serviço, foi embora. (oração reduzida de particípio: verbo no particípio; sem
conjunção)
Ex: Assim que terminou o serviço, foi embora (oração desenvolvida: verbo conjugado, no pretérito
perfeito; conjunção temporal “assim que”)
Cuidado: na conversão, temos que manter o tempo correlato da oração principal e também a voz
verbal. Ao inserir a conjunção “que”, o verbo tende a ir para o subjuntivo.
Vamos ver aqui alguns exemplos de orações reduzidas de infinitivo, pois são as mais cobradas,
especialmente as substantivas, pois desempenham maior variedade de funções sintáticas.
1 - Subordinadas Substantivas
a) Subjetivas: Não é legal comprar produtos falsos.
b) Objetivas Diretas: Quanto a ela, dizem ter se casado.
c) Objetivas Indiretas: Sua vaga depende de ter constância no objetivo.
d) Predicativas: A única maneira de passar é estudar muito.
e) Completivas Nominais: Ele tinha medo de reprovar.
f) Apositivas: Só nos resta uma opção: estudarmos muito.
2 - Subordinadas Adverbiais
a) Causais: Passei em 1º lugar por estudar muito.
b) Concessivas: Apesar de ter chorado antes, sorriu na hora da posse.
c) Consecutivas: Aprendeu tanto a ponto de não ter outra saída senão passar.
d) Condicionais: Sem estudar, ninguém passa.
e) Finais: Eu estudo para passar, não para ser estatística.
f) Temporais: Ao rever a ex-professora, ele se emocionou.
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3 - Subordinadas Adjetivas
Ex. Ela não é mulher de negligenciar os filhos. (...que negligencia)
Ex. Esse é o último livro a ser escrito por Machado de assis. (...que foi escrito...)
OBS: Nem sempre o sentido de uma oração reduzida é óbvio e indiscutível, de modo que a conversão em oração
desenvolvida (e vice-versa) pode ser feita de mais de uma maneira, tudo vai depender do contexto.
Ex: Em se plantando, tudo dá. (Quando plantamos – tempo/Se plantarmos – hipótese)
Ex: Quando o verão chegar, ficaremos felizes. (Ao chegar o verão/ Chegado o verão/ Chegando o verão)
Além disso, há diversas orações reduzidas fixas, “cristalizadas” na língua, que não conseguimos desenvolver:
Ex: Coube-nos pagar a conta.
Ex: Não há mais tentar ou negociar agora
Ex: Ele, além de ser bonito, era gentil.
Ex: “Em vez de você viver chorando por ele, pense em mim...”
Ex: Longe de desanimar, empolgou-se.
Ex: Não faz outra coisa senão estudar.
Portanto, não enlouqueça tentando dar o “sentido” de todas as orações e fazer a conversão em cada caso. Não é viável
nem é necessário para a prova, ok?
26. (FCC / BANRISUL / Escriturário / 2019)
Julgue o item a seguir:
A partir da década de vinte do século XIX, o governo brasileiro resolveu estimular a vinda de
imigrantes europeus, para formar uma camada social de homens livres.
A oração destacada para formar uma camada social de homens livres tem valor causal.
Comentários:
Temos aqui uma oração subordinada adverbial final, que indica propósito, objetivo; não expressa
finalidade. Questão incorreta.
27. (FCC / ISS SÃO LUIZ / AUD. FISCAL DE TRIBUTOS / 2018)
E Jaurès, respondendo a um deputado socialista que lhe censurava a comunhão solene da filha:
“Meu caro colega, você sem dúvida faz o que quer de sua mulher, eu não”, marcava com grande
precisão a fronteira entre sua existência de político e sua vida privada.
Sobre o que se tem no trecho acima transcrito, comenta-se com propriedade:
O desenvolvimento da oração reduzida respondendo a um deputado socialista deve gerar a
forma “ao responder”.
Comentários:
Ao responder também é uma oração reduzida; especificamente, é uma oração subordinada
adverbial temporal reduzida de infinitivo. Questão incorreta.
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Então, vamos ver melhor a análise sintática de uma oração substantiva, aquela introduzida por
conjunção integrante e substituível por ISTO. Cai muuuito!
Estava claro [que ele era preguiçoso.]
Estava claro [ISTO]
Isto estava claro. A oração tem função de sujeito.
Quero [que você se exploda!]
Quero [ISTO]
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Comentários:
A expressão (SER + QUE) é expletiva: é enfática e pode ser retirada. Relembre:
Foi ela que te ajudou>Ela te ajudou.
Eu é que não vou pagar>Eu não vou pagar
Foi com o samba que João rompeu> Com o samba João rompeu...
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Nesse caso, não inicia oração, não é conjunção nem pronome relativo.
Questão incorreta.
Para efeito de análise sintática, interessa saber as funções que o “QUE” pode assumir quando for
pronome relativo.
O pronome relativo introduz orações adjetivas e retoma o termo antecedente, pois tem função
anafórica e remissiva.
Para identificarmos a função sintática do pronome relativo, temos que olhar para o termo que ele
retoma e atribuir a mesma função sintática desse referente.
Então basicamente devemos seguir três passos:
1) Isolar a oração adjetiva, iniciada pelo “QUE” pronome relativo.
2) Dentro dessa oração, substituir o “QUE” por seu antecedente.
3) Organizar a oração e analisar a função do antecedente que substituiu o pronome. A função que
esse termo assumir é a função do “QUE”. Vejamos:
✓ Sujeito: Estes são os atletas que representarão o nosso país. (atletas representarão)
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✓ Predicativo do Sujeito: Ela era a esposa que muitas gostariam de ser. (ser a esposa)
✓ Agente da Passiva: Este é o animal por que fui atacado. (atacado pelo animal)
✓ Adjunto Adverbial: O acidente ocorreu no dia em que eles chegaram. (chegaram no dia).
33. (FCC / Câmara Legislativa do Distrito Federal / Técnico Legislativo / 2018)
O segmento sublinhado em Para mim, é mais fácil escrever um romance de 200 páginas...
(exerce a mesma função sintática do segmento sublinhado em:
A) ... o leitor, que não precisa de teoria, sabe exatamente...
B) ... acabo de ler dois ótimos livros de contos...
C) O atávico país rural (...) explode em todos os poros da cidade moderna.
D) ... Como diz o narrador do conto "Sempre assim", “é tudo uma engrenagem muito maior”.
E) Essa é uma questão comercial...
Comentários:
Quem escreve vai escrever algo, então “um romance de 200 páginas” é um complemento sem
preposição do verbo “escrever”, é objeto direto de “escrever”.
O mesmo ocorre em ... acabo de ler dois ótimos livros de contos..., “dois ótimos livros de contos” é
objeto direto de “ler”.
Vejamos as demais:
C) O atávico país rural (...) explode em todos os poros da cidade moderna (adjunto adverbial)
D) ... “é tudo uma engrenagem muito maior” (sujeito— apenas está invertido: tudo é uma
engrenagem).
E) Essa é uma questão comercial (predicativo do sujeito)...
A letra A merece um comentário à parte, pois a banca pede aqui a função sintática do pronome
relativo: ... o leitor, que não precisa de teoria, sabe exatamente...
O procedimento basicamente é isolar a oração adjetiva:
[que não precisa de teoria]
Substituir dentro dela o “que” pelo seu antecedente (o leitor):
[o leitor não precisa de teoria]
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Depois a analisar normalmente e saber que a função que o antecedente tiver nessa análise será a
função do “que”.
Vejamos: quem não precisa de teoria? O leitor não precisa de teoria. O leitor seria o sujeito nessa
análise, portanto o “que” é o sujeito da oração adjetiva. Gabarito letra B.
34. (FCC / SABESP / TÉCNICO EM GESTÃO / 2018)
Está correto o que se afirma em:
Em por que é que se precisa desse museu? (2º parágrafo), a supressão do segmento sublinhado,
por ser expletivo, acarreta erro de sintaxe à frase.
Comentários:
Incorreto. Justamente o contrário: por ser expletivo, NÃO acarreta erro de sintaxe à frase.
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Acompanham verbos que indicam ações que podem ser praticadas na própria pessoa ou em outra.
Pronome recíproco:
Ex: Irmão e irmã se abraçaram. Nesse caso, equivale a abraçaram um ao outro e o “SE” terá função
sintática de objeto direto.
Parte integrante de verbo pronominal (PIV):
Ex: Candidatou-se à presidência e se esforçou para ser eleito.
Ex: Certifique-se do horário.
Ex: Ele sempre se queixa da família.
NÃO CONFUNDA o “SE” reflexivo com o dos verbos pronominais, em que o “se” é parte integrante
do verbo, que não pode ser conjugado sem ele, como atrever-se, alegrar-se, admirar-se, orgulhar-
se, levantar-se, arrepender-se, materializar-se, reconhecer-se, formar-se, queixar-se, sentar-se,
suicidar-se, concentrar-se, afogar-se, precaver-se, partir-se (quebrar)...
Os verbos pronominais são quase sempre Intransitivos ou Transitivos Indiretos. Isso já ajuda a
distinguir da vozes passiva e reflexiva. Além disso, o “SE” dos verbos pronominais não exerce função
sintática alguma.
Partícula expletiva de realce:
Pode ser retirada, sem prejuízo sintático ou semântico.
Ex: Vão-se minhas últimas economias.
Ex: Passaram-se anos e ela não voltou.
O CESPE gosta de muito de cobrar esse “SE” nos verbos “rir” e “sorrir”.
Fique atento, a banca vai te remeter a um trecho e dizer que o “se” destacado é um desses acima,
quando, na verdade, será outro. Por exemplo, vai dizer que o “Se” indica voz passiva, quando na
realidade vai indicar sujeito indeterminado, ou condição, ou reflexividade...
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integrante.
Se você estudar e revisar esta matéria, perceberá que a maior parte dos “SE” é bem fácil de
distinguir. A “zona cinzenta” está mesmo nos casos em ele se liga a verbos. Então, tentemos sempre
nos guiar por alguns critérios semânticos gerais:
1) Nos casos de voz passiva, além do verbo transitivo direto, primeiro fator que deve ser
considerado, deve estar bem claro que há sentido passivo, ou seja, que há um agente “externo”
praticando aquela ação e o sujeito do verbo tem que estar sofrendo a ação.
Ex: João se vacinou/se batizou/se curou.
Ora, temos voz passiva, pois alguém vacinou/batizou/curou João: o médico, o padre, o curandeiro
etc... de forma que ele recebe essas ações de um agente externo, passivamente.
2) A dica sintática é: Os verbos pronominais são transitivos indiretos ou intransitivos. Os verbos
com sentido reflexivo normalmente serão transitivos diretos, o “SE” como objeto indireto é pouco
comum. Dessa forma, na sua prova, se o verbo for transitivo “indireto”, com certeza não há voz
passiva muito dificilmente vai haver voz reflexiva.
Pelo aspecto semântico, para haver voz reflexiva deve estar bem clara no texto a noção de um ser
animado ou ente personificado deliberadamente praticando uma ação em si mesmo.
Ex: Maria se penteia cuidadosamente. (Maria opera o pente e recebe a ação de ser penteada, esse
é sentido reflexivo clássico, que deve estar evidente no contexto.)
Ex: João se amarrou ao tronco durante o furacão. (João prende a si mesmo no tronco, ele “amarra”
e “é amarrado” ao tronco)
Quando o sujeito não é o agente efetivo da ação, por ser ela espontânea ou independente da sua
vontade, não devemos pensar em voz reflexiva nem em voz passiva. Teremos o “SE” como parte
integrante do verbo.
Ex: A criança caiu do bote e se afogou.
Não temos como pensar em voz reflexiva, pois a criança não “afogou a si própria”, afogar-se é verbo
intransitivo e temos uma ação espontânea, independente da vontade do sujeito. Não há também
um agente externo “afogando” o menino, então não há voz passiva.
Ex: O barco se partiu nas rochas.
Não temos voz passiva, pois não há alguém exterior ao sujeito quebrando o barco. Sintaticamente,
também não é possível ver “nas rochas” como sujeito, pois é um termo preposicionado. Além disso,
o sujeito é “o barco”.
Não temos voz reflexiva, pois o barco não está partindo a si mesmo. O barco arrebentar é um efeito
natural, uma ação espontânea. Também não temos “partícula de realce”, pois não conseguimos tirar
o “SE” sem prejuízo. Isso tudo indica que o “SE” é parte integrante do verbo.
Ex: “As nuvens se movimentam rapidamente”
Observe que não faz sentido pensar que as nuvens “movimentam a si mesmas”, pois temos entes
inanimados praticando uma ação espontânea, independente da sua vontade. As nuvens se
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movimentam naturalmente.
Também não faz sentido pensar em voz passiva, pois não há nenhum ser exterior ao sujeito
praticando a ação de mover as nuvens e enquanto as nuvens “sofrem” essa ação. Portanto, a
conversão “as nuvens são movimentadas rapidamente” é inviável, pois tem outro sentido. Essa
“estranheza” e “artificialidade” na conversão indica que não havia mesmo voz passiva.
3) Só existe dúvida entre voz passiva e reflexiva se houver logicamente a possibilidade de o sujeito
praticar a ação em si mesmo. Portanto, em “Consertam-se relógios”, só podemos ter voz passiva, já
que um relógio não pode consertar a si mesmo. Sabendo que é muitas vezes impossível distinguir
PIV de Pronome Reflexivo, a banca quase sempre vai pedir mesmo a comparação com a voz passiva!
4) Justamente por haver tantas análises possíveis, em alguns casos, há ambiguidade contextual:
Ex: Após o primeiro ato, vestiram-se a moça e o rapaz.
Podemos entender que eles foram vestidos por alguém (voz passiva), que vestiram a si mesmos (voz
reflexiva) ou vestiram um ao outro, mutuamente (voz reflexiva recíproca)
Como disse, esses critérios não são infalíveis e misturam análises semânticas e sintáticas
alternadamente. Contudo, espero que ajudem justamente naqueles casos mais nebulosos.
35. (FCC / ALESE / Técnico Legislativo / 2018)
A palavra destacada na frase “Ninguém sabia se acreditava ou não”.
A) introduz oração que exerce a função de sujeito.
B) introduz oração que exerce a função de objeto direto de sabia.
C) introduz oração que expressa uma condição.
D) expressa ideia de reflexividade, como em “Machucou-se com o martelo”.
E) expressa ideia de reciprocidade, como em “Pedro e Maria se amam”.
Comentários:
Aqui, o “se” é conjunção integrante e introduz uma oração subordinada substantiva objetiva direta,
ou seja, um objeto direto oracional para o verbo “saber”. Gabarito letra B.
36. (FCC / SP PARCERIAS / Analista Técnico / 2018)
Julgue o item a seguir:
Ocorre voz passiva no item abaixo:
Edificou-se toda uma cidade sob a orientação de Lúcio Costa e Niemeyer, de cujo trabalho em
comum redundou a capital que se fez famosa pelo arrojo de sua concepção.
Comentários:
O primeiro “se” indica voz passiva. Temos VTD+SE e conseguimos converter para a voz passiva
analítica: toda uma cidade foi edificada...
O segundo “se” é visto como pronome reflexivo: a capital fez a si mesma famosa por ter concepção
arrojada. A cidade ficou famosa. Questão correta.
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Pronome relativo: retoma substantivos como “modo”, “maneira”, “forma”, “jeito” etc.
Ex: A maneira como você fala magoa as pessoas.
Ex: Essa não é a forma como você deve estudar.
Preposição Acidental: Normalmente com sentido de “por” ou “na qualidade de”.
Ex: Ele joga como atacante.
Ex: Machado de Assis, como romancista, nunca foi superado.
Ex: Os heróis tiveram como prêmio uma medalha.
Ex: As matérias de maior peso, como português e direito, são prioridade.
Advérbio Interrogativo:
Ex: Como lidar com as críticas desmedidas? (Advérbio interrogativo de modo em interrogativa
direta.)
Como advérbio, também pode iniciar oração substantiva “justaposta” (posta junto, ao lado), um tipo
específico de oração substantiva não introduzida por conjunção integrante:
Ex: Desejo saber como vai. (oração subordinada substantiva objetiva direta)
Ex: Ignoramos como ele gastou tanto dinheiro. (oração subordinada substantiva objetiva direta)
Ex: Sua produtividade não está como a diretoria deseja. (oração subordinada substantiva
predicativa justaposta)
Ex: Até agora, não se sabe como ficarão as leis trabalhistas. (oração subordinada substantiva
subjetiva justaposta)
Ex: Fui convencido de como deveria agir para vencer. (oração subordinada substantiva completiva
nominal justaposta)
Na oração substantiva que introduz, o “como” tem função de adjunto adverbial de modo.
Advérbio de Intensidade:
Ex: Como é grande o meu amor por você.
Ex: Ninguém esquece como foi difícil passar. (oração subordinada substantiva objetiva direta)
Ex: Descobrimos como eram infelizes os vaidosos. (oração subordinada substantiva objetiva direta)
Nesses casos acima, o “como” equivale a “quão” (“quão infelizes”; “quão difícil”), e introduz oração
substantiva “justaposta”, uma oração substantiva não introduzida por conjunção integrante. Como
advérbio, o “como” exerce função de adjunto adverbial na oração que introduz.
Não precisa ficar apavorado com tantas classificações. A banca não costuma mergulhar nessas
nomenclaturas e apenas pede o reconhecimento do “uso”, isto é, foca principalmente no “sentido”,
sem pedir o nome. Quer ver?
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(D) Sendo mais velho que eu, não espanta que não trabalhe sempre com regularidade.
(E) Pelo fato de ser mais velho do que eu ninguém se admira se ele vir a desandar.
Comentários:
Aqui temos uma mistura de causa-efeito com orações reduzidas. Interpretando a frase, temos:
(como é/por ser) Mais velho do que eu, não é de admirar que ele tresande
(recue/ande para trás) um pouco.
Então, está implícita a ideia de que “ser mais velho” é a causa de tresandar. Isso foi reescrito na
estrutura com oração reduzida de gerúndio:
Sendo mais velho que eu, não espanta que não trabalhe sempre com regularidade.
‘não espantar’ e ‘não admirar” são sinônimos, no sentido de não causar surpresa, pois é natural para
os mais velhos tresandar, segundo o contexto analisado.
Vejamos o problema das demais:
a) “a despeito de” indica concessão, não causa.
b) “causar espécie” é expressão antiga para “causar espanto”, mas “desandar” não é sinônimo de
“trensandar”.
c) “à medida que” indica proporção, não causa.
d) “trabalhar com regularidade” não é sinônimo de “tresandar”. Gabarito letra E.
42. (FCC / SEAD - AP / Assistente Administrativo / 2018)
Ela [essa projeção da vida] existiu sempre na memória das gentes, mas só a escrita a fixou
O elemento sublinhado acima possui, no contexto, a mesma função sintática do que está
também sublinhado em:
(A) Contar histórias é o antecedente remoto da literatura...
(B) ...inspirava nos humanos a mesma ficção...
(C) ... as vidas que não tinham nem nunca teriam em sua miúda e sucinta realidade.
(D) ... e os faziam viajar pelo espaço...
(E) A oralidade contribuiu de maneira decisiva...
Comentários:
A escrita fixou o quê? Fixou “essa projeção da vida”, então o “a” retoma e substitui um termo
anterior, usado como complemento sem preposição. Então, sua função é de objeto direto.
O mesmo ocorre em: ...inspirava nos humanos a mesma ficção... (inspirava-a) Gabarito letra B.
“Inspirar” é um verbo transitivo direto e “a mesma ficção” é seu complemento, seu objeto direto.
Vejamos a função dos demais termos, tendo em vista sempre que a FCC nem sempre sublinha o
termo completo, às vezes sublinha apenas o núcleo ou um fragmento isolado:
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Comentários:
Segunda cobrança do verbo intransitivo “aumentar” na mesma prova. Na letra B, ambos os termos
são sujeitos.
Vejamos as demais.
(A) A bandeira da educação compulsória e universal (adjunto adnominal), financiada e pelo menos
parcialmente provida pelo Estado (agente da passiva)
(C) a pobreza (sujeito) de uma geração se torna o berço (predicativo) da incompetência da geração
seguinte (1º parágrafo)
(D) É a falta de capacitação (sujeito) de da comunidade para integrar-se de forma dinâmica à
economia mundial que compromete o esforço de crescimento (objeto direto)
(E) A incompetência econômica do indivíduo (adjunto adnominal) resulta em privação material
(objeto indireto) Gabarito letra B.
46. (FCC / CREMESP/ Advogado / 2016)
Julgue o item a seguir:
O sujeito da forma “Sabe-se”, que inicia o texto, é o “site”.
Sabe-se, segundo informa o site da entidade, que “o último trabalho de revisão do Código de
Ética da Associação Médica Americana aconteceu em 2007 sobre um documento que vigorava
há quase 20 anos”.
Comentários:
Aqui temos o clássico caso de sujeito oracional passivo. Em “sabe-se” temos VTD+SE, o que nos
remete à voz passiva sintética ou pronominal. Retirando a oração conformativa intercalada
“segundo informa o site da entidade”, temos:
Sabe-se [que “o último trabalho de revisão do Código de Ética da Associação Médica Americana
aconteceu em 2007 sobre um documento que vigorava há quase 20 anos”]
Sabe-se [ISTO]
Sabe-se [ISTO] > [ISTO] é sabido
O sujeito é a oração inteira, não é “site”. Item incorreto.
47. (FCC / CREMESP / Advogado / 2016)
A medicina não existe para prolongar a dor do paciente terminal.
Julgue o item a seguir:
A oração “para prolongar a dor do paciente terminal” exerce a função de sujeito da oração que
a antecede.
Comentários:
Exerce a função de adjunto adverbial de finalidade, pois temos aqui uma oração subordinada
adverbial final. Item incorreto.
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e) no futuro não é oração, é apenas uma locução adverbial com valor de tempo. Oração precisa ter
verbo. Gabarito letra B.
54. (FCC / Câmara Legislativa do Distrito Federal / Técnico Legislativo / 2018)
Hoje, graças à internet e a novas tecnologias, surgem novos padrões de atenção.
O elemento que, no contexto, possui a mesma função sintática do sublinhado acima encontra-
se também sublinhado em:
A) Hoje esses cineastas poderiam ser vistos como a vanguarda de uma forma.
B) Com o drama televisivo granjeando aplausos tanto do público quanto da crítica.
C) ... em que ele declarou que o cinema estava morto...
D) Cineastas sempre flertaram com a televisão.
E) ... em vez de apenas entreter e vender produtos por meio de anúncios.
Comentários:
Analisando, temos: novos padrões de atenção surgem. O termo sublinhado é o sujeito, apenas está
invertido. O outro sujeito está em: Cineastas sempre flertaram com a televisão. (quem flertou?
Cineastas flertaram)
A) Hoje esses cineastas poderiam ser vistos como a vanguarda de uma forma.
Predicativo do sujeito, introduzido pela preposição acidental “como”.
B) Com o drama televisivo granjeando aplausos tanto do público quanto da crítica.
Objeto direto.
C) ... em que ele declarou que o cinema estava morto...
Predicativo do sujeito.
E) ... em vez de apenas entreter e vender produtos por meio de anúncios.
Adjunto adverbial de meio/instrumento. Gabarito letra D.
55. (FCC / AL-MS / Agente de Apoio Legislativo / 2016)
Os dois segmentos em que se dividiu a frase “Para fazer essa importante mediação, / costuma-
se garantir ao servidor a estabilidade e o salário” representam, respectivamente,
A) uma causa e sua consequência.
B) um efeito e uma finalidade.
C) uma finalidade e sua alternativa.
D) um efeito e sua contestação.
E) uma finalidade e o meio necessário.
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Comentários:
Quantas questões dessas já caíram? A essa altura, já sabemos que “para” seguida de um verbo no
infinitivo configura uma oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo. O fim é a
mediação. O meio para esse fim é a garantia de estabilidade e salário. Gabarito letra E.
56. (FCC / PGE-MT / Administrador / 2016)
Quem nos deu o sentimento do justo e do injusto?
A função sintática do elemento sublinhado na frase acima corresponde à mesma do sublinhado
em:
A) Quando nos ensina que dois e dois são quatro.
B) Nada é aquilo que chamamos inato
C) Deus nos faz nascer com órgãos.
D) Foi Deus que nos deu um cérebro e um coração.
E) não há árvore que contenha folhas e frutos ao sair da terra.
Comentários:
Na frase do enunciado, temos objeto direto de “dar”. O outro objeto direto está em:
Quando nos ensina que dois e dois são quatro.
Quando nos ensina ISTO.
Observe que o OD veio em forma de oração, introduzido por “que” conjunção integrante.
Vejamos as demais:
B) Nada é aquilo que chamamos inato
Predicativo do objeto. O verbo “chamar” com sentido de nomear/designar pede sempre um
predicativo do objeto, que será a própria designação dada na frase.
C) Deus nos faz nascer com órgãos.
Adjunto adverbial.
D) Foi Deus que nos deu um cérebro e um coração.
Esse “que” é expletivo, pode ser retirado junto com o “foi”; “Deus” é o sujeito.
Deus nos deu um cérebro e um coração.
E) não há árvore que contenha folhas e frutos ao sair da terra.
Aqui, temos uma oração adjetiva restritiva, com função de adjunto adnominal. Gabarito letra A.
57. (FCC / SEGEP-MA / Técnico da Receita Estadual / 2016)
A tragédia vinha sendo anunciada...
O segmento grifado exerce na frase acima a mesma função sintática que o segmento também
grifado em:
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B) ... os seres humanos não podem ser definidos pelas suas propriedades. (agente da passiva)
C) ... nós, seres humanos, podemos gerar... (aposto explicativo de “nós”)
E) ... essas palavras de Sartre venceriam. (sujeito de “venceriam”)
Gabarito letra D.
61. (FCC / DPE-RS / Defensor Público / 2018)
Caso se queira minorar o destaque dado ao sujeito responsável por determinado ato, deve-se
adotar a estruturação sintática exemplificada por:
A) Estamos acostumados a rir do que é baixo ou vil, e atribuímos uma natureza solene às
histórias elevadas.
B) Em seus depoimentos, os indígenas queixavam-se pelo fato de os brancos considerarem-nos
como objetos de museu.
C) À chegada dos antropólogos, os índios escondiam o aparelho de televisão, rindo-se do olhar
sisudo que os perscrutava.
D) O riso, em nossa sociedade, muitas vezes corrobora a ordem moral estabelecida, sobretudo
quando se volta contra o que é posto à margem.
E) As histórias tinham sido contadas com riqueza de detalhes, de modo que todos foram
transportados para dentro da ação.
Comentários:
A questão é assustadora, mas está cobrando um detalhe simples da nossa teoria: a voz passiva é um
recurso da língua para tirar o foco do agente, para esconder, omitir o responsável por uma ação, de
modo que fique evidente apenas o fato, o efeito, o resultado, sem apontar autoria. Na voz passiva
sintética, o agente da passiva não parece. Na analítica, pode ser livremente omitido caso o autor não
saiba ou não queira dizer o agente da ação. Então, observem que na letra E temos estruturas de voz
passiva: “tinham sido contadas” e “todos foram transportadas”; não há indicação de quem conta ou
transporta, o que minora, diminui, suaviza o destaque dado ao responsável pela ação.
Gabarito letra E.
62. (FCC / TST / Analista Judiciário / 2017)
Expressa noção de finalidade o segmento sublinhado em:
A) Vivemos na sociedade do espetáculo, em que toda a atenção é voltada para a imagem.
B) É comum ver pessoas que dizem que a carreira é tudo para elas...
C) É o que diz a máxima “conhece a ti mesmo”, que funda a filosofia de Sócrates.
D) Tenho usado em minhas palestras duas noções desenvolvidas por Nicolau Maquiavel...
E) É preciso investigar a si mesmo para perceber que você também tem falhas.
Comentários:
Preposição “para”+verbo no infinitivo: oração final reduzida. Já vimos muitas vezes. Gabarito letra E.
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mais idoso é a ele que todos seguirão, e tudo indica que, daqui há duas semanas, todos lá
estarão.
Comentários:
A expressão “pelo fato de a presença de um animador ser incômoda” deveria vir entre vírgulas, assim
como a oração adverbial temporal “enquanto viger o respeito ao combatente mais idoso...”. O
futuro do subjuntivo de “viger” é “viger” mesmo, não é “vigir”. A forma correta seria “daqui a duas
semanas”, pois o tempo mencionado ainda está por transcorrer. Se fosse tempo já decorrido, usar-
se-ia o “haver” impessoal: “há duas semanas”. Questão incorreta.
66. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
Partindo do caso específico das instalações, o autor nos leva a refletir sobre o que considera a
força intrínseca de toda obra de arte.
Comentários:
A vírgula separa uma oração reduzida de gerúndio antecipada, o verbo está no singular concordando
com o núcleo “autor”. Questão correta.
67. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
Transpondo-se para o discurso direto, em linguagem adequada, o segmento Disse-me o artista
na exposição que aquela sua instalação deveria comover-nos mesmo sem a sua explicação,
obtém-se a construção:
Disse-me o artista na exposição:
(A) – Essa instalação minha deveria comover mesmo que vocês não a explicassem.
(B) – Eis uma instalação minha cuja comoção não necessita mesmo de sua explicação.
(C) – Esta minha instalação deverá comovê-los mesmo que eu não a explique.
(D) – Aquela instalação deveria comover vocês ainda que não a expliquem.
(E) – Aquela minha instalação deve comover-lhes mesmo sem o que a explique.
Comentários:
O discurso indireto transforma uma fala literal em uma estrutura relatada, recontada, reestruturada
na forma de um verbo de elocução (dizer, falar, contar, declarar e outros que indique fala)
complementado por uma oração subordinada com conjunção integrante, oração esta que traz o teor
do que foi falado.
Disse-me (verbo de elocução) o artista na exposição que aquela sua instalação deveria comover-
nos mesmo sem a sua explicação (oração subordinada com o teor da fala)
Naturalmente, como não é mais uma fala em primeira pessoa, os verbos, pronomes, advérbios etc
devem passar para a terceira pessoa, causando um distanciamento, já que agora é um terceiro quem
fala. Então, “ele” vira “eu”, “dele/sua” vira “meu/minha”, “aquela” (distante) vira “esta” (próximo),
assim por diante:
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beira do lago, ver as vitórias-régias, subir as escadarias de pedra, observar o relógio de sol. Mas
íamos, sobretudo, catar mulungu.
Mulungu é uma semente vermelha com a pontinha preta, bem pequena, menor do que um
grão de ervilha. Tem a casca lisa, encerada, e em contraste com a pontinha preta seu vermelho
é um vermelho vivo, tão vivo que parece quase estranho à natureza. É bonita. Era um
verdadeiro prêmio conseguir encontrar um mulungu em meio à vegetação, descobrir de
repente a casca vermelha e viva cintilando por entre as lâminas de grama ou no seio úmido de
uma bromélia. Lembro bem com que alegria eu me abaixava e estendia a mão para tocar o
pequeno grão, que por causa da ponta preta tinha uma aparência que a mim lembrava
vagamente um olho.
Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre prestava
atenção nos detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava em torno com olhos
mínimos. Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mulungus que me restava
na palma da mão na hora de ir para casa. Conseguia às vezes juntar um punhado, outras vezes
apenas dois ou três. E é curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham, de que
árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que surgiam no chão
ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim Botânico.
Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia, procurei no
dicionário e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que também é conhecido pelo
nome de flor-de-coral. ''Árvore regular, ornamental, da família das leguminosas, originária da
Amazônia e de Mato Grosso, de flores vermelhas, dispostas em racimos multifloros, sendo as
sementes do fruto do tamanho de um feijão (mentira!), e vermelhas com mácula preta (isto,
sim)'', dizia.
Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter visto uma
dessas sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas desapareciam e hoje me
pergunto se não era minha avó que as guardava e tornava a despejá-las nas folhagens todas
as manhãs, sempre que não estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de encontrá-
las. O fato é que não me sobrou nenhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma aura de magia,
uma natureza impalpável. Dos mulungus, só me ficou a memória − essa memória mínima.
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identificação.
a) “Que” é pronome relativo e retoma “pequeno grão”.
b) “Que” é conjunção integrante e introduz uma oração com função de objeto direto:
Descobri [que (mulungu) também é conhecido pelo nome de flor-de-coral]
Descobri [ISTO]
c) “Que” é pronome relativo e retoma “aleia imponente”.
d) “Que” é pronome relativo e retoma “quantidade de mulungus”.
e) “Que” é pronome INDEFINIDO: com QUAL alegria...
Então, meus caros, nosso gabarito é a letra B.
75. (FCC / Auditor Fiscal / ISS-TERESINA / 2016)
O agrupamento não era grande, tudo ali era pequeno. Mas eles se apresentaram, com rosto
ansioso.
A alternativa em que a redação, transformando os dois períodos acima num só, mantém o
sentido, a clareza e a correção originais é:
a) Tudo ali era pequeno, portanto o agrupamento não era grande, quando eles se
apresentaram, com rosto ansioso.
b) Todavia eles se apresentaram, com rosto ansioso, sendo o agrupamento não grande e tudo
ali pequeno.
c) Nem que o agrupamento não fosse grande e então tudo ali era pequeno, eles se
apresentaram, com rosto ansioso.
d) Como o agrupamento não fosse grande e tudo ali fosse pequeno, eles se apresentaram,
todavia com rosto ansioso.
e) Ainda que o agrupamento não fosse grande, pois tudo ali era pequeno, eles se
apresentaram, com rosto ansioso.
Comentários:
Temos dois períodos, o primeiro com duas orações e o segundo com uma somente. Entre esses dois
períodos, há uma relação de oposição, de quebra de expectativa, introduzida pela conjunção
adversativa “mas”. A oposição está entre o fato de o agrupamento ser pequeno e eles se
apresentarem mesmo assim.
Para manter essa relação, teríamos que reescrever na forma concessiva, pois a concessão tem esse
núcleo semântico de oposição em comum com a adversidade:
O agrupamento não era grande, mas eles se apresentaram.
Ainda que o agrupamento não fosse grande, eles se apresentaram.
Na letra A, “portanto” indica conclusão, não adversidade. Na letra B, “Todavia” isoladamente até
indica adversidade, mas a frase não está clara, está faltando uma oração principal. Na letra C,
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“Então” indica conclusão, não adversidade. Na letra D, “como” indica causa, não adversidade. Dessa
forma, o gabarito é a letra E.
76. (FCC / TRF 3ª REGIÃO / 2016)
Mas, apesar de terem ocorrido essas transformações que tornaram Santos num dos centros do
comércio internacional, o local conserva uma beleza secreta; à medida que o barco penetra
lentamente por entre as ilhas, experimento aqui o primeiro sobressalto dos trópicos. Estamos
encerrados num canal verdejante. Quase podíamos, só com estender a mão, agarrar essas
plantas que o Rio ainda mantinha à distância nas suas estufas empoleiradas lá no alto. Aqui se
estabelece, num palco mais modesto, o contato com a paisagem.
No primeiro período do segundo parágrafo, as duas orações que não se subordinam a nenhuma
outra contêm os seguintes verbos:
a) conserva − experimento
b) terem ocorrido − conserva
c) tornaram − penetra
d) tornaram − experimento
e) conserva − penetra
Comentários:
Veja que a banca cobrou detalhes sobre oração, período, subordinação e coordenação.
(1) Mas, (2) apesar de terem ocorrido essas transformações que tornaram Santos num dos centros
do comércio internacional, (1) o local conserva uma beleza secreta; à medida que o barco penetra
lentamente por entre as ilhas, (3) experimento aqui o primeiro sobressalto dos trópicos.
A oração (1) é coordenada adversativa, iniciada por “mas”. Por ser coordenada, é independente, não
se subordina a nenhuma outra. Essa oração é “entrecortada” pela oração (2), introduzida pela
locução concessiva “apesar de”. Sabemos que as orações concessivas são subordinadas. Por fim, a
oração 3 é a principal em relação à (2): À medida que o barco penetra...experimento o primeiro
sobressalto.
Portanto, as orações que não estão subordinadas são a primeira e a terceira, marcadas pelos verbos
“conserva” e “experimento”. Gabarito letra A.
77. (FCC / TRF 3ª REGIÃO / Analista / 2016)
...Como acontece em toda parte nessa costa, escarpas abruptas protegeram dos ataques do
homem essa floresta virgem tão rica que para encontrarmos igual a ela teríamos de percorrer
vários milhares de quilômetros para norte, junto da bacia amazônica.
Enquanto o carro geme em curvas que já nem poderíamos qualificar como “cabeças de
alfinete”, de tal modo se sucedem em espiral, por entre um nevoeiro que imita a alta montanha
de outros climas, posso examinar à vontade as árvores e as plantas estendendo-se perante o
meu olhar como espécimes de museu.
As orações reduzidas ... para encontrarmos igual a ela... (1° parágrafo) e ... estendendo-se
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perante o meu olhar... (último parágrafo), no contexto em que ocorrem, podem ser distendidas
da seguinte forma:
a) para que tivéssemos encontrado igual a ela / de modo que se estendem perante o meu
olhar.
b) para que encontremos igual a ela / as quais se estendem perante o meu olhar
c) para que encontrássemos igual a ela / que se estendem perante o meu olhar
d) para que encontrássemos igual a ela/ quando se estendem perante o meu olhar
e) para que encontremos igual a ela / desde que se estendam perante o meu olhar
Comentários:
A primeira está reduzida de infinitivo, a segunda, de gerúndio. Para desenvolvê-las temos que
devolver os conectores e conjugar o verbo, mantendo o tempo da correlação da oração principal.
Na primeira oração, “para encontrarmos...teríamos”, o verbo está no pretérito. Então, na
conjugação da desenvolvida, manteremos o tempo pretérito: que encontrássemos (pretérito
imperfeito do subjuntivo, correlaciona-se com futuro do pretérito terIA). Dessa forma, ficaríamos
entre as letras C e D.
Já a oração reduzida de gerúndio tem valor adjetivo (as árvores que se estendem). Por essa razão,
não poderia ser desenvolvida com a conjunção “quando”, que teria um valor temporal. Dessa forma,
o gabarito é a letra C.
78. (FCC / TRF 3ª REGIÃO / Analista / 2016)
No segmento ... nem se deve correr com estrondo atrás do sucesso, senão ele se assusta e foge
logo, o termo sublinhado pode ser substituído, mantendo-se a lógica e o sentido original, por:
a) exceto se b) salvo c) do contrário d) não obstante e) por mais que.
Comentários:
O “senão” aqui está unindo as duas orações em uma relação de alternativa. Uma coisa OU outra.
Por esse sentido, podemos substituir por “do contrário”, que tem sentido de alternativa oposta.
Gabarito letra C.
79. (FCC / TRF 3ª REGIÃO / Analista / 2016)
As orações "de atacar os outros" (Não tive tempo de me defender ou de atacar os outros) e
"de defender a tradição" (Não se trata de defender a tradição, família ou propriedade de
ninguém) servem de complemento ao sentido do verbo a que se referem..
Comentários:
No primeiro caso, a oração “de atacar os outros” não é complemento de um verbo, apenas modifica
o nome “tempo”, é um adjunto adnominal do nome “tempo”. No segundo caso, aí sim, é o
complemento da forma verbal “se trata de”, é um objeto indireto oracional, ou uma oração
subordinada substantiva objetiva indireta. Questão incorreta.
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Comentários:
Falou em finalidade, procure nas opções “para, para que, a fim de que, a fim de”. A letra C traz uma
oração adverbial causal.
Na letra A e na B, temos causa. Na letra D, “por” introduz um agente da passiva. Não é conjunção.
Na letra E, “mas” indica adversidade. Gabarito letra C.
86. (FCC / TRF 3ª REGIÃO / Analista / 2016)
... E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.
No trecho acima, retirado de uma das falas da irmã da autora, o segmento grifado poderia ser
substituído corretamente por:
a) A exceção que b) Antes que c) A não ser que d) Assim que e) Ainda que
Comentários:
A oração tem um sentido condicional negativo, de um evento hipotético que não ocorre.
Somente se você perder>A menos que você perca> A não ser que você perca
A expressão correta é “à exceção DE” e não seria possível substituir sem fazer ajustes. Assim que
tem sentido de tempo. Ainda que tem sentido de concessão. Antes que tem sentido de tempo.
Gabarito letra C.
87. (FCC / TRE-AP / Analista / 2015)
Essa obra formidável do sábio francês representa seis anos de viagens pelo nosso interior...
O verbo transitivo empregado com o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima
está em:
a) ... o seu nome não figura, como o do outro, em todas as enciclopédias.
b) Roquete Pinto narra o encantado interesse com que na fazenda...
c) ... tão pitorescos são os aspectos e a linguagem que neles...
d) Escrevia sem sombra de ênfase nem pedantismo.
e) Em dezembro de 1816 Saint-Hilaire partiu para Minas... -
Comentários:
Traduzindo o enunciado: em qual das opções há um objeto direto?
a) Figura “em” é VTI.
b) Narrar é VTD, narrar algo. Então, “o interesse encantado” é OD.
c) “São” é verbo de ligação. Não tem objeto, só predicativo.
d) Aqui, Escrever é verbo intransitivo, não tem objeto também.
e) Partir, no sentido de “ir embora” é intransitivo. Gabarito letra B.
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O elemento que exerce a mesma função sintática que o sublinhado acima encontra-se em
a) a fortuna. (4ª estrofe) b) A memória das naus. (2ª estrofe)
c) grandes navios. (2ª estrofe) d) menos gente. (3ª estrofe)
e) a América. (4ª estrofe).
Comentários:
O Tejo é sujeito de entrar, pois ele é quem entra. Vamos buscar outra opção com função de sujeito.
a) ...há (1) a América E (2) a fortuna daqueles que a encontram... O verbo haver é VTD e tem dois
objetos diretos: a América e a fortuna.
b) Vamos jogar a lupa: Gabarito letra B.
E navega nele ainda, Para aqueles que veem em tudo o que lá não está, A memória das naus.
Organizando, temos A memória das naus navega nele. Função de sujeito.
c) Tejo tem grandes navios. Tem é VTD e grandes navios é OD.
d) Pertence a menos gente: pertencer é VTI, “a” alguém. Menos gente é OI.
e) ...há (1) a América E (2) a fortuna daqueles que a encontram... O verbo haver é VTD e tem dois
objetos diretos: a América e a fortuna. América é OD.
90. (FCC / MANAUSPREV / ANALISTA PREV. / 2015)
Considere:
Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a harmonização...
O segmento sublinhado que exerce, no contexto, a mesma função sintática que a do
sublinhado acima está em:
a) Dentro das folhas ainda existem condições semelhantes
b) ... determinando e regulando fluxos de substâncias e energias
c) Podemos também revelar muitos outros segredos ainda bem guardados...
d) ... porque cada organismo seu, entre trilhões, é uma maravilha de miniaturização e
automação.
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RESUMO
Veremos aqui as principais funções sintáticas e detalhes que são cobrados em prova:
Sujeito:
Simples: 1 núcleo/ Composto: + de 1 núcleo.
Indeterminado: 3ª Pessoa do Plural (Dizem que ele morreu) ou VI/VTI+SE (Vive-se bem aqui/Gosta-
se de cães na China)
Oculto/Desinencial: Pode ser determinado pelo contexto ou vem implícito na terminação da
palavra: Estudamos hoje (nós)
O sujeito pode ter forma de:
Nome: O menino é importante.
Pronome: Ele é importante. Alguns desistiram. Aquilo é bonito demais.
Oração: Estudar é importante (oração reduzida).
Que se estudasse mais foi necessário. (sujeito oracional e passivo. A oração está desenvolvia,
introduzida por conectivo)
Oração sem sujeito:
Fenômenos da natureza: Ex: Choveu ontem/ Ex: Anoiteceu.
Estar/fazer/haver impessoal com sentido de tempo ou estado.
Ex: Faz tempo que não vou à praia.
Ex: Faz frio em Corumbá.
Ex: Há tempos são os jovens que adoecem.
Ex: Está quente aqui.
O verbo haver impessoal vem sempre no singular e “contamina” os verbos auxiliares que formam
locução com ele. Ex: Deve haver mil pessoas aqui.
Predicativo do Sujeito: Indica estado/qualidade/característica do sujeito.
Ex: Fulana é bonita (VL)/ Ele tornou-se chefe (VL)/ João saiu contente (VI)
Objeto direto: complemento verbal sem preposição. Pode ter forma de:
Nome: Não vimos a cena.
Pronome: Ele nos deixou aqui.
Oração: Espero que estudem.
Preposicionado: Amava a Deus/ Deixei a quem me magoava/ Vendi a nós mesmos.
OD Pleonástico: As frutas, já as comprei.
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Adjunto adnominal:
Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.
Núcleo
Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome “carros” e atribuem a ele
características como quantidade, qualidade, posse...
Complemento nominal:
Termo preposicionado ligado ao nome (substantivo, adjetivo, advérbio) que possui transitividade.
Parece um objeto indireto, mas não complementa verbo.
Adjunto adnominal X Complemento Nominal
Diferenças:
✓ O complemento nominal se liga a substantivos abstratos, adjetivos e advérbios. O adjunto
adnominal só se liga a substantivos. Então, se o termo preposicionado se ligar a um adjetivo
ou advérbio, não há dúvida, é complemento nominal.
✓ O complemento nominal é necessariamente preposicionado, o adjunto pode ser ou não.
Então, se não tiver preposição, não há como ser CN e vai ter que ser Adjunto.
✓ O Complemento nominal se liga a substantivos abstratos (Sentimento; ação; qualidade;
estado; conceito). O adjunto adnominal se liga a nomes concretos e abstratos. Então, se o
nome for um substantivo concreto, vai ter que ser adjunto e será impossível ser CN.
✓ Se for substantivo abstrato e a preposição for qualquer uma que não seja “de”, será CN. Se
a preposição for “de”, teremos que analisar os outros aspectos.
Semelhanças:
Essas duas funções sintáticas só ficam parecidas em um caso: substantivo abstrato com termo
preposicionado (“de”) ligado a ele. Nesse caso, teremos que ver alguns critérios de distinção.
O termo preposicionado tem sentido agente: adjunto adnominal.
O termo preposicionado pode ser substituído perfeitamemente por uma palavra única, um
adjetivo: adjunto adnominal.
✓ O termo preposicionado tem sentido paciente, de alvo: Complemento Nominal.
✓ O termo preposicionado pode ser visto como um complemento verbal se aquele nome for
transformado numa ação: Complemento Nominal. Isso ocorre porque o complemento
nominal é “como se fosse” o objeto indireto de um nome.
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Vejamos agora como as ligações nos períodos compostos se relacionam. Segue abaixo um período
composto por coordenação:
1
Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café.
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1
Assim que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu tinha deixado em cima da
mesa e 5nem lembrei...
Orações Coordenadas:
As orações coordenadas sindéticas podem ser conclusivas, explicativas, aditivas, adversativas e
alternativas. (Mnemônico C&A). Teremos:
➢ Orações coordenadas conclusivas, introduzidas pelas conjunções logo, pois (deslocado,
depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim, sendo assim, desse modo.
Ex: Estudei pouco, por conseguinte não passei.
➢ Orações coordenadas explicativas, introduzidas pelas conjunções que, porque, pois (antes do
verbo), porquanto.
Ex: Estude muito, porque não vai vir fácil a prova.
➢ Orações coordenadas aditivas, introduzidas pelas conjunções e, nem (= e não), não só... mas
também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.
Ex: Comprei não só frutas como legumes.
➢ Orações coordenadas adversativas, introduzidas pelas conjunções mas, porém, contudo,
todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Ex: Estudei pouco, não obstante passei no concurso.
➢ Orações coordenadas alternativas, introduzidas pelas conjunções ou pares correlatos ou,
ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
Ex: Ou você mergulha no projeto ou desiste de vez. Seja por bem, seja por mal.
ORAÇÕES SUBORDINADAS:
1) Substantivas (introduzidas por conjunção integrante; substituíveis por ISTO; exercem função
sintática típica de substantivo, como Sujeito, OD, OI, CN...)
2) Adjetivas (introduzidas por pronome relativo; se referem ao substantivo antecedente; exercem
papel adjetivo, ou seja, modificam substantivo)
3) Adverbiais (introduzidas pelas conjunções adverbiais — causais, temporais, concessivas,
condicionais; tem valor de advérbio e trazem sentido de circunstância da ação verbal, como tempo,
condição...).
As orações reduzidas são formas menores, pois não trazem esses “conectivos” (pronome relativo,
conjunções). Seu verbo vem numa forma nominal: infinitivo, particípio, gerúndio.
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Meu amigo, que trabalha no tribunal, ligou. (não há outros amigos: é explicativa).
A genética, que já vinha sendo usada contra o câncer em diagnóstico e em avaliações de risco,
conseguiu, pela primeira vez, realizar o sonho das drogas ‘inteligentes’: impedir a formação de
tumores
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LISTA DE QUESTÕES
1. (FCC / Câmara Legislativa do Distrito Federal / Consultor Legislativo / 2018)
Julgue o item a seguir:
Os termos destacados exercem a mesma função sintática.
Os ingleses, diz o poeta, nasceram para existir.
2. (FCC / BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande.
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato.
Julgue o item a seguir.
É indefinido, em razão do contexto, o sujeito da forma Trouxeram a agricultura.
3. (FCC / MPE-PE / Analista ministerial / 2018)
Julgue o item a seguir:
Aos jornalistas britânicos não ocorreu que os modos da jovem moradora da favela
transcendessem as expectativas iniciais da reportagem.
O trecho acima apresenta um sujeito oracional.
4. (FCC / BANRISUL / Escriturário /2019)
As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande.
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato.
Julgue o item a seguir:
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato.
O sujeito, em razão do contexto, da forma “Trouxeram a agricultura” é indefinido.
5. (FCC / BANRISUL / Escriturário / 2019)
Julgue o item a seguir:
Pela primeira vez havia, no país, uma região em que predominavam os homens livres, que
viviam de seu trabalho, e não da exploração do trabalho alheio.
O segmento destacado é o sujeito da forma verbal constante em “havia”.
6. (FCC / TCE-RS / Auditor Público Externo / 2018)
Ao Estado, a realidade mais ativa da estrutura social, coube o papel de intermediar o impacto
estrangeiro, reduzindo-o à temperatura e à velocidade nativas.
Considerando a estrutura sintática da frase acima, é correto afirmar:
O segmento “o impacto estrangeiro” e o pronome, em “reduzindo-o”, exercem a mesma
função sintática, nas orações de que fazem parte.
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(B) Tendo em vista de que seja mais velho que eu, não causaria espécie se ele desandasse.
(C) À medida que seja mais velho do que eu mesmo, não se admire que ele funcione mau.
(D) Sendo mais velho que eu, não espanta que não trabalhe sempre com regularidade.
(E) Pelo fato de ser mais velho do que eu ninguém se admira se ele vir a desandar.
42. (FCC / SEAD - AP / Assistente Administrativo / 2018)
Ela [essa projeção da vida] existiu sempre na memória das gentes, mas só a escrita a fixou
O elemento sublinhado acima possui, no contexto, a mesma função sintática do que está
também sublinhado em:
(A) Contar histórias é o antecedente remoto da literatura...
(B) ...inspirava nos humanos a mesma ficção...
(C) ... as vidas que não tinham nem nunca teriam em sua miúda e sucinta realidade.
(D) ... e os faziam viajar pelo espaço...
(E) A oralidade contribuiu de maneira decisiva...
43. (FCC / TRT - 16ª REGIÃO (MA) / Analista Judiciário / 2014)
Julgue o item a seguir:
Há, além disso, uma dificuldade relativa à ciência. Algumas das terapias disponíveis já têm
quatro ou cinco décadas de existência. Investimentos em pesquisa poderiam levar a estratégias
de prevenção e cura mais efetivas. Como essas doenças não são rentáveis, porém, os grandes
laboratórios raras vezes se interessam por esse nicho.
A expressão “mais efetivas”, em virtude do segmento que caracteriza, pode ser deslocada para
depois da palavra estratégias, sem prejudicar o sentido original.
44. (FCC / SEAD-AP / Assistente Administrativo / 2018)
...quando nossos antepassados contavam-se histórias à noite para esquecer o medo do trovão,
as aparições e os milhares de perigos que os espreitavam em qualquer parte...
No contexto, o segmento destacado assinala noção de
A) causa. B) temporalidade. C) oposição. D) comparação. E) finalidade.
45. (FCC / SEFAZ-SC / Auditor Fiscal da Receita Estadual / 2018)
Os termos sublinhados exercem a mesma função sintática em:
(A) A bandeira da educação compulsória e universal, financiada e pelo menos parcialmente
provida pelo Estado
(B) Com isso, aumenta o poder de ganho dos indivíduos no mercado e eles aprendem
(C) a pobreza de uma geração se torna o berço da incompetência da geração seguinte
(D) É a falta de capacitação da comunidade para integrar-se de forma dinâmica à economia
mundial que compromete o esforço de crescimento
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(D) – Aquela instalação deveria comover vocês ainda que não a expliquem.
(E) – Aquela minha instalação deve comover-lhes mesmo sem o que a explique.
68. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
Uma nova, clara e correta redação da A crônica foi, para ele, um gênero eminentemente
confessional, e os fatos, nada mais do que os fatos, sua matéria-prima. poderá ser:
O confessionalismo das crônicas, que adotou como gênero, as quais eram marcadas pelos fatos
como base de sua matéria-prima.
69. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
São exemplos de uma mesma função sintática os elementos sublinhados no segmento:
(A) Sua vida sobreviveu guardada nas mais de 15 mil crônicas.
(B) Resolvi usar as crônicas como se fossem uma longa entrevista que Braga tivesse me
concedido.
(C) Grande parte dos relatos do livro não tem a pretensão de ser uma reconstituição fiel dos
fatos.
(D) Toneladas de acontecimentos estão cimentadas pela força do lirismo.
(E) A vida não basta, é preciso dar sentido ao viver, ou tudo se evapora.
70. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / TÉC. JUD. – ÁREA ADM. / 2018)
No contexto, os elementos sublinhados que apresentam a mesma função sintática se
encontram em:
(A) o jornalismo televisivo se faz pautar pela imprensa // os eleitores haveriam de aprender a
exercer a democracia
(B) A chance de erro, sobretudo de imprecisões, é grande // sua capacidade de atingir mais
leitores se multiplica na internet
(C) O jornalismo de verdade (...) é sempre elitista // os veículos (...) servem como arena de
ideias e soluções
(D) O que nos remete à questão do início // a prática jornalística municia seus leitores de
ferramentas
(E) conforme se torna visível a perspectiva de universalizar o ensino superior // A imprensa,
que vive de cobrir crises, sempre esteve em crise
71. (FCC / DPE-AM / CIÊNCIAS JURÍDICAS / 2018)
Ambos os elementos sublinhados constituem exemplos de uma mesma função sintática na
frase:
(A) A mediação e a conciliação são termos por vezes empregados sem qualquer critério.
(B) O autor do texto considera eminentemente retórica a função da conciliação.
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uma bromélia. Lembro bem com que alegria eu me abaixava e estendia a mão para tocar o
pequeno grão, que por causa da ponta preta tinha uma aparência que a mim lembrava
vagamente um olho.
Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre prestava
atenção nos detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava em torno com olhos
mínimos. Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mulungus que me restava
na palma da mão na hora de ir para casa. Conseguia às vezes juntar um punhado, outras vezes
apenas dois ou três. E é curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham, de que
árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que surgiam no chão
ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim Botânico.
Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia, procurei no
dicionário e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que também é conhecido pelo
nome de flor-de-coral. ''Árvore regular, ornamental, da família das leguminosas, originária da
Amazônia e de Mato Grosso, de flores vermelhas, dispostas em racimos multifloros, sendo as
sementes do fruto do tamanho de um feijão (mentira!), e vermelhas com mácula preta (isto,
sim)'', dizia.
Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter visto uma
dessas sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas desapareciam e hoje me
pergunto se não era minha avó que as guardava e tornava a despejá-las nas folhagens todas
as manhãs, sempre que não estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de encontrá-
las. O fato é que não me sobrou nenhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma aura de magia,
uma natureza impalpável. Dos mulungus, só me ficou a memória − essa memória mínima.
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ali pequeno.
c) Nem que o agrupamento não fosse grande e então tudo ali era pequeno, eles se
apresentaram, com rosto ansioso.
d) Como o agrupamento não fosse grande e tudo ali fosse pequeno, eles se apresentaram,
todavia com rosto ansioso.
e) Ainda que o agrupamento não fosse grande, pois tudo ali era pequeno, eles se
apresentaram, com rosto ansioso.
76. (FCC / TRF 3ª REGIÃO / 2016)
Mas, apesar de terem ocorrido essas transformações que tornaram Santos num dos centros do
comércio internacional, o local conserva uma beleza secreta; à medida que o barco penetra
lentamente por entre as ilhas, experimento aqui o primeiro sobressalto dos trópicos. Estamos
encerrados num canal verdejante. Quase podíamos, só com estender a mão, agarrar essas
plantas que o Rio ainda mantinha à distância nas suas estufas empoleiradas lá no alto. Aqui se
estabelece, num palco mais modesto, o contato com a paisagem.
No primeiro período do segundo parágrafo, as duas orações que não se subordinam a nenhuma
outra contêm os seguintes verbos:
a) conserva − experimento
b) terem ocorrido − conserva
c) tornaram − penetra
d) tornaram − experimento
e) conserva − penetra
77. (FCC / TRF 3ª REGIÃO / Analista / 2016)
...Como acontece em toda parte nessa costa, escarpas abruptas protegeram dos ataques do
homem essa floresta virgem tão rica que para encontrarmos igual a ela teríamos de percorrer
vários milhares de quilômetros para norte, junto da bacia amazônica.
Enquanto o carro geme em curvas que já nem poderíamos qualificar como “cabeças de
alfinete”, de tal modo se sucedem em espiral, por entre um nevoeiro que imita a alta montanha
de outros climas, posso examinar à vontade as árvores e as plantas estendendo-se perante o
meu olhar como espécimes de museu.
As orações reduzidas ... para encontrarmos igual a ela... (1° parágrafo) e ... estendendo-se
perante o meu olhar... (último parágrafo), no contexto em que ocorrem, podem ser distendidas
da seguinte forma:
a) para que tivéssemos encontrado igual a ela / de modo que se estendem perante o meu
olhar.
b) para que encontremos igual a ela / as quais se estendem perante o meu olhar
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c) para que encontrássemos igual a ela / que se estendem perante o meu olhar
d) para que encontrássemos igual a ela/ quando se estendem perante o meu olhar
e) para que encontremos igual a ela / desde que se estendam perante o meu olhar
78. (FCC / TRF 3ª REGIÃO / Analista / 2016)
No segmento ... nem se deve correr com estrondo atrás do sucesso, senão ele se assusta e foge
logo, o termo sublinhado pode ser substituído, mantendo-se a lógica e o sentido original, por:
a) exceto se b) salvo c) do contrário d) não obstante e) por mais que.
79. (FCC / TRF 3ª REGIÃO / Analista / 2016)
As orações "de atacar os outros" (Não tive tempo de me defender ou de atacar os outros) e
"de defender a tradição" (Não se trata de defender a tradição, família ou propriedade de
ninguém) servem de complemento ao sentido do verbo a que se referem..
80. (FCC / TRF 3ª REGIÃO / Analista / 2016)
A violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida. O museu parece assim
desempenhar um papel de pacificação social.
Mantendo-se, em linhas gerais, o sentido original, caso a segunda frase seja subordinada à
primeira, o período resultante será:
a) Como a violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida, o museu parece
desempenhar um papel de pacificação social.
b) A violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida, de maneira que o museu
parece desempenhar um papel de pacificação social.
c) A violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida; portanto, o museu parece
desempenhar um papel de pacificação social.
d) O museu parece desempenhar um papel de pacificação social, uma vez que a violência de
que participavam, ou que combatiam, é esquecida.
e) Conquanto o museu pareça desempenhar um papel de pacificação social, a violência de
que participavam, ou que combatiam, é esquecida...
81. (FCC / TRF 3ª REGIÃO / Analista / 2016)
Na frase Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao museu, seria interessante desvendar
que valor foi previamente sacralizado, a oração sublinhada complementa o sentido de
a) um substantivo, e pode ser considerada como interrogativa indireta.
b) um verbo, e pode ser considerada como interrogativa direta.
c) um verbo, e pode ser considerada como interrogativa indireta.
d) um substantivo, e pode ser considerada como interrogativa direta.
e) um advérbio, e pode ser considerada como interrogativa indireta.
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O elemento que exerce a mesma função sintática que o sublinhado acima encontra-se em
a) a fortuna. (4ª estrofe) b) A memória das naus. (2ª estrofe)
c) grandes navios. (2ª estrofe) d) menos gente. (3ª estrofe)
e) a América. (4ª estrofe).
90. (FCC / MANAUSPREV / ANALISTA PREV. / 2015)
Considere:
Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a harmonização...
O segmento sublinhado que exerce, no contexto, a mesma função sintática que a do
sublinhado acima está em:
a) Dentro das folhas ainda existem condições semelhantes
g) ... determinando e regulando fluxos de substâncias e energias
h) Podemos também revelar muitos outros segredos ainda bem guardados...
i) ... porque cada organismo seu, entre trilhões, é uma maravilha de miniaturização e
automação.
j) ... podemos agregar inteligência à ocupação...
91. (FCC / TRE-RR / Técnico em Computação / 2015)
O jogador busca o sucesso pessoal ...
A mesma relação sintática entre verbo e complemento, sublinhados acima, está em:
a) É indiscutível que no mundo contemporâneo...
b) ... o futebol tem implicações e significações psicológicas coletivas ...
c) ... e funciona como escape para as pressões do cotidiano.
d) A solução para muitos é a reconversão em técnico ...
e) ... que depende das qualidades pessoais de seus membros. -
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GABARITOS
1. CORRETA 24. CORRETA 47. INCORRETA 70. LETRA E
2. INCORRETA 25. LETRA A 48. LETRA A 71. LETRA E
3. CORRETA 26. INCORRETA 49. INCORRETA 72. LETRA D
4. INCORRETA 27. INCORRETA 50. INCORRETA 73. LETRA E
5. INCORRETA 28. LETRA B 51. LETRA E 74. LETRA B
6. CORRETA 29. INCORRETA 52. CORRETA 75. LETRA E
7. c INCORRETA 30. CORRETA 53. LETRA B 76. LETRA A
8. LETRA E 31. I CORRETA 54. LETRA D 77. LETRA C
9. LETRA C 32. INCORRETA 55. LETRA E 78. LETRA C
10. LETRA B 33. LETRA B 56. LETRA A 79. INCORRETA
11. LETRA B 34. INCORRETA 57. LETRA B 80. LETRA B
12. INCORRETA 35. LETRA B 58. LETRA C 81. LETRA C
13. INCORRETA 36. CORRETA 59. LETRA A 82. LETRA B
14. INCORRETA 37. CORRETA 60. LETRA D 83. LETRA E
15. LETRA E 38. INCORRETA 61. LETRA E 84. LETRA A
16. INCORRETA 39. LETRA C 62. LETRA E 85. LETRA C
17. INCORRETA 40. CORRETA 63. LETRA C 86. LETRA C
18. LETRA D 41. LETRA E 64. INCORRETA 87. LETRA B
19. INCORRETA 42. LETRA B 65. INCORRETA 88. LETRA C
20. INCORRETA 43. CORRETA 66. CORRETA 89. LETRA B
21. LETRA D 44. LETRA E 67. LETRA C 90. LETRA A
22. INCORRETA 45. LETRA B 68. INCORRETA 91. LETRA B
23. CORRETA 46. INCORRETA 69. LETRA E
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