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PACOTE PARA ASSISTENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO DO TJ/AM

TEORIA E EXERCÍCIOS
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA

Apresentação do Professor

Caro Aluno,
Sou o professor Albert Iglésia. É com imensa satisfação que me
aproximo de você. Neste primeiro contato, gostaria de falar um pouco sobre
minha formação e minha experiência no ensino de Língua Portuguesa para
concursos.
Sou graduado em Letras (Português/Literatura) pela Universidade
de Brasília (UnB) e possuo especialização em Língua Portuguesa pelo
Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército Brasileiro em parceria com a
Universidade Castelo Branco.
Há doze anos ministro aulas de Língua Portuguesa voltadas para
concursos públicos. Iniciei minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu
estado de origem. Desde 2004 moro em Brasília, onde leciono aulas de
gramática, interpretação de texto e redação oficial.
Durante quase seis anos estive cedido à Casa Civil da Presidência
da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e ministrei
cursos de atualização gramatical e redação oficial. Já integrei o quadro de
instrutores da Esaf e de outras instituições particulares. No Ponto dos
Concursos, já participei de vários trabalhos, por exemplo: ICMS-RJ, ICMS-SP,
CGU, Susep, Anvisa, Incra, TCM-CE, TCU, MinC, MPOG, DPU, MPU, Seplag-RJ,
Tribunais (FCC), TJSP, Abin, Senado Federal, Câmara dos Deputados,
Ministério do Turismo, INSS, Inmetro, TRT-21ª Região, TRT-12ª Região,
Petrobras, BNDES, PF, TJDFT, STJ, CEF, Banco do Brasil, DPE-RS, CNJ... A lista
é extensa. Atualmente, também estou trabalhando com aulas em vídeo
(Ponto Vídeo) e integrando a equipe dos professores que assessoram os
candidatos na elaboração de recursos (Ponto Recursos).
Sempre que precisar, faça contato comigo. Meu endereço
eletrônico é: albert@pontodosconcursos.com.br. Nessa etapa da sua vida, quero me
colocar ao seu lado para ajudá-lo a conquistar a tão sonhada vaga no serviço
público.
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Para você refletir: “O pessimista vê dificuldade em cada


oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade”
(Winston Churchill).

O Curso que Proponho

Pensando em ajudá-lo a conquistar uma das vagas oferecidas no


concurso, eu aceitei o convite do Ponto para integrar a equipe de professores
deste pacote e ministrar as aulas de Língua Portuguesa especialmente para
você.
Trata-se de um curso de teoria e exercícios comentados,
baseado no programa constante no EDITAL Nº 002/2013 – TJ/AM, DE 11
DE MARÇO DE 2013:

Ortografia oficial. Acentuação gráfica. Flexão nominal e verbal. Concordância


nominal e verbal. Regência nominal e verbal. Pronomes: emprego, colocação e
formas de tratamento. Emprego de tempos e modos verbais. Vozes do verbo.
Emprego do sinal indicativo de crase. Pontuação. Sintaxe da oração e do
período. Redação e correspondências oficiais. Compreensão e interpretação de
textos.

Ele está dividido em nove aulas (incluindo esta aula


demonstrativa). O conteúdo de cada uma delas está discriminado abaixo:

AULA CONTEÚDO
Apresentação
0
Verbos: emprego de tempos e modos, flexões
1 Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação
2 Sintaxe da oração
3 Sintaxe do período
Pontuação
4
Regência verbal e nominal

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Ocorrências de crase
Concordância verbal e nominal (casos de flexão verbal e
5
nominal)
Ortografia oficial
6
Acentuação gráfica
7 Redação e correspondências oficiais
Texto
Significação contextual de palavras e expressões
Leitura e análise de textos
8
Coesão e coerência
Adequação da linguagem
Paráfrase e paródia

Utilizarei prioritariamente questões de provas elaboradas


anteriormente pela FGV para direcionar os nossos estudos. Em
complemento ao nosso ensino, poderei utilizar algumas questões de outras
bancas, dando mais consistência aos estudos de cada tópico do programa.
Reproduzirei os textos e os itens (será respeitada a grafia original
dos enunciados e das alternativas). Ocorrendo a abordagem de assuntos
diversos em uma mesma questão, as alternativas serão tratadas
separadamente conforme cada caso específico (poderá haver ligeiras
adaptações). Assim, poderei utilizar um mesmo texto (ou fragmento dele)
para apresentar as diversas assertivas. Portanto não estranhe se isso
acontecer. O procedimento é puramente didático.
Outro esclarecimento que preciso fazer desde já é sobre a forma
como conduziremos nossos estudos. Este não é um curso só de resolução
de exercícios. Significa dizer que também nos ocuparemos com os
aspectos teóricos sobre os itens do programa, sem prejuízo das
resoluções das questões de provas anteriores.

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Ao finalizarmos o curso de Língua Portuguesa, teremos resolvido


mais de 200 questões só da FGV.
Espero que aproveite cada explicação e cada exemplo da melhor
forma possível. Solicito que você interaja comigo por meio de mensagens
eletrônicas no fórum de discussão. A sua participação é fundamental para o
bom rendimento do curso.
Agora, vamos ao que mais interessa, pois já existe muita gente
estudando enquanto nós estamos aqui conversando.

Verbo (Flexão e Emprego de Tempos e Modos)

Iniciarei a aula de hoje tratando do verbo. É a classe de palavras


mais rica em flexões: tempo, modo, número, pessoa e voz. Além dessas
categorias, há o aspecto verbal, ou seja, o ponto de vista do qual o locutor
considera a ação expressa pelo verbo. Pode ele considerá-la concluída
(observada no seu término, no seu resultado) ou não concluída (observada na
sua duração, na sua repetição).
Começo com uma simples questão para testá-lo, em seguida
exponho alguns conceitos essenciais. À medida que outros exercícios de provas
anteriores surgirem, a explicação será ampliada.

1. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DE RENDAS/2006) Mas ainda não há um


programa alternativo maduro que se contraponha à euforia do programa
conservador, aplicado por gente que foi de esquerda e aplaudido pela
direita.

Quantos verbos há no trecho acima?

(A) seis
(B) cinco
(C) quatro
(D) três

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(E) dois

Comentário – Que tal? Acertou? Se sim, meus parabéns! Caso contrário,


confira quais são os verbos existentes no trecho acima:
1 – “há”;
2 – “se contraponha”;
3 – “aplicado”;
4 – “foi”;
5 – “aplaudido”.
Resposta – B

Isso foi só um teste. A seguir existem explicações detalhadas


sobre o assunto, as quais farão você compreendê-lo melhor.

FLEXÕES VERBAIS

• Voz
1. ATIVA indica que o processo verbal foi praticado pelo sujeito do verbo.
Ex.: Cabral descobriu o Brasil.

2. PASSIVA indica que o processo verbal foi sofrido pelo sujeito do verbo.
Ex.: O Brasil foi descoberto por Cabral.

ATENÇÃO! 1 – Observe, de acordo com os exemplos anteriores, que o


SUJEITO da voz ativa (Cabral) torna-se AGENTE DA PASSIVA, assim como o
OBJETO DIRETO da voz ativa (o Brasil) torna-se SUJEITO da voz passiva.

2 – Entretanto, quando o SUJEITO da voz ativa for


INDETERMINADO, na voz passiva não haverá AGENTE DA PASSIVA.
Ex.: Resolveram as questões. – voz ativa com sujeito indeterminado.
As questões foram resolvidas. (ou Resolveram-se as questões.) – voz
passiva sem agente da passiva.

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3 – A voz passiva pode ser dividida em verbal ou analítica e


pronominal ou sintética.
Ex.: Aquelas crianças foram abandonadas. – verbo auxiliar + verbo principal
no particípio = analítica.
Abandonaram-se aquelas crianças. – verbo TRANSITIVO DIRETO +
pronome SE = sintética.

Agora considere o seguinte trecho: “[...] Pacientes afetados pela


síndrome ultrapassaram muito a ‘fronteira da adaptabilidade às demandas’
[...]”. Novamente, vamos treinar a transformação da voz ativa para a passiva.

VOZ ATIVA VOZ PASIVA


Pacientes pelos pacientes
Agente da
Sujeito afetados pela afetados pela
passiva
síndrome síndrome
Locução verbal
Verbo transitivo ultrapassaram (o
(voz passiva foi ultrapassada
direto quê?)
analítica)
a fronteira da A fronteira da
Objeto direto adaptabilidade às Sujeito paciente adaptabilidade às
demandas demandas

Há ainda alguns cuidados a respeito das vozes passiva e ativa:


a) Ficou-se feliz com o resultado. – verbo de LIGAÇÂO + SE =
sujeito indeterminado
b) Vive-se bem neste lugar. – verbo INTRASITIVO + SE =
sujeito indeterminado
c) Precisa-se de professores. – verbo TRANSITVO INDIRETO +
SE = sujeito indeterminado
d) Ama-se a Deus. Verbo TRANSITIVO DIRETO + SE + OBJETO
DIRETO PREPOSICIONADO = sujeito indeterminado

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3. REFLEXIVA indica que o processo verbal é praticado e sofrido pelo


sujeito ao mesmo tempo.
Ex.: Não me considero tão importante.
Reservamo-nos o direito de ficar calado.
Ele se deu um presente.

ATENÇÃO! 1 – Observe, de acordo com os exemplos anteriores, que o verbo


vem acompanhado de um pronome oblíquo que lhe serve de objeto e
representa a mesma pessoa do sujeito.

2 – Na prática, identifica-se a voz reflexiva acrescentando,


conforme a pessoa, as expressões a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo
etc.
Ex.: Feri-me a mim mesmo.
Julgai-vos a vós mesmos.

3 – No plural, a voz reflexiva pode indicar reciprocidade.


Ex.: Os amigos se cumprimentaram.
Amavam-se um ao outro.

• Número e Pessoa
1ª 2ª 3ª
singular eu tu ele/ela
plural nós vós eles/elas

• Modo e Tempo
Os modos indicam as diferentes maneiras de um fato se realizar.
Os tempos situam o fato ou a ação verbal dentro de determinado momento
(durante o ato da comunicação, antes ou depois dele).

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MODOS TEMPOS SIMPLES


Presente (tenho)

perfeito (tive)
Pretérito imperfeito (tinha)
indicativo
mais-que-perf. (tivera)

do presente (terei)
Futuro
do pretérito (teria)
presente (tenha)
subjuntivo Pretérito imperfeito (tivesse)
futuro (tiver)
afirmativo (tem tu)
imperativo
negativo (não tenhas tu)

MODOS TEMPOS COMPOSTOS


Perfeito (tenho/hei cantado)
Pretérito
mais-que-perfeito (tinha/havia cantado)
Indicativo
do presente (terei/haverei cantado)
Futuro
do pretérito (teria/haveria cantado)
Perfeito (tenha/haja cantado)
Pretérito
mais-que-perfeito (tivesse/houvesse cantado)
Subjuntivo

futuro (tiver/houver cantado)

ATENÇÃO! 1. O quadro acima é uma síntese da formação dos tempos


compostos da voz ativa. Eles são formados pelos verbos auxiliares ter ou
haver, seguidos do particípio do verbo principal.
Ex.: Temos estudado muito.

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Tinha posto a televisão na sala.


Havíamos chegado tarde.

2. Note que não há tempos compostos relativos ao


presente e ao pretérito imperfeito. Eles são usados para formar,
respectivamente, o pretérito perfeito composto e o pretérito mais-que-perfeito
composto. Também não há tempo composto relativo ao modo imperativo.

3. O tempo composto da voz passiva é formado com o


emprego simultâneo dos auxiliares ter ou haver e ser, seguidos do particípio
do verbo principal.
Ex.: Temos sido ensinados pelo professor.
O casal havia sido visto no restaurante.

2. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DO ICMS/2006) O que você quer?

Passando-se o período acima para a forma de tratamento vós e para o


futuro do pretérito do indicativo, obtém-se:

(A) O que vós quererias?


(B) O que vós quiserdes?
(C) O que vós queríeis?
(D) O que vós quereríeis?
(E) O que vós querereis?

Comentário – O foco aqui é na conjugação do verbo querer, que vai se


flexionar na segunda pessoa do plural (vós) do futuro do pretérito do
indicativo: eu quereria, tu quererias, ele quereria, nós quereríamos, vós
quereríeis, eles quereriam.
Nas demais opções, temos:
– letra A: segunda pessoa do singular do futuro de pretérito:
tu quererias (conforme visto acima);

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– letra B: segunda pessoa do plural do futuro do subjuntivo


(quando eu quiser, quando tu quiseres, quando ele quiser,
quando nós quisermos, quando vós quiserdes, quando eles
quiserem);
– letra C: segunda pessoa do plural do pretérito imperfeito do
indicativo (eu queria, tu querias, ele queria, nós queríamos,
vós queríeis, eles queriam);
– letra E: segunda pessoa do plural do futuro do presente (eu
quererei, tu quererás, ele quererá, nós quereremos, vós
querereis, eles quererão)
Resposta – D

3. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2007) Assinale a alternativa em que


a alteração da estrutura “de as gerações presentes virem a exauri-los”
provocou correta mudança da forma do verbo vir.

(A) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes venham a


exauri-los
(B) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vissem a
exauri-los
(C) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vierem a
exauri-los
(D) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes viriam a
exauri-los
(E) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vinham a
exauri-los

Comentário – O verbo vir foi corretamente conjugado na terceira pessoa do


plural do presente do subjuntivo (que eu venha, que tu venhas, que ele venha,
que nós venhamos, que vós venhais, que eles venham). A conjunção “que”,

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combinada com a ideia hipotética da declaração, impõe-nos essa flexão de


tempo e modo para que seja mantida a coerência textual.
Alternativa B: “vissem” corresponde à terceira pessoa do
plural do pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo ver (se eu visse, se tu
visses, se ele visse, se nós víssemos, se vós vísseis, se eles vissem).
Alternativa C: “vierem” representa a terceira pessoa do plural
do futuro do subjuntivo do verbo vir (quando eu vier, quando tu vieres,
quando ele vier, quando nós viermos, quando vós vierdes, quando eles
vierem), flexão que prejudica a correção da frase e a coerência textual.
Alternativa D: “viriam” é a conjugação do verbo vir na terceira
pessoa do plural do futuro do pretérito do indicativo (eu viria, tu virias, ele
viria, nós viríamos, vós viríeis, eles viriam); a relação entre as ideias não
suporta o emprego de um verbo indicativo de fato pretérito.
Alternativa E: “vinham” é a flexão do verbo vir na terceira
pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo (eu vinha, tu vinhas, ele
vinha, nós vínhamos, vós vínheis, eles vinham); novamente, a tentativa de
empregar uma forma verbal tradutora de ideia passada prejudica os aspectos
gramaticais e semânticos da frase.
Resposta – A

4. (FGV/TCM-PA/AUDITOR/2008) “Apesar das injeções maciças de liquidez


efetuadas pelos grandes bancos centrais, nunca se vira uma seca tão
severa de dinheiro nos mercados.”

Assinale a forma verbal que poderia substituir o verbo destacado no


trecho acima, sem prejuízo gramatical ou semântico.

(A) tivera visto


(B) tinha visto
(C) viu
(D) via

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(E) tem visto

Comentário – A forma verbal “vira” é a conjugação do verbo ver na terceira


pessoa do singular do pretérito mais-que-perfeito (simples): eu vira, tu viras,
ele vira, nós víramos, vós víreis, eles viram. A forma “tinha visto” também é
pretérito mais-que-perfeito (composto), formada pelo verbo ter no pretérito
imperfeito + verbo principal no particípio. Logo, há equivalência entre as duas
formas.
Alternativa A: cuidado! Volte ao item 2 da “ATENÇÃO!” e
perceba que aqui o examinador tentou enganar você com uma falsa formação
do pretérito mais-que-perfeito composto. Eu disse imediatamente acima que
essa conjugação é formada com o verbo ter (ou haver) conjugado no pretérito
imperfeito.
Alternativa C: o verbo ver foi conjugado no pretérito perfeito
do indicativo.
Alternativa D: o verbo foi flexionado no pretérito imperfeito do
indicativo.
Alternativa E: tem-se o verbo ver conjugado no pretérito
perfeito composto do indicativo (presente do verbo ter + particípio do verbo
principal), que indica fato ocorrido com frequência ultimamente.
Resposta – B

5. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉC. LEG.- ADMINISTRAÇÃO/2008) “A política de


Estado tem evoluído no sentido de encontrar respostas a tais
necessidades.”

A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:

I. A forma tem evoluído está no pretérito perfeito.


II. No período há somente um verbo em forma nominal.

Assinale:

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(A) se as duas afirmativas estiverem corretas.


(B) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(C) se somente a afirmativa I estiver correta.
(D) se a afirmativa II estiver correta.

Comentário – Item I: sim, a forma “tem evoluído” é a flexão do verbo evoluir


no pretérito perfeito composto. Observe que o verbo auxiliar (“tem”) está
conjugado no presente.
Item II: não, pois o verbo evoluir, no tempo composto,
apresenta-se no particípio regular; o verbo encontrar está empregado no
infinitivo.
Resposta – C

6. (FGV/SSP-RJ/PERITO DA POLÍCIA CIVIL-BIOLOGIA/2009) “O público


brasileiro tem ouvido, com alguma frequência, notícias a respeito de
possível rebelião de países vizinhos contra aquilo que seus governantes
chamam de dívidas ilegítimas.”

No trecho acima, as formas verbais estão, respectivamente, no:

(A) presente do indicativo e presente do indicativo.


(B) presente do indicativo e presente do subjuntivo.
(C) presente do subjuntivo e presente do indicativo.
(D) pretérito perfeito do indicativo e presente do subjuntivo.
(E) pretérito perfeito do indicativo e presente do indicativo.

Comentário – Eis abaixo as formas verbais:


– “tem ouvido”: pretérito perfeito (composto) do indicativo; e
– “chamam”: presente do indicativo.
Resposta – E

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7. (FGV/PREF. DE CAMPINAS/COORDENADOR PEDAGÓGICO/2008) “A


palavra ‘bárbaro’ provém do grego antigo e significa ‘não grego’.”

Assinale a alternativa em que não se tenha flexão correta do verbo


destacado no trecho acima.

(A) provêm
(B) proveio
(C) provieste
(D) provisse
(E) provimos

Comentário – Alternativa A: terceira pessoa do plural do presente do


indicativo do verbo provir (eu provenho, tu provéns, ele provém, nós
provimos, vós provindes, eles provêm). Flexão correta (você perceberá que
este verbo é derivado de vir).
Alternativa B: terceira pessoa do singular do pretérito
perfeito do indicativo do verbo provir (eu provim, tu provieste, ele proveio, nós
proviemos, vós proviestes, eles provieram). Flexão correta.
Alternativa C: como exemplifiquei acima, provieste
corresponde à segunda pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo.
Flexão correta.
Alternativa D: a forma “provisse” não existe. Ou se diz
previsse (pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo prever: se eu previsse,
se tu previsses, se ele previsse, se nós prevíssemos, se vós prevísseis, se
eles previssem), ou proviesse (pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo
provir: se eu proviesse, se tu proviesses, se ele proviesse, se nós
proviéssemos, se vós proviésseis, se eles proviessem). Flexão errada.
Alternativa E: conforme indicado no comentário da
alternativa A, “provimos” corresponde à primeira pessoa do plural do presente
do indicativo do verbo provir. Flexão correta.
Resposta – D

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8. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010) Na frase a seguir “A liberdade


supõe a operação sobre alternativas;”, o verbo irregular foi flexionado
corretamente.

Assinale a alternativa em que se apresenta flexão incorreta da forma


verbal.

(A) Eles impunham condições para que o acordo fosse assinado.


(B) O julgador interveio na polêmica sobre os critérios de seleção.
(C) Não foi confirmado se a banca quereria dar à redação caráter eliminatório.
(D) Se os autores se disporem a ratear o valor, a publicação da revista será
certa.
(E) É necessário que atentemos para a questão da mudança de paradigma
científico.

Comentário – O verbo aludido é supor, conjugado como o verbo propor: eu


suponho, tu supões, ele supõe, nós supomos, vós supondes, eles supõem
(presente do indicativo).
Alternativa A: “impunham” representa a terceira pessoa do
plural do pretérito imperfeito do indicativo do verbo impor (eu impunha, tu
impunhas, ele impunha, nós impúnhamos, vós impúnheis, eles impunham).
Flexão correta.
Alternativa B: “interveio”, cujo paradigma é o verbo vir, é a
flexão do verbo intervir na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do
indicativo (eu intervim, tu intervieste, ele interveio, nós interviemos, vós
interviestes, eles intervieram). Flexão correta.
Alternativa C: “quereria” é a terceira pessoa do singular do
futuro do pretérito do indicativo do verbo querer (eu quereria, tu quererias, ele
quereria, nós quereríamos, vós quereríeis, eles quereriam). Flexão correta.
Alternativa D: no futuro do subjuntivo, o verbo dispor(-se),
que segue a conjugação do verbo propor, deve ser assim flexionado: quando
eu dispuser, quando tu dispuseres, quando ele dispuser, quando nós

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dispusermos, quando vós dispuserdes, quando eles dispuserem. Flexão


incorreta.
Alternativa E: “atentemos”, que segue o verbo cantar, é a
segunda pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo atentar (que eu
atente, que tu atentes, que ele atente, que nós atentemos, que vós atenteis,
que eles atentem). Flexão correta.
Resposta – D

9. (FGV/SEFAZ-RJ/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2011) Que você


pagou pra mim (verso 24).

Assinale a alternativa em que a alteração do verso acima tenha sido feita


de acordo com a norma culta. Não leve em conta possível alteração de
sentido.
(A) Que Vossa Excelência pagou pra mim
(B) Que vós pagaste pra mim
(C) Que Vossa Senhoria pagastes pra mim
(D) Que tu pagastes pra mim
(E) Que tu pagáreis pra mim

Comentário – No enunciado, o verbo foi flexionado na terceira pessoa do


singular porque sua referência é o pronome de tratamento “você”. Da mesma
forma foi flexionado o verbo pagar na primeira alternativa. Ressalte-se que o
verbo se flexiona assim por causa do pronome de tratamento, que leva o verbo
para a terceira pessoa (do singular ou plural, conforme o caso).
Alternativa B: errada. Eis a correção: tu pagaste ou vós
pagastes.
Alternativa C: errada. “Vossa Senhoria” também é pronome
de tratamento e, por isso, o verbo deve ser flexionado na terceira pessoa (do
singular): Vossa Senhoria pagou.

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Alternativa D: errada. De acordo com a conjugação já feita


acima, o certo é tu pagaste ou vós pagastes.
Alternativa E: errada. O verbo foi conjugado na segunda
pessoa do plural do pretérito mais-que-perfeito, o que é descabido.
Resposta – A

LOCUÇÃO (OU PERÍFRASE) VERBAL

É o conjunto constituído de dois ou mais verbos, dos quais um é o


principal (o último – que se mantém numa forma nominal: gerúndio, particípio
ou infinitivo), e os demais, auxiliares. As flexões de número, pessoa, modo e
tempo ocorrem no verbo auxiliar.
Ex.: Ninguém poderá sair. – O juiz deixou de marcar a falta.
Nós estamos estudando. – Ninguém podia estar cantando.
Tínhamos estudado muito para a prova. A questão havia sido anulada
pela banca.

10. (FGV/CODESP/AUXILIAR PORTUÁRIO/2010) “Nos Estados Unidos e na


Europa existem legislações em trâmite nos parlamentos...”

No trecho acima, o verbo destacado pode ser substituído, sem prejuízo de


ordem gramatical, por

(A) devem haver


(B) deve existir
(C) houveram
(D) deverão haver
(E) poderão existir

Comentário – O verbo existir é pessoal; quando surge como verbo principal


de uma locução, é o seu auxiliar que se flexiona em número e pessoa para
concordar com o sujeito: “poderão existir” (verbo auxiliar + verbo principal).

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O verbo haver pode ser usado com sentido de existir, mas


com flexão própria. Ele é impessoal e se mantém na terceira pessoa do
singular (...houve legislações...). Quando surge como verbo principal de uma
locução, transfere sua impessoalidade para seu auxiliar e o obriga a se manter
na terceira pessoa do singular (...deve haver...).
Resposta – E

EMPREGO DOS MODOS VERBAIS

Indicativo: é associado a ações presentes, pretéritas (ou passadas) ou


futuras que consideramos de ocorrência certa.

Subjuntivo: também é associado a acontecimentos presentes, pretéritos ou


futuros; mas com ocorrência provável, hipotética, duvidosa.

Imperativo: associado a ordens, pedidos, súplicas que desejamos.


E por falar no “imperativo”, creio que a tabela abaixo o(a) ajudará
a compreender o processo de formação dele.

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

eu cant-o eu cant-e
tu cant-a-s (- s) cant-a tu tu cant-e-s não cant-e-s tu
ele cant-a cant-e você ele cant-e não cant-e você
nós cant-a-mos cant-e-mos nós nós cant-e-mos não cant-e-mos nós
vós cant-a-is (- s) cant-a-i vós vós cant-e-is não cant-e-is vós
eles cant-a-m cant-e-m vocês eles cant-e-m não cant-e-m vocês

11. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DE RENDAS/2006) Passando a fala "Adivinhe"


para a forma de tratamento vós, obtém-se:

(A) Adivinhais.
(B) Adivinhai.
(C) Adivinheis.
(D) Adivinhei.
(E) Adivinde.
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Comentário – A formar verbal “Adivinhe” está conjugada na terceira pessoa


do singular do imperativo afirmativo, que deriva do presente do subjuntivo.
Passando para a segunda pessoa do plural (vós), devemos recorrer ao
presente do indicativo e retirar o S: vós adivinhais > adivinhai vós.
Resposta – B

12. (FGV/SEFAZ-RJ/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2011) Assinale


a alternativa em que a alteração da fala do homem do quadrinho NÃO
tenha sido feita com adequação à norma culta. Não leve em conta possível
alteração de sentido.

(A) Quando tu voltares, traz um copo de água bem gelada para mim!
(B) Quando vós voltardes, trazei um copo de água bem gelada para mim!
(C) Quando tu voltares, não tragas um copo de água bem gelada para mim!
(D) Quando vós voltardes, não tragais um copo de água bem gelada para
mim!
(E) Quando vós voltardes, não trazeis um copo de água bem gelada para
mim!

Comentário – Sem perder de vista a tabela acima, que demonstra o esquema


de formação do imperativo, vamos observar como se comporta o verbo
trazer:
Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

eu trago eu traga
tu trazes (- s) traze (ou traz) tu tu tragas não tragas tu

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ele traz traga você ele traga não traga você


nós trazemos tragamos nós nós tragamos não tragamos nós
vós trazeis (- s) trazei vós vós tragais não tragais vós
eles trazem tragam vocês eles tragam não tragam vocês
Resposta – E

EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS

O presente do indicativo pode indicar valores semânticos tais


como:

1. fato que se realiza no momento do discurso.


Ex.: A turma toda estuda agora.

2. fato permanente
Ex.: O sol aquece a Terra.

3. fato habitual.
Ex.: Aquele atleta levanta cedo, alimenta-se bem e treina intensamente.

4. presente histórico, ou seja, substitui o pretérito para enfatizar a


descrição do fato, conferir mais vivacidade a ele.
Ex.: Antes de subir aos céus, Jesus diz a seus discípulos: “Eu sou o caminho, a
verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).

5. certeza do fato a que nos referimos e que acontecerá brevemente,


substituindo o futuro do presente.
Ex.: O artilheiro disse que joga amanhã. linguagem
jornalística
Presidente americano chega amanhã ao Brasil.

ATENÇÃO! Esses dois últimos complicam muitos candidatos.

O pretérito perfeito do indicativo indica que o fato foi


perfeitamente concluído.
Ex.: O réu recorreu da decisão do juiz.

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Também é frequente em provas a discussão sobre os aspectos


indicados pelo pretérito imperfeito do indicativo. Fique atento aos valores
semânticos desse tempo verbal:

1. indica fato anterior que ocorria habitualmente;


Ex.: Joãozinho era o primeiro a terminar as provas.

13. (FGV/FBN/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2013) "Nessa rua brincávamos


com os vizinhos, corríamos e apertávamos campainhas". O emprego do
pretérito imperfeito do indicativo nesses casos mostra ações que

(a) ocorreram antes de outras ações passadas.


(B) foram interrompidas por outras ações.
(C) se passaram na dependência de outras ações.
(D) aconteciam de forma habitual no passado.

Comentário – A questão contempla minha explicação sobre este assunto.


Resposta – D

2. seu uso em substituição ao presente traduz cortesia e atenua uma


afirmação ou um pedido;
Ex.: Eu queria saber se o diretor já chegou.

3. indica simultaneidade entre dois fatos passados;


Ex.: Os alunos estudavam para o concurso quando o edital foi publicado.

4. denota consequência de um fato hipotético; substitui, nesses casos, o


futuro do pretérito.
Ex.: Houvesse estudado mais, passava em primeiro lugar.

O pretérito mais-que-perfeito do indicativo indica um fato


passado e anterior a outro também passado.
Ex.: Quando o candidato chegou ao local do concurso, o portão já se fechara.

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Pode também surgir em frases optativas:


Ex.: Quem me dera casar com ela...

O futuro do presente do indicativo pode, além de indicar um


fato que ainda vai acontecer, sugerir valor semântico de imperativo:
Ex.: Nas férias, viajaremos para Caldas Novas.
“Não adulterarás” (Êxodo 20:13)

Dentre os valores semânticos do futuro do pretérito do


indicativo, destaco:

1. o que indica ação futura em relação a outra no passado.


Ex.: Em virtude dos acontecimentos, decidiram que ficariam em casa.

2. aquele que indica um fato cuja realização está vinculada a uma condição
que não se concretizou antes e que, provavelmente, não se realizará. Nesse
caso, é reforçado o caráter hipotético da declaração.

Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação.

CUIDADO! Empregando-se a forma verbal da primeira oração no presente ou


no futuro do subjuntivo (estudemos ou estudarmos), com as devidas
modificações, a condição expressa por ela será tomada como uma hipótese
que poderá ocorrer, ou não.
Caso estudemos mais, obteremos a classificação.
Se estudarmos mais, obteremos a classificação.

Em relação ao subjuntivo, note que os tempos podem indicar


hipótese, condição ou vontade do indivíduo que fala enunciadas no presente,
no pretérito ou no futuro.
Ex.: Meu desejo é que todos sejam aprovados. (presente do subjuntivo)
Paula talvez lhe telefonasse à noite. (pretérito imperfeito do
subjuntivo)
Se estudares, terás bom resultado. (futuro do subjuntivo)

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Também é digno de nota o emprego do pretérito imperfeito do


subjuntivo como condição para a ocorrência de outra ação verbal.
Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação.

14. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2009) O que está fora da sociedade


seria desumano.

O tempo verbal destacado constitui recurso expressivo adequado para


indicar:

(A) mudança ocorrida no momento em que se fala.


(B) ação conduzida no passado não concluído.
(C) situação tomada como hipotética.
(D) advertência sobre um fato futuro.
(E) fato passado de curso prolongado.

Comentário – O verbo ser foi flexionado no futuro do pretérito do


indicativo, o que reforça o caráter hipotético da declaração.
Resposta – C

15. (FGV/FBN/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2013) OS verbos de estado


podem significar estado permanente, estado transitório, mudança de
estado, aparência de estado e continuidade de estado. Assinale a
alternativa em que o valor dado ao verbo sublinhado está incorreto.

(A) ''Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de corrida de carros
cada vez mais vorazes de velocidade, ..." / mudança de estado.
(B) ''Eu, já leitora voraz, assim como os carros nas ruas por velocidade, fiquei
encantada" / continuidade de estado.
(C) ''E criei a Bisbilhoteca, que é a minha leitura da Franco Giglio..." / estado
permanente.

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(D) ''Aquela pequena casinha que parecia antiga, amarelinha..." / aparência


de estado.

Comentário – A forma verbal “fiquei” (pretérito perfeito do indicativo)


expressa mudança de estado. A pessoa que fala indica que não era/estava
encantada, mas ficou. Ou seja, passou de um estado a outro. Para expressar
continuidade de estado, o verbo poderia ter sido conjugado no pretérito
imperfeito: ficava.
Resposta – B

FORMAS NOMINAIS DO VERBO

São formas verbais que só exprimem tempo e modo através do


contexto e desempenham funções de substantivos, adjetivos e advérbios:
Ex.: O brincar alegra as crianças. (substantivo)
Cozida, a batata fica mais saborosa. (adjetivo)
Venceu na vida trabalhando. (advérbio)

1. Infinitivo É a forma como designamos os verbos. O infinitivo é


impessoal quando, não flexionado, não se refere a nenhuma pessoa gramatical
e desempenha a função de substantivo. Por outro lado, será pessoal quando,
flexionado, referir-se a uma pessoa gramatical. Não transmite nenhuma noção
temporal.
Ex.: Minha diversão predileta é dançar. (substantivo)
Estamos felizes por termos conseguido a vitória. (nós: sujeito)

2. Gerúndio Expressa a ação em desenvolvimento.


Ex.: Pessoas sorrindo compunham a foto. (adjetivo)
Chegando o dinheiro, viajou. (advérbio)

3. Particípio Assume valor de substantivo e de adjetivo.


Ex.: A chegada do avião foi pontual. (substantivo)
Os fogos de artifício tornaram a cidade iluminada. (adjetivo)

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FORMAS NOMINAIS TEMPOS COMPOSTOS


infinitivo cantar ter/haver cantado
impessoal
cantar ter/haver cantado
cantares teres/haveres cantado
infinitivo cantar ter/haver cantado
pessoal cantarmos termos/havermos cantado
cantardes terdes/haverdes cantado
cantarem terem/haverem cantado
gerúndio cantando tendo/havendo cantado
particípio cantado

ATENÇÃO! 1. Para as 2ª e 3ª conjugações, a terminação do particípio


é ido: vendido, partido.

2. Perceba que não há tempo composto relativo ao


particípio.

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS QUANTO À FORMA

a) Regular não apresenta irregularidade no radical nem nas desinências,


seguindo o paradigma de sua conjugação (cantar – 1ª conjugação; vender –
2ª conjugação; partir – 3ª conjugação)
Ex.: amar, aguar, averiguar, coar, mobiliar, optar, saudar, suar, viajar, beber,
unir, atribuir, etc.

ATENÇÃO! 1. Para sabermos se um verbo é regular, precisamos


conjugá-lo no presente e no pretérito perfeito do indicativo.
Ex.: toc-o, toc-a-s, toc-a, toc-a-mos, toc-a-is, toc-a-m / toqu-e-i, toc-a-ste,
toc-o-u, toc-a-mos, toc-a-stes, toc-a-ram

2. Os verbos terminados em IAR são regulares: vigiar,


arriar, etc.
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Exceções: Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar e Odiar (MARIO) recebem


a letra E nas formas rizotônicas (= a sílaba tônica integra o radical)
Ex.: arriar – arrio, arrias, arria, arriamos, arriais, arriam
odiar – odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam

b) Irregular apresenta irregularidades no radical e/ou nas desinências.


Ex.: caber, fazer, acudir, aderir, atrair, cear, construir, dizer, crer, poder,
prover, prever, saber, dar, rir, vir, etc.
perder = perco, perdes, perde
fazer = faço, fazes, faz
caber = caibo, cabes, cabe

ATENÇÃO! Os verbos terminados em EAR são irregulares, recebem a letra I


nas formas rizotônicas.

Ex.: arrear – arreio, arreias, arreia, arreamos, arreais, arreiam


passear – passeio, passeias, passeia, passeamos, passeais, passeiam

c) Anômalo É o verbo que apresenta grandes alterações no radical.


Segundo Luiz Antônio Sacconi, João Domingues Maia, Ulisses Infante e
Pasquale Cipro Neto, por exemplo, em português só existem dois: ser e ir.
Entretanto, Celso Cunha registra que a NGB também classifica como anômalo
os verbos ter, haver, estar, vir e pôr.

d) Defectivo É o verbo que não possui determinados tempos, modos e


pessoas. Incluem-se nesta categoria os verbos impessoais e unipessoais.
Ex.: reaver, precaver, falir, computar, abolir, haver (sentido de existir), nevar,
trovejar, trovejar, latir, rugir, etc.

ATENÇÃO! Quando se tratar de sentido conotativo, os verbos que indicam


fenômenos da natureza podem ser usados como pessoais.
Ex.: Os estudantes amanheciam para uma nova época.

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e) Abundante é o verbo que apresenta mais de uma forma equivalente,


geralmente no particípio.
Ex.: aceitar = aceitado, aceito – prender = prendido, preso – imprimir =
imprimido, impresso

ATENÇÃO! 1. O particípio regular é normalmente usado na voz ativa,


com os auxiliares ter ou haver.
Ex.: Ele não tinha aceitado as minhas desculpas.
2. O particípio irregular é normalmente usado na voz
passiva com os auxiliares ser ou estar.
Ex.: Minhas desculpas não foram aceitas por ele.
3. Admitamos, porém, que essas recomendações não são
rigorosamente seguidas, havendo numerosas formas irregulares que se usam
tanto na voz ativa como na passiva, e algumas formas regulares também
empregadas na voz passiva.

VOZ ATIVA VOZ PASSIVA


Tinha aceitado (aceito) o convite. Os convites foram aceitos.
Tinha elegido (eleito) os candidatos. Os candidatos são eleitos.
Tinha entregado (entregue) a carta. As cartas eram entregues.
Tinha ganhado (ganho) o prêmio. O prêmio foi ganho.
Tinha imprimido (impresso) a obra. Foi impressa a obra.
Tê-lo-iam pegado (pego) de surpresa. O ladrão foi pego pela polícia.
Tinha salvado (salvo) muitas vidas. A vida foi salva.

CORRELAÇÃO VERBAL

Termino a primeira parte da aula com explicações sobre


correlação verbal – coerência que, em uma frase ou sequência de frases,
deve haver entre as formas verbais utilizadas. Ou seja, é preciso que haja
articulação temporal entre os verbos, que eles se correspondam, de maneira a

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expressar as ideias com lógica. Tempos e modos verbais devem, portanto,


combinar entre si. Veja este exemplo:

Seu eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderia a lição.

O verbo dormir está no pretérito imperfeito do subjuntivo.


Sabemos que o subjuntivo expressa dúvida, incerteza, possibilidade,
eventualidade. Assim, em que tempo o verbo aprender deve estar, de
maneira a garantir que o período tenha lógica?
Na frase, aprender é usado no futuro do pretérito (aprenderia),
um tempo que expressa, dentre outras ideias, uma afirmação condicionada
(que depende de algo), quando esta se refere a fatos que não se realizaram e
que, provavelmente, não se realizarão. O período, portanto, está coerente, já
que a ideia transmitida por dormisse é exatamente a de uma dúvida, a de
uma possibilidade que não temos certeza se ocorrerá.
Veja o mesmo exemplo, mas sem correlação verbal:

Se eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderei a lição.

Temos dormir no subjuntivo, novamente. Mas aprender está


conjugado no futuro do presente, um tempo verbal que expressa, dentre
outras ideias, fatos certos ou prováveis. Nesse caso, não podemos dizer que
jamais aprenderemos a lição, pois o ato de aprender está condicionado não a
uma certeza, mas apenas à hipótese (transmitida pelo pretérito imperfeito do
subjuntivo) de dormir.
A seguir, veja alguns casos em que os tempos verbais são
concordantes:

1. presente do indicativo + presente do subjuntivo:


Exijo que você faça o dever.

2. pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo:


Exigi que ele fizesse o dever.

3. presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo:

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Espero que ele tenha feito o dever.

4. pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do


subjuntivo:
Queria que ele tivesse feito o dever.

5. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:


Se você fizer o dever, eu ficarei feliz.

6. pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo:


Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas.

7. pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito


composto do indicativo:
Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas.

8. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:


Quando você fizer o dever, dormirei.

9. futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo:


Quando você fizer o dever, já terei dormido.

Fique agora com alguns exercícios da FCC que o ajudarão a


entender o assunto estudado aqui.

16. (FCC/TRT 16ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Verifica-se correta


transposição de uma para outra voz verbal no seguinte caso:

i. os livros continuam em minha biblioteca (3º parágrafo) = os livros têm


continuado em minha biblioteca.
ii. podemos acessar os mesmos conteúdos = os mesmos conteúdos podem
ser acessados.
iii. dedicou-se à questão (1º parágrafo) = a ela foi dedicada.
iv. se realizam estudos (1º parágrafo) = estudos sejam realizados.

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v. Gravei [...] obras primas (3º parágrafo) = tinham sido gravadas obras
primas.

Comentário – Alternativa A: não houve mudança de voz, mas sim de tempo


verbal: do presente do indicativo para o pretérito perfeito composto do
indicativo.
Alternativa B: aqui está o gabarito. O objeto direto “os
mesmos conteúdos” assumiu a função de sujeito-paciente. A locução verbal
“podemos acessar” abrigou o verbo auxiliar “ser” por causa da formação da
voz passiva analítica ou verbal. Note que ele assume a forma do verbo
principal da voz ativa (“acessar”, infinitivo).
Alternativa C: a passagem alude ao segmento “Um congresso
recente, em Veneza, dedicou-se à questão”. Em outras palavras, “Um
congresso recente, em Veneza, foi dedicado à questão”. Nas duas formas, o
verbo está na voz passiva (sintética e analítica, respectivamente). Na
transformação posposta pela banca examinadora, continua a voz passiva,
agora com as seguintes mudanças: de “à questão” para “a ela”; de “dedicado”
para “dedicada”.
Alternativa D: note que a voz passiva continua, apenas deixou
de ser sintética ou pronominal para ser verbal ou analítica.
Alternativa E: apesar de constituir uma voz passiva, a segunda
sentença não respeita o tempo verbal de “Gravei” (pretérito perfeito do
indicativo). A conjugação corresponde ao pretérito mais-que-perfeito
composto.
Resposta – B

17. (FCC/TRT 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Transpondo para a


voz passiva a construção Darcy Ribeiro [...] não admitiria a alternativa, a
forma verbal resultante será

(A) teria sido admitida.

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(B) seria admitida.


(C) teria admitido.
(D) fora admitida.
(E) haveria de admitir.

Comentário – Em que tempo e modo está o verbo na voz ativa? Futuro do


pretérito simples do indicativo. Então, na voz passiva (verbal ou analítica),
ele ficará no particípio; seu auxiliar (ser, estar, ficar) assumirá o tempo e o
modo dele. Na alternativa A, o verbo ser está conjugado no futuro do pretérito
composto do indicativo. Na alternativa B, no futuro do pretérito simples do
indicativo. Na alternativa C, o verbo admitir continua na voz ativa; apenas foi
conjugado no futuro do pretérito composto do indicativo. Na alternativa D, o
verbo auxiliar está no pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo. Na
alternativa E, a locução verbal caracteriza voz ativa (note que o verbo
principal, “admitir”, não está no particípio, mas sim no infinitivo).
Resposta – B

18. (FCC/TRE-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2010) A frase que admite


transposição para a voz passiva é:

(A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.


(B) A Concordata poderá incluir o retorno do ensino religioso.
(C) Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico.
(D) Não são incomuns atos religiosos com finalidade política.
(E) O Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica.

Comentário – A voz passiva é formada, a rigor, a partir de um verbo


transitivo direto. É na segunda alternativa que encontramos essa condição, ao
nos depararmos com o verbo “incluir” (verbo principal da locução verbal
“poderá incluir”). Veja a transformação: “O retorno do ensino religioso poderá
ser incluído pela Concordata”.

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Nas letras A, D e E, os verbos são de ligação, o que impede a


transposição para a voz passiva.
E o que dizer da opção C? O verbo haver, no sentido de existir,
não possui sujeito e é transitivo direto. O termo “estatísticas controvertidas
sobre esse poder eclesiástico” é seu objeto direto. Considerando que o objeto
direto torna-se sujeito do verbo na transposição de voz ativa para voz passiva
e que o verbo haver não tem sujeito (é impessoal), impossível se torna a
transposição requerida pela banca examinadora.
Resposta – B

19. (FCC/TRE-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2010) Está correta a flexão de todas


as formas verbais da frase:

(A) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondência com o plano
simbólico e espiritual.
(B) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanto à busca de
um sereno estabelecimento de acordos.
(C) Ao longo da História, nações e igrejas muitas vezes se absteram de buscar
a convergência de seus interesses.
(D) A pergunta de Stalin proveu de sua convicção quanto ao que torna de fato
competitivo um país beligerante.
(E) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador não se conteve e interveio
na História com a famosa frase.

Comentário – Alternativa A: o verbo advir deriva do verbo vir e deve ser


conjugado como ele. Para que seja mantida a correlação verbal com a forma
“tem”, é preciso que o primeiro verbo seja conjugado na terceira pessoa do
singular do presente do indicativo: “Tudo o que advém [...] tem...”.
Alternativa B: está em cena agora o verbo convir, que
também é conjugado como o verbo vir. Na terceira pessoa do plural do

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pretérito perfeito do indicativo, deve ser assim conjugado: “O poder civil e a


esfera religiosa [eles] nem sempre convieram...”.
Alternativa C: o verbo abster (como manter, deter, conter
etc.) deriva do verbo ter e segue o modelo dele. Na terceira pessoa do plural
do pretérito perfeito do indicativo, dever ser conjugado da seguinte forma:
“...nações e igrejas [elas] se abstiveram...”
Alternativa D: como o sentido aqui é originar-se, o verbo
adequado é o provir, que também é conjugado conforme o verbo vir. Na
terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo, a forma correta
é: “A pergunta de Stalin [ela] proveio...”.
Alternativa E: atente para o fato de que o verbo conter (que
foi conjugado no pretérito perfeito do indicativo) deriva de ter, conforme está
dito no comentário da letra C.
Resposta – E

20. (FCC/TRT 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Quanto ao emprego


das formas verbais e ao tratamento pessoal, está plenamente correta a
frase:

(A) Vai, junta-te àquele grupo de manifestantes e depois dize-me o que


achaste.
(B) Ide, juntem-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-me o que
achastes.
(C) Queremos que Vossas Senhorias vos junteis àquele grupo de
manifestantes e depois digai-nos o que acharam.
(D) Queremos que Suas Excelências juntai-vos àquele grupo de manifestantes
e depois dizei-nos o que achásseis.
(E) Senhores, vão juntar-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-nos
o que acharam.

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Comentário – A tabela abaixo é muito útil. Ela serve como uma revisão da
formação do imperativo.
Presente do
Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo
Indicativo

eu cant-o eu cant-e
tu cant-a-s (- s) cant-a tu tu cant-e-s não cant-e-s tu
ele cant-a cant-e você ele cant-e não cant-e você
nós cant-a-mos cant-e-mos nós nós cant-e-mos não cant-e-mos nós
vós cant-a-is (- s) cant-a-i vós vós cant-e-is não cant-e-is vós
eles cant-a-m cant-e-m vocês eles cant-e-m não cant-e-m vocês

Alternativa B: “Ide” = segunda pessoa do plural (vós) do


imperativo afirmativo do verbo ir; “juntem” = terceira pessoa do plural
(eles/vocês) do imperativo afirmativo do verbo jantar; “dize” = segunda
pessoa do plural (vós) do imperativo afirmativo do verbo dizer; “achastes” =
segunda pessoa do plural (vós) do pretérito perfeito do verbo achar. Não foi
respeitada a uniformidade de tratamento entre as pessoas gramaticais. Eis a
correção: “Ide, juntai-vos àquele grupo de manifestantes e depois me dizei o
que achastes”.
Alternativa C: pronome de tratamento leva o verbo e o
pronome que se relacionam com ele para a terceira pessoa. Eis a correção:
“Queremos que Vossas Senhorias se juntem àquele grupo de manifestantes e
depois nos digam o que acharam”.
Alternativa D: novamente, o fio condutor será o pronome de
tratamento: “Queremos que Suas Excelências juntem-se àquele grupo de
manifestantes e depois nos digam o que acharam”.
Alternativa E: “Senhores, vão juntar-se àquele grupo de
manifestantes e depois nos digam o que acharam”.
Resposta – A

Muito bem, por hoje é só. Espero as dúvidas e sugestões no fórum.


Fique com Deus e até a próxima aula.

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Lista das Questões Comentadas

1. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DE RENDAS/2006) Mas ainda não há um


programa alternativo maduro que se contraponha à euforia do programa
conservador, aplicado por gente que foi de esquerda e aplaudido pela
direita.

Quantos verbos há no trecho acima?

(A) seis
(B) cinco
(C) quatro
(D) três
(E) dois

2. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DO ICMS/2006) O que você quer?

Passando-se o período acima para a forma de tratamento vós e para o


futuro do pretérito do indicativo, obtém-se:

(A) O que vós quererias?


(B) O que vós quiserdes?
(C) O que vós queríeis?
(D) O que vós quereríeis?
(E) O que vós querereis?

3. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2007) Assinale a alternativa em que


a alteração da estrutura “de as gerações presentes virem a exauri-los”
provocou correta mudança da forma do verbo vir.

(A) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes venham a


exauri-los

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(B) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vissem a


exauri-los
(C) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vierem a
exauri-los
(D) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes viriam a
exauri-los
(E) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vinham a
exauri-los

4. (FGV/TCM-PA/AUDITOR/2008) “Apesar das injeções maciças de liquidez


efetuadas pelos grandes bancos centrais, nunca se vira uma seca tão
severa de dinheiro nos mercados.”

Assinale a forma verbal que poderia substituir o verbo destacado no


trecho acima, sem prejuízo gramatical ou semântico.

(A) tivera visto


(B) tinha visto
(C) viu
(D) via
(E) tem visto

5. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉC. LEG.- ADMINISTRAÇÃO/2008) “A política de


Estado tem evoluído no sentido de encontrar respostas a tais
necessidades.”

A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:

I. A forma tem evoluído está no pretérito perfeito.


II. No período há somente um verbo em forma nominal.

Assinale:

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(A) se as duas afirmativas estiverem corretas.


(B) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(C) se somente a afirmativa I estiver correta.
(D) se a afirmativa II estiver correta.

6. (FGV/SSP-RJ/PERITO DA POLÍCIA CIVIL-BIOLOGIA/2009) “O público


brasileiro tem ouvido, com alguma frequência, notícias a respeito de
possível rebelião de países vizinhos contra aquilo que seus governantes
chamam de dívidas ilegítimas.”

No trecho acima, as formas verbais estão, respectivamente, no:

(A) presente do indicativo e presente do indicativo.


(B) presente do indicativo e presente do subjuntivo.
(C) presente do subjuntivo e presente do indicativo.
(D) pretérito perfeito do indicativo e presente do subjuntivo.
(E) pretérito perfeito do indicativo e presente do indicativo.

7. (FGV/PREF. DE CAMPINAS/COORDENADOR PEDAGÓGICO/2008) “A


palavra ‘bárbaro’ provém do grego antigo e significa ‘não grego’.”

Assinale a alternativa em que não se tenha flexão correta do verbo


destacado no trecho acima.

(A) provêm
(B) proveio
(C) provieste
(D) provisse
(E) provimos

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8. (FGV/SEFAZ-RJ/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2011) Que você


pagou pra mim (verso 24).

Assinale a alternativa em que a alteração do verso acima tenha sido feita


de acordo com a norma culta. Não leve em conta possível alteração de
sentido.
(A) Que Vossa Excelência pagou pra mim
(B) Que vós pagaste pra mim
(C) Que Vossa Senhoria pagastes pra mim
(D) Que tu pagastes pra mim
(E) Que tu pagáreis pra mim

9. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010) Na frase a seguir “A liberdade


supõe a operação sobre alternativas;”, o verbo irregular foi flexionado
corretamente.

Assinale a alternativa em que se apresenta flexão incorreta da forma


verbal.

(A) Eles impunham condições para que o acordo fosse assinado.


(B) O julgador interveio na polêmica sobre os critérios de seleção.
(C) Não foi confirmado se a banca quereria dar à redação caráter eliminatório.
(D) Se os autores se disporem a ratear o valor, a publicação da revista será
certa.
(E) É necessário que atentemos para a questão da mudança de paradigma
científico.

10. (FGV/CODESP/AUXILIAR PORTUÁRIO/2010) “Nos Estados Unidos e na


Europa existem legislações em trâmite nos parlamentos...”

No trecho acima, o verbo destacado pode ser substituído, sem prejuízo de


ordem gramatical, por
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(A) devem haver


(B) deve existir
(C) houveram
(D) deverão haver
(E) poderão existir

11. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DE RENDAS/2006) Passando a fala "Adivinhe"


para a forma de tratamento vós, obtém-se:

(A) Adivinhais.
(B) Adivinhai.
(C) Adivinheis.
(D) Adivinhei.
(E) Adivinde.

12. (FGV/SEFAZ-RJ/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2011) Assinale


a alternativa em que a alteração da fala do homem do quadrinho NÃO
tenha sido feita com adequação à norma culta. Não leve em conta possível
alteração de sentido.

(A) Quando tu voltares, traz um copo de água bem gelada para mim!
(B) Quando vós voltardes, trazei um copo de água bem gelada para mim!
(C) Quando tu voltares, não tragas um copo de água bem gelada para mim!

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(D) Quando vós voltardes, não tragais um copo de água bem gelada para
mim!
(E) Quando vós voltardes, não trazeis um copo de água bem gelada para
mim!

13. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2009) O que está fora da sociedade


seria desumano.

O tempo verbal destacado constitui recurso expressivo adequado para


indicar:

(A) mudança ocorrida no momento em que se fala.


(B) ação conduzida no passado não concluído.
(C) situação tomada como hipotética.
(D) advertência sobre um fato futuro.
(E) fato passado de curso prolongado.

14. (FGV/FBN/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2013) "Nessa rua brincávamos


com os vizinhos, corríamos e apertávamos campainhas". O emprego do
pretérito imperfeito do indicativo nesses casos mostra ações que

(a) ocorreram antes de outras ações passadas.


(B) foram interrompidas por outras ações.
(C) se passaram na dependência de outras ações.
(D) aconteciam de forma habitual no passado.

15. (FGV/FBN/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2013) OS verbos de estado


podem significar estado permanente, estado transitório, mudança de
estado, aparência de estado e continuidade de estado. Assinale a
alternativa em que o valor dado ao verbo sublinhado está incorreto.

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(A) ''Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de corrida de carros
cada vez mais vorazes de velocidade, ..." / mudança de estado.
(B) ''Eu, já leitora voraz, assim como os carros nas ruas por velocidade, fiquei
encantada" / continuidade de estado.
(C) ''E criei a Bisbilhoteca, que é a minha leitura da Franco Giglio..." / estado
permanente.
(D) ''Aquela pequena casinha que parecia antiga, amarelinha..." / aparência
de estado.

16. (FCC/TRT 16ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Verifica-se correta


transposição de uma para outra voz verbal no seguinte caso:

(A) os livros continuam em minha biblioteca (3º parágrafo) = os livros têm


continuado em minha biblioteca.
(B) podemos acessar os mesmos conteúdos = os mesmos conteúdos podem
ser acessados.
(C) dedicou-se à questão (1º parágrafo) = a ela foi dedicada.
(D) se realizam estudos (1º parágrafo) = estudos sejam realizados.
(E) Gravei [...] obras primas (3º parágrafo) = tinham sido gravadas obras
primas.

17. (FCC/TRT 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Transpondo para a


voz passiva a construção Darcy Ribeiro [...] não admitiria a alternativa, a
forma verbal resultante será

(A) teria sido admitida.


(B) seria admitida.
(C) teria admitido.
(D) fora admitida.
(E) haveria de admitir.

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18. (FCC/TRE-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2010) A frase que admite


transposição para a voz passiva é:

(A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.


(B) A Concordata poderá incluir o retorno do ensino religioso.
(C) Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico.
(D) Não são incomuns atos religiosos com finalidade política.
(E) O Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica.

19. (FCC/TRE-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2010) Está correta a flexão de todas


as formas verbais da frase:

(A) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondência com o plano
simbólico e espiritual.
(B) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanto à busca de
um sereno estabelecimento de acordos.
(C) Ao longo da História, nações e igrejas muitas vezes se absteram de buscar
a convergência de seus interesses.
(D) A pergunta de Stalin proveu de sua convicção quanto ao que torna de fato
competitivo um país beligerante.
(E) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador não se conteve e interveio
na História com a famosa frase.

20. (FCC/TRT 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Quanto ao emprego


das formas verbais e ao tratamento pessoal, está plenamente correta a
frase:

(A) Vai, junta-te àquele grupo de manifestantes e depois dize-me o que


achaste.
(B) Ide, juntem-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-me o que
achastes.

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(C) Queremos que Vossas Senhorias vos junteis àquele grupo de


manifestantes e depois digai-nos o que acharam.
(D) Queremos que Suas Excelências juntai-vos àquele grupo de manifestantes
e depois dizei-nos o que achásseis.
(E) Senhores, vão juntar-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-nos
o que acharam.

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Gabarito das Questões Comentadas

1. B
2. D
3. A
4. B
5. C
6. E
7. D
8. D
9. A
10. E
11. B
12. E
13. D
14. C
15. B
16. B
17. B
18. B
19. E
20. A

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