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PORTUGUÊS PARA ANP (TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS)

MATÉRIA COMUM A TODOS OS CARGOS


PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA

Olá, concurseiro!
Eis mais uma excelente oportunidade para você conquistar sua
vaga no setor público. Estou falando do concurso para ANALISTA e
ESPECIALISTA da AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO. O edital já foi
publicado, e as provas devem ser aplicadas dia 13 de janeiro de 2013.
Então, você vai deixar para estudar quando não der mais tempo ou
vai começar agora mesmo? Lembre-se de uma coisa: “O pessimista vê
dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada
dificuldade” (Winston Churchill).
A equipe do Ponto e eu preparamos este curso de teoria e
exercícios comentados de Língua Portuguesa especialmente para ajudá-lo a
superar a concorrência.
Ah, você não me conhece ainda? Então, permita-me fazer uma
breve apresentação. Sou o professor Albert Iglésia, formado em Letras
(Português/Literatura) pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em
Língua Portuguesa pelo Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército
Brasileiro em parceria com a Universidade Castelo Branco. Há onze anos
ministro aulas de Língua Portuguesa voltadas para concursos públicos. Iniciei
minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Desde
2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, interpretação de texto e
redação oficial. Durante quase seis anos estive cedido à Casa Civil da
Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e
ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial. Já integrei o
quadro de instrutores da Esaf e de outras instituições particulares. No Ponto
dos Concursos, já participei de vários trabalhos, por exemplo: ICMS-RJ, ICMS-
SP, CGU, Susep, Anvisa, Incra, TCM-CE, TCU, MinC, MPOG, DPU, MPU,
Seplag-RJ, Tribunais (FCC), TJSP, Abin, Senado Federal, Câmara dos
Deputados, Ministério do Turismo, INSS, Inmetro, TRT-21ª Região, TRT-12ª
Região, Petrobras, BNDES, PF, TJDFT, STJ, CEF, Banco do Brasil... A lista é
extensa. Atualmente, também estou trabalhando com aulas em vídeo (Ponto
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Vídeo) e integrando a equipe dos professores que assessoram os candidatos na


elaboração de recursos (Ponto Recursos).
Meu endereço eletrônico é albert@pontodosconcursos.com.br.
Sempre que precisar, faça contato comigo. Mas lembre-se de que as dúvidas,
críticas e sugestões específicas sobre este curso devem ser direcionadas ao
fórum de cada aula.
Você agora deve querer saber como este curso está estruturado,
certo? Tudo bem, eu vou explicar cada detalhe. Nossas aulas serão
desenvolvidas com base no EDITAL Nº 1/2012 – ANP, DE 19 DE OUTUBRO
DE 2012. O Cespe foi contratado para elaborar as provas e estabeleceu o
seguinte conteúdo programático:

1 Compreensão, interpretação e reescritura de textos, com domínio das


relações morfossintáticas, semânticas e discursivas. 2 Tipologia textual. 3
Paráfrase, perífrase, síntese e resumo. 4 Significação literal e contextual de
vocábulos. 5 Processos de coesão textual. 6 Coordenação e subordinação. 7
Emprego das classes de palavras. 8 Concordância nominal e verbal. 9
Regência nominal e verbal. 10 Estrutura, formação e representação das
palavras. 11 Ortografia oficial. 12 Pontuação. 13 Acentuação gráfica. 14
Emprego do sinal indicativo de crase. 15 Sintaxe da oração e do período. 16
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. 17 Emprego de
tempos e modos verbais. 18 Vozes dos verbos. 19 Redação de
correspondências oficiais (relatório, ata, atestado, circular, declaração,
memorando, ofício e requerimento).

Minha experiência com o Cespe me permite direcionar você para


aquilo que a banca mais costuma cobrar nas provas que elabora. Digo
frequentemente aos meus alunos que ninguém precisa saber tudo o que
consta no edital, mas deve saber o que geralmente aparece em prova. É aí que
eu entro em cena, direcionando seus estudos.

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Você estudará todos esses assuntos comigo em 10 aulas,


incluindo esta (que é a aula demonstrativa). Eis a distribuição do
conteúdo:

Aula 0 – Ortografia oficial e acentuação gráfica – itens 11 e 13


Aula 1 – Estrutura, formação e representação das palavras – item
10
Aula 2 – Classes gramaticais – itens 7, 16, 17 e 18
Aula 3 – Regência e crase – itens 9 e 14
Aula 4 – Sintaxe da oração – item 15
Aula 5 – Sintaxe do período (coordenação e subordinação) – itens
6 e 15
Aula 6 – Pontuação – item 12
Aula 7 – Concordância – item 8
Aula 8 – Texto e significação de palavras: itens 1, 2, 3 , 4 e 5
Aula 9 – Redação de correspondências oficiais: item 19

Visando à sua melhor preparação, comentarei questões de


provas elaboradas pelo Cespe/UnB, inclusive as que caíram em 2012.
São mais de 380!
Reproduzirei os textos e os itens (será respeitada a grafia original
dos enunciados) que tratam do assunto abordado em cada aula. Como a
instituição tem o costume de usar um mesmo texto para, a partir dele,
apresentar várias assertivas, é possível que eu repita o mesmo texto (ou
fragmento dele) na explicação do conteúdo de outras aulas. Portanto, não
estranhe se isso acontecer. O procedimento é puramente didático. Dessa
forma, pretendo aproximar você daquilo que vem sendo exigido pelo Cespe
sobre determinado assunto da Língua Portuguesa em concursos públicos.
Espero que aproveite cada explicação e cada exemplo da melhor
forma possível. Interaja comigo nos fóruns. A sua participação é fundamental
para o bom rendimento do curso.
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Apresentação da Matéria

A partir de agora, começo a ministrar os primeiros conteúdos deste


curso de Língua Portuguesa.
Acredito que você obterá uma noção de como as explicações serão
transmitidas, do grau de complexidade das aulas e da linguagem que usarei
em nossos próximos encontros.
Espero que aproveite cada explicação da melhor forma possível.
Interaja comigo nos fóruns. A sua participação é fundamental para o bom
rendimento do curso. No mais, vamos ao que interessa!

Ortografia

No Brasil, quem dita as normas para a correta escrita das palavras


é a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em seu Vocabulário ortográfico da
língua portuguesa (VOLP), a instituição mantém registrada a forma oficial de
escrever as palavras.
Apesar da vigência do novo Acordo Ortográfico, as regras antigas e
as atuais estarão em vigor até 31 de dezembro 2012. Por quê? Porque o então
presidente Lula, por meio do Decreto nº 6.583, de 26 de setembro de 2008,
além de ter promulgado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – que foi
assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990 –, também estabeleceu um
período de transição: “de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012,
durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova
norma estabelecida”.
Como sua prova será aplicada em 2013, as regras antigas não
serão enfatizadas neste curso.
Você e eu sabemos que é humanamente impossível decorar a
grafia de todas as palavras da nossa Língua. Entretanto podemos sistematizar
a grafia de certas palavras, em decorrência, por exemplo, da sua origem, do
seu radical. É isso que você verá aqui. A experiência nos permite dizer que

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esse processo é muito útil no momento de resolver uma questão de concurso.


Não estou dizendo que tudo se resumirá ao que será demonstrado nestas
poucas linhas. O que você precisa entender é que a prática de leitura de livros,
jornais, revistas e dicionários deve ser somada à minha explicação.
Comecemos pelo EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS.
• Usa-se, normalmente, a letra X:
QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 – depois de ditongos ameixa, frouxo, peixe Recauchutar
encher, encharcar,
enchova, enchumaçar e
2 – depois da sílaba EN enxame, enxergar
derivados dessas
palavras
3 – depois da sílaba ME, mecha (substantivo) =
mexa (verbo), mexerico
quando “fechada” pronúncia “aberta”

• Usa-se, normalmente, a letra G:


QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 – nos sufixos AGEM, viagem (substantivo), pajem, lajem,
IGEM e UGEM vertigem, ferrugem lambujem
2 – nos sufixos AGIO, pedágio, colégio,
EGIO, IGIO, OGIO e prestígio, relógio,
UGIO refúgio
3 – nas palavras margem/margear, monge/monja, eu dirijo
derivadas daquelas que homenagem/homenagear (flexão do verbo dirigir).
possuem G no radical Imaginem se
(você perceberá que mantivéssemos a letra
esse princípio vale “g” nas palavras
também para o emprego derivadas...
de outras letras)

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• Usa-se, normalmente, a letra J:


QUANDO EXEMPLO
1 – nas palavras de origem indígena, pajé, jiboia, jeca, jenipapo, jirau, jiló,
africana e árabe cafajeste, jerico, jequitibá
2 – nas flexões dos verbos que viajar (verbo) – que eles viajem;
possuem J no radical bocejar – eu bocejei
3 – nas palavras derivadas daquelas
gorja – gorjeta; lisonja – lisonjeado
que possuem J no radical
jeito, hoje, majestade, injetar, objeto,
4 – nas palavras de origem latina
ultraje

• Usa-se, normalmente, a letra Ç:


QUANDO EXEMPLO
1 – nas palavras derivadas daquelas exceto – exceção, setor – seção, cantar
que possuem T no radical – canção
2 – nas palavras de origem indígena, miçanga, paçoca, muriçoca,
árabe e africana muçulmano, açougue, açoite
babaçu, Paraguaçu, Nova Iguaçu,
3 – nos sufixos AÇU e AÇO
golaço, poetaço, atrevidaço
4 – depois de ditongo compleição, feição, beiço

• Usa-se, normalmente, a letra S:


QUANDO EXEMPLO
1 – nos substantivos que designam chinês, japonês, baronesa, duquesa,
origem, título honorífico e feminino sacerdotisa, poetisa
2 – Nos sufixos ASE, ESE, ISI e OSE fase, ascese, eletrólise, apoteose
3 – nos sufixos OSO e OSA formoso, formosa, gostoso, gostosa
4 – nas palavras derivadas daquelas iludir – ilusão, defender – defesa;
que possuem D, RT ou RG no seu divertir – diversão, inverter – inversão;

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radical imergir – imersão, submergir –


submersão
5 – no prefixo TRANS e nos seus transatlântico, trasladar (ou
derivados transladar)
6 – após os ditongos maisena, Sousa, coisa
7 – nas formas verbais derivadas dos
quis, quisera, pusera, compusera
verbos QUERER e PÔR

• Usa-se, normalmente, SS:


QUANDO EXEMPLO CUIDADO
suceder – sucessão,
1 – nas palavras regredir – regressão,
derivadas daquelas que comprimir –
possuem as expressões compressão, demitir –
CED, GRED, PRIM, MIT, demissão, intrometer –
MET e CUT no radical intromissão, discutir –
discussão
2 – prefixo terminado pre + sentir = pressentir
em vogal + palavra (repare que o “s” foi
começada por S duplicado”)

• Usa-se, normalmente, a letra Z:


QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 – nas terminações EZ
e EZA, formando insensato – insensatez,
substantivos nu – nudez; claro –
abstratos derivados de clareza, belo – beleza
adjetivos
2 – nas terminações sintonia – sintonizar, a) se a palavra possuir

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IZAR, formando real – realizar, visual – S em sua parte final, o


infinitivos verbais visualizar infinitivo verbal também
levará S: análise –
analisar, paralisia –
paralisar;
b) Hipnose – hipnotizar;
Síntese – sintetizar;
Batismo – batizar;
Catequese – catequizar;
Ênfase – enfatizar.
(Lembre-se da sigla de
um famoso banco, só
que com E no final:
HSBCE).
3 – como consoante de pé + udo = pezudo; guri
ligação + ada = gurizada

• Usa-se, normalmente, a letra H:


QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 – nas palavras ligadas
por hífen em que o anti-higiênico, pré-
desarmonia, lobisomem
segundo elemento histórico, super-homem
começa com H
as palavras derivadas
2 – na palavra Bahia
não possuem H: baiano

• Verbos terminados em EAR e IAR:


1 – são irregulares os passear: passeio,
verbos terminados em passeias, passeia,

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EAR; eles recebem a passeamos, passeais,


letra I nas formas passeiam
rizotônicas (eu, tu, ele,
eles – a sílaba tônica
integra o radical)
Mediar, Ansiar,
Remediar, Incendiar,
Odiar (MARIO): apesar
premiar: premio, de terminarem em IAR,
2 – são regulares os
premias, premia, são irregulares e
verbos terminados em
premiamos, premiais, recebem a letra E nas
IAR
premiam formas rizotônicas (eu,
tu, ele, eles): odeio,
odeias, odeia, odiamos,
odiais, odeiam

Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES que,


certamente, já deixaram muita gente com dúvida na hora de optar por uma ou
outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns vocábulos que, volta e
meia, surgem em diversos textos. Vejamos quais são.

• MAL x MAU

a) Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem,


refere-se a um verbo)

b) Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa


adverbial, equivale-se a assim que, quando, indica circunstância de tempo)

c) Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um substantivo,


contrário de bom)

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ATENÇÃO! Quero que você perceba que o vocábulo MAL não possui a mesma
classificação gramatical nas alternativas “a)” e “b)”. Isso é importante porque
a banca examinadora pode sugerir o contrário. O Cespe/UnB, por exemplo,
pode selecionar duas frases de um texto em que esses vocábulos aparecem,
destacá-los e formular a seguinte assertiva: “Nas linhas X e Y, os vocábulos
em destaque possuem a mesma classificação gramatical”. Muito cuidado antes
de responder. Como vimos anteriormente, isso nem sempre será verdade.
Quero que note ainda as diferentes classificações dos vocábulos que surgirão
nos próximos exemplos.

• POR QUE x POR QUÊ

a) Por que você não veio? (advérbio interrogativo de causa, usado no início
da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono)

b) Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase
interrogativa é indireta)

c) Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e
o “que” é tônico)

d) Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome
relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual)

ATENÇÃO! Note a colocação no final da frase ou no final de oração,


antes de pausa, com sentido de motivo, razão pela qual, sendo tônico.
Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê. (Sem saber por quê, o
cantor estava inquieto.
Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por quê.
Ninguém lhe dava atenção. Por quê?

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• PORQUE x PORQUÊ

a) Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial,


indica circunstância de causa)

b) Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa


explicativa)

c) Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de artigo, é


substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa)

ATENÇÃO! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta),


use a expressão separada.

• SENÃO x SE NÃO

a) Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou, indica
alternância de ideias que se excluem mutuamente)

b) Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim, porém,
a não ser)

c) Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; é


substantivo)

d) Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção


subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação)

ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada apenas


quando introduzir uma oração subordinada adverbial condicional.

• ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE

a) Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos” = de


+ os –, equivale-se a sobre, a respeito de)

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b) Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.


(refere-se a acontecimento passado)

c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (equivale-se a


aproximadamente)

• AFIM x A FIM DE

a) Temos ideias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em


número para com ele concordar)

b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva,


denota finalidade, objetivo, intenção)

• DEMAIS x DE MAIS

a) Estudei demais. (advérbio de intensidade, liga-se a um verbo,


equivale-se a muito, bastante, demasiadamente, em excesso)

b) Eu estudo muito; os demais, pouco. (pronome indefinido, equivale-se a


outros, restantes, vem precedido de artigo)

c) Surgiram candidatos de mais. (locução que se contrapõe a de menos)

ATENÇÃO! Com relação a de menos, a professora Maria Tereza de Queiroz


Piacentini ensina que nem sempre tal expressão tem como oposto de mais.
De menos pode se referir a substantivo ("gente de menos") e verbo ("saber
de menos"), segundo a autora do livro Português para redação (edição
esgotada). Moral da história: junto a substantivo, use de mais e de menos;
junto a verbo, use demais e pode usar de menos também.

• ONDE x DONDE x AONDE

a) Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a
preposição em, na língua portuguesa não existe a suposta contração nonde,
indicada por em + onde; é errada sua utilização para substituir nomes que
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não indicam lugar: Na reunião onde estávamos, houve muita discussão.


Nesse caso, prefira a locução em que.)

b) Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em


razão sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de +
onde)

c) Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também
por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal “vai”:
“Aonde” = a + onde)

• MAS x MAIS

a) Ela estudou muito, mas não foi aprovada. (conjunção coordenativa


adversativa, conecta orações que guardam entre si ideias opostas)

b) Ela era a aluna mais simpática da turma. (advérbio de intensidade,


refere-se a adjetivo, outro advérbio ou verbo)

c) Menos ódio e mais amor. (pronome indefinido adjetivo, refere-se a


substantivo)

• HÁ x A

a) Ele chegou da Europa há dois anos. (refere-se a acontecimento passado)

b) Ela voltará daqui a um ano. (refere-se a acontecimento futuro)

• DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE

a) O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas pessoas.


(indica posição contrária, colisão, confronto)

A proposta da diretoria foi de encontro aos anseios dos funcionários.

b) O filho foi ao encontro do pai, abraçando-o. (sugere posição favorável,


concordância)

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• À TOA (o novo Acordo retirou o hífen, a diferença se dará pelo


contexto)

a) Ele era uma pessoa à toa. (locução adjetiva invariável; refere-se a um


substantivo; significa desprezível, sem valor, insignificante)

b) Ele andava à toa na rua. (locução adverbial; indica maneira, modo, sem
rumo certo, a esmo, sem fazer nada)

• DIA A DIA (o novo Acordo aboliu o hífen, a diferença se dará pelo


contexto)

a) O dia a dia do operário brasileiro é desgastante. (substantivo, precedido


por artigo, equivale-se a cotidiano)

b) Os preços das mercadorias aumentam dia a dia. (locução adverbial de


tempo, equivale-se a diariamente)

• TAMPOUCO x TÃO POUCO

a) Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer justificativa.


(advérbio de negação, equivale-se a também não)

b) Tenho tão pouco entusiasmo pelo trabalho. (tão = advérbio de


intensidade; pouco = pronome indefinido adjetivo, alude a um substantivo)

c) Estudamos tão pouco. (tão = advérbio de intensidade, refere-se a outro


advérbio: pouco = advérbio de intensidade, refere-se ao verbo)

A respeito do EMPREGO DO HÍFEN, resumirei aqui os casos


importantes.

Prefixos Usa-se hífen Não se usa hífen


Agro, ante, anti, arqui, auto, Quando a palavra a) Em todos os demais
contra, extra, infra, intra, seguinte começa com h casos: autorretrato,
macro, mega, micro, maxi, ou com vogal igual à autossustentável,

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mini, semi, sobre, supra, última do prefixo: auto- autoanálise,


tele, ultra... -hipnose, auto- autocontrole,
-observação, anti-herói, antirracista, antissocial,
anti-imperalista, micro- antivírus, minidicionário,
-ondas, mini-hotel minissaia, minirreforma,
ultrassom... (perceba
que as letras R e S
são duplicadas).
b) Quando se usam os
prefixos des- e in-,
caem o h e o hífen:
desumano, inabitável,
desonra, inábil.
c) Também com os
prefixos co- e re- caem
o h e o hífen: coordenar,
coerdeiro, coabitar,
reabilitar, reeditar,
reeleição.
Quando a palavra
Em todos os demais
seguinte começa com h
Hiper, inter, super casos: hiperinflação,
ou com r: super-homem,
supersônico
inter-regional
Quando a palavra
seguinte começa com b, Em todos os demais
Sub, sob, ob, ab h ou r: sub-base, sub- casos: subsecretário,
-reino, sub-humano (ou subeditor
subumano)
Vice, ex, sem, além, aquém, Sempre: vice-rei, vice-presidente, além-mar,

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recém, pós, pré, pró além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor,


ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente,
pós-graduação, pré-história, pré-vestibular,
pró-europeu, recém-casado, recém-nascido,
sem-terra
Quando a palavra
seguinte começa com h, Em todos os demais
Pan, circum, mal m, n ou vogais: pan- casos: pansexual,
americano, circum- circuncisão
hospitalar

Quero enfatizar o seguinte:

1 – Com prefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.


Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história, mini-hotel,
proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.

2 – Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal


com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo,
autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição,
extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto,
semiesférico, semiopaco.

3 – Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo


elemento começar pela mesma consoante.
Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário,
super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.

4 – Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo


elemento começar por vogal.
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Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar,


interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico,
superexigente, superinteressante, superotimismo.

Acentuação Gráfica

A partir de agora, vamos falar sobre acentuação gráfica, que


também é mais um tópico do programa. Comecemos assim:

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

O propósito delas é sistematizar a leitura das palavras de nossa


língua; assim sendo, baseiam-se na posição da sílaba tônica, no timbre da
vogal, nos padrões prosódicos menos comuns da língua. Em relação aos
vocábulos:

1 – MONOSSÍLABOS TÔNICOS  o acento é empregado naqueles


terminados por A(S), E(S) ou O(S)
Ex.: Elas são más. / Pisaram o meu pé. / Ninguém ficará só.

CUIDADO! Quando os prefixos PRÉ e PRÓ vierem separados por hífen, eles
serão acentuados: pré-técnico, pró-labore.
Quando não estiverem, não serão acentuados: pressentir,
prosseguir.
Nas formas verbais terminadas em R, S ou Z e seguidas por
pronomes oblíquos átonos A(s) ou O(S), essas consoantes são suprimidas, as
vogais A, E ou O da terminação verbal recebem acento gráfico e os pronomes
oblíquos átonos A(S) ou O(S) recebem a letra “L”: dar + o = dá-lo; pôs + os =
pô-los; fez + a = fê-la.

2 – OXÍTONOS (a sílaba tônica da palavra é a última)  usa-se o acento


quando terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS:
Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns

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CUIDADO! Os vocábulos oxítonos terminados por I ou U não serão


acentuados, salvo se estiverem em hiato.
Ex.: Bangu – Grajaú // dividi-lo – construí-lo

3 – PAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a penúltima)  são acentuados aqueles


que terminam em I(S), US, Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, PS, DITONGO
ORAL.
Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão, sótãos, médium, álbuns, amável,
abdômen, mártir, látex, bíceps, íon, íons, vôlei, jóquei, história, gênio.

CUIDADO! Não serão acentuados os vocábulos paroxítonos terminados por EM


ou ENS: item, itens, hifens (mas: hífen ou hífenes), polens (mas: pólen ou
pólenes)
Os prefixos paroxítonos terminados por I ou R não serão
acentuados: semi-histórico, super-homem.

1. (Cespe/Ancine/Técnico Administrativo/2012) Os vocábulos “indivíduo”,


“diária” e “paciência” recebem acento gráfico com base na mesma regra
de acentuação gráfica.

Comentário – Sim, essas palavras são acentuadas porque são paroxítonas


terminadas em ditongo oral.
Resposta – Item certo.

4 – PROPAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a antepenúltima)  todos são


acentuados.
Ex.: histórico, cântico, lâmpada, hífenes, pólenes.

2. (Cespe/MPE-PI/Cargos de Nível Superior/2012) De acordo com a


ortografia oficial vigente, o vocábulo “órgãos” (L.20) segue a mesma regra
de acentuação que o vocábulo “últimos” (L.12).
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Comentário – A primeira palavra enquadra-se na regra da paroxítona


terminada em ÃO(S); a segunda recebe acento por ser proparoxítona.
Resposta – Item errado.

REGRAS ESPECIAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA (note as mudanças


introduzidas pelas novas regras)

1 – HIATOS
a) Não se acentua mais a primeira vogal dos hiatos OO, EE.
Ex.: voo, enjoos, creem, deem, leem, veem. (3ª pessoa do plural dos verbos
crer, dar, ler e ver)

b) Acentuam-se as vogais I(S) e U(S), quando formam a sílaba tônica e


ocupam a segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S.
Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo.

Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e U não ocupam
a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba tônica.

CUIDADO! Se as vogais I ou U formarem sílabas com L, M, N, R, Z ou vierem


seguidas de NH, não haverá acento gráfico: pa-ul, ru-im, a-in-da, sa-ir, ju-iz,
ra-i-nha.
Se as vogais I ou U formarem hiato com uma vogal idêntica, não
se usará acento gráfico: xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba (nome de uma planta).
O acento só surgirá se a palavra for uma proparoxítona: fri-ís-si-mo.
ATENÇÃO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após ditongos
e a palavra for paroxítona, não levarão acento: baiuca, feiura.
Interessante é o que acontece, por exemplo, com o vocábulo
Piauí. Observe que, agora, a vogal tônica I ocupa a última posição, a palavra é
oxítona. Casos como esse não foram atingidos pelas mudanças ortográficas.

2 – DITONGOS

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a) EI, OI: deixam de receber acento agudo quanto tônicos, abertos e


como sílabas tônicas de palavras paroxítonas; mas o recebem em outras
ocasiões (quando a palavra for oxítona ou monossílaba tônica, por
exemplo).
Ex.: chapéu, assembleia, jiboia, céu, herói.

3 – GUE, GUI e QUE, QUI


a) Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE, GUI e QUE, QUI
não receberá mais trema quando for pronunciada fracamente; sendo, pois,
semivogal.
Ex.: aguentar, pinguim, linguiça, eloquente, quinquênio.

b) A letra U também não receberá mais acento agudo quando for


pronunciada fortemente; sendo, pois, vogal.
Ex.: averigue, apazigue, argui, obliques.

CUIDADO! O trema foi abolido pelas novas regras. Também o foi o acento
agudo no U tônico dos grupos verbais averiguar, apaziguar, arguir, redarguir,
enxaguar e afins. Exemplos: arguo, arguis, argui, arguem, argua, arguas,
arguam, redarguo, averiguo, enxague, oblique.

4 – ACENTO DIFERENCIAL (com a vigência das novas regras, foi


abolido, salvo algumas exceções, que estão destacadas abaixo)

Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do


indicativo)
Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do
indicativo)

ATENÇÃO! Repare que as formas TEM e VEM constituem monossílabos tônicos


terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminações A(S), E(S) e O(S)
recebem acento: má, fé, nó. É muito comum as bancas examinadoras

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explorarem questões envolvendo esses verbos. Elas relacionam, por exemplo,


um sujeito no singular à forma verbal TÊM (com acento circunflexo mesmo) e
perguntam se a concordância está correta. Obviamente, se a forma verbal
empregada é TÊM, o sujeito deve ser representado por um nome plural. Fique
atento para esse detalhe.
Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial)
não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto,
continue a usá-lo.

Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do presente do


indicativo)
Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural do presente
do indicativo)

ATENÇÃO! Agora, a “pegadinha” é outra. As bancas gostam de explorar o


motivo do acento nos pares detém/detêm, mantém/mantêm, provém/provêm,
todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma correspondente à
terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em virtude de ser uma
oxítona terminada por EM. Já a forma correspondente à terceira pessoa do
plural recebe acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do singular.

Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo)


Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)

ATENÇÃO! O novo acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Você deve
usá-lo.

Pôr (verbo)
Por (preposição)

ATENÇÃO! O novo acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR.


Você deve usá-lo.

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Fôrma (substantivo = molde)


Forma (substantivo = disposição exterior de algo)

ATENÇÃO! É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as


palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais
clara: Qual é a forma da fôrma do bolo?

Agora, prezado aluno, você precisa colocar em prática tudo o que


aprendeu e notar como o examinador costuma cobrar esses conceitos em
prova.
Lembre-se sempre de que o novo Acordo Ortográfico está em vigor
e que a Academia Brasileira de Letras já lançou oficialmente o novo VOLP.
Portanto nada impede que a banca examinadora exija de você conhecimentos
a respeito dele.

[...]

3. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Na linha 26, “por que”


poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque,
em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em
“mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever”
(L.31-32).

Comentário – Questão muito fácil. Você nem precisa ter o trabalho de


analisar tudo o que a banca propôs. De acordo com o que foi explicado sobre o
assunto, jamais a expressão por que (com separação; equivale-se a pela
qual, no caso sob análise) poderá ser substituída corretamente pela expressão
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porque (sem separação; conjunção causal ou explicativa, dependendo do


caso). O texto é até dispensável. Assim, você não desperdiça tempo durante
uma prova.
Resposta – Item errado.

4. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011)

[...]

[...]

No período “Parece que sim, porque (...) receberão efeitos.” (l.11-16), a


substituição do ponto final por ponto de interrogação manteria a coerência
do texto, mas, nesse caso, de acordo com a prescrição gramatical, o
vocábulo “porque” deveria ser grafado como por que.

Comentário – A forma porque serve para introduzir uma explicação ou causa


de um acontecimento. No texto sob análise, o enunciador apresenta uma
justificativa para se considerar importante o que foi declarado anteriormente.
Já a forma por que, associada a um ponto de interrogação e no início de
orações interrogativas diretas ou indiretas, deve ser escrita separadamente e
sem acento. No entanto, estaria prejudicada à coerência textual. No trecho não
cabe uma pergunta, mas sim a apresentação de um motivo que justifique
aquela importância.
Resposta – Item errado.

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[...]
22 Os grandes líderes de mercado parecem ainda ter
dificuldade para entender o que está acontecendo de fato. O
discurso e a prática dessas empresas ainda estão baseados em
25 modelos ultrapassados, que veem os custos ainda da maneira
tradicional, deixando as externalidades para a sociedade.
E mais, não são apenas os grandes líderes do setor
28 privado que demonstram essa dificuldade. Uma manchete
recente em um grande jornal diário mostra que pesquisadores
e jornalistas também não entenderam as oportunidades que
31 estão surgindo a partir das transformações que estamos
vivendo. Eis o título da matéria: “Só estagnação econômica
pode reduzir aquecimento global, diz estudo”.
[...]
Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: CartaCapital,
26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).

5. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Na opção a seguir,


é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos Correios na
Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical.

O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo


abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato
permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o
funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos
decretos que criassem os Correios Interiores.

Comentário – Repara na expressão “afim de”, usada para exprimir finalidade,


propósito, intento. Nesse sentido, a grafia correta é separada: a fim de.
Resposta – Item errado.

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[...]
O planejamento caiu em descrédito com a queda do
16 Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a
contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que
se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito
19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das
pernas, está. Chegou, portanto, o momento de reabilitar e
atualizar o planejamento. Até Jeffrey Sachs — diretor do Earth
22 Institute, da Columbia University, em Nova Iorque, e
conselheiro do secretário-geral das Nações Unidas —
pronuncia-se em favor de um planejamento flexível a longo
25 prazo, voltado para o enfrentamento dos três desafios
simultâneos da segurança energética, segurança alimentar e
redução da pobreza, buscando uma cooperação tripartite entre
28 os setores público e privado e a sociedade civil.
[...]
34 O fenomenal crescimento da economia mundial no
decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias
fósseis, provocou um aquecimento global de consequências
37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro
considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais
podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de
40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios
de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais
do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis,
43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para
plantar.
[...]
Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento.
Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).

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6. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O sentido da expressão


“mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria prejudicado
caso se substituísse “mal” por mau.

Comentário – Em linguagem figurada, a expressão nos comunica que o “mito


dos mercados que se autorregulam” está desacreditado, já não produz o
mesmo efeito, sua sustentabilidade está abalada, enfraquecida.
O vocábulo “mal”, no contexto, é o contrário de bem
(advérbio) e não pode ser trocado por mau, antônimo de bom (adjetivo).
Resposta – Item certo.

1 Com um alto grau de urbanização, o Brasil já


apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas,
como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem
4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos.
[...]
o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma
28 casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois
quarteirões, no mínimo — das ruas e avenidas mais
movimentadas. [...]
Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).

7. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) por


acerca de manteria a correção gramatical do período.

Comentário – Cerca de e acerca de são locuções prepositivas, mas elas não


devem ser confundidas. A primeira é usada para indicar quantidade
aproximada; a segunda equivale-se à preposição sobre.
Resposta – Item errado.

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8. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Manteria a correção gramatical e o


sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois
quarteirões” (l.28-29).

Comentário – A forma verbal “há”, nesse contexto, causaria incoerência, visto


que indicaria a existência de dois quarteirões. Não é isso o que se pretende
dizer no texto. O autor pretende indicar a distância mínima da localização do
imóvel. Nesse sentido, o vocábulo adequado é “a”.
Resposta – Item errado.

1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente


difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os
primeiros homens em contato com a natureza. [...]
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

9. (Cespe/Antaq/Especialista – Economia/2009) No desenvolvimento da


textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no qual
vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a coerência
nem para a correção gramatical do texto.

Comentário – A ênfase aqui será dada ao emprego de onde, que é usado


com verbo estático (“vivem”) e pede a preposição em; na língua portuguesa
não existe a contração nonde, supostamente indicada por em + onde.
O pronome relativo que pode ser substituído por o/a qual.
Logo, a forma em que pode ser trocado pela forma no/na qual, conforme o
caso.
Resposta – Item certo.

1 Nossos projetos de vida dependem muito do futuro


do país no qual vivemos. E o futuro de um país não é
obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói.
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4 E constrói-se no meio de embates muito intensos — e, às


vezes, até violentos — entre grupos com visões de futuro,
concepções de desenvolvimento e interesses distintos e
7 conflitantes.
[...]
Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade
nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).

10. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 2, mantendo-se a correção


gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no
qual”.

Comentário – Esta foi só para confirmar o que eu disse anteriormente e como


o Cespe, volta e meia, explora o emprego dessas expressões. Quando
tratarmos de pronomes, falaremos mais sobre o uso dos relativos.
Resposta – Item certo.

[...]

A coisa é mais complicada na modernidade, em que


10 os cidadãos comuns (como você e eu) são a fonte de toda
autoridade jurídica e moral. [...]

11. (Cespe/PF/Agente/2012) Suprimindo-se o emprego de termos


característicos da linguagem informal, como o da palavra “coisa” (l.9) e o
do trecho “(como você e eu)” (l.10), o primeiro período do segundo
parágrafo poderia ser reescrito, com correção gramatical, da seguinte
forma: Essa prática social apresenta-se mais complexa na
modernidade, onde a autoridade jurídica e moral submete-se à
opinião pública.

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Comentário – O que pretendo demonstrar com esta questão é o uso


inadequado do vocábulo onde. Ele deve ser empregado para substituir termo
que designe lugar, não uma situação, um conceito etc. Observe que na
reescritura o termo substituído é “modernidade”, que não expressão sentido de
lugar.
Resposta – Item errado.

12. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) As palavras “líderes”,


“empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem acento gráfico com base
na mesma justificativa gramatical.

Comentário – Sim, todas são proparoxítonas e por isso devem ser


acentuadas.
Resposta – Item certo.

13. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) As palavras


“catástrofe” e “climática” recebem acento gráfico com base em
justificativas gramaticais diferentes.

Comentário – A justificativa é uma só. Ambas são palavras proparoxítonas e


devem ser acentuadas por isso.
Resposta – Item errado.

14. (Cespe/TJ-AL/Cargos de Nível Superior/2012) O emprego do acento


gráfico nos vocábulos “análise” (L.4), “Aristóteles” (L.8) e ‘cadáveres’
(L.11) justifica-se pela mesma regra de acentuação.

Comentário – Nós não precisamos do texto para saber que todas as palavras
indicadas são proparoxítonas (a-ná-li-se, A-ris-tó-te-les, ca-dá-ve-res) e
devem ser acentuadas por isso.

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Resposta – Item certo.

15. (Cespe/MPS/Análise de Comprovantes/2010) As palavras “últimas”,


“trânsito”, “econômica” e “contribuírem” recebem acento gráfico por
serem proparoxítonas.

Comentário – São proparoxítonas apenas “últimas”, “trânsito” e “econômica”.


A palavra “contribuírem” é paroxítona e é acentuada porque:
a) a letra I representa a segunda vogal do hiato formado
com a vogal representada pela letra U,
b) ela (a letra I) representa a sílaba tônica da palavra e
c) está só na sílaba.
Resposta – Item errado.

16. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) Em


“contribuíram”, o emprego do acento gráfico justifica-se pela presença de
ditongo em sílaba tônica.

Comentário – Então, o que achou? A explicação da acentuação da palavra


“contribuírem” (questão acima) serve perfeitamente para a acentuação da
palavra contribuíram.
Resposta – Item errado.

17. (Cespe/SEDU-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) As palavras


“metrópoles”, “acúmulo”, “inúmeros” e “mínimas” recebem acento gráfico
com base em justificativas gramaticais diferentes.

Comentário – Todas as palavras são proparoxítonas, sendo acentuadas por


esse motivo.
Resposta – Item errado.

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18. (Cespe/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2010) O uso das letras


iniciais maiúsculas em "Império Romano", "Cristianismo" e "Revolução
Francesa" são exemplos de que substantivo usado para designar ente
singular deve ser grafado com inicial maiúscula, como, por exemplo, Lei
nº 8.888/1998.

Comentário – Além de sempre usada no início de períodos, nos títulos de


obras artísticas ou técnico-científicas, a letra maiúscula (caixa alta) é
convencionalmente usada na grafia de substantivos singulares para indicar
deferência e, ainda, nos casos abaixo:
• nomes, sobrenomes (José Ferreira) e cognomes (Ivan, o Terrível) das
pessoas;
• alcunhas (Sete Dedos); pseudônimos (Joãozinho Trinta); de nomes
dinásticos (os Médici);
• topônimos (Brasília, Paris);
• regiões (Nordeste, Sul);
• nomes de instituições culturais, profissionais e de empresa (Fundação
Getúlio Vargas, Associação Brasileira de Jornalistas, Lojas Americanas);
• nome de divisão e de subdivisão das Forças Armadas (Marinha, Polícia
Militar);
• nome de período e de episódio histórico (Idade Média, Estado Novo);
• nome de festividade ou de comemoração cívica (Natal, Quinze de
Novembro);
• designação de nação política organizada, de conjunto de poderes ou de
unidades da Federação (golpe de Estado, Estado de São Paulo);
• nome de pontos cardeais (Sul, Norte, Leste, Oeste);
• nome de zona geoeconômica e de designações de ordem geográfica ou
político-administrativa (Agreste, Zona da Mata, Triângulo Mineiro);
• nome de logradouros e de endereço (Av. Rui Barbosa, Rua Cesário
Alvim);

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• nome de edifício, de monumento e de estabelecimento público (edifício


Life Center, Estádio do Maracanã, Aeroporto de Cumbica, Igreja da Sé);
• nome de imposto e de taxa (Imposto de Renda);
• nome de corpo celeste, quando designativo astronômico (“A Terra gira
em torno do Sol”);
• nome de documento ao qual se integra um nome próprio (Lei Áurea, Lei
Afonso Arinos).

Resposta – Item certo.

19. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) Os vocábulos “políticas”, “desperdício” e


“carcerária” recebem acento gráfico com base na mesma regra de
acentuação.

Comentário – O vocábulo “políticas” é acentuado por ser proparoxítono; mas


“desperdício” e “carcerária” recebem acento por serem palavras paroxítonas
finalizadas em ditongo oral.
Resposta – Item errado.

20. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) O emprego de acento


gráfico no vocábulo “barbárie” deve-se à mesma regra que se observa no
emprego de acento em “caleidoscópio”.

Comentário – Sim, o emprego do acento em ambas as palavras justifica-se


porque elas são paroxítonas terminadas em ditongo oral.
Resposta – Item certo.

21. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/2011) A regra de acentuação gráfica que


justifica o emprego do acento gráfico em “aeroportuário” é a mesma que
justifica o emprego do acento em “meteorológica”.

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Comentário – Não. A primeira palavra é paroxítona terminada em ditongo


oral: a-e-ro-por-tu-á-ria; a segunda é proparoxítona: me-te-o-ro-ló-gi-ca.
Resposta – Item errado.

22. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos "espécies",


"difíceis" e "históricas" são acentuados de acordo com a mesma regra de
acentuação gráfica.

Comentário – As duas primeiras são paroxítonas terminadas em ditongo oral:


es-pé-cies, di-fí-ceis. A última, entretanto, é proparoxítona: his-tó-ri-cas.
Resposta – Item errado.

23. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Levando-se em consideração


o que está previsto na ortografia oficial vigente, é correto afirmar que: o
vocábulo “têxtil” (L.2), que segue o padrão de flexão do vocábulo pênsil,
é acentuado também na forma plural; “obsolescência” (L.12) é vocábulo
que segue o padrão do vocábulo ciência, no que se refere ao emprego de
sinal de acentuação; a acentuação gráfica do vocábulo “déspotas” (L.18)
também é empregada quando o vocábulo é grafado na forma singular.

Comentário – Vamos com calma! Os vocábulos têxtil e pênsil pluralizam-se


assim, respectivamente: têxteis e pênseis. A terminação átona
–il dá lugar à terminação –eis. Não confunda com a terminação tônica: funil
> funis, em que o –l dá lugar ao –s. No singular, o acento circunflexo em
têxtil e pênsil ocorre porque as palavras são paroxítonas terminadas em L.
No plural, o acento permanece porque as palavras são paroxítonas terminadas
em ditongo oral.
As palavras obsolescência e ciência também recebem acento
porque são paroxítonas terminadas em ditongo oral: ob-so-les-cên-cia,
ci-ên-cia.

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Déspota(s) recebe acento por ser proparoxítona (todas são


acentuadas, independentemente de estarem no singular ou no plural).
Resposta – Item certo.

24. (Cespe/Serpro/Técnico – Operação de Redes/2010) No trecho “O episódio


colocou em xeque a viabilidade do modelo”, a palavra “xeque” poderia
ser, facultativamente, grafada da seguinte forma: cheque. Nesse caso,
seriam mantidos a correção gramatical do texto e seu sentido original.

Comentário – Também existe no léxico da nossa Língua a palavra cheque, o


seu significado nada tem a ver com xeque. Entenda:
– cheque: documento fornecido por um banco a quem nele
tem conta, que equivale a dinheiro, uma vez preenchido com determinada
quantia e assinado pelo titular da conta.
– xeque (conforme usado no trecho): situação que representa
ameaça, perigo, risco, contratempo, transtorno: A paz está em xeque.
Resposta – Item errado.

25. (Cespe/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais/2010)

[...] e sendo cada vez mais urgente a tomada de decisões em tempo


recorde [...]

O vocábulo “recorde” também poderia ser corretamente grafado com


acento – récorde.

Comentário – Existem inúmeras palavras que são proferidas erroneamente


por pessoas menos familiarizadas com a norma linguística – são casos de
silabadas. O conhecimento do que está na tabela abaixo evitará que esses
equívocos aconteçam.
Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas
Cateter austero ádvena

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Cister avaro aeródromo


Condor aziago aerólito
Gibraltar batavo édito (ordem judicial)
Hangar ciclope elétrodo
Masseter edito (lei, decreto) ínterim
Mister filantropo lêvedo
Negus fortuito arquétipo
Nobel gratuito aríete
Novel ibero crisântemo
Obus látex hieróglifo
Oximel maquinaria ímprobo
Ureter misantropo lúgubre
necromancia munícipe
rubrica notívago (ou noctívago)
nenúfar protótipo
pudico recôndito
recorde trânsfuga
vermífugo
zênite

Resposta – Item errado.

26. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010)

[...] Criada em 1983 pela doutora Zilda Arns, a Pastoral da Criança


monitora atualmente cerca de 2 milhões de crianças de até 6 anos de
idade e 80 mil gestantes [...]

Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “cerca de”


por acerca de.

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Comentário – Cerca de e acerca de são locuções prepositivas, mas elas não


devem ser confundidas. A primeira é usada para indicar quantidade
aproximada; a segunda equivale-se à preposição sobre e à locução prepositiva
a respeito de.
Resposta – Item errado.

27. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010) As palavras “Único”,


“críticas” e “público” recebem acento gráfico porque têm sílaba tônica na
antepenúltima sílaba.

Comentário – Sim, a sílaba tônica delas é a antepenúltima, outra maneira de


dizer que são proparoxítonas.
Resposta – Item certo.

28. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) As palavras “amazônico” e


“viúva” acentuam-se de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.

Comentário – Não. A primeira é acentuada porque é uma proparoxítona; a


segunda se enquadra na regra do hiato: letra I o U representando a segunda
vogal do hiato, constituindo a sílaba tônica da palavra e estando só ou
acompanhada de S (país, saúde, Grajaú etc.).
Resposta – Item errado.

29. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) Estaria de acordo com o que


estabelece a prescrição gramatical para textos escritos no nível formal da
linguagem, tais como documentos oficiais, a substituição da expressão
“dali para a frente” por dali pra frente.

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Comentário – A forma pra representa uma variação linguística conhecida


como linguagem informal ou popular, que não tem aceitação em documentos
oficiais, justamente por se distanciar da norma gramatical. Abaixo há um
quadro que assinala a diferença entre a variação padrão (formal, culta) e a não
padrão (informal ou popular) por meio de outros exemplos:

FORMAL INFORMAL
Está Tá
Falar Falá
Queijo Quejo
Vamos Vamo
Vou Vô
Regência do verbo visar Ele visa o bem público. (deveria ser ao)

Resposta – Item errado

30. (Cespe/Correios/Cargos de Nível Superior/2011) As palavras “ônibus” e


“invioláveis” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.

Comentário – A primeira recebe acento por ser proparoxítona (ô-ni-bus); a


segunda, por ser paroxítona terminada em ditongo oral (-eis).
Resposta – Item errado.

31. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Os vocábulos


“quilômetros”, “emblemático” e “picolé” são acentuados de acordo com a
mesma regra de acentuação gráfica.

Comentário – Os dois primeiros são acentuados por serem proparoxítonos


(qui-lô-me-tro / em-ble-má-ti-co); “picolé” é oxítona terminada em E.
Resposta – Item errado.

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32. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) Os vocábulos


“analítica” e “teríamos” recebem acento gráfico com base na mesma regra
de acentuação.

Comentário – Sim, os dois acentos são usados porque as palavras são


proparoxítonas (todas são acentuadas): a-na-lí-ti-ca / te-rí-a-mos.
Resposta – Item certo.

[...]

19 Para se ter uma ideia, apenas os alunos de ótimo boletim têm


direito à inscrição e, ainda assim, 85% deles ficam de fora.
[...]

33. (Cespe/FUB/Cargos de Nível Médio/2011) Em razão do contexto, o acento


gráfico empregado na forma verbal “têm” (L.19) é obrigatório.

Comentário – Sim, o acento é obrigatório. Este acento serve para diferenciar


a terceira pessoa do plural (“os alunos de ótimo boletim” = eles) da terceira
pessoa do singular (ele). Nem mesmo a vigência do novo Acordo o aboliu.
Resposta – Item certo.

34. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos “países” e


“áreas” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.

Comentário – Negativo. O acento agudo em países justifica-se pela regra dos


hiatos. A vogal I é a segunda do hiato (pa-í-ses), está sozinha na sílaba e
constitui a sílaba tônica da palavra. Em áreas, o acento ocorre porque a
palavra é paroxítona terminada em ditongo (á-reas).
Resposta – Item errado.

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35. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) Os vocábulos “público” (L.9)


e “caótico” (L.12), que foram empregados no texto como adjetivos,
obedecem à mesma regra de acentuação gráfica.

Comentário – Sim, pois ambas são palavras proparoxítonas (pú-bli-co,


ca-ó-ti-co). Todas as proparoxítonas são acentuadas.
Resposta – Item certo.

[...]

[...]

36. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2012) Na linha 13, a


substituição do vocábulo “senão” por se não, embora gramaticalmente
correta, prejudicaria o sentido do texto.

Comentário – O sentido realmente estaria prejudicado, passaria a indicar uma


condição em vez de uma ressalva, equivalente a mas sim, porém, a não ser.
Em relação à gramaticalidade, o segredo é você analisar a oração subordinada
“embora gramaticalmente correta” depois da principal. Assim, percebemos que
a utilização da forma se não constitui erro de ortografia no contexto.
Resposta – Item errado.

Se ficou alguma dúvida sobre o que eu expliquei, não siga em


frente. Volte ao ponto e leia tudo outra vez. Se a dúvida persistir, escreva para
mim por meio do fórum. Lembre-se de que o êxito deste curso também
depende do diálogo entre nós dois.
Posso esperá-lo na próxima aula?
Um grande abraço e que Deus o abençoe!
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Lista das Questões Comentadas

1. (Cespe/Ancine/Técnico Administrativo/2012) Os vocábulos “indivíduo”,


“diária” e “paciência” recebem acento gráfico com base na mesma regra
de acentuação gráfica.

2. (Cespe/MPE-PI/Cargos de Nível Superior/2012) De acordo com a


ortografia oficial vigente, o vocábulo “órgãos” (L.20) segue a mesma regra
de acentuação que o vocábulo “últimos” (L.12).

[...]

3. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Na linha 26, “por que”


poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque,
em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em
“mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever”
(L.31-32).

4. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011)

[...]

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[...]

No período “Parece que sim, porque (...) receberão efeitos.” (l.11-16), a


substituição do ponto final por ponto de interrogação manteria a coerência
do texto, mas, nesse caso, de acordo com a prescrição gramatical, o
vocábulo “porque” deveria ser grafado como por que.

5. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Na opção a seguir,


é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos Correios na
Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical.

O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo


abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato
permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o
funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos
decretos que criassem os Correios Interiores.

[...]
O planejamento caiu em descrédito com a queda do
16 Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a
contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que
se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito
19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das
pernas, está. Chegou, portanto, o momento de reabilitar e
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atualizar o planejamento. Até Jeffrey Sachs — diretor do Earth


22 Institute, da Columbia University, em Nova Iorque, e
conselheiro do secretário-geral das Nações Unidas —
pronuncia-se em favor de um planejamento flexível a longo
25 prazo, voltado para o enfrentamento dos três desafios
simultâneos da segurança energética, segurança alimentar e
redução da pobreza, buscando uma cooperação tripartite entre
28 os setores público e privado e a sociedade civil.
[...]
34 O fenomenal crescimento da economia mundial no
decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias
fósseis, provocou um aquecimento global de consequências
37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro
considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais
podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de
40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios
de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais
do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis,
43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para
plantar.
[...]
Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento.
Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).

6. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O sentido da expressão


“mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria prejudicado
caso se substituísse “mal” por mau.

1 Com um alto grau de urbanização, o Brasil já


apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas,

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como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem


4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos.
[...]
o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma
28 casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois
quarteirões, no mínimo — das ruas e avenidas mais
movimentadas. [...]

Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).

7. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) por


acerca de manteria a correção gramatical do período.

8. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Manteria a correção gramatical e o


sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois
quarteirões” (l.28-29).

1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente


difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os
primeiros homens em contato com a natureza. [...]
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

9. (Cespe/Antaq/Especialista – Economia/2009) No desenvolvimento da


textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no qual
vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a coerência nem
para a correção gramatical do texto.

1 Nossos projetos de vida dependem muito do futuro


do país no qual vivemos. E o futuro de um país não é
obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói.
4 E constrói-se no meio de embates muito intensos — e, às
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vezes, até violentos — entre grupos com visões de futuro,


concepções de desenvolvimento e interesses distintos e
7 conflitantes.
[...]
Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade
nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).

10. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 2, mantendo-se a correção


gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no
qual”.

[...]

A coisa é mais complicada na modernidade, em que


10 os cidadãos comuns (como você e eu) são a fonte de toda
autoridade jurídica e moral. [...]

11. (Cespe/PF/Agente/2012) Suprimindo-se o emprego de termos


característicos da linguagem informal, como o da palavra “coisa” (l.9) e o
do trecho “(como você e eu)” (l.10), o primeiro período do segundo
parágrafo poderia ser reescrito, com correção gramatical, da seguinte
forma: Essa prática social apresenta-se mais complexa na
modernidade, onde a autoridade jurídica e moral submete-se à
opinião pública.

12. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) As palavras “líderes”,


“empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem acento gráfico com base
na mesma justificativa gramatical.

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13. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) As palavras


“catástrofe” e “climática” recebem acento gráfico com base em
justificativas gramaticais diferentes.

14. (Cespe/TJ-AL/Cargos de Nível Superior/2012) O emprego do acento


gráfico nos vocábulos “análise” (L.4), “Aristóteles” (L.8) e ‘cadáveres’
(L.11) justifica-se pela mesma regra de acentuação.

15. (Cespe/MPS/Análise de Comprovantes/2010) As palavras “últimas”,


“trânsito”, “econômica” e “contribuírem” recebem acento gráfico por
serem proparoxítonas.

16. (Cespe/SEDU-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) As palavras


“metrópoles”, “acúmulo”, “inúmeros” e “mínimas” recebem acento gráfico
com base em justificativas gramaticais diferentes.

17. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) Em


“contribuíram”, o emprego do acento gráfico justifica-se pela presença de
ditongo em sílaba tônica.

18. (Cespe/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2010) O uso das letras


iniciais maiúsculas em "Império Romano", "Cristianismo" e "Revolução
Francesa" são exemplos de que substantivo usado para designar ente
singular deve ser grafado com inicial maiúscula, como, por exemplo, Lei
nº 8.888/1998.

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19. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) Os vocábulos “políticas”, “desperdício” e


“carcerária” recebem acento gráfico com base na mesma regra de
acentuação.

20. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) O emprego de acento


gráfico no vocábulo “barbárie” deve-se à mesma regra que se observa no
emprego de acento em “caleidoscópio”.

21. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/2011) A regra de acentuação gráfica que


justifica o emprego do acento gráfico em “aeroportuário” é a mesma que
justifica o emprego do acento em “meteorológica”.

22. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos "espécies",


"difíceis" e "históricas" são acentuados de acordo com a mesma regra de
acentuação gráfica.

23. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Levando-se em consideração


o que está previsto na ortografia oficial vigente, é correto afirmar que: o
vocábulo “têxtil” (L.2), que segue o padrão de flexão do vocábulo pênsil,
é acentuado também na forma plural; “obsolescência” (L.12) é vocábulo
que segue o padrão do vocábulo ciência, no que se refere ao emprego de
sinal de acentuação; a acentuação gráfica do vocábulo “déspotas” (L.18)
também é empregada quando o vocábulo é grafado na forma singular.

24. (Cespe/Serpro/Técnico – Operação de Redes/2010) No trecho “O episódio


colocou em xeque a viabilidade do modelo”, a palavra “xeque” poderia

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ser, facultativamente, grafada da seguinte forma: cheque. Nesse caso,


seriam mantidos a correção gramatical do texto e seu sentido original.

25. (Cespe/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais/2010)

[...] e sendo cada vez mais urgente a tomada de decisões em tempo


recorde [...]

O vocábulo “recorde” também poderia ser corretamente grafado com


acento – récorde.

26. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010)

[...] Criada em 1983 pela doutora Zilda Arns, a Pastoral da Criança


monitora atualmente cerca de 2 milhões de crianças de até 6 anos de
idade e 80 mil gestantes [...]

Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “cerca de”


por acerca de.

27. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010) As palavras “Único”,


“críticas” e “público” recebem acento gráfico porque têm sílaba tônica na
antepenúltima sílaba.

28. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) As palavras “amazônico” e


“viúva” acentuam-se de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.

29. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) Estaria de acordo com o que


estabelece a prescrição gramatical para textos escritos no nível formal da

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linguagem, tais como documentos oficiais, a substituição da expressão


“dali para a frente” por dali pra frente.

30. (Cespe/Correios/Cargos de Nível Superior/2011) As palavras “ônibus” e


“invioláveis” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.

31. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Os vocábulos


“quilômetros”, “emblemático” e “picolé” são acentuados de acordo com a
mesma regra de acentuação gráfica.

32. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) Os vocábulos


“analítica” e “teríamos” recebem acento gráfico com base na mesma regra
de acentuação.

[...]

19 Para se ter uma ideia, apenas os alunos de ótimo boletim têm


direito à inscrição e, ainda assim, 85% deles ficam de fora.
[...]

33. (Cespe/FUB/Cargos de Nível Médio/2011) Em razão do contexto, o acento


gráfico empregado na forma verbal “têm” (L.19) é obrigatório.

34. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos “países” e


“áreas” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.

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35. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) Os vocábulos “público” (L.9)


e “caótico” (L.12), que foram empregados no texto como adjetivos,
obedecem à mesma regra de acentuação gráfica.

[...]

[...]

36. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2012) Na linha 13, a


substituição do vocábulo “senão” por se não, embora gramaticalmente
correta, prejudicaria o sentido do texto.

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Gabarito das Questões Comentadas

1. Item certo 30. Item errado


2. Item errado 31. Item errado
3. Item errado 32. Item certo
4. Item errado 33. Item certo
5. Item errado 34. Item errado
6. Item certo 35. Item certo
7. Item errado 36. Item errado
8. Item errado
9. Item certo
10. Item certo
11. Item errado
12. Item certo
13. Item errado
14. Item certo
15. Item errado
16. Item errado
17. Item errado
18. Item certo
19. Item errado
20. Item certo
21. Item errado
22. Item errado
23. Item certo
24. Item errado
25. Item errado
26. Item errado
27. Item certo
28. Item errado
29. Item errado
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