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Você faz parte de um grupo selecionado de brasileiros: os que cursam o ensino superior!
Mas, para que possa realizar o seu curso com mais tranquilidade, lhe oferecemos a oportunidade de
realizar o curso de nivelamento!
O Curso de Nivelamento será ofertado na modalidade de Ensino que mais cresce no País, a
modalidade de Educação a Distância.
Bons estudos!
Muitas vezes, passamos pela escola e não aprendemos do modo que queríamos ou deveríamos
conteúdos explorados em sala de aula, principalmente, os relacionados às áreas de língua
portuguesa.
Como o personagem da tira abaixo, alguns alunos, simplesmente, pensam que nunca serão capazes
de ler, escrever ou calcular direito.
Acesso em 07/08/2013.
Assim, o aluno chega ao Ensino Superior, entretanto, pode trazer consigo algumas dificuldades que
não foram sanadas na sua vida escolar, como por exemplo, ao escrever uma palavra fica com dúvida
de que letra deve usar (x ou ch?; S ou z? u ou l?); ao ler um texto.
Por isso, para melhorar o seu desempenho no uso da língua portuguesa, vamos desenvolver
No nivelamento, você vai verificar o que já sabe em relação à utilização da língua portuguesa, e
também melhorar o seu desempenho nessas áreas, que como você já sabe, são essenciais para que
realize um excelente curso de graduação e esteja bem preparado para o mercado de trabalho.
O curso de nivelamento tem uma fase inicial em que você vai verificar o que já sabe de português.
Lembre-se: Você pode optar por realizar o curso de nivelamento nas duas áreas, português e
matemática, ou escolher apenas uma das duas áreas.
O seu caminho pelo curso de Nivelamento está dividido em etapas, com a duração máxima de 40
dias. Cada etapa terá a duração de 01 semana (não deixe de acessar sua agenda! Nela constam
todas as datas para realização das atividades), caso você realize seu estudo em um número menor
de dias, deverá aguardar a próxima semana para avançar para as etapas seguintes!
Na primeira semana, você deverá iniciar suas atividades realizando a leitura da apresentação do
Curso, realizando uma avaliação Diagnóstica que contém 10 questões objetivas (essa avaliação tem
como objetivo, verificar como estão seus conhecimentos) e já iniciar seus estudos na etapa 1.
Cada Etapa é composta de Web Aula, que possuem videoaulas (com resoluções de exercícios) e
Fórum. Além disso, ao final de cada etapa, você deverá realizar avaliações virtuais, referentes aos
assuntos estudados.
Ao final das etapas (1, 2, 3 e 4) você deverá realizar a Avaliação Final, que será composta também
por 10 questões objetivas que corresponde a todos os conteúdos das etapas anteriores estudadas.
Etapa inicial: Nesta etapa você vai verificar o que já sabe de português. Para isso, você realizará
um pequeno teste, com questões objetivas, relacionadas ao uso do português.
- Etapa 1 – O emprego dos verbos – nesta etapa, você vai conhecer, de forma clara, como
utilizamos os verbos, bem como, algumas orientações na sua utilização.
- Etapa 3 – Pontuação e parágrafo – nesta etapa vamos observar, de modo simples e claro,
como e quando devemos usar os sinais de pontuação mais utilizados e também o uso do
parágrafo.
- Etapa 4 – Estudo do texto – Aqui, você compreenderá as regras para escrever um texto, bem
como o uso da coesão e da coerência; concordância e regência verbal e nominal. Desse modo, vai
desenvolver habilidades ideais para ler e escrever com competência.
- Avaliações Finais
IMPORTANTE!
As avaliações virtuais nas etapas (1, 2, 3 e 4), durante a realização do curso não terão nota, pois o
objetivo é levar você, aluno, a apreender os conteúdos explorados.
Após a finalização da Etapa 4, haverá uma avaliação final, contendo 10 questões objetivas de todo o
conteúdo estudado durante o curso para a aprovação e computo de nota. Portanto, estude!
Para a certificação, você, aluno, deverá realizar a Avaliação Final e será considerado o Aprovado o
aluno que obtiver a média igual ou superior a 7,0.
Atenção! Caso você não obtenha a aprovação na Avaliação Final (média igual ou superior a 7,0),
você poderá realizar o curso novamente em outra oferta!
Agora que você já sabe como seu curso de nivelamento funciona, lhe desejamos um Excelente
curso!
Mais uma dica: durante a realização, procure esclarecer as dúvidas que surgirem com o seu tutor
Eletrônico no fórum de discussão de cada Etapa.
APRESENTAÇÃO DO CURSO
Apresentamos a você o Curso de Nivelamento em Língua Portuguesa. Pronto para mais este
desafio?
O objetivo deste curso é aprimorar alguns conceitos sobre o uso das regras básicas da Língua
Portuguesa através de um estudo simplificado, e fixar o conteúdo através de atividades interativas.
A primeira etapa, intitulada “Verbos: palavras que dizem muito” inicia com o uso dos verbos em si,
explicando de forma clara e simplificada os seus principais usos e dicas de como utilizá-los de forma
prática.
Ortografia, tonicidade da sílaba, acentuação e uso da crase é o assunto que será abordado na
segunda etapa. Você verá, de forma prática, como trabalhar com estes temas, que muitas vezes
causam dificuldades.
Pontuação e parágrafo serão apresentados na terceira etapa. Algumas dicas importantes sobre estes
temas serão abordados de forma simplificada.
O estudo do texto é o tema abordado na quarta etapa. Você conhecerá as regras para escrever bem
um texto. Coesão e coerência, concordância e regência são temas que serão discutidos e praticados
nesta etapa, para que você, acadêmico(a), possa praticar melhor a sua habilidade em desenvolver
textos.
Estamos prestes a iniciar os estudos que abordarão o uso dos verbos. Você já se perguntou qual a
origem da palavra verbo?
Verbo deriva do latim verbum, que tem origem indo-europeia werdHom. Possui a
mesma raiz wer (falar), do germânico wordam (palavra).
Afinal, para que usamos o verbo? Verbo é toda palavra que exprime um processo que se passa no
tempo. Pode significar ação, estado, fenômeno da natureza. Muitas informações importantes estão
contidas no verbo, tais como tempo, modo, pessoa, voz e número, que estudaremos com detalhes
adiante. Também são classificadas como palavras que podem ser conjugadas.
De acordo com Cunha (2001), o verbo é uma palavra variável que exprime o que se passa, isto é,
um acontecimento representado no tempo. O verbo, segundo Cunha, não tem uma função que lhe
seja privativa, pois também o substantivo e o adjetivo podem ser núcleos do predicado. Porém,
individualiza-se pela função obrigatória de predicado. Observe o exemplo: Paula convidouos
amigos. Também podem estabelecer ligação entre um nome e uma característica, como emAna está
feliz.
Agora que já sabemos qual a função dos verbos, vamos conhecer um pouco mais sobre eles.
Para descontrair...
- Ir preso, professora.
A professora mandou Joãozinho recitar uma poesia. Ele, todo cheio de compostura, começou a
declamar:
- Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam.
Conjugações verbais
Conjugar um verbo significa dizê-lo em todos os seus modos, pessoas, tempos, vozes e números.
Quando agrupamos todas essas flexões, de acordo com uma ordem, temos uma conjugação. Os
verbos da Língua Portuguesa são classificados em três diferentes grupos, caracterizados pela vogal
temática.
NOTA
Vogal temática é a parte que indica a conjugação à qual os verbos pertencem. É formada pela vogal
que vem depois do radical. EX: Cant - a - r. (a - vogal temática); Sofr - e - r (e - vogal temática);
Part - i - r (i - vogal temática).
E os verbos terminados em OR, como em compor, supor, dispor? Por que foram classificados na
segunda conjugação, terminados em ER? Vamos à explicação: esses verbos, por terem origem no
antigo verbo poer, são encaixados na segunda conjugação.
Flexão verbal
O verbo é uma palavra variável, ou seja, ele se flexiona em número: singular e plural, pessoa: 1ª, 2ª
e 3ª; modo: indicativo, subjuntivo e imperativo; tempo: presente, passado e futuro; e voz: ativa,
passiva e reflexiva. Quanto a estas flexões, estudaremos uma a uma de forma detalhada para
facilitar a sua compreensão.
Mas afinal, o que é flexionar um verbo? Flexionar quer dizer adaptar o verbo ao número, ao modo,
ao tempo e à voz, fazendo com que ele concorde com o pronome anterior a ele.
Vejamos:
Número e pessoa: a flexão de número é quando a forma indica se o verbo está no singular ou no
plural. Singular quando se refere a apenas uma pessoa (eu ando, tu andas, ele anda). Plural quando
se refere a mais de uma pessoa (nós andamos, vós andais, eles andam).
Assim, os verbos se flexionam em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª).
Veja a tabela:
Singular 2ª Tu Tu cantas.
Agora que já estudamos o número e a pessoa dos verbos, vamos conhecer o modo e o tempo verbal.
- Modo verbal: é a flexão que nos mostra qual é a intenção do falante ao expor suas ideias. Através desta
flexão, podemos perceber se o que é expresso por ele indica uma dúvida ou possibilidade, uma certeza ou uma
ordem. Os verbos são classificados em três modos: Veja abaixo:
a. Modo indicativo: indica um fato que ocorre, ocorreu ou ocorrerá com certeza. Um fato real. Por exemplo:Carlos
partiu ontem. Nesta oração, temos certeza de que Carlos realmente partiu. O fato está concretizado.
b. Modo subjuntivo: indica um fato hipotético, ou seja, não é certo que acontecerá. Pode exprimir dúvida,
probabilidade ou suposição. Por exemplo: Quem sabe eu vá ao baile se não chover. Nesta oração, não se sabe ao
certo se a ação ocorrerá. O fato não está concretizado.
c. Modo imperativo: indica ordem, pedido, súplica, sugestão, convite. Observando o exemplo Feche a porta, por
favor, percebemos que a oração exprime uma ordem ao seu receptor.
- Tempo verbal: o estudo do tempo verbal é um pouco mais complexo do que os demais, mas muito
interessante, pois, a partir da observação deste, podemos saber quando a ação ou o fato foram realizados. Desta
forma, observe a tabela a seguir e perceba que o tempo verbal divide-se em três grandes grupos: presente,
pretérito (que é o mesmo que passado) e futuro. O passado, por sua vez, subdivide-se em pretérito perfeito,
pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito e o futuro subdivide-se em futuro do presente e futuro do pretérito.
Para compreender melhor o uso dos pretéritos, convém saber algumas distinções entre eles. Veja:
Agora, vamos adiante. Para descontrair, vamos exercitar o que aprendemos até agora? Classifique o
verbo destacado nas sentenças a seguir em modo, tempo, pessoa e número, conforme o exemplo
dado:
Resposta: Modo: indicativo; tempo pretérito perfeito; pessoa e número: terceira pessoa do
singular.
a. Eu viajaria se tivesse dinheiro.
Resposta: _____________________________________________________
b. Carla estudara muito para a prova.
Resposta: _____________________________________________________
c. As coisas acontecerão dentro do tempo proposto.
Resposta: _____________________________________________________
(Gabarito: a. modo: indicativo; tempo: futuro do pretérito; pessoa e número: primeira pessoa do
singular. / b. modo: indicativo; tempo: pretérito mais-queperfeito; pessoa e número: terceira pessoa
do singular. / c. modo: indicativo; tempo: futuro do presente; pessoa e número: terceira pessoa do
plural.)
Vozes verbais: as vozes verbais indicam se o sujeito da oração pratica, recebe, ou pratica e recebe
a ação que é expressa pelo verbo. As vozes verbais classificam-se em ativa, passiva e reflexiva.
Vejamos alguns exemplos:
Voz ativa: ocorre quando o sujeito é quem pratica a ação, ou seja, é ele que faz a ação expressa
pelo verbo. Vamos analisar o seguinte exemplo:
Voz passiva: ocorre quando o sujeito é quem recebe a ação praticada. A pessoa que pratica a ação,
nestes casos, é o agente da passiva. A voz passiva é dividida em: voz passiva analítica e voz passiva
sintética. Vamos aos exemplos:
- Voz passiva analítica: apresenta em sua estrutura um verbo auxiliar mais o verbo indicador da ação
no particípio.
Foi: verbo auxiliar.
- Voz passiva sintética: apresenta em sua estrutura o verbo que indica a ação que foi praticada mais
o pronome apassivador se.
Se: pronome apassivador.
Voz reflexiva: acontece quando o sujeito da oração pratica e recebe ao mesmo tempo a ação
expressa pelo verbo. Observe o exemplo:
Podemos transformar a voz ativa em voz passiva analítica. Essa transformação não alterará o
significado da frase, mas algumas mudanças estruturais serão necessárias. Observe:
No exemplo, “a mulher”, que é o sujeito que pratica a ação, passa a ser, no exemplo II, o agente da
passiva, ou seja, ele pratica a ação sobre o sujeito, que, no caso, é “o bolo”.
- Formas nominais: os verbos, além de todas estas flexões que já foram estudadas,
podem ser ainda apresentados de três modos: infinitivo, gerúndio e particípio. Vamos
aprender um pouco mais? Vejamos cada um deles:
- Infinitivo: exprime a própria ação verbal, porém sem nenhuma localização de tempo. É marcado
pela terminação - r. Observe o exemplo: Estudar é preciso. Esta forma nominal indica a ação:
estudar. O infinitivo pode ser pessoal ou impessoal, como veremos mais adiante. Caso apresente um
sujeito, será pessoal, caso não apresente, ou seja, não se refira a ninguém, será impessoal. Veja
mais alguns exemplos:
É proibido fumar neste local.
- Gerúndio: exprime um fato que ainda está em desenvolvimento, ou seja, que ainda não chegou
ao fim. É marcado pela terminação - ndo. O exemplo “Carlos está viajando” mostra que a ação ainda
está em andamento. Veja alguns exemplos:
O carro está estragado.
A casa foi vendida.
Agora que terminamos uma fase importante dos nossos estudos sobre verbos, que foram as flexões
verbais, vamos entrar em uma nova etapa, que é o estudo da CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS. Mas
por que classificar os verbos?
A conjugação dos verbos segue um determinado padrão, um paradigma. No caso dos verbos
regulares, dependendo da sua terminação, ele terá uma forma a ser conjugada. Também há casos
em que este paradigma não é seguido, que é o que chamamos de verbo irregular. Há verbos que são
utilizados em apenas algumas pessoas, tempos ou modos. O motivo pelo qual isto acontece é
bastante variável, sendo que, em muitos dos casos, a própria ideia que o verbo quer transmitir não
se aplica a todas as pessoas. E há também os verbos que possuem duas formas equivalentes, para
tanto, precisamos conhecê-las para saber onde aplicá-las.
Então, agora que já sabemos o porquê de precisarmos classificá-los, vamos conhecer estas
classificações?
Verbo regular: classificamos como verbos regulares aqueles que são conjugados sem que sejam
feitas alterações em seu radical. Utilizaremos, como exemplo, o verbo sofrer. Este verbo é formado
pelo radical sofr-, e, quando o conjugamos, ele permanece. Observe: Eu sofro com esta situação.
NOTA
Mas afinal, o que é um radical? Radical é o elemento irredutível da palavra, ou seja, a parte mínima.
É a parte invariável do vocábulo. Todos os sufixos e prefixos adicionados ao radical geram novas
palavras.
Confira o exemplo:
Pedr – a
Pedr – eira
Pedr – aria
Pedr – egulho
Neste caso, PEDR é o radical da palavra. Lembrando: sufixos e prefixos são elementos afixados
(colocados) no final e início, respectivamente, do radical.
Verbo irregular: classificamos como verbos irregulares aqueles que, quando conjugados, têm seu
radical modificado. Para este exemplo, utilizaremos o verbo pedir. Este verbo é formado pelo
radical ped-, e quando o conjugamos, o radical é modificado. Observe: Eu peço um presente de
natal.
Verbo anômalo: classificamos como verbos anômalos aqueles que, quando conjugados, apresentam
no seu radical mudanças mais evidentes e profundas do que os verbos irregulares. Podemos citar
como exemplos de verbos anômalos os verbos ser e ir. Observe: sou, és, é, somos, sois, são. Vou
vais, vai, vamos, ides, vão.
Verbo defectivo: classificamos como verbos defectivos aqueles que não possuem todas as suas
formas. Por exemplo, o verbo abolir. Não podemos dizer “eu abolo”, mas usamos a expressão “eu
vou abolir” ou “eu estou abolindo”. Da mesma forma “eu coloro”. Quando precisamos nos expressar
utilizando este verbo, utilizamos a expressão “eu vou colorir” ou “eu estou colorindo”.
Verbo abundante: classificamos como abundantes aqueles verbos que possuem duas formas
aceitáveis de particípio, uma regular e uma irregular. Segundo Cunha (2001), a forma regular
emprega-se na constituição dos tempos
Fonte: adaptado de FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar gramática. São Paulo: FTD, 2008.
Verbo principal: O verbo principal da frase mantém seu sentido, sem modificá-lo. Observe o
exemplo:
Correu: verbo principal.
Verbo auxiliar: O verbo auxiliar sempre acompanha o verbo principal, que é, nestes casos,
apresentado em uma de suas formas nominais (particípio, gerúndio ou infinitivo), que já estudamos
antes, você lembra? Assim, eles constituem os tempos compostos e as locuções verbais. Os tempos
compostos podem ser constituídos da seguinte forma:
b. Verbo auxiliar ter ou haver + verbo auxiliar ser + verbo principal no particípio.
Já as locuções verbais podem ser formadas por verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio do
verbo principal.
Infinitivo impessoal
Considera-se que o verbo está no infinitivo impessoal quando ele não se refere a nenhuma pessoa,
ou seja, apresenta sentido genérico. Podemos utilizar como exemplo a seguinte frase: “Viver é uma
aventura.” Nela, o verbo viver não se refere a nenhuma pessoa. Diferente por exemplo, da frase
“Ele vive uma aventura.” Nesta, o verbo viver se refere ao pronome ele.
b. Quando o verbo não se refere a um sujeito determinado, e este apresentar uma ideia vaga. Ex:
Proibido estacionar.
d. Quando o verbo tiver, antes dele, uma preposição e complementar um adjetivo, verbo ou
substantivo da oração que vier antes dele. Ex: Você não tem o direito de falar assim comigo.
e. Quando o sujeito do verbo que está no infinitivo é o mesmo do verbo que está na oração anterior.
Ex: O acusado foi condenado a pagar pena de três anos.
f. Quando acompanhar os verbos causativos (que exprimem causa) deixar, mandar e fazer e seus
sinônimos, e estes não formarem locução verbal com o infinitivo que os segue. Ex: Mande-o fazer o
serviço direito./ Faça-o estudar mais./ Deixe-o ir embora.
g. Quando acompanhar os verbos sensitivos: sentir, ver, ouvir e seus sinônimos, também não se
deve flexionar o verbo. Ex: Ouvi-os sussurrar sobre o que aconteceu ontem./ Vi-
os chegar atrasados./ Senti-as respirar perto de mim.
Que tal praticarmos um pouco? Agora que você já sabe o que é o infinitivo impessoal, veja o vídeo a
seguir, acompanhado da letra e destaque todos os verbos que aparecerem no infinitivo impessoal.
Vamos lá?
<http://www.youtube.com/watch?v=LbfXvvc3oe0&feature=related>.
Acompanhe a letra:
Errar é útil
Sofrer é chato
Chorar é triste
Sorrir é rápido
Trair é tátil
Olhar é móvel
Falar é mágico
Calar é tático
Desfazer é árduo
Esperar é sábio
Refazer é ótimo
Amar é profundo
Abraçar é quente
Beijar é chama
Fantasiar também
Saudade é despedida
Infinitivo pessoal
O verbo no infinitivo pessoal é o contrário do infinitivo impessoal, ou seja, quando ele se refere a
uma pessoa dentro da oração. Portanto, ele deve ser flexionado. Observe o exemplo:
Mariana estudou para a prova.
c. Para tornar o sujeito indeterminado. Ex: Faço isso para não me acharem inútil.
Na língua portuguesa, os tempos verbais são divididos em primitivos e derivados. Dos tempos
considerados primitivos, que são o presente do indicativo, o pretérito perfeito do indicativoe
o infinitivo impessoal, derivam todos os demais tempos verbais existentes na língua portuguesa.
Estudaremos as derivações dos verbos individualmente. Vejamos:
a. Presente do subjuntivo:
Designa um fato passado, porém não concluído. É utilizado principalmente quando nos
transportamos ao passado e descrevemos o que, na época, era presente (ex.: Em 1993 eu
fumava); para indicar algo que estava acontecendo e sobreveio outra (ex.: Gritava muito, e as
crianças acordaram); para expressar uma ação que se repetia (ex.: Ela cantava e os outros
ouviam). Há também outros usos do pretérito imperfeito, mas estes são os principais.
c. Imperativo:
O imperativo, no português, pode ser afirmativo ou negativo. Ele é usado para os seguintes
casos: dar uma ordem (ex.: Cala-te agora!); dar um conselho (ex.: Não olhe para trás, siga
adiante); fazer um convite (ex.: Venha à minha festa de aniversário); fazer uma súplica (ex.:
Não me abandone!). Observe:
Sonho Sonhe
I - uma hipótese ou uma condição numa ação passada, mas posterior e dependente de outra ação
passada.
• “Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. Estou hoje vencido, como se estivesse para
morrer.” (Fernando Pessoa, Tabacaria - Álvaro de Campos)
II - uma condição contrafactual, ou seja, que não se verifica na realidade, que teria uma certa
consequência; pode se referir ao passado, ao presente ou ao futuro.
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_e_tempo_verbal>. Acesso em: 20 jan. 2011.
Sonha - sse
Sonha - sses
Sonha - sse
Sonhá - ssemos
Sonhá - sseis
Sonha - ssem
b. Futuro do subjuntivo:
Emprega-se o futuro do subjuntivo para assinalar uma possibilidade a ser concluída em relação a um
fato no futuro, uma ação vindoura, mas condicional a outra ação também futura.
Futuro do subjuntivo
Sonha - r
Sonha - res
Sonha - r
Sonha - rmos
Sonha - rdes
Sonha - rem
• “Levava comigo um retrato de Maria Cora; alcançara-o dela mesma… com uma pequena
dedicatória cerimoniosa.” (Machado de Assis, Relíquias de Casa)
• Morava... no arraial de São Gonçalo da Ponte, cuja ponte o rio levara, deixando dela somente os
pilares de alvenaria.” (Gustavo Barroso, O Sertão e
o Mundo)
Pretérito mais
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo
Sonha - ra
Sonha - ras
Sonha - ra
Sonhá - ramos
Sonhá - reis
Sonha - ram
O futuro emprega-se para indicar algo certo, que acontecerá após o momento da fala (ex.: O
baile começará às 22 horas); para exprimir uma dúvida com relação a fatos atuais (ex.: Não sei
onde será a festa); para expressar um desejo ou uma ordem (ex.: Respeitarás teus
professores).
Sonhar - ás
Sonhar - á
Sonhar - emos
Sonhar - eis
Sonhar - ão
Futuro do pretérito do indicativo: usamos para indicar ações posteriores à época que falamos (ex.:
Após terminar a reforma, a casa se transformaria em um lar); para expressar dúvidas sobre fatos no
passado (ex.: Seria aquele o bandido que assaltou a loja?); usamos também em frases
interrogativas, para demonstrar indignação (ex.: O casal separou-se. Quem diria?). Veja a tabela:
Sonhar - ia
Sonhar - ias
Sonhar - ia
Sonhar - íamos
Sonhar - íeis
Sonhar - iam
a. Infinitivo pessoal:
O infinitivo pessoal é formado a partir do infinitivo impessoal, adicionando-se as desinências iguais
às do futuro do subjuntivo: -, -es, -, -mos, -des, -em. Por isso, nos verbos regulares esses dois
tempos se confundem.
Infinitivo pessoal
Sonhar - es
Sonhar - mos
Sonhar - des
Sonhar - em
Dicas
Quando escrevemos o infinitivo de um verbo com "j", esse "j" estará presente em todas as outras
formas.
Exemplo:
Viajar: viajou, viajaria, viajem, viajarão, viajasses, etc. (Não se esqueça que o substantivo viagem é
escrito com “g”).
Quando escrevemos um verbo com "g", por exemplo, "dirigir" e "agir" o "g" deverá ser substituído
por um "j" somente na primeira pessoa do presente do indicativo. Observe. Eu dirijo. Eu ajo.
Sites
Uma boa dica de site que aborda a questão dos verbos com muita clareza é o site Só Português. Lá
você encontra tudo sobre verbos, além de atividades muito interessantes. Basta fazer o cadastro
com login e senha e pronto. É só entrar e se divertir.
Acesse: www.soportugues.com.br
Atualidades
A Moderna Gramática Portuguesa, atualizada pelo novo acordo ortográfico, de Evanildo Bechara, é
uma boa pedida para o estudo dos verbos, pois traz exemplos práticos, dinâmicos e contextualizados
sobre os principais usos dos verbos.
Vídeos
Autoatividades
Vamos praticar um pouco o que aprendemos? Leia o poema a seguir de Carlos Drummond de
Andrade e responda às questões:
nem beira,
para baixo,
é o amor.
Cardíaco e melancólico,
e desejos já maduros.
em tempo de se estrepar.
irritado, desapontado,
1. Destaque, no texto:
g. um verbo no infinitivo:
h. um verbo no gerúndio:
i. um verbo no particípio:
c. “o amor subiu na árvore”_______________________
d. “o amor faz uma cócega”_______________________
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, Emília F; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo; ANTÔNIO, Severino. Português. São Paulo:
FTD, 2000.
b. Vira, suspende, tira, batem constipei, ronca, adoçam, mordem, prendem, faz,
desenha, propõe, pulou, estrepou, corre, sara, beijam, conversam, viajam, ouso,
subiu, murcha.
c. É.
f. Vira, suspende, tira, bate, ronca, adoçam, mordem, prendem, faz, desenha,
h. Vendo.
b. primeira conjugação.
c. terceira conjugação.
d. segunda conjugação.
Preparado para mais uma etapa? Você já ouviu a palavra TO-NI-CI-DA-DE? Se sim,
ótimo. Vamos aprofundar algo que você já conhece. Se não, esta é uma ótima
oportunidade para conhecê-la. Embarque nessa aventura rumo ao conhecimento.
Seremos parceiros nessa jornada.
Na língua portuguesa, a sílaba tônica só pode ocorrer nas três últimas sílabas (sempre
contadas de trás para frente): a última é chamada de oxítona; a penúltima, de paroxítona;
e a antepenúltima, de proparoxítona.
NOTA - ATENÇÃO: Nem todas as palavras da nossa língua são acentuadas. Apesar de
existirem palavras que não levam acento, elas possuem sílaba tônica. Veremos adiante
em que ocasiões devemos acentuar as palavras, conforme algumas regras, mas lembre-
se de que, quando uma palavra recebe acento, este deve ser colocada necessariamente
na sílaba tônica.
Exemplos:
Ja-ca-RÉ (última) - oxítona
Portanto, de acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras podem ser classificadas
em:
Paroxítonas – cadeira, lápis.
Proparoxítonas – médico, lâmpada.
Tônicos: são independentes e possuem a mesma força das sílabas tônicas. Ex.: ré, tua,
cá etc.
Átonos: precisam de outras palavras que lhe deem suporte, pois não são independentes
e se parecem com sílabas átonas. Não têm sentido quando usadas de forma isolada.
Fazem parte desse grupo os artigos, pronomes oblíquos, preposições, junções de
preposições e artigos, conjunções, pronome relativo que. Ex.: a, lhe, com etc.
Agora que já sabemos o que é tonicidade e que, conforme a posição da sílaba tônica, as
palavras podem ter classificações diferentes, veremos em que situações devemos
acentuar ou não as palavras. Preparados? Então, vamos em frente!
Regras Fundamentais:
Monossílabos tônicos terminados em a, e, o, seguidos ou não de “s”. Ex.: pá, pé, pó.
Formas verbais terminadas em a, e, o tônicos seguidas de lo, la, los, las.
NOTA - ATENÇÃO - O acordo ortográfico permitiu o uso tanto do acento agudo quanto
do circunflexo nos casos de vogais finais e e o de palavras oxítonas. No Brasil usa-se o
circunflexo e em Portugal, agudo. Ex.: Bebê / bebé. Cocô / Cocó.
NOTA - ATENÇÃO: De acordo com a nova regra, os ditongos abertos ei, oi, que eram
acentuados nas palavras paroxítonas, perderam o acento.
Ex.:
Antes Agora
Assembléia Assembleia
Idéia Ideia
Jibóia Jiboia
Ex.: médico, úmido, lâmpada.
NOTA- Atenção: Não haverá mais acento no i e u tônicos dos hiatos quando vierem
depois de ditongo. Relembrando: Ditongo é o encontro de dois sons vocálicos na
mesma sílaba.
Ex.:
Antes Agora
Bocaiúva Bocaiuva
Feiúra Feiura
E tem mais! O acento que se usava sobre a primeira vogal dos hiatos ee e oo não existe
mais, portanto, agora o nossoVOO é sem acento, só com poltrona. E cadê aquele
sombreiro gostoso na hora da leitura?
Ex.:Fri-ís-si-mo.
Ex.:
Antes
apazigúe (apaziguar)
averigúe (averiguar)
argúi (arguir)
Depois
apazigue
averigue
argui
Acentos Diferenciais
Acentua-se a terceira pessoa do plural dos ter e vir, para diferenciar da terceira pessoa
do singular.
Atenção ! A mesma regra vale também para os
verbos conter, obter, reter, deter, abster.
As palavras homógrafas (palavras diferentes no significado e na pronúncia, mas que se
escreve de modo idêntico), que antes eram acentuadas para diferenciar de outras
semelhantes, não recebem mais acento. Muita atenção agora, nesta regra temos
exceções:
EXCEÇÕES:
Palavras homógrafas
Para que nossa comunicação seja perfeita, é essencial que pronunciemos corretamente
as palavras. As partes que estudam tais aspectos são a ortoepia e a prosódia. A
ortoepia ou ortoépia (do gr. orthós, “reto”, “direito” + épos, “palavra”) trata da pronúncia e
articulação correta das palavras. Os desvios de ortoepia são características da linguagem
coloquial. Ex.: “róba” em vez de rouba, “alejar” em vez de aleijar.
A prosódia trata da correta acentuação tônica das palavras. Ex.: sabia (do verbo saber),
sabiá (pássaro) e sábia (mulher que sabe muito). Transformar uma palavra paroxítona
em proparoxítona é, por exemplo, um desvio de prosódia.
Veja:
ruBRIca rúbrica
aVAro ávaro
ruIM rúim
filanTROpo filântropo
Material Complementar
As paroxítonas terminadas em -n, quando pluralizadas, não recebem mais acento. Pólen
x polens, hífen x hifens.
Dicas – Tonicidade
Prosódia
São oxítonas:
São paroxítonas:
Alanos (povo bárbaro), alcácer (fortaleza), ambrosia (manjar delicioso), avaro, avito,
aziago, barbaria, batavo (holandês), caracteres, celtiberos, cartomancia, ciclope,
decano, diatribe (crítica), edito (lei, decreto), efebo (rapaz que chegou à puberdade),
estrupido (grande estrondo), êxul (exilado), filantropo, fortuito (ditongo), gratuito
(ditongo), homizio (refúgio), hosana, ibero, imbele (não belicoso), inaudito, látex, libido,
luzidio, Madagáscar, maquinaria, matula (súcia; farnel), mercancia (mercadoria),
misantropo, necropsia, nenúfar (planta), Normandia, onagro (jumento), ônix, opimo
(excelente, abundante), penedia (rochedo), policromo, poliglota, pudico, quiromancia,
recorde, refrega (peleja), rócio (orgulho), rubrica, ubíquo.
São proparoxítonas:
Para descontrair:
Quanto ao nome da Alfaiataria Aguia de Ouro, cresci ouvindo meu pai contar que alguém
de passagem por uma cidade do interior (nada contra as cidades do interior) e
precisando de um alfaiate pediu informações e lhe foi recomendado um logo ali, muito
bom. Ao ver a placa da alfaiataria, disse ao proprietário lamentar muito que, embora lhe
tivessem dito se tratar de um alfaiate de mão cheia, não confiava em alguém que
escrevia errado o nome do próprio negócio.
As palavras e suas grafias
A palavra ortografia é formada por dois elementos de composição do grego: othós (reto,
direito, correto) + gráphein (escrever, descrever, desenhar). Tais elementos aparecem
em outras palavras, como: ortoépia (pronúncia correta), caligrafia (escrita bonita),
cacografia(escrita feia, errada) etc.
Vale lembrar que a grafia de uma palavra pode estar ligada à sua etimologia (não é
nenhum palavrão, não). Etimologia é a parte da gramática que estuda a origem das
palavras.
Segundo Monteiro Lobato (1998), “Dona Etimologia é uma velha coroca, de nariz recurvo
e uma papeira – a papeira da sabedoria. Essa velha senhora conhece a vida de todas as
palavras, uma por uma, nos menores detalhes. Sabe onde nasceram, de quem são
filhas, de que modo foram se transformando através dos séculos. Dona Etimologia é
muito visitada por filólogos, gramáticos e fazedores de dicionários”.
Além da etimologia, a grafia de uma palavra também pode estar ligada à sua tonicidade.
A melhor forma de saber se uma palavra se escreve com x ou com ch, com s ou com z, é
consultando um bom dicionário, memorizar e praticar muito. Contudo, podemos agrupar
casos e criar regras práticas.
Homo (do grego) significa “igual”. São palavras iguais. Até aí tudo bem, mas o problema
são as palavras homônimas homófonas (som igual, escrita diferente e significados
diferentes). É o caso de acento e assento. Quando falamos, não se percebe a diferença,
pois a pronúncia é a mesma. A dúvida surge na hora de escrever: é com “ss” ou “c”? Aí
depende do sentido.
Assento (banco, cadeira...) se escreve com “ss”. E acento (sinal gráfico) é com “c”. É bom
tomar cuidado.
“Aos meus empregados. A partir de hoje, quero as nossas portas serradas às 18h.”
Foi atendido. Ao voltar à loja, no dia seguinte, encontrou todas as portas pela metade. Se
a ficha não caiu, anote: CERRAR significa “fechar”; SERRAR significa “cortar”.
As palavras cumprida e comprida são parônimas.
Dicas:
1. ACENDER ou ASCENDER
2. ACENTO ou ASSENTO
3. ACIDENTE ou INCIDENTE
4. ACONDICIONAR ou CONDICIONAR
5. AFERIR ou AUFERIR
- Onde/aonde:
Onde = indica o lugar em que se está ou em que se passa algum fato. Ex.: Onde você
está? Não sei onde vou achá-la.
Cessão = ato de ceder. Ex.: Cedi todos os meus brinquedos aos pobres.
Secção ou seção = significa parte de um todo, segmento. Ex.: Li a notícia na secção (ou
seção) policial.
- Mas / mais:
Mas = conjunção adversativa que indica contrariedade. Pode ser substituída por: porém,
contudo, todavia, entretanto etc. Ex.: Eles viajam muito, mas não têm carro.
- Mau / mal
FONTE: Disponível em: http://www.alunosonline.com.br/portugues/porques/. Acesso em: 7 jan.
2011.
Por que (separado e sem acento) = frases interrogativas – podem ser diretas ou indiretas.
Ex.: Por que ela saiu? (direta) / Diga-me por que ela saiu. (indireta)
Porque (junto e sem acento) = nas respostas e em frases afirmativas. Ex.: Não fui ao
colégio hoje porque estava doente.
Por quê (separado e com acento) = final de frases. Ex.: As meninas estão cansadas por
quê?
Orientações Ortográficas
- Usos de e :
Usa-se sempre o S, nunca o Z, nas muitas formas dos verbos querer e pôr: quiseram –
pusemos.
Usos de J e G:
Palavras em que a última sílaba é -já, originam palavras derivadas com J: canja > canjica
– loja > lojista.
São escritas com J e não com G, todas as formas verbais dos verbos terminados em –
jar: viajar > viajei, viajem.
Nas palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio, usa-se G: vestígio –
privilégio.
Nas palavras terminadas em –agem, -igem e –ugem, usa-se G: coragem –
fuligem. Exceções: pajem e lambujem.
Usos do :
OBS.: Em palavras com sílaba inicial en-, essa regra não se aplica: encher, enchente,
encharcar.
Uso do dígrafo :
Cê-cedilha:
Cê-cedilha é a letra C em que se pôs cedilha. Indica que o C passa a ter som de /s/:
exceção – justiça.
São escritas com Ç as palavras de origem árabe, africana e indígena: açúcar (árabe) –
paçoca (indígena) – caçula (africana).
Emprega-se Ç na correlação ter > tenção: obter – obtenção.
Os sufixos –ação e –ção, que formam substantivos a partir de verbos, são escritos
com Ç: formar > formação – trair > traição.
Os sufixos –aça(o), -iça(o), -uça(o), açal também são escritos com Ç: barcaça –
carniça – lamaçal.
Uso do H:
- nas palavras compostas em que o segundo elemento iniciado com H se junta por hífen
ao primeiro: super-homem – pré-história.
Observação importante: Há ainda palavras que podem ser escritas de duas formas,
ambas aceitas pela norma culta:
Cota = quota
Catorze = quatorze
Cociente = quociente
Óptica = ótica
No caso de ir a algum lugar e voltar de algum lugar, atente para a seguinte dica: “Quando
volto da, crase há; quando volto de, crase pra quê?” Portanto, devemos escrever assim:
Vou à Bahia. (Volto da Bahia) / Vou a Paris. (Volto de Paris)
Não se usa crase antes de palavras que não admitem o artigo feminino a (como os
verbos, grande parte dos pronomes e palavras masculinas).
Uso obrigatório:
Antes de palavras masculinas quando estiver subentendido o termo à moda de: móveis à
Luís XV.
Quando estiver subentendido termo feminino: Vou à [praça] João Mendes.
Antes de nomes de cidades, estados, países: Foi à Itália (voltou da Itália). / Chegou à
Paris dos poetas (voltou da Paris dos poetas). Lembrem: quando volto “da”, crase há;
quando volto “de”, crase pra quê?
Locuções adverbiais, conjuntivas ou prepositivas de base feminina: Às vezes, às pressas,
à primeira vista, à medida que, à noite, à custa de, à procura de, à beira de, à tarde etc.
Aquele, aqueles, aquilo, aquela, aquelas: Foi àquele restaurante - Dedicou-se àquela
tarefa.
Uso proibido:
Antes de palavras masculinas. Viajar a convite, traje a rigor, passeio a pé, sal a gosto etc.
Antes de verbos. Disposto a colaborar.
Antes da maior parte dos pronomes. Disse a ela que não virá.
Quando o "a" vem antes de palavras no plural. A pesquisa não se refere a mulheres
casadas.
Em expressões formadas por palavras repetidas. Cara a cara, frente a frente etc.
Depois das preposições "para", "até", "perante", "com", "contra" etc. O jogo está marcado
para as 16h. Foi até a esquina.
Antes de cidades, estados, países: Foi a Roma (voltou de Roma).
Uso facultativo:
FONTE: Adaptado de: UOL EDUCAÇÃO. Crase: regras de uso e emprego. Disponível em: <
http://educacao.uol.com.br/portugues/crase-regras-de-uso-e-emprego.jhtm>. Acesso em: 13 dez.
2010.
AUTOATIVIDADE
Vamos exercitar?
a) Igarape = ?
b) Fluor = ?
c) Facil = ?
d) Sutil = ?
e) Enjoo = ?
f) Tipico = ?
Comunique ___ diretora que a reunião terá início ___ nove horas. Peça-lhe que chegue
___ tempo.
a) à – às – à.
b) à – às – a.
c) a – as – a.
d) a – às – a.
a) Qui_er
b) Va_ar
c) Ma_estade
d) Via_em (substantivo)
e) Fle_a
f) Engra_ar
Gabarito:
1)
d) Sutil – sutil (oxítona não acentuada. Oxítonas terminadas em “l” não são acentuadas).
e) Enjoo – segundo o novo acordo ortográfico, não se acentuam mais os grupos OO.
2)
b) à – às – a.
3)
a) Qui_er (s)
b) Va_ar (z)
c) Ma_estade (j)
e) Fle_a (ch)
f) Engra_ar (x)
SINAIS DE PONTUAÇÃO
Na linguagem escrita utilizamos sinais para marcar pausas, ritmo, divisões das ideias,
relacionamento das palavras e grupos de palavras entre si, como também os sinais que
indicam a entonação na voz e melodia do texto.
Nesta caminhada apresentaremos algumas das regras básicas para o uso correto da
pontuação. Este material será seu guia durante sua caminhada acadêmica, aprimorando
sua escrita e auxiliando-o na elaboração de papers, TCC, provas dissertativas, relatórios
de estágio, interpretação de textos e melhor entendimento dos Cadernos de Estudos,
entre outros textos escritos. Vamos começar?
Exemplos:
Vamos animar a festa.
“A música toca uma valsa lenta. O desânimo aumenta. Os minutos passam. A orquestra
se cala. O vento está mais forte.” (E. Veríssimo)
Exemplos:
É utilizado no final de uma palavra, oração ou frase, indicando uma pergunta direta.
Exemplos:
Quem é você?
Exemplo:
É usado no final de frases exclamativas, depois de interjeições ou do imperativo.
Exemplos:
Para descontrair, confira o uso deste sinal, na tirinha da Mafalda que segue:
VÍRGULA (,)
A vírgula é usada nos seguintes casos:
Para separar o nome de localidades das datas.
Para separar vocativo.
Para separar aposto.
Para separar expressões explicativas ou retificativas, tais como: isto é, aliás, além, por
exemplo, além disso, então.
Exemplos:
Para separar orações coordenadas sindéticas, desde que não sejam iniciadas
por e, ou e nem.
Exemplo: Nas horas nobres deitava no chão, cruzava as mãos debaixo da cabeça e
ficava olhando as nuvens... (Lygia Fagundes Telles)
Exemplos:
NOTA - ATENÇÃO! Oração adjetiva explicativa é aquela que acrescenta ao
antecedente uma qualidade acessória, isto é, esclarece melhor a sua significação.
Exemplo:
Não se emprega a vírgula entre o sujeito e o predicado e entre o verbo e seus
complementos.
Leia o trecho do texto que segue, o qual fala sobre a importância da vírgula nos textos
escritos. Você perceberá que a falta dela ou o uso inadequado podem gerar informações
distintas!
A vírgula pode ser uma pausa ou não. Não, espere. Não espere. Ela pode sumir com o
seu dinheiro. Pode ser autoritária. Aceito, obrigado. Aceito obrigado. Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve. Isso só ele resolve. A vírgula muda uma opinião. Não queremos
saber. Não, queremos saber...
O ponto e vírgula indicam uma pausa mais longa que a vírgula, porém mais breve que o
ponto final. Como o próprio nome indica, este sinal serve de intermediário entre o ponto e
a vírgula, podendo aproximar-se ora mais daquele, ora mais desta, segundo os valores
pausais e melódicos que representa no texto.
Para itens de uma enumeração.
Exemplo:
b. voz passiva;
c. voz reflexiva.
Para aumentar a pausa antes das conjunções adversativas – mas, porém, contudo,
todavia – e substituir a vírgula.
Exemplo:
Os dois pontos são empregados, na escrita, para marcar uma sensível suspensão da voz
na melodia de uma frase não concluída. São empregados nos seguintes casos:
Exemplo:
- HD 40 GB;
- fax-modem;
- placa de rede;
- som.
Exemplos:
Exemplo:
Exemplos:
Nota de esclarecimento:
Nossa empresa não envia e-mail a seus clientes. Quaisquer informações devem ser
tratadas em nosso escritório.
RETICÊNCIAS (...)
Indicam uma interrupção ou suspensão na sequência normal da frase. São usadas nos
seguintes casos:
Exemplos:
Para marcar suspensões provocadas por hesitações, surpresa, dúvida, timidez, comuns
na língua falada.
Exemplos:
Exemplo:
ASPAS (“)
Citações ou transcrições literárias.
Exemplo:
“São Crisóstomo, dai-me paciência para olhar sem nojo a grosseria dos trocadores de
ônibus, a arrogância dos automóveis de chapa branca, a antipatia dos “chauffers” à hora
do “rush”, e outras calamidades”. (Manuel Bandeira)
Exemplos:
Exemplos:
O “slogan” anunciava... (Nestor de Holanda. Gente engraçada)
PARÊNTESES ()
Exemplo:
Predicado verbo-nominal é aquele que tem dois núcleos: o verbo (núcleo verbal) e o
predicativo (núcleo nominal).
Exemplo:
Exemplo:
Leia a poesia que segue, ela será nosso exemplo:
TRAVESSÃO (–)
É utilizado:
Neste exemplo, você pode perceber que a mudança de interlocutor é indicada através do
uso do travessão, certo? Em outro gênero literário (histórias em quadrinhos), a mudança
de interlocutor é marcada através da mudança de balões, veja:
Para isolar a fala da personagem da fala do narrador:
Exemplo:
“– Que deseja agora? – gritou-lhe afinal, a voz transtornada. – Já não lhe disse que não
tenho nada a ver com suas histórias?” (Fernando Sabino)
Para destacar ou isolar palavras ou expressões no interior das frases:
Exemplo:
Grande futuro? Talvez naturalista, literato, arqueólogo, banqueiro, político, ou até bispo –
bispo que fosse –, uma vez que fosse um cargo...
COLCHETES ([ ])
Os colchetes têm a mesma finalidade que os parênteses; todavia, seu uso fica restrito
aos escritos de cunho didático, filológico, científico. Pode ser empregado:
Em definições do dicionário, para fazer referência à etimologia da palavra.
Exemplo:
amor- (ô). [Do lat. amore.] 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de
outrem, ou de alguma coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de sua
terra. (Novo Dicionário Aurélio)
Para intercalar palavras ou símbolos não pertencentes ao texto.
Exemplo:
Para inserir comentários e observações em textos já publicados.
Exemplo:
Para indicar omissões de partes na transcrição de um texto.
Por Exemplo:
"É homem de sessenta anos feitos [...] corpo antes cheio que magro, ameno e risonho."
(Machado de Assis)
ASTERISCO (*)
Exemplo:
* É o morfema que não possui significação autônoma e sempre aparece ligado a outras
palavras.
Exemplo:
Agora que já sabemos para que servem e como são usados os sinais de pontuação,
vamos praticar?
, _______________________________________________________________
“ ” _______________________________________________________________
? _______________________________________________________________
2) – Pois Seu Mestre – foi falando Vitorino – as cabras não podem com o velho.
(José Lins do Rego)
– _______________________________________________________________
, _______________________________________________________________
GABARITO: “– Por que não o tiramos fora desses... dessas caixas?” (Érico Verríssimo)
5) “Eu acho que Apague a luz que está incomodando”. (Alcântara Machado)
GABARITO: “Eu acho que... Apague a luz que está incomodando”. (Alcântara Machado)
6) “Sem predadores à sua espreita além do homem, o leão tem uma rotina sossegada.
Por isso, pode se dar ao luxo de dormir até 18 horas”. (Superinteressante)
GABARITO: “Sem predadores à sua espreita (além do homem), o leão tem uma rotina sossegada.
Por isso, pode se dar ao luxo de dormir até 18 horas”. (Superinteressante)
7) Para iniciar o trabalho, a costureira pegou seus apetrechos agulha, linha, alfinetes,
dedal.
GABARITO: Para iniciar o trabalho, a costureira pegou seus apetrechos: agulha, linha, alfinetes,
dedal.
GABARITO: De vez em quando eu seria irônico, mas também não demais; às vezes um pouco
paradoxal, mas também sem abuso. (Rubem Braga)
PARÁGRAFO ( § )
O parágrafo é uma unidade redacional, ou seja, uma parte da redação. Serve para dividir
o texto (que é um todo) em partes menores, tendo em vista os diversos enfoques.
Quando se muda o parágrafo, não se muda o assunto. O assunto deve ser o mesmo, do
princípio ao fim da redação. A abordagem, porém, pode mudar. E é aqui que o parágrafo
entra em ação. A cada novo enfoque, a cada nova abordagem, haverá um novo
parágrafo.
Muito bem! Agora que já sabemos para que serve um parágrafo, vamos estudar como
ocorre o uso do mesmo:
O parágrafo pode ser dividido em partes bem distintas:
Conclusão: nem sempre presente; serve para resumir o conteúdo do parágrafo e localiza-
se no final do mesmo.
O símbolo para parágrafo, representado por §, equivale a dois ésses (S) entrelaçados,
iniciais das palavras latinas "Signum sectionis", que significam sinal de secção, de corte.
Num ditado, quando queremos dizer que o período seguinte deve começar em outra
linha, falamos parágrafo ou alínea. A palavra alínea (vem do latim a + lines) significa
distanciado da linha, isto é, fora da margem em que começam as linhas do texto.
NOTA - ATENÇÃO!
O uso de parágrafos é muito comum nos códigos de leis, por indicar os parágrafos
únicos.
Exemplo:
Estamos na reta final de nossos estudos. Para descontrair, vamos exercitar o que
aprendemos sobre parágrafos até agora?
A cada novo enfoque, a cada nova abordagem, haverá novo parágrafo.
AUTOATIVIDADE
“Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e pena escreveu assim:
deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do
alfaiate nada dou aos pobres
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro os
possíveis contemplados. (autor desconhecido)
GABARITO
deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do
alfaiate. Nada dou aos pobres.
deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do
alfaiate. Nada dou aos pobres.
deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do
alfaiate. Nada dou aos pobres.
deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do
alfaiate? Nada! Dou aos pobres.
REFERÊNCIAS
O ESTUDO DO TEXTO
Nesta unidade conheceremos um pouco mais sobre a construção textual. Por ser um
aprendizado demorado, muitos apresentam dificuldades para redigir um bom texto.
Alguns escrevem com facilidade, porém têm dificuldade de atingir seus objetivos ou não
conseguem ser claros.
Além disso, a língua falada é a mais utilizada no nosso dia a dia, portanto, poucos são os
que efetivamente praticam a escrita. Pensando nas dificuldades apresentadas pela
maioria das pessoas, sejam escritores ou não, elaboramos este material de forma clara
para que você conheça e compreenda os principais métodos para redigir um bom texto.
O texto escrito, quanto mais claro e coeso for, mais fácil será de compreendê-lo, sem
deixarmos o leitor confuso com o que realmente queremos dizer. O ato de escrever é
mais complexo do que a fala, pois quando falamos, podemos fazer inferências, como os
gestos, podemos ratificar a fala, especificar melhor caso o interlocutor não compreenda o
que queremos dizer, há a entonação e diversos outros fatores que facilitam a
intermediação.
Para que, então, devemos escrever bem? A escrita tem funções sociais muito
importantes. Transferir e preservar informações, por exemplo, é uma das principais
funções da escrita. O que seria de nós se Camões não tivesse escrito seu poema “Os
Lusíadas”? E se Pero Vaz de Caminha não tivesse escrito sua carta ao rei D. Manuel?
Nós nem saberíamos que estas obras algum dia existiram.
Bem, agora que sabemos por que a escrita é importante, vamos adiante. Falamos de
texto o tempo todo, mas afinal, caro leitor, o que é um texto? Vejamos:
“uma mensagem: uma passagem falada ou escrita que forma um todo significativo
independentemente de sua extensão. Os textos variam de acordo conforme as intenções
do autor, podendo ser narrativos, descritivos, informativos, argumentativos, apelativos ou
poéticos. Raramente um texto é construído com as características de um só tipo. O mais
comum é encontrarmos os vários tipos em um só texto, por isso devemos observar qual a
característica predominante. Um texto predominantemente narrativo pode ter passagens
descritivas, informativas, argumentativas etc.”
Muito bem, companheiro de estudos, agora que já sabemos o que é um texto, vamos
conhecer os três principais tipos. Começaremos pela descrição.
Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço entalado num colarinho direito. O
rosto aguçado no queixo ia-se alargando até à calva, vasta e polida, um pouco amolgado
no alto; tingia os cabelos que de uma orelha à outra lhe faziam colar por trás da nuca - e
aquele preto lustroso dava, pelo contraste, mais brilho à calva; mas não tingia o bigode;
tinha-o grisalho, farto, caído aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tirava as
lunetas escuras. Tinha uma covinha no queixo, e as orelhas grandes muito despegadas
do crânio. (Disponível em: <http://lportuguesa.malha.net/content/view/30/1/>. Acesso em:
10 jan. 2011)
Alice estava começando a ficar muito cansada de estar sentada ao lado de sua irmã e
não ter nada para fazer: uma vez ou duas ela dava uma olhadinha no livro que a irmã lia,
mas não havia figuras ou diálogos nele e “para que serve um livro”, pensou Alice, “sem
figuras nem diálogos?” Então, ela pensava consigo mesma (tão bem quanto era possível
naquele dia quente que a deixava sonolenta e estúpida) se o prazer de fazer um colar de
margaridas era mais forte do que o esforço de ter de levantar e colher as margaridas,
quando subitamente um Coelho Branco com olhos cor-de-rosa passou correndo perto
dela. [...]
Já sabemos o que é uma narração e uma descrição. Vamos à dissertação. Dissertar,
segundo o dicionário Houaiss da língua portuguesa, é o ato de “expor um assunto de
modo sistemático, abrangente e profundo, oralmente ou por escrito” (HOUAISS, 2004).
Em uma dissertação, você deve escrever suas ideias sobre um assunto argumentando
sobre elas, ou seja, defendendo seu ponto de vista acerca do tema. Geralmente a
dissertação é o gênero textual solicitado em concursos e vestibulares.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
As meninas compraram dois pirulitos.
Os – artigo masculino plural.
No entanto, você deve estar se perguntando: “e quando o adjetivo deve concordar com
mais de um substantivo?” Quando isso ocorre, há várias formas de concordar.
Ou
Ele comprou um carro e um caminhão novos. (concorda com os dois, formando, assim,
plural)
Ou
Ele comprou um caminhão e moto novos. (concorda com os dois, no plural masculino).
Vamos lá?
Antes de iniciar a explicação, você deve prestar atenção à função que a palavra exerce
dentro da frase. Quando elas estão se referindo ao substantivo, concordam com ele.
EXEMPLOS:
EXEMPLOS:
Ele chorou mesmo.
b. Anexo, obrigado e só.
EXEMPLO:
EXEMPLOS:
Se não houver artigo nem pronome antes do substantivo, o adjetivo não varia.
EXEMPLOS:
CONCORDÂNCIA VERBAL
Agora que você já sabe o que é a concordância nominal, não fica difícil saber o que é a
concordância verbal. Apenas observe estas frases:
Neste caso, o verbo está no singular, concordando com seu sujeito, no caso, gato.
Neste caso, o verbo está no plural, concordando com seu sujeito, no caso, gatos.
Assim, podemos concluir que a concordância verbal é o ato de fazer com que o verbo se
flexione de acordo com o sujeito.
Há, no entanto, algumas regras de concordância que você deve saber. Vamos mais uma
vez juntos a esta caminhada?
Principais regras para a concordância verbal com sujeito simples, ou seja, aquele
que apresenta somente um núcleo.
Regra geral: O verbo deve concordar em número e pessoa com seu sujeito.
Verbo + se: se conseguimos transformar a frase em locução verbal, ou seja, usá-la com
dois verbos, devemos fazer com que o verbo concorde com o sujeito.
Quando usamos grande número de, uma porção de, a maior parte de + um nome no
plural, podemos usar o verbo tanto no singular quanto no plural, e ele estará correto.
Exemplo: Uma porção de cães fugiram do canil OU Uma porção de cães fugiu do canil.
(ambas estão corretas).
Quando aparece, em uma frase, um nome próprio que somente apresenta forma no
plural, como é o caso de Estados Unidos, por exemplo, e este estiver acompanhado de
artigo, o verbo acompanha o artigo. Caso não apareça artigo na frase, o verbo
permanece no singular.
Quando o sujeito composto aparece antes do verbo, devemos sempre colocar o verbo
no plural.
Exemplo: Brigou com os filhos o pai e a mãe OU Brigaram com os filhos o pai e a mãe.
Exemplo: Eu ou meu pai buscará minha irmã no colégio. (nesta frase, OU indica
exclusão) / Flores ou chocolate sempre agradam. (nesta frase, OU não indica exclusão).
EXEMPLO: A menina era parecida com a mãe. Neste caso, parecida vem a ser o nome
(termo regente) e com a mãeé o complemento (termo regido).
A regência verbal estuda também qual a relação sintática que se estabelece dependendo
da transitividade do verbo. Para tal, é necessário que você relembre o que são os verbos
transitivo direto e indireto.
O verbo transitivo indireto da mesma forma precisa de um complemento, mas desta vez
este complemento recebe, antes dele, uma preposição. Estes complementos, neste caso,
são os objetos indiretos.
EXEMPLO: Ele obedece ao pai. Obedece a quem? Ao pai. As palavras ao pai, neste caso,
são o complemento (objeto indireto) do verbo.
Muito bem. Agora que já relembramos o que é um verbo transitivo direto e indireto,
vamos ver uma lista de verbos usados no nosso dia a dia com seus sentidos e a regência
correta:
Agradar:
Agradecer:
Aspirar:
Assistir
Lembrar e esquecer:
Obedecer e desobedecer.
Precisar:
Quando usado no sentido de informar com precisão, usamos como transitivo direto.
COESÃO E COERÊNCIA
A partir de agora entraremos em mais uma fase importante para a compreensão textual.
Coesão e coerência são fatores importantes para uma melhor compreensão durante a
leitura e escrita do texto.
São os elementos de coesão que determinam a relação das palavras a fim de formar
uma frase. Note o exemplo a seguir:
Podemos dizer que as palavras destacadas são responsáveis pela coesão do texto, pois
são elas que garantem uma boa sequência de eventos.
A coerência textual, por sua vez, é a relação entre as ideias, sendo que essas devem
complementar-se. Em outras palavras, é o resultado da não contradição entre as partes
do texto.
Um texto tornar-se-á incoerente para determinada situação quando o autor não
conseguir inferir um sentido a ele. Para garantir a coerência de um texto, o conhecimento
que o produtor e o receptor têm do assunto abordado é muito importante, como o
conhecimento de mundo, a intertextualidade, o conhecimento que esses têm da língua
que usam.
Pode-se dizer que o conceito de coerência está ligado ao conteúdo, ou seja, está no
sentido constituído pelo leitor.
Vimos anteriormente alguns tipos de texto, não é mesmo? Agora conheceremos os tipos
de discurso dos quais se vale o narrador para relatar a fala das personagens. São eles
o discurso direto e discurso indireto.
- Felizardo!
(A. M. Machado)
“José Dias deixou-se estar calado, suspirou e acabou confessando que não era médico.”
Nela, o narrador incorpora ao seu falar uma informação da personagem (José Dias),
transmitindo ao leitor apenas o conteúdo sem preocupação com a forma linguística
realmente empregada. Em outras palavras, podemos dizer que no discurso indireto não
há diálogo, o narrador faz-se intérprete das personagens, transmitindo ao leitor o que
disseram ou pensaram.
Eu o conheço.
Apontou para o prédio e falou: 2. Apontou para o prédio e falou que
aquilo ali era uma construção forte.
Isto que é uma construção forte.
AMBIGUIDADE
Esta frase pode ser interpretada de duas maneiras: quem estava nervoso, o médico ou o
enfermeiro? Para consertá-la, bastaria reescrevê-la da seguinte forma:
“O médico, nervoso, falou com o enfermeiro.” (se quem estava nervoso era o médico).
Ou “O médico falou com o enfermeiro, que estava nervoso.” (se quem estava nervoso era
o enfermeiro).
Neste caso, a má colocação da palavra frequência nos confunde. Pessoas que fumam
com frequência ou com frequência apresentam dificuldade respiratória e fadiga? Para
consertá-la, bastaria reescrevê-la da seguinte forma:
- Mas só um?
- Não deixe sua cadela entrar na minha casa de novo. Ela está cheia de pulgas.
- Diana, não entre nessa casa de novo. Ela está cheia de pulgas.
DICAS
Encontramos uma lista de dicas divertidas e úteis para que você possa construir seu
texto evitando cometer alguns erros muito comuns. Veja:
3. Anule aliterações altamente abusivas. [aliteração: repetição sequenciada dos mesmos
sons, neste caso a letra “a” inicial]
4. “não esqueça das maiúsculas”, como já dizia dona loreta, minha professora lá no
colégio alexandre de gusmão, no ipiranga.
7. Chute o balde no emprego de gíria, mesmo que sejam maneiras, tá ligado?
10. Não abuse das citações. Como costuma dizer meu amigo: “Quem cita os outros não
tem ideias próprias”.
12. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é,
basta mencionar cada argumento uma só vez. Em outras palavras, não fique repetindo a
mesma ideia.
16. Use a pontuação corretamente o ponto e a vírgula especialmente será que ninguém
sabe mais usar o sinal de interrogação
21. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha. [Analogia: é uma
relação de equivalência entre duas ou mais relações].
22. Não abuse das exclamações! Nunca! Seu texto fica horrível!
23. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão da ideia
contida nelas, e, concomitantemente, por conterem mais de uma ideia central, o que nem
sempre torna o seu conteúdo acessível, forçando, desta forma, o pobre leitor a separá-la
em seus componentes diversos, de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria
ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através
do uso de frases mais curtas.
AUTOATIVIDADE
Agora chegou a sua vez! Baseando-se no que já aprendeu até aqui, relacione o conceito
ao seu exemplo:
I- Ambiguidade.
III- Internetês.
REFERÊNCIAS
CARROLL, Lewis. Alice no País das Maravilhas. Disponível em: . Acesso em: 5 dez.
2010.