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corporativa-a-gestao-da-etica-nas-empresas&catid=25:responsabilidade-social&Itemid=2
mauriciofranca@ibest.com.br
A importância de pensar a cidadania nos nossos dias
A cidadania corporativa é um conceito que define um alto padrão de conduta ética da corporação
em relação aos dois principais públicos de qualquer organização: funcionários e comunidade. A
sua importância está no fato de que o respeito aos direitos humanos, tanto dos funcionários
quanto da comunidade, é um forte fator de sucesso para as empresas.
A Souza Cruz SA fez, em 2000, uma campanha interna de marketing social intitulada “Campanha
Natal Solidário”. A estratégia foi: (1) estabelecer como preço a doação de um quilo; (2) definir
como produto alimentos não-perecíveis; (3) definir como praça o refeitório coletivo da empresa na
hora do almoço; e (4) usar como promoção da campanha a divulgação pela intranet da empresa e
por comunicado interno. Com isso, criou-se um grupo de voluntários de vários departamentos,
que continuaram beneficiando a comunidade.
O caso da Shell é um exemplo de estímulo ao voluntariado. Ela cede voluntários para a Associação
Junior Achievement: uma ONG que promove programas de empreendedorismo em escolas. O
sucesso desta parceria levou a Shell a criar o programa “Iniciativa Jovem”, onde faz a incubação
de empresas juvenis, especialmente de comunidades pobres.
A primeira vantagem é a melhora do clima de trabalho, pois quando o funcionário sente que os
seus direitos estão sendo respeitados, ele tem mais prazer em trabalhar e cria-se um clima de
cooperação interna que estimula a criatividade de todos. Isso leva a uma segunda vantagem, que
é o fortalecimento da imagem da organização na sociedade, pois é comprovado por pesquisas que
os consumidores previlegiam empresas éticas que respeitam os seus funcionários além do exigido
pela lei. Por conta disso, uma terceira vantagem da cidadania corporativa é o seu fator de atração
e retenção de talentos.
Uma quarta vantagem é o aumento da automotivação dos funcionários, pois eles se vêm como
cidadãos quando beneficiam a comunidade externa de forma voluntária. Uma quinta vantagem,
decorrente do voluntariado, é o estímulo à pró-atividade solidária dos funcionários através da
prática do empreendedorismo social, pois este fortalece o espírito de equipe e estimula a
solidariedade para com os colegas. Quando o funcionário se torna um empreendedor social, ele
vira referência de cidadão corporativo competente, se tornando um líder que agrega seus colegas
em prol de um ambiente de trabalho melhor e de resultados.
Outra recomendação é estimular o voluntariado, pois este pode gerar um clima de solidariedade
interna na corporação que não é possível de ser criado a partir de qualquer treinamento. Quando
o funcionário se entende enquanto cidadão, os seus olhos passam a brilhar, o sorriso sai mais
fácil, a integração é fluída, o trabalho em equipe vira um prazer e o respeito mútuo se torna uma
rotina.
* Maurício França Fabião é consultor e coordenador de projetos sociais pelo Centro Integrado de
Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS); bacharel, professor e mestrando
em Ciências Sociais (Programa de Pós-Graduação/UERJ); vencedor do Prêmio Ethos Valor – 2ª
edição/2002 (Instituto Ethos e Jornal Valor Econômico).
Olhar link
http://www.congressocfc.org.br/palestras/26_08_08/Pain%C3%A9is/PAINEL%20N%C2%BA
%208%20%C3%89tica%20e%20responsabilidade%20social/C%C3%A9sar%20Eduardo
%20Stevens%20Kroetz/Cesar%20Kroetz%20PainelRSCesar.pdf
http://www.eticaempresarial.com.br/site/pg.asp?
pagina=detalhe_artigo&codigo=83&tit_pagina=ARTIGOS&nomeart=s&nomecat=n