Você está na página 1de 95

0594 - Administração das

organizações
Formador
• Pedro Rego
Licenciado em Marketing e Publicidade
Formação em Auditor Interno da Qualidade

Ocupação
Formador
Sócio Gerente Empresa Organização de Eventos
Responsável de Marketing
Gestor da Qualidade Norma ISO 9001:2008
Formador
• Pedro Rego

pedromsrego@gmail.com
• 916379763
Formandos

APRESENTAÇÃO

Idade
Habilitações Literárias
Ocupação anterior
Hobbies
Estrutura e comunicação organizacional
organização
• Definição
“um grupo social em que existe uma divisão funcional
de trabalho e que visa atingir, através da sua atuação,
determinados objetivos e cujos membros são, eles
próprios, indivíduos intencionalmente coprodutores
desses objetivos e estes, possuidores de objetivos
próprios”
• Síntese

Conjunto de duas ou mais pessoas trabalhando juntas e de


modo estruturado para alcançar um objetivo específico ou um
conjunto de objetivos.
Tipos de Organizações

• Organizações Empresariais:

Têm como objetivo a maximização do lucro para os seus


proprietários conseguida através da produção e/ou
distribuição de bens materiais e serviços afim de satisfazer
necessidades dos seus consumidores.

Ex: empresas de comércio, indústrias e outras


Organizações não Empresariais:
Têm como objetivo a satisfação de necessidades ou a defesa de
interesses de um conjunto particular de pessoas ou da sociedade
em geral.

1 - Organizações de religiosos – que satisfazem as necessidades de


culto dos seus membros.

Ex: igrejas, sinagogas.

2 - Organizações de proteção – que protegem as pessoas contra o


risco da vida em sociedade.

Ex: polícia, forças militares e militarizadas, bombeiros.


3 - Organizações governamentais – que prestam serviços
públicos diversos

(são custeadas pelo governo para atendimento dos membros


da comunidade).

Ex: escolas, hospitais, museu, biblioteca


4 - Organizações sociais /Serviços– Fornecem serviços sem
fins lucrativos e satisfazem as necessidades sociais
experimentadas pelas pessoas quanto à convivência, cultura,
recreio e apoio mútuo.

Ex: clubes, associações de socorros mútuos; sindicatos;


Instituições particulares de solidariedade social, museus,
bibliotecas; organizações de caridade; AMI; Banco alimentar
contra a fome; jardins zoológicos, ONG
Empresa
Conjunto organizado de meios com vista a exercer uma
atividade particular, pública ou de economia mista, que
produz e oferece bens e/ou serviços com o objetivo de
satisfazer necessidades humanas e orientada para o lucro.
Objetivos principais das Empresas
• Sobrevivência
• Crescimento Sustentado - é uma forma de crescimento
constante e duradouro em que é assegurado a manutenção
do fator que faz com que haja sempre crescimento.
• Lucro • Produtividade
• Qualidade nos Produtos / Serviços que desenvolvem
• Redução de Custos
• Participação no Mercado
• Novos Mercados (Conquistar) • Novos Clientes
• Competitividade
• Imagem no Mercado
Papel Das Empresas na Sociedade
As empresas são membros responsáveis e influenciadores da
sociedade pelo que se tornam responsáveis por ajudar a criar
condições para o bem-estar dessa mesma sociedade.
• Se é certo que qualquer investimento tem como objetivo
primário a obtenção de lucro, também é certo que face ao
desgaste do planeta e aos abusos laborais que chegam ao nosso
conhecimento diariamente, torna-se cada vez mais premente a
necessidade de encontrar valores que orientem os negócios no
sentido da sustentabilidade e do respeito pela dignidade
humana. É necessário assumir a responsabilidade das nossas
ações, transformando as nossas obrigações legais e morais em
mais valias para os negócios e para a sociedade.
• É neste contexto que surge a Responsabilidade Social das
Empresas - RSE – a qual reflete publicamente o
compromisso, por parte das empresas em desenvolver e
implementar estratégias de responsabilidade social
abrangente, enviando uma forte mensagem a todas as
partes interessadas na sua atividade: trabalhadores,
acionistas, consumidores, fornecedores, sociedade e
administração pública. (stakeholders)
• De acordo com o livro verde da Comissão Europeia sobre a
Responsabilidade Social das empresas: “É cada vez maior o
número de empresas europeias que promovem estratégias de
responsabilidade social como reação a diversas pressões de
natureza social, ambiental e económica. Pretendem, assim, dar
um sinal às diversas partes interessadas com as quais interagem:
trabalhadores, acionistas, consumidores, poderes políticos e
ONG. Ao procederem desta forma, as empresas estão a investir
no seu futuro e esperam que este compromisso voluntário
contribua para um aumento da sua rendibilidade.”. Sendo este
um compromisso voluntário, pois os níveis de exigência são
muito superiores aos dos requisitos legais, cabe à empresa a
responsabilidade de tomar a iniciativa de avançar com este tipo
de exigências de uma forma integrada, coordenada e ambiciosa.
Está nas mãos de cada um contribuir eficazmente na
construção de uma sociedade mais justa para todos.
Dimensões da Responsabilidade Social Empresas

INTERNA (Endomarketing)

Está voltada para o corpo funcional da empresa, para o bem-


estar dos trabalhadores.

EXTERNA (Marketing Social)

Cooperação com a comunidade / Meio ambiente


Responsabilidade Social Empresarial (RSE) é uma forma de
alcançar o sucesso comercial sem perder de vista os valores éticos
e o respeito pelo Ser Humano, pela comunidade e pelo ambiente.
OS TRÊS P´s OU TRIPLE BOTTOM LINE
(tripé de sustentabilidade)

Uma gestão norteada por objetivos relacionados não só com


os proveitos, tal como era antigamente, mas também com
uma preocupação com o planeta e com as pessoas.
• PEOPLE - área social (A dimensão social, para as empresas,
diz respeito ao seu impacto no sistema social onde operam.
colaboradores, fornecedores, consumidores/clientes
comunidade, governo e sociedade em geral - a nível local,
nacional e global.)
• PLANET - área ambiental (Para as empresas, a dimensão
ambiental está relacionada com os seus impactos sobre os
sistemas naturais vivos e não vivos, incluindo ecossistemas,
solos, ar e água.)
• PROFIT - área económica (A dimensão económica da
sustentabilidade diz respeito ao impacto das empresas
sobre as condições económicas das suas partes interessadas
e sobre o sistema económico a todos os níveis)
• Poderemos dizer então que as empresas têm
responsabilidade social em diferentes áreas:

• Consumidores/Clientes

• Ambiente

• Sociedade em Geral.
Administração das Organizações
EXERCÍCIO

1. Criar um/a Negócio/Organização/Empresa


2. Nº de Colaboradores
3. Departamentos / Tarefas
4. Organigrama
5. Objetivo (Negócio)
6. Concorrentes
7. Tipo de Clientes
Ao nível dos Consumidores/Clientes
• Devem zelar pela segurança dos produtos e serviços comercializados

• Proporcionar preços competitivos e justos

• Qualidade nos produtos

• Produtos personalizados que vão ao encontro das expectativas do


cliente, etc..

• Ter uma boa assistência ao cliente no serviço pós-venda. O


envolvimento cria uma imagem positiva que atrai os clientes,
empregados e investidores a Sociedade está cada vez mais atenta ao
comportamento ético das empresas.
Colaboradores
• Igualdade de oportunidades
• Higiene e segurança no trabalho
• Apoio à formação
• Respeito pelos direitos dos trabalhadores
• Incentivo à participação dos trabalhadores nos sindicatos
• Assistência médica, social e familiar
• Pagamento de remunerações justas, etc..
A qualificação dos recursos humanos é um dos maiores
garantes de sucesso do negócio. É igualmente importante
manter os trabalhadores motivados, com a formação o mais
atualizada e orientada possível para as necessidades.
Ambiente
• Combater a poluição (redução na exploração de recursos, nas
emissões poluentes ou na produção de resíduos contribui para
atenuar o impacto ambiental)

• Incentivar o uso de materiais recicláveis (lixos, papel, tinteiros,


componentes etc..)

• Tratamento dos produtos perigosos para a sociedade

• Adoção de sistemas de poupança de energia

• Uso de energias amigas do ambiente


Sociedade em geral
• Promover a justiça social

• Aprimoramento cultural

• Combater o desemprego

• Serviços sociais em geral

• Apoios à saúde, à educação e comunitários

As organizações “responsáveis” trabalham para o bem estar da


sua geração e das gerações futuras. Quando cumprem a sua
responsabilidade social, as entidades estão a zelar e a respeitar os
interesses de todos.
• “A RSE constitui um meio de defender a solidariedade, a coesão
e a igualdade de oportunidades no contexto de uma
concorrência mundial cada vez maior. “

Fonte: Comité Económico e Social Europeu (UE)

• Empresas com preocupações ao nível social, são empresas que


tendem a ter maior lucro a longo prazo e uma maior
competitividade.
Ganhos Potenciais da RSE
• Opinião Pública (melhor imagem)

• Posição no Mercado (melhores resultados)

• Motivação Trabalhadores/as (absentismo; rotação)

• Conformidade Legal (diminuição/controlo de riscos legais)

• Sustentabilidade (retorno/investimento/crescimento)
Responsabilidade Social Empresarial não é um novo conceito,
mas sim uma forma de estar no mercado, uma forma de agir. De
dia para dia, as empresas preocupa-me cada vez mais com a
sociedade, com as suas fragilidades, e os seus interesses já não
estão apenas centrados em promover um serviço ou produto,
mas cada vez mais criar laços de confiança com o seu público.
A este tipo de relacionamento chama-se Responsabilidade
Social Empresarial (RSE), um termo que tem ganho força em
Portugal, e que reflete a atitude das empresas, que já
começam a agir perante os problemas e fragilidades da
sociedade, e começam a incluir nas suas estratégias
maneiras de enfrentar esses mesmos problemas.
A responsabilidade social é uma forma de intervir no meio
ambiente, na pobreza, na violência, entre outros problemas
que enfrenta atualmente a sociedade portuguesa. Este é um
tema de extrema importância para as empresas que operam
em franchising, ou que pretendem iniciar um negócio
segundo este sistema. A mensagem que uma empresa
transmite ao seu público, de sucesso, de responsabilidade,
de confiança, não passa apenas com meras campanhas
publicitárias, com rostos conhecidos, mas sim com a ajuda
dos próprios atos da empresa.
As empresas que iniciam a sua expansão segundo o modelo de
franchising devem incluir no perfil do seu franchisado não só a
intenção de converter as suas ações em valores lucrativos, mas
também a capacidade que este deve ter para continuar o
trabalho de SER que a empresa encetou.
O que se entende por
Responsabilidade Social Empresarial?

É, antes de mais, a capacidade de resposta que uma empresa tem


para melhorar as relações com diferentes grupos ou organizações,
segundo um sistema de gestão onde são consideradas as
expectativas desses grupos de interesse, o impacto económico,
social e ambiental causado pela atividade empresarial.
RSE é um fio condutor, segundo o qual deve seguir um projeto
corporativo, e ao qual deve ser dada a máxima importância.
Não deve ser um trabalho, ou um esforço pontual, inconstante,
mas sim contínuo, na medida em que as necessidades da
sociedade também o são, merecendo assim uma participação
ativa das empresas. Ainda que muitas empresas já funcionem
conforme este conceito, há ainda muitas outras que não
sabem como concretizá-lo. Existem diversas formas de
contribuir para o desenvolvimento social e económico. Neste
quadro, podem ser enumeradas algumas estratégias a ter em
conta.
Como primeira, podia definir-se RSE como uma política empresarial,
e ter em conta que o público não se encontra apenas da porta para
fora do centro de produção, ou da sede administrativa. Existe
igualmente um público interno. É importante não descurar este
último, pois um trabalhador feliz é um trabalhador mais produtivo. A
empresa deve interessar-se não só por cumprir os seus objetivos
organizacionais, mas fazer uma ligação entre estes e os objetivos
pessoais dos seus colaboradores.
Outras estratégias passam por exemplo pela participação
ativa dos trabalhadores de uma empresa em ações de
caridade, pela doação de valores ou dinheiro a instituições
que acolhem pessoas carenciadas, pelo financiamento de
projetos educativos, de infraestrutura, recolha e
redistribuição de recursos às populações mais carenciadas
em alturas mais difíceis, como o inverno, ou em alturas em
que estas precisam de um conforto, como o Natal, Ano
Novo, ou Páscoa.
Um caso exemplar de RSE em
Portugal
A rede Botaminuto, um conceito nacional que opera nos serviços
de conserto de calçado e malas, cópia de chaves e comandos,
impressão de carimbos e cartões, é um exemplo de RSE
reconhecido pelo mundo de franchising português, e foi em 2008
distinguida com o prémio de “Responsabilidade Social” nos
Prémios de Franchising 2008, pelo trabalho que desenvolveu na
campanha “Ofereça um sapato, receba um sorriso”.
Esta campanha consistiu na iniciativa da empresa em recolher o
maior número de calçado, em bom estado, junto da população,
para ser posteriormente redistribuído pelas pessoas mais
carenciadas por todo o país. Os pontos de Recolha Botaminuto
conseguiram um total de 4800 pares de sapatos, e depois de uma
triagem dos mesmos, entregaram 3219 pares, em bom estado, a
diversas instituições, como a Associação Integrar ou o grupo
Espírita Batuíra, que fizeram posteriormente a redistribuição.
Um exemplo de como se pode ter um papel cada vez mais
interventivo na sociedade, de forma contínua, como o
confirma esta empresa, que pretende realizar a campanha
todos os anos, estando prevista a próxima entre 15 de
Janeiro e 15 de Fevereiro de 2009.
Elementos de uma Empresa
• Humanos – São as pessoas que integram a empresa que se
distribuem em hierarquia.

• Nível Institucional – Direção (Proprietários, Administradores);

• Nível Intermédio – Gerência e Assessores (Gerentes,


subgerentes, chefes);

• Nível Operacional – operários e técnicos. É o elemento mais


importante para que a empresa alcance os seus objetivos.

• Materiais e Físicos - são as máquinas que se destinam a produzir


bens: ferramentas, veículos, computadores, máquinas, matérias -
primas etc.. Edifícios, terrenos, instalações.
• Técnicos - as habilidades para desenvolver o objeto social da empresa,
ou seja, saber lidar com o que se propõe a fazer.

• Financeiros – de fundamental importância, é o capital empregado na


produção dos bens, na atividade comercial e/ou serviços
(Empréstimos, créditos, financiamentos, investimentos etc.).
• De Mercado – Pesquisa e análise do mercado de clientes,
consumidores, utilizadores(marketing da empresa).

• De Administração – Planeamento (linha de conduta a seguir,


etapas a vencer e meios a empregar), organização (foca a
importância da construção de uma estrutura das atividades a
realizar, como realizar e quem realizar), Direção (forma como se
imitem as instruções, os processos de tomada de decisão e o modo
de envolvimento e mobilização do fator humano), Coordenação
(unir todos os esforços no sentido do fim a alcançar) Controle do
trabalho (instrumento para avaliar e ajustar os resultados obtidos ,
tendo em conta o planeamento traçado).
Classificação da Organização
• Analisada a evolução da empresa ao longo dos tempos e as
variáveis que condicionam ou podem condicionar a sua atividade, é
preciso enquadra-la com diferentes critérios. De entre os possíveis
critérios classificativos foram escolhidos:
Dimensão
Privadas
• Pertencem a particulares que gerem um património com o
objetivo de repartirem entre si os lucros que resultarem dessa
gestão.

Exemplo:

• Sonae;

• Zara Portugal;

• Delta;

• BPI;

• Securitas;
Públicas
• São propriedade do Estado ou outros entes públicos sendo
dirigidas por intermédio de gestores por eles nomeados.

Exemplo:

• Ana Aeroportos;

• Refer;

• CP;

• CGD;

• RTP;

• Emel.
Economia Mista
• São empresas cuja propriedade pertence ao estado e a
particulares, sendo a gestão repartida por estas entidades.

Exemplo:

• Galp,

• Edp,

• Pt;

• Hospitais público-privados.
Cooperativas
• Pertencem a pessoas que se juntaram com o objetivo de produzir,
distribuir ou consumir bens e serviços, não com o objetivo de
obterem ganhos monetários mas de prestarem o máximo de
serviços aos seus associados.

Exemplo:

• Vinícolas;

• Cooperativas de habitação;

• etc.
Sector de Atividade

• Sector primário: inclui todas as atividades que permitem


extrair produtos da natureza. São empresas que se dedicam
à agricultura, silvicultura, pescas, pecuária e atividades
extrativas.
• Sector secundário: as empresas dedicadas ás atividades
transformadoras (Indústria), ou seja, as indústrias que a
partir das matérias-primas criam novos produtos, à
eletricidade, gás e água e à construção civil e obras públicas.
• Sector terciário: incluem-se todas as atividades não
incluídas no sector primário e secundário. Trata se de
atividades prestadoras de serviços tais como, comércio,
transportes e comunicações, bancos etc..
Porque classificar as Organizações em
setores de atividade?
• Permite ter uma perspetiva da economia a cada momento, analisar
a sua evolução e efetuar comparações com outros países. Dá
resposta a questões como:

• Quais as atividade mais dinâmicas?

• Quais as atividades mais produtivas?

• Quais as atividades com mais trabalhadores)? Em que sector


diminui a população ativa?
Ramo de Atividade
• Todas as empresas pertencentes ao mesmo ramo têm
características comuns (são homogéneas entre si), produzindo
bens e/ou serviços semelhantes, por processos de produção
similares (embora possam existir diferenças tecnológicas
substanciais). O Ramo de atividade de uma determinada
empresa é a área do mercado em que ela se insere ou atua. Para
se estabelecer de qual ramo as empresas fazem parte, deve-se
antes analisá-las em macro escala e, a partir de uma visão
abrangente.
Ramo de Atividade:
• Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca

• Indústrias Extrativas

• Indústrias Transformadoras

• Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio

• Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento gestão de


resíduos e despoluição

• Construção

• Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e


motociclos.

• Transportes e armazenagem.
• Alojamento, restauração e similares

• Atividades de informação e de comunicação

• Atividades financeiras e de seguros

• Atividades Imobiliárias

• Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares

• Atividades administrativas e dos serviços de apoio

• Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória P -


Educação

• Atividades de saúde humana e apoio social


• Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas

• Outras Atividades de serviços

• Atividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e


Atividades de produção das famílias para uso próprio

• Atividades dos organismos internacionais e outras instituições


extraterritoriais
Estrutura Organizacional
Estruturas:

• É o esqueleto da Organização Conjunto dos elementos


constituintes da empresa e das relações formais, quer
horizontais, quer verticais, que entre esses elementos se
estabelecem. Existe para assegurar a coordenação das
catividades
• A estrutura organizacional: pode ser definida como a forma
como a autoridade é atribuída através das relações de
hierarquia, a forma como as catividades são especificadas e
distribuídas e ainda a forma como são estabelecidos os sistemas
de comunicação no interior das organizações.

• A estrutura organizacional pode ser dividida em macroestrutura -


está relacionada com a totalidade das divisões da organização, e
microestrutura - está relacionada com a organização das
catividades e das relações hierárquicas dentro de um
determinado departamento da organização.
• Para estabelecer a estrutura organizacional é necessário que
sejam definidos um conjunto de aspetos, nomeadamente a
Departamentalização que é o processo de divisão da
organização em áreas com características comuns.
Tipos de departamentalização

• Por Funções: Agrupam as atividades da organização de acordo com


as grandes funções desempenhadas.

• Por Produtos ou Serviços: Uma departamentalização orientada


para as vendas e que leva a uma descentralização do poder de
decisão.

• Por Clientes: a divisão das tarefas é feita em função das atividades


que têm por objetivo o mesmo segmento de mercado
• Por Área Geográfica: Consiste em agrupar as tarefas da
Organização em departamentos correspondentes às regiões onde
vão atuar.

• Por Projetos: Aplica-se em situações onde o empreendimento é de


grande envergadura e quando existe necessidade de criar equipas
de projeto para planos específicos.
Objetivos da Estrutura Organizacional
• Promover a eficiência organizacional;

• Proporcionar um sentido de direção;

• Fornecer um sistema de coordenação;

• Servir de rede de informação;

• Dar estabilidade organizacional.


A edificação de uma estrutura Organizacional deve apoiar-

se em algumas regras gerais que permitam assegurar as

condições necessárias ao bom funcionamento da

organização:
• Unidade de comando – Segundo este principio, para uma
determinada Acão, todo e qualquer indivíduo deve receber ordens
exclusivamente de uma única chefia. A pluralidade de comando
dificulta e impede a Acão e quebra a disciplina.

• Unidade de comunicação – Corresponde ao emprego de uma


linguagem comum na organização, de forma a que os elementos
de uma unidade de trabalho pensem no mesmo universo
simbólico e possuam os mesmos quadros de referência.
• Unidade de Controle – Estabelecimento de um sistema que
permita assegurar que o trabalho das diferentes unidades se
desenvolva de modo uniforme. Simbolicamente, corresponde a
todas as pessoas acertarem os relógios.

• Princípio escalar e cadeia de comando – A autoridade da chefia


deve passar na cadeia de comando através da linha hierárquica
de modo claro e ininterrupto (contínuo, constante). A linha
hierárquica, do escalão mais elevado até aos executantes, não
deve ter um número demasiado de escalões ( o nível de decisão
deve estar tão próximo quanto possível do local onde se
elaboram as informações que o justificam de forma a evitar
deformação na transmissão de informação.
• Equilíbrio entre autoridade e responsabilidade – Segundo este
principio a responsabilidade exigida a um membro da organização
não deve ser superior à que está implícita no grau de autoridade
atribuída ao cargo. É um principio importante de forma a
contribuir para a eficiência, o desenvolvimento e empenhamento
dos titulares do cargo.

• Esfera de controle ou amplitude de subordinação – Refere-se ao


número de subordinados que um chefe pode supervisionar,
pessoalmente, de maneira efetiva e adequada. O número de
subordinados não deve ser demasiado grande para uma chefia.
Em termos metodológicos apontam-se quatro fases para a construção

da estrutura da organização:

• Definir por escrito os objetivos desejados para a empresa;

• Determinar as grandes catividades necessárias para atingir os


objetivos;

• Reagrupar as catividades em grandes funções estritamente


ligadas (produção, aprovisionamento, comercial, financeira etc..)
numa hierarquia de responsabilidades e de funções diretas e
precisas;

• Unificar sistematicamente as grandes funções com um único


responsável por cada catividade, nomeando as pessoas para os
respetivos cargos.
Organograma
• Gráfico estático, constituído por retângulos, quadrados ou
círculos, ligados entre si por linhas horizontais e/ou verticais,
que permite ver rapidamente a posição de cada sector e/ou
indivíduo dentro da empresa. O organigrama é uma
representação gráfica da estrutura organizacional, através da
qual é possível identificar o tipo de departamentalização e as
relações de hierarquia estabelecidas na organização.
Regras para elaboração de
Organogramas
• No plano superior devem ser colocadas as autoridades
deliberativas.

• No plano intermédio são colocados os órgãos de gestão.

• No plano inferior são colocados os órgãos


executivos/operacionais.
• Órgãos que tenham a mesma responsabilidade devem ser
colocados ao mesmo nível.

• A ligação entre os órgãos é feita por linhas recatas ou


curvas.

• Devem ser:

· Simples;

· Objetivos;

· Claros.
Vantagens
• Indicam a posição de cada função na estrutura;

• Indicam as ligações entre órgãos e as suas relações de


dependência;

• Facilitam as comunicações formais;

• São de fácil visualização (Fotográfica).


Desvantagens
• Não indicam, na vertical, o grau de descentralização de
responsabilidades;

• Não indicam o grau de delegação de autoridade;

• Não indicam todas as relações estabelecidas:

- Relações Funcionais (entre os departamentos)

- Comunicações informais (transmitem informações em todas as


direções (laterais, diagonais e, “em gavinha”) e espontâneas.
Relações de autoridade, linha e
assessoria

• Autoridade de linha

É representada pela cadeia de comando, começando no gestor de


nível mais elevado e descendo pelos vários níveis hierárquicos até
ao último elo da cadeia.
• Autoridade de Assessoria ou Staff

É a autoridade dos departamentos, grupos ou indivíduos que


apoiam os gestores de linha com aconselhamento e assistência em
áreas especializadas.

Existem três tipos de funções de staff: Consulta ou aconselhamento;


serviços; controle.
• Autoridade Funcional

É o direito que é conferido a uma pessoa ou a um departamento de


staff para: controlar processos específicos, praticas, politicas ou
outros aspetos relativos a catividades executadas por outros
departamentos.
Tipos de Estruturas
• Estrutura Simples
Características:
• Geralmente adotada por pequenas empresas geridas pelo próprio
empresário fundador ou por um só gestor, que supervisiona
diretamente as catividades de todos os funcionários e
trabalhadores;

• Especialização reduzida;

• É uma estrutura de gestão doméstica, com pouco planeamento e


controlo;
• Delimitação clara das responsabilidades;

• É funcional quando o número de efetivos é reduzido;

• Com o crescimento da organização mostra-se inadequado, por ser


difícil manter a supervisão direta como mecanismo de coordenação.
Estrutura Funcional
Características:

• Adequada a médias empresas com uma gama de produtos mais


extensa (do que a estrutura simples);

• As catividades são agrupadas por função;

• Institucionaliza a comunicação vertical;


• Inexistência de comunicação interdepartamental;
• Os gestores individuais responsabilizam-se pela execução de
funções específicas como a produção, vendas, etc.;

• Centralização dos processos de controlo e decisão.


Definição de Funções
As catividades das empresas são realizadas de acordo com a
técnica específica de que a sua natureza se reveste, por exemplo a
contabilidade é uma técnica, a eletrónica é outra e ambas
contribuem para a realização dos objetivos das empresas.
As principais funções específicas
são:
• Função Produção – assegura o conjunto de métodos e processos
tecnológicos, atualizados e eficientes, com o objetivo de, com
baixos custos de transformação, proporcionar os produtos ou
serviços na qualidade desejada.

• Função Pessoal – garantir o aproveitamento das qualidades


profissionais e humanas dos seus colaboradores e proceder de
modo a que reine, entre todos, um clima harmonioso e cordial.
• Função Comercial e Marketing – oferecer bens e serviços que os
clientes desejam comprar, identificando previamente as suas
necessidades, preferências e exigências. Atuar no mercado
procurando criar e manter vantagens sobre a concorrência.

• Função Financeira e Contabilística – assegura o processo de


deteção de recursos financeiros em condições vantajosas, que
permitam à empresa alcançar o nível de rentabilidade pretendido.
• Função Aprovisionamento – conjunto de operações que
concorrem para assegurar aos serviços utilizadores da empresa o
fornecimento de matérias-primas, materiais ou acessórios.
Adquiridos no exterior, na quantidade e com os requisitos de
qualidade necessários, nas datas de utilização previstas e por um
custo total mínimo.
• Função Planeamento estratégico - Constitui uma das mais
importantes funções administrativas e é através dele que o gestor e
sua equipe estabelecem os parâmetros que vão direcionar a
organização da empresa, a condução da liderança, assim como o
controle das atividades.

O objetivo do planeamento é fornecer aos gestores e suas equipes


uma ferramenta que os municie de informações para a tomada de
decisão, ajudando-os a atuar de forma pró-ativa, antecipando-se às
mudanças que ocorrem no mercado em que atuam.
Estrutura Divisional

Características:
• As divisões são relativamente independentes/autónomos; podem
ser feitas por produto (ex. Pode ser utilizada num departamento
comercial, através da criação de divisões comerciais para cada
grupo de produtos), área geográfica (ex. Norte, centro e sul) ou por
cliente (ex. criação de departamentos comerciais por tipo de
cliente, grandes empresas, pequenas empresas e médias
empresas);
• Permite decisões mais rápidas, visto que as linhas de autoridade
convergem para um nível hierárquico inferior; (descentraliza a
tomada de decisões)

• Implica uma forte coordenação interdepartamental.

• Adequada a empresas de grandes dimensões, com uma extensa


gama de produtos ou uma grande variedade de mercados
(Multinacionais);
• Cada divisão tem os seus próprios especialistas funcionais, que
geralmente estão organizados em departamentos e que são
responsáveis pelos seus lucros ou prejuízos.
Estrutura Matricial
Características:
• Tende a ser adotada por empresas de grande dimensão, que
oferecem um grande conjunto de produtos similares, em muitos
mercados;

• Combinação da Estrutura Funcional com a Estrutura Divisional,


tornando-se por isso uma estrutura complexa e ambígua;
(desenvolvimento funcional e por produto);

• Visa um estado de eficiência elástica, usando para o efeito um


sistema múltiplo de comandos;
• Autoridade dual (Funcionários com 2 superiores hierárquicos) e
equilíbrio de poder (o poder dos supervisores deve ser
semelhante);

• Se for bem implementado permite a existência, de comunicação


lateral, circulação de informação e níveis de coordenação
superiores à estrutura divisional e funcional;
Estrutura Em Rede
Caraterísticas:
• Desaparece a lógica hierárquica tradicional;

• Permite às organizações uma grande flexibilidade e capacidade de


adaptação, em contexto de rápida mudança de mercados e
tecnologias;

• Através de alianças estratégicas e outras formas de colaboração, a


organização abdica de manter serviços que podem ser assegurados,
provavelmente com melhor qualidade, preço e prazo, no exterior
(Outsourcing).
• Adequada a grandes empresas, com uma grande variedade de
operações integradas em muitos mercados;

• A organização passa a ser um pequeno centro atuando ligado a


divisões próprias ou subsidiárias detidas parcialmente, outras
empresas independentes, através de um sistema de informação
que permite o Design, produção e marketing dos produtos e
serviços.

Você também pode gostar