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INTRODUÇÃO
A sustentabilidade empresarial tornou-se o mais novo lema no mundo dos negócios. Uma
verdadeira norma da modernidade corporativa. Algo que todas as empresas desejam ser, obter, ter,
alcançar, desenvolver e preservar.
O que, de fato, lhe confere o atributo de sustentabilidade é a integração e a
complementaridade de suas ações e resultados, e também o escopo e o arcabouço teórico que
condicionam a atuação da empresa e cujos pressupostos básicos listamos a seguir:
➢ A empresa tem um compromisso com a sociedade e com o meio ambiente, pois ambos
constituem seus mais recentes stakeholders (públicos-alvo);
➢ Quanto à sociedade, a empresa, deve atuar como um agente do seu desenvolvimento
econômico e social, sem prejudicar seus lucros.
➢ Quanto ao meio ambiente, compete à empresa preservá-lo, contribuir para a manutenção e o
desenvolvimento do seu capital natural (recursos naturais a serem preservados);
➢ A busca da sustentabilidade empresarial se reflete na redução de custos e eliminação de
desperdícios;
➢ O foco na sustentabilidade é hoje um dos principais fatores formadores de imagem positiva
no mundo dos negócios;
➢ O binômio responsabilidade social e responsabilidade ambiental constitui o cerne do modelo
de gestão sustentável empresarial.
A sustentabilidade transcende a responsabilidade social e a ética empresarial, pois ela envolve uma
ampla gama de temas, tais como:
• Preservação ambiental;
• Promoção do desenvolvimento econômico, social e cultural local e regional;
• Promoção da justiça e defesa dos direitos humanos;
• Prática da governança corporativa;
• Proteção aos consumidores;
• Defesa dos direitos dos trabalhadores, acionistas e demais parceiros;
• Impacto dos negócios na sociedade e na mídia;
• Foco nas questões sociais emergenciais (pobreza, fome, violência, desemprego) e seus
impactos sobre o lucro.
Savitz e Weber também escreveram o livro Three Botton Line (As Três Lnhas Mestras), no
qual enfatizam a atuação empresarial nos níveis econômico, social e ambiental. De acordo
com esse modelo, uma empresa sustentável é aquela que desenvolve ações voltadas para a
busca da lucratividade (sustentabilidade econômica), o desenvolvimento da comunidade e
atendimento das necessidades dos seus empregados e parceiros (sustentabilidade social) e a
preservação do meio ambiente (sustentabilidade ambiental).
A METÁFORA DA MONTANHA
Ray Anderson criou a metáfora da montanha para explicar as etapas a serem percorridas por uma
empresa em seu trajeto para a sustentabilidade.
“Entre a base e o topo existem sete estágios a cumprir e nenhum deles pode ser pulado sob pena de
comprometer a qualidade da escalada” (VOLTOLINI, 2008).
Ao obter tais vantagens competitivas, a empresa adota um modelo de gestão sustentável cujas
principais características são as seguintes:
• Aumento da receita;
• Valorização da reputação;
• Melhoria do desempenho dos funcionários;
• Apoio à economia local;
• Criação de novas oportunidades de negócios;
• Maior diálogo com os atores envolvidos no negócio;
• Lançamento de serviços ambientais;
• Melhoria da governança corporativa.
A área comum entre os interesses da empresa, que compreende as suas relações com os seus
stakeholders financeiros (clientes, acionistas, fornecedores) e não-financeiros (público, mídia,
comunidade), intitula-se Ponto Doce da Sustentabilidade porque é a zona de confluência entre
as atividades que buscam o lucro e as atividades que geram o bem comum.
Negócios sustentáveis são empreendimentos cujos objetivos não visão apenas aos ganhos
econômicos, mas, principalmente, ao alcance de resultados ambientais e sociais.
As empresas sustentáveis decidiram divulgar suas ações e resultados junto a seus diversos
stakcholders (públicos-alvo), sobretudo seus acionistas. A partir daí surgiram os “relatórios de
sustentabilidade”, uma espécie de prestação de contas dos investidores feitos pelas empresas em
projetos sustentáveis.
Tais relatórios influenciam cada vez mais as decisões dos investidores, acionistas, clientes e
parceiros.
Hoje, as companhias se preocupam em como produzir relatórios melhores e mais úteis para o
próprio negócio e para os leitores. Já se percebe que o relatório constitui uma fonte de informação
importante para investidores, consumidores, organizações não-governamentais e uma rede cada vez
mais abrangente de stakeholders”.
O objetivo da GRI é orientar as empresas, ONGs, universidades, sindicatos na elaboração dos
relatórios de sustentabilidade, através da formulação e divulgação de princípios e diretrizes.
Os princípios da GRI compreendem seis diretrizes básicas.
As Diretrizes Básicas da GRI para a produção de relatórios de sustentabilidade são:
1. Desempenho econômico (sustentabilidade econômica do negócio).
2. Desempenho ambiental (sustentabilidade ambiental do negócio).
3. Desempenho social (sustentabilidade social do negócio).
4. Práticas trabalhistas e trabalho decente (sustentabilidade social do negócio).
5. Direitos humanos (sustentabilidade social do negócio).
6. Sociedade e responsabilidade do produto (sustentabilidade social do negócio).
CONCLUSÃO
Todos buscam adotar práticas sustentáveis – empresas, governo e sociedade.
O conceito de sustentabilidade, antes restrito à questão ambiental, ganhou amplitude ao
incorporar a dimensão econômica, social, política, cultural e territorial. Assim, sobreveio o
novo paradigma da gestão sustentável empresarial, que caracteriza as empresas que adotam
práticas de economia de recursos e desenvolvem projetos de reciclagem, reaproveitamento,
reutilização de materiais, uso de tecnologias limpas, implantação de programas de
desenvolvimento local e regional gerando emprego e renda.
RESUMO
São novas abordagens que se baseiam no binômio sociedade e meio ambiente e que forçaram as
empresas a buscar um novo paradigma de atuação, sob o princípio básico de que a empresa tem um
compromisso com ambos – a sociedade e o meio ambiente.
Uma empresa sustentável caracteriza-se pela boa gestão dos seus recursos econômicos,
naturais, sociais, institucionais e humanos. Ao praticar a sustentabilidade, a empresa obtém
ganhos efetivos: maior proteção contra a aplicação de multas e penalidades pelos órgãos
governamentais e também contra ações na Justiça e denúncias feitas pelas associações de
consumidores, melhor imagem, mais lucro, melhor posicionamento no mercado, conquista de
novos clientes e fidelização dos já existentes, maior facilidade de captação de recursos e maior
número de parceiros, alcançando, dessa maneira, o que denominamos tríplice resultado –
ganhos econômicos, ambientais e sociais.