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Faculdade de Tecnologia Dom Amaury Castanho

Gestão de Tecnologia da Informação – 1º Semestre

ESG e as
Empresas na região

Pedro Henrique Sales da Silva


Nirlei Santos de Lima
Itu – 2022
Introdução

Desde 1760, a nossa sociedade vem passando por diversas mudanças, principalmente em
nossos sistemas industriais, no qual teve início com sua primeira revolução industrial no
século XVIII e em nossa tecnologia. Hoje presenciamos no mundo a Quarta Revolução
Industrial (Indústria 4.0), com uma nova ideia de indústria que une um sistema de
tecnologias avançadas como por exemplo a robótica, internet e também a inteligência
artificial, sendo que com sua implementação estimasse que possa gerar uma economia de
até R$ 73 bilhões ao ano para as empresas. Esses ganhos são estimados porque
na Indústria 4.0 é possível notar diversas melhorias de produtividade e eficiência, ainda
mais quando consideramos a aplicação da Inteligência Artificial combinada com Internet.

Partindo desse ponto de evolução constante dos sistemas e tecnologias nas empresas junto
da organização, entendemos que no passado a custo dessas evoluções nós sacrificamos o
nosso meio ambiente e com o passar do tempo com essa ideia de ir para frente sem olhar
para trás nos vemos hoje com o nosso meio ambiente muito prejudicado com o descarte de
muitos produtos de que não tiveram utilidade na nossa evolução de forma inapropriada e
hoje com cada vez mais tecnologia o mundo começou a olhar para trás o que trouxe a ideia
de promover um ambiente sustentável das empresas e para o mundo transformando isso na
pauta dessa era.

Eis então que a sigla ESG foi criada, ESG significa Meio ambiente, Social e governança
termos que vêm do inglês que significa Environmental, Social e Governamental, essa sigla
é usada hoje em dia para se referir à sustentabilidade no geral. Essa sigla foi criada quando
um grupo chamado Principles Respondible Investment (PRI), rede ligada à ONU em 2004
com o objetivo de convencer as empresas e investidores a investirem em desenvolvimento
sustentável.

Segundo a revista exame, “James Gifford, economista que liderava o PRI, resumiu assim o
significado de ESG:

O ESG é apenas um subgrupo inserido no contexto maior do investimento sustentável. O


termo foi criado, especificamente, para focar em questões materiais. A ideia foi inverter a
lógica do que, na época, era chamado de investimento ético, para se concentrar em fatores
relevantes para os investidores. Se você tem uma responsabilidade fiduciária, como no
caso de um fundo de pensão, não deveria estar pensando num horizonte de nove meses,
mas sim de nove anos, ou de 20 anos. E quando se considera esse horizonte, temas
como mudanças climáticas, riscos sociopolíticos, etc. se tornam relevantes. Algumas
pessoas usam o termo de maneira mais ampla, mas o ponto central é a incorporação de
fatores socioambientais nos investimentos para gerenciar riscos. Não é mais sobre ética”.

Os pilares do ESG são voltados para que as empresas busquem causar um impacto Social
positivo fazendo os investidores ficarem mais interessados e invistam nas empresas,
enquanto ganham uma certa confiança e admiração da população. Para ser considerado
ESG uma empresa deve cumprir os requisitos abaixo:

Descobrir o seu propósito e como a sua atuação melhora a sociedade (se a empresa deixar
de existir hoje, que falta faria?)

Fazer o levantamento de suas emissões em todos os níveis (escopo 1, 2 e 3) e definir metas


de redução alinhadas com as melhores práticas (Science Based Targets, SBTi)

Investir no relacionamento com clientes, fornecedores e a comunidade (abrir canais de


diálogo e mapear as dores de cada um e como elas se relacionam com a atuação da
companhia)

Implementar políticas de governança e transparência claras e objetivas.

Explicando de maneira mais aprofundada o significado de cada letra ESG seguido dos
exemplos de como a empresa pode aplicar-se em cada um dos contextos da sigla segundo a
revista Exame.

As ideias que sustentam os investimentos ESG são antigas. Os principais pensadores e


economistas alertaram sobre os perigos dos danos ambientais ou os males sociais causados
por certos produtos ou práticas de negócios por muitos séculos.

A fundação da rede interdisciplinar do Clube de Roma, em 1968, e seu relatório inaugural


(The Limits to Growth, 1972) foi um passo fundamental para mudar o paradigma de como
nossas atividades econômicas interagem com o mundo natural. Na década de 1990, a ideia
de que empresas, organizações e investidores deveriam levar em conta os custos
ambientais e sociais tornou-se mais amplamente reconhecida, com o surgimento do
primeiro índice de ações “socialmente responsável”, o índice Domini 400 Social, e o
“triple bottom” (também conhecida como TBL e 3BL) ou “pessoas, planeta e lucros”. 

Foi um marco contábil, sob o qual as organizações passaram a levar em consideração seu
desempenho social e ambiental, além de seus resultados financeiros.

A letra E, da sigla, representa o impacto que uma empresa causa no ambiente natural. Isso
inclui questões como poluição (emissões de carbono, produtos químicos e metais tóxicos,
embalagens e outros resíduos), o uso de recursos naturais (água, terra, árvores) e as
consequências para a biodiversidade (a variedade de vida na Terra), bem como tenta
minimizar a nossa pegada ambiental (eficiência energética, agricultura sustentável,
edifícios verdes).

A afirmação do executivo é consonante ao que o mercado tem observado e contempla que


o S também cobre questões como saúde e segurança para funcionários ou padrões de
trabalho e bem-estar para outros trabalhadores da cadeia de suprimentos das empresas. A
letra também envolve segurança de produtos para consumidores ou privacidade e
segurança de dados para seus usuários.

A letra G de governança se refere aos fatores de governança que estão relacionados ao fato
de uma empresa administrar seus negócios de maneira responsável. Isso leva em
consideração os requisitos éticos de ser um bom cidadão corporativo, como políticas
anticorrupção e transparência tributária, bem como preocupações tradicionais de
governança corporativa, caso do gerenciamento de conflitos de interesse, diversidade e
independência do conselho, qualidade das divulgações financeiras e avaliação sobre se os
acionistas minoritários são tratados de forma justa pelos acionistas controladores.

Sodexo

Segundo o próprio site a Sodexo é uma empresa que foi fundada em Marselha em 1966
por Pierre Bellon, a Sodexo é líder global em serviços de Qualidade de Vida, fator
essencial no desempenho individual e organizacional. Operando em 56 países, a
Sodexo atende 100 milhões de consumidores todos os dias por meio de sua combinação
exclusiva de Serviços de Alimentação e Facilities, Benefícios e Incentivos e Serviços
Pessoais e Domiciliares, a Sodexo também é reconhecida mundialmente por suas boas
práticas em ESG e, por isso, é o parceiro ideal na hora de escolher um fornecedor
de benefícios.

Para a Sodexo as práticas socioambientais é muito mais do que uma estratégia de


negócios e um jeito de ser onde eles estão sempre em busca de tornar suas práticas cada
vez mais sustentáveis. Como, por exemplo: A Gestão de Fornecedores da Sodexo que é
feita com foco no desenvolvimento econômico das comunidades onde atua, a sua área
de compras possui o compromisso de realizar aquisições de pequenas e médias
empresas para fortalecer empreendedores locais. Onde eles acreditam que comprar de
pequenos e médios negócios contribui para a geração de renda local e de oportunidades
de emprego, a Sodexo também tem a iniciativa de Limpeza Sustentável onde a Sodexo
utiliza uma linha profissional de equipamentos que reduzem o uso de água nos
processos de limpeza e também reduzem as emissões de gases poluentes, pois são
movidos à bateria e ainda geram menos poluição sonora. Além disso, são utilizados
produtos de limpeza biodegradáveis, que não agridem o meio ambiente, a Sodexo tem
uma iniciativa de Materiais Reutilizáveis onde a Sodexo, em parceria com diversos
clientes, adota o uso de canecas e copos reutilizáveis substituindo os descartáveis de
plástico. Tudo isso em prol do consumo consciente não só do próprio cliente, como dos
colaboradores, consumidores, pacientes e acompanhantes que diariamente utilizam
materiais biodegradáveis, Sodexo também tem iniciativas como seus Produtos
Descartáveis 100% Biodegradáveis em que a Sodexo mesmo quando os descartáveis de
plástico são necessários, também procuramos soluções sustentáveis alternativas ao
plástico, tais como: canudos e copos de papel, mexedores, talheres e utensílios de
madeira e bambu, embalagens de amido de milho, bagaço de cana e palha de palmeira,
além de tudo isso a Sodexo também tem a iniciativa de Compostagem de Resíduos
Orgânicos onde a Sodexo possui uma equipe de Food Intelligence dedicada a elaborar
cardápios eficazes na redução de desperdício de alimentos. Para fazer a gestão do
resíduo orgânico excedente de suas operações, e expandindo o uso de composteiras em
suas operações. O objetivo é diminuir o volume do lixo gerado e o reutilizar na
produção de adubo.

O Greenwashing é o ato de uma empresa se passar por sustentável sem que ela de fato


seja. Fazendo assim propagandas enganosas sobre sustentabilidade ambiental visando
apenas lucrar vendendo seus produtos de forma enganosa para clientes que não procuram
pesquisar informações sobre sua produção. 

Segundo a professora da Unifesp, Taís Pasquotto Andreolli, a prática tem se tornado mais


comum pois os consumidores acabam tendo mais interesse na temática ambiental e
sentindo-se melhores ao realizar a compra de um produto que diz ser ecológico. 

Uma maneira de identificar o Greenwashing é tendo em mente que hoje em é muito


difícil que uma empresa não tenha nenhum dano ambiental, então devemos sempre
suspeitar de afirmações de slogan ou descrições sobre a empresa ser “100% ecológica”. E
buscar sempre que possível analisar os produtos que compramos utilizando a própria
internet por exemplo. Alguns exemplos de greenwashing é o intenso uso da cor verde em
um produto para simbolizar o cuidado com o meio ambiente. 

Uma empresa automobilística que faz propaganda de um carro projetado para emitir menos
gases de efeito estufa, mas não alterou toda sua cadeia produtiva, que ainda possui grande
impacto ambiental. 

Fiat

Um dos casos mais escandalosos de greenwashing aconteceu no Brasil em 2017, quando a


fiat fez uma campanha com intenções questionáveis, onde ela anunciou um “pneu verde”
cujas vantagens eram o baixo consumo de combustível e a durabilidade. Após uma
investigação concluiu-se que no quesito de pneu não existe uma maneira de ser “verde”
principalmente quando falamos da produção e do descarte do mesmo. O resultado foi
uma advertência do Conselho de Autorregulamentação Publicitária, o Conar, pela prática
de greenwashing.
A montadora foi obrigada a refazer a publicidade do produto, sem mencionar as alegadas
vantagens ambientais.

General Motors

Também em 2017, uma das maiores montadoras do mundo, a General Motors, se viu
envolvida em um escândalo de greenwashing no Brasil.

Isso porque ela estampou o prefixo “Eco” em alguns de seus motores e sistemas de


transmissão, sob a alegação de que eles reduziriam a emissão de gases estufa.

Tal como a Fiat, a marca acabou advertida pelo Conar, que a obrigou a retirar a
nomenclatura.

Claro que, para isso, o órgão de fiscalização comprovou antes que não havia qualquer
evidência de que os motores de fato reduzissem as emissões de poluentes.

Conclusão

ESG significa Meio ambiente, Social e Governança termos que vêm do inglês que significa
Environmental, Social e Governamental, essa sigla é usada hoje em dia para se referir à
sustentabilidade no geral. Essa sigla foi criada quando um grupo chamado Principles
Respondible Investment (PRI), rede ligada à ONU em 2004 com o objetivo de convencer
as empresas e investidores a investirem em desenvolvimento sustentável.

Na minha opinião o ESG é uma prática muito benéfica para a sociedade de modo geral
pois se temos um meio ambiente seguro nós nos poupamos de muitas dores de cabeça no
futuro fora o retardamento do aquecimento global e a saúde do planeta no geral. Já o
greenwashing eu vejo como uma pratica condenável pois se trata de propaganda enganosa
em essência então na minha opinião deve ser repudiada com todas as forças.
Fontes:

 https://fia.com.br/blog/greenwashing/#:~:text=No%20caso%20das%20empresas
%20que,respaldo%20dos%20%C3%B3rg%C3%A3os%20de%20controle.
 https://www.cnnbrasil.com.br/business/greenwashing-o-que-e-e-como-identificar-
a-pratica-da-falsa-sustentabilidade/
 https://exame.com/esg/o-que-e-esg-a-sigla-que-virou-sinonimo-de-sustentabilidade/
 https://br.sodexo.com/quem-somos.html
 https://www.sodexobeneficios.com.br/sodexo-insights/o-que-e-esg-e-como-a-sua-
empresa-pode-ganhar-com-ele-sodexo-insights.htm

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