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ESG: Tudo o que você

precisa saber sobre essa


sigla
BlogESG: Tudo o que você precisa saber sobre essa sigla

Publicado em 29 de Setembro de 2022

ESG é um assunto que vem causando uma série de mudanças consideráveis no cenário
mundial. Essa sigla repercute no comportamento dos consumidores, no impacto social gerado
pelas organizações e em aspectos climáticos, que afetam literalmente a todos nós. Para
explicar mais sobre esse tema, neste artigo você encontrará tudo o que precisa saber sobre
ESG.
 

O que significa ESG?


 
 

 
ESG é a abreviação de “Environment, Social & Governance” (Ambiental, Social e Governança,
ou ASG no português). O conceito dessa sigla refere- às boas práticas empresariais que se
preocupam com critérios ambientais, sociais e parâmetros de boas práticas de governança
corporativa.
 

O ESG na prática
 

Para entender o ESG na prática é necessário compreender que empresas e organizações são
agentes com grande impacto no mundo. Esse impacto passa tanto pelo âmbito social quanto
por questões ambientais. Assim, o tema ESG vem sendo discutido tanto entre consumidores
quanto investidores, o que surte um efeito direto no modus operandi das empresas.
 
Atualmente, 24% das bolsas de valores ao redor do mundo têm implementado a divulgação de
parâmetros ESG como requisito obrigatório para listagem de ações. Com essa tendência
crescendo, é bem possível que em algum momento no futuro a obrigatoriedade na
apresentação de relatórios que apresentem parâmetros ESG para empresas que desejem abrir
capital na bolsa seja uma realidade.

Como surgiu o termo ESG?


 
A sigla ESG apareceu pela primeira vez como a conhecemos em 2005, em um relatório
produzido pela ONU (Organização das Nações Unidas) intitulado Who Cares Wins (ou, em
português, “ganha quem se importa”).
 
O  relatório foi uma iniciativa de diversas instituições financeiras a fim de definir orientações
acerca de como considerar questões ambientais, sociais e de governança na hora de investir. 
 
Mesmo que a sigla tenha aparecido pela primeira vez em 2005, o conceito não é nada novo. Já
entre as décadas de 1970 e 1980, o termo SRI (Socially Responsible Investing, ou, em
português, investimento socialmente responsável) surgiu como uma iniciativa de fundos de
investimento, a fim de definir critérios de contexto social para nortear a escolha dos melhores
investimentos disponíveis no mercado.
 
Ao decorrer dos anos 1980, devido às grandes catástrofes ambientais que assolaram a
década, a preocupação em investir em empresas ambientalmente sustentáveis atingiu um
outro nível.
 
Mais adiante, entre os anos 1990 e 2000, surgiram os primeiros índices de responsabilidade
social. Já em 1999, foi criado o índice Dow Jones Sustainability Index, com o objetivo de
avaliar o desenvolvimento de empresas segundo critérios que posteriormente chamaríamos
de ESG.
 
Fica claro, portanto, que o ESG não é exatamente um conceito recente, mas sim que já tem
sido pauta há algumas décadas.

Por que as empresas estão adotando o ESG?


 
Não é um exagero retórico afirmar que a sigla ESG deve orientar as organizações
pelos próximos anos. Por isso, a seguir você confere alguns dos principais motivos:

1. O engajamento de investidores
Já é possível perceber o engajamento dos investidores com princípios ESG devido a
um crescente fluxo de capital de ativos ou fundos alinhados a princípios de
sustentabilidade e uma redução de aplicações em organizações que representem
riscos ambientais e sociais.

O engajamento crescente dos investidores com a temática ESG é certamente um


fator que impactará diretamente as organizações, tanto aquelas que começam a se
mover para uma operação sustentável quanto aquelas que permanecem omissas às
questões ambientais, sociais e de governança.

2. O comportamento dos consumidores


Atualmente, a interação através das redes sociais deu voz aos consumidores, que
agora encontram um ambiente para expor e pressionar empresas que repercutem
negativamente sobre aspectos ambientais, sociais e de governança, levando as
companhias a se preocuparem coma aspectos ESG.

3. Regulamentações que forçam os tópicos de ESG na agenda de


investidores
Além do engajamento dos investidores e do comportamento dos consumidores,
outro fator importante a se considerar no quesito importância para a temática ESG
são as regulamentações, que aos poucos estreitam a direção do mercado de
investimento, conduzindo-o cada vez mais a critérios ESG.
4. Empresas ESG têm apresentado um bom retorno de investimento
A maioria dos pesquisadores concorda que empresas que adotam princípios ESG
são mais rentáveis que aquelas sem políticas específicas. Segundo um estudo
realizado pelo PRI, dentre os mais de 2.000 estudos publicados sobre o assunto
desde a década de 1970, 63% concordam que existe uma relação direta entre a
adoção de políticas ESG e retorno no mercado.

O
 
que é Capitalismo de Stakeholders?
De acordo com Klaus Schwab, engenheiro e economista alemão, que criou o
conceito desse termo, “o capitalismo de stakeholders é uma forma de capitalismo
em que as empresas não apenas otimizam os lucros de curto prazo para os
acionistas, mas buscam a criação de valor de longo prazo, levando em consideração
as necessidades de todos os seus stakeholders e da sociedade em geral.”.

Seguindo esse conceito, as organizações capazes de alinhar os seus objetivos com


os objetivos da sociedade estarão mais preparadas para criar valor a longo prazo.
Isso quer dizer que capital e o lucro buscam manter o equilíbrio com as questões
ambientais, sociais e de governança corporativa, justamente o ESG.

Como medir os padrões ESG?


 
Para acompanhar e medir o desempenho dos padrões ESG de uma empresa, é
necessário analisar quais aspectos representam riscos, oportunidades ou impactos
importantes para a o sucesso do negócio.

Uma estratégia ESG de sucesso prioriza a gestão de riscos e oportunidades com


uma visão de longo prazo. Dessa maneira, é necessário realizar uma avaliação
completa sobre tendências ambientais, sociais e econômicas, sobre expectativas e
demandas de stakeholders e seus impactos na organização.

Os pilares do ESG
 
A seguir você confere os pilares globais do ESG:

Ambiental (Environmental)
 

A letra E diz respeito às boas práticas ambientais de uma organização, e leva em


conta pontos como:
Emissão de carbono;
Desmatamento;
Gestão de resíduos;
Escassez de água;
Eficiência energética.

 
Social
 
A letra seguinte, o S em ESG, diz respeito à relação da organização com as pessoas e
com as demandas sociais ao seu redor. As boas práticas aqui envolvem temas como:
Relacionamento humanizado com o cliente;
Diversidade entre colaboradores;
Políticas de prevenção ao assédio sexual;
Equidade;
Relacionamento com a sociedade;
Propostas de favorecimento às minorias;
Comprometimento com os direitos humanos e trabalhistas.
Governança (Governance)
 

Já para a letra G, referente à Governança, são considerados aspectos ligados à


administração da organização como:
Conduta corporativa;
Transparência das informações;
Composição do Conselho;
Estrutura do comitê de auditoria;
Remuneração dos executivos;
Canal para denúncias.

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