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GUIA DE
PRÁTICAS ESG
As principais questões da agenda
ambiental, social e de governança
na visão e experiência das empresas
do Executivo de Valor*
ELABORAÇÃO E ORGANIZAÇÃO
Stela Campos e Barbara Bigareli
Equipe
Redação Valor Econômico
Arte
Editor de Arte/Fotografia: Silas Botelho
Coordenação de Arte: Eli Sumida
Fotos: Julio Bittencourt
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SUMÁRIO
FLUIDEZ NA COMUNICAÇÃO 16
O ENTORNO É PRIORIDADE 28
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PARA ONDE
CAMINHA O ESG
“Os riscos financeiros de não adotar
as melhores práticas sociais e ambientais
começam a se materializar”
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PARA ONDE CAMINHA O ESG
H
á 12 anos, quando co-
mandava uma empresa
do mercado imobiliário, o exe-
cutivo Rodrigo Osmo dizia que
os clientes “achavam simpáti-
co o discurso verde. Mas não
pagavam R$ 1 a mais por ele”.
Em 2015, após deixar uma tor-
neira de sua casa aberta, ele ouviu de sua filha pequena: “Pa-
pai, você está gastando a natureza”. Com a bronca, ficou mais
evidente a Osmo que alguma engrenagem havia mudado.
“Para a geração dela, desrespeito ao meio ambiente equivale
a ofender valores fundamentais.”
Quem ainda não aderiu aos princípios ESG pode estar perden-
do um lugar precioso no mercado. “Nos últimos seis anos, é
visível o aumento do interesse do investidor pela agenda da
sustentabilidade”, diz Sônia Consiglio Favaretto, especialista
em sustentabilidade (SDG Pioneer) pelo Pacto Global da ONU.
Para o CEO da Arezzo&Co, Alexandre Birman, ficou claro que
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PARA ONDE CAMINHA O ESG
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PARA ONDE CAMINHA O ESG
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COMO AVALIAR O IMPACTO
DE CADA AÇÃO
“É fundamental desenvolver indicadores
de desempenho da empresa no caminho
da sustentabilidade”
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COMO AVALIAR O IMPACTO DE CADA AÇÃO
É
importante que a companhia saiba como a agenda ESG
pode contribuir para atingir objetivos estratégicos, diz
Annelise Vendramini, coordenadora do programa de Finan-
ças Sustentáveis do Centro de Estudos em Sustentabilidade
da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da
Fundação Getulio Vargas. Na VLI, o CEO Ernesto Pousada diz
que busca esse entendimento junto ao Comitê de Sustenta-
bilidade, que divide agenda com o Comitê de Estratégia. “De
forma que as decisões e ações que tomamos não serão des-
vinculadas dos impactos que irão gerar na vida das pessoas,
meio ambiente e sociedade.”
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COMO AVALIAR O IMPACTO DE CADA AÇÃO
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COMO AVALIAR O IMPACTO DE CADA AÇÃO
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O MUNDO É MAIS
DO QUE A EMPRESA
“Compreender que o ESG é um caminho e não
exatamente um destino é o primeiro passo”
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O MUNDO É MAIS DO QUE A EMPRESA
A
presidente da Microsoft
no Brasil, Tânia Cosenti-
no, entende a transição para
uma economia de baixo car-
bono como uma das maiores
oportunidades de negócio da
nossa era e defende como fun-
damental a geração de lucro
através de propósito.
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O MUNDO É MAIS DO QUE A EMPRESA
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O MUNDO É MAIS DO QUE A EMPRESA
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FLUIDEZ NA COMUNICAÇÃO
“O ESG deve ser debatido como parte da rotina
da empresa, da mesma forma como são discutidos
os resultados financeiros”
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FLUIDEZ NA COMUNICAÇÃO
G
estores inovadores, com uma visão mais sistêmica e
colaborativa, são os mais indicados para conduzir a jor-
nada ESG nas organizações, garante Mariane Montana, con-
sultora e head de ESG da consultoria Russell Reynolds As-
sociates. Mas, para isso, é necessário que a liderança adote
uma comunicação clara para essa nova diretriz, afirma. “Tem
de sair da teoria e trazer o tema de forma simples e com pe-
quenas ações. De cima para baixo na hierarquia. Hoje eu digo
para as pessoas: apresentem projetos que o presidente de
sua companhia vai aceitar”, diz Luiza Helena Trajano, presi-
dente do conselho de administração do Magazine Luiza.
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FLUIDEZ NA COMUNICAÇÃO
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FLUIDEZ NA COMUNICAÇÃO
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TREINAMENTO DEVE
SER PERMANENTE
“O ESG precisa vir do topo”
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TREINAMENTO DEVE SER PERMANENTE
C
apacitar-se para o ESG é
uma necessidade, tanto
para conselheiros como para
os principais executivos das
empresas, diz Adriane de Al-
meida, diretora de desenvol-
vimento do Instituto Brasilei-
ro de Governança Corporativa
(IBGC). Por se tratar de prática que deve permear toda a orga-
nização, é essencial que as áreas estejam atualizadas sobre o
assunto, mas o conselho de administração pode ser prioriza-
do, diz. Walter Schalka, presidente da Suzano, defende que,
da mesma forma que é treinado para ser eficiente e maximi-
zar resultados, o corpo de líderes precisa ser treinado para o
ESG. “A Suzano já era forte em sustentabilidade, agora está
olhando para onde não era tão forte.”
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TREINAMENTO DEVE SER PERMANENTE
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TREINAMENTO DEVE SER PERMANENTE
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IDENTIFIQUE AS
ÁREAS CRÍTICAS
“Os líderes precisam conhecer os pontos fortes
e fracos da gestão do ESG, cruciais ao negócio”
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IDENTIFIQUE AS ÁREAS CRÍTICAS
O
compromisso com a
gestão do ESG vai além
da comunicação. “É impor-
tante dispor de métricas que
possam influenciar o dia a dia
de cada funcionário”, defen-
de João Paulo Ferreira, dire-
tor-presidente da Natura &Co
para a América Latina. Ele cita como exemplo a equipe de lo-
gística que tem um orçamento de carbono. Ela precisa entre-
gar os produtos, otimizar custos e definir como vai mandar:
barco, caminhão, bicicleta elétrica. Outro exemplo envolve
as consultoras. “A equipe comercial tem objetivos para gerar
renda para elas ou melhorar o índice de desenvolvimento hu-
mano para elas. A questão é: está conseguindo gerar renda?
Quantas foram incluídas no programa de educação? Tudo
isso vira meta”, diz.
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IDENTIFIQUE AS ÁREAS CRÍTICAS
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IDENTIFIQUE AS ÁREAS CRÍTICAS
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O ENTORNO É PRIORIDADE
“Dê preferência a atividades que gerem
impacto social na sua comunidade”
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O ENTORNO É PRIORIDADE
O
S e o G devem andar sempre juntos, aconselha Maurício
Colombari, sócio da consultoria PwC Brasil. “Sobre o G, é
fundamental para uma empresa que está começando no mun-
do ESG que a função da governança tenha destaque e possa
incorporar as boas práticas à estratégia de negócios”, diz.
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O ENTORNO É PRIORIDADE
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O ENTORNO É PRIORIDADE
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VISÃO ALINHADA
COM OS STAKEHOLDERS
“Os executivos devem seguir um caminho de gestão
comprometida com todos os públicos envolvidos”
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VISÃO ALINHADA COM OS STAKEHOLDERS
P
ara dividir os objetivos ESG com todos os stakeholders,
é necessário que a empresa considere três aspectos,
diz Marcel Fukayama, cofundador do Sistema B Brasil, mo-
vimento global para a construção de uma economia mais
inclusiva, e da Din4mo, que busca dar suporte a empreende-
dores que desenvolvem modelos de negócios que resolvem
problemas sociais.
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VISÃO ALINHADA COM OS STAKEHOLDERS
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VISÃO ALINHADA COM OS STAKEHOLDERS
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INFORMAR BEM
A TODOS OS GRUPOS
“Invista com um viés de retorno e propósito”
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INFORMAR BEM A TODOS OS GRUPOS
A
transparência é essencial para que qualquer negócio
seja enquadrado nos mandamentos do ESG. Para ser
considerada “transparente”, uma organização precisa comu-
nicar decisões corporativas e resultados com frequência, es-
pecialmente quando agrega vários grupos de acionistas e in-
vestidores.
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INFORMAR BEM A TODOS OS GRUPOS
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INFORMAR BEM A TODOS OS GRUPOS
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SER OU NÃO SER
UM CEO ATIVISTA?
“O compromisso das empresas com a pauta ESG
depende muito das lideranças”
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SER OU NÃO SER UM CEO ATIVISTA?
O
relatório “Leadership for the decade of action” (Lideran-
ça para a década de ação, do inglês), realizado em 2020
pelo Pacto Global da ONU e a consultoria Russell Reynolds As-
sociates, indica que 92% dos CEOs acreditam que a sustentabi-
lidade é fundamental para o sucesso dos negócios, enquanto
48% desses dirigentes estão integrando práticas sustentáveis
às operações. Ser um CEO atuante no movimento ESG é man-
datório, diz Carlo Pereira, diretor executivo da Rede Brasil do
Pacto Global da ONU. “O compromisso das empresas com essa
pauta depende muito das lideranças”, explica.
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SER OU NÃO SER UM CEO ATIVISTA?
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SER OU NÃO SER UM CEO ATIVISTA?
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